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RESPONSABILIDADE SOCIAL ORGANIZACIONAL NA VISÃO DOS COLABORADORES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTES - RS Pedro Leonardo Serafin Forgiarini (UNIFRA-RS) Elio Sergio Denardin (UNIFRA-RS) Flaviani Souto Bolzan Medeiros (UNIFRA-RS) Lisandra Taschetto Murini (UNIFRA-RS) Resumo A Responsabilidade Social é um tema muito discutido na sociedade, a qual transfere suas exigências como cliente e consumidor de produtos e serviços prestados pelas empresas. O estudo tem por objetivo analisar a participação de uma empresa dde Transporte na Responsabilidade Social, sob a ótica da direção e de seus líderes de equipe. Para isso, estabeleceram como objetivos específicos: descrever a prática de Responsabilidade Social da empresa; identificar as ações de Responsabilidade Social com o público interno, através de seus líderes; verificar o envolvimento do quadro funcional da empresa em seus projetos e ações ligados à Responsabilidade Social; identificar os principais benefícios da prática de Responsabilidade Social para a empresa. Quanto aos procedimentos metodológicos, a pesquisa classifica-se como quantitativa e qualitativa quanto à natureza, do tipo exploratória e descritiva quanto aos objetivos, e como um estudo de caso no que se refere aos procedimentos técnicos. O instrumento de coleta utilizado foi um questionário aplicado a 13 líderes e 1 diretor da empresa. Desta maneira, foi observada a existência da prática de Responsabilidade Social, embora que ainda trabalhando com uma tímida atuação e participação de seus colaboradores, demonstra-se bastante interessada e condizente aos aspectos sociais. Palavras-chave: Responsabilidade Social; Desenvolvimento Sustentável; Organização. 8 e 9 de junho de 2012 ISSN 1984-9354

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

ORGANIZACIONAL NA VISÃO DOS

COLABORADORES: UM ESTUDO DE

CASO EM UMA EMPRESA DE

TRANSPORTES - RS

Pedro Leonardo Serafin Forgiarini

(UNIFRA-RS)

Elio Sergio Denardin

(UNIFRA-RS)

Flaviani Souto Bolzan Medeiros

(UNIFRA-RS)

Lisandra Taschetto Murini

(UNIFRA-RS)

Resumo A Responsabilidade Social é um tema muito discutido na sociedade, a

qual transfere suas exigências como cliente e consumidor de produtos

e serviços prestados pelas empresas. O estudo tem por objetivo

analisar a participação de uma empresa dde Transporte na

Responsabilidade Social, sob a ótica da direção e de seus líderes de

equipe. Para isso, estabeleceram como objetivos específicos: descrever

a prática de Responsabilidade Social da empresa; identificar as ações

de Responsabilidade Social com o público interno, através de seus

líderes; verificar o envolvimento do quadro funcional da empresa em

seus projetos e ações ligados à Responsabilidade Social; identificar os

principais benefícios da prática de Responsabilidade Social para a

empresa. Quanto aos procedimentos metodológicos, a pesquisa

classifica-se como quantitativa e qualitativa quanto à natureza, do tipo

exploratória e descritiva quanto aos objetivos, e como um estudo de

caso no que se refere aos procedimentos técnicos. O instrumento de

coleta utilizado foi um questionário aplicado a 13 líderes e 1 diretor da

empresa. Desta maneira, foi observada a existência da prática de

Responsabilidade Social, embora que ainda trabalhando com uma

tímida atuação e participação de seus colaboradores, demonstra-se

bastante interessada e condizente aos aspectos sociais.

Palavras-chave: Responsabilidade Social; Desenvolvimento

Sustentável; Organização.

8 e 9 de junho de 2012

ISSN 1984-9354

VIII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 8 e 9 de junho de 2012

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Palavras-chaves: Responsabilidade Social; Desenvolvimento

Sustentável; Organização.

VIII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 8 e 9 de junho de 2012

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1 INTRODUÇÃO

Ultimamente observam-se situações cada vez mais preocupantes e desonestas em

relação ao ser humano, numa proporção assustadora. Agravantes situações de desigualdades

estão, cada vez mais, presentes na vida do homem que vive em sociedade. Homem este que,

além do seu dia-a-dia rotineiro como integrante, ou até mesmo chefe de uma família, convive

grande parte do seu tempo diante dos seus colegas de trabalho. Baseadas neste cenário, é que

surgem as preocupações sociais empresariais, naquelas organizações que realmente

classificam-se como responsáveis.

Responsabilidade Social pode ser dita como um relacionamento ético e transparente da

organização com todas as partes interessadas, visando um desenvolvimento sustentável da

sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a

diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais (FPNQ, 2005).

Na visão de Martinelli (1997), descobre-se a dimensão estratégica da

Responsabilidade Social, na medida em que ela possa contribuir para maior competitividade,

por implicar um ambiente de trabalho mais motivador e eficiente, por contribuir para uma

imagem institucional positiva e por favorecer o estabelecimento de relacionamentos com

maior comprometimento entre seus parceiros de negócio.

No meio empresarial brasileiro, a discussão sobre o papel social das empresas vem

ganhando espaço crescente, embora as motivações para o exercício da Responsabilidade

Social sejam de diferentes naturezas. Especialmente nos últimos quatro anos, tem havido uma

corrida das empresas na direção de assumirem posturas socialmente responsáveis, o que

implica uma necessidade de mudanças profundas em várias dimensões dos seus negócios.

A partir deste contexto, emergiu a questão problema: Qual a participação de uma

empresa de Transporte de Santa Maria – RS nos projetos e práticas de Responsabilidade

Social na visão da direção e de seus líderes de equipe? Visando responder a problemática

levantada, o objetivo geral do trabalho consiste em analisar a participação de uma empresa de

Transporte de Santa Maria – RS na Responsabilidade Social sob a ótica da direção e de seus

líderes de equipe. Tendo como objetivos específicos: descrever a prática de Responsabilidade

Social da empresa; identificar as ações de Responsabilidade Social com o público interno,

através de seus líderes; verificar o envolvimento do quadro funcional da empresa em seus

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projetos e ações ligados à Responsabilidade Social; identificar os principais benefícios da

prática de Responsabilidade Social para a empresa.

Este estudo justifica-se através de sua contribuição em termos de informação à

empresa, pois assim a mesma terá um levantamento teórico sobre as suas práticas sociais, bem

como o tema remete à prática de cidadania e com reflexo na sociedade, já que toda empresa é

uma concessão da sociedade e ela tem que retribuir de alguma maneira.

A Responsabilidade Social vem sofrendo várias transições, com enfoque mais

gerencial e ênfase na gestão das relações entre empresa e sociedade, na retidão social

corporativa, passando a incorporar uma ética normativa e propondo padrões de

comportamento desejáveis nas relações entre empresas e sociedade, trabalhando mais

orientada para resultados e com foco no impacto dos negócios para a sociedade. A partir deste

contexto, serão abordadas e revisadas as literaturas envolvidas com o tema, sendo

apresentadas ainda as análises e discussões dos resultados e respectivas conclusões.

2 CONCEITOS BÁSICOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Responsabilidade Social Organizacional é a obrigação da organização de agir de

forma moral é ética como instituição social. Este conceito sugere que os membros devem

certificar-se de que seus esquemas éticos se estendem à organização como um todo. Os

gerentes, em particular, lideram o comprometimento da organização com ações consistentes

tanto na busca de maior produtividade quanto com o objetivo da Responsabilidade Social da

corporação. Infelizmente, nem sempre as coisas funcionam assim (ASHLEY, 2000).

Silva (2001) complementa que a Responsabilidade Social Empresarial é um

comprometimento permanente dos empresários, em adotar um comportamento ético que

venha a contribuir no desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade

de vida de seus colaboradores e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade.

Segundo Barbieri e Cajazeira (2010), a Responsabilidade Social Empresarial

compreende as expectativas econômicas, legais, éticas e discricionárias que a sociedade tem

em relação às organizações em um certo período. Sustenta a ideia de que a Responsabilidade

Social é dividida em quatro dimensões, a saber: a primeira são as responsabilidades

econômicas (a empresa deve ser lucrativa); na segunda são apresentadas as responsabilidades

legais (efetivação do contrato social e suas regras básicas e as leis sob as quais deve operar);

na terceira dimensão são levantadas as responsabilidades éticas (obrigação de fazer o que é

correto e justo, evitando causar danos às pessoas) e por último são abordadas as

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responsabilidades filantrópicas (envolvimento e comprometimento em programas e ações que

promovem o bem-estar humano).

Para Krigsner e Kapaz (2004), o significado de Responsabilidade Social pode ser

representado através de uma visão mais empreendedora, que se preocupa com o entorno

social em que a empresa está alocada. Mesmo assim, não deixando de se preocupar com a

necessidade de geração de lucro, pois o coloca como um meio para se atingir um

desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de vida e não como um objetivo fim.

Podendo ser vista inda como uma condução contínua dos negócios, baseada em

compromissos com a qualidade de vida atual, projetando-o às gerações futuras através de

comportamentos éticos e contribuintes no desenvolvimento econômico-social e ambiental.

Conforme Melo Neto e Froes (2004) a Responsabilidade Social nas empresas consiste

na sua decisão de participar, mais diretamente, das ações comunitárias na região em que está

presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce.

De acordo com Moretti e Gomes (2007), a Responsabilidade Social não possui uma

importância absoluta, de modo a constituir-se como elemento-chave de um bloco histórico.

Para os autores esta importância é relativa, porém não deixa de evidenciar seu caráter

profundamente ideologizado e, que a atual Responsabilidade Social passou por dois estágios

evolutivos anteriores ao atual: Responsabilidade Econômica, Responsabilidade Pública.

A Responsabilidade Social Empresarial pode ser definida como:

O compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por

meio de atos e atitudes que afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma

comunidade, de modo específico, agindo proativamente e coerentemente no que

tange a seu papel específico na sociedade e na prestação de contas para com ela

(ASHLEY, 2003, p. 56).

Na visão de Cherques (2003), não há limite social que uma empresa possa adotar ou

causar, diante do ponto de vista ético, pois a Responsabilidade Social compreende o conjunto

de deveres morais que estas, através de seus dirigentes, têm para com a sociedade.

Torres (2003) afirma que a Responsabilidade Social Empresarial é um movimento que

iniciou nos anos 1960. Seu desenvolvimento se deu a partir dos EUA e sua motivação se

fundamentou na busca por maior consciência de segmentos da sociedade em relação à

responsabilidade das empresas na prevenção do meio ambiente e dos direitos dos

consumidores. Essas são questões de caráter social, por estarem referenciadas a problemas da

sociedade como um todo. Nos últimos 20 anos do século XX, em virtude das novas demandas

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decorrentes de transformações ocorridas no panorama econômico mundial, a noção de

Responsabilidade Social Empresarial passou a envolver um conjunto mais amplo de ações.

As empresas de um modo geral não têm um cronograma histórico que estabelece o

início ou o final das atividades de Responsabilidade Social, o que ocorre é uma evolução da

postura social, a partir de acontecimentos determinantes, sejam políticos, sociais ou até

mesmo tecnológicos. E ainda que, não há uma lista de regras a serem adotadas por uma

empresa mostrando o que ela deve fazer para ser socialmente responsável, mas a

Responsabilidade Social envolve uma gestão mais transparente e ética e a inserção de

preocupações sociais e ambientais nas decisões e resultados da empresa CORRÊA (2004).

Oliveira (2005) coloca que as empresas estão sendo provocadas pela Responsabilidade

Social porque se vêem na contingência de reavaliar o peso dos efeitos das suas atividades e

corrigir a sua conduta. Este acredita que, dentre as atitudes para enfrentar esse desafio, uma

delas é a de se dar conta de que está errada, de modo a buscar uma identidade que integre a

Responsabilidade Social às áreas de estratégia, logística, operacional, financeira e comercial.

A Responsabilidade Social implica em uma forma das empresas conduzirem seus

negócios de modo a tornarem-se parceiras e co-responsáveis pelo desenvolvimento social.

Uma empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses

das diferentes partes envolvidas no negócio (stakeholders): acionistas, funcionários,

fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente, de forma a conseguir

incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender a todos (ETHOS, 2002).

Atualmente, já não basta apenas a liderança, tradição no mercado e a própria imagem

da empresa como requisitos suficientes a fim de não somente atrair, mas manter os melhores

executivos dentro da organização. O que estes, por serem profissionais mais capacitados,

procuram hoje, é a certeza de que enfrentarão novos desafios, oportunidades de

desenvolvimento, plano de carreira e um bom ambiente de trabalho (TACHIZAWA, 2010).

Para Santos (2010, p. 1):

Todas as suas ações empresariais têm repercussão de cunho social, não se pode

negar que já é tempo de o marketing assumir a sua Responsabilidade Social, firmar

um compromisso com a sociedade, com seu público-alvo, que é a sua razão de

existir. Há que haver o mínimo de ética na atuação do setor, respeito aos valores que

estão em jogo: a vida, a saúde, o meio-ambiente, a cidadania e a Nação.

No ponto de vista de Reis e Medeiros (2007), o comportamento responsável de uma

empresa até pode gerar custos financeiros, o que a curto prazo pode ser um argumento

desfavorável. Por outro lado, em função das expectativas da sociedade diante do cumprimento

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por parte das empresas em relação ao social, essa atitude melhora a imagem pública da

mesma, assim contribuindo a longo prazo na ótica de uma organização socialmente

responsável, favorecendo seu desempenho econômico.

2.1 Principais Ferramentas de Responsabilidade Social

Segundo o Instituto Ethos (2010), existem instrumentos para avaliação e

acompanhamento da Responsabilidade Social na empresa e com eles alguns indicadores que

são utilizados para mensurar a Responsabilidade Social das empresas. Esses indicadores

diagnosticam a real situação da empresa e têm por finalidade principal auxiliá-las no

desempenho e acompanhamento de sua gestão, em relação aos impactos sociais e ambientais

decorrentes de suas atividades. Contribuem ainda, como uma alavanca impulsionadora a

construção de uma administração de planejamentos políticos, além de ações que venham a

aprofundar seu comprometimento com a Responsabilidade Social Empresarial.

Dentre tais ferramentas, destacam-se principalmente, o Instituto Ethos de

Responsabilidade Social, a ISO 8000, ISO 9001, ISO 14001 e a AA 1000, todas relacionadas

à complexa malha direcionada à Responsabilidade Social Empresarial. Raynard e Forstarter

(2002) complementam que essas certificações sociais têm por objetivo atestar que a empresa

além de ter procedimentos internos corretos, também participa de ações não lucrativas.

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização associada

a centenas de empresas em operação no Brasil, com diferentes portes e setores de atividade,

com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus negócios de

forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade mais

próspera e justa, e sendo parceiro de organizações internacionais. Com o objetivo de

fortalecer o movimento pela Responsabilidade Social no Brasil, ele concebeu os “Indicadores

Ethos” como um sistema de avaliação do estágio em que se encontram as práticas de

Responsabilidade Social nas empresas. Os indicadores foram elaborados em 2000 pela equipe

do próprio Instituto e membros de empresas associadas (INSTITUTO ETHOS, 2002).

A ISO (International Organization for Standardization) é uma organização fundada

em 1946 e sediada em Genebra, na Suíça, onde seu propósito é desenvolver e promover

normas que possam ser utilizadas por todos os países do mundo. Cerca de 111 países integram

esta importante organização internacional especializada em padronização. O Brasil é

representado pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ISO, 2010).

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Certificar as empresas a partir da realização de auditorias de renome está sendo alvo

de reconhecimento pelo mercado consumidor como uma maneira eficaz, além do diferencial

que impacta no mercado. A partir de tais percepções e necessidades é que foi elaborada a ISO

8000. Esta norma segue o modelo das normas ISO 9000 e 14000, facilitando assim sua

implantação por empresas que já conhecem esse sistema, normalmente as maiores e melhores

empresas do mundo, atende as necessidades voltadas a consumidores mais esclarecidos e

preocupados com a forma como os produtos são produzidos, não se preocupando somente

com a qualidade. Para as organizações esta é uma vantagem contínua, apresentada através da

consistência dos processos de auditoria por meio de mecanismos contínuos por parte dos

órgãos e entidades competentes. Um detalhe que não existe hoje nas normas 9000 e 14000 é a

exigência presente na ISO 8000, de exigir que os funcionários da empresa elejam um

representante para acompanhar a sua implantação, (RESPONSABILIDADE SOCIAL, 2010).

Conforme a ISO (2010), a credibilidade em relação ao trabalho de seus funcionários

através da preocupação social da empresa é o requisito fundamental da SA 8000. Inicialmente

a empresa precisa demonstrar e garantir que está realizando tais procedimentos dentro de

casa, antes de divulgar tal iniciativa ao público externo. Somente dessa maneira é que

demonstrará sua Responsabilidade Social, partindo de si mesma, na sua rotina através do seu

comportamento, atitudes e até mesmo atividades que desempenha com o seu público interno.

Um fator a ser considerado neste aspecto é o salário, pois segundo Felício (2009, p. 1):

Quando um funcionário recebe um bom salário, ele se sente motivado para o

trabalho, e, mais ainda, quando ele recebe elogios do gestor. As pessoas têm

necessidade não somente de uma boa remuneração, mas também de elogios, de

serem lembradas, notadas. E este é um papel fundamental do gestor, não apenas

chamar a atenção quando saiu algo errado, mas principalmente parabenizar o

funcionário quando realizou algo bom. Além da remuneração, propriamente dita, há

ainda, uma série de outros benefícios que podem ser implantados nas organizações,

como prêmios por mérito, quando o funcionário consegue bons resultados; planos de

saúde; auxílio alimentação; descontos em farmácias, faculdades, comércio em geral,

por meio de convênios firmados com a empresa; programas de saúde e qualidade de

vida; remuneração variável, dentre outros. Tudo isso, são formas de estimular a

motivação das pessoas para com o trabalho, o comprometimento com a organização,

além de serem importantes estratégias para reter talentos.

No ponto de vista de Moretti e Gomes (2007), a norma SA 8000 rege o tema

Responsabilidade Social, pois de um modo geral ela estabelece os seguintes pontos: a

proibição de contratar crianças com idade inferior a 15 anos; permissão aos trabalhadores de

se associarem e negociarem de modo coletivo e não individual; proibição da discriminação

racial, origem, sexo (e opção sexual), deficiência física, orientação política e cedo religioso; a

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jornada de trabalho deverá ser de 44 horas semanais e as horas-extras serão uma opção do

trabalhador (não podendo exceder a 12 horas semanais) e proíbe a coerção, o castigo físico e

abuso verbal como práticas disciplinares.

Já a ISO 9000 dirige-se diretamente aos requisitos de gestão de qualidade e tem por

objetivo principal tratar sobre os sistemas de gestão referentes a este tema. Uma organização

com posse do selo de conformidade ISO 9001 possui conformidade segura de boas práticas de

gestão e relacionamento entre fornecedores e clientes, possibilitando maior desenvolvimento

de seus colaboradores e servindo como alavanca pela busca da qualidade total, sempre

propiciando condições para maior competitividade de mercado, otimizando processos e

reduzindo custos. Existem situações onde a certificação ISO 9001 é exigida pelos próprios

clientes, que decidem negociar somente com fornecedores certificados (ISO ONLINE, 2010).

Ainda de acordo com o ISO Online (2010), qualquer setor pode ser contemplado com

esta certificação, pois a mesma estabelece requisitos para processos e não para produtos.

Sendo que cada organização estabelece seu próprio sistema de gestão de acordo com as suas

necessidades e normas, fica ao seu critério solicitar a um órgão certificador que realize uma

auditoria no seu Sistema de Gestão de Qualidade. Esta auditoria emite um relatório,

certificando o sistema, que por sua vez atende aos seus requisitos. Após a certificação,

auditorias periódicas são realizadas na empresa, a fim de estabelecer se o sistema implantado

continua sendo preservado e atendendo aos requisitos estabelecidos. Caso contrário, a

empresa poderá perder a certificação. Vale ressaltar que esta certificação, para que seja válida,

necessita de um registro no INMETRO, para que possa ser dita reconhecida oficialmente.

Moretti e Gomes (2007, p. 50) explicam que:

A norma ISO 14000 foi elaborada com o intuito de conscientizar as empresas no

tocante aos efeitos que elas provocam no meio ambiente. Há uma preocupação em

se evitar desastres e contaminações a partir do exame, a priori, dos processos

internos, principalmente aos que se referem à eliminação de efluentes e aos que

prejudiquem o solo, a água, a flora ou a fauna.

Os mesmos autores complementam que esta norma deve contemplar pontos como: a

avaliação do impacto das consequências que os produtos da empresa possam provocar no

meio ambiente, bem como o atendimento dos chamados da sociedade com relação aos

eventuais prejuízos ou descasos ambientais e, ainda a definição de indicadores internos para a

mensuração do desempenho da empresa na gestão ambiental e a redução dos custos na

prevenção de acidentes ambientais e na prestação de serviços.

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Segundo a ISO (2010) sua intenção não é a de classificar o quanto a empresa

desenvolve em nível de atividades e de nível ambiental, até porque este é um critério que, de

certo modo, pode ser visto de maneira imensurável e qualitativa. Além de existirem inúmeras

avaliações a partir da atividade desempenhada pela organização. Por tratar-se de um tema

muito amplo e de diferentes critérios de participação e avaliação, a ISO 14001 não estabelece

níveis de desempenho ambiental, podendo esta norma ser implementada por uma gama muito

ampla de organizações, que por sua vez independem do seu atual nível de maturidade no

mercado.

No que se refere a AA 1000, de acordo com o Instituto ETHOS (2010), nascida em

1999 em Londres, a norma AA 1000 (Account Ability 1000) é uma das mais abrangentes

ferramentas relacionadas à Responsabilidade Social Empresarial, pois engloba desde os

processos de levantamento de informações até os relatórios sociais e éticos, passando antes

pelas auditorias e utilizando-se dos stakeholders internos e externos através do enfoque nos

diálogos com as partes interessadas. Sua utilização oferece uma melhoria contínua de gestão,

através de caminhos sólidos na aprendizagem organizacional. Em termos nacionais, a AA

1000 ainda é bastante precoce e se limita a poucas organizações.

De acordo com BSD Brasil (2010), a AA1000 pode apoiar a gestão estratégica e as

operações de uma organização, dando a ela assistência para: alinhar seus sistemas e atividades

com seus valores; aprender sobre os impactos de seus sistemas e atividades, incluindo as

percepções de partes interessadas sobre esses impactos; servir como parte de uma estrutura

para controle interno para possibilitar à organização identificar, avaliar e melhor gerenciar os

riscos que surgem de seus impactos e das relações com suas partes interessadas; atender ao

legítimo interesse das partes interessadas em informações a respeito do impacto social e ético

das atividades da organização e seus processos de tomada de decisão e construir vantagem

competitiva através da projeção de uma postura definida sobre questões sociais e éticas.

Portanto, trata-se de uma ferramenta que possui por objetivo, apoiar a aprendizagem

organizacional assim como o desempenho geral diante de aspectos sociais e éticos, ambientais

e econômicos, contando sempre com a contribuição da organização rumo ao caminho do

desenvolvimento sustentável.

3 METODOLOGIA

A metodologia, segundo Magalhães (2005, p. 226), é “o estudo ou a ciência do

caminho, se pretendendo que este seja uma trilha racional para facilitar o conhecimento, além

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de trazer implícita a possibilidade de, como caminho, servir para que diversas pessoas o

percorram [...].

Nesse sentido, o estudo classifica-se como qualitativo e quantitativo quanto à natureza.

A abordagem qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o

pesquisador como seu principal instrumento, tendo um contato direto e prolongado do mesmo

com o ambiente e a situação que está sendo investigada (LAKATOS e MARCONI, 2005). Já

a pesquisa quantitativa, na visão de Costa e Costa (2001), tem o objetivo de comprová-la ou

testá-la. O tema de pesquisa é, na verdade, o responsável por fazer com que o trabalho tenha

um caráter mais de comprovação ou de descoberta.

No que tange aos objetivos, a pesquisa caracteriza-se do tipo exploratória e descritiva.

Conforme Malhotra et al. (2005) a pesquisa exploratória, como o próprio nome já sugere, tem

como objetivo explorar ou examinar um problema ou situação para proporcionar

conhecimento e compreensão. Enquanto que na pesquisa descritiva, segundo Jung (2004), não

pode haver interferência do pesquisador, que deverá apenas descobrir a frequência com que o

fenômeno acontece, ou como se estrutura e funciona, pois o processo descritivo visa a

identificação, registro e análise das características, fatores que se relacionam com o processo.

Este trabalho trata-se de um estudo de caso no que se refere aos procedimentos

técnicos. Lüdke e André (2008) explicam que o estudo de caso pode ser definido como um

estudo delimitado com a exploração de um sistema, obtido a partir de uma coleta de dados

detalhada, envolvendo várias fontes de informação.

Quanto ao plano de coleta de dados, desenvolveram-se dois questionários: o primeiro

deles composto por 14 questões, sendo 12 fechadas de acordo com a escala Likert e 2 abertas,

aplicado a um dos diretores da empresa em estudo; já o outro questionário continha por 12

afirmações também fechadas e de acordo com a escala Likert, sendo aplicados a 13

colaboradores que exercem cargos de liderança na empresa. Foram realizadas entrevistas

diretas e presenciais com os envolvidos, no sentido de assegurar um entendimento das

questões e conceitos acerca do tema por parte dos entrevistados. Ambos os questionários,

foram direcionados à Responsabilidade Social. As informações obtidas foram tabuladas com

o auxílio do software SPSS 16.0, interpretados e analisados sob a ótica qualitativa.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A empresa em estudo é destaque no seu ramo de atuação (transporte rodoviário de

passageiros), e possui o maior número de linhas e itinerários do território gaúcho. Neste item,

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além de ser observada a visão da gerência da empresa quanto à Responsabilidade Social,

serão expostas também as avaliações de seus colaboradores, a fim de se subtrair a real

situação quanto ao tema proposto. Desse modo, pretende-se inicialmente analisá-las e

posteriormente conceder sua aplicação à empresa, a fim de diagnosticar individualmente sua

participação ou então em que condições andam suas atribuições quanto à Responsabilidade

Social.

O tema em estudo (Responsabilidade Social) atinge diretamente a cultura da empresa

em análise. Esta cultura é focada em duas grandes dimensões: quanto à sociedade em geral e

quanto aos colaboradores. Embora o foco do trabalho seja voltado aos colaboradores, são

perceptíveis as práticas sociais da empresa também em relação à sociedade, através de

constantes participações.

4.1 A prática de Responsabilidade Social da Empresa na Visão da Direção

A empresa em questão é uma das mais bem conceituadas empresas de transporte de

passageiros do Estado do Rio Grande do Sul, atuante nesta atividade há mais de 60 anos já

pode ser vista como responsável socialmente à comunidade através da qualidade de seus

serviços prestados. A fim de se formar uma ideia do quanto à empresa tem de

responsabilidade, serão expostas neste item as respostas da direção da mesma quanto ao

assunto, enfocando de modo qualitativo. Aparentemente, alguns indícios já são perceptíveis e

evidentes, transmitindo a ideia de que existem benefícios interligando o ciclo administrativo

da organização.

Atualmente a empresa trabalha e desenvolve projetos sociais dentre os quais

destacam-se: Projeto Pescar, Mesa Brasil SESC, Despoluir e o Separador de Água e Óleo

(SAO). A Fundação Projeto Pescar é uma organização não-governamental, sem fins

lucrativos, mantida por empresas e apoiadas por instituições públicas e privadas nacionais e

internacionais. Sua missão é "promover oportunidades para jovens em situação de

vulnerabilidade social entre 16 e 19 anos, através da educação básica profissionalizante,

visando ao exercício pleno da cidadania e da atividade profissional".

Outra atuação permanente da empresa está relacionada ao Mesa Brasil SESC, um

programa de segurança alimentar e nutricional sustentável, que redistribui alimentos

excedentes próprios para o consumo ou sem valor comercial. O programa é uma ponte que

busca onde sobra e entrega onde falta, contribuindo para diminuir o abismo da desigualdade

social no país. Desde o começo do ano passado, sempre que solicitados, fazem o transporte

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das doações que chegam em grande quantidade para o programa da capital e são direcionadas

para unidades do interior do Estado do Rio Grande do Sul.

A empresa ainda participa do Projeto Despoluir, que tem o objetivo de controlar a

emissão de gases poluentes de motores a diesel. O controle é feito por meio de um aparelho

chamado NA-9000E, que mede o nível de opacidade da fumaça preta emitida, composta por

gases como monóxido de carbono (CO) e óxidos de nitrogênio (NOX). Se a emissão de gases

do carro estiver abaixo dos níveis estabelecidos, ele estará aprovado, recebendo um selo do

projeto, que é afixado no pára-brisa do veículo. Esse processo é realizado novamente após 90

dias. Despoluir é uma criação da CNT (Confederação Nacional de Trânsito), que busca

engajar os empresários do setor e segmentos, na conservação do meio ambiente. A execução

do projeto no Estado está a cargo da FETERGS (Federação das Empresas de Transporte

Rodoviário do Estado do Rio Grande do Sul).

O Separador de Água e Óleo (SAO) é um equipamento usado para separar o óleo da

água proveniente do abastecimento, da oficina e da lavagem da empresa. Ao chegar ao SAO,

que está distribuído em vários pontos da empresa, a água poluída (água + óleo) é separada por

um sistema de tanques e coletores tubulares, que captam somente o óleo e o armazenam para

depois ser eliminado por processos ecologicamente corretos. A água, que agora não é filtrada,

pode ser eliminada sem poluir o meio ambiente. Como forma de diminuir o gasto de água, a

empresa possui um sistema de coleta, que é formada por um reservatório de concreto, fazendo

com que a água da chuva acumulada seja direcionada à lavagem dos veículos.

A partir do ponto de vista da direção da empresa, todas as afirmações levantadas

foram bem sucedidas, pois apresentaram resultados que demonstram que a organização avalia

o assunto como necessário em suas atividades externas à empresa, bem como à sua

comunidade interna (colaboradores). Conforme o exposto no Quadro 1, a primeira questão

aplicada à direção, afirma que a empresa possui, de maneira geral, uma postura socialmente

responsável. Obteve-se como resposta o parecer 4 (concordo). Em relação à presença de

projetos, a direção concorda que estes existem e que norteiam os planejamentos futuros

(afirmações 2 e 3, respectivamente).

Nas atuais condições, é praticamente nula a hipótese de que a comunidade local não

necessite de ajuda. Não diferente é a visão da empresa, que concorda com a afirmação de

número 4, a qual expõe que a empresa atende a Instituições carentes da comunidade local.

Segundo Moretti e Gomes (2007), uma das práticas mais destacadas no âmbito da

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14

Responsabilidade Social Empresarial reside no fato de as ações se realizarem dentro de um

perímetro próximo à sede da empresa.

Alguns autores, como Santos (2010), afirmam que todas as ações de uma organização

têm repercussão social e que já é hora de o marketing assumir sua responsabilidade. Baseada

nesta ideia é que foi desenvolvida a questão número 5, afirmando que um dos principais

motivos que leva a empresa a participar de ações de Responsabilidade Social é justificado

pelo “marketing oculto”. A empresa em questão trata este aspecto de maneira indiferente

(resposta 3).

Em relação ao meio ambiente foi apresentada na afirmação 6, que a empresa mantém

controle de todas as suas atividades, verificando-se que a mesma concordou com o exposto.

Ainda em relação às questões ambientais, a afirmação 7 trata da participação da empresa em

conselhos locais ou até mesmo regionais, a fim de discutir questões ambientais junto ao

governo e à comunidade. Sua posição de resposta foi 4 (concordo).

A afirmação 8 dá início às questões direcionadas ao colaborador, onde a direção expõe

que a participação dos mesmos em programas ou projetos sociais é de forma voluntária. A

avaliação da empresa foi exposta através da resposta 3, demonstrando-se indiferente. Quanto

aos salários e demais benefícios (afirmação 9), a empresa diz estar disponibilizando do

pagamento destes sempre em dia, bem como disponibiliza de boas condições de trabalho.

Também concorda que investe em seus funcionários, proporcionando-lhes cursos,

treinamentos ou bolsas de estudo (afirmação 10).

Quanto aos projetos desenvolvidos, a organização diz que é possível identificar sua

repercussão (afirmação 11). Concorda também com a afirmação 12, em relação à oferta de

iguais condições de trabalho a todos os envolvidos.

Diante dos benefícios obtidos pela prática das ações de Responsabilidade Social

(pergunta 13), a empresa identifica: identidade cidadã, colaboradores mais engajados e

associação positiva da marca. Segundo Reis e Medeiros (2007), essa atitude melhora a

imagem pública da mesma, assim contribuindo a longo prazo na ótica de uma organização

socialmente responsável, favorecendo seu desempenho econômico.

Na afirmação 14, no que se refere ao entendimento de Responsabilidade Social, foram

apresentados os seguintes tópicos: ajuda para a comunidade, obrigações com a comunidade,

oferecer qualidade de vida, atender às necessidades sociais, sentir-se envolvido e

comprometido com a sociedade e outros. As respostas assinaladas foram o atendimento às

necessidades sociais e o envolvimento e comprometimento com a sociedade e com os outros.

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Quadro 1 - Avaliação da direção

Afirmação Resposta

1) A empresa apresenta, de maneira geral, uma postura socialmente

responsável

4

2) A empresa possui projetos ligados a Responsabilidade Social 4

3) De modo geral, as ações de Responsabilidade Social são baseadas

em projetos ou trabalhadas com planejamento

4

4) A empresa atende Instituições carentes da comunidade local 5

5) Um dos principais motivos que leva a Empresa a participar de

ações de Responsabilidade Social é justificado pelo “manketing

oculto”

3

6) Em relação ao meio ambiente, a empresa mantém controle da

poluição de todas as suas atividades

4

7) A empresa costuma participar de conselhos locais ou até mesmo

regionais, a fim de discutir questões ambientais junto ao governo e

comunidade

4

8) A participação, por parte dos colaboradores, em programas ou

projetos sociais é de forma voluntária

3

9) A Empresa disponibiliza de pagamentos em dia, bem como plano

de saúde e boas condições de trabalho, dentre outros

4

10) A empresa costuma investir em seus funcionários, proporcionando-

lhes cursos, treinamentos ou bolsas de estudo

4

11) É possível identificar a repercussão dos projetos desenvolvidos pela

empresa

4

12) A empresa oferta iguais condições de trabalho a todos (jovens,

idosos, mulheres, negros, brancos, deficientes etc)

4

13)

Quais os benefícios obtidos pela prática das ações de

Responsabilidade Social?

- Identidade Cidadã

- Colaboradores Engajados

- Associação Positiva da marca

14)

O que você entende por Responsabilidade Social:

- Ajuda para a comunidade;

- Obrigações com a comunidade;

- Oferecer qualidade de vida;

-Atender às necessidades

sociais;

-Sentir-se envolvido e

comprometido com a sociedade

e com os outros

Fonte: Os autores.

A partir das respostas da direção da empresa, é perceptível que a mesma demonstra-se

ciente do que envolve a Responsabilidade Social, bem como suas necessidades, condições de

desenvolvimento e objetivos. Pode-se considerar, a partir do exposto que a empresa

apresenta-se em conformidade com as teorias analisadas, porém esta é uma prática que

merece ser aprimorada e desenvolvida sempre, evoluindo de maneira ascendente, assim como

suas retribuições.

4.2 Percepção dos Colaboradores diante da Prática da Responsabilidade

Social na Empresa

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16

Em contrapartida, foi avaliado o ponto de vista dos colaboradores, representados pelos

13 líderes da empresa. Os resultados obtidos demonstram que a realidade é condizente àquilo

afirmado pela direção da empresa, assim beneficiando o fluxo do ciclo administrativo-

operacional da organização.

A primeira afirmação abordada pelos líderes da empresa quanto à Responsabilidade

Social é avaliada com uma média de 4,15, conforme exposto na Tabela 1. Ela afirma que de

um modo geral a empresa tem uma postura socialmente responsável.

Tabela 1 - Postura da organização

Afirmação Mínimo Máximo Média

No seu ponto de vista e de um modo geral, a empresa tem postura

socialmente responsável

3 5 4,15

Fonte: Os autores

A Tabela 2 apresenta duas questões relacionadas aos projetos de Responsabilidade

Social da empresa. A primeira delas, afirma que as ações da empresa são baseadas em

projetos e trabalhadas com planejamento, resultando em uma média de 4,08. Já quanto à

exposição dos projetos, a média baixa um pouco (3,54). Demonstrando que estes podem ser

melhor divulgados e engajados à participação dos colaboradores.

Tabela 2 – Projetos de Responsabilidade Social

Afirmação Mínimo Máximo Média

1. De modo geral, as ações de Responsabilidade Social na empresa são

baseadas em projetos ou trabalhadas com planejamento

3 5 4,08

2. Os Projetos de Responsabilidade Social da empresa são expostos e

transparentes aos colaboradores

1 5 3,54

Fonte: Os autores.

Na Tabela 3, quando questionados a respeito de sua participação ativa nos projetos, as

respostas dos líderes oscilaram entre 2 a 5, podendo ser observado que enquanto alguns

discordaram da afirmação, outros concordaram totalmente (média 3,62). Situação esta que

merece ser reavaliada pela organização, pois o resultado demonstra que os colaboradores não

estão se sentindo participativos ativamente nos projetos desenvolvidos. A segunda afirmação

trata da participação destes colaboradores quanto à sua participação voluntária. A média

obtida foi de 4,15. Esta média mostra que não há obrigatoriedade da participação dos

colaboradores, quando envolvidos, vindo ao encontro do que afirmou a direção.

Tabela 3 – Participação do colaborador nos projetos

Afirmação Mínimo Máximo Média

1. Os colaboradores tem participação ativa nos Projetos de 2 5 3,62

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Responsabilidade Social da empresa

2. A participação, por parte dos colaboradores, em programas ou projetos

sociais é de forma voluntária

2 5 4,15

Fonte: Os autores.

Segundo Felício Junior (2004), as organizações devem ofertar a qualidade de vida

através de ambientes favoráveis para o atendimento das necessidades e do desenvolvimento

integral do ser humano, com base na ideia de humanização do trabalho agregada a

Responsabilidade Social.

Em relação à qualidade de vida, foram apresentadas três afirmações, exibidas na

Tabela 4. A primeira delas trata do investimento da empresa aos colaboradores através de

cursos, treinamentos ou bolsas de estudo. A média resultante (4,08) demonstra que existe este

investimento. Em relação à oferta de iguais condições de trabalho a todos, a média obtida foi

muito boa: 4,69. Esta é uma das mais altas médias obtidas, demonstrando que realmente a

empresa não apresenta desigualdades sociais. A última afirmação da tabela refere-se às boas

condições de trabalho e o respectivo interesse permanente por parte da organização,

resultando em uma média de 4,31. Outro bom resultado, já que qualidade de vida atualmente

é um dos fatores determinantes para muitos colaboradores

Tabela 4 – Qualidade de vida

Afirmação Mínimo Máximo Média

A empresa costuma investir em seus funcionários, proporcionando-lhes

cursos, treinamentos ou bolsas de estudo

2 5 4,08

A empresa oferta iguais condições de trabalho a todos (jovens, idosos,

mulheres, negros, brancos, deficientes, etc)

4 5 4,69

Em relação às boas condições de trabalho (saúde, qualidade de vida,

realizações), existe interesse permanente por parte da organização

3 5 4,31

Fonte: Os autores.

A Tabela 5 apresentou uma afirmação referente ao reconhecimento e valorização da

organização em relação ao desempenho do profissional. Apesar da média ter oscilado entre 3

a 5 , o resultado obtido foi bom, pois afirma que existe este reconhecimento, que por muitos é

visto como um fator motivacional.

Tabela 5 - Valorização e Reconhecimento

Afirmação Mínimo Máximo Média

A organização costuma reconhecer e valorizar seu trabalho. 3 5 4,00

Fonte: Os autores.

Quanto aos salários e benefícios ofertados pela empresa, a Tabela 6 apresenta um

excelente resultado: média 4,69. Isso significa que estes fatores estão condizentes com a

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realidade da empresa. Para Felício (2009), o salário é um fator motivacional ao funcionário,

assim como benefícios, prêmior por méritos, planos de saúde, auxilio alimentação, dentre

outros. Por outro lado, existe a confiança por parte do colaborador em poder se programar

com seu plano financeiro, podendo contar com o dia e valores exatos acertados em seu

contrato. Em termos administrativos, apesar de ser uma obrigatoriedade da empresa, este é um

fator que agrega grande interferência na imagem da empresa.

Tabela 6 – Salários e benefícios

Afirmação Mínimo Máximo Média

A Empresa disponibiliza de pagamentos em dia, bem como plano de saúde

e boas condições de trabalho

4 5 4,69

Fonte: Os autores.

Os colaboradores afirmam que a organização pratica responsabilidade interna, através

de melhorias no ambiente de trabalho. Esta posição é defendia pela média da Tabela 7 (média

4,08). Tão importante quanto à prática externa é a interna, pois dessa maneira expõe que o

desenvolvimento de práticas sociais também é trabalhado dentro de casa.

Tabela 7 - Ambiente de trabalho

Afirmação Mínimo Máximo Média

A prática de Responsabilidade Social interna proporciona melhorias no

ambiente de trabalho

3 5 4,08

Fonte: Os autores.

O meio ambiente é uma preocupação da sociedade em geral. Assim como é atingido

individualmente por cada ser humano, é também atingido em maiores proporções pelas

grandes companhias. Diante deste assunto, os líderes da empresa através da média 4,15,

afirmam que a empresa mantém controle da poluição de todas as suas atividades (Tabela 8).

Apesar de se obter um bom resultado diante desta posição, vale trabalhar melhor esta

afirmação, pois ela refere-se a todas as atividades. Talvez seria necessário descrevê-las para

que assim nenhuma ficasse esquecida, dando maior dinâmica ao resultado. Mesmo assim é

satisfatório mensurar que os colaboradores enxergam esta preocupação da empresa com o

meio ambiente, ao menos em grande parte de suas atividades.

Tabela 8 – Meio ambiente

Afirmação Mínimo Máximo Média

Em relação ao meio ambiente, a empresa mantém controle da poluição de

todas as suas atividades

3 5 4,15

Fonte: Os autores.

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Diante do ponto de vista geral dos colaboradores entrevistados, percebe-se que estes

visualizam aquilo afirmado pela direção da empresa, suas atuações e participações. Este já um

dos dados satisfatórios da pesquisa, pois demonstra que a empresa realmente está trabalhando

com a prática de Responsabilidade Social, não são apenas projetos que estão em fase de

desenvolvimento ou então engavetados.

De um lado, a direção, de outro lado, os colaboradores. Uma defrontação de

informações que acabou em um excelente resultado. Excelente no contexto de que a maioria

das afirmações foram condizentes entre os pareceres, claro que em algumas poucas houveram

pequenas oscilações. São nestas pequenas oscilações que a empresa deve focar, pois são nelas

que estão os desequilíbrios. Um fator que ficou perceptível foi à carência na divulgação do

envolvimento da empresa nos projetos locais e regionais, suas atitudes e seus planos. Muitas

vezes acabam não sendo de conhecimento dos colaboradores as práticas da empresa, nas quais

ele pode contribuir no desenvolvimento e participação em conjunto, possibilitando uma

chance maior de resultados inesperados.

5 CONCLUSÃO

O estudo demonstrou quanto aos ideais e percepção da empresa diante do

envolvimento social, que ela está interessada e ao mesmo tempo é participativa neste sentido.

Isso pode ser observado através dos programas que já estão em constantes acompanhamentos

e demais participações não formais, sendo todos relacionados principalmente à comunidade.

Por outro lado, voltados à comunidade interna (colaboradores) a empresa não se demonstra

diferente disso. Há também um constante desenvolvimento de aprimoramentos em prol do

colaborador. A fim de melhor atendê-lo diante de suas necessidades, são realizados programas

de desenvolvimento específicos a cada área de atuação. Há também, eventos como a Estação

Vida que trabalha focada em assuntos de abrangência geral. O que falta é um vínculo mais

próximo com os mesmos colaboradores, que parecem estar distantes das atuações da empresa

no aspecto social, podendo ser observado.

Na pesquisa direcionada aos líderes da empresa, foram abordadas as principais

atitudes necessárias a uma organização que se diz responsável com a sociedade. Estas atitudes

referem-se à: postura geral da empresa; existência, planejamento e exposição de projetos

ligados a Responsabilidade Social; participação dos colaboradores nestes projetos; qualidade

de vida, envolvendo incentivos educacionais profissionais, treinamentos e especializações,

inclusão social e boas condições de trabalho; valorização e reconhecimento ao profissional;

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salários e benefícios; ambiente de trabalho e; meio ambiente. As tabelas expuseram um

resultado muito positivo em relação à existência de atitudes organizacionais voltadas ao

social. Quanto ao envolvimento dos funcionários nestas atitudes, as médias baixaram. Cabe à

empresa disponibilizar de ferramentas de exposição e interação, facilitando o processo de

envolvimento com os mesmos, gerando benefícios para ambos.

Outro importante aspecto que merece destaque é o resultado geral obtido pelas médias

das tabelas, sendo a menor 3,54 (referente à exposição e transparência dos projetos da

empresa). Este dado não anula a afirmação da presença de projetos e desenvolvimentos

sociais, mas sim expõe que estes não estão sendo divulgados da melhor maneira, pois os

colaboradores acabam não se sentindo muito envolvidos por consequência disso.

A partir da descrição dos processos de Responsabilidade Social, observa-se que eles

não fogem das táticas e consentimentos abordados nas bibliografias estudadas. A empresa

aparenta estar preocupada com o social de seus colaboradores e da comunidade. Sugere-se

que trabalhe com um planejamento mais estratégico e envolvendo os colaboradores e após

este a pesquisa seja aplicada novamente, a fim de reavaliar as questões analisadas, inclusive

servindo para outras empresas.

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