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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2013

Título: O ENSINO E A PRENDIZAGEM DA ORTOGRAFIA EM SALA DE AULA

Autor VERALUCIA FILIPIN CASTRO

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de implementação do Projeto

Colégio Estadual Francisco Galdino de Lima

Município da escola Toledo

Núcleo Regional de Educação

Toledo

Professor Orientador Rita Maria Decarli Bottega

Instituição de Ensino superior

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE- Campus de Marechal Cândido Rondon.

Resumo

Esta Proposta Didática Pedagógica propõe trabalhar as dificuldades dos estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental em relação à ortografia, percebendo a relação dos textos com a escrita segundo a ortografia oficial da norma padrão, propondo atividades para uma escrita ortograficamente correta.

Sem abrir mão da leitura e produção de textos como eixos orientadores do trabalho com a língua e consoante com a concepção interacionista de linguagem, é preciso ensinar ortografia de forma sistemática, criando oportunidades para refletir sobre as dificuldades ortográficas da língua.

Será trabalhada produção de textos, leitura e atividades de análise linguística, em um processo integrado, enfocando as dificuldades de escrita manifestadas pelos alunos, a partir de diagnóstico da situação de escrita dos alunos do 6º ano.

Partindo da produção de texto dos alunos, tem-se o diagnóstico do nível de escrita dos alunos (uma ficha diagnóstica específica, que elenca os aspectos discursivos, textuais e formais de escrita), permitindo ao docente observar e relacionar os principais problemas da turma em relação ao domínio da linguagem escrita e a frequência de ocorrência de cada um deles.

Estes aspectos serão trabalhados com atividades epilinguísticas, entendidas enquanto reflexão sobre a linguagem pelo aluno, a partir da concepção interacionista de linguagem, propostas por Geraldi (1991), Riolfi (2008), as DCEs (2008), Morais (2009), Costa Val (1991).

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Ortografia; escrita; ensino; aprendizagem.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo Alunos de 6° ano do Ensino Fundamental

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APRESENTAÇÃO O aluno que domina a norma padrão tem melhores condições de

interagir de maneira mais participativa enquanto cidadão, porque estará melhor

instrumentalizado para a leitura e produção textual. Em várias situações é

exigido e, portanto, necessário o domínio da língua formal, no ingresso,

exercício e permanência em um trabalho, em práticas sociais formais, entre

outras. Apesar de dispormos das tecnologias inovadoras, é preciso que o aluno

domine os mecanismos da língua para que atue de forma consciente e crítica

na sociedade, que possui setores em que o emprego da língua em sua

variedade padrão é necessário e usual. O domínio da língua pode ser

aprendido e aperfeiçoado. A escola é o melhor espaço para isso e cabe ao

professor o seu ensino.

O trabalho do professor de língua portuguesa, portanto, deve estar

pautado no seguinte pressuposto: “não se aprende por exercícios, mas por

práticas significativas. (...) O domínio de uma língua, repito, é o resultado de

práticas efetivas, significativas, contextualizadas.” (POSSENTI, 1996, p.47). A

importância de se trabalhar o ensino e a aprendizagem de ortografia em sala

de aula se confirmam com estudos os quais defendem que mais do que

ensinar conteúdos, a escola tem o dever de possibilitar ao aluno o acesso aos

mais variados bens culturais e o domínio da norma padrão. Este domínio é

extensivo tanto à modalidade oral quanto escrita.

Sendo assim, o professor de Português deve apresentar aos seus

alunos os mais variados gêneros da língua, a fim de que percebam a grande

diversidade de possibilidades discursivas e, a partir dessa compreensão,

certamente, os educandos poderão compreender a necessidade de domínio da

norma culta, o que abrange, dentre outros aspectos, uma compreensão em

relação às inadequações do uso da linguagem escrita:

Mas isso pressupõe também outra atitude por parte do

mestre: em vez de se preocupar em punir os erros, creio que precisa pensar em um novo tipo de ensino: um ensino que trate a ortografia como objeto de reflexão. Para realizar esse ensino, acredito que precisamos, em primeiro lugar, compreender como está organizado esse objeto de conhecimento – a norma ortográfica – que ajudaremos nosso aluno a aprender. E saber um pouco sobre como a criança reconstrói a norma ortográfica

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em sua mente, como aprende (MORAIS, 2009, p.33, grifos do autor).

Mas para que o professor consiga fazer esse trabalho precisa também

estar ciente da organização da língua e ter domínio do que Morais chama de

“princípio gerativo” na ortografia:

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, aprender

ortografia não é só uma questão de memória. Nem sempre, para acertar a grafia das palavras, é necessário decorar sua forma correta. (...) como está organizada a norma ortográfica de nossa língua: que correspondências letra-som são regulares e, portanto, podem ser incorporadas pela compreensão, e quais são irregulares, exigindo que o aprendiz as memorize. Essa distinção nos permite compreender que os erros ortográficos não são “coisas idênticas”, pois erros semelhantes em sua aparência – porque envolvem a “troca de uma letra por outra” – têm naturezas diferentes (MORAIS, 2009, p.35, grifos do autor).

A presente Unidade Didática: “O ENSINO DE ORTOGRAFIA EM SALA

DE AULA”, que faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná PDE-PR, tem a finalidade de

apresentar através de uma Unidade Didática sugestões de atividades de

superação das dificuldades dos estudantes do sexto ano do Ensino

Fundamental em relação à ortografia, percebendo como se dá a relação

desses com a escrita segundo a ortografia oficial da norma padrão e outros

aspectos relacionados à escrita, propondo atividades para uma escrita

ortograficamente correta e consequentemente um aperfeiçoamento da

produção de texto dos alunos. As atividades elaboradas propõem-se a um

levantamento das principais dificuldades ortográficas em produções escritas de

alunos, por meio de análise nos referidos textos, registro em tabela para

localizar as dificuldades com maior incidência. A partir dos dados coletados na

análise diagnóstica, há a proposição das atividades buscando uma forma de

trabalho diferenciado, com atividades que levem o aluno a refletir sobre a

ortografia da língua portuguesa e sobre outros aspectos que envolvem o uso

da linguagem em sua modalidade escrita.

Como recurso didático-pedagógico, será adotada a Caderneta das

descobertas, que será utilizada para registro das dificuldades encontradas no

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decorrer das atividades. As atividades receberão como título Minhas

descobertas de escrita, onde cada aluno terá sua caderneta e anotará todas as

descobertas que forem feitas, as regras que forem sendo elaboradas no

decorrer das aulas a cada discussão realizada. Se em um dado momento

ocorrer de encontrar outra palavra com a mesma situação já registrada na

caderneta, o aluno retornará ao registro e acrescentará essa nova palavra, de

forma que as regras serão sempre retomadas, relembradas facilitando assim a

fixação.

Objetivando ampliar o nível de leitura, compreensão, interpretação e

produção escrita dos alunos do 6º ano, elaborou-se todas as atividades

propostas nesta Unidade Didática que serão implementadas ao longo do

primeiro semestre de 2014, no Colégio Estadual Vereador Francisco Galdino

de Lima, localizado no Jardim Paraná, na Avenida Mauá, s/nº, no município de

Toledo, Paraná. O Colégio Estadual Vereador Francisco Galdino de Lima

atende uma clientela de aproximadamente 382 alunos. Os alunos, na sua

maioria, são provenientes da zona urbana de Toledo, de classes sociais de

poder aquisitivo baixo.

Para dar início ao trabalho com ortografia pensou-se primeiramente em

um tema para serem desenvolvidas as atividades de leitura, interpretação e

produção, uma vez que todo o trabalho com a linguagem escrita deve estar

articulado à leitura e produção de textos. O tema será introduzido com as

Histórias familiares dos alunos, posteriormente Histórias familiares diversas

inventadas para então chegar ao pretendido, Lendas.

A Unidade Didática desenvolvida está dividida em quatro Módulos: o

Módulo Um apresenta uma proposta de resgate e de reflexão por parte do

aluno das histórias familiares vividas através de produção de texto junto com a

família, relatando os momentos marcantes já vividos. A partir dessa produção,

tem-se o diagnóstico do nível de escrita dos alunos (uma ficha diagnóstica

específica, que elenca os aspectos discursivos, textuais e formais de escrita),

permitindo ao docente observar e relacionar os principais problemas da turma

em relação ao domínio da linguagem escrita e a frequência de ocorrência de

cada um deles, a qual será atualizada a cada nova produção dos alunos.

Em todos os momentos, os alunos estarão em contato com atividades

de reflexão e construção das regras do sistema ortográfico da língua

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portuguesa e de outros usos linguísticos, abrangendo outros casos

relacionados à produção escrita. Estes aspectos serão trabalhados com

atividades epilinguísticas, entendidas enquanto reflexão sobre a linguagem

pelo aluno, a partir da concepção interacionista de linguagem, propostas por

Geraldi (1991), Riolfi (2008), as DCEs (2008), Morais (2009), Costa Val (1991).

O Módulo Dois apresenta textos de narrativas familiares diversas

inventadas (literárias) com vários questionamentos sobre as mesmas, com

atividades que ajudam o aluno a ‘interrogar, questionar o escrito’, procurar

extrair sentido, hipóteses para construir o seu próprio sentido e, o seu

conhecimento de como se organiza a ortografia e a linguagem.

O Módulo Três faz uma relação das narrativas familiares com histórias

inventadas fazendo um linking com as lendas. Nesse Módulo, propõe-se um

trabalho de leitura com diversas lendas para que o aluno tenha contato com

esse gênero e assim possa sentir-se apto para a produção escrita do gênero

em estudo.

O Módulo Quatro propõe uma nova produção escrita, a qual também

será lançada na ficha diagnóstica para comparar com os textos produzidos no

primeiro momento, fazendo uma avaliação dos resultados do projeto, com o

intuito de verificar se o nível de escrita dos alunos se alterou, com base nos

resultados encontrados.

Portanto, através deste trabalho pretende-se incentivar o aluno a

preocupar-se com a escrita ortograficamente correta, ampliar a sua capacidade

de escrita como um processo de construção de sentidos e acima de tudo,

oportunizar possibilidades de perceber que escrever seguindo as normas

ortográficas oferece-lhe condições para atuar de forma consciente e crítica na

sociedade.

Por fim, as atividades desenvolvidas nesta Unidade Didática pretendem

resultar em práticas pedagógicas que podem vir a ser incorporadas no

cotidiano escolar em todos os momentos, pois este trabalho pode ainda

contribuir para demonstrar aos professores a possibilidade de usar atividades

específicas para ampliar a competência de escrita de seus alunos, nas mais

diversas áreas.

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TEMA: HISTÓRIAS INVENTADAS NAS MAIS DIFERENTES CULTURAS

MÓDULO 1

1° momento

Recuperação das histórias familiares

1ª atividade

Iniciar a aula com as apresentações informalmente sobre o trabalho

que será desenvolvido no decorrer das aulas. Após esse primeiro momento,

assistir a um vídeo (dança) com o título História de uma família. O vídeo pode

ser localizado em: <http://www.youtube.com/watch?v=JHH4r9P_iMg>. Acesso

em 10 out. 2013.

Assistido ao vídeo, fazer uma breve análise da história do que foi

apresentado. O vídeo, em forma de dança moderna, conta a história de dois

jovens que se apaixonam, casam-se, despedem-se de seus familiares e

mudam-se de cidade para começar uma vida juntos constituindo uma nova

família. Porém, o jovem vai servir ao exército e é convocado à guerra. Numa

batalha, perde a vida. Resta aos seus companheiros apenas a triste tarefa de

trazê-lo para casa para sua família prestar-lhe a última homenagem.

O que o jovem soldado não sabia é que sua esposa esperava uma

filha. O tempo passa, mas a menina nunca deixa de visitar o pai no seu túmulo

levando-lhe flores na companhia de sua mãe.

A professora oportunizará espaço para que os alunos falem da

impressão que sentiram ao assistir ao vídeo. Trata-se de uma história familiar

de final trágico.

Entregar para os alunos o texto Pilobolus.

“A companhia de dança norte-americana Pilobolus surgiu em 1971 na

Universidade de Darthmouth, fundada pelos bailarinos e coreógrafos Moses

Pendleton e Jonathan Wolken (1949-2010). Pioneira em unir leveza à força e

precisão dos movimentos acrobáticos, traz ao palco elementos como o

ilusionismo dos jogos de luzes e sombras, onde corpos se encaixam de tal

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forma que chegam a confundir o expectador. Pontos, esses, pelos quais ficou

mundialmente conhecida.”

Disponível em <http://dancapos-

moderna2.blogspot.com.br/p/pilobolus.html>. Acessado em: 10 out. 2013.

A professora fará a leitura do texto para a turma.

Falar-lhes sobre a companhia de dança norte-americana Pilobolus,

com as informações técnicas dessa companhia, presentes no texto impresso

Pilobolus.

Partir para as discussões sobre as histórias familiares dos alunos,

lançando - lhes perguntas:

- Quais histórias fazem parte da sua família?

- Há alguma história que você recorda nesse momento? Comente com

a turma.

Deixar que comentem suas experiências e suas histórias vividas com

familiares.

A professora também compartilhará alguma história familiar com os

seus alunos.

2° momento

Descontraindo

1ª atividade

Propor para os alunos que façam um levantamento de piadas entre os

familiares, façam o registro das mesmas e tragam-nas para as próximas aulas.

Além de trazê-las por escrito, os alunos deverão preparar-se para fazer a

contação de piadas para a classe. Lembrá-los que para a turma compreender

bem a piada a apresentação deve ser preparada, pois a piada precisa ser

contada com bom tom de voz – entonação, emoção, ter uma sequência, que

encaminha para o desfecho e provoca a quebra de expectativa e por isso é

que se provoca o humor. Na escolha das piadas, está vedada a seleção

daquelas que induzem ao preconceito ou com linguagem chula.

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2ª atividade

A partir das piadas coletadas, organizar atividades sobre pontuação

presente em diálogos: dois pontos, travessão (indicador da fala dos

personagens), paragrafação. A professora escolherá uma piada em que

aparecem esses elementos do diálogo, fará alteração retirando a pontuação e

solicitará aos alunos que reescrevam a piada fazendo as correções

necessárias.

A professora solicitará aos alunos para registrarem na Caderneta das

descobertas as reflexões feitas sobre as regras de pontuação usadas em

diálogos.

3° momento

Exercícios de escrita

1ª atividade

Atividades de coesão e concordância verbal

1- Releia o texto Pilobolus, observe o fragmento: “Como principais

prêmios em homenagem e reconhecimento a excelente fusão entre ginástica e

dança trabalhada pelo grupo, vê-se o Prêmio da Crítica de Berlin e o Primetime

Emmy Award”.

a- A palavra fusão no fragmento acima refere-se a que elementos

do texto?

b- Se eliminássemos a expressão: “e o Primetime Emmy Award”, o

fragmento deveria ser reelaborado, pois teria um problema de concordância.

Como você poderia reelaborá-lo?

2- Releia este fragmento para responder as questões a seguir: “No

decorrer do tempo, tornou-se uma das companhias mais respeitadas e

reconhecidas pela singularidade de seu trabalho, assim como, uma das mais

criticadas e divisora de opiniões. O que não parece ser um problema, visto que

Kuribayashi, o “dance captain” do grupo, afirma que pior seria se as pessoas

que os assistem não tivessem nenhuma opinião a respeito”.

a- Na frase: “O que não parece ser um problema, visto que” a

expressão em destaque poderia ser substituída por outra e não mudaria o

sentido da frase. Qual seria essa expressão?

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I-"entretanto”

II- “porém”

III- “uma vez que”

IV- “embora”

b- O fragmento: “tornou-se uma das companhias mais respeitadas e

reconhecidas pela singularidade de seu trabalho, assim como, uma das mais

criticadas e divisora de opiniões”.

A expressão em destaque pode ser substituída por qual expressão sem

prejudicar o sentido da frase?

I-"entretanto”

II- “porém”

III- “bem como”

IV- “embora”

c- Localize no fragmento a quem se refere a palavra “afirma”.

d- a expressão “ que os assistem” refere-se a quem?

e- Localize no fragmento a quem se refere o pronome “seu”.

f- Qual é o sentido da expressão “singularidade” no fragmento?

g- A quem se refere a palavra em destaque na expressão “não

tivessem nenhuma opinião a respeito”?

3- Reescreva o fragmento a seguir substituindo a expressão em

destaque por outra sem modificar o sentido da frase.

“Passadas quatro décadas, o elenco inicial se desfez, porém, o

processo de criação se manteve e o grupo tornou-se uma instituição

constituída de três núcleos”.

4- Observe o fragmento: “Passada quatro década o elenco inicial se

desfez”.

a- Neste fragmento aparece um problema de concordância nominal.

Como deveria ser corrigido?

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4° momento

Produção de texto

2ª atividade

Atividade de produção textual

Entregar aos alunos uma folha impressa com a seguinte comanda:

Vocês perceberam que temos muitas histórias que marcaram nossas

vidas e que nos constituíram e continuam nos constituindo enquanto pessoas.

Por isso, em casa, converse com seus familiares e faça um registro do

levantamento das histórias mais marcantes de suas vidas (na vida de sua

família) ou até mesmo dos causos que já foram e continuam sendo contados

de geração em geração na sua família.

Começando a escrita

Após ter ouvido e registrado os relatos de seus familiares, reveja as

anotações e reescreva-as elaborando uma narrativa para ser lida e

compartilhada com a turma na próxima aula.

Comece a escrever.

Faça primeiro um rascunho, deixe as ideias fluírem naturalmente.

Depois de pronto, leia o texto. Veja se a parte que você escreveu

está clara, faz sentido, combina, isto é, é coerente com a história.

Leia mais uma vez observando se as frases que você escreveu

estão claras, se apresentam uma sequência, se não deixou de dar nenhuma

informação que seja importante para compreensão da história.

Bom trabalho!!!

Em outro momento, será montado um painel com as produções das

histórias familiares para exposição em sala objetivando a apreciação por outros

alunos.

3ª atividade

Os alunos apresentarão para a turma as histórias elaboradas com os

familiares, compartilhando a experiência com os colegas.

Com o uso do Mapa Mundi, localizar os lugares onde ocorreram as

histórias que serão lidas ou contadas pelos alunos.

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A professora recolherá o texto para posterior correção e levantamento

das dificuldades apresentadas. Depois da leitura diagnóstica, a professora fará

uma breve correção dos textos (com anotações aos alunos) para que os textos

ou o material fiquem aptos a serem expostos no mural da sala.

Os textos originais serão xerocados antes das correções e da reescrita.

Com estes textos será realizada a avaliação diagnóstica dos problemas de

escrita da turma, conforme tabela diagnóstica específica.

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TABELA PARA CORREÇÃO DE TEXTOS

Concepção

Composição do gênero

Elementos de análise

Gênero discursivo conteúdo estruturante DCE Produção de texto (Geraldi)

Situação de produção do

texto

Aborda o tema? a) Atende à necessidade de interação estabelecida (Quem? p/ quem? O quê? Quando? Onde? – contexto de produção)? b) Atende ao formato do gênero? c) Está adequado à esfera de circulação? Expressa o domínio da capacidade de linguagem que o gênero requer (narrar, relatar, argumentar, expor ou descrever ações)? (Ver p. 100 DCE) (Lembrem-se: antes de cobrar um gênero para produção, este deve ter sido trabalhado)

Aspectos textuais coesão e coerência

Linguística Textual

Coerência Textual – do ponto de vista do produtor, no texto Articulação Não-contradição Informatividade – progressão Articulação

Coesão Exofórica Endofórica (referencial (elipse, repetição do mesmo item lexical, Uso de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos)

Endofórica (seqüencial) Conectores que estabelecem sentido corretamente

Aspectos formais

(VER OS CASOS)

Ortografia, Pontuação, acentuação, troca de letras, concordância (verbal e nominal); regência (verbal e nominal); conjugação verbal; adequação vocabular, paragrafação, colocação pronominal, ..... (muitos problemas acima são motivados pela transcrição fonética/uso da expressão empregada na oralidade).

Fonte: Prof. Dra. Rita Maria Decarli Bottega

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5° momento

Apresentando o recurso Caderneta das descobertas

Como recurso didático-pedagógico, será adotada a Caderneta das

descobertas, que será utilizada para registro das dificuldades encontradas no

decorrer das atividades. As atividades receberão como título Minhas

descobertas de escrita, onde cada aluno terá sua caderneta e anotará todas as

descobertas que forem feitas, as regras que forem sendo elaboradas no

decorrer das aulas a cada discussão realizada. Se em um dado momento

ocorrer de encontrar outra palavra com a mesma situação já registrada na

caderneta, o aluno retornará ao registro e acrescentará essa nova palavra, de

forma que as regras e os usos serão sempre retomados, relembrados

facilitando assim a fixação.

6° momento

Identificando o H inicial

A partir do tema em discussão História de família, explorar o H inicial

da palavra história, como dificuldade ortográfica comumente identificada nas

escritas dos alunos.

Atividade escrita

Propor que recortem de revistas palavras que iniciem com a letra H.

Colar as palavras recortadas em seus cadernos e transcrevê-las para um

cartaz (solicitar que observem o tamanho de letra para que o cartaz seja legível

para todos da sala).

Após solicitar que leiam as palavras encontradas e reescritas no cartaz.

Pedir que observem que a letra H inicial não tem som (fonema). Esclarecer que

ocorre o H inicial ocorre por força da origem da palavra como: Hora – Humor –

Hoje- - Haver – Hera – Hélice.

Em virtude do uso convencional: Hã? - Hem? - Hei! - Hum! - essas

expressões se referem a interjeições, indicando consentimento, chamamento,

invocação...

Os alunos confeccionarão um bingo de palavras iniciadas com H.

Entregar para cada aluno uma cartela já recortada com espaço para

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aproximadamente 20 palavras, solicitar que copie do cartaz as palavras que

desejar, até completar a cartela.

Todas as palavras do cartaz serão copiadas pela professora para

serem colocadas em uma caixinha.

Modelo de cartela

7° momento

Explorando iniciais maiúsculas e minúsculas

As atividades a seguir elaboradas foram adaptadas das sugestões no

Portal do Professor, MEC, pela prof. Eliana A. Carleto. Data de postagem 20

maio 2013.

Organizar os alunos em uma roda de conversa e estabelecer um

diálogo sobre o que eles sabem sobre as letras do alfabeto, perguntar:

- quais são as letras do nosso alfabeto?

- Quantas são?

- Alguém conhece a ordem alfabética, ou seja, como as letras

aparecem no alfabeto?

Ouvir as respostas e fazer novos questionamentos:

- vocês sabem quando devemos usar letra maiúscula e quando usar

minúscula?

Brincadeira das roletas

Em seguida, propor uma brincadeira com algumas letras do alfabeto.

Com duas roletas, sendo uma contendo em suas partes letras maiúsculas e a

outra letras minúsculas. Explicar que cada um, na sua vez, irá girar as roletas e

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que quando estas pararem deverá escrever palavras que iniciam com as letras

onde a roleta parou.

Para o registro, entregar a cada aluno uma ficha, exemplo a seguir. (É

importante que registrem a letra obedecendo o critério- maiúscula e minúscula)

Aluno: ___________________________________________Data: _____/____

Letra: maiúscula Letra: minúscula

Palavras: _____________________ _____________________

Palavras: _____________________

______________________

O mesmo modelo da ficha será reproduzido em um cartaz. Propor

reflexões sobre quais palavras os alunos escreveram com letra maiúscula e

quais escreveram com minúscula. Transcrever algumas palavras que foram

escritas nas fichas para o cartaz e elaborar as conclusões com os alunos,

usamos inicial maiúscula para:

- nomes de pessoas;

- nome de municípios (cidade), estados, países;

- nome de ruas (vias) e lugares públicos;

- no início de frases, períodos, versos;

- títulos de livros, revistas, jornais;

- nomes dos pontos cardeais ao indicarem regiões.

- edifícios ou estabelecimentos públicos e particulares.

- pronomes de tratamento (quando exige respeito);

8° momento

Acróstico

Solicitar aos alunos que façam um acróstico do próprio nome, do seu

nome, do nome de colegas, dentre outros. (Acróstico é uma composição

poética em que as letras iniciais de cada verso formam um nome). Exemplo:

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Esperta

Dedicada

Inteligente

Talentosa

Educada

9° momento

Jogo stop

Reunir os alunos em duplas ou trios. Fazer com eles o Jogo STOP,

também conhecido como "Adedonha".

Providenciar para cada membro do grupo uma folha de papel avulsa,

contendo as orientações e os nomes de: pessoas, animais, frutas, CEP...

Stop

Pessoas

Animais

Frutas

CEP

Cidade Estado País

Rua

Sobrenome

Esportes

Total pontos

Os comandos abaixo determinarão os nomes a serem escritos em

cada linha:

Palavras que comecem a letra t

Palavras que comecem a letra d

Palavras que comecem a letra p

Palavras que comecem a letra b

Palavras que comecem a letra f

Palavras que comecem a letra v

Palavras que comecem a letra r

Palavras que comecem a letra l

Palavras que comecem a letra x

Palavras que comecem a letra ch

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1- O primeiro grupo que completar a linha grita STOP.

2- Imediatamente, todos param de escrever e riscam a coluna que não

conseguiram completar.

3- Um membro de cada grupo, na sua vez, vai até a lousa e registra as

palavras descobertas.

4- Verificar, com a participação da turma, as palavras que foram

escritas corretamente. Cada uma delas vale um ponto. Contar os pontos e

anotar o total ao lado de cada linha.

5- Depois das rodadas, faz-se a soma da pontuação para saber quem

fez mais pontos.

Importante: Se nenhum grupo gritar STOP, depois de certo tempo,

será encerrada a rodada. Se algum grupo escrever uma palavra igual à dos

outros, todos ganham um ponto. Se algum grupo escrever uma palavra que

ninguém tenha escrito, ganha dois pontos. Antes do início do jogo, as regras

serão apresentadas aos alunos. É importante que as regras sejam de

conhecimento e consenso de todos. Após a concordância de todos, as regras

não serão modificadas ao longo do jogo.

Quando os alunos terminarem de jogar, observar as palavras na lousa

e, dialogar com a turma questionando:

- Ao escreverem as palavras de cada rodada, vocês tiveram dúvidas

quanto ao uso de maiúsculas e minúsculas? Por quê?

Atividade escrita

Pensando no jogo STOP, faça o que se pede:

1- Observando a ficha do jogo, responda:

a- Todas as palavras que você usou no jogo são nomes. Para que servem os nomes?

_________________________________________________________ b- Em algumas das palavras você precisou usar a letra maiúscula? Por

que isso foi necessário?

_________________________________________________________

c- Das palavras que você registrou quais são nomes de pessoas?

Quais são nomes de lugares?

________________________________________________________

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · desses com a escrita segundo a ortografia oficial da norma padrão e outros aspectos relacionados à escrita, propondo atividades

d- Escreva o nosso alfabeto usando letra maiúscula e minúscula:

________________________________________________________

e - Escolha o nome de uma pessoa ou de outra cidade e encontre nele

o maior número de palavras que você conseguir.

_________________________________________________________

10° momento

Revendo as fichas da atividade: Brincadeira das roletas

Entregar as fichas preenchidas durante a Brincadeira das roletas.

Estimular a turma a rever as letras e as palavras que escreveram.

Fazer um registro na Caderneta das descobertas contemplando a

atividade realizada anteriormente e as conclusões às quais chegaram após a

revisão de suas escritas.

Minhas descobertas

Agora, vou rever a ficha que preenchi durante a Brincadeira do alfabeto

e vou reescrever as palavras que não havia escrito de maneira convencional.

(Cada aluno reescreve, caso haja, as palavras que não havia escrito

corretamente. Se o aluno não teve nenhum equívoco, poderá registrar a última

frase assim: Reli minha ficha e descobri que escrevi todas as palavras

corretamente.).

Minha opinião sobre esta atividade é... porque... (Resposta pessoal).

11° momento

Bingo Ortográfico

Nesta atividade, a intenção é desenvolver no aluno a percepção visual

e a escrita correta das palavras. Os alunos, em grupos, deverão recortar

figuras coloridas de objetos variados de revistas como, por exemplo, roupas,

sapatos, óculos, frutas, animais, etc. Colar essas figuras em cartolina,

formando trinta e seis fichas. Em uma caixa, colar papeizinhos dobrados com

os nomes das figuras. Distribuir as figuras entre os participantes e sortear os

papéis com seus nomes. O aluno que estiver com a figura deve apresentá-la

escrevendo a palavra no quadro e o aluno que estiver com a escrita da palavra

fará a correção. Marca ponto quem não errar a escrita.

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MÓDULO 2

1° momento

Hora do conto

Apresentar para a turma a obra O menino que descobriu o sol, de

Roberto Gomes.

Essa obra será trabalhada com o intuito de explorar o tema narrativa

familiar, pois relata as descobertas que um menino faz quando seu avô – que a

família julga maluco e inconveniente – vem morar em sua casa. Os dois,

menino e avô, vão estabelecer uma amizade que irá transformar para sempre

suas vidas.

A obra em sua 6ª edição foi publicada em 1998, pela editora FTD. Com

ilustrações de Helena Alexandrino, faz parte da Coleção heróis do cotidiano.

Explicar que essa obra será lida por capítulos durante as aulas.

Organizaremos essa leitura com a seguinte estratégia: um capítulo será lido

pela professora, e em outro momento o outro capítulo será lido pelos alunos

em folha impressa. Assim sucessivamente, até concluir a leitura do livro.

2° momento

Histórias familiares diversas

Neste momento, serão oportunizadas leituras aos alunos de textos com

a temática narrativas familiares para que os alunos tenham acesso a esse

tipo de texto para posteriormente fazer sua produção de um relato contando

sobre sua vida.

Enfatizar com os alunos a diferença entre os textos ficcionais literários

e as biografias dos autores dos textos literários.

Fornecer informações sobre os elementos que compõem uma

narrativa: A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os

personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo

passa.

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O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo,

espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço

e tempo.

Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:

- Apresentação;

- Complicação ou desenvolvimento;

- Clímax;

- Desfecho.

Explicar a diferença entre narrativa e relato, o relato é uma exposição

objetiva que tem o intuito de registrar acontecimentos ou fatos reais. É próprio

da linguagem jornalística, de depoimentos pessoais, etc.

A narrativa, no entanto, não se refere só ao acontecido. Não tem

compromisso com o evento real. Nela, realidade e ficção não têm limites

precisos. Um relato, copia-se; uma narração (conto, por exemplo) inventa-se.

Entregar para os alunos o texto Seus pais (adaptado de: O menino que

descobriu o sol, Roberto Gomes).

“Seus pais eram gozados, pensou o menino.

A mãe sempre preocupada com a casa, limpando, esfregando,

costurando, exigindo que cada coisa estivesse no seu lugar. Por mais que ela

se penteasse, o menino achava que sempre estava despenteada. É que falava

demais, aos berros, as mãos girando em todas as direções, como um cata-

vento desgovernado”.

(GOMES, Roberto. O menino que descobriu o sol; ilustrações Helena

Alexandrino. – 6. ed. - São Paulo: FTD, 1998. p. 8.)

Apresentar-lhes a obra de onde foi extraído o texto.

Entregar-lhes o texto Quem é Roberto Gomes, o texto é uma

autobiografia que o autor fez para publicar na obra: O menino que descobriu o

sol.

“É difícil falar na primeira pessoa. Eu fiz. Eu nasci. Eu fui e voltei. Quem

sou eu, afinal? Sou aquele que nasceu em 1944, no dia 8 de outubro? Aquele

que, depois de uma briga de rua, fugiu com medo da mãe do adversário, que

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diziam ser feiticeira? Aquele que, na fuga, se jogou por entre os fios de uma

cerca de arame farpado, cujas marcas traz até hoje nas costas? Aquele que

tomava banho de rio contra as recomendações da mãe? O que reprovou no

segundo ano do ginásio? O que passou em primeiro lugar no primeiro ano

primário e ganhou um livro lindo, com figuras que se armavam ao abrir adas

páginas?”

(GOMES, Roberto. O menino que descobriu o sol; ilustrações Helena

Alexandrino. – 6. ed. - São Paulo: FTD, 1998.)

A professora fará a leitura da autobiografia para os alunos, explicar o

que é uma autobiografia: Autobiografia é gênero literário em que uma pessoa

narra história da sua vida, trata-se de uma biografia escrita ou narrada por

quem está sendo biografado. Geralmente resulta de quando o autor procede ao

levantamento de sua própria existência.

Perceber o recurso que o autor utilizou para falar de si mesmo,

iniciando com interrogações sobre coisas que relatam sua trajetória de vida.

A professora fará a leitura do texto Seus pais para a classe.

Os alunos farão a leitura do texto individualmente.

Destacar com a turma qual é a tese que está presente no texto.

Questionar: quem conta a história, é um narrador-observador ou

narrador-personagem?

Explicar que existem diferentes narradores em textos narrativos.

O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual

participa também como personagem.

O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª

pessoa, sem participar das ações. Localizar no texto os indícios do narrador, ou

seja, as palavras que permitem que seja localizado a voz do narrador.

Registrar na Caderneta das descobertas:

Minhas descobertas: narrador-observador e narrador-personagem

Para ficar mais fácil identificar o narrador, vamos chamá-lo de

narrador-observador, quando ele conta a história, sem participar dela;

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Vamos chamar de narrador-personagem quando ele está “dentro” da

história, quer dizer, “vive” também como personagem o que aconteceu na

história.

3° momento

Explorando o plural

1ª atividade

1- Releia o primeiro parágrafo do texto Quem é Roberto Gomes

“É difícil falar na primeira pessoa. Eu fiz. Eu nasci. Eu fui e voltei. Quem

sou eu, afinal? Sou aquele que nasceu em 1944, no dia 8 de outubro? Aquele

que, depois de uma briga de rua, fugiu com medo da mãe do adversário, que

diziam ser feiticeira? Aquele que, na fuga, se jogou por entre os fios de uma

cerca de arame farpado, cujas marcas traz até hoje nas costas? Aquele que

tomava banho de rio contra as recomendações da mãe? O que reprovou no

segundo ano do ginásio? O que passou em primeiro lugar no primeiro ano

primário e ganhou um livro lindo, com figuras que se aramavam ao abrir adas

páginas?”

(GOMES, Roberto. O menino que descobriu o sol; ilustrações Helena

Alexandrino. – 6. ed. - São Paulo: FTD, 1998.)

a- Passe-o para o plural fazendo as adaptações necessárias.

Após a transcrição do parágrafo para o plural fazer a correção

juntamente com os alunos no quadro para que observem as alterações que

sofreram algumas palavras: verbos, pronomes que passaram de 1ª pessoa do

singular para a 1ª pessoa do plural.

4° momento

Emprego de J e G

A partir do texto biografia Quem é Roberto Gomes, explorar a letra G e

J das palavras presentes no texto com o som /gê/.

Solicitar que destaquem no texto as palavras que encontrarem com o G

ou J que apresentem o fonema /gê/: fugiu, ginásio, páginas, bobagem, gente.

Apresentar um cartaz de pregas dividido em duas partes. De um lado

os alunos só poderão encaixar palavras com j e do outro palavras com g.

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Entregar para cada criança uma palavra com ge, gi, je ou ji que tenham

no lugar das letras g ou j, um espaço em branco. Exemplo: tra__e - cora__em.

Os alunos deverão colocar as palavras presas no lado certo do cartaz.

Incentivar, neste momento, o uso do dicionário. Solicitar que

descubram o significado das palavras apresentadas.

A partir das palavras presas no cartaz fazer reflexões e juntamente

com os alunos ir criando as regras e registrar na Caderneta das descobertas.

Minhas descobertas: Emprego do J e do G

Exemplo de reflexão feita a partir das palavras trabalhadas:

Vamos ler e registrar regras para o uso do je, ji, ge e gi.

Muitas vezes, as letras G e J representam o mesmo fonema, assim

como em:

- ajeitava e agenda

- colégio e beijinho

Observe que a letra G só representa esse som diante das letras __ ou

____.

Diante de ____, ____ e ___ as letras G e J representam fonemas

diferentes.

IMPORTANTE: Geralmente, escrevemos com ___ as palavras

terminadas em agem, igem, ugem:

- coragem, fuligem, ferrugem

Também escrevemos com ____ as palavras com as terminações ágio,

égio, ígio, ógio, úgio

- pedágio - colégio - prestígio - relógio - refúgio

Escrevemos com ___ as palavras de origem africana ou indígena:

- canjica, jiboia, pajé

Escrevemos com ___ as palavras com as terminações em aje:

- laje, traje, ultraje

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Para fechar a aprendizagem, propor a escrita de um texto onde

apareçam, pelo menos, cinco das palavras presas no cartaz.

5° momento

Retomando Histórias familiares diversas

1ª atividade

Entregar para os alunos o texto O tapa.

“Foi aí que apareceu o Rodrigo. O Rodrigo é meu irmão e a gente

chama ele de Rô. Ele veio entrando no meu quarto, mas era hora de

lançamento do meu foguete secreto e eu queria ficar sozinho e falei:

− Vai embora, Rô.”

O tapa, Ciça e Zélio (Cecília Vicente de Azevedo Alves Pinto & Zélio

Alves Pinto ). Coleção Segundas histórias. FTD, 2008.

A professora fará a leitura do texto para a classe.

Posteriormente, os alunos farão leitura individualizada.

Destacar no texto a relação de convivência familiar entre os irmãos.

Como se sente o narrador – personagem em relação ao irmão.

Entregar o texto Biografia da autora Ciça Alves Pinto.

“Nasceu em São Paulo e aos 13 anos mudou-se com a família para o

Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Jacobina.

Trabalhou como jornalista e casou-se com o também jornalista e

artista plástico Zélio, com quem tem três filhos”.

Adaptado de: <http://www.globaleditora.com.br/autores/busca-de-

autores/?AutorID=2504>. Acesso em: 07 nov. 2013.

A professora fará a leitura do texto.

Questionar: quem é a autora? Você já conhece alguma obra dessa

autora?

2ª atividade

Estudo do texto

Desenvolver atividades de estudo de texto com os textos trabalhados O

tapa e Biografia da autora Ciça Alves Pinto.

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1- O narrador do texto é ----------------------------------, isto é, o

personagem fala sobre si mesmo. Sublinhe no texto as passagens que

comprovem esta afirmação.

2- Perceba que há sentimento de culpa por parte do narrador em

relação à atitude agressiva que teve com o irmão. Como isto está presente no

texto?

3- Fale sobre sua família: você tem irmãos? Como é o

relacionamento com eles? Se não tiver, fale do relacionamento com seus

primos ou outras crianças da família.

4- O que você pensa sobre o sentimento de culpa do narrador?

5 - Releia o terceiro parágrafo do texto Biografia da autora Ciça Alves

Pinto e responda as questões a seguir.

“De volta a São Paulo, começou a publicar na Folha de S. Paulo uma

tira de quadrinhos chamada O Pato, onde permaneceu por mais de vinte anos

e alçou voo para outros veículos como o Jornal do Brasil e o Correio da Manhã.

Participou por dois anos consecutivos como convidada do Festival

Internacional de Quadrinhos, em Lucca, na Itália”.

a- Observe a expressão: “e alçou voo para outros veículos como o

Jornal do Brasil e o Correio da Manhã”. Explique o que significa essa

expressão:

b- Observe o vocábulo “consecutivos”. Que significado essa palavra

expressa? Quais são as outras palavras na frase possuem o mesmo sentido,

ou se referem ao sentido de “consecutivos”?

c- Passe para o futuro do presente este parágrafo do texto.

d- Depois de realizada a atividade c, reescreva-a transcrevendo o

fragmento para o plural e observe as alterações nos verbos.

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Para a correção desta atividade, solicitar que os alunos escrevam no

quadro o fragmento transcrito para o plural e juntamente com eles fazer a

observação das mudanças ocorridas nos verbos.

6° momento

Retomando Histórias familiares diversas

1ª atividade

Entregar para os alunos o texto Serafina sem rotina.

“Só podia dar no que deu. Quando eu estava voltando da escola, vi

dois urubus em cima do telhado de uma casa. “Gosto, desgosto...”

Você não deve estar entendendo nada, né? Claro, se não conhece a

brincadeira! Minha mãe que me ensinou: quando vê urubus em cima de algum

telhado (só serve se for no telhado de alguma casa), tem que ir contando e

dizendo, começando no primeiro: “gosto, desgosto, encontro, carta, convite,

casamento”. Se tiver mais de seis, você começa com “gosto” de novo e vê

onde para. Se forem nove urubus, por exemplo, você vai ter um encontro. Já

pensou que legal?”

(PORTO, Cristina. Serafina sem rotina. Ilustrações: Michele Iacocca. -

São Paulo: Ática, 1994.)

Entregar, juntamente, o texto Biografia da autora Cristina Porto.

“Maria Cristina Porto Martins nasceu em 1949, na cidade de Tietê, no

interior de São Paulo. Durante toda a sua infância, teve o hábito de escrever

diários, sua primeira prática com a escrita. Aos 19 anos mudou-se para São

Paulo, onde estudou Letras.”

Adaptado de:

<http://www.atica.com.br/SitePages/autores.aspx?Autor=2239>. Acesso em: 07

nov. 2013

A professora fará a leitura dos textos para a classe.

Os alunos farão primeiramente a leitura silenciosa e depois

individualizada do texto Serafina sem rotina.

Oportunizar momento de conversação sobre o texto, deixar que os

alunos façam seus comentários.

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Chamar a atenção sobre o meio de divulgação, para a data de

publicação da obra, perguntando-os há quantos anos o texto foi publicado, se é

novo ou se é mais velho que os alunos.

A professora explicará que o texto é uma narrativa, relembrar as

características que compõem a narrativa já mencionadas em aulas anteriores.

Conversando sobre o texto:

está escrito com narrador em primeira pessoa, isto é, o

personagem fala sobre si mesmo.

perceber que há conceito de superstição presente no texto.

oportunizar momento para que os alunos falem sobre superstição.

o que pensam sobre superstição.

2ª atividade

Após a leitura do texto Serafina sem rotina, fazer interpretação do texto

com as seguintes questões:

Estudo do texto

1- Localize sublinhando no texto as informações que se relacionam,:

a- À data em que o texto foi produzido ou publicado:

b- Ao autor:

c- Ao título:

1- Realize leitura silenciosa do texto, observe as palavras que você

não conhece, destaque-as e procure saber o significado. Se precisar consulte o

dicionário.

2- Serafina percebe que tem dois urubus em cima do telhado da

casa. Do que ela se lembra? O que acontece para ela após isso? Como

funciona a brincadeira que a mãe lhe ensinou?

3- Como Serafina passa o seu dia após a cena dos urubus?

4- Como Serafina se sentia após tantos desgostos?

5- Como Serafina age para se livrar das situações desagradáveis?

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6- Descreva qual atitude você toma para livrar-se de situações

desagradáveis como a de Serafina:

7- Você acredita em superstições? Você também pensa que

encontrar urubus podem gerar um dia de desgostos?

8- O texto lido é uma narrativa. Que tipo de narrador apresenta-se

no texto? Justifique copiando uma frase.

9- Observe a frase: “parecia que o mundo tinha desabado!”, mude o

ponto (!) de exclamação pelo ponto (?) de interrogação e leia-a em voz alta. A

frase mudou de sentido? Qual sentido passou a ter?

a- Utilizando a mesma frase acima, pontue com o ponto final,

explique qual foi a alteração de sentido obtido.

7° momento

1ª atividade

Atividade proposta em uma folha impressa:

Agora você é o autor:

Escreva um texto contando sobre a sua vida, o que viveu, fatos

marcantes de sua trajetória de vida.

Após a produção repasse seu texto a um colega para que este possa

sugerir mudanças, se necessárias e fazer os seus comentários. Reveja seu

texto fazendo as alterações ou ajustes sugeridos pelo colega e leia-o para a

classe.

Apresentar para a turma os textos elaborados compartilhando a

experiência com os colegas.

Obs. A professora irá recolher os textos antes de os alunos repassá-los

aos colegas, evitando assim, que o texto sofra alterações para resultar em um

diagnóstico mais exato. Depois de xerocar o texto, a atividade seguirá

normalmente.

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Os textos originais serão xerocados antes das correções e da reescrita.

Com estes textos será realizada a avalição diagnóstica II, dos problemas de

escrita da turma, conforme tabela diagnóstica específica, exposta

anteriormente.

As dificuldades apresentadas serão tabuladas para perceber se as

dificuldades ortográficas são regulares ou irregulares, destacar as mais

recorrentes para a partir desta tabulação desenvolver atividades de superação

dos problemas.

8° momento

Identificando os sons do R

As atividades apresentadas a seguir foram adaptadas das sugestões

da prof. Fernanda Maurício Simões que estão disponíveis no site Portal do

Professor, postadas no dia 09 nov. 2009 e da prof. Flávia Helena Pontes

Carneiro postadas no dia 15 dez. 2009.

1ª atividade

Partindo das palavras Serafina - rotina, solicitar que os alunos

observem o som que a letra R apresenta nas duas palavras, analisá-las

quanto à presença do som R forte ou R fraco, (ex: carro, caro, rosa, bezerro,

rua, carta, andorinha). Neste momento, o interesse não será em saber se a

grafia das palavras é com R ou RR, interessa apenas chamar atenção para o

som.

Dividir os alunos em trios. Distribuir para os trios o conjunto com as

imagens: ferro de passar, cachorro, barraca, rosa, relógio, barata, besouro,

urubu, rato, torre, laranja, rei, mamadeira, carroça, geladeira, guitarra, garrafa,

arara, régua, robô, vassoura, charrete.

Expor na sala dois cartazes, um azul e outro amarelo. Solicitar que

eles separem as imagens em dois grupos e colem sobre o cartaz azul aquelas

imagens que, quando falamos, apresentam o som do R forte e sobre o cartaz

amarelo, as que o som do R é fraco. Fazer uma leitura coletiva das imagens

previamente para evitar que surjam dúvidas na nomeação das mesmas.

Page 31: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · desses com a escrita segundo a ortografia oficial da norma padrão e outros aspectos relacionados à escrita, propondo atividades

2ª atividade

Depois de desenvolverem a consciência do som do R com som forte e

do R com som fraco, apresentar um conjunto de palavras com o R intervocálico

(CARO/CARRO; CARETA/CARRETA; MURO/MURRO; CORA/ CORRA,

EROS/ERROS; AREIA/ARREIA ). Apresentar as palavras e formular perguntas

para que observem a relação entre o som forte e fraco e o contexto em que

aparecem, que é entre vogais.

Possibilitar uma discussão em sala a respeito das hipóteses e

observações dos alunos para que eles elaborem e/ou reelaborem seus

conhecimentos. A regra que se espera que eles formulem é a de que quando

pronunciamos o R com som forte entre vogais ele será grafado com RR.

Após a construção da regra, deve-se escrevê-la na Caderneta das

descobertas para servir de fonte de consulta sempre que necessário. Fazer

também uma lista de exemplos e acrescentar palavras à medida que surgirem.

3ª atividade

Os alunos, depois de observarem o uso do RR nas palavras que têm

som do R forte, começam a usar indiscriminadamente o RR em outros

contextos. Para auxiliar os alunos a evitar essa hipercorreção, solicitar a

observação e a reflexão de outras situações onde apareça o som do R forte e o

som do R fraco.

Ler, uma a uma, as palavras de uma lista e solicitar aos alunos que

batam palmas quando o som for forte.

Ex.: (careta, caro, merenda, prato, fruta, rato, roupa, carteira, formiga,

brincar, carreta, carro, cigarra).

Fraco:

- entre vogais (careta, caro, merenda);

- entre consoante e vogal ( prato; fruta)

Forte:

- no início da palavra (rato, roupa)

- no final da sílaba (carteira, formiga, brincar)

- entre vogais (carreta, carro, cigarra);

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Em seguida, escrever no quadro e pedir para os alunos observarem se

a palavra é escrita com R ou RR. Percebendo que o som do R forte pode

aparecer na escrita grafado com um R ou com RR, dependendo do contexto

(ex.: corda, correto). Após a escrita da lista de todas as palavras no quadro,

fazer as seguintes perguntas:

Em que palavras apareceram o R forte? E o R fraco?

Elaborar uma tabela e solicitar que os alunos pensem que palavras

poderiam ser colocadas juntas da palavra indicada. Favorecer o debate, a

argumentação pelos alunos e a descoberta de princípios gerativos de uso do R

ou RR nos contextos em que aparecem.

RISADA TRABALHO FORÇA VERÃO CARRETA HONRA

A partir da análise da tabela e das reformulações que os alunos farão

em suas classificações iniciais, estimular a criar regras para cada caso.

Perguntar para favorecer a reflexão:

-Toda vez que tem o som do R forte vamos usar RR?

- Em que posição a letra R aparece? E a RR?

- Em que palavra podemos pensar que tem o som do R forte e usa RR

na escrita?

- Em que palavra podemos pensar que tem o som do R forte, mas

usamos R?

- Em que situação usamos o RR? Quais as letras que vêm antes e

depois do RR?

- Quando o som do R é forte no começo da palavra podemos usar RR?

- Existe alguma palavra que começa com RR?

- Alguma palavra termina com RR?

- E a palavra honra, outro dia uma criança escreveu assim: honrra.

- As palavras com R no início tem o mesmo som do R no meio da

palavra?

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- Leia e compare o som do R no início da palavra e do RR no meio da

palavra?

- Poderíamos pensar numa regra que nos auxilie reconhecer e usar o R

ou o RR na escrita de palavras?

Elaborar juntamente com a turma as regras e conclusões a que os

alunos chegaram a partir das questões e registrar na Caderneta das

descobertas.

Exemplo:

Hoje, descobrimos que a letra R pode aparecer em qualquer lugar da

palavra.

Quando a letra R é a primeira letra da palavra, depois dela sempre vem

uma vogal e ela é pronunciada de modo forte. No meio da palavra para se ter o

mesmo som forte devemos usar o RR. Não existem palavras iniciadas por RR.

9° momento

Jogo da memória do R e RR

Registrar algumas palavras que apareçam o R e RR, exemplo: roupa,

estudar, errado, mordidinha, presa, morar, roer... Todas as palavras serão

escritas repetidas. Colar numa cartolina e cortar as palavras em fichas. Formar

grupos de 4 a 5 alunos. Orientar as regras do jogo. Colocar todas as fichas

com as palavras viradas para baixo. Cada grupo deve sortear quem começa a

jogar. O primeiro jogador vira uma ficha, lê a palavra e tenta virar outra ficha

onde a mesma palavra esteja escrita. Se conseguir achar continua jogando,

caso contrário passa a vez para o outro jogador. O jogo termina quando todas

as palavras forem descobertas.

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MÓDULO 3

1º momento

Relação das histórias familiares com as lendas

1ª atividade

Conversar sobre as histórias narradas, lidas pelos alunos destacando

se são histórias reais ou inventadas.

Diferenciar o que é realidade do que é ficção. Perceber se os alunos

têm facilidade para fazer essa distinção.

Retomar o texto Serafina sem rotina para discutir sobre superstições e

crenças.

Trabalhar com os alunos o texto informativo O que é lenda.

“Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas, visando

explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais

com imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do

imaginário popular. No que se tornam conhecidas vão sendo registradas na

linguagem escrita.”

Adaptado de: <http://www.significados.com.br/lenda/>. Acesso em: 20 out. 2013

Conversar sobre as lendas mais conhecidas, deixar que os alunos

falem das lendas já ouvidas ou lidas. A professora comenta que no Brasil a

diversidade de lendas é muito ampla, cada região possui as suas lendas devido

à diversidade cultural que constitui o povo brasileiro, pois cada região foi

constituída por imigrantes vindos de diferentes países, os quais trouxeram

consigo suas crenças, seus costumes, suas gastronomia e assim por diante.

2ª atividade

Entregar para os alunos o texto informativo Literatura de Cordel.

“Literatura de cordel é um tipo de poema popular, oral e impresso

em folhetos, geralmente expostos para venda pendurados em cordas ou

cordéis, o que deu origem ao nome.

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O nome de cordel é original de Portugal, que tinha a tradição de

pendurar folhetos em barbantes. Essa tradição se espalhou para o Nordeste do

Brasil, onde o nome acabou sendo herdado, mas a tradição do barbante não se

perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes.”

Adaptado de: <http://www.significados.com.br/literatura-de-cordel/>.

Acesso em: 23 out. 2013.

A professora fará a leitura do texto.

Comentar que a lenda que será lida é escrita em forma de Literatura

de Cordel que é um tipo de poema popular, oral e impressa em folhetos,

geralmente expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu

origem ao nome.

Entregar para o aluno o texto lenda em forma de cordel A mulher que

subiu ao céu da autora Célia Cris Silva, ilustrador Rogério Coelho, Editora

Aymará.

“Olha, comadre, comadre,

Essa história que ora conto

Aconteceu há muito tempo

Foi um tempo bem remoto.

Diz da história de uma mãe

Que por amor a um rebento

Venceu a morte e foi ao céu

Reclamar o filho morto.”

(SILVA, Célia Cris. A mulher que subiu ao céu; ilustrações

Rogério Coelho. Curitiba: Aymará, 2009.)

A lenda conta sobre uma mulher que vê que seu filhinho está doente,

então sai com ele na canoa para procurar ajuda médica, viajou na canoa por

quase dois dias. Mas ao chegar ao Posto de Saúde percebeu que não havia

nem médico, nem enfermeira, ninguém para ajudá-la, então continuou

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caminhando e entrou numa capelinha e ali começou a rezar pedindo ao Pai, ao

Filho e a Maria Mãe de Jesus que lhe atendessem não deixassem seu filhinho

morrer.

A noite chegou e ela com o menino já morto no colo, parecendo uma

pedra. Chegou uma velha segurando um lampião e alumiou a escuridão. De

repente, surge uma escada. A mãe subiu com o menino. A velha ficou com o

lampião. A mãe cansada de tanto subir a escada que parecia não ter fim foi

pedindo para Nossa Senhora para ajudá-la, ela ouviu uma voz que sussurrava

em seu ouvido: “Vá para casa com o menino”. A escada se acabou a mulher se

despencou. Acordou no chão e do seu lado estava o lampião. O menino

respirava, dormia sono profundo. Da escada, a mulher não viu nem sinal e da

velha só tinha a lembrança.

Explicar aos alunos a estrutura formal do poema: recuo de parágrafo

em todos os versos, pontuação que pode ou não existir, noção de verso e

estrofe, inicias maiúsculas. Reforçar ainda a formatação própria de um texto de

cordel (número de estrofes e de versos) que não se repete em outros poemas.

Fazer atividades de interpretação e uso da linguagem com a lenda

cordel.

3ª atividade

Estudo do texto

1- O texto lido é uma lenda escrita em estilo cordel. Observe a

estrutura que o texto segue e responda as seguintes questões:

a- como são iniciados os versos, com letras maiúsculas ou

minúsculas?

b- De quantos versos são compostas as estrofes? Há uma variação

ou são todas iguais?

c- Como está usada a pontuação?

2- Observe que a linguagem utilizada na lenda é típica da literatura

de cordel. Procure no dicionário as palavras que você desconhece o

significado:

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3- O texto está organizado como um diálogo entre o narrador com o

leitor. Como se dá isso no texto? Reescreva os versos que comprovem essa

estrutura.

4- Observe estes versos:

“Dizem que me algum lugar no mundo

Existe uma escada para o céu.

Quem nela sobe nunca desce.

Pois acha que o céu é a terra

E fica por lá, para sempre!”

e- Na sua opinião o que acontece com a mãe-mulher? Você acha

que ela realmente subiu ao céu?

2º momento

Emprego de s / ss

As atividades apresentadas a seguir foram adaptadas das sugestões

da prof. Ana Letícia Lima Guedes que estão disponíveis no site Portal do

Professor postadas no dia 19 maio 2010.

1ª atividade

A partir da lenda A mulher que subiu ao céu destacar na palavra subiu

o som do s e de outras palavras no texto que contenham a letra s.

Solicitar que os alunos observem e destaquem no texto as palavras

com s, ss: história, sadio, robusto, viçoso, existe, sobe, sabe, propenso,

encosto, posto, quase, dois, dias, olhos, respirava, esvaía, escuridão, sinal,

poupassem, suave, só, nesse, seu, depois, sussurrou, casa, segurando, disse,

despencou, pesava, Nossa Senhora, as , mulheres, léguas, caladas, espada,

se, respirava, disfarçada, surgiu, escada, subiu, pensava, pesadelo, sinistro,

sonho, mesmo, sempre, pois.

Distribuir para cada dupla de alunos uma folha de papel com a tabela

abaixo. Copiar as palavras pesquisadas do texto na tabela do caçador de

palavras, organizando-as de acordo com o critério estipulado na tabela.

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Caçador de palavras do S/SS/Z

ASA

ESCOVA

SEMÁFORO

PÊSSEGO

GANSO

Fazer o jogo do caçador de palavras do S/SS.

Cada dupla receberá um dicionário e no tempo determinado pela

professora deverá caçar o maior número que conseguir de palavra com S/SS.

Ao final do jogo, montar uma lista de palavras, pedir aos alunos para

copiar no caderno. Esta lista será repassada em um cartaz para expor no mural

da sala.

2ª atividade

Escolher algumas palavras em que apareça o S / SS e pedir para

turma observar:

- Quais letras que aparecem no início de cada palavra?

- A letra S aparece no começo, meio ou no final das palavras? E o SS?

- Qual o som do S no meio de vogais? E do SS?

Registrar cada descoberta feita pela turma na Caderneta das

descobertas.

Exemplo de registro com as considerações levantadas com os alunos:

Minhas descobertas.

Emprego de S / SS

- O SS nunca inicia palavra.

- O S pode aparecer no começo, meio e final da palavra.

- O S no meio da palavra, entre vogais, tem o mesmo som do Z.

- Para ter o som diferente do Z no meio da palavra, entre vogais,

devemos usar SS.

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3ª atividade

Jogo de Bingo

Criar várias cartelas com as palavras pesquisadas e escrever, num

papel a parte, cada palavra das cartelas. Colocar as palavras soltas dentro de

uma caixa e distribuir as cartelas e grãos de feijão para cada grupo de alunos.

Um jogador lê a palavra sorteada e quem tiver a palavra em sua cartela

marca com o grão de feijão.

O jogo termina quando um dos grupos preencherem toda a cartela com

os grãos de feijão.

4ª atividade

Atividade de fixação

Atividade de fixação em folha impressa, Cruzadinha e Caça-palavras

do S ou SS. Disponível em:

<http://www.educandocomcriatividade.com.br/2010/06/ortografia-s-ou-

ss.html>. Acesso em: 28 nov. 2013.

5ª atividade

Exercitando com jogos

Levar os alunos ao Laboratório de Informática para ter contato com

alguns jogos visando à sistematização do uso do s ou ss. Acessar o Site de

jogo Atividades com s ou ss: <http://educa-

inf.webnode.com.br/a2%C2%BA%20ano/atvidades-com-s-ou-ss/>. Acesso em:

28 nov. 2013.

3° momento

Conhecendo lendas

Retomar o texto informativo O que é Lenda.

Comentar o conceito já discutido em sala. Explicar aos alunos que

existem várias outras lendas espalhadas pelo nosso país, que cada região

costuma ter uma lenda que se espalha de geração em geração. Aproveitar

para citar outras lendas do folclore brasileiro.

Oportunizar acesso a várias obras com lendas das mais diversas para

que os alunos façam leituras e possam familiarizar-se com a tipologia lenda.

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Segue a lista das lendas sugeridas para a leitura:

A carreta dourada (Sul)

Lenda do Primeiro Gaúcho (Lenda

do Sul)

Dona Beija – Lenda mineira da

região do Desemboque

Lenda da bela Dona Beija em

Paracatu

Lenda de Mestre Campo Manuel de

Bastos Nerva e as Cabaças

O Boi das Aspas de Ouro

A Dança dos Tangarás

A Erva-Mate

A Mandioca

O Fogo

O Peixe-Boi

Os Rios

Tamba-Taja

A Lua

O Açaí

Porque os Galos cantam de

madrugada

A Besta Fera

Cabra Cabriola

Curupira ou Caipora

Lobisomem

Mapinguari

Matinta Pereira

Mula-sem-cabeça

O Boto

O Papa Figo

Romãozinho

Saci-pererê

Diabinho da Garrafa

Negro D'Agua

Cabeça de Cuia

A filha do pescador - conto popular

A Cidade Encantada de

Jericoacoara

Lenda do Corpo Santo Avinho

Corpo Santo

A Lenda da Lagoa da Prata

A Lenda do Caboclo Paraguassu

Lenda do Tamandaré

Morte de Zumbi

A Lenda do Dia e da Noite

Chico Rei (Sudeste)

O Casaca-de-ferro (Sudeste)

O Caipora (Sertão)

Os fogos misteriosos

Boitatá

Sapucaia-oroca (Nordeste)

Como Surgiram os Diamantes

(Sudeste)

O Anhanguera (Sudeste)

A Lenda do Urutau ou Jurutaui

O Negrinho do Pastoreio

A Cidade Subterrânea (Sudeste)

A Lenda da Lagoa Azul

Lenda das Sete Cidades - A princesa

e o pastor

A Lenda do Guaraná

A Lenda do Uirapuru

A Lenda do Sol e da Lua (Versão de

Uma Lenda Nigeriana)

Muiraquitã

Os Diamantes

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O Guaraná

Os Saltos do Iguaçu

O Urubu e a Tartaruga

Uirapuru

Vitória-Régia

Bicho Papão

João-de-Barro

O Paraíso dos Insetos

O Lobisomem (Sertão)

A Caverna dos Suspiros

O Carneiro de Ouro

Vaqueiro Misterioso

Cordel da Serpente Emplumada

Sereia - Conto de Iemanjá

Sereias, as donzelas do mar

Solicitar que escolham uma das lendas lida e recontem para seus

colegas. Pedir que eles registrem por escrito a lenda escolhida.

Orientar os alunos que ao escreverem devem respeitar algumas regras

para a produção de texto:

- Explicar como tudo começou;

- Apresentar os personagens;

- Citar os lugares em que os fatos ocorreram (selva, mata, outro

mundo...);

- Desenvolver a história, narrando os fatos conforme foram

acontecendo;

- Apresentar o final da narrativa, isto é contar como tudo terminou.

Convidar os alunos a fazerem uma rodinha sentados, pedir que cada

um conte qual a lenda que escolheu e em que região do país ela surgiu.

Levar um mapa do Brasil para mostrar para os alunos a localização da

região que será citada.

Concluir as atividades enfatizando o caráter ficcional das lendas.

“Explicar que as lendas são histórias criadas pelas pessoas para explicar, de

modo imaginário, determinados fenômenos ou acontecimentos, que cada povo

possui seu conjunto de lendas, que são contadas oralmente, de geração em

geração, até que um dia alguém as registre por escrito.

As lendas e os personagens folclóricos fazem parte da cultura de um

povo, são criadas com base em crenças e costumes. O folclore brasileiro é rico

em lendas, geralmente associadas à natureza. Algumas dessas histórias

chegaram aqui com os povos que colonizaram nossas terras, como os

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portugueses. Outras nasceram com os índios, cuidadores e respeitosos por

excelência da mãe Natureza.”

Adaptado de:

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=5121

8>. Acesso em 28 nov. 2013.

4º momento

Explorando o C e Ç

1ª atividade

Pedir à turma para pesquisar no texto A mulher que subiu ao céu

palavras com ç e copiar no caderno: viçoso, esperança, disfarçada, coração,

lembrança, graça.

Solicitar que os alunos pesquisem outras palavras com ç.

Explorar as palavras com ç pesquisadas. Listá-las no quadro.

Como uma brincadeira de desvendar enigma, detetives a postos. A

professora poderá brincar com os alunos, vestindo uma boina e uma capa e

usando uma lupa sobre as palavras listadas no quadro, para dramatizar uma

investigação. Trocar a fantasia de detetive com a turma e continuar a

brincadeira, alternando os alunos.

Pedir aos alunos para observarem a posição do ç nas palavras.

Perguntar se o ç poderia aparecer como 1ª letra na palavra. Levantar as

respostas dos alunos e então concluir com eles que não se usa ç no início das

palavras.

O outro enigma a ser desvendado vem em seguida: pedir para

destacarem (com marcador de texto, lápis de cor ou canetinha) nas palavras

pesquisadas a letra que aparece depois do ç. Identificar as letras

apresentadas: a, o, u. Às vezes, na pesquisa, não encontram palavras com a

sílaba çu, então a professora poderá incluir algumas na lista do quadro.

Exemplos: açúcar, caçula, cupuaçu e açude.

Desafiar o grupo com a proposta de continuar a pesquisa para

encontrar palavras que pudessem ter outras letras depois do ç, diferentes de a,

o, u.

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Questioná-los sobre a possibilidade de se ter e ou i. Então será a hora

de apresentar o ce e ci e concluir que não se usa ç, antes de e ou i, mas

apenas antes de a, o, u.

Solicitar que agora retornem ao texto e copiem palavras com ce e ci:

céu, aconteceu, venceu, oferecia, carece, doce, desce.

Registrar na Caderneta das descobertas as descobertas que fizeram

juntos sobre o uso do ç e do c.

Minhas descobertas sobre o uso do ç e do c

A letra c tem som de /k/ quando aparece antes das vogais a, o, u.

A letra c tem som de /s/ quando aparece antes das vogais e, i.

Para que a letra c tenha som de /s/ antes das vogais a, o, u, ela

assume a forma ç.

Observação: A notação / / indica o som produzido.

2ª atividade

Em outro momento explorar as palavras contendo ss, já trabalhadas

comparando o som e a grafia.

Confrontar duas palavras com essa diferença na escrita, por exemplo:

poço X posso, contextualizadas em frases.

A mulher pega água do poço.

Eu posso entrar?

Levar a turma em seguida, a observar o pedaço marcado nas palavras

e perceber a semelhança e a diferença entre eles.

Ex.: O que o pedaço marcado nas palavras tem de igual e de

diferente?

poço posso

Continuar o trabalho, apresentando textos ou frases contendo palavras

com ss e ç e pedir para escreverem em colunas, marcando essa diferença:

Palavras com ss

Palavras com ç

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3ª atividade

1- A cedilha muda o significado das palavras. Observe e faça como no

modelo.

troca - troça

faca -

louca -

calca -

coca -

forca -

cocar -

2- Ditado com 20 palavras com as letras C e Ç. Os alunos

escreverão as palavras no caderno de Língua Portuguesa.

Sugestões de palavras que poderão ser ditadas:

almoço – morcego - melancia – cadarço – cigarra – sumiço – cenoura –

pescoço – tecido – especial – açude – oceano – onça – berço – alface – caça –

palhaço – açúcar – macio - cabeça.

4ª atividade

Dominó de C e Ç

Com as palavras trabalhadas com c e ç, elaborar um jogo de dominó

em grupos. Cada grupo sorteará 28 palavras, cada palavra deverá ser escrita 2

vezes nas peças, de maneira que o jogo só terá uma forma para ser concluído,

quando todas as palavras encontrarem seus pares.

Modelo de peça do dominó

força

calça

5° momento

Recuperação das histórias familiares

Entregar-lhes as histórias familiares produzidas e já corrigidas.

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Conversar com cada aluno sobre as dificuldades apontadas. Solicitar

que reescrevam fazendo as correções para exposição no painel da sala de

aula. Elaborar o painel com as produções dividindo-as em Nossas Histórias

familiares reais e histórias familiares inventadas/ficcionais.

Relacionar as histórias lidas pelos alunos com as lendas.

6° momento

Primitivo e derivado

1ª atividade

Explorar a partir da palavra familiares o conceito de primitivo e

derivado, com a seguinte atividade.

Escrever as seguintes frases no quadro:

A minha história de família comoveu ao público.

As histórias familiares são comoventes.

Expor no quadro um cartaz contendo no centro a palavra história.

Propor aos alunos que pesquisem outras palavras que foram formadas

a partir da palavra história e escrevam-na no cartaz exposto.

HISTÓRIA

Dividir a turma em duplas.

Propor que escolham outra palavra e repitam a mesma atividade.

Solicitar que os alunos classifiquem as palavras marcadas usando dois

grupos:

Grupo 1 – substantivos que dão origem a novas palavras -

________________________

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Grupo 2 – substantivos que são originados de outros substantivos

__________________

Registrar com eles: As palavras do grupo 1 recebem o nome de

substantivos primitivos.

As palavras do grupo 2 recebem o nome de substantivos derivados.

No dicionário: Cada dupla terá que pesquisar no dicionário o significado

das palavras primitivo e derivado e, em seguida, elaborar frases que expliquem

os nomes substantivo primitivo e substantivo derivado.

Leitura oral das conclusões.

Registro das atividades na Caderneta das descobertas.

Sugerir que escrevam substantivos derivados para as palavras.

ESCADA

CASA

CÉU

LUZ

Será realizada a correção coletiva.

2ª atividade

Atividades de fixação para o primitivo e derivado com folha impressa.

Disponível em:

<http://professorajanainaspolidorio.wordpress.com/2012/05/18/substantivos-

primitivos-e-derivados/>. Acesso em: 23 nov. 2013.

7° momento

Trabalhando com música

Explorando o uso do s/ss, nh, m no final da palavra, r/rr.

Esta atividade foi adaptada de

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=16287>,

sugestão da prof. Lucia Fernanda da Silva, postada no dia 01 dez. 2009 no site

do Portal do Professor.

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1ª atividade

Propor aos alunos um ditado divertido, ou seja, eles irão fazer como no

tempo dos seus avós, “tirar” a letra de uma música, com o título Na casa da

vovó Bisa tem. Faixa 04, do Álbum infantil "Gabriel o Pensador: Para Crianças".

Aproveitar para contar que antigamente, quando havia disco de vinil e vitrola,

fita cassete as pessoas precisavam ouvir várias vezes a música para conseguir

escrever a letra da canção e assim cantar junto com o cantor.

Expor sobre o trabalho do cantor e compositor, Gabriel o Pensador, aos

alunos:

“Gabriel Contino, mais conhecido pelo nome artístico Gabriel, o

Pensador, é um rapper, compositor, escritor e empresário brasileiro. Iniciou sua

carreira musical ao lançar uma fita demo (demonstração) com a música "Tô

Feliz", sendo logo contratado pela Sony Music.

Além de cantor, Gabriel é escritor e lançou em 2001 o livro

autobiográfico Diário Noturno. Quatro anos mais tarde lançou Um Garoto

Chamado Rorbeto, que ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro infantil no ano

seguinte.

Paralelamente a isso, Gabriel também é um ativista social tendo como

projetos o "Pensador Futebol" que investe em jovens jogadores que querem se

profissionalizar. Além de projetos de futebol, ainda tem um projeto social

conhecido como "Pensando Junto" que atende as crianças carentes da

Rocinha.”

Adaptado de: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel,_o_Pensador>.

Acesso em: 28 nov. 2013

Apresentar o trabalho do cantor voltado para crianças o CD GABRIEL

O PENSADOR para crianças, que foi gravado em 2007.

Sugerir a turma para fazer uma viagem ao tempo dos seus avós e tirar

a letra da música Na casa da vovó Bisa, Faixa 04, interpretada por Gabriel o

Pensador. Mas apenas completando as lacunas.

“Na casa da vovó bisa tem: _________________

Na casa da vovó bisa tem: _________________

Na casa da vovó bisa tem: _________________

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Na casa da vovó bisa tem: tem um __________

O cheiro do pescoço da vó bisa é bom demais

(Oh! cheirinho bom do pescocinho da vovó)”

Adaptado de: <http://letras.mus.br/gabriel-pensador/1094604/>. Acesso

em: 28 nov. 2013.

Orientar os alunos para que leiam a letra da música. Ouvir o

comentário dos alunos e conversar sobre o conteúdo da música. Ouvir a

música e cantar com a turma.

Solicitar que escrevam as palavras que estão faltando e comparar com

o colega ao lado. Fazer a correção das palavras junto com a turma, utilizando a

tevê pendrive e questionar sobre como escreveram as palavras se usaram s ou

ss, r ou rr por exemplo, relembrando as regras ortográficas já trabalhadas.

Propor aos alunos para fazerem desenhos sobre a música e expor no

mural da sala.

8° momento

Explorando as produções de textos

A partir do levantamento das dificuldades apresentadas nos textos

produzidos pelos alunos sobre as histórias familiares, desenvolver atividades de

textualização.

1ª atividade

Atividades de coesão textual referencial:

Selecionar um fragmento de texto com problema de coesão referencial

e explicar o problema. Juntamente com a classe, propor soluções.

Selecionar um fragmento de texto de aluno em que a coesão

referencial esteja correta e apresentar para a classe observar o acerto.

Produzir com a classe novas formas de uso da coesão referencial, para que o

texto continue coeso.

Observar em um fragmento de texto produzido problemas de repetição,

exemplo: a menina, sugerir outros vocábulos que substituem o termo repetido,

exemplo: a garota, a estudante (se for o caso), ela, a amiga, a filha...

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A professora alterará um fragmento provocando repetições

(provocando erros) para os alunos eliminarem as repetições por substituições.

2ª atividade

Reler o texto informativo O que é Lenda. Adaptado de:

<http://www.significados.com.br/lenda/>. Acesso em: 20 out. 2013.

Atividades de coesão textual (os alunos irão numerar as linhas do

texto)

1- Faça setas com lápis colorido ligando os elementos solicitados:

a- a quem se refere a palavra vão na expressão “vão se

modificando”? Ligue-a ao seu referente.

b- tornam, na linha 3:

c- registradas, na linha 4:

d- alteradas, na linha 11:

Atividades de pontuação e paragrafação:

2- Observe a frase: “quem conta um conto, aumenta um ponto.”,

substitua o ponto final por:

a- Ponto de exclamação (!) e diga que alteração teve a frase:

b- Ponto de interrogação (?) e diga que alteração teve a frase:

3- Retirar fragmentos dos textos produzidos pelos alunos que

contenham falha na pontuação e propor exercícios de correção na pontuação.

Discutindo os sentidos que estão colocados com determinados usos dos sinais

de pontuação.

4- Retirar fragmentos dos textos produzidos pelos alunos que

contenham falha na paragrafação e propor exercícios de correção. Discutindo

com os alunos maneiras de paragrafar o fragmento de forma a torná-lo

aceitável.

5- Retirar fragmentos dos textos produzidos pelos alunos que

estejam com a paragrafação bem elaborada. Discutir com os alunos se há a

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possibilidade de paragrafar o mesmo fragmento de outras maneiras de forma

que não o torne inaceitável.

9° momento

Explorando o m e o n intermediários

Esta atividade foi adaptada de:

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28455 >,

sugestão da prof. Eliana Aparecida Carleto, postada no dia 01 dez. 2009 no

site do Portal do Professor.

1ª atividade

Jogo das palavras

Dividir os alunos em equipes de três ou quatro elementos. Explicar que

será determinado o tempo de um minuto para que cada equipe escreva o maior

número possível de palavras com AM + consoante ou AN + consoante (retome

com a turma quais são as consoantes e as vogais do alfabeto português). Não

vale palavras com AM ou AN+ vogal (exemplo: amarelo e anel).

Explicar que não poderão consultar o dicionário, e que vale apenas

palavras da Língua Portuguesa (não vale inventar palavras).

Após cada rodada, um aluno representará a sua equipe registrando no

quadro as palavras que foram escritas pela equipe. A professora e os demais

colegas deverão conferir as palavras, caso estejam escritas corretamente

registrá-las e pontuar a equipe.

Fazer a contagem dos pontos. A equipe que obtiver o maior número de

pontos no final de todas as rodadas será a vencedora.

Sugestão para contagem de pontos:

- 2 pontos para as palavras escritas por apenas uma equipe;

- 1 ponto para as palavras repetidas em duas equipes;

- 0 ponto para palavras com erro de grafia.

2ª atividade

Sugestão de variação do jogo

Procurar trabalhar com as letras AM/AN, EM/EN, IM/IN, OM/ON,

UM/UN. Sugerir que em uma rodada os alunos escrevam o maior número

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possível de palavras que tenham EM/EN e em outra rodada solicitar que

escrevam o maior número possível de palavras que comecem com EM/EN.

Os alunos deverão escolher duas ou mais palavras que a equipe

conseguiu escrever e em seguida elaborar frases. A professora determinará a

pontuação a ser utilizada: ponto final, ponto de interrogação ou ponto de

exclamação.

3ª Atividade

Para que os alunos percebam o valor posicional das letras M e N no

final da sílaba, trabalhar a atividade que se segue.

1- Descubra quais palavras você poderá formar ao organizar as letras

de cada conjunto a seguir:

É um desafio que você deverá ficar atento a algumas regras.

Preste atenção nas regras:

a- Não é permitido acrescentar nem substituir nenhuma letra.

b- Use todas as letras de cada conjunto em cada uma das palavras.

O E N P T R M A C S

Algumas palavras que os alunos poderão escrever: ontem, monte,

notem, ponte, tem, tom, contar, tempo, antes, santo, conta

A O B M N Z L R B T M

Algumas palavras que os alunos poderão escrever: brotam, tromba,

tombar, tambor, bombom, bom, tom, batom, anzol, lona.

A O M R B S N M G E J L

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Algumas palavras que os alunos poderão escrever: sombra, bom,

sobram, margem, anjo, enrola.

Fazer reflexões com os alunos para registrar na Caderneta das

descobertas.

Observando as palavras:

Tempo, tromba e sombra. Depois da letra M que letras parecem? (P e

B).

Monte, anzol e anjo. Depois da letra N que letras parecem? (T, A, J).

Minhas descobertas

Antes de P e B, sempre deverei usar a letra M como em: tempo,

tromba e sombra.

Antes de qualquer outra consoante, usarei a letra N como em: monte,

anzol e anjo.

4ª atividade

Levar os alunos ao Laboratório de Informática para ter contato com

alguns jogos visando à sistematização do uso das letras M e N. Acessar o Site

de jogo Ortografia m e n, disponível em:

<http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=550>. Acesso

em: 21 out. 2013.

9º momento

Organizando as partes de um texto

1ª atividade

Organizar os alunos em dupla. Entregar para as duplas a lenda Chico

rei com as partes recortadas e em desordem.

“Foi no tempo em que havia muitos homens que se dedicavam ao

comércio de outros seres humanos. Os brancos iam à África aprisionar os

negros como se fossem mercadoria, atacavam as aldeias, destruíam e

queimavam tudo o que viam. Quem reagia era morto na hora, e os outros eram

amarrados e levados para os imundos porões dos navios que os conduziriam

aos lugares em que seriam vendidos. Viajavam longos meses, e era grande o

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número que morria de sede, fome ou de doenças, que se propagavam

rapidamente devida às más condições de higiene predominantes.”

Disponível em: <http://pt.shvoong.com/humanities/1736617-lendas-

brasileiras-chico-rei-sudeste/>. Acesso em: 23 nov. 2013.

Os alunos deverão reconstruir o texto para que tenha a sequência dos

fatos narrados. Concluída a ordenação, colar a lenda em um cartaz, ler para os

colegas. A professora, juntamente com a turma, irá conferir se a narrativa está

ordenada corretamente. Depois de corrigido expor o cartaz confeccionado no

mural da sala.

Analisar a partir dessa atividade a organização dos parágrafos,

pontuação e uso de letras maiúsculas.

2ª atividade

No laboratório de informática disponibilizar um texto (lenda) A carreta

dourada desconfigurado quanto à paragrafação e pontuação, em dupla, os

alunos irão reconfigurar as partes da lenda, procurando pontuar e paragrafar

corretamente para recuperar a sequência narrativa e o sentido do texto. Após a

conclusão da atividade as duplas encaminharão a atividade desenvolvida via e-

mail para a professora corrigir.

A carreta dourada

“Viajando, sempre sozinho, para comprar e vender objetos, o velho

tinha apenas o ranger da carreta para quebrar sua solidão e responder a seus

lamentos:

- Ó vida longa de sofrimentos. É mais longa do que os caminhos que

percorro e tem menos alegrias do que estas coxilhas têm árvores.

Aí, a carreta lhe respondia:

- Não desanime, você ainda ficará bem!”

Disponível em: <http://pt.shvoong.com/humanities/1736617-lendas-

brasileiras-chico-rei-sudeste/>. Acesso em: 23 nov. 2013.

Após a correção da professora será oportunizado outro momento para

os alunos retornarem ao laboratório e verificar a correção, se necessário

refazer a atividade, caso haja algumas com problemas na pontuação e

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paragrafação. Os textos que forem alterados serão novamente encaminhados

para a professora.

10° momento

Explorando o x e o ch

1ª atividade

Iniciar a aula fazendo uma roda e entregar para os alunos algumas

fichas com palavras escritas com X ou CH, pedir para que observem a

ortografia. Questionar se as palavras estão escritas corretamente, aproveitar

este momento para que eles consultem o dicionário, e tirem as dúvidas sobre a

escrita das palavras.

Modelo de fichas

FAIXA

ENXURRADA

FECHADA

Elaborando cartazes

Sugerir que formem grupos e recortem palavras com x e com

ch. Propor que cada grupo faça uma seleção de palavras com X e CH, distribuir

folhas de papel em branco para que eles possam montar cartazes das palavras

selecionadas.

Expor os trabalhos na sala de aula para que os alunos possam

visualizar as palavras que foram escolhidas.

Desenvolver atividades de fixação com folha impressa Palavras-

cruzadas com x e ch.

Disponível em:

<http://www.saladeatividades.com.br/atividades_de_portugues/ortografi

a/x-e-ch/>. Acesso em: 10 out. 2013.

2ª atividade

Ditado dinâmico

A professora ditará as palavras com x e ch, e depois que todos os

alunos terminarem, pedir para trocarem o ditado com o colega e cada um irá

fazer a sua correção, pesquisando as palavras no dicionário.

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Quando tiver palavras escritas fora do padrão convencional da

ortografia, o aluno que está corrigindo deverá escrever ao lado da palavra

incorreta a forma que deve ser escrita, sem rasurar a escrita do colega e este

depois analisará a forma convencional de escrever e fará a reescrita.

Orientar os alunos a sempre usarem o dicionário para tirarem dúvidas

da ortografia. Lembrá-los que este é um momento de ajudar o colega que

possa estar com dificuldade nas atividades propostas e não criticá-lo.

3ª atividade

Jogo da Memória do X ou CH

Propor que os alunos formem grupos para jogarem o Jogo da Memória

do X ou CH. Disponível em:

<http://paraisodaalfabetizacao2.blogspot.com.br/2013/04/jogo-da-

memoriaxch.htmlhttp://paraisodaalfabetizacao2.blogspot.com.br/2013/04/jogo-

da-memoria-xch.html>. Acesso em: 23 nov. 2013.

Distribuir os jogos entre os alunos e deixá-los jogarem. Aproveitar este

momento para avaliar o processo de interação e aprendizagem dos alunos.

MÓDULO 4

Levantamento de dados da produção escrita – fase 2

1º momento

Criação de lenda

Neste Módulo será proposta uma nova produção escrita, a qual

também será lançada na ficha diagnóstica para comparar com os textos

produzidos no primeiro momento, fazendo uma avaliação dos resultados do

projeto, com o intuito de verificar se o nível de escrita dos alunos se alterou,

com base nos resultados encontrados.

Explicar aos alunos que a lenda por eles produzida será apresentada

para a turma em forma de teatro de fantoches. Sugerir aos alunos que após

terem criado a lenda e feitas as correções, irão confeccionar fantoches dos

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personagens criados e irão apresentar a lenda para a classe adaptando-a para

teatro de fantoches. Explicar aos alunos como deverão transformar o texto em

forma de texto dramático para apresentá-lo à classe como teatro de fantoches.

A professora providenciará um palco para as apresentações dos

teatros para a turma. Dar oportunidade para que os alunos possam apresentar

para outros alunos da escola a apresentação do teatro, propondo que as

duplas que se sentirem interessadas poderão preparar-se para apresentar para

as outras turmas convidadas para assistir aos teatros. Deixar momentos para

ensaios em sala.

A professora acompanhará os ensaios e fará sugestões para

aperfeiçoarem a apresentação de acordo com as dificuldades e necessidades

apresentadas pelas equipes.

1ª atividade

Organizar os alunos em duplas. Entregar o texto Personagens mais

conhecidos das lendas brasileiras.

Disponível

em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=51218>.

Acesso em: 28 nov. 2013.

A professora fará a leitura do texto juntamente com os alunos. Propor

que observem as características de cada personagem das lendas e completem

a tabela:

Nome do personagem

Características dos personagens

Orientar que usarão essas características para a atividade de criação

de lendas que farão em seguida.

Fazer a correção da tabela no quadro coletivamente.

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2ª atividade

Criando uma lenda

As atividades apresentadas a seguir foram adaptadas das sugestões

do Material de Apoio de Língua Portuguesa do Portal do MEC, que estão

disponíveis no site:

<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/gestar/aaalinguaportuguesa/lp_a

aa3.pdf> Acesso em: Acesso em: 28 nov. 2013.

Agora, você vai ler o começo de uma história que tem como tema Uma

noite lendária. Os espaços com pontilhados serão para você completar dando

as informações do personagem, espaço (lugar), tempo...

Você poderá incluir personagens das lendas brasileiras. Use a tabela

trabalhada na atividade anterior para escolher os personagens que pretende

incluir na sua lenda. Lembre-se que o personagem é uma ser inventado pelo

autor. E que a imagem do personagem é construída a partir das suas

características, que podem dizer respeito a sua aparência física, ao seu modo

de ser e de agir. Essas características podem aparecer nas falas dos

personagens.

Continue a contar essa história dando-lhe um final bem interessante.

Dê um título para sua lenda.

---------------------------------- (título)

Já era noite, mas a lua cheia iluminava o chão, e o (a) -----------------

caminhava trôpego (a) pelos becos estreitos do (a) -----------------, quando de

repente... PLOFT! Depois de um tropeção, ---------------- caiu de cara na lama

do (a) ----------------.

Levantou-se e olhou para aquela coisa na qual tropeçara. Parecia um

tronco de árvore caído. Mas não...

Converse com seu colega

Que personagem é apresentado no 1º parágrafo?

- Onde o personagem está? O que aconteceu a ele? Qual o significado

da palavra PLOFT? Por que o autor a usou?

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- Há nesse parágrafo alguma descrição do lugar em que o personagem

está? Como ele é descrito?

- Quando o narrador diz “Levantou-se e olhou para aquela coisa na

qual tropeçara.” você sabe a que coisa ele se refere? Pode ser qualquer coisa?

O que, por exemplo?

- No trecho “Parecia um tronco de árvore caído.” Como você entendeu

o uso da palavra parecia?

- Você acha que usando essa palavra – parecia – já é possível deduzir

que o problema do personagem está resolvido? Por quê?

Lembre-se

Antes de começar a escrever, faça um planejamento do seu texto. Não

se esqueça de que você já tem o início da história, na qual você criará um

personagem ----------------, o espaço ----------------; um narrador (narrador-

observador)...

Para dar continuidade à história, você precisa decidir o que vai

contar.

1- O que o personagem está fazendo naquele lugar a essa hora?

Como ele foi parar lá? Será que ele foi para lá sozinho?

2- Será que ele está perdido? Como ele conseguirá sair de lá? Quem

poderia ajudar o personagem?

3- E se o personagem não estiver perdido, se estiver naquele lugar

por outro motivo:

Descobrir um mistério, por exemplo? Será que ele vai conseguir o que

deseja?

4- Em que você acha que o personagem tropeçou? Será em algum

animal? Qual? O personagem corre risco? Por quê?

5- Será que o personagem irá encontrar alguém? Quem? Quais são

as suas características?

6- Como o problema será resolvido, independentemente de o

personagem estar perdido, ou de ele ser caçador de mistério.

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Começando a escrita

Agora que você e seu colega já decidiram como pretendem dar

continuidade ao texto, comecem a escrever.

Faça primeiro um rascunho, deixe as ideias fluírem naturalmente.

Depois de pronto, leia o texto. Veja se a parte que você escreveu

está clara, faz sentido, combina, isto é, é coerente com o início da história.

Leia mais uma vez observando se as frases que você escreveu

estão claras, se apresentam uma sequência, se não deixou de dar nenhuma

informação que seja importante para compreensão da história.

Bom trabalho!!!

Referências

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