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A ironia como estratégia didática para o ensino de filosofia RESUMO AUTOR PRINCIPAL: Ivan Rodrigo Neuls E-MAIL: [email protected] TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC:: Não CO-AUTORES: Cosmo Rafael Gonzatto Roberto Quevedo ORIENTADOR: Prof. Dr. Gerson Luís Trombetta ÁREA: Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ: 7.01.00.00-4 - Filosofia UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO: Neste trabalho pretende-se investigar filosófica e didaticamente a utilização do recurso do humor nos desenvolvimentos das aulas de Filosofia no ensino fundamental e médio. Nosso estudo focou o estudo e aplicação do humor a partir da ironia, com base na obra de Kierkegaard, "O conceito de Ironia constantemente referido a Sócrates". Em Kierkegaard é possível entender que para Sócrates, a realidade substancial perdera o valor, passando a ser, cada vez mais, irreal, infinitamente irônica. METODOLOGIA: A investigação foi desenvolvida a partir de observação em sala de aula. A partir das reflexões desenvolvidas em grupos nos quais se discutia as experiências assistidas vislumbrando possíveis formas de qualificar as aulas de Filosofia. Os resultados da investigação, das discussões e do aprofundamento bibliográfico, foram transformados em planos de aula com base em autores que abordassem o assunto da ironia.

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Page 1: RESUMO A ironia como estratégia didática para o ensino de ...semanadoconhecimento.upf.br/download/anais-2013/humanas/ivan_… · RESULTADOS E DISCUSSÕES: Entendemos que a ironia

A ironia como estratégia didática para o ensino de filosofiaRESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Ivan Rodrigo Neuls

E-MAIL:[email protected]

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:Cosmo Rafael GonzattoRoberto Quevedo

ORIENTADOR:Prof. Dr. Gerson Luís Trombetta

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:7.01.00.00-4 - Filosofia

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:Neste trabalho pretende-se investigar filosófica e didaticamente a utilização do recurso do humor nos desenvolvimentos dasaulas de Filosofia no ensino fundamental e médio. Nosso estudo focou o estudo e aplicação do humor a partir da ironia,com base na obra de Kierkegaard, "O conceito de Ironia constantemente referido a Sócrates". Em Kierkegaard é possívelentender que para Sócrates, a realidade substancial perdera o valor, passando a ser, cada vez mais, irreal, infinitamenteirônica.

METODOLOGIA:A investigação foi desenvolvida a partir de observação em sala de aula. A partir das reflexões desenvolvidas em grupos nosquais se discutia as experiências assistidas vislumbrando possíveis formas de qualificar as aulas de Filosofia. Os resultadosda investigação, das discussões e do aprofundamento bibliográfico, foram transformados em planos de aula com base emautores que abordassem o assunto da ironia.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES:Entendemos que a ironia comporta diferentes formas e objetivos. A ironia possibilita uma variedade de formas deentendimento e, tais formas, podem ser expressadas por meio de piadas, anedotas, sátira, duplo sentido, que podem serencontrados em programas de televisão, filmes, charges, jornais e principalmente na internet. Tomamos como principalembasamento teórico a filosofia Socrática através da interpretação kierkegaardiana. Para Kierkegaard, parece que a ironiaconfigura-se no mal-entendido, na dualidade entre o fenômeno e o conceito. A ironia manifesta-se em Sócrates pelosilêncio da pergunta sem resposta. A ironia pode ser vista como a determinação da subjetividade. Em Kierkegaard épossível entender que para Sócrates, a realidade substancial perdera o valor, passando a ser, cada vez mais, irreal,infinitamente irônica. O filósofo grego tornou-se estrangeiro para si mesmo, comportava-se de maneira estranha diante darealidade dada. Em Sócrates, a ironia pode ser reconhecida por possuir mais malícia do que ignorância ou humildade. Vistoque seria uma falsa ignorância se perguntar aquilo que já se sabe a resposta, e onde existe a consciência de superioridadeperante o interlocutor. O método de interrogação usado pelo filósofo ateniense tem como objetivo principal encontrar ascontradições existentes no discurso do próprio interlocutor. Sócrates através desse seu método levava o interlocutor aentrar eventualmente em contradição, fazendo com ele começasse a duvidar do seu próprio conhecimento. Logo emseguida, ele fazia com que o interlocutor percebesse e reconhecesse que não sabia tão bem aquilo que julgava saber. Aolibertar o interlocutor dos preconceitos colocava-o em condição de uma pesquisa mais séria, adotando como ponto inicialde sua investigação filosófica a frase ""só sei que nada sei".

CONCLUSÃO:A pesquisa possibilitou a discussão de temas ligados as variantes do humor com enfoque na ironia. Vimos que opensamento irônico diz mais do que o pensamento objetivo é capaz de explicitar. A ironia atesta a própria incapacidade dalinguagem em representar qualquer experiência centrada na realidade dada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:GEIER, Manfred. Do que riem as pessoas inteligentes?: Uma pequena filosofia do humor. Rio de Janeiro: Record, 2011.GONÇALVEZ, Fernando Antônio. Filosofia com humor. Disponível em: < http://www.fernandogoncalves.pro.br/filosofia-com-humor-10587.php> Acesso em: 07 março 2013.KIERKEGAARD, Soren. O conceito de ironia. Trad. Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 1991.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador