requerimento 21 2012 aterro sanitário territorial - olivânio

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Rua Roldão Zacarias de Macedo, 89 Bairro JK Picuí-PB 58187-000 CGC 12.732.038/0001.38 www.camarapicui.com.br REQUERIMENTO Nº 21/2012 EMENTA: REQUER DO MINISTÉRIO DE ESTADO DAS CIDADES A CONSTRUÇÃO DE 01(UM) ATERRO SANITÁRIO COM ABRANGÊNCIA REGIONAL PARA RECEBER, PROCESSAR E DAR DESTINAÇÃO ADEQUADA A PRODUÇÃO DE LIXO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O TERRITÓRIO DA CIDADANIA DO CURIMATAÚ PARAIBANO. Sr. Presidente, O Vereador que este subscreve requer que após ouvido o plenário seja encaminhado cópia deste requerimento ao Ministério de Estado das Cidades, para que possa efetivar a solicitação acima mencionada. JUSTIFICATIVA Os municípios de Barra de Santa Rosa, Baraúna, Cacimba de Dentro, Cuité, Damião, Frei Martinho, Nova Floresta, Nova Palmeira, Picuí e Sossego compõem o Território da Cidadania do Curimataú e assim sendo vem expor seus motivos e justificativas perante o Ministério de Estado das Cidades para obtenção de recursos objetivando a construção de um aterro sanitário regional, implantação de sistema consorciado de gerenciamento de resíduos sólidos e execução de políticas de educação ambiental. Os municípios envolvidos neste pleito têm como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida da população e a preservação do meio ambiente Os municípios não só dialogam em suas origens, como também compartilham dificuldades atuais. O desenvolvimento Territorial tem sido discutido e articulado através do Colegiado Territorial do Curimataú, antes mesmo de sua criação oficial, no sentido de potencializar e preservar a diversidade e potencialidades. A região, hoje, tem atividades da agricultura familiar que fazem a circulação de riquezas na região através da caprinocultura, ovinocultura, apicultura, avicultura, bovinocultura, produção de grãos. No entanto, acredita-se que deva estar preparada, para atender às demandas das populações locais, sem se esquecer dos seus visitantes. O saneamento básico nos municípios que formam o Território do Curimataú, hoje, não está a merecer elogios e muito menos a proporcionar qualidade de vida para a população. Se a maior parte das cidades já conta com abastecimento público de água, o mesmo não se dá com o esgotamento sanitário, sendo comum em todas as cidades, o uso do sistema fossa-sumidouro. Nas poucas cidades que podem contar com algum tipo de rede coletora de esgoto, todo esse efluente é lançado, sem qualquer tratamento, nos recursos hídricos próximos a elas, muitas vezes, o mesmo recurso hídrico que provê o abastecimento de comunidades. Quanto ao problema do lixo, não existe em todo o Território do Curimataú, um único aterro sanitário. Todos os resíduos sólidos produzidos nas sedes dos 10(dez) municípios são dispostos em “lixões”, a céu aberto, sem que haja sequer a separação e o tratamento diferenciado do lixo Estado da Paraíba CÂMARA MUNICIPAL DE PICUÍ Casa Francisco Eduardo de Macedo

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Rua Roldão Zacarias de Macedo, 89 – Bairro JK – Picuí-PB – 58187-000

CGC 12.732.038/0001.38 www.camarapicui.com.br

REQUERIMENTO Nº 21/2012

EMENTA: REQUER DO MINISTÉRIO DE ESTADO DAS CIDADES A CONSTRUÇÃO DE

01(UM) ATERRO SANITÁRIO COM ABRANGÊNCIA REGIONAL PARA RECEBER,

PROCESSAR E DAR DESTINAÇÃO ADEQUADA A PRODUÇÃO DE LIXO DOS

MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O TERRITÓRIO DA CIDADANIA DO CURIMATAÚ

PARAIBANO.

Sr. Presidente,

O Vereador que este subscreve requer que após ouvido o plenário seja encaminhado cópia

deste requerimento ao Ministério de Estado das Cidades, para que possa efetivar a solicitação

acima mencionada.

JUSTIFICATIVA

Os municípios de Barra de Santa Rosa, Baraúna, Cacimba de Dentro, Cuité, Damião, Frei

Martinho, Nova Floresta, Nova Palmeira, Picuí e Sossego compõem o Território da Cidadania do

Curimataú e assim sendo vem expor seus motivos e justificativas perante o Ministério de Estado

das Cidades para obtenção de recursos objetivando a construção de um aterro sanitário regional,

implantação de sistema consorciado de gerenciamento de resíduos sólidos e execução de políticas

de educação ambiental.

Os municípios envolvidos neste pleito têm como objetivo principal a melhoria da qualidade

de vida da população e a preservação do meio ambiente

Os municípios não só dialogam em suas origens, como também compartilham dificuldades

atuais. O desenvolvimento Territorial tem sido discutido e articulado através do Colegiado

Territorial do Curimataú, antes mesmo de sua criação oficial, no sentido de potencializar e

preservar a diversidade e potencialidades.

A região, hoje, tem atividades da agricultura familiar que fazem a circulação de riquezas na

região através da caprinocultura, ovinocultura, apicultura, avicultura, bovinocultura, produção de

grãos. No entanto, acredita-se que deva estar preparada, para atender às demandas das populações

locais, sem se esquecer dos seus visitantes.

O saneamento básico nos municípios que formam o Território do Curimataú, hoje, não está

a merecer elogios e muito menos a proporcionar qualidade de vida para a população. Se a maior

parte das cidades já conta com abastecimento público de água, o mesmo não se dá com o

esgotamento sanitário, sendo comum em todas as cidades, o uso do sistema fossa-sumidouro. Nas

poucas cidades que podem contar com algum tipo de rede coletora de esgoto, todo esse efluente é

lançado, sem qualquer tratamento, nos recursos hídricos próximos a elas, muitas vezes, o mesmo

recurso hídrico que provê o abastecimento de comunidades.

Quanto ao problema do lixo, não existe em todo o Território do Curimataú, um único aterro

sanitário. Todos os resíduos sólidos produzidos nas sedes dos 10(dez) municípios são dispostos em

“lixões”, a céu aberto, sem que haja sequer a separação e o tratamento diferenciado do lixo

Estado da Paraíba CÂMARA MUNICIPAL DE PICUÍ

Casa Francisco Eduardo de Macedo

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perigoso. Existem projetos de aterros consorciados entre alguns municípios, mas ainda só na fase

de projetos.

Urge o tempo a respeito das problemáticas ambientais e sanitárias do Território do

Curimataú, considerando a sua delicadeza ambiental e falta de infraestrutura, fica obvia a

necessidade da realização de tal investimento para a sobrevivência regional.

Os problemas a cargo dos governos municipais muitas vezes exigem soluções que

extrapolam o alcance da capacidade de ação da prefeitura em termos de investimentos, recursos

humanos e financeiros para custeio e a atuação política. Além disto, grande parte destas soluções

exige ações conjuntas, pois dizem respeito a problemas que afetam, simultaneamente, mais de um

município.

Em outros casos, mesmo sendo possível ao município atuar isoladamente, pode ser muito

mais econômico buscar a parceria com outros municípios, possibilitando soluções que satisfaçam

todas as partes com um desembolso menor e com melhores resultados finais.

Os governos estaduais e federais, tradicionais canais de solicitação de recursos utilizados

pelos municípios, apresentam, em geral, baixa capacidade de intervenção. E também deixar

simplesmente que o governo estadual ou federal assuma ou realize atividades de âmbito local ou

regional, que poderiam ser realizados pelos municípios, pode significar uma renúncia à autonomia

municipal, retirando dos cidadãos a possibilidade de intervir diretamente nas ações públicas que

lhes dizem respeito.

Os consórcios intermunicipais, estabelecendo a parceria entre as várias prefeituras,

aumentam a capacidade de um grupo de municípios solucionar problemas comuns sem lhes retirar

a autonomia. Trata-se, portanto, de um recurso administrativo e, ao mesmo tempo político.

Precisamos construir aterros sanitários em locais estratégicos, discutindo com os

municípios e com a população, ouvindo especialistas e a sociedade civil organizada, para que eles

escolham os locais mais adequados e viáveis para construção desses aterros que deverão atender

aos municípios de forma regionalizada, uma vez que esses locais também serão fonte de geração

de trabalho e renda.

A lei federal que fecha lixões, o país não construiu nenhum aterro e todos os dias são

produzidos no Brasil 136.748 toneladas de lixo, segundo dados da ABLP (Associação Brasileira de

Resíduos Sólidos e Limpeza Pública). O material é levado para os 3.350 lixões espalhados pelo

país, locais considerados inadequados por especialistas.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA) revela que o lixo de 98% (noventa e oito por cento) dos municípios

paraibanos tem destino irregular. Os dejetos são encaminhados para lixões a céu aberto ao invés de

aterros sanitários. Segundo o IBAMA da Paraíba, apenas a região metropolitana de João Pessoa

possui aterros dentro das exigências ambientais, razão pela qual nos debruçar sobre esse

gravíssimo problema, identificar os locais que serão escolhidos para a construção desses aterros

deverão ser de baixo valor, mas com sistemas de serviços públicos próximos; que permitam maior

racionalização do transporte do lixo coletado; afastados de zonas urbanas; afastados de poços e

pontos de captação de água destinada ao abastecimento público; e longe de áreas de proteção de

mananciais.

População do Território do Curimataú

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MUNICÍPIOS URBANA RURAL TOTAL

Baraúna 3.187 1.033 4.220

Barra de Santa Rosa 6.201 7.956 14.157

Cuité 13.462 6.516 19.978

Cacimba de Dentro 9.158 7.590 16.748

Damião 2.278 2.622 4.900

Frei Martinho 1.807 1.126 2.933

Nova Floresta 7.892 2.641 10.533

Nova Palmeira 2.552 1.809 4.361

Picuí 12.120 6.102 18.222

Sossego 1.582 1.587 3.169

TOTAIS 60.239 38.982 99.221 (Fonte IBGE 2010)

Sala das Sessões da Câmara Municipal de Picuí, 19 de março de 2012.

OLIVÂNIO DANTAS REMÍGIO

- Vereador PT –