ix congresso piauiense de cardiologia

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RESUMO DAS COMUNICAÇÕES IX CONGRESSO PIAUIENSE DE CARDIOLOGIA TERESINA - PIAUÍ Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 113, Nº 1, Suplemento 1, Julho 2019

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Resumo das ComuniCações

iX ConGResso Piauiense de CaRdioLoGia

TeResina - Piauí

Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 113, Nº 1, Suplemento 1, Julho 2019

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

Brasil

Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia GO – Brasil

Alfredo José Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho – Instituto de Cardiologia do Espírito Santo, Vitória, ES – Brasil

Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

Ana Clara Tude Rodrigues – Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

André Labrunie – Hospital do Coração de Londrina (HCL), Londrina, PR – Brasil

Andrei Carvalho Sposito – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil

Angelo Amato Vincenzo de Paola – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Augusto Barbosa Lopes – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Carlos de Camargo Carvalho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Antônio Carlos Palandri Chagas – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Carlos Pereira Barretto – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Antonio de Padua Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Ari Timerman (SP) – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Armênio Costa Guimarães – Liga Bahiana de Hipertensão e Aterosclerose, Salvador, BA – Brasil

Ayrton Pires Brandão – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Beatriz Matsubara – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), São Paulo, SP – Brasil

Brivaldo Markman Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil

Bruno Caramelli – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Carisi A. Polanczyk – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Carlos Eduardo Rochitte – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Carlos Eduardo Suaide Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Carlos Vicente Serrano Júnior – Instituto do Coração (InCor HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Celso Amodeo – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

Charles Mady – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Claudio Gil Soares de Araujo – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Cláudio Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Cleonice Carvalho C. Mota – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Clerio Francisco de Azevedo Filho – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Dalton Bertolim Précoma – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), Curitiba, PR – Brasil

Dário C. Sobral Filho – Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE – Brasil

Décio Mion Junior – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Denilson Campos de Albuquerque – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Djair Brindeiro Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil

Domingo M. Braile – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, SP – Brasil

Edmar Atik – Hospital Sírio Libanês (HSL), São Paulo, SP – Brasil

Emilio Hideyuki Moriguchi – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Porto Alegre, RS – Brasil

Enio Buffolo – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Eulógio E. Martinez Filho – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil

Evandro Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Expedito E. Ribeiro da Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Fábio Vilas Boas Pinto – Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (SESAB), Salvador, BA – Brasil

Fernando Bacal – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Diretor CientíficoDalton Bertolim Précoma

Editor-ChefeCarlos Eduardo Rochitte

Coeditor InternacionalJoão Lima

Editores Associados

Cardiologia ClínicaGláucia Maria Moraes de Oliveira

Cardiologia Cirúrgica

Tirone David

Cardiologia Intervencionista

Pedro A. Lemos

Cardiologia Pediátrica/Congênitas

Ieda Biscegli Jatene

Arritmias/Marca-passo

Mauricio Scanavacca

Métodos Diagnósticos Não-InvasivosJoão Luiz Cavalcante

Pesquisa Básica ou ExperimentalMarina Politi Okoshi

Epidemiologia/EstatísticaMarcio Sommer Bittencourt

Hipertensão ArterialPaulo Cesar B. V. Jardim

Ergometria, Exercício e Reabilitação CardíacaRicardo Stein

Primeiro Editor (1948-1953)† Jairo Ramos

www.arquivosonline.com.br

Conselho Editorial

Flávio D. Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Gilson Soares Feitosa – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil

Glaucia Maria M. de Oliveira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Hans Fernando R. Dohmann, AMIL – ASSIST. MEDICA INTERNACIONAL LTDA., Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Humberto Villacorta Junior – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Ines Lessa – Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA – Brasil

Iran Castro – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

Jarbas Jakson Dinkhuysen – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

João Pimenta – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo, SP – Brasil

Jorge Ilha Guimarães – Fundação Universitária de Cardiologia (IC FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

José Antonio Franchini Ramires – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

José Augusto Soares Barreto Filho – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE – Brasil

José Carlos Nicolau – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil

José Lázaro de Andrade – Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP – Brasil

José Péricles Esteves – Hospital Português, Salvador, BA – Brasil

Leonardo A. M. Zornoff – Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP – Brasil

Leopoldo Soares Piegas – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ) São Paulo, SP – Brasil

Lucia Campos Pellanda – Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS – Brasil

Luís Eduardo Paim Rohde – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Luís Cláudio Lemos Correia – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil

Luiz A. Machado César – Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC – Brasil

Luiz Alberto Piva e Mattos – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Marcia Melo Barbosa – Hospital Socor, Belo Horizonte, MG – Brasil

Marcus Vinícius Bolívar Malachias – Faculdade Ciências Médicas MG (FCMMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Maria da Consolação V. Moreira – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Mario S. S. de Azeredo Coutinho – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópilis, SC – Brasil

Maurício Ibrahim Scanavacca – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Max Grinberg – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Michel Batlouni – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Murilo Foppa – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS – Brasil

Nadine O. Clausell – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Orlando Campos Filho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Otávio Rizzi Coelho – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil

Otoni Moreira Gomes – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Paulo Andrade Lotufo – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Paulo Cesar B. V. Jardim – Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasília, DF – Brasil

Paulo J. F. Tucci – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Paulo R. A. Caramori – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS – Brasil

Paulo Roberto B. Évora – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Paulo Roberto S. Brofman – Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ/PR), Curitiba, PR – Brasil

Pedro A. Lemos – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Protásio Lemos da Luz – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Reinaldo B. Bestetti – Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, SP – Brasil

Renato A. K. Kalil – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

Ricardo Stein – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre, RS – Brasil

Salvador Rassi – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/GO), Goiânia, GO – Brasil

Sandra da Silva Mattos – Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE – Brasil

Sandra Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Sergio Timerman – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INCOR HC FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Silvio Henrique Barberato – Cardioeco Centro de Diagnóstico Cardiovascular (CARDIOECO), Curitiba, PR – Brasil

Tales de Carvalho – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC – Brasil

Vera D. Aiello – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da (FMUSP, INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Walter José Gomes – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Weimar K. S. B. de Souza – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FMUFG), Goiânia, GO – Brasil

William Azem Chalela – Instituto do Coração (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Wilson Mathias Junior – Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Exterior

Adelino F. Leite-Moreira – Universidade do Porto, Porto – Portugal

Alan Maisel – Long Island University, Nova York – Estados Unidos

Aldo P. Maggioni – ANMCO Research Center, Florença – Itália

Ana Isabel Venâncio Oliveira Galrinho – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal

Ana Maria Ferreira Neves Abreu – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal

Ana Teresa Timóteo – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal

Cândida Fonseca – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa – Portugal

Fausto Pinto – Universidade de Lisboa, Lisboa – Portugal

Hugo Grancelli – Instituto de Cardiología del Hospital Español de Buenos Aires – Argentina

James de Lemos – Parkland Memorial Hospital, Texas – Estados Unidos

João A. Lima, Johns – Johns Hopkins Hospital, Baltimore – Estados Unidos

John G. F. Cleland – Imperial College London, Londres – Inglaterra

Jorge Ferreira – Hospital de Santa Cruz, Carnaxide – Portugal

Manuel de Jesus Antunes – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal

Marco Alves da Costa – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal

Maria João Soares Vidigal Teixeira Ferreira – Universidade de Coimbra, Coimbra – Portugal

Maria Pilar Tornos – Hospital Quirónsalud Barcelona, Barcelona – Espanha

Nuno Bettencourt – Universidade do Porto, Porto – Portugal

Pedro Brugada – Universiteit Brussel, Brussels – Bélgica

Peter A. McCullough – Baylor Heart and Vascular Institute, Texas – Estados Unidos

Peter Libby – Brigham and Women's Hospital, Boston – Estados Unidos

Piero Anversa – University of Parma, Parma – Itália

Roberto José Palma dos Reis – Hospital Polido Valente, Lisboa – Portugal

SBC/DA – Maria Cristina de Oliveira Izar

SBC/DCC – João Luiz Fernandes Petriz

SBC/DCC/CP – Andressa Mussi Soares

SBC/DCM – Marildes Luiza de Castro

SBC/DECAGE – Elizabeth da Rosa Duarte

SBC/DEIC – Salvador Rassi

SBC/DERC – Tales de Carvalho

SBC/DFCVR – Antoinette Oliveira Blackman

SBC/DHA – Rui Manuel dos Santos Povoa

SBC/DIC – Marcelo Luiz Campos Vieira

SBCCV – Rui Manuel de Sousa S. Antunes de Almeida

SOBRAC – Jose Carlos Moura Jorge

SBHCI – Viviana de Mello Guzzo Lemke

DCC/GAPO – Pedro Silvio Farsky

DERC/GECESP – Antonio Carlos Avanza Jr

DERC/GECN – Rafael Willain Lopes

DERC/GERCPM – Mauricio Milani

DCC/GECETI – Luiz Bezerra Neto

DCC/GECO – Roberto Kalil Filho

DEIC/GEICPED – Estela Azeka

DCC/GEMCA – Roberto Esporcatte

DEIC/GEMIC – Fabio Fernandes

DCC/GERTC – Juliano de Lara Fernandes

DEIC/GETAC – Silvia Moreira Ayub Ferreira

PresidenteOscar Pereira Dutra

Vice-PresidenteJosé Wanderley Neto

Presidente-EleitoMarcelo Queiroga

Diretor CientíficoDalton Bertolim Précoma

Diretor FinanceiroDenilson Campos de Albuquerque

Diretor AdministrativoWolney de Andrade Martins

Diretor de Relações GovernamentaisJosé Carlos Quinaglia e Silva

Diretor de Tecnologia da InformaçãoMiguel Antônio Moretti

Diretor de ComunicaçãoRomeu Sergio Meneghelo

Diretor de PesquisaFernando Bacal

Diretor de Qualidade AssistencialEvandro Tinoco Mesquita

Diretor de Departamentos EspecializadosAudes Diógenes de Magalhães Feitosa

Diretor de Relação com Estaduais e RegionaisWeimar Kunz Sebba Barroso de Souza

Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/FuncorFernando Augusto Alves da Costa

Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de CardiologiaCarlos Eduardo Rochitte

Editor-Chefe do International Journal of Cardiovascular SciencesClaudio Tinoco Mesquita

Presidentes das Soc. Estaduais e RegionaisSBC/AL – Edvaldo Ferreira Xavier Júnior

SBC/AM – João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira

SBC/BA – Emerson Costa Porto

SBC/CE – Maria Tereza Sá Leitão Ramos Borges

SBC/DF – Ederaldo Brandão Leite

SBC/ES – Fatima Cristina Monteiro Pedroti

SBC/GO – Gilson Cassem Ramos

SBC/MA – Aldryn Nunes Castro

SBC/MG – Carlos Eduardo de Souza Miranda

SBC/MS – Christiano Henrique Souza Pereira

SBC/MT – Roberto Candia

SBC/NNE – Maria Alayde Mendonca da Silva

SBC/PA – Moacyr Magno Palmeira

SBC/PB – Fátima Elizabeth Fonseca de Oliveira Negri

SBC/PE – Audes Diógenes de Magalhães Feitosa

SBC/PI – Luiza Magna de Sá Cardoso Jung Batista

SBC/PR – João Vicente Vitola

SBC/RN – Sebastião Vieira de Freitas Filho

SBC/SC – Wálmore Pereira de Siqueira Junior

SBC/SE – Sheyla Cristina Tonheiro Ferro da Silva

SBC/TO – Wallace André Pedro da Silva

SOCERGS – Daniel Souto Silveira

SOCERJ – Andréa Araujo Brandão

SOCERON – Fernanda Dettmann

SOCESP – José Francisco Kerr Saraiva

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos

Volume 113, Nº 1, Suplemento 1, Julho 2019Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM),

SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de

exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC.

Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada

(RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)".

Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:

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SciELO: www.scielo.br

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

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Produção EditorialSBC - Tecnologia da Informação e

ComunicaçãoNúcleo Interno de Publicações

Produção Gráfica e Diagramação

SBC - Tecnologia da Informação e

Comunicação

Núcleo Interno de Design

IX CONGRESSO PIAUIENSE DE CARDIOLOGIA

TERESINA - PIAUÍ

Resumo das Comunicações

Caros Colegas,

O Congresso Piauiense de Cardiologia, com o objetivo de estimular a pesquisa científica, tem valorizado a cada edição os temas livres por representarem o melhor da produção científica na área cardiovascular. Foi o momento de divulgar para a comunidade científica cardiológica estadual o que tem sido produzido no Piauí e em outros Estados nas mais diferentes áreas e discutir estes achados com outros especialistas, colocando em perspectiva a sua futura aplicação clínica e/ou vislumbrando a oportunidade de mais estudos sobre os temas.

Os temas livres foram dirigidos a pesquisadores médicos e não médicos, incluindo as categorias Cardiologia Clínica e Cirurgia Cardíaca.

Nessa edição tivemos 124 trabalhos inscritos. Sendo apresentados 18 na área de Cardiologia e 15 nos simpó-sios não-médicos.

A premiação para essas categorias visam estimular a atividade de pesquisa entre as novas gerações de cardio-logistas e valorizar a participação dos estudantes na busca pelo conhecimento científico.

Os temas livres aprovados foram apresentados sob a forma oral ou pôster.

Acreditamos fortemente que a atividade de pesquisa estimula a boa prática clínica, motiva o médico a se manter sempre atualizado e permite uma atitude crítica frente ao exercício diário da medicina.

Newton Nunes Lima FilhoPresidente do Congresso

Arq Bras Cardiol 2019 113(1 supl.1): 1-9

TEMAS LIVRES

54399TEMPESTADE ELÉTRICA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE MIOCARDIOPATIA NÃO COMPACTADA EM PUÉRPERA

LUCAS CAPIA CASTRO DE CARVALHO, FERNANDA BELEM SILVA, CAMILA CAMARCO BATISTA E MARCOS ROBERTO QUEIROZ FRANÇA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A miocardiopatia não compactada é uma doença rara, classificada como cardiomiopatia primária de origem genética. Sua prevalência varia de 0,014 a 1,3% em pacientes encaminhados para estudo ecocardiográfico chegando a 4% nos portadores de insuficiência cardíaca. Caracteriza-se por numerosas trabeculações e proeminentes recessos intertrabeculares que penetram profundamente o miocárdio formando uma parede ventricular espessada. Pode apresentar-se de forma assintomática até manifestações como tromboembolismo, insuficiência cardíaca, arritmia ventricular, supraventricular e morte súbita. Relato de Caso: Paciente de 34 anos, feminino, negra, trabalhadora, sem comorbidades prévias ou uso de medicações, deu entrada no pronto-socorro de uma maternidade de referência em 37º semana de gestação com sinais e sintomas de pré-eclampsia leve motivo pelo qual foi induzido o parto vaginal. No primeiro dia pós-parto, durante amamentação, apresentou quadro de síncope sem sintomas precedentes, seguida de 32 paradas cardiorrespiratórias em ritmo de fibrilação ventricular. Realizou-se manobras de ressuscitação cardiopulmonar, desfibrilações com êxito e infusão de amiodarona endovenosa. Permaneceu 2 dias em ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva evoluindo bem. O eletrocardiograma (ECG) após estabilização clínica evidenciou QT longo, ecocardiograma: FEVE: 49%, hipocontratilidade miocardica difusa e movimento assincrônico do septo interventricular. No exame laboratorial evidenciou hipocalemia (K+:3.0mmol/L) e recebeu reposição venosa. Após extubação e melhora clínica, foi transferida a um hospital terciário de referência para prosseguir investigação. Realizou Holter ECG 24 horas, que evidenciou variabilidade da frequência com valores limítrofes (SDNN= 71ms) e o intervalo QT mostrou-se prolongado (QTc 455-484ms), além de investigação complementar com RNM miocárdica cujos achados foram aumento da trabeculação do VE com relação MNC/NC 4,3 e massa não compactada correspondendo a 50% da massa total do VE. Após tais achados, foi decidido por implante de cardiodesfibrilador (CDI), recebeu alta para seguimento ambulatorial em uso de enalapril 10mg, amiodarona 200mg, propanolol 80mg, e foi orientada a investigação ambulatorial de todos os parentes de 1º grau. Conclusão: A MNC tem grande variabilidade na forma clínica, sua principal causa de óbito é a morte súbita devido a arritmia ventricular. Portanto, faz-se necessária, a avaliação minuciosa para o implante de CDI.

54992DISTÚRBIO DO SONO EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA

CAROLINE DE PAULO TAJRA, VITORIA HELENA LACERDA C DE FERRAZ REGO, RODRIGO DIB DE PAULO TAJRA, RUMAO OLIVIO SILVA NETO, JOÃO PEDRO SILVA DE MORAIS E ANTONIO DIB TAJRA FILHO

CLINICA ENDOCARDIO, PI, BRASIL - HOSPITAL SÃO PAULO, PI, BRASIL.

Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é definida como sono com episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores. O paciente com AOS têm o dobro da prevalência de doença arterial coronariana, decorrente do processo inflamatório, disfunção endotelial, geração de radicais livres e oxidação de lipoproteínas e ativação do sistema nervoso simpático.Objetivo: Verificar a prevalência de AOS em pacientes sabidamente cardiopatas que serão submetidos à cirurgia cardíaca, dando ênfase aos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e cirurgia de valva.Método: Estudo observacional transversal e qualitativo. A coleta foi através do questionário de Berlim, questionário validado para reconhecer AOS. Serão incluídos, em nossa pesquisa, pacientes adultos (maiores de 18 anos de idade), que concordarem em assinar o TCLE submetidos à cirurgia cardíaca no Hospital São Paulo na cidade de Teresina-PI. O presente foi aprovado pelo comitê de ética, respeitando a resolução 466/2012 do Ministério da Saúde. Os dados foram agrupados e organizados em softwares como o Excel e foi feita a análise dos mesmos através do EpiInfo versão 7.1.5 e do STATA 14.Resultado: Foram entrevistado 20 pacientes dos quais 75% tinha mais de 60 anos, em sua maioria do sexo masculino (80%), com fundamental completo (87,5%), 70% aposentado, 20% lavrador e 10% pescador. Com antecedentes patológicos de 40% apresentam diabetes, 30% dislipidemia, 55% hipertensão arterial, 40% etilista crônico, 40% pratica atividade física e 45% tabagista. Com diagnóstico pré-operatório de 78,9% com doença arterial coronariana e 21,1% com valvulopatia. Sendo realizado o procedimento cirúrgico de angioplastia em 12,5%, cateterismo cardíaco 37,5% e revascularização do miocárdio em 50%. Medicação em uso 50% usa IECA OU BRAII, 15% fazem uso de antiagregante plaquetário, 70% betabloqueadores, 30% diuréticos, 30% hipoglicemiantes, 40% estatinas. De acordo com o questionário aplicado aos pacientes 70% apresenta baixo risco de apneia obstrutiva do sono e 30% apresentam alto risco.Conclusão: Conclui-se então, que há uma marcante associação entre problemas do sono, especialmente a AOS e doenças cardiovasculares.

54991PERFIL DE RISCO CARDIOVASCULAR DOS MÉDICOS DO HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE TERESINA

JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO E AMANDA PATRICIA NOGUEIRA DE CARVALHO LEA

UNINOVAFAPI, TERESINA, PI, BRASIL.

O estudo objetivou analisar o perfil de risco cardiovascular dos médicos do Hospital de Urgências de Teresina-PI. Trata-se de um estudo observacional, qualitativo e transversal. Amostra composta por 174 médicos que trabalham no referido hospital. Utilizou-se questionário referente a hábitos de vida relacionados ao perfil de risco cardiovascular. Foram entrevistados 87 homens e 87 mulheres, com maior prevalência de idade de 33 a 49 anos. 66,6% dos homens e 64,37% das mulheres praticam atividades físicas, a maioria três vezes por semana. 51,57% dos homens e 39,08% das mulheres tem carga horária de trabalho semanal entre 64 e 84 horas. A maioria dos participantes dorme de 4 a 6 horas por noite, não é tabagista e utiliza álcool uma vez na semana, além de não utilizar medicações crônicas e não lembrar a última vez que fez exames de check-up. Conclui-se que a saúde cardiovascular do grupo analisado inspira cuidados. Palavras-chave: Doenças cardiovasculares. Cardiologia. Médicos.

54994CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NA CORREÇÃO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL E SEUS BENEFICIOS: UM RELATO DE CASO

AURISLANIA BEZERRA MELO CAMELO, LARISSA ALVES DE ARAUJO LIMA E JOCERLANO SANTOS DE SOUSA

APCC - HOSPITAL SÃO MARCOS, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: As malformações congênitas congênitas, são definidos como uma anormalidade na função e na estrutura cardiocirculatória presente desde o nascimento. A comunicação interatrial, representa 35% de todos os defeitos cardíacos congênitos. Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência de aplicação da técnica de cirurgia cardíaca minimamente invasiva na correção de comunicação interatrial. DESCRIÇÃO DO CASO: A aplicação da técnica foi realizada em Janeiro de 2016 no Hospital São Marcos. De início, foi puncionado acesso venoso periférico calibroso artéria radial esquerda, para medida da pressão arterial invasiva. Foram instaladas pás descartáveis para desfibrilação cardíaca externa, e realizado intubação orotraqueal, deixando paciente em decúbito dorsal 20° à direita. Em seguida, realizou-se a passagem de termômetro nasofaríngeo. Inicialmente , foram feitas com caneta cirúrgica as marcações para o acesso cirúrgico . Realizado assepsia, antissepsia e aposição de campos estéreis – pericardiotomia longitudinal – Toracoscopia, encontrando assim um átrio direito aumentado. Após heparinização sistêmica , realizado canulação da artéria femoral direita, veia femoral direita e veia jugular interna direita , instalado a Circulação Extra-corpórea (CEC), com indução de hipotermia leve a 32° C, realizado pinçamento da aorta e administrado cardioplegia sanguínea gelada intermitente na raiz da aorta. Atriotomia direita , sendo achado comunicação interatrial tipo ostium secundum de +/- 20 mm , realizada atrioplastia com pericárdio bovino com sutura contínua e reforço com pontos separados. Realizado atriorrafia direita, retenção de volume no coração, aspiração da aorta para retirada do ar das cavidades, e com boa resposta sendo desclampeada a aorta , retorno espontâneo da atividade elétrica e mecânica no ritmo sinusal , saída de CEC sem intercorrências , administrado protamina , retirado as cânulas e realizado a revisão de hemostasia. Foi instalado um dreno pleural direito. O tempo total de CEC foi 57 minutos, de isquêmia 32 minutos , uma incisão de 7 cm. O tempo total de procedimento foram 4 horas. CONCLUSÃO: Paciente apresentou um pós operaório sem complicações, com menos dor e resultou em um menor tempo de internação hospitalar, e por fim um menor custo. E outro ponto também importante é o aspecto estético, principalmente em paciente jovens, visto que há redução significativa da cicatriz cirúrgico.

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Arq Bras Cardiol 2019 113(1 supl.1): 1-9

Resumos Temas Livres

54998AVALIAÇÃO DE PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIA ATRAVÉS DE UMA ESTRATÉGIA MULTIFACETADA EM PACIENTES DE ALTO RISCO CARDIOVASCULAR: SUBSTUDO DO MULTICÊNTRICO BRIDGE PREVENTION

ALYSSON V O CASTRO, LUIS F C GOMES, JOAO G O FREITAS, CAIO V V M FURTADO, IGOR L V CAETANO E CARLOS E B LIMA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL - HOSPITAL UNIVERSITARIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL - CARDIOLIMA, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de mortalidade no Mundo. Entretanto, o uso de estratégias farmacológicas para preveni-las na prática clínica permanece aquém do esperado. OBJETIVOS: Avaliar o impacto de uma estratégia educacional multifacetada na aderência a diretrizes locais para prescrição de intervenções baseadas em evidência para pacientes de alto risco cardiovascular (estatinas, aspirina e IECA) em um período de 12 meses. MÉTODOS: Inclui-se pacientes maiores de 40 anos e de alto risco cardiovascular, ou seja, evidências de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral/acidente isquêmico transitório e/ou doença arterial periférica, excluindo-se os portadores de fibrilação atrial ou em uso de medicações anticoagulantes além de pacientes que não assinaram o termo livre de consentimento para coleta de dados. Aplicou-se as ferramentas em visitas de admissão e de seguimento em 6 e 12 meses, coletando-se dados a partir de prontuário e de breve entrevista. Foi realizada a análise descritiva dos dados clínicos, terapêuticos e de eventos clínicos. RESULTADOS: Dentre 231 pacientes avaliados no período de março a agosto de 2017, foram incluídos 25 pacientes, sendo 21 (84%) por DAC, 5 (20%) AVC/AIT, 2 (8%) DAP. A média de idade foi de 69,88 ± 12,33, 80% eram do sexo masculino, e, dentre os fatores de risco cardiovasculares, os mais prevalentes foram HAS (84%) e dislipidemia (72%). Em relação ao uso de terapia baseada em evidências, houve incremento nos níveis de prescrições ao longo do seguimento, sendo o de estatinas de 72% na admissão, para 87,50% aos 6 meses e 90% dos pacientes aos 12 meses. Da mesma forma, houve aumento da prescrição de IECA/BRA (76%, 91,67%, 95%), antiplaquetários (80%, 100%, 100%) e betabloqueadores (60%, 100%, 100%), além da terapia tudo ou nada que estava presente em 56% dos pacientes na admissão e subiu para 78,25%, aos 6 meses, e, 84,21%, aos 12 meses. Houve ainda melhora de parâmetros laboratoriais e clínicos (PA, glicemia em jejum, LDL-c, HbA1C). Dentre os desfechos pesquisados, houve um óbito por causa cardiovascular e um IAM não fatal. CONCLUSÃO: Nessa casuística, a utilização da ferramenta de orientação terapêutica baseada em evidências científicas proporcionou melhora no nível de prescrição medicamentosa recomendada, havendo consequente melhoria nos parâmetros clínicos e laboratoriais dos pacientes de alto risco cardiovascular.

55006PREVALÊNCIA DE PONTE MIOCÁRDICA EM INTERVENÇÕES CORONÁRIAS PERCUTÂNEAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL PRIVADO DE TERESINA-PI

MARINA BRAGA RODRIGUES CORREIA, WILLIAM VINICIUS DA SILVA E JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A ponte miocárdica pode ser definida como uma má formação congênita das coronárias. Nesta situação, ocorre um “tunelamento” de uma artéria coronária epicárdica por feixes de miocárdio, em determinado segmento, levando a compressão deste coronária durante a sístole ventricular, sendo reversível na diástole. Geralmente, é assintomática, mas pode estar associada a uma série de eventos cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio, arritmia e morte súbita. Objetivo: Verificar a prevalência de pontes miocárdicas em intervenções coronárias percutâneas entre faixas etárias em um hospital privado de Teresina-PI, de janeiro a junho de 2016. Métodos: Pesquisa aprovada previamente pelo Comitê de Ética. Estudo epidemiológico, transversal e descritivo. Amostra constituída de 301 laudos de coronariografias, pertencentes a pacientes distintos, e 158 laudos de intervenções coronárias percutâneas, dos quais 123 também pertencem a pacientes do primeiro grupo. Os dados foram coletados a partir de um banco de dados desenvolvido pela empresa Sismed®. A análise estatística se deu pelo cálculo de frequências simples e relativas. O teste exato de Fisher foi utilizado para testar associação entre variáveis categóricas. Para execução dos testes foi o utilizado o software livre R versão 3.0.2 e para gerar tabelas e gráficos foi utilizado o Excel. O nível de significância nos testes estatísticos foi de 5% e intervalo de confiança considerado foi de 95%. Resultados: Pontes miocárdicas estavam presentes em 3% da população estudada, apresentando-se mais frequente em mulheres (6,06%, homens 2,98%; p=0,265), e entre indivíduos com idade maior ou igual a 55 anos (4,07%, menos de 55 anos 2,50% p=0,733). O segmento mais afetado foi o proximal da Descendente Anterior (DA), representando 81,82% dos casos. Conclusões: As pontes miocárdica apresentaram baixa prevalência (3%) na população em estudo, e foram mais frequentes em mulheres e indivíduos com idade superior ou igual a 55 anos. O vaso mais acometido foi a DA, em seu seguimento proximal. Palavras-chave: Intervenção coronariana percutânea (ICP); Cinecoronariografia; Ponte miocárdica.

55004COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DE INTERVENÇÕES CORONÁRIAS PERCUTÂNEAS ENTRE FAIXAS ETÁRIAS EM UM HOSPITAL PRIVADO DE TERESINA-PI

MARINA BRAGA RODRIGUES CORREIA, WILLIAM VINICIUS DA SILVA E JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A doença cardiovascular é a principal causa de morte no mundo. A cinecoronariografia constitui uma modalidade diagnóstica invasiva que oferece informações detalhadas, permitindo determinar a presença e a gravidade da doença arterial coronariana e traçar a melhor estratégia terapêutica. Objetivo: Comparar os resultados das intervenções coronárias percutâneas entre faixas etárias em um hospital privado de Teresina-PI, de janeiro a junho de 2016. Métodos: Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. Estudo epidemiológico, transversal e descritivo. Amostra constituída de 301 laudos de coronariografias, pertencentes a pacientes distintos, e 158 laudos de intervenções coronárias percutâneas, dos quais 123 também pertencem a pacientes do primeiro grupo. Os dados foram coletados a partir de um banco de dados desenvolvido pela empresa Sismed®. A análise estatística se deu pelo cálculo de frequências simples e relativas. O teste exato de Fisher foi utilizado para testar associação entre variáveis categóricas. Para execução dos testes foi o utilizado o software livre R versão 3.0.2 e para gerar tabelas e gráficos foi utilizado o Excel. O nível de significância nos testes estatísticos foi de 5% e intervalo de confiança considerado foi de 95%. Resultados: Houve predominância masculina (78,07%), com idade igual superior a 55 anos (73,42%). As calcificações são mais frequentes nos indivíduos com idades mais avançadas. Quanto aos níveis de oclusão/suboclusão, na artéria Descendente anterior (DA), os níveis de obstrução mostraram-se associados à faixa etária com percentuais de oclusão (33,33%) e suboclusão (9,52%) relativamente maiores entre os indivíduos com idade inferior a 55 anos; enquanto nos indivíduos com idade igual ou superior a 55 anos, os percentuais de oclusão e suboclusão foram, respectivamente, 15,23% e 4,76%. Já na artéria Circunflexa, o percentual de oclusão (26,31%) foi maior entre aqueles de menor idade do que entre aqueles de maior idade (19,69%). Na artéria Coronária Direita não houve associação estatística significativa entre os níveis de obstrução e a faixa etária. Conclusões: Verificou-se maior presença calcificações em indivíduos com idades mais avançadas. A frequência relativa de oclusões e suboclusões da DA foi maior em idade inferior a 55 anos, em especial no seu segmento médio.Palavras-chave: Doença arterial coronariana (DAC); Intervenção coronariana percutânea (ICP); Cinecoronariografia.

55015INFARTO DO MIOCÁRDIO EM PACIENTE PORTADORA DE TROMBOFILIA POR MUTAÇÃO DO GENE C667T DA METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE

DANILO DE OLIVEIRA LOPES, TIAGO AUGUSTO MEDEIROS PAZ E DANIEL GONCALVES DE SOUSA LOPES

ITACOR, TERESINA, PI, BRASIL.

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ainda continua sendo, apesar de todos os avanços no seu diagnóstico e tratamento, uma das principais causas de morbimortalidade no mundo contemporâneo. Apesar da discordância há estudos que relacionam hiperhomocisteinemia como fator de risco para eventos vasculares, sendo um deles uma mutação do gene C667T da Metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR).Relatamos um caso de uma paciente com história de dor torácica e artérias coronárias normais em um estudo angiográfico recente, que, após 13 dias, deu entrada na urgência por IAM com supradesnivelamento do segmento ST apresentando cateterismo com grande carga trombótica e, em uma avaliação posterior foi identificado hiperhomocisteinemia devido a uma mutação do gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR).

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55018AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA

MARCOS WILLIAM CABRAL SILVA , KARL ENZO JANSEN DA COSTA, MARLON DE MOURA NUNES, AIRTON CÉSAR LEITE

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO, TERESINA, PI, BRASIL - FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL, TERESINA, , BRASIL.

INTRODUÇÃO: Ventilação mecânica não invasiva pode ser utilizada de forma bem-sucedida no pós-operatório (PO) de cirurgias cardíacas (CC), contudo a ventilação mecânica não invasiva (VNI) nem sempre trata apenas de bons resultados podendo haver complicações. OBJETIVOS: Analisar a utilização da ventilação mecânica não invasiva no pós-operatório de cirurgia cardíaca. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, onde foram pesquisados artigos entre 2014 e 2019, que tratavam sobre a ventilação não invasiva no pós-operatório de cirurgia cardíaca, onde foram descartadas revisões bibliográficas, sistemáticas, artigos que não tratavam da intervenção no pós operatório de cirurgia cardíaca, teses, dissertações, manuais e protocolos, utilizando as palavras chave: cirurgia cardíaca, ventilação não invasiva e pós operatório. Foram encontrados 20 artigos nacionais e internacionais publicados nos últimos 5 anos, sendo selecionados 05 publicações que contemplaram diretamente o tema proposto encontrados nas bases de dados: LILACS, PUBMED, SCIELO, PEDRO. RESULTADOS: Na análise dos artigos foi possível considerar que às variáveis hemodinâmicas durante os 20 minutos de aplicação dos protocolos de VNI, não foram evidenciadas diferenças significativas entre as duas modalidades de VNI utilizadas BiPAP (A) e CPAP (B) MEINHARDT (2017), na modalidade de VMNI contínua há diminuição de frequência cardíaca e respiratória quando comparado os valores obtidos durante a ventilação com os obtidos em respiração espontânea PACAGNELLI (2016), pacientes com idade variando de 2 meses a 6 anos e 10 meses sendo 58% do sexo feminino, a VNI após extubação foi utilizada em 22,4% dos casos havendo falha de extubação em 12,2% do casos de de cirurgia cardíaca pediátrica SANTOS (2018), com a utilização de VNI no período pós-operatório foi onde houve o menor caso de óbito sendo esse valor igual a 15 de 53 pacientes submetidos a essa técnica médica SHOJI (2016), houve eficácia na melhoria da funcionalidade e desempenho físico em alguns pacientes aumentando a oxigenação na microcirculação periférica dos músculos refletindo numa melhor contração do músculos cardíaco, entretanto não houve influência no tempo de internação dos pacientes de cirurgia cardíacas FILHO (2017). CONCLUSÃO: A ventilação mecânica não invasiva mostrou ser uma técnica segura para aplicação, pois a ventilação não invasiva reduz o trabalho da respiração auxiliando na diminuição da frequência cardíaca e respiratória.Palavras-chave: cirurgia cardíaca, ventilação não invasiva, pós operatório

55021INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

MILLA DANTAS MARTINS RODRIGUES XAVIER, E JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO

FACID, TERESINA, PI, BRASIL.

A insuficiência cardíaca (IC) é uma questão de saúde pública mundial. Estudos implicam vias através das quais a vitamina D pode afetar a função cardiovascular e influenciar o risco de IC, e demonstraram melhora na sobrevida com a sua suplementação em pacientes com IC. Baixas concentrações de vitamina D estão relacionadas a indicadores de IC grave, como alto escore de NYHA, à pior qualidade de vida e menor desempenho funcional, contribuindo na causa e na progressão da IC.O objetivo principal desse estudo foi avaliar a relação entre o nível sérico de vitamina D e a classe funcional da NYHA. Os objetivos específicos foram relacionar os níveis séricos de vitamina D com a idade e avaliar a prevalência de hipovitaminose D nos pacientes portadores de IC internados em hospital de urgência de Teresina-PI.O estudo foi desenvolvido de acordo com a Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde. A coleta de dados foi realizada com 41 pacientes (a = 0,05) de julho a setembro de 2018 através da dosagem sérica da 25-hidroxivitamina D e da análise dos prontuários em Hospital de Urgência de Teresina-PI. Os dados foram organizados com o Microsoft Office Excel® versão 2017, analisados com o REstatistic 3.4.4 através dos testes z para proporção e do coeficiente de correlação, e os resultados foram apresentados em forma de gráficos e tabelas confeccionados com Microsoft Office Excel® versão 2017. Quanto à idade, notou-se uma proporção inversa entre o nível sérico de vitamina D e a idade (r= -0,537). Entre os pacientes com IC avaliados no estudo, 59% estava com hipovitaminose D. Em relação à classe funcional da NYHA, observou-se que, entre os pacientes com classes funcionais NYHA I e II, 57% e 64%, respectivamente, tinham vitamina D normal; nas classes III e IV, 58% e 67%, respectivamente, tinham hipovitaminose D. O nível sérico de vitamina D varia de forma inversa à idade nos pacientes com insuficiência cardíaca (r= -0,537). Os resultados não tiveram nível de significância suficiente com essa amostra para concluir a prevalência de hipovitaminose D nessa classe de pacientes (p= 0,1851). Esse estudo não obteve valores estatisticamente significativos para demonstrar a relação entre os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D e a classe funcional da NYHA. As limitações desse estudo foram o custo elevado dos exames laboratoriais e o período restrito de realização da pesquisa, culminando em uma amostra reduzida e interferindo, assim, na significância nos testes estatísticos.

55019COMPARAÇÃO DO EXERCÍCIO CONTINUO DE MODERADA INTENSIDADE COM HIIT NAS VARIÁVEIS DO TESTE CARDIOPULMONAR EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

MARCOS WILLIAM CABRAL SILVA, VINICIUS LUSTOSA CAMPOS, HUGO ALVES DA ROCHA,KARL ENZO JANSEN DA COSTA

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO, TERESINA, PI, BRASIL - FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL, TERESINA, , BRASIL.

Introdução: A prescrição de exercício físico para cardiopatas está consolidada no tratamento da Doença Arterial Coronariana, porém a melhor intensidade para realização de exercício não está plenamente caracterizada. Para avaliar os efeitos da reabilitação cardiovascular são usados os resultados obtidos no teste cardiopulmonar. Objetivo: Caracterizar os efeitos do HIIT nos parâmetros do teste cardiopulmonar em pacientes com Doença Arterial Coronariana. Métodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados em portadores de doença arterial coronariana. Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE, Scielo, LILACS e PEDro. Foram selecionados 8 artigos na base MEDLINE, nas demais bases não foram selecionados outros ensaios clínicos, posteriormente foi realizada uma busca nas referências bibliográficas e foi encontrado dois artigos, resultando no total de 11 ensaios clínicos incluídos. Resultados: Após a leitura dos artigos na integra foi excluído um estudo, totalizando 10 artigos na amostra final. Na análise quantitativa os grupos que realizaram HIIT mostrou ser mais eficaz para o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), limiar ventilatório e pressão arterial sistólica. As demais variáveis como: Inclinação da eficiência do consumo de oxigênio (OUES), Inclinação do equivalente ventilatório de gás carbônico (VE/VCO2 slope), razão de troca respiratória (VCO2/VO2), pulso de oxigênio e pico de trabalho se estabilizaram entre outros métodos de treinamento, portanto não foi identificado diferença entre as modalidades de treinamento pare essas variáveis. Conclusão: Foi encontrado diferença entre os tipos de treinamento estudados, a modalidade HIIT se destacou na análise do VO2máx, limiar ventilatório e pressão arterial sistólica.

55024ACURÁCIA DE PARÂMETROS COMBINADOS DA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA EM PACIENTES COM DOENÇA MULTIARTERIAL CORONARIANA AVALIADOS COM RESERVA DE FLUXO FRACIONADO

LUCAS CRONEMBERGER MAIA MENDES

HOSPITAL DO CORAÇÃO DO BRASIL, BRASÍLIA, DF, BRASIL.

Introdução: A Cintilografia de Perfusão Miocárdica (CPM) é um método não invasivo estabelecido na avaliação da repercussão de doença arterial coronariana (DAC), a despeito de uma possível subestimação em pacientes multiarteriais. A dilatação isquêmica transitória (TID) e a queda da fração de ejeção no pós estresse (QFEPE) são ferramentas úteis, porém de performance diagnóstica variada, e são tradicionalmente comparadas com exames anatômicos. Objetivo: verificar se a TID ou a QFEPE aumentam a acurácia da CPM na detecção de isquemia em pacientes multiarteriais, quando comparados com a reserva de fluxo fracionado coronariano (FFR), considerado hoje em dia como “padrão ouro”.Métodos: análise retrospectiva a partir de banco de dados prospectivo. Critérios de inclusão: doença multiarterial (>50% em segmento proximal ou médio, em pelo menos 2 coronárias maiores) submetidos a CPM e FFR em um intervalo de 3 meses. Critérios de exclusão: intervenção coronariana no intervalo entre a realização dos exames. TID foi considerado alterado quando >1,16 e 1,22, para estresse físico e farmacológico com dipiridamol, respectivamente; e QFEPE, quando houve queda >5% entre as fases de repouso e pós-estresse. A acurácia da CPM, TID e QFEPE foi comparada com os dados do FFR. A performance diagnóstica foi avaliada através da área abaixo da “Receiving Operative Characteristic Curve “(cROC).Resultados: foram analisados 39 pacientes, média de idade de 63,3 anos; 74% masculino; DAC triarterial em 41%; e doença de tronco de coronária esquerda em 25,6%. Considerando separadamente CPM, QFEPE e TID, a sensibilidade foi de 60%, 52% e 4%; especificidade 85,7%, 78,6% e 85,7%; valor preditivo negativo: 54%, 47% e 33%; e valor preditivo positivo de 88%, 81% e 33%. Quando comparada com a análise isolada da perfusão miocárdica pela CPM, a QFEPE aumentou a sua acurácia (área abaixo da cROC = 0,757 versus 0,729, p = 0,008), mas a adição da TID não acrescentou aos dois anteriormente citados (área abaixo da cROC = 0,741, p = 0,013).Conclusão: baseado nos dados de FFR em nossa população, a QFEPE parece ser útil em acréscimo à avaliação perfusional pela CPM, diferentemente da TID. Estudos prospectivos e com uma amostra maior de pacientes são necessários para a confirmação de nossos achados.

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55026O CUIDADO AO PACIENTE AMPUTADO EM UMA CLÍNICA CARDIOVASCULAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

SABRINA DO ESPIRITO SANTO CARVALHO, E ELYROSE SOUSA BRITO ROCHA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: No Brasil, aproximadamente 85% das amputações ocorrem em membros inferiores. Essas causam um grande impacto físico e social além de grandes limitações funcionais. O amputado de membro inferior sofre alterações na circulação sanguínea e no metabolismo e assim afeta a cicatrização, necessitando de um cuidado especializado. O cuidado às pessoas amputadas exige competências específicas, desenvolvidas com base na disponibilidade de estrutura física, de serviços de referência e de profissionais capacitados. Nesse sentido, a equipe de enfermagem desempenha papel importante nos cuidados a esses pacientes. OBJETIVO: Relatar a experiência do cuidado ao paciente amputado na troca do curativo em uma clínica cardiovascular. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado por uma discente do Curso de Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior do Piauí, na disciplina Fundamentos de Enfermagem, desenvolvido durante estágio curricular em um hospital de ensino no município de Teresina, Piauí, em 2018. RESULTADOS: Os pacientes amputados internados na clínica cardiovascular receberam assistência de enfermagem, sobretudo, para a troca de curativo e o tratamento da ferida. A troca do curativo era realizada de forma a gerar um atendimento humanizado e holístico devido ao impacto físico e mental de uma amputação, pois alguns pacientes já tinham cirurgias de amputação marcadas para o mesmo local/membro, mas notava-se a necessidade do cuidado e trato, respeitoso e humano, afim de fornecer uma qualidade de vida, autonomia, adaptação e conforto diante de procedimentos tão invasivos. Desse modo, cita-se Callista Roy, teórica que considera o conceito de adaptação como um eixo orientador para a prática de enfermagem; esta teórica entende-o como um processo e resultado através do qual pessoas sensíveis e pensantes, utilizam a consciência e a escolha para criar a integração humana e ambiental. CONCLUSÃO: Diante desta experiência, fica evidente a importância do cuidado particular ao paciente amputado, visto que os impactos de uma amputação é para a vida toda, alterando relações e âmbitos. Dessa forma, o paciente amputado necessita de uma assistência de enfermagem mais holística e humana, com profissionais capacitados. A capacitação dos discentes/alunos deve basear-se em teorias científicas, afim de garantir um cuidado humano e seguro.

55031ANÁLISE DAS HEMOTRANSFUSÕES EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA

RENATA M MACHADO, LIDYANE R O SANTOS, SARAI B CARDOSO E GRAZIELLE R F SILVA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA - CET, TERESINA, PI, BRASIL - ESTÁCIO - TERESINA, TERESINA, BRASIL.

Introdução: A excelência nos tratamentos aliados a eficácia estão cada vez mais almejados por todos os profissionais de saúde e pacientes. Embora os avanços tecnológicos e científicos sejam notórios, a utilização do sangue em procedimentos cirúrgicos ate então não foi substituída por outro componente e a sua utilização apesar de comprovada como inicialmente benéfica, traz inúmeros eventos adversos inerentes da sua utilização. Objetivo: Analisar a ocorrência de hemotransfusões em pacientes cirúrgicos cardíacos. Metodologia: tratou-se de uma pesquisa descritiva, de natureza quantitativa de delineamento transversal e prospectivo do tipo documental realizado em hospital privado de excelência em atendimento e humanismo, referencia em cirurgias cárdicas no Estado, realizada de junho a julho de 2017 após aprovação do comitê de etica. Resultados: 30 prontuários de pacientes cirúrgicos cardíacos participaram da pesquisa. 63,33% dos pacientes que receberam transfusão foram provenientes do procedimento de revascularização do miocárdio. Durante a internação os pacientes realizaram apenas uma transfusão, sem reação transfusional com 51% de plasma e concentrado de hemácias, 26,6% com tempo de CEC de 60 a 70 minutos, tempo de cirurgia entre 3 e 4 horas, 26,6% sem informação de hematócrito prévio, 36,66% sem informação de hemoglobina. Observou-se um déficit no preenchimento de informações. Conclusão: Observa-se ainda uma prática rotineira do uso de sangue e derivados na prática clínica e cirúrgica. Entretanto, nota-se uma mudança mundial, ainda discreta, na diminuição de sua utilização tendo em vista os riscos decorrentes de sua utilização e terapias alternativas. Descritores: Sangue; Transfusão de sague; Cirurgia Cardiaca. REFERÊNCIASCHEN, J.R.; HSU, R.B. Impact of surgeon experience on the rate of blood transfusion in off-pump coronary artery bypass. Journal of the Formosan Medical Association. v.115, p. 145-151, Mar.2016. Disponível em: < < a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26776760”>https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26776760> Acesso em 10 de outubro de 2016.

55029RELAÇÃO DA MÍDIA DOS FAST FOOD E SEUS PREJUÍZOS NA SAÚDE CARDIOVASCULAR

MARIELLE DA SILVA COSTA, LETICIA MAZZA MALTA, HANNA LOUYS LACERDA DE SANTANA, LAYANA RODRIGUES CHAGAS, SARITA M G A FREITAS E HEVYLLA REGMA RIBEIRO DUTRA

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: O mundo contemporâneo tem passado por uma cascata de alterações de hábitos alimentares, onde o processo de urbanização e industrialização vem provocando transformações culturais nos padrões e hábitos alimentares da população. Os meios de comunicações visuais têm fortalecido o mercado dos fastfood, com desdobramentos como: compartilhamentos nas redes sociais, propagandas em frações de 30 segundos sendo a mesma o suficiente para seduzir quem está do outro lado da telinha. Objetivo: O respectivo estudo objetivou avaliar as mídias de quatro grandes multinacionais de fastfood e sua intima relação com doenças cardiovasculares. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo qualitativo embasado em pesquisas bibliográficas, que continham dados sobre as mídias de fastfood ligadas ao infanto-juvenil associadas a doenças cardiovasculares, que decorreu em um embasamento teórico sobre o problema exposto.Resultados: Com base nos estudos feitos e analisados de acordo com a legislação, as quatro grandes multinacionais de fastfood oferecem lanches com brindes de personagens de desenhos animados ou do universo infantil.Conclusão: Foi possível observar que a estratégia mais usada para adquirir os produtos é a vinculação de brindes aos lanches voltados para o público infanto-juvenil, colaborando assim para o crescimento de maus hábitos alimentares, aspecto este que ajuda a desencadear doenças cardiovasculares. Palavras Chaves: Mídias, fast food, Legislações, doenças cardiovasculares

55041RARO CASO DE TAMPONAMENTO CARDÍACO COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

GUILHERME MARCONI GUIMARAES M HOLANDA, ERICA HELENA TORRES REIS, ILANNE SARAIVA DE ARÊA LEÃO COSTA E JOSE ITAMAR ABREU COSTA

HOSPITAL ITACOR, TERESINA, PI, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: Dentre as manifestações cardíacas do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), destaca-se a pericardite, presente em aproximadamente 30% dos pacientes, comumente levando a derrame pericárdico de volume discreto a moderado. Por outro lado, é raro o desenvolvimento de derrame pericárdico volumoso o suficiente para causar tamponamento cardíaco. Em uma série de casos com mais de 1300 pacientes com LES, tamponamento cardíaco foi encontrado em apenas 0,8% dos casos, sendo ainda mais raro como manifestação inicial. Descrição do Caso: Paciente feminina, 41 anos, dá entrada ao pronto socorro com queixa de dispneia progressiva há 1 mês, diminuição da resistência física, episódios de epigastralgia associada a plenitude precoce, palpitações e edema de membros inferiores. Ao exame físico apresentava-se com ritmo cardíaco irregular taquicárdico com presença de terceira bulha à ausculta, além de murmúrios vesiculares reduzidos em base bilateralmente e edema de membros inferiores 2+/4+. Avaliação ecocardiográfica revelou derrame pericárdico de grau importante com sinais iniciais de restrição ao enchimento diastólico, insuficiência tricúspide discreta e derrame pleural à esquerda. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo era de 70%. Foi prontamente realizada drenagem pericárdica por meio de pericardiotomia e colocação de dreno, com saída imediata de 700 ml de líquido seroso, e posterior débito de dreno de 200 ml em 10 horas. Biópsia de pericárdio foi realizada no mesmo procedimento. A paciente recebeu cuidados em Unidade de Terapia Intensiva por dois dias, evoluindo bem. Durante a investigação, duas entidades clínicas eram diagnósticos diferenciais possíveis: disfunção tireoideana e LES, aquela sendo descartada por dosagem normal de TSH e T4 livre. A positividade de diversos marcadores imunológicos confirmou o diagnóstico de LES (Fator antinuclear padrão misto nuclear homogêneo e pontilhado fino título 1:320, Anti SSA/Ro reagente – 123 U/ml, Anti DNA nativo reagente 1:80, Anti SSB/LA reagente 320U/ml, Anticoagulante lúpico presente, dentre outros). O fragmento de pericárdio biopsiado apresentou leve infiltrado inflamatório linfomononuclear. Atualmente a paciente segue em acompanhamento ambulatorial. Conclusões: Derrame pericárdico relacionado ao LES deve ser lembrado como uma rara, mas possível, causa de tamponamento cardíaco mesmo em pacientes sem diagnóstico prévio ou história sugestiva de LES.

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55044RESPOSTA HIPOTENSORA DO TREINAMENTO INTERVALADO EM CORREDORES DE RUA AMADORES DE TERESINA

MARCIA CRISTIANE ARAUJO, AIRTON LUIS SILVA ARAUJO, JONATHAN SPINDOLA RODRIGUES, MATHEUS JOSE ACACIO DE OLIVEIRA, FERNANDO DONATAN VIEGAS BRAGA E HERBERT GUSTAVO SIMÕES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL - CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO, TERESINA, PI, BRASIL - CENTRO OLÍMPICO DE ATLETISMO, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A hipotensão pós-exercício (HPE) é conceituada como valores pressóricos mais baixos verificados após uma sessão de treino em comparação com aqueles observados antes da sua execução, e mantem-se por um período prolongado, que varia dependendo do tipo, intensidade e duração do exercício. O Hight Intensity Interval Training (HITT) é um método de treinamento intervalado caracterizado pela alternância de estímulos de alta intensidade, 85% a 100% da frequência cardíaca máxima (FCmax), e tempos de recuperação de baixa intensidade, de 40% a 50% da FCmax, o qual vem sendo evidenciado como eficiente para causar adaptações benéficas no sistema cardiovascular. No entanto, este método de treino é pouco utilizado entre os corredores de rua amadores, que utilizam preferencialmente o método contínuo. Objetivo: Avaliou-se a resposta hipotensora após utilização do método de HIIT em corredores de rua amadores de Teresina. Métodos: Foi um estudo experimental, com corte transversal e abordagem quantitativa, aprovado pelo CEP da UNIFSA. A amostra foi constituída por n=21 indivíduos, com média de idade para o sexo masculino (n=19) de 28,79 ± 5,88 anos e para o feminino (n=2) de 31,50 ± 13,44 anos, e selecionada por conveniência em uma Assessoria Esportiva da cidade de Teresina. Os sujeitos foram submetidos ao protocolo de Tabata caracterizado por 4 minutos totais de atividade, dividido por 8 séries de 20 segundos para percorrer 100 metros e intervaladas pelo tempo de recuperação de 10 segundos. Mensurou-se a pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) pré e pós-treino com o esfingmomanômetro. As mensurações pós-treino ocorreram em 3 momentos: pós-exercício, 3º e 6º minutos de recuperação. Utilizou-se medidas descritivas de média e desvio padrão para análise estatística. Resultados: verificou-se a média do efeito hipotensor na PAS dos homens de 3mmHg e das mulheres de 1mmHg, todas no 3º minuto de recuperação. Em relação à PAD, a média dos resultados da HPE foi de 6mmHg nos homens e 8mmHg nas mulheres após o 6º minuto de recuperação. Conclusão: Para essa amostra houve um efeito hipotensor agudo significativo na PAD, para ambos os sexos, principalmente no 6º minuto pós-exercício, sugerindo que o HIIT pode ser utilizado como método alternativo para melhorias cardiovasculares de corredores de rua amadores, que visam a prática de exercícios físicos para a promoção da saúde.

55054PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM DISPOSITIVO CARDÍACO IMPLANTÁVEL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

MARCONNY BATISTA LIMA, BETHANIA LUCIANA DOS SANTOS HOLANDA, MARIA DARISA DE SOUSA POLICARPO E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Surgida no final dos anos 50 a estimulação cardíaca artificial reduziu morbidade e mortalidade associada às bradiarritimias. O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) é um centro terciário de referência no suporte cardiológico de paciente que necessitam de estimulação cardíaca artificial em todo o estado do Piauí, além de receber pacientes de outros estados. OBJETIVO: Levantar o perfil clínico dos pacientes em uso de dispositivo cardíaco implantável no HU-UFPI. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, do tipo observacional e descritivo no qual através da análise dos prontuários eletrônicos foram levantados os dados dos pacientes submetidos a procedimento envolvendo dispositivo cardíaco implantável de junho de 2015 a junho de 2018, sendo submetido e aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do HU-UFPI. RESULTADOS: Os procedimentos foram realizados em 189 pacientes, sendo 143 primeiros implantes. O perfil epidemiológico apresenta leve predomínio do sexo masculino (52,38%), com faixa etária média de 70,37 anos (20-96 anos). A maioria é procedente do interior do estado do Piauí (68,97%). O dispositivo mais implantado foi o marca-passo bicameral, com a principal indicação sendo o Bloqueio atrioventricular total (47,62%), com destaque também para doença do nó sinusal (10,58%). Foram implantados 09 cardiodesfibriladores (CDI), sendo um devido miocardiopatia hipertrófica, e 08 devido taquicardias ventriculares associadas à síncope ou com histórico de parada cardíaca recuperada. Em duas miocardiopatias dilatadas associada à doença de chagas foi implantado CDI com ressincronizador cardíaco. Os pacientes têm como principais comorbidades a hipertensão (76,19%), insuficiência cardíaca congestiva (20,63%) e diabetes (14,81%). CONCLUSÃO: Observa-se leve predomínio do sexo masculino, com média de 70 anos de idade e procedente do interior do Piauí. O procedimento mais realizado foi o implante de marca-passo bicameral com principais indicações sendo o BAVT e a doença do nó sinusal.

55046REABILITAÇÃO FUNCIONAL APÓS CIRURGIA DE BENTALL: UM RELATO DE CASO

KALINY CAETANO SILVA, MARCEL FURTADO MOREIRA, ANTONIO ANCHIETA SOUSA FILHO E IARA CUNHA SILVA

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO, TERESINA, PI, BRASIL - HOSPITAL SÃO MARCOS , TERESINA, PI, BRASIL - HOSPITAL SÃO MARCOS, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A designação de aneurisma vem da palavra grega aneurysma, que significa dilatação. Equivale a um vaso sanguíneo com diâmetro 50% maior do que o normal. Em muitos casos quando se há estenose de valva aórtica se faz necessário à substituição valvular. Dentre os objetivos das cirurgias cardíacas estão os de aliviar os sintomas, prevenir infartos do miocárdio, melhorar o funcionamento cardíaco e proporcionar uma melhora na qualidade e desempenho das funções e de vida dos pacientes. Entre as principais metas da fisioterapia estão o de reduzir os riscos de complicações pulmonares, diminuição do quadro álgico no pós-operatório e melhora da ventilação pulmonar. DESCRIÇÃO DO CASO: Relatamos o caso do paciente J. A. P de 47 anos, sexo masculino, peso 80 quilograma, altura 1,69 metros com diagnóstico de dilatação aneurismática de aorta ascendente com insuficiência aórtica de grau importante. A cirurgia de Bentall ocorreu no dia 14 de Janeiro de 2019, onde o paciente foi submetido a uma troca de valva aórtica com protése metálica com correção de aneurisma de aorta ascendente com tubo valvulado n° 25 e revascularização do miocárdio (safena Ao > coronária direita). A alta da UTI aconteceu no dia 18/01/2019 e a alta da enfermaria no dia 22/01/2019. Testes para avaliação da função e aptidão física realizados no dia da alta da UTI: Pressão inspiratória máxima (Pimáx) -120 cmH20; Peak flow : 290 l/min; Teste de velocidade da marcha: 1,2 m/s; Sit-to-Stand Test (teste do sentar/levantar) : 14 repetições em 1’. Testes realizados na alta da enfermaria: Pimáx - 120 cmH20; Peak flow: 400 l/min; Teste de velocidade da marcha: 1, 875 m/s; Teste do senta/levanta : 20 repetições em 1’. CONCLUSÃO: O presente estudo realizou por meio de escalas e testes funcionais uma avaliação do nível de funcionalidade de um paciente que esteve internalizado em uma unidade de terapia intensiva de um hospital filantrópico. De acordo com os resultados apresentados pode-se concluir que ao longo do tempo de permanência na UTI e avaliação fisioterapêutica houve melhora dos níveis de funcionalidade, uma vez que o mesmo estava sendo submetido aos protocolos e condutas fisioterapêuticas. Palavras-chave: Cirurgia cardíaca, Escalas de funcionalidade, Testes de funcionalidade, Unidade de Terapia Intensiva, Pós-operatório.

55069BRADICARDIA E EFEITO HIPOTENSOR INDUZIDO PELO DO TREINAMENTO FÍSICO EM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DE TERESINA

MARCIA CRISTIANE ARAUJO, FRANCILENE BATISTA MADEIRA, FERNANDO DONATAN VIEGAS BRAGA, MATHEUS JOSE ACACIO DE OLIVEIRA E HERBERT GUSTAVO SIMÕES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL - CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO, TERESINA, PI, BRASIL - CENTRO OLÍMPICO DE ATLETISMO, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A prática regular de exercícios físicos promove inúmeros benefícios para o sistema cardiovascular, entre eles pode-se destacar a bradicardia e o efeito hipotensor. A bradicardia é uma adaptação cardíaca induzida pelo treinamento físico (TF), na qual o indivíduo apresenta frequência cardíaca (FC) mais baixa em repouso, refletindo melhor balanço autonômico, tendo em vista a uma maior atividade parassimpática e menor atividade simpática. O efeito hipotensor induzido pelo TF é o resultado do acúmulo crônico da hipotensão pós-exercício em cada sessão de treino. No entanto, evidências epidemiológicas mostram que durante o ensino médio os adolescentes tendem a se tornarem menos ativos e mais estressados, devido ao aumento dos compromissos acadêmicos. Objetivo: Analisar os efeitos de um programa de exercícios físicos sobre a bradicardia e efeito hipotensor de estudantes do terceiro ano do ensino médio. Métodos: A pesquisa foi um estudo experimental, aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí/UFPI. A amostra foi composta por n=71 estudantes do 3º ano do ensino médio de uma escola particular de Teresina, de ambos sexos, com faixa etária de 17 a 18 anos. Os alunos foram randomizados em 2 grupos: grupo experimental (GE, n=39) e grupo controle (GC, n=32). O GE foi submetido a 10 semanas de TF, com 2 sessões semanais de um programa de exercícios físicos: 5’ aquecimento, 40’ parte principal (circuito com 6 estações – flexão de braço, tríceps afundo, flexão abdominal, agachamento, afundo, dorso flexão) e 5’ volta à calma. Foi mensurado a FC, a Pressão Arterial Sistólica (PAS) e a Pressão Arterial Diastólica (PAD) pré e pós programa de exercícios físicos do GE e GC. Foi realizado o Teste t para análise estatística. Resultados: os dados mostraram que o GE teve redução na média da FC de 15bpm, da PAS de 5mmHg e da PAD de 3mmHg. Em contrapartida, o GC não teve alteração significativa nas variáveis. Conclusão: A pesquisa apresentou diferenças estatísticas entre os grupos com p˃0,01 para a FC e PAS, evidenciando a bradicardia e um efeito hipotensor induzindo pelo TF em estudantes do ensino médio, sugerindo melhor resposta parassimpática e valores pressóricos dos alunos que se exercitaram, contributos importantes para minimizar o estresse dessa população na véspera do Exame Nacional do Ensino Médio.

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Resumos Temas Livres

55070EFEITO DA ESTIMULAÇÃO COLINÉRGICA CENTRAL E PERIFÉRICA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA EM RATOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL INDUZIDA POR L-NAME

MICKAEL LAUDRUP DE SOUSA CAVALCANTE, GISELE LOPES CAVALCANTE, JOSÉ VIRGULINO DE OLIVEIRA LIMA, EMANUELLE ALVES DE SOUSA COSTA, MOISÉS TOLENTINO BENTO DA SILVA E JOÃO PAULO JACOB SABINO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI, TERESINA, BRASIL.

A hipertensão arterial acomete milhões de pessoas no mundo e acarreta altas gastos públicos, nesta doença ocorre um aumento da atividade simpática e redução da atividade parassimpática. A hiperatividade simpática na hipertensão arterial vem sendo exaustivamente investigada, levando ao desenvolvimento de abordagens farmacológicas com o intuito de atenuar o aumento do sistema nervoso simpático. Por outro lado, a administração utilização de métodos farmacológicos, como por exemplo, administração de anticolinesterásicos (piridostigmina e donepezila) que possam prevenir a redução do tono parassimpático na hipertensão arterial não vem recebendo a mesma atenção. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da estimulação da função parassimpática, por meio da administração de brometo de piridostigmina (com ação periférica) e donepezila (com ação central) em ratos com hipertensão induzida por L-NAME. Os animais foram divididos em 4 grupos experimentais: I) Água; II) L-NAME; III) L-NAME + Piridostigmina; IV) L-NAME + Donepezila. Foi realizada a medida indireta da pressão arterial sistólica (PAS) e frequência cardíaca (FC), por meio de plestismógrafo de cauda. Em todos os grupos a PAS e FC foram verificadas nos dias 0 (medida basal), 2, 7 e 14 após o início do tratamento de L-NAME. Os animais iniciaram o tratamento com piridostigmina ou donepezila após o segundo dia de tratamento com L-NAME. Apenas os animais que apresentaram, no segundo dia, uma elevação da PAS maior que 25 mmHg foram incluídos nos grupos hipertensos. Os resultados mostraram que o L-NAME promoveu um aumento progressivo na PAS ( 178 mmHg) ao longo dos quatorze dias de tratamento, quando comparado a medida basal (115 dia mmHg). O tratamento com piridostigmina (D 44 mmHg) ou donepezila (D 42 mmHg) preveniu parcialmente o aumento da PAS. A FC não foi afetada pela administração de L-NAME, piridostigmina ou donepezila. Assim, conclui-se que a estimulação do sistema nervoso parassimpático por meio da administração de anticolinesterásicos com ação central ou periférica foi eficiente em prevenir o aumento da PAS em ratos com hipertensão arterial induzida por L-NAME.

55078EXERCÍCIO AERÓBIO PREVINE ALTERAÇÕES HEMODINÂMICOS E A DIMINUIÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO EM RATOS COM DISAUTONOMIA INDUZIDA POR QUIMIOTERÁPICO.

MARIANA SOUSA SILVA, PEDRO VICTOR NOGUEIRA TELLES, YASMIM DE ANDRADE GOMES, CLAUDIO HENRIQUE LIMA, JOÃO PAULO JACOB SABINO E MOISÉS TOLENTINO BENTO DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A cisplatina é um quimioterápico que possui como efeito adverso a neuropatia autonômica, em contrapartida encontra-se na literatura o potencial do exercício físico sobre as dersordens autonômicas. Objetivos: Investigar as repercussões do exercício sobre os parâmetros hemodinâmicos e a taxa de retenção gástrica (RG) em ratos tratados com cisplatina. Métodos: Grupos: Sedentário (S), Cisplatina+Sedentário (C+S), Treinado(T) e Cisplatina+Treinado (C+T). Concomitantemente os ratos passaram pelo tratamento de cisplatina e o treinamento físico, por fim avaliou-se a RG, FC, a PAM e o ECG. No treinamento, os ratos nadaram por 5 semanas (5x/semana) com uma carga 5% do peso corporal acoplada. A cisplatina foi administrada via i.p (concentração de 1mg/ml e na dose de 3mg/Kg), 1x por semana por 5 semanas. Os parâmetros hemodinâmicos foram realizados por meio da canulação da artéria femoral e ECG. A RG através do método calorimétrico da concentração de vermelho fenol. Os dados foram expressos em média ± erro padrão da média, com valores de p<0,05 significativos. O trabalho foi aprovado CEUA-UFPI nº213/16. Resultados: Observamos a presença de hipertensão após o tratamento com cisplatina (S: 104,9±1,6 vs C+S: 142,3±6,4 mmHg), entretanto o exercício obteve um efeito hipotensor (C+S: 142,3±6,4 vs C+T: 118,9±1,9 mmHg). A cisplatina induziu bradicardia (S:394,5±10,6 vs C+S:305,4±18,1 bpm), no entanto o efeito bradicardíaco induzida pela cisplatina foi reduzido no grupo treinando (C+S: 305,4±18,1 vs 344,1±12,6 bpm). Na RG a cisplatina induziu um retardo no esvaziamento gástrico (S:31,3±1,7 vs C+S 58,0±1,8 %), todavia o exercício reduziu o retardo do esvaziamento gástrico na RG (C+S 58,01,8 vs C+T 32,6±3,1 %). Resultados esses da RG que se relacionam com os achados do ECG, foi aferido a Alta frequência (estimulo parassimpático) e a baixa frequência (estimulo simpático). Verificou-se que a cisplatina acentuo o estimulo simpático (S: 7,94±1,64 vs C+S: 21,20±4,52 nu), em contrapartida o exercício reduziu este estimulo para próximo do normal (C+T: 11,53±1,70 vs S 7,94±1,64 nu). Bem como o estimulo parassimpático foi acentuado pelo exercício no grupo cisplatina treinado (C+T: 23,38±3,74 vs C+S: 3,48±1,18 nu). Conclusões: Verificou-se que o exercício é capaz de tratar as desordens autonômicas induzida pela cisplatina, pois ele trouxe para níveis mais próximo dos normais com relação a PAM, FC, os estímulos do sistema nervoso autônomo (alta e baixa frequência do ECG) e RG.

55076PERFIL CLÍNICO E EVOLUTIVO INTRA-HOSPITALAR DE PACIENTES SUBMETIDOS A CATETERISMO CARDÍACO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.

CAUBI DE ARAÚJO. MEDEIROS, PAULO MARCIO DE SOUSA NUNES, JONATAS MELO NETO, NUNES PEREIRA LEITE, CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA

HU-UFPI, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: O cateterismo cardíaco (“CATE”) é o método padrão-ouro para diagnóstico de doença coronariana. Visto a importância do método no contexto da DCA, a compreensão de suas principais limitações deve ser de conhecimento do serviço de hemodinâmica. Objetivo: Analisar o perfil clínico e evolutivo intra-hospitalar em até 48 horas de pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco no Hospital Universitário do Piauí.Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa. A população estudada foi constituída de todos os pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco no HU-UFPI no período de Março de 2016 a agosto de 2018. A coleta de dados foi feita por meio do preenchimento de formulário pré-elaborado que contemplou aspectos clínicos e epidemiológicos além do perfil evolutivo em 48 horas. Os dados foram tabulados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel e analisados no programa IBM Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0.Resultados: Dos 552 pacientes avaliados, 141 (25,5%) foram submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP) e 411 (74,5%) ao cateterismo cardíaco diagnóstico (CATE).Prevalência do sexo masculino (58,9%) e (51,8%),nos grupos ICP e CATE, respectivamente. A média de idade foi de 67,1 ± 11,6 anos no grupo ICP e 61,3 ± 12,5 no grupo CATE. Hipertensão arterial sistêmica foi o fator de risco mais prevalente, seguida de dislipidemia, tabagismo e diabetes. As indicações mais comuns de ICP foram síndrome coronariana aguda (56%) e do CATE foram teste isquêmico positivo (36,6%) e pré-operatório de cirurgia cardíaca (29,4%). Verificou-se, nos submetidos ao CATE, que 5,60% do total apresentaram algum tipo de complicação, 2,43% de alguma gravidade maior e 0,24% óbito.A taxa de óbito total foi de 0,37%.Conclusão: Houve predominância do sexo masculino .Os três fatores de risco para doença cardiovascular mais frequentes foram hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e tabagismo. A principal indicação para a realização do procedimento foi DAC estável com teste isquêmico não invasivo positivo . A taxa de óbito total foi compatível com a literatura nacional.

55081ANEURISMA DE AORTA ASCENDENTE E DESCENDENTE EM PACIENTE PORTADOR DE SÍNDROME ACROMEGÁLICA.

ANDRÉ GONÇALVES HONÓRIO CARVALHO, PAULO HENRIQUE DA PAZ MOREIRA, GABRYELA LOUZEIRO ALMEIDA PEDROSA E VANESSA GONCALVES COSTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: A acromegalia é uma síndrome rara, caracterizada pela hipersecreção do hormônio de crescimento (GH). Este aumento leva à hipersecreção pelo fígado de fator de crescimento semelhante a Insulina tipo 1 (IGF-1), resultando em malformações típicas e comprometimento de diversos sistemas, dentre eles o cardiovascular. Dentre as manifestações cardiovasculares mais comuns, podemos citar a hipertensão arterial, hipertrofia de ventrículo esquerdo e cardiomiopatia, as quais geralmente desencadeiam o surgimento de arritmias cardíacas, doenças valvares e insuficiência cardíaca. Por se tratar de uma doença rara, pouco estudos foram publicados até hoje apresentando associação entre esta síndrome e aneurismas de aorta. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 51 anos, procedente de São Raimundo Nonato, queixando-se inicialmente de dor torácica de forte intensidade, de início agudo, em região precordial sem irradiação. Ao exame físico, apresentava-se com feições grosseiras, alargamento de mãos, pés e macrognatia, associado a artrose de joelhos e hipertensão arterial. Foi admitido no Hospital Universitário de Teresina para investigação diagnóstica. Devido à história clínica, realizou exames laboratoriais e RNM de sela túrgica, que evidenciaram IGF-1 aumentado (686 ng/mL) e macroadenoma hipofisário, confirmando o diagnóstico de acromegalia. Na investigação cardiológica, o Ecocardiograma evidenciou aneurisma de aorta torácica descendente medindo no seu diâmetro maior 81mm ao ECO transtorácico, raiz da aorta ao nível do seio de valsalva medindo 50mm e aorta ascendente medindo 48mm, valva aórtica calcificada com estenose e insuficiência discretas, aumento importante de Ventrículo Esquerdo. A TC de tórax mostrou também aneurisma de aorta ascendente e descedente, ectasia de artéria pulmonar, variação anatômica: “Troncus Bovinus”, discreta trombose excêntrica, aneurisma de aorta abdominal próximo à bifurcação ilíaca (5-6cm abaixo da infrarrenal), sem sinais de dissecção. Conclusão: O prognóstico de pacientes com acromegalia é pior em relação a população geral. A associação desta síndrome com aneurisma de aorta pode interferir diretamente na expectativa de vida destes indivíduos, trazendo consigo riscos de ruptura do aneurisma e riscos inerentes ao procedimento cirúrgico de grande porte necessário para seu tratamento. Até o momento não foram observados relatos ou estudos correlacionando estas duas entidades clínicas.

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Resumos Temas Livres

55095AVALIAÇÃO DE DESSINCRONIA VENTRICULAR E RESPOSTA À TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA ATRAVÉS DA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA

LUCAS CRONEMBERGER MAIA MENDES, WING HARRISON CARVALHO LIMA E JOUBERT ARIEL PEREIRA MOSQUERA

HOSPITAL DO CORAÇÃO DO BRASIL, BRASÍLIA, BRASIL.

Introdução: A terapia de ressicronização cardíaca (TRC) surgiu como opção para pacientes com insuficiência cardíaca (IC) sintomática avançada, disfunção sistólica grave e QRS alargado (>120ms). Entretanto, 20-30% dos pacientes com QRS alargado não respondem ao tratamento. Vários métodos de imagem tem sido usados na tentativa de melhor selecionar pacientes que se beneficiam deste dispositivo, através do estudo de sincronismo ventricular, como o ecocardiograma (doppler tecidual e speckle tracking) e a ressonância magnética, com capacidade de predição de resposta à TRC bastante variável. A cintilografia de perfusão miocárdica, com a técnica de análise de fase é operador independente, além de possibilitar a avaliação da viabilidade miocárdica (e portanto auxiliando na melhor localização de eletrodos, ao localizar o último segmento ventricular a se contrair, baseado no mapa polar). O valor de corte de 135 graus para o alargamento de banda (HBW) pode predizer a resposta clínica à TRC com sensibilidade e especificidade de 70%. Já no caso do desvio-padrão (SD) esse valor chega a 74%, com o uso de ponto de corte em 43 graus. Relato de Caso: FTO, masculino, diabético tipo 2, dislipidêmico e hipertenso. Histórico de infarto agudo do miocárdio anterior oligossintomatico não tratado adequadamente em 2004. Evoluiu com disfunção do ventrículo esquerdo (Fração de Ejeção de 30%), bloqueio átrio-ventricular 2:1 e taquicardia ventricular não sustentada ao holter, mais de 90 dias apos IAM. Foi submetido a cardiodesfibrilador implantável (CDI) em 2013. Vinha em tratamento clínico otimizado para IC, porém evoluiu com aumento do pace do marcapasso, de 30 para 80-90%, e alargamento do QRS, além de piora da classe funcional (CF), culminando em 3 internações entre 2017 e 2018. Houve melhora temporária da CF (de III para II) após troca de enalapril por sacubitril, valsartana, porém voltou ao quadro prévio alguns meses depois. Foi submetido a avaliação de dissincronia pela CPM, evidenciando alterações preditoras de boa resposta ao ressincronizador: SD = 92,6 graus; HBW = 317 graus. Após incremento do dipositivo, passou a apresentar CF I, com melhora eletrocardiográfica. CPM de controle demonstrou efetiva melhora na sincronia intraventricular (SD = 66,4 graus; HBW = 221 graus). Conclusão: trata-se de caso de comprovação de dissincronia ventricular pela CPM, com adequada predição de melhora clínica com uso de TRC.

55099COMPARAÇÃO DOS EFEITOS HEMODINÂMICOS AGUDOS ENTRE SESSÕES DE TREINAMENTO FUNCIONAL DE CARACTERÍSTICAS AERÓBICA E NEUROMUSCULAR.

ISABEL FONSECA SOARES, YANDALA COSTA SANTOS, CELSO OLIVEIRA CASTRO JUNIOR, CARLOS HENRIQUE ALVES LIMA E JANE MARIA SILVA CARVALHO

Introdução: A população idosa está aumentando e alterando o contorno demográfico, com isso, deve-se uma atenção maior à saúde, pois o envelhecimento traz consigo declínios cognitivos, propensões a doenças e decréscimo das tarefas funcionais diárias. Um dos exercícios físicos eficientes para a manutenção da saúde é o treinamento funcional, o qual busca melhorar a capacidade funcional dos indivíduos, com exercícios que possuem características das Atividades da Vida Diária (AVD’s) e Atividades da Vida Diária Instrumental (AVDI’s) além da melhoria das respostas hemodinâmicas. Objetivo: Comparar os efeitos hemodinâmicos em sessões de treinamento funcional de características aeróbica e neuromuscular em idosos ativos. Metodologia: A amostra foi composta por 14 indivíduos do gênero feminino, com idade média de 65 anos (+ 3,04). Foram realizadas avaliação antropométrica e duas sessões de treinamento funcional: uma aeróbica (TFA) e outra neuromuscular (TFN). Durante cada sessão foi monitorado a pressão arterial (PA) antes e após cada sessão de treinamento, bem como, a frequência cardíaca (FC), pré e pós cada sessão. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio padrão) do programa Excel da Microsoft Office (2016). Resultado: Os participantes da pesquisa apresentaram, um RCQ de alto risco (0,94 + 0,02) para doenças cardiovasculares e IMC acima do peso (26,02 + 1,97). A sessão de característica aeróbica apresentou uma variação maior nas respostas hemodinâmicas que o neuromuscular, onde a diferença da variação do Duplo Produto foi +7.766.21 enquanto na TFN foi de + 6.472.43. A PAS apresentou maior elevação na sessão TFA (Δ = +6,85) que na TFN (Δ = +2,35), enquanto a PAD apresentou maiores variações na sessão de TFN (Δ = + 4,29) que na TFA (Δ = +3.93). Os valores de FC mostram que ocorreu adaptações fisiológicas aos treinamentos, sendo o TFA o mais intenso (ΔTFA = +55,5bpm e ΔTFN = +51.43bpm). Conclusão: O estudo demonstrou que a sessão de treinamento funcional de característica aeróbica apresenta maiores variação de duplo produto, PAS e FC, que a neuromuscular (que apresentou apenas em PAD), ou seja, maiores adaptações cardíacas durante esse tipo de exercício, o que requer maior cuidado ao ser prescrito e aplicado em pessoas hipertensas ou com outras cardiopatias. Com isso, sugerem-se futuros estudos com um tempo maior de treinamento, bem como, controle da intensidade de esforço.

55096LESÃO RENAL AGUDA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA

MARIA DARISA DE SOUSA POLICARPO, MARCONNY BATISTA LIMA, BETHANIA LUCIANA DOS SANTOS HOLANDA, RAIMUNDO ANTÔNIO CARDOSO JÚNIOR E IGOR DENIZARDE BACELAR MARQUES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A Lesão Renal Aguda (LRA) ocorre em até 30% dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, sendo necessária diálise em aproximadamente 1% de todos os pacientes. Mesmo pequenas alterações na creatinina sérica estão relacionadas a um aumento da morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Avaliar a frequência de LRA nos pacientes submetidos a Revascularização do Miocárdio e/ou Troca Valvar realizadas no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí no ano de 2017. MÉTODOS: Estudo observacional e transversal, realizado por meio da coleta de dados de prontuários. As variáveis categóricas foram expressas como frequências e porcentagens e as variáveis contínuas como médias ± desvios padrão. Os dados foram organizados em planilhas Excel e analisados com a utilização do aplicativo SPSS versão 20.0. RESULTADOS: Foram incluídos 98 pacientes. A média de idade foi de 58,6 anos, 52% dos pacientes eram do sexo masculino e 87% pardos. Vinte e cinco pacientes (25,5%) apresentaram LRA, sendo 84% classificados como Estágio 1, 4% Estágio 2 e 12% Estágio 3. Dos pacientes do sexo masculino, 37,3% apresentaram LRA, contrastando com 12,8% dos pacientes do sexo feminino. A média de idade dos pacientes que apresentaram LRA foi significativamente maior quando comparado aos que não tiveram disfunção. Dos 10 pacientes que evoluíram para o óbito, 7 apresentaram LRA no pós-operatório. CONCLUSÃO: Um percentual elevado de pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca progrediu com Lesão renal aguda. Esses pacientes tiveram maior tempo de internação hospitalar e na UTI, além de evoluírem para óbito mais frequentemente. O Estágio 1 da classificação AKIN para LRA foi o mais prevalente. Os níveis de creatinina sérica no pré-operatório estiveram relacionados a uma maior frequência de LRA no pós-operatório de cirurgia cardíaca, assim como as variáveis idade e sexo masculino.

55102CONHECIMENTO CONFIANTE SOBRE HÁBITOS SAUDÁVEIS E COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE CARDIOVASCULAR ENTRE CRIANÇAS ESCOLARES

MARIA ANDRÉIA BRITO FERREIRA LEAL; CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA

Introdução: Hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde cardiovascular presentes na infância, representam um relevante problema de saúde pública à medida que aumentam o risco para surgimento precoce de comorbidades e desenvolvimento de doenças cardiovasculares fatais na vida adulta. Acredita-se que o conhecimento de crianças sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco cardiovascular, pode contribuir para a incorporação de boas práticas de saúde que se prolongam por toda vida, contudo investigações dessa natureza ainda são limitadas. Objetivo: Avaliar o conhecimento confiante sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular entre crianças. Métodos: Estudo transversal, com 397 crianças de 7 a 11 anos, do Programa Saúde na Escola, realizado no município de Teresina/PI, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº. 2.308.923. O conhecimento sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco cardiovascular foi avaliado utilizando-se o questionário CardioKids e o nível de confiança utilizando-se uma escala pictórica do tipo Likert. O conhecimento confiante foi obtido a partir da multiplicação dos escores do conhecimento pelo nível de confiança informado em cada item. Utilizou-se Regressão de Poisson na análise multivariada com nível de significância de 5% (p˂0,05), sendo incluídas nesse modelo as variáveis com associação ao nível de 20% (p˂0,20) na análise bivariada. Resultados: verificou-se elevado conhecimento com percentual médio total de acerto de 84,3%, porém um conhecimento confiante inferior com média percentual total de 74,1% de confiança nas respostas corretas. Na análise multivariada, o menor conhecimento confiante prevaleceu entre escolares da 1ª à 3ª séries (RP=2,069; IC95% 1,063-4,027). Conclusões: as crianças apresentaram elevado conhecimento sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular, contudo um conhecimento confiante deficiente a respeito de hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde cardiovascular, sugerindo-se repensar iniciativas de educação em saúde cardiovascular no contexto escolar, especialmente entre crianças de séries iniciais, a fim de contribuir para que essa população se aproprie de saberes que conduzam a mudanças de comportamentos, bem como a promoção da saúde cardiovascular.

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Resumos Temas Livres

55107ESTADO NUTRICIONAL COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES

FLÁVIA DE NEGREIROS MARTINS ANTUNES¹, GABRIELLE ANDRADE SILVA¹, KAROLAYNE OLIVEIRA LIMA DE ARAÚJO¹, MARIA DE FÁTIMA BARRETO¹, PAULO HENRIQUE MARTINS CARVALHO¹, VANESSA OLIVEIRA DE SOUSA VIEIRA¹, ANDREIA FERNANDA LOPES DOS SANTOS²

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ - UNINOVAFAPI

Introdução: O aumento das doenças cardiovasculares no último século originou uma busca pelos fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento. Atualmente, estão entre os maiores e mais importantes temas em discussão nos fóruns nacionais e internacionais. Objetivo: Pelo fato de a obesidade e suas doenças associadas serem um problema em constante ascensão no Brasil e no mundo, decidiu-se realizar uma investigação para avaliar o estado nutricional e identificar os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Método: O presente estudo foi elaborado inicialmente através de uma abordagem descritiva. Este estudo trata-se de uma revisão integrativa, cujo tema norteador para a construção foi “ Estado nutricional como fator de risco para doenças cardiovasculares”. Resultados: Os resultados demonstraram que a obesidade afeta pessoas de ambos os sexos, porem em grande maioria pessoas do sexo feminino em idade adulta. Mostraram também os riscos aumentados de doenças cardiovasculares e diabetes para pessoas portadoras da obesidade. Discussão: A avaliação do estado nutricional além de permitir identificar indivíduos com distúrbios nutricionais ou com risco aumentado para complicações cardiovasculares pode propor e monitorar intervenções dietoterápicas que auxiliem na recuperação do estado de saúde destes indivíduos. Conclusão: Através desse estudo foi possível constatar a existência da relação do estado nutricional e as doenças cardiovasculares. Concluiu-se que um bom estado nutricional, constitui um fator preventivo das doenças cardiovasculares.

55149RISCO CARDIOVASCULAR: SEGUIMENTO DE IDOSOS SEGUNDO O ESCORE DE FRAMINGHAM

JEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRA, ELYROSE SOUSA BRITO ROCHA E LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: as doenças cardiovasculares apresentam elevado percentual de morbimortalidade. Dentre os fatores de risco, destacam-se a Hipertensão Arterial Sistêmica, dislipidemias, obesidade, Diabetes Mellitus e alguns hábitos relacionados ao estilo de vida. OBJETIVO: avaliar o seguimento de idosos com risco cardiovascular. METODOLOGIA: estudo longitudinal analítico realizado em uma micro área da Estratégia Saúde da Família em Teresina. A população foi constituída de 150 idosos cadastrados no programa Hiperdia. Incluíram-se aqueles com idade igual ou superior a 60 anos e com realização de consultas periódicas na unidade. O cálculo amostral foi obtido mediante fórmula para populações finitas, utilizando nível de confiança de 95%, prevalência presumida de 10% e erro máximo de 5%, totalizando 71 participantes. A amostragem foi não probabilística por conveniência. A coleta de dados foi realizada em dois momentos, em fevereiro e abril de 2017, utilizando formulário semiestruturado e o Escore Framingham. Após a primeira coleta, os participantes receberam orientações e condutas, de acordo com a classificação do risco cardiovascular evidenciada. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva (frequência absoluta e percentuais) e inferencial (teste t de Student), considerando significativo p<0,05. Este estudo foi aprovado pelo CEP da Uespi sob parecer n° 1.643.888. RESULTADOS: a idade média foi 67,8 anos. 69% relataram histórico familiar de Doença Arterial Coronariana, sendo que 61,9% eram sedentários, 8,4% diabéticos e 16,9% não seguiam orientações dietéticas. Após a intervenção, constatou-se redução do colesterol total, pois antes o percentual de pacientes com índice acima de 200 mg/dl era 33,8%, diminuindo para 26,7%. A pressão arterial sistólica maior que 140 mmHg prevalecia em 23,9% e reduziu para 2,8% dos pacientes e o IMC médio decresceu de 27,1 para 26,9. Identificou-se a redução do risco no escore médio de Framingham de 8,7 para 7,8 (p<0001). 21,1% apresentaram baixo, 47,9% médio e 31% alto risco de desenvolverem doenças cardiovasculares em 10 anos. CONCLUSÃO: as orientações e condutas baseadas na classificação do risco possibilitaram a redução do escore total de risco cardiovascular e a diminuição dos valores de diversas variáveis do Escore de Framingham, destacando que essa estratégia de seguimento é efetiva para prevenção de complicações cardiovasculares em idosos na atenção primária.

55148REPERCUSSÕES DA LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NA FUNÇÃO PULMONAR, CICATRIZAÇÃO TECIDUAL E ANALGESIA APÓS ESTERNOTOMIA MEDIANA

IGOR ALMEIDA SILVA, CARLA MIKAELLA DE MOURA BRASIL, THYARA MARIA STANLEY VIEIRA LIMA, CLAUDENEIDE ARAUJO RODRIGUES E LUANA GABRIELLE DE FRANÇA FERREIRA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Atualmente as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A cirurgia cardíaca é o tratamento mais frequente. A biomodulação com laser de baixa intensidade tem sido utilizada no controle de dor e para o estímulo ao processo de reparo tecidual em esternotomia. OBJETIVO: Analisar os efeitos da terapia a laser de baixa intensidade (TLBI) em pacientes submetidos à esternotomia. MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado com um total de 17 participantes alocados nos grupos controle (G1) e grupo laser (G2). Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos: G1= controle; e G2 = laser (λ de 660 nm e densidade de energia de 6J/cm2) na ferida operatória (FO) da esternotomia no 1°, 3° e 5° dia do pós-operatório. Os pacientes foram avaliados no pré e pós-operatório quanto a percepção de dor, a cicatrização da FO e função respiratória. RESULTADOS: Os resultados observados foram manutenção do quadro de hiperemia e dor no G2, enquanto que G1 apresentou aumento significativo da intensidade destas variáveis sem repercussão significativa na função pulmonar em G2. CONCLUSÕES: Novos ensaios clínicos usando diferentes parâmetros de TLBI precisam ser realizados para melhor entendimento de seus efeitos analgésicos e de reparação tecidual e estabelecer os parâmetros mais eficientes para a cicatrização das feridas operatórias.

55151COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA

JESSYCA FERNANDA PEREIRA BRITO, LUANA SILVA DE SOUSA, ALINE COSTA DE OLIVEIRA, ERLANE BRITO DA SILVA E SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Introdução: Pessoas com Diabetes Mellitus apresentam o dobro de risco de morrer por Doença Arterial Coronariana em comparação aquelas que não possuem a doença. Isso porque a hiperglicemia e/ou a resistência à insulina provocam modificações na lipase lipoproteica, o que causa disfunção do endotélio, acelerando o processo aterosclerótico conhecido como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Objetivos: Avaliar as complicações vasculares encontradas em pacientes atendidos na Atenção Básica e sua relação com o diabetes mellitus. Metodologia: estudo transversal e descritivo realizado em uma Unidade Básica de Saúde, com amostra de 102 participantes entre os meses de abril a julho de 2018, por meio de entrevista utilizando formulário semiestruturado. E avaliaçao da sensibilidade sensório motora. Para as análises estatísticas realizaram-se os testes Qui-quadrado de Pearson e o exato de Fisher. Resultados: houve predominância do sexo feminino 77(75,5%), alfabetizados 50(49%), com média de idade de 60,1 anos e 35(34,3%) com valor de glicemia acima do recomendado entre 101 e 200. Mg/dl. Quanto ao IAM, 5(4,9%) possuíam histórico de ambas patologias no decorrer da vida e que apesar de não ter significância estatística na presente pesquisa (0,971) ainda assim é de extrema importância demonstrando que o DM associado com outras causas pode levar a doenças coronárias severas. Conclusão: É elevado o número de pacientes hipertensos com comorbidades associadas diabetes o que demostra maior risco de IAM. Embora não houve significância estatística entre paciente com diabetes e IAM apesar da literatura apontar suas implicações na vida de pacientes que possuem ambas as doenças concomitantemente.

FERNANDES, G. A. et al. Avaliação do risco do infarto do miocárdio e morte súbita em idosos em Barras-Piauí. Revista Eletrônica Gestão & Saúde. Saúde do Idoso, v. 5, n. 5, 2014.

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Resumos Temas Livres

55153AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE USUÁRIOS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ

BEATRIZ FERNANDA VIEIRA E VIEIRA, MARIA LUIZA PEREIRA DA SILVA, RUTH LETÍCIA NOGUEIRA LUSTOSA, VINÍCIUS FERREIRA VIANA, LAYANA RODRIGUES CHAGAS.

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI, TERESINA, PI, BRASIL

Introdução: Nas ultimas décadas, o Brasil passou por diversas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais que evidenciam transformações no modo de vida da população. Também se observou rápida transição demográfica, epidemiológica e nutricional, apresentando como conseqüência maior expectativa de vida e redução no numero de filhos por mulher, além de mudanças importantes no padrão de saúde e consumo alimentar da população brasileira. Objetivo: O objetivo do estudo é identificar o perfil nutricional de pacientes usuários da rede pública de saúde do estado do Piauí e, relacionar à alguns marcadores do consumo alimentar praticado pelos mesmos. Metodologia: Este é um estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, onde foram coletados dados do perfil nutricional e consumo alimentar de adultos usuários da rede pública de saúde do estado do Piauí através do SISVAN Web, os dados coletados são da região nordeste, especificamente do estado do Piauí no ano de 2018. Resultados: Podemos notar que 70% do quantitativo de adultos obtidos, apresentava sobrepeso e/ou obesidade e que o consumo de frutas era maior que o consumo de alimentos industrializados. Conclusão: Nota-se a importância de se adotar bons hábitos alimentares a fim de mudar este cenário nutricional do estado do Piauí.

Palavras chaves: Perfil nutricional, consumo alimentar.

55154REPERCUSSÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS NO JEJUM PRÉ E PÓS OPERATÓRIO

LARISSA DOS SANTOS RODOVALHO, ANDREA FERNANDA LOPES DOS SANTOS, RAPHAELE TEIXEIRA MOREIRA

Introdução: A Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina recomendam que a reintrodução da dieta no pós-operatório deve ser realizada precocemente (12-24h), na maioria dos procedimentos cirúrgicos. Inclusive para os pacientes eletivos submetidos a operações com ressecção parcial do estômago, intestino delgado ou grosso, recomenda-se a reintrodução da dieta por via oral ou enteral de 12-24 h após a operação. O protocolo Europeu ERAS (Enhanced Recovery AfterSurgery),da European Society of Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN), recomenda a redução na privação alimentar pré-operatória, indicando um jejum de 2h para líquidos e de 6h para sólidos, com o fornecimento de fluidos e bebidas contendo carboidrato (FEARON K.C.H, 2005). No Brasil, o programa intitulado ACERTO (Acelerando a Recuperação Total Pós-Operatória) considera diversos aspectos do cuidado do paciente cirúrgico, desde a hidratação venosa e antibioticoterapia, até a nutrição perioperatória, sendo que nesta última, um protocolo de abreviação do jejum recomenda a administração de uma solução de carboidrato (maltodextrina) à 12,5%, fornecidos entre 6 e 2 horas antes do procedimento cirúrgico (AGUILAR JE; CAPOROSSI C; SALOMÃO AB, 2011). Metodologia: Trata-se de um artigo de revisão, que se utilizou de fontes secundarias baseadas em artigos de estudos experimentais nos sites de busca Scielo e PubMed, de forma descritiva e retrospectivos, com critérios de período compreendido entre 1992 e 2013, que tratassem da temática abordada e que fossem publicados nos idiomas inglês e português. Resultados e discussão: Vários estudos demonstraram que pacientes desnutridos se beneficiam de TN pré-operatória por 7-14 dias. Esses benefícios se caracterizam por menor taxa de infecção pós-operatória e redução do tempo de internação (BOZZETTI F, 2000). Em meta-análise envolvendo 1.250 pacientes cirúrgicos, com predomínio de câncer gastrointestinal e desnutrição, verificou-se que a nutrição parenteral empregada no período pré-operatório (por sete a 10 dias) é capaz de diminuir o risco de complicações em 10%. No entanto, se a terapia nutricional parenteral (TNP) for usada apenas no período pós-operatório, está associada a aumento do risco de complicações em 10% (KLEIN S, KORETZ RL, 1994). Conclusão: Ao se fazer o levantamento bibliográfico observou-se que reduzir o tempo de jejum pré-operatório com solução rica em carboidratos até duas horas antes da operação, tal como alimentação precoce no pós-operatório, trazem inúmeros benefícios ao paciente.Palavras-chaves: Jejum, Resistência à insulina, Repercussões Metabólicas.

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