resenha chc - henrique tadeu ramos - física z6

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Resenha CHC Henrique Tadeu Ramos Física Z6 Este texto tem como objetivo apresentar um resumo crítico do texto escrito por Roberto de Andrade Martins, intitulado Ciência versus historiografia: os diferentes níveis discursivos nas obras sobre história da ciência. O autor retrata neste texto sobre a metodologia de estudo da história da ciência. A história da ciência pode ser definida como um conjunto de fatos e momentos vivenciados pelo cientista em um determinado instante, sendo assim, a história ocorre independentemente da existência ou não de um relato textual, ou mesmo oral, dos fatos. Todo autor que começa a escrever sobre ciência, mais especificamente sobre a história da ciência, é obrigado a abarcar em sua obra o contexto social, e muitas vezes econômicopolítico, para assim descrever melhor e com mais eficiência o próprio contexto histórico. Esta descrição de fatos históricos de forma textual, ou mesmo por narração oral, é denominada historiografia, e isso ocorre pelo motivo de não se tratar da história em si, mas de relatos dos fatos que aconteceram. Por isso podemos entender que a história é vivida uma vez apenas, sendo portanto intangível em sua forma pura, assim, a única maneira de falar sobre história é através da historiografia. Vale ainda apontar e ressaltar que essa descrição baseada nos fatos históricos ocorridos só será chamada historiografia se o autor do relato textual compreender em seu texto os fatos advindos de fontes originais e diretas sobre a história, ou seja, relatos de quem fez ou esteve presente no momento de concretização do ponto histórico retratado, ou seja para ser historiografia é necessário que o autor se baseie em fontes originais. Caso o autor não venha a se basear em fontes originais, usando assim de textos para sua obra que foram escritos por autores que se basearam em outros autores que estes sim por sua vez lançaram mão de fatos advindo de fontes brutas de informação, temos então um exemplo da denominada metahistoriografia da ciência. Esta “hierarquia” continua, por exemplo, um autor que se baseie no autor do exemplo dado acima, que se baseou por sua vez em dois autores, mesmo que indiretamente, teremos então a denominada metametahistoriografia da ciência. Podemos entender e concluir então com o fluxograma abaixo que mostra um esquema lógico de como funciona todo o processo:

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Resenha sobre historiografia da ciência.

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Page 1: Resenha CHC - Henrique Tadeu Ramos - Física Z6

Resenha CHC ­ Henrique Tadeu Ramos ­ Física Z6 Este texto tem como objetivo apresentar um resumo crítico do texto escrito por                         

Roberto de Andrade Martins, intitulado Ciência versus historiografia: os diferentes níveis                     discursivos nas obras sobre história da ciência. O autor retrata neste texto sobre a                           metodologia de estudo da história da ciência. 

A história da ciência pode ser definida como um conjunto de fatos e momentos                           vivenciados pelo cientista em um determinado instante, sendo assim, a história ocorre                       independentemente da existência ou não de um relato textual, ou mesmo oral, dos fatos.                           Todo autor que começa a escrever sobre ciência, mais especificamente sobre a história da                           ciência, é obrigado a abarcar em sua obra o contexto social, e muitas vezes                           econômico­político, para assim descrever melhor e com mais eficiência o próprio contexto                       histórico. 

Esta descrição de fatos históricos de forma textual, ou mesmo por narração oral, é                           denominada historiografia, e isso ocorre pelo motivo de não se tratar da história em si, mas                               de relatos dos fatos que aconteceram. Por isso podemos entender que a história é vivida                             uma vez apenas, sendo portanto intangível em sua forma pura, assim, a única maneira de                             falar sobre história é através da historiografia. Vale ainda apontar e ressaltar que essa                           descrição baseada nos fatos históricos ocorridos só será chamada historiografia se o autor                         do relato textual compreender em seu texto os fatos advindos de fontes originais e diretas                             sobre a história, ou seja, relatos de quem fez ou esteve presente no momento de                             concretização do ponto histórico retratado, ou seja para ser historiografia é necessário que                         o autor se baseie em fontes originais. 

Caso o autor não venha a se basear em fontes originais, usando assim de textos para                               sua obra que foram escritos por autores que se basearam em outros autores que estes sim                               por sua vez lançaram mão de fatos advindo de fontes brutas de informação, temos então                             um exemplo da denominada meta­historiografia da ciência. Esta “hierarquia” continua, por                     exemplo, um autor que se baseie no autor do exemplo dado acima, que se baseou por sua                                 vez em dois autores, mesmo que indiretamente, teremos então a denominada                     meta­meta­historiografia da ciência. 

Podemos entender e concluir então com o fluxograma abaixo que mostra um esquema                         lógico de como funciona todo o processo: