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Resumo das Comunicações IX CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOGERIATRIA E I CONGRESSO DE LONGEVIDADE GRAMADO - RS www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 99, Nº 5, Novembro 2012

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Resumo das Comunicações

IX CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOGERIATRIA E I CONGRESSO

DE LONGEVIDADE

GRAMADO - RS

www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 99, Nº 5, Novembro 2012

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Conselho EditorialBrasilAdib D. Jatene (SP)Alexandre A. C. Abizaid (SP)Alfredo José Mansur (SP)Álvaro Avezum (SP)Amanda G. M. R. Sousa (SP)André Labrunie (PR)Andrei Sposito (DF)Angelo A. V. de Paola (SP)Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP)Antonio Carlos C. Carvalho (SP)Antônio Carlos Palandri Chagas (SP)Antonio Carlos Pereira Barretto (SP)Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ)Antonio de Padua Mansur (SP)Ari Timerman (SP)Armênio Costa Guimarães (BA)Ayrton Klier Péres (DF)Ayrton Pires Brandão (RJ)Barbara M. Ianni (SP)Beatriz Matsubara (SP)Braulio Luna Filho (SP)Brivaldo Markman Filho (PE)Bruce B. Duncan (RS)Bruno Caramelli (SP)Carisi A. Polanczyk (RS)Carlos Alberto Pastore (SP)Carlos Eduardo Negrão (SP)Carlos Eduardo Rochitte (SP)Carlos Eduardo Suaide Silva (SP)Carlos Vicente Serrano Júnior (SP)Celso Amodeo (SP)Charles Mady (SP)Claudio Gil Soares de Araujo (RJ)Cleonice Carvalho C. Mota (MG)Dalton Valentim Vassallo (ES)Décio Mion Jr (SP)Denilson Campos de Albuquerque (RJ)Dikran Armaganijan (SP)Djair Brindeiro Filho (PE)Domingo M. Braile (SP)Edmar Atik (SP)Edson Stefanini (SP)Elias Knobel (SP)Eliudem Galvão Lima (ES)Emilio Hideyuki Moriguchi (RS)Enio Buffolo (SP)

Eulógio E. Martinez Fº (SP)Evandro Tinoco Mesquita (RJ)Expedito E. Ribeiro da Silva (SP)Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP)Fábio Vilas-Boas (BA)Fernando A. P. Morcerf (RJ)Fernando Bacal (SP)Flávio D. Fuchs (RS)Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP)Francisco Laurindo (SP)Francisco Manes Albanesi Fº (RJ)Gilmar Reis (MG)Gilson Soares Feitosa (BA)Ínes Lessa (BA)Iran Castro (RS)Ivan G. Maia (RJ)Ivo Nesralla (RS)Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP)João Pimenta (SP)Jorge Ilha Guimarães (RS)Jorge Pinto Ribeiro (RS)José A. Marin-Neto (SP)José Antonio Franchini Ramires (SP)José Augusto Soares Barreto Filho (SE)José Carlos Nicolau (SP)José Geraldo de Castro Amino (RJ)José Lázaro de Andrade (SP)José Péricles Esteves (BA)José Teles Mendonça (SE)Leopoldo Soares Piegas (SP)Luís Eduardo Rohde (RS)Luiz A. Machado César (SP)Luiz Alberto Piva e Mattos (SP)Lurildo Saraiva (PE)Marcelo C. Bertolami (SP)Marcia Melo Barbosa (MG)Marco Antônio Mota Gomes (AL)Marcus V. Bolívar Malachias (MG)Maria Cecilia Solimene (SP)Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC)Maurício I. Scanavacca (SP)Mauricio Wajngarten (SP)Max Grinberg (SP)Michel Batlouni (SP)Nabil Ghorayeb (SP)Nadine O. Clausell (RS)Nelson Souza e Silva (RJ)

Orlando Campos Filho (SP)Otávio Rizzi Coelho (SP)Otoni Moreira Gomes (MG)Paulo A. Lotufo (SP)Paulo Cesar B. V. Jardim (GO)Paulo J. F. Tucci (SP)Paulo J. Moffa (SP)Paulo R. A. Caramori (RS)Paulo R. F. Rossi (PR)Paulo Roberto S. Brofman (PR)Paulo Zielinsky (RS)Protásio Lemos da Luz (SP)Renato A. K. Kalil (RS)Roberto A. Franken (SP)Roberto Bassan (RJ)Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR)Sandra da Silva Mattos (PE)Sergio Almeida de Oliveira (SP)Sérgio Emanuel Kaiser (RJ)Sergio G. Rassi (GO)Sérgio Salles Xavier (RJ)Sergio Timerman (SP)Silvia H. G. Lage (SP)Valmir Fontes (SP)Vera D. Aiello (SP)Walkiria S. Avila (SP)William Azem Chalela (SP)Wilson A. Oliveira Jr (PE)Wilson Mathias Jr (SP)

ExteriorAdelino F. Leite-Moreira (Portugal)Alan Maisel (Estados Unidos)Aldo P. Maggioni (Itália)Cândida Fonseca (Portugal)Fausto Pinto (Portugal)Hugo Grancelli (Argentina)James de Lemos (Estados Unidos)João A. Lima (Estados Unidos)John G. F. Cleland (Inglaterra)Maria Pilar Tornos (Espanha)Pedro Brugada (Bélgica)Peter A. McCullough (Estados Unidos)Peter Libby (Estados Unidos)Piero Anversa (Itália)

Diretor Científico Luiz Alberto Piva e Mattos

Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira

Editores Associados

Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho

Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora

Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos

Cardiologia Pediátrica/Congênitas Antonio Augusto Lopes

Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca

Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte

Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff

Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda

Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim

Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein

Primeiro Editor (1948-1953) † Jairo Ramos

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948www.arquivosonline.com.br

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Presidente Jadelson Pinheiro de Andrade

Vice-Presidente Dalton Bertolim Précoma

Diretor Administrativo Marcelo Souza Hadlich

Diretora Financeira Eduardo Nagib Gaui

Diretor de Relações Governamentais Daniel França Vasconcelos

Diretor de Comunicação Carlos Eduardo Suaide Silva

Diretor de Qualidade Assistencial José Xavier de Melo Filho

Diretor Científico Luiz Alberto Piva e Mattos

Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/Funcor Carlos Alberto Machado

Diretor de Relações Estaduais e Regionais Marco Antonio de Mattos

Diretor de Departamentos Especializados Gilberto Venossi Barbosa

Diretor de Tecnologia da Informação Carlos Eduardo Suaide Silva

Diretor de Pesquisa Fernando Bacal

Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira

Editor do Jornal SBC Fábio Vilas-Boas Pinto

Coordenador do Conselho de Projeto Epidemiológico David de Pádua Brasil

Coordenadores do Conselho de Ações Sociais Alvaro Avezum Junior Ari Timerman

Coordenadora do Conselho de Novos Projetos Glaucia Maria Moraes Oliveira

Coordenador do Conselho de Aplicação de Novas Tecnologias Washington Andrade Maciel

Coordenador do Conselho de Inserção do Jovem Cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa

Coordenador do Conselho de Avaliação da Qualidade da Prática Clínica e Segurança do Paciente Evandro Tinoco Mesquita

Coordenador do Conselho de Normatizações e Diretrizes Harry Correa Filho

Coordenador do Conselho de Educação Continuada Antonio Carlos de Camargo Carvalho

Comitê de Atendimento de Emergência e Morte Súbita Manoel Fernandes Canesin Nabil Ghorayeb Sergio Timerman

Comitê de Prevenção Cardiovascular Antonio Delduque de Araujo Travessa Sergio Baiocchi Carneiro Regina Coeli Marques de Carvalho

Comitê de Planejamento Estratégico Fabio Sândoli de Brito José Carlos Moura Jorge Walter José Gomes

Comitê de Assistência ao Associado Maria Fatima de Azevedo Mauro José Oliveira Gonçalves Ricardo Ryoshim Kuniyoshi

Comitê de Relações Internacionais Antonio Felipe Simão João Vicente Vitola Oscar Pereira Dutra

Presidentes das Estaduais e Regionais da SBC

SBC/AL - Alfredo Aurelio Marinho Rosa

SBC/AM - Jaime Giovany Arnez Maldonado

SBC/BA - Augusto José Gonçalves de Almeida

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SBC/ES - Antonio Carlos Avanza Junior

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SBC/MA - Magda Luciene de Souza Carvalho

SBC/MG - Maria da Consolação Vieira Moreira

SBC/MS - Sandra Helena Gonsalves de Andrade

SBC/MT - José Silveira Lage

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SBC/PB - Alexandre Jorge de Andrade Negri

SBC/PE - Silvia Marinho Martins

SBC/PI - Ricardo Lobo Furtado

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SBC/RJ - Glaucia Maria Moraes Oliveira

SBC/RN - Carlos Alberto de Faria

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Sociedade Brasileira de Cardiologia

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Volume 99, Nº 5, Novembro 2012Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM),

SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de

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Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada

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IX CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOGERIATRIA E I CONGRESSO DE

LONGEVIDADE

GRAMADO - RS

Resumo das Comunicações

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Arq Bras Cardiol 2012: 99(5 supl.1)1-9

27074Perfil de pacientes octagenários encaminhados ao laboratório de hemodinâmica. Registro Prevent Sênior

RODRIGO B. ESPER, SANDRO FAIG, CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS, ROGER RENAULT GODINHO, LEANDRO RICHA VALIM, FABIO CONEJO, MARCIO H A NASCIMENTO, EDUARDO MENDES MOTTA, KARINA DE BONIS THOMAZ e JANIA ROBERTA MESQUITA SILVA.

Hospital Sancta Maggiore, São Paulo, SP, BRASIL.

Fundamento: Com o aumento da expectativa de vida, torna-se cada vez mais comum a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos em pacientes acima de 80 anos. Poucos centros de intervenção possuem um registro dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos que contemplem todos os pacientes consecutivos encaminhados ao laboratório de hemodinâmica. Este estudo analisa o perfil de pacientes acima de 80 anos encaminhados a um centro de intervenção. Métodos: Registro incluindo todos os pacientes consecutivos que foram submetidos a procedimentos diagnósticos e terapêuticos em um único laboratório de hemodinâmica, no período de 21/12/2011 a 08/03/2012. Foram analisados os dados clínicos e dos procedimentos realizados nos pacientes com idade ≥ 80 anos. Resultados: De 392 procedimentos realizados, 71 (18,1%) foram em pacientes com idade ≥ 80 anos. Dos pacientes acima de 80 anos, 59,2% (42) eram do sexo feminino, com idade média de 84,7 anos (desvio padrão de 5,2); 47,9% estavam em vigência de síndrome coronária aguda e 39,4% eram diabéticos. Os procedimentos foram realizados pela via radial em 84,5% (n=60) dos pacientes, com taxa de cross-over da via radial de 2,8%(n=2). Foram realizadas cinecoronariografias diagnósticas isoladas em 76,1% (n=56), cinecoronariografias seguida de angioplastia em 15,5% (n=11) e 7% (n=5) realizaram angioplastia eletiva isolada. O tempo de escopia médio foi de 6,4 minutos (± 4,9) e com volume de contraste médio de 75,2 ml (±38,6). Conclusão: Pacientes acima de 80 anos contemplam 18,1% dos pacientes encaminhados ao laboratório de hemodinâmica do registro Prevent Sênior. A via radial utilizada como primeira opção de acesso em grande idoso é factível, desta forma, minimizando a chance de complicações vasculares neste grupo de pacientes.

27526Angina atípica em paciente idoso com escore de Framingham <10% e lesão em TCE severa

CRISTIANO LORENZINI NOSKOSKI, JULIANA LORENZINI NOSKOSKI, RAFAEL RECH, EULER ROBERTO FERNANDES MANENTI, KAREN RUSCHEL, MARCIO LAUTERT BALBINOTTI, LUCIANO MARCELO BACKES, ROGER ALBERTO COSTA e RICARDO CUNHA.

Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: A investigação de Doença Coronariana Aterosclerótica em pacientes idosos sintomáticos (sintomas anginosos atípicos) deve ser continuada, mesmo que o risco calculado pela tabela de Framinghan seja baixo (<10%). Objetivo: Relato de caso de uma paciente feminina, 72 anos, com H. familiar de Infarto Agudo do Miocárdio. Chega no consultório referindo PRECORDIALGIA ATÍPICA aos médios esforços, há 02 meses. Risco de Framingham calculado = RISCO BAIXO (<10%). ECG = NORMAL. TESTE ERGOMETRICO com alterações isquêmicas em Baixa carga de esforço. Ao CAT apresentou Lesão severa em Óstio de Tronco de C. Esquerda, sendo encaminhada para CRVM. Objetivamos relatar a importância da História clínica (sintomas) e da H. familiar para determinar a continuação de investigação no diagnóstico da doença aterosclerótica. Delineamento: Relato de caso. Métodos: Imagens da lesão e descrição das alterações (CAT + T.ERG.), Ex. sg., CRVM. Conclusão: O escore de Framingham é de fundamental importância para determinarmos o risco cardiovascular dos pacientes, mas o julgamento clínico e a análise de todos os parâmetros de risco devem também ser considerados na decisão de prosseguir com a investigação da doença coronariana aterosclerótica.

27529Perfil de 231 pacientes geriátricos em um Ambulatório de Ergometria do RS

CRISTIANO LORENZINI NOSKOSKI, JULIANA LORENZINI NOSKOSKI, RAFAEL RECH, EULER ROBERTO FERNANDES MANENTI, MARCIO LAUTERT BALBINOTTI, LUCIANO MARCELO BACKES, ROGER ALBERTO COSTA, KAREN RUSCHEL e RICARDO CUNHA.

Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: Doenças cardiovasculares são as principais responsáveis pela mortalidade na população geral no mundo ocidental. Identificar o perfil dos pacientes submetidos a exames de ergometria e os respectivos resultados é de fundamental para elaborar ações de saúde. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes na faixa geriátrica referendados a um Ambulatório de Ergometria da Capital, no período de 01 ano de análise. Delineamento: Estudo transversal. Amostra: A amostra foi composta por 231 pacientes com idades variando entre 72 a 84 anos, atendidos no ambulatório de Ergometria de um hospital de Porto Alegre. Métodos: Os dados foram coletados na admissão dos pacientes e resultados dos exames foram comparados posteriormente, no período de março a dezembro de 2011. As informações foram registradas pela equipe em formulário específico, organizadas em planilha Excel e analisadas por estatística descritiva através de freqüências relativas e absolutas no programa SPSS 18.0. Resultados: A avaliação do perfil dos pacientes geriátricos atendidos no ambulatório mostra que a maior causa que referendou o exame foi Dor Torácica (32,5%), seguida por dispneia e palpitações (12,4% e 10,5% respectivamente). Do total de pacientes, 64% eram do sexo feminino, 36% masculino. Com médias de idade entre 45 e 75 anos. Dentre o total de exames 12,5% foram positivos para isquemia, 6,76% inconclusivos, o restante teve resultados negativos. Conclusão: O perfil de pacientes referendados tem grande variabilidade de indicações, algumas pouco precisas. Nos pacientes com dor torácica Típica e sexo masculino, o exame demonstrou altos índices de positividade (62%). O teste ergométrico, apesar de ter limitações na população geriátrica, em alguns pacientes é de fácil realização e custo mais acessível à esta população e constitue importante ferramenta inicial na busca pelo diagnóstico da Doença Coronariana Aterosclerótica.

29053Aplicatividade de escores de CHA2DS2-VASC e HASBLED em pacientes idosos portadores de fibrilação atrial persistente

RAFAEL SOUZA DA SILVA, WILSON JOSE DE SALES, CAROLINNE ATTA FARIAS e LENORA MARIA DE BARROS E SILVA.

Nucleo de Prevenção Senior, São Paulo, SP, BRASIL.

Fundamento: Através da aplicação dos escores de CHA2DS2-VASC e HASBLED em ptes com FA permanente, avaliamos da indicação a efetiva a prescrição dos anti coagulantes orais (ACO) em ptes idosos. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo em idosos submetidos a aval clinica e aos escores em questao em ambito ambultorial. Fatores de inclusão: pacientes idosos em consulta eletiva, com confirmado diagnóstico de FA permanente, c/ FC controlada, c/ ou s/ terapia ACO. Fatores de exclusão: pctes c/ idade < 60a; portadores de FA permanente com FC descomp de considerável gravidade a qual motivasse encaminhamento ao PS. Resultados: 52 pactes foram acompanhados prospectivamente de ago/11 a maio/12, sendo 42,3% mulheres (22) e 57,7% de homens (30). A idade variou de 60 anos a 96 anos, com idade média de 82 anos. Foram encontrados 44,2% dos pacientes em uso de ACO. No sub-grupo que já apresentava histórico de AVC (48,8%), a ACO foi visto em 75%. O AAS foi encontrado em 26,9% e 7,69% em uso de clopidogrel. Entre os fármacos usados para controle da FC, os betabloq foram os mais comumente prescritos (48,8%), acompanhados da amiodarona (20%) e do digital (11,1%). Os pcts foram submetidos a pontuação em dois escores: um de indicação a anticoagulação oral (CHA2DS2-VASC) e outro decontra indicação para a anticoagulação (HASBLED). Em nosso estudo, a pontuação média encontrada nos dois escores (CHA2DS2-VASC e HASBLED) foi de 4,2 e 1,53 respectivamente. Entre os pacientes não anticoagulados, as pontuações foram de 3,8 e 1,48 respect. No grupo que recebia ACO, a indicação pelo escore de CHA2DS2-VASC se torna ainda maior, com valor médio de 4,6. Ainda nesse grupo, o escore de HASBLED teve valor médio de 1,6. Entre os pacientes que já tinham histórico de AVC, encontramos uma pontuação média encontrada nos dois escores (CHA2DS2-VASC e HASBLED) foi de 5,58 e 2,0 respectivamente. Conclusão: O escore de CHA2DS2-VASC é uma ferramenta importante ao médico que transmite segura na conduta de iniciar a terapia de ACO. Entretanto, esse estudo traz a evidência de que a maior parte dos médicos ainda tem receio em anticoagular seus pctes, a despeito da indicação formal pelos guidelines, mesmo com um Escore de Risco de Sangramento (HASBLED) baixo.

TEMAS LIVRES - 26/10/2012APRESENTAÇÃO ORAL

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Arq Bras Cardiol 2012: 99(5 supl.1)1-9

Resumos Temas Livres

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29104Relação entre indicadores de obesidade e pressão arterial em indivíduos com insuficiência cardíaca

ALINE MARCADENTI, VÂNIA AMES SCHOMMER, ESTEFANIA INEZ WITTKE, ANDRE LUIS CAMARA GALVAO, CAMILA WESCHENFELDER, ROMULO DA SILVA SCHUDIKIN, KAREN LEMOS, JULIO R VIEGAS, JUVENAL SOARES DIAS DA COSTA e AIRTON TETELBOM STEIN.

Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RS, BRASIL - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Objetivo: Avaliar associação entre indicadores de obesidade, pressão arterial sistólica e diastólica em indivíduos com insuficiência cardíaca. Métodos: Estudo transversal entre indivíduos maiores de 18 anos de ambos os sexos. Foram aferidas circunferência do pescoço, pressão arterial e níveis séricos de triglicerídeos, para determinação da cintura hipertrigliceridêmica. Calculou-se razão cintura-quadril (RCQ) e índice de massa corporal (IMC). Os dados foram expressos em média±DP ou percentual. Foram usados os testes de ANOVA, ANCOVA, correlação de Pearson e regressão linear múltipla. Resultados: 60 participantes foram incluídos: idade 62,8 ±11,5 anos, 61,7% homens, 36,7% apresentavam EWET (cintura hipertrigliceridêmica) e 78,3% diagnóstico médico prévio de HAS. Entre os homens as médias de PAS com e sem EWET foram (121,3±16,4 vs. 119,9±20,1 P=0,9) e PAD (77,5±12,8 vs. 70,5±11,3 P=0,2) e entre as mulheres com e sem EWET (128,0±15,6 vs. 117,8±21,1 P=0,2) e PAD (79,1±7,0 vs 68,9±7,8 P=0,007). No sexo masculino observou-se uma correlação entre PAS e CC (r=0,39, P=0,04) e entre as mulheres correlação significativa entre PAD e CC (r=0,54, P=0,01), CP (r=0,54, P=0,01) e IMC (r=0,50, P=0,02). Após ajustes para idade a média de PAD permaneceu maior entre as mulheres com EWET (P =0,01), e houve associação entre PAD e CC (β=0,35, EP=0,1, P= 0,02), CP (β =1,32, EP=0,5, P= 0,02) e IMC (β =0,49, EP=0,2 P= 0,03) entre as mulheres e PAS e CC entre os homens (β =0,47, EP=0,2, P= 0,04). Conclusão: Existe uma associação direta entre CC, CP, IMC e PAD em mulheres com EWET e CC e PAS em homens.

29105Câncer de Mama: depressão e medo da morte

CLAUDIA ADRIANA FACCO LUFIEGO.

PUC RS, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Objetivo: Avaliar os sentimentos despertados em mulheres com câncer de mama e o papel do psicólogo no processo do adoecer. O câncer de mama no Brasil, é a segunda maior causa de óbito entre as mulheres e afeta o estado emocional da paciente e de sua família. Métodos: O estudo avaliou 20 mulheres, com idade entre 40 e 80 anos, que tiveram diagnóstico de câncer de mama e que foram mastectomizadas. A aplicação dos testes se deu durante as entrevistas com a psicóloga, respeitando o setting terapêutico e ocorreram em um hospital universitário. Foram utilizadas: Escala de Auto Estima de Rosenberg e as Escalas de Beck (BDI, BAI). Resultados: Os escores obtidos para a aplicação do BDI (Inventário Beck de Depressão) mostram que: 40% das mulheres apresentaram níveis mínimos de depressão; 35% níveis leves e 25% depressão em grau moderado. Nenhuma paciente obteve escore para qualificar como depressão em nível Grave. Os resultados do BAI mostraram os seguintes escores: 25% das mulheres com níveis mínimos de ansiedade; 40% nível leve; 25% níveis moderados e 10% com níveis altos de ansiedade (Grave). Os resultados da Escala de Auto Estima de Rosenberg mostrou que 20% das mulheres tiveram uma sensível mudança em sua auto estima e 80% evidenciaram uma redução mais acentuada em seu nível de auto estima. Conclusão: Os resultados confirmam o que outras pesquisas já evidenciaram: de que a depressão e a ansiedade são os transtornos psicológicos mais prevalentes em mulheres com câncer de mama. O diagnóstico está correlacionado simbolicamente a “sentença de morte” ou “perda de algo”. Os sentimentos despertados são: medo da morte e da dor, angústia, ansiedade, depressão, raiva, assim como sintomas físicos: fadiga, problemas de sono, alterações na imagem corporal e redução da libido. O suporte psicológico auxilia no enfrentamento dos problemas e reajustamento psicossocial. Porém, mais pesquisas são necessárias para comprovar a importância da Psiconcologia para a melhoria da qualidade de vida da paciente e sua família.

29129Efetividade e complicações da anticoagulação oral (ACO) com varfarina em octogenários portadores de fibrilação atrial (FA) não valvular

ANGELA TERESA BACELAR ALBUQUERQUE BAMPI, CLAUDIA CRISTIANY GARCIA LOPES, MARCELO EIDI OCHIAI, AMANDA FUJII GELD, JOAO BATISTA C. C. SERRO AZUL, NEUZA LOPES, HUMBERTO PIERRI, LUIZ FERNANDO ESCOBAR GUZMAN e LÍVIA PERES HUCK.

InCor - HCFMUSP, São Paulo, BRASIL.

Fundamento: Nos pacientes sob ACO, uma forte correlação entre altos valores de TTR (time in therapeutic range) e redução de complicações como hemorragias e tromboses foi demonstrada. Este estudo analisa essa correlação em octogenários portadores de FA não-valvular. Materiais e Métodos: Os registros de 171 idosos entre os anos de 2010 e 2011 foram revisados; dados adicionais foram adquiridos por entrevista telefônica. Os valores do tempo de protrombina (TP) e razão normalizada internacional (INR) foram avaliados. A idade média foi 84 (+/-3,26) anos e 70,76% são mulheres. A principal indicação para tratamento com varfarina foi FA (78,36%), totalizando 134 pacientes. O TTR de pacientes com FA não valvular foi calculado pelo método de secção transversal. Resultados: O valor médio INR foi de 2,2 (+ / -0,93). O TTR de pacientes com FA com INR 2-3 (n = 84) foi 61,12%. Complicações ocorreram em 39 pacientes (22,80%). Entre esses, sangramentos menores foram os mais comuns (61,53%). Sangramentos maiores aconteceram em 2 pacientes (5,12%), porém sem gravidade. Eventos tromboembólicos atingiram 13 pacientes (33,3%) culminando em 5 óbitos, dos quais 3 estavam com INR terapêutico. O total de mortes foi 34; 73,52% por causas gerais e 26,47% por doenças cardiovasculares. Não houveram mortes por intoxicação cumarina. Conclusão: O TTR dos octogenarios desse estudo ficou abaixo de indices americanos e europeus, porém correlacionado com baixos indices de complicações graves e ausência de desfechos fatais por sangramentos. A terapia anticoagulante com warfarina, sob monitoramento continuo, continua sendo indicada e pode ser considerada segura em octogenarios.

29282Suplementação com óleo de linhaça na melhora do perfil lipídico em idosos

CELIA CRISTINA DIOGO FERREIRA, ANA PAULA ALVES AVELINO, CAMILLA CHRISTINE PENHA DE SOUZA, JULIANA CHAVES BARBOSA, MAYARA DE PAULA MIRANDA, GLAUCIA MARIA MORAES OLIVEIRA e GLORIMAR ROSA.

Programa de Pós-graduação em Medicina - Cardiologia - UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL - Instituto de Nutrição Josué de Castro - UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.

Fundamento: O óleo de linhaça tem sido investigado como uma fonte rica de ácidos graxos poliinsaturados da série n-3, que atuam principalmente na obtenção de perfil lipídico não aterogênico. Nossa hipótese é que a orientação nutricional aliada a suplementação do óleo de linhaça promoveria melhora no perfil lipídico. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da suplementação com óleo de linhaça associado à orientações nutricionais, na melhora do perfil lipídico em idosos. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico, duplo-cego, placebo controlado, com 110 idosos randomizados em 2 grupos: placebo (GP) e óleo de linhaça (GL), suplementado com 3g de óleo de linhaça, ambos os grupos receberam orientações nutricionais e foram suplementados durante 90 dias, com encontros quinzenais para acompanhamento nutricional e análise do recordatório 24 horas, com coleta de sangue mensal para as análises bioquímicas. Resultados: Foi observado em ambos os grupos, redução das concentrações de colesterol total GP (215±42,6 e Δ=28,5±32,9; p<0,001) e GL (217±30,4 e Δ=30,7±27,1; p<0,001), LDL-colesterol GP (139±36,6 e Δ=21,7±26; p<0,001) e GL (138±22,5 e Δ=32,57±31,9; p<0,001), e triglicerídeos GP (170±67,6 e Δ=35,2±57,9; p<0,001) e GL (184±68,4 e Δ=32,57±31,9; p<0,001), porém apenas o GL apresentou aumento nas concentrações de HDL-c, após os 90 dias de suplementação (41,2±8,2 e Δ=8,8±7,2; p<0,001). Conclusão: Os resultados sugerem que a intervenção nutricional foi eficiente, mas o óleo de linhaça destacou-se no aumento das concentrações de HDL-c. Além disso, as concentrações das lipoproteínas atingiram os valores de normalidade preconizados pelas Diretrizes brasileiras.

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Resumos Temas Livres

29283Função cognitiva de idosos: impacto da suplementação com óleo de linhaça e fatores associados

CELIA CRISTINA DIOGO FERREIRA, ANA PAULA ALVES AVELINO, CAMILLA CHRISTINE PENHA DE SOUZA, JULIANA CHAVES BARBOSA, FERNANDA BASTOS DE OLIVEIRA, RAFAELA DE AZEVEDO SILVEIRA RANGEL, GLAUCIA MARIA MORAES OLIVEIRA e GLORIMAR ROSA.

Programa de Pós-graduação em Medicina - Cardiologia - UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL - Instituto de Nutrição Josué de Castro - UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.

Fundamento: A população de idosos vem crescendo em ritmo acelerado nas últimas décadas aumentando a prevalência de problemas relacionados ao envelhecimento, como o transtorno cognitivo, sendo importante investigar fatores que auxiliem na prevenção deste. Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação com óleo de linhaça associado a orientações nutricionais na melhora do transtorno cognitivo em idosos. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico, duplo-cego, placebo controlado, com 110 idosos randomizados em 2 grupos: placebo (GP) e óleo de linhaça (GL), suplementado com 3g de óleo de linhaça, ambos os grupos receberam orientações nutricionais e foram suplementados durante 90 dias, com encontros quinzenais para acompanhamento nutricional e análise do recordatório 24 horas, com coleta de sangue mensal para as análises bioquímicas. O transtorno cognitivo foi avaliado por meio do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), no início e ao final da intervenção. Os dados foram analisados com programa SPSS 17,0, empregando os testes: Shapiro-Wilk, Qui-quadrado, Wilcoxon, Mann Whitney e regressão linear múltipla. Considerou-se 5% de significância estatística. Resultados: Foram analisados os fatores associados com o déficit cognitivo (concentrações de folato, cobalamina e homocisteína, escolaridade, pressão arterial, prática de atividade física e suplementação), e somente o emprego do óleo de linhaça (β=-2,7, p<0,001) e o exercício físico (β=2,3, p<0,001) se associaram de forma dependente com a melhora da pontuação no MEEM. Conclusão: Esses resultados sugerem que a suplementação com o óleo de linhaça 3g/90 dias foi eficaz na melhora da cognição e o aumento foi ainda maior nos praticantes de atividade física.

29385Protocolo alternativo utilizando cicloergômetro na fase hospitalar da reabilitação de cirurgia de revascularização do miocárdio

MARGARETE DIPRAT TREVISAN, DIENE GOMES COLVARA LOPES, VANICE HOHEMBERGER DE OLIVEIRA, FABRÍCIO EDLER MACAGNAN, CLARISSA BLATTNER e ADRIANA KESSELER.

Hospital São Lucas PUCRS, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: Com o envelhecimento, a prevalência de doenças crônico-degenerativas aumenta principalmente as doenças cardiovasculares (DCV). Apesar das ações preventivas a cardiopatia isquêmica continua elevando o número de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) e a demanda de reabilitação. Objetivo: Avaliar a influência do cicloergômetro sobre a distância máxima percorrida (DMP) no teste de caminhada de seis minutos (TC6) no pós-operatório (PO) de CRM. Métodos: Ensaio clínico randomizado, controlado e cego para a avaliação do TC6. Quinze pacientes submetidos à CRM foram divididos em grupo protocolo padrão (PP, 6 pacientes) e protocolo alternativo (PA, 9 pacientes), sendo que, no PA a caminhada no corredor foi substituída por 15-20 minutos no cicloergômetro. O TC6 foi realizado no 3° dia de PO e no dia da alta hospitalar. A variação na DMP foi comparada através da ANOVA de duas via para um fator de repetição. Resultados: A análise multivariada mostrou significativa interação (p=0,026) entre os fatores grupo (PP vs PA) e situação (Pré vs Pós-teste). A DMP aumentou significativamente (p=0,001) apenas no PA (48%). Inicialmente a DMP foi de 224±53 metros no PP e de 227±58 metros no PA, na alta hospitalar a DMP passou para 248±74 metros e 325±73. Na comparação final a DMP foi 31% maior no PA (p = 0,04) quando comparado ao PP. Conclusão: O aumento significativo da DMP observado no PA demonstra que o uso do cicloergômetro na fase hospitalar pode ser considerado uma ferramenta fisioterapêutica importante na reabilitação das limitações físicas envolvidas no pós-operatório de CRM.

29658Idosos imunizados contra o pneumococo portadores de doença crônica internados em hospital geral em RECIFE-PE

MARCIANA CRISTINA BATISTA DA SILVA e MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA.

Hospital Geral Otávio de Freitas, Recife, PE, BRASIL.

Fundamento: Em idosos portadores de doenças crônicas, a vacina contra o pneumococo reduz em 60% a 70% a forma invasiva da infecção por este agente e em até 18% as formas resistentes ao tratamento. Idosos com cardiopatia habitualmente tem múltiplas comorbidades, o que o inclui entre os pacientes com indicação formal para vacinação. Contudo, os dados sobre a aderencia a esta normatização nos idosos são poucos. Pacientes e Métodos: Estudo do tipo descritivo, transversal, que incluiu pacientes com 60 anos ou mais, internados em Hospital Geral Público Estadual da cidade do Recife, Pernambuco, Brasil, durante o mês de fevereiro de 2008, após aprovação do comitê de ética em pesquisa deste serviço. O objetivo foi descrever o perfil dos pacientes idosos internados neste serviço e a taxa de vacinação entre estes. Resultados: Foram incluídos 39 pacientes, após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelo paciente ou responsável. Destes, 20 (51,3 %) eram do sexo feminino e a média de idade foi de 68,67 (±7,38 anos). As comorbidades mais frequentes foram Neoplasia Pulmonar (10/ 25,64%), Diabetes Mellitos (6/15,38%), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (5/12,82%) e Cirrose Hepática (4/10,25%). As causas de internamento mais comuns foram as respiratórias em 15 (38,4%). Contudo, houve 11 (28,2%) com sintomas respiratórios associados a outras causas de internamentos. Dentre os entrevistado, 1 (2,5%) havia recebido a vacina e os outros 38 (97,48%) desconheciam a sua indicação. Conclusão: A frequência de vacinação contra Pneumococo na amostra estudada é muito baixa, apesar do perfil de alto risco dos pacientes. Considerações Finais: Avaliar a situação vacinal do idoso deve ser uma rotina a cada consulta, devendo o cardiologista conhecer a população-alvo da vacina contra Pneumococo e encaminhá-la ao centro de referência de imunobiológicos especiais para recebê-la. Esta ação pode ser responsável por redução da mortalidade por pneumonia pneumocócica e do número de internamentos destes pacientes.

29667Prevalência de complicações após intervenção coronária percutânea com stent em idosos

FRANCISCO JESUS ALONSO CRUZ, FERNANDO CAMPELO NOGUEIRA, MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA e NELSON ANTONIO MOURA DE ARAUJO.

Unicordis Urgências Cardiológicas, Recife, PE, BRASIL.

Fundamento: Complicações após intervenção coronária percutânea (ICP) alerta o intervencionista e a instituição para um problema e permite a construção de soluções adequadas. Objetivo: Conhecer a prevalência das principais complicações intra-hospitalares de pacientes submetidos à ICP em hospital particular do Recife. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, que incluiu pacientes submetidos à ICP no período de junho de 2009 a maio de 2010, de ambos os sexos, eletivos, de urgência (após 24 horas da admissão) ou de emergência (até 24 horas da admissão). Os prontuários com informações incompletas foram excluídos. As variáveis analisadas foram idade, sexo, raça, fatores de risco clássicos para DAC, momento de realização do procedimento, local de acesso, tipo de técnica de punção, tipo de stent implantado, duração do procedimento e tempo de retirada do introdutor. Resultados: De um total de 199 pacientes submetidos a ICP, foram excluídos 47 (23,62%) pacientes por dados incompletos nos prontuários. Os 152 pacientes restantes foram incluídos no estudo e tiveram uma média de idade de 63,9 ± 12,4 anos, 104 (68,4%) foram do sexo masculino e 101 (66,4%) tiveram SCA com ou sem supra de ST como diagnóstico de entrada. Houve 21 (13,82%) complicações intra-hospitalares, predominando nos portadores de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), diabéticos (DM) e dislipidêmicos (DLP) e foram assim distribuídas: formação de hematoma no local de punção em 08 casos (5,26%) e 03 (1,97%) casos de sangramento no sítio de punção, dissecção coronariana e embolia intra-coronariana com oclusão de sub-ramo respectivamente. Os casos de acidente vascular cerebral isquêmico, choque cardiogênico, arritmia do tipo fibrilação ventricular e infarto agudo do miocárdio sem supra de ST totalizaram 04 casos. Conclusão: A prevalência das complicações foi 13,82% predominando as complicações vasculares menores. Não ocorreram casos de infarto agudo do miocárdio com supra de ST, insuficiência renal e necessidade de cirurgia de revascularização miocárdica de urgência. Complicações graves ocorreram com maior frequência durante procedimentos de urgência, em portadores de DAOP, DM e DLP.

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Resumos Temas Livres

29673Análise de pacientes idosos coronariopatas quanto a internação hospitalar

RAFAEL SOUZA DA SILVA, VANESSA MORAES ASSALIM, RITA PITA DE MORAES, GISLAINE MARA DE OLIVEIRA PACHECO, LENORA MARIA DE BARROS E SILVA, WILSON JOSE DE SALES e CAROLINNE ATTA FARIAS.

Prevent Senior, São Paulo, SP, BRASIL.

Fundamento: DAC é a maior causa de internação hospitalar, independente da faixa etária. Na população idosa, a presença de coronariopatia obstrutiva é uma comorbidade bastante prevalente, o que aumenta as chances de internação, retardo na alta hospitalar e morte intra-hospitalar. Objetivo: O presente estudo traz uma avaliação de dados estatísticos de pacientes idosos submetidos à internação hospitalar por qualquer causa, num período de 12 meses, e avaliados pós alta (30 dias). Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo observacional, de corte transversal, em pacientes idosos com id > 65 anos, sabidamente portadores de DAC, e que estiveram internados no período de jul 2011 a jul 2012. Os dados foram coletados através de análise sistemática dos prontuários médicos. Fatores de inclusão: idosos com DAC, internados por qualquer causa. Fatores de exclusão: pacts com idade < 65 anos nao portadores de DAC; não submetidos à internação hospitalar ou internados em período maior que 12 meses (julho de 2011 a julho de 2012). Foram exclusos ainda os óbitos intra-hospitalares. Resultados: N=758, sendo a maioria do sexo feminino (57,2% vs. 42,8%). A idade variou de 65 anos a 106 anos. As coronariopatias foram: tto clínico: 36,3%; tto percutâneo: 28,7% e CRM: 35% (vide gráfico 1). A análise laboratorial prévio a internação revelou que 77,1% dos pctes não apresentavam o nível de LDL-c dentro das metas < 70, a despeito do uso de estatina (65,6%). A DM foi prevalente em 40,3% e o uso de AAS foi de 64,8%. A FA foi encontrado em 27,6%. A causa mais comum de internação instab. da DAC (70,8%). Para o cálculo de taxa de internação, os pacientes foram divididos em quatro grupos, de acordo com a faixa etária: grupo de 65-74 (Grupo 1), de 75-79 (Grupo 2), de 80-84 (Grupo 3) e > 85 (Grupo 4), sendo que cada grupo apresentava o seguinte número de pacientes: Grupo 1 = 345 pcts, Grupo 2 = 154 pcts, Grupo 3 = 148 pcts, Grupo 4 (> 85 anos) = 111 pcts. A taxa de internação nos quatro grupos foi de: 1,48; 1,68; 2,13 e 1,77 internações por ano respect. Conclusão: DAC continua sendo a maior entidade patológica de risco de morte e internação para o idoso. O prolongado período de internação do idoso advém de cofatores que agregam maior pior prognóstico a esta população.

29704Monitorização ativa do INR em anti coagulação crônica com antagonista da vitamina K – da estratégia a eficácia

RAFAEL SOUZA DA SILVA, VANESSA MORAES ASSALIM, RITA PITA DE MORAES, GISLAINE MARA DE OLIVEIRA PACHECO, LENORA MARIA DE BARROS E SILVA, WILSON JOSE DE SALES e CAROLINNE ATTA FARIAS.

Prevent Senior, São Paulo, SP, BRASIL.

Fundamento: Monitorização do INR se fazem indispensável. Objetivo: Avaliar a eficácia do serviço de Monitoramento na Terapia ACO. Materiais e Métodos: Pcts em uso de ACO, divididos em dois grupos: Grupo de controle periódico de INR a critério médico, aqui chamado como Grupo 1; grupo de pts em uso de ACO e com controle através da COLMÉIA, chamado de Grupo 2. Fatores de inclusão: pacientes idosos, em uso de ACO com ant da vit K, c/ ou s/ internação. Fatores de exclusão: pcts em ACO q n fosse ant da vit K; pcts com período > 6m s/ acomp de INR. Resultados: Avaliamos 80 pcts em uso de ACO de jan 12 a jun12. As patologias: FA (78,7%), TVP (15,1%) e TEP (6,2%). Foram divididos em dois grupos (40 pacientes – Grupo 1; 40 ptes – Grupo 2). Duas variantes foram avaliadas e comparadas entre os dois grupos: variação do valor de INR e tempo (em dias) de permanência dos pcts fora do alvo. Padronizou-se que variações de 0,2 pontos a partir do valor considerado alvo como aceitável para ambos os grupos. O cálculo de dias fora do valor almejado foi obtido pelo ponto médio entre o valor de INR fora da faixa-alvo e o último exame de INR dentro da normalidade. No Grupo 1, o número de dias com INR fora da meta almejada foi de 2.832,6 dias (que representa 39% do tempo total avaliado ou 11,8 dias por mês para cada paciente deste grupo), enquanto que o Grupo 2 foi de 1146 dias (15,9% do tempo total avaliado ou 4,4 dias por mês para cada paciente deste grupo). Quanto a variação de INR, o gráfico abaixo demonstra que menor variação entre os pacientes do Grupo controle, quando comparados ao pacientes do grupo standard. Conclusão: O presente estudo demonstra que a monitorização e consequente intervenção ativa no controle da ACO demonstra melhores resultados quando comparados aos resultados do tratamento convencional. Considerando que o estudo foi realizado em uma população de idosos, isso pode fazer a diferença na prevenção de complicações e de internações ocasionadas pelo uso de ACO.

29705Influência da renda na frequência de polifarmácia entre idosos hipertensos

ANA CAROLINE MACÊDO DE FARIAS POSSÍDIO, MARCOS VINICIUS FERRAZ DE LUCENA, RENATA AQUINO COELHO DE MACEDO, HUGHETTE CARMEM MELO TORRES GALINDO, MIRIAM CRISTIANA CAMPOS TORRES NUNES e MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA.

Faculdade de Ciências Médicas de PE, Recife, PE, BRASIL.

Fundamento: O acesso á medicação e aos serviços de saúde é renda-dependente, o que pode interferir na frequência de polifarmácia entre os idosos hipertensos. Objetivo: Conhecer a influência da renda na frequência de polifarmácia entre idosos hipertensos atendidos em unidades de saúde na região metropolitana do Recife, PE, Brasil. Métodos: Estudo observacional, descritivo, realizado em unidades de saúde na região metropolitana do Recife, no período de julho a setembro/2010. Incluiu 370 pacientes, ambos os sexos, hipertensos, ≥ 65 anos, 50,54% no serviço público e 49,46% no privado. Foi considerado polifarmácia o uso de 2 ou mais medicamentos por 90 dias ou mais, sendo classificada como maior, se ≥ 5 medicamentos e menor, se uso de 2 a 4. Resultados: 347 (93,78%) pacientes apresentaram pelo menos uma comorbidade, sendo as mais frequentes: Sedentarismo (60%), Dislipidemia (46,22%) e Obesidade (33,24%). Estavam em tratamento medicamentoso 345 (93,24%) pacientes. A polifarmácia foi encontrada em 74,86% dos atendidos no serviço público e 78,69% no privado, sendo (66,84%) e (50,82%) classificados como polifarmácia menor e (8,02%) e (27,87%) como polifarmácia maior, respectivamente. Entre os idosos atendidos no serviço público 87,16% referiram renda per capita de até um salário mínimo. Ao contrário daqueles atendidos no serviço privado, que tiveram renda per capita de mais de um salário mínimo em 75,96%. Entretanto, não houve diferença, significativa estatisticamente, entre a ocorrência ou não de polifarmácia entre os estratos de renda. Entre os pacientes com polifarmácia, aqueles com maior renda per capita, apresentaram uma frequência mais elevada de polifarmácia maior (cinco ou mais medicações por dia) do que pacientes com menor renda, diferença esta significante estatisticamente (p < 0,05). Conclusão: Polifarmácia foi igualmente frequente entre idosos hipertensos portadores de múltiplas comorbidades (76,75%), independente da renda per capta. Contudo, a polifarmácia maior foi mais frequente nos pacientes com maior renda per capita (p< 0,05). Nesses pacientes, atenção maior deve ser dada ao risco de efeitos colaterais e interação medicamentosa, mais comum entre idosos usando múltiplas medicações.

29707A doença arterial coronariana como um determinante de desigualdade na auto-percepção do estado de saúde em pacientes idosos

RAFAEL SOUZA DA SILVA, CAROLINNE ATTA FARIAS, VANESSA MORAES ASSALIM, WILSON JOSE DE SALES, LENORA MARIA DE BARROS E SILVA, RITA PITA DE MORAES e GISLAINE MARA DE OLIVEIRA PACHECO.

Prevent Senior, São Paulo, SP, BRASIL.

Objetivo: Comp diferentes percepções entre 2 pop:idosos c/ e s/ DAC. Materiais e Métodos: Idosos > 65a, 2grupos: c/ e s/ DAC. Foram submetidos a estrat de risco de internação pela Escala de Boult, e, observando as respostas qto ao questionamento da auto percepção a saúde, estabeleceu-se os resultados. Fat de inclusão: idosos > 65a, c/ capazes de responder escala de Boult. Fatores de exclusão: pcts < 65a; incapazes de responder a Boult. Resul: período de jul 11 a jul12, foram coletados dados de 1578 pacientes, com idade entre 65 a 106 anos, divididos em 2 grupos: Grupo A (c/ DAC) e Grupo B (desconhecem DAC) com n= 758 e 820 respect. Em todos os pcts foi aplicado a E de Boult que tem por finalidade avaliar fatores de risco como sendo indicadores de intern hospitalar. São eles: auto-percepção do estado de saúde, número de pernoite hospitalar e número de visitas médicas nos últimos 12 meses, DM, dç cardiaca, sexo, presença de cuidador e faixa etária. P/ a analise das respostas obtidas, os pcts dos 2 grupos foram comparados nos mesmo grupos etários. Baseado na análise da 1questão de Boult (“Em geral, como você define seu estado de saúde?”) e suas 5 possíveis respostas (“Ruim”, “Médio”, “Boa”, “Muito Boa” e “Excelente”). Resultados: Consideram seu estado de saúde dito “Ruim” 11,3% dos pcts do Grupo A, versus 10,5% do grupo B. Consideram seu estado de saúde dito “Médio” 39,8% dos pcts do Grupo A, versus 30,6% do grupo B. Consideram seu estado de saúde dito “Boa” 36,5% dos pcts do Grupo A, versus 43,7% do grupo B. Consideram seu estado de saúde dito “Muito boa” 8,8% dos pcts do Grupo A, versus 10,9% do grupo B. Consideram seu estado de saúde dito “excelente” 3,5% dos pacientes do Grupo A, versus 4,4% do grupo B. Em ambos os grupos, houve uma pior percepção do estado de saúde entre as mulheres qdo comparado com os homens (Grupo A 65,2% vs. 34,8% e Grupo B 73,7% vs. 26,3%). Conclusão: A auto percepção do estado de saúde qualificadas como NEGATIVAS (“ruim” e “média”) são mais prevalentes entre os coronariopatas, enquanto que as POSITIVAS (“boa”, “muito boa” e “excelente”) são mais prevalentes entre os sem DAC. Entre os sexos, as piores percepções sao femininas, enquanto as melhores sao masc.

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Resumos Temas Livres

29713Nefropatia induzida por contraste pós cineangiocoronariografia em idosos

DEBORAH COSTA LIMA DE ARAUJO e MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA.

FUNCORDIS, Recife, PE, BRASIL.

Fundamento: Nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma das complicações mais frequentes após o uso de contraste iodado nos idosos e têm sido relacionada a aumento de mortalidade. Objetivo: Este estudo teve por objetivo conhecer a frequência e a mortalidade relacionada à NIC em idosos após realização de CATE em hospital terciário, privado, de cardiologia, na cidade de Recife, PE, Brasil. Métodos: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes acima de 65 anos internados no ano de 2011 submetidos a CATE ou angioplastia, após aprovação pelo CEP. Resultados: De janeiro a dezembro de 2011 foram realizados 550 exames de cineangio ou angioplastia coronariana no serviço, sendo 250 em maiores de 65 anos, porém foram incluídos para análise apenas 156 pacientes por dados incompletos nos prontuários dos restantes.Os procedimentos foram indicados principalmente no contexto de SCASST, sendo 55% do sexo masculino, com mediana da idade de 73 anos (±7,0 anos; 65-95anos), HAS (90,44%), com IRC previa (44,23%) e Diabetes mellitus (38,22%). Noventa por cento fez algum tipo de prevenção de nefropatia por contraste,62% representada por N-Acetilcisteína e SF 0,9%. A frequência de IRA variou de 4,9% a 10,8%, conforme o critério diagnóstico utilizado (elevação da creatinina basal em 50% ou elevações maiores ou iguais a 25%). O grupo que desenvolveu IRA era constituído principalmente por mulheres (2:1) e teve média de idade mais elevada que o grupo sem IRA. Todos foram tratados conservadoramente, recuperando os níveis prévios de creatinina em 50% dos casos no 5º dia após o procedimento. A mortalidade foi maior no grupo com IRA (11%) do que no grupo sem IRA (0%), que também aumentou permanência hospitalar (mediana de 15 x 6 dias, respectivamente com e sem IRA). Conclusão: A frequência de nefropatia por contraste variou de 4,9% a 10,8%, conforme o critério diagnóstico utilizado. São de maior risco as mulheres, com idade acima de 80 anos, HAS, DLP, DAC prévia e portadores de IRC prévia. Houve menor ocorrência de nefropatia por contraste entre os pacientes que fizeram nefroproteção com solução de bicarbonato. Análise estatística para comparação das médias e diferenças dos resultados serão realizadas posteriormente,em busca de preditores maiores e menores de IRA por contraste nesta população.

29714Exercício físico e prevenção secundária em idosos institucionalizados

FERNANDO BEHLING, FATIMA FERRETTI TOMBINI, SIPIONI PEDRO BISOLO ALLIEVI e MAURICIO JACOBY.

Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ, Chapecó, SC, BRASIL.

Fundamento: A disciplina de Fisioterapia na Promoção da Saúde II promove a participação de acadêmicos em projetos de intervenção com idosos institucionalizados no município de Chapecó-SC. As ações devem ter por objetivo promover a saúde e prevenir enfermidades nesse grupo. Sabendo que os benefícios do exercício físico são tanto fisiológicos como psíquicos e sociais e, que refletem positivamente na qualidade de vida, optou-se por esta estratégia como elemento central das intervenções. Objetivo: Os objetivos centram-se em relatar a experiência de intervenções com exercícios físicos em idosos institucionalizados. Descrição do caso: Foram realizadas 14 intervenções, durante 7 meses com duração aproximada de 2h cada. Estas foram registradas em diários de campo e destas foram selecionados quatro relatórios cujo tema envolvia a prática de exercícios e atividades físicas e realizado análise de conteúdos destes para produzir este resumo. Os participantes eram convidados a participarem por livre adesão e os exercícios escolhidos visavam a melhoria e manutenção da flexibilidade, força muscular, equilíbrio, coordenação e desempenho motor. Comentários: Foi observado que os idosos aderiram bem às práticas e que o convívio e a sociabilidade no grupo melhoraram com o desenvolvimento de atividades. Ainda, as ações desenvolveram maior habilidade para a realização das atividades de vida diária bem como diminuíram o risco de quedas e conseqüentes implicações. A prática de exercícios físicos é importante para a manutenção da saúde em qualquer idade e de forma especial à terceira idade pelas modificações que essa fase provoca. Essa experiência permitiu aos estudantes explorar a prática de ações direcionadas prioritariamente para a promoção da saúde e prevenção de enfermidades e contribuiu com uma formação profissional mais sensível frente às necessidades de cada indivíduo.

29724Correlação entre marcadores lipídicos pró-aterogênicos e níveis plasmáticos de óxido nítrico em idosos da Amazônia

ARAE RIGÃO DE OLIVEIRA, LUIZ FILIPE MACHADO GARCIA, EULER ESTEVES RIBEIRO, RAFAEL NOAL MORESCO, MARTA MARIA MEDEIROS FRESCURA DUARTE e IVANA BEATRICE MÂNICA DA CRUZ.

Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BRASIL - Universidade Federal do Amazonas, AM, BRASIL.

Fundamento: O estresse oxidativo pode afetar na oxidação/nitração de lipídeos plasmáticos, resultando em um elevado risco de aterogênese e doença cardiovascular (DCV). Estudos têm sugerido associação entre níveis aumentados de espécies reativas, como é o caso do óxido nítrico plasmático (ONp), com fatores de risco cardiometabólicos. Objetivo: Analisar a correlação entre níveis plasmáticos de ONp e marcadores bioquímicos de risco cardiovascular em uma população de idosos ribeirinhos da Amazônia. Pacientes e Métodos: Foram analisadas 637 sub-amostras de idosos (homens = 295, mulheres = 342) do projeto Idoso da Floresta, no município de Maués (AM), com idade média de 72,3 ±8,1 anos. Foram aplicadas entrevistas (avaliação da história clínica e estilo de vida), avaliações antropométricas e bioquímicas. Os níveis de ONp foram determinados por espectrofotometria. A amostra total foi agrupada em 3 categorias, considerando os percentis 25, 50 e 75 dos níveis de ONp, que foram respectivamente: 14, 24 e 67 µg/mL. A seguir, os fatores de risco cardiovascular e relato prévio de DCV foram comparados entre os grupos. Resultados: Os idosos com ONp < 14 µg/mL apresentaram menores níveis de LDL e maiores níveis de HDL que os demais. Esta associação foi independente do sexo, idade, uso de medicamentos e morbidades prévias. Não foi observada associação entre os níveis de ONp com hipertensão, diabetes, DCV prévia e obesidade. Conclusão: Os resultados indicam uma correlação entre os níveis de ONp com marcadores lipídicos associados a aterosclerose (LDL-colesterol e HDL-colesterol). Estes resultados corroboram com estudos prévios que também encontraram resultados semelhantes.

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TEMAS LIVRES - 26 e 27/10/2012APRESENTAÇÃO POSTER

29055 29082

29094 29098Descrição da prevalência de síndrome metabólica em idosos atendidos pela estratégia da saúde da família a partir de diferentes critérios diagnósticos e sua associação com risco cardiovascular

CAMILA BITTENCOURT JACONDINO, VERA E CLOSS, FABIANA HENRIQUES GOULARTE, GABRIELE CARLOS CARDOSO, MARIA GABRIELA VALLE GOTTLIEB, IRÊNIO GOMES e CARLA SCHWANKE.

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: A Síndrome Metabólica (SM) é considerada um transtorno complexo que aumenta a mortalidade cardiovascular em 2,5 vezes e a geral em 1,5 vezes. Sua prevalência aumenta com a idade e é variável de acordo com a população investigada e com o critério diagnóstico utilizado. Objetivo: Descrever a prevalência da SM e seus componentes em idosos atendidos pela Estratégia da Saúde da Família (ESF) a partir de diferentes critérios diagnósticos e sua associação com risco cardiovascular (RCV). Métodos: Estudo transversal realizado com 344 idosos do Estudo Multidimensional dos Idosos Atendidos pela ESF de Porto Alegre no período de março a dezembro de 2011. Os critérios diagnósticos de SM utilizados foram: National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment III (NCEP-ATPIII), NCEP-ATPIII revisado e International Diabetes Federation (IDF). O RCV foi avaliado pelo Escore de Risco de Framingham (ERF). Resultados: A média da idade da amostra foi 68,2±6,8 anos (60-95 anos), sendo 133 homens (38,7%) e 211 mulheres (61,3%). A prevalência da SM pelos critérios NCEP-ATPIII, NCEP-ATPIII revisado e IDF foi 61,3%, 65,7% e 68,3%, respectivamente. Dos componentes dos critérios para o diagnóstico da SM, o mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (HAS=69,5%). As mulheres apresentaram SM significativamente mais frequentemente que os homens em todos os critérios. Não se observou diferença quanto à classificação do ERF, nem em relação à faixa etária. Conclusão: A prevalência de SM variou de 61,3% (NCEP-ATPIII) a 68,3% (IDF), sendo mais frequente nas mulheres. A HAS foi o componente mais prevalente. Não houve associação de SM com RCV.

Análise dos benefícios de um programa de atividade física em população de idosos do Projeto AMI

LUCY MATSUMURA, MARILENA ZULIM, ISABELLA COSTA FALEIROS, BENEDITO DE P OLIVEIRA NETO, GABRIELLA PELLIZZER, RODRIGO GARCIA LEITE, MARIA C K MEDEIROS, ERICO MARQUES KOHL, ALEXANDRE A LIMA e ANGELA H SICHINEL.

Hospital São Julião, Campo Grande, MS, BRASIL.

Fundamento: A ocorrência de quedas é, nos dias atuais, um dos principais fatores de mortalidade e morbidade em idosos, principalmente em função de suas conseqüências (fraturas, imobilizações, perda de mobilidade, dependência para realização de atividades da vida diária, entre outras) Menz HB (2001). Objetivo: Analisar os benefícios de um programa de atividade física (exercício ativo suave) em relação a quedas em idosos assistidos no Hospital São Julião. Delineamento: Estudo descritivo, de corte transversal, orientado pelo método quantitativo em pesquisa. Para a análise estatística, utilizamos o programa Epiinfo versão 3.4.3, bem como fórmulas matemáticas. Materiais e Métodos: 33 pacientes, participaram da intervenção sendo que 19 foram reavaliados 10 (52,63%) sexo feminino e 9 (47,36%) sexo masculino. Foi aplicado na intervenção uma tabela de 30 exercícios suaves. Resultados: Relataram história de queda antes da intervenção 49,2% do sexo feminino e 33% do sexo masculino sendo que após a intervenção relataram queda 50% do sexo feminino e 26,2% do sexo masculino. Conclusão: A seqüência de exercícios proposta neste trabalho pode ser utilizada com a finalidade de evitar quedas em idosos agregando as vantagens de ser de baixo custo e fácil aplicação.

Prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica em pacientes idosos longevos

RAFAEL SOUZA DA SILVA, CAROLINNE ATTA FARIAS, WILSON JOSE DE SALES e LENORA MARIA DE BARROS E SILVA.

Nucleo de Prevenção Senior, São Paulo, SP, BRASIL.

Objetivo: Propõe-se uma avaliação da HAS em idosos longevos (idade ≥ 80a) e seus diversos esquemas terapêuticos, correlações de HAS c/ outras comorbidades. Materiais e Métodos: Est retrospectivo de corte transversal, em pctes idosos longevos (idade ≥ 80 anos) atendidos em amb. A coleta de dados: análise sistemática dos prontuários. Fat. de inclusão: idosos longevos (idade ≥ 80 anos). Fat.de exclusão: pctes com idade < 80 anos. Resultados: Foram avaliados 1063 pctes de agosto/11 a maio/12, sendo 557 mulheres (52,3%) e 506 homens (47,7%). A idade: de 80 anos a 106 anos (idade média de 85,2 anos) sendo 82,5% de octagenários, 14% de nonagenários e 3,5% decentenários. Haviam 69,5 % c/ HAS em tto medicamentoso, sendo a comorb de maior prevalencia (2º - sobrepeso e obesidade: 48,2%; 3º-DLP: 34,9%; 4º - DM: 20%). Outras comorbidades: DAC (9,5%), FA (4,5%), sind demenciais (7,2%) e o tabagismo (3,4%). Em relação a HAS, quando dividido por sexo, a HAS foi mais prevalente no sexo feminino (67,5% vs 62,5%). Nos pacientes com histórico de AVC, a HAS foi prevalente em 81,6%, (30,2% não estavam sob controle da PA). Entre os diabéticos a prevalência foi de 84,9%. Qto ao tto, fármaco mais prescrito foram os BRAs (28,1%), seguidos pelos IECAs (26,6%), diuréticos (18,5%), os Betabloq (15,7%) e pelos BCCs (11,1%). Em terapia combinada: BRA com diurét (21,9%), IECA + diurét (20,4%), BB+diurét (10,9%). Havia ainda 5,4% dos pctes avaliados que não usavam anti hipert e não estavam na meta de PA. Foram ainda encontrados 32,4% dos pacientes hipertensos que, a despeito do uso de anti hipert, não se encontravam dentro da meta pressórica preconizada. Conclusão: Seguindo uma tendência dos países desenvolvidos, o Brasil encontra-se em uma constante mudança na pirâmide etária da população brasileira e projeções de crescimento da população idosa. Os dados apresentados nos demonstram um panorama amplo das comorbidades mais prevalentes nesta população, que, por dependerem de tto medic. prolongado, tornam-se grandes grandes consumidores, sendo o grupo etário de maior consumo de medicamentos e, portanto, movimentando ativamente a economia de tal setor.

Avaliação das características clínicas e dos desfechos na síndrome coronariana aguda: papel da idade na ocorrência das complicações

JESSICA CAROLINA MATOS D`ALMEIDA SANTOS, MARIO DE SEIXAS ROCHA, MARCOS SILVA ARAUJO, ANTONIO MORAES DE AZEVEDO JUNIOR e MAURICIO BATISTA NUNES.

Hospital Português, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.

Fundamento: Os idosos representam uma população heterogênea, principalmente nos extremos etários, em que há um maior predomínio de fatores de risco e comorbidades. Segundo informações do IBGE a expectativa de vida aumentou de forma expressiva nos últimos 20 anos no Brasil. A OMS considera idosos de 60-74 anos e anciãos e velhice extrema aqueles com mais de 75 anos. Neste contexto surgem alguns questionamentos. Os indivíduos mais jovens tem melhor prognóstico que os anciãos e os com velhice extrema? Em que aspectos diferem do ponto vista clínico na ocorrência da Síndrome Coronariana Aguda (SCA)? Objetivo: Avaliar as características clínicas e desfechos cardiovasculares de idosos e comparar diferenças entre individuos mais jovens e muito idosos (anciãos e velhice extrema). Métodos: Estudo longitudinal constituído de idosos em seguimento hospitalar de hospital terciário, distribuído por faixa etária em dois grupos: G1 – indivíduos mais jovens (< 75 anos) e G2 – muito idosos (75 anos ou mais). Foram avaliados prospectivamente 206 pacientes admitidos consecutivamente com SCA sem elevação de ST. Foram registrados dados clínicos, demográficos, laboratoriais e desfechos ao longo do período de internamento. Os dados foram avaliados e comparados. Resultados: A idade média foi de 69 ± 12 anos, e 51% eram do sexo masculino. Setenta pacientes (34%) tinham idade ≥ 75 anos. Cerca de 3% dos pacientes foram a óbito. Os pacientes muito idosos apresentaram infarto agudo do miocárdio sem SST (25,7 vs 41,4%; p=0,026) e disfunção renal (24,3 vs 58,6%; p<0,001) com mais freqüência do que aqueles mais novos, entretanto apresentaram obesidade (30,7 vs 18%; p=0,078) e doença cerebrovascular (9,6 vs 2,9%; p=0,094) com menor freqüência. A presença da complicação fibrilação atrial aguda (2,9 vs 8,6%; p=0,092) foi mais freqüente naqueles pacientes com idade ≥ 75 anos. Conclusão: Observou-se que os muito idosos apresentam uma maior frequencia de condições clínicas relevantes e de preditores associados com complicações na vigência da SCA.

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Resumos Temas Livres

29102Circunferência da cintura de idosos e mortalidade - Estudo SABE: Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento - São Paulo/Brasil. 2000 e 2006

LUIZA ANTONIAZZI GOMES DE GOUVEIA, MARIA DE FATIMA NUNES MARUCCI, DAIANA APARECIDA Q SCARPELLI DOURADO, MARIA LUCIA LEBRAO e YEDA APARECIDA DE OLIVEIRA DUARTE.

Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, BRASIL.

Fundamento: Estudos mostram que a gordura na região abdominal pode ser um risco para doenças crônicas e aumentar as taxas de mortalidade, porém, essa relação deve ser investigada em indivíduos idosos, devido às alterações fisiológicas desse grupo populacional. Objetivo: Verificar a associação entre valores de circunferência da cintura (CC) e mortalidade, no período 2000 a 2006, em idosos, segundo sexo e grupo etário. Métodos: Participaram desse estudo 1801 idosos (≥ 60 anos), participantes do Estudo SABE: epidemiológico e de base domiciliar, realizado no município de São Paulo. As variáveis foram valor da CC; óbito no período de 6 anos; grupos etários (60 - 74 anos e ≥ 75 anos) e sexo. Para verificar a associação entre as variáveis foi utilizado teste de Rao e Scott e regressão logística (p<0,05) para amostras complexas. O programa STATA 10.1 for Windows foi utilizado para os cálculos. Resultados: O valor médio de CC era 94cm no sexo feminino e 96cm no sexo masculino. A incidência de óbito foi de 20% no período de 6 anos, sendo a maior parte no sexo masculino (52,2%) e no grupo etário de 60 - 74 anos (58,1%) (p<0,05). O valor de CC não se associou com mortalidade no período de 6 anos, para ambos sexos e grupos etários: mulheres de 60 - 74 anos (OR=1,00; IC=0,99-1,02) e ≥ 75 anos (OR=0,99; IC=0,98-1,01); homens de 60 - 74 anos (OR=1,02; IC=0,99-1,05) e ≥ 75 anos (OR=0,99; IC=0,97-1,01). Conclusão: A circunferência da cintura não se relacionou com a mortalidade de idosos no período de 6 anos.

29135Comparação do Escore de Risco de Framingham entre idosos atendidos pela rede básica e idosos atendidos pela rede terciária de saúde pública

VERA E CLOSS, BETINA GAMA ETTRICH, ANA MARIA PANDOLFO FEOLI, PAULA ENGROFF, SAMILLA ROVERSI GUISELLI, JÚLIA KREUZBURG RECK, IRÊNIO GOMES e CARLA SCHWANKE.

PUCRS, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: O Escore de Risco de Framingham (ERF) estima o risco absoluto de um indivíduo desenvolver doença arterial coronariana em 10 anos, sendo uma ferramenta importante no campo da prevenção primária. Objetivo: Comparar o ERF de idosos atendidos pela rede básica (RB) e rede terciária (RT) da saúde pública. Métodos: Foram avaliados 323 idosos do Estudo Multidimensional dos Idosos Atendidos pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Porto Alegre-RS (EMISUS) e 141 idosos de um ambulatório de Geriatria de hospital universitário. O ERF foi obtido e os idosos foram classificados em: baixo risco (escore < 10%), risco intermediário (10 e 20%) e alto risco (> 20%). As variáveis foram analisadas pelo teste T de Student, qui-quadrado e tendência linear do qui-quadrado. Resultados: A média da idade dos idosos da RB foi 66,9±5,2 anos e da RT 71,3±5,1 anos. O sexo mais frequente foi o feminino (P < 0,001), tanto na RB (N=194; 60,1%), como na RT (N=115; 81,6%). O ERF médio dos idosos da RT foi significativamente maior (P=0,011) do que os da RB (11,6±7,2% e 9,7±6,9%, respectivamente). A maior frequência de risco baixo (53,3%) foi observada nos idosos da RB e a maior frequência de risco alto (12,1%) foi observada nos idosos da RT (P=0,013). Conclusão: O risco cardiovascular foi superior nos idosos da rede terciária de saúde pública, contudo 5,9% dos idosos da rede básica têm alto risco, justificando a importância das políticas públicas voltadas para a diminuição da morbimortalidade por doenças cardiovasculares em idosos.

29137Perfil dos pacientes de alto risco cardiovascular da Unidade Básica de Saúde do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre/RS

FERNANDA CABRAL FERRARI, AIRTON TETELBOM STEIN, ELIZABETH DA ROSA DUARTE e ALINE MARCADENTI.

Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Objetivo: O estudo visa analisar o perfil dos 84 pacientes de alto risco cardiovascular da unidade primária do Hospital Nossa Senhora da Conceição referente ao estudo REACT coordenado pela SBC. Métodos: Os critérios de inclusão de pacientes foram idade superior a 45 anos e pelo menos um dos fatores abaixo: qualquer evidência de doença arterial coronária, qualquer evidência de AVC isquêmico ou AIT, qualquer evidência de doenças vascular periférica, Diabetes Mellitus e três fatores de risco cardiovascular excetuando-se DM (inclui HAS, tabagismo, dislipidemias, idade Superior a 70 anos, nefropatia diabética, história familiar de DAC, doença carotídea assintomática). Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário previamente determinado, após a concessão assinada de um TCLE. A análise estatística dos dados está sendo feita pelo programa SPSS 16v. Resultados: Dos resultados, ainda parciais, 65,2% dos pacientes estão com a idade ≥ 65anos, destes 45,7% são do sexo feminino. Dos entrevistados 69,6% são diabéticos, 28,3% possuem doença arterial coronariana e 25,9 % já sofreram algum evento cardiovascular maior (AVC, IAM) destes 17,2% são diabéticos. Quanto às metas estabelecidas pelas diretrizes da SBC para pacientes com alto risco cardiovascular apenas 39,1% estavam com nível controlado de pressão arterial (< 130/80 mmHg), 15,6% estão com peso ideal (IMC < 25), 37% realizam alguma atividade física e apenas 23,9% dos 60,9% que possuíam exames clínicos dos últimos seis meses estavam com nível de LDL - colesterol adequado (< 100 mg/dl). Dos pacientes diabéticos 95% não estão dentro das metas estabelecidas (glicemia < 130 mg/dl e HbA < 7%) e o uso concomitante de AAS, estatinas e IECA apenas 19,56% dos pacientes fazem uso. Foram encaminhados ao cardiologista no último ano 54,3% dos entrevistados destes 65,2% realizaram algum exame complementar como ECG, Te, MAPA, Holter e Ecocardiograma. Conclusão: Presume-se que ainda há a necessidade de buscar por intervenções para que tanto os médicos quantos os pacientes consigam atingir as metas adequadas para que haja uma maior redução dessas doenças e de suas complicações.

29140Associação entre capacidade funcional e risco cardiometabólico em idosos

CARLA SCHWANKE, CRISTIANE ALVES BORGES, THAIS DE LIMA RESENDE, PAULA ENGROFF, RODOLFO HERBERTO SCHNEIDER e MARIA GABRIELA VALLE GOTTLIEB.

PUCRS, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: Os fatores risco cardiometabólicos (FRCM) têm alta prevalência e relevância epidemiológica pela morbi-mortalidade, alto custo de tratamento e potencial impacto na autonomia e independência de idosos. Objetivo: Verificar a associação entre capacidade funcional e fatores de risco cardiometabólicos em idosos. Métodos: Estudo transversal, observacional, onde foram avaliados 75 idosos (14 homens e 61 mulheres) do Ambulatório de Geriatria do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Os idosos foram divididos em independentes (INDEP - n=47) e dependentes (DEP - n=28) nas atividades de vida diária (AVD – avaliadas pela escala de Katz). Também foram investigadas variáveis: demográficas (idade, sexo), antropométricas (índice de massa corporal – IMC) e bioquímicas (glicemia e perfil lipídico). Resultados: A média da idade dos idosos INDEP foi 74,04±6,97 anos e dos DEP 72,14±6,84 anos. Foi encontrada diferença significativa e da capacidade funcional em relação ao sexo [26 (92,9%) dos DEP eram do sexo feminino e 2 (7,1%) do sexo masculino; 35 (74,5%) dos INDEP eram do sexo feminino e 12 (25,5%) do masculino; P=0,048] e ao estado civil [12 (42,9%) idosos DEP eram viúvos; P=0,011]. Também foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (INDEP x DEP) com relação ao colesterol total (182,50±36,81 mg/dL x 202,04±42,31 mg/dL; P=0,04), LDL-c (105,33±33,33 mg/dL x 123,70±41,98 mg/dL; P=0,04) e IMC (27,81±5,35 kg/m2 x 32,25±6,36 kg/m2; P=0,03). Conclusão: Idosos dependentes apresentaram níveis significativamente mais elevados de colesterol total, LDL-c e IMC do que os idosos independentes, conferindo um maior risco cardiometabólico a estes indivíduos.

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Resumos Temas Livres

29143Relação entre sedetarismo e síndrome metabólica em idosos atendidos em um ambulatório geriátrico

MARIA GABRIELA VALLE GOTTLIEB, CARLA SCHWANKE, VERA ELISABETH CLOSS e IRÊNIO GOMES.

PUCRS, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: Síndrome metabólica (SM) é um distúrbio muito prevalente em idosos e agrega um conjunto de fatores de risco cardiovascular (FRCV). Diversos estudos têm demonstrado que sedentarismo é um FRCV importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar a associação entre sedentarismo e SM em idosos atendidos no Ambulatório do Serviço de Geriatria do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Métodos: Estudo transversal, observacional, onde foram incluídos 75 idosos (61 mulheres e 14 homens) com idade igual ou superior a 60 anos. O diagnóstico de SM foi realizado através do critério NCEP-ATPIII e o sedentarismo foi avaliado pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão longa. Resultados: 65 (86,7%) dos idosos foram considerados regularmente ativos, 03 (4,0%) muito ativos e 07 (9,3%) sedentários. A média de tempo despendido sentado em um dia da semana foi 263,06±208,32min e em um final de semana inteiro foi 280,40±214,14min. A prevalência de SM foi de 45,9% (n=34). Encontrou-se associação entre sexo e SM [32 (53,3%) eram do sexo feminino; P=0,08). Não foi verificada associação entre nível de atividade física e SM (P=0,410). Também não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas com relação ao tempo médio sentado em um dia da semana (idosos com SM=280,88±225,20min, idosos sem SM=241,75±192,67min; P=0,42) e em um final de semana inteiro (idosos com SM=289,11±222,52min, idosos sem SM=267,25±208,60min; P=0,66) entre idosos com e sem SM. Conclusão: Não se observou assiciação entre atividade física e síndrome metabólica em idosos.

29144Por que os nonagenários não chegam aos 100 anos?

ANDRE RIBEIRO, CRISTINA LOUREIRO CHAVES SOLDERA, CLAUDINE LAMANNA SCHIRMER, ANDREA RIBEIRO MIRANDOLA, ANDRESSA LEWANDOWSKI, JOEL HIRTZ DO NASCIMENTO NAVARRO e ANGELO JOSE GONCALVES BOS.

PUCRS, Porto Alegre, RS, BRASIL - IPA, Porto Alegre, RS, BRASIL - UFCSPA, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: O Censo de 2000 identificou 261.200 idosos no Brasil com 90 ou mais anos de idade. Após 10 anos apenas 24.236 (9,3%) tinham 100 anos de idade segundo dados do Censo de 2010. Objetivo: O presente trabalho teve o objetivo de identificar e relatar as causas que levaram os 236.964 idosos nonagenários em 2000 a não atingir os 100 anos de idade. Métodos: Através da consulta aos dados do TABWIN DATASUS observamos as principais causas de morte das pessoas que, em 2000, tinham 90 ou mais anos. Em cada ano entre 2000 e 2009 o número de mortes por causa foi contabilizado. As causas específicas de morte foram descritas de acordo com o CID10. As análises foram feitas por meio dos dados dos dois Censos (2000 e 2010) e pelo DATASUS (de 2000 até 2010). Resultados: Foram registradas 221977 mortes entre 2000 e 2010. Entre as principais causas de morte dos potenciais centenários de 2010, destacam-se Morte Sem Assistência Médica com 31.429 (14,2%), seguido de Outros Sinais e Sintomas Anormais (causas indefinidas) em 24.731 pessoas (11,2%) e Doenças Cerebrovasculares em 22335 (10,1%), Outras Doenças Cardíacas em 20713 (9,3%) e Pneumonia em 19544 (8,8%). Conclusão: Verificamos um número expressivo de mortes sem assistência médica. Acreditamos que a pouca atenção dada à saúde dos brasileiros com 90 anos ou mais de idade seria a principal causa de morte dessa parcela da população que cresceu 80% no período pesquisado, contrastando com a queda de 1,4% do número de centenários no país.

29497Análise do testamento vital e suas possíveis implicações no ordenamento jurídico brasileiro

ANELISE CRIPPA SILVA, GIOVANA PALMIERI BUONICORE, ANDRÉIA RIBEIRO DA ROCHA e ANAMARIA GONÇALVES DOS SANTOS FEIJÓ.

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: O testamento vital é uma modalidade de declaração da vontade do paciente terminal que visa proteger os direitos constitucionais como a dignidade humana, liberdade e autonomia. O paciente terminal não pode ser obrigado a submeter-se à terapêuticas médicas mesmo quando não possui total autonomia desta decisão. Para entender a aplicabilidade deste documento de origem americana, no Brasil, se faz necessário uma análise no nosso ordenamento jurídico. Objetivo: Analisar o ordenamento jurídico brasileiro e sua estrutura para verificar a viabilidade deste testamento em comparação com o vigente na Califórnia. Métodos: Foi feita uma revisão bibliográfica e uma análise do ordenamento jurídico brasileiro em comparação com o modelo americano em relação ao testamento vital e suas possíveis implicações em nosso país. Resultados: Embora nossa Carta Magna seja norteada pela dignidade humana e pelos princípios da autonomia e liberdade, o ordenamento carece de legislação específica que regulamente a declaração da vontade do paciente terminal. Já há um avanço legislativo com o anteprojeto do Código Penal ao abordar temas polêmicos como eutanásia e ortotanásia, porém, a regulamentação do fim da vida – os meios legais para concretizar essa vontade –, não foram abordados. Verificamos que os resultados da Califórnia, que possui diretrizes regulamentando esta prática, são positivos tanto para o paciente quanto para o profissional da área da saúde. Conclusão: Implementar o testamento vital no Brasil trará grande avanço para o respeito à autonomia do indivíduo, permitindo que sua vontade seja preservada futuramente. Porém, ainda carece de regulamentação para que haja segurança jurídica na sociedade.

29656Síndrome da Apneia/Hipopneia obstrutiva do sono no idoso cardiopata

ELISANDRA DE SOUSA ALVES e MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA.

PROCAPE, Recife, PE, BRASIL.

Fundamento: Estudos observacionais tem demonstrado associação entre a Síndrome de Apneia obstrutiva do Sono (SAOS) e hipertensão arterial sistêmica (HAS), com possível aumento da mortalidade cardiovascular em pacientes com a forma grave da doença não tratada. O Questionário de Berlim (QB) é uma ferramenta simples, barata e acessível, já validada no Brasil, porém são poucos os dados existentes sobre a frequência de SAOS no idoso, no País. Objetivo: Descrever a associação entre SAOS clínica e comorbidades dos pacientes atendidos em ambulatório de cardiologia de um hospital universitário da cidade de Recife. Métodos: Estudo transversal, descritivo, prosprectivo, realizado no período de agosto a dezembro de 2011, em ambulatório de cardiologia de Hospital Universitário, a partir de demanda espontânea, com aplicação do QB após assinatura do TCLE. Resultados: Foram incluídos 107 pacientes dos quais apenas 4 (3,7%) não tinham critério de SAOS segundo o QB. A mediana de idade dos pacientes foi de 60 anos. A maioria dos pesquisados era do sexo feminino (55,3%). Dos 103 pacientes com QR positivo, 58,2% foram classificados como de alto risco e 41,8% como de baixo risco. Não houve diferença significativa quando comparados os grupos de risco quanto às características biológicas e comorbidades. Entre as medidas antropométricas (peso, altura, IMC, circunferências abdominal, do pescoço e quadril), houve associação significativa apenas em relação ao IMC OR 1,13 (IC 95% 1,03 – 1,25, p = 0,011). Conclusão: Houve uma grande positividade do QB, principalmente de alto risco, entre os pacientes do estudo o que ressalta a importância de se rastrear a SAOS entre os pacientes atendidos em ambulatório de cardiologia, notadamente entre idosos nos quais HAS é uma comorbidade frequente. O risco é mais elevado entre os idosos com IMC elevado.

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Resumos Temas Livres

29669Cardiomiopatia hipertrófica no idoso

ANGELA AMORIM DE ARAUJO, MARCO ANTONIO DE VIVO BARROS, MAILSON MARQUES DE SOUZA e TATIANE MACIEL PEREIRA.

Universidade Federal da Paraiba, João Pessoa, PB, BRASIL - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Fundamento: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardíaca de origem genética mais comum. É de transmissão autossômica dominante causada por mutações em genes responsáveis pela codificação de proteínas do sarcômero cardíaco. Caracteriza-se pela hipertrofia ventricular com função sistólica preservada e relaxamento diminuído. Sua apresentação pode variar desde a forma assintomática até a graves, como a morte súbita. Nos últimos anos, um número crescente de portadores de CMH é diagnosticado após os 65 anos. Objetivo: Considerando este contexto, este estudo teve como objetivo descrever a CMH na pessoa idosa. Métodos: Trata-se de um estudo bibliográfico realizado através das bases de dados Scielo (12) e BVS (08), onde foram utilizados os unitermos: cardiopatia, hipertrófica, idoso. O estudo compreendeu o período de agosto a setembro de 2012. Resultados: O idoso, acometido CMH apresenta uma distorção morfológica do VE, alterando a amplitude da valva mitral, prejudicando a fração de ejeção no momento da sístole. Os sintomas clínicos incluem tonturas, síncope, palpitações, dor precordial e dispneia aos esforços. O exame físico evidencia as seguintes características clínicas: pulso bisferens, ictus propulsivo e sustentado, 4ª bulha, sopro sistólico de ejeção ou sopro sistólico de regurgitação mitral. O ecocardiograma é o método mais empregado no diagnóstico e acompanhamento da doença, permitindo localizar a hipertrofia. Conclusão: O tratamento farmacológico sobressai os agentes betabloqueadores, e o cirúrgico abrange a cardiomiectomia trasvalvular aórtica e o implante de marcapasso definitivo atrioventricular. Contudo, torna-se necessário maiores estudos sobre a temática, para que os profissionais de saúde estejam capacitados para prestar assistência a pessoa idosa acometida por CMH.

29703Importância da interpretação do eletrocardiograma nas arritmias cardíacas de emergências: visão dos enfermeiros

ANGELA AMORIM DE ARAUJO, IVANILDA LACERDA PEDROZA E FRANCILEIDE DE ARAÚJO RODRIGUES.

Universidade Federal da Paraiba, João Pessoa, PB, BRASIL - Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BRASIL.

Objetivo: Esta pesquisa teve por objetivo descrever a importância da interpretação do eletrocardiograma pelos enfermeiros em relação às arritmias cardíacas de emergência que podem acometer os pacientes internados em unidades de pacientes críticos e relatar as condutas adotadas pela enfermagem diante destas arritmias. Delineamento: Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quanti-qualitativa. Amostra: A amostra foi constituída por 14 enfermeiros destas unidades e o instrumento utilizado foi um formulário de entrevista semi-estruturado com questões abertas inerentes ao tema. Métodos: A pesquisa foi desenvolvida nos setores de urgência, emergência e na unidade de terapia intensiva de um hospital público, localizado no município de João Pessoa, Paraíba. Resultados: Os resultados revelaram que os enfermeiros têm um conhecimento básico sobre eletrocardiograma, porém reconhecem a importância de saber identificar as arritmias de emergências através do monitor cardíaco. Contudo, um número menor de enfermeiros relatou não ser capaz de reconhecê-las. Conclusão: Considera-se, portanto, que o enfermeiro deve ser conhecedor das medidas adotadas no atendimento dos pacientes em emergências cardiovasculares, identificando, através do eletrocardiograma, os quatro ritmos emergenciais de parada cardíaca, uma vez que estas necessitam de intervenção de emergência e são comumente responsáveis pela morte súbita.

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