regulamento disciplinar tcop

17
Associação de Orientação e Proteção Pessoal REGULAMENTO DISCIPLINAR

Upload: tcop-associacao-de-orintacao-e-proteccao-pessoal

Post on 29-Jan-2016

227 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Regulamento Disciplinar da Associação de Orientação e Proteção Pessoal

TRANSCRIPT

Page 1: Regulamento Disciplinar TCOP

Associação de Orientação e

Proteção Pessoal

REGULAMENTO

DISCIPLINAR

Page 2: Regulamento Disciplinar TCOP

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Artigo 1º

Âmbito de aplicação

O presente regulamento aplica-se a todos os sócios da TCOP, aos membros dos seus

órgãos sociais, Praticantes, Dirigentes, Técnicos ou quaisquer outras pessoas singulares

ou colectivas regularmente subordinadas à TCOP.

Artigo 2º

Sujeição ao Poder Disciplinar

1-O presente regulamento aplica-se às pessoas referidas no art.º anterior, sem

prejuízo da responsabilidade Civil ou Penal em que eventualmente tenham incorrido.

2. As pessoas singulares serão ainda punidas por faltas cometidas no exercício das suas

funções ou actividades, ainda que as tenham deixado de exercer ou passem a exercer

outras.

Artigo 3º

Infracção Disciplinar

1. Considera-se Infracção Disciplinar o facto doloso ou meramente culposo, praticado

pelas pessoas referidas no art.º 1, que viole os deveres de correcção ou ética

desportivas, previstos e punidos neste regulamento disciplinar e demais legislação

aplicável.

2. A infracção disciplinar é punível por acção ou por omissão.

3. A negligência só é punida nos casos expressamente previstos neste regulamento.

Artigo 4º

Princípio da Legalidade

1. Só pode ser punível disciplinarmente o facto descrito e declarado passível de

sanção, por disposição regulamentada anteriormente ao momento da sua prática.

2. Não é permitida a interpretação extensiva ou analógica para qualificar o facto como

infracção disciplinar, sendo sempre necessário que se verifiquem os factos

constitutivos da falta, estabelecidos nas disposições aplicáveis.

Artigo 5º

Aplicação no Tempo

1. As penas são determinadas pelas disposições vigentes no momento da prática do

facto ou do preenchimento dos pressupostos de que este dependa.

Page 3: Regulamento Disciplinar TCOP

2. O facto punível segundo a disposição vigente no momento da prática deixa de o ser

se uma nova disposição o eliminar do número das infracções; neste caso, se tiver

havido condenação cessa a respectiva execução e os seus efeitos.

3. Quando as disposições disciplinares vigentes no momento da prática do facto

punível forem diferentes das estabelecidas em disposições posteriores, será sempre

aplicado o regime que correctamente se mostre mais favorável ao agente, salvo se

este já tiver sido condenado por decisão insusceptível de recurso.

Artigo 6º

Competência Disciplinar

O poder disciplinar da TCOP é exercido pelo Conselho Disciplinar, no limite das

respectivas competências.

Artigo 7º

Extinção da Responsabilidade Disciplinar

A responsabilidade disciplinar extingue-se:

a) Pelo cumprimento da pena;

b) Pela prescrição do procedimento disciplinar;

c) Pela prescrição da sanção;

d) Pela morte do infractor ou extinção da associação arguida;

e) Pela revogação ou comutação da pena.

Artigo 8º

Prescrição do Procedimento Disciplinar

1. O procedimento disciplinar prescreve passados 2 ou 6 meses, consoante se trate de

faltas leves, ou restantes faltas, sobre a data em que houverem sido cometidas.

2. A prescrição interrompe-se com a instauração do procedimento disciplinar.

3. Depois de cada interrupção começa a correr novo prazo prescricional.

4. Se o facto qualificado de infracção disciplinar for também considerado infracção

penal, os prazos de prescrição do procedimento disciplinar e da sanção serão os

estabelecidos na lei penal.

Artigo 9º

Prescrição das Sanções

As sanções disciplinares prescrevem nos prazos seguintes, contados da data em que a

decisão se tornar irrecorrível:

a) 6 meses para as penas de advertência e repreensão.

b) 1 ano para as penas de multa, suspensão e demissão.

Page 4: Regulamento Disciplinar TCOP

CAPÍTULO II

SANÇÕES DISCIPLINARES E SEUS EFEITOS

Artigo 10º

Enunciação das Sanções

1. Sanções aplicáveis:

a) Advertências

b) Repreensão

c) Multa até €50,00

d) Multa de €50,00 até €250,00.

e) Suspensão de actividade até seis meses

f) Demissão

Artigo 11º

Qualificação das Sanções

1. As sanções enumeradas sob as alíneas a) e b) do nº1 do artº anterior são

classificadas de leves.

2. As sanções enumeradas sob as alíneas c) e d) do nº1 do artº anterior são

classificadas de graves.

3. As sanções enumeradas sob as alíneas e) e f) do nº1 do artº anterior são

classificadas de muito graves.

Artigo 12º

Da multa

1. A sanção de multa será sempre fixada em quantia certa e importará para o infractor

a obrigação do respectivo pagamento na tesouraria da TCOP no prazo de 30 dias,

contados do trânsito em julgados da decisão.

2. Se o pagamento não for efectuado dentro do prazo fixado no número anterior,

serão essas multas agravadas de 50% e os remissos notificados para efectuar na

tesouraria da TCOP o pagamento no prazo de 15 dias.

3. A falta de pagamento da multa, agravada dentro do prazo fixado no número

anterior, impede automática e independentemente de qualquer notificação, os

remissos para o desempenho de quaisquer funções ou actividades afectas à TCOP, até

que esse pagamento se mostre cumprido.

Artigo 13º

Da suspensão

1. A sanção de suspensão consiste no afastamento completo do infractor, das suas

funções durante o período da sanção.

Page 5: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 14º

Suspensão Preventiva

1. A direcção poderá, de acordo com as circunstâncias específicas do caso concreto,

suspender preventivamente o presumível infractor, se a gravidade da falta indicada o

justificar.

2. A suspensão preventiva é notificada ao presumível infractor no momento em que

lhe é dado conhecimento da instauração do procedimento disciplinar.

3. Se a sanção aplicada for de suspensão, o período durante o qual o infractor se

encontrou suspenso preventivamente, será descontado no tempo de suspensão que

lhe tiver sido efectivamente aplicado.

Artigo 15º

Dos limites dos Efeitos das Sanções

As penas disciplinares têm unicamente os efeitos declarados neste regulamento.

Artigo 16º

Unidade Cumulação de Infracções

1. Não pode aplicar-se ao mesmo agente mais de uma sanção disciplinar por cada

infracção, ou pelas infracções acumuladas que sejam apreciadas num só processo.

2. O disposto no número anterior é de observar mesmo no caso de infracções

apreciadas em mais que um processo, quando devidamente apensados.

Artigo 17º

Do registo das sanções

Na TCOP haverá, para cada infractor, um registo especial de todas as sanções que

forem aplicadas.

CAPÍTULO III

DA MEDIDA E GRADUAÇÃO DAS SANÇÕES

Artigo 18º

Da aplicação das Sanções

Na aplicação das penas atender-se-á aos critérios gerais enunciados no Cap. II deste

regulamento.

Ao grau de culpa, a personalidade do agente e a todas as circunstâncias em que a

infracção tiver sido cometida que militem contra ou a favor do infractor.

Page 6: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 19º

Circunstâncias Agravantes Especiais

1. São circunstâncias agravantes especiais de qualquer falta disciplinar:

a) Ser o arguido dirigente ou agente de ensino em exercício de funções na TCOP;

b) A premeditação;

c) O conluio com outrem para a prática da infracção;

d) A resistência de ordens legítimas;

e) O facto de ser cometida durante o cumprimento de pena disciplinar;

f) A reincidência;

g) A acumulação de infracções;

h) O grave resultado imputável ao agente pelo menos a título de negligência;

2. A premeditação consiste na frieza de ânimo, na reflexão sobre os meios empregues

ou no protelamento da intenção da prática por mais de 24 horas.

3. A reincidência dá-se quando a infracção é cometida antes de decorrido 1 ano sobre

o dia em que tiver findado o cumprimento da pena imposta por virtude de infracção

anterior.

4. Há acumulação quando duas ou mais infracções são cometidas na mesma ocasião

ou quando uma é cometida antes de ter sido punida a anterior.

Artigo 20º

Circunstâncias Atenuantes Especiais

1. São circunstâncias atenuantes especiais das faltas disciplinares:

a) O bom comportamento anterior;

b) A confissão espontânea da infracção;

c) A prestação de serviços relevantes à TCOP;

d) A provocação;

e) O pronto acatamento da ordem dada por entidade competente;

f) A menoridade;

2. Além destas poderão ser excepcionalmente consideradas outras atenuantes quando

a sua relevância o justifique.

Artigo 21º

Da graduação das penas

1. Quando se verificarem quaisquer das circunstâncias referidas nas alíneas a) a h) do

artº 19º, a agravação será efectuada dentro dos limites mínimos e máximo da medida

legal da pena.

2. Concorrendo simultaneamente circunstâncias agravantes das referidas no número

anterior com circunstâncias atenuantes, a pena, será agravada ou atenuada dentro dos

limites da sua medida legal, conforme, umas ou outras predominarem.

Page 7: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 22º

Redução extraordinária das Penas

Quando exista concurso de circunstâncias atenuantes de especial relevância, poderá

aplicar-se excepcionalmente pena de escalão inferior.

Artigo 23º

Comparticipação

1. É punível como autor quem executa o facto por si mesmo, ou por intermédio de

outrem, ou toma parte directa na sua execução, por acordo e juntamente, com outro

ou outros e ainda tem, dolosamente, determina outra pessoa à prática do facto, desde

que haja execução ou começo da execução.

2. É aplicável ao cúmplice a pena fixada para o autor especialmente atenuada.

3. É punível como cúmplice quem, dolosamente e por qualquer forma, presta auxílio

material ou moral à prática por outrem de um facto doloso.

Artigo 24º

Circunstâncias Modificativas de Responsabilidade

1. A tentativa e a frustração serão punidas com a pena aplicável à falta disciplinar

correspondente especialmente atenuada.

2. Existe tentativa quando o agente inicia a execução do facto que constitui a falta,

mas não realiza todos os factos ou actos necessários para o seu preenchimento, por

causa ou evento que não seja a sua desistência voluntária.

3. Dá-se a frustração quando o faltoso pratica todos os actos necessários ao resultado

pretendido, só não se dando este por causas estranhas à sua vontade.

Artigo 25º

Circunstâncias Dirimentes da Responsabilidade

São circunstâncias dirimentes da responsabilidade disciplinar:

a) A coacção;

b) A privação acidental e involuntária do exercício das faculdades intelectuais no

momento da prática da falta;

c) A legítima defesa própria ou alheia;

d) A não exigibilidade de conduta ou o cumprimento de um dever.

Page 8: Regulamento Disciplinar TCOP

CAPÍTULO IV

DAS FALTAS DISCIPLINARES

Secção I

Das faltas cometidas pelos Associados e Praticantes

Artigo 26º

Faltas leves

São leves as seguintes faltas disciplinares:

a) Ligeiras incorrecções com outros praticantes, técnicos, dirigentes, membros da

associação, público ou outras pessoas directamente relacionadas com a TCOP.

b) Descuido ou negligência não grave na utilização de instalações ou equipamento

desportivos alheios.

c) O atraso injustificado do pagamento das quotas.

d) Ligeiras incorrecções de comportamento em geral, violadores da ética e correcção

desportivas, nomeadamente, da etiqueta própria da modalidade.

Artigo 27º

Faltas graves

São graves as seguintes faltas disciplinares:

a) Insultos, ofensas ou actos que revistam carácter injurioso, difamatório ou grosseiro,

dirigidos a outros praticantes, técnicos, dirigentes, membros da associação, público ou

outras pessoas directamente relacionadas com a TCOP.

b) Desrespeito ou não cumprimento de ordens e instruções emanadas por pessoas ou

órgãos competentes no exercício das suas funções e que não considerem faltas de

grande gravidade;

c) Acções violentas, dolorosas ou negligentes que ponham em perigo a integridade

física de outrém, sem prejuízo das “Regras de Treino” e sem que delas advenham

consequências;

d) Destruição ou danificação dolosa na utilização de instalações ou equipamentos

desportivos alheios, quando daí não advenha grave prejuízo económico;

e) Descuido ou negligência grave na utilização de instalações ou equipamentos

desportivos alheios;

f) Comportamento em geral incorrecto, violador da ética e correcção desportivas e, em

particular, da etiqueta própria da modalidade.

Page 9: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 28º

Faltas muito graves

São muito graves as seguintes faltas disciplinares:

a) Ameaças ou intimidações dirigidas a outros praticantes, técnicos, dirigentes,

membros da associação, público ou outras pessoas directamente relacionadas com a

TCOP;

b) Resposta a agressão que lhe foi dirigida directamente;

c) Desrespeito ou não cumprimento de ordens e instruções emanadas por pessoas ou

órgãos competentes no exercício das suas funções;

d) Acções violentas, dolosas ou negligentes, com consequências físicas para outrém,

sem prejuízo das normas constantes das “Regras de Treino”;

e) Destruição ou danificação dolosa na utilização das instalações ou equipamentos

desportivos alheios, com graves prejuízos económicos;

f) Falsas declarações em processos disciplinares, sem graves consequências para

outrém;

g) Comportamento em geral extremamente incorrecto, atentatório do decoro e

dignidade desportivas e, particularmente da modalidade.

h) Agressões dirigidas a outros praticantes, técnicos, dirigentes, público ou outras

pessoas directamente relacionadas com a TCOP;

i) Ofensas individuais e claramente ostensivas, feitas publicamente, contra técnicos e

dirigentes, com menosprezo da sua autoridade;

j) Manifesta desobediência, com graves consequências, às ordens e instruções

emanadas pelas pessoas acima referidas;

k) Subtracção de quaisquer objectos nas instalações desportivas, ou directamente

relacionadas com a modalidade;

l) Falsas declarações em processos disciplinares, com graves consequências para

outrém;

m) Falsificações de dados ou de quaisquer documentos directamente relacionados

com a modalidade.

n) Exercer coacção sobre praticantes, dirigentes, técnicos ou outras pessoas

directamente relacionadas com a prática do Krav Maga, que anule ou vicie a vontade

no exercício das suas funções ou actividades, visando falsear resultados de forma a

obter para si ou para outrem quaisquer vantagens ilícitas.

o) Não manter a TCOP ao corrente de actividades que efectuem em nome da mesma,

utilizando para o efeito a designação, símbolos ou peças de equipamento,

nomeadamente para a recolha de imagens ou vídeos.

o) A não renovação da inscrição, a falta de pagamento de quotas por um período

superior a seis meses e ou o incumprimento do estipulado em cada centro de treino

aquando da inscrição.

Page 10: Regulamento Disciplinar TCOP

Secção II

Das faltas cometidas pelos Agentes de Ensino

Artigo 29º

Faltas leves

São leves as seguintes faltas:

a) Não enviar para a sede da TCOP na primeira semana do mês de cada trimestre o

registo actualizado em impresso próprio dos mapas com a identificação dos alunos

sobre os quais ministra as aulas.

b) Não entregar a proposta de candidatos a exame de graduação ao Departamento

Técnico com duas semanas de antecedência à data dos Exames Nacionais de

Graduação.

c) A sistemática apresentação dos seus alunos em exames sem o cartão de associado

ou restantes documentos exigíveis para o efeito, ou sem estes se encontrarem na

devida ordem;

d) Ligeiras incorrecções de comportamento colectivo em geral, violadoras da ética e

correcção desportivas, nomeadamente da etiqueta própria da modalidade.

Artigo 30º

Faltas graves

São graves as seguintes faltas:

a) Não efectuar pedido de autorização por escrito à Direcção da TCOP, sempre que

pretendam organizar Seminários ou efectuar demonstrações de sua iniciativa, com a

antecedência mínima de 30 dias.

b) Não enviar para a sede da TCOP o registo actualizado em impresso próprio dos

mapas com a identificação dos alunos sobre os quais ministra as aulas, decorridos

trinta dias sobre a data limite para o efeito.

c) Não entregar a proposta de candidatos a exame de graduação ao Departamento

Técnico.

d) Não efectuar a renovação da licença de ensino anualmente, com a antecedência

mínima de 30 dias antes do início da nova época.

e) Não participar nos Estágios Técnicos de Reciclagem de Instrutores determinados

pelo Departamento Técnico, sem justificação.

f) Defeituoso cumprimento ou desconhecimento de disposições legais, estatutárias e

regulamentares ou de ordens superiores, demonstrando falta de zelo pela função;

g) Não participação à Direcção de infracções conhecidas no exercício das competentes

funções;

h) Falta de correcção para com os Instrutores mais graduados, colegas ou outros

membros dos Órgãos Sociais da Associação, em exercício de funções.

Page 11: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 31º

Faltas muito graves

1.São muito graves as seguintes faltas:

a) Organizar Seminários ou efectuar demonstrações de sua iniciativa, sem a devida

autorização da direcção da TCOP.

b) Não aplicar escrupulosamente o Programa Técnico da TCOP nas aulas que ministra.

c) Não efectuar a renovação da licença de ensino anualmente.

d) Ser reincidente em faltar injustificadamente nos Estágios Técnicos de Reciclagem de

Instrutores.

e) Comparência no local de ensino em estado de embriaguez ou sob o efeito de

estupefacientes ou drogas equiparadas;

f) Cometer dolosamente inconfidências, revelando factos ou documentos, não

destinados à divulgação, sem graves consequências;

g) Injuriar ou desrespeitar gravemente Instrutores mais graduados, colegas ou outros

membros dos Órgãos Sociais, no exercício das suas funções, ou que ponham em causa

o prestígio e a imagem da TCOP;

h) Desobediência a ordens legítimas de Instrutores mais graduados e de membros da

Direcção.

2. São, porém, puníveis com a pena de irradiação as seguintes faltas disciplinares:

a) Agressão de Instrutores mais graduados, colegas, ou outras pessoas no exercício das

suas funções ou pondo em cauda o prestígio e a imagem da TCOP;

b) Desvio de dinheiro ou bens;

c) Solicitar ou aceitar, directa ou indirectamente, dádivas, gratificações, participações

em lucros ou outras vantagens patrimoniais, em resultado do lugar ocupado;

d) Faltar aos deveres impostos pelas funções desempenhadas, com intenção de obter

para si ou para terceiros um benefício económico ou qualquer outra vantagem ilícita;

e) Prestar falsas declarações em processo disciplinar, em que seja testemunha por

força das funções, resultando daí prejuízo para terceiros;

f) Cometer dolosamente inconfidências, revelando factos ou documentos, não

destinados à divulgação, com graves consequências para a Associação;

Page 12: Regulamento Disciplinar TCOP

CAPÍTULO V

DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Secção I

Disposições Gerais

Artigo 32º

Obrigatoriedade do Processo Disciplinar

1. O Processo Disciplinar é obrigatório e dominado, na medida do possível pelos

princípios da celeridade e da simplicidade.

2. Se em qualquer fase processual o instrutor verificar que a falta disciplinar é ainda

constitutiva de um tipo de crime, será obrigado a dar conhecimento ao Ministério

Público.

Artigo 33º

Confidencialidade

1. O Processo Disciplinar tem natureza secreta até a acusação, podendo contudo, ser

facultado ao arguido, a seu requerimento o exame do processo.

2. O indeferimento do requerimento a que se refere o número anterior deve ser

fundamentado e comunicado ao arguido no prazo de 3 dias.

3. O arguido poderá constituir advogado em qualquer fase do processo, nos termos

gerais de direito, o qual assistirá, querendo, ao interrogatório do arguido.

Artigo 34º

Nulidades

1. A falta de audição ou de resposta do arguido à matéria da nota de culpa ou a

omissão de diligências essenciais para a descoberta da verdade, determinam a

nulidade insuprível do processo.

2. As restantes nulidades consideram-se suprimidas se não forem reclamadas pelo

arguido até à decisão final.

Page 13: Regulamento Disciplinar TCOP

Secção II

Processo Disciplinar Comum

Subsecção I

Instrução do Processo

Artigo 35º

Participação

1. Todos os que tiverem conhecimento da prática de infracção disciplinar por algumas

das pessoas enunciadas no Art.º 1º deste regulamento, deverão participá-lo à Direcção

da TCOP, no prazo de 10 dias.

2. A Direcção elaborará Auto de Notícia que entregará ao Conselho Disciplinar no

prazo máximo de 30 dias e dele constará:

a) Os factos que constituem a infracção;

b) O dia, a hora, o local e as circunstâncias em que a infracção foi cometida;

c) Tudo o mais que eventualmente tiver relevância e, em especial, a identificação do

agente e dos ofendidos directos, se houver; bem como os meios de prova conhecidos,

nomeadamente as testemunhas que puderem depor sobre os factos.

Artigo 36º

Instauração do Processo Disciplinar

1. O C.D. autuará o Auto de Notícia e procederá à instrução ou, arquivamento

consoante entenda existirem ou não suficientes indícios de infracção disciplinar.

2. O C.D. nomeará instrutor um dos seus membros.

Artigo 37º

Apensação do Processo

Para todas as infracções cometidas pelo mesmo agente será organizado um só

processo, mas tendo-se instaurado diversos, serão os mesmos apensados ao da

infracção mais grave e, no caso de a gravidade ser a mesma, aquele que primeiro tiver

sido levantado.

Artigo 38º

Nota de Culpa

1. Logo que ao instrutor se afigure haver indícios suficientes de prática de actos

passíveis de sanção disciplinar, elaborará Nota de Culpa.

2. A Nota de Culpa limita o poder cognitivo do C.D..

Page 14: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 39º

Notificação da Nota de Culpa

1. Da Nota de Culpa extrair-se-á cópia, a qual será entregue ao arguido, mediante a sua

notificação pessoal, ou não sendo esta possível, por carta registada com aviso de

recepção, marcando-se ao arguido um prazo de 10 dias para a apresentar a sua defesa

escrita.

2. Se não for possível a notificação nos termos do número anterior, designadamente

por o arguido se encontrar ausente em parte incerta, será publicado aviso em jornal

diário de grande audiência e em edital exposto na sede TCOP, citando-o para

apresentação da sua defesa no prazo de 30 dias, contados da data da publicação ou

afixação.

3. O aviso só deverá conter a menção de que se encontra pendente contra o arguido

processo disciplinar e o prazo fixado para apresentar a sua defesa.

4. Quando o processo seja complexo, pelo número e natureza de infracções ou por

abranger vários arguidos, poderá o instrutor conceder um prazo superior ao previsto

no nº1.

Artigo 40º

Exame do Processo

No prazo da resposta, poderá o arguido ou o seu mandatário examinar o processo em

data, hora e local previamente combinado ou, subsidiariamente na sede da TCOP.

Artigo 41º

Apresentação da Defesa

1. A resposta do arguido deverá ser clara e concisa, na exposição dos factos e razões da

sua defesa.

2. A resposta deverá ser assinada pelo arguido ou pelo seu mandatário, quando

devidamente constituído.

3. Em conjunto com a resposta deverão ainda ser apresentados o rol de testemunhas e

eventuais documentos, assim como serão requeridas quaisquer diligências que podem

ser recusadas em despacho fundamentado, se impertinentes ou meramente dilatórias.

4. Não serão ouvidas mais de 3 testemunhas por cada facto, podendo o instrutor

recusar a inquirição das testemunhas quando considere provados os factos alegados

pelo arguido.

5. A falta de respostas no prazo estabelecido vale como efectiva audiência do arguido

para todos os efeitos legais.

Page 15: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 42º

Produção de Prova oferecida pelo Arguido

1. O instrutor inquirirá as testemunhas em data, hora e local a combinar, ou

subsidiariamente na sede da TCOP e reunirá os demais elementos de prova oferecidos

pelo arguido.

2. Quando uma testemunha, devidamente convocada, faltar, será notificado o arguido

para dizer aquilo que se lhe oferece, no prazo de 3 dias, após o que, será novamente

convocada aquela testemunha.

3. Se a testemunha tornar a faltar, será eliminada do rol de testemunhas.

4. O instrutor expedirá 3ª convocatória se a segunda falta for justificada pela

testemunha, no prazo máximo de 3 dias após a data indicada para a inquirição.

5. Poderá ainda o instrutor deferir excepcionalmente, durante o decurso do prazo

indicado no número anterior e quando as circunstâncias o exijam, requerimento do

arguido, solicitando a substituição da testemunha faltosa por outra.

Artigo 43º

Relatório Final do Instrutor

Finda a instrução do processo, o instrutor elaborará, no prazo de 5 dias, um relatório

completo e conciso, donde conste a existência material das faltas, sua qualificação e

gravidade, assim como a pena que entender justa, ou, em alternativa, a proposta para

que os autos se arquivem por ser insubsistente a acusação.

Subsecção II

Decisão Disciplinar

Artigo 44º

Competência

Compete ao C.D. apreciar o processo e decidir no prazo de 20 dias, sem prejuízo das

disposições seguintes.

Artigo 45º

Notificação da Decisão

1. A decisão será notificada ao arguido e ao Presidente da TCOP, por carta registada,

sendo ao arguido com aviso de recepção

2. Se não for possível a notificação do arguido nos termos do nº anterior, a mesma

será efectuada como disposto no nº2 do Art.º 39º.

Page 16: Regulamento Disciplinar TCOP

Artigo 46º

Início da Produção dos Efeitos das Sanções

A sanção começa a produzir os seus efeitos no dia seguinte ao da notificação do

arguido, ou não podendo este ser notificado, 15 dias após a publicação de aviso nos

termos do nº2 do Art.º 39º.

Secção III

Recursos

Artigo 47º

Recurso para o Conselho Jurisdicional

1. É sempre admissível recurso para o Conselho Jurisdicional.

2. O recurso interpor-se-á no prazo de 10 dias a contar da data da notificação ou do

conhecimento do respectivo despacho.

3. A interposição de recurso suspende a execução da decisão condenatória.

Artigo 48º

Regime da Subida dos Recursos

1. Os recursos das decisões que não ponham termo ao processo só subirão com a

decisão final se dela se recorrer salvo o disposto no número seguinte.

2. Sobem imediatamente e nos próprios autos os recursos que, ficando retidos,

percam por esse facto o efeito útil.

Secção IV

Dos Processos Especiais

Artigo 49º

Processo Sumário

1. Quando estiver indicada infracção punível com as sanções de advertência,

repreensão ou multa até €50,00, o instrutor notificará o arguido do Auto de Notícia e

convidá-lo-á a pronunciar-se no prazo de 3 dias.

2. Efectuará igualmente investigação sumária e encerrará a instauração no prazo

máximo de 15 dias, após o seu início, e elaborará em 3 dias o relatório final.

3. O C. D. decidirá no prazo de 10 dias da pena aplicar.

Page 17: Regulamento Disciplinar TCOP

4. Se da investigação e/ou das declarações do arguido resultarem indícios de infracção

a que corresponda pena superior ou grande complexidade, organizar-se-á processo

comum, aproveitando-se na medida do possível, as diligências já efectuadas.

5. Organizar-se-á ainda processo comum se o arguido não se conformar com a pena

aplicada e o solicitar no prazo de 10 dias após a notificação ou o conhecimento da

decisão condenatória.

6. A tudo o que não se encontrar especialmente previsto nos números anteriores,

aplicar-se-á o regime geral da Secção II deste regulamento.

Artigo 50º

Processo de Averiguações

O processo de averiguações é um processo de investigação sumária da competência da

Direcção que deverá concluir-se no prazo de 15 dias a contar da data em que foi

iniciado, com despacho de arquivamento ou emissão do Auto de Notícia.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 58º

Destino das Multas

O montante das multas aplicadas nos termos deste regulamento, reverterá para a

TCOP e será destinado à promoção da Associação.

Artigo 59º

Entrada em vigor

Este regulamento entra em vigor após aprovação em Assembleia Geral.