resenha_01_breve histórico do espaço enquanto campo disciplinar

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  • 7/22/2019 Resenha_01_Breve Histrico do espao enquanto campo disciplinar

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    URBANISMO I

    Jefferson M. Sandrin Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade

    Federal do Mato Grosso (UFMT).

    Resenha do texto: Breve Histrico do espao enquanto campo disciplinar

    KOHLSDORF, Maria Elaine: Breve Histrico do espao enquanto campo disciplinar. In:FARRET, R.L. O espao da Cidade. Contribuio anlise urbana. So Paulo: Projeto, 1987.

    O texto em poucas palavras faz uma abordagem com foco nas cidades que foram

    modificadas devido as necessidades estabelecidas e/ou impostas pela nova diligncia

    que vinha ocorrendo no perodo que sucedeu a Revoluo Industrial. A revoluo

    provocou o esvaziamento do campo, lugar que era fonte de sobrevivncia, e

    consequentemente gerou o aumento em grande escala de populao nos centros

    urbanos, os quais no estavam preparados para suportar uma crescente escala de

    habitantes em um curto perodo de tempo, dando lugar assim a criao de novos modos

    de viver dos habitantes da urbe e acarretou no surgimento de um novo modelo que

    suprisse e fosse capaz de acompanhar o novo modo de vida nas cidades.

    Segundo a autoria Maria Elaine, surgiram dois tipo de propostas para que fossem

    aplicadas como modo de vida nos centros urbanos, sendo eles o modelo Progressista e

    o Culturalista.

    O modelo chamado de Progressista tinha como principal objetivo a aceitao do

    novo mundomoderno, a busca de novos elementos e materiais, o uso de formas puras

    (se opondo ao excesso de ornamentao muito difundido na poca) e dentre seusconceitos eles reconheciam que estavam provocando uma quebra da historia que

    vinha sido ditada at a revoluo. S que para que esse modelo pudesse atender as

    propostas seria necessrio um investimento muito grande, que tornava a grande maioria

    delas invivel. Kohlsdorf discorda do ponto de vista desse movimento quando eles

    rotulam a cidade como um grande edifcio.

    J o modelo Culturalista acreditava que essa era industrial seria um tipo de

    regresso, pois a cidade que havia sido construda at ento estava perdendo suas

    qualidades acarretando na perda de valores e de relaes scio-culturais. Como

    representantes deste modelo a autora cita Camillo Sitte, Ebenezer Howard e Raymond

    Unwin os quais propem um modelo de cidade pr-industrial totalmente planejada e

    com limitaes encontradas em todos as bases de seus projetos, pois para eles aquela

    cidade teria as qualidades necessrias para a realizao de uma cultura urbana, e por

    isso ficaram marcados pela nfase na abordagem histrica. Segundo os pensamentos

    da autora, essa proposta era uma proposta mais vivel do que a anterior, pois as

    interferncias eram feitas de maneiras indiretas e no careciam de grande investimento.

  • 7/22/2019 Resenha_01_Breve Histrico do espao enquanto campo disciplinar

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    URBANISMO I

    Jefferson M. Sandrin Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade

    Federal do Mato Grosso (UFMT).

    No sculo XIX surge a expresso planejamento urbano, que deriva do ingls

    planning, ou seja, as novas e antigas cidades passam a ser planejadas a partir da de um

    estudo dos problemas para que as solues possam ser discutidas e futuramente

    aplicadas de maneira correta.

    Com a realizao destes estudos sobre a vida das pessoas e as necessidades

    criadas nos centros urbanos, o arquiteto deixa de ser exclusivamente o professional

    responsvel pelo planejamento urbano, pois os novos tempos requeriam uma

    multidisciplinariedade que era necessria para o conhecimento total das cidades

    contemporneas, derrubando assim o conceitos racionais de como uma cidade reagiria

    ao seu futuro crescimento.

    A mediados dos anos 50 o estudo da cidade se volta para a relao entre

    indivduo X espao e como se daria seu comportamento diante disso. Com toda essa

    nova onda de estudos, surgiram mais dois tipos de pensamento nessa poca, entre eles:

    o comportamentalismo, que so estudos que buscam definir os efeitos causados pela

    cidade, quanto espao, no comportamento das pessoas; e o psiquismo que estuda os

    efeitos psquicos gerados nos indivduos a partir de sua relao com o espao urbano.

    Pode no acreditar-se mas a prtica do urbanismo comeou no Brasil depois de

    sofrer um processo de industrializao, diferente da Europa, que sofreu um boom

    devido revoluo industrial. Em nosso pas no houve muita multidisciplinariedade

    como foi mencionado na Europa. O projeto, geralmente, se limita a tcnicas, e quase h

    espao para uma analise social anterior. A autora usa como exemplos os planos de Belo

    Horizonte e Goinia.

    A acentuao da concentrao demogrfica no Brasil acarretou em problemas

    ligados a: distribuio populacional e economia totalemtne desiquilibrada, degradao

    das estruturas internas municipais, infraestrutura urbana ineficiente para atender as

    necessidades (exemplo: rodovias), etc. Por causa disso, iniciativas acadmicas e

    corporativas tentam minimizar essas consequncias, culminando posteriormente no

    surgimento do CNDU (Conelho Nacional de Desenvolvimento Urbano). Eles fazem uso

    da ideologia do planning.

    Na parte em que cabe a autora concluir seu texto, ela acaba por dizer que por

    mais cheia de problemas que seja a experincia brasileira em relao ao Planejamento

    Urbano, ainda contraditria para alimentar discusses. Ela ainda conclui que a falta de

    pesquisa sobre as cidades, e a necessidade de ampliar o campo disciplinar deveriam serabordados e discutidos de forma frequente e no somente quando fosse necessario.