responsabilidade dos pais

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RESPONSABILIDADE Dos PAIS PELOS DANOS CAUSADOS PELOS FILHOS GELSON AMARO DE SOUZA Professor deDireito Processual Civil daFaculdade de Direito dePresidente Prudente - SP- ITE. Procurador doEstado Aposentado. Advogado militante. 1 - NOES INTRODUTRIAS o estudoda responsabilidade civiloferece um grandelequede opes e variadas fontesdeanlise. Destacam-seinmerasfontesgeradorasderesponsabilidade, bemcomonosepodedeixardeladooselementosintegrantes desta. Comoregrageral,pode-sedizerque,havendoumdano,deve virpor conseqnciaaresponsabilidadeporsuareparao,como j advertiu JOSSERAND, quem quebrou o vidro deverepar-lo.I No obstante isso, casos existem em que ocorre o dano e no se apuraquemoresponsvel.Outrossedodeformaaindicar quemoautordodano,masnoindicasuaresponsabilidade. Ocorretambmcasosemque,apesardeindicaododanoeda responsabilidadeporeste,oprejudicadonoencontrameiopara ressarcir-seefetivamentedoprejuzosofrido,comosednos - "Qui casse verreslespaye",Lvolution,in Evolutins et Actualites,p.45,apud.WilsonMeloda Silva, Responsabilidade sem Culpa, 5.ed., Saraiva,1975. I 168REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO casosdeinsolvnciaoufalnciadoresponsvelquej nomais possui bens para cumprir a obrigao. Diante detudoisso,a responsabilidade civil tornou-se tema por demais atraente nosmeios jurdicos. Entretantosoutrospontos de divergncia naresponsabilidade civil,vamosencontrararesponsabilidadedospaispelosdanos causadospelosfilhosedocurador oututorpelosdanoscausados pelos curatelados oututelados respectivamente. Semsepretenderesgotaramatria,aocontrrio,fazer-se- umaanlisesingeladaquesto.Vamos,nestamonografia,fazer umasimplesesucintaingressonotema,antes,porm,no podemosdeixardeanalisarosaspectosdateoriageralda responsabilidadecivilpara,aofinal,chegarmosaonossotema principal que a responsabilidade dos pais, curadores e tutores. 2-CONCEITO Aobrigaoimpostaaalgum,porlei,derepararodano sofrido por outrem se d o nome de responsabilidade civil? Responsabilidade,vemderesponder,serresponsvelpor alguma coisa ou por algumatooufato. Responderporumatooufatoapessoasujeitar-ses dassuasaesouomisses.AntunesVarela (1982)refere-seassunomoralejurdicadosprpriosatos. Todavia, pensamos que a assuno das conseqncias doatono imprescindvelresponsabilidade,poismesmonoscasosemque nohestaassunovoluntria,haveraresponsabilidadepor imposiolegal.Porisso,preferimosdizerqueexisteuma sujeioenoumaassunopelasconseqnciasdoatooupela ocorrncia do fato. 2 VARELA,Antunes,DASOBRIGAOES EM GERAL,Coimbra, 4ed.,v.i.1982,n.122. 3 VARELA,Antunes,ARESPONSABILIDADENODIREITO,p.7,S.Paulo- 1982,Inst. Advogado de So Paulo - Grmio Luso - Brasileiro. GELSON AMARO DE SOUZA Aresponsabilidade ( apregoamvriasCorrer ligadoadomaterialisIII pragmtica da responsal lusitano Antunes VareI" omestredasuniversid queexisteautodeter civiladquire toda a sua: Por sua vez,Carlos }; ensinara Afrnio Lira (1 umfenmenosocial,c dogmatismo mencionad< 3 - HISTRICO Aresponsabilidade ci atravsda atuaobrutal atravs da forra,que era, instintiva e reflexa 8, Estefoioprimeiroe prejuzo,emquenose noimportandoa existn do dever legal, etc. Emuma segunda etap. quetododanopode1 substitudopor dinheiro, econmica pelo dano sofr 4PACHAKANIS,E.B.,o MARXISI Donizete Chagas,Acadmica,So 5 VARELA,Antunes,A RESPONSA 6 GONALVES,CarlosRoberto,I Selees Jurdicas. 7LYRA,Afrnio,RESPONSABILID 8 . SILVA,WIlsonMeloda15. TUIO TOLEDODE ENSINO lsvelquej nomais ivil tornou-se tema por ia naresponsabilidade dospaispelosdanos r pelosdanoscausados :nte. ocontrrio,fazer-se- .estamonografia,fazer la,antes,porm,no sdateoriageralda ~ a r m o s aonossotema curadores e tutores. ei,derepararodano :abilidade civil? serresponsvelpor pessoasUJeitar-ses ses.AntunesVarela jica dosprpriosatos. ;eqncias doato no :smonoscasosemque 1responsabilidadepor lizerqueexisteuma nciasdoatooupela bra, 4 ed.,v.i.1982,n.122. TO,p.7,S.Paulo- 1982,Inst. GELSON AMARO DE SOUZA 169 Aresponsabilidade civilreveste-se decunhopragmtico, como apregoamvriascorrentes,entreelasadodeterminismo,muito ligadoadomaterialismohistricomarxista.4 Negandoaessncia pragmtica da responsabilidade civil, aparecem asliesdo jurista lusitano AntunesVarela (1982),por maisvezesreferenciado.Para omestredasuniversidadesdeCoimbraeCatlicaPortuguesa,o queexisteautodeterminao,comaqualaresponsabilidade civil adquire toda a sua substncia erespeito dignidade humana.5 Por sua vez,Carlos RobertoGonalves1979,na esteira doque ensinara Afrnio Lira (1977),afirma quearesponsabilidadecivil umfenmenosocial,oque,aoquenosparece,aproxima-sedo dogmatismo mencionado 6e7 3- HISTRICO Aresponsabilidadecivilaparecia j nasprimeirascivilizaes, atravsda atuaobrutaldoprejudicadoquebuscava areparao atravs da forra,que era,nodizer de Wilton Melo da Silva (1974), instintiva e reflexa 8. Estefoioprimeiroestgioouaprimeiraformadevingaro prejuzo,emquenoseindagariasobrearazodoacontecido, noimportandoa existncia da culpa,doloeestritocumprimento do dever legal, etc. Em uma segunda etapa,quando j se fazia presente a noo de quetododanopodeterexpressoeconmicaepodeser substitudopor dinheiro,ohomempassouaaceitarcompensao econmica pelo dano sofrido. 4oo . . PACHAKANIS,E.B.,o MARXISMEATEORIA GERAL DDIREITO,p.30,trad.SilVIO Donizete Chagas,Acadmica,So Paulo - 1988. 5 .VARELA,Antunes, ARESPONSABILIDADE,Clt.p.08. 6 .GONALVES,CarlosRoberto,RESPONSABILIDADECIVIL,Manlla,SP,1979,p.lI, Selees Jurdicas. 7LYRA,Afrnio, RESPONSABILIDADE CIVIL, Bahia,1977, p.30 8 SILVA,WilsonMelodaRESPONSABILIDADESEMCULPA,Saraiva,SoPaulo,1974,p. 15. 170REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO GELSON AMARO DE SOUZA Com um passo mais frente,fora institudae reconhecida uma autoridade,acompensaoouindenizao j passadevoluntria para o campo da obrigatoriedade.Neste estado,nose reconhecia variaoouvaloraododanoemconcreto,paracadahiptese haviaumatarifa,nadaimportandoascondiesdocausadordo ano e nem da pessoa vitimada. Somentecomaevoluododireitoromano,foiquesurgiua idiadevaloraododanoeadiferenciaoentreosdireitos pblicoseprivados.Smaistardecontemplaaidiadeculpa comoelementobasilardareparaodedanos.oquesechama de teoria aquiliana. V-se,pois,quearesponsabilidadecivilpassoupordiferentes estgios.Em um primeiromomento,bastava odano em seexigir odoloouculpa,queosantigoschamavamderesponsabilidade objetiva.Maisafrente,passou-seaexigiroelementopsicolgico queserelacionavaculpaouaodoloparaqueexistisse responsabilidade. Modernamente,estascorrentesdepensamentodispersaram em trs,a saber: a)TeoriaSubjetiva- queexigeaatuaoouomissocom culpa oudolo e,maisisso,a prova por parte doofendidodequeo ofensor agiu com culpa ou dolo; b)TeoriaObjetiva- Aocontrriodoquetradicionalmentese apregoava,exigeculpaparafixararesponsabilidade,mas,esta culpapresumidaeporissodispensaprovaporpartedo ofendido.Bastaoofendidoprovarodanoeonexocausal,sem necessidade de provar a culpa do ofensor; Todavia,comoprovadequeaculpaexigida(noasua prova)queoofensorpoderelidirapresuno,produzindo provadequenoobroucomculpa,afastando,nestecaso,sua responsabilidade; Comparando estasduasteorias,podesedizer que,entre uma e outra,ocorre a inverso do nus da prova em relao culpa, mas, no a dispensa da existncia da culpa; c)TeoriadoRisco objetiva,emverdadeI exigeaexistncia dec oelenconecessrio,: prpria culpa.Ateoria sedararesponsab responsabilidade. 4 - FONTES DA RESl Afontebsicada ningum est obrigado :: aresponsabilidadecivi existe mediantelei,logc lei. Nemtododireitoest contida na lei.Sem lei,n Emtodanormajur conseqente,o que sepo estatuio,a obrigao dl Ospressupostosfunl indenizar.Porissoares fontesda obrigao. Na previso, podemos daresponsabilidadecivil. causalidade. a)dano:esteopon! No se pode falar em resp dano. Pode este dano ser pess b)fatotpico - Noba: paragerararesponsabilic porexemplo,umfato tentandotomar oemprego ser fatotpico a ensejar ol 'ITUIO TOLEDO DE ENSINO ldae reconhecida uma ) j passadevoluntria tado,nose reconhecia eto,paracadahiptese ldiesdocausadordo )mano,foiquesurgiua :iaoentreosdireitos ~ m p l a aidiadeculpa anos. oquesechama lilpassoupordiferentes ava o danoemseexigir 'amderesponsabilidade , o elemento psicolgico )10paraqueexistisse lamentodispersaramem uaoouomissocom rte do ofendidodeque o quetradicionalmentese )onsabilidade,mas,esta ,aprovaporpartedo lOeonexocausal,sem aexigida(noasua presuno,produzindo lstando,nestecaso,sua ,edizer que,entre uma e emrelao culpa,mas, GELSONAMARO DE SOUZA 171 c)TeoriadoRisco- estateoriaqueparamuitosamesma objetiva,emverdadenoo.Diferedateoriaobjetiva,poisno exigea existncia deculpa.Enquantonateoria objetivaa culpa oelenconecessrio,apenasdispensa-seaprova,massim,a prpria culpa.Ateoriadorisconoexigeoelementoculpapara sedararesponsabilidade.Mesmosemculpaocorrea responsabilidade. 4 - FONTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL Afontebsicadaresponsabilidadecivilalei.Semlei, ningum est obrigado a fazer ouno fazer(art.5,lI, /88).Como aresponsabilidadecivilimplicaemobrigaoeestasomente existemediantelei,logo,aresponsabilidadedeveser imposta por lei. Nemtododireitoestnalei,mas,todaobrigaodeveestar contida na lei.Sem lei,no h obrigao. Emtodanormajurdica,encontra-seumantecedenteeum conseqente, o quese pode dizer,tratar-se deuma previso euma estatuio, a obrigao deindenizar. Ospressupostosfuncionamcomofontesdaobrigaode indenizar.Porissoaresponsabilidadecivilestudadaentreas fontesda obrigao. Na previso,podemosdizer quese encontram ospressupostos, daresponsabilidadecivil.Soeles:odano,fatotpicoenexode causalidade. a)dano:esteopontodepartidadaresponsabilidadecivil. Nose pode falar em responsabilidade civil, sem que preexista um dano. Pode este dano ser pessoal ou patrimonial. b)fatotpico - Nobasta umfatoqualquer,causador dedano, paragerararesponsabilidadecivil.Aconcorrnciaprofissional, porexemplo,umfatodanoso,poiscorrespondeaalgum tentandotomar o empregodooutro,mas,semprevisolegal,no ser fatotpico a ensejar obrigao deindenizar. 172REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO c)Onexodecausalidade- Correspondeadequaodofato tpico,quersejaaresponsabilidadeobjetiva,quernachamada responsabilidadesubjetiva.averificao,seofatotpicoou foicapaz deproduzir aquele dano. 4.1 ALEI COMO FONTE PRIMARIA DE OBRIGAO Falamosquealeia fontebsica dequalquer obrigao.Sem lei,ningumestarobrigadoanada(art.5,CF).Estepontofoi melhorressaltadoem nossoProcessoeJurisprudncianoEstudo do Direito.9 Esta afirmao pode parecer estranha primeira vista,mas,em verdade,nadatemdeabsurdo.Emmatriadeobrigaoou responsabilidade,devemosanalisarsuasfontesremotase prximas.Isto ,uma antecedente e uma conseqente. Na fonteremota,encontramos comoantecedente,sempre,a lei. Semparaalicerarumaobrigaoestainexistir(art.5,11,CF). J na fonteprxima ouconseqente,encontramos osfatos,osatos eosnegciosjurdicos,que,estandoconformealei,geramas obrigaes. Quero dizer comissoquea conseqente deveestar conformea antecedenteeemperfeitasintoniacomesta,oquedemonstraa vinculaoentrea fonteremota (Lei)ea fonteprxima (fato,ato ounegcio jurdico). Quando falamosquetodaresponsabilidadeouobrigao nasce dalei,porcertocausarperplexidade,edissopodersurgira indagaoouatmesmoaafirmaodequeexisteobrigaopor manifestaodevontade,sejabilateralouunilateral.verdade, bemsabemos,queexistemobrigaesoriundasdecontratosou atosunilaterais,bem como deatooufatoilcito,etc.Todavia,no podemosperderdevistaqueestasformasdemanifestaoda obrigaoouresponsabilidadesomenteproduzefeitojurdicose antecedidas e amparadas pela fonte primria que a lei. 9SOUZA.GelsonAmarode.PROCESSOEJURISPRUDNCIANOESTUDODO DIREITO, Forense-Rio, 1989,p.116e 117. GELSONAMARO DE SOUZA Quandoalgum( repararodanoseag obrigadoporqueexisi sentido,nohaveria prejuzoa outrem,ma obrigado a reparar o di Em caso decontrat prevalecer a manifesta tambm sed com os( Alguns exemplos ta Oart.740doCdi vitalcio,masnoo pe deixarumbemparaUI sucessividadenousufI efeitos jurdicos. Naverdade sucessivo proib CarlosMaximiU sucessivo,nemS(; pode aplicar ao/.j deser permitidoI entregaroutn outra,recebendo / No mesmo diapaso, DireitosReais,p.~Interpretado,v.IX,p,3 Coisas, p.283. Deoutraforma,am no gera a obrigao de I prometedoar,antesque dissonoadvirconse( obrigao de doar. 10 MAXlMILIANO,Carlos,DIREn :IANOESTUDODODIREITO. UIO TOLEDO DE ENSINO GELSONAMARODE SOUZA 173 . adequaodofato va,quernachamada seofatotpicoou .OBRIGAO alquerobrigao.Sem 0,CF).Estepontofoi isprudncianoEstudo Irimeira vista,mas,em ~ r i a deobrigaoou sfontesremotase lseqente. :cedente,sempre,a lei. dstir(art.5,11,CF). ramososfatos,os atos armealei,geramas deveestar conformea ta,oquedemonstraa )fite prxima (fato,ato deouobrigaonasce dissopodersurgira e existeobrigaopor unilateral.verdade, lndasdecontratosou 'cito,etc.Todavia,no sdemanifestaoda )duzefeitojurdicose l que a lei. QuandoalgumcausapreJUlzoaoutrem,estobrigadoa repararodanoseagiucomdoloouculpa(art.159.,CC).Est obrigadoporqueexisteleinestesentido,Nohouvesseleineste sentido,nohaveriaobrigao.Basta verqueaquelequecausar prejuzoa outrem,masseuagir noforpor dolo oculpa,noest obrigado a reparar o dano com base no art.159 do Cdigo Civil. Em casodecontrato cujoobjetivoforcontrriolei,nopode prevalecer amanifestaodevontade(art.82,Cd.Civil).Assim tambm se d com os atos unilaterais. Alguns exemplos talvez esclaream melhor a questo. Oart.740doCdigoCivil,permiteainstituiodeusufruto vitalcio,masno o permite deforma sucessiva.Acasoalgumao deixarumbemparauma pessoa,comousufruto.Estabelecendo sucessividadenousufruto,estaclusulanulaenoproduzir efeitos jurdicos. Naverdade,qualquerclusulainstituindoousufruto sucessivo proibida pelasleisdodireitomaterial,dizendo CarlosMaximilianoque:"inadmissvelousufruto sucessivo,nemsequerlimitadoaosegundograu.Ningum pode aplicar aousoegozoaregrapeculiar propriedade deser permitidodeix-laaumapessoa,comoencargode entregaroutrapessoa,comoencargodeentregar outra,recebendo esta quando falecer aquela.10 No mesmo diapaso,aslies dostrabalhistasOrlando Gomes, DireitosReais,p.389;CarvalhoSantos,CdigoCivil Interpretado,v.IX,p.335-334;W.BarrosMonteiro,Direitodas Coisas, p.283. Deoutraforma,amanifestaodevontadedefazerdoaes no gera a obrigao dedoar, pois inexiste lei neste sentido.Quem prometedoar,antesqueadoaoseefetivepodearrepender-see dissonoadvirconseqnciajurdica,poisaleinopreva obrigao dedoar. 10_ MAXIMILIANO, Carlos,DIREITO DAS SUCESSOES, 11,395. 'L74REVISTA JURDICA - LNSTlTUIO TOLEDO DE ENSINO NojulgamentodosEmbargosInfringentesn165.298-1,do EgrgioTribunaldeJustiadeSoPaulo,emqueateseexposta foivencedora,constadocorpodoV.Acrdoque,"constitui dogma fundamentalno contrato de doao que persista ochamado animusdonandi,idest,necessriosefazqueavontadededoar sejaatual,sendosemprepossvelarevogaoantesqueadoao seconsume.LecionaoProfessorAgostinhoAlvimque:A necessidadedeser atual oanimusdonanditemconstitudobice promessadedoao.Eissoporqueentreapromessaesua efetivaopodeterhavidoarrependimento.possvelcoagir entrega dacoisa doada,no a doar. LL Nestecasodeparamo-noscomaconseqente (atopromessa de doar),mas falta a antecedente (fonte primria) que a lei. Poder-se-praticarquantosatosqueira,noestandoestes previstos em lei, no gerar obrigao. Alei,queafonteprimria emaiordetodaobrigao,pode determinar emcasosespecficosqueuma pessoapratiqueoatoe outravenharesponderpelomesmo.oquesednoscasosde responsabilidadeporatodeterceiro.Estaobrigaoou responsabilidadedospaispelosatosdosfilhos,porqueparaisto existelei,comosevda expressadisposiodoart.1.521,I,do Cdigo Civil. Noexistisseestaprevisolegal,porcertonohaveria responsabilidadedospaispelosdanoscausadospelosfilhos, objeto de nosso modesto estudo. 5 - ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE Anossa leichega,em algunscasos,aser expressa com relao existnciaderesponsabilidadecivil,mesmodiantedeatos ilcitos(art.160e1.519,docd.Civil).Entretanto,nagrande maioriadoscasosemquesurgearesponsabilidadecivil,trata-se de ato ilcito ou fatoilcito. LLJURISPRUDNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA - Lex,n143, p.221,S.Paulo - 1993. GELSON AMARO DE SOUZA Nos atos ilcitos, que responsabilidadecivil, integram: a)Ao - que, em sen a omisso,seja prpria OI b)Ilicitude- corresp objetiva,develogoser culposa,naexpresso( - 12T d.ascensao.oaVIa,cas geram a responsabilidade c)Imputabilidadeentenderedequerer;por podem ser responsabiliza< ODireitotradicional comoinerentecapacil entendimento de que o inc Todavia,Mazeaudet1 responsvelcomoaquele chegandoaadmitirares discernimento. L4 AguiarDias,tambrr paterna,como decorrente depende de ser ou no imp 6 - RESPONSABIUDAD. Eleva-se,louvar-sen< Gonalves(1979),confom 12_ ASCENSAO,JosdeOliveira,RJ INTEGRAM,Revista de Direito do 13 C -OI".ASENSA,Jos de O lvelra, op.cil L4 DIAS,JOSEDEAguiar,DARESP 1979. lIO TOLEDODE ENSINO esn165.298-1,do TIqueateseexposta Irdoque,"constitui tepersista o chamado Jeavontadededoar .0antesqueadoao lnhoAlvimque:A remconstitudobice -eapromessaesua possvelcoagir ~ n t e (atopromessa de l)que a lei. l,noestandoestes todaobrigao,pode ~ s s o a pratiqueoatoe lesednoscasosde Estaobrigaoou 'hos,porqueparaisto o doart.1.521,l,do rcertonohaveria lUsadospelosfilhos, .DE .expressa com relao esmodiantedeatos Entretanto,nagrande bilidadecivil,trata-se 143, p.221,S.Paulo - 1993. GELSONAMARODE SOUZA Nosatosilcitos, que representam a ampla maioria doscasosde responsabilidadecivil,devemosanalisaroselementosqueo integram: a)Ao - que, em sentido amplo, pode sera atuao oumesmo a omisso,seja prpria ou deoutrem. b)Ilicitude- correspondeacontrariedadeordemjurdica objetiva,develogoserconsideradaumailicitudedolosaou culposa,naexpressodoprofessorlusitanoJosdeOliveira ascenso. I2 Todavia,casosexistemqueosatosilcitostambm geram a responsabilidade civil. c)Imputabilidade- Estaserelacionacomcapacidadede entenderedequerer;portanto,porfaltadecapacidadegeralno podem ser responsabilizados. 13 ODireitotradicionalimplantouodogmadeimputabilidade comoinerentecapacidade.Atantodesergeneralizadoo entendimento de que o incapaz inimputvel. Todavia,MazeaudetMazeaud,comeandopeladefiniode responsvelcomoaqueleaquemincumberepararumdano,e chegandoaadmitiraresponsabilidadedaspessoasprivadasde discernimento. 14 AguiarDias,tambmapregoouquearesponsabilidade paterna,como decorrenteque dosdeveresdoptrio poder,no depende deser ou no imputvel o filho. 6 - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA Eleva-se,louvar-senosensinamentosdeCarlosRoberto Gonalves(1979),conformegisou,aresponsabilidadesubjetiva 12ASCENSO,JosdeOliveira,RESPONSABILIDADECNIL- ELEMENTOSQUEA INTEGRAM, Revista deDireito do TJRJ, n11- p.360- 371, Rio de Janeiro, 1992. 13ASCENSO, Jos de Oliveira, op.cil.365. 14 _. DIAS,JOSEDEAguiar,DARESPONSABILIDADECNIL,vaI.I,p.21,Forense- RIO, 1979. 175 i'76 aquela em que aprova da culpa doagenteindispensvel.Isto, quando necessria e indispensvel a prova da culpa. 15 Ateoriadaresponsabilidadesubjetivaimplicaemexigirdo lesadoqueprovehaverocausadordodanoagidocomculpaou dolo, conforme dispe o art.159 do Cdigo Civil. No serve aqui,apenasa prova dequem causou odano.Exigese mais, que o lesado prove mais que odano, que oagente laborou com dolo ou culpa. ,semdvida,uma situaodeinjustia,pois,nolegando o lesadoprovaraculpadolesanteesteficarinatingido.Isto, causa prejuzo aooutro,mas,no est obrigado a ressarc-Io.R-se da desgraa alheia que ele mesmo causou;mas que isso,zomba da sociedade,pornocriarmecanismocapazdefaz-loresponder pelosdanos causados. Estateoria,comaevoluosocial,por certoestarcomseus diascontados.Oselementospredominantesdaresponsabilidade civildevem ser o dano(comprovado)esua autoria (comprovada). Exigir-se outra prova, alm dessas, para o ressarcimento do dano colocarolesadoemsituaodeinferioridade,poisaculpaeo dolo,mesmo ocorrentes,nem sempre possvel provar-se. Nestahiptese,a vtima fica com o prejuzo sem ter a ele dado causa.,semdvida,umainjustia,queotempoeaevoluo social,por certo, corrigiro. 7 - RESPONSABILIDADE OBJETIVA Aresponsabilidadeobjetivaconhecidacomoaquelaemque no se exige a prova da culpa. Aplicado oconceito deresponsabilidadeobjetiva,desaparece a necessidadedeprovar aculpa doagente.Importa simplesmente a relao de causalidade entre o mal sofrido e o fatocausador.16 15 GONALVES, CarlosRoberto,op.cit. p.15. 16 BOITEX,FernandoNetto,LIBERDADEERESPONSABILIDADEOBJETIVA,RF.299,p. 60.Rio - junho/ agosto de1987. GELSONAMARO DE SOUZA Aqui,trata-sedadisp{ sofreuodano.Mas, responsabilidadesemculI nodispensaaculpa que ao causador do dano, provi Responsabilidadeobjet culpa doagente. uma fal moderno. 7.1.- RESPONSABIUDA Alvaro Villaa preferiu e empuraeimpura.Parael aquelaquesempreimplica culpadequalquerdosenve indeniza-seporatoilcitoo assimdeterminada17,So da poluio do meio ambien atividadesnuclearesearts. o referido autor. 7.2.- RESPONSABILIDA1 Como elucida AlvaroVill pressuposto a culpa detercei indenizador. 18 Parece-nosqueestamoe impuradiferedaquelaqw transobjetiva,por ter origem 17 VILLAA,Alvaro,RESPONSABILID. 18 VILLAA,Alvaro,RESPONSABILID, 19 PONTESDEMffiANDA,FranciscoC LlH, p.136. STITUIOTOLEDO DE ENSINO GELSON AMARO DE SOUZA :e indispensvel.Isto, ,va da culpa. 15 vaimplicaemexigirdo lanoagidocomculpaou goCivil. :m causou o dano.Exigeano,que o agente laborou stia,pois,nolegandoo ficarinatingido.Isto, rigado a ressarc-Io.R-se 1;masqueisso,zomba da pazdefaz-loresponder Jorcertoestarcomseus mtesdaresponsabilidade ma autoria (comprovada). o ressarcimento do dano oridade,poisaculpaeo lossvelprovar-se. lrejuzosem ter a ele dado ueotempoeaevoluo cidacomoaquelaemque .adeobjetiva,desaparecea e.Importa simplesmentea :ioe o fatocausador. 16 Aqui,trata-sedadispensadaprovadaculpaporaqueleque sofreuodano.Mas,nosepodedizertratar-sede responsabilidadesemculpa.Dispensa-seaprovadeculpa,mas, nodispensaaculpa quenessecasopresumida,quesepermite ao causador dodano,provar que no obrou com culpa. Responsabilidadeobjetivaaquelaquenoexigeprovade culpa doagente. uma facetada evoluoedopensamentomais moderno. 7.1.- RESPONSABILIDADE OBJETIVA PURA Alvaro Villaa preferiu dividir a responsabilidade civil objetiva empuraeimpura.Paraele,aresponsabilidadeobjetivapura aquelaquesempreimplicaemressarcimento,aindaqueinexista culpadequalquerdosenvolvidosnoeventodanoso.Nessecaso, indeniza-seporatoilcitooupormerofatojurdico,porquealei assimdeterminada17.Sooscasosda Lein6.938/81quecuida da poluio domeioambiente;Lei n6.453177que versa sobreas atividadesnuclearesearts.12114doCdigodoConsumidor,diz o referidoautor. 7.2.- RESPONSABILIDADE OBJETIVA IMPURA Como elucida Alvaro Villaa, aquela que tem,sempre, como pressupostoa culpa deterceiro,queest vinculadoatividadedo indenizador. 18 Parece-nosqueestamodalidadequesechamoudeobjetiva impuradiferedaquelaquePontesdeMirandachamoude transobjetiva,por ter origem na ao de outrem. 19 17 VILLAA,Alvaro,RESPONSABILIDADE OBJETIVA PURA EIMPURA,RT.699110. 18 VILLAA,Alvaro, RESPONSABILIDADE OBJETIVA PURA EIMPURA,RT.699/IO. :ABILIDADEOBJETIVA.RF.299.p. 19PONTESDEMIRANDA.FranciscoCavalcanti,TRATADODEDIREITOPRIVADO,tomo LIII, p.136. 177 l 178REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO GELSON AMARO DE SOUZA Paraesteltimo,quandoalgumtemodeverdereparar,por aodeoutrem,mas,culpasua,diz-setransubjetivaa responsabilidade.Esteautornoadmitearesponsabilidadede uma pessoa por culpa de outra, como afirma Alvaro Villaa. NavisodeAlvaroVillaa,responsabilidadecivilobjetiva impura aresponsabilidadedePontesdeMiranda,oresponsvel responde por sua prpria culpa, mas, por,ato deterceiro. 8 - TEORIA DO RISCO Ateoriadaresponsabilidadepeloriscodifereda responsabilidadeobjetiva,muitoemboramuitosdosautores tratem-as como se fossem sinnimos. Enquantoateoriaobjetivadispensaaprovadaculpa,ateoria do risco dispensa a prpria culpa do causador dodano. Naresponsabilidadeobjetiva,permiteaocausadordodano provarquenoagiucomculpaoudolo.Hsomenteainverso naturaldonusda prova.Em vezdeexigir-sequeolesado prove a culpa dolesante,pelo contrrio, esta j presumida, cabendo ao causadordodano,casoqueiraliberar-sedaresponsabilidade, provar quenoobroucom culpa.Oncleoda questonodeixa deseraculpa.Adiferenadestacomateoriasubjetivaque nesta a culpaj presumida e dispensa prova. Jnateoriadorisco,maisqueasimplesdispensadaprova, dispensa-setambm a existncia da culpa. Nesta teoria,nada adianta aocausador dodanoprovar que no agiuculposamente,poisaqui,aculpaindiferente.Nempode alegar culpa recproca ou compensao pelas culpas. 8.1RISCO SIMPLES Ateoriadoriscopodeser dividida emduasespciesdistintas: RiscoeRiscointegral.Aprimeira,correspondeaoriscoaquea pessoaestsujeita,atalpontodenopoderalegarquenoteve culpa,mas,podeaindafugirdaresponsabilidade,alegandoe provando culpa da prpri se trata de negar sua prr fatose deu por culpa do r Sosituaesmaisa responsabilidadepeloate sem culpa, responde assir a culpa da vtima. Exemp sempre responder pelos I exclusiva desta, caso fortl Lein2.681de1912,j respondempelosdanos,a provar culpadavtima,c casopecapor falaremcu no se exige a culpa, pOi risco.2o Tomando-se emconsid abrirespaoparaoutrad proveitoeteoriadoris primazia por MiguelKfou 15/04/94, na Universidade Segundodisse,pelate aquele que obtm o provei1 onerarcomaobrigao( acidentesduranteotrabal simplesfatodeagir,oho isso,deveresponder emca na teoria do risco,toda al que o agente responda por c culpa. 22 20 DIAS. Jos de Aguiar, DA RESPONS 21 KFOURINETO,Miguel,RESPo/ Mestrado - U.E.L.- p.26. 22 KFOURINETO,Miguel,RESPO/ Mestrado - U.E.L.- p.26. rrrUIo TOLEDO DE ENSINO odeverdereparar,por jiz-setransubjetivaa aresponsabilidadede la Alvaro Villaa. abilidadecivilobjetiva Miranda,oresponsvel ato de terceiro. eloriscodifereda ramuitosdosautores provadaculpa,ateoria dor do dano. teaocausadordodano Hsomenteainverso queolesadoprove presumida,cabendoao sedaresponsabilidade, leoda questonodeixa ateoriasubjetivaque ova. lplesdispensadaprova, 1. . dodanoprovar queno indiferente.Nempode culpas. n duasespciesdistintas: aoriscoaquea oderalegarquenoteve msabilidade,alegandoe GELSONAMARO DE SOUZA provando culpa da prpria vtima, caso fortuitoe foramaior.No setrata denegar sua prpria culpa,mas,de atribuir e provar que o fatose deu por culpa doprprio lesado. Sosituaesmaisarrojadas,quenopermitemafastara responsabilidadepeloatoalegandoausnciadeculpa.Aindaque sem culpa,responde assim mesmo.Somente ficarlivre seprovar a culpa da vtima.Exemplifica-secom o casodosalva-vidas,que sempre responder pelosdanosvtima,a menosque prove culpa exclusiva desta,caso fortuitoou foramaior.Tambm o caso da Lein2.681de1912,art.17,emqueasestradasdeferro respondem pelosdanos,apenasafastandotalresponsabilidade,se provarculpadavtima,casofortuitoouforamaior.Aleineste casopeca porfalaremculpa presumida,mas,naverdade,oque nose exige a culpa,pois oqueserve de"topus" atividade e o .20 fISCO. Tomando-se em consideraoa atividade eorisco,costuma-se abrirespaoparaoutradivisoconsistentenasteoriasdorisco proveitoeteoriadoriscocriado,hiptesesapreciadascom primazia por MiguelKfouriNeto,em dissertaodemestradoem 15/04/94, na Universidade Estadual de Londrina.21 Segundodisse,pelateoriadoriscoproveito- justoque aquele que obtm o proveito de uma empresa,o patro,venha a se onerarcomaobrigaodeindenizarosqueforemvtimasde acidentesduranteotrabalho;pelateoriadoriscocriado- pelo simplesfatodeagir,ohomemcriariscosparaosdemais,por isso,deveresponder em casodedano.Comosev,disseoautor, na teoria do risco,toda ao,gerando risco para terceiros, fazcom que o agente responda por eventuaisdanos,independentemente de culpa.22 20 .DIAS.Jose deAgUIar.DA RESPONSABILIDADE CIVIL,v.2,p.180, Forense - 1979. 21. KFOURINETO,Miguel,RESPONSABILIDADECIVILDOMEDICO,Dissertaode Mestrado - U.E.L.- p.26. n . KFOURINETO,Miguel,RESPONSABILIDADECIVILDOMEDICO,Dissertaode Mestrado - U.E.L.- p.26. 179 180 REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO GELSON AMARO DE SOUZA Concluioautormencionadoque"Seasuaresponsabilidade fundar-seno risco, ento, o simples caso fortuito noo exonera.,,23 8.2.- RISCO INTEGRAL oriscointegral.implicaemumafacetaaindamaisarrojada. Aqui,aresponsabilidadedocausadordodanooudaqueleque deve repar-loainda quenoseja causador dodano,est presente sempre. integralorisco,porqueoresponsvelresponderpelodano sempre.Noh comofugirdestaresponsabilidadesimplesmente provandoquenoteveculpa,queaculpadavtimaouque ocorrer caso fortuitooufora maior.Nada dissovale.Ocorrendo oprejuzo,este deveserressarcidopeloresponsvelemqualquer hipteses. Como exemplo,cita-se o casodoart.5,XXV,da CF,que em casodeiminenteperigopblico,aautoridadecompetente poder usardepropriedadeparticular,assegurandoficaaoproprietrioa indenizaoulteriorpordano,qualquerquesejaacausa.Oque importaodanoenoacausaouoautordoato;o acontecimentodofato.O rgo pblicoser obrigadoa indenizar semprequehouverdano,noimportandoocausadorenema causa.Oriscointegral.total.Anicadefesaquetemo responsvelnestecaso,provarquenohouvedanoouqueo danoocorridodemaiorextensodoqueapretendidapela vtima.Fora isto,nada resta a fazerseno pagar o prejuzo sofrido pelavtima.AssimsoosensinamentosdeMiguelKfouriNeto, segundoo qual,ateoria doriscointegral,estgiomaisavanado, noadmitequalquerprovaconducenteaausnciadereparao; bastaraexistnciadoatoeseuautor,emqualquerhiptese estar obrigado ao ressarcimento.24 23 KFOURI NETO,Miguel.Responsabilidade Civil doMdico,Dissertao de Mestrado - U.E.L. - p.27.24 KFOURINETO,Miguel,ResponsabilidadeCivildoMdico,DissertaodeMestradoU.E.L.- p.26. 9 - RESPONsVEL Josserand,considera suportaumdano.Toma maisamplo,tantoqueab causador do dano a simes Responsvelpelosefe aquelequelhedeucausa efeitosdoatooufatopr2 atribuiodeverderespond por outrem ouat mesmo < Ser responsvel por um ,sujeitar-seaoprejuzo prprio causador dodano, resultado,nopodebusc pessoa.Bem como aquele dano sofrido por outrem (aI leiparasuportarospreju2 ou defato da natureza. IO-RESPONSABILIDAD Optriopoder,apar responsabilidade.nodere comoservistomaisabaix aoptriopoder,quejl descumprimento deum dos gerarresponsabilidadedo responsveldiantedofilho prejuzo.Assimoptriop< civil,mas,aaoouomi inerentes, pode s-la. 25 APUD.Aguiar Dias,op.cil.v.I,p.19. rITUIO TOLEDO DE ENSINO asuaresponsabilidade ._,,23)rtUltOnao Oexonera. aindamaisarrojada. [)danooudaqueleque Irdodano,est presente elresponderpelodano sabilidadesimplesmente lpadavtimaouque ia dissovale.Ocorrendo emqualquer ;0,XXV,da CF,queem dadecompetentepoder doficaaoproprietrioa quesejaacausa.Oque oautordoato;o ierobrigadoaindenizar ioocausadorenema nicadefesaquetemo houvedanoouqueo Iqueapretendidapela Ipagar o prejuzosofrido deMiguelKfouriNeto, l,estgiomaisavanado, aausnciadereparao; r,em. qualquerhiptese ico,Dissertao de Mestrado - U.E.L. Mdico,DissertaodeMestradoGELSON AMARO DE SOUZA 9 - RESPONSVEL Josserand,consideraresponsvelaquelequeefetivamente suportaumdano.Tomaaresponsabilidadecivilnoseusentido maisamplo,tantoque naqualificaoderesponsvelo causador do dano a simesmo.5 Responsvelpelosefeitosdoatooufatodanoso,hdeser aquelequelhedeucausaouquealeiindicacomosujeitoaos efeitosdoatooufatopraticadoporoutrem.aquelequealei atribuiodeverderesponderpeloatooufato,praticadoporsi, por outrem ou at mesmo oriundo da natureza. Ser responsvelpor umdano,correspondente asuport-lo.Isto ,sujeitar-seaoprejuzoenoteraquemsevaler.Podesero prprio causador dodanoasimesmo equepor terdadocausa ao resultado,nopodebuscaroressarcimentoatravsdeoutra pessoa.Bem como aqueleque,por aoou omisso,deucausa ao dano sofrido por outrem (art.159, CC);ou ainda aquele eleito pela leiparasuportarosprejuzosadvindosdecomportamentoalheio ou de fatoda natureza. 10 - RESPONSABILIDADE E PATRIO PODER Optriopoder,apardeserpoder,tambmfontede responsabilidade.noderesponsabilidadecivildiretapordanos, comoservistomaisabaixo.Inmerossoosencargosrelativos aoptriopoder,quejuntoaestealia-seodever.O descumprimento de um dos deveres inerentes ao ptrio poder pode gerarresponsabilidadedotitularecomissoseromesmo responsveldiantedofilhooudeterceirosquetenhamsofrido prejuzo.Assimoptriopodernofontederesponsabilidade civil,mas,aaoouomissoemrelaoaosdeveresaele inerentes, pode s-la. 25 APUD,Aguiar Dias, op. cil.v.I. p. 19. 181 ;182 REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINOGELSON AMARO DE SOUZA 10 -1 FASES EM RELAO AO PTRIO PODER Vriassoasfasesaolongodahistriaqueimplicaramna evoluo do ptrio poder: 10.1.1- RESERVA DO PATRIO PODER AO PAI De incio,noseadmitia atransferncia doptrio poder para a me.Emhiptesealgumaamepoderiasertitulardoptrio poder. Nestaetapa,optriopoderprolongava-seindefinidamentena pessoa dopai, qualquer que fossea idade dosfilhos. Tambmosfilhosnopoderiamterpatrimnioprprio, separadodopatrimniodopai.Notinham,osfilhos,autonomia patrimonial. Considerava-seofilhoincapazcontrairemprstimos,aceitar doaesefazertestamentos.Ata,apessoadofilhonoera considerada, como tal.Faltava oaspecto humanitrio. 10.1.2- PTRIO PODER COMO DEVER Comachegadadoiluminismo,humanismoecristianismo, houveumasensvelvalorizaohumana,eofilhopassouaser tratado como ser humano. Aquiloquedeincioerasdireito,passouaserumpoderdever.Deumladoospaiscontinuavamcompoder;deoutro, assumiamodeverdebemcuidardosfilhos.Comissonasceua paternidade responsvel. 10.1.3 - O EXERCCIO DO PTRIO PODER Historicamente,oexercciodoptriopoderpassouporuma evoluodepocaparapoca.Emprincpio,esteexerccioera concedidoapenasaopai,n romano. Posteriormente,passoua s subsidiria, isto ,na falta do WashingtondeBarros MOI aoptrio poder pertence aosc exerccio que pertence aopa direitoaoptriopoder sucessivo.26 Pormuitotempoandaran exerccio.Muitoemboraam:i poderia exerc-loenquantoo i j seatribua meoptriop para o momento em que faltass Hoje,anossaordemcon: distinoentremaridoemull regra,so titularesdoptrio po conjuntamente.Somenteem haver a perda do ptrio poder, r aqualquerdospais(paien discriminao. 11- PATERNIDADE RESPOl Comaelevaodoptriopl titulardestedireito,criou-se resultounoaparecimentode cumpr-Ios satisfatoriamente, so por esta omisso ouao incom; Restabeleceu-seavelhap correspondenteobrigaesinen comoprivilgiododireitoaor asobrigaes (deveres) inerente, 26.. d FMONTEIRO,W.Barros,Curso-Direitoe1 "ITUIO TOLEDO DE ENSINO 'O PODER iriaqueimplicaramna tAOPAI a doptriopoder para a iasertitulardoptrio l-seindefinidamentena los filhos. ~ r patrimnioprprio, fi,osfilhos,autonomia Lremprstimos,aceitar lessoadofilhonoera umanitrio. :R lanismoecristianismo, , eofilhopassouaser )assouaserumpoder1compoder;deoutro, hos.Comissonasceua ~ D E Rpoderpassouporuma ::pio,esteexerccioera GELSON AMARO DE SOUZA concedidoapenasaopai,nosendoatribudomenodireito romano. Posteriormente,passouaseratribudome deformaapenas subsidiria, isto ,na falta do pai. Washington de Barros Monteiro(1977),esclarece queodireito aoptriopoder pertenceaoscnjugesem igualdade,apenasoseu exerccio que pertence ao pai durante o casamento.Quer dizer,o direitoaoptriopodersimultneo,mas,oexerccio sucessivo.26 Pormuitotempoandaramseparadosoptriopodereseu exerccio.Muitoemboraamefossetitulardoptriopoder,no poderia exerc-loenquantoopaiexistisse.Mesmoem poca que j seatribua meoptriopoder,oexercciodesteera diferido para o momento em que faltasse o pai. Hoje,anossaordemconstitucionalnomaispermiteesta distinoentremaridoemulher,motivopeloqualosdois,em regra,so titularesdoptrio poder eaomesmo tempo exercem-no conjuntamente.Somenteemcasosexcepcionaisquepoder haver a perda do ptrio poder, mas neste caso,pode ser em relao aqualquerdospais(paieme)sempreemigualdadeesem discriminao. II - PATERNIDADE RESPONSVEL Comaelevaodoptriopodertambmadeverporpartedo titulardestedireito,criou-seapaternidaderesponsvel.Disso resultounoaparecimentodeencargosaospaiseodeverde cumpr-Ios satisfatoriamente, sob pena de serem responsabilizados por esta omisso ou ao incompatvel com tais deveres. Restabeleceu-seavelhaparmia;queparacadadireitoh correspondenteobrigaesinerentes.Porumladoficamospais comoprivilgiododireitoaoptriopoder;poroutro,ficamcom asobrigaes (deveres) inerentes ao mesmo. 26 MONTEIRO. W.Barros. Curso-Direito de Famlia.p.282. 4.ed..1989. 183 --_....._----_.....~ - - - - - - - - - - - - - - -REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO184 o direitoaoptriopoder,por sis,nogera responsabilidade civil,mas,odesatendimento,sobrigaeseencargosinerentes quele,quandoresultarememprejuzotantoparaofilhoquanto paraterceiro,nascearesponsabilidadepelareparaodosdanos causados. Pelodescumprimentodosencargos,tornam-seospais, responsveisperanteosprpriosfilhos,bemcomoperanteas outras pessoas, sempre que algum prejuzo ocorra. 12 - RESPONSABILIDADE DOS PAIS Aresponsabilidadedospaisporatosdosfilhos - ,.F,- 27menores nao sOJrecontestaao. Indubitavelmente,presume-selegalmentea responsabilidadedopaiquenoexerceanecessria vigilncia sobre o filho. 28 Em contraposioaopoder-dever,a primeira conseqncia o surgimentodaresponsabilidadesobreaguarda,proteoe educao dosfilhos. Aomissodosdeveresacima,implicaeminfiltraocivile penal,esta prevista nosarts.244/247doC.P.eaquela estruturada naobrigaoalimentar.Colorriolgicoenecessrioda responsabilidadepeloptriopoderasupervisonacondutados filhos. Semprequeosfilhoscausarem prejuzosa algum,ospaisso responsveispelosdanoseseuspatrimniosresponderopelo ressarcimento dos prejuzos causados. Aquestodaresponsabilidadedospaispelosdanosqueos filhoscausarematerceirosestpositivadanoart.1.521,I,do Cdigo Civil. 27 DIAS. JosdeAguiar.A Responsabilidade Civil no SupremoTribunalFedera,RF.299,p.08, Forense - Rio - outubro! dezembro de1982. 28 LEVENHAGEM,Antnio JosdeSouza,Direito dasObrigaes- Comentado,Atlas,S.Paulo. 1980, p.243. GELSON AMARO DE SOUZA "Art.1.521 reparao civil: I- Ospais, seu poder e emsua Oart.5,I,CC absolutamente,aquelesI menoresrelativamentei idade entre16 e 21anos. Percebe-sepela nossa de21anosso considerad pessoaatcompletar21 razo da idade(art.5,I e 1,doCd.Civil),Mas 21anos. Norestadvida de qu filhoscausematerceiros. analisarseestarespc subsidiria,seisolada subjetiva ouenquadrada m Estasquestesquepr sempretensodedarun extrema controvrsia. 13-RESPONSABILIDAL CaioMriodaSilva1 respondemporresponsabil relao a terceiros pelos dar Nomesmosentidopen afirmouqueospaissores] corresponder sano pelo I 29PEREIRA,Caio Mrio da Silva,Institt 30 LIMA,Alvim,A responsabilidade Civi TUIO TOLEDO DE ENSINO , geraresponsabilidade seencargosinerentes ItOparaofilhoquanto a reparaodosdanos tomam-seospaiS, bemcomoperanteas ocorra. poratosdosfilhos selegalmentea exerceanecessria neira conseqncia o 1guarda,proteoe eminfiltraocivile .P.e aquela estruturada icoenecessrioda ~ r v i s o nacondutados s a algum,ospaisso niosresponderopelo ispelosdanosqueos anoart.1.521,I,do ,TribunalFedera,RF.299,p.08, GELSON AMARO DE SOUZA "Art.1.521- Sotambmresponsveispela reparao civil: I- Ospais,pelosfilhosmenoresqueestiveremsob seu poder e em sua companhia". Oart.5,I,CC,definecomomenoresincapazes absolutamente,aquelescomidadeinferiora16anosecomo menoresrelativamenteincapazes,aquelesqueestiveremcom idade entre16 e 21anos. Percebe-se pela nossa legislaoquetodasaspessoasmenores de 21anosso consideradas menores.Amenoridade acompanha a pessoaatcompletar21anos.Acapacidadequesealteraem razoda idade (art.5,I e6,IdoC.C.) e da emancipao (art.9, 1,doCd.Civil),Mas,noamenoridade que continua atos 21anos. Noresta dvida dequeospaisrespondempelosdanosqueos filhoscausematerceiros.Adiscussoapenassurgenahorade analisarseestaresponsabilidadeprincipal(direta)ou subsidiria,seisoladaousolidria,ouaindaseobjetiva, subjetiva ou enquadrada na teoria da responsabilidade pelo risco. Estasquestesqueprocuraremosabordarmaisadiante,mas, sempretensodedarumarespostacabal,poisotemade extrema controvrsia. 13 - RESPONSABILIDADE PRINCIPAL OU DIRETA CaioMriodaSilvaPereira,(1979),entendequeospais respondemporresponsabilidadeprpria,isoladaeprincipalem relaoa terceiros pelos danos causados por menor impbere.29 NomesmosentidopensavaAlvinoLima,queporsuavez afirmouqueospaissoresponsveispelosatosdosfilhosedisse corresponder sano pelo exerccio da guarda e educao. 30 29PEREIRA, Caio Mrio daSilva,Instituies de Direito Civil,v.m, n281,p. es- Comentado,Atlas,S.Paulo, 30 LIMA,Alvim,A responsabilidade Civil pelo Fato deOutrem,l. ed.,1973,p.33. 185 186REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO o autor,novamentevolta aafirmar a responsabilidade dos pais; edisseserestadiretaquandosetratardefilhodebaixaidade (infante). Noseafastandodestes,MrioMoacyrPortoengrossaa fileira,entendendoquenestecasoaresponsabilidadediretado pai,quepagapordvidaprpria.Esteautornoadmitecomo solidriaaresponsabilidadedopai,nemdotutoroucurador, quando setratar de representados absolutamente incapazes.31 Emoutrolocal,afirmaque"osincapazessoinimputveis,e, comotais,norespondempessoalmentepelosdanosque causarem,,32.Segundoele,aobrigaodeindenizarcabetoda inteiramente aos pais que - convm reiterar - respondem,pela sua prpria culpa e no pela culpa de seufilhoincapaz,,?3 Analisandoaresponsabilidade. civilnosistemajapons,R. LimongeFrana,abreapossibilidadedestetersidoinfluenciado pelo828,doCdigoAlemo,embora comdisposiodiversa. OcdigodoJaponosarts.712 e714,afirmaaresponsabilidade dopaieafastaadofilho,quandoestiveremestadode incapacidade. Art.712- Senoscasosemqueummenorcausou prejuzoaoutrem,elenoestavanapossedesuficiente inteligncia paraentender suaresponsabilidadeemrelao aoato,omesmonoestarobrigadopelosprejuzoscom respeito a este ato. Art.714- Umapessoaqueestobrigado,noscasos emqueo incapaz no responsvel,deacordocomosdois artigosprecedentes,afazercompensaoporqualquer prejuzoqueapessoasobincapacidadetenhacausadoa umaterceira pessoa.Mas,istono seimplicar sea pessoa queestnodeverdesupervisononegligenciouoseu dever. 31, . PORTO,Mano Moacyr,R.T.650108. 32PORTO,MrioMoacyr,RT.617/21. 33PORTO,MrioMoacyr,RT.61122. GELSON AMARODE SOUZA Umapess( incapacidade,ef supervisionar, mencionada no S DizR.L.Frana,ql matria,porm podeSI concernentesineapac anos erelativa dos163 Depoisacrescenta,entr elidearesponsabilidaa elecausados,o quecor ser tratada a seu templ Porsuavez,Car responsabilidadedosp, casosdeincapacidade incapacidade relativa.36 Apontanestesentidc PontesdeMiranda (198< doatoilcitonotenha, noemprincpio,resI eulpa.37 Propugna pela n Levenhagem (1980),ao( preceitosdoCdigoCi conclusodaresponsabi filhos?8 Nomesmosentidof afirmandoque,quando1 consideradoculpadoeo 34 ar!.714,Cod.Japons - trad.R.L F 35 IM G.LONI,FranCISCoR.,RF.610/236 SANTOS,JM.de Carvalho, c.c. I Janeiro,1986.37 PONTESDEMIRANDA,J.c.,T Paulo,1984. 38LEVENHAGEM, op.cit.loc.cit. rulO TOLEDO DE ENSINOGELSONAMARO DE SOUZA 187 lonsabilidade dospais; : filhodebaixaidade ::yrPortoengrossaa lsabilidadediretado ltornoadmitecomo dotutoroucurador, .31 nente mcapazes. ~ s soinimputveis,e, ltepelosdanosque eindenizarcabetoda . - respondem,pela sua "33ncapaz. osistemajapons,R. :etersidoinfluenciado :omdisposiodiversa. rmaa responsabilidade ~ s t i v e r emestadode queummenorcausou napossedesuficiente nsabilidadeemrelao dopelosprejuzoscom ltobrigado,noscasos . deacordocom os dois 'ensaoporqualquer :idadetenhacausadoa ,eimplicarsea pessoa tonegligenciouoseu Umapessoa que tem superviso sobre uma pessoa sob incapacidade,emlugar dapessoaqueestnaobrigaode supervisionar,tambmassumiraresponsabilidade mencionada no precedente.34 DizR.L.Frana,quenoBrasilnohnormasemelhante.A matria,pormpodeserresolvidaluzdasregrasdapartegeral concernentesincapacidadedomenor,aqualabsolutaat16 anose relativa dos16aos21,quandoentoadquirea maioridade. Depoisacrescenta,entretanto,airresponsabilidade domenor no elidearesponsabilidadedosseuspaisetutorespelosdanospor elecausados,oqueconstituimatriapor fatodeoutrem,aqual 'd35seratrataa a seu tempo. Porsuavez,CarvalhoSantos,deixaentenderquea responsabilidadedospaisdiretaeprpria,sendoisoladanos casosdeincapacidadeabsoluta;esolidrianoscasosde incapacidade relativa. 36 Apontanestesentidoderesponsabilidadeprpriaeisolada, PontesdeMiranda(1984),aodizer queofilhoquenomomento doatoilcitonotenhaaptidopara apreciaroatoquepraticava, noemprincpio,responsvel,salvosetalestadoprovmde culpa.37 Propugna pela responsabilidadediretaeprpria dospais, Levenhagem(1980),aodizer queuma interpretaoconjunta dos preceitosdoCdigoCiviledoCdigodeMenores,leva conclusodaresponsabilidadediretadospaispelosatosdos filhos. 38 NomesmosentidopensaWilsonDonizetiLiberato(1991), afirmandoque,quandoumadolescentecommenosde16for consideradoculpadoeobrigadoarepararodanocausado,em 34 art.714, Cod. Japons - trad.R.L.Frana - RT.61O/29. 35 LIMONGI,Francisco R.,RF.610/27. 36SANTOS,J.M.de Carvalho, c.c. BrasileiroInterpretado,v.XX,P.214,FreitasBastos.Riode Janeiro,1986. 37 PONTESDEMIRANDA,J.c.,TratadodeDireitoPrivado,tomoUH,p.136,ed.RT - So Paulo,1984. 38..LEVENHAGEM,op.Clt.loc.Clt. 1 188 REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO virtudedesentenadefinitiva,aresponsabilidadedessa compensao caber exclusivamenteaospais ouaoresponsve1.39 Na mesma trilha ensina Carlos RobertoGonalves,aodizer ~ u e o menor tendomenos de16 anos,somente o pai responsvel.4 Noconcordamoscomasposiesdeexclusividadeede responsabilidadeisoladadospaisoudoresponsvel,mas concordamoscomaresponsabilidadediretaeprincipal,sem subsidiariedade dospais ou responsveis,na forma da lei.Direta e principal,mas,noisoladaenemexclusiva,aresponsabilidade dospais,poispensamosque,no caso,haver solidariedade,como ser vistomais frente. 14 - RESPONSABILIDADE SOLIDRIA ENTRE PAIS E FILHOS SilvioRodrigues(1975),reconhececomosolidriaa responsabilidade dospais no caso do art.1.521do Cdigo Civil. Tambmentendesercasoderesponsabilidadesolidria, quandosetratardefilhosde16eabaixode21anos,Wilson Liberati(1991),em relao aos atospraticados por estes.41 JasonAlbergaria(1991),parecenohaverenfrentado diretamenteaquesto,mas,peloqueexpsdeixouentender-se queoptoupeloentendimentodequeomenortambmresponde pelos danos, quandoassim expe: O art.116 doEstatuto prev a obrigao dereparar o danonos delitoscontraopatrimnio.Tambmestamedida visaum fimeducativo.Tantoarestituiomaterial comoa indenizaododanoobjetivamd e ~ p e r t a r edesenvolvero sensoderesponsabilidadedomenor em facedooutroedo queseu.Ensina,essamedida,aomenordominarseu 39 LIBERATI.Wilson Donizeti, O Estauto da Criana E Do Adolescente, p.59.IBPS-DF - 1991. 40 GONALVES.Carlos Roberto.op.cit.p.22. 41 LIBERATI,Wilson Donizeti,O Estauto da Criana e do Adolescente.p. 59,IBPS - DF - 1991. GELSON AMARO DE SOUZA sentimento decobia doilcito.42 CarlosRobertoGonal1 menor com idade entre16 t: solidria,podendoavti filho ououtros conjuntamen NavisodeSilvio responsabilidadedospaisp( anseiodeseassegurar menor,agarantiade ordinariamente,noconta atribuir a responsabilidade se possibilidade da vtima receb Parece-nosnorestardl atodosfilhosser sempreso expressanestesentido,com Cdigo Civil. Ocaput doart.1.518do( responsvelpelaofensaouv sujeitosreparaododano da ofensa,todosrespondero fala-sena autoriadodanoe( por isso.J onico,afirma I comosautoresoscmplicei 1.521. Asolidariedadeentrepaie forma implcita aodizer a norr osseusbens,nodeixade~entendimento,onico,ao solidariamenteresponsveis, mencionadasno art.1.521doli ~ c..~ALBERGARIA,Jason,omentriosaoDI Rio,1991. 43Cbe '.GONALVES,arlosRorto,op.Clt.p. , 44 RODRIGUES.Silvio,Direito Civil,Vol.4, UIO TOLEDO DE ENSINO GELSONAMARO DE SOUZA ,ponsabilidadedessa , I 39 SOUaoresponsave, .alves,aodizer~ u e o ai responsvel.4 eexclusividadeede ioresponsvel,mas 'etaeprincipal,sem Lfonna da lei.Direta e .. a,aresponsabilidade rsolidariedade,como . ENTRE PAIS E comosolidriaa ;21do Cdigo Civil. msabilidadesolidria, Dde21anos,Wilson jos por estes, 41 ohaverenfrentado lSdeixouentender-se ~ n o r tambmresponde 7brigaodereparar o I.Tambmestamedida uiomaterialcomoa 7ertaredesenvolvero em facedooutroedo omenordominarseu )Iescente,p.59,IBPS-DF - 1991. escente,p.59, IBPS - DF - 1991. sentimento decobia e orgnica,em facedasconseqncias doilcito.42 CarlosRobertoGonalves,entendeque,emsetratandode menor com idade entre16e21anos,a responsabilidadedospais solidria,podendoavtimademandartantoaopaiquantoao f'lh.~1o ououtros conjuntamente. NaVlsaodeSilvioRodrigues(1975),aidiade responsabilidadedospaispelosatosdosfilhosseinspira naquele anseiodeseassegurarvtimadodanocausadoporpessoa menor,agarantiaderessarcimento.Comoomenor, ordinariamente,nocontacomrecursosprprios,ofatodese atribuir a responsabilidade solidria a seus progenitores aumenta a possibilidade da vtima receber a indenizao.44 Parece-nosnorestardvidadequearesponsabilidadepelo atodosfilhosser sempresolidria,mesmo porque,existenorma expressanestesentido,comosevnoart.1.518,nicodo Cdigo Ci vil. Ocaput doart.1.518doCdigoCivil,afirmaqueosbensdo responsvelpelaofensaouviolaododireitodeoutremficam sujeitosreparaododanocausado.Setivermaisdeumautor daofensa,todosresponderosolidariamente pela reparao.Aqui fala-sena autoriadodanoequeesteautorsempreresponsvel por isso.J onico,afirma quesosolidariamenteresponsveis comosautoresoscmpliceseaspessoasdesignadasnoart. 1.521. Asolidariedadeentrepaiefilhoestafirmadano"caput"de forma implcita aodizer a norma que o autor doatoresponde com osseusbens,nodeixadeserresponsvel.Completa-se,este entendimento,onico,aodizercomtodasasletras,serem solidariamenteresponsveis,comoautordoato,aspessoas mencionadas no art.1.521do mesmo Cdigo Civil. 42 ALBERGARIA,Jason,ComentriosaoEstatutoda CrianaedoAdolescente,p.123,AlDE-Rio,1991. 43. GONALVES, Carlos Roberto, op. clt. p.22. 44 RODRIGUES, Silvio, Direito Civil,VaI.4,p.69, 4ed. 189 190REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO Entendoquearesponsabilidade peloatopraticadopelomenor, sejaelepbereouimpbere,implicaemresponsabilidadedo mesmoequeestetenha aguardaeodeverdevigilnciasobreo filho. Tambmnoart.1.524,parece-meendossarestaopinio,pois afirma quesendoocasoascendentepagar por danocausadopelo descendente, no poder reaver o que pagou. Ora,no podendoutilizar daviaregressiva,porqueresponde tambmpor obrigaoprpria eporissosolidria commenor,O quedizoart.1.524queoascendentequepagou(porinteiro), mas no excluiu a aplicao doart.913, do mesmo diploma. 15 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA Falamos que na legislao vigente h solidariedade entre pais e filhospelos danos causados por estes. Entretanto,oprojetodelein634-B,de1975quecuidado futuroCdigo Civil, em seu art.930 refere-se subsidiariedade. Art.930- Oincapazrespondepelosprejuzosque causar,seaspessoasporeleresponsveisnotiverem obrigaodeofazerounodispuseremdemeios suficientes. Pensoqueestaprevisodesubsidiariedadeafastaa solidariedadeatentovigente.Ospaisresponderoem primeiro lugar esomente quando estes no puderem ser responsabilizados queomenorcausadordodanoentraemcenaepassaasero responsvel subsidiariamente. Oincapazcontinuaaresponder,masserapenas subsidiariamente, caso persista a redao do projeto. Interessante casodesubsidiariedade encontramosna legislao italiana,que,emprincpio,omenorinimputvelnoresponde pelasconseqnciasdofatodanoso.Areparaodeveserfeita pelapessoaencarregadadasuavigilncia.Noentanto,seesta pessoa no possuir recursos,oart.1.047, em seu2,prev que o juiz,considerandoacondioeconmicadaspartes,condeneo GELSON AMARO DE SOUZA autordodanodeuma Munir Karan.45 Alegislao portugl subsidirianoart.489 MunirKaran,quedeI noforpossvelobter toca avigilncia doini queoautordodane parcialmente o lesado, I Aatuallegislaot responsabilidade solidl pelosfilhossobsua gu< aoequipararomenor entendimentosdiferenc respondempelosfilhos outros,aresponsabilid subsidiria.Anotou MUI equiparadoomenore obrigaesresultantes responsabilidade dos pai: Noconcordamosc( nossoentender,aresp( adequa ao caso em anl quepossvelasubsidiru satisfaododanoC possibilidadedavtima causadordireitoouseu maisrpidoedeforman melhor. 45. d ". 3 5 Enc.SaraIvae DIreito,Clt.p.9_ 46. - op.cIt.397. 47 _GOMES, Orlando ,Obrigaes, cil 48. - op. Clt.397. ;o TOLEDODE ENSINO GELSONAMARO DE SOUZA aticadopelomenor, 'esponsabilidadedo evigilnciasobreo lrestaopinio,pois r danocausadopelo 1, porqueresponde driacommenor,O pagou(porinteiro), ~ s m o diploma. ariedadeentrepais e 1975quecuidado subsidiariedade. pelosprejuzosque 1sveisnotiverem puseremdemeios iariedadeafastaa )nderoemprimeiro r responsabilizados ena epassaasero masserapenas Irojeto. ltramosna legislao utvelnoresponde lraodeveserfeita Noentanto,seesta seu 2,prev que o 1Spartes,condeneo autordodanodeumaindenizaoeqitativa,conformenoticiou Munir Karan.45 Alegislaoportuguesatambm contempla aresponsabilidade subsidirianoart.489,doCdigoCivil,conformeafirmaode MunirKaran,quedepassagemdeixouestaexpresso."Mas,se noforpossvelobterareparaoporpartedaspessoasaquem tocaavigilncia doinimputvel,onovocdigo(art.489)admite queoautordodanosejacondenadoaindenizartotalou parcialmente olesado,por razes de equidade".46 Aatuallegislaobrasileira,comorestouanotado,adotoua responsabilidade solidria dospais em relaoaosdanoscausados pelosfilhossobsua guarda.Todavia,oart.156doCdigoCivil, aoequipararomenorentre16e21anosaosmaiores,gerou entendimentosdiferenciados.Paraalguns,ospaisnomais respondempelosfilhosdestaidade,47enquantoquantoque,para outros,aresponsabilidadecontinuaaexistir,masdeforma subsidiria.AnotouMunirKaran,que:"oart.156docc.tendo equiparadoomenorentre16e21aomaior,enquantos obrigaesresultantesdeatosilcitos,noexcluia responsabilidade dospais, emborasubsidiria.48 Noconcordamoscomestasubsidiariedadepropalada.Em nossoentender,aresponsabilidadesolidriaaquemaisse adequaaocaso em anlise.Odireitomodernodeveevitar sempre quepossvelasubsidiariedade,poisoquemaisinteressaa satisfaododanocausadoeistomelhorsedarcoma possibilidadedavtimadodanobuscarreparaojuntoao causadordireitoouseuresponsveldeformasolidria.Quanto maisrpidoedeformamaissimplessederareparaododano, melhor. 45Enc.Saraiva deDireito, cit.p.395-396. 46 - op.cit.397. 47 - GOMES, Orlando ,Obrigaes, dI. p.358. 48 - op.dI. 397. 191 192 REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO GELSON AMARO DE SOUZA 16 - FILHOS IMPBERES Emrelaoaosfilhosimpberes,existefartadivergncia doutrinria. Deumladoposicionam-seaquelesqueentendemqueospais nodevemresponderpelosatosdosfilhosimpberes:deoutro, aquelesqueapregoamaresponsabilidadedospais,mesmonos casos de filhosimpberes ou absolutamente incapazes. NodizerdeSilvioRodrigues(1975:69):"Poder-se-iadizer quenestecamposeantepemduastendnciasopostas:uma ampliativadaresponsabilidade,tendoemvistaapreocupaode darseguranavtimadodanocausadopelomenor;outra, restritiva,preocupadacomaidiadeprotegerospaisdomenor; poisnemsemprelhesfcilcontrolarofilho,impedindo-ode praticar atos geradores deresponsabilidade". 49 16.1 CORRENTE NEGATIVISTA Existem aquelesque entendem queoincapazabsolutonotem possibilidade demanifestar a sua vontade epor issonopode agir comculpaoudolo,elementosnecessriosdaobrigaode indenizar.Acresce-sequenoagindooimpberecomculpa, tambm seus pais no sero responsabilizados. OrlandoGomesapontaosfundamentosbsicosdestacorrente que,segundoela,paraalgumcometeratoilcito,precisater discernimento;e para responder pela reparao civil,ter praticado atoculposo.Conseqentemente,seomenornotemcapacidade dequerereentender,noincorreemculpa,oquesignifica idoneidade para praticaratoilcito.Ora,searesponsabilidadedo paipressupeaprticadeatoilcitopelofilho,isto,aoou omissovoluntria,negligncia ouimprudncia,lgicoqueno h responsabilidadepaterna enquantoo filhono tiver capacidade dediscernimento.Ummenordequatroanosnosabeoquefaz. 49 - RODRIGUES,Silvio,Direito Civil,vaI.4,p.69,Saraiva,S.Paulo,1975. Seaoutrem causa danos se no h culpa, ato ilcitc opainorespondeJ: responsabilidadeindireta prejuzo. 50 O mesmo autor reconhl noencontrarespaldona ponto de vista contrrio, Cl 16.2 CORRENTEAFIRlv. Estacorrenteaceitae pelos danos causados a tef( Entreoutros,est Orlan nosentidodequeosp a i ~menoresimpbereseno ele,estoequiparadosao Civi1.5I Porsuavez,SilvioRod afirrnativistaaodisporque pessoaspor eleresponsvei no caso, aspessoas por ele r Posio interessante foia apesardedistinguirosmel podeimputarcomportam capacidade de querer entend elesresponsveis,masseus formadireta.EnquantoqUI responsveis diretos e seus p 50 _GOMES,Orlando,Obrigaes. p.359. 51. - GOMES,Orlado, Obngaes, p. 356.1 52 _ RODRIGUES.Silvio, Direito Civil, ci 53I .'I'd d - LIMA,AvJno,AResponsabl 1ae Forense,1973. ruIO TOLEDO DE ENSINO istefartadivergncia entendemqueospais simpberes:deoutro, dospais,mesmonos : incapazes. >9):"Poder-se-iadizer idnciasopostas:uma vistaapreocupaode )pelomenor;outra, ~ g e r ospaisdomenor; filho,impedindo-ode ,49 ::apazabsolutonotem ~ por issonopodeagir riosdaobrigaode impberecomculpa, ios. ; bsicosdestacorrente atoilcito,precisater aocivil,ter praticado lornotemcapacidade culpa,oquesignifica ~ a responsabilidadedo )filho,isto,aoou ncia, lgicoqueno honotiver capacidade lOSnosabeoquefaz. :.Paulo,1975. GELSON AMARO DE SOUZA Seaoutremcausa danos,nopode dizerqueagiuculposamente; seno h culpa, ato ilcito no praticou;se no cometeu atoilcito, opainorespondepelareparaododano,porquea responsabilidade indireta supe a ilicitudenoatodequem causa o prejuzo. 50 O mesmo autor reconhece que este raciocnio,apesar delgico, noencontrarespaldonaprtica.HojenoBrasilvencedoro ponto de vista contrrio, como ser visto a seguir. 16.2 CORRENTE AFIRMATIVISTA Estacorrenteaceitaeapropalaaresponsabilidadedospais pelos danos causados a terceiro pelos filhosimpberes. Entre outros,est Orlando Gomes(1978),quesustenta posio nosentidodequeospaissomenterespondememrelaoaos menoresimpberesenoemrelaoaospberesque,segundo ele,estoequiparadosaosmaiores,peloart.156doCdigo Civi1.51 Porsuavez,SilvioRodrigues(1975;72)entendenosentido afirmativistaaodisporque,seinfantecausoudanoaoutrem,as pessoaspor eleresponsveis devemser compelidasaindenizar.E no caso, aspessoas por ele responsveis so ospais.52 Posio interessante foia adotada por Alvino Lima (1973),que apesardedistinguirosmenoresdepoucaidadeaquemnose podeimputarcomportamentoculposoeosmenorescom capacidade dequerer entender-se.Aosprimeiros,dissenoserem elesresponsveis,masseus paisosero eresponderopor elesde formadireta.Enquantoque,emrelaoaosltimos,soeles responsveisdiretos e seus pais apenasindiretamente. 53 50 - GOMES. Orlando, Obrigaes. p.359,5 ed. - Forense,Rio.1978. 51 - GOMES, Orlado, Obrigaes, p.356, Forense - 1978 - Rio. 52 - RODRIGUES,Silvio, Direito Civil, cit.p.72. 53 - LIMA,Alvino,AResponsabilidadeCivilPeloFatodeOutrem,led.- RiodeJaneiroForense,1973. 193 I194 56 REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO SilvioRodrigues,discordandodacorrentenegativista,afirma que injusta qualquer restrioem relaoresponsabilidade dos pais.A restrio representa uma limitao injusta,diz o professor daUniversidadedeSoPaulo,ospais,porissoquegeraramos filhos,devemresponderpelosatosdanososporestespraticados objetivamente;quertenhamculpaquerno,enquantoostiverem sob ptrio poder. 54 SegueestatrilhaAmoldoWald,aoafirmarquetm legitimidadepassivaaspessoasquecausaramodanoouque deveriam,pelasuafiscalizao(culpainvigilando)ouboa escolha(culpaineligendo)evitarqueodanofossecausado.Os arts.1.521a1.527,consideram co-responsveisosrepresentantes legaisdodireitodefamlia(paistutoresoucuradores)por danos causadospelosfilhostuteladosoucurateladosqueestejamsob seu poder e nasua companhia, dos comitentes.55 Negandoaresponsabilidadedosabsolutamenteincapazespara responderpelosseusprpriosatos,CaioMriodaSilvaPereira (1981:502/503)afirmaqueaospaiscabeareparaodosdanos causadospelosfilhos.Paraesteautor,ospaisrespondempelo procedimentodosfilhosmenoresqueseachamemseupodere companhia.Diztratar-sedecumprimentododeverdedirigir-lhes aeducaoevelarpelosseusatos,oqueequivalea responsabilidadecivilpelosdanosqueeventualmenteosfilhos venhamocasionaraterceiro.Implica nodeverdeimpedirqueos filhossobsuaresponsabilidadeofendambensjurdicosalheios, bemcomodeindenizaravtima.Diz,afinal,queenquanto absolutamenteincapaz,omenorpessoalmenteirresponsvele, deconseguinte,areparaoincumbeexclusivamenteaospais.Se relativamenteincapaz,suportapessoalmenteasconseqncias dosseusatose,entoaresponsabilidadeimpostaaopaino 54 _RODRIGUES, Silvio, op.cit. p.73. 55_ WALO,Arnaldo,CursodeDireitoCivilBrasileiro - ObrigaeseContratos,p.408,Revista dos Tribunais,S.Paulo,1975. GELSON AMARO DESOUZA excluia prpria, caso I ,-dda reparaaooano. "Seomenorno responsabilidadeser, discernimentodofilho constante deve ser,nes! aposioadotada solidariedade entre osp responsabilidadeunicaI causadospeloltimo.j queentreospaiseo illl resultante dedano.A ob paisque - convmreite no pela "culpa" do seuj no dvida deseufilho".s PontesdeMiranda, responsabilidadedospa teoriadarepartioobjet responsabilizao da pess Na Frana, como aqui osmesmospontos-de-v distines.Assimque opinaque"poucoimporl discernimento.Ospaiss( quandoomenorinirn etriaqueodeverdevi representantes. 60 56_ PEREIRA,CaioMrio da Silva,In 1981. 57 _BEVILQUA. Clvis,Cdigo Civil 58 _ PORTO,MrioMoacyr,O Ocaso d. 617:22. 59. d- PONTESdeMiranda,F.C.Tratao 60. C .- PONTESde MIranda, F.. tratado CI :ITUIO TOLEDO DE ENSINO entenegativista,afirma ) responsabilidadedos injusta,diz o professor lorissoquegeraramos lOSporestespraticados io,enquantoostiverem aoafirmarquetm llsaramodanoouque invigilando)ouboa danofossecausado.Os lsveisosrepresentantes lUcuradores)por danos teladosqueestejamsob 55ntes.utamenteincapazespara MriodaSilvaPereira ~ areparaodosdanos JSpaisrespondempelo achamemseupodere Idodever dedirigir-lhes s,oqueequivalea eventualmenteosfilhos deverdeimpedir queos 1bensjurdicosalheios, ~ , afinal,queenquanto almenteirresponsvele, lusivamenteaospais.Se menteasconseqncias deimpostaaopaino rigaese Contratos, p.408,Revista GELSONAMARO DE SOUZA excluia prpria, caso em queos bens dele (menor) ficam sujeitos ,- d d56a reparaaooano. "SeOmenornoti veraindaatingidoaos16anos,a responsabilidadeser,somente,dospais,porqueafaltade discernimentodofilhooeximedetodaculpa,emaisatentoe constante deve ser,nesta quadra,o desvelo dos pais". 57 aposioadotadaporMrioMoacyrPorto,queaonegara solidariedade entre ospais eomenor causador dodano,afirmaa responsabilidadeunicamente dosprimeirosem relaoaosdanos causadospeloltimo.Dizoemritojurista,oportunoregistrar queentreospaiseomenorimpberenoh obrigaosolidria resultante de dano.A obrigao deindenizar cabe toda inteira,aos paisque - convmreiterar - respondem pela sua prpria culpa,e nopela "culpa" doseu filhoincapaz.Pagam por dvida prpria,e no dvida de seu filho".58 PontesdeMiranda,porsuavez,entendequeexiste responsabilidadedospaispelosatosdoincapaz,abraandoa teoriada repartioobjetiva dosdanos,que,sendoele,permitea responsabilizao da pessoa com o dever de vigilncia. 59 Na Frana, como aqui entre nsnoBrasil, coincidem a respeito osmesmospontos-de-vista,ressalvadasalgumasespordicas distines.AssimqueRogerNelson,ProfessordeGrenoble, opinaque"poucoimportaqueomenorsejaounocapazde discernimento.Ospaisso"aFortiori"presumidosresponsveis quandoomenorinimputvel,poisjustamentenessafaixa etriaqueodeverdevigilnciaincumbeparticularmenteaos representantes.60 56_ PEREIRA,CaioMriodaSilva,InstituiesdeDireitoCivil,vaI.lH,p.503,Forense- Rio, 1981. 57_BEVILQUA, Clvis,Cdigo Civil,vaI.5,p.231. 58_ PORTO,Mrio Moacyr,O Ocasoda Culpa como Fundamento da Responsabilidade Civil,RT 617:22. 59_PONTESde Miranda, F.C.Tratado cit., tomo UH, p.173. 60 _PONTES de Miranda,F.C.tratado cit.,tomo LlH, p.173. 195 196REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO NoJapo,aquestovista nomesmosentido,quandoofilho forincapaz haver a responsabilidadedospaissempre queaquele estiversobsuaguarda.Assimqueoart.714doCdigoCivil Japons,dispequeumapessoaqueestnodeverde supervisionaralgumsobincapacidade,estobrigada,noscasos emqueoincapaznoresponsvel,deacordocomosdois artigosprecedentes,afazercompensaoporqualquerprejuzo quea~ e s s o a sobincapacidadetenhacausadoaumaterceira pessoa.1 Reconhecearesponsabilidadedospaispelosatosdanosos causadosaoutrem.JosdeAguiarDias(1979),afirmandoque estaresponsabilidadedecorredosdeveresdoptriopoder,no dependendo de ser ouno imputvel o filho.62 PontesdeMiranda(1984),aonossovercomacerto,admitea responsabilidade domenor impbere(incapaz)e tambm a deseu responsvel, que em regra so ospais.63 Assim tambm pensa R.Limongi Frana (1986)ao firmar que, a responsabilidade domenor no elide a responsabilidade dosseus paisetutorespelosdanosporelescausados,oqueconstitui matria deresponsabilidade por fato de outrem.64 17 - FILHOS PBERES Aexemplodoqueocorrecomosfilhosimpberesqueso absolutamente irresponsveis, em relaoaospberes que so,em regra,relativamentecapazes,adivergnciaperduraquandoo assunto a responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos. Hquemsustentaaresponsabilidadedospaispelosfilhos enquantomenoresqualquerquesejaasua idade.Mas,poroutro lado,existemaquelesqueentendemqueospaisnomais 61 - Apud R.L. Frana- RT. 610/29. 62 - DIAS, Jos de Aguiar,Da Responsabilidade Civil, vol.02 p.180 - Forense - Rio,1979. 63_Tratado de direito privado, vol.53, p.124, Revista dos Tribunais - S.Paulo,1984. 64 _RT.610/27. GELSON AMARO DE SOUZA respondem pelosdanos oupberes,cujafaixa idade. 17.1 CORRENTE NEG OrlandoGomes(197 responsabilidade dospai e 21anos. Dizoautorque,ent At que o filho complete o Cdigo Civil ptrio dis anosequipara-seaoma atosilcitos,emquefor Assimsendo,noproc obstanteestamaioridade responsvel pelo filhoqu sobseupodereatem menorquecompleta18 inverte-senodireitoeleit efeitodealistamentoe movimentoquenopel vigilncia,talcomodeve: lato quedoosautores m decumpri-locolocar-se repararodanocausadopr possaatribuir,namaiori culpa.65 17.2 CORRENTE AFIRflt. Emposiocontrria temosamaisforte 65. - GOMES, orlando. op.Clt.p.358. 'ITUIO rOLEDO DE ENSINOGELSONAMARO DE SOUZA sentido,quandoofilho paissemprequeaquele 1.714doCdigoCivil eestnodeverde stobrigada,noscasos eacordocomosdois Iporqualquerprejuzo ausadoaumaterceira :lispelosatosdanosos (1979),afirmandoque ~ s doptriopoder,no 62 o. ercomacerto,admitea lpaz) e tambm a deseu ia (1986)ao firmar que, :sponsabilidade dosseus lsados,oqueconstitui 64trem. lhosimpberesqueso aospberes queso,em nciaperduraquandoo s atos dos filhos. ~ dospaispelosfilhos laidade.Mas,poroutro queospaisnomais ,p.180 - Forense - Rio,1979. ibunais - S.Paulo,1984. respondem pelosdanoscausadospor filhosrelativamentecapazes oupberes,cujafaixaetriademarcadaentre16e21anosde idade. 17.1CORRENTE NEGATIVISTA OrlandoGomes(1978:358)incorporanestacorrenteenegaa responsabilidade dospaisem relaoaosfilhosem idade entre16 e 21anos. Dizoautorque,entrens,amenoridadecessaaos21anos. At que o filho complete esta idade, por ele responderia o pai,mas o Cdigo Civilptrio dispe noart.156 que o menor entre16e 21 anosequipara-seaomaiorquandosobrigaesresultantesde atosilcitos,emqueforculpado.atribui-lhecapacidadedelitual. Assimsendo,noprocedeaopiniodifundidadeque,no obstanteestamaioridadeporequiparaolegal,opaicontinua responsvel pelo filho quanto a estas obrigaes. Decerto continua sobseupodereatemsuacompanhia,mas,evidentemente,o menorquecompleta18anoseadquireamaioridadetrabalhista inverte-senodireitoeleitoralesetoma plenamentecapazpara o efeitodealistamentoesorteiomilitar,temumaliberdadede movimentoquenopermiteaopaioexercciododeverde vigilncia,talcomodevesercompreendidosegundooconceito lato quedoosautoresmodernos.Desconhecer aimpossibilidade decumpri-locolocar-seforadarealidade,obrigandoalguma repararodanocausadoporoutrem,semque,emverdade,aele possaatribuir,namaioriadoscasos,omaisleveresquciode culpa.65 17.2 CORRENTE AFIRMATIVISTA Emposiocontrriaabordadanonmeroanterior,aqui temosamaisforteexpressodopensamentojurdico, 65.- GOMES, orlando, op.clt.p.358. 197 198REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO GELSON AMARO DE SOUZA reconhecendoaresponsabilidadedospaispelosatospraticados pelos menores pberes, ouseja,osrelativamente incapazes. SilvioRodrigues(1975),grandeseguidordestacorrente, afirmaqueaidiaderesponsabilidadedospaispelosatosdos filhosseinspiranaqueleanseiodeassegurarvtimadodano causadoporpessoamenor,agarantiaderessarcimento.Comoo menor,ordinariamente, no conta com recursos prprios,o fatode seatribuiraresponsabilidadesolidriaaseusprogenitores aumenta a possibilidade da vtima receber indenizao.66 Aoseutempo,AlvinoLima(1973)jproclamavaa responsabilidadedospaispelosatosdosfilhos,fossemestes pberesouimpberes."Temos,portanto,duassituaesdiversas, disseomestre;ofatodoinfansirresponsvelvistadesua incapacidade natural, e o fatodomenor com capacidade naturalde entenderequerer,e,conseqentemente,responsvelem conseqnciadaculpacometida.Noprimeirocasodomina completamenteoprincpiodairresponsabilidadedomenorde baixa idade,emvirtudedaausncia deculpa.Surge,ento,como responsvelpelo fatodo infans,o seugenitor,sob cuja guarda ele seencontra,mas,responsabilidadedecorrentedesuaprpria culpa,emborasobpresuno,pornegligncianadevida fiscalizaodomenor.- Aresponsabilidadedogenitorpelas conseqnciasilegaisedanosasdosatospraticadospelosseus filhosmenoresdebaixaidade(infans)umaresponsabilidade direta,resultantedanegligncianavigilnciadoincapaz,oude exclusiva culpa dogenitor,consequentemente sem recurso pessoal contra o filhomenor.Tratando-se,porm,defatopraticadopelo filhomenorcomcapacidadedequereredeentender,umavez verificadaasuaculpa,surgeasuaresponsabilidadedireta,e automaticamente,poratribuiojurdica,aresponsabilidade indireta dogenitor,cuja culpa se presume juris tantum.67 AssimtambmpensaMariaHelenaDiniz(1993),conforme seusensinamentos,ospaisrespondemisoladamentepelosdanos 66 - RODRIGUES, Silvio, Direito Civil, cit.p.69. 67. .- LIMA,Alvmo,op.Clt.p.41. causadospelosfilhosah quandooatopraticado responsabilidadepaterna, ptriopoder,nodependi nadainfluiqueomenor d CdigoCivil,esteja,par maior,ou,at,quee s t ~responsabilidadedospais, ti ver menos de16 anose S( Nosepode distinguir, ouimpbere,relativaoua responsabilidadepaterna,( ptrio poder, no depende c em nada influique o menor 156doCdigoCivilesteji aomaior".69 Aequiparao domeno e21anos,quandosobriga to-somenteparaindicarql agircomdiscernimento independentementedaresp quer dizer queseja causa de Entretanto,outrascircunst responsabilidade dospais e I ObservouCarlosRobert( tiveridadeentre16e21an responsabilizado,solidariarnc 68.. . -DINIZ,ManaHelena,CursodeDueJl 1993. 69 _ DIAS, Jos deAguiar,op.cit.p.180. 70 GONALVES, CarlosRoberto,Respom - SP,1979. rrDIO TOLEDODE ENSINO , pelosatospraticados [lente incapazes. ~ i d o r destacorrente, ospaispelosatosdos urarvtimadodano ressarcimento.Comoo lrsosprprios, o fatode aseusprogenitores .- 66 nemzaao. '3)jproclamavaa sfilhos,fossemestes luassituaesdiversas, msvelvistadesua n capacidade naturalde te,responsvelem Jrimeirocasodomina Lbilidadedomenorde pa.Surge,ento,como tor,sob cuja guarda ele lrrentedesuaprpria egligncianadevida dadedogenitorpelas :praticadospelosseus : umaresponsabilidade nciadoincapaz,oude ntesem recurso pessoal , defatopraticadopelo deentender,umavez Jonsabilidadedireta,e L,aresponsabilidade d .67uns tantum. iniz(1993),conforme lladamentepelosdanos GELSON AMARO DE SOUZA causadospelosfilhosabsolutamenteincapazesesolidariamente quandooatopraticadoporrelativamentecapaz.Paraela,a responsabilidadepaterna,comodecorrentequedosdeveresdo ptriopoder,nodependedeserimputvelofilho.Assim,em nadainfluique omenor demaisde16,nostermosdoart.256 do CdigoCivil,esteja,paraefeitodeatoilcito,equiparadoao maior,ou,at,queestejaemancipando,poratodopai."A responsabilidadedospais,comoafirma,serisoladaseofilho tiver menos de16 anos e solidria se tiver mais que essa idade.,,68 No se podedistinguir,quandose trata demenor,sepbere ouimpbere,relativaouabsolutamenteincapaz,paraverificara responsabilidadepaterna,comodecorrentequedosdeveresdo ptrio poder,no depende deser ou no imputvelofilho.Assim, em nada influi que omenor de mais de16anos,nos termos do art. 156doCdigoCivilesteja,para efeitodeatoilcito,equiparado aomaior".69 Aequiparaodomenor aomaior quandotiver idade entre16 e 21anos,quando sobrigaesresultantesde atosilcitos serve to-somenteparaindicarquenestafaixaetria,omenor j pode agircomdiscernimentoesuaresponsabilidadeexistir independentementedaresponsabilidadedopai.Todavia,no querdizer queseja causa deexclusoda responsabilidadedopai. Entretanto,outrascircunstnciasespeciaispoderoexcluira responsabilidade dos pais e permanecer somente a do filho. ObservouCarlosRobertoGonalves,(1979),queseofilho tiveridadeentre16e21anos,etiverbens,podersertambm responsabilizado, solidariamente com o pai ou sozinho.7o 68 -DINIZ,MariaHelena.CursodeDireitoCivilBrasileiro,vaI.7,p.357,Saraiva- S.Paulo1993.69 - DIAS,Jos deAguiar,op.cit.p.180. 70 GONALVES, CarlosRoberto,Responsabilidade Civil, p.23,Selees Jurdicas Uda., Manlia - SP, 1979. 199 200 REVISTA JURDICA - INSTITUiO TOLEDO DE ENSINO 18 - FILHOS EMANCIPADOS Longeestdeserpacificadaamatriarelacionada responsabilidadedospais,emrelaoaatosdosfilhos emancipados. Existemaquelesquenoadmitemqueospaispossamser responsabilizadosporatosdanososcausadospelosfilhosnesta situao. Para outros.ospaispodemser responsabilizados,desde que se observeacausa da emancipao.Afirmam queemsetratandode emancipaovoluntriadospais,estescontinuaroaresponder pelosatosdanososdosfilhos.Casosejaaemancipaolegal,da qualnoteveparticipaodireta opai,essenoresponderpelos danos que aquele possa causar. Persistem ainda aqueles que entendem que os pais respondero, ainda que ofilhoesteja emancipadosem sedistinguir aforma em que obteve a emancipao. Amatria recheada de divergncia exigealguma anlise para chegar-se, aofinal alguma concluso. 18.1 EMANCIPAO Aemancipaoafiguraligadacapacidade.Pela emancipaoa pessoa que era incapaz,passa asercapaz degerir osseus prprios negcios. Regra geralqueaemancipao civilda pessoa natural,sed com achegada da maioridade.achamada emancipaonatural. (art.9 do Cdigo Civil). Noobstanteisto,existemoutrasformasdeemancipaoque nadaatingeamaioridadeequepodeserconcedidadiretamente pelospais(art.9,1,incisoI,doCdigoCivil)eaquelas obtidasdeformaindireta(art.9,I,incisosH,IH,IV e V,do Cdigo Civil). Estas formasforam consideradas, por Antnio Jos GELSON AMARO DE SOUZA deSouza Levenhagern primeira e tcita as der Separandoamaiori dedistinguir-se,dess maioridade alcanad, adquire,concomitante pessoapodealcanar maioridade,eisso,se e art.9. Assimsendo,dem maior tambm emane necessariamente, pesso. Portanto,node c Amulherquecasaaos poder,entretanto,conl um dos requisitos seja a Pensamosquea confundem.Aomesm emancipado,ummaior comosedcomoslou soincapazes. Assim,aemancipa, maioridade.Amaioril emancipaoeocorres pais.Queiramounoq maioridade implica em e Oemancipado menor, prpriosnegciosep assistncia dospais,m a ~emancipao antes dos 2 71 _LEVENHAGEM,AntnioJos 1986. 72.. - Idem,Idem p.36. TOLEDO DE ENSINO atriarelacionada aatosdosfilhos ospaispossamser lospelosfilhosnesta li1izados,desdequese que emsetratandode ntinuaroaresponder emancipaolegal,da noresponder pelos leos pais respondero, distinguira formaem alguma anlisepara capacidade.Pela sa a ser capazdegerir a pessoa natural,sed lemancipaonatural. s deemancipaoque diretamente ligoCivil)eaquelas os lI,11I, IV e V,do ldas,por Antnio Jos GELSON AMARODE SOUZA 201 deSouza Levenhagem(1980),como expressa etcita.Expressa a primeira e tcita asdemais.71 Separandoamaioridadedaemancipao,oautoresclarece. dedistinguir-se,dessemodo,maioridadedeemancipao.A maioridade alcanada aos21anoscompletos ecom ela a pessoa adquire,concomitantemente,aemancipao.Poroutrolado,a pessoapodealcanaraemancipaosemquehajaatingidoa 10maioridade,eisso,sed nascircunstnciasprevistasno,do art.9. Assimsendo,demodogeralpodedizer-se,quetodapessoa maior tambmemancipada,masnemtodasasemancipadasso necessariamente, pessoas queatingiram a maioridade. Portanto,nodeconfundir-seemancipaocommaioridade. Amulherquecasaaos16anos,porexemplo,emancipa-se,no poder,entretanto,concorreraumconcursopblicoparaoqual um dosrequisitos seja a maioridade.72 Pensamosqueamaioridadeeaemancipaonose confundem.Aomesmotempoemqueummenorpodeser emancipado,ummaiorpodenos-lo,porfaltar-lhecapacidade, comosedcomosloucos,etc.Estes,apesardeseremmaiores, soincapazes. Assim,aemancipaoestligadacapacidademasno maioridade.Amaioridadeapenasumadasformasde emancipaoeocorresemaparticipaodiretaouindiretados pais.Queiramounoqueiram,atuemounoatuemospais,a maioridade implica em emancipao. O emancipado menor, torna-se, porisso,capaz de gerir osseus prpriosnegciosepraticarosatosdeseuinteressesem assistncia dospais,masnosetornamaior pelosimplesfatoda emancipao antes dos 21anos de idade. 71_LEVENHAGEM,AntnioJosdeSouza,CdigoCivilComentadop.36,atlas,S.Paulo1986. 72..- Idem,Idem p.36. I202REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO Vistodestaforma,pode-sedizerquemaioridadeimplicaem emancipao, mas,esta noimplica naquela.Mesmo emancipado, apessoacontinuamenorataidadeprevistaemleiequeno Brasil ainda fixada em 21anos.(art.9 do Cdigo Civil). 18.2 FORMAS DE EMANCIPAO Emverdade,todaformadeemancipaolegal,poissemlei prevendoaemancipaoestanopoderiaocorrer.Noobstante isto,parafinsdidticos,consideramosemancipaovoluntria aquelaemqueospaisdiretamenteatuamnamanifestaode vontade edeformaexpressa concedemaosfilhosa emancipao. Chamamosdeemancipaolegal,aquelaoriundadeoutras situaesprevistasemlei,emqueospaisnoexpressama vontadedeemanciparofilho,masistoseddeformaindireta, comonoscasosdeconcessodeautorizaoparacasamento, matrculaeacompanhamentoatconclusodecursosuperior, peloencaminhamentoaoempregopblicooupelofornecimento demeiosparaqueofilhopossatereconomiaprpriaese estabelea comercialmente. Nestasltimashipteses,haveraparticipaodospais,mas istose d de forma indireta outcita,sem a expressa manifestao de vontade,hiptese esta que ser vista no item seguinte. Pelasimplesrazodaemancipaosedaremhipteses diferenciadas,oraporexpressamanifestaodevontade (voluntria)orasemestamanifestaoexpressa(emancipao legal)adoutrinaabriu-seemduascorrentes,sendoumaque afirmaaresponsabilidadedospaisemqualquerhiptese,outra quesadmitearesponsabilidadedospais,nocasode emancipaovoluntriaeaindaumaoutraqueinadmitea responsabilidadedospaisemqualquerhipteses,comosero vistasa seguir. GELSON AMARO DE SOUZA 18.2.1.IRRESPONSI EMANCIPADO Pela irresponsabilid pelosfilhosemancipa( respeitabilidade. Entreeles,cita-se manifestasuaestranl estranhvelaindaao ilcitos dofilho emanei equivale maioridade. possvelassim,sustent Atporquetalopinio quealei.Segundo respondepelofilhoI e,preci poder."3 Esseautornofazc firmandosuaposio pelosfilhosemancipa< emancipao. Aestepensamento,1 (1979),quemuito embo clara a impresso deque emancipao". 74 Criticando julgament< dospaispelosdanos( MoacyrPorto(1987),di decorrnciadoptriop< vigilnciadestedever de optriopoderpelaema presumida dospais?bs CdigoCivilFrancs, 9 73. - GOMES, Orlando, op.Clt.p.35 74_op. cit.p.J80. 'ITUIO TOLEDO DE ENSINOGELSONAMARO DE SOUZA maioridadeimplicaem la.Mesmo emancipado, :vistaemleiequeno Cdigo Civil). olegal,poissemlei 1ocorrer.Noobstante voluntria lmnamanifestaode ISfilhosa emancipao. elaoriundadeoutras paisnoexpressama eddeformaindireta, zaoparacasamento, .sodecursosuperior, ooupelofornecimento prpriaese ticipaodospais,mas a expressa manifestao item seguinte. sedaremhipteses ifestaodevontade expressa(emancipao rentes,sendoumaque [ualquerhiptese,outra pais,nocasode outraqueinadmitea hipteses,comosero 18.2.1.IRRESPONSABILIDADE DOS PAIS PELO EMANCIPADO Pela irresponsabilidade dospais em relaoaos danos causados pelosfilhosemancipados, j pronunciaramvriosautoresdealta respeitabilidade. Entreeles,cita-seograndeOrlandoGomes,(1978)que manifestasuaestranhezapelatesediversaaoexpor:"Mais estranhvelaindaaopiniodequeopairespondepelosatos ilcitos do filho emancipado.Paratodos os efeitos,a emancipao equivale maioridade. apenasoprocesso deantecip-la.No possvelassim,sustentarquepersistearesponsabilidadedopai. Atporquetalopinioesbarra comumobstculointransponvel, quealei.Segundoodispostonoart.1521,incisoI,opai respondepelofilhomenorqueestiversobseupoder,ea emancipaoe,precisamente,aliberaoantecipadadesse poder.,,73 Esseautornofazdistinoentreasformasdeemancipao, firmandosuaposionosentidodequeospaisnorespondem pelosfilhosemancipados,quaisquerquesejamascausasda emancipao. Aestepensamento,parece-nos,filiar-se,JosdeAguiarDias (1979),que muito embora notenha aprofundado notema,deixou clara a impresso de que "a responsabilidade dospais cessa com a emancipao". 74 Criticando julgamento doSTF,queadmitiuaresponsabilidade dospaispelosdanoscausadospelofilhoemancipado,Mrio MoacyrPorto(1987),dissequesearesponsabilidadedospais decorrnciadoptriopoder,devezqueodeverdeeducaoe vigilnciadestedeverdecorre,comopretender-seque,existindo optriopoderpelaemancipao,sobrevivaaresponsabilidade presumida dospais?Observa,oautor queoart.482,alnea2,do CdigoCivilFrancs,conformeredaodadapelaleide 73 - GOMES,Orlando, op.cit.p.359. 74. - op.Clt.p.180. 203 204REVISTA JURDICA - INSTITUiO TOLEDO DE ENSINO 14.12.64, exclui, expressamente, a responsabilidade dospais pelos danoscausadosaterceiros,pelosseusfilhosemancipados,eno mesmo sentindo,afirma dispor o art.2.048doCdigo Italiano.75 18.2.2. IRRESPONSABIUDADE EM ALGUNS CASOS Algunsautoresadmitemaresponsabilidadedospaisem relaoaosfilhosmenoresemancipadosemalgunscasosapenas. Separamoscasosde emancipaovoluntriaeexpressa(art.9, l,incisoI,doCdigoCivil),dosdemaiscasosemquea emancipaosedsemaparticipaodiretaeexpressadospais (art.9,l,incisosIIaV,doCd.Civil).Comseparao, afirmamquenoprimeiropersistiraresponsabilidadedospais. Nos demais,no. Segue esta linhadeentendimento,Maria Helena Diniz(1973) queafirmouentender quesse poderadmitiraresponsabilidade solidria dopaisetratar deemancipaovoluntria.Desta forma, ospaisnoresponderiamporatodofilhoemancipadopelo casamento,ouporoutrascausasarroladasnoart.9,1do Cdigo Civi1.76 Noticia Jos Aguiar Dias(1979)que Sourdat(1902)defendia a distino entrea emancipao direta evoluntria ea emancipao pelocasamento,sendoquenesteltimocasodesapareceriaa responsabilidade.77 Nestesentido,v-sealiodeUldericoPiresdosSantos (1984)discorrendosobreamatria,dequeo"fatodeosfilhos haveremultrapassadoaidadelimitede16anos,nodesoneraos paisderesponderemsolidariamentepelosatosilcitosporeles praticados,noimportando,para esse efeito,queospaisoshajam emancipadoporleviandadeouinteresseoutros,setudoindicava 75_PORTO, Mrio Moacyr,o Ocaso da CulpacomoFundamentodaResponsabilidadeCivil,in RT.617,p.22, Revista dos Tribunais, S.Paulo - maro de1987. 76 - Diniz,Maria Helena, op.citop.357-358. 77_DIAS, Jos de Aguiar, op.cil.p.181. GELSON AMARO DE SOUZI quesuafaltade aconselhavaaemanl afirma que,em setraI menorde21anosem poisatamaioridade cabem-lhes a guarda, Tambm no VIII el aprovadasporunar emancipaoqueos exoneraodasuapraticam,atcompleta em seu poder e em sua Estacorrenteafirme oscasos de tomamainiciativae responsabilidade dos p, Em verdadenoven resultanaresponsabiH emancipado,masasitl Ora,seomenorapesar sobavigilnciadosp, filhovieracausarate. emancipao.Diferente vigilncia em relao ao. Deoutromodo,osca 1,doCd.Civil, provocamaemancipa ser submissoaospaise quesedcomo casame famliaepassaageri-l gerir,deumlado,ano pelosfilhosque,eventu, 78_ SANTOS,U1dericoPiresdos,J 116,Forense - Rio,1984. 79.1T'b- ReVIstados lu gadosdonuna Belo Horizonte outubro/ dezembt ITUIO TOLEDO DE ENSINO lbilidade dospaispelos hosemancipados,eno doCdigo Italiano.75 ,GUNSCASOS bilidadedospaisem m algunscasosapenas. ria e expressa(art.9, maiscasosemquea 'etaeexpressadospais :::ivil).Comseparao, ponsabilidadedospais. riaHelena Diniz(1973) mitira responsabilidade {oluntria.Desta forma, filhoemancipadopelo lasnoart.9,lOdo mrdat(1902)defendia a untria ea emancipao ocasodesapareceriaa ericoPiresdosSantos ueo"fatodeosfilhos 5 anos,nodesoneraos )Satosilcitosporeles to,queospaisoshajam outros,setudoindicava mentodaResponsabilidade Civil,in 1987. GELSONAMARO DE SOUZA 205 quesuafaltadematuridadeepoucaresponsabilidadeno aconselhavaaemancipao.Aindaestemesmoautorquem afirma que,em setratando deculpa aquiliana,o dever dospaisde menorde21anosemergedonusquelheimpeoptriopoder, poisatamaioridadelegal,enoaadquiridapela emancipao, cabem-lhes a guarda,a proteo incessante.78 Tambm noVIII encontro nacional de TribunaisdeAlada,foi aprovadasporunanimidadeapreposioquedispsquea emancipaoqueospaisconcedemaosfilhosnoimporta exoneraodasuaresponsabilidadepelosatosilcitosqueestes praticam,atcompletarem vinteeumanosdeidade,continuando em seu poder e em sua companhia. 79 Esta correnteafirmaaresponsabilidadedospaissomentepara os casos de emancipao voluntria e direta dospais,na qual estes tomamainiciativaeexpressamenteemancipamofilho.Nega responsabilidade dospais para os demais casos. Em verdadenovemosmuita utilidadenessa separao.O que resultanaresponsabilidadedospaisnoofilhoserouno emancipado,masasituaodesubmissoevignciadospais. Ora,seomenorapesardeseremancipado,continuarsubmissoe sobavigilnciadospais,estesresponderopelosdanosqueo filhovieracausaraterceiros.Masisso,nadatemavercoma emancipao.Diferentemente,temavercomasubmissoe vigilncia em relaoaos pais. Deoutromodo,oscasosprevistosnosincisosIIaVdoart.9, 10,doCd.Civil,demonstrampelasprpriascausasque provocamaemancipaoqueoemancipado,emregra,deixade sersubmissoaospaiseafastamdeseudeveredevigilncia. quesed com ocasamentoemqueoemancipadoconstituinova famliaepassaageri-la.Da,surgeaincompatibilidadeentre gerir,deumlado,anovafamlia,serresponsvelporoutrae pelosfilhosque,eventualmentesurjam,edeoutro,permanecer 78 - SANTOS,UldericoPiresdos,A ResponsabilidadeCivilnaDoutrinaenaJurisprudncia,p. 116,Forense - Rio,1984. 79 - Revista dos Julgados do Tribunal deAlada Civilde MinasGerais,vol.44,p.225,DelReyBelo Horizonte outubro/ dezembro de 1990. I206 80 I REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDO DE ENSINO sendogeridopelospais.Logo,noaemancipao,porsi,que afastaaresponsabilidadedospais,masasituaode independncia familiar do emancipado pelo casamento. O mesmo se d para os casos de assuno de cargo ou emprego pblico,vistoqueumdospressupostosparaoexercciodestes autonomia e completa independncia em relaoa outraspessoas. Segue-se,omesmoraciocnioparaaquelesquecolamgraude ensinosuperior,emgraucientfico,poisaaquisioa estegrau incompatvelcomasubmissodospais.Commaiorrazoser independentedospais,aquelequeestabelececomrecursos prprios.Noservem,oscasosemqueospaissimuladamente fornecem osrecursos para o filho,quando ento os pais continuam aresponderpelosdanoscausadospelosfilhos,aindaque estabelecidos. CarvalhoSantos,tambmdeixousualionestesentido,ao dizerqueemrelaoaomenoremancipadoprecisofazera distinoentrea emancipao tcita,determinada pelo casamento em que a responsabilidade dos pais, porque se trata defilho,tornaseeleprpriochefedefamliae,emsendomulher,pelo casamento passa autoridade domarido.Agora, se a emancipao expressa,outraaconseqncia,poisaemancipaodeum menor que se revela indigno da concesso que lhe for outorgada , nofimdecontas,umatoinconsideradoeaospaisnosepode reconhecerodireitodeexonerar-seporestaformada responsabilidade que a leilhe impe.80 ImportantealiodeMunirKaram,paraquemoato voluntriodaemancipaodevecorresponderrealidadedos fatos.Seofilhoemancipadocontinuaavivernacompanhiados pais,aelesdepender,aseguirsuasordens,aviverssuas expensas,torna-seevidente quea emancipao serealizou apenas no plano formal,sem suporte ftico.De igualmodo, seo filhono possuiaindamaturidadesuficiente,segurananoseu comportamento,nosemostra capazdegerirosseusatosna vida CARVALHO,Santo,J.M.,CdigoCivilBrasileiroInterpretado,11edio,p.216,Livraria FreitasBastosS.A.- Rio,1986. GELSON AMARO DE SOUZ. civil,tem-sequeaI continua dependentel emancipao,no responsabilidade do f V-se pois, que n ditararesponsabilida situaoftica,que vigilnciaeresponsG emancipao por sim dospaisseremou desvinculamento da SI responsabilidadedosI seemancipados,i: emancipao. 18.2.3.RESPONSABl EMANCIPADOS Porfimumaoutra emancipao no toma Amaioridadeum que a emancipaolev( emancipado,continua G isto dizer,quea maiofI Tomando por base, q paisrespondempelosd estiveremsobseupode] noemancipado.Seos emancipadosouno? intrprete distinguir.A osfilhosequeestejam emancipado,massetive pelos atosdo filho,pois KARAN,Munir, Enciclopdia S81_UIO TOLEDO DE ENSINO lllcipao,porsi,que nasasituaode ;asamento. , de cargo ou emprego a o exercciodestes aoa outras pessoas. ~ s quecolamgraude quisioa estegrau :ommaiorrazoser Jelececomrecursos ~ paissimuladamente ltoospais continuam sfilhos,aindaque onestesentido,ao loprecisofazera linada pelocasamento :e trata defilho,toma-sendomulher,pelo ora,sea emancipao emancipaodeum le lhe for outorgada , aospaisnosepode Jorestaformada n,paraquemoato nderrealidadedos 'er nacompanhiados ~ n s , aviverssuas ;oserealizouapenas 1modo,se o filhono segurananoseu .rosseusatosna vida Ido,11edio,p.216,livraria GELSONAMARODE SOUZA 207 civil,tem-sequeaemancipaofoiumatoirrefletido.Ofilho continuadependentementedospaisesobseupoder.Estetipode emancipao,nopodeproduzirefeitosliberatriosda responsabilidade dopai em relaoaosatos danosos dofilho. 81 V-se pois, que no a situao de emancipao civilquem vai ditararesponsabilidadeounoresponsabilidadedospais.Sera situaoftica,quedemonstrararealsubmissoesujeio vigilnciaeresponsabilidadedospais.Ressurge-seda,quea emancipao por simesmo,noservepara alterar a possibilidade dospaisseremounoresponsveis.Somenteasituaode desvinculamentoda sujeio evigilncia dospaisqueafastar a responsabilidadedospais,sejamounoemancipadososfilhose seemancipados,indiferentementeseraformadessa emancipao. 18.2.3.RESPONSABILIDADE DOS PAIS PELOS EMANCIPADOS Porfimumaoutraposioencontradanosentidodequea emancipao no toma a pessoa maior. Amaioridadeumadasformasdeemancipao,masno quea emancipaoleve maioridade.Assim,omenor,ainda que emancipado,continuaasermenoratatingiramaioridade,Quer isto dizer, quea maioridade e emancipao so coisas diferentes. Tomando por base,que o art.1.521doCdigo Civil,diz que os paisrespondempelosdanoscausadospelosfilhosmenoresque estiveremsobseupoder,logo,nocabeindagarseomenor ou noemancipado.Seospaisrespondempelosatosdosmenores emancipadosouno?Ondealeinodistinguenocabeao intrprete distinguir.A nica exigncia da lei que sejam menores osfilhosequeestejamsobopoderdospais.Logo,aindaque emancipado,massetiver sobo poder dospais,estesrespondero pelos atos do filho,pois esta a mensagem da lei. 81 - KARAN,Munir,Enciclopdia Saraiva de Direito, v.65, p.404, Saraiva - S.Paulo,1977. 208 REVISTA JURDICA - INSTITUIO TOLEDODE ENSINO Jsedecidiuque,ofatodeosfilhosmenoresde21anosse acharememancipadosnodesobrigaospaisderesponderem solidariamente pelosatosilcitospor aquelespraticados,a teor do art.1.521,I,doCd.Civil.Porquanto,nessa matria,relevante e a maioridade legal.82 OTribunaldeJustiadeSoPaulo,tambmj decidiuquea capacidadeadvinda da emancipao nopodesobrepor oslimites deidadeprevistanalei.Empassagemlapidar,encontra-seno corpodoAcrdo,alusodeque,partindo-sedopressupostode quea capacidade resultanteda emancipao,oudequalquer outro fatodeterminantedacessodaincapacidadesserefereaosatos davidacivil,emrazodaficojurdicatendenteaantecipara idadecronolgica,deve-seconvirqueaemancipaocivil,em qualquerdeseuscasos,irrelevanteemoutrasesferasjurdicas, como na rbita jurdico-penal, por exemplo.83 A emancipao obtida pelo menor,implica to-somente em lhe atribuir