resenha - o sol é para todos

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    Resenha Literaria: O sol e para todos 

    Traduçao: Lia Gonzaga 

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    O SOL É PARA TODOS * - HARPER LEE

    Nelle Harper Lee nasceu em 28 de abril de 1926, em Monroeville, Alabama, uma cidadezinha dorminhoca

    parecida de muitas formas a Maycomb, cenário de O sol é para todos. Assim como Atticus Finch, o pai de

    Scout, narradora e protagonista do romance o pai de Lee era um advogado.

    Entre os amigos de infância de Lee estava o futuro novelista e ensaísta Truman Capote de quem ela tirou

    inspiração para criar o personagem Dill. Apesar desses detalhes pessoais a autora sempre fez questão de

    dizer que O sol é para todos foi criado para retratar não a sua própria infância, mas sim a uma cidade comum

    do sul dos estados Unidos. “Pessoas são pessoas não importa onde você as coloque, ela disse certa vez em

    uma entrevista no ano de 1951”. 

    Em verdade o cenário e os personagens não são os únicos aspectos da história que delineiam os eventos

    ocorridos durante a infância de Lee. Em 1931 quando ela tinha cinco anos, nove homens negros foram

    acusados de estuprarem duas mulheres brancas perto de Scottsboro, Alabama.

    Após uma série de longos e constantes julgamentos públicos e implacáveis cinco dos nove homens foram

    sentenciados a longos anos de prisão.

    Muitos advogados proeminentes e outros cidadãos americanos viram as sentenças como ilegítimas e

    motivadas unicamente pelo preconceito racial. Havia também a suspeita de que a acusação feita pelas

    mulheres eram mentirosas e de apelo em apelo suas queixas se tornaram duvidosas.

    Seja como for havia uma certa dúvida no caso de Scottsboro que foi como o julgamento dos nove homens

    ficou conhecido, tal dúvida serviu para que o tema de julgamento fosse o epicentro do romance de Lee.

    O sol é para todos começou a ser escrito em meados de 1950, depois que Harper mudou para Nova York ese tornar escritora, o romance foi concluído em 1957 e publicado em 1960, um pouco antes do movimento

    americano em prol dos direitos civis.

    A resposta da crítica ao ‘’O sol é para todos’’(To kill a monckingbird) foi deveras controversa: uma parte da

    crítica declarou que narrativa realizada na voz de uma criança de apenas nove anos era no mínimo duvidosa

    e rotularam o romance de excessivamente moralista.

    Não obstante, na atmosfera carregada de racismo de 1960, o livro se tornou um enorme sucesso popular,

    sendo agraciado com o prêmio Pulitzer em 1961 e chegando a vender mais de 15 milhões de cópias. Dois

    anos depois da sua publicação uma academia premiada filma a versão do livro, estrelando Gregory Peck

    como Atticus Finch.

    Enquanto isso a autora se retirou dos olhares públicos: evitava entrevistas, recusou-se a escrever as cenas

    para a versão filmada e publicou apenas pequenas peças depois de 1961. ‘’O sol é para todos’’ foi o único

    romance escrito pela autora. Lee retornou a Monroeville e continuou a viver lá.

    Em 1963, Lee, escreveu um breve prefácio para o livro, nele ela requisitou que as futuras edições de O sol é

    para todos parassem de conter introduções de cunho crítico. O sol é para todos, ela escreveu, ainda diz o

    que é para ser dito, foi feito para sobreviver aos anos, sem preâmbulos.

    De fato o livro permanece como uma literatura essencial para o ensino superior e está na lista de leitura dasuniversidades, amado por milhões no mundo inteiro por seu apelo ao retratar a inocência infantil, pela

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    condenação moral severa ao preconceito racial e pela afirmação de que bondade humana é capaz de

    resistir ao assalto do mal.

    VISÃO GERAL DA TRAMA

    Scout Finch mora com seu irmão, Jem, e seu pai Atticus na cidade sonolenta de Maycomb no Alabama. Na

    época Maycomb está passando pela Grande Depressão, contudo Atticus é um advogado proeminente e a

    família Finch está razoavelmente bem em comparação ao resto da comunidade.

    Em um verão, Jem e Scout se tornam amigos de um garoto chamado Dill que veio passar o verão na

    vizinhança. O trio começa a encenar estorietas. Em certo momento Dill se torna fascinado por uma casa

    assustadora da rua, a casa Radley que de propriedade do senhor Nathan Radley, cujo irmão Arthur

    (apelidado de Boo) vive há anos sem sair de casa.

    Scott vai para a escola pela primeira vez naquele verão e detesta. Certa ocasião ela e Jem encontram

    presentes que aparentemente foram deixados para eles em um buraco de um velho carvalho da

    propriedade Radley.

    Dill volta no verão seguinte, e ele, Scout e Jem começam a encenar a estória de Boo Radley. Atticus intenta

    colocar um fim nas travessuras, dizendo às crianças que se coloquem no lugar dos outros primeiro, antes de

     julgá-las.

    Entretanto na ultima noite do verão Dill em Maycomb, os três deslizam até a casa dos Radley, onde Nathan

    Radley atira contra eles. Jem perde a calça na fuga e quando volta para pegá-la, a encontra remendada ependuradas na cerca.

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    No inverno seguinte as crianças encontram mais presentes na árvore e presumem que foram deixados pelo

    misterioso Boo entretanto Natan Radley tapa o buraco na árvore com cimento.

    Não muito tempo depois, um incêndio irrompe na casa de um vizinho, e durante o incêndio alguém coloca

    um cobertor sobre os ombros de Scout enquanto ela observa as chamas. Convencida de que Boo seja o

    autor do feito, Jem fala a Atticus sobre a calça remendada e o presente.

    Para consternação da comunidade branca e racista de Maycomb, Atticus concorda em defender um homem

    negro chamado de Tom Robinson, que está sendo acusado de estuprar uma mulher branca.

    Por causa dessa decisão, Jem e Scout passam a ser hostilizados por outras crianças até mesmo durante as

    celebrações de natal na Fazenda Finch. Calpúrnia, a cozinheira, os leva para a igreja dos negros onde a

    calorosa e unida comunidadeos acolhe.

    Nesse interin a irmã de Atticus, Alexandra, vai viver com a família no verão seguinte e Dill que deveria ir viver

    com o novo pai em outra cidade foge para Maycomb.

    O julgamento de Tom Robinson começa e quando o acusado é colocado na prisão, uma gangue tenta linchá-

    lo. Atticus enfrenta a gangue na noite anterior ao julgamento.

    Jem e Scoutt conseguem deslizar para fora de casa e o acompanham. Scout reconhece um dos homens e seu

    educado interrogatório sobre seu filho, o envergonha e ele dispersa a gangue.

    No julgamento as crianças sentam nas cadeiras reservadas para gente negra ao lado dos negros. Atticus

    consegue evidências claras de que os acusadores, Mayella Ewell e seu pai, Bob, estão mentindo.

    De fato o que ocorreu foi que Mayella ofereceu-se a Tom Robinsom e ao ser pega por seu pai acusa Tom de

    havê-la forçado para esconder sua vergonha e culpa.

    Atticus consegue evidências impressionantes de que as marcas no rosto de Mayella foram provocadas por

    seu pai que ao descobri-la com Tom a insulta de vagabunda e a espanca.

    Mesmo diante das significantivas evidências a favor da inocência de Tom, todos os jurados brancos o

    condenaram. Tom, inocente tenta escapar da prisão e é assassinado com um tiro.

    Depois do resultado do julgamento a fé de Jem na justiça fica fortemente abalada e ele cai no desânimo e na

    dúvida.

    Apesar do julgamento, Bob Ewell, acredita que Atticus e o juiz o fizeram passar por tolo e jura vingança. Ele

    ameaça a viúva de Tom Robinson, e tenta invadir a casa do juiz e finalmente ataca Jem e Scout quando estes

    voltam para casa após uma festa de Halloween.

    Boo Radley intervém, salva as crianças, mas esfaqueia Ewell fatalmente durante a luta. Boo leva Jem ferido

    para casa de Atticus. O xerife para proteger Boo alega que Ewell tropeçou em uma raiz e caiu sobre a própria

    faca. Após sentar-se um pouco ao lado de Scout, Boo desaparece mais uma vez dentro de casa.

    Scout finalmente consegue imaginar como deveria ser a vida de Boo e partir daí ela começa a vê-lo como um

    ser humano de verdade, Scout faz esta descoberta a partir dos conselhos do paia exorta a praticar a

    simpatia e a compreensão em relação aos outros, o que demonstra que sua experiência com o ódio e o pré-conceito não são capazes de macular sua fé na bondade humana.

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    LISTA DE PERSONAGENS

    Jean Louise “Scout” Finch  –  É a narradora e protagonista da estória. Scout mora com o pai, Atticus, seu

    irmão Jem, e a cozinheira negra Calpúrnia em Maycomb. Scout é uma menina inteligente e pelos padrões do

    seu tempo e de sua comunidade, uma menina bastante traquinas.

    Scout possui uma têmpera de lutadora e uma fé básica na bondade das pessoas a sua volta, entretanto com

    o desenrolar da história sua fé é testada pelo ódio e pré-conceito que emergem durante o julgamento de

    Tom Robinson.

    Ao final dos eventos ela desenvolve uma perspectiva mais madura que propicia a ela possibilidade deapreciar a bondade humana sem contudo ignorar que a maldade existe como parte integrante da natureza

    humana.

    Atticus Finch  – Pai de Jem e Scout, um advogado de Maycomb e descendente da família pioneira da região.

    Um viúvo com um senso de humor reservado, Atticus instiga em seus filhos um forte senso de moral e

     justiça.

    Ele é um dos poucos moradores Maycomb a acreditar em igualdade racial, quando aceita defender Tom

    Robinson, um homem negro acusado de forçar uma mulher branca, ele acaba por expor a si mesmo e a

    família ao ódio da comunidade branca.

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    Atticus com suas fortes convicções, sabedoria, e empatia é o personagem que melhor ilustra a moral a

     justiça no contexto do livro.

    Jeremy Atticus “Jem” Finch - Irmão de Scout e par constante no começo da estória. Jem é um típico rapaz

    americano, recusa-se a recuar diante de desafios e costuma criar fantasias a respeito de futebol.

    Quatro anos mais velho que Scout, ele lentamente vai se afastando das brincadeiras da irmã, mas

    permanece seu companheiro mais próximo e protetor durante toda a estória.

    Os ideais de Jem são fortemente abalados quando se depara com a maldade e a injustiça do julgamento de

    Tom Robinson.

    Arthur “Boo” Radley  - Boo Radley é um eremita, que nunca pões os pés fora de casa. Ele povoa a

    imaginação de Jem, Scout e Dill.

    No livro é um símbolo poderoso de bondade envolto em uma mortalha de decrepitude, deixando pequenos

    presentes para Scout e Jem e surgindo no momento oportuno para salvar as crianças.

    Boo no passado foi uma criança inteligente massacrada emocionalmente pelo próprio pai, é um verdadeiro

    exemplo do perigo que o mal exerce sobre a bondade e a inocência.

    Ele é um dos ‘’ passarinhos’’ (mockingbirds) do livro, uma boa pessoa ferida pela maldade da raça humana.

    Bob Ewell  –  Um bêbado, um desempregado membro da família mais pobre de Maycomb. Tendo

    conhecimento de que a acusação de estupro feita pela sua filha contra Tom Robinson é falsa, Ewell

    representa o lado mais obscuro do Sul: ignorância, pobreza, miséria e pré-conceito racial cheio de ódio.

    Charles Baker “Dill” Harris  – Um amigo e vizinho de verão de Jem e Scout, Dill é seu apelido. Trata-se de umgaroto confiante com uma imaginação ativa que se torna fascinado por Boo Radley. Dill representa a

    perspectiva da inocência infantil no decorrer da trama.

    Senhora Maudie Atkinson  –  A vizinha dos Finch, uma viúva de língua afiada e velha amiga da família. Asenhora Maudie é quase da mesma idade do irmão caçula de Atticus, Jack. A senhora Maudie compartilha amesma paixão de Atticus pela justiça e é a melhor amiga das crianças entre os adultos de Maycomb.

    Calpúrnia  – A cozinheira negra dos Finch. Calpúrnia é uma disciplinadora severa e uma ponte entre o mundobranco e sua própria comunidade negra.

    Tia Alexandra  –  Irmã de Atticus, uma mulher enérgica, ferozmente devotada à família. Alexandra é umaperfeita senhora sulista, seu compromisso com a propriedade e a tradição muitas vezes a leva a conflitoscom Scout.

    Mayella Ewell  – A filha maltratada, solitária e infeliz de Bob Ewell. Assim como inspira compaixão por causado pai tirânico, ao mesmo tempo não podemos perdoá-la por sua vergonhosa acusação a Tom Robinson.

    Tom Robinson  –  É o trabalhador negro acusado de estupro. Tom é um dos  passarinhos  do romance, oimportante símbolo da inocência destruída pelo mal.

    Link Deas  – Patrão de Tom Robson. Em seu desejo de olhar além da questão racial e louvar a integridade de

    Tom, Deas representa o oposto do preconceito.

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    Senhora Henry Lafayette Dubose  –  Uma velha mal humorada, uma mulher racista que mora perto dosFinch. Apesar de Jem acreditar que a senhora Dubose é uma mulher totalmente maldosa, Atticus a admirapor sua coragem em lutar contra o vício da morfina.

    Nathan Radley  –  O irmão mais velho de Boo Radley. Scout acha que Nathan é igual ao falecido Senhor

    Radley, pai de Boo e Nathan.Nathan cruelmente elimina um importante elo de comunicação entre Boo, Jem e Scout, quando tampa oburaco da árvore onde Boo costumava deixar presentes para as crianças.

    Heck Tate  –  O xerife de Maycomb e umas das testemunhas mais importantes no julgamento de TomRobson. Heck é um homem decente que tenta proteger os inocentes.

    Senhor Underwood  – O editor do jornal de Maycomb. O senhor Underwood respeita Atticus e prova ser seualiado.

    Senhor Dolphus Raymond  –  Um homem branco e rico que mora com a amante negra e suas crianças

    mulatas. Reymond passa bêbado e esse é o único motivo que justifica aos cidadãos de Maycomb o seucomportamento. Na verdade, Dolphus sente simplesmente sente nojo de toda aquela hipócrita sociedadebranca e prefere viver entre os negros.

    Senhor Walter Cunnighan  – Um fazendeiro pobre, integrante da gangue que tenta linchar Tom. O senhorCunnighan demonstra sua bondade quando a delicadeza de Scout o compele a dispersar os homens nacadeia.

    Walter Cunnighan  – Filho do Senhor Cunninghan é colega de classe de Scout. Walter não tem condições depagar por seu almoço na escola e um dia sem querer acaba colocando Scout em maus lençóis.

    ANÁLISE DOS PERSONAGENS PRINCIPAIS

    Scout 

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    Uma menina excepcional, tanto por suas próprias qualidades quanto por sua posição social. Possui umainteligência fora do comum (ela aprende a ler antes de ir para escola), também é uma criança confiante (quebriga com os meninos sem medo). Scout possui preocupações que não são próprias das crianças de suaidade, como por exemplo, se preocupa com o bem e o mal dentro de cada ser humano.

    É incrivelmente boa (sempre age com as melhores das intenções). Em termos de identidade social, ela sedestaca por ser uma menina levada, no mundo afetado, tipicamente sulista de Maycomb.

    Alguém pode pensar precipitadamente ao ler O sol é para todos, que Scout é quem ela é por causa do jeitoque Atticus a criou.

    Ele nutriu em sua mente, o sentido de consciência e individualidade mantendo-a de toda na hipocrisiaacerca de posição social, enquanto a maior parte das garotas na posição de Scout estaria usando vestido eaprendendo boas maneiras.

    Scout agradece o fato de Atticus não se incomodar que ela use macacões e aprenda a subir em árvores com

    Jem e Dill, ela também, não é muito apegada a sutilezas sociais como da vez que ela explica a professoraque um dos colegas é tão pobre que não pode pagar o almoço.

    A forma como as pessoas se comportam muitas vezes a confunde como quando uma de suas professorascritica o preconceito de Hitler contra os judeus, enquanto ela mesma nutre preconceito em relação aosnegros.Entretanto felizmente para Scoutt a proteção que ela recebe de Atticus contra a hipocrisia e a pressão sociallhe rendem uma compreensão aberta e correta das coisas.

    No começo da história, Scout é uma menina de cinco anos, inocente e boazinha, sem conhecimento dasmaldades do mundo, ao longo da história tem o seu primeiro contato com a maldade humana na forma de

    preconceito racial.

    A estabelecimento de como seu caráter irá se desenvolver depende do fato de ela sair com a sua consciênciae otimismo intactos ou se ela será varrida, ferida e destruída como Boo Radley e Tom Robinson.Graças à sabedoria de Atticus, Scout aprende que a humanidade possui uma grande capacidade para o mal etambém uma grande capacidade para o bem, e que o mal pode ser abrandado ao nos aproximarmos dosoutros com uma perspectiva simpática e compreensiva.

    A transformação de Scout em uma pessoa capaz de assumir essa perspectiva marca o ponto culminante doromance e indica que não importando quanto mal ela encontre, ela será capaz de manter sua consciêncialivre do cinismo e do tédio.Apesar de ela ainda ser uma criança ao final do livro, a perspectiva de Scout passa da perspectiva dainocência para a de uma pessoa adulta.

    Atticus

    Como um dos mais proeminentes cidadãos de Maycomb durante a Grande Depressão, Atticus se encontraem uma posição relativamente boa quando a crise atinge a cidade.

    Por causa de sua inteligência penetrante, calma, sabedoria e comportamento exemplar, Atticus, érespeitado por todos incluindo os mais pobres.Ele é o representante da moral na cidade, uma pessoa a quem os outros se dirige nas horas de dúvida eproblema.

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     Mas, a consciência que o faz tão admirável ao mesmo tempo faz com que ele perca o prestígio diante das

    pessoas de Maycomb. Por ser incapaz de suportar o preconceito racial entranhado confortavelmente entreos cidadãos de Maycomb, ele concorda em defender Tom Robinson, um homem negro.

    Essa atitude faz com que ele seja objeto de desprezo de Maycomb, mas ele é uma figura muitoimpressionante para que seja desprezado por muito tempo e após o julgamento, ele continua a ter a mesmaconsideração de sempre.

    Atticus é praticante da simpatia e compreensão que ele prega a Scout e Jem e jamais nutre rancor pelo povo

    de Maycomb. Apesar da insensível indiferença à desigualdade social daquelas pessoas Atticus ele busca

    neles algo mais para admirar.

    O que ele faz é reconhece que aquelas pessoas têm boas e más qualidades e está determinado a admirar as

    boas enquanto procura compreender e perdoar as más. Assim passa a Scout esta grande noção de

    moralidade e essa perspectiva protege a criança inocente de ser destruída em contato com o mal.

    Ironicamente apesar de ser considerada uma figura heróica no contexto da estória nem Jem nem Scout o

    idolatra no começo do romance. Na verdade os dois sentem-se constrangidos por ele ser um pai mais velho

    do que os outros e também por ele jamais caçar ou pescar como os outros pais mas já pelo final do romance

    Jem chega ao ponto de nutrir pelo pai uma devoção feroz enquanto Scout ainda uma garotinha o ama

    incondicionalmente. Essa atitude das crianças em relação ao pai vai se configurando no decorrer dos

    acontecimentos a postura de Atticus em contra partida é sempre a mesma desse o começo da estória.

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    Ou seja ele continua rigidamente comprometido com a justiça e com a decisão de sempre buscar ver as

    coisas do ponto de vista dos outros. Basicamente ele é um personagem que se mantêm fiel a suas

    convicções, não apresentando grandes mudanças no decorrer da trama, sua maior característica nesse

    sentido é sua condição imutável de porta-voz da verdadeira moral e consciência. 

    JemEnquanto Scout sendo uma menina inocente que quando é exposta à maldade desenvolve uma perspectivamoral mais madura, a reação de Jem a esses conflitos mostra-se completamente diferente. Sua tempestuosaexperiência no julgamento de Tom Robinson ocorre quando ele entra na puberdade, um período complicadoe traumático ao mesmo tempo. Sua desilusão ao ver que a justiça não prevalece o deixa vulnerável econfuso em um ponto de especial significância para sua formação crítica na vida. A partir desse ponto elesente dificuldades em abraçar o senso de justiça que o pai tenta instilar em seu caráter, essa convicção fortese mantém firmemente arraigada no decorrer do romance.

    Mas ao contrário do senhor Raymond, Jem não é um cético. Atticus explica a Scout que Jem simplesmente

    necessita de tempo para processar o que acabou de vivenciar. De qualquer forma a presença forte de

    Atticus na vida do jovem é uma promessa de que com o tempo ele irá recuperar o equilíbrio.

    Mais tarde Jem será capaz de compreender através da ajuda inesperada de Boo Radley que existe bondade

    nas pessoas, mesmo antes do término da estória Jem mostra sinais de ter aprendido uma lição positiva

    daquele julgamento, como por exemplo, no início do capítulo 25 quando impede Scout de esmagar um

    tatuzinho alegando que ele não havia feito nada contra ela pois após ver a condenação injusta de Tom

    Robinson, Jem deseja agora proteger os fracos e os indefesos.

    A ideia de que Jem supera o cinismo e se redireciona para uma vida mais feliz é reforçada quando no

    começo do romance Scout já crescida relembra que Jem em suas conversas fala do interesse inicial das

    crianças em Boo Radley demonstrando com isso que ele e reconhece o que Boo em verdade representa paraeles e que assim como Scout lutou para não perder sua esperança.

    TEMAS, MOTIVOS & SÍMBOLOS

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    TEMAS

    Temas são ideias fundamentais e universalmente exploradas na literatura.

    A coexistência do bem e do mal

    O tema central em O sol é para todos é o exame da natureza moral do ser humano: Se as pessoas sãoessencialmente boas ou más.O romance aborda esse tema ao dramatizar a transição de Jem e Scout a partir da perspectiva da inocência.No começo eles acham que as pessoas são boas por nunca terem visto a maldade de perto mas depoisadotam uma perspectiva mais adulta quando a confrontamde fato, e precisam incorporar esseconhecimento à sua visão do mundo.Como resultado desse retrato de transição da inocência para a maturidade, um dos mais importantessubtemas envolve o perigo que o ódio, o pré-conceito e a ignorância representam para o inocente, pessoasassim como Tom Robinson e Boo Radley que não estão preparadas para o mal e que como resultado sãodestroçadas.Até mesmo Jem é vitimizado ao descobrir a maldade do racismo durante e depois do julgamento, enquantoScout é capaz de manter sua fé básica na natureza humana mesmo depois da condenação de Tom, a fé deJem na justiça e na humanidade é fortemente prejudicada e ele se afoga em um sentimento de desilusão.

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    A voz da moral de O sol é para todos é personificada por Atticus Finch que é virtualmente o único na estória

    que conhece e compreende a maldade sem perder a fé na capacidade humana para a bondade.

    Atticus compreende que mais do que simplesmente boas ou más, na verdade as pessoas possuem boas e

    más qualidades. O importante é apreciar as boas e compreender as más, tratando as pessoas com simpatia

    e tentando ver a vida do ponto de vista deles.

    Ele tenta ensinar a Jem e Scout esta lição moral decisiva para mostrar que é possível viver com consciência

    sem perder a esperança ou se tornar cínico. Nesse sentido Atticus é capaz de admirar a coragem da senhora

    Dubose mesmo que deplore seu racismo.

    O progresso de Scout enquanto personagem dentro da trama é definido pelo desenvolvimento gradual de

    sua compreensão acerca das lições de Atticus, culminando quando ao final dos últimos capítulos Scout é

    capaz de perceber Boo Radley como ser humano, esse sua recém-encontrada habilidade de visualizar o

    mundo a partir da perspectiva dele assegura que ela não se tornará uma pessoa vazia ao perder a inocência.

    A Importância da Educação Moral

    Devido ao fato de que profundas questões morais na estória sejam levantadas a partir da perspectiva dascrianças, a educação delas está envolvida em todos os temas. 

    Em certo sentido a trama da estória delineia a educação moral de Scout e o tema de como as crianças sãoeducadas e de como são ensinadas a transitar da inocência para a fase adulta é recorrente na estória (aofinal do livro Scout diz que ela aprendeu tudo exceto álgebra).Esse tema é explorado mais poderosamente através da relação entre Atticus e as crianças e em suadedicação a instilar neles a chamada consciência social.As cenas na escola marcam um contra ponto na educação efetiva de Atticus: Scout é frequentementeconfrontados por professores que são frustrantemente adversos às necessidades das crianças oumoralmente hipócritas.A Na verdade em O sol é para todos, a despeito dos outros temas morais, a conclusão do romance sobreeducação é que de todas as lições mais importante são aquelas sobre simpatia e compreensão e de comouma abordagem compreensiva é a melhor forma de ensiná-las. Nesse sentido a habilidade de Atticus em secolocar no lugar das crianças faz dele um excelente professor, em contra partida o comprometimento deMiss Caroline às técnicas rígidas educacionais que ela aprendeu e tenta ensinar na escola a torna ineficientee até mesmo perigosa.

    A Existência da Desigualdade Social

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    As diferenças de status são largamente exploradas na extremamente complicada hierarquia de Maycomb.Os relativamente bem sucedidos Finch encontram-se no topo da pirâmide social e a maioria dos cidadãos osreverencia. Fazendeiros ignorantes como os Cunninghan jazem abaixo da escala social e o lixo branco dosEwell estão ainda abaixo dos Cunninghans.Entretanto a comunidade negra de Maycomb a despeito da abundância de qualidades admiráveis quepossuem são considerados ainda piores que os Ewells, o que permite a Bob Ewell apesar de sua falta deimportância ser capaz de realizar uma perseguição a Tom Robinsom.Essas divisões sociais rígidas formadoras mundo adulto são reveladas no livro e são tão irracionais quantodestrutivas. Uma prova disso e que Scout não compreende a recusa de tia Alexandra a casar com o jovemWalter Cuninghan.Lee utiliza a perplexidade das crianças diante do desagradável nivelamento social para criticar os papéissociais e em última análise o preconceito presente nas interações humanas.

    Motivos

    Motivos são estruturas recorrentes, contrastes e recursos literários que ajudam a desenvolver e comunicaros temas principais da narrativa.

    Detalhes góticos

    A força do bem e do mal em O sol é para todos parecem ser maiores do que a pequena cidade sulista na quala estória se desenvolve.Lee adiciona drama à atmosfera de sua estória ao incluir certos elementos góticos à trama. Na literatura otermo gótico se refere a um estilo fictício que se tornou popularizado a partir do século dezoito naInglaterra, abordando ocorrências sobrenaturais, cenários mal assombrados, a magia da lua cheia e assimpor diante.Entre os elementos góticos de O sol é pra todos está a nevasca incomum, o fogo repentino que destrói acasa da senhora Maudie, as superstições das crianças a respeito de Boo Radley, o cão louco no qual Atticus

    é forçado a atirar e a fatídica noite de Halloween na qual Bob Ewell ataca as crianças.

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    Todos esses acontecimentos fora do comum em uma cidade normalmente quieta e previsível comoMaycomb cria tensão na estória e servem como pano de fundo para os eventos conflituosos do julgamento eseu desfecho.

    A vida em uma cidade pequena

    Os motivos góticos da estória estão entre os motivos antiquados que se manifestam no decorrer danarrativa. Como se para contrastar com todo suspense grandeza moral do livro Lee enfatiza a lentidão e osentimento de boa vida na cidade. Ela também deliberadamente justapõe valores de uma cidade pequena aimagens góticas para poder examinar mais de perto as forças do bem e do mal. O horror do fogo, porexemplo, é abrandado pelo conforto da cena de Maycomb toda unida para salvar as posses da senhoraMaudie. Em contraste, Bob Ewell covardemente ataca à indefesa Scout vestida de presunto gigante para afesta de Halloween escola, mostra que ele é irredutivelmente mal.

    SÍMBOLOS

    Símbolos são objetos, personagens, figuras, números e cores usadas para representar ideias abstratas ouconceitos.

    Mockingbirds – It’s a sin to kill a monckbird. É pecado matar um passarinho.

    O título original em inglês ‘’To kill a mockingbird’’ literalmente ‘’Matar um passarinho’’  apesar de possuiruma ligeira conexão com o sentido literal da trama, possui um grande significado simbólico dentro doromance.Nessa estória que retrata seres inocentes destroçados pelo mal, um passarinho representa a ideia da

    inocência, no sentido de que ‘’matar um passarinho’’ significa destruir a inocência.

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    “Nós não temos nada a temer a não ser o medo”. É a mais famosa frase de Franklin Delano Roosevelt em seudiscurso inaugural feito após a eleição presidencial de 1932. Com essa pista é razoável concluir que a históriacomeça no verão de 1933, uma conclusão a que as pistas subsequentes nos levam a crer. A derrota do atode recuperação industrial nacional na Suprema Corte em 1935, por exemplo, é mencionada no capítulo XXVIIda história quando Scout está com oito anos, mais ou menos, dois anos mais velha do que no começo da

    história.

    2- Você nunca conhece realmente uma pessoa até que se permita ver as coisas do seu ponto de vista... Até

    você vestir a sua pele e ver as coisas de diferentes perspectivas.

    Esse importante pedacinho de conversa do capitulo III é de quando Atticus dá a Scout um pequeno conselhoa respeito da moral, conselho esse que direciona o seu desenvolvimento para o resto da história.

    A simplicidade da sabedoria das palavras de Atticus reflete a maneira descomplicada que ele guia mesmoatravés desse único princípio. A sua habilidade em se relacionar com os seus filhos se manifesta na forma

    como ele coloca esse principio em termos nos quais Scout pode compreender (vista a pele dele e veja ascoisas de diversos ângulos).

    Scout luta com bastante sucesso para colocar em prática o conselho de Atticus e viver com simpatia ecompreensão em relação aos outros.

    No final do livro ela consegue compreender a perspectiva de Boo Radley seguindo o conselho que o paihavia dado no capítulo III e dando a estória um final otimista a despeito da escuridão considerável presentetrama.

    3. Se lembre que é um pecado matar um passarinho. Essa foi única vez que eu ouvi Atticus dizer que era

    pecado fazer alguma coisa e quando eu perguntei a Senhora Maudie ela respondeu: Seu pai está certo.Passarinhos não fazem nada além de cantar para nos agradar, eles abrem seu coração para nós, por isso queé um pecado matá-los.

    Essas conversas do capitulo X é a origem do título da história e introduz a metáfora a chave do livro. A ideiade que os pássaros são bons, inocentes, pessoas que são destruídas pelo mal.

    Boo Radley é como um passarinho, pois um passarinho não machuca as pessoas, o que fazem é abrir ocoração pra nós, Boo é desse jeito, não machuca ninguém, ao invés disso deixa presentes para Scout e Jem,cobre Scout com um lençol e finalmente salva as crianças de Bob Ewell.

    A despeito da pureza de seu coração, Boo foi seriamente machucado por um pai tirânico, a semelhançaentre os passarinhos e as pessoas inocentes é feita explicitamente varias vezes no livro, no capitulo XXV osenhor Underwood compara a morte de Tom a matança sem sentido dos pássaros por caçadores e crianças,enquanto que no capítulo XXX Scout diz a Atticus que ferir Boo Radley seria como atirar em um pássaro.

    A moral imperativa de proteger os mais fracos faz com que Atticus tome a decisão de aceitar o caso de Tomda mesma forma que leva a Jem a proteger o tatuzinho de Scout.

    4- Um rapaz atravessa a rua puxando uma vara de pescar atrás dele. Um homem está parado com a mão nosquadris. É verão e suas crianças brincam na frente do jardim com o amiguinho, interpretando uma pequenapeça de sua própria autoria. É outono e as crianças lutam na rua em frente à casa da senhora Dusbone...Outono e as crianças trotam para cima e para baixo na esquina, o dia passa e brilha em suas faces.

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    Eles param no carvalho, deliciados... apreensivos. Inverno e as crianças estremecem na frente do portãodelineadas contra uma casa em chamas.  Inverno, e um homem caminha na rua, tropeça nos óculos e chutaum cachorro.Verão, e ele observa as crianças com o coração apertado. Outono novamente e as crianças de Boo precisamdele. Atticus estava certo.

    Uma vez ele disse você nunca se conhece realmente uma pessoa até que esteja no lugar dele e veja as coisasde diferentes ângulos. Apenas ficar diante do alpendre de Radley era suficiente.

    Esta passagem do capitulo XXXI é o exercício de Scout em imaginar o mundo da perspectiva de Boo. Depoisde ela caminhar até a casa dele, para diante do alpendre de Boo e imagina muito dos outros eventos dahistória (Atticus chutando o cachorro doido, as crianças encontrando o presente de Boo no carvalho).Até que a final ela percebe o amor e a proteção que ele oferece silenciosamente a ela e Jem. A aquisição dahabilidade de Scout em assumir a perspectiva do outro de forma simpática é o ponto culminante do seudesenvolvimento no decorrer da história.

    5. Quando eles finalmente veem porque ele não pode fazer nada dessas coisas... Atticus foi realmenteótimo , as mãos dele estavam sob meu queixo, cobrindo minhas costas e me aconchegando. 

    Muitas pessoas são como Scout quando você realmente as vê. Ele apagou a luz e entrou no quarto de Jem.

    Ele iria passar a noite inteira ali e permaneceria lá enquanto Jem acordava de manhã. Estas palavras docapitulo XXXI, concluem o romance.

    Quando Scout adormece ela está contando a Atticus a estória do fantasma cinzento, um livro no qual um dospersonagens é acusado falsamente de cometer um crime e é perseguido.

    Quando ele é finalmente capturado, entretanto, a inocência dele é relevada. Uma Scout sonolenta explica aestória a Atticus, dizendo que o personagem era realmente bom quando eles finalmente o viram, Atticusgentilmente nota a verdade na observação.

    Dessa forma, Lee, termina o livro com uma lembrança sútil dos temas de inocência, acusação e ódio queestiveram presentes em toda a história, pondo-os de lado ao ilustrar a sabedoria moral da perspectiva deAtticus:

    ‘’ Se alguém vive com simpatia e compreensão, então será possível manter a fé na humanidade e a

    despeito da sua capacidade para a maldade, acreditar que a maioria das pessoas são realmente boas’’ .

    Adicionalmente esta passagem enfatiza a força de Atticus, o seu amor por Scout e Jem.

    Ele a põe para dormir e se senta ao lado da cama de Jem a noite inteira. Através da força de Atticus, a tensãoe o perigo do capitulo anterior se dissolve e o livro termina com uma nota de segurança e paz. 

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     PONTOS PRINCIPAIS

    Titulo  – O sol é para todos. (Titulo original em inglês: To kill a mockingbird)

    Autora - Harper Lee

    Tipo de trabalho  – Romance

    Gênero  – Comming off age history; drama social; courtroom; drama sulista.

    Lingua  – Inglês

    Época e local - Meados de 1950 em Nova York

    Data da primeira publicação  – 1960

    Editor  – JB Lippincott

    Narradora  – Scout narra a história olhando em retrospectiva.

    Ponto de vista da narrativa  – Scout narra em primeira pessoa, contando o que viu e ouviu naquela época eenriquecendo a narrativa com sua experiência.

    Apesar de ela não ser uma narradora onisciente, ela amadureceu consideravelmente através dos anos emuitas vezes ao fazer comentários igênuos ela demonstra em seus pensamentos e ações que era apenasuma garotinha.

    Na maioria das vezes ela fala de seus pensamentos, mas também dedica um tempo considerável emrecontar e analisar os pensamentos e as ações de Jam.

    Tom da narrativa  –  Infantil, bem humorada, nostálgica, inocente e no decorrer da historia, pesarosa eincrivelmente obscura e também crítica social.

    Tempo  – Passado

    Data  – 1933 a 1935

    Local  – Cidade fictícia de Maycomb no Alabama

    Protagonista  – Scout Finch

    Conflito central  –  A infância inocente com a qual Scout e Jem começam o romance é ameaçada pornumerosos incidentes que expõe o lado ruim da natureza humana. O mais notável é o veredicto de culpadode Tom Robinson no julgamento e a vingança de Bob Ewell. No decorrer da história Scout e Jam lutam paramanter a fé na capacidade humana para a bondade sob a ocorrência desses exemplos recorrentes namaldade humana.

    Ações  – Scout, Jam e Dill se tornam fascinados por seu misterioso vizinho Boo Radley e provocam uma sériemisteriosos encontros com ele. Nesse meio tempo Atticus concorda em defender um homem negro TomRobinson contra a acusação de estupro feita por Bob Ewell.

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    Observando o julgamento Scout e especialmente Jem não conseguem entender como o júri é capaz decondenar Tom Robinson com base nas historias inventadas de Ewell.

    Clímax  – Apesar da capacidade de Atticus e de sua defesa aedente, o júri decreta Tom Robson culpado. Overedicto força Scout e Jem a confrontar o fato de que a moral que Atticus lhes ensinou não pode ser

    sempre conciliada com a realidade do mundo e a maldade da natureza humana.

    Desfecho Final  – Quando é divulgado que Tom Robson foi baleado enquanto tentava escapar da prisão Jemluta para encontrar um termo entre a injustiça do julgamento e o destino de Robinson.

    Depois de fazer uma série de ameaças contra Atticus e outros ligado ao julgamento, Bob Ewell ataca Jem eScout quando eles voltam para casa certa noite, mas Boo Radley salva as crianças e esfaqueia Ewellfatalmente. O xerife sabendo que Boo, assim como Tom Robson, seria incompreendido e condenado em um

     julgamento protege Boo dizendo que Ewell tropeçou e caiu em sua própria faca. Após sentar e conversarcom Scout bravamente, Boo volta a recolher-se em casa e Scout nunca mais volta a o ver novamente.

    Temas  – A Coexistência do Bem e do Mal; A Importância da Educação Moral; As Divisões Sociais

    Motivos  – Detalhes Góticos; Vida de cidade pequena.

    Símbolos- Passarinhos; Boo Radley.

    Prenúncios – Os elementos góticos da historia (o fogo, o cachorro louco) constrói a tensão e a sutileza dosprenúncios. O julgamento de Tom Robinson e sua trágica morte; O aparecimento Burris Ewells na escola; Aloucura de Bob Ewell; O presente que Jem e Scout encontram na árvore; A descoberta da bondade docoração de Boo Radley; A ameaça e o comportamento suspeito de Bob Ewell após o julgamento quando eleataca as crianças.

    QUESTÕES PARA ANÁLISE

    1. Discuta o estilo paternal de Atticus. Qual era o relacionamento dele com as crianças? Como ele procuravainstilar a consciência neles?  

    Atticus é um homem sábio, comprometido com ajustiça e igualdade e seu estilo paternal é baseado emfomentar essas virtude em seus filhos – ele até mesmo encoraja Jem e Scout a chama-lo de Atticus para queeles possam conversar com mais igualdade.

    No decorrer da história Atticus trabalha para desenvolver a consciência de Scout e Jem respectivamente,através de ensinamentos básicos: Quando orienta Scout a se colocar no lugar das pessoa antes de julgá-la,quando toma o caso de Tom Robinson e ao viver de acordo com os seus padrões morais mesmo que porcausa disso tenha que enfrentar consequências.

    Atticus é um pai amoroso e delicado que lê para seus filhos e dá a eles o conforto que eles precisam, assimcomo é também capaz de ensinar duras lições como da vez que ele permite que Jem vá com ele contarHelen Robinson sobre a morte de Tom e ao final quando Atticus acredita que Jem matou Bob Ewell, eletenta contar ao Xerife Heck Tate ao invés de declarar a morte um acidente.

    Os padrões de Atticus são firmes e ele não quer que seu filho seja protegido injustamente pela lei.

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    2.Análise da cena do julgamento e sua influência no romance. 

    ‘’O sol é para odos’’ explora a questão da inocência e das experiências duras da vida, o bem e o mal, sobdiferentes ângulos.

    O julgamento de Tom Robinson explora essas ideias ao examinar a maldade contida no preconceito racial,sua habilidade em envenenar uma admirável cidade sulista e destruir um homem inocente, e os efeitos dissonas crianças Jam e Scout.

    Uma vez que o objetivo do julgamento é descobrir a culpa ou a inocência, o caso de Tom serve para que Leeexponha argumentos contra o preconceito racial em um quadro dramático adequado a longos temas doromance.

    Entretanto uma vez que o julgamento é essencialmente a apresentação de fatos serve como um laboratóriono qual a extensão do preconceito da cidade pode ser medida com objetividade.

    Atticus apresenta um caso sólido, no qual não há dúvidas: Tom Robinson é inocente e se ele foi consideradoculpado foi unicamente por causa do racismo dos jurados.

    Quando a culpa de Tom é declarada uma crise de confiança é deflagrada particularmente em relação a Jem:Se a lei falha então como poderemos ter fé na justiça e se as pessoas de Maycomb falham então comoalguém poderá ter fé na bondade humana?

    Mesmo que estas questões essas questões sejam exploradas em algum nível antes do julgamento, elasdominam o romance depois do julgamento. De um ponto de vista estrutural o julgamento serve para trazeros pontos principais da narrativa à tona.

    3. Discuta a descrição da comunidade negra e os personagens de Calpúrnia e Tom Robson, eles são realistaou idealizados?

    A comunidade negra de Maycomb é idealizada especialmente nas cenas que ocorre na igreja dos negros e na‘’bancada para negros’’ durante o julgamento. O retrato que Lee faz da comunidade negra não é irrealista ouinacreditável, entretanto é importante pontuar que ela enfatiza apenas as boas qualidades daquelacomunidade sem citar de forma alguma as más.

    Os negros são descritos como amorosos afetuosos, hospitaleiros, piedosos, honestos, trabalhadores,solidário e corretos.

    Calpurnia e Tom, membros da comunidade possuem forte dignidade e coragem. Mas essa idealização sobrea comunidade serve como um propósito importante: Aumentar o contraste entre as vítimas e os algozes, oscidadãos negros são as vitimas, oprimido pelos preconceitos dos brancos e forçados a viver em um ambienteno qual a mera palavra de um homem como Bob Ewell pode condená-los a uma vida na prisão ou atémesmo a uma execução, sem que seja necessária qualquer outra evidência.

    Ao apresentar os negros de Maycomb como vítimas cheia de virtudes, pessoas feitas para sofrer, Lee,salienta sua condenação moral direta ao preconceito de forma enfática e explicita.

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    TÓPICOS SUGERIDOS

    1. Análise da infância de Jam, Scout e Dill e seu relacionamento com Boo Radley na parte I.

    2. Como Jam e Scout mudam durante o decorrer do romance, como eles permanecem os mesmos?

    3. Como é o relacionamento de Atticus com o resto de Maycomb? Qual é o papel dele na comunidade?

    4. Discuta o papel da família em O sol é para todos. Atentando para Tia Alexandra.

    5. Examine o relacionamento da Senhora Maudie com os Finch e o resto de Maycomb.

    6. Discuta as descrições de Maycomb feita pela autora. Qual o papel da cidade no romance?

    7. Análise a forma como a autora trata de Boo Radley, qual o papel dele no romance?

    PERGUNTAS

    1. Qual o nome verdadeiro de Scout?a)  Jam Louise Finchb)  Louise Marie Finchc)  Louise Scout Finchd)  Lee Mae Finch

    2. Qual é o veredicto do caso de Tom Robson?a)  Inocente

    b) 

    Culpadoc)  Jurado enforcadod)  Juiz chama de mistério

    3. De quem é casa que pega fogo?a)  Tia Alexandrab)  Atticusc)  Senhora Underwoodd)  Senhora Maudie

    4. Qual o editor local do jornal?a)  Senhor Raymondb)  Atticusc)  Senhor Underwoodd)  Hecktate

    5. Quem insiste que a morte de Bob Ewell foi um acidente?a)

     

    Hecktateb)

     

    Atticusc)  Scoutd)  Boo Radley

    6. Qual o nome verdadeiro de Boo?a)

     

    Hector

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    b) 

    Arthurc)  Hileyd)  Robert

    7. O que Scout encontrou pela primeira vez no buraco da árvore?

    a) 

    Um ninho de pássarob) 

    Uma armac)  Um pequeno insetod)  Balinhas de goma

    8. O que Dill encontra na garrafa de Dolphus Reymond?a)

     

    Vinhob)

     

    Uísquec)  Coca colad)  Água

    9. Por que Atticus admira na Senhora Dusbone?a)  Porque ela tem coragemb)

     

    Porque ela é comprometida com igualdade racialc)

     

    Porque ela é bonitad)  Porque ela é uma confederada orgulhosa

    10. Quem fundou a fazenda Finch?a)  Atticusb)

     

    Simon Finchc)

     

    Tio Jackd)  Jasper Finch

    11. Como a Senhora Caroline aprendeu suas técnicas educacionais?a)  Através de sua longa experiênciab)  De um artigo de revistac)

     

    Conversando com outros professoresd)  Nos cursos da faculdade

    12. Quem é o presidente do Estados Unidos na época dos eventos?a)  Theodore Rooseveltb)  Harry Trumanc)

     

    Franklin D. Rooseveltd)  John F. Kennedy

    13. Quem diz a Jam que é um pecado matar um passarinho?a)  Atticusb)

     

    A Senhora Maudie e Tia Alexandrac)

     

    Scoutd)

     

    Dill

    14. Aonde Dill mora durante o ano escolar?a)  Arkansasb)  Mississippic)

     

    Georgiad)

     

    Boston

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     15. Em que escritor Haper Lee baseou o seu personagem Dill?

    a)  Ernest Hemingwayb)  Mary McCarthyc)  Gustave Flaubrt

    d) 

    Truman Capote

    16. Quem embala Scout no final do romance?a)  Tia Alexandrab)  Boo Radleyc)  Atticusd)

     

    Hecktate

    17. Quem bateu em Macela Ewell?a)  Bob Ewellb)  Boo Reedley

    c) 

    Tom Robsond)  Hecktate

    18. Quem fez com que o Senhor Cunningham?a)  Atticusb)  Scoutc)  Jamd)  Senhora Underwood

    19. Qual é a idade de Jam quando o romance começa?a)  Oito

    b) 

    Setec)  Dezd)  Nove

    20. O que Jam e Scout ficaram chocados ao descobrir sobre Atticus?a)  Que ele sabe jogar fiddleb)  Que ele pode nadar mais rápido do que qualquer homem em Maycombc)  Que ele é o melhor atirador do condado de Maycombd)  Que ele é um escritor premiado

    21. Quem leva as crianças para a igreja?a)  Calpurniab)  Miss Maudiec)  Helen Robsond)  Reverendo Sykes

    22. Aonde Boo costuma deixar presentes para Scout e Jam?a)

     

    Em uma caixa na varandab)

     

    Em um buraco no carvalhoc)  Na caixa de correiod)  In their windowsills

    23. Quem remendou as calças de Jam?a)

     

    Senhora Maudie

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    b) 

    Tia Alexandrac)  Scoutd)  Boo

    24. Quem foge de casa?

    a) 

    Scoutb) 

    Jamc)  Dilld)  Francis

    25. Por que o Tio Jack repreendeu Scout na noite de natal?a)

     

    Porque ela estava amaldiçoandob)

     

    Porque ela se recusou a brincar com Francisc)  Por não se vestir como uma meninad)  Por abrir os presentes antes da hora.