resumo de direito administrativo descomplicado - marcelo alexandrino 2015

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  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    1/430

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    2/430

    Editorial

    Nacional

    O GEN I Grupo Editorial Nacional rene as editoras Guanabara

    Koogan,

    Santos, Roca,

    AC Farmacutica,

    Forense,

    Mtodo,

    LTC, E.P.U.

    e Forense

    Universitria,

    que

    publicam nas

    i reas

    cientfica, tkciiica

    e profissional,

    Essas

    empresas,

    respeitadas

    no m ercado

    editorial, construram

    catlogos

    inigualiveis,

    com obras qiie

    tem sido

    decisivas na

    formao

    academica e

    no aperfeioamento

    de

    vrias geraes

    de

    profissionais

    e

    de estudantes d e Administrasn, Direito, Enferma-

    gem, Engenharia, Fisioterapia, Medicina, Odo iitologia, Educao Fsica e muitas outras

    cincias,

    t endo

    se

    tornado sin0nimo de

    seriedade

    c respeito.

    Nossa

    misso

    6 prover o melhor conteiido cientifico e distribui-lo

    de

    maneira tlexivel

    e

    conveniente,

    a

    preos

    justos,

    gerando benefcios

    e

    servindo a

    autores, docentes, livrei-

    ros, funcionrios, colaboradores e acionistas.

    Nosso comportamento

    tico incondicional e nossa

    responsabilidade social e ambienta1

    so reforados

    pela

    natureza educacional

    de nossa

    atividnde,

    sem

    compronieter

    o

    cres-

    cimento continuo e a rentabilidade do grupo.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    3/430

    M A R C E L O A L E X AN D R IN O

    VICENTE PAULO

    r ( l o - n

    revista,

    atualirada

    e ampliada

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    4/430

    - A EDITORA M~ TODO e responsabiliza pelos vicio do produto no

    que

    concerne

    a

    sua

    edio (impresso e apresentao a fim de possibilitar ao consumidor bem manusea-lo e

    115-10).

    Nem

    a

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    B

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    Impresso no Brasil - Printed

    in Brazil

    Direitos exclusivos para o 'Brasil

    na

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    opynght Q

    2015 by

    EDITORA METODO LTDA.

    Uma

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    do

    GEN

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    Grupo Editorial Nacional

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    (art. 102 da

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    Quem vender,

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    e

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    reproduo no exterior

    (ar i

    104 da

    Lei n. 9.610198)

    c

    Capa:

    Danilo Oliveira

    Foto

    de

    capa: Ali Taylor (ww.alitaylorphotography.co.uk)

    CIP - Brasd. Catalogao-na-fonte.

    Sindicato Nacional

    dos

    Editores de Livros, RJ.

    Alexandrino, Marcelo

    Resumo de direito administrativo descomplicadoE Marcelo blexan,dfino. Vicente Paulo.

    -

    8.

    ed.

    rev..

    atual. e arnpl.-Rio

    de

    Janeiro.

    Forense;

    So Paulom

    ETODO,

    2015

    lndui bibliografia

    t

    SB N

    478-85309-6353-8

    1.

    Direito administrativo

    -

    Brasil. I.Titulo.

    CDU: 342.9(81)

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    5/430

    Eventuais

    menes

    feitas,

    neste livro,

    a

    dispositivos

    do

    Cdigo

    de

    Processo Civil referem-se ao CPC11973, atualrnente em vigor.

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    Nata

    da Editora: o Acordo

    Ortogrfico

    foi aplicado integralmente nesta obra.

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    7/430

    1.

    Funes estatais ........................................................................

    2 . Conceito e

    objeto do

    direito administrativo ............................

    .......................

    Codifiao e

    fontes do

    direito administrativo

    ....Sistemas administrativos:

    sistema

    ingls

    e sistema

    francs

    5 .

    O regime jurdico-administrativo ..............................................

    .

    .........................

    Principio

    da

    supremacia do interesse

    pblico

    . ................

    Principio

    da

    indisponibilidade da

    interesse

    pblico

    .............................................................

    Principio da

    legalidade

    ......................................................Principio da

    impessoalidade

    5.

    Principio da moralidade

    ............................................................

    . .

    6

    .

    Principio

    da

    publicidade

    ...........................................................

    ............

    .1

    Lei

    de Acesso a

    informao (Lei 12.52712011)

    . - .

    ...............................................................

    Principio

    da

    eficrencia

    8

    Princpios

    da razoabilidade e proporcionalidade .....................

    9

    .

    Princpio

    da

    autotlitela ............................................................

    . .....................

    O

    Princpio da

    continuidade dos

    servios

    pblicos

    1

    Administrao publica

    em sentido amplo e

    em sentido

    estrito

    ....

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    8/430

    VI11

    RESUMO DE

    DIREITO

    AOMINISTRATIVO

    DESCOMPLICADO

    -

    Mercelo

    Alexandno

    & Wcente Paulo

    ...................

    .

    Centralizao,

    descentral

    zao e desconcentrao.

    ........

    Administrao

    em

    sentido material e ein

    sentido

    formal

    4.

    Conceito

    de

    administrao

    direta,

    administrao

    indireta

    e

    entidades

    paraestatais

    ...............................................................

    ................

    . Principio da organizao legal

    do servio

    piiblica

    ......................

    . Criao

    de entidades

    da

    administrao indireta

    7.

    Criao

    d e subsidihrias e participao no capital de empresas

    privadas ...................................................................................

    ...

    ,

    Cmcteristicas comuns As entidades da administrao

    indireta

    9. Entidades em

    espcie

    ............................................................

    9.1

    Autarquias

    .....................................................................

    9.1.1. Autarquias

    sob

    regime especial, autarquias

    fim-

    dacionais e associaes piiblicas ......................

    9.1.2. Agncias

    executivas

    e

    agncias

    reguladoras ...

    .........................................................

    .2. Fundaes pwbljcas

    9.3.

    Empresas publicas

    e sociedades d c economia mista

    ...

    9.3.1. Ditii~esentre

    empresa pblica

    e

    sociedade

    ....................................

    e economia mista

    ..

    .

    .

    ,

    -

    9.4. Consorcias publicos .....................................................

    . Orgos pbIicos

    ........................................................................

    ............................................................. Agentes pblicos .

    CAPITULO

    V

    REFORMA ADMINISTRATIVA E

    TERCElRO

    SETOR ...............

    1

    .

    Reforma do

    estado e

    administrao

    gerencial .........................

    ...................................................................

    Contratos

    d e

    gesto

    ...................................

    .

    Terceiro setor (entidades paraestatais)

    3.1.

    Servios sociais autnomo .........................................

    3.2.

    Organizaes sociais (OS)

    ............................................

    3.3.

    Organizaes

    da

    sociedade civil

    de

    interesse piibl ico

    (QSCIP) .................... ...............................................

    3.4. Marco regulatrio das organizaes da sociedade civil

    ...................................................Lei 3.0 19120

    14) ..

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    9/430

    3.4.1. Noes gerais ......................................................

    .......4.2.

    Termo

    d e

    colaborao e

    tenno d e fomento

    3.4.3. Normas referentes

    organizao

    da

    sociedade

    civil

    parceira

    .......................................................

    ......................................

    .4.4.

    Chamamento pblico

    3.4.4.1. Dispensa e inexigibilidade do harna-

    mento

    pblico

    .......................................

    3.4.5. Monitoramento da

    parceria e prestazo de

    ..................................................................ontas

    3.4.6. Sanes administrativas e responsabilidades

    .....

    C A P ~ T U L O

    VI

    SERVIDORES

    PUBLICOS {DISPOSZOESCONSTTTUCIO-

    N

    Ars)

    ...............

    .................................................................................

    1. Introduo ...................................................................................

    2 . Acesso a funes. cargos e empregos pblicos

    ......................

    3.

    Direito d e associaa sindical e direito d e greve ...................

    4.

    Regras constitucionais pertinentes A

    remunerao

    dos agentes

    ......................................................................................

    blicos

    ............. t

    Fixaao

    da

    reiniinerao

    e

    reviso geral anual

    .........2.

    Limites

    de remunerao

    dos

    servidores piiblicos

    4.3. Irredutibilidade dos vencimentos e subsdios

    ...............

    5 . Vedao ii acumulao d e cargos,

    funes

    e empregos pPibli-

    cos....................... ....................................................................

    6. Disposies constitucionais relativas aos servidores

    em

    exer-

    ccio

    de

    mandatos eletivos

    ........................................................

    7.

    Administrao

    tribiitria ............................................................

    8.

    Disposies constitucionais

    especificas

    relativas

    aos servidores

    pblicos

    estatlitrios

    ............................................................

    8.1.

    O

    regime juridio

    iinico e a extino de sua obrigato-

    riedade pela EC 191 1998

    .................................................

    8.2. Planos d e carreira e sistema remuneratrio dos servidores

    pblicos .............................................................................

    8.3.

    Direitos trabalhistas atribudos

    pela

    Constituio

    aos

    servidores

    pblicos..........................................................

    8.4.

    Estabilidade .....................................................................

    8.5.

    Regime

    de previdncia

    dos servidores pbIicos

    ............

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    10/430

    X

    RESUMO DE D1REITOADMINISTRATIVO DESCOMPLICAQO.MarceloAlexandrino & Vlcente

    Paulo

    CAPTULO

    VII

    ............................

    TOS ADMTNTSTRATIVOS ...............................

    .. 147

    1

    Conceito

    de

    a

    to adm inistrativo

    e

    outras definies

    ref

    evantes

    ....

    2

    .

    Classifica~es

    ...........................................................................

    2.1.

    Atos vinculados e discricionirios ............................

    ..,...

    . . . .

    2.2. Atos gerais e individuais ........... ..

    ................................

    2.3. Atos internos e externos

    ..................................................

    2.4. Ato simples. complexo e composto ...............................

    2.5. Ato vlido, ato perfeito. ato eficaz

    e

    definies

    correlatas

    ....

    3

    Requisitos

    ou

    ejernentos dos

    atos

    administrativos

    ..................

    . .

    3 .1

    . Competencia

    .....................................................................

    . .

    ........................................................................

    .2.

    Finalidade

    3.3.

    Forma

    ..............

    ...............................................................

    3.4.

    Motivo

    ............................

    ......................................

    3.4.1.

    Motivao ............................................................

    3

    4.2. Teoria dos motivos determinantes

    .....................

    3.5.

    Objeto

    ...............................................................................

    ........................................

    .5.1. Mrito administrativo

    4

    Atributos dos atos adminislrativos

    ...........................................

    4.1. Presuno

    de

    legitimidade ...............................................

    4.2. Imperatividade ..................................................................

    4.3. Autoexeciitoriedade ..........................................................

    4.4.

    Tipicidade

    ........................................................................

    5

    .

    Extino

    dos atos adininistrativos

    ....................

    ..

    ..................

    5.1 . Anrilao

    ...........................................................................

    5.2.

    Revogao ........................................................................

    5.3.

    Cassao ...........................................................................

    5.4. Outras formas de extin8o dos atos administrativos .....

    6

    .

    Gonvalidaio de ato administrativos ....................................

    CAPITULO v111

    ........................................................

    ODERES

    ADMIINTSTRATIVOS

    175

    1 . Introduo...................................................................................75

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    11/430

    ...................................

    Poder vinculado e poder discricionrio

    175

    .......................................................................Poder

    hierrqtiico

    177

    . . .

    ........................................................................

    Poder

    drsciplrnstr

    I 7 8

    . ....................................................................

    Poder regulamentar

    180

    6

    . Poder de

    policia

    .....................................................................

    81

    6.1.

    lntrod~tqoe competncia para

    o exercicio ................... 181

    6.2. Distino entre atividade de policia administrativa e

    outras atividades estatais

    ..............................................

    182

    6.3. Modalidades

    de

    exerccio

    ................................................

    183

    ............................................4. Sanes

    aplicaveis e

    limites

    184

    ...........

    .5.

    Fases da atividade

    d e

    policia (cic o de

    polcia)

    ...

    186

    6.6. Poder

    de policia originario e poder de policia delegado.

    Exerccio

    de

    atividades de policia administrativa por

    ...............................

    essoas

    jurdicas de direito privado

    187

    6.7. Atributos d e podes d e policia

    ................................

    189

    6.8. Prescrio..........................................................................91

    ....................................................................... Abuso d e poder 192

    ..................................................................................

    .

    Introduo 195

    .

    ........................

    Princpios orientadores

    das licitaes

    piiblicas 198

    ......................................................

    .1.

    Publicidade

    dos

    ato

    I 99

    .............................................2. Igualdade entre

    os

    licitantes

    199

    2.2,l.

    Favoreciinento

    a

    produtos

    e

    servios

    nacionais:

    critrios de desempate. "n~argensde prefern-

    cia". licitaaes com participalo restrita ........... 201

    2.2.2.

    Preferncia

    de

    contrata8o para microernpresa

    e empresas de pequena porte ............................ 204

    2.3. Sigilo

    na

    apresentao das propostas ............................. 206

    ......................

    .4. VincuIao

    ao

    instrumento

    convocatrio

    206

    .......................................................

    .5. Julgamento objetivo 206

    .............................

    .6.

    Adjudicao obrigatria ao vencedor

    207

    .................................................................7.

    Competitividade

    208

    .

    .............................................

    Fases do

    procedimento licitatrio

    208

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    12/430

    X11

    RESUMO

    DE

    DIREITO

    AUMINISTRATlVODESCOMPLICADO MarcebAlexandnno &

    Viceote

    Paulo

    4

    .

    Moda1idades de licitao

    ...........................................................

    2 15

    4.1 Concorrncia ....................................................................1 5

    ...........................................................

    .2.

    Tornada

    de

    preos

    2

    1

    6

    ................... ..................................................3.

    Convite

    .. 2 17

    4.4.

    Concurso ........................................................................... 21

    7

    . -

    4.5.

    Letlao ................................................................................1 8

    4 .6 . Prego ...............................................................................1

    .............................................................................7. Consulta 223

    .................................... ..............................

    .

    Tipos de licitao

    .... 223

    6

    Alienao de

    bens

    pela administrao pblica

    ........................

    225

    7 . Inexigibilidade

    e

    dispensa de licitao......................

    .........

    . . .

    225

    . ...........................................

    .1

    Inexigibilidade de licitao 226

    ......................................................

    .2.

    Dispensa

    de licitao 228

    7.2.1

    . Licitago dispensvel

    .......................................... 228

    7.2.2. Licitao dispensada ........................................... 233

    8.

    Anulao

    e

    revogao da licitao .........................................

    234

    9

    .

    Regime diferenciado

    de

    contrataes pblicas

    .

    DC

    (Lei

    12.46212011) ..............................................................................35

    C A P I T U L O x

    ..................................................

    ONTRATOS

    ADMTNTSTRATIVOS 245

    1. Introduo ..................................................................................

    45

    2. Conceito de contrato administrativo e de contrato

    da

    admi-

    nistrao

    ......................................................................................

    46

    .................

    Caractersticas gerais dos contratos administrativos

    ......................

    .

    Prazo de durao dos contratos administrativos

    5

    .

    Prerrogativas

    da administrazo nos

    contratos

    administrativos:

    ........................................................

    s "clausulas exorbitantes"

    5.1.

    Exigncia d e garantia

    ......................................................

    5.2.

    Poder

    de

    alterao unilateral do contrato ......................

    5.3. Fiscalizao

    da

    execuo do contrato ...........................

    5.4. Aplicaqo direta de sanes

    ............................................

    ........................

    ..................

    .5. Ocupao temporria

    .

    .........................

    .6.

    ExigCncia

    de medidas d e compensao

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    13/430

    SUMARIO X111

    5.7. Restries i oposio da exceo do contrato i ~ o um-

    prido (e .~cept io on adin7pleii contrachis}

    .....................

    260

    5.8. Possibilidade d e

    resciso

    unilateral do contrato ............ 261

    6

    .

    Extino dos contratos adininistrativos .................................... 262

    6.1.

    Anulao

    ........................................................................... 262

    6.2.

    Resciso

    ............................................................................ 264

    . .

    ......... ..............................Convnios adininistrativos

    . 267

    C A P ~ T U L O

    I

    SERVIOS PRLICOS .................................................................. 271

    1. Nooes introduti-ias

    ..................................................................

    2

    .

    Conceito de

    servio

    pblico ...................................................

    2.1. Conceitos ainplos

    e

    conceitos restritos d e servio

    pU-

    bIico

    .............................................................................

    2.2.

    Critrios propostos

    para

    identifiao de

    u m a

    ativfdade

    como servio pblico

    .......................................................

    2.2. 1

    .

    Essencialistas ver-sr, legalistas...........................

    2.3.

    Definies propostas pela

    doutrina ptria

    .

    Conceito

    adotado nesta obra ..........................................................

    3. Classificaes ............................................................................

    4 .

    Formas de prestao dos servios phblicos

    .............................

    5

    . Concesso e pennisso de servio

    pblico

    ............................

    5.1 . Definies

    legais

    e aspectos gerais ................................

    5.2.

    Licitao prvia i celebraiio dos contratos

    ..................

    5

    .3

    .

    Contratao

    com

    terceiros, szibconcesso, transferncia

    ......

    a

    concesso e

    transferncia d e controle societrio

    5.4. Direitos e obrigaoes do usuai-io.................................

    5.5. Obrigaes da concessionbria

    (ou

    perrnissionaria) ........

    5.5.1. Servio adequado

    ....................................V.........n.

    5.6. Prerrogativas do poder

    concedente

    .................................

    5.7.

    Extino

    da

    oness8o (ou permisso) .......................

    ....

    .........................................................

    Parcerias pblico-privadas

    6.1. Licitao prvia a contrata30 d e parcerias pblico-

    -privadas .......................................................................

    .......................... ..................Autorizao de servio pblico ..

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    14/430

    XIV RESUMO DE

    DIREITO

    ADMINISTRATIVO

    OESCOMPLICADO . arcelo

    Alexaodrino

    & Vicenle Paulo

    CAPITULO XII:

    ..................................

    IVIL

    DO

    ESTADO

    3

    1 1

    ......................................................................................

    Conceito

    31

    1

    3

    Responsabilidade objetiva decorrente d e

    atuao

    adrninistra-

    tiva: o art. 37. 73

    6.".

    da Constitiiio Federal ..................

    3

    14

    4

    .

    Responsabilidade decorrente de omisso da administrao

    piiblica ................................

    .................................................

    18

    5

    .

    A ao d e reparao

    do

    dano com base no art.

    37.

    # h.', da

    ..............................

    onstituio Federal

    .........

    .....................

    20

    6

    .

    A

    ao regressiva contra

    o agente

    causador do

    dano

    ............. 321

    7.

    As

    responsabilidades administrativa. civil e penal

    do

    agente

    pijblico ........................................................................................

    23

    8

    .

    Responsabilidade

    civil

    por atos legsla~ivos atos jurisdicionais...

    325

    1 . Introduo

    ..................................................................................

    ......................

    .

    NoBo de controle e classificaes doutrinrias

    3

    .

    Recurso

    hierrquico

    e recurso hier~rqt l ico mprprio

    .............

    . .

    .

    ..................................................................

    Controle

    legislativo

    4.1. Hipteses

    constitucionais

    de controle

    parlamentar

    .........................................................................

    ireto

    4.1

    .1

    .

    Controles

    exercidos

    pelo Congresso Nacional

    ...

    4.1.2.

    Controles especficos exercidos pelo Senado

    ..............................................................

    ederal

    4.1.3.

    Controle

    exercido por meio de comisses

    ......

    ..........

    .2.

    Fiscalizao contabi I, financeira e oramentria

    4.2.1. Controle exercido pelos tribunais de contas ...

    ......................

    Controle

    judicial

    .

    ................................

    ..........................

    .

    Irnprobidade administrativa (Lei 8.42911

    992)

    ............................................................

    .1. Aspectos gerais 353

    ......

    .1.1.

    Base

    constitucional e regulamentao legal

    353

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    15/430

    6.1.2. Siijejtos passivos .................................................54

    6.1.3.

    Sujeitos ativos

    .....................................................54

    6.1

    .4

    Natureza

    das

    sanes cominada

    .......................

    355

    6.2.

    Descrio

    legal

    dos atos

    de

    improbidade

    administrativa

    e sanes aplicveis

    ........................................................356

    ...........

    .3. Procedimentos administrativos e

    aes

    judiciais 359

    ............................................................

    .4. Juizo

    competente

    362

    ...........................................................................5.

    Prescrio

    363

    CAP~TULO

    X I V

    O PROCESSO

    ADMTNISTRATTVONO AMBITO

    DA

    ADMI-

    NISTRAO

    FEDERAL (LEI 9.78411

    999) .......................................

    365

    Introduo

    ................................................................................

    Abrangencia

    e

    aplicao

    ...........................................................

    . . .

    Principias

    .................................................................................

    Direitos

    e deveres

    dos

    administrados .......................................

    .....................

    .1

    Direi

    to a

    regime

    de

    tramitao

    prioriiria

    ................

    ncio do processo e legitimados a sua instaurao

    Impedimento e

    iispeio .........................................................

    ...........................

    orma, tempo e

    lugar

    dos

    atas

    do processo

    lntimao do interessado

    ...........................................................

    Instriio e deciso ...................................................................

    Qcsistncia e extino do processo ..........................................

    Recurso administrativo

    ..............................................................

    ..............................................................

    ontagem de prazos

    1

    .

    Conceito

    ................................................................................ 383

    .

    ...............................................................................Classificao

    385

    .

    ............................ ....................................Caracteristicas .. 386

    4

    . Uso privativo de

    bens

    pblicos por particulares mediante

    ........................... . . - .

    utoriza3o. permisso e concesso .... 389

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    16/430

    XVI

    RESUMO DE DIREITO

    ADMINISTRATIVO

    DESCOMPLICADO

    Marcelo

    Alexandnm & Vicente Paulo

    I

    C A P ~ T U L OXVI

    .........................

    NTERVENO N A PROPRIEDADE PRIVADA 395

    1.

    Introduo

    ...................................................................................

    ............................................................

    .

    Servido administrativa

    3.

    Requisio ...............................................................................

    ..................................................................

    OciipaGo tempor6ria

    . . .

    .

    5. Limitaiies administrativas

    ........................................................

    ...............................................................................

    . Tombamento

    7 .

    Desapropriao ...........................................................................

    7.1

    .

    Pressupostos

    ......................................................................

    ...............................................

    .2. Autoriza50

    constitucional

    ...............

    .3.

    Bens

    desapropriivei

    ................................... .....

    . -

    7.4.

    Competencia

    .....................................................................

    7.5. Indeniza,?~......................................................................

    7.6. Desapropriao indireta ................................................

    ................................................

    .7.

    Desapropria.50 por

    zona

    7.8.

    Direito

    de

    extenso

    ..........................................................

    7.9. Tredestiiiao ....................................................................

    7.10. Retroesso .......................................................................

    .....................................................................................

    IBLFOGRAFIA

    41

    3

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    17/430

    O Estado

    brasileiro

    uma Federao

    (CF, rt.

    1.',

    apur.

    e

    art. 18).

    Significa dizer, no territrio nacional, coexistem diversos entes,

    isoncimicos

    entre

    si,

    dotados

    de

    autonomia

    pelitica

    (denominados

    entes

    federados

    ou

    fe-

    derativos,

    ou

    pessoas polticas):

    Unio,

    estados, D istrito

    Federal e municpios.

    A autonomia poltica

    traduzida.

    essencialmenle,

    pela

    capacidade

    de

    auto-organizao

    (elaborao das prprias Constituies ou Leis Orginicas)

    e pela prerrogativa de legislar,

    mais

    precissiinente, d e editar

    leis

    com fun-

    damento

    em competncias prbprias,

    diretarnente

    atribuidas pela Constituio

    da Repbbllca.

    No

    existe subordinao, isto , no h hierarquia entre os diversas

    entes

    federativos no Brasil.

    A

    relao entre

    eles

    caracterizada

    pela coorde-

    nao,

    tendo,

    cada um, utonomia

    politica,

    financeira

    e

    administrativa, para

    o exercicio

    das competncias que

    lhes so conferidas pela Carta Poltica.

    E m decorrncia dessa forma de organizao, verificamos a existsncia de

    administraes pliiblicas

    autnomas

    em

    cada

    uma

    das esferas da

    Fede-

    rao brasileira.

    A Constituio d e 1988,

    em

    seu art. 2.",

    estabelece que

    so Poderes da

    Repblica, independentes e

    ha mn ic os

    entre si, o Legislativo,

    o

    Executivo

    e

    o

    Judicirio.

    Enuncia esse dispositivo

    o

    principio da

    separao dos Poderes.

    N5o

    obstante

    a expresso seja

    consagrada,

    o que existe uma diviso

    no

    rgida,

    entre Orgos no subordinados rim ao outro (ditos "Poderes"],

    das funes

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    18/430

    2

    RESUMO DE

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    QESCOMPLICADO. arcelo

    Alexandrino

    &

    Vicente Pauk

    estatais

    de

    legislar, de exercer a adtninistrao piiblica e de julgar. Cada

    uma dessas atribuida como

    funo

    principal (ou funo tpica) a cada

    um dos Poderes.

    A

    funo

    tpica

    do

    Poder Executivo

    o exerccio da administrao

    piiblica ein sentido amplo,

    dar

    cumprimento As leis. aplicando o direito

    aos casos concretos

    no

    litjgiosos. A funo

    principal

    do Poder Judicirio

    dizer o direito aplichvel aos casos concretos litigiosos (exercer a jurisdio).

    O Poder

    Legislativo, a rigor. possui

    duas

    frines

    tpicas:

    editar atos norma-

    tivos primarios aptos a inovar o ordenamento jurjdico e fiscalizar a atuao

    de toda a administrao piihlica.

    Iinportante observar, entretanto, que, ao lado de sua fiino principal,

    cada

    um

    dos Poderes

    exerce,

    em

    carater seiindrio, ou de

    fonna

    atipica,

    as

    demais

    funes

    estatais.

    Assim, o Executivo. tipicamente. exerce a administrao piiblica, mas de

    forma

    secundria

    ozi atipica descrnpenha fi~ n e s egislativas (por exeinplo.

    q u a n d o

    edita

    niedida provisrias) c de soluo de litgios (por exemplo, nos

    processos administrativos), cem

    a

    ressalva

    de

    que. no Brasil, someiite o Poder

    Judiciirio tein jurisdio em sentido prbprio, com cartr d e definitividade

    (coisa julgada

    em

    sentido formal e material).

    Da

    mesma forma, conquan to a

    funo

    administrativa seja a funo tipica

    do Poder Executivo.

    os

    Poderes

    Legislativo

    e

    Judicirio tambm a

    exercem,

    cm arter

    secundArio. Por exeniplo, Ira funo administrativa quando

    o Se-

    nado ou o Supreino Tribunal Federal realizniz-i licitao para adquirir bens

    em

    geral,

    destinados

    ao

    desempenho de suas atribuies, quando celebram

    os contratos administrativos ci io objeto seja a aqiiisino dcsses bens, quando

    concedem licenas ou Ierias a seus servidores, quando instaiirarn processos

    discipIinares e

    aplicam

    sanes admiiristrativas a seus servidores et.

    Em uina,

    tio

    Brasil temos administrao pblica

    e

    exerccio de alividade

    administrativa em todos os Poderes

    e

    e m

    todos os entes federativos.

    Portan-

    to, a iiicidncia

    das

    normas pertinentes ao direito administrativo n o

    esti

    restrita ao Prnliito

    do Poder Executiva

    elas alcanqain tambm os rgos

    adn-iinistriativos

    e

    as atividades adm inistrativas dos Poderes Legislativo e Jiidi-

    cirio. Ademais, no estudo desse ran-io juiaidico,

    a

    expresso

    "adrninistraiIo

    pblica", empregada de

    forma genrica, abrange as diferentes administraes

    piiblicas de todas as pessoas polizicas da Federao.

    2.

    CONCEITO

    E

    OBJETO

    DO DIREITO

    ADMINISTRATIVO

    O

    direito tradiionali~lentedividido

    em

    dois grandes ramos: direito

    pblico

    e

    direito privado.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    19/430

    Cap.

    1 NQOES INTRODUT~RIAS

    3

    O direito piibIico tem

    por objeto principal

    a

    regulao dos interesses

    da

    sociedade como um todo, a disciplina

    das

    relaes

    entre esta

    e o Estado e o

    regramento das relaes das entidades e Orgos estatais entre si.

    Tutela

    ele

    o

    interesse pblico,

    s

    alcanando as

    condutas

    individuais

    de

    forma

    indireta

    ou

    reflexa. l

    caracteristica marcante

    do

    direito pllblico

    a desigualdade nas

    relaqes

    Jurdicas por ele regidas. tendo

    em

    conta a prevalncia d e interesse

    pUbIico sobre os interesses privados. Assim.

    quando

    o Estado atua

    na

    defe-

    sa do interesse piiblico, situa-se em posio juridica de superioridade ante

    o particular, evidentemente,

    em

    conformidade

    com a lei,

    e respeitadas

    as

    garantias individuais consagradas pelo ordenaniento jurdico.

    Lntegram

    esse

    ramo o

    direito constitucional, o direito administrativo,

    o

    direito tributrio. o

    direito penal etc.

    O

    direito privado

    tem

    como escopo principal

    a

    regula5o dos interesses

    particulares, como forma de possibilitar o convvio das pessoas

    em

    socieda-

    de e uma harmoniosa fruio de

    seus

    bens. A nota caracterstica do direito

    privada a existncia

    de

    igualdade jurdica cntre os polos das relaes

    por elc regidas. Coino so privados os interesses em jogo, nenhum motivo

    11.i para se cogitar

    a

    prevalncia juridia de

    ilm

    sobre outro. Note-se quc

    mesmo

    o

    Estado, quando nzci

    est

    atirando diretamente

    na

    tutela

    do

    intcresse

    pblico. pode ser parte n-i relaes jurdicas regidas (predoininantemenle}

    pelo direito privado,

    crn

    posio

    d e

    igualdade jurdica, portanto, perante

    os

    demais integrantes da relao. O direito comercial e o direito civil so os

    integrantes tpicos do direito privado.

    O

    direito administrativo

    um dos ramos do direito pi~blico,

    uma

    vez

    que

    rege

    a

    organizao e o cxercicio

    d e

    atividades do Estado

    voltadas

    para

    a satisfao de interesses piiblicos.

    Dizer que o direito adminislrativo

    uin ramo do

    direito pblico no

    significa que seu

    objeto

    estgja restrito a relaes jurdicas regidas

    pelo

    direi

    to publico. Em iim Estado democritico-social. corno o brasileiro, a

    administrago pblica atiia nos mais diversos setores

    -

    atk

    mesmo

    corno

    agente econmico -, sendo frequentes as

    situaes

    em que

    ela deve figurar

    nas relaes jurdicas despida de prerrogativas publicas.

    Nesses

    casas. quando a administrao comparece

    sem

    revestir a qualidade

    de

    poder pirblico

    - por

    exemplo, celebrando um contrato de locao,

    na

    condio d e locatria -,

    as

    reIaes jurdicas de que

    participe so

    regidas,

    predominantemente, pelo direito privada, estando ausentes as prerrogativas

    especiais

    tipicas

    do direito piliblico. N o obstante. tais

    relaoes

    jurdicas so

    objeto do direito administrativo, estando

    sempre

    sujeitas, em varivel

    medida,

    a regras c princpios pdprios desse ramo do direito,

    tais

    quais o principio da

    indisponibilidade do interesse pUblico, o principio da publicidade, o principio

    da probidade.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    20/430

    4

    RESUMO DE DEREITO

    AAMINISTRATlVO DESCOMPLICADO

    Marcelo

    Alexandrrno

    & Vicente

    Paulo

    Merece

    meno,

    tambm, a situao dos agentes piiblicos

    que

    mantm

    vinculo

    funcional permanente

    de

    natureza contralual com a administrao

    publica, sujeitos

    h

    Consolidao

    das

    Leis do

    Trabalho -

    CLT (ressalvadas

    algumas derrogaes d e direito pblico, iinpostas pela prpria Constituiqo).

    As relaoes entre eles - os empregados pblicos em sentido pi-prio - e a

    administrao pfibiica,

    de nalureza

    trabalhista (celet ista),

    so

    regidas pre-

    dominantemente pelo direito privado, mas, no obstante, constitiiem objeto

    do direito administrativo, pela mesma razo acima apontada - sujeio a

    principios como a indisponibilidade do interesse pblico.

    Ainda,

    so

    objeto do direito administrativo atividades de adrninistra.30

    pblica em sentido inaterial que, embora

    exercidas

    por

    parti~ilares,

    o so sob

    regime

    de

    direito piiblico.

    6

    o

    que

    ocorre

    com

    as delegatjrias

    de

    servios

    publicas, pessoas privadas.

    no

    integrantes

    da

    administrao piiblica, mas

    que, na prestao dos

    servios

    piiblicos delegados. esto sujeitas

    a regras d c

    direi to piiblico. pertinentes ao direito adm inistrativo.

    Eni sintcse, o

    objeto do direito

    administrativo abrange todas as relaes

    internas

    A

    adm inistrao pblica entre

    os rgiios e

    entidades administrati-

    vas,

    uns

    com

    os outros. c

    entre

    a administrao e

    seus

    agcntes, esiatuthrios

    e

    celctistas

    -, todas

    as relaes entre a administrao e

    o

    administrados,

    regidas predoininanternente pelo direito pUblFco ou pelo direito privado. bem

    com o atividades

    d e

    administrao pblica

    em

    senticlo material exercidas por

    particulares sob regime

    de

    direito pblico, a exemplo da prestao de servios

    piiblicos

    mediante contratos

    de concesso

    ou

    de

    permisso.

    Por

    iiltirno,

    cumpre

    regislrar

    que

    no

    existe uniformidade nos conceitos

    apresentados

    pela

    doutrina para o direito administrativo, especialmente porque

    so distintos os criterios adotados peIos diversos niitores para a demarcao

    do alcance desse ramo do direito.

    A partir das definies propostas por alguns d e

    nossos

    mais importantes

    administrativistas, conceituamos

    o

    direito administrativo como

    o

    conjunto

    d e regras e

    princpios

    aplichveis h estrutiirao e ao funcionamento das

    pessoas

    c

    rg8os integrantes

    da

    adm inistrao pihlica, As relaes entre

    esta

    e seiis

    agentes, ao exerccio da funiio administrativa, especialmente

    a s relabes

    com os

    administrados,

    e

    i gesto dos

    bens pblicos,

    tendo

    em conta a finalidade

    geral de bem

    atender

    ao

    interesse piiblico.

    3.

    CODIFICAO

    E FONTES

    DO DIREITO

    ADMINISTRATIVO

    O

    direito adn-iinistrativo no Brasil

    no

    se

    encontra

    codificado.

    isto

    6 ,

    os textos administrativos no esto reunidos

    em

    um

    s corpo

    de lei, como

    ocorre com outros rainos

    do naso

    direito (Cdigo

    Penal, Cbdigo

    Civil). As

    rcgras administrativas e sto cni-isubstanciada no texto da Constituio

    e

    numa

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    21/430

    Cap. 1 . NOBES

    INTRODUT~RIAS

    5

    infinidade de leis esparsas, o que dificulta a conliecimento e a

    formao

    de

    uma viso

    sisteintica,

    orgnica. desse importante ramo do direito.

    So exemplos d e leis administrativas relevantes:

    Lei 8.1

    I211

    990 - regime

    juridico

    dos

    servidores pblicos federais estatutirias;

    Lei

    8.66611

    993

    -

    normas

    gerais

    sobre

    licitaes

    e contratos

    administrativos; Lei 8.98711995

    -

    ei geral

    das

    concesses e permisses de servios pblicos;

    Lei

    9.784/1999 - normas

    gerais

    aplic&veis

    aos

    processos administrativos federais; Lei ll.079/2004 -

    lei geral das parcerias publico-privadas; Lei 1 1 I0712005 -

    normas

    gerais de

    contratao

    de

    consiircios

    piibllcos.

    S q usualmenie apontados como

    fontes do

    direito administrativo: a lei,

    a jurisprud8ncia,

    a

    doutrina

    e

    os costumes.

    A

    lei

    a

    fonte

    principal

    do direito administrativo brasileiro, haja vista

    a importincia

    do

    principio da

    legalidade

    nesse campo. Quando se fala

    em

    "lei"

    como fonte de direito adrninistrativo, esto includos nesse vocibiilo a

    Constituio obretudo

    as

    regras

    e

    os princpios administrativos nela vazados

    -. os atos de

    natureza

    legislativa que diretamente derivam da Constitliio

    (leis, medidas provisrias,

    decretos

    legislativos

    etc.) e

    os

    atos normativos

    infrnlegais. expedidos pela administrao pi~blianos tennos

    e

    limites

    das

    leis, os qtiais so de ebsei-vincia obrigati~riapela prbpria administrao.

    A jurispriidEncia, representada pelas reiteradas decises judiciais

    em

    uin mcsino sentido,

    usualmente iiidicada

    como

    fonte

    secundria

    do

    di-

    reito administrativo, por

    influenciar de

    modo significativo

    a construo

    e

    a

    consolida5o

    desse

    ramo do direito.

    Embora as decises judiciais, como regra. no tenham aplicao geral

    (efichia

    e r p ornnes),

    nem

    efeito vinculante

    -

    portaiito, somente se impo-

    nham As

    partes

    qiie integraram o respectivo processo -, h que se ressalvar

    que nosso ordenamento constitucional estabelece

    que

    as decises proferidas

    pelo

    Sttptemo Tribunal

    Federal nas

    aes integrantes do controle abstrato

    de normas produzem efichcia contra

    todos e efeito vinca tante

    relativamente

    aos demais rgos do Poder Judicirio

    e

    A

    administrao pblica direta

    e

    indireta,

    nas

    esferas federal, estadual e municipal

    (CF,

    art. 102,

    $4 I . e 2.").

    Ademais, foi introditzida no direito brasileiro. pela EC 4512004, a figura

    da

    smula vincutante, qlie

    o Supremo Tribunal Federal pode aprovar

    a fiin

    de tornar

    obrigatria

    para

    os

    demais iirgos do Poder Judicirio e para

    a

    administrao phblia direta e indireta,

    nas esferas

    federal, estadual e rniini-

    cipal, a obervincia de suas decises sobre materia constituciona que no

    possuam, por si ss, tal efichcia (CF, art. 103-A).

    Essas

    decises judiciais

    com

    efeitos vinulantes

    ou

    com efichcia

    et-ga

    ono7es

    no podem ser consideradas meras fontes secundarias de dircmto ad-

    ministrativo, e sim fontes principais, uina vez que alteram diretamente o

    nrdenamen to juriclico

    positivo.

    estabelecendo condutas de obsenincia obri-

    gatiiria para toda a administra5o piiblica (e para o prprio Poder Judicirio).

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    22/430

    6

    RESUMO DE

    D1REITO

    ADMINISTRATIVO

    DESCOMPLICADQ .Mameto

    Alexaodrino &

    Wcente Pauh

    A

    doutrina,

    entendida como conjunto de teses, canstnies iericas e

    formulaes descritivas acerca do direi to positivo, p roduzidas pelos estudio-

    sos do direito, influencia no s6 a elaborna de novas leis como tambm o

    julgamento

    das

    lides de cunho administrativo.

    Em

    razo dessa repercusso

    da doutrina na produo

    de

    normas e nas decises de litgios, costuma-se

    apont-la como

    uma

    fonte secundria ou, mais propriamente. indireta

    de

    direito administralivo. Alguns juristas, entretanto, recusam ii doutrina a

    con-

    dio

    de fonte

    de direito, uma vez

    que, a rigor. nenhuma

    norma jurdica

    6

    Inserida

    no

    ordenamento positivo por atuaa

    direta de

    doutrinadores.

    Os costumes

    sociais conjunto dc regras no escritas. porem observadas

    de modo uniforme pelo gnipo social, que as considera obrigatdrias s tm

    importncia como fonte

    de

    direito administrativo quando

    de

    alguma forma

    influenciam a prodii5o legislativa ou a jurisprudncia, ou seja, eles podem,

    no mximo,

    ser

    considerados uma fonte indireta. Um pouco dii'ererite

    situao dos costumes

    administrativos

    (praxe administrativa), isto e. as

    prriticas rei teradaniente observadas pelos

    agentes

    administrativos diante de

    determinada

    situao.

    A praxe

    administrativa, nos

    casos

    de lacuna nonna-

    tiva, funciona efetivamente corno

    fonte

    secundria d e direito adm inistrativo,

    podendo mesmo gerar direitos para os administrados,

    em

    razo dos princpios

    da Iealdade, da boa-%, da moralidade administrativa,

    entre

    outros.

    4.

    SISTEMAS

    ADMINISTRATIVOS:

    SISTEMA INGLES

    E

    SISTEMA

    F R A N C ~ S

    Sistema

    administrativo vem a ser o regime adotado pela Estado para o

    controle dos atos administrativos ilegais ou ilegtimos praticados pelo poder

    piiblico nas diversas esferas e em todos os Poderes. So dois os sistemas

    existentes: sistema ingls e

    sistema

    francs.

    O

    sistema

    ingls.

    oii

    de

    unicidade

    de ,ii~risdio.

    aqiiele

    em que

    todas os litigios adm inistrativos

    ou

    que envolvain interesses exclusiva-

    mente privados podem ser levados ao Poder Judicihrio, Unico

    que

    dispe

    de coinpetncia para dizer o direito aplicvel

    aos

    casos litigiosos, de

    forma

    definitiva, com fora

    da chamada

    coisa

    julgada. Diz-se

    que

    somente

    o Poder

    Judicirio tein jurisdio,

    em

    sentido prprio,

    O sistema francs, ou de

    dualidade de

    jurisdi5e.

    aquele

    em

    que

    se

    veda

    o conheciinento pelo Poder Judicirio de atos da administrao

    pblica, ficando estes sujeitos

    h

    chamada

    jurisdio especial do contencioso

    administrativo, formada por tribunais de ndole administrativa, Nesse sistema

    h,

    portanto, a jurisdio administrativa (formada pelos tribunais de natureza

    administrativa, com plena jurisdio

    em

    matria administrativa) e a jurisdio

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    23/430

    Cap.

    I

    NOES INTRODUT~RIAS

    7

    comum (formada pelos rgos do

    Poder

    Judicihrio, com a competncia de

    resolver os demais I i tigios).

    O

    Brasil adotou

    o sistema

    de jurisdio i~nica, onsagrado n o

    denomi-

    nado principio da inafastabilidade de jurisdio, que

    se

    encontra

    expresso

    como garantia individual, ostentando statrcs de clusuIa pktrea constitucio-

    nal, no inciso XXXV do art.

    5." da

    Carta Politica de

    1988.

    Por fora

    desse

    dispositivo, "a lei no exclitir da

    apreciao

    do Poder Judicirio leso ou

    ameaa a direito".

    Assitn,

    embora no Brasil seja corriqiieira a existncia

    de

    litgios instaura-

    dos e solucionados ein mbito administrativo,

    sempre

    poderh

    o

    administrado

    recorrer ao Poder

    Judicifiria, at

    mesmo depois de ter percorrido

    todas

    as

    instncias existentes

    na

    via administrativa,

    O

    Poder Jlidiciario.

    uma

    vez

    provocado, poderh confirmar a deciso proferida no processo administrativo,

    ou modific-la, caso entenda

    que

    a

    deciso

    administrativa foi contthria i lei

    ou

    a princpios jurdicos.

    Em

    qualquer hiptese,

    havendo

    o ingresso do particular

    na via

    judicial,

    somente quando ela restar exaurida que a qiiesto controvertida estar

    definitivamente solucionada, significa dizer, som ente a deciso judicial q u e

    no

    niais

    comporte recurso definitiva, iri.rodific8ve1, fazcnt-lo coisa julgada

    material e formal.

    5. O

    REGIME

    JUR~DICO-ADMINISTRATIVO

    O denominado "regime jurdico-administrativo" uin regiii~ede direito

    piiblico. aplicivel aos rgos

    e

    entidades

    que

    compem

    a

    administrao pii-

    blica e h

    atilao dos

    agentes administrativas

    e m

    geral.

    Baseia-se

    na ideia

    de

    existncia de podercs especiais passveis

    de

    scr exercidos pela admiriis-

    irao

    piiblica, conirabalsinados

    pela

    imposio de restries especiais

    A

    atiiao dessa iiiesma administrao, no

    existentes - nem os

    poderes nem

    as

    restries nas relaes

    tipicas

    do direito privado. Essas prerrogativas i

    limitaes tradcizen.i-se, respectivamente, nos princpios da srrpremacia do

    interesse

    pblico

    e da

    indisponibilidade

    do

    interesse

    pblico.

    6 importante

    registrac

    que

    o princpio

    da

    supremacia do iiitesesse pb ti-

    co

    s esta presente,

    como

    fundamento direto, nos atos d e imprio do poder

    publico, na ah~ao ue decorra do

    denominado

    poder exaroverso. quando a

    administrao pi~b l

    ca

    unilateralmente cria obrigaes para o administrado.

    ott impe restriqe

    c

    cotidicionarnentos

    i

    rtica

    de

    atividades privadas ou

    ao exercicio de direitos

    pelos

    particulares.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    24/430

    fi RFS1IMn

    nF DIRFITO ADMINISTRATIVO

    DESCOMPL1CADO

    . e m i o

    Alexandrino

    & Vjcente Paulo

    De modo diverso, o principio

    da

    indisponibilidade de interesse pblico

    manifesta-se integralmente e m toda e qualquer atuao da

    administta7io

    publica, tanto no desempenlio

    de

    suas

    atividades-fim

    quanto

    no de

    suas

    atividades-meio, tanto

    quando atua

    visando

    ao

    interesse pbljco primrio

    (diretainente voltado

    para o

    povo) como quando visa ao interesse pblico

    secundrio

    (voltado as atividades-meio da administrao,

    na

    qualidade de

    titular

    de

    dircitos prprios,

    apenas

    mediata ou indiretamenre voltados

    para

    o

    povo), tanto quando atua sob regime de direito piiblico como quando atua

    sob regime predominante de direito privado (a exemplo da ah ~a o o Estado

    como

    agente

    econmico).

    Estudaremos

    esses

    e outros princpios norteadores

    da

    atiiao e

    ar-

    ganizao

    da

    administrao

    pblica no prximo

    capitulo.

    Nada

    obstante,

    convm

    desde

    logo ter e m

    conta

    que os

    demais

    postulados administrativos

    usualmente enumerados e analisados

    pela

    doutrina - tanto os expressos no

    texto constitucional quanto os implcitos representam, em varivel medi-

    da,

    desdobramentos dos

    princpios da

    supremacia

    do

    interesse pblico e da

    indisponibilidade do interesse piblico,

    por

    isso mesmo consagrados como as

    pilares fi~ndamentais

    o

    "regime jurdico-administrativo".

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    25/430

    1.

    PRINCIPIO

    A

    SUPREMACIA

    DO INTERESSE P ~ L I C O

    O principio da supremacia do interesse piiblico um principio implcito.

    Embora

    no

    se

    encontre enunciado

    no

    texto consti

    t~icional,

    le

    e

    decorrncia

    das instittiies adotadas no

    Brasil. Com

    efeito, por fora do regime demo-

    crtico e

    do

    sistema representativo, presume-se que toda atuao do

    Estado

    seja

    pautada

    pelo interesse piiblico, cuja

    determinao deve ser

    extrada

    da

    Constituio e

    das

    leis, manifestaes

    da

    "vontade geral". Assim sendo, lbgico

    que a atuao do Estado subordine os

    interesses

    privados.

    Por outra s palavras, o Estado, atualmente,

    tem

    obrigao

    de atingir

    uma

    srie d e finalidades, que a Contitriio e as leis

    lhe

    indicam.

    Para

    atingir

    esses

    objetivos,

    muitas

    vezes

    necessrio que o Estado

    disponha

    de

    poderes

    no cogitados

    para

    os particulares

    em

    geral, no existentes no direito privado.

    As preirogativas que o

    ordenamento jurdico

    confere

    ao Estado, ento, que

    so tpicas do direito publico, justificam-se to

    somente

    na estrita medida

    em

    que so necessrias para que o Estado logre atingir os

    fins

    que Ilie s7io

    impostos por esse

    mesmo

    ordenarnento jurdico. Frise-se que no a admi-

    nistrao piiblica

    que

    de temina a finalidade de sua prpria ahrao, mas sim

    a Constituio e as leis. A administrao atua estritamente subordinada i ei,

    como simples gestora da

    coisa pb I ca,

    e possui

    poderes

    especiais unicamente

    como

    meios, como instrumentos

    para

    atingir

    os

    objetivos que juridicamente

    obrigada

    a perseguir.

    O princpio

    da

    supremacia do interesse piiblico caracteristico

    do

    regime

    d e direito pblico

    e , como

    visto anteriormente.

    um

    dos

    dois

    pilares do de-

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    26/430

    T O

    RESUMODE

    DIREITO ADMINISTRATIVO PESCOMPLICADO.

    Marcelo

    Alewandnno

    &

    Vicents Paulo

    nominado '"regime jurdico-adm inistrativo". Ele fundam enta a existncia das

    prerrogativas ou dos poderes especiais

    da

    adininistrao pirblica, dos quais

    decorre a denominada verticalidade nas

    relaes

    administra50-particular.

    Toda atuao administrativa

    em

    que

    exista iinperatividade, em que

    sejam

    impostas, uni lateralmeiite, obrigaoes para o administrado, ou

    em que

    seja

    restringido ou condicionado o exerccio de atividades ou de direitos dos

    particulares respaldada pelo principio da supremacia do intcresse piblico.

    Decerre

    desse principio que, havendo conflito entre o interesse ptbllco

    e os interesses

    de

    particulares,

    aquele

    deve prevalecer. Trnpende, todavia,

    ressalvar o respeito aos direitos e garantias fiindamentais e a necessidade

    d e

    que a aliiao da administrao priblica ocorra sempre nos termos e limites

    da lei

    e

    do direito, observado

    o

    devido processo legal. Conform e

    se

    v ?, assim

    como ocorre com todos os principios jurdicos, o postulado da siipremacia

    do interesse pliblico no tem carater absoluto.

    Exemplos d e manifestaes do principio da supremacia do interesse

    pi~blieo emos no exerccio do poder de policia, nas chamadas clusuIas

    exorbitantes dos contratos administrativos, que possibilitam

    h

    administrao,

    entre outras prerroga tivas, modificar iiiiilateralmente o pactuado, nas Iripieses

    de interveno na propriedade privada. como a desapropriao, na presiin-

    o de legitimidade dos azos administrativos, na autoexecutoriedade de atos

    adininistrativos etc.

    2.

    PRI'FIC~PIO A

    INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PUBLICO

    O

    principio

    da

    indisponibilidade do interesse pblico representa a

    outra

    viga mestra do denominado "regiine jurdico-administrativo", fazendo con-

    traponto ao postulado da supreinacia do interesse piiblico. Trata-se de

    ttm

    principio implcito, e dele decorrem diretamente diversos poshrlados expressos

    que norteiam

    a

    atividade

    da

    administrao

    pblica,

    come

    o

    da legalidade, o

    da impessoalidade, o da moralidade, o da eficincia.

    Ao mesmo tempo

    em

    qrie tein poderes especiais, exorbitantes do

    di-

    reito comum, a administrao pblica sofre restrioes

    em

    sua

    ahiao

    que

    no

    existem para

    os

    particulares. Essas limitaes decorrem do fato de

    que

    a administrao no E proprietiria

    da

    coisa pblica,

    no

    proprietria do

    patrimnio piiblico, no 6 titular do interesse pitblico, mas sim o pova.

    A

    disposio

    cararefistica do direito d e propriedade. Afirmar que o interesse

    piiblio

    e

    indisponivel

    explicitar

    que

    a

    administrao

    no

    dona

    da

    coisa

    piibIica, e sim mera gestora de coisa altieia.

    Em decorrncia do principio da indisponibilidade do interesse pblico so

    vedados ao

    administrador

    qriaisquer atos

    que

    irnpiiqtiern renncia

    a

    direitos

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    27/430

    da administrao ou que injustificadarnente onerem a sociedade (a

    expresso

    "interesse pblico"

    utilizada, aqui, em sentido amplo, abrangendo todo

    o

    patrimnio pitblico

    e todos

    os direitos

    e

    interesses do

    povo e m geral,

    Unico

    titular

    da

    coisa pirblica).

    S a lei

    (e

    tambm, por bbvio, a Constituio),

    por ser a

    expresso da

    "vontade geral", do litular

    da

    coisa pblica

    (o

    povo),

    apta

    a estabelecer

    o

    que seja de interesse pitblico e,

    se

    for o caso, dele dispor. Assim,

    a

    adrni-

    nitrao somente pode atliar quando houver lei

    que

    autorize ou determine

    sua atuao, e nos limites estipulados por

    essa

    lei. Ademais,

    em

    razo da

    indisponibilidade, toda atuao da administrao

    deve

    ter possibilidade d e ser

    controlada pelo povo,

    seja

    diretamente, seja por meio d e rgos com

    essa

    funo

    de

    controle, exigncia relacionada, tambm, h noo de

    cidadania,

    uin dos fundamentos da Repblica (CF,

    rt.

    1

    .a,

    11).

    6

    importante atentar para o fato d e

    que

    o principio

    da

    indisponibilidade

    do interesse piiblico est integralmente presente em toda e qualquer atuao

    da administrao piiblica, diferentemente do

    que

    ocorre

    com

    o principio da

    supremacia do interesse piiblico, que

    s esk

    diretamente relacionado aos atos

    de imprio do poder pi~blico.

    So

    manifestaes tpicas do principio da indisponibilidade do interesse

    pblico: a exigncia

    de

    que sejam selecionados mediante concurso publico os

    quadros

    permanentes

    do

    servio

    pi~blicoempregados piibt icos

    e

    servidores

    pbli-

    cos efetivos), a necessidade, em regra, de realizar licitao prvia para celebrao

    de

    contratos administrativos,

    a

    exigencia

    de

    inotivao dos atos administrativos

    (tambm

    regra

    geral),

    as restnes a alienao de bens piiblicos etc.

    3.

    PRINCIPIOA LEGALIDADE

    O

    capuf

    do

    art.

    37

    da

    Constituio

    de

    1988,

    pela primeira

    vez

    na

    histria

    de nosso constitucionalisrno, expressamente enum era cinco principios aplicveis

    a

    toda

    a

    administrao piiblica brasileira: legalidade, impessoalidade, rnoralida-

    de, publicidade e eficincia. Evidentemente no

    so

    os irnicos,

    mas

    podemos

    afirmar que se trata dos mais gerais principios administrativos constitucionais

    expressos. Estudaremos neste item o principio da legalidade administrativa.

    Inicialmente, cumpre observar que, a rigor,

    o

    principio da legalidade

    administrativa confunde-se em

    grande

    parte com

    o

    princpio

    da

    indisponi-

    bilidade do iiiteresse pblico. Isso porque a mais importante noRo a

    ser

    ressaltada quanto ao principio da legalidade administrativa

    exatamenae

    a

    de que a administrao pblica somente pode agir quando Iiouver lei que

    autorize

    ou

    determine

    sua

    atuao.

    E

    isso simplesmente decorre do fato d e

    que a administrao, no sendo titular da coisa pi~biic a.

    no

    tem possibilidade

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    28/430

    $ 2

    RESUMO DE DIREITO ADMINISTRATIVODESOMPLICADO Marcelo

    Alsxandnno

    & VicenlePaulo

    de estabelecer

    o

    que seja de interesse piiblico, restando a ela interditada,

    portanto, a fixao dos

    fins

    de

    sua prpria

    atuao.

    Por outras palavras, para que a adininistrao possa atuar, no basta a

    inexisincia de proibio legal:

    necessria

    a

    existncia

    d e

    determinao ou

    autorizao d a atuao administrativa na lei. Essa a principal diferena no

    alcance do principio da

    legalidade para

    os particulares e para a administrao

    piiblica. Aqueles podem fazer tudo

    o

    que a lei no proba; esta sh pode fazer

    o

    que

    a lei determine ou autorize.

    O

    principio da legalidade administrativa tem. portanto, para a adminis-

    trao piiblica, um contei~domuito mais restritivo do qiie a legalidade geral

    aplicvel ? conduta dos

    particulares

    (CF, art. 5.', TI). Por outro lado, para o

    administrado. o principio

    da

    legalidade administrativa representa

    uma

    garantia

    constitucional, exatarnente porque lhe assegura que

    a atuao

    da administrao

    estar8

    limitada

    ao que dispuser a lei.

    Diz-se que a administrao pblica, alm de no poder atuar contra a lei

    ou alm da lei, somente pode agir segundo a lei (a atividade administrativa

    no pode ser contra

    legem nem prneter Iegem,

    mas

    apenas secundz~m egern).

    0 s atas eventualmente praticados em desobedincia a tais palsm etros so atas

    invlidos e

    podem

    ter sua invalidade decretada pela prpria administraso

    que o haja editado (autotutela administrativa) ou pelo Poder Judicirio.

    E importante

    frisar,

    por

    fim,

    que

    a

    administrao

    esta

    obrigada,

    em

    sua ahrao, observncia no apenas do

    disposto

    nas leis, mas tambm

    dos princpios

    jurdicos,

    do ordenamento jurdico como um todo ratuao

    conforme a lei e o Direito", na

    feIiz

    redao da Lei 9.78411999). Ademais,

    a

    administrao est sujeita a setis prprios atos normativos,

    expedidos

    para

    assegurar o fiel cumpriinento das leis, nos termos do art. 84, IV, da

    Constituio. Assim, na pratica de um ato individual, o agente

    pblico

    esta

    obrigado a observar no s

    a

    lei

    e

    os principios jurdicos,

    mas

    tambm os

    decretos, as portarias,

    as

    instnies

    normativas,

    os

    pareceres nomativos, em

    suma, os atos administrativos gerais que sejam pertinentes Aquela situao

    concreta com que ele se depara.

    4.

    PRINC/PIO DA

    IMPESSOALIDADE

    O

    principio da impessoalidade est

    expresso

    no copzit

    do

    art.

    37

    da

    Constitiiio e costuma

    ser

    tratado pela doutrina sob duas vertentes,

    a saber:

    a)

    como

    determinante

    da

    finatidade

    de

    toda

    atuazo

    administrativa:

    Nessa ace po , fala-se, tambem , em principio

    da finalidade,

    considerado

    um principio implcito,

    inserido

    no postulado

    expresso

    da impessoalidade.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    29/430

    Trata-se da faceta mais tradicionalmente citada do principio da impessoa-

    lidade, traduzindo

    a

    ideia

    de que

    toda

    atuao da

    administrao

    deve

    visar ao

    interesse pblico, deve ter coino finalidade a satisfao do interesse publico.

    Qualquer

    ato

    praticado com objetivo diverso

    da

    satisfazo do

    interesse

    piiblico explcito

    ou

    implicito

    na

    lei ser

    nulo

    por

    desvio

    d e

    finali-

    dade.

    Fmpede

    o

    principio

    da

    impessoalidade, portanto,

    que o ato

    administrativo

    seja praticado a

    fim

    de atender a interesses do

    agente

    pblico ou

    de

    terceiros,

    devendo

    visar,

    to soinente. "vontade" da

    lei,

    comando geral e abstrato,

    logo, impessoal. Dessarte, sdo obstados perseguies ou favorecimentos e

    quaisquer discriminaes, benficas

    ou

    prejudiciais. aos administrados ou

    mesmo aos agentes pblicos.

    Conforme se constata, analisado sob esse prisiila, o princpio da im-

    pessoalidade identifica-se

    em

    larga medida com o principia

    da

    isonoinia

    (ou igualdade). Desses postulados - impessoalidade

    e

    igualdade derivam

    diversas normas constitucionais,

    a

    exemplo

    da

    vazada

    no

    art. 37,

    11, que

    impe o concttrso piiblico

    como

    condio para

    ingresso

    em cargo efetivo

    ou

    emp rego pblico (oportunidades iguais para todos), e da norma constante do

    art. 37, XXI, a qual exige que as licitaes pblicas assegurem igualdade de

    condies a todos

    os

    concorrentes.

    b) como vedaHo

    a

    que o agente pblico se promova s custas das realizaes

    da administrao pblica

    (vedao

    promoo pessoal

    do administrador

    pblico

    pelos servios. obras e

    outras

    realizaes

    efetuadas pela adininis-

    trao

    publica).

    A

    segunda acepo do principio da impessoalidade est ligada a ideia de

    vedao

    a

    pessoalizao das realizaes da administrao, vedao a promoo

    pessoal

    do

    agente pblico pela

    sua

    atuao como administrador.

    Essa

    faceta esta consagrada no 4 1." do art. 37

    da

    Constituio de

    1988,

    nestes

    incisivos temos:

    @ I

    "

    A publicidade

    dos

    atos, programas, obras, servios e

    campanhas

    dos

    rgos pblicos dever

    ter

    carter

    educativo,

    informativo ou de orientao

    social,

    dela

    no

    podendo constar

    nomes,

    smbolos ou

    imagens que caracterizem

    promoo pessoal

    de autoridades

    ou

    servidores

    piiblicos.

    Assim, uma

    obra piiblic realizada, por exemplo,

    pelo

    Estado do Rio

    d e Janeiro nunca poderi ser anunciada como realizao de

    Jos

    da Silva,

    Governador, ou

    de

    Maria das Graas, Secretria Esladiial

    de

    Obras, pela

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    30/430

    14 RESUMO DE DIREITO

    ADMINTSTRATIVO

    DESCOMPLICADQ. arceb

    Atexandrioo &

    Vlcente Paulo

    propaganda oficial.

    Ser

    sempre o "Governo do

    Estado do

    Rio

    de

    Janeiro" o

    realizador

    da

    obra, vedada a aluso a qualquer caracterstica do

    governante,

    inclusive a simbolos relacionados a seu nome.

    5. PRINCIPIO

    'DA

    MORALIDADE

    O principio da moralidade administrativa esta expresso no

    caput do

    art.

    37 da Constittii5o

    Federal.

    A denominada moral administrativa difere da

    moral comum, justamente par ser jurdica e pela possibilidade d e

    anulao

    dos atos administrativos

    que a

    contrariein.

    A

    moral administrativa liga-se i3 ideia de probidade e

    de

    boa-f.

    E fre-

    quente

    a

    assero

    de

    qtie

    o

    principio

    da

    moralidade coinplementa

    o

    princpio

    da

    legalidade,

    ou

    amplia materialmente sua efetividade (as vezes o princpio

    da finalidade

    tambem

    apontado como complementar ao da legalidade).

    A doutrina enfatiza que a noo

    de

    moral administrativa no esth vincu-

    lada s convices intimas do agente pblico (subjetivas), mas sim a noo

    de atutio adequada e tica existente no grupo social.

    Teoricamente,

    n5o

    importa a concep o subjetiva de conduta m oral, etica,

    que o agente pblico

    tenlia,

    mas sim a noo objetiva, embora indeterminada,

    prevalente

    no

    gnipo social, passvel

    de

    ser

    extraida

    do

    conjunto

    d e

    normas

    sobre conduta dos agentes piiblicos existentes no ordenamento jurdico.

    Frise-se este ponto: afirmam os administrativistas que esse conceito objetivo

    de moral adininistrativa pode ser extrado do ordenarnento jurdico, a partir

    do

    conjunto d e normas, d e todos os nveis,

    que versani

    sobre conduta dos agentes

    publicos em geral. Assim, einbora sem duvida se trate de um conceito indeter-

    ninado, com uma zona de incerteza

    na

    qual as condutas podero, ou no, ser

    enquadradas corno contrrias a moral administrativa, o certo

    6

    que

    nenhuma

    relevncia

    tem a

    opinio do

    agente que

    praticou o ato

    cuja

    moralidade esteja

    sendo avaliada.

    Importa

    unicamente

    o

    que

    se

    extrai

    do ordenamento jurdico

    acerca

    da conduta

    pblica compatvel com a moral administrativa.

    Confonne

    antes aludido, o fato de a Constituio da RepUblica erigir

    a moral administrativa e m principio juridico expresso permite afirmar que

    se

    trata

    d e

    um requisito de validade

    do

    ato administrativo, no

    de aspecto

    atinente ao mrito. Significa dizer,

    um ato

    contrhrio i moral administrativa

    no esth sujeito a

    uma anlise

    d e oportunidade e convenincia, mas a

    uma

    anlise de legitimidade.

    Por

    isso. o ato contrario

    a

    moral administrativa no deve

    ser

    revogado,

    mas s im declarado

    nulo. E,

    mais importante, como

    se

    trata

    de

    controle

    de

    legalidade ou legitimidade, pode

    ser

    efetuado pela adininistrao pblica

    (autohitela) e tambm pelo Poder Judici6rio.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    31/430

    Cap. ir.

    PRINCIPIOS

    DAADMINISTRAAO

    PLlBLICA

    T5

    Um dos

    meios d e contrde judicial da moral

    administrativa

    a merecer

    nota

    E a

    o

    popuIar, rernedio constitttcional previsto no inciso

    LXXIII

    do

    art. 5. da Carta Poltica nestes termos:

    LXXIII - qualquer

    cidado

    parte legitima para propor

    aro

    popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico

    ou de entidade de que o Estado parliipe, h

    moralidade

    ad-

    ministrativa.

    ao meto ambiente e ao patrimnio histrico e

    ciiltural.

    ficando

    o autor. salvo c ~ r n p r o v a d amh-f. isento

    de

    custas

    judiciais e do Gniis da

    suciimhncia;

    Como

    se ve.

    um ato

    contrrio A moral

    administrativa

    nulo,

    e no

    meramente inoportuno ou inconveniente.

    6. PRINC~PIOA PUBLICIDADE

    O

    principio da

    publicidade est expresso, para a administrao piiblica,

    no

    caput

    do art.

    37

    da Constitui.50. Esse principio geralmente

    tratado

    sob

    dois

    prismas,

    a saber:

    a) exigncia d e publicao oficial, como requisito de e fic ki a. d o s atos admi-

    nistrat ivos que

    devani produzir efeitos externos e dos atos

    que

    impliquem

    nus

    para o

    patrimhnio pirblico;

    Nessa acepo,

    a publicidade

    no

    estj.

    ligada

    a

    validade do

    ato, mas

    a

    sua eficcia,

    isto

    , enquanto

    no

    publicado, o

    ato

    no

    esta

    apto

    a proditzir

    efeitos.

    A rigor, no se pode dizer sequer

    que

    o ato j esteja inteiramente formado

    (perfeito) enquanto nso ocorre

    a

    sua publicao, nas hipteses em que esta

    obrigatria, vale dizer, o ato

    que

    obrigatoriamente deva

    ser

    publicado um

    ato imperfeito

    (no

    concluido) enquanto a sria pubIicao

    n +o

    ocorre.

    Cabe observar que o pargrafo iinico do art. 6 1 da

    Lei

    8.66611993

    esta-

    belece como requisito iiidispensvel de eficicia

    dos

    contratos administrativos

    a publicao resumida do seu instrumento na imprensa oficial.

    b)

    exigncia

    de transparncia da

    atuao

    administrat iva.

    Essa acepo, derivada do princpio da indisponibilidade

    da

    interesse

    publico, diz respeito

    i

    exigncia

    de

    que

    seja

    possibilitado. da forma

    mais

    ampla possivel, o controle da administrao pblica pelos adinii~istrados.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    32/430

    16

    RESUMO DE D I R f TO

    ADMINISTRATIVO

    DESCOMPLICADO Marcelo Alexandtino & Vicente Pau/o

    Importante garantia individual apta a assegurar a

    exigncia

    de transpa-

    rncia da administrao publica o

    direito de

    petio aos poderes

    pblicos;

    o

    mesmo

    se pode dizer do direito obteno

    de

    certides

    em

    reparties

    pblicas

    (CF, art.

    5 . O ,

    XXXIV,

    "a"

    e "b",

    respectivamente).

    Decorrncia

    lgica do principio da transparncia

    6

    a regra geral segundo

    a qual os azos administrativos deve m ser motivados. C om efeito. a motivaia

    (exposio, por escrito, dos motivos que levaram A prtica do ato) possibilita

    o efetivo controle da legitimidade do ato administrativo pelos rgos de con-

    trole e pelo povo

    em geral. De

    forma mais ampla, a cidadania fundamenta

    a e x ighc ia de motivao,

    uma

    vez que

    esta

    6

    essencial para assegurar o

    efetivo controle da administrao, inclusive o controle popular,

    lima das

    mais

    evidentes manifestaes

    do

    exercicio

    da

    cidadania.

    O princpio da motivao dos

    atos

    administrativos no um principio

    que esteja expresso na Constituio para toda a administrao pblica. En-

    tretanto, especificamente para

    a

    atuaa administrativa dos tribunais do Poder

    Judicirio a motivao est expressamente exigida no texto constitucionaI,

    no ari. 43, X,

    transcrito abaixo (grifou-se):

    X - as decises administrativas dos tribunais sero motivadas

    e

    em

    sesso

    piiblica,

    sendo

    as

    disciplinares tomadas

    pelo

    voto

    d a

    maioria absoluta de

    seus membros:

    U m

    dispositivo que deixa

    bem

    clara a exigncia de

    atuao

    transparente

    de

    toda

    a

    adm inistrao pirblica

    6 o inciso XXXIII do art. 5." da

    Constituio,

    reproduzido

    abaixo (observe-se que o direito i informa50 no absoliito,

    como, alis, acontece

    com

    todos

    os

    direitos fundamentais):

    XXXIII

    -

    todos

    tm

    direito

    a

    receber

    dos

    rgos pblicos

    in-

    formafies

    de

    seu interesse particular, ou

    de

    interesse coletivo

    ou geral, que sero prestadas no

    prazo

    da lei, sob pena de

    responsabilidade, ressaivadas

    aquelas

    cujo sigilo seja irnprcs-

    cindivel a segurana da sociedade e do Estado;

    Na mesma

    linha, o inciso

    TI

    do

    $ 3."

    do art. 37 da Carta Politica determina

    q u e

    a lei discipline as

    formas de

    participao

    do

    usur'irio

    na

    administrao

    publica direta e indireta, regulando o acesso dos usurios a registros admi-

    nistrativos

    e

    a

    informaes

    sobre

    atos de

    governo",

    observadas as restries

    q u e

    o prprio

    Texto

    Magno impe.

    Merece tambm meno o # 2."

    do

    art.

    216 da Constituio

    da Rep-

    blica, nos

    termos

    do qual "cabem A administrao pblica, na fonna

    da

    lei.

  • 7/26/2019 Resumo de Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino 2015

    33/430

    Cap. rl

    PRINCIPIOS

    DAAOMINISTRAAO PUBLICA

    17

    a gesto da doumentao gover-namental e as providncias para franquear

    sua consulta a quantos dela necessitem .

    Os trs iiltimos dispositivos constihrcionais citados - inciso XXXTII

    do art. 5 . , inciso

    I1

    do

    3."

    do art.

    37

    e

    4

    2." do art .

    216

    tm sua

    aplicao disciplinada pela Lei 12.5271203 I , regulamentada, no mbito

    do Poder Executivo federal, pelos Decretos

    7.7241201

    2 e 7.845120 1 2 .

    Em

    razo de sua

    importncia, a s principais disposies

    dessa

    lei, e , n o

    que couber,

    d a

    respectiva

    regulamentao, sero examinadas

    a

    seguir, e m

    tbpico prprio.

    6.1.

    Lei

    d e

    Acesso

    A

    Informaa

    (Lei

    12.5271201 1)

    A Lei

    12.5271201

    onhecida como

    Lei

    d e Acesso h

    Informaqo

    (LAH)

    ou

    Lei

    da Transparncia PiibFica

    -

    foi editada com o

    escopo

    expresso

    de disciphnar "os procedimentos a serem observados pela Unio, Estados,

    Distrito

    Federal

    e

    Municpios,

    com

    o fim

    de

    garantir

    o

    acesso

    a informaes

    previsto

    n o

    inciso XXXIII do

    att,

    5. , no inciso

    I1 do ff 3."

    do art. 37 e no

    $

    2." do arl. 2 16 da Constituio

    Federal"

    (art.

    1 .O).

    Trata-se, portanto,

    de

    uma

    lei

    de

    normas

    gerais, de

    carter

    nacional,

    isto k , obriga

    todos

    as entes federados. Esto subordinados A Lei 12.5271201

    1

    todos os 6rgBos pblicos,

    as

    entidades da adrninistrago indireta e

    demais

    entidades controladas direta ou indiretamente por qualquer ente federado

    e, por fim, as

    entidades

    privadas sem fins lucrativos

    que

    recebam, para

    realizaso d e

    abes

    de interesse publico, recursos pblicos (essas entidades

    privadas

    apenas

    esto sujeitas LAI quanto parcela dos recursas pcblios

    recebidos e

    Ii sua

    desti~tao).

    Os

    estados, o Distrito Federal e

    os

    municpios tm compctnia para

    definir,

    em

    1egisIao prpria, regras

    especificas

    a cada

    qual apliciveis, obe-

    decidas

    as nor