resíduos sólidos urbanos (guiÃo de trabalho)

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RSUs (Recursos Sólidos Urbanos) O que são? Os RSUs são os resíduos que resultam da atividade das populações, seja esta doméstica ou comercial. Variam em composição de acordo com a população, pois cada população tem diferentes hábitos e condições socioeconómicas. Costumam ser denominados de "lixo urbano". Classificação dos RSUs Os RSUs podem ser classificados em relação à composição química , ao tipo , e ao nível de perigo . Quanto ao tipo: Reciclável, se puder ser reutilizado (ex.: a maior parte dos vidros, papel regular, ...). Não Reciclável, se não for possível reutilizá- los (ex.: espelhos, cristal, fita adesiva) Quanto à composição química: Orgânicos, se nalgum momento foram um organismo vivo (ex.: restos de folhas, animais mortos, excrementos, ...); POP (Poluentes Orgânicos Persistentes), quando são orgânicos, mas também tóxicos, persistindo no ambiente, resistindo à degradação química, fotolítica (através da luz) e biológica (ex.: alguns pesticidas, como DDTs, lindano e PCBs) PONP (Poluentes Orgânicos Não Persistentes) quando são poluentes orgânicos, mas com o tempo, acabam por ceder à degradação química, fotolítica ou biológica (ex.: óleos e a maior parte dos detergentes).

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Page 1: Resíduos Sólidos Urbanos (GUIÃO DE TRABALHO)

RSUs (Recursos Sólidos Urbanos)

O que são?

Os RSUs são os resíduos que resultam da atividade das populações, seja esta doméstica ou comercial. Variam em composição de acordo com a população, pois cada população tem diferentes hábitos e condições socioeconómicas. Costumam ser denominados de "lixo urbano".

Classificação dos RSUs

Os RSUs podem ser classificados em relação à composição química, ao tipo, e ao nível de perigo.

Quanto ao tipo:

Reciclável, se puder ser reutilizado (ex.: a maior parte dos vidros, papel regular, ...).

Não Reciclável, se não for possível reutilizá-los (ex.: espelhos, cristal, fita adesiva)

Quanto à composição química:

Orgânicos, se nalgum momento foram um organismo vivo (ex.: restos de folhas, animais mortos, excrementos, ...);

POP (Poluentes Orgânicos Persistentes), quando são orgânicos, mas também tóxicos, persistindo no ambiente, resistindo à degradação química, fotolítica (através da luz) e biológica (ex.: alguns pesticidas, como DDTs, lindano e PCBs)

PONP (Poluentes Orgânicos Não Persistentes) quando são poluentes orgânicos, mas com o tempo, acabam por ceder à degradação química, fotolítica ou biológica (ex.: óleos e a maior parte dos detergentes).

Inorgânicos são os materiais que nunca foram um organismo vivo, se bem que possam ter feito parte de um, sendo os poluentes mais comuns desta categoria os fertilizantes (como o nitrogénio e o fósforo), os agrotóxicos (ex.: herbicidas, inseticidas e fungicidas) e os metais pesados (ex.: chumbo, mercúrio, ...).

Quanto ao nível de perigo:

Perigosos (Nível I) - todos aqueles que, através das suas características químicas, apresentam perigo à saúde pública ou ao meio ambiente. Requerem

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tratamento especial e cuidado na destinação. Ex.: frascos de inseticidas, materiais com vírus/bactérias, pólvora suja...

Não perigosos (Classe II) - Não apresentam nenhumas das características dos resíduos perigosos, e dividem-se em dois subtipos:

Inertes (Nível II, Tipo A) - São caracterizados pelo facto dos seus constituintes não se alterarem ao longo do tempo. Costumam ser depositados em aterros sanitários ou reciclados (ex.: entulho, sucata de ferro e aço).

Não Inertes (Nível II, Tipo B) - São os que não apresentam características iguais aos outros dois grupos (inertes e perigosos) (ex.: restos de madeira, papel, ...).

Produção de RSUs

Hoje em dia, estima-se que, em média, cada pessoa produza 1,3 kg de RSUs por dia, por isso, uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Lisboa, produz aproximadamente 1,3 mil toneladas de RSUs por dia. A produção de RSUs tem vindo a aumentar cada vez mais.

Destino e tratamento dos RSUs

Os RSUs têm três destinos comuns:

Unidades de Incineração, onde são queimados em fornos de tamanho bastante grande. Este método mata os microrganismos criadores de doenças e reduz consideravelmente o tamanho do lixo. É para aqui que vão os resíduos que não devem ser colocados em céu aberto, num aterro.

Aterro sanitário, locais onde os resíduos são posto sobre o solo, para que este os consiga absorver e decompor. É o destino mais comum do lixo de recolha indiferenciada, pois não necessita de manutenção e a decomposição ocorre rapidamente.

Unidades de Valorização e Tratamento de Resíduos (Unidade de Reciclagem), onde ocorre a reciclagem. Este método só é possível com materiais recicláveis.

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Problemas ambientais causados pelos RSUs

Os RSUs, se não forem tratados de forma devida, podem causar vários problemas ambientais. Os tratamentos ineficientes, como as lixeiras, podem causar poluição visual e olfativa, e também poluição dos lençóis freáticos, devido a alguns químicos resultantes da degradação dos RSUs.

Se os RSUs forem queimados em lixeiras pode também ocorrer poluição atmosférica, através dos gases libertados pela queima dos RSUs.

Felizmente, há cada vez menos lixeiras e mais aterros sanitários, o que reduz bastante a poluição e o desperdício de recursos, porque nos últimos o solo absorve compostos de que necessita, e o lixo não é queimado.

O tratamento correto dos RSUs é essencial, pois não só previne poluição como também desperdício de recursos.

Osmose (referida no vídeo passado na apresentação) – Processo de separação de um soluto de um solvente através de uma membrana semipermeável (impermeável ao soluto mas permeável ao solvente). A osmose é utilizada no tratamento de águas proveniente do tratamento dos RSUs.