O mercado atual, por ser bastante dinâmico, exige que se adotem estratégias que possibilitem uma maior rapidez no processamento de pedidos e na distribuição dos produtos. Visando atingir essa rapidez, criou-se processos como o Cross-Docking, que é discutido no artigo estudado.

Inicialmente, foi feita uma introdução sobre alguns dos objetivos que se visa alcançar utilizando o Cross-Docking. Em seguida, são apresentadas algumas definições de Logística, bem como são abordadas as necessidades do mercado, que exige cada vez mais das empresas. Essa pressão do mercado faz com que cada vez mais se busque a redução nos custos de produção, estocagem e distribuição, entre outros.

No entanto, para que se consiga reduzir os custos de maneira satisfatória é necessário estabelecer parcerias dentro do canal de distribuição. Com essa parceria todos os envolvidos no canal de distribuição atuariam de forma mútua, visando atingir o menor custo e, conseqüentemente, maior lucro. Tendo como objetivo coordenar essa integração, criou-se o Supply Chain Management – SCM.

Um modo bastante eficiente de se utilizar a parceria entre as empresas de um determinado canal de distribuição é o Cross-Docking. Nesse modo de distribuição uma determinada estrutura física é utilizada, às vezes por diversas empresas, para se receber quantidades menores de produtos encaminhadas em remessas mais freqüentes, ao contrário das grandes remessas em intervalos maiores utilizadas por empresas que guardam estoques.

Os produtos são então separados conforme o pedido e encaminhados, imediatamente ou o mais rápido possível, para os clientes finais. Geralmente uma remessa maior de determinado produto é dividida e reagrupada com diversas divisões de outros produtos, para que se consiga uma carga completa a ser encaminhada para um determinado cliente. Com o Cross-Docking praticamente se extingue dois dos principais gastos que se observa em um armazém: estocagem e retirada de produtos (picking).

Podemos citar entre as principais vantagens, para os fornecedores e consumidores, de se adotar o Cross-Docking:

1. Redução de custos: todos os custos associados com o excesso de estoque e com distribuição são reduzidos, já que o transporte é feito em caminhões totalmente carregados e de forma mais freqüente;

2. Redução da área física necessária no Centro de Distribuição: com a redução ou eliminação do estoque, a área necessária no centro de distribuição é reduzida;

3. Redução da falta de estoque nas lojas dos varejistas: devido ao re-suprimento contínuo, em quantidades menores e mais freqüentes;

4. Redução do número de estoques em toda a cadeia de suprimentos: o produto passa a fluir pela cadeia de suprimentos, não sendo estocado;

5. Redução da complexidade das entregas nas lojas: é realizada uma única entrega formada com toda a variedade de produtos dos seus diversos fornecedores, em um único caminhão;

6. Aumento do turn-over no Centro de Distribuição: a rotatividade dentro do centro de distribuição aumenta, já que o sistema opera com entregas em menores quantidades e com maior freqüência;

7. Aumento da shelf-life do produto;

8. Aumento da disponibilidade do produto, devido ao re-suprimento contínuo ao varejo;

9. Suaviza o fluxo de bens: torna-se constante devido às encomendas freqüentes;

10. Redução do nível de estoque: mercadoria não pára em estoque; e

11. Torna acessíveis os dados sobre o produto: devido ao uso de tecnologias de informação que proporcionam a intercomunicação entre os elos da cadeia, como por exemplo o EDI que unifica a base de dados.

Uma das desvantagens verificadas ao se adotar o Cross-Docking é a necessidade de todos os membros da cadeia de suprimento investirem recursos e esforços nessa estratégia. Para que o Cross-Docking funcione corretamente é necessário um comprometimento de todos os membros; caso contrário o sistema tende a falhar.

Além do fluxo de produtos, o fluxo de informações também deve ser contínuo. Pode-se dizer que a informação é o principal fator de sucesso do Cross-Docking. As informações sobre os produtos, fornecedores, clientes são essenciais para que se consiga gerenciar efetivamente um armazém utilizado nesse tipo de transporte.

Podemos listar entre as informações mais importantes:

1. Hora e data do embarque feito pelo fornecedor;

2. Transportadora utilizada;

3. Quantidade e código de barra de cada pedido (ordem);

4. Data e hora de chegada planejada;

5. Descrição da carga, destino e data e hora de entrega de cada carga de cada caminhão; e

6. Localização da doca de descarga dos caminhões