a arte barroca piauiense

20
A arte barroca A arte barroca piauiense piauiense

Upload: henrique-barros

Post on 01-Dec-2015

274 views

Category:

Documents


10 download

TRANSCRIPT

Page 1: A Arte Barroca Piauiense

A arte barroca piauienseA arte barroca piauiense

Page 2: A Arte Barroca Piauiense

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Nenhuma cidade é portuguesamente Nenhuma cidade é portuguesamente brasileira se não nasce ao redor de uma igreja. A brasileira se não nasce ao redor de uma igreja. A primeira freguesia do Piauí nasceu aqui ao redor primeira freguesia do Piauí nasceu aqui ao redor da velha Capela Cabrobó erguida de taipa e da velha Capela Cabrobó erguida de taipa e coberta de palmas de pindoba no ano de 1697 . coberta de palmas de pindoba no ano de 1697 . A construção da igreja atual, primeiro templo A construção da igreja atual, primeiro templo regular erguido em terras do Piauí, foi iniciada regular erguido em terras do Piauí, foi iniciada pelo Padre Tomé de Carvalho e Silva no começo pelo Padre Tomé de Carvalho e Silva no começo do século XVIII e concluída no ano de 1733. do século XVIII e concluída no ano de 1733. Nessa época, os padres do Colégio da Bahia já Nessa época, os padres do Colégio da Bahia já andavam por aqui e não é difícil que tenham de andavam por aqui e não é difícil que tenham de algum modo influenciado na definição do partido algum modo influenciado na definição do partido que se adotou na construção. que se adotou na construção. Nossa sociedade piauiense iniciou-se aqui ao Nossa sociedade piauiense iniciou-se aqui ao redor deste simples e ao mesmo tempo redor deste simples e ao mesmo tempo imponente templo de beleza inigualável. É imponente templo de beleza inigualável. É preciso que nós piauienses, que nós brasileiros preciso que nós piauienses, que nós brasileiros saibamos reconhecer a importância dos valores saibamos reconhecer a importância dos valores culturais agregados a todos os elementos culturais agregados a todos os elementos históricos desta construção que é para nós o históricos desta construção que é para nós o marco inicial da nossa história, da nossa cultura.marco inicial da nossa história, da nossa cultura.

Page 3: A Arte Barroca Piauiense
Page 4: A Arte Barroca Piauiense
Page 5: A Arte Barroca Piauiense
Page 6: A Arte Barroca Piauiense
Page 7: A Arte Barroca Piauiense
Page 8: A Arte Barroca Piauiense
Page 9: A Arte Barroca Piauiense
Page 10: A Arte Barroca Piauiense
Page 11: A Arte Barroca Piauiense
Page 12: A Arte Barroca Piauiense
Page 13: A Arte Barroca Piauiense

JUSTIFICATIVAJUSTIFICATIVA

O presente projeto é de uma enorme insignificância O presente projeto é de uma enorme insignificância para todos nós piauienses e brasileiros.para todos nós piauienses e brasileiros.

A pesquisa voltada para a história da arte e A pesquisa voltada para a história da arte e arquitetura colonial no Piauí ainda é muito pequena, arquitetura colonial no Piauí ainda é muito pequena, existe um raro interesse pela história da arte entre os existe um raro interesse pela história da arte entre os pesquisadores da história do Piauí, Além da escassez pesquisadores da história do Piauí, Além da escassez de bibliografia existe uma grande indiferença e de bibliografia existe uma grande indiferença e descaso da sociedade piauiense em relação ao seu descaso da sociedade piauiense em relação ao seu patrimônio histórico e artístico.patrimônio histórico e artístico.

A pesquisa além de acrescentar novas A pesquisa além de acrescentar novas contribuições a história da arte sacra do Piauí contribuições a história da arte sacra do Piauí esmiuçando fontes, selecionando e analisando esmiuçando fontes, selecionando e analisando documentos e imagens, a partir de uma visão crítica documentos e imagens, a partir de uma visão crítica fará com que nós tenhamos uma melhor percepção fará com que nós tenhamos uma melhor percepção dos valores culturais piauienses e uma maior dos valores culturais piauienses e uma maior preocupação em conhecer e valorizar a cultura local.preocupação em conhecer e valorizar a cultura local.

Page 14: A Arte Barroca Piauiense

OBJETIVOSOBJETIVOS GeralGeral

Analisar as características formais e iconográficas Analisar as características formais e iconográficas da primeira igreja do e estabelecer uma relação da primeira igreja do e estabelecer uma relação com as demais construções religiosas do barroco com as demais construções religiosas do barroco construídas durante o período colonial brasileiro.construídas durante o período colonial brasileiro.

EspecíficosEspecíficos

Identificar a contribuição das influências externas Identificar a contribuição das influências externas traduzidas pelos padres jesuítas.traduzidas pelos padres jesuítas.

Acrescentar novas contribuições à história da arte Acrescentar novas contribuições à história da arte sacra piauiense.sacra piauiense.

Atentar a população piauiense com relação ao Atentar a população piauiense com relação ao valor do seu patrimônio histórico e artístico.valor do seu patrimônio histórico e artístico.

Page 15: A Arte Barroca Piauiense

OBJETO DE PESQUISA E OBJETO DE PESQUISA E PROBLEMÁTICAPROBLEMÁTICA

O objeto de pesquisa do seguinte projeto é a O objeto de pesquisa do seguinte projeto é a Matriz de Nossa Senhora da vitória em Oeiras, Matriz de Nossa Senhora da vitória em Oeiras, primeiro templo religioso construído no Piauí.primeiro templo religioso construído no Piauí.

Sua problemática é: Como analisar e Sua problemática é: Como analisar e identificar as características formais e identificar as características formais e iconográficas da matriz piauiense que a iconográficas da matriz piauiense que a classificam como arquitetura barroca classificam como arquitetura barroca

Page 16: A Arte Barroca Piauiense

HIPÓTESESHIPÓTESES

Hipótese BásicaHipótese Básica

A igreja possui muitas características tanto na A igreja possui muitas características tanto na arquitetura quanto nos retábulos e no imaginário arquitetura quanto nos retábulos e no imaginário que a aproxima das demais construções religiosas que a aproxima das demais construções religiosas barrocas construídas no período colonial.barrocas construídas no período colonial.

Hipóteses SecundáriasHipóteses Secundárias Houve uma grande influência jesuítica em sua Houve uma grande influência jesuítica em sua

construção, sobretudo, pela coincidência de sua construção, sobretudo, pela coincidência de sua conclusão (1733).conclusão (1733).

Andavam por aqui também os Padres do Colégio da Andavam por aqui também os Padres do Colégio da Bahia que trouxeram muita influência das igrejas Bahia que trouxeram muita influência das igrejas mais brasileiramente barrocas do Período Colonial.mais brasileiramente barrocas do Período Colonial.

Page 17: A Arte Barroca Piauiense

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAFUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Igreja de Nossa Senhora da Vitória definiria de fato a vida A Igreja de Nossa Senhora da Vitória definiria de fato a vida

da primeira capital do Piauí. (...) Passados alguns anos algumas da primeira capital do Piauí. (...) Passados alguns anos algumas fazendas já beirando o Mocha, chegou a igreja pela mão zelosa fazendas já beirando o Mocha, chegou a igreja pela mão zelosa de um padre que usa um título pomposo de um “Visitador”. de um padre que usa um título pomposo de um “Visitador”. Aqui chegou o Padre Miguel de Carvalho em novembro de Aqui chegou o Padre Miguel de Carvalho em novembro de 1696, trazendo do Bispo de Olinda D. Frei Francisco de Lima, o 1696, trazendo do Bispo de Olinda D. Frei Francisco de Lima, o documento canônico de criação da Freguesia e a primeira documento canônico de criação da Freguesia e a primeira imagem que, da Virgem, nestas paragens se viu. Mas a história imagem que, da Virgem, nestas paragens se viu. Mas a história apenas começa em novembro de 1696. Na crônica da capela e apenas começa em novembro de 1696. Na crônica da capela e da freguesia há a mencionar uma reunião que em 11 de da freguesia há a mencionar uma reunião que em 11 de fevereiro de 1697 se fez na Fazenda Tranqueira, na residência fevereiro de 1697 se fez na Fazenda Tranqueira, na residência de um dos moradores para acertar o lugar a construir-se a casa de um dos moradores para acertar o lugar a construir-se a casa da Virgem. (...) Já então a igrejinha aglutinava em derredor de da Virgem. (...) Já então a igrejinha aglutinava em derredor de si as novas habitações em número suficiente para justificar a si as novas habitações em número suficiente para justificar a criação da vila. Notável o alcance colonizador da igreja. criação da vila. Notável o alcance colonizador da igreja. Inquestionável no Piauí, a importância de Nossa Senhora da Inquestionável no Piauí, a importância de Nossa Senhora da Vitória para a definição urbanística de nossa primeira vila, Vitória para a definição urbanística de nossa primeira vila, cidade e capital. (CARVALHO JR., Dagoberto. Passeio a Oeiras. cidade e capital. (CARVALHO JR., Dagoberto. Passeio a Oeiras. Recife, Gráfica Editora Apipucos, 1985. pág 19).Recife, Gráfica Editora Apipucos, 1985. pág 19).

Page 18: A Arte Barroca Piauiense

METODOLOGIAMETODOLOGIA

O tipo de pesquisa desenvolvida nesse O tipo de pesquisa desenvolvida nesse projeto será documental de caráter exploratório e projeto será documental de caráter exploratório e analítico. Será feita uma seleção de documentos analítico. Será feita uma seleção de documentos que irão interessar à pesquisa e uma profunda que irão interessar à pesquisa e uma profunda interpretação e análise dos mesmos, a partir de interpretação e análise dos mesmos, a partir de uma visão crítica.uma visão crítica.

Ocorrerá também durante a pesquisa uma Ocorrerá também durante a pesquisa uma análise formal e iconográfica de todos os análise formal e iconográfica de todos os elementos que fazem parte do templo e que a elementos que fazem parte do templo e que a caracterizam como arquitetura barroca do caracterizam como arquitetura barroca do período colonial.período colonial.

Page 19: A Arte Barroca Piauiense

GLOSSÁRIOGLOSSÁRIOArcoArco – Elemento construído em forma de curva, usado para decoração ou para ligar vãos, apoiados em – Elemento construído em forma de curva, usado para decoração ou para ligar vãos, apoiados em

colunas ou pilares.colunas ou pilares.Arco-cruzeiroArco-cruzeiro - Arco de acesso da capela-mor.- Arco de acesso da capela-mor.Arque-traveArque-trave – Parte principal do entablamento entre o friso e o capitel da coluna sobre a qual acenta. – Parte principal do entablamento entre o friso e o capitel da coluna sobre a qual acenta.BaldaquimBaldaquim – Baldaquino, sanefa ou dossel, peça de proteção superior de alguns retábulos. – Baldaquino, sanefa ou dossel, peça de proteção superior de alguns retábulos.BarrocoBarroco – Estilo arquitetônico ou artístico que histórica e cronologicamente, corresponde à Contra- – Estilo arquitetônico ou artístico que histórica e cronologicamente, corresponde à Contra-

Reforma. Do ponto de vista artístico comporta todo um estudo, não sendo oportuno, portanto, Reforma. Do ponto de vista artístico comporta todo um estudo, não sendo oportuno, portanto, apenas defini-lo.apenas defini-lo.

CantariaCantaria – Diz-se de obra em pedra lavrada ou aparelhada.– Diz-se de obra em pedra lavrada ou aparelhada. CapelaCapela – Parte da igreja que se destina a determinado altar ou invocação; construção de menor porte – Parte da igreja que se destina a determinado altar ou invocação; construção de menor porte

que a igreja, quase sempre desprovida de torres.que a igreja, quase sempre desprovida de torres.Capela-morCapela-mor – Principal capela de uma igreja, onde fica o retábulo e/ou altar-mor.– Principal capela de uma igreja, onde fica o retábulo e/ou altar-mor.CapitelCapitel – Parte superior de uma coluna, de modo geral, esculpida. – Parte superior de uma coluna, de modo geral, esculpida.ColunaColuna – Pilar cilíndrico de uso estrutural ou ornamental; compõem-se a coluna, de base ou piloto, fuste – Pilar cilíndrico de uso estrutural ou ornamental; compõem-se a coluna, de base ou piloto, fuste

e capitel.e capitel.ConchaConcha – Objeto decorativo nesse feitio usado como símbolo do apostolado (São Tiago) desde os – Objeto decorativo nesse feitio usado como símbolo do apostolado (São Tiago) desde os

primórdios da arte cristã.primórdios da arte cristã.CorintiaCorintia – Ordem clássica caracterizada por capitel adornado com folha de acanto, fuste com caneluras – Ordem clássica caracterizada por capitel adornado com folha de acanto, fuste com caneluras

e base.e base.FusteFuste – Coluna propriamente; espaço entre a base e o capitel da coluna em sua acepção clássica. – Coluna propriamente; espaço entre a base e o capitel da coluna em sua acepção clássica.NichoNicho – Espaço coberto e destacado para colocação da imagem nos retábulos. – Espaço coberto e destacado para colocação da imagem nos retábulos.ResplendorResplendor – Distintivo de santos, peça que circunda a cabeça dessas imagens.– Distintivo de santos, peça que circunda a cabeça dessas imagens.Roca Roca – Imagens vestidas de madeira natural das quais são trabalhadas apenas as partes visíveis do – Imagens vestidas de madeira natural das quais são trabalhadas apenas as partes visíveis do

corpo.corpo.SalomônicaSalomônica – Coluna em espiral ou torsa. – Coluna em espiral ou torsa.SanefaSanefa – O mesmo que baldaquino, dossel ou guarda-pó. Peça ornamental de proteção terminal do – O mesmo que baldaquino, dossel ou guarda-pó. Peça ornamental de proteção terminal do

retábulo.retábulo. VolutaVoluta – Escultura em talha espiralada em pedra ou madeira de grande efeito ornamental. – Escultura em talha espiralada em pedra ou madeira de grande efeito ornamental.

Page 20: A Arte Barroca Piauiense

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO JR., Dagoberto. Passeio a Oeiras. CARVALHO JR., Dagoberto. Passeio a Oeiras. Recife, Gráfica Editora Apipucos, 1985.Recife, Gráfica Editora Apipucos, 1985.

CARVALHO JR., Dagoberto. A talha de retábulos CARVALHO JR., Dagoberto. A talha de retábulos no Piauí. 2ª Edição. Recife. Editorial Tormes, no Piauí. 2ª Edição. Recife. Editorial Tormes, 2005.2005.

COSTA, Lúcio. Arquitetura Jesuítica no Brasil. Rio COSTA, Lúcio. Arquitetura Jesuítica no Brasil. Rio de Janeiro, Revista do SPHAN, nº 5.de Janeiro, Revista do SPHAN, nº 5.

Revista do Instituto Histórico de Oeiras. Halley S. Revista do Instituto Histórico de Oeiras. Halley S. A. Gráfica e Editora. Oeiras. 1997. nº 14.A. Gráfica e Editora. Oeiras. 1997. nº 14.

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória – Padroeira A Igreja de Nossa Senhora da Vitória – Padroeira do Piauí – Um roteiro histórico. Diário Oficial, do Piauí – Um roteiro histórico. Diário Oficial, Suplemento Cultural, Teresina, Ano XV – nº 53, Suplemento Cultural, Teresina, Ano XV – nº 53, Jan de 2001. pág. 07.Jan de 2001. pág. 07.