resumo cap. 13 - 19
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Capítulo XIII – Povoamento e articulação das regiões meridionais
• Intensa concorrência no mercado de produtos tropicais • A colônia se empobrecia e aumentava seus gastos
o Única saída seria a descoberta de metais preciosos Ajuda técnica para que os colonos achassem ouro
• Rápido desenvolvimento da economia do ouro nos primeiros decênios do século XVIII o Causas: Estado de pobreza da metrópole lusa e de sua colônia o Grande emigração de recursos e mão de obra escrava para a área mineradora o Em Portugal se formou uma grande corrente migratória
A economia mineira oferecia possibilidades a pessoas de recursos limitados A população colonial de origem européia decuplicou (x10) no decorrer do século
da mineração o População
Os escravos em nenhum momento chegaram a constituir maioria da população Diferentemente da economia do açúcar, na economia mineradora as
possibilidades que tinha um homem livre com iniciativa eram maiores, pois o capital que imobilizava por escravo ou por unidade de produção era bem inferior
• Possibilidade de ascensão social o Tipos
Grande escala: Lavras • Cem ou mais escravos
Pequena escala: Faiscador o Características
Capital fixo reduzido • Incerteza
Mobilidade da empresa • Possibilidade de concentrar na própria mineração todos os recursos
disponíveis Alta lucratividade Correspondente especialização
o Fome A excessiva concentração de recursos nos trabalhos nas minas gerava dificuldade
de abastecimento • A elevação dos preços dos alimentos e dos animais de transporte nas
regiões vizinhas constituiu o mecanismo de irradiação dos benefícios econômicos da mineração
o Irradiação da economia mineradora – Os benefícios que dela se irradiam para toda a região criatória do sul são substancialmente maiores do que recebeu o sertão nordestino Pecuária
• Ótimo habitat no Sul • Baixíssima rentabilidade
o Subsistia graças às exportações do couro • Valorização do gado e aumento dos preços com o advento da mineração
• Até mesmo a economia criatória do nordeste se volta para o abastecimento da área mineradora
Localização a grande distância do litoral, dispersa e em região montanhosa • Necessidade de um complexo sistema de transporte
o Criação de um grande mercado para animais de carga A economia mineradora permitiu que se articulassem as diferentes regiões do sul
do país. • A pecuária preexistia à mineração no sul
o Mas a mineração elevou a rentabilidade da atividade pecuária o Fez interdependentes as diferentes regiões pecuaristas
É um equívoco supor que foi a criação que uniu essas regiões
• Quem as uniu foi a procura de gado que se irradiava do centro dinâmico pela economia mineira
Capítulo XIV – Fluxo de Renda
• A base geográfica da economia mineira estava situada entre a Serra da Mantiqueira (MG) e a região de Cuiabá (MT), passando por Goiás
• A renda média dessa economia, isto é, sua produtividade média, é algo que dificilmente se pode definir
• A exportação de ouro cresceu em toda a 1.a metade do século e alcançou seu ponto máximo em torno de 1760, quando atingiu cerca de 2,5 milhões de libras
o Crescimento e declínio rápido da economia mineradora • A renda média era substancialmente inferior à que conhecera a economia açucareira na etapa de
grande prosperidade • O mercado da economia mineradora apresentava potencialidades muito maiores • As importações representavam menor proporção do dispêndio total • A renda estava muito menos concentrada, porquanto a proporção da população livre era muito
maior • A busca por bens de consumo corrente era muito maior de que os bens de luxo • População reunida em grupos urbanos ou semi-urbanos • A grande distância existente entre a região mineira e os portos contribuiu para encarecer os
artigos importados o Propício ao desenvolvimento de atividades ligadas ao mercado interno
Entretanto o desenvolvimento endógeno – com base em seu próprio mercado – foi quase nulo
o Não houve um desenvolvimento de atividades manufatureiras Causa
• Política proibitiva do governo • Falta capacidade técnica dos colonos
o Faltou ao Brasil transferência inicial de uma técnica que não conheciam os imigrantes
• O ouro criou condições favoráveis ao desenvolvimento endógeno da colônia, mas dificultou o aproveitamento dessas condições ao entorpecer o desenvolvimento manufatureiro na Metrópole
• Acordo de Methuen o Durante 20 anos, a partir de 1684, Portugal conseguiu praticamente abolir as importações
de tecido o Reação interna portuguesa da forte classe dos produtores de vinho que se alinharam com
os manufatureiros ingleses a fim de derrocar a política protecionista lusa o O ouro do Brasil começou a afluir exatamente quando entra em vigor o acordo o A procura crescente de manufaturas que vinha da colônia de transferia automaticamente
para a Inglaterra sem nenhum efeito sobre a economia portuguesa que não fosse a renda criada por algumas comissões e impostos
o A inexistência de um núcleo manufatureiro é que valeu a Portugal transformar-se numa dependência agrícola da Inglaterra
• A Inglaterra foi o único país da Europa que seguiu sistematicamente uma política de fomento manufatureiro
o A UK encontrou na economia luso-brasileira um mercado em rápida expansão e praticamente unilateral
o Recebendo a maior parte do ouro produzido pelo mundo, os bancos ingleses reforçaram ainda mais sua posição
o Permitiu uma substancial acumulação de reservas metálicas, sem as quais a UK dificilmente poderia haver atravessado as guerras napoleônicas
Capítulo XV – Regressão econômica e expansão da área de subsistência
• Não se criou na economia mineira uma forma permanente de atividade econômica o Com o declínio da produção de ouro houve uma rápida e geral decadência (Lenta
diminuição do capital aplicado) • A existência do regime de trabalho escravo impediu que o colapso da produção de ouro criasse
fricções sociais de maior vulto • Na mineração a rentabilidade tendia a zero e a desagregação das empresas produtivas era total • Em poucos decênios foram suficiente para que se desarticulasse toda economia da mineração,
decaindo os núcleos urbanos e dispensando-se grande parte de seus elementos numa economia de subsistência
o A expansão demográfica, como no NE, se prolongará num processo de atrofiamento da economia monetária
Capítulo XVI – O Maranhão e a falsa euforia do fim da época colonial
• O último quartel do século XVIII o O açúcar enfrenta novas dificuldades o As exportações de ouro já não era muito grande o A população havia subido a algo mais de 3 milhões de habitantes o O nível de renda mais baixo que haja conhecido o Brasil em todo o período colonial
• Os três principais centros econômicos - a faixa açucareira a região mineira e o Maranhão se interligavam, se bem que de maneira fluida e imprecisa, através do extenso hinterland pecuário
• Modificação no mercado mundial de produtos tropicais o Provocada pela guerra, de independência dos EUA o Revolução Industrial inglesa
A atividade industrial na Inglaterra é intensa durante esses anos de guerra, e a procura de algodão cresce fortemente.
o A Revolução Francesa e os subseqüentes transtornos nas suas colônias produtoras de artigos tropicais. Em 1789 entrou em colapso a grande colônia açucareira francesa - que era Haiti.
• A empresa açucareira brasileira se beneficiou o As guerras napoleônicas, o bloqueio e o contra-bloqueio da Europa, e a desarticulação do
vasto império espanhol da América O valor das exportações de açúcar, com efeito, mais que duplica
o A empresa algodoeira do Maranhão se beneficiou o Praticamente todos os produtos da colônia se beneficiam de elevações temporárias de
preços. • Entretanto, essa prosperidade era precária, fundando-se nas condições de anormalidade que
prevaleciam no mercado mundial de produtos tropicais.
Capítulo XVII - Passivo colonial, crise financeira e Instabilidade política
• A repercussão no Brasil dos acontecimentos políticos da Europa de fins do século XVII e começo do seguinte
o Conseqüências Acelerou a evolução política do país
o Contribuiu para prolongar a etapa de dificuldades econômicas que se iniciara com a decadência do ouro
• Ocupado o reino português pelas tropas francesas, desapareceu o entreposto que representava Lisboa para o comércio da colônia
o Consequências Baixa de preços nas mercadorias importadas Maior abundância de suprimentos Facilidades de crédito mais amplas e outras
• Os tratados de 1810 que transformam a Inglaterra em potência privilegiada o Direitos de extraterritorialidade e tarifas preferenciais extremamente baixas
• Eliminação do poder pessoal de Dom Pedro I, em 1831 o Ascensão ao poder da classe colonial dominante
• Os interesses regionais constituíam uma realidade muito mais palpável que a unidade nacional • Não existindo na colônia sequer uma classe comerciante de importância - o grande comércio era
monopólio da Metrópole -, resultava que a única classe com expressão era a dos grandes senhores agrícolas.
• A colônia estava intimamente integrada nas economias européias o Não constituía um sistema autônomo, sendo simples prolongamento de outros maiores.
• Conflitos da primeira metade do século XIX entre os dirigentes da grande agricultura brasileira e a Inglaterra
o Formou uma clara consciência da necessidade de lograr a plena independência política o Resultaram principalmente da falta de coerência com que os ingleses seguiam a ideologia
liberal. Aplicada unilateralmente, a ideologia liberal passou a criar sérias dificuldades à
economia brasileira Inglaterra impôs a eliminação da importação de escravos africanos
• Cabe reconhecer que o privilégio aduaneiro concedido à Inglaterra e a posterior uniformização da tarifa em 15% ad valorem, numa etapa de estagnação do comércio exterior, criaram sérias dificuldades financeiras ao governo brasileiro
• O governo central, que enfrenta extraordinária escassez de recursos financeiros, vê sua autoridade reduzir-se por todo o país, numa fase em que as dificuldades econômicas criavam um clima de insatisfação em praticamente todas as regiões.
o O café começa a surgir como nova fonte de riqueza para o país. • O governo central não consegue arrecadar recursos, através do sistema fiscal
o O financiamento do déficit se faz principalmente com emissão de moeda-papel o Dadas as pequenas dimensões da economia monetária, seu alto coeficiente de importação
e a impossibilidade de elevar a tarifa aduaneira, os efeitos das emissões de moeda-papel se concentravam na taxa de câmbio
o A inflação acarretou um empobrecimento das classes mais médias baixas da sociedade urbana
Capítulo XVIII - Confronto com o Desenvolvimento dos EUA
• Dificuldades criadas indiretamente, ou agravadas, pelas limitações impostas ao governo brasileiro nos acordos comerciais com a Inglaterra firmados entre 1810 e 1827
• A economia brasileira atravessou uma fase de fortes desequilíbrios o Causas
Baixa relativa dos preços das exportações Tentativa do governo de aumentar sua participação no dispêndio nacional.
• Exclusão do entreposto português e maiores facilidades de transporte e comercialização o Provocaram uma baixa relativa dos preços das importações e um rápido crescimento da
procura de artigos importados o Criou-se, assim, uma forte pressão sobre a balança de pagamentos, que teria de repercutir
na taxa de câmbio • Por que se industrializaram os EUA no século XIX, emparelhando-se com as nações européias,
enquanto o Brasil evoluía no sentido de transformar-se no século XX numa vasta região subdesenvolvida?
o O desenvolvimento dos EUA, em fins do século XVIII e primeira metade do XIX, constitui um capítulo integrante do desenvolvimento da própria economia européia, sendo em muito menor grau o resultado de medidas internas protecionistas adotadas por essa nação americana.
o Enquanto no Brasil a classe dominante era o grupo dos grandes agricultores escravistas, nos EUA uma classe de pequenos agricultores e um grupo de grandes comerciantes urbanos dominava o país.
o As linhas gerais da política inglesa passaram a ser as seguintes: fomentar nas colônias do norte aquelas indústrias que não competissem com as da Metrópole Reduzir suas importações de outros países
o As próprias colônias, que se defrontam com dificuldades para efetuar as importações de manufaturas de que necessitavam, desde cedo criaram consciência da conveniência de fomentar a produção interna. O extraordinário avanço da indústria da construção naval
• Já antes da independência as três quartas partes do comércio norte-americano se realizavam em seus próprios barcos
A guerra de independência criou um forte estímulo à produção interna, que já dispunha de base para expandir-se.
o Foi como exportadores de uma matéria-prima - o algodão - que os EUA tomaram posição na vanguarda da Revolução Industrial
• À semelhança do que ocorreu ao Brasil ao se abrirem os portos, a balança comercial dos EUA com a Inglaterra era via de regra deficitária nos primeiros decênios do século XIX
o Efeitos Brasil: pesou sobre o câmbio EUA: tendia a transformar-se em dívidas de médio e longo prazos, invertendo-se
em bônus dos governos central e estaduais.
Capítulo XIX - Declínio a longo prazo do nível de renda: Primeira metade do século XIX
• A condição básica para o desenvolvimento da economia brasileira na primeira metade do século XIX
o Expansão de suas exportações o O pequeno consumo do país estava em declínio com a decadência da mineração o A industrialização teria de começar por aqueles produtos que já dispunham de um
mercado de certa magnitude, como a têxtil A forte baixa dos preços dos tecidos ingleses dificultou A instalação de uma indústria têxtil moderna encontraria sérias dificuldades, pois
os ingleses impediam por todos os meios a seu alcance a exportação de máquinas o A causa principal do grande atraso relativo da economia brasileira na primeira metade do
século XIX foi, portanto, o estancamento de suas exportações. • A renda real per capita declinou sensivelmente na primeira metade do século XIX
o É provável que a renda per c apita por essa época haja sido mais baixa do que em qualquer período da colônia