resposta do algodoeiro À adubaÇÃo potÁssica maria da conceição santana carvalho

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RESPOSTA DO ALGODOEIRO RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho Maria da Conceição Santana Carvalho Pesquisadora - Embrapa Algodão Dra. Solos e Nutrição de Plantas E-mail: [email protected] Alberto Carlos de Campos Bernardi Alberto Carlos de Campos Bernardi Pesquisador – Embrapa Solos/Pecuária Sudeste Dr. Solos e Nutrição de Plantas E-mail: alberto.cppse.embrapa.br

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RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho Pesquisadora - Embrapa Algodão Dra. Solos e Nutrição de Plantas E-mail: [email protected] Alberto Carlos de Campos Bernardi Pesquisador – Embrapa Solos/Pecuária Sudeste Dr. Solos e Nutrição de Plantas - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

RESPOSTA DO ALGODOEIRORESPOSTA DO ALGODOEIROÀ ADUBAÇÃO POTÁSSICAÀ ADUBAÇÃO POTÁSSICA

Maria da Conceição Santana CarvalhoMaria da Conceição Santana Carvalho

Pesquisadora - Embrapa AlgodãoDra. Solos e Nutrição de Plantas

E-mail: [email protected]

Alberto Carlos de Campos BernardiAlberto Carlos de Campos Bernardi

Pesquisador – Embrapa Solos/Pecuária SudesteDr. Solos e Nutrição de PlantasE-mail: alberto.cppse.embrapa.br

Page 2: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

PI1%MA1% BA

18%

MT38%

MS5%

GO12%

SP7%

PR4%

MG5%

Outros9%

Porcentagem da produção nacionalAlgodão em pluma (safra 2003/2004*)

Centro Oeste + BA + MA + TO = Cerrado = 86,4%

* Conab (2004)

Page 3: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Extração e exportação de K pelo algodoeiro(kg de K2O/1.000 kg algodão em caroço)

Referência Variedade Estado

Extração Exportação

Furlani Júnior et al. (2001) IAC 22 SP 60 -

Fundação MT (1997) ITA 90 MT 43 -

Staut (1996) ITA 90 MS 47 14

Perseguil et al. (2004) IAC 24 MS 60 -

Ferrari et al. (2004) Delta Opal MS 60 -

Benke et al. (2004) ITA 90 MS 48 -

Malavolta et al. (1979) ? SP 48-60 18-22

Altmann & Pavinato (2001) ? MS/GO - 8,8

Silva & Raij (1996) ? SP 60 19,3

Média de exportação (%) 35

K2O

Page 4: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

0

50

100

150

200

25 40 55 70 85 100 115

Dias após a emergência

Acú

mu

lo (

kg

/ha)

IAC 24 (MS)

Delta Opal (MS)ITA 90 (MS)

ITA 90( MT)

Marcha de absorção de K em cultivares de algodoeiro

Page 5: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Ciclo de desenvolvimento do algodoeiro

Page 6: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Sem K

140 kg/ha de K2O

Sintomas de deficiência de K – 120 dias após a emergência

Page 7: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Distribuição percentual de quantidades de K2O aplicadas em 41 lavouras de algodão cultivadas em SPD, em Alto Taquari (MT), Costa Rica e Chapadão do Sul (MS) e Chapadão do Céu (GO)

50%

25%11%

14%

< 80 80 a 120 120 a 160 160 a 210

Doses de K2O (kg/ha)

Page 8: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado

Local Variedade K solo (Ca+Mg)/K Prod. Max. Dose

mmolc/dm3 @/ha kg/ha

Chapadão do Sul (MS)1 Delta Opal 1,0 31,5 350 154

Chapadão do Sul (MS)2 Fibermax 966 1,8 15,8 302 141

Ponta Porã (MS)3 IAC 20 1,5 24,7 179 >120

Santa Helena de Goiás4 BRS Ipê 0,6 31,7 180 153

Santa Helena de Goiás5 BRS Aroeira 1,6 24,2 212 115

Turvelândia (GO)6 BRS Aroeira 2,3 22,0 274 1461Reis Júnior (2001) 2Reis Júnior (2003) 3Staut & Athayde (1999) 4Carvalho et al. (2004a)

5Carvalho et al. (2004b) 6Bernardi et al. (2003)

Page 9: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Santa Helena de Goiás, safra 2003/2004)

2000

2250

2500

2750

3000

3250

3500

0 40 80 120 160 200 240 280

Dose de K2O (kg/ha)

Pro

du

tivi

da

de

(kg

/ha

)

Ipê

Aroeira

Cedro

Delta Opal

Fabermax 966

Teor de K no solo = 0,6 mmolc/dm3

Teor de argila = 600 g/dm3

Page 10: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(São Desidério, BA, safra 2003/2004)

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

0 1 2 3

Nível de adubação NPK (0-0-0;60-50-70; 120-100-140; 180-150-210)

Plu

ma

(@

/ha

)

Fibermax

Delta Opal

Suregrow

Ipê

Aroeira

Sucupira

CamaçariTeor de K no solo = 0,6 mmolc/dm3

Teor de P no solo = 11 mg/dm3

Teor de argila = 120 g/kg

Page 11: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

49 4847

59

65 65

22.182

22.15622.337

40

50

60

70

80

80 120 160

Dose de K2O (kg/ha)

Teor

de

K n

o so

lo (m

g/dm

3 )

20000

21000

22000

23000

24000

25000

Pro

dutiv

idad

e ac

umul

ada

(kg/

ha)

Após 1a safra (00/01)

Após 4a safra (03/04)

Produtividade acumulada

Resposta do algodoeiro à adubação com K(Costa Rica, MS)

Resposta do algodoeiro à adubação com K(Costa Rica, MS)

Safra 99/00

3500

4000

4500

5000

5500

40 80 120 160

N=80N=120N=160

Safra 00/01

3500

4000

4500

5000

5500

40 80 120 160

Safra 01/02

3500

4000

4500

5000

5500

40 80 120 160

Safra 02/03

3500

4000

4500

5000

5500

40 80 120 160

Safra 03/04

3500

4000

4500

5000

5500

40 80 120 160

Média de 5 safras

3500

4000

4500

5000

5500

40 80 120 160

Dose de K2O (kg/ha)

Pro

du

t ivi

dad

e d

e al

god

ão e

m c

aroç

o ( k

g/h

a)

Fonte: Adaptado de SLC Agrícola (2004)

Page 12: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Turvelândia, GO, safra 2002/2003)

Teor de K no solo = 2,3 mmolc/dm3

Teor de argila = 570 g/dm3

4.185

146

4.117

4.117

Page 13: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Turvelândia, GO, safra 2002/2003)

3.976

157

3.652

Page 14: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Turvelândia, GO, safra 2002/2003)

Eficiência agronômica em função de modos e épocas de aplicação

Page 15: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Santa Helena de Goiás, safra 2002/2003)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

0 80 140 200 260

DOSE DE K2O (kg/ha)

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg/h

a)

Testemunha Pré-plantio (PP)

PP + sulco PP+ cobertura

PP + sulco + cobertura Sulco

Sulco + cobertura

K no solo = 0,6 mmolc/dm3

Argila = 600 g/dm3

Page 16: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Santa Helena de Goiás, safra 2002/2003)

Variação dos teores de K, Ca e Mg na folha

20,2

18,315,313,6

11,6

29,730,70

28,9

24,923,9

2,6

2,82,9

3,34,0

0

5

10

15

20

25

30

35

0 80 140 200 260

Dose de K2O (kg ha-1)

Te

or

de

K o

u C

a (

g k

g-1

)

0

1

2

3

4

5

Te

or

de

Mg

(g

kg

-1)

K folha

Ca folha

Mg folha

Page 17: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 80 140 200 260

Dose de K2O (kg/ha)

Pro

du

tivi

dad

e (

kg

/ha)

Test PP lançoPP+Cob1a PP+Cob1bPP+2cob

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Santa Helena de Goiás, safra 2003/2004)

K no solo = 1,6 mmolc/dm3

Page 18: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Santa Helena de Goiás, safra 2002/2003)

Rendimento e características de qualidade de fibra

Dose de K2O %Fibra Micronaire Maturidade Fiabilidade

(kg/ha) ug/pol %

0 38,3 4,0 88,0 215980 39,3 4,7 89,6 2120

140 39,2 4,8 89,7 2108200 38,9 4,8 89,7 2078260 38,7 4,8 89,8 2052

Page 19: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado

Dose de K2O x Rendimento de fibra

34

35

36

37

38

39

40

41

0 50 100 150 200 250

Dose de K2O (kg/ha)

% d

e fib

ra

Ipê Aroeira

Fabermax 966 Suregrow

Page 20: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Resposta do algodoeiro à adubação com K no cerrado(Potássio x Doenças)

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

0 50 100 150 200 250 300

Dose de K2O (kg/ha)

Se

veri

dad

e d

e d

oe

nça

s

Alternária

Ramulária

R = 0,93**

R = 0,95**

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

0 1 2 3 4 5 6

Relação N/K na folha

Se

ve

rid

ad

e d

e d

oe

as

Alternária

Ramulária

R = 0,94**

R = 0,93**

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

0 5 10 15 20 25 30

Teor de K na folha

Se

ve

rid

ad

e d

e d

oe

as

AlternáriaRamulária

Page 21: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A magnitude de resposta do algodoeiro à adubação potássica depende, dentre outros fatores, do teor absoluto de K e da relação (Ca + Mg/K) no solo, da variedade plantada e do potencial de produtividade da região.

• A aplicação de potássio a lanço em pré-plantio na cultura de cobertura que antecede o algodão é altamente eficiente mesmo em solos com baixos teores de K.

• Em solos com teores de médios e adequados de K não há diferença quanto ao modo de aplicação de potássio, porém em solos com baixa CTC e teores muito baixos de K, sem a presença de uma cultura de cobertura, é recomendável o parcelamento da adubação.

Page 22: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A adubação potássica em doses adequadas aumenta o rendimento e melhora a qualidade de fibra, porém em doses muito elevadas o rendimento de fibra tende a diminuir.

• Plantas de algodão bem nutridas em potássio são mais tolerantes às doenças causadas por fungos. Por outro lado, o o aumento da relação N/K na folha aumenta a severidade de doenças.

• Para realizar uma adubação equilibrada do algodoeiro com K, além da análise de solo e folhas, é importante determinar as quantidades absorvidas e exportadas para a condição local.

• Deve-se praticar a adubação buscando a máxima produtividade econômica.

Page 23: RESPOSTA DO ALGODOEIRO À ADUBAÇÃO POTÁSSICA Maria da Conceição Santana Carvalho

Foto: Nivaldo Pereira (2003)

Práticas de manejo que promovem o aumento do teor de

matéria orgânica do solo, como o sistema plantio direto,

associadas com a rotação de culturas aumentam

a eficiência da adubação.