A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PAIS PELOS ATOS ILÍCITOS DOS FILHOSEMANCIPADOS

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:GÉSICA MARCELA SIMONETTO

E-MAIL:ge_simonetto@hotmail.com

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:NENHUM

ORIENTADOR:NADYA REGINA GUSELLA TONIAL

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:6.01.03.01-9 - Direito Civil

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:O objetivo deste estudo é analisar e compreender o instituto da emancipação, em suas variadas espécies, focandoprincipalmente a responsabilidade civil dos pais por atos ilícitos dos filhos que adquiriram a maioridade, através daemancipação. Busca-se definir qual a solução jurídica a tal discussão, ou seja: os filhos respondem pelos próprios atos aose emanciparem: ou os pais continuam respondendo por tais atos: ou os pais apenas respondem nos casos deemancipação voluntária.Dessa forma, justifica-se o tema pela importância de encontrar uma correta aplicação da responsabilidade civil nesse casoque envolve a emancipação de menores e possui grande aplicação na vida social.

METODOLOGIA:O método de procedimento escolhido para a elaboração da pesquisa foi o documental mediante análise de doutrina ejurisprudência já publicadas a respeito do tema. Quanto ao método de abordagem, fez-se uso dos tipos dialético, que tempor finalidade discutir e debater através de contradições e oposições, a realidade em permanente alteração, e dohermenêutico, buscando interpretar o sentido do instituto estudado e das normas que o regulamentam.O desenvolvimento do estudo deu-se através de pesquisa bibliográfica, que abrange a realização da leitura, fichamento,síntese de textos e reconstrução de ideias de autores, de forma crítica e subjetiva.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:A emancipação, seja pela concessão dos pais, pelo casamento ou por qualquer outra maneira é um instituto muito utilizadopelos menores que, por um ou outro motivo, necessitam a antecipação da maioridade civil.As consequências da emancipação são diversas, como por exemplo, cessa a incapacidade, ou seja, o menor torna-secapaz para exercer pessoalmente os atos da vida civil; extingue-se o poder familiar, ou seja, os filhos se tornam, em tese,responsáveis pelos próprios atos; e extingue-se a tutela, o tutor deixa também de responder pelos atos de seu tutelado.Tendo em vista tais consequências, deve se ter muita cautela ao antecipar esses efeitos, visto que o legislador, ao definirdezoito anos como a idade em que cessa a menoridade observou vários critérios, e por vezes, pessoas com essa idadeainda não tem maturidade necessária para gerirem e tomarem suas próprias decisões.Então, deve ser analisado caso a caso e entender o motivo da concessão da emancipação, para que futuramente nãosurjam efeitos indesejáveis nessa confiança depositada aos menores.Dessa forma, a responsabilidade civil decorrente dos atos ilícitos praticados pelos filhos emancipados apresenta diferentescorrentes jurisprudenciais, quais sejam: alguns defendem que os pais ficam isentos de responder por esses atos; outrosque os pais respondem por tais atos: e uma terceira corrente defende que os pais apenas respondem quando se tratar deemancipação voluntária.Assim, diante de uma lacuna legislativa, a jurisprudência é a responsável pelas decisões que não são uniformes.

CONCLUSÃO:Conclui-se, que por ser a emancipação a antecipação da maioridade civil, como consequência de extinção do poderfamiliar, deve ser vista com mais cautela e de forma eficaz. A responsabilidade irá depender do motivo pelo qual foiconcedida a emancipação, sendo solidária quando por concessão dos pais e unicamente do menor nos demais casos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:RIZZARDO, Arnaldo. Responsabilidade civil. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. 10. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2007.GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil. v. 3: responsabilidade civil. 10. ed. rev.,atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2012.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador