resenha(batismo e plenitude do espirito santo)

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Sumario 1. Introdução........................................... ......................................Pag. 2 2. Princípios Básicos.............................................. .......................Pag. 2 3. A promessa Do Espírito Santo................................................ .Pag. 2 4. A Plenitude do Espírito............................................. .............. Pag. 4 5. O Fruto do Espírito............................................. .....................Pag. 6 6. Os Dons do Espírito............................................. ....................Pag. 6 7. Conclusão............................................ ......................................Pag. 8

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Page 1: Resenha(Batismo e Plenitude Do Espirito Santo)

Sumario

1. Introdução.................................................................................Pag. 2

2. Princípios Básicos.....................................................................Pag. 2

3. A promessa Do Espírito Santo.................................................Pag. 2

4. A Plenitude do Espírito........................................................... Pag. 4

5. O Fruto do Espírito..................................................................Pag. 6

6. Os Dons do Espírito.................................................................Pag. 6

7. Conclusão..................................................................................Pag. 8

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Introdução

Na introdução da obra o autor usa uma expressão que chama a atenção: “Os ossos mortos e secos da Igreja carecem do sopro vivificante de Deus”.

Particularmente creio que a Igreja moderna tem sim muitos problemas e precisa sim sofrer algumas mudanças no âmbito institucional, mas enquanto Igreja de Cristo ele não pode ser considerada morta, problemas de fato são evidentes isso no contexto geral mas ainda há congregações individuais e denominações que ainda tentem buscar e permanecer na essência do Evangelho ainda que com muita dificuldade porque a batalha é de certa forma desleal porque os ensinamentos estranhos á Bíblia tem sido muito mais amplamente divulgados do que a verdade Bíblica. O problema da concepção e entendimento da Doutrina do Espírito Santo, por exemplo, que é o tema da obra é talvez um dos maiores problemas da Igreja Moderna e de fato precisa ser mais bem entendido e melhor ensinado pelas Igrejas de nossa época.

Princípios Básicos

O Autor mostra primeiramente que a vontade de Deus esta na sua palavra, e que por isso precisamos nos enquadrar no modelo Bíblico, não em nossas experiências e gostos pessoais, a não ser que estas estejam claramente expostas na Bíblia como padrão e Doutrina.

Há também a necessidade de na própria Bíblia, se selecionar os textos aos quais iremos tomar como fonte de Doutrina, pois há os textos Descritivos e os textos Didáticos, estes são os ensinos de Jesus e dos apóstolos neles podemos nos basear para aplicação pratica da palavra, enquanto aqueles são relatos de experiências que em regra geral não aplicam Doutrinas o que aconteceu com alguns não precisa necessariamente acontecer conosco.

Como exemplo disso cita-se a postura da Igreja em Atos quando as pessoas vendiam suas propriedades e repartiam os valores entre si, isso por acaso é uma pratica que tornou se obrigatória a todos os cristãos de forma que devêssemos ensinar em nossas igrejas que o Cristão não deve ter propriedades particulares, mas sim dividir tudo entre os Irmãos?

Obviamente que não, o texto descritivo tem valor sim, quando aliado ao texto Didático proporcionando uma interpretação completa do Contexto.

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A promessa do Espírito Santo È consenso que todo Cristão precisa ter o Espírito Santo, e só

pode ser de fato Cristão, se assim for, mas como isso acontece? Será que Deus nos faz filhos e depois nos da o Espírito ou será que recebemos o Espírito e depois nos tornamos Filhos? Esta é uma das perguntas que são respondidas neste capitulo.

Fica claro para mim que a explicação é conduzida de forma a nos levar a entender que, é impossível alguém ser Filho de Deus sem que tenha o Espírito e é impossível se ter o Espírito sem ser filho, aparentemente não há uma clara conclusão, mas o fato é que os textos citados (João 3.3-8, Rom. 8.14-15, (Gál. 4.6), demonstram que o Espírito é que conduz o Homem ao que chamamos de Novo Nascimento, isso significa que antes disso o Homem esta Morto, sendo vivificado pelo Espírito, então o Espírito nos faz filhos.

È interessante que, acredito que propositadamente, o autor cita Gálatas 4.6 fora de contexto, dizendo “Porque somos Filhos, temos o Espírito” Se voltarmos um verso atrás apenas, veremos “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gál 4.5), Receber adoção de Filhos significa receber o Espírito isso indica que só o Espírito pode nos tornar Filhos, sem ele estamos ainda mortos.

É impossível que sejamos Santificados sem que tenhamos o Espírito, esse processo se inicia quando nos tornamos habitação do Espírito ai então somos capazes de adorar em Espírito e em verdade, de nos purificarmos dos nossos pecados e concupiscências, somos capacitados a testemunhar, somos dotados de Dons, em fim temos condições de sermos chamados filhos de Deus.

Mas este Don pode ser também chamado de Batismo do Espírito Santo? Ou são eles distintos?

A posição e convicção do Autor e também minha é que, Ambos são idênticos, analisando o contexto geral da Bíblia para ter uma visão ampla sobre o assunto, é identificado que a expressão “Batismo do Espírito Santo” é exclusiva do Novo Testamento sendo um cumprimento de uma promessa contida no Antigo Testamento na Expressão “Derramamento do Espírito Santo” (Joel 2.28) entende-se que ambos são o mesmo evento, João Batista disse que ele batizava com água, mas que Jesus batizaria com o Espírito Santo.

Assim como João é chamado de o Batizador, Jesus também é chamado de o Batizador porque seu Ministério é Batizar com o Espírito Santo. A promessa do Antigo testamento é retomada pelos apóstolos no Novo testamento e é cumprida no dia do Pentecostes (Atos 2.36). O Batismo do Espírito Santo ou Derramamento do Espírito Santo traz uma nova difusão do Espírito de Deus sobre o Homem e esta agora acessível á todos.

Vê se que Batismo do Espírito, Don do Espírito, Derramamento do Espírito, São Sinônimos, Assim sendo entendemos que Jesus não somente retira de nós o pecado, mas também nos enche do Espírito,

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entendo que a obra de Salvação estaria incompleta se admitirmos que a conversão inclua apenas a justificação dos pecados sem um preenchimento do ser pelo Espírito que nos torna Filhos.

Aborda-se também de forma bem interessante e convincente a diferença entre o Batismo do Espírito Santo das 120 e das 3000 pessoas em Atos, é interessante observar que a experiência de um não anula a experiência do outro e que ambos digamos assim Batizados com o Espírito Santo em contextos diferentes, nós assim como os 3000 recebemos o Don do Espírito Juntamente com o perdão dos pecados, o que não poderia acontecer com os 120 porque estão antes do dia de Pentecostes, ou seja, antes da inauguração, digamos assim, do Espírito sobre todos, o que não torna toda a experiência dos 3000 normativa para os demais Cristãos a partir daí.

Fica claro nesse ponto também um principio importante, o que os Discípulos ensinaram sobre o Batismo do Espírito Santo? Vemos que tanto Paulo quanto Pedro ensinaram exatamente a mesma coisa, ou seja, somos batizados com o Espírito Santo quando cremos, se a posição dos Apóstolos e de Jesus em relação a esse assunto é essa como poderíamos nós hoje ensinar e viver algo totalmente oposto?

Outra questão importante é porque no texto de Atos 8:5-17, por exemplo, cristãos convertidos recebem o Espírito Santo posteriormente á conversão?

A explicação e convincente plausível e dentro do contexto, na situação citada há questões muito diferentes do comum, são situações em que se exigiram ações diferentes da norma, ou seja, o contexto da conversão dos Samaritanos é algo atípico, portanto a razão pela qual receberão o Espírito posteriormente é histórica e única , sendo assim, não podemos afirmar que ela seja precedente para outras.

No texto de 1corintios 12.13, Paulo expressa que ele e os coríntios tinham recebido o Espírito Santo, ou “foi-lhes dado beber” do Espírito Santo, Paulo enfatiza a unidade, e sendo assim o Batismo do Espírito Santo esta longe de diferenciar os cristãos, pelo contrario, ele é um fator unificador, ele é a introdução do Cristão na vida com Deus, todos somos feitos participantes de um mesmo batismo de uma mesma forma, nos tornando iguais e irmão diante de Deus, se pensarmos diferente é o mesmo que dizer que Deus estaria fazendo acepção de pessoas, proporcionando a alguns um Batismo mais intimo ou mais completo do que a outros, Jesus é quem exerce esse batismo em todos, para isso é preciso entender a concepção do Batismo, e o autor faz isso de forma bem clara e objetiva mostrando que o batismo é formado por quatro elementos, Os dois primeiros são o batizador e o batizado, o terceiro é o elemento com ou em que se batiza e em quarto lugar, esta o propósito do Batismo.

No batismo de João ele é o batizador, e as pessoas de Jerusalém, Judéia os batizados o elemento são águas do rio Jordão, e

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o propósito foi o arrependimento. O batismo do Espírito Santo é semelhante, Jesus é o Batizador, Nós o Batizados, O Espírito é o Elemento e o Propósito é nos tornarmos corpo de Cristo. Se admitirmos o Espírito Santo em outra situação sendo o Batizador quem é o Elemento e qual é o propósito?

Constata-se que 1 Cor. 12:13 refere-se a Cristo batizando com o Espírito e nos fazendo beber do Espírito, todos nós participamos deste batismo, todos os cristãos experimentam isso, essa é uma bênção que todos os cristãos recebem pessoalmente quando crêem.

A Plenitude Do Espírito Santo

A diferença básica mostrada pelo autor entre o Batismo do Espírito Santo e a Plenitude do Espírito Santo é que o Batismo é único definitivo e irrevogável, a Plenitude, ou seja, ser cheio do Espírito é algo que pode e deve ser no mínimo conservada, pois ela pode se perder e ser retomada.

Não há afirmações ou orientações no Novo Testamento para que os crentes fossem Batizados com o Espírito Santo, isso porque obviamente já haviam sido quando creram, mas muitas são as referencias a serem cheios do Espírito. Paulo escrevendo aos Coríntios não faz distinção entre aqueles que receberam o Batismo do Espírito e aqueles que não o receberam, ele faz distinção entre Cristãos Espirituais (Cheios do Espírito) E Cristãos Carnais (Que precisam se encher do Espírito). Creio que a expressão ser Cheio significa dar espaço ao espírito, dar lugar ao espírito para que nos molde e nos use conforme a vontade plena do próprio Espírito.

As evidencias da plenitude do Espírito são primeiramente morais, e não pela aparente manifestação dos Dons, temos como exemplo os cristãos de Corinto, a quem Paulo chama de carnais, eles foram batizados com o Espírito Santo e dotados de dons Espirituais, mas mantinham uma conduta moral reprovável, como pode alguém estar vivendo a plenitude do Espírito e manter ao mesmo tempo uma vida de Mentiras, fornicação, inveja, desprezo pelo próximo entre outras coisas que são vistas na vida dos Coríntios e, diga-se de passagem, na vida de muitos crentes de nossos dias que se dizem “Cheios do Espírito Santo” isso porque chegam em suas igrejas e profetizam, falam em línguas caem no espírito entre outras coisas. Paulo ainda mostra alguns dos frutos de quem esta cheio do Espírito no texto de Efésios5. 18-21.

Há uma idéia de que estando em um estado de plenitude do Espírito Santo o individuo experimentaria um estado de transe, como num transe alcoólico, o que alguns chamam de embriagar-se no Espírito, a idéia Bíblica exposta pelo autor usando como referência o que Paulo diz em Gálatas 5.23 e em outros textos, mostra que a embriagues é um estado em que o individuo não tem controle de si e de suas emoções ficando em um estado que podemos chamar de ignorância total do que lhe acontece, o que o texto Bíblico nos da a

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entender é justamente o contrario, é que estejamos em um estado de plena consciência do que sentimos e fazemos, numa relação inteligente, controlada e saudável com Deus e com o próximo. Outros sinais da Plenitude são os cânticos Espirituais o Falar com os outros das maravilhas de Deus, e dar Graças em tudo e a pratica da Humildade, essas características sim demonstram que o individuo está de fato cheio do Espírito Santo.

Vemos que “Enchei-vos do Espírito” não é uma simples sugestão, mas um imperativo, ou seja, uma ordem, em segundo lugar essa ordem não é direcionada á um individuo em particular, mas a todos, pois o verbo esta no plural, em terceiro lugar o verbo esta na voz passiva o que significa “Deixai-vos encher”, ou seja, nós não nos enchemos, somos cheios, para isso temos de nos entregar, em quarto lugar o verbo esta no tempo presente, o que significa ação continua.

Surgem duas questões: 1) Se todos os cristãos foram balizados com o Espírito, a maioria

não parece ter sido!2) Alguns cristãos dizem ter passado por uma outra experiência

do Espírito Santo, diferente, e eles não parecem estar mentindo!

Em primeiro lugar há o que o autor chama de “Cristão médio” esse seria um individuo que não teve uma experiência de conversão espetacular e que não apresenta muitas mudanças no seu modo de vida, é impossível dizer que não houve uma conversão genuína ou que não foi batizado com o Espírito, uma vez que estas evidencias não são em via de regra idênticas ao dia de pentecostes ou a qualquer outro, há um erro em querer identificar essas coisas de forma visível, que prova bíblica existe para nos fazer crer que as pessoas não podem receber o batismo do Espírito de maneira silenciosa e sem chamar a atenção?

Em segundo lugar no caso dos “Cristãos Especiais”, ou seja, aqueles que tiveram experiências sobrenaturais e que as chamam de “Batismo com o Espírito Santo” o autor afirma que: Em primeiro lugar, uma pequena parte destas experiências sem dúvida são demoníacas, são uma imitação efetuada por Satanás, Em segundo lugar, uma grande parte destas experiências são psicológicas,ou seja, se originam na psique humana, e não no Espírito, Em terceiro lugar, algumas outras experiências do nosso tempo parecem realmente ser experiências de conversão.

Particularmente concordo totalmente com essa visão, uma vez que entendo que Deus não pode ser formatado a nosso gosto pessoal e pode agir como quer e quando quer, mas obviamente há muitos equívocos, muitas encenações e muita ação do inimigo envolvida em algumas experiências tidas por alguns como sendo obra do Espírito Santo, mas precisamos tomar o cuidado de não passar a sermos legisladores de Deus e começarmos a julgar a ponto de blasfemarmos, precisamos ser razoáveis e acima de tudo pedirmos a

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Deus o discernimento para entendermos o que é Espírito, o que é Demônio e o que é Psicológico.

O Fruto do Espírito O Autor discorre bem sobre as características dos frutos

descritos em Gálatas 5.22-23, mostrando que estes são características que todo cristão equilibrado deve possuir e cultivar uma vez que elas fazem parte do caráter de Cristo e se queremos ser imitadores dele precisamos tê-las, há um padrão digamos assim, comportamental e de caráter que só o crente Cheio do Espírito Santo consegue alcançar, isso leva a entender que “O Fruto do Espírito” é de origem sobrenatural, ou seja, o Espírito Santo se encarrega de produzir tais características naqueles em quem habita, contrariamente ao que fazemos naturalmente quando não influenciados pelo Espírito, ou seja, as Obras da Carne que nada mais são do que nossas atitudes e pensamentos produzidos por aquilo que somos, Pecadores.

È muito relevante o paralelo que se faz entre as palavras “Fruto” e “Espírito” uma vez que Fruto é algo natural e Espírito é sobrenatural, isso nos faz entender que ainda que o Fruto do Espírito seja algo produzido pelo próprio Espírito em nós, ele ainda assim precisa de condições naturais que dependem de nós, se somos habitação do Espírito Santo ele deve produzir em nós os seus frutos, mas isso só ira acontecer se dermos as condições naturais para isso, isso faz lembrar algo que Jesus disse: “Pelos Frutos Conhecereis a Arvore”(Mateus 7.20) ou seja pode a figueira produzir uvas, ou a vide produzir figos? pode alguém estar Cheio do Espírito Santo e produzir as obras da carne?

Outro aspecto interessante é o que segue o raciocínio sobre o fruto no que diz respeito à Semeadura, colhemos aquilo que semeamos, se semeamos para o Espírito colhemos para o Espírito, mas se semeamos para a carne obviamente colheremos para a carne, gosto de ilustrar isso na Igreja da seguinte forma, Temos em nós dois Cães Pitt Bull, Carne e Espírito, Um quer devorar o outro e nós somos os responsáveis por alimentá-los e consequentemente determinamos o vencedor dessa batalha, pois aquele a quem alimentarmos mais ficara mais forte e se sobressaíra sobre o outro, por isso precisamos refletir em quem estamos alimentando.

Os Dons do Espírito Santo Quanto aos Dons do Espírito Santo cremos que eles também

são dados pelo Espírito segundo sua liberalidade e vontade á cada crente de forma individual, mas com o propósito do crescimento da Igreja em Unidade, o Don do Espírito nos é dado por Jesus no ato Salvifico, os Dons nos são dados pelo Espírito enquanto caminhamos para a Plenitude.

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O autor define os Dons a partir das 3 palavras usadas por Paulo em 1Corintios 12, charismata, dons da graça de Deus, diakoniai, maneiras de servir e energêmata, energias, atividades. A partir disso define-se Dons como: Capacidades, concedidas pela graça e poder de Deus, que habilitam pessoas para serviços específicos.

Deus é um Deus ilimitado que age de diversas formas, e como já disse não pode ser formatado por nossas opiniões gostos, sendo assim não há uma lista definitiva de Dons nem mesmo dons que sejam mais importantes ou mais dignos do que outros, apesar de alguns Cristãos enfatizarem os dons de Línguas, Curas e Profecias, mas há muitos outros dons tanto relatados nas listas Bíblicas como outros notoriamente reconhecidos como dons do Espírito, mas que não se encontram nas respectivas listas de 1 Coríntios, Romanos 12, Efésios 4, 1 Pedro 4.

A comunicação entre Dons Espirituais e Habilidades Naturais de fato se confundem em alguns casos como o autor demonstra, existem habilidades Naturais que de fato se tornam ferramentas para o ministério do indivíduo depois da conversão, mas que até então era encarado como um simples talento, isso mostra a soberania e Onisciência de Deus que não trabalha com acasos, Podemos supor que os Talentos Naturais que estão obviamente ligados a personalidade da pessoa estejam também ligados aos Dons Espirituais que Deus concede a cada um, por exemplo, alguém pode ter por natureza uma facilidade de se relacionar amigavelmente com as pessoas, e após a conversão receber o dom da exortação.

Nem todos os Dons são Miraculosos, o que há de Miraculoso, por exemplo, em um Bom Professor, ou em uma pessoa que contribui liberalmente, ou até mesmo nos Diáconos originais que foram chamados para servir as mesas?

Quanto aos dons notoriamente Espirituais, será que ainda são dados em nossos dias? A resposta do Autor é tanto sim quanto não, ou seja, depende, vimos anteriormente que Dons são dados as pessoas de forma liberal da parte de do Espírito, mas eles são dados para um propósito, a pergunta é qual é o propósito em Deus realizar certos milagres Hoje? Os Milagres dos Apóstolos Tinham Propósito, os Milagres de Jesus tinham Propósito, os Milagres dos Profetas tinham Propósito, não creio que os mesmos propósitos se apliquem hoje, não estou dizendo é claro, assim como o autor que eles não existam, pois estaria assim limitando Deus, mas temos de ser práticos e coerentes com a palavra do próprio Deus, e ele nos mostra que Deus age com Propósitos.

Outra questão é que Milagre é algo extraordinário, ou seja, fora do comum, que acontece em uma circunstancia atípica, se os

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milagres começam a acontecer diariamente com hora e endereço marcados eles deixam de ser milagres.

A respeito dos dons ou que não são mais dados hoje, o autor fala sobre os Profetas e os Apóstolos, O titulo de Apostolo é obvio e claro na Bíblia que se refere apenas aos discípulos de Jesus que caminharam com ele testemunharam seus feitos e tiveram contato pessoal e especial com ele como é o caso de Paulo, fora esses não há mais apóstolos a não ser que algum desses apóstolos modernos tenha tido esse tipo de relação com Jesus o que eu acho improvável.

A respeito dos Profetas é bem parecida a lógica, uma vez que entendendo que profeta não é somente alguém que interpreta a palavra mas alguém que revela algo que está oculto creio que Deus também não levanta profetas hoje já que a revelação esta completa, usar o termo para os pregadores do evangelho pode ser até aceito mas vejo isso por parte de alguns muito mais uma tentativa de requerer para si um posição de autoridade do que qualquer outra coisa, para mim Pastores, Missionários e Evangelistas esta de bom tamanho.

Dons Espirituais são charismata, eles vêm de Deus é Deus os dá a todos os que crêem, todo cristão é dotado de pelo menos um Don e precisa desenvolver os frutos do Espírito, só assim a Igreja pode ser um corpo Saudável, Paulo chama a Igreja de Corpo de Cristo, um corpo só é saudável quando cada membro deste corpo esta saudável e capaz de exercer aquilo para que foi criado, o espírito é que nos torna corpo e é ele quem nos capacita á todos, como já foi dito não há dons maiores ou menores, mais importantes ou menos importantes apesar de Paulo dizer para procurarmos os melhores dons, na verdade os dons a que ele se refere ser os melhores são justamente aqueles em que servimos mais ao outro do que a nós mesmos.

Conclusão A Promessa, Batismo ou Don do Espírito, são termos diferentes

de uma mesma experiência que experimentamos ao crer em Jesus salvação ampla que Cristo nos dá.

A plenitude do Espírito vem através da obediência e continua busca e semeadura no Espírito, de modo que seu fruto cresça e amadureça em nós.

A graça dada a todos nos torna um, os dons distribuídos a todos nos tornam diferentes tanto na unidade quanto na diversidade da Igreja. Deus nos capacita de múltiplas e variadas formas para o serviço, e cada cristão, sem exceção recebe essa capacitação ou Don para a edificação do corpo de Cristo segundo a vontade soberana de Deus.

De forma geral essa é a convicção do autor e com a qual particularmente concordo sem a necessidade de ressalvas, uma vez que os argumento apresentados são em primeiro lugar coerentes

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como texto Bíblico e em segundo lugar porque demonstram a realidade contemporânea da Igreja em relação ao assunto, usaria esta obra tranquilamente como referencia doutrinaria na Igreja quando o assunto for Espírito Santo.

Wellington Luiz da Silva