resumo de filosofia -valores

8

Click here to load reader

Upload: marybetty

Post on 25-Dec-2015

7 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Resumo de Filosofia -Valores

TRANSCRIPT

Page 1: Resumo de Filosofia -Valores

I. VALORES E VALORAÇÃO – A QUESTÃO DOS CRITÉRIOS VALORATIVOS

A acção humana e os valores • Já sabemos que a acção humana implica uma intenção consciente do agente, uma deliberação e uma decisão.

• Para decidir, cada sujeito compara as alternativas, pondera sobre as consequências de cada uma e decide em função da que considera mais valiosa.

• Os valores são, pois, os critérios em que se baseiam as nossas escolhas e as decisões que tomamos.

• Sem a noção de valor, a acção humana deixa de fazer sentido, já que as nossas escolhas são tomadas em função da importância que o homem atribui à realidade à sua volta.

• Assim, os valores conduzem e orientam a acção humana, dando-lhe sentido e significado.

• Além disso, os valores permitem a manifestação da liberdade humana, pois o mundo dos valores é um mundo de escolhas e de preferências.

• O ser humano também avalia permanentemente o mundo circundante e, ao reconhecer um certo aspecto da realidade enquanto valor, vai tê-lo em conta na tomada de decisões e nas considerações que fazemos sobre o mundo, os outros e nós próprios.

• Os valores possibilitam-nos, pois, avaliar o mundo, as nossas acções e as dos outros.

• Também são condicionantes das nossas acções, pois fazem parte da cultura que partilhamos e da sociedade em que vivemos.

1. EXPERIÊNCIA VALORATIVA E CARACTERÍSTICAS DOS VALORES

• A relação entre a acção humana e os valores permitem-nos salientar as seguintes características dos valores:

Hierarquia – se cada sujeito tem as suas preferências, isso significa que há valores que têm mais valor do que outros e que cada sujeito hierarquiza os valores de modo diferente.• A hierarquia reconhece que os valores, sendo múltiplos, não nos aparecem como um amontoado, antes segundo uma certa ordem; há entre eles relações de dependência, implicam prioridades (p. ex. tábua de valores de Max Scheler).

Diversidade – significa que podemos classificar os valores segundo a sua pluralidade ou diversidade.Na axiologia, os principais tipos de valores são:• os éticos (referem-se às normas ou critérios de conduta: bom/mau, justo/injusto);• os estéticos (belo/feio, sublime/ridículo);• os políticos (igualdade/desigualdade, justiça/injustiça, liberdade/opressão);• os religiosos (são os que dizem respeito à relação do homem com a transcendência: sagrado/profano, divino/demoníaco).

Polaridade – significa que cada valor vale positiva ou negativamente, requer dois pólos, o positivo e o negativo, o valor e o contravalor (bom/mau, belo/feio, justo/injusto).

Noções de “facto” e de “valor” • «A vida tem duas vertentes: o facto e o valor, ambos infinitos e eternos, pois nela há sempre dois movimentos: o primeiro é conhecer para agir, é progresso da técnica e da ciência; depois vem o segundo movimento que é desejar qualquer coisa de superior a que aspiramos, é sonhar aquilo que é perfeito. O primeiro aparece como observação, existência, facto. O segundo, como esperança, mito, valor.» (F. Alberoni)

• As noções de “facto” e de “valor” representam duas faces distintas da mesma realidade:

“Facto” designa o ser, aquilo que é, o real, o acontecimento, o descritível, isto é, tudo aquilo que é visto de forma objectiva, desprovido de qualquer conotação afectiva ou interpretação subjectiva; o facto é o mundo real.

• Os factos são objectivos, podem ser verificados e qualquer afirmação sobre eles pode ser verdadeira ou falsa.

Page 2: Resumo de Filosofia -Valores

“Valor” designa o dever ser, o que vale, o preferível, o possível, a importância espiritual e mental que o Homem atribui aos factos; é a projecção nos factos de uma atitude interior, é uma qualidade subjectiva atribuída pelo Homem às coisas, às pessoas, aos acontecimentos; o valor é o mundo ideal.• Os valores revelam-se nas escolhas de cada pessoa em função da sua personalidade, cultura e educação. São subjectivos e relativos.

Experiência cognitiva e experiência valorativa A atitude teorética ou cognitiva encara a realidade sob o ponto de vista do ser, como facto,

fenómeno ou acontecimento. É um acto de conhecimento, de representação, de descrição objectiva da realidade.

A atitude valorativa ou preferencial encara a realidade sob o ponto de vista do dever ser, isto é, do valor. É um acto de valoração, de atribuição de valor, atitude que nos leva a tomar posição perante as coisas, os acontecimentos e as pessoas: preferimos uns, rejeitamos outros.

2. JUÍZOS DE FACTO E JUÍZOS DE VALOR

• Quando as nossas experiências nos levam a expressar o que pensamos, sentimos e preferimos, produzimos juízos ou enunciados de dois tipos: juízos de facto e juízos de valor.

Juízos de facto• São proposições ou enunciados que descrevem a realidade.• São objectivos, isto é, não dependem da preferência ou apreciação de cada sujeito.• São empiricamente verificáveis, podendo ser considerados verdadeiros ou falsos.• Quando são verdadeiros é possível o seu reconhecimento por todos, isto é, são universais.

Juízos de valor• São proposições ou enunciados que avaliam a realidade.• São subjectivos, isto é, resultam da preferência ou apreciação de um sujeito.• Não são empiricamente verificáveis, não podendo ser considerados verdadeiros ou falsos.• Não são consensuais, pois não é possível o seu reconhecimento por todos, isto é, são particulares.

3. A NATUREZA DOS VALORES

A natureza dos valores tem a ver com as seguintes questões:• O valor é objectivo ou subjectivo?• O valor tem uma existência concreta ou depende do ser humano?• O valor é uma qualidade, uma vivência ou uma ideia?

Os valores são:a) subjectivos, como expressões das nossas emoções e sentimentos e totalmente dependentes

do sujeito?b) objectivos, como propriedades objectivas das coisas e totalmente dependentes dos objectos?c) ideias, como essências imateriais, intemporais e imutáveis e existentes em si mesmos,

independentes do homem, dos objectos, do espaço e do tempo?

Perspectivas filosóficas sobre a natureza dos valores (Manual, págs. 92-93)

Psicologismo (subjectivismo axiológico) – posição que defende que os valores devem a sua existência às características psicológicas do sujeito.Os valores são as vivências ou experiências de cada pessoa na sua relação com as coisas.

Consequências/dificuldades:• Qualquer posição valorativa é aceitável.• O ensino dos valores deixa de fazer sentido.• O debate em torno dos valores não é viável, impossibilitando o entendimento de todos os homens acerca dos valores que adoptam.

Naturalismo (objectivismo axiológico) – posição que defende que os valores são propriedades concretas das coisas.Os valores são qualidades reais das coisas e cabe ao homem descobri-los.

Consequências/dificuldades:• Não é possível explicar as diferenças e os desentendimentos dos indivíduos acerca dos valores.

Page 3: Resumo de Filosofia -Valores

Ontologismo (idealismo axiológico) – posição que defende que os valores são entidades ideais e intemporais, com existência própria independentes dos homens e dos objectos.

Consequências/dificuldades:• É difícil explicar e aceitar a existência de um mundo de valores separado do mundo real e humano.

A perspectiva de Sánchez Vázquez (Manual, pág. 94, Texto 2)• Os valores não se reduzem às vivências do sujeito que avalia.• Os valores não existem em si, como entes ideais ou reais, mas objectos reais que possuem valor.• Os valores só se dão na realidade - natural ou humana – como propriedades valiosas dessa realidade.• Os valores requerem, por conseguinte, como condição necessária, a existência de certas propriedades reais – naturais ou humanas - que consideramos valiosas.• As propriedades reais que sustentam o valor só são valiosas potencialmente.• Para se converterem em propriedades valiosas efectivas, é indispensável que o objecto se encontre em relação com o homem social, com os seus interesses ou necessidades. Deste modo, o que só vale potencialmente adquire um valor efectivo.• Os valores existem para um sujeito, entendido não apenas como mero indivíduo, mas como ser social.

Explicitando a perspectiva de Sánchez Vázquez

a) Os valores são qualidades potenciais• Os valores não têm existência própria, não são independentes, necessitam de um suporte, seja ele uma coisa, um acontecimento ou uma pessoa (um facto).• Os valores não existem independentemente dos objectos reais, só existem como propriedades valiosas das coisas.• Os valores não são seres em si mesmos, mas seres que estão noutros seres (cores).• As qualidades valorativas não são indispensáveis à existência dos objectos, não fazem parte da existência dos objectos, não lhes conferem ser (peso).• Os valores são qualidades especiais que, em certas circunstâncias, podemos atribuir a alguns objectos em função de propriedades reais que consideramos valiosas.• Os valores são aquelas qualidades que fazem com que os factos não nos sejam indiferentes.

b) Os valores têm um carácter relacional• As propriedades reais que sustentam os valores só são valiosas potencialmente. Para se actualizarem e se converterem em propriedades valiosas efectivas, é indispensável que o objecto se encontre em relação com o homem social, com os seus interesses ou necessidades.• Os valores referem-se sempre a um sujeito. Não há qualquer valor se não existir primeiro o espírito do homem. Os valores são sempre valores para alguém numa determinada circunstância.

c) Os valores são qualidades estruturais• A relação valorativa entre um sujeito e um objecto dá-se sempre numa determinada situação ou contexto.• Cada indivíduo encontra-se condicionado por uma cultura, da qual se alimenta espiritualmente. A sua apreciação das coisas, os seus juízos de valor estão de acordo com as regras, os critérios e os valores da cultura que partilha.• É o homem, enquanto ser histórico-social, que cria os valores.• Os valores são criações humanas, existem unicamente num mundo social, pelo homem e para o homem.

Os valores são, pois, realidades complexas e dinâmicas porque dependem de um conjunto de factores interactuantes, instáveis e dinâmicos: o sujeito, o objecto, a sociedade, a cultura e a história.Deste modo, os valores, além de complexos, são flutuantes e mutáveis. O homem e a vida mudam, logo os valorestambém mudam. A historicidade é própria do homem e também dos valores.

A. Sánchez Vázquez

Perenidade e historicidade e dos valores • É possível a conciliação entre a perenidade e a historicidade dos valores.

Os valores são absolutos e intemporais, isto é, independentes do espaço e do tempo, na medida em que são imperativos da consciência do Homem.Por exemplo, o divino, o bem, a beleza, a justiça, a verdade, a saúde, a utilidade são valores comuns a toda a humanidade e permanentes ao longo dos séculos (perenidade).

Page 4: Resumo de Filosofia -Valores

No entanto, os valores não são entendidos e realizados de igual forma em todas as sociedades e em todas as épocas (historicidade).

Os valores são relativos e temporais, pois dependem de um sujeito e de um objecto concretos que interagem numa determinada situação ou contexto.Os valores são sempre valores para alguém numa determinada circunstância, variam através do espaço e do tempo e ao longo da vida de cada um de nós.Os valores concretizam-se nas suas manifestações históricas (historicidade), mas estão também para além delas porque são exigências infinitas a satisfazer (perenidade).As suas manifestações históricas alteram-se e modificam-se, mas os valores permanecem como guias das nossas acções, como algo permanente e remoto nunca inteiramente alcançado, como esperança, perfeição, mito, utopia…

Em síntese: • Os valores não se confundem com as experiências que deles podemos ter.• Os valores não são factos (objectos, acontecimentos ou comportamentos), mas qualidades que reconhecemos nos factos através das nossas experiências valorativas.• Os valores são qualidades que se manifestam e concretizam nos factos, uma vez que estes têm propriedades reais que adquirem valor e lhes servem de suporte empírico.• Os valores só têm existência na sua relação com o homem sempre situado num espaço e num tempo concretos.• São expressos mediante juízos de valor.• Os valores têm polaridade, diversidade, hierarquia, universalidade, relatividade, perenidade e historicidade.

4. CRITÉRIOS VALORATIVOS

• A hierarquia de valores depende dos momentos históricos em que se vive e é reajustada conforme os contextos em que o sujeito se insere.

• Entende-se por critério valorativo o princípio ou condição que serve de base à valoração e que permite distinguir as coisas valiosas das não valiosas.

• As nossas valorações dependem de três critérios valorativos, de acordo com os quais construímos uma tábua de valores flexível em função das circunstâncias:

Pessoais – referentes à esfera íntima do sujeito e às suas características pessoais. Colectivos – consideram o sujeito na sua dimensão social e cultural. Universais – reconhecem o sujeito na sua dimensão universal, na sua relação com a

humanidade e com o planeta.

Os critérios universais concretizam-se em três critérios transubjectivos:a) A Humanidade – reconhecimento do respeito pela dignidade humana (Declaração Universal

dos Direitos Humanos). (Manual, pág. 98, Texto 4)• «Só tem valor aquilo que serve o Homem, tudo o que representa uma ameaça para a dignidade humana é desprovido de valor.» (valores universais: pessoa, autonomia, liberdade, igualdade e solidariedade).

b) O diálogo – reconhecimento da necessidade de diálogo entre indivíduos, comunidades e culturas. (Texto 5)• «Só tem valor aquilo que é melhor para todos e que tem origem em consensos discutidos, acordados e partilhados.»

c) A vida no planeta – reconhecimento do respeito pela vida de todos os seres que habitam o planeta. (Texto 6)• «Só tem valor aquilo que preserva a natureza, tudo o que provocar a sua destruição é

desprovido de valor.»

II. VALORES E CULTURA – A DIVERSIDADE E O DIÁLOGO DE CULTURAS

1. A DIMENSÃO SOCIAL E CULTURAL DOS VALORES (Manual, pág. 101)

Conceito de cultura – conjunto de manifestações materiais e imateriais que reflectem a especificidade de um grupo de indivíduos na sua maneira de sentir, pensar e agir.

Conceito de socialização – processo de integração do indivíduo numa determinada sociedade.• É através da socialização que o indivíduo aprende e assimila comportamentos, regras, normas, valores, rituais, formas de estar, de comunicar e de se relacionar com os outros.

Page 5: Resumo de Filosofia -Valores

• A socialização é um processo contínuo que decorre ao longo de toda a vida do indivíduo, sendo mais intenso durante a infância e a adolescência.

Principais características da cultura:• A cultura é uma estrutura, isto é, um conjunto de elementos interdependentes, materiais e espirituais.• A cultura é produção de novos elementos e produto de uma cultura passada.• O ser humano é sujeito e objecto da cultura, na medida em que a produz e é produto dela.• A cultura une e identifica os indivíduos como um grupo diferente dos outros.• A cultura é um fenómeno universal, presente em todos os tempos e em todas as regiões habitadas pelo ser humano.• A cultura é um fenómeno plural e diversificado, isto é, existem formas distintas de práticas culturais, costumes, hábitos e padrões de comportamento (multiculturalidade).

2. AS SOCIEDADES ACTUAIS E OS VALORES

Atitudes perante as culturas (Manual, págs.103-112)

1) Etnocentrismo – visão centrada ou egocêntrica de uma cultura em relação às outras; avaliação das outras culturas a partir de si própria, dos seus valores e padrões de comportamento.

Consequências do etnocentrismo:• As culturas dominantes tendem a impor os seus valores e modelos de comportamento às culturas minoritárias.• Destruição das culturas minoritárias, assimilação da cultura dominante e aculturação forçada.• Racismo (ideia de superioridade de um grupo racial sobre os outros).Xenofobia (aversão aos estrangeiros ou a uma cultura diferente).Discriminação e isolamento cultural.

2) Relativismo cultural – posição filosófica de acordo com a qual os critérios valorativos são dependentes de cada cultura, isto é, cada cultura só pode ser avaliada a partir de dentro, dos seus valores, ideias e padrões de comportamento.

Consequências do relativismo cultural:• Tolerância passiva ou indiferença de uma cultura perante as outras culturas, ausência de contactos entre culturas e tendência para a separação ou isolamento.• Não podemos afirmar que os costumes de outras sociedades são moralmente inferiores aos nossos.• Não podemos condenar outras sociedades simplesmente por serem “diferentes”.• Todas as práticas culturais são igualmente legítimas.• Não é possível o entendimento entre as diferentes culturas e o enriquecimento através dele.• O debate intercultural deixa de fazer sentido, assim como os valores transculturais ou transubjectivos.• Se formos totalmente tolerantes, devemos também ser tolerantes com a intolerância, o que não faz sentido.

Quais são as alternativas ao etnocentrismo e ao relativismo cultural?

3) Interculturalismo – postura que defende a necessidade de um transculturais (valores que estão acima das diferenças entre culturas, por exemplo, o valor da vida humana).

A atitude intercultural:• Reconhece a natureza plural e diversificada da natureza humana (multiculturalismo).• Promove o contacto entre as diferentes culturas, pressupondo que é possível o contacto entre elas.• Acredita que há valores que unem as diferentes comunidades.• Defende ser possível compartilhar valores e estabelecer normas de convivência.• Assume a universalidade dos direitos humanos.• Exige a prevenção de conflitos.• Aposta na educação para a interculturalidade.

A atitude intercultural assume como princípios universais: a defesa da dignidade humana; o diálogo intercultural; a cooperação solidária; a tolerância activa.

Consequências do interculturalismo:• É possível estabelecer um diálogo intercultural e partilhar valores transculturais.

Page 6: Resumo de Filosofia -Valores

• É possível colaborar na construção de respostas para problemas mundiais como a guerra, a pobreza, a fome, a distribuição da riqueza, a destruição dos ecossistemas, entre outros.• Partindo do pressuposto de que a humanidade ganha com a diversidade cultural, o interculturalismo propõe o diálogo entre as diferentes culturas no sentido de estas se enriquecerem mutuamente.

“A universalidade em contexto“ (texto 14)• Defende o universalismo dos valores, tendo em conta o contexto cultural, social e histórico de cada sociedade.• Pretende encontrar uma “solução intermédia” que assenta na ideia de que existe um “núcleo duro valores universais”, subjacentes a todas as culturas, ainda que se manifestem de maneira diferente de acordo com cada cultura.

Os valores no mundo contemporâneo • Sabemos que a ciência e a técnica permitem ao homem um acentuado domínio sobre a natureza e aceleram vertiginosamente o desenvolvimento da humanidade.• É consensual que a ciência e a tecnologia satisfazem as necessidades momentâneas do homem, criam novas necessidades e provocam um grande impacto no universo dos valores.• O desenvolvimento científico e tecnológico conduz a uma mudança de mentalidades, provoca a crise dos valores tradicionais, cria novos valores e leva-nos a uma necessária reflexão acerca dos valores.

Impõem-se, pois, a seguintes questões:

Vivemos ou não uma crise de valores? Como entendê-la?

• As respostas não são consensuais.• Segundo alguns, assistimos a um abandono dos valores tradicionais e a uma ausência de novos valores (vazio axiológico).• Para outros, trata-se apenas de uma transformação dos valores, devido ao desenvolvimento científico e tecnológico e às mudanças económicas e sociais exigidas pelo ritmo da vida moderna.• A crise e o abandono de alguns valores significa uma total ausência de valores?• Ou podemos considerar que, tal como no passado, actualmente se abandonam alguns valores, se criam novos valores e que outros permanecem ao longo do tempo como, por exemplo, a amizade, o amor, a generosidade, a honestidade, a justiça, a liberdade…?