resumo de escrita oficial

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  R EDAÇÃO DE C ORRESPONDÊNCIAS  O FICIAIS  CONCEITO  é o meio pelo qual se procura estabelecer relações de serviço na administração pública. Para que tais relações obtenham efetividade, traçam normas de linguagem e padronização no uso de fórmulas e estética para as comuni- caçõe sescritas.(Med eiros,J oãoBosco,Corre spon ncia-STéc nicasde Comun icaçã o Criativa - g. 248- Ed. Atlas - 13ª ed ição-2000 )  MODELOS DE COR R ESPONDÊNCIA OFICIAL  AVISO E OFÍCIO e praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é e xpedido exclusivamentepor Ministros deEstad o, Se- cret á rio-Geral daPre sidên ciada Re púb lica, Cons ultor-Ge ral da Repúb lica, Chefe do Estad o-Maior das Força s Arm ad a s, Che fe do Gabinete Militar da Presidência da República e pelos Secre- tários da Pr esi dênci a da Repúbli ca, paraautoridade s demesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas de- W W si e, no caso do ofício, também com particulares. Quantoas uaform a,avi soeofíciosegue mintegralme nte o modelo do “padrão ofício”, com acréscimo do destinatário. Pode-se observar mínima diferença de estrutura, sobretudo nos parágrafos do desenvolvimento, entre expedientes que apenas encaminhem documentos e outros que informem ou tratem substantivamente de determinado assunto. Forma e estrutura do aviso e ofício Quanto a sua forma, aviso  e ofício  seguem o modelo d o  padrão ofício , com acréscimo do vocativo , que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Exce len tíssimo Senhor Pres ide nte d a Repúb lica Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeça lho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:  nome do órgão ou setor;  endereço postal;  telefone e endereço de correio eletrônico. Exemplos de ofício e aviso 1. Emcompleme nto às observações transmitidas pelo telegrama nº154, de 24 de a bril úl timo, informo Vossa Excelência de que as m edidas men cionadas em sua carta n o 6708, dirigi da ao Senh or Presidente da República, estão a mpa radas pelo procedimentoa dministrativodedem arcaçãode terrasindígena sinstituí dopeloDecreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia an exa). 2. Emsua comunicação, VossaExcelênciaressalva a necessidade de que as características sócio-econômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantame ntos técnicos que atendamao disposto no art. 231, § 1º, da Constituição Federa l. Os estudos de verão inclui r os aspectos deverá ser feito conjuntame nte com o órgão federal ou estadual competente. 4. Os órgãos públi cos federais, estaduaisemun icipaisdeverão encam in- har as informações que julgarem pertinentes sobre a área e m e studo. É igualmente assegurada a m anifestação de entidades representativas da sociedade civil. 5. Os estudostécnicos elaboradospelo órgão federal deproteção ao índi o serão publicados juntam ente comas i nformaçõe s recebidas dos órgãos públicos e das en tidadescivis acima m encionadas. asse gura quea decisão a se r baixada pelo Mini stro de Estado da J ustiça sobre os lim ites e a dema rcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos nece ssários, incl usivedaquelesassinaladosemsuacarta,comanecessá riatransparênciaeagili dade . Atenciosam ente, [Nome] [cargo] 2 3,5 cm Senhor Deputado, Assunto:Dem arcação de terras indí gena s A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome] Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF [Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] [Endereço para correspondênci a]. [Endereço - continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] Brasíli a, 27 de m aio de 1991. Ofí cio nº 524/19 91/SG-PR 5 cm 3 cm 2,5 cm Modelo de umofício comduas páginas. (29,7x 21,0cm)

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REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIASOFICIAIS

CONCEITO

 é o meio pelo qual se procura estabelecerrelações de serviço na administração pública. Para que taisrelações obtenham efetividade, traçam normas de li nguagem

e padronização no uso de fórmulas e estética para as comuni-cações escri tas. (Medeiros, João Bosco, Correspondência -S Técnicas de

Comunicação Criativa - pág. 248- Ed. Atlas - 13ª edição-2000)

MODELOS DE CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

 AVISO E OFÍCIO

epraticamente idênticas. A única diferença entre eles é que oaviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, Se-cretário-Geral da Presidência da República, Consultor-Geral daRepública, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefedo Gabinete Militar da Presidência da República e pelos Secre-tários da Presidência da República, para autoridades de mesmahierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas de-

W

W

si e, no caso do ofício, também com particulares.Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem integralmente

o modelo do “padrão ofício” , com acréscimo do destinatário.Pode-se observar mínima diferença de estrutura, sobretudonos parágrafos do desenvolvimento, entre expedientes queapenas encaminhem documentos e outros que informem outratem substantivamente de determinado assunto.

Forma e estrutura do aviso e ofício

Quanto a sua forma, aviso e ofício  seguem o modelodo padrão ofício , com acréscimo do vocativo , que invoca odestinatário, seguido de vírgula.

Exemplos:Excelentíssimo Senhor Presidente da RepúblicaSenhora MinistraSenhor Chefe de GabineteDevem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as

seguintes informações do remetente:nome do órgão ou setor;

endereço postal;telefone e endereço de correio eletrônico.

Exemplos de ofício e aviso

1. Em complemento às observaçõestransmiti daspelo telegrama nº 154,de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidasmencionadas emsua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas peloprocedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decretono 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).

2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que

as características sócio-econômicas regionais.

3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indí genasdeverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao dispostono art. 231, § 1º, da Consti tuição Federal. Os estudos deverão inclui r os aspectos

deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.

4. Os órgãos públi cos federais, estaduais e municipais deverão encamin-har as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmenteassegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civi l.

5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índioserão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos edas enti dades civ is acima mencionadas.

assegura quea decisão a ser baixada pelo M inistro de Estado da Justiça sobre os limitese a demarcação de terras indígenas seja inf ormada de todosos elementos necessários,inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade.

Atenciosamente,

[Nome][cargo]

2

3,5 cm

Senhor Deputado,

Assunto: Demarcação de terrasindígenas

A Sua Excelência o SenhorDeputado [Nome]Câmara dos Deputados

70.160-900 – Brasília – DF

[Ministério][Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]

[Endereço para correspondência].[Endereço - continuação]

[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]

Brasília, 27 de maio de 1991.Ofício nº 524/1991/SG-PR

5 cm

3 cm

2,5 cm

Modelo de um ofício com duas páginas. (29,7 x 21,0 cm)

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Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura doPrimeiro , a ser realizado

em 5 de março próximo, às9 horas, no auditório da Escola Nacional de AdministraçãoPública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital.

O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa ,

instituído pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.

3 cm2,5 cm

5 cm

A Sua Excelência o Senhor[Nome e cargo]

Senhor Ministro,

Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público.

Aviso no 45/SCT-PRBrasília, 27 de fevereiro de 1991.

Atenciosamente,

[nome do signatário][cargo do signatário]

Modelo de um aviso 

MEMORANDO

O memorando é uma modalidade de comunicação entreunidades administrativas de um mesmo órgão, que podemestar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente.Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminente-mente interna a determinado órgão do Governo.

Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em-

pregado para a exposição de projetos, ideias, diretri zes, etc. aserem adotados por determinado setor do serviço público.

Forma e estrutura

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo dopadrão ofício , com a di ferença de que o seu destinatário deveser mencionado pelo cargo que ocupa.

Exemplos:Ao Sr. Chefe do Departamento de AdministraçãoAo Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

CORREIO ELETRÔNICO

O ( ”), por seu baixo custo eceleridade, transformou-se na principal forma de comunicaçãopara transmissão de documentos.

Forma e Estrutura

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico

para sua estrutura. Entretanto, deve-se evi tar o uso de li ngua-

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con- . Caso não seja disponível, deve constar

Em 12 de abri l de 1991Mem. 118/DJ

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores

1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa

neste Departamento.

2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que oideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrãoEGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador detextos, e outro gerenciador de banco de dados.

manifestou seu acordo a respeito.

deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,sobretudo, uma melhoria na quali dade dos servi ços prestados.

[nome do signatário][cargo do signatário]

Atenciosamente,

3 cm

5 cm

Modelo de um memorando  (29,7 x 21,0 cm)

Exemplo:

Setores Correlatados

SG Administrativa

Projeto nº 112/08. AMS/02

Informamos-lhes que o projeto n. 112/08. AM S/02, que se encon-

trava em análise, foi aprovado e sua execução deverá ocorrer

em 10 dias.

Anibal Martins Durães

Setor de Gestão Administrativa

 

REQUERIMENTO

 é o pedido referente a matéria de expedien-te ou de ordem, feito por Deputado ou comissão ao Presidenteda Assembleia Legislativa ou de comissão. Trata-se de umaproposição sujeita ao processo legislativo, que não deve serconfundida com o requerimento administrativo, relativo aoservidor e a suas atividades funcionais.

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Estrutura

São elementos constitutivos do requerimento:a) epígrafe ou : consiste na palavra “requerimento” ,

seguida, quando for o caso, do número de ordem. Deve sernumerado somente o requerimento que solicitar informaçõesa autoridades estaduais, inserção de documento ou pronuncia-

da administração pública;

b) : indica a autoridade a quem é dirigido (Pre-sidente da Assembléia ou Presidente de comissão);c) : corresponde ao texto da solicitação, que se

inicia com as palavras de praxe e a referência ao dispositivoregimental em que se baseia.

Deve ser conciso, de preferência com apenas um parágra-fo, exceto para solicitação adicional, referente a envio de cópiaa autoridade ou anexação do requerimento à correspondência.

d) : compreende o local (Sala das Reuniões, Saladas Comissões), a data de apresentação e o nome do autor daproposição;

e) : parte constituída dos argumentos que

demonstram a necessidade ou oportunidade da medida so-licitada.

Padronização

A padronização do requerimento se faz da seguinteforma:

• Epígrafe centralizada e grafada em caracteres maiús-culos, negritados.

• Vocativo Alinhado à esquerda, sem parágrafo, terminadoem dois-pontos e separado do texto por cinco parágrafos embranco.

parágrafo.• Nome do autor centralizado.

Título negritado, com inicial maiúscula, terminado em dois-pontos e separado do texto por um espaço em branco.

MODELO DE REQUERIMENTO

São Paulo, __ de __________ de _________ 

Excelentíssimo Senhor

 ___________________ (nome do Prefeito)Digníssimo Prefeito do Município de São Paulo

 _______________(nome da requerente), CNJP nº ________________ 

situada ________________( endereço completo), CEP___________,

telefone________, FAX ______________, e-mail  _________________,

vem por meio deste, solicitar a Vossa Excelência a concessão do Título

de Utilidade Pública Municipal, por se tratar de entidade dedicada à

a documentação anexa.

Nestes TermosP. Deferimento

 ______________________________ Assinatura do Presidente da Entidade

PARECER

 é o pronunciamento fundamentado, de caráteropinativo, de autoria de comissão ou de relator designado emPlenário, sobre matéria sujeita a seu exame.

A redação do parecer apresenta peculiaridades, confor-me o turno de tramitação a que se refere e a comissão que oelabora.

Estrutura

O parecer escrito é composto de epígrafe (ou título ),relatório, fundamentação, conclusão e fecho.

Epígrafe

Deve conter a palavra “parecer”, seguida da indicaçãoda fase de discussão, quando for o caso, e da espécie (com onúmero, se houver) de proposição sobre a qual será emitido oparecer. Na linha imediatamente inferior, aparece o nome dacomissão incumbida de examinar a matéria, a não ser quandose tratar de parecer de Plenário.

MODELO DE PARECER

PARECER N.°, DE 200...

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SOBRE O PRO-JETO DE LEI N.° ..., DE 200...

O presente parecer tem por objeto o Projeto de Lei nº......, de 2003, deautoria do ilustre Deputado.............., que objetiva....... .A proposta em questão esteve em pauta nos dias correspondentes às......à.........Sessões Ordinárias (de......de......a .... ..de.......de 2003), nos termos doitem 3, parágrafo único do artigo 148 do Regimento Interno Consoli dadoda Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, período no qual nãorecebeu emendas ou substitutivos.Em continuidade ao processo legislativo, uma vez decorrido o prazo regi-mental, foi a proposição encaminhada a esta Comissão de Constituição eJustiça, para análise de seus aspectos constitucional, legal e jurídico, nostermos do disposto pelo artigo 31, § 1º do já citado Regimento Interno.Constata-se que a medida é de natureza legislativa e de iniciativa con-corrente, em obediência aos ditames dos artigos 19, 21, inciso III, e24, “caput”, da Consti tui ção Estadual, estando ainda de acordo com o

artigo 146, inciso III, do Regimento Interno, estando, desta forma, emcondições de ser aprovado no que diz respeito aos aspectos que cumprea esta Comissão analisar.Assim sendo, não havendo óbices, manifestamo-nos favoravelmente àaprovação do Projeto de lei n.° ..., de ....É o nosso parecer.Sala das Comissões, emRelator

ATA

Aescrito dos fatos transcorridos em uma reunião.

São dois os tipos de ata adotados na Casa: a minuciosa ea sucinta. Cada reunião de Plenário é registrada em duas atas:

a minuciosa, publicada no “Diário do Legislativo”, conhecidacomo ata de imprensa; e a sucinta, lida, aprovada e assinadana reunião seguinte.

Estrutura

Formalmente, a ata inicia-se com os elementos essenciais à

de ordem da reunião, a data e o horário de realização; passa, emseguida, à lista dos presentes e ao relato dos fatos transcorridos;

A descrição da reunião apresenta sempre a mesma sequên-

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MODELO DE ATA

ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA

(razão social)CNPJ nº (informar)

Em (dia) de (mês) de (ano), na sede da empresa (razão social), inscrita noCNPJ sob o nº (informar) e com IE nº (informar), localizada à (informarendereço), foi realizada a Reunião da Diretoria, que foi presidida pelo

CPF sob o nº (informar) e no RG nº (informar), residente e domiciliado à(informar endereço), que indicou como secretário o Sr. (nome), (naciona-

no RG nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço).

 CARACTERÍSTICAS DA CORRESPONDÊNCIAOFICIAL

impessoali-dade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão,formalidade e uniformidade. Não se concebe que um atonormativo de qualquer natureza seja redigido de forma obs-

princípios impessoalidade, clareza, uniformidade, conci-são e uso de linguagem formal aplicam-se às comunicações

e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o usode certo nível de linguagem.

único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessascomunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso deexpedientes dirigidos por um órgão a outro) ou o conjuntodos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea(o público).

comunicar com impessoalidade e máxima clareza impõecertos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneiradiversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da corres-pondência particular, etc.

A IMPESSOALIDADE-

municação, são necessários:1.ausência de impressões individuais de quem comunica;2. impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas

possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebi-do como , ou a outro órgão público. Nos dois casos, temosum destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;

3. caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o

questões que dizem respeito ao interesse público, é naturalque não cabe qualquer tom particular ou pessoal.

-pressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de

uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ouda interferência da individualidade que a elabora.

A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de

ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.

A CONCISÃO E A CLAREZA

A concisão é antes uma qualidade do que uma carac-Concisão é a transmissão de um

máximo de informações com um mínimo de palavras. Paraque se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha,além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, onecessário tempo para revisar o texto depois de pronto. Assim,

W

ser conciso é empregar o mínimo de palavras para informar omáximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como eco-nomia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagenssubstanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias,passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.

A clarezacial. Assim, clareza é a imediata compreensão do texto peloleitor. A clareza depende estritamente das demais caracterís-

1. a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-tações que poderia decorrer de um tratamento personalistadado ao texto;

2. o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de

circulação restrita, como a gíria e o jargão;3. a formalidade e a padronização, que possibilitam a

imprescindível uniformidade dos textos;4. a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos

linguísticos que nada lhe acrescentam.É pela correta observação dessas características que se

redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável relei-

trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente

da falta da releitura que torna possível sua correção.PADRÃO CULTO

-

requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso deque o padrão culto é aquele em que se observam as regrasda gramática formal, e se emprega um vocabulário comumao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltarque a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação

lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismosvocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, poressa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todosos cidadãos.

FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO

isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já men-cionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão cultode linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tra-tamento: além do correto emprego deste ou daquele pronomede tratamento para uma autoridade de certo nível, é mister quehaja polidez e civi lidade no próprio enfoque dado ao assuntodo qual cuida a comunicação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manual de Redação da Presidência da República. 2ª ed. 2002.Disponível em:http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Manual/ 

ManualRedPR2aEd.PDF 

Manual de Redação Parlamentar. Assembleia Legislativade Minas Gerais. 2ª ed. Disponível em: http://www.almg.gov.br/i ndex.asp?grupo= servi cos& dir etori o= publi cacoes & arq-ui vo= manual_redacaoparl amentar 

Instrução Normativa nº 4, de 6 de março de 1992. Disponívelem

MEDEIROS, João Bosco.Correspondência: técnica de comu-nicação criativa. 13ª ed. Editora Atlas. 2000, pág. 248

NOGUEIRA, Júlio.A linguagem usual e a composição. 14ªed. São Paulo: Editora Freitas Bastos, 1982.

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EXERCÍCIOS01) (UFMG/Téc./2008) Assinale a alternativa em que não

a) Concisão.b) Impessoalidade.c) Informalidade.d) Padronização.

02) (UFMG/Téc./2008)incorretoa) os pronomes de tratamento apresentam certas pe-

culiaridades quanto à concordância verbal, nominal

gramatical, levam a concordância para a terceira pessoa .

b) quanto aos adjetivos referidos aos pronomes de trata-mento, o gênero gramatical deve coincidir com o sexoda pessoa a que se refere, e não com o substantivo quecompõe a locução.

c) incluídas as comunicações assinadas pelo Presidente

devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as

expede, abaixo do local de sua assinatura.d) na escrita dos documentos do Padrão Ofício deve serobedecida a seguinte forma de apresentação: fonte dotipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral,11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.

1403) (UFMG/Téc./2008) As pessoas autorizadas a emitir

Portarias sãoa) servidores das Forças Armadas.b) os servidores restritos à esfera civi l.c) quaisquer funcionários do Serviço Público.d) todas as autoridades do Serviço Público.

04) (UFMG/Téc./2008) Leia este texto:

PORTARIA Nº 5, DE 7 D E FEVEREIRO DE 2002.

Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos - 

CONARQ.

O CHEF E DA CASA CIV IL DA PRESI DÊN CIA DAREPÚBLICA, no uso da atri buição que lhe confere o art .9º do Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002,

R E S O L V E : 

Fi ca aprovado, na forma do Anexo, o Regimento 

Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ.

Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PEDRO PEDREIRO

Em relação ao formato e estrutura desta Portaria, é cor-reto

constituem.b) falta nela preâmbulo que a sintetize, de forma a facil itar

sua leitura.

c) em seu corpo, os seus elementos estão posicionadosincorretamente.

d) a instrução que nela aparece confunde o principalobjetivo exposto.

1605) (UFM G/Téc./2008) A alternativa em que há um exemplo

de Epígrafe é:a) LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

b) Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outrasprovidências.c) Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu

sanciono a seguinte lei (...).d) O Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

lei:

06) (UFM G/Téc./2008) São elementos constituintes dodocumento no padrão Ofício, exceto:a) Destinatário e texto.b) Exortação e apelação.c) Nome da localidade e data.d) Tipo e número do expediente.

07) (UFMG/Téc./2008) Assinale a alternativa incorreta.-

blicas e abrange atos dos poderes legislativo, executivoe judiciário.

posição social do destinatário, as chamadas formas de

-tamento mais cerimoniosas, V. Sa., S. Exa., usa-sesempre o pronome possessivo na segunda pessoa.

proeminência clareza, concisão, correção, harmonia e

polidez.17

08) (UFMG/Téc./2008) Em relação à Ata, é corretoque elaa) contém, em sua conclusão, protestos de estima e con-

sideração ou agradecimentos aos membros de umareunião.

b) pode ser assinada por todos os membros que partici-param da reunião, antes mesmo de ser lida e aprovadapelos presentes.

parágrafo, senão na primeira linha, e é assinada logoapós a última linha.

d) relata os assuntos tratados numa reunião com o máxi-

manifestaram.

09) Quanto ao tratamento Vossa Excelência dado aos desti-natários abaixo, marque a opção incorreta.a) Presidente da República.b) Presidentes de Tribunais.c) Presidentes e Membros da Câmara dos Deputados e

do Senado Federal.d) Diretores de Empresas Estatais.

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“ ... vem, mui respeitosamente, requerer de V. ...... se digneconceder-lhe a inclusão ..........”

10) O trecho acima, início de um requerimento, apresentaexpressões em desuso atualmente. Com relação à pa-dronização de forma e adequação às normas gramaticaisvigentes, marque a opção correta.a) vem, muito respeitosamente, requerer a V. ........a

inclusão ...........b) vem requerer de V. ........se digne conceder a ele a

inclusão ...........c) requer a V. ............. a inclusão ..........d) vem requerer a V. .............. que se digne conceder-lhe

a inclusão .........

11) Quanto ao emprego do pronome pessoal de tratamento,marque a opção incorreta.a) Vossa Senhoria trouxe os seus documentos?b) Vossa Excelência recebeu todos os documentos neces-

sários.c) Vossa Majestade chegará atrasado ao encontro.d) Vossa Eminência irá visitar a Sua Santidade?

incorreta.

os órgãos do serviço público ou autárquico.

linguagem da correspondência empresarial.c) O serviço públi co federal traça, para a redação dos pa-

públicos dos Estados e dos Municípios.-

sia, em comunicações internas, para possibilitar clarezae objetividade.

13) Com relação às partes do requerimento, marque a opçãoincorreta.a) vocativo. c) endereço.

b) texto. d) fecho e data.incorreção.

a) Solicitamos a Vossa Excelência opinião sobre o assunto.b) Aguardamos uma resposta de Vossa Senhoria.c) Exmo. Sr. Deputado, solicitamos-lhe seu compareci-

mento nesta Seção.d) Maria Celeste Pereira requer a V. Sª. se digne conce-

der-lhe Auxílio-doença nos termos do artigo 143 doEstatuto dos Funcionários Públicos Civis da União.

-mente, omite-se no ofício. Na lei é obrigatório.” Quanto

correta.

b) Contexto. d) Ementa.

16) O tratamento Excelência só não se aplica aa) Consultor-Geral da República.b) Secretários da Presidência da Repúbli ca.c) Auditores da Justiça Mil itar.d) Auditores Fiscais do Tesouro Nacional.

17) Só está corretaa) Para o senhor Presidente da República utilizamos a

forma de endereçamento Excelentíssimo Senhor.b) Para Secretários municipais usamos a forma de ende-

reçamento Excelentíssimo Senhor.

c) Para o Reitor da Universidade Federal de Minas Geraisutilizamos a forma de endereçamento Exmo. Sr.

d) Para o Juiz do Trabalho de Minas Gerais usamos aforma de endereçamento Ilmo. Sr.

18) (COSEAC/Agente/M DA/2009) O servidor públicoY estava com a incumbência de se comunicar com o

a possibilidade de instalar três microcomputadores no

seu Departamento. A modalidade de comunicação entreunidades administrativas de um mesmo órgão para asituação em tela é:a) Exposição de motivos.b) Mensagem.c) Memorando.d) Aviso.

19) (FEPESE/Agente/Pref. Palhoça/2009) Assinale a alter-nativacorreta.a) O memorando é o documento em que alguém, sob res-

ponsabilidade, consigna um fato ou manifesta opiniãoou conceito.

b) O memorando é a modalidade de comunicação entreunidades administrativas de um mesmo órgão, quepodem estar hierarquicamente em mesmo nível ou emníveis diferentes.

c) O correio eletrônico, pelo seu alto custo, ainda não setransformou na principal forma de comunicação paratransmissão de documentos.

d) O memorando é o documento em que alguém, sob res-ponsabilidade, consigna um fato ou manifesta opiniãoresultando num documento de comunicação externa.

20) (FEPESE/Agente/Pref. Palhoça/2009) Assinale a alter-nativacorreta.a) Carta é a modalidade de comunicação entre unidades

administrativas de um mesmo órgão, que podem estarhierarquicamente em mesmo nível ou em níveis dife-rentes.

b) Ofício é o instrumento por meio do qual o cidadãodirige-se à autoridade administrativa para solicitar umdireito ou a concessão de pedido, sob o amparo de leiou norma reguladora.

c) Contrato é o documento em que alguém, sob respon-sabilidade, consigna um fato ou manifesta opinião,resultando num documento de comunicação externa.

d) Requerimento é o instrumento por meio do qual ocidadão dirige-se à autoridade administrativa parasolicitar um direito ou a concessão de pedido, sob o

amparo de lei ou norma reguladora.

GABARITO01) C 02) C 03) D 04) A 05) A

06) B 07) C 08) C 09) D 10) C

11) D 12) D 13) C 14) D 15) D

16) D 17) A 18) C 19) B 20) D

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