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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto de 2011 Publicação: terça-feira, 23 de agosto de 2011 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Cezar Peluso Presidente Ministro Ayres Britto Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2011 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Sexagésima Distribuição realizada em 19 de agosto de 2011. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 2.960 (1) ORIGEM :ACP - 0104920030511100 - JUIZ DO TRABALHO DA 11º REGIÃO PROCED. : RORAIMA RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AUTOR(A/S)(ES) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS URBANAS DO ESTADO DE RORAIMA ADV.(A/S) : BRUNO PAIVA GOUVEIA REU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA REU(É)(S) :COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS DE RORAIMA - CAER ADV.(A/S) : LUCIANA OLBERTZ ALVES DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.804 (2) ORIGEM : PROCESSO - 157320114013603 - JUIZ FEDERAL DA 2º REGIÃO PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR :MIN. AYRES BRITTO AUTOR(A/S)(ES) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL REU(É)(S) : ESTADO DE MATO GROSSO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.830 (3) ORIGEM : TC - 00132700708 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AUTOR(A/S)(ES) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO REU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AÇÃO ORIGINÁRIA 1.535 (4) ORIGEM : AO - 142051 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO REU(É)(S) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO REU(É)(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO REU(É)(S) : ADRIANO LOUREIRO BINATO DE CASTRO REU(É)(S) :CRISTINA ALCÂNTARA QUINTO REU(É)(S) :HINDENBURG BRASIL CABRAL PINTO DA SILVA REU(É)(S) :MARIA DANIELLA BINATO DE CASTRO ABI DAUD REU(É)(S) : SIMONE DE FARIA FERRAZ ADV.(A/S) :CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO E OUTRO(A/S) REU(É)(S) : ÉRIKA BASTOS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO REDISTRIBUÍDO AÇÃO ORIGINÁRIA 1.691 (5) ORIGEM : AO - 200434000185279 - JUIZ FEDERAL DA 1º REGIÃO PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AUTOR(A/S)(ES) : ASSOCIAÇÃO DO JUÍZES FEDERAIS DA PRIMEIRA REGIÃO - AJUFER ADV.(A/S) : ELTON CALIXTO E OUTRO(A/S) REU(É)(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO PENAL 634 (6) ORIGEM : PROCESSO - 20070110251299 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA REVISOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA REU(É)(S) : VALDIVINO JOSÉ DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : JOÃO TADEU SEVERO DE ALMEIDA NETO AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.572 (7) ORIGEM : PROC - 3022105202 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : DERSA - DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/A ADV.(A/S) : EDUARDO PELLEGRINI DE ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :OTAVIANO FRANCISCO DE SOUZA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JOÃO APARECIDO BAZOLLI E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.629 (8) ORIGEM : PROC - 9502057643 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR :MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :MARIA JOSÉ DE LIMA SENNA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARGARIDA MATILDE NEWLANDS DE FREITAS E OUTRO(A/S) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto de 2011 Publicação: terça-feira, 23 de agosto de 2011

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Cezar PelusoPresidente

Ministro Ayres BrittoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2011

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Sexagésima Distribuição realizada em 19 de agosto de 2011.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 2.960 (1)ORIGEM : ACP - 0104920030511100 - JUIZ DO TRABALHO DA 11º

REGIÃOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS

URBANAS DO ESTADO DE RORAIMAADV.(A/S) : BRUNO PAIVA GOUVEIAREU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREU(É)(S) : COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS DE RORAIMA -

CAERADV.(A/S) : LUCIANA OLBERTZ ALVES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.804 (2)ORIGEM : PROCESSO - 157320114013603 - JUIZ FEDERAL DA 2º

REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALREU(É)(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.830 (3)ORIGEM : TC - 00132700708 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOREU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.535 (4)ORIGEM : AO - 142051 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROREU(É)(S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROREU(É)(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROREU(É)(S) : ADRIANO LOUREIRO BINATO DE CASTROREU(É)(S) : CRISTINA ALCÂNTARA QUINTOREU(É)(S) : HINDENBURG BRASIL CABRAL PINTO DA SILVAREU(É)(S) : MARIA DANIELLA BINATO DE CASTRO ABI DAUDREU(É)(S) : SIMONE DE FARIA FERRAZADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : ÉRIKA BASTOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO

REDISTRIBUÍDO

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.691 (5)ORIGEM : AO - 200434000185279 - JUIZ FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : ASSOCIAÇÃO DO JUÍZES FEDERAIS DA PRIMEIRA

REGIÃO - AJUFERADV.(A/S) : ELTON CALIXTO E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO PENAL 634 (6)ORIGEM : PROCESSO - 20070110251299 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREVISOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREU(É)(S) : VALDIVINO JOSÉ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO TADEU SEVERO DE ALMEIDA NETO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.572 (7)ORIGEM : PROC - 3022105202 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : DERSA - DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/AADV.(A/S) : EDUARDO PELLEGRINI DE ARRUDA ALVIM E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : OTAVIANO FRANCISCO DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO APARECIDO BAZOLLI E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.629 (8)ORIGEM : PROC - 9502057643 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARIA JOSÉ DE LIMA SENNA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARGARIDA MATILDE NEWLANDS DE FREITAS E

OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 2

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.134 (9)ORIGEM : AC - 20060114895 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : NESTOR LODETTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CIDADÃO -

IBDCIADV.(A/S) : WALBER PYDD E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.298 (10)ORIGEM : AC - 20050078857 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : COMPANHIA CERVEJARIA BRAHMA LTDAADV.(A/S) : CELSO BOTELHO DE MORAES E OUTROSAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.560 (11)ORIGEM : AC - 7357315900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIMED LINS - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICOADV.(A/S) : JOÃO PAULO MONT'ALVÃO VELOSO RABELO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LINSADV.(A/S) : RILDO HENRIQUE PEREIRA MARINHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.919 (12)ORIGEM : AC - 1002831 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : WILLIAN RODRIGUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INDÚSTRIAS COELHO S/AADV.(A/S) : JOSÉ AFONSO BRAGANÇA BORGES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.700 (13)ORIGEM : AMS - 200238010051388 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJFADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARIA DO CARMO FARIA AMARALADV.(A/S) : OLÍVIO VICENTE DE CAMPOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.866 (14)ORIGEM : MS - 20050014413 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PGE-AM - CLÓVIS SMITH FROTA JÚNIORAGDO.(A/S) : ALIETE DO CARMO VELLOSOAGDO.(A/S) : ALIANE VELLOSO DA SILVAADV.(A/S) : INÁCIO DE JESUS BARROS DE CASTRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.675 (15)ORIGEM : AC - 432673 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : OLGA GALANTE DE TOLEDO SOARES

(SUBSTITUÍDOS PROCESSUALMENTE PELO UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA)

ADV.(A/S) : TIAGO CARVALHO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO MARTORELLIAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.916 (16)ORIGEM : AC - 423466 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : ANA ELISA DA CAMARA CHINA (SUBSTITUÍDO

PROCESSUALMENTE PELO UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL)

ADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO MARTORELLI

ADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMERADV.(A/S) : TIAGO CARVALHO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.366 (17)ORIGEM : AMS - 200038030067385 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : GUALTER AURÉLIO ALVES DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANA BORGES MARTINS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.540 (18)ORIGEM : AC - 4877101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FORTESOLO SERVIÇOS INTEGRADOS LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE SILVA SANTANAAGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DO BRASILADV.(A/S) : LUIZ GONZAGA MOREIRA CORREIA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 778.451 (19)ORIGEM : PROC - 261090722743 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO ITAUCARD S/AADV.(A/S) : MARIANA BARROS MENDONÇA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIO MARCOS AZEVEDOADV.(A/S) : WELLINGTON RENATO VIEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 783.402 (20)ORIGEM : AC - 200651010138596 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CLAUDIO JOSÉ DIAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : BIANCA MESSIAS MENDESAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.074 (21)ORIGEM : AC - 20070590490 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO CODESC DE SEGURIDADE SOCIAL -

FUSESCADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ARLINDO JOÃO DA ROCHAADV.(A/S) : RODRIGO VALVERDE DA SILVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.992 (22)ORIGEM : AC - 70010178051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : WILSON ALEXANDRE BARUFALDIADV.(A/S) : CRISTIANO ROESLER BARUFALDIAGDO.(A/S) : EDISON OLENOZKI DA SILVAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS LOPES SCALZILLI E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.120 (23)ORIGEM : AC - 200038030075431 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LUDIMILA NOVAIS MARQUEZADV.(A/S) : TUBERTINO MARTINS DE MEIRAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.409 (24)ORIGEM : PROC - 479580802 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBAAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DE ENSINO NOVO ATENEU

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 3

ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO GUIMARÃES PEREIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.745 (25)ORIGEM : AC - 70011586278 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SHELL BRASIL LTDAADV.(A/S) : MARCIANO SEABRA DE GODOIAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.268 (26)ORIGEM : AC - 5592155100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RENATO RYAL DIASADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.174 (27)ORIGEM : AC - 70016790271 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE CARVALHO SIMON E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ROSA HELENA PACHECO CARDOSOADV.(A/S) : LARRI DOS SANTOS FEULA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.551 (28)ORIGEM : AI - 73036858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : KEMELLA GNOCCHI DE GODOY E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ROBERTO ELIAS CURY E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO COELHO ATIHÉ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.981 (29)ORIGEM : AC - 62983450 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ELIAS FERNANDES DE CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA FERNANDA PESSATTI DE TOLEDO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.097 (30)ORIGEM : AC - 7684775500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : NEXTEL TELECOMUNICAÇÕES LTDAADV.(A/S) : LUIS EDUARDO MENEZES SERRA NETTO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.461 (31)ORIGEM : AC - 70030844294 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : PEDRO RAIMUNDO BIRKADV.(A/S) : MIRIAM ESTELA OLIVEIRA JAESCHKE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.785 (32)ORIGEM : AC - 70024226524 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GRÁFICA MERCOSUL LTDAADV.(A/S) : SIMONE G DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.110 (33)ORIGEM : AI - 7892625800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : ALTINO VEIGA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES SEIXAS FLÓRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.596 (34)ORIGEM : AC - 70015192313 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : ALMARI AIRTON DELLA SANTAADV.(A/S) : EUNICE SCHUMANN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALEXANDRE DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO ROSA DE SOUZA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.139 (35)ORIGEM : AC - 200471000249796 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SINDICATO DOS ADMINISTRADORES NO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : AIRTON FORBRIG E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DA 10ª

REGIÃO - CRA/RSADV.(A/S) : HERMETO ROCHA DO NASCIMENTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.299 (36)ORIGEM : PROC - 9402011846 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MOINHO FLUMINENSE S/A INDUSTRIAS GERAIS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ MARCOS LIMA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGTE.(S) : BIMBO DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : HERMANO DE VILLEMOR AMARAL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.979 (37)ORIGEM : AC - 5708305900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CASA DI CONTI LTDAADV.(A/S) : FERNANDO LOESERAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.254 (38)ORIGEM : AC - 93839502 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA DE MORAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS GOMES DE SÁAGTE.(S) : HOFIG JUNIOR LTDAADV.(A/S) : RICARDO MARAVALHAS DE CARVALHOS BARROS E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.672 (39)ORIGEM : EIAC - 70030129407 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTA

CRUZ DO SULAGDO.(A/S) : NELSI BEIERAGDO.(A/S) : RENATO JANDREYAGDO.(A/S) : REJANE BEIERADV.(A/S) : DIETER FRIEDRICH

AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.109 (40)ORIGEM : AC - 200922704186 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 4

AGDO.(A/S) : WALQUIRIA DE MAGALHÃES E MAGALHÃESADV.(A/S) : MARCO ANTONIO LEITE DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.163 (41)ORIGEM : AC - 20070620975 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PORTAL EMPREENDIMENTOS LTDAADV.(A/S) : CLETO GALDINO NIEHUES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : WALENDOWSKY DISTRIBUIDORA DE COMBUSTIVEIS

LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRO BENVENUTTI DOS SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.825 (42)ORIGEM : AI - 5496584 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FARMACIA E DROGARIA NISSEI LTDAADV.(A/S) : RODRIGO MENDES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.741 (43)ORIGEM : PROC - 20090342558000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : JOÃO JOAQUIM FELIPEADV.(A/S) : ALEX VIEGAS DE LEMES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.776 (44)ORIGEM : AC - 200300124173 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : JOÃO PAULO KAHLADV.(A/S) : NELSON RIBEIRO ALVES FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.201 (45)ORIGEM : AC - 970018355 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMFIO COMPANHIA CATARINENSE DE FIAÇÃOADV.(A/S) : GUSTAVO PACHERAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.907 (46)ORIGEM : MS - 200802639717 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : SEBASTIANA GUSMÃO VELASCOADV.(A/S) : CARLOS ALVES CRIVINEL DE LIMA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.311 (47)ORIGEM : AC - 200100112152 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JESSE VELMOVITSKYADV.(A/S) : JESSE VELMOVITSKYAGDO.(A/S) : BERVEL EMPREENDIMENTOS LTDA. E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MICHELE GILABERTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.810 (48)ORIGEM : PROC - 416368320088190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO COELHO WEAVER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : OSCAR LEIVA MACHADOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.884 (49)ORIGEM : AI - 9118295900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : PLUMA CONFORTO E TURISMO S/AADV.(A/S) : CLAUDIA MARIA BORGES COSTA PINTO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.097 (50)ORIGEM : AC - 200804796828 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BRADESCO SEGUROS S/AADV.(A/S) : JACÓ CARLOS SILVA COELHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ONAIR JOSÉ TOLEDOADV.(A/S) : LEON DENIZ BUENO DA CRUZ E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.110 (51)ORIGEM : AC - 200922705130 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SAAETRI - SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E

ESGOTO DE TRÊS RIOSADV.(A/S) : WILSON DUARTE DE CARVALHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ GRIJÓADV.(A/S) : GABRIELA DE CARVALHO SOARES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.161 (52)ORIGEM : AC - 70031271562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : JULIANE SEADI LIPPAGDO.(A/S) : SALETE FARIAS DOS SANTOSADV.(A/S) : ARAMIS DOS SANTOS PORTO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.582 (53)ORIGEM : PROC - 20040110267578 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : FRANCISCO VALDEMIR MOURÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.753 (54)ORIGEM : AC - 198851010015858 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : RONI FERREIRA DE MENEZESADV.(A/S) : CONRADO NORBERTO WEBERAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.401 (55)ORIGEM : AI - 670922009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSOAGDO.(A/S) : KANTARO MIYAMOTOADV.(A/S) : LUCIEN FÁBIO FIEL PAVONI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GRANVILLE MOLONHA ALENCARAGDO.(A/S) : GRANEX COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : MIGUEL JUAREZ ROMEIRO ZAIM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SADAKO MIYAMOTOADV.(A/S) : JOMAS FULGÊNCIO DE LIMA JÚNIORAGDO.(A/S) : ANTÔNIO HEINZ WINTER

AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.646 (56)ORIGEM : AI - 8261265600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : AFONSO DIAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 5

ADV.(A/S) : JOSÉ RICARDO BIAZZO SIMON E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.237 (57)ORIGEM : AC - 994061337973 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL LTDAADV.(A/S) : ANDRÉA FERREIRA DOS SANTOS CAETANOAGDO.(A/S) : MARTA AMARAL CORREIAADV.(A/S) : LIZANDRA FLORES DE SOUZA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.823 (58)ORIGEM : AI - 70031452584 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CORTIANA PLÁSTICOS LTDAADV.(A/S) : MARCIO LEANDRO WILDNERAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.893 (59)ORIGEM : AI - 70028208254 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ASEA BROWN BOVERI LTDAAGDO.(A/S) : CAMARGO CORRÊA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS S/

AADV.(A/S) : CLARISSA PORTO ALEGRE SCHMIDTAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : CAMPANHA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : CLÉBER REIS DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : LORENZETTI S/A INDÚSTRIAS BRASILEIRAS

ELETROMETALÚRGICASADV.(A/S) : ANTONELLA PACHECO BERTOLUCCI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.922 (60)ORIGEM : AC - 1809595900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO

CONSUMIDOR - PROCON/SPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE MAPPIN LOJAS DE

DEPARTAMENTOS S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE ALBERTO CARMONA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.961 (61)ORIGEM : AC - 70034530535 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESAGDO.(A/S) : ODILON ANTONIO GRASSELLIADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS BATTISTELLO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.199 (62)ORIGEM : AC - 200922704892 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MAGÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉAGDO.(A/S) : ANA MARIA DE MELLO SAYEDADV.(A/S) : KELLY MARTINS RAMOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.851 (63)ORIGEM : AC - 2953175300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARÍLIA RABELLO RENAULT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIS EDUARDO PATRONE REGULESADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E

OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MATHEUS AMARO FERNANDES NAZARETH E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARIELLE BENASSI CEPÊRA PAPP E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JOÃO BAPTISTA MATULJA JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLÁUDIA MARIA CARVALHO DO AMARAL VIEIRA E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MONTIVAL DA SILVA SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EUNICE MELLO LIMAADV.(A/S) : WLADIMIR RODRIGUES ALVESINTDO.(A/S) : AUREA MORAES BIAZIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MIGUEL CALMON MARATTAADV.(A/S) : MARIA SANTINA RODELLA RODRIGUESINTDO.(A/S) : ANGELO AUGUSTO DE CAMPOS NETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO FERNANDESINTDO.(A/S) : SILVIA REGINA CEZARADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO MONTE ALEGRE TOROINTDO.(A/S) : DENISE MAYUMI MORI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ERICA AOKIINTDO.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DE ABREUADV.(A/S) : LUIS AUGUSTO ROUX AZEVEDO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃOADV.(A/S) : STELLA NIVIS VIVONA PAZZANESEADV.(A/S) : ALESSANDRO MAURO THOMAZ DE SOUZAINTDO.(A/S) : EDMIR SIMÕES MOITAADV.(A/S) : SÔNIA BARBOSA LIMA VIVONAINTDO.(A/S) : PAULO ROBERTO MARTINS COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA SANTINA RODELLA RODRIGUESINTDO.(A/S) : RICARDO AUGUSTO DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : JOSÉ MOURA DE SOUZA FILHOADV.(A/S) : GILBERTO ANTONIO MEDEIROS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : OSWALDO MOTTA JUNIORINTDO.(A/S) : EDUARDO WILSON RIBEIRO RAMALHOADV.(A/S) : VICTOR EDUARDO BARBOSA FILIPININTDO.(A/S) : CARLA MARGARIDA MARIA MIGLIARIINTDO.(A/S) : JOSE LAVRADOR FILHOINTDO.(A/S) : EVERALDO TUFIK SOUBHIAINTDO.(A/S) : FRANCELY MORRELLINTDO.(A/S) : FRANCIS LOUIS MORREL JUNIORINTDO.(A/S) : FRANCISCO JAIME BORGESINTDO.(A/S) : MANUEL MARTINS PEREIRAINTDO.(A/S) : MAURÍCIO VIANNA PERESINTDO.(A/S) : SILVIO JOSE MARTINS NETOINTDO.(A/S) : LUCILIA DELLA FABRICIOINTDO.(A/S) : MARILIA DE FREITAS PEREIRAINTDO.(A/S) : OSVALDO DE SOUZA LIMAINTDO.(A/S) : RICARDO RODRIGUESINTDO.(A/S) : ANA CRISTINA REBOREDO ABREUADV.(A/S) : FLÁVIO LUCAS DE MENEZES SILVA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : LUPERCIO FERNANDES DE MORAISINTDO.(A/S) : OSIAS BERNARDINO DIAS DA SILVAADV.(A/S) : PAULO ROGERIO TEIXEIRAINTDO.(A/S) : MARTA MARIA GERALDES TEIXEIRAINTDO.(A/S) : GENARO RICARDO DA SILVA FERREIRAINTDO.(A/S) : WAGNER PAVANELLOINTDO.(A/S) : RUBENS KAZUO ISHIKOINTDO.(A/S) : AMERICO MARTINS CRAVEIROADV.(A/S) : CICERO HENRIQUEINTDO.(A/S) : MARIA ISABEL LIMA CRAVEIROINTDO.(A/S) : MILTON DE ABREU CAMPANARIOADV.(A/S) : MARCIO ALEXANDRE IOTI HENRIQUEINTDO.(A/S) : CARLA MARQUES CAMPANARIOINTDO.(A/S) : PAULA MARQUES CAMPANARIOINTDO.(A/S) : GUILHERME S DE ARAUJO NETOINTDO.(A/S) : JOÃO CARLOS DIAS DE FREITASINTDO.(A/S) : ANTONIO APARECIDO FAVAINTDO.(A/S) : MILENA AMARAL DE CAMARGOINTDO.(A/S) : CID LUIZ RACCAINTDO.(A/S) : DEMETRIO AMONI NETTOINTDO.(A/S) : VITOR ROMAO KUDLINSKIINTDO.(A/S) : WALTER AFFONSO JUNIORINTDO.(A/S) : MANOEL VERENGUERINTDO.(A/S) : PEDRO EMILIO TEIXEIRA MAIOINTDO.(A/S) : RICARDO MONTEIRO DA SILVAINTDO.(A/S) : VIVIANE DE ALMEIDA GREGORI TORRESINTDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO FRANCO DE MATTOS JUNIORINTDO.(A/S) : NAOR KUNIOSHIINTDO.(A/S) : CARLOS HIROSHI YOKOYAMAINTDO.(A/S) : ROGERIO GIL LEMOSINTDO.(A/S) : ARNALDO ROBERTO MOREIRA DA SILVAINTDO.(A/S) : PAULO MACHADO LISBOA FILHOINTDO.(A/S) : ROSANA DO PRADO VALDIBIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 6

INTDO.(A/S) : SERGIO INCERPIINTDO.(A/S) : PAULO EMENDABILI SOUZA BARROS DE

CARVALHOSAADV.(A/S) : PAULO EMENDABILI SOUZA BARROS DE

CARVALHOSA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.895 (64)ORIGEM : AC - 5661778 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : NANCI TEREZINHA SUCLA BOSCARDINADV.(A/S) : LUDIMAR RAFANHIMAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

MUNICÍPIO DE CURITIBA - IPMCAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAADV.(A/S) : MARIA FRANCISCA DE ALMEIDA MOHR

AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.942 (65)ORIGEM : PROC - 2010000299710 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : CARINE DE MEDEIROS MARTINSAGDO.(A/S) : MILTON LEITE PALMAADV.(A/S) : SAMANTHA BEATRIZ FRACAROLLI DAMIANO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.317 (66)ORIGEM : AC - 1002004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INÊS GUTSCH RIBEIRO DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO LEALAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.738 (67)ORIGEM : AC - 200170010006571 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : JOSÉ MARIA ARNT FERNÁNDEZAGDO.(A/S) : TEXNORT TÊXTIL NORTE DO PARANÁ LTDAADV.(A/S) : TÂNIA REGINA PEREIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.233 (68)ORIGEM : AC - 200572110002410 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : BRITAGEM FONTANA LTDAADV.(A/S) : LUCIANO SCHAUFFERT DE AMORIMINTDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : CLEBER MARQUES REIS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.665 (69)ORIGEM : AC - 10024044076404001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FUNED - FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIASADV.(A/S) : FELIPE AUGUSTO MOREIRA GONÇALVESAGDO.(A/S) : GIL SERALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO LUCAS PEREIRAINTDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.440 (70)ORIGEM : AC - 200970000099253 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : LUIZA VALENTINI ROSSINIADV.(A/S) : ROSE MARY GRAHL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.452 (71)ORIGEM : AC - 16446320094047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SECCIONAL

DO PARANÁADV.(A/S) : ANDREY SALMAZO POUBELAGDO.(A/S) : JOÃO MANOEL DE SIQUEIRA DIASADV.(A/S) : JOÃO VICTOR MARANHÃO DE SIQUEIRA DIAS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.578 (72)ORIGEM : AC - 10261050363819001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FORMIGAADV.(A/S) : JOSÉ NILO DE CASTRO

HABEAS CORPUS 110.028 (73)ORIGEM : HC - 181250 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JOSE JOAQUIM DE MATOS FILHOIMPTE.(S) : LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 110.029 (74)ORIGEM : HC - 200771 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JULIO CESAR DO AMARAL POLI OU JULIO CEZAR DO

AMARAL POLIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 110.030 (75)ORIGEM : HC - 201842 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : AUCEBERG PEREIRA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 110.036 (76)REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : JOSINEI DA SILVAIMPTE.(S) : JOSINEI DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 110.037 (77)ORIGEM : HC - 116609 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : DAVID GOMES DA SILVAIMPTE.(S) : DAVID GOMES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 110.038 (78)ORIGEM : PROC - 00000110720107060006 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : RUAN GOMES BIZERRAPACTE.(S) : QELSON TIAGO MAGALHÃES XAVIERPACTE.(S) : FABRÍSIO PABLO COSTAL VINHÁTICOPACTE.(S) : UALAMES MOREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITARADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 7

HABEAS CORPUS 110.039 (79)ORIGEM : HC - 188511 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : GILNEI FLORESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 110.040 (80)ORIGEM : HC - 200040 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : GELSON FÃO MARTINSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 110.041 (81)ORIGEM : HC - 118746 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : ANTONIO CARLOS CAIO SIMEIRA JACOBPACTE.(S) : RENATO SIMEIRA JACOBPACTE.(S) : RICARDO PIERONI JACOBIMPTE.(S) : ALEXIS COUTO DE BRITO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

INQUÉRITO 3.293 (82)ORIGEM : PROC - 8392010 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINVEST.(A/S) : A R NINVEST.(A/S) : N G RADV.(A/S) : ANTONIO RUIZ FILHO E OUTRO(A/S)

INQUÉRITO 3.294 (83)ORIGEM : PROC - 200442000002548 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. AYRES BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : F R DO NADV.(A/S) : DENISE ABREU CAVALCANTI CALILINVEST.(A/S) : N SADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

RORAIMAINVEST.(A/S) : P C J QADV.(A/S) : JUCELAINE CERBATTO SCHMITT-PRYMINVEST.(A/S) : G C DA SINVEST.(A/S) : S B DE S

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.202 (84)ORIGEM : MI - 4202 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : NADI GOMES BARBOSA VALERIOADV.(A/S) : PAULO ROBERTO DOS SANTOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ-PRPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PARANAVAÍ-PR

MANDADO DE SEGURANÇA 30.844 (85)ORIGEM : PP - 0004673172010200000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : ADELAR JOSÉ DRESCHERADV.(A/S) : CLÁUDIO GELSON DAHLEMIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAIMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 12.388 (86)ORIGEM : AIRR - 3092007720085120014 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : COMPANHIA DE GÁS DE SANTA CATARINA - SCGÁSADV.(A/S) : LUCIANO PORTORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOINTDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FERREIRAADV.(A/S) : SÉRGIO GALLOTTI MATIAS CARLININTDO.(A/S) : AMAFI COMERCIAL E CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : MANUELLA FUHRO MARTINS

RECLAMAÇÃO 12.389 (87)ORIGEM : RESP - 987321 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : JOAQUIM DA ROCHA BRITES E OUTROSADV.(A/S) : JOSÉ NELSON LOPESINTDO.(A/S) : LÚCIO SALOMONE E OUTROS

RECLAMAÇÃO 12.390 (88)ORIGEM : RO - 680002820085210013 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 12º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : COMPANHIA DE GÁS DE SANTA CATARINA - SCGÁSADV.(A/S) : LUCIANA PORTORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃOINTDO.(A/S) : AMAFI - COMERCIAL CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : MARIA ARIADNA DA ROCHA RIBEIRO DANTASADV.(A/S) : EDUARDO SERRANO DA ROCHAINTDO.(A/S) : JOÃO EVANGELISTA DA SILVAADV.(A/S) : FRANCISCO SOARES DE QUEIROZINTDO.(A/S) : COMPANHIA POTIGUAR DE GÁS - POTIGÁSADV.(A/S) : HERIBERTO ESCOLÁSTICO BEZERRA

RECLAMAÇÃO 12.391 (89)ORIGEM : PROC - 00456003820095020005 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOINTDO.(A/S) : CARLOS ROGÉRIO DE REZENDEADV.(A/S) : FABIO LUCIO MACHADOINTDO.(A/S) : ESTRELA AZUL SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA,

SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES LTDAADV.(A/S) : OLINTO FILATRO FILIPPINI E OUTRO(A/S)

RECLAMAÇÃO 12.392 (90)ORIGEM : RT - 01503200912515001 - JUIZ DO TRABALHO DA 2º

REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO - SPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SERTÃOZINHORECLDO.(A/S) : JUIZ DA 2º VARA DO TRABALHO DE SERTÃOZINHO -

SPINTDO.(A/S) : SILVIO APARECIDO MARTINSADV.(A/S) : ROBERTO SÉRGIO FERREIRA MARTUCCIINTDO.(A/S) : FORTSEG SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDAADV.(A/S) : ANTONIO CESAR BIANCO

RECLAMAÇÃO 12.393 (91)ORIGEM : MS - 27999 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : PAULO ANTONIO SILVEIRAADV.(A/S) : PAULO ANTONIO SILVEIRARECLDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : BRUNO SILVEIRAADV.(A/S) : PAULO ANTONIO SILVEIRA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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RECLAMAÇÃO 12.394 (92)ORIGEM : RESP - 1082223 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS SA

ELETROBRASADV.(A/S) : EDUARDO FRÓES RIBEIRO DE OLIVA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MADEIREIRA VARASCHIN S/AADV.(A/S) : GONÇALO BONET ALLAGEINTDO.(A/S) : COMPANHIA PARAENSE DE ENERGIA-COPELADV.(A/S) : ADRIANA DE PAULA BARATTOINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECLAMAÇÃO 12.395 (93)ORIGEM : resp - 826157 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : Eduardo Fróes Ribeiro de OlivaRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : REINALDO ROESCH COMÉRCIO INDÚSTRIA E

CULTURA DE ARROZ LTDAADV.(A/S) : GUILHERME RICARDO ROEDEL SPERB

RECLAMAÇÃO 12.396 (94)ORIGEM : PA - 674601400110 - PORTO ALEGRE - RSPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : SUL AMÉRICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROSADV.(A/S) : FRANCISCO CARLOS ROSAS GIARDINA E OUTRO(A/

S)RECLDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECLAMAÇÃO 12.397 (95)ORIGEM : PROC - 70041609793 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ADILSON CARRAZZONI DOS REISADV.(A/S) : CARLOS FRANKLIN PAIXÃO ARAUJOINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECLAMAÇÃO 12.398 (96)ORIGEM : APELAÇÃO CRIMINAL - 951793020108090051 -

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : RICARDO CAETANO DE SOUZAADV.(A/S) : ANDREI FRETTA WEIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 512.761 (97)ORIGEM : AI - 200504010258629 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : JESUS PEREIRARECDO.(A/S) : CLARICE SUZANA MEIRAADV.(A/S) : THIAGO CECCHINI BRUNETTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.646 (98)ORIGEM : AC - 7307915500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JANECLEIDE DE ALMEIDA SOUZA MARQUES E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEVERINO ALVES FERREIRA E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : ADRIANA MARIA RULLI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.006 (99)ORIGEM : AC - 200800145043 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR FEDERALRECDO.(A/S) : ANTÔNIO GÓES DE SOUZAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.551 (100)ORIGEM : AI - 00096178320104040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SOCIEDADE LITERÁRIA E CARITATIVA SANTO

AGOSTINHOADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE ASSIS GÓESRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.522 (101)ORIGEM : AC - 10508080062591001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

MUNICIPAIS DE PRESIDENTE BERNARDES - SISPMPB

ADV.(A/S) : LEONARDO PEREIRA REZENDERECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE BERNARDESADV.(A/S) : VALTER SILVESTRE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.256 (102)ORIGEM : MS - 20060001835 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : MARIA MISTE RIBEIRO SILVAADV.(A/S) : AMANDA LIMA MARTINSINTDO.(A/S) : AGÊNCIA REGULADORA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

CONCEDIDOS DO ESTADO DO AMAZONAS - ARSAMADV.(A/S) : ANTÔNIO DUARTE DE OLIVEIRA FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 653.770 (103)ORIGEM : AC - 200380000112465 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : C G MACIEL & CIA LTDAADV.(A/S) : MARIO JORGE TENÓRIO FORTES JUNIORRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 654.300 (104)ORIGEM : AC - 7641965300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ODETE BATISTA HELENO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FLAVIA REGINA FERRAZ DA SILVA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.619 (105)ORIGEM : AI - 68310 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS

JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DI DONATORECDO.(A/S) : LUIS ANTONIO GORZONIADV.(A/S) : FERNANDO CÉSAR PIEROBON BENTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.712 (106)ORIGEM : PROC - 314307 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : FÁBIO ROBERTO LOTTIRECDO.(A/S) : PEDRO BENEDITO BATISTAADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO CÂNDIDO LEPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.869 (107)ORIGEM : PROC - 989100084117 - COLÉGIO RECURSAL DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTO S/AADV.(A/S) : CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZERECDO.(A/S) : MOTOCLUBE COMÉRCIO DE BICILETAS LTDA EPPADV.(A/S) : ROGÉRIO MÁRCIO BONIZZONI SERRARECDO.(A/S) : LUANA BARBOSA DE MELLOADV.(A/S) : FRANCISCO TOSCO FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.870 (108)ORIGEM : AI - 9891001102247 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE ROMERO DA MOTARECDO.(A/S) : JACYRA NEVES SIMÕESADV.(A/S) : MÁRCIA ANGÉLICA CORRÊA FERRARI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.871 (109)ORIGEM : AI - 989100097995 - COLÉGIO RECURSAL DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO BANKPAR S/AADV.(A/S) : REGIANE CRISTINA MARUJORECDO.(A/S) : LUIGI MARIA GIUSEPPE BORGHINI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.738 (110)ORIGEM : AREsp - 14659 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BRUNO ÂNGELO BATALHAADV.(A/S) : ROSSINI DE OLIVEIRA VIDALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.740 (111)ORIGEM : APCRIM - 91932009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : F L P RADV.(A/S) : JOSÉ CAVALCANTE DE ALENCAR JUNIORRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MARANHÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.160 (112)ORIGEM : RR - 1198002520085050342 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : AGRO INDÚSTRIAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO S/

A - AGROVALEADV.(A/S) : ELOY MAGALHÃES HOLZGREFE JÚNIORRECDO.(A/S) : ELIAS INOCÊNCIO DE BRITOADV.(A/S) : SAMUEL CAMPOS BELO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.294 (113)ORIGEM : AC - 7173285800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES MARQUES MELO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO GOULART GUERBACH

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.296 (114)ORIGEM : AC - 00056925420098190003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANGRA

DOS REISRECDO.(A/S) : MARIA AIDA DE CASTRO REISADV.(A/S) : ALEXANDRE BARENCO RIBEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.331 (115)ORIGEM : PROC - 200902665000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOIÂNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIARECDO.(A/S) : MANOEL CLEVES PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HÉLIO FÁBIO TEIXEIRA DOS SANTOS FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.579 (116)ORIGEM : HC - 186520 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : NELSON JESUS PACHECOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.676 (117)ORIGEM : PROC - 200771950114909 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ROBERTO ROQUE OYCZENASCZADV.(A/S) : RAQUEL SILVINO GONÇALVES RODRIGUESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.785 (118)ORIGEM : AI - 102417020075030069 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECDO.(A/S) : RIO BRANCO ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : RENATO DE ANDRADE GOMESRECDO.(A/S) : ISRAEL DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO MARTINS DE CARVALHOINTDO.(A/S) : LVM PRODOTTI ALIMENTARI LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.786 (119)ORIGEM : PROC - 01624200734105001 - JUIZ DO TRABALHO DA

5º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : AGRO INDÚSTRIAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO S/

A - AGROVALEADV.(A/S) : JOSÉ WALTER LUBARINO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : JOSÉ RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : KAMERINO THADEU LINO ARAÚJO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.789 (120)ORIGEM : PROC - 00430406120045150030 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RURAL LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTILADV.(A/S) : BIANCA MARTINS CARNEIRO FAMILIARRECDO.(A/S) : SOBAR S.A - AGROPECUÁRIARECDO.(A/S) : SOBAR S.A ÁLCOOL E DERIVADOSADV.(A/S) : MARIA JULIA AMABILE NASTRIRECDO.(A/S) : AGROINDUSTRIAL ESPÍRITO SANTO DO TURVO LTDAADV.(A/S) : NILTON DA SILVA CORREIARECDO.(A/S) : ODAIR JOSÉ GRACIANOADV.(A/S) : JOSÉ BRUN JÚNIORRECDO.(A/S) : AGROBAU PRESTAÇÃO SERVIÇOS S/C LTDA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.794 (121)ORIGEM : RR - 1160002520075170007 - TRIBUNAL SUPERIOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 10

DO TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO -

BANESTES S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSRECDO.(A/S) : LUIZ CARLOS TRENTOADV.(A/S) : FERNANDO COELHO MADEIRA DE FREITAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.796 (122)ORIGEM : AIRR - 872405720085030060 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : VALE S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSRECDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : ELDER GUERRA MAGALHÃES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.798 (123)ORIGEM : AIRR - 139401620065150087 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSRECDO.(A/S) : LÁZARO LUIS DOS SANTOSADV.(A/S) : MONIKA C PREVIDELLIRECDO.(A/S) : MASSA FALIDA MAXI CHAMA AZUL GÁS

DISTRIBUIDORA DE GÁS LTDAADV.(A/S) : RAMON MOLEZ NETORECDO.(A/S) : MASSA FALIDA POLIANA TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : NELSON MONTEIRO JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.800 (124)ORIGEM : AIRR - 1061409720065030015 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - SERJUSMIGADV.(A/S) : OTÁVIO AUGUSTO DAYRELL DE MOURARECDO.(A/S) : SINDOJUS/MG - SINDICATO DOS OFICIAIS DE

JUSTIÇA AVALIADORES DO ESTADO DE MIANS GERAIS

ADV.(A/S) : SÉRGIO ALVES ANTONOFFINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.801 (125)ORIGEM : AIRR - 122213320105040000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE

DADOS - SERPROADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSRECDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO MARTINS DE MENEZESADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.820 (126)ORIGEM : PROC - 1467405620085110052 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/AADV.(A/S) : GUSTAVO ANDÈRE CRUZRECDO.(A/S) : LUIZ GONZAGA RODRIGUESADV.(A/S) : DENISE ABREU CAVALCANTI CALIL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.828 (127)ORIGEM : AIRR - 124402420095030060 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : VALE S/AADV.(A/S) : MARCELO RAMOS CORREIARECDO.(A/S) : APARECIDA DA CONCEIÇÃO LEÃO, REPRESENTADA

POR RAIMUNDO DE ALMEIDA LEÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FIORAVANTI FONSECA FERNANDES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.831 (128)ORIGEM : RO - 232002320095100000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : JORGE FRANCISCO DUARTEADV.(A/S) : ARTHUR DE CASTILHO NETORECDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : HÉLIO RENALDO DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.843 (129)ORIGEM : PROC - 00749200900408005 - JUIZ DO TRABALHO DA

8º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/A - BASAADV.(A/S) : DÉCIO FREIRERECDO.(A/S) : PEDRO PIRES ARAÚJOADV.(A/S) : MARY LÚCIA DO CARMO XAVIER COHEN

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.854 (130)ORIGEM : RR - 1705003420035050001 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BAHIA CATERING LTDAADV.(A/S) : EDSON TEIXEIRA DE MELORECDO.(A/S) : EDNILTON ALVES AZEVEDOADV.(A/S) : HÉLIO SAMPAIO CUNHA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.872 (131)ORIGEM : ROAR - 4112002520085040000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : PAULO PEREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : LUIS FERNANDO SCHMITZRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VIAMÃOADV.(A/S) : CLÁUDIO JOSÉ NUNES DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.888 (132)ORIGEM : AIRR - 965408020065040029 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEVADV.(A/S) : MÁRCIA MARIA GUIMARÃES SOUSARECDO.(A/S) : ROBERSON FERNADNO DA SILVAADV.(A/S) : ÁLVARO LUIZ DE QUEIRÓZ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.897 (133)ORIGEM : AIRR - 762413720065030053 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : R.J. ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO XAVIER AMARALRECDO.(A/S) : MARCOS ABRAHÃO ABDOADV.(A/S) : ELTON NAVES TEIXEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.901 (134)ORIGEM : AC - 6706027 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : DEVANIR CONSTANCIO DE LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDISRECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.933 (135)ORIGEM : APCRIM - 5456462003403 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SEBASTIÃO SILVA DOS SANTOSADV.(A/S) : EDUARDO GAIOTTO LUNARDELLIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.115 (136)ORIGEM : PROC - 989090297750 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 11

RECTE.(S) : BANCO ITAULEASING S/AADV.(A/S) : PAULO ROGÉRIO BEJARRECDO.(A/S) : FERNANDO VINICIO ANDRÉADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO NICOLELIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.142 (137)ORIGEM : AC - 70040093510 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CLEBERMAR BARBOSAADV.(A/S) : MÔNICA ZIGNANI MANITORECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : ALEX SANDRO OLTRAMARI

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MINISTRO PRESIDENTE 1 0 1

MIN. CELSO DE MELLO 17 0 17

MIN. MARCO AURÉLIO 14 0 14

MIN. GILMAR MENDES 14 0 14

MIN. AYRES BRITTO 17 0 17

MIN. JOAQUIM BARBOSA 14 0 14

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 15 0 15

MIN. CÁRMEN LÚCIA 19 0 19

MIN. DIAS TOFFOLI 9 1 10

MIN. LUIZ FUX 16 0 16

TOTAL 136 1 137

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, LUCIANA PIRES ZAVALA, Secretária Judiciária.

Brasília, 19 de agosto de 2011.

DECISÕES E DESPACHOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.392 (138)ORIGEM : AC - 10024058635335001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOÃO PEDRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RONALDO ERMELINDO FERREIRA

Despacho: 1. Trata-se de devolução dos autos ao Supremo Tribunal Federal determinada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais à luz do artigo 328-A, § 2º, do Regimento Interno desta Corte (fl. 115).

O Tribunal a quo alega a inviabilidade de retratação da decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, sob fundamento de ofensa meramente reflexa à Constituição e de que a matéria constitucional não fora devidamente prequestionada. Assim, por não lhe parecer possível ultrapassar a barreira de admissibilidade do recurso extraordinário, deixa de retratar-se da decisão.

2. Os autos devem retornar à origem.O artigo 328-A, § 1º, do RISTF , com redação dada pela Emenda

Regimental nº 23/08 , assim determina: Art. 328-A. Nos casos previstos no art. 543-B, caput , do Código de

Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos , até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo.

§ 1º Nos casos anteriores , o Tribunal de origem sobrestará os agravos de instrumento contra decisões que não tenham admitido os recursos extraordinários , julgando-os prejudicados nas hipóteses do art. 543-B, § 2º, e, quando coincidente o teor dos julgamentos, § 3º (grifos nossos).

O dispositivo regimental é claro no sentido de que devem os agravos de instrumento permanecer sobrestados na origem, até que se ultime o julgamento dos recursos paradigmas dos temas sujeitos ao regime da repercussão geral, para posterior aplicação do art. 543-B, §§ 2º e 3º, do CPC.

Correta, portanto, a determinação de devolução à origem para aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC (cf. Decisão de fls. 109-110).

Com efeito, o juízo de admissibilidade do recurso extraordinário não deve ser realizado até que esta Suprema Corte decida o mérito do tema dos recursos selecionados como representativos da controvérsia, sob pena de esvaziamento do próprio instituto da repercussão geral. E como, nesse caso, o mérito já foi julgado, deve ser oportunizado o juízo de retratação.

3. Ante o exposto, determino o retorno dos autos ao Tribunal de origem, para que se cumpram as determinações constantes da decisão de fls. 109-110.

Publique-se. Int. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSO Presidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.099 (139)ORIGEM : AC - 20060111305656 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : DISTRITO FEDERALAGTE.(S) : TAM LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : DANIELLE ZULATO BITTAR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SÉRGIO AUGUSTO DE SOUZAADV.(A/S) : DANIEL BRITO D'ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Decisão: 1. Trata-se de agravo de instrumento cuja devolução ao Tribunal de origem foi determinada com fundamento no artigo 543-B, § 2º, do Código de Processo Civil (Termo de Remessa, fl. 181).

O feito foi novamente remetido a esta Corte pelo Tribunal de origem, sob o fundamento de que o recurso extraordinário não poderia ser admitido pela ausência da preliminar de repercussão geral na petição do recurso.

2. Os autos não deveriam ter retornado da origem.Conforme reiteradamente tem afirmado esta Corte, uma vez

analisada a repercussão geral de determinado tema constitucional, o Tribunal de origem deve exercer suas competências expressas nos §§ 1º a 3º do art. 543-B do CPC, pois a aplicação da sistemática legal da repercussão geral há de preceder ao juízo de admissibilidade do recurso extraordinário. O artigo 328-A, § 1º, do RISTF , com redação dada pela Emenda Regimental nº 23/08 , assim determina:

Art. 328-A. Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo.

§ 1º Nos casos anteriores, o Tribunal de origem sobrestará os agravos de instrumento contra decisões que não tenham admitido os recursos extraordinários, julgando-os prejudicados nas hipóteses do art. 543-B, § 2º, e, quando coincidente o teor dos julgamentos, § 3º (grifos nossos).

Correta, portanto, a determinação de devolução do feito à origem (cf. Termo de Remessa, fl. 181).

Mas, como se trata de um processo com pedido de preferência legal (partes maiores de 60 anos), por economia e celeridade processual, julgo prejudicado o recurso extraordinário, tendo em vista que o tema nele versado (RE nº 598365/MG) teve a repercussão geral rejeitada em 15/08/2009.

3. Ante o exposto, não admito o presente agravo de instrumento, nos termos do art. 13, V, “c”, do RISTF c/c art. 543-B, §2º, do CPC.

Publique-se. Int. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSO Presidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.857 (140)ORIGEM : AC - 20050199395 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUBARÃOADV.(A/S) : CLÁUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BB LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTILADV.(A/S) : GLAUCIO C SILVA MOLINO E OUTRO(A/S)

Despacho: 1. Trata-se de agravo de instrumento cuja devolução ao Tribunal de origem foi determinada com fundamento no artigo 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil, para que se observasse o quanto decidido no RE 592.905 / SC, Min. Rel. Eros Grau.

Ocorre que o tribunal a quo fez retornar a esta Corte o presente recurso sem nenhuma decisão acerca da aplicação da sistemática da repercussão geral.

2. Ante o exposto, determino o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis.

Publique-se. Int.. Brasília, 27 de julho de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.324 (141)ORIGEM : AC - 10512060341983001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 12

PROCED. : MINAS GERAISRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PIRAPORAADV.(A/S) : JOSÉ NILO DE CASTRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : WILLIAM SOUSA RAMOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILLIAM SOUSA RAMOS

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de origem.

2. Incognoscível o recurso.Não consta dos autos procuração ao advogado subscritor do recurso.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de considerar como inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos (Cf. AI nº 445.958-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.11.2003; RE nº 384.040-AgR, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 23.10.2003; AI nº 400.324-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 18.08.2003; AI nº 431.845, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 04.06.2004; AI nº 474.810, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 27.11.2003).

3. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.618 (142)ORIGEM : AC - 70031736770 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRECTE.(S) : PELLEGRINO DISTRIBUIDORA DE AUTOPEÇAS LTDAADV.(A/S) : ALTEMIR WAGNER DOS SANTOSRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Despacho: Idêntico ao de nº 141

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.847 (143)ORIGEM : AC - 6922125 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : KARTONNE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

EMBALAGENS LTDA - MEADV.(A/S) : DENNIS OLIMPIO SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo interposto nos autos principais contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2. Incognoscível o recurso.Não consta dos autos procuração ao advogado subscritor do recurso.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de considerar como inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos (Cf. AI nº 445.958-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.11.2003; RE nº 384.040-AgR, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 23.10.2003; AI nº 400.324-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 18.08.2003; AI nº 431.845, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 04.06.2004; AI nº 474.810 , Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 27.11.2003).

3. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int.. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.787 (144)ORIGEM : AC - 20020010259386001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARECTE.(S) : ENERGISA PARAÍBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA

S/AADV.(A/S) : CARLOS FREDERICO NÓBREGA FARIASRECDO.(A/S) : EXPEDITO TEÓFILO DE SOUZA JUNIORADV.(A/S) : MÁRCIA CARLOS DE SOUZA

Despacho: Idêntico ao de nº 143

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.037 (145)ORIGEM : PROC - 0002921492010826900000000 - COLÉGIO

RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : VRG LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : NATALIA CECILE LIPIEC XIMENESRECDO.(A/S) : ANDRE FERNANDES RIBEIRO AMORIM DE SOUSA

ADV.(A/S) : THIAGO LUIS CARBALLO ELIAS

Despacho: Idêntico ao de nº 143

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.398 (146)ORIGEM : PROC - 71002788875 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRECTE.(S) : UNIMED PORTO ALEGRE - SOCIEDADE

COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDAADV.(A/S) : CARLOS SPINDLER DOS SANTOSRECDO.(A/S) : JAQUELINE GATTINOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Despacho: Idêntico ao de nº 143

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.364 (147)ORIGEM : AI - 989100111203 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : JULIANA FERREIRA DE VASCONCELOS SOLERRECDO.(A/S) : ANNA MARIA BOVE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO RODRIGUES

Despacho: Idêntico ao de nº 143

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.268 (148)ORIGEM : AC - 10319070284967001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRECTE.(S) : MARIA ANTONIA BARBOSA DO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CELINA RODRIGUES DA CUNHA OLIVEIRARECDO.(A/S) : MARIA DA GLÓRIA PEIXOTOADV.(A/S) : ZAQUEU ASTONI MOREIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo interposto nos autos principais contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2. Incognoscível o agravo.Verifico na petição de recurso extraordinário a ausência de

apresentação de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC, de modo que o recurso não pode ser admitido, como já o reconheceu o Plenário desta Corte, no julgamento da Questão de Ordem no AI nº 664.567 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.2007):

“(...)49. Esse o quadro, resolvo a questão de ordem para concluir:a) que é de exigir-se a demonstração da repercussão geral das

questões constitucionais discutidas em qualquer recurso extraordinário, incluído o criminal;

b) que a verificação da existência na petição do RE de ‘preliminar formal e fundamentada de repercussão geral’ (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327) das questões constitucionais discutidas pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, somente, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral;

c) que só se aplica a exigência da repercussão geral a partir do dia 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.

(...)”.3. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (arts. 21, § 1º, do

RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC). Publique-se. Int.. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.724 (149)ORIGEM : PROC - 201036007000619 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEBASTIANA DA SILVA PEREIRAADV.(A/S) : GIUSEPPE ZAMPIERIRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 148

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 13

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.944 (150)ORIGEM : AC - 200983000094733 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DAISY COUTINHO DA SILVAADV.(A/S) : DULCINÉIA COUTINHO DA SILVARECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : PAULO MELO DE ALMEIDA BARROS

Despacho: Idêntico ao de nº 148

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 651.384 (151)ORIGEM : PROC - 145410 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDIVALDO ALVES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : FABIO MAZETTIRECDO.(A/S) : NEUSA FERNANDES DE MATOS MANZANOADV.(A/S) : AURELIANO PIRES VASQUES

Despacho: Idêntico ao de nº 148

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 651.428 (152)ORIGEM : PROC - 02099101020098040020 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : AMAZONASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : KAELE LTDAADV.(A/S) : EULER VILAÇA BATISTA BORGESRECDO.(A/S) : JOSÉ RIBAMAR SILVA BEZERRAADV.(A/S) : GEYZON OLIVEIRA REIS

Despacho: Idêntico ao de nº 148

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 651.984 (153)ORIGEM : AC - 2009214153 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASYMPE ENERGIA S/AADV.(A/S) : ADEVILSON RAMALHO CHAGASRECDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

Despacho: Idêntico ao de nº 148

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.684 (154)ORIGEM : PROC - 742003 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SUPERTUBA S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

SUPERMERCADOSADV.(A/S) : OSVALDO ASSIS DE ABREURECDO.(A/S) : MARIA ORIENTE RODRIGUESADV.(A/S) : ANGÉLICA DE MATTOS GÓES VIEIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 148

PETIÇÕES AVULSAS

PETIÇÃO AVULSA 15.897/2011 (155)INTDO.(A/S) : PREFEITO MUNCICIPAL DE CACHOEIRO DO

ITAPEMIRIM

PETIÇÃO/STF nº 15897/2011DESPACHO: Ciente. Arquive-se.Publique-se. Int..Brasília, 4 de maio de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 649.637 (156)ORIGEM : AC - 10079084081615001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AUTARQUIA MUNICIPAL DE TRÂNSITO E

TRANSPORTE DE CONTAGEM - TRANSCONADV.(A/S) : LUÍS FELIPE RAMOS CALAZANSRECDO.(A/S) : GENILSON DIAS CAMARGO

ADV.(A/S) : ALESSANDRO RICARDO TROMBIN

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo interposto nos autos principais contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2. Incognoscível o recurso.Não consta dos autos procuração ao advogado subscritor do recurso.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de considerar como inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos (Cf. AI nº 445.958-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.11.2003; RE nº 384.040-AgR, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 23.10.2003; AI nº 400.324-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 18.08.2003; AI nº 431.845, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 04.06.2004; AI nº 474.810 , Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 27.11.2003).

3. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int.. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.048 (157)ORIGEM : AI - 994093009581 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDORECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MARLENE PINTO HORSCHUTZ E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JULIANA MARA RAIMUNDO SBRISSA DO AMARAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo interposto nos autos principais contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2. Incognoscível o agravo.Verifico na petição de recurso extraordinário a ausência de

apresentação de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC, de modo que o recurso não pode ser admitido, como já o reconheceu o Plenário desta Corte, no julgamento da Questão de Ordem no AI nº 664.567 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.2007):

“(...)49. Esse o quadro, resolvo a questão de ordem para concluir:a) que é de exigir-se a demonstração da repercussão geral das

questões constitucionais discutidas em qualquer recurso extraordinário, incluído o criminal;

b) que a verificação da existência na petição do RE de ‘preliminar formal e fundamentada de repercussão geral’ (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327) das questões constitucionais discutidas pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, somente, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral;

c) que só se aplica a exigência da repercussão geral a partir do dia 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.

(...)”.3. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (arts. 21, § 1º, do

RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC). Publique-se. Int.. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.018 (158)ORIGEM : PROC - 200651010095263 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALEXANDRE DE MELLO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROMEU FERNANDO CARVALHO DE SOUZARECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MARCELO VASCONCELLOS ROALE ANTUNES

Despacho: Idêntico ao de nº 157

PLENÁRIO

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 21ª (vigésima primeira) sessão ordinária, realizada em 10 de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 14

agosto de 2011.Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os

Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux.

Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Sub-Procuradora-Geral da República, Dra. Sandra Cureau.Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior. REGISTROO SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE) - Informo

aos Senhores Ministros que se encontram presentes no Plenário alunos do curso de Direito da Faculdade de Direito de Franca, Estado de São Paulo; oficiais da Aeronáutica da área jurídica e alunos da Faculdade de Direito de Joinville, Santa Catarina. Sejam bem-vindos.

PRONUNCIAMENTOS POR OCASIÃO DA APOSENTADORIA DA MINISTRA ELLEN GRACIE

O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - Foi em uma quinta-feira, Senhor Presidente, que a eminente Ministra ELLEN GRACIE tomou posse no Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada, no Plenário desta Corte, no dia 14 de dezembro de 2000, havendo participado, no dia 19 de dezembro desse mesmo ano, uma terça-feira, de sua primeira sessão plenária nesta Corte.

Foi também em uma quinta-feira, dia 27 de abril de 2006, que a eminente Ministra ELLEN GRACIE assumiu a Presidência desta Suprema Corte.

Foi igualmente em uma quinta-feira, dia 04 de agosto de 2011, que a Ministra ELLEN GRACIE participou de sua última sessão neste Egrégio Plenário do Supremo Tribunal Federal.

Se é certo, portanto, Senhor Presidente, que as quintas-feiras podem ser auspiciosas, brilhantes e impregnadas de alegria neste Tribunal, como efetivamente o foram com a chegada da primeira mulher a esta Suprema Corte e de sua posterior investidura na Chefia simbólica do Poder Judiciário nacional, também elas, as quintas-feiras, podem significar, como sucedeu na semana passada, um instante de despedida, pois foi também numa quinta-feira, dia 04 de agosto, a última sessão de que participou, no Plenário do Supremo Tribunal Federal, como Juíza desta Corte, a eminente Ministra ELLEN GRACIE.

Quando do anúncio da Ministra ELLEN GRACIE para esta Corte, afirmei que a escolha de uma mulher para o Supremo Tribunal Federal representava um gesto emblemático, pois constituía um ato denso de significação histórica e pleno de conseqüências políticas.

Assinalei, então, que, com essa opção, transpunha-se uma barreira histórica, rompia-se uma resistência cultural e superava-se um contexto ideológico cujas premissas institucionalizavam uma inaceitável discriminação de gênero que impedia, injustamente, o pleno acesso da mulher às instâncias mais elevadas de poder em nosso País.

Esse fato – que é emblemático sob todos os aspectos – representou, com grandeza, um expressivo momento histórico que há de se perpetuar na memória das grandes conquistas sociais, políticas e jurídicas do povo brasileiro.

O ato de escolha da Ministra ELLEN GRACIE para o Supremo Tribunal Federal - além de expressar a celebração de um novo tempo - teve o significado de verdadeiro rito de passagem, pois inaugurou, de modo positivo, na história judiciária do Brasil, uma clara e irreversível transição para um modelo social que repudia a discriminação de gênero, ao mesmo tempo em que consagra a prática afirmativa e republicana da igualdade.

A presença luminosa da Ministra Ellen Gracie, no Supremo Tribunal Federal, traduz, com notável força e expressiva significação, o reconhecimento de que o processo de afirmação da condição feminina há de ter, no Direito, não um instrumento de opressão, mas uma forma de libertação destinada a banir, definitivamente, da práxis social, a deformante matriz ideológica que atribuía, à dominação masculina, um odioso estatuto de hegemonia, incapaz de forjar uma visão de mundo compatível com os valores de uma sociedade fundada em bases democráticas e regida, dentre outros signos que a devem inspirar, pela igualdade de gênero.

Desejo registrar, Senhor Presidente - e sei que este é um sentimento compartilhado por todos neste Tribunal –, a honra e o privilégio, que nos foram dados, de atuar, nesta Suprema Corte, ao lado da eminente Ministra ELLEN GRACIE.

Embora esta Corte vá realizar, em momento oportuno, sessão em homenagem à Senhora Ministra ELLEN GRACIE, desejo manifestar-lhe o nosso respeito e o nosso reconhecimento por sua atuação serena, competente e independente como Juíza do Supremo Tribunal Federal, ressaltando, ainda, a maneira firme, sóbria e eficiente com que conduziu, na Presidência do Tribunal, os trabalhos desta Corte Suprema, valendo destacar o alto significado de que se revestiram as medidas que então adotou e por cuja implementação se empenhou, sempre agindo com o elevado propósito de modernizar e de agilizar as práticas processuais no seio do Poder Judiciário e no deste Tribunal, em ordem a conferir real efetividade ao sistema de administração da Justiça em nosso País.

Estendo, por isso mesmo, Senhor Presidente, à eminente Ministra ELLEN GRACIE, as nossas homenagens e os melhores votos de plena felicidade na nova etapa de sua vida, que, agora, tem início, certo de que

Sua Excelência se despede do Supremo Tribunal Federal cercada do respeito e da admiração não só de seus colegas, mas, também, e sobretudo, da comunidade jurídica brasileira.

O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Senhor Presidente, eu também quero me associar a essa justíssima e oportuníssima homenagem que o Ministro Celso de Mello, decano deste Tribunal, presta à senhora Ministra Ellen Gracie, recentemente aposentada.

Também faço questão de dizer que se trata de uma ausência que nos vai fazer falta. Há uma unanimidade aqui entre nós e no seio da coletividade no sentido de que a Ministra Ellen Gracie ainda não havia completado o ciclo de sua passagem frutuosa por esta Corte. Sua Excelência ainda tinha muito a contribuir, em técnica, em sensibilidade - aliás, a palavra hoje mais atual é "sensitividade", que vai além da pura sensibilidade -, em agregação; uma Ministra agregadora e serena, equilibrava os antagonismos, as dicotomias, sob cujo envoltório todos nós existimos, e nos deu definitivas lições de competência, de apegos aos valores republicanos. Se, por um lado, a renovação dos quadros dirigentes do País e da titularidade de funções eminentes da República é um postulado democrático - "é preciso que a fila ande", digamos assim, numa linguagem bem coloquial -, por outro lado, há situações em que parece que a fila não deveria andar tão rapidamente.

A Ministra Ellen deixa entre nós, mais do que sensação, a certeza de que poderia permanecer um pouco mais conosco, ensinando-nos preciosas lições de convivência e de interpretação contemporânea do Direito. Sua Excelência tinha, sem dúvida, um pensamento de Direito e um sentimento de justiça que nos orientavam na perspectiva desse caminho do meio que é a consciência humana.

Tenho para mim, cada vez mais, que a consciência não é um a priori, é um a posteriori e é uma espécie de rebento que se parteja, exatamente, por esse casamento por amor entre o pensamento e o sentimento.

Senhor Presidente, também de minha parte fico sentido com a ausência de Sua Excelência, mas desejo que ela, Ministra Ellen Gracie, seja plenamente feliz na sua nova trajetória de vida, que certamente será frutuosa como o foi aqui em nosso meio. Mais do que isso, ela permanecerá como um paradigma, um modelo de virtudes cívicas, de virtudes éticas, de virtudes democráticas.

É o que tenho a dizer, e o faço com toda a sinceridade. O SENHOR ALBERTO PAVIE RIBEIRO (ADVOGADO) - Senhor

Presidente, em nome dos advogados que militam na Casa, eu gostaria de aderir ao pronunciamento dos Ministros Celso de Mello e Ayres Britto.

Foi também uma surpresa para os advogados o momento em que a Ministra resolveu partir deste Tribunal. Sua Excelência abriu portas não apenas aqui, nesta Corte, como também na comunidade judiciária, com se vê, hoje, na presença da Doutora Sandra Cureau e também da Doutora Grace Fernandes, aqui pela Advocacia-Geral da União.

São com essas palavras que eu gostaria de me pronunciar.Muito obrigado.A DOUTORA SANDRA CUREAU (VICE-PROCURADORA-GERAL DA

REPÚBLICA, EM EXERCÍCIO) - Senhor Presidente, em nome do Ministério Público, eu também gostaria de dizer algumas palavras.

Começaria dizendo que tive a felicidade de conhecer a Ministra Ellen Gracie no nosso segundo ano de faculdade, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ela veio transferida do Rio de Janeiro, pois é filha de militar, e ingressou na mesma turma na qual eu cursava Direito. Fomos colegas de faculdade durante quatro anos. Posteriormente, viemos a nos reencontrar na Procuradoria da República, no Rio Grande do Sul, na qual a Ministra ingressara, através do 2º Concurso Público. Quando saí do Rio Grande do Sul, em 1988, através do pedido de remoção para o Rio de Janeiro, perdemos o contato e nos reencontramos novamente aqui, no Supremo Tribunal Federal, quando a Ministra foi escolhida, pelo então Presidente Fernando Henrique, para ser a primeira mulher a integrar a Suprema Corte.

Sou testemunha de que, desde a sua juventude, a Ministra Ellen Gracie sempre foi uma pessoa dedicada, estudiosa, simpática e acessível a todos e, realmente, o coroamento da sua carreira não poderia ser outro.

Tal como Vossas Excelências, também sentirei saudades - até pela nossa longa convivência -, mas tenho a certeza de que a Ministra está partindo para novos caminhos que, certamente, serão tão bons e tão vitoriosos quanto o foram aqueles até agora trilhados.

A DOUTORA GRACE MARIA FERNANDES MENDONÇA (SECRETÁRIA-GERAL DO CONTENCIOSO DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO) - Senhor Presidente, a Advocacia-Geral da União também rende a sua homenagem à Ministra Ellen Gracie, não apenas pela conquista do título de primeira mulher a ocupar uma cadeira junto à mais alta Corte de Justiça do País, mas pela excelência com que soube exercer a sua nobre missão nesta Casa, com votos sempre pautados pelo rigor técnico, sempre primando pela busca da melhor e da mais justa prestação jurisdicional.

No exercício da presidência representou brilhantemente o Poder Judiciário brasileiro e deu início a projetos de relevância, como a implementação do processo eletrônico, dos institutos da repercussão geral e da súmula vinculante junto a esta Suprema Corte, sempre primando pelo zelo e buscando a entrega da prestação jurisdicional de uma forma mais célere.

À Advocacia-Geral da União só resta, portanto, agradecer à Ministra Ellen Gracie pelo exemplo de serenidade, competência, segurança e justiça - e tudo isso com a característica que lhe é peculiar: a elegância da Ministra Ellen Gracie, que é de todos nós reconhecida - e desejar à Ministra o pleno

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êxito nos projetos futuros.Muito obrigada, Presidente.O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE) - Não

obstante o fato em si seja, de certo modo - a todos nós, seus Colegas, e também a todos os membros da comunidade jurídica -, pesaroso, nós nos associamos expressamente às justíssimas palavras com que, em nome da Corte, saudou a Sua Excelência, o nosso decano, Ministro Celso de Mello e, também, às palavras do Ministro Ayres Britto, do Dr. Pavie Ribeiro, da nossa Subprocuradora Sandra Cureau e da nossa Advogada Grace Fernandes, que ficarão constando dos registros históricos desta Corte.

JULGAMENTOS

AÇÃO ORIGINÁRIA ESPECIAL 27 (159)ORIGEM : AOE - 44849 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : ANTÔNIO PETRAGLIA FILHOADV.(A/S) : AMAURY MEYERREU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto da Relatora, extinguiu o processo, com pronúncia de prescrição, contra os votos dos Senhores Ministros Luiz Fux, Ayres Britto e Celso de Mello. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Impedido o Senhor Ministro Dias Toffoli. Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Falou pelo autor o Dr. Amaury Meyer. Plenário, 10.08.2011.

AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.853 (160)ORIGEM : AC - 2853 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ROBERTO TEIXEIRAADV.(A/S) : CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FRANCISCO CESAR ASFOR ROCHAAGDO.(A/S) : POLICARPO JÚNIOR

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Gilmar Mendes (Relator), negando provimento ao recurso de agravo, no que foi acompanhado pelo Senhor Ministro Luiz Fux, e o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, provendo-o, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Ayres Britto. Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.989

(161)

ORIGEM : AMS - 40003523 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : FRANCISCO SERGIL DE CASTRO ARAÚJO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HUGO NAPOLEÃO DO REGO NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao recurso de agravo. Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.186 (162)ORIGEM : RCL - 194611 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIE

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 3.347 (163)ORIGEM : RCL - 60775 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ADJAHYR BESTELADV.(A/S) : ARNALDO DAVID BARACAT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RELATOR DA AÇÃO PENAL Nº 120733-2 DO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário,

10.08.2011.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 3.638 (164)ORIGEM : RCL - 89864 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EDER MOREIRA BRAMBILLAADV.(A/S) : ARNALDO PUCCINI MEDEIROSAGDO.(A/S) : JUÍZA FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE CORUMBÁ

(PROC. 2005.60.04.000349-5)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO MÔNACO JÚNIORINTDO.(A/S) : EDUARDO ZINÉZI DUQUEINTDO.(A/S) : FERNANDO CARLOS PUCCINI DE AMORIMINTDO.(A/S) : EDISON XAVIER DUQUEINTDO.(A/S) : MÓDULO ENGENHARIAINTDO.(A/S) : ARIEL DITTMAR RAGHIANTINTDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO DITTMAR DE SOUZAINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO BIÓTICA

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

EMB.DECL. NA PETIÇÃO 3.041 (165)ORIGEM : AI - 200301000017571 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : PAULO CELSO FONSECA MARINHOADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 377.457 (166)ORIGEM : AC - 200070000299858 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASILADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIORADV.(A/S) : MAURÍCIO GENTIL MONTEIROADV.(A/S) : MARCELO MELLO MARTINSEMBTE.(S) : ANTÔNIO GLÊNIO F. ALBUQUERQUE & ADVOGADOS

ASSOCIADOS S/CADV.(A/S) : ANTÔNIO GLÊNIO FARIA MARCONDES DE

ALBUQUERQUEADV.(A/S) : PAULO DE BARROS CARVALHOEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

MANDADO DE SEGURANÇA 24.023 (167)ORIGEM : MS - 95394 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : LAUREANO CASADO DA SILVAADV.(A/S) : FERNANDO VILAR E OUTROIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Decisão: Retirado de pauta ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

RECLAMAÇÃO 2.174 (168)ORIGEM : RCL - 180129 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUÍZA FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DO DISTRITO FEDERALINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 16

INTDO.(A/S) : SÉRGIO SILVA DO AMARALADV.(A/S) : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Retirado de pauta ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

RECLAMAÇÃO 2.491 (169)ORIGEM : RCL - 142437 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍADV.(A/S) : PGE-PI - CALOS EDUARDO DA SILVA BELFORT DE

CARVALHORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA DOS FEITOS DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE TERESINAINTDO.(A/S) : DELTA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : EMANUELA VIEIRA FERREIRA LIMA

Decisão: Em face do adiamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidades nºs. 2.777-8 e 2.675-5, que tratam do mesmo tema desta reclamação, seu julgamento também foi adiado. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Presidência do Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 17.08.2005.

Decisão: Retirado de pauta ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.099 (170)ORIGEM : MS - 25750 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : RÔMULO AUGUSTO DUARTEADV.(A/S) : ANA KARINA DE OLIVEIRA E SILVA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao recurso extraordinário. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Falaram, pelo recorrente, o Dr. Ulisses Schwarz Viana, Procurador do Estado e, pela União, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça, Secretária-Geral de Contencioso. Plenário, 10.08.2011.

Brasília, 10 de agosto de 2011.Luiz Tomimatsu

Secretário

ACÓRDÃOS

Centésima décima nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 979 (171)ORIGEM : PROC - 20060010753200 - MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROREU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, conheceu do conflito e reconheceu a atribuição do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausentes, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 04.08.2011.

CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. CARACTERIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE DECISÕES DO PODER JUDICIÁRIO. COMPETÊNCIA DO STF. ART. 102, I, f, CF. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ART. 109, I E IV, CF. SÚMULA STF n.° 517.

1. Trata-se de conflito negativo de atribuições entre órgãos de atuação do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual a respeito dos fatos constantes de procedimento investigatório.

2. Com fundamento no art. 102, I, f, da Constituição da República, deve ser conhecido o presente conflito de atribuição entre os membros do

Ministério Público Federal e do Estado do Rio de Janeiro diante da competência do Supremo Tribunal Federal para julgar conflito entre órgãos de Ministérios Públicos diversos.

3. A presença de sociedade de economia mista em procedimento investigatório não acarreta, por si só, na presunção de violação de interesse, econômico ou jurídico, da União.

4.Para adequada definição de atribuições entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual impõe-se, em conformidade com o art. 109, incs. I e IV da Constituição Federal, a adequada delimitação da natureza cível ou criminal da matéria envolvida.

5. Conflito de atribuições conhecido, com declaração de atribuição ao órgão de atuação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 987 (172)ORIGEM : PROC - 20060016610000 - MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROREU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, conheceu do conflito e reconheceu a atribuição do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausentes, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 04.08.2011.

CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. CARACTERIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE DECISÕES DO PODER JUDICIÁRIO. COMPETÊNCIA DO STF. ART. 102, I, f, CF. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ART. 109, I E IV, CF. SÚMULA STF n.° 517.

1. Trata-se de conflito negativo de atribuições entre órgãos de atuação do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual a respeito dos fatos constantes de procedimento investigatório.

2. Com fundamento no art. 102, I, f, da Constituição da República, deve ser conhecido o presente conflito de atribuição entre os membros do Ministério Público Federal e do Estado do Rio de Janeiro diante da competência do Supremo Tribunal Federal para julgar conflito entre órgãos de Ministérios Públicos diversos.

3. A presença de sociedade de economia mista em procedimento investigatório não acarreta, por si só, na presunção de violação de interesse, econômico ou jurídico, da União.

4.Para adequada definição de atribuições entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual impõe-se, em conformidade com o art. 109, incs. I e IV da Constituição Federal, a adequada delimitação da natureza cível ou criminal da matéria envolvida.

5. Conflito de atribuições conhecido, com declaração de atribuição ao órgão de atuação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.010 (173)ORIGEM : PROC - 3004615 - PROCURADORIA-GERAL DE

JUSTICA DO ESTADO DO APPROCED. : AMAPÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁREU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALINTDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO BARBOSA PRATAINTDO.(A/S) : VALCIR MARVULLE

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, conheceu do conflito e reconheceu a atribuição do Ministério Público do Estado do Amapá. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausentes, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 04.08.2011.

DIREITO PROCESSUAL PENAL. CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. CARACTERIZAÇÃO. COMPETÊNCIA DO STF. POSSÍVEL CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE PERPETRADO POR MAGISTRADO. FATO OCORRIDO DURANTE O PLEITO ELEITORAL. CRIME COMUM. JUSTIÇA ESTADUAL.

1. Suposto conflito de atribuições entre membros do Ministério Público do Estado do Amapá e do Ministério Público Federal, relacionados a suposto cometimento de crime de abuso de autoridade por Juiz Eleitoral Auxiliar.

2. Com fundamento no art. 102, I, f, da Constituição da República, deve ser conhecido o presente conflito de atribuição entre os membros do Ministério Público do Estado do Amapá e do Ministério Público Federal diante da competência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

3. Crime de abuso de autoridade não tipificado no Código Eleitoral. Ausência de competência da Justiça Eleitoral.

4.Conflito conhecido, para declarar a atribuição do órgão de atuação do Ministério Público do Estado do Amapá.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.452 (174)ORIGEM : PROC - 00105961120078190061 - TURMA RECURSAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : RONE ESTEVES CORTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LEELA DE TERESÓPOLIS MODAS LTDAADV.(A/S) : ANDRÉA MARA ROCHA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Cezar Peluso (Presidente), negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes o Senhor Ministro Celso de Mello, justificadamente; o Senhor Ministro Gilmar Mendes, representando o Tribunal na Comissão de Veneza, Itália; o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado, e, neste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 16.06.2011.

EMENTA: Recurso. Extraordinário. Inadmissibilidade. Preliminar de repercussão geral. Ausência. Não conhecimento do agravo de instrumento. Agravo regimental não provido. É incognoscível recurso extraordinário que careça de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

AG.REG. NA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 165

(175)

ORIGEM : ADPF - 23244 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA

FINANCEIRO - CONSIFADV.(A/S) : SERGIO BERMUDESADV.(A/S) : ARNOLDO WALDAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO CONSUMIDOR -

ABRACONADV.(A/S) : MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA MELOAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA ATIVA DOS

CONSUMIDORES DO BRASIL - APROVATADV.(A/S) : TONY LUIZ RAMOSAM. CURIAE. : INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO

CONSUMIDOR - IDECADV.(A/S) : ANDRÉA LAZZARINI SALAZARADV.(A/S) : MARCOS VICENTE DIEGUES RODRIGUESAM. CURIAE. : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DO

CONSUMIDOR - APDCADV.(A/S) : ILMAR NASCIMENTO GALVÃOADV.(A/S) : JORGE OCTAVIO LAVOCAT GALVÃOAM. CURIAE. : SINDICATO NACIONAL DOS APOSENTADOS,

PENSIONISTAS E IDOSOS DA FORÇA SINDICAL - SINDNAPI

ADV.(A/S) : ANDRÉA ANGERAMI CORREA DA SILVA E OUTRO(A/S)

AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS DOS CONSUMIDORES MUTUÁRIOS DA HABITAÇÃO, POUPADORES DA CADERNETA DA POUPANÇA, BENEFICIÁRIOS DO SISTEMA DE APOSENTADORIA E REVISÃO DO SISTEMA FINANCEIRO - PROCOPAR

ADV.(A/S) : THAISA CRISTINA CANTONI MANHASAM. CURIAE. : INSTITUTO BRASILEIRO DE POLÍTICA E DIREITO DO

CONSUMIDOR - BRASILCONADV.(A/S) : WALTER JOSÉ FAIAD DE MOURA E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DOS CONTRIBUINTES DAS

REGIÕES SUL, SUDESTE, CENTRO-OESTE E NORDESTE - ACONTEST

ADV.(A/S) : RODOLFO NASCIMENTO FIOREZIAM. CURIAE. : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOABADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIORAM. CURIAE. : CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA - COFECONADV.(A/S) : FLÁVIO AURÉLIO NOGUEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES

FECHADAS DE PREVIÊNCIA COMPLEMENTARADV.(A/S) : LARA CORRÊA SABINO BRESCIANI E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, não conheceu do recurso de agravo. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Impedido o Senhor Ministro Luiz Fux. Ausentes a Senhora Ministra Ellen Gracie, em participação no World Justice Forum III, em Barcelona, na Espanha; o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado; o Senhor Ministro Dias Toffoli, justificadamente e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 22.06.2011.

EMENTA: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. LIMINAR INDEFERIDA. AGRAVO REGIMENTAL. DESISTÊNCIA. NÃO CONHECIDO.

I - Agravo regimental não conhecido, em virtude de pedido de

desistência.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 10.218 (176)ORIGEM : RCL - 10218 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : RAQUEL XIMENES MARQUESADV.(A/S) : JOSÉ EPIFÂNIO DE CARVALHO NETOINTDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao recurso de agravo. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausentes a Senhora Ministra Ellen Gracie, em participação no World Justice Forum III, em Barcelona, na Espanha; o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado, e o Senhor Ministro Dias Toffoli, justificadamente. Plenário, 22.06.2011.

Agravo regimental em reclamação. 2. Reclamação em que se impugna decisão do Tribunal de origem que, nos termos do art. 328-A, § 1º, do RISTF, aplica a orientação que o Supremo Tribunal Federal adotou em processo paradigma da repercussão geral (RE 598.365-RG). Inadmissibilidade. Precedentes. 3. Inaplicabilidade do princípio da fungibilidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 1.452 (177)ORIGEM : AC - 199934000319793 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO

TRABALHO DA 8ª REGIÃO - AMATRA VIIIADV.(A/S) : DENISE DE FÁTIMA DE ALMEIDA E CUNHA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, rejeitou os embargos de declaração. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Impedido o Senhor Ministro Dias Toffoli. Ausentes, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 04.08.2011.

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AÇÃO ORIGINÁRIA. PRETENSÃO DE REFORMA DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE.

1.Os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais.

2.Inexistência de omissão a sanar. O embargante repisa argumentos já devidamente apreciados no plenário desta Corte.

3.Embargos de declaração rejeitados.

MANDADO DE SEGURANÇA 26.192 (178)ORIGEM : MS - 150345 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : PAULO ROBERTO JACQUES COUTINHO FILHOADV.(A/S) : CARLOS FREDERICO NÓBREGA FARIAS E OUTRO(A/

S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, denegou a segurança. Votou o Presidente. Falaram, pelo impetrante, o Dr. Pedro Bannwart Costa e, pelo Ministério Público Federal, a Dra. Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira, Vice-Procuradora-Geral da República. Ausentes, em participação no “2011 US-BRAZIL JUDICIAL DIALOGUE”, em Washington, nos Estados Unidos da América, os Senhores Ministros Cezar Peluso (Presidente), Ellen Gracie, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente). Plenário, 11.05.2011.

EMENTA: CONSTITUCIONAL. DESAPROPRIAÇÃO. IMÓVEL RURAL.PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. DECRETO

PRESIDENCIAL DE 06.07.2006.1. Mandado de segurança impetrado contra decreto presidencial que

declarou de interesse social, para fins de estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento de trabalho agrícola, o imóvel conhecido como “Fazenda Tambauzinho” (arts. 5º, XXIV e 84, IV da Constituição e art. 2º, III da Lei 4.132/1962).

Intervenção estatal para garantir as expectativas de moradores locais julgadas legítimas pela União. Quadro de potencial conflito social.

2. Alegada violação de decisão transitada em julgado, prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, que teria firmado a impossibilidade

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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de desapropriação, para fins de interesse social, da propriedade imóvel (MS 999.2005.000282-6/001 – TJ/PE).

Alegação inconsistente, na medida em que o paradigma versou sobre a incompetência de estado-membro para desapropriar bem imóvel para fins de reforma agrária (desapropriação-sanção, art. 184 da Constituição), e ato tido por coator foi praticado pelo Chefe do Executivo federal.

3. Suposto desvio de finalidade, na medida em que o decreto presidencial teria por real objetivo realizar reforma agrária cuja viabilidade já fora rechaçada pelo Judiciário local.

Argumentação improcedente, pois a desapropriação para fins de reforma agrária não esgota os instrumentos de que dispõe a União para promover o “estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola”. Com efeito, a desapropriação por interesse, necessidade ou utilidade pública dissociada de eventual violação da função social da propriedade rural pode ser utilizada no âmbito fundiário.

4. Falta de identidade entre a área declarada de interesse social para fins de desapropriação e a área onde residem as famílias que seriam beneficiadas com o assentamento. Por não se tratar de usucapião, a falta de identidade entre a área onde residem as famílias que seriam beneficiadas pela intervenção do Estado e a área desapropriada não impede a iniciativa estatal.

5. Incompetência do INCRA para promover desapropriação de imóvel com objetivo diverso de reforma agrária. Linha rejeitada, porquanto o INCRA pode atuar em nome da União para resolver questões fundiárias, sem recorrer diretamente aos institutos próprios da reforma agrária (desapropriação-sanção, nos termos do art. 184 da Constituição).

6. Ausência de vistoria prévia, nos termos do art. 2º, § 2º da Lei 8.629/1993. Por se tratar de desapropriação por interesse, necessidade ou utilidade públicos, não se aplica o art. 2º, § 2º da Lei 8.629/1993 ao quadro.

Segurança denegada.

Brasília, 19 de agosto de 2011.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima décima nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.081 (179)ORIGEM : AI - 600661 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN- FABRÍCIO SARMANHO DE ALBUQUERQUEAGDO.(A/S) : VECTRA REVESTIMENTOS CERÂMICOS LTDAADV.(A/S) : ROMEO PIAZERA JUNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 31.5.2011.

EMENTAAgravo regimental no agravo de instrumento. Correção

monetária. Princípio da não cumulatividade. Oposição do Fisco. Matéria constitucional.

1. A discussão relativa ao cabimento de correção monetária de créditos escriturais em face do princípio da não cumulatividade tem natureza constitucional.

2. Nas hipóteses em que há oposição injustificada do Fisco é cabível a correção monetária.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.724 (180)ORIGEM : EDROAR - 34324200290003009 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INB - INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : WANDER PERLATO DO LAGO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 28.6.2011.

APOSENTADORIA ESPONTÂNEA – CONTRATO DE TRABALHO – ALCANCE. O Supremo declarou a inconstitucionalidade do artigo 453, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho, assentando que a aposentadoria

espontânea do empregado não rompe o vínculo empregatício – Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.770-4/DF, relatada pelo Ministro Joaquim Barbosa e julgada pelo Pleno na sessão de 11 de outubro de 2006.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.910 (181)ORIGEM : AI - 1139029 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ORIXÁS GALERIA DE ARTE LTDAADV.(A/S) : RUBENS LOPESAGDO.(A/S) : RUBENS CESAR PATITUCCIADV.(A/S) : ALEX SANDRO DA SILVA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 28.6.2011.

AGRAVO – OBJETO. Visando o agravo a fulminar a decisão que se ataca, as razões devem estar direcionadas de modo a infirmá-la. O silêncio em torno dos fundamentos consignados é de molde, por si só, a levar à manutenção do que assentado. Diante do descompasso entre o ato impugnado e as razões do agravo, este transparece como sendo meramente protelatório.

AGRAVO – CARÁTER INFUNDADO – MULTA. Surgindo do exame do agravo a convicção sobre o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.274 (182)ORIGEM : AI - 20070020130264 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RÁPIDO PLANALTINA LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 28.6.2011.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.854 (183)ORIGEM : PROC - 10024044639169001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DONIZETE EUSTÁQUIO ALVESADV.(A/S) : RUI CALDAS PIMENTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ GONÇALVES ALVESADV.(A/S) : ALOÍZIO JOSÉ DE CARVALHO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 28.6.2011.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. Consoante dispõe o inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, o recurso extraordinário é cabível contra decisão de única ou última instância que haja implicado o julgamento da causa, o que não ocorre na espécie.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.230 (184)ORIGEM : AIRR - 1478200700519404 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ROBERTO JOSÉ CAMERINO TORRES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 19

ADV.(A/S) : FLÁVIO NASCIMENTO PINHEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : WESLEY CARDOSO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 21.6.2011.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE CORTE DIVERSA – ADEQUAÇÃO. Quando em questão controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Corte diversa, a via excepcional do recurso extraordinário apenas é aberta se no acórdão prolatado constar premissa contrária à Constituição Federal.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.637 (185)ORIGEM : AC - 200500135967 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ FARIA MIRANDAAGDO.(A/S) : IGOR MONTENEGRO RASCHOVSKY E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELLO OAKIM DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 31.5.2011.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. IPTU. Município do

Rio de Janeiro. Efeitos ex nunc. Improcedência. Precedentes.1. Inviável concessão de efeitos ex nunc em face da declaração de

inconstitucionalidade de cobrança progressiva de IPTU.2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.470 (186)ORIGEM : AC - 85206 - TRIBUNAL DE JUSTICA MILITARPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JOSÉ LUIZ BASSOTOADV.(A/S) : ANTONIO CÂNDIDO DO CARMOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - LUCIA DE ALMEIDA LEITE

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 31.5.2011.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Embargos

declaratórios rejeitados monocraticamente pelo Relator. Ausência de interposição do recurso cabível. Não esgotamento das instâncias ordinárias. Súmula nº 281/STF.

1. O recurso extraordinário é inadmissível quando interposto após decisão monocrática proferida pelo Relator, haja vista que não esgotada a prestação jurisdicional pelo Tribunal de origem. Incidência da Súmula nº 281/STF.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 606.837 (187)ORIGEM : HC - 118457 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : DANIEL BASTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 28.6.2011.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.712 (188)ORIGEM : RESP - 509961 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : MANOEL JOSÉ FERREIRA NUNES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 28.6.2011.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.844 (189)ORIGEM : RESP - 939977 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTOEMBTE.(S) : CORNÉLIO COSTA FILHOADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 10.5.2011.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.

1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente.

2. Embargos rejeitados.

Brasília, 19 de agosto de 2011.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima décima nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 572.021 (190)ORIGEM : AC - 3324805400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ABADIA JÚLIA DE OLIVEIRA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO ANDRÉ DE SOUZA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - ANNA CANDIDA SERRANO SUPLICY

FORBES

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.223 (191)ORIGEM : PROC - 579200508603408 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 20

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : GONTRAN DE PAIVA NASSERADV.(A/S) : LETÍCIA ROCHA GONÇALVESADV.(A/S) : LUCAS VALÉRIO DE CASTILHOAGDO.(A/S) : SÉRGIO ALVES BATISTAADV.(A/S) : ALBERTO DONIZETI PAULO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO – INADMISSIBILIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Não cabe recurso extraordinário, para o Supremo Tribunal Federal, contra quaisquer decisões proferidas por Tribunais Regionais do Trabalho, inclusive contra atos decisórios emanados de seus Presidentes.

- O acesso, ao Supremo Tribunal Federal, pela via recursal extraordinária, nos processos trabalhistas, somente terá pertinência, quando se tratar de decisões proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, por ser ele o órgão de cúpula desse ramo especializado do Poder Judiciário da União. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.403 (192)ORIGEM : AC - 2004001483 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SINDICATO DA INDÚSTRIA ÓPTICA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROADV.(A/S) : CHERYL BERNO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.301 (193)ORIGEM : AC - 20050321291 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPESCADV.(A/S) : RENATA BENEDETAGDO.(A/S) : EZIR MORITZ DE MIRANDA RAMOSADV.(A/S) : RENATO MELILLO FILHO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 707.150 (194)ORIGEM : EDAIRR - 1042200107402407 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR

PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : PAULO ALEX DE SOUZAADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA BARBOSA LOPES E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim

Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - DIREITO LOCAL - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.410 (195)ORIGEM : MS - 200700401825 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : VALÉRIA FERREIRA SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS DELGADO SÉVICO E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.480 (196)ORIGEM : AC - 200205000195582 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARIA IVONETE PINHEIROADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADOAGDO.(A/S) : CLARICE MARIA COSTA BARBOSAADV.(A/S) : LUZIRENE GONÇALVES DA SILVA

Decisão: Negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Direito Previdenciário. 3. Pensão por morte. Rateio entre ex-cônjuge e companheira. Possibilidade. 4. Incidência da Súmula 279 do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.574 (197)ORIGEM : AC - 38985055 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : CELSO FRANCISCO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JONADABE LAURINDO E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.877 (198)ORIGEM : AC - 4625095100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS ASSESSORES TÉCNICOS

LEGISLATIVOS-PROCURADORES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : ANDYARA KLOPSTOCK SPROESSERAGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 21

PAULOADV.(A/S) : YURI CARAJELESCOV

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.011 (199)ORIGEM : REOMS - 96030355291 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JORNAL O VALEPARAIBANO LTDAADV.(A/S) : JOEL ALVES DE SOUZA JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.975 (200)ORIGEM : AC - 10000120070204895 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : MANOEL DE LIMA MACEDOADV.(A/S) : MÁRCIO MELO NOGUEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.465 (201)ORIGEM : ERR - 75992720018 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO

DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.368 (202)ORIGEM : APCRIM - 200451015199890 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MIRIAM PINHO BALBINOADV.(A/S) : ELISABETE MARTINS DA SILVAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO INCOMPLETO -DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO PROCESSUAL - SÚMULA 288/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- Sem que a parte agravante promova a integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, torna-se inviável conhecer do recurso de agravo.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.087 (203)ORIGEM : AC - 200600162523 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : SHELL BRASIL LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CREUZA DE ABREU VIEIRA COELHO

Decisão: Agravo improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 774.234 (204)ORIGEM : AC - 8459085400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : DAISY GÓES LIÉVANAADV.(A/S) : MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA NARBUTIS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.100 (205)ORIGEM : AC - 70027397959 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ILDA MARIA COSTA BRASILADV.(A/S) : NEWTON RÉGIS ALENCASTRO PACHECO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.176 (206)ORIGEM : AMS - 200150010081434 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CVC - COMERCIAL DE VEÍCULOS CAPIXABA LTDAPROC.(A/S)(ES) : ACI HELI COUTINHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 22

Decisão: Agravo improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.826 (207)ORIGEM : AMS - 2008056630 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUSAGDO.(A/S) : LEIDA LEIDE BRASILADV.(A/S) : MARIA GLÁUCIA B SOARES

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO - RECURSO IMPROVIDO.

O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

- O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.308 (208)ORIGEM : RMS - 24717 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : SINDHES - SINDICATO DOS HOSPITAIS E

ESTABELECIMENTOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 19.04.2011.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. Questão restrita ao âmbito infraconstitucional, que não enseja apreciação em recurso extraordinário.

2. De mais a mais, ao analisar AI 800.074, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente infraconstitucional.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.470 (209)ORIGEM : MS - 200903185789 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTES E OBRAS -

AGETOPADV.(A/S) : LEONARDO GARCIA VECCHI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELETROENGE ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO RODRIGUES TAVARES E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO -

CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.205 (210)ORIGEM : ADI - 70027889294 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : PARTIDO DOS TRABALHADORES DE GRAVATAÍADV.(A/S) : RICARDO ANTÔNIO LUCAS CAMARGO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍINTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE GRAVATAÍADV.(A/S) : MÁRCIO BECKER BEHENCK

Decisão: Agravo improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.189 (211)ORIGEM : AIRR - 215200601105405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : MILTON DE SOUZA COELHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LOURDES CRUZ DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROGÉRIO ATAÍDE CALDAS PINTO E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – SÚMULA 454/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato, ou de examinar matéria de caráter probatório, ou, ainda, de interpretar cláusula contratual.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.163 (212)ORIGEM : AI - 1206200606802409 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NILSON BARBOSA MARCELINOADV.(A/S) : CARLOS VICTOR AZEVEDO SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTMADV.(A/S) : MARIA EDUARDA FERREIRA RIBEIRO DO VALLE

GARCIA E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 23

PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - DIREITO LOCAL - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.759 (213)ORIGEM : PROC - 779200611315000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE

MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE THEREZINHA LAURINDA SPEGIORIN

RIDOLFIADV.(A/S) : ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - DIREITO LOCAL - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.352 (214)ORIGEM : MS - 20090217183 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES GAMBA TORRESADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.360 (215)ORIGEM : AIRR - 542401020025020382 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA - ELETRICIDADE

DE SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETOAGDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA PASINI VIEIRAADV.(A/S) : ROMEU GUARNIERI

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.496 (216)ORIGEM : AIRR - 16255405520045090652 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : INDALÉCIO GOMES NETOAGDO.(A/S) : LUIZ OLIVIER CESAR SCHEFFER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEANDRO HERLEINN MURI

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.842 (217)ORIGEM : AC - 199938000267302 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : EMISA - EMPRESA DE TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : JOÃO CLÁUDIO FRANZONI BARBOSAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.793 (218)ORIGEM : RR - 55366419990 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOSÉ SOARES PINTOADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER - ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ ELIAS JUNIOR

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO CONSTITUCIONAL - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – SÚMULA 454/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de interpretar cláusula contratual. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.569 (219)ORIGEM : AC - 20080824590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : REAL LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL S/AADV.(A/S) : CAROLINE TEREZINHA RASMUSSEN DA SILVAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TUBARÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO - INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO - RECURSO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 393.350 (220)ORIGEM : AR - 2398 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : THIERS DEDA GONÇALVESADV.(A/S) : JOSÉ GILSON DOS SANTOS

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 458.164 (221)ORIGEM : AC - 6524269 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO -

CODESPADV.(A/S) : BENJAMIN CALDAS GALLOTTI BESERRA E OUTRO(A/

S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: CODESP – SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA INCUMBIDA DE EXECUTAR, COMO ATIVIDADE-FIM, EM FUNÇÃO DE SUA ESPECÍFICA DESTINAÇÃO INSTITUCIONAL, SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO DE PORTO MARÍTIMO – MATÉRIA SOB RESERVA CONSTITUCIONAL DE MONOPÓLIO ESTATAL (CF, ART. 21, XII, “f”) – POSSIBILIDADE DE A UNIÃO FEDERAL OUTORGAR, A UMA EMPRESA GOVERNAMENTAL, O EXERCÍCIO DESSE ENCARGO, SEM QUE ESTE PERCA O ATRIBUTO DE ESTATALIDADE QUE LHE É PRÓPRIO - OPÇÃO CONSTITUCIONALMENTE LEGÍTIMA - CODESP COMO INSTRUMENTALIDADE ADMINISTRATIVA DA UNIÃO FEDERAL, INCUMBIDA, NESSA CONDIÇÃO INSTITUCIONAL, DE EXECUTAR TÍPICO SERVIÇO PÚBLICO - CONSEQÜENTE EXTENSÃO, A ESSA EMPRESA GOVERNAMENTAL, EM MATÉRIA DE IMPOSTOS, DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL FUNDADA NA GARANTIA DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA (CF, ART. 150, VI, “a”) – O ALTO SIGNIFICADO POLÍTICO- -JURÍDICO DESSA GARANTIA CONSTITUCIONAL, QUE TRADUZ UMA DAS PROJEÇÕES CONCRETIZADORAS DO POSTULADO DA FEDERAÇÃO – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DA CODESP, EM FACE DO IPTU, QUANTO ÀS ATIVIDADES EXECUTADAS NO DESEMPENHO DO ENCARGO, QUE, A ELA OUTORGADO, FOI DEFERIDO, CONSTITUCIONALMENTE, À UNIÃO FEDERAL – DOUTRINA – JURISPRUDÊNCIA – PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – AGRAVO IMPROVIDO.

- A CODESP, que é sociedade de economia mista, executa, como atividade-fim, em regime de monopólio, serviços de administração de porto marítimo constitucionalmente outorgados à União Federal, qualificando-se, em razão de sua específica destinação institucional, como entidade delegatária dos serviços públicos a que se refere o art. 21, inciso XII, alínea “f”, da Lei Fundamental, o que exclui essa empresa governamental, em matéria de impostos, por efeito da imunidade tributária recíproca (CF, art.150, VI, “a”), do poder de tributar dos entes políticos em geral, inclusive o dos Municípios.

Conseqüente inexigibilidade, por parte do Município tributante, do IPTU referente às atividades executadas pela CODESP na prestação dos serviços públicos de administração de porto marítimo e daquelas necessárias à realização dessa atividade-fim.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.397 (222)ORIGEM : MS - 200372000163292 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : DJC BRAZIL LTDAADV.(A/S) : HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FLÁVIO AUGUSTO DUMONT PRADOADV.(A/S) : ANETE MAIR MEDEIROS DE PONTES VIEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : PFN- ARTUR ALVES DA MOTTA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.405 (223)ORIGEM : AC - 199901000362192 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : WILSON BARREIRA DO PRADOADV.(A/S) : WILIAN FRAGA GUIMARÃES

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.095 (224)ORIGEM : ADI - 1258130200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAJUÍADV.(A/S) : LUÍS HENRIQUE BARBANTE FRANZÉAGDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PIRAJUÍADV.(A/S) : RICARDO GENOVEZ PATERLINI

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.657 (225)ORIGEM : ERR - 62545520004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA FILHOADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA BARBOSA LOPES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE OSASCOADV.(A/S) : AYLTON CESAR GRIZI OLIVA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.598 (226)ORIGEM : PROC - 2512000 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : WILSON SCAPERLINI KAMINSKIADV.(A/S) : CÉSAR FRANCESCHI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁINTDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO SCARPELINIADV.(A/S) : RONALDO ANTÔNIO BOTELHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 25

INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE APUCARANAADV.(A/S) : EDSON GAMA ALVES E OUTRO(A/S)

Decisão: Agravo regimental a que se nega provimento, nos termos do voto da Relatora. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. IRREGULARIDADE NA CONTRATAÇÃO DE ASSESSOR JURÍDICO DO MUNICÍPIO. MULTA E SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS. LEIS 8.429/92 E 8.666/93. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.

1.O Tribunal de origem, para concluir pela ilegalidade da realização de despesas, procedeu ao cotejo das provas dos autos com a Lei de Improbidade Administrativa, questão de cunho infraconstitucional de reexame inviável na via extraordinária. Incidência da Súmula STF 279.

2.Ausência de razões novas capazes de infirmar a decisão agravada. Precedentes.

3.Agravo regimental a que se nega provimento.

TERCEIRO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.055 (227)ORIGEM : AC - 10024045032935001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : GARCY GARCIA MANSUR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – SERVIDOR PÚBLICO LOCAL – CONTRIBUIÇÃO DESTINADA, POR DIPLOMA LEGISLATIVO LOCAL, AO CUSTEIO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA – ESPÉCIE TRIBUTÁRIA, DE EXIGIBILIDADE COMPULSÓRIA, QUE NÃO SE INCLUI NA ESFERA DE COMPETÊNCIA IMPOSITIVA DOS ESTADOS-MEMBROS E MUNICÍPIOS – CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE SUA INSTITUIÇÃO POR ESTADO-MEMBRO OU MUNICÍPIO – MATÉRIA CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA NO JULGAMENTO DO RE 573.540-RG/MG – ALEGAÇÃO ACERCA DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO – QUESTÃO QUE NÃO FOI SUSCITADA NAS RAZÕES RECURSAIS EXTRAORDINÁRIAS – EMPREGO DO PRINCÍPIO “JURA NOVIT CURIA” - IMPOSSIBILIDADE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.442 (228)ORIGEM : AMS - 200370000218677 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : XENIA POL ALVESADV.(A/S) : MOYSES GRINBERG E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DESRESPEITO À NORMA INSCRITA NO ART. 321 DO RISTF - INCOGNOSCIBILIDADE DO APELO EXTREMO- RECURSO IMPROVIDO.

- Revela-se insuscetível de conhecimento o recurso extraordinário, sempre que a petição que o veicular não contiver a precisa indicação do dispositivo constitucional autorizador de sua interposição ou, então, não aludir ao preceito da Constituição alegadamente vulnerado pela decisão recorrida. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.764 (229)ORIGEM : AIRR - 371199501204404 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : CÁTIA PEREIRA MARTINS SANTANA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS

DE TELECOMUNICAÇÕES POSTAIS, TELEGRÁFICAS E SIMILARES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - SINTPOSTEL

ADV.(A/S) : ANTÔNIO COLPO E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 642.896 (230)ORIGEM : PROC - 900140809 - COLÉGIO RECURSAL DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NET BAURU LTDAADV.(A/S) : LUIZ ALBERTO BETTIOL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO LUIZ GODOYADV.(A/S) : JULIO VINICIUS AUAD PEREIRA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL - RECURSO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.397

(231)

ORIGEM : MS - 20100008894 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE UNIÃO DOS PALMARESADV.(A/S) : ANA LUZIA COSTA CAVALCANTI MANSOAGDO.(A/S) : BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANA ROSA TENÓRIO DE AMORIM E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE

UNIÃO DOS PALMARES

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 640.368

(232)

ORIGEM : PROC - 2010107618 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA S/AADV.(A/S) : JOÃO LEONEL ANTOCHESKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO DE ARAUJOADV.(A/S) : MARCELO PACHECO PIROLO E OUTRO(A/S)

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – SÚMULA 454/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 26

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato, ou de examinar matéria de caráter probatório, ou, ainda, de interpretar cláusula contratual.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 640.874

(233)

ORIGEM : AC - 00104507720104049999 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : DELCI VILLA INVERNIZZIADV.(A/S) : RODRIGO CAPITANIO

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.475

(234)

ORIGEM : PROC - 024040063661 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : HÉLIO DE OLIVEIRA DOREAADV.(A/S) : EDUARDO THIÉBAUT PEREIRAAGDO.(A/S) : GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : JOSÉ PERDIZ DE JESUS

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) – AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DAS VIAS RECURSAIS ORDINÁRIAS - DESCABIMENTO DO APELO EXTREMO – SÚMULA 281/STF - DIRETRIZ JURISPRUDENCIAL FIRMADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO IMPROVIDO.

- O prévio esgotamento das instâncias recursais ordinárias constitui pressuposto de admissibilidade do recurso extraordinário.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.866

(235)

ORIGEM : AC - 4453445300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SEBASTIÃO QUIRINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINSAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Agravo improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – DIREITO LOCAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.921

(236)

ORIGEM : PROC - 0024942882010 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGDO.(A/S) : BENEDITA SEVERINO XAVIERADV.(A/S) : LIDIA TEIXEIRA LIMA

Decisão: Negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 440.293 (237)ORIGEM : RESP - 329287 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOEMBTE.(S) : M CHANDON DO BRASIL VITIVINICULTURA LTDAADV.(A/S) : RICARDO L. DE BARROS BARRETOEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidiu, este julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. 2ª Turma, 12.04.2011.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.

1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, nos termos do art. 535 do CPC.

2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente.

3. Embargos rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 588.972 (238)ORIGEM : EDAIRR - 25851200290004007 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ANA MARIA CARMEN MAURER HERTERADV.(A/S) : HELENA DE ALBUQUERQUE DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : COMPANHIA DE HABITAÇÃO DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - COHAB/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Rejeitados os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. A inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere o art. 535 do CPC, autoriza a rejeição dos embargos de declaração, por incabíveis.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 609.578 (239)ORIGEM : AC - 1373415900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : CIMASA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : AGENOR LUZ MOREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Rejeitados os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

Embargos de declaração em agravo regimental em agravo de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 27

instrumento. 2. Inadmissão de recurso extraordinário. 3. Violação meramente reflexa à Constituição Federal. 4. Ausência de contradição, obscuridade ou omissão do acórdão recorrido. 5. Tese que objetiva a concessão de efeitos infringentes aos embargos declaratórios. 6. Mero inconformismo da embargante. 7. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.108 (240)ORIGEM : AC - 60034050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍEMBDO.(A/S) : HUDSON LIMA XAVIERADV.(A/S) : LEONAM FONSECA CASIMIRO

Decisão: Rejeitados os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.559 (241)ORIGEM : AC - 200134000182940 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : LUIZ ANTONIO DA COSTA NÓBREGAADV.(A/S) : OSCAR L DE MORAIS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Embargos de declaração rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.324 (242)ORIGEM : RESP - 1092744 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTOEMBTE.(S) : JOSÉ DE CASTRO FERREIRAADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PASSA QUATROADV.(A/S) : RONALDO MAURÍLIO CHEIB

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidiu, este julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. 2ª Turma, 12.04.2011.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.

1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, nos termos do art. 535 do CPC.

2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente.

3. Embargos rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.571 (243)ORIGEM : AC - 300425420058190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

EMBTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE

ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : FELIPE DUVIVIER DE ALBUQUERQUE MELLO E

OUTRO(A/S)

Decisão: Rejeitados os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.352 (244)ORIGEM : APCRIM - 448808 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ADRIANO VOGT PICKRODTADV.(A/S) : FLORIANO DUTRA NETOADV.(A/S) : PAULO ROBERTO CARDOSO RODRIGUESEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : VALTER DONDONI GOMESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

Decisão: Rejeitados os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 275.300

(245)

ORIGEM : AC - 96030215953 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE. : UNIÃOADV. : PFN -EULER BARROS FERREIRA LOPESEMBDA. : FLORIAN CORRETORA DE SEGUROS LTDAADVDOS. : DARCIO JOSÉ DA MOTA E OUTROS

Decisão: Recebidos os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER INFRINGENTE – EXCEPCIONALIDADE – FINSOCIAL – QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DA EMPRESA CONTRIBUINTE – DIRETRIZ JURISPRUDENCIAL FIRMADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS.

- O Supremo Tribunal Federal, a propósito da controvérsia pertinente ao FINSOCIAL, declarou – relativamente às entidades seguradoras (RE 275.300-AgR/SP), às empresas comerciais (RTJ147/1024) e às empresas mistas – a inconstitucionalidade das majorações das alíquotas instituídas pelo art. 9º da Lei nº 7.689/88, pelo art. 7º da Lei nº 7.787/89, pelo art. 1º da Lei nº 7.894/89 e pelo art. 1º da Lei nº 8.147/90, proclamando subsistir, até o advento da Lei Complementar nº 70/91, a vigência do Decreto-lei nº 1.940/82, com as alterações nele introduzidas anteriormente à promulgação da Carta Política de 1988. Precedentes.

- Essa diretriz jurisprudencial não se aplica às empresas exclusivamente prestadoras de serviços, pois, quanto a estas, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade do art. 28 da Lei nº 7.738/89 (RTJ 149/259 – RTJ 152/971), vindo a assentar, posteriormente (RE 187.436-ED/RS), a plena legitimidade constitucional das majorações das alíquotas concernentes ao FINSOCIAL, previstas no art. 7º da Lei nº 7.787/89, no art. 1º da Lei nº 7.894/89 e no art. 1º da Lei nº 8.147/90.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 28

Precedentes.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.794 (246)ORIGEM : AI - 4104825100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : SANDRO RAFAEL BARBOSA PACHECO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : JOSEFA MARIA DE MOURA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CELSO DE MOURA E OUTRO(A/S)

Decisão: Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.213 (247)ORIGEM : AI - 20040240228 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : DAIMLERCHRYSLER LEASING ARRENDAMENTO

MERCANTIL S/AADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/

S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TUBARÃOADV.(A/S) : LETÍCIA BIANCHINI DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.194 (248)ORIGEM : AC - 3711305 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : DINARDI COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.339 (249)ORIGEM : AC - 200438000372985 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : TELEMIG CELULAR S/AADV.(A/S) : ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO - RECURSO IMPROVIDO.

O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

- O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.660 (250)ORIGEM : PROC - 03720000021842002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : JOSÉ VIVALDO DINIZADV.(A/S) : FELIPE AUGUSTO FORTE DE NEGREIROS DEODATOADV.(A/S) : JOHNSON GONÇALVES DE ABRANTESADV.(A/S) : EDWARD JOHNSON GONÇALVES DE ABRANTESADV.(A/S) : BRUNO LOPES DE ARAÚJOADV.(A/S) : JOÃO DA MATA DE SOUSA FILHOADV.(A/S) : RAFAEL SANTIAGO ALVESEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA

Decisão: Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - TRASLADO INCOMPLETO -DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO PROCESSUAL - SÚMULA 288/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Sem que a parte agravante promova a integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, torna-se inviável conhecer do recurso de agravo. Precedentes.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.657

(251)

ORIGEM : AC - 20050110915300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : SAULO LUIZ RAMOSADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGENS DO

DISTRITO FEDERAL - DER/DFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: Rejeitados os embargos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.117 (252)ORIGEM : AC - 200872110008424 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : TRANSRODACE TRANSPORTES RODOVIARIOS LTDAADV.(A/S) : DALTON LUIZ DALLAZEM E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 21.06.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – EMBARGOS DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 29

DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.154

(253)

ORIGEM : AC - 70035860444 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : LISANDRO MEIRA LACOURTADV.(A/S) : WILSON DE OLIVEIRA MOREIRA JÚNIOREMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Embargos de declaração recebidos como recurso de agravo, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.08.2011.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – DIREITO LOCAL - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

Brasília, 19 de agosto de 2011.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CAUTELAR 2.959 (254)ORIGEM : AC - 2959 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. AYRES BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAREU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de ação cautelar preparatória, ajuizada pelo Estado da Bahia

contra a União, com o objetivo de “obter provimento judicial que impeça a União de considerar, na análise dos requisitos para a concessão de garantia em operação de crédito a ser celebrada com o BID, pendências cadastrais relativas a órgãos da Administração Direta e Indireta do Estado da Bahia indevidamente registrados no CAUC” (sic).

2. De acordo com a inicial, as “pendências referentes ao Estado da Bahia” podem ser assim resumidas (sic):

“[...]II) – No item FGTS: apenas a Secretaria de Administração

Penitenciária e Ressocialização – SEAP apresenta registro, isso porque é uma secretaria nova e os documentos para cadastramento na CEF/FGTS já foram todos entregues e estão para análise daquele órgão;

III) – No item Convênios: as pendências estão na Secretaria de Educação – SEC e Secretaria de Segurança Pública – SSP, ambos por não apresentação de documentação complementar;

IV) – No item SRF – outros tributos: estão a Secretaria de Saúde – SESAB, a Defensoria Pública – DPE e o Tribunal de Contas do Estado da Bahia – TCE. Todos pela ausência de uma obrigação acessória que é a entrega de Declaração de Créditos e Tributos Federais – DCTF. Neste ponto, cumpre salientar que a DPE e o TCE são órgãos da Administração Indireta e não poderiam estar causando restrições ao Estado, não obstante estejam erroneamente registrados no CAUC como Diretas;

V) – No item CADIN: está registrada apenas a Secretaria de Ciência,

Tecnologia e Informação por débitos com o IBAMA que estão sendo questionados judicialmente – JF 10ª Vara Federal 0001408-69.2011.4.01.3300;

[...]”3. Pois bem, segundo o autor, “a maneira como as inscrições no [...]

CAUC foram realizadas demonstra a ocorrência de violação ao postulado constitucional do devido processo legal, […] uma vez que não facultada, na espécie, ao Estado da Bahia, a possibilidade de se defender, antes que se tornasse efetiva, com todas as suas conseqüências jurídicas lesivas, a questionada inscrição no mencionado cadastro, sequer precedida de notificação dirigida ao ente estatal ora em litígio” (sic).

4. Nesse diapasão, o Estado da Bahia requer a concessão de medida liminar, “até o julgamento definitivo da ação principal e para o resguardo desta, para o fim de: I) suspender os efeitos da inscrição do autor no CAUC de forma a não impedir a assinatura de convênios pelo Estado, bem como assegurar as transferências de recursos federais, bem como às decorrentes de operações de crédito, especialmente oriundas de processos de autorização de empréstimo interno, emanando, para tanto, ordem à ré para que se abstenha de obstaculizar as transferências dos ditos recursos e créditos; II) determinar à ré que, caso venha a efetuar novas e indevidas inscrições no CAUC, tais inscrições não surtam efeitos, abstendo-se a ré, igualmente, de sustar as transferências de recursos federais e créditos; III) determine à ré, especificamente, não considerar, na análise dos requisitos para a concessão de garantia na operação de crédito a ser celebrada entre o Estado da Bahia e o BID, pendências cadastrais relativas ao Estado da Bahia” (sic).

5. Feito esse resumo dos acontecimentos, passo a decidir. De saída, relembro que, em regra, “o pedido deve ser certo ou determinado” (art. 286 do Código de Processo Civil). Depois disso, parece-me claro que provimentos da envergadura daqueles constantes nos itens I e II do 4º parágrafo desta decisão — com ampla carga declaratória, constitutiva ou mandamental — só têm cabimento, se for o caso, ao final do processo; ou, pelo menos, depois de completada a relação processual e exercido o contraditório, garantia que o próprio Estado da Bahia invoca em sua petição.

6. Por outra volta, anoto que há vários precedentes desta nossa Casa de Justiça no sentido do acolhimento de pedidos similares ao mencionado no item III do 4º parágrafo desta decisão. Lembro, a propósito, a AC 1.732-REF-MC, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio. Leia-se a ementa daquele precedente:

“AÇÃO CAUTELAR – LIMINAR – CADASTRO DE INADIMPLENTES – CONTRADITÓRIO – INOBSERVÂNCIA – LIMINAR DEFERIDA. Ante a não-observância do contraditório, precedendo a inserção do Estado no cadastro de inadimplentes, surge a relevância do pedido formulado de afastamento da pecha, presente também o risco de manter com plena eficácia o quadro.”

7. Nessa mesma vertente, vejam-se o “Referendo na Tutela Antecipada na Ação Cível Originária 1.576”, da relatoria do ministro Celso de Mello; e a Medida Cautelar na Ação Cautelar 2.702, sob a relatoria da ministra Ellen Gracie.

8. À derradeira, especificamente no que diz respeito à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informação do Estado da Bahia, ressalto que o STF tem entendido que a incerteza da obrigação, resultante do litígio judicial, desautoriza a União a valer-se das inscrições no CADIN ou no SIAFI, pela mesma dívida (ACs 39, 225 e 259, por exemplo).

Ante o exposto, presentes os requisitos legais, defiro parcialmente a liminar requerida, nos termos do inciso V do art. 21 do RI/STF. O que faço, tão somente, para que a União se abstenha de considerar as pendências cadastrais mencionadas nos II a V do 2º parágrafo desta decisão na análise dos requisitos para a concessão de garantia na operação de crédito a ser celebrada entre o Estado da Bahia e o BID (cujos recursos, nos termos da petição inicial, serão destinados ao financiamento do Programa de Desenvolvimento Ambiental da Bahia).

Publique-se e comunique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.593 (255)ORIGEM : PROC - 3382010 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAREU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de ação cível originária ajuizada pelo Estado da Paraíba em

face da União, com a finalidade de declarar a nulidade do ato que determinou a suspensão, pela Caixa Econômica Federal, de repasses financeiros para a continuidade de obras que estão sendo realizadas naquele Estado, em cumprimento à decisão do Ministério das Cidades, através do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.

O pedido de liminar foi indeferido pela Presidência da Corte (fls.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 30

77/78). Interposto Agravo Regimental (fls. 91/96).A União apresentou contestação às fls. 107/116, ocasião em

requereu, preliminarmente, a extinção do processo sem resolução do mérito, em razão da falta de interesse de agir do autor, tendo em vista que a Administração determinou o prosseguimento dos repasses financeiros pleiteados pelo autor.

Em réplica (fls. 142/145), o Estado da Paraíba requereu o reconhecimento da “existência de fato superveniente que acarretou a perda de objeto da presente ação, porém seja aplicado o Princípio da Causalidade de forma a condenar a União, deu causa à instauração do processo, no pagamento dos honorários advocatícios e despesas processuais”.

Decido. Com efeito, tendo em vista a liberação dos recursos pleiteados,

verifica-se não mais subsistir o interesse processual do demandante.Ante o exposto, nos termos do art. 21, IX e § 1º, do RI/STF e do art.

267, VI, do Código de Processo Civil, julgo extinta a presente ação cível originária, em virtude da perda superveniente de seu objeto, restando prejudicado o agravo regimental.

Deixo de condenar, em honorários advocatícios, autor e réu, por entender que nenhumas das partes deu causa à privação do interesse processual, o qual decorreu de fato superveniente à propositura da ação, bem como pela inexistência de sucumbência na extinção do processo sem o julgamento de mérito.

Publique-se. Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.651 (256)ORIGEM : PROC - 200761820167443 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOREU(É)(S) : CONSULADO DE ISRAEL EM SÃO PAULO

DECISÃO:Vistos. A UNIÃO promove contra o CONSULADO DE ISRAEL EM SÃO

PAULO ação de execução fiscal de dívida ativa do FGTS (fls. 02/03).O Juízo Federal da 2ª vara de Execuções Fiscais declinou da

competência para julgar o feito e remeteu os autos a esta Corte. Em decisão de 22 de setembro de 2010, reconheci a competência

desta Suprema Corte para conhecer e processar a presente execução fiscal e declarei sem efeito os atos proferidos pelo Juízo de Primeira Instância.

Determinei, ainda, a intimação da UNIÃO, por meio do Advogado-Geral da União, para que se manifestasse, ratificando ou não o pedido formulado.

Em resposta, a UNIÃO requereu a juntada ao autos da NOTA PGFN/CASTF/330/2010 e do Parecer PGFN/CDA/CRJ/2073/2008, cuja conclusão é a seguinte:

“a) seja deduzido para que o Ministro Relator inste o Estado Réu a comunicar se renuncia ou não à imunidade de jurisdição;

b) seja, desde já, informado que, na hipótese de, como resultado da provocação do STF acima proposta, o Estado réu renunciar à imunidade de jurisdição, fica ratificada a execução fiscal, sendo requerido que a citação seja ordenada para o sujeito passivo por intermédio do Ministério das Relações Exteriores (conclusão ‘s’ do Parecer);

c) por outro lado, seja, desde já, informado que, na hipótese de, como resultado da provocação do STF solicitada nos termos do item ‘a’, o Estado réu não renunciar à imunidade de jurisdição, desistir-se-á da ação de execução fiscal, sendo requerida a não condenação em honorários advocatícios.” (fls. 56/57).

Nos termos da manifestação da UNIÃO, determinei a consulta ao Estado estrangeiro para que se manifeste sobre sua eventual submissão, no presente caso, à jurisdição brasileira.

Retornam os autos da Secretaria, certificando que não houve manifestação do CONSULADO DE ISRAEL.

Decido. Com efeito, como não houve renúncia expressa à imunidade de

jurisdição por parte do Estado réu, opera-se, no caso, o pedido da UNIÃO de desistência da ação de execução fiscal.

Assim sendo, presentes os requisitos legais, não há óbice ao deferimento do pedido.

Ante o exposto, homologo o pedido de desistência, nos termos do artigo 21, VIII, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.653 (257)ORIGEM : PROC - 200861000142300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : NELSON DE ABREU PINTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR MARTINS CASARINREU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOAÇÃO ORIGINÁRIA. JUÍZES CLASSISTAS APOSENTADOS.

ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. ALEGAÇÃO DE DIREITO ADQUIRIDO AO RECEBIMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE N. 4. TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Ação declaratória e de cobrança, com pedido de tutela antecipada,

ajuizada contra a União, em 17.6.2008, originariamente na 10ª Vara da Subseção Judiciária Federal de São Paulo, por juízes classistas aposentados, objetivando o pagamento das “parcelas vencidas e vincendas, relativas ao adicional por tempo de serviço, previsto no art. 65, VIII da Lei Orgânica da Magistratura” (fl. 2).

O caso2. Os Autores argumentam que “recebiam o adicional por tempo de

serviço (ATS) antes da entrada em vigor da Lei 11.143/2005, que fixou o valor do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e, por consequencia, o teto de remuneração do serviço público. [E que] tal adicional tornou-se direito adquirido dos autores, pois à época em que entrou em vigor o subsídio, este direito já estava incorporado ao patrimônio dos autores”. (fl. 4).

Requerem sejam antecipados os efeitos da tutela para “que o Tribunal do Trabalho da Segunda Região incorpore aos atuais subsídios as vantagens pessoais devidas em virtude do adicional por tempo de serviço, nos termos do art. 65, VIII, da LOMAN, mesmo após a promulgação das Emendas Constitucionais n. 19/1988 e 41/2003, devendo tal direito, em sua remuneração, ser discriminado em separado ao valor do subsídio em folha apartada, bem como pagar os atrasados de janeiro/2005 a junho/2006, conforme determinação do Conselho Nacional de Justiça” (fl. 19).

3. Em sua contestação, a União arguiu a incompetência absoluta daquele Juízo, pois o objeto desta ação seria matéria em que todos os membros da magistratura teriam interesse (fl. 141). Sustentou, ainda, a impossibilidade jurídica do pedido, pois se pretenderia fosse “concedido aumento de vencimento sem que haja legislação à respeito” (fl. 144). Também preliminarmente, defendeu a falta de interesse de agir dos Autores e a impossibilidade de concessão de tutela antecipada contra a Fazenda Pública.

No mérito, ponderou a inexistência de direito adquirido a regime jurídico.

4. Em 13.9.2010, por entender que a matéria posta nos autos consubstancia interesse de toda a magistratura, o Juízo da 10ª Vara Federal de São Paulo declinou de sua competência, nos termos do art. 102, inc. I, alínea n, da Constituição da República (fls. 180-182).

Antes de declinar da competência para o Supremo Tribunal, o Juízo a quo indeferiu o pedido de antecipação de tutela.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Inicialmente, importa verificar se a demanda comporta julgamento

por este Supremo Tribunal, nos termos do art. 102, inc. I, alínea n, da Constituição da República.

Na assentada de 23.10.2008, no julgamento da Ação Originária n. 150, Relator o Ministro Menezes Direito, ao tratar de questão referente ao adicional por tempo de serviço dos juízes federais, o Plenário deste Supremo Tribunal decidiu:

“EMENTA Ação ordinária. Juiz Federal. Interesse geral da Magistratura. Promulgação da atual Constituição Federal. Competência superveniente do Supremo Tribunal Federal. Adicional por tempo de serviço. Decreto-Lei nº 2.019/83 e LOMAN. Ausência de "repicão". 1. Cuidando a demanda, proposta por Juízes Federais, do adicional por tempo de serviço destes, resta caracterizado o interesse geral da Magistratura, impondo-se a competência superveniente do Supremo Tribunal Federal para, a partir da promulgação da atual Constituição Federal, por força do seu art. 102, inciso I, alínea "n", prosseguir com o feito. 2. Nula é a sentença proferida por Juiz de 1º grau após a entrada em vigor de norma constitucional que transfere a competência jurisdicional para o Supremo Tribunal Federal. 3. Na linha da orientação firmada no Plenário desta Corte, no julgamento da Representação nº 1.155-1/DF, Relator o Ministro Soares Munhoz, DJ de 16/12/83, a norma do Decreto-Lei nº 2.019/83 apenas interpretou e regulamentou, no âmbito da Magistratura Federal, o adicional por tempo de serviço, vantagem prevista no art. 65, inciso VIII, da LOMAN que, nesta parte, tem natureza programática. Como conseqüência, o adicional disciplinado no referido decreto-lei não tem natureza de aumento de vencimento. 4. Interpretando o Decreto-Lei nº 2.019/83, em deliberação administrativa ocorrida em 4/4/83, o Plenário desta Corte afastou, expressamente, a possibilidade da ocorrência do denominado "repicão" (incidência de adicional sobre adicional anterior da mesma natureza), ao determinar que "(...) o cálculo da gratificação adicional será

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 31

efetuado sobre o vencimento e a representação percebidos, não incidindo sobre o valor dos adicionais decorrentes de qüinqüênios anteriores". 5. Ação ordinária e reconvenção julgadas improcedentes.” (DJ 27.2.2009).

6. Nesse sentido, em preliminar, reconheço a competência deste Supremo Tribunal para o julgamento da presente ação, pois os Autores pleiteiam, nos termos do art. 102, inc. I, alínea n, da Constituição da República, matéria em que todos os membros da magistratura têm interesse.

7. Nesta ação, os Autores pretendem seja determinada a incorporação aos seus subsídios das vantagens pessoais em razão do adicional por tempo de serviço previsto no art. 65, inc. VIII da Loman.

8. Na assentada de 1º.10.2008, este Supremo Tribunal confirmou a decisão proferida na Medida Cautelar da Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 4 (Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 21.5.1999), afirmando a constitucionalidade do art. 1º da Lei 9.494/97, que, disciplinando a aplicação da tutela antecipada contra a Fazenda Pública, veda o deferimento de antecipação de tutela contra o Poder Público nas hipóteses que resultem em: a) reclassificação ou equiparação de servidores públicos; b) concessão de aumento ou extensão de vantagens pecuniárias; c) outorga ou acréscimo de vencimentos; d) pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias a servidor público ou e) esgotamento, total ou parcial, do objeto da ação, desde que tal ação diga respeito, exclusivamente, a qualquer das matérias acima referidas (Informativo-STF n. 522).

9. Na presente espécie, o deferimento da tutela pretendida importaria contrariedade ao que decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 4, pois implicaria o pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias a servidor público. Logo, tendo em vista o § 2º do art. 113 do Código de Processo Civil, indefiro o pedido de tutela antecipada.

10. Cite-se a União, na pessoa de seu Advogado-Geral, para que ofereça nova contestação ou, querendo, ratifique os termos da contestação anteriormente apresentada (art. 297 c/c o art. 188 do Código de Processo Civil e art. 247, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 92.643 (258)ORIGEM : HC - 158154 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : LUCIANO ALEXANDRE PEREIRAIMPTE.(S) : LAZARO PEREIRA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: VISTOS, ETC.Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Acórdão que validou a prisão processual do paciente.

2. Pois bem, o impetrante renova a tese de que a segregação cautelar do acusado não se encontra regularmente fundamentada. Donde o pedido de concessão da ordem para que o paciente aguarde, em liberdade, o desfecho do processo-crime.

3. Decido. Não há como deixar de reconhecer o prejuízo da impetração. É que a página oficial do Tribunal de Justiça de São Paulo na internet dá conta de que o acionante foi absolvido das imputações referidas neste processo. Do que se constata a perda de objeto do presente habeas corpus.

4. Por tudo quanto posto, julgo prejudicado o pedido e determino o arquivamento dos autos. O que faço com apoio no inciso IX do artigo 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 1º de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 97.234 (259)ORIGEM : HC - 178593 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : JEAN LUIGI TINACO MANNARINO DE ABREU E SILVAIMPTE.(S) : JEAN LUIGI TINACO MANNARINO DE ABREU E SILVAADV.(A/S) : MARLY MARY GONÇALVES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO : vistos, etc.Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra decisão singular de Ministro do Superior Tribunal de Justiça (relator do HC 105.708). Decisão que indeferiu o provimento cautelar ali requestado, à falta dos respectivos pressupostos.

2. Pois bem, antes mesmo do julgamento do mérito da ação constitucional manejada no Superior Tribunal de Justiça, o impetrante renova,

aqui, os seguintes pedidos: a) relaxamento da prisão cautelar, sob o fundamento de excesso de prazo para a conclusão da instrução criminal; b) seja conferida nova capitulação jurídica à denúncia, dado que “o paciente e seus co-autores não praticaram nenhuma das condutas tipificadas no artigo 157, parágrafo terceiro do Código Penal”.

3. Presente esta moldura, antecipo que a pretensão veiculada nestes autos não é de ser conhecida. É que as informações de fls. 43 dão conta da substituição da decisão monocrática aqui impugnada (indeferimento de liminar no HC 105.708) por acórdão da Quinta Turma. Pelo que o caso é de incidência da orientação jurisprudencial deste nosso Supremo Tribunal Federal no sentido da prejudicialidade do habeas corpus impetrado contra decisão monocrática de relator no Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão originalmente impugnada for substituída pelo julgamento no órgão colegiado. Equivale a dizer: a superveniência do julgamento colegiado do habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça prejudica o exame do pedido que somente ataca a decisão denegatória de liminar (cf. HC 99.462/RS, Primeira Turma, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, DJ 19/03/2010).

4. Esse o quadro, não tenho alternativa senão julgar prejudicado o pedido e determinar o arquivamento dos autos. O que faço nos termos do inciso IX do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 1º de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 98.408 (260)ORIGEM : HC - 33886 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : IGOR MACHADO DE FREITASIMPTE.(S) : IGOR MACHADO DE FREITASCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 98.745 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Juízo da Comarca de São Romão/MG, a fim de que preste a esta Corte informações pormenorizadas a respeito do andamento da Ação Penal n. 0642.07.001244-7, notadamente a propósito do excesso de prazo alegado pelo ora Paciente Igor Machado de Freitas.

Após, voltem os autos conclusos.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 101.524 (261)ORIGEM : HC - 101524 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : REGINALDO NOGUEIRAIMPTE.(S) : REGINALDO NOGUEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA

COMARCA DE BAURU

DECISÃO : vistos, etc.Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de liminar,

impetrado contra ato do Juiz de Direito da Vara de Execução Penal da Comarca de Bauru/SP.

2. Pois bem, antes mesmo de um pronunciamento por parte das instâncias judicantes competentes, o paciente postula, em síntese, a concessão de benefícios descritos na Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84).

3. Presente esta moldura, antecipo que o pedido não é de ser conhecido. E a primeira dificuldade que encontro está na consideração de que as matérias suscitadas nestes autos não foram submetidas a exame do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Superior Tribunal de Justiça. Logo, o imediato conhecimento do pedido por este Supremo Tribunal Federal acarretaria indevida supressão de instâncias. Mais: as informações prestadas pelo Juízo da 1º Vara de Execuções Criminais e Corregedoria dos Presídios da Comarca de Bauru/SP dão conta de que, após a impetração deste HC, foi determinada a realização de exame criminológico no sentenciado. Do que se constata a perda de objeto da impetração.

4. Por tudo quanto posto, acolho o parecer ministerial público para não conhecer do pedido e determinar o arquivamento dos autos. O que faço nos termos do artigo 38 da Lei nº 8.038/90.

Publique-se.Brasília, 1º de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 32

HABEAS CORPUS 104.075 (262)ORIGEM : HC - 104075 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SERGIPEREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. LUIZ FUX

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : SANDRO SANTOS LEITEPACTE.(S) : MANOEL DA LUZ ARAÚJOPACTE.(S) : THENISSON DE ALMEIDA SANTOSPACTE.(S) : HILDEMAR SANTOS BONFIM OU HILDEMAR SANTOS

BOMFIMPACTE.(S) : ANTONIO CARLOS DOS SANTOSPACTE.(S) : ANTONIO CÉSAR DOS SANTOSPACTE.(S) : ELMO CAMPOS OLIVEIRAIMPTE.(S) : SANDRO SANTOS LEITE E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(PET/STF Nº 37522/2011)DESPACHO: Findo o período de férias (arts. 13, VIII, e 78 do RISTF), e

ante a oposição de Embargos de Declaração, remetam-se os autos ao Relator (art. 337, § 2º do RISTF).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 104.331 (263)ORIGEM : HC - 104331 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUIZ LOPES DOS SANTOSIMPTE.(S) : FLORESTAN RODRIGO DO PRADO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOFALTA GRAVE – TERMO INICIAL PARA PROGRESSÃO DA PENA

– ACÓRDÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM HARMONIA COM PRONUNCIAMENTOS DO SUPREMO – LIMINAR INDEFERIDA.

1. A Assessoria prestou as seguintes informações:A Quinta Turma do Superior Tribunal, ao indeferir a ordem requerida

no Habeas Corpus nº 146.717/SP, acentuou estar sedimentado no Tribunal o entendimento de que a prática de falta grave pelo apenado implica o reinício da contagem do prazo para o implemento de benefícios relativos à execução da pena. Apontou haver o paciente, no caso em exame, se envolvido em movimento de subversão à ordem e disciplina no presídio, com danos ao patrimônio público. Desse modo, era necessário realizar novo cálculo referente à execução da pena (folha 30 a 34).

Neste processo, os impetrantes sustentam a ausência de amparo legal na restrição ao direito do paciente. Aduzem que o tempo de pena cumprido é direito do apenado e poderá ser utilizado para a concessão de benefícios, porquanto, efetivamente liquidado, não poderia ser alcançado pela prática de eventual falta grave. Afirmam a insubsistência da decisão proferida pelo órgão coator, devendo ser declarado o fato de estar preenchido o requisito objetivo temporal – cumprimento de 1/6 da pena –, para fins de obter-se benefício prisional, e prosseguir-se no exame dos demais requisitos.

Pedem a concessão de liminar visando cassar o ato formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça, de modo a não se proceder à alteração da data-base. No mérito, pleiteiam a reforma do acórdão mencionado, com o objetivo de impedir o reinício da contagem do prazo.

2. O que decidido pelo Superior Tribunal de Justiça está em harmonia com pronunciamentos do Supremo – Habeas Corpus nº 107.008/SP, relatora Ministra Ellen Gracie, acórdão publicado no Diário da Justiça de 17 de junho de 2011; nº 102.776/SP, de minha relatoria, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 12 de maio de 2011, e nº 102.365/SP, relator Ministro Luiz Fux, acórdão publicado no Diário da Justiça de 29 de julho de 2011. É pacífico haver ocorrido a prática de falta grave. Então, ante os termos da Lei de Execução relativos ao regresso ao regime mais gravoso, surge novo marco inicial para voltar-se, presente a passagem do tempo, a progredir, pouco importando que o preso tenha permanecido no mesmo regime em razão da inviabilidade da regressão.

3. Indefiro a liminar.4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.5. Publiquem.Brasília – residência –, 11 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 107.718 (264)ORIGEM : HC - 179836 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : JORDANIO MENDES RODRIGUESIMPTE.(S) : TÚLIO PASSARELLI VICENTINI TEIXEIRA E OUTRO(A/

S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE ENTORPECENTES. DOSIMETRIA DA PENA. FUNDAMENTAÇÃO. LIMINAR SATISFATIVA. AUSÊNCIA DO FUMUS BONI IURIS. LIMINAR INDEFERIDA. INSTRUÇÃO SUFICIENTE. VISTA À PGR.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça cuja ementa tem o seguinte teor:

"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PENA-BASE. FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA. ORDEM DENEGADA.

1. Não se reconhece o alegado constrangimento ilegal se as penas-bases dos delitos de tráfico de drogas e associação para o tráfico foram fixadas acima do mínimo legal devido à existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, notadamente as circunstâncias do delito e a natureza e quantidade da droga apreendida - 13kg de cocaína.

2. Habeas corpus denegado."O paciente foi condenado à pena de 14 (quatorze) anos de reclusão

pela prática dos crimes de tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico (Lei n. 11.343/06), bem como a 1 (um) ano de detenção pelo crime uso de documento falso (CP, art. 304).

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais deu parcial provimento ao recurso de apelação do paciente, reduzindo para 12 anos a pena aplicada pelos delitos de tráfico e de associação, bem como para absolvê-lo do crime do uso de documento falso.

Ainda irresignado, o paciente impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça sob o fundamento de que a pena-base restou indevidamente exacerbada.

Denegada a ordem, sobreveio esta impetração sob idêntico fundamento.

Requer "Seja dispensado o pedido de informações [...], por estar a presente devidamente instruída, concedendo-se a ordem liminarmente, para reduzir as penas-base impostas ao ora Paciente". No mérito, a concessão definitiva da ordem.

É o sucinto relatório. DECIDO.A natureza manifestamente satisfativa da pretensão cautelar já é

suficiente ao seu indeferimento.De outra banda, as circunstâncias do delito, relacionadas à afirmação

de que o paciente traficava cocaína na própria residência, bem como a natureza e a quantidade da droga (13kg) foram devidamente sopesadas na fase do art. 59, justificando-se a fixação da pena-base acima do mínimo legal.

Ex positis, além de a liminar ser satisfativa, não vislumbro, à primeira vista, o fumus boni iuris.

INDEFIRO a liminar.Estando os autos suficientemente instruídos, dê-se vista ao Ministério

Público Federal. Publique-se. Int..Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 108.831 (265)ORIGEM : HC - 189148 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ANA CRISTINA CORDEIRO DE AGUIARIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: As informações prestadas pelo MM. Juiz da 3ª Vara de Tóxicos da comarca de Belo Horizonte/MG evidenciam que não mais subsiste a situação versada nos presentes autos, eis que “(...) a paciente foi condenada por este Juízo pela prática do delito contido no art. 33, ‘caput’, da Lei 11.343/06 em 14/12/2010, à pena de 01 (um) ano e 08 (oito) meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, e pagamento de 167 (cento de sessenta e sete) dias-multa e custas, sendo a pena privativa de liberdade substituída por restritiva de direitos, motivo pelo qual foi expedido o competente alvará de soltura.”

A ocorrência desses fatos assumem relevo processual, eis que fazem instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC 74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC 84.077/BA, Rel.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 33

Min. GILMAR MENDES - RHC 82.345/RJ, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”, inviabilizando-se, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 108.916 (266)ORIGEM : HC - 161881 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : RAFAEL TELLES DA SILVAIMPTE.(S) : RONI MENESES DA SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“‘HABEAS CORPUS’. HOMICÍDIO QUALIFICADO. SUPOSTA VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. DECISÃO DE PRONÚNCIA PROLATADA POR JUIZ SUBSTITUTO, EM RAZÃO DE FÉRIAS DA MAGISTRADA TITULAR. AUSÊNCIA DE VÍCIO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 132 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ORDEM DENEGADA.

1. O princípio da identidade física do juiz, introduzido no sistema processual penal pátrio pela Lei nº 11.719/2008, deve ser analisado, conforme a recente jurisprudência da Quinta Turma deste Superior Tribunal, à luz das regras específicas do art. 132 do Código de Processo Civil.

2. O fato de o juiz substituto ter sido designado para atuar na Vara do Tribunal do Júri, em razão de férias da juíza titular, realizando o interrogatório do réu e proferindo a decisão de pronúncia, não apresenta qualquer vício apto a ensejar a nulidade do feito.

3. ‘Habeas corpus’ denegado.”(HC 161.881/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ - grifei)O exame dos fundamentos em que se apóia a presente impetração

parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Sendo assim, sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida cautelar.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 108.918 (267)ORIGEM : HC - 189682 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : ANTÔNIO AUGUSTO PINTO MOREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: vistos, etc. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.375 (268)ORIGEM : RHC - 29323 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : MAURÍCIO TEIXEIRA ABRAHÃO

PACTE.(S) : HENRIQUE MARTINS GOMESPACTE.(S) : FLÁVIO DAVIDIMPTE.(S) : CARINE CRISTINA FUNKECOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC 28021 E RHC 29323 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da licença médica do eminente Relator da presente causa, justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

Incabível a presente ação de “habeas corpus”, por inexistir, no âmbito do E. Superior Tribunal de Justiça, qualquer decisão ou julgamento capaz de gerar situação de potencialidade danosa ao “status libertatis” dos ora pacientes.

Com efeito, o presente “writ” foi impetrado, originariamente, perante esta Corte, sem que houvesse, no âmbito do E.Superior Tribunal de Justiça, qualquer ato decisório proferido nos autos do RHC 28.021/SP e do RHC 29.323/SP, deduzidos, naquela Corte, em favor dos ora pacientes.

Vê-se, pois, que os fundamentos em que se apóia a presente impetração não constituíram, ainda, objeto de exame, por parte do E.Superior Tribunal de Justiça.

Torna-se relevante observar que o exame do conteúdo da decisão emanada do Tribunal apontado como coator mostra-se essencial à formulação do próprio juízo de cognoscibilidade do “writ” constitucional.

É que somente o exame dessa decisão permitirá verificar se todos os fundamentos em que se apóia a impetração foram, ou não, efetivamente apreciados pelo Tribunal “a quo”, pois, se não o foram, a ação de “habeas corpus”, nos pontos que deixaram de ser examinados, revelar-se-á insuscetível de conhecimento, sob pena de, em assim não ocorrendo, registrar-se indevida supressão de instância, consoante tem advertido a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 182/243-244, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC73.390/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – HC 81.115/SP, Rel. Min.ILMAR GALVÃO, v.g.):

“IMPETRAÇÃO DE ‘HABEAS CORPUS’ COM APOIO EM FUNDAMENTO NÃO EXAMINADO PELO TRIBUNAL APONTADO COMO COATOR: HIPÓTESE DE INCOGNOSCIBILIDADE DO ‘WRIT’ CONSTITUCIONAL.

- Revela-se insuscetível de conhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, o remédio constitucional do ‘habeas corpus’, quando impetrado com suporte em fundamento que não foi apreciado pelo Tribunal apontado como coator.

Se se revelasse lícito ao impetrante agir ‘per saltum’, registrar-se-ia indevida supressão de instância, com evidente subversão de princípios básicos de ordem processual. Precedentes.”

(RTJ 192/233-234, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“Em ‘habeas corpus’ substitutivo de recurso ordinário, a

inconformidade deve ser com o acórdão proferido pelo STJ e não contra o julgado do Tribunal de Justiça.

O STF só é competente para julgar ‘habeas corpus’ contra decisões provenientes de Tribunais Superiores.

Os temas objeto do ‘habeas corpus’ devem ter sido examinados pelo STJ.

.......................................................Caso contrário, caracterizaria supressão de instância.‘Habeas Corpus’ não conhecido.”(HC 79.551/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM - grifei)Sendo assim, e por inexistir, no caso, qualquer decisão impregnada

de conteúdo potencialmente danoso ao estado de liberdade dos ora pacientes, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em conseqüência, o exame da medida liminar pleiteada.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

HABEAS CORPUS 109.643 (269)ORIGEM : RESP - 1199567 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : LUIZ CARLOS ALVES DE SOUZAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: vistos, etc.Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 34

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.673 (270)ORIGEM : HC - 168913 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : VALDECI MONTESIMPTE.(S) : VALDECI MONTESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 168913 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da licença médica do eminente Relator da presente causa, justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida cautelar, impetrado, originariamente, perante o Supremo Tribunal Federal, no qual se sustenta a ocorrência de excesso de prazo no julgamento do HC 168.913/SP, Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR.

Passo, desse modo, a examinar a pretensão ora deduzida na presente sede processual.

Tenho ressaltado, em diversos julgamentos, que o réu - especialmente aquele que se acha sujeito a medidas cautelares de privação de sua liberdade - tem o direito público subjetivo de ser julgado em prazo razoável, sem dilações indevidas, sob pena de caracterizar-se situação de injusto constrangimento ao seu “status libertatis” (HC 84.254/PI, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Na realidade, esse direito ao julgamento em tempo oportuno, que não exceda nem supere, de modo irrazoável, os prazos processuais, qualifica-se como insuprimível prerrogativa de ordem jurídica, fundada tanto em norma de índole constitucional (CF, art.5º, LXXVIII) quanto em cláusula de natureza convencional (Pacto de São José da Costa Rica, Art. 7º, ns. 5 e 6).

Ocorre, no entanto, que inexiste, no presente caso, a alegada situação de injusta demora na resolução do “writ” impetrado em favor do ora paciente.

É que, em consulta à página oficial que o Superior Tribunal de Justiça mantém na “internet”, verifica-se que o HC168.913/SP, distribuído a eminente Ministro daquela Alta Corte judiciária em 04/05/2010, teve o pedido de medida liminar analisado em 28/04/2010, encontrando-se o “writ” em questão preparado para julgamento, com parecer do Ministério Público Federal, a significar, portanto, que a causa penal em referência já atingiu a fase culminante de sua resolução.

Tais circunstâncias levam-me a concluir, desse modo, que o tempo de duração do litígio em causa encontra-se, até o presente momento, em conformidade com padrões de estrita razoabilidade, tal como esta Corte tem reconhecido em diversos precedentes:

“‘HABEAS CORPUS’. PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO DE DEMORA NO JULGAMENTO DO MÉRITO DE ‘HABEAS CORPUS’ PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXCESSO DE IMPETRAÇÕES NO STJ PENDENTES DE JULGAMENTO. FLEXIBILIZAÇÃO DA DESEJÁVEL CELERIDADE NO JULGAMENTO QUE SE MOSTRA COMPREENSÍVEL. INSTRUÇÃO PROCESSUAL DEFICIENTE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. ORDEM DENEGADA.

I - O excesso de trabalho que assoberba o STJ permite a flexibilização, em alguma medida, da desejável celeridade processual.

II - Instrução processual que se mostra deficiente, inviabilizando a apreciação do pleito.

III - A concessão da ordem para determinar o julgamento do ‘writ’ na Corte ‘a quo’, ademais, poderia redundar na injustiça de se determinar que a impetração manejada em favor do paciente seja colocada em posição privilegiada em relação a de outros jurisdicionados.

IV - Ordem denegada.”(HC 100.299/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)“‘Habeas corpus’. 2. Excesso de prazo para formação da culpa.

Instrução criminal encerrada, inclusive com prolação de sentença condenatória. 3. Demora na realização do julgamento de mérito do ‘habeas corpus’ impetrado no Superior Tribunal de Justiça. Excesso de trabalho que assoberba os Tribunais Superiores. Razoabilidade. Flexibilização do princípio da celeridade. Ausência de desídia do Estado-juiz. 4. Constrangimento não evidenciado. 5. Ordem denegada.”

(HC 103.333/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES - grifei)Impende ressaltar, por oportuno, que essa mesma orientação vem

de ser reafirmada pela colenda Primeira Turma desta Suprema Corte, em recentíssimo julgamento (03/05/2011), que restou consubstanciado em acórdão assim ementado:

“4. É direito público subjetivo do Paciente que o julgamento de ‘habeas corpus’ impetrado no Superior Tribunal de Justiça ocorra em prazo razoável.

5. O reconhecimento da razoabilidade reclama o exame pormenorizado das peculiaridades que envolvem a situação, não havendo meios de se estabelecer, aprioristicamente, um prazo definido para a totalidade dos casos. Precedentes.

6. A determinação ao Superior Tribunal de Justiça para que aprecie ‘habeas corpus’ nele impetrado deve ocorrer em situações excepcionais, caracterizadas por uma injustificável dilação, evitando que se estabeleça um critério discriminatório na ordem de julgamentos daquela instância.

Precedente.7. Ordem denegada quanto ao excesso de prazo e não conhecida

quanto ao decreto de prisão preventiva.”(HC 106.426/MG, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)Sendo assim, e em face das razões expostas, indefiro o pedido de

medida cautelar.2. Ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 09 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

HABEAS CORPUS 109.701 (271)ORIGEM : HC - 164698 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ANTHONY NWOKEDI TOBECHUKWUIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Trata-se de habeas corpus, sem pedido de liminar, em que o Superior Tribunal de Justiça é apontado como autoridade coatora.

Estando os autos suficientemente instruídos, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.726 (272)ORIGEM : HC - 183216 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : GEDISON FERREIRA SALDANHAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública do Estado de São Paulo em favor de Gedison Ferreira Saldanha, apontando como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 183.216/SP, Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

A impetrante sustenta o constrangimento ilegal imposto ao paciente, basicamente, por dois fundamentos.

O primeiro diz respeito a uma suposta nulidade no julgamento de mandado de segurança pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, “pelo fato de não ter sido o paciente citado pessoalmente para responder ao mandamus, bem como, em nenhum momento foi-lhe nomeado defensor público para tanto, de sorte que aludida ação constitucional foi julgada de modo totalmente alheio aos argumentos do paciente, em nítida violação aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório” (fl. 4 da inicial).

Ainda sobre o tema, aduz que, “muito embora tenha se determinado a notificação via edital do denunciado como litisconsorte necessário (fls. 36. e 41 do apenso – doc. 07), ante à sua inércia era imprescindível que lhe fosse nomeado defensor público para responder à ação, o que não foi feito, o que inquina de nulidade absoluta o julgamento do mandado de segurança pelo tribunal” (fl. 4 na inicial – grifos no original).

O segundo fundamento consiste em uma eventual nulidade das provas colhidas nos autos da ação penal à qual responde o paciente. Aduz a impetrante, para tanto, que não houve “fundamentação idônea para a decisão em que determina que toda a prova testemunhal requerida na denúncia seja produzida antecipadamente, sem a presença do acusado” (fl. 6 da inicial).

Afirma, ainda, que “assim agindo, maculou o magistrado sua decisão pela nulidade absoluta conforme determina o art. 93, inc. IX, da Constituição da República de 1988” (fl. 6 da inicial).

Requer o deferimento da liminar para suspender “o andamento processual nos autos originários (...)”. No mérito, pede a concessão da ordem para “que seja reconhecida a nulidade absoluta do julgamento do mandado de segurança em testigo por flagrante violação dos princípios constitucionais da ampla defesa e contraditório” e, ainda, que “seja reconhecida a ilegalidade da produção antecipada da prova oral (…) para que sejam nulificadas as oitivas já realizadas, com o consequente desentranhamento desses depoimentos dos autos (...)” (fls. 11/12 da inicial – grifos no original).

Examinados os autos, decido.O Superior Tribunal de Justiça denegou a ordem de habeas corpus

por esses fundamentos:“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. CITAÇÃO POR

EDITAL. ART. 366 DO CPP. SUSPENSÃO DO PROCESSO E DO PRAZO PRESCRICIONAL. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL NA

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 35

DETERMINAÇÃO DA PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA TESTEMUNHAL. DECISÃO FUNDAMENTADA. SÚMULA 455⁄STJ. PRECEDENTES DESTE STJ. PARECER DO MPF PELA CONCESSÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA, NO ENTANTO.

1. Da exegese do art. 366 do CPP resulta a possibilidade de o julgador determinar a produção antecipada da prova, inclusive testemunhal, na hipótese de estar suspenso o processo em decorrência da revelia do acusado, devidamente demonstrada a urgência da medida, diante das peculiaridades do caso concreto.

2. Não se verifica, no caso, qualquer constrangimento ilegal, porquanto escorreito o posicionamento adotado pelo Tribunal a quo, eis que, conforme entendimento consolidado em diversos precedentes desta Corte, quando a demora na produção das provas puder prejudicar a busca da verdade real, ante a grande probabilidade das testemunhas não se lembrarem dos fatos presenciados, encontra-se caracterizada a urgência da medida.

3. In casu, a decisão do Tribunal a quo não se ressente de fundamentação, mas ao contrário, está respaldado em justificativas idôneas e suficientes à produção antecipada da oitiva das testemunhas; sendo assim, o julgado objurgado está em consonância com a Súmula 455 desta Corte, segundo a qual, a decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso de tempo.

4. Ordem denegada, em que pese o parecer ministerial em sentido contrário”.

Como se sabe, o deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, justificada apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano, ou quando a situação demonstrada nos autos representar flagrante constrangimento ilegal, o que não ocorre na hipótese presente.

Pelo que se tem na decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra, neste primeiro exame, nenhuma ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique o deferimento da liminar. Com efeito, o acórdão proferido por aquela Corte de Justiça encontra-se suficientemente motivado a justificar a formação de seu convencimento,

Ademais, em uma análise preliminar da decisão que determinou a antecipação da prova testemunhal, tenho que ela, fundamentadamente, assentou motivos para aquela antecipação, que, à primeira vista, foram pautados em critérios de necessidade e adequação às circunstâncias ali presentes.

Ainda sobre a questão, chamo a atenção para a jurisprudência da Corte, que já se manifestou no sentido de que “cabe ao Juiz da causa decidir sobre a necessidade da produção antecipada da prova testemunhal, podendo utilizar-se dessa faculdade quando a situação dos autos assim recomendar (...), especialmente por tratar-se de ato que decorre do poder geral de cautela do Magistrado (art. 366 do CPP)” (HC nº 93.157/SP, Primeira Turma, Relator para acórdão o Ministro Menezes Direito, DJe de 14/11/08).

Noutro giro, verifico, neste primeiro exame, que a questão relativa à suposta nulidade no julgamento de mandado de segurança pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não foi submetida ao crivo do Superior Tribunal de Justiça. Portanto, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria verdadeira supressão de instância não admitida. Nesse sentido os julgados seguintes: HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07; HC nº 90.162/RJ, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 29/6/07; HC nº 90.312/PR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 27/4/07; e HC nº 86.997/DF, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 3/2/06, entre outros.

Com essas considerações, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido de liminar.

Estando a impetração devidamente instruída com cópia das peças necessárias à perfeita compreensão da controvérsia, dispenso as informações da autoridade apontada como coatora.

Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.785 (273)ORIGEM : HC - 213406 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : GASPAR FERREIRA DE SOUZAIMPTE.(S) : ROGÉRIO NÓBREGA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 213406 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da licença médica do eminente Relator da presente causa, justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC 213.406/GO), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF.

O exame dos presentes autos, no entanto, evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder, cuja ocorrência, uma vez constatada, teria o condão de afastar, “hic et nunc”, a incidência da Súmula 691/STF.

Como se sabe, em situações como a que se verifica nesta causa, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, fundada em decisões colegiadas de ambas as Turmas desta Corte (RTJ 174/233, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.238/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - HC79.775/AP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), repele a possibilidade jurídico-processual de determinado Tribunal vir a ser prematuramente substituído pelo Supremo Tribunal Federal:

“A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é insuscetível de conhecimento, por esta Suprema Corte, a ação de ‘habeas corpus’ promovida contra decisão de Relator, que, em sede de outro processo de ‘habeas corpus’, ainda em curso perante Tribunal Superior da União, indeferiu pedido de medida liminar deduzido em favor do paciente. Precedentes.”

(RTJ 186/588, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, pois, que se revela processualmente inviável a impetração

de “habeas corpus”, perante este Tribunal, quando vem ela a ser deduzida, como o foi no presente caso, contra a mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 79.350/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 79.545/RJ, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC79.555/RJ, Rel. Min. NELSON JOBIM – HC 79.763/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 80.006/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - HC 80.170/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tais considerações bem demonstram que é inviável o próprio conhecimento da pretensão deduzida na presente sede processual, eis que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidadeapta a ensejar o afastamento - sempre excepcional - da Súmula 691/STF.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, notadamente, o que se contém no Enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

HABEAS CORPUS 109.834 (274)ORIGEM : HC - 185271 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : NIVALDO BARBOSAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 185.271 NO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: vistos, etc. O caso é de habeas corpus em que se alega demora no julgamento

de ação constitucional manejada no Superior Tribunal de Justiça. E o que diz a impetrante? Fala que:

“[…] não obstante o fato do Código de Processo Penal e dos Regimentos Internos dos Tribunais Superiores corroborarem teoricamente a celeridade processual do Habeas Corpus, verifica-se que o Mandamus impetrado no Tribunal a quo está em tramitação há mais de 08 (oito) meses, inclusive, os autos estão conclusos à Eminente Relatora desde o dia 01/02/2011.”

2. Pois bem, consigno que vários foram os meus pronunciamentos sobre o tema deste habeas corpus. Pronunciamentos no sentido de que, quanto ao processo que se instaura por ajuizamento de um habeas corpus, salta à evidência que sua tramitação tem primazia sobre o andamento de qualquer outra ação, ainda que essa outra ação também seja de expressa nominação constitucional. É que o habeas corpus só pode ter por alvo – lógico – a “liberdade de locomoção” do paciente. E o fato é que esse tipo de liberdade espacial ou geográfica é o bem jurídico mais fortemente protegido por uma ação constitucional.

3. Deveras, é para o mais forte amparo à liberdade de locomoção que a nossa Lei Maior: a) faz o habeas corpus anteceder, topograficamente, a todas as ações por ela também diretamente cunhadas (mandado de segurança individual e coletivo, mandado de injunção, habeas data e ação popular, normadas, respectivamente, nos incisos LXIX , LXX, LXXI, LXXII e LXXIII do mesmo art. 5º); b) somente admite o manejo do mandado de segurança se a proteção a “direito líquido e certo” não comportar aviamento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 36

por ele, habeas corpus (nem por impetração do habeas data, seqüencialmente); c) deixa de exigir que o responsável por qualquer dos pressupostos de ilegalidade ou de abuso do poder seja “autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público” (requisitos exigidos, agora sim, para o cabimento do mandado de segurança).

4. Não podia ser diferente, no corpo de uma Constituição que faz a mais avançada democracia coincidir com o mais depurado humanismo. Afinal, habeas corpus é, literalmente, ter a posse desse bem personalíssimo que é o próprio corpo. Significa requerer ao Poder Judiciário um salvo-conduto que outra coisa não é senão uma expressa ordem para que o requerente preserve, ou, então, recupere a sua autonomia de vontade para fazer do seu corpo um instrumento de geográficas idas e vindas. Ou de espontânea imobilidade, que já corresponde ao direito de nem ir nem vir, mas simplesmente ficar. Autonomia de vontade, enfim, protegida contra “ilegalidade ou abuso de poder” — parta de quem partir —, e que somente é de cessar por motivo de “flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei” (inciso LXI do art. 5º da Constituição).

5. Daqui se infere que, em tema de habeas corpus, o tamanho do direito à razoável duração do processo é ainda maior. Mais forte a sua compleição. Ele é a prioridade das prioridades ou o primus inter pares procedimental. A potencializar, por conseqüência, o correlato dever estatal da não-negação de justiça.

6. Muito bem! Como a Ciência do Direito Constitucional busca mais e mais a formulação dos conceitos ditos operacionais porque somente eles tornam eficazes os dispositivos da Constituição, enxergo na alínea i do inciso I do art. 102 da Lei Republicana a vertente segundo a qual assiste ao Supremo Tribunal Federal determinar aos Tribunais Superiores o julgamento de mérito desse ou daquele habeas corpus que a ele, Supremo Tribunal Federal, afigurar-se como irrazoavelmente desprivilegiado em seu andamento. Isso, claro, sempre que o impetrante se desincumbir do seu dever processual de pré-constituir a prova de que se encontra padecente de violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF).

7. Na concreta situação dos autos, a documentação que acompanha a inicial dá conta da regular tramitação do HC 185.271. Sendo certo que os autos seguiram conclusos à relatora em fevereiro de 2011, para análise da causa. Pelo que, num juízo de calibração ou de uma empírica ponderação dos valores aqui tensionados, não vejo como perfilhar a assertiva defensiva de que o caso é daqueles tachados pela “duração indefinida da demanda”.

Esse o quadro, nego seguimento ao pedido e determino o arquivamento dos autos. O que faço com base no art. 38 da Lei 8038/90 c.c o §1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Intime-se.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

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HABEAS CORPUS 109.838 (275)ORIGEM : HC - 191950 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : MAQUES DO AMARAL ANJOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 191950 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO : vistos, etc. O caso é de habeas corpus em que se alega demora no julgamento

de ação constitucional manejada no Superior Tribunal de Justiça. E o que diz a impetrante? Fala que:

“[…] não obstante o fato do Código de Processo Penal e dos Regimentos Internos dos Tribunais Superiores corroborarem teoricamente a celeridade processual do Habeas Corpus, verifica-se que o Mandamus impetrado no Tribunal a quo está em tramitação há quase 06 (seis) meses, inclusive, os autos estão conclusos à Eminente Relatora desde o dia 23/03/2011.”

2. Pois bem, consigno que vários foram os meus pronunciamentos sobre o tema deste habeas corpus. Pronunciamentos no sentido de que, quanto ao processo que se instaura por ajuizamento de um habeas corpus, salta à evidência que sua tramitação tem primazia sobre o andamento de qualquer outra ação, ainda que essa outra ação também seja de expressa nominação constitucional. É que o habeas corpus só pode ter por alvo – lógico – a “liberdade de locomoção” do paciente. E o fato é que esse tipo de liberdade espacial ou geográfica é o bem jurídico mais fortemente protegido por uma ação constitucional.

3. Deveras, é para o mais forte amparo à liberdade de locomoção que a nossa Lei Maior: a) faz o habeas corpus anteceder, topograficamente, a todas as ações por ela também diretamente cunhadas (mandado de segurança individual e coletivo, mandado de injunção, habeas data e ação

popular, normadas, respectivamente, nos incisos LXIX , LXX, LXXI, LXXII e LXXIII do mesmo art. 5º); b) somente admite o manejo do mandado de segurança se a proteção a “direito líquido e certo” não comportar aviamento por ele, habeas corpus (nem por impetração do habeas data, seqüencialmente); c) deixa de exigir que o responsável por qualquer dos pressupostos de ilegalidade ou de abuso do poder seja “autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público” (requisitos exigidos, agora sim, para o cabimento do mandado de segurança).

4. Não podia ser diferente, no corpo de uma Constituição que faz a mais avançada democracia coincidir com o mais depurado humanismo. Afinal, habeas corpus é, literalmente, ter a posse desse bem personalíssimo que é o próprio corpo. Significa requerer ao Poder Judiciário um salvo-conduto que outra coisa não é senão uma expressa ordem para que o requerente preserve, ou, então, recupere a sua autonomia de vontade para fazer do seu corpo um instrumento de geográficas idas e vindas. Ou de espontânea imobilidade, que já corresponde ao direito de nem ir nem vir, mas simplesmente ficar. Autonomia de vontade, enfim, protegida contra “ilegalidade ou abuso de poder” — parta de quem partir —, e que somente é de cessar por motivo de “flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei” (inciso LXI do art. 5º da Constituição).

5. Daqui se infere que, em tema de habeas corpus, o tamanho do direito à razoável duração do processo é ainda maior. Mais forte a sua compleição. Ele é a prioridade das prioridades ou o primus inter pares procedimental. A potencializar, por conseqüência, o correlato dever estatal da não-negação de justiça.

6. Muito bem! Como a Ciência do Direito Constitucional busca mais e mais a formulação dos conceitos ditos operacionais porque somente eles tornam eficazes os dispositivos da Constituição, enxergo na alínea i do inciso I do art. 102 da Lei Republicana a vertente segundo a qual assiste ao Supremo Tribunal Federal determinar aos Tribunais Superiores o julgamento de mérito desse ou daquele habeas corpus que a ele, Supremo Tribunal Federal, afigurar-se como irrazoavelmente desprivilegiado em seu andamento. Isso, claro, sempre que o impetrante se desincumbir do seu dever processual de pré-constituir a prova de que se encontra padecente de violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF).

7. Na concreta situação dos autos, a documentação que acompanha a inicial dá conta da regular tramitação do HC 191.950. Sendo certo que os autos seguiram conclusos ao relator no mês de março de 2011, para análise da causa. Pelo que, num juízo de calibração ou de uma empírica ponderação dos valores aqui tensionados, não vejo como perfilhar a assertiva defensiva de que o caso é daqueles tachados pela “duração indefinida da demanda”.

8. Esse o quadro, nego seguimento ao pedido e determino o arquivamento dos autos. O que faço com base no art. 38 da Lei 8.038/90 c.c o §1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Intime-se.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.850 (276)ORIGEM : HC - 156167 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : MARCIO ANDRE DONATO DOS SANTOSIMPTE.(S) : MARCIO SANTOS DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 214.737 NO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da licença médica do eminente Relator da presente causa, justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC 214.737/SP), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF.

O exame dos presentes autos, no entanto, evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder, cuja ocorrência, uma vez constatada, teria o condão de afastar, “hic et nunc”, a incidência da Súmula 691/STF.

Como se sabe, em situações como a que se verifica nesta causa, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, fundada em decisões colegiadas de ambas as Turmas desta Corte (RTJ 174/233, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.238/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - HC79.775/AP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), repele a possibilidade jurídico-

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 37

processual de determinado Tribunal vir a ser prematuramente substituído pelo Supremo Tribunal Federal:

“A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é insuscetível de conhecimento, por esta Suprema Corte, a ação de ‘habeas corpus’ promovida contra decisão de Relator, que, em sede de outro processo de ‘habeas corpus’, ainda em curso perante Tribunal Superior da União, indeferiu pedido de medida liminar deduzido em favor do paciente. Precedentes.”

(RTJ 186/588, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, pois, que se revela processualmente inviável a impetração

de “habeas corpus”, perante este Tribunal, quando vem ela a ser deduzida, como o foi no presente caso, contra a mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 79.350/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 79.545/RJ, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC79.555/RJ, Rel. Min. NELSON JOBIM – HC 79.763/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 80.006/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - HC 80.170/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tais considerações bem demonstram que é inviável o próprio conhecimento da pretensão deduzida na presente sede processual, eis que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidadeapta a ensejar o afastamento - sempre excepcional - da Súmula 691/STF.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, notadamente, o que se contém no Enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.944 (277)ORIGEM : HC - 184827 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : CELSO LAURENTINO DA SILVAIMPTE.(S) : ALINE NETO DA PAIXAOIMPTE.(S) : GABRIELA FONSECA DE LIMACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE ITAPEVICOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 184.827 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da licença médica do eminente Relator da presente causa, justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC 184.827/SP), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF.

O exame dos presentes autos, no entanto, evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder, cuja ocorrência, uma vez constatada, teria o condão de afastar, “hic et nunc”, a incidência da Súmula 691/STF.

Como se sabe, em situações como a que se verifica nesta causa, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, fundada em decisões colegiadas de ambas as Turmas desta Corte (RTJ 174/233, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.238/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - HC79.775/AP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), repele a possibilidade jurídico-processual de determinado Tribunal vir a ser prematuramente substituído pelo Supremo Tribunal Federal:

“A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é insuscetível de conhecimento, por esta Suprema Corte, a ação de ‘habeas corpus’ promovida contra decisão de Relator, que, em sede de outro processo de ‘habeas corpus’, ainda em curso perante Tribunal Superior da União, indeferiu pedido de medida liminar deduzido em favor do paciente. Precedentes.”

(RTJ 186/588, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, pois, que se revela processualmente inviável a impetração

de “habeas corpus”, perante este Tribunal, quando vem ela a ser deduzida, como o foi no presente caso, contra a mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 79.350/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 79.545/RJ, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC79.555/RJ, Rel. Min. NELSON JOBIM – HC 79.763/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 80.006/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - HC 80.170/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tais considerações bem demonstram que é inviável o próprio

conhecimento da pretensão deduzida na presente sede processual, eis que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade apta a ensejar o afastamento - sempre excepcional - da Súmula691/STF.

De outro lado – e no que concerne a alegada ocorrência de excesso de prazo no julgamento do HC 184.827/SP, Rel. Min. OG FERNANDES - tenho ressaltado, em diversos julgamentos, que o réu - especialmente aquele que se acha sujeito a medidas cautelares de privação de sua liberdade - tem o direito público subjetivo de ser julgado em prazo razoável, sem dilações indevidas, sob pena de caracterizar-se situação de injusto constrangimento ao seu “status libertatis” (HC 84.254/PI, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Na realidade, esse direito ao julgamento em tempo oportuno, que não exceda nem supere, de modo irrazoável, os prazos processuais, qualifica-se como insuprimível prerrogativa de ordem jurídica, fundada tanto em norma de índole constitucional (CF, art.5º, LXXVIII) quanto em cláusula de natureza convencional (Pacto de São José da Costa Rica, Art. 7º, ns. 5 e 6).

Ocorre, no entanto, que inexiste, no presente caso, a alegada situação de injusta demora na resolução do “writ” impetrado em favor do ora paciente.

É que, em consulta à página oficial que o Superior Tribunal de Justiça mantém na “internet”, verifica-se que o HC184.827/SP, distribuído a eminente Ministro daquela Alta Corte judiciária em 07/10/2010, teve o pedido de medida liminar analisado em 13/10/2010, encontrando-se o “writ” em questão preparado para julgamento, com parecer do Ministério Público Federal, a significar, portanto, que a causa penal em referência já atingiu a fase culminante de sua resolução.

Tais circunstâncias levam-me a concluir, desse modo, que o tempo de duração do litígio em causa encontra-se, até o presente momento, em conformidade com padrões de estrita razoabilidade, tal como esta Corte tem reconhecido em diversos precedentes:

“‘HABEAS CORPUS’. PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO DE DEMORA NO JULGAMENTO DO MÉRITO DE ‘HABEAS CORPUS’ PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXCESSO DE IMPETRAÇÕES NO STJ PENDENTES DE JULGAMENTO. FLEXIBILIZAÇÃO DA DESEJÁVEL CELERIDADE NO JULGAMENTO QUE SE MOSTRA COMPREENSÍVEL. INSTRUÇÃO PROCESSUAL DEFICIENTE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. ORDEM DENEGADA.

I - O excesso de trabalho que assoberba o STJ permite a flexibilização, em alguma medida, da desejável celeridade processual.

II - Instrução processual que se mostra deficiente, inviabilizando a apreciação do pleito.

III - A concessão da ordem para determinar o julgamento do ‘writ’ na Corte ‘a quo’, ademais, poderia redundar na injustiça de se determinar que a impetração manejada em favor do paciente seja colocada em posição privilegiada em relação a de outros jurisdicionados.

IV - Ordem denegada.”(HC 100.299/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)“‘Habeas corpus’. 2. Excesso de prazo para formação da culpa.

Instrução criminal encerrada, inclusive com prolação de sentença condenatória. 3. Demora na realização do julgamento de mérito do ‘habeas corpus’ impetrado no Superior Tribunal de Justiça. Excesso de trabalho que assoberba os Tribunais Superiores. Razoabilidade. Flexibilização do princípio da celeridade. Ausência de desídia do Estado-juiz. 4. Constrangimento não evidenciado. 5. Ordem denegada.”

(HC 103.333/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES - grifei)Impende ressaltar, por oportuno, que essa mesma orientação vem

de ser reafirmada pela colenda Primeira Turma desta Suprema Corte, em recentíssimo julgamento (03/05/2011), que restou consubstanciado em acórdão assim ementado:

“4. É direito público subjetivo do Paciente que o julgamento de ‘habeas corpus’ impetrado no Superior Tribunal de Justiça ocorra em prazo razoável.

5. O reconhecimento da razoabilidade reclama o exame pormenorizado das peculiaridades que envolvem a situação, não havendo meios de se estabelecer, aprioristicamente, um prazo definido para a totalidade dos casos. Precedentes.

6. A determinação ao Superior Tribunal de Justiça para que aprecie ‘habeas corpus’ nele impetrado deve ocorrer em situações excepcionais, caracterizadas por uma injustificável dilação, evitando que se estabeleça um critério discriminatório na ordem de julgamentos daquela instância. Precedente.

7. Ordem denegada quanto ao excesso de prazo e não conhecida quanto ao decreto de prisão preventiva.”

(HC 106.426/MG, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando,

notadamente, o que se contém no Enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 38

HABEAS CORPUS 109.965 (278)ORIGEM : HC - 215197 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : RAFAEL RAMOS FERNANDESIMPTE.(S) : LUIZ PAULO DO AMARAL CARDOSOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 215.197 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Luiz Paulo do Amaral Cardoso em favor de RAFAEL RAMOS FERNANDES, contra decisão da Ministra Laurita Vaz, que indeferiu a liminar pleiteada no HC 215.197/RS do Superior Tribunal de Justiça.

O impetrante narra, em suma, que o paciente, depois de absolvido em primeira instância, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul à pena de quatro anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do delito previsto no art. 14 da Lei 6.368/1976 (associação para o tráfico), por ocasião do julgamento do recurso de apelação interposto pelo Parquet gaúcho.

Diz, em seguida, que a defesa, inconformada, interpôs os recursos especial e extraordinário, ambos não admitidos na origem.

Informa, então, que, em 26/4/2010 a condenação transitou em julgado, sendo iniciado o processo executório, com a expedição do mandado de prisão contra o paciente, ainda não cumprido.

Em face da superveniência da nova Lei de Tóxicos (Lei 11.343/2006), a defesa manejou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, pleiteando, em síntese, a aplicação da novatio legis in mellius, bem como a alteração do regime prisional e a substituição da reprimenda corporal por restritiva de direitos, sendo o pedido de liminar indeferido pela Ministra Relatora.

É contra essa decisão que se insurge o impetrante.Alega, inicialmente, que a falta de fundamentação da decisão ora

atacada autoriza a superação da Súmula 691 desta Corte, “sobretudo quando os fundamentos expostos no Acórdão que determinou regime mais gravoso ao paciente e deixou de substituir a pena corporal por alternativas são manifestamente dissociados de base empírica, em total dissonância com a jurisprudência dos Tribunais Superiores e de visível carência de melhor fundamentação”.

Diz, outrossim, que a “motivação, ainda que concisa, deve ser justificada no contorno dos elementos específicos das questões de fato ou de direito sobre as quais vai incidir a decisão judicial, não podendo ser genérica, conjectural, nem, tampouco, mera repetição ritualística das palavras da lei”.

Quanto ao acórdão que julgou a apelação, afirma, em suma, que o regime prisional aplicado pelo TJ/RS é desproporcional e injusto, além de aquele Tribunal não ter observado as regras do art. 33, § 2º, c, do Código Penal nem apontado motivação idônea, capaz de justificar o regime mais severo.

Sustenta, ainda, a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, asseverando que o paciente preenche os requisitos do art. 44, III, do Código Penal.

Ressalta, por fim, as condições favoráveis do paciente, destacando que ele tem “conduta social exemplar, constituiu família (sendo, inclusive, recentemente contemplado com a paternidade), passou a frequentar curso superior de administração junto a UNIASSELVI, além de estar em franco crescimento no seu ramo de atividade (02 lojas de móveis)”.

Requer, ao final, liminarmente, a alteração do regime imposto no acórdão condenatório e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, com a consequente revogação da ordem de prisão decretada contra o paciente. No mérito, pede a confirmação da liminar pleiteada.

É o relatório suficiente. Decido.A decisão impugnada tem o seguinte teor:“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor

de RAFAEL RAMOS FERNANDES – condenado à pena de 4 anos de reclusão, como incurso no art. 14, da Lei n.º 6368/76 –, em face de acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

No presente writ, a impetração sustenta a ilegalidade da dosimetria da pena.

Requer a Defesa, inclusive liminarmente, a fixação do regime prisional menos gravoso, bem como a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.

Relatei. Decido.Em juízo de cognição sumária, a espécie em testilha não se

enquadra nas hipóteses excepcionais passíveis de deferimento do pedido em caráter de urgência, porquanto a medida liminar postulada é de natureza satisfativa, confundindo-se com o próprio mérito da impetração, cuja análise competirá ao órgão colegiado, em momento oportuno.

Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de liminar.Requisitem-se as informações do Tribunal de origem.Após, remetam-se os autos ao Ministério Público Federal para o

parecer”.Pois bem. A superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente

seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquele

decisum as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação do referido verbete.

Verifica-se que a Ministra do STJ apreciou tão somente os requisitos autorizadores para a concessão daquela excepcional medida e concluiu pela inexistência deles, assentando, também, a confusão existente entre a cautelar pleiteada e o mérito da impetração.

Não há, nesse ato, qualquer ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder. Muito pelo contrário, não se pode exigir, nessa fase processual, que o Relator esgote os fundamentos pelos quais a ordem deva ou não ser concedida. Se os argumentos do impetrante não foram suficientes para, a priori, formar o convencimento daquela Magistrada, caberá ao Colegiado respectivo, depois de instruído o processo, analisar as questões postas sob exame, não havendo, nesse procedimento, qualquer constrangimento ilegal.

Ante esse quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça, não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.969 (279)ORIGEM : HC - 212684 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : DIEGO DOS SANTOS ROSAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, em favor de Diego dos Santos Rosa.

Nestes autos, a defesa impugna decisão proferida pelo Ministro Felix Fischer, Vice-Presidente, no exercício da Presidência, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu o pedido de medida liminar, nos autos do HC 212.684/SP.

Na espécie, o paciente foi preso em flagrante e denunciado pela prática do delito descrito no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006.

Formulado pedido de liberdade provisória, este restou indeferido pelo Juízo de Direito da 9ª Vara Criminal da Comarca da Capital/SP.

A defesa, então, impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, alegando ausência dos requisitos autorizadores da prisão cautelar e pleiteando a desclassificação da conduta para a prevista no art. 28 da Lei 11.343/2006 ou a liberdade provisória.

A Corte Estadual indeferiu o pleito liminar sustentando a necessidade da prisão cautelar para garantir a ordem pública.

No STJ, o Ministro Felix Fischer aplicou a Súmula 691/STF e indeferiu o pedido de medida liminar.

Neste writ, a defesa alega que a prisão está se revelando mais gravosa do que eventual pena, pois caso condenado, considerando sua primariedade, bons antecedentes e a menoridade relativa, o paciente fará jus ao redutor previsto no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006, bem assim ao regime inicial aberto e à substituição por pena restritiva de direitos.

Liminarmente requer a expedição de alvará de soltura em favor do paciente.

Passo a decidir.Registro que, em princípio, a jurisprudência desta Corte é no sentido

da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus, nas causas de sua competência originária, contra decisão denegatória de liminar em ação de idêntica natureza articulada perante tribunal superior, antes do julgamento definitivo do writ (cf. HC-QO n. 76.347/MS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 8.5.1998; HC n. 79.238/RS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 6.8.1999; HC n. 79.776/RS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 3.3.2000; HC n. 79.775/AP, Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, maioria, DJ 17.3.2000; HC n. 79.748/RJ, Min. Celso de Mello, 2ª Turma, maioria, DJ 23.6.2000; HC n. 101.275/SP, Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, maioria, DJe 5.3.2010; e HC n. 103.195, Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, unânime, DJe 23.4.2010).

Esse entendimento está representado na Súmula 691/STF; eis o teor: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

É bem verdade que o rigor na aplicação da Súmula n. 691/STF tem sido abrandado por julgados desta Corte em hipóteses excepcionais em que: a) seja premente a necessidade de concessão do provimento cautelar para evitar flagrante constrangimento ilegal; ou b) a negativa de decisão concessiva de medida liminar pelo tribunal superior importe na caracterização ou na manutenção de situação que seja manifestamente contrária à jurisprudência do STF (cf. as decisões colegiadas: HC n. 84.014/MG, Min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 39

Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJ 25.6.2004; HC n. 85.185/SP, Min. Cezar Peluso, Pleno, por maioria, DJ 1º.9.2006; e HC n. 90.387, da minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 28.9.2007).

Na hipótese dos autos, de plano observa-se especial situação que justifica o deferimento da medida initio litis, na linha do entendimento desta Corte que permite a superação da Súmula 691.

No caso, da leitura da decisão que denegou o pedido de liberdade provisória ao ora paciente, depreende-se que a segregação cautelar foi mantida com base na vedação legal prevista no art. 44 da Lei de Drogas.

Todavia, cumpre observar que a prisão preventiva deve indicar, de forma expressa, os seguintes fundamentos para a sua decretação, nos termos do art. 312 do CPP: i) garantia da ordem pública; ii) garantia da aplicação da lei penal; e iii) conveniência da instrução criminal.

Contudo, na linha da jurisprudência deste Tribunal, não basta a mera explicitação textual dos requisitos previstos, sendo necessário que a alegação abstrata ceda à demonstração concreta e firme de que tais condições realizam-se na espécie.

Dessarte, a tarefa de interpretação constitucional para a análise de uma excepcional situação jurídica de constrição da liberdade dos cidadãos exige que a alusão a esses aspectos esteja lastreada em elementos concretos, devidamente explicitados.

Entendo que, ao indeferir o pedido de liberdade provisória pleiteado pela defesa, o Juízo de origem não indicou elementos concretos e individualizados aptos a demonstrar a necessidade da prisão.

Ante o exposto, defiro parcialmente o pedido de liminar, para determinar ao Juízo de Direito da 9ª Vara Criminal da Comarca da Capital/SP que, superando o óbice previsto no art. 44 da Lei n. 11.343/2006, proceda ao reexame do pedido de liberdade provisória formulado pelo paciente, nos termos do art. 312 do CPP.

Comunique-se. Publique-se.Estando os autos suficientemente instruídos, abra-se vista ao

Procurador-Geral da República.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 109.972 (280)ORIGEM : HC - 215080 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : JOAO VITOR FONTANAIMPTE.(S) : JOAMIR CASAGRANDECOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 215.080 NO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Joamir Casagrande, em favor de João Vitor Fontana, contra decisão proferida pelo Ministro Gilson Dipp, que negou seguimento ao HC 215.080/SP, do Superior Tribunal de Justiça.

Na espécie, o paciente foi preso em flagrante e denunciado pela suposta prática dos delitos previstos nos arts. 157, § 2º, II e 158, § 1º, ambos c/c 69, caput, todos do CP.

Formulado pedido de liberdade provisória perante o Juízo de Direito da 29ª Vara Criminal da Comarca da Capital/SP, este restou indeferido.

A defesa, então, impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O relator do HC n. 0160671-17.2011.8.26.0000, do TJ/SP, indeferiu o pleito liminar.

Daí a impetração de habeas perante o Superior Tribunal de Justiça, reiterando a alegação de ausência de fundamentação do decreto cautelar.

O Ministro Gilson Dipp, negou seguimento ao HC 215.080/SP, nos seguintes termos:

“A conclusão da Suprema Corte foi de que o enunciado 691 não impede o conhecimento de habeas corpus, se evidenciado flagrante constrangimento ilegal, o que não ocorre nos presentes autos.

Entretanto, se não sobressai ilegalidade flagrante, o exame da controvérsia caracteriza supressão de instância.

Pelo exame dos autos e do despacho denegatório da medida urgente, não resta evidenciada a referida estreita exceptio, a fim de autorizar a outorga da medida pretendida”.

No presente writ, a defesa alega, em síntese, falta de fundamentação da prisão cautelar.

Assevera, ainda, que o decreto de conversão da prisão em flagrante em preventiva lastreou-se apenas na gravidade abstrata dos delitos.

Passo a decidir.Em princípio, a jurisprudência desta Corte é no sentido da

inadmissibilidade da impetração de habeas corpus, nas causas de sua competência originária, contra decisão denegatória de liminar em ação de idêntica natureza articulada perante tribunal superior, antes do julgamento definitivo do writ (cf. HC-QO n. 76.347/MS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 8.5.1998; HC n. 79.238/RS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 6.8.1999; HC n. 79.776/RS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 3.3.2000; HC n. 79.775/AP, Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma,

maioria, DJ 17.3.2000; HC n. 79.748/RJ, Min. Celso de Mello, 2ª Turma, maioria, DJ 23.6.2000; HC n. 101.275/SP, Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, maioria, DJe 5.3.2010; e HC n. 103.195, Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, unânime, DJe 23.4.2010).

Esse entendimento está representado na Súmula 691/STF; eis o teor: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É bem verdade que o rigor na aplicação da Súmula 691/STF tem sido abrandado por julgados desta Corte em hipóteses excepcionais em que: a) seja premente a necessidade de concessão do provimento cautelar para evitar flagrante constrangimento ilegal; ou b) a negativa de decisão concessiva de medida liminar pelo tribunal superior importe na caracterização ou na manutenção de situação que seja manifestamente contrária à jurisprudência do STF (cf. as decisões colegiadas: HC n. 84.014/MG, Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJ 25.6.2004; HC n. 85.185/SP, Min. Cezar Peluso, Pleno, por maioria, DJ 1º.9.2006; e HC n. 90.387, da minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 28.9.2007).

Na hipótese dos autos, à primeira vista, não se caracteriza nenhuma dessas situações ensejadoras do afastamento da incidência da Súmula n. 691/STF.

Dessarte, não se tratando de decisão manifestamente contrária à jurisprudência do STF ou de flagrante hipótese de constrangimento ilegal – e salvo melhor juízo na apreciação de eventual impetração de novo pedido de habeas corpus a ser distribuído nos termos da competência constitucional desta Corte (CF, art. 102) –, descabe afastar a aplicação da Súmula n. 691/STF.

Ante o exposto, nego seguimento ao pedido formulado neste habeas corpus, por ser manifestamente incabível, nos termos da Súmula 691/STF.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.985 (281)ORIGEM : HC - 126395 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : ADEMILSON GODOI DOS SANTOSPACTE.(S) : WANDERLEY NUNES FELARTIGAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 126395 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: vistos, etc. O caso é de habeas corpus em que se alega a demora no julgamento

de ação constitucional manejada no Superior Tribunal de Justiça. 2. Pois bem, penso que compete à Segunda Turma o exame da

alegada demora, dada a evidente natureza satisfativa da medida liminar requestada. Motivo pelo qual a indefiro.

3. Solicitem-se, com a máxima urgência, informações à autoridade impetrada; facultada a prestação de esclarecimentos sobre a petição inicial deste writ (cuja cópia acompanhará o expediente).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.987 (282)ORIGEM : HC - 205594 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JOÃO ANTUNES DE AMORIMIMPTE.(S) : FELIPE DANIEL AMORIM MACHADOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus preventivo, com pedido de liminar, impetrado pelo

advogado Felipe Daniel Amorim Machado em favor de João Antunes de Amorim, buscando a nulidade da pena-base aplicada ao paciente.

Aponta como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 205.594/MG, Relator o Ministro Haroldo Rodrigues.

Sustenta o impetrante o constrangimento ilegal imposto ao paciente, tendo em vista a ocorrência de bis in idem na fixação da sua pena-base, pois os motivos e as circunstâncias do crime, que, segundo alega, já integram o próprio tipo penal do art. 180, § 1º, do Código Penal, foram utilizados pelo juízo de origem para majorá-la.

São esses os argumentos do impetrante:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 40

“(...)2.2 – Ao considerar tal circunstância judicial em desfavor do Paciente,

o juiz monocrático e, posteriormente, o TJMG que ratificou a decisão, e também o STJ, aqui apontado como Autoridade Coatora, incorreram em dupla valoração, haja vista que o §1º do art. 180 do CPB atua, justamente, no sentido de qualificar a conduta descrita no caput do tipo penal, como sendo a de um crime próprio (crime de mão própria), sendo que o motivo já está inserido na própria qualificação.

2.3 - O agente dessa espécie de crime reclama características especiais, quais sejam: ser comerciante ou industrial. O motivo que leva estas pessoas a praticarem a conduta descrita no art. 180, § 1º, do CP, é exatamente a obtenção de lucratividade acima de suas práticas comerciais habituais, estando, assim, o motivo do crime incorporado na própria qualificação da conduta disposta no tipo penal qualificado.

2.4 – A teor do acima argumentado, também se assentam as circunstâncias e consequências do crime. Tais circunstâncias judiciais, juntamente com o motivo do crime, são ínsitas ao próprio crime, de modo que não podem ser observadas na fixação da pena-base sob risco de se violar o princípio do non bis in idem.

3.5 – A sentença penal condenatória ao dissertar sobre as circunstâncias do crime, afirma que estas foram desfavoráveis, haja vista que houve o recebimento de mercadoria proveniente de roubo. Ora, isso é o que prevê o próprio tipo penal, qual seja, o §1º do art. 180 do Código Penal. Como se percebe, esta circunstância judicial não pode ser utilizada na fixação da pena-base, pois, do contrário, estaria sendo valorada duplamente, assim ferindo as garantias constitucionais do Paciente, resultando no já mencionado bis in idem” (fls. 4/5 da inicial – grifos no original).

Afirma, ainda, que “tal ilegalidade atinge de forma direta o direito de liberdade do Paciente, eis que, diante da decisão da Autoridade Coatora que negou ordem ao HC lá impetrado, o Paciente poderá se preso a qualquer momento, eis que sua sentença já transitou em julgado” (fl. 7 da inicial).

Requer o deferimento da liminar “a fim de conceder ao Paciente o direito de aguardar o julgamento de seu Habeas Corpus, por este e. Tribunal, em liberdade” e, no mérito, pede a concessão da ordem para determinar “que a sentença penal condenatória imposta ao Paciente, na parte da dosimetria da pena, seja anulada, procedendo então este e. Tribunal à nova fixação da pena” (fl. 8 da inicial).

Examinados os autos, decido.Narra o impetrante, na inicial, que: “(...)1.2 – O Paciente foi denunciado como incurso nas sanções do art.

180, § 1º, c/c art. 29, ambos do CP, sendo, ao final, condenado pelo juiz singular nos termos da denúncia a uma pena privativa de liberdade 04 anos e 06 meses de reclusão, em regime inicial semi-aberto.

1.2. – O Julgador de Primeira Instância, em sua sentença, fundamentou a pena base nos seguintes termos:

‘(...) Passo a dosar as penas. Acusado João Antunes de Amorim. Sua culpabilidade foi elevada. Ele é imputável, tinha potencial consciência da ilicitude de sua

conduta e era exigível que a praticasse de forma diversa. Nos dias atuais, em que os crimes contra o patrimônio se proliferam,

é necessária uma pronta resposta estatal na defesa do patrimônio e da segurança dos cidadãos.

Ele é primário. Sua conduta social é desconhecida e será analisada em seu favor. Sua personalidade é desconhecida. O motivo do crime foi a busca do lucro fácil. As circunstâncias foram desfavoráveis, pois receptou grande

carga roubada, que ficou num local para ser descarregada, sem condições de higiene.

As consequências do crime foram pequenas, uma vez que a vítima recuperou os objetos roubados.

O comportamento da vítima em nada o ajuda, uma vez que ela não provocou nem facilitou a prática delituosa.

Fixo a pena em cinco anos de reclusão e trinta dias-multa, por considerá-la útil à reprovação e prevenção do crime.

Atenuo sua pena em seis meses de reclusão e em três dias-multa, considerando sua confissão espontânea. (...)’ (Grifei).

1.3 – O Paciente apresentou recurso de Apelação contra a sentença supra, em razão da ocorrência de bis in idem, eis que o juiz singular, na fixação da pena-base, haveria valorado negativamente circunstâncias judiciais que já fariam parte (seriam elementares) do próprio tipo penal. Porém, o TJMG, manteve a sentença do Magistrado de Primeiro Grau.

1.5 – A questão do non bis in idem fora demasiadamente discutida no acórdão do TJMG, contudo, mesmo diante de farta jurisprudência deste e. Tribunal, a Turma Julgadora da 1ª Câmara Criminal do TJMG manteve a decisão.

1.6 - Face à decisão do TJMG, se interpôs recursos Especial e Extraordinário, sendo ambos inadmitidos.

1.7 – Diante desses fatos, o aqui Paciente impetrou Habeas Corpus junto ao STJ, requerendo a nulidade da fixação de sua pena-base em razão do flagrante bis in idem. Contudo, mesmo diante da flagrante ilegalidade, a ordem foi negada (...)” (fls. 2/3 da inicial – grifos no original).

Eis a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça:“HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA. DOSIMETRIA

DA PENA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. CULPABILIDADE E CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO. APREENSÃO DE 12 TONELADAS DE FRANGO. MOTIVAÇÃO VÁLIDA À MAJORAÇÃO DA PENA-BASE. DESCONSTITUIÇÃO. INVIABILIDADE NA VIA ELEITA. EXAME APROFUNDADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. ORDEM DENEGADA.

1. Inexiste constrangimento ilegal a ser sanado quando se constata que a pena-base foi fixada acima do mínimo legal em função das desfavoráveis circunstâncias judiciais apontadas na sentença condenatória, notadamente a culpabilidade e as circunstâncias do delito, evidenciadas pela imensa quantidade e forma de acondicionamento da mercadoria apreendida - 12 toneladas de frango depositadas em local insalubre -, mostrando-se irrepreensíveis os fundamentos adotados para majoração da reprimenda imposta.

2. A revisão da pena-base imposta pelas instâncias ordinárias, soberanas na análise dos fatos, em sede de habeas corpus, somente é permitida excepcionalmente, desde que atinente a questões objetivas, não havendo espaço para incursões em aspectos subjetivos, tais como o grau de culpabilidade do acusado. Assim, não obstante a pena-base tenha sido fixada acima do mínimo legal, mostra-se inviável alterar o quantum de aumento, eis que, inevitavelmente, reclamaria um exame aprofundado e subjetivo das circunstâncias judiciais, não estando caracterizada flagrante desproporcionalidade no acréscimo aplicado.

3. Habeas corpus denegado”.Como se sabe, o deferimento de liminar em habeas corpus constitui

medida excepcional por sua própria natureza, justificada apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano, ou quando a situação apresentada nos autos representar flagrante constrangimento ilegal, o que não ocorre na hipótese presente.

Pelo que se tem na decisão proferida pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra, neste primeiro exame, nenhuma ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique o deferimento da liminar. Com efeito, o acórdão proferido por aquela Corte de Justiça encontra-se suficientemente motivado a justificar a formação de seu convencimento.

Ademais, conforme ressaltado no voto condutor do acórdão impugnado, “a pena-base foi fixada acima do mínimo legal em função das desfavoráveis circunstâncias judiciais apontadas na sentença condenatória e confirmadas no acórdão atacado, notadamente a culpabilidade e as circunstâncias do delito, evidenciadas pela imensa quantidade e forma de acondicionamento da mercadoria apreendida - 12 toneladas de frango depositadas em local insalubre -, mostrando-se, assim, irrepreensíveis os fundamentos adotados para majoração da reprimenda imposta”.

Note-se, ainda, que a jurisprudência da Corte orienta-se no sentido de que “havendo a indicação de circunstâncias judiciais desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via adequada para ponderar, em concreto, a suficiência delas para a majoração da pena-base” (HC nº 98.900/MS, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 30/11/10).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 100.952/RS, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 31/5/11; e HC nº 89.783/RN, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/4/07, entre outros.

Com essas considerações, não tendo, no momento, como configurado constrangimento ilegal passível de ser afastado mediante o deferimento da liminar ora pretendida, indefiro-a.

Estando a impetração devidamente instruída com as peças necessárias à perfeita compreensão da controvérsia, dispenso as informações da autoridade apontada como coatora.

Abra-se vista ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.215 (283)ORIGEM : PROC - 01021000020883 - DELEGADO DE POLÍCIAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : A F DA S MADV.(A/S) : EDUARDO DE CASTRO CAMPOS E OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : S A F

DESPACHO: Vistos.Defiro a vista dos autos em cartório e extração de cópias perante a

Secretaria Judiciária desta Suprema Corte, mediante certidão, quando do retorno do feito da Procuradoria-Geral da República.

Intime-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 41

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.287 (284)ORIGEM : INQUÉRITO - 61610520106240000 - TRIBUNAL

REGIONAL ELEITORALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : L J BINVEST.(A/S) : R J B

DESPACHO: Em face da decisão por mim proferida na Pet4.848/DF, de que sou Relator, e com apoio nas razões dela constantes (DJe nº 251/2010, de 01/02/2011), determino a reautuação deste procedimento penal, em ordem a que não continue a tramitar em regime de sigilo.

2. Após, ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.729 (285)ORIGEM : MI - 3729 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : MARCOS PERES COSTAADV.(A/S) : SILVANA DOS SANTOS FREITASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPO

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção impetrado contra suposta omissão na edição da lei complementar prevista no artigo 40, § 4º, da Constituição da República.

O impetrante afirma ser servidor público e ter desempenhado suas funções, de forma permanente, em contato com agentes nocivos à saúde e à integridade física. Nesse sentido, pleiteia a aplicação, ao caso, do disposto na legislação que regulamenta a aposentadoria especial dos trabalhadores do setor privado, a exemplo do artigo 57 da Lei 8.213/1991.

Conforme afirmado por diversas vezes na jurisprudência deste Tribunal, verifico que não há lei regulamentadora do direito dos servidores públicos à aposentadoria especial em razão de atividade exercida nas condições do § 4º do artigo 40 da Constituição.

Nesse sentido, esta Corte, no julgamento do MI 721, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, deferiu parcialmente o pedido para determinar a aplicação do artigo 57, § 1º, da Lei 8.213/1991, de modo a viabilizar a análise do requerimento de aposentadoria especial formulado por servidora pública que realizara, por mais de 25 anos, atividade em ambiente insalubre. Eis o teor da ementa desse julgado:

“MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 30.11.2007).

Essa orientação foi reiterada no julgamento do MI 795, nos seguintes termos:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 94, divulgado em 21.5.2009)

Nessa ocasião, o Plenário, em questão de ordem suscitada pelo

Ministro Joaquim Barbosa, autorizou aos Ministros que decidam monocrática e definitivamente os casos idênticos aos MI 721, 758 e 795.

Nesse ponto, citem-se os seguintes precedentes: MI 788, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 8.5.2009; MI 925, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 23.6.2009; MI 1.328, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 1º.2.2010; MI 1.527, Rel. Min. Eros Grau, DJ 5.3.2010; MI 2.120, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 24.3.2010; MI 1.785, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 29.3.2010; MI 2.701, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 24.5.2010; MI 1.493, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 4.6.2010.

Em todas as decisões, deferiu-se parcialmente a ordem para determinar a análise do caso dos impetrantes à luz do disposto na disciplina conferida aos trabalhadores em geral. Referida disciplina consiste, entre outras normas, nos artigos 57, 58 e 65 da Lei 8.213/1991 e no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999).

É necessário esclarecer que a decisão proferida por esta Corte nos mandados de injunção impetrados contra omissão na regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição não determina a concessão da aposentadoria especial ao impetrante. A decisão do STF determina apenas que a autoridade administrativa analise o caso do impetrante à luz da disciplina da aposentadoria especial dos trabalhadores do setor privado.

Nesse sentido, para ter o direito à aposentadoria especial, o servidor deve comprovar à Administração ter trabalhado, ininterruptamente, em contato com agentes nocivos à saúde ou à integridade física durante 15, 20 ou 25 anos (Parágrafos 3º e 4º do artigo 57 da Lei 8.213/1991).

A relação de agentes considerados nocivos, bem como o tempo de exposição necessário para ensejar a concessão da aposentadoria especial, encontra-se no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999), periodicamente atualizado.

Assim, uma vez concedida a ordem por esta Corte, caberá à autoridade administrativa a verificação do atendimento, ou não, pelo impetrante, dos requisitos necessários à concessão da aposentadoria especial (tempo de serviço exercido nas condições prejudiciais, apresentação de laudo pericial etc.).

Da leitura da petição inicial e dos documentos acostados aos autos, verifico que o presente caso configura hipótese análoga àquelas já decididas por esta Corte.

Ante o exposto, concedo parcialmente a ordem, tão somente para determinar à autoridade administrativa que analise o requerimento de aposentadoria especial do impetrante à luz da disciplina conferida aos trabalhadores em geral, de modo a verificar se o servidor comprova - inclusive por meio de laudo técnico circunstanciado de condições ambientais das atividades exercidas - ter exercido suas atividades em contato com os agentes nocivos listados no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999) de forma ininterrupta durante o tempo ali determinado.

Publique-se. Comunique-se às autoridades impetradas e ao Município de São

Bernardo – São Paulo.Brasília, 19 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.856 (286)ORIGEM : MI - 3856 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : CARLOS HENRIQUE DE CASTRO WOLKMERADV.(A/S) : RAFAEL VIEIRA CAOVILLAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTA DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção impetrado contra suposta omissão na edição da lei complementar prevista no artigo 40, § 4º, da Constituição da República.

O impetrante afirma ser servidor público e ter desempenhado suas funções, de forma permanente, em contato com agentes nocivos à saúde e à integridade física. Nesse sentido, pleiteia a aplicação, ao caso, do disposto na legislação que regulamenta a aposentadoria especial dos trabalhadores do setor privado, a exemplo do artigo 57 da Lei 8.213/1991.

Conforme afirmado por diversas vezes na jurisprudência deste Tribunal, verifico que não há lei regulamentadora do direito dos servidores públicos à aposentadoria especial em razão de atividade exercida nas condições do § 4º do artigo 40 da Constituição.

Nesse sentido, esta Corte, no julgamento do MI 721, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, deferiu parcialmente o pedido para determinar a aplicação do artigo 57, § 1º, da Lei 8.213/1991, de modo a viabilizar a análise do requerimento de aposentadoria especial formulado por servidora pública que realizara, por mais de 25 anos, atividade em ambiente insalubre. Eis o teor da ementa desse julgado:

“ MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao exercício dos direitos e liberdades

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 42

constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 30.11.2007).

Essa orientação foi reiterada no julgamento do MI 795, nos seguintes termos:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 94, divulgado em 21.5.2009)

Nessa ocasião, o Plenário, em questão de ordem suscitada pelo Ministro Joaquim Barbosa, autorizou aos Ministros que decidam monocrática e definitivamente os casos idênticos aos MI 721, 758 e 795.

Nesse ponto, citem-se os seguintes precedentes: MI 788, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 8.5.2009; MI 925, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 23.6.2009; MI 1.328, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 1º.2.2010; MI 1.527, Rel. Min. Eros Grau, DJ 5.3.2010; MI 2.120, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 24.3.2010; MI 1.785, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 29.3.2010; MI 2.701, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 24.5.2010; MI 1.493, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 4.6.2010.

Em todas as decisões, deferiu-se parcialmente a ordem para determinar a análise do caso dos impetrantes à luz do disposto na disciplina conferida aos trabalhadores em geral. Referida disciplina consiste, entre outras normas, nos artigos 57, 58 e 65 da Lei 8.213/1991 e no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999).

É necessário esclarecer que a decisão proferida por esta Corte nos mandados de injunção impetrados contra omissão na regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição não determina a concessão da aposentadoria especial ao impetrante. A decisão do STF determina apenas que a autoridade administrativa analise o caso do impetrante à luz da disciplina da aposentadoria especial dos trabalhadores do setor privado.

Nesse sentido, para ter o direito à aposentadoria especial, o servidor deve comprovar à Administração ter trabalhado, ininterruptamente, em contato com agentes nocivos à saúde ou à integridade física durante 15, 20 ou 25 anos (Parágrafos 3º e 4º do artigo 57 da Lei 8.213/1991).

A relação de agentes considerados nocivos, bem como o tempo de exposição necessário para ensejar a concessão da aposentadoria especial, encontra-se no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999), periodicamente atualizado.

Assim, uma vez concedida a ordem por esta Corte, caberá à autoridade administrativa a verificação do atendimento, ou não, pelo impetrante, dos requisitos necessários à concessão da aposentadoria especial (tempo de serviço exercido nas condições prejudiciais, apresentação de laudo pericial etc.).

Da leitura da petição inicial e dos documentos acostados aos autos, verifico que o presente caso configura hipótese análoga àquelas já decididas por esta Corte.

Ante o exposto, concedo parcialmente a ordem, tão somente para determinar à autoridade administrativa que analise o requerimento de aposentadoria especial do impetrante à luz da disciplina conferida aos trabalhadores em geral, de modo a verificar se o servidor comprova - inclusive por meio de laudo técnico circunstanciado de condições ambientais das atividades exercidas - ter exercido suas atividades em contato com os agentes nocivos listados no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999) de forma ininterrupta durante o tempo ali determinado.

Publique-se. Comunique-se às autoridades impetradas e ao Estado do Rio Grande

do Sul.Brasília, 19 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.979 (287)ORIGEM : MI - 3979 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : ARI MAZZOTTIADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO(A/S)

IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO – ATIVIDADES EXERCIDAS EM

CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES – APOSENTADORIA ESPECIAL – SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO – ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR – MORA LEGISLATIVA – INADEQUAÇÃO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Eis as informações prestadas pela Assessoria:O impetrante afirma ser servidor público federal aposentado. Aduz

haver ocupado o cargo de médico, exercido sob condições especiais, conforme documentos juntados eletronicamente. Evoca o disposto no artigo 40, § 4º, da Constituição Federal para ressaltar que a inexistência de lei complementar inviabilizou o exercício do direito à aposentadoria, referente ao período de desgaste sofrido pelo contato com agentes nocivos à saúde. Busca ver suprida a lacuna normativa, assentando-se o direito à aposentaria especial.

O Presidente da República reporta-se às informações elaboradas pela Advocacia-Geral da União. Em síntese, alega a inexistência de mora legislativa, tendo em vista tramitar no Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar nº 555/10, visando à regulamentação do inciso III do § 4º do artigo 40 da Carta Federal. No mérito, sustenta a inviabilidade do pedido, em razão das diferenças existentes entre o aludido projeto de lei e os requisitos previstos para a aposentadoria especial previstos na Lei nº 8.213/91.

O Presidente da Câmara dos Deputados informa tramitar na Casa Legislativa projetos de leis complementares visando a suprir a lacuna normativa quanto à matéria.

O Presidente do Senado assevera estar o Poder Público, após o julgamento do Mandado de Injunção nº 721-7/DF, autorizado a analisar os pedidos de aposentadoria especial, conforme o artigo 57 da Lei nº 8.213/91.

A União pleiteia, em sede de preliminar, a extinção do processo sem resolução do mérito, tendo em vista a ausência de interesse de agir, em razão da inadequação da via eleita bem como pela inexistência de prévio pedido administrativo. No mérito, alega a ausência de requisitos essenciais para a aposentadoria especial.

A Procuradoria Geral da República manifesta-se pela procedência parcial do pedido. Sustenta “não haver dúvidas acerca da efetiva existência do direito constitucional daqueles que laboram em condições especiais à submissão a requisitos e critérios diferenciados para alcançar a aposentadoria”. Diz ser tarefa administrativa a análise do preenchimento dos requisitos a que faz alusão o artigo 57 da Lei nº 8.231/91.

O processo encontra-se aparelhado para julgamento.2. O mandado de injunção será concedido quando necessário ao

exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

O impetrante revela a condição de servidor aposentado, carecendo, portanto, de interesse processual em obter, por esta via, o reconhecimento de situação jurídica já consolidada. Vale frisar que, na inicial, não há justificativa, em termos de melhoria da aposentadoria já ocorrida, para pleitear-se o implemento de condições.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.989 (288)ORIGEM : MI - 3989 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : HENRIQUE CESAR DE ASSUNCAO VERASADV.(A/S) : HENRIQUE CESAR DE ASSUNCAO VERASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

DESPACHO: : Trata-se de mandado de injunção em que o Impetrante, servidor público integrante dos quadros do Tribunal de Contas da União, investido no cargo em vaga reservada, no certame em que logrou aprovação, a indivíduos portadores de deficiência, pleiteia a concessão da ordem que lhe assegure a colmatação da lacuna legislativa referente à regulamentação da aposentadoria especial, prevista no art. 40, § 4º, I, da Constituição Federal.

Notifiquem-se a Exma. Sra. Presidenta da República e os Exmos. Srs. Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados para a prestação de informações.

Após, encaminhe-se o feito à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 43

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.128 (289)ORIGEM : MI - 4128 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : JUVAINO LUCIANO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JULIANA PEDROSA MONTEIROIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Defiro o pretendido benefício de gratuidade, tendo em vista a afirmação feita pela parte impetrante, nos termos e para os fins a que se refere o art. 4º da Lei nº 1.060/50, na redação dada pela Lei nº 7.510/86, c/c o art. 21, XIX, do RISTF.

2. Impõe-se, no presente caso, a citação do Estado de Minas Gerais (CPC, art. 12, II), em ordem a permitir-lhe a intervenção formal na presente causa, podendo impugnar a pretensão injuncional deduzida pela parte ora impetrante.

A efetivação do ato citatório em referência constitui providência essencial ao regular prosseguimento do presente “writ” injuncional, pois a eventual concessão da ordem injuncional – desde que se revele suscetível de conhecimento - terá o condão de afetar, diretamente, a esfera jurídica do litisconsorte passivo necessário.

É tão importante (e inafastável) a efetivação desse ato citatório, com o conseqüente ingresso formal desse litisconsorte passivo necessário na presente causa - o que viabilizará, por imperativo constitucional, a instauração do contraditório -, que a ausência de referida medida poderá importar em nulidade processual, consoante adverte a jurisprudência dos Tribunais em geral, inclusive a desta Corte (RTJ 57/278 – RTJ 59/596 – RTJ 64/777 – RT 391/192, v.g.):

“No caso de litisconsórcio necessário, torna-se imprescindível a citação do litisconsorte, sob pena de nulidade do processo.”

(Revista dos Tribunais, vol. 477/220 – grifei)Sendo assim, pelas razões expostas, determino seja citado o

Estado de Minas Gerais.Para tanto, o ora impetrante deverá adotar, no prazo de 05(cinco)

dias, junto à Secretaria deste Supremo Tribunal, as providências necessárias à efetivação do referido ato citatório.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.129 (290)ORIGEM : MI - 4129 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : MARILENE CORDEIRO DE ANDRADEADV.(A/S) : JULIANA PEDROSA MONTEIROIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de mandado de injunção contra alegada omissão na elaboração da norma regulamentadora prevista no artigo 40, § 4º, III, da Constituição Federal.

Em razão de a impetrante ser servidora do Estado de Minas Gerais, determinei a emenda da inicial a fim de incluí-lo no polo passivo da demanda.

A Secretaria Judiciária, em 18/8/2011, certificou que a impetrante, embora devidamente intimada, não se manifestou em atenção à determinação.

Isso posto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte, julgo extinto o feito, sem resolução de mérito, com fundamento nos arts. 267, I, e 284, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.180 (291)ORIGEM : MI - 4180 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : ANTÔNIO MACHADO DE AGUIARADV.(A/S) : PAULO DE ASSIS BRASIL E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Defiro o pretendido benefício de gratuidade, tendo em vista a afirmação feita pela parte impetrante, nos termos e para os fins a que se refere o art. 4º da Lei nº 1.060/50, na redação dada pela Lei nº 7.510/86, c/c o art. 21, XIX, do RISTF.

2. Impõe-se, no presente caso, a citação do Estado do Rio Grande do Sul (CPC, art. 12, I), em ordem a permitir-lhe a intervenção formal na presente causa, podendo impugnar a pretensão injuncional deduzida pela parte ora impetrante.

A efetivação do ato citatório em referência constitui providência essencial ao regular prosseguimento do presente “writ” injuncional, pois a eventual concessão da ordem injuncional – desde que se revele suscetível de conhecimento - terá o condão de afetar, diretamente, a esfera jurídica do litisconsorte passivo necessário.

É tão importante (e inafastável) a efetivação desse ato citatório, com o conseqüente ingresso formal desse litisconsorte passivo necessário na presente causa - o que viabilizará, por imperativo constitucional, a instauração do contraditório -, que a ausência de referida medida poderá importar em nulidade processual, consoante adverte a jurisprudência dos Tribunais em geral, inclusive a desta Corte (RTJ 57/278 – RTJ 59/596 – RTJ 64/777 – RT 391/192, v.g.):

“No caso de litisconsórcio necessário, torna-se imprescindível a citação do litisconsorte, sob pena de nulidade do processo.”

(Revista dos Tribunais, vol. 477/220 – grifei)Sendo assim, pelas razões expostas, determino seja citado o

Estado do Rio Grande do Sul.Para tanto, o ora impetrante deverá adotar, no prazo de 05(cinco)

dias, junto à Secretaria deste Supremo Tribunal, as providências necessárias à efetivação do referido ato citatório.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 26.980 (292)ORIGEM : MS - 175655 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : GISELDA MARIA TRIDAPALLI FÓESADV.(A/S) : ALEXANDRE FRANCISCO CAVALLAZZI MENDONÇA E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(TC Nº 00890219941)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DO TRIBUNAL DE

CONTAS DA UNIÃO

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de mandado de segurança, aparelhado com pedido de

medida liminar, impetrado por Giselda Maria Tridapalli Fóes contra ato do Tribunal de Contas da União. Ato consubstanciado no Acórdão nº 3.370/2006-TCU-2ª Câmara.

2. Argui a autora que recebe adicional por tempo de serviço – GATS, calculado sobre o total de sua remuneração, desde 1992. Forma de cálculo assegurada por decisão judicial transitada em julgado, proferida nos autos da Ação Ordinária nº 9248005. Ocorre que o Tribunal de Contas da União, ao negar o ato de registro da aposentadoria da impetrante, considerou ilegal a concessão de tal adicional e determinou a devolução dos valores indevidamente recebidos. Isto porque se “a Lei [8.112/1990] faz a distinção entre vencimento (art. 40) e remuneração (art. 41), não há como admitir a incidência do referido adicional sobre as demais parcelas que integram a remuneração do servidor”.

3. Pois bem, alega a impetrante violação a seu direito líquido certo. É que o ato tido por coator, além de violar a coisa julgada, desrespeitou o princípio da proibição do retrocesso em tema de direito social, bem como as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Tudo porque a impetrante não participou do processo no Tribunal de Contas da União. Daí requerer a concessão da segurança para anular o Acórdão nº 3.370/2006-TCU-2ª Câmara, “julgando legal o ato aposentatório da Impetrante em relação à vantagem denominada 'Complemento de Anuênio' (adicional por tempo de serviço calculado sobre total de proventos) – GATS”.

4. Avanço para anotar que, antes de apreciar o pedido de medida liminar, solicitei informações ao impetrado. Informações que foram prestadas às fls. 122/132.

5. Continuo neste reavivar das coisas para dizer que, em decisão de fls. 137/139, indeferi o pedido liminar. Decisão que reconsiderei, em parte, para “suspender os efeitos do acórdão do TCU na parte em que ordena a devolução das verbas recebidas pela impetrante antes de 18 de dezembro de 2006”, bem como para determinar “que se deposite, à disposição deste Juízo, os valores em discussão”. Após o que se manifestou o Procurador-Geral da República pela denegação da segurança (fls. 180/182).

6. Feito esse relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, tenho que não merece seguimento o presente mandado de segurança. Primeiramente, é de ser afastada a alegação de desrespeito às garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 44

É que o Tribunal de Contas da União atuou no exercício da competência prevista no inciso III do art. 71 da Constituição Federal, inaugurando uma relação endo-administrativa (entre o órgão público concedente da aposentadoria e a Corte de Contas). Sendo assim, não há falar em participação obrigatória do servidor no processo de registro de sua aposentadoria. Esse entendimento já está, inclusive, sumulado de forma vinculante por este Supremo Tribunal Federal. Confira-se a parte final da Súmula Vinculante nº 3:

“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

7. É verdade que a jurisprudência mais recente desta nossa Corte tem exigido o chamamento do interessado ao processo, quando o Tribunal de Contas demore mais de cinco anos para apreciar a legalidade do ato de concessão inicial da aposentadoria (MS's 25.116 e 25.403, de minha relatoria, e MS 24.781, cujo redator do acórdão será o Ministro Gilmar Mendes). Sucede que, no caso dos autos, não há informação acerca da data em que o ato de aposentadoria da impetrante foi submetido a registro. Informação que era de ser prestada pela impetrante, por ser o mandado de segurança uma ação constitucional exigente da produção pré-constituída da prova alegadamente embasadora do direito líquido e certo para cuja declaração foi ajuizado, exatamente, o mandamus.

8. Quanto às alegações (da autora) de que a metodologia de cálculo do adicional por tempo de serviço em causa estaria salvaguardada por sentença judicial transitada em julgado, tenho que não merecem prosperar. É que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal tem entendimento consolidado no sentido de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico (RE-AgR 375.936, MS 25.905, MS 25.038, todos da minha relatoria, RE-AgR 396.704, Rel. Min. Celso de Melo, RMS 21.587, Rel. Min. Maurício Correa). E, no caso dos autos, após a decisão judicial que fundamenta o pleito da impetrante, sobreveio a Lei nº 8.112/1990. Lei que modificou o suporte legal do referido adicional, antes regido pela Lei nº 1.711/1952. Isto ao impor como base de cálculo da GATS, não mais a remuneração do servidor público, mas o vencimento básico (art. 67). Alterou-se pois, o regime jurídico a que estava submetida a impetrante. Alteração que, segundo pacífica jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, não dá ensejo a direito adquirido. Confira-se, nesse sentido, clássica decisão da lavra do Ministro Maurício Corrêa (RMS 21.587):

“Ementa: MILITAR DA RESERVA E REFORMADO. ADICIONAL DE INATIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO À PERCEPÇÃO NA FORMA PREVISTA NO DECRETO-LEI Nº 728/69 E NA LEI Nº 5.787/72, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELOS DECRETOS-LEI NºS 1.824/80 E 1.901/81. APLICÁVEL, À ESPÉCIE, O DISPOSTO NA LEI Nº 8.237 E SEU NOVO CRITÉRIO DE CÁLCULO.

1. O Estado não firma contrato com seus servidores, mas estabelece, unilateralmente, regime estatutário, sendo-lhe lícito, a qualquer tempo, alterar as condições de serviço e pagamento, desde que o faça por lei e sem discriminações pessoais.

2. A tese de suporte ao pedido não é nova no âmbito desta Corte, que insistentemente tem entendido não caracterizar violação ao direito adquirido, quando lei superveniente cria situação diferente de remuneração, sobretudo no cálculo de adicionais.

3. Impossibilidade de o Poder Judiciário legislar positivamente, para criar norma votada pelo Poder competente, além de ministrar perversa iniquidade ao estabelecer para os inativos situação remuneratória superior a de seus colegas da ativa.

Recurso a que se nega provimento.” (Grifo nosso)9. Nesta contextura, o que se incorporou ao patrimônio jurídico da

impetrante, em razão da coisa julgada, foi o valor do adicional por tempo de serviço, e não a forma como ele era calculado. Pelo que não tem a autora direito adquirido a ver sua verba acessória eternamente calculada sobre o principal da remuneração, se lei posterior já dispôs de forma distinta. Tudo isso, é claro, desde que se preserve a totalidade da expressão financeira do cargo (sem redução de vencimentos, portanto). E, no caso, não se demonstrou que a citada redução efetivamente ocorreu.

10. Reexplico: a impetrante juntou aos autos dois contra-cheques, mas somente um deles com a aludida gratificação. Contudo, não se pode concluir, de forma automática, a partir de tais dados, que houve redução nominal dos vencimentos da autora, como decorrência da mudança de seu regime jurídico. É que, segundo anotei em sede liminar, não constam do processo as fichas financeiras da impetrante quanto aos momentos anteriores e posteriores à Lei nº 8.112/1990. Documentos que poderiam atestar que a alteração da base de cálculo do adicional naquela ocasião, de fato, acarretaria a redutibilidade dos vencimentos da impetrante. E, como já registrei quando da análise do pedido de reconsideração, “se a autora vinha recebendo uma parcela remuneratória indevida, sua supressão não ofende a garantia do inciso XV do art. 37 da Constituição Federal.”

11. Concluo ainda que o caso dos autos em tudo se assemelha à jurisprudência firmada por esta nossa Casa de Justiça quanto à limitação temporal da eficácia da coisa julgada frente à alteração de regime jurídico (MS 24.381/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 03/09/2004; RE-AgR 330.835/RS, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005). Não havendo prova de desrespeito à

garantia da irredutibilidade de vencimentos – como neste caso não há –, a coisa julgada não constitui óbice à alteração do regime jurídico. Para se concluir diversamente, insisto, imprescindível seria analisar as fichas financeiras da impetrante, antes e depois da Lei nº 8.112/90, documento que não se vê nos autos.

12. Quanto à devolução dos valores indevidamente recebidos, entendo que o termo inicial deve ser a data de 18 de dezembro de 2006. Momento em que a autora teve conhecimento da decisão impugnada, por meio do Ofício CP/SLN nº 66/2006 da Coordenadoria de Pessoal do TRE/SC (fls. 35/36).

13. Ante o exposto, concedo parcialmente a segurança, apenas para fixar o dia 18 de dezembro de 2006, como data de início do recebimento indevido do adicional em causa. Pelo que não pode haver cobrança de valores anteriores a essa data.

14. Intime-se o Advogado-Geral da União.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 28.185 (293)ORIGEM : MS - 100427 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : LENIR DE CASTRO RIBASADV.(A/S) : RENÉ ARIEL DOTTIIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PEDIDO DE

PROVIDÊNCIAS Nº 2008.10.00.000.972-0)LIT.PAS.(A/S) : JORGE GONGORA VILELLALIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA. OCUPAÇÃO DE SERVENTIA.

FALECIMENTO DA IMPETRANTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.

Relatório1. Mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado

por Lenir de Castro Ribas, em 14.8.2009, contra ato do Conselho Nacional de Justiça que, nos autos do Pedido de Providências n. 20081000000972-0, teria “invalid[ado] o Decreto Judiciário n. [361/2005] do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que (...) havia removido a impetrante ‘do cargo de Titular do Registro Cível de Pessoas Naturais (...) da Comarca de Telêmaco Borba, para o Serviço de Registro de Imóveis da mesma Comarca’” (fl. 3).

2. Em 20.8.2009, deferi a medida liminar requerida (DJe 8.9.2009).3. Em 19.9.2009, o Conselho Nacional de Justiça prestou

informações (fls. 917-934) e, em 24.11.2010, o Ministério Público Federal manifestou-se pela denegação da segurança (fls. 961-964).

4. Em 6.4.2011, determinei o ingresso da União no feito e a intimação do Advogado-Geral da União para atos do processo (fls. 966-967), que, em 27.4.2011, interpôs agravo regimental pleiteando a cassação da medida liminar (fls. 985-1008).

5. Em 12.8.2011, os advogados da Impetrante informaram seu falecimento (fls. 1012-1013).

6. Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.7. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou que o

falecimento do impetrante gera a extinção do mandado de segurança sem julgamento de mérito. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ANISTIA. FALECIMENTO DO IMPETRANTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Jurisprudência do Supremo Tribunal no sentido de não caber habilitação de herdeiros em mandado de segurança. Precedentes. 2. Possibilidade de acesso às vias ordinárias. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RMS 25.775-AgR/DF, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 4.5.2007).

8. Pelo exposto, em razão do falecimento da Impetrante, julgo extinto, sem julgamento de mérito, o presente mandado de segurança (art. 6º, § 5º, da Lei n. 12.016/09 c/c art. 267, inc. VI, do Código de Processo Civil).

Publique-se.Arquivem-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE SEGURANÇA 28.538 (294)ORIGEM : MS - 28538 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : JOÃO CARLOS ZOGHBIADV.(A/S) : GETÚLIO HUMBERTO BARBOSA DE SÁ E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 45

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

Petição/STF nº 9.932/2011DECISÃOLIMINAR – INDEFERIMENTO – PROCESSO – PARECER DO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – PREFERÊNCIA.1. Eis as informações prestadas pela Assessoria:João Carlos Zoghbi, por intermédio de advogado regularmente

habilitado, busca a reconsideração da decisão que implicou o indeferimento do pleito de concessão de liminar. Argumenta que teve os vencimentos suspensos em decorrência do ato demissional, ocorrido em 5 de novembro de 2009, e vem vivendo situação periclitante desde então, dependendo dos rendimentos da mulher para sobreviver. Alude ao prazo de quase um ano em que o processo permaneceu na Procuradoria Geral da República, sem que fosse confeccionado parecer. Diz da presença dos requisitos ensejadores do implemento da medida acauteladora. Postula seja determinada a suspensão, até o julgamento final do mandado de segurança, dos efeitos do Ato nº 430, de 2009, do Senado Federal, restabelecendo-se o respectivo pagamento.

Por determinação de Vossa Excelência, o processo retornou da Procuradoria Geral da República, sem parecer, encontrando-se concluso para a apreciação do pedido de reconsideração.

2. Liminar em mandado de segurança, de natureza precária e efêmera, reserva-se a situações excepcionais. Indispensável é que surja não só a relevância das causas de pedir formalizadas como também o risco de manter-se com plena eficácia o ato. Conforme consta das informações, o impetrante já está afastado do cargo público há dois anos e pretende, articulando vício no processo administrativo que resultou na demissão, o retorno à atividade. Deve-se aguardar o aparelhamento do mandado de segurança para exercer-se, em definitivo, o crivo, sopesando-se os vícios apontados na inicial e o volumoso processo administrativo anexado, que ultrapassa mil folhas. Mantenho, por ora, o indeferimento do pedido de concessão de medida acauteladora.

3. Colham o parecer do Ministério Público Federal, solicitando preferência, considerado o lapso temporal transcorrido durante a primeira remessa do processo – cerca de um ano – e a situação narrada pelo impetrante, a justificar a atuação célere dos órgãos estatais. Remetam cópia desta decisão ao Procurador-Geral da República.

4. Publiquem.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 30.526 (295)ORIGEM : ATO NORMATIVO - 00081808320102000000 -

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : EDUARDO LUIZ ROCHA CUBASADV.(A/S) : RICARDO LUIZ ROCHA CUBASADV.(A/S) : DANIELLE ZULATO BITTARIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAIMPDO.(A/S) : RELATOR DO PROCEDIMENTO RELATIVO À EDIÇÃO

DE ATO NORMATIVO Nº 0008180-83.2010.2.00.0000 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Notifique-se o Presidente do Conselho Nacional de Justiça, Ministro Cezar Peluso, para, querendo, prestar informações no prazo de dez dias (art. 7º, inc. I, da Lei n. 12.016/2009 c/c o art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.623 (296)ORIGEM : PCA - 000000000284201014 - CONSELHO NACIONAL

DO MINISTÉRIO PÚBLICOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : MARLENI MOREIRA FRANCISCOADV.(A/S) : JORGE TEIXEIRA NADERIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Notifique-se a autoridade impetrada para a prestação de informações no prazo decendial do art. 7º, II, da Lei nº 12.016/09.

Notifique-se, também, o Ministério Público do Estado de Goiás, na pessoa do Procurador-Geral de Justiça, para prestar esclarecimentos relativos ao caso no mesmo prazo de 10 (dez) dias.

Com a vinda das informações, será apreciado o pedido de medida liminar.

Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 30.693 (297)ORIGEM : MS - 30693 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : IONNI TADEU DE SAADV.(A/S) : LUCIANA DINIZ NEPOMUCENOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de mandado de segurança, aparelhado com pedido de

medida liminar, impetrado por Ionni Tadeu de Sá contra suposto ato do Tribunal de Contas da União – TCU. Ato consubstanciado em decisão que determinou a exclusão de seu benefício de pensão especial da folha de pagamento do Ministério dos Transportes.

2. Argui a impetrante que é filha maior e solteira de servidor aposentado da Rede Mineira de Viação e que, com o falecimento do seu pai, requereu administrativamente a concessão da pensão especial prevista nas Leis 6.782/1980 e 1.711/1952. Pleito que foi deferido pelo Ministério dos Transportes em março de 1995.

3. Prossegue a impetrante para dizer que, transcorridos quase dez anos do deferimento da pensão, a Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão nº 2.203/2004, publicado no DOU em 12/11/2004, considerou ilegal a concessão da pensão e determinou ao Ministério dos Transportes que cessasse o respectivo pagamento, “sob pena de responsabilidade solidária da autoridade administrativa omissa”. O Coordenador-Geral de Recursos Humanos daquele Ministério, então, editou a Portaria 1.180, de 07 de abril de 2005, e cancelou, a partir desse mesmo mês, o pagamento da referida pensão. Ato considerado ilegal por este Supremo Tribunal Federal, no Mandado de Segurança nº 25.403, de minha relatoria. Isto para garantir à impetrante o desfrute das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

4. Nessa marcha batida, alega a acionante que, após a decisão desta Casa de Justiça, foi cientificada para o exercício do direito de defesa mediante a Carta nº 3.498/2001. Defesa apresentada com os seguintes fundamentos: a) “decadência do direito da administração pública de revisão do ato ato administrativo praticado há mais de 5 (cinco) anos e ao seu direito adquirido ao gozo do benefício”; b) “direito adquirido ao gozo do benefício”. Fundamentos que não foram acatados pela Chefe da Divisão de Concessão e Revisão de Pensões do Ministério dos Transportes que a excluiu da folha de pagamentos do órgão. Donde concluir a impetrante que “o Tribunal de Contas, através do Ministério dos Transportes, enquanto executor de sua ordem, subsiste na prática de ato ilegal, na medida em que insiste na exclusão da impetrante da lista de pagamento da pensão especial por falecimento”.

5. Por fim, aduz a impetrante violação à direito líquido e certo. Isso com fundamento no art. 54 da Lei nº 9.784/1999 e na garantia constitucional do direito adquirido. Pelo que requer a concessão de medida liminar para “anular o ato coator, pela patente ilegalidade e inconstitucionalidade, com o imediato restabelecimento do pagamento do benefício cassado”.

6. Feito esse breve relatório, passo a decidir. Fazendo-o, tenho que não merece seguimento o presente mandado de segurança. É que, da análise dos documentos juntados aos autos - principalmente a Carta nº 934/2011 (documento 7) e a Carta nº 3.498/2010 (documento 9) - verifico que o ato tido por coator é oriundo da Chefe da Divisão de Concessão e Revisão de Pensões do Ministério dos Transportes e não do Tribunal de Contas da União. Confira-se:

“Comunico a Vossa Senhoria a sua exclusão da folha de pagamento de pensão deste Órgão na condição de “filha maior solteira” designada do ex-servidor João de Sá.

Entende ainda que os argumentos apresentados por Vossa Senhoria não descaracterizam as alegações constantes da Carta nº 3.498/2010 – DICOP/COAP/CGRH/MT.

Atenciosamente,Maria Teresa RodriguesChefe da Divisão de Concessão Revisão de Pensões” (Carta nº

934/2011 - DICOP/COAP/CGRH/MT)7. Com efeito, tanto o processo administrativo iniciado após a decisão

deste Supremo Tribunal Federal, como a nova decisão que determinou a exclusão da folha de pagamento do benefício da impetrante são oriundos do Ministério dos Transportes. E não se alegue que o órgão ministerial agiu como mero “executor” de ordem da Corte de Contas. Isso porque, após a decisão desta Casa de Justiça no MS 25.403, foi o Ministério dos Transportes, por meio de sua Divisão de Concessão e Revisão de Pensões, quem instaurou processo administrativo para “o devido saneamento da concessão de pensão”. Processo que se inaugurou diante do poder-dever da Administração Pública de autotutela de seus atos e independentemente de qualquer determinação do Tribunal de Contas de União. Tudo conforme o disposto na Carta nº 3.498/2010.

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8. Nessa contextura, registro que não subsiste ato do TCU a ser impugnado por esta via mandamental. Isso porque o Acórdão nº 2.203/2004, em que se fundamenta o pleito autoral, já foi afastado por este Supremo Tribunal Federal (MS 25.403). O que afasta a competência deste STF para o julgamento do presente mandamus. Competência que só se justifica para conhecer, originariamente, de writ manejado contra as autoridades taxativamente listadas na alínea “d” do inciso I do art. 102 da Constituição Federal. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes desta nossa Casa de Justiça: MS 24.448, de minha relatoria, MS 25.192, da relatoria do Ministro Eros Grau e MS 25.045, sendo relator o Ministro Joaquim Barbosa.

9. Ante o exposto, nego seguimento ao presente mandado de segurança, o que faço com fundamento no §1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 6.168 (298)ORIGEM : RCL - 85145 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº

2007.03.00.064707-3 DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

INTDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES VEIGA LOPES LAVORATO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR MARTINS CASARIN

DECISÃORECLAMAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO DA DECISÃO IMPUGNADA POR

NOVO TÍTULO JUDICIAL. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO PREJUDICADA.

Relatório1. Por meio da presente reclamação, a União impugna a decisão

proferida nos autos do Agravo de Instrumento n. 2007.03.00.064707-3 pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal prevista no art. 102, inc. I, alínea n, da Constituição da República.

O caso2. Cuida-se, na origem, de ação ordinária proposta por juízes do

trabalho, na qual requerem:“diferenças devidas a título de abono variável, e reflexos e diferenças

de verbas pagas, como 13º salários, férias indenizadas, 1/3 de férias e outras, cuja base de cálculo foi alterada pelo abono previsto no artigo 6º da Lei 9.655/98, com expressa observância do valor do subsídio fixado pela Lei 11.143/05 para o Juiz Substituto (R$ 17.511,88) e titular (R$ 18.433,56) ou ainda Juiz do Tribunal R$ 19.403,75 e aposentado no que couber, como base de cálculo para apuração destas diferenças, deduzindo-se os valores pelos autores, em razão da antecipação prevista na Lei 10.404/02, observada a situação de cada Juiz à época de origem das diferenças, determinando ainda que, sobre estas diferenças, não incidam quaisquer descontos, quer previdenciários quer fiscais, como previsto na Resolução 245/2002 do C. Supremo Tribunal Federal” (fl. 3).

Relata a Reclamante que suscitou a incompetência da Justiça Federal para julgar a ação, pois estaria configurada a competência do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, inc. I, alínea n, da Constituição da República. Salienta que esse argumento teria sido acolhido pelo juízo de primeira instância e contra essa decisão os ora Intimados teriam interposto agravo de instrumento, com pedido de atribuição de efeito suspensivo para que os autos não fossem imediatamente remetidos ao Supremo Tribunal Federal.

Afirma que o Relator teria deferido o pedido de efeito suspensivo nos autos do Agravo de Instrumento n. 2007.03.00.064707-3 no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, nestes termos:

“Para a incidência do art. 102, I, n, da Constituição da República, deve haver o interesse direto ou indireto da totalidade dos membros da magistratura, de tal modo que comprometa a imparcialidade do julgador da ação (…). No caso dos autos, os agravantes, juízes do trabalho, questionam os valores recebidos à título de abono variável, nos termos das Lei n. 9.655/98 e n. 10.474/02 e da Resolução n. 245/02, do Supremo Tribunal Federal, sob o fundamento de que, com a fixação do subsídio mensal de ministro dessa Corte, pela Lei n. 11.143/05, haveria diferenças a perceber. Desse modo, numa análise inicial, tem-se que ação não engloba todos os magistrados, mas, só os autores. Ademais, o direito postulado não seria privativo dos juízes, uma vez que também estendido aos membros do Ministério Público da União, nos termos do art. 2º da Lei n. 10.477, de 27.06.02. Assim, ausentes os requisitos para fixação da competência originária do Supremo Tribunal Federal, suspendo os efeitos da agravada. Antes o exposto, defiro o pedido de efeito suspensivo” (fls. 84-85).

É contra essa decisão que se ajuíza a presente reclamação.3. Alega a Reclamante que “a figura do abono variável disciplinado na

Lei n. 9.655, de 02 de junho de 1998, e na Lei n. 10.474, de 27 de junho de 2005, consiste em parcela remuneratória concedida exclusivamente aos membros do Poder Judiciário” (fl. 4).

Argumenta que “o pedido formulado na referida demanda vai além da esfera individual de interesses de alguns poucos magistrados pertencentes ao quadro do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, como querem fazer crer os autores. Ao contrário, abarca toda a magistratura da União, inclusive, obviamente, os membros do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, ao qual pertencem os demandantes, e os membros do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, do qual os julgadores fazem parte” (fls. 4-5).

Sustenta que, “na eventual hipótese de procedência do pleito dos autores – o que apenas se admite em função da eventualidade -, as pretensas diferenças decorrentes do abono variável também poderão ser buscadas pelos demais magistrados da União (trabalhistas, militares e federais)” (fl. 5).

Assevera que “é indene de dúvida a configuração da competência dessa Corte Suprema, com fundamento no art. 102, I, alínea ‘n’, in fine, da Constituição, devendo, portanto, o presente pedido ser julgado procedente, de modo a resguardá-la diante da usurpação cometida pelo juízo do Tribunal Regional Federal da 3ª Região” (fl. 9).

Requer, “liminarmente, seja suspenso o trâmite do Processo n. 2007.03.00.064707-3, bem como os efeitos da suspensão concedida pela autoridade reclamada” (fl. 10).

No mérito, pede “seja avocado o conhecimento do processo em que se verifica a usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal, anulando-se todos os atos decisórios praticados no seu curso, especialmente a suspensão da decisão proferida pelo juízo a quo” (fls. 10-11).

4. Em 20.6.2008, indeferi o requerimento de medida liminar e requisitei informações à autoridade reclamada (fls. 90-93). Contra essa decisão a União interpôs agravo regimental (fls. 101-111, 120-130).

Em 28.8.2008, a autoridade reclamada prestou informações (fls. 135-138).

5. Consta do sítio do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que, em 18.10.2010, a 5ª Turma daquele Tribunal reconheceu a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar a causa, nestes termos:

“CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. MAGISTRATURA DO TRABALHO. ABONO VARIÁVEL. LEIS NS. 9.655/08, 11.143/05 E 10.474/02. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF. CR, ART. 102, I, N. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento acerca de sua competência originária para processar e julgar as ações propostas por magistrados do trabalho que visam ao recebimento de diferenças do abono variável nos termos das Leis ns. 9.655/08, 11.143/05 e 10.474/02, bem como da Resolução n. 245/02 do STF (STF, AO n. 1.157-PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 25.10.06; AgReg na AO n. 1.292-MG, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 24.11.05; AO n. 1.151-SC, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 04.08.05). A jurisprudência do Tribunal Regional da 3ª Região é no sentido de que, em tal caso, deve ser reconhecida a incompetência da Justiça Federal em virtude do disposto no art. 102, I, n, da Constituição da República (TRF da 3ª Região, AG n. 2007.03.00.103727-8, Rel. Juiz Fed. Conv. Márcio Mesquita, j. 08.04.08; AG n. 2007.03.00.064708-5, Rel. Des. Fed. Henrique Herkenhoff, j. 02.10.07; AC n. 1999.61.00.043540-2, Rel. Juiz Fed. Conv. Alessandro Diaferia, j. 19.07.05). 2. Agravo regimental prejudicado. Agravo de instrumento não provido”.

Essa decisão transitou em julgado em 11.2.2011.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.6. Na espécie vertente, a decisão impugnada nesta reclamação foi

substituída por novo título judicial, pelo qual se reconhece a competência originária deste Supremo Tribunal para processar e julgar a ação proposta por magistrado com o objetivo de receber diferenças do abono variável (Leis n. 9.655/2008, 11.143/2005 e 10.474/2002 e da Resolução n. 245/2002 do Supremo Tribunal Federal), o que traduz típica situação de prejuízo desta ação, em virtude de perda superveniente de seu objeto.

Nesse sentido:“SUBSTITUIÇÃO DO ATO RECLAMADO POR NOVO TÍTULO

JUDICIAL. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO DA RECLAMAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL PREJUDICADO. (...). O provimento jurisdicional definitivo resulta em perda de objeto da Reclamação em razão da substituição do título judicial. (..). 4. Agravo Regimental julgado prejudicado” (Rcl 2.785-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 13.3.2009).

“Agravo regimental em Reclamação. 2. Decisão agravada que julgou prejudicada a reclamação. 3. Reconhecimento de competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar a demanda. 4. Perda superveniente de objeto. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl 2.903-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 23.5.2008).

“RECLAMAÇÃO - ATO IMPUGNADO - REVOGAÇÃO - PERDA DE OBJETO. A revogação do ato tido, no pedido inicial da reclamação, como discrepante de certa decisão implica o prejuízo da reclamação, julgando-se extinto o processo sem apreciação do tema de fundo” (Rcl 2.496-QO, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 22.201.2004).

7. Pelo exposto, julgo prejudicada a presente reclamação, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando prejudicado, por óbvio, o agravo regimental interposto pela União contra a decisão pela qual se indeferiu a medida liminar.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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Brasília, 17 de agosto de 2011.Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

RECLAMAÇÃO 11.778 (299)ORIGEM : ED - 71003025137 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : UNIMED VALE DO CAÍ - SOCIEDADE COOPERATIVA

DE SERVIÇOS DE SAÚDE LTDAADV.(A/S) : MARCO TÚLIO DE ROSERECLDO.(A/S) : TERCEIRA CÂMARA RECURSAL CÍVEL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

INTDO.(A/S) : GESULMINA BAIERLE LUCAS REPRESENTADO POR ROSA MARIA LUCAS FUHRMEISTER

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de reclamação, aparelhada com pedido de liminar, proposta

pela UNIMED Vale do Caí – Cooperativa de Serviços de Saúde Ltda. contra ato da 3ª Câmara Recursal Cível dos Juizados Especiais do Estado do Rio Grande do Sul.

2. A reclamante sustenta que o ato jurisdicional impugnado viola a autoridade das decisões tomadas na ADI 1.931-MC, no AI 560.422-4/RS e no AI 620.739-6/RS. Isto porque “afastou, pela natureza de ordem pública da Lei nº 9.656 de 1998, a LPS, cláusula contratual em sentido contrário, não considerando a aplicação da Lei incidência retroativa nem ofensa a ato jurídico perfeito”. Ademais, aduz o acionante que a reclamada terminou por aplicar retroativamente a Lei nº 9.656/98 a contrato de prestação de serviços médico-hospitalares, firmado no ano de 1997. Daí requerer a concessão de medida liminar “para que seja determinada a suspensão do processo em que se verifica o ato reclamado, ou simplesmente, a fim de que sejam remetidos os autos ao STF.”

3. Pois bem, antes de analisar o pedido de medida liminar, solicitei informações à autoridade reclamada. Informações que foram prestadas mediante a Petição nº 35.079/2011.

4. Muito bem. Feito este relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, pontuo, de saída, não merecer seguimento a presente reclamação. É que a reclamação constitucional de que trata a alínea “l” do inciso I do art. 102 da Constituição de 1988 é ferramenta processual de preservação da competência desta colenda Corte e de garantia da autoridade das suas decisões. Nesta última hipótese, contudo, sabe-se que as reclamatórias somente podem ser manejadas ante o descumprimento de decisórios proferidos, com efeito vinculante, nas ações destinadas ao controle abstrato de constitucionalidade, ou, então, nos processos de índole subjetiva, desde que, neste último caso, o eventual reclamante deles haja participado. Já a hipótese de cabimento de reclamação a que alude o §3º do art. 103-A da Constituição Federal, essa pressupõe a existência de súmula vinculante, o que inexiste no caso dos autos. Nesse sentido é a jurisprudência pacífica deste Supremo Tribunal Federal: Rcl 7.918, Rel. Min. Ellen Gracie; Rcl. 7.285, Rel. Min. Eros Grau; Rcl 7.610, Rel. Min. Cezar Peluso; Rcl 3.197, Rel. Min. Joaquim Barbosa; Rcl 4.295, Rel. Min. Carlos Britto; Rcl 4.299, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Rcl 4.397, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e Rcl 6.135-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

5. Lembro mais: se a ação direta de inconstitucionalidade visa à integridade normativa da Constituição, a reclamação sai em defesa, não imediatamente da Constituição, mas do próprio guardião da Magna Carta. É um processo subjetivo, e não objetivo, na medida em que, concretamente, guarda o guardião, nos dois referidos pressupostos: para impedir a usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal e para garantir a autoridade das respectivas decisões.

6. Nessa contextura, vê-se que o alegado desrespeito às decisões desta nossa Corte Constitucional, nos agravos de instrumento veiculados na inicial (AIs 560.422-4/RS e 620.739-6/RS), não autoriza a abertura da via processual da reclamação para aqueles que não participaram dos processos de índole subjetiva. Autorizaria, sim, caso este Supremo Tribunal Federal houvesse aprovado, mediante decisão de dois terços dos seus membros, súmula com efeito vinculante perante os órgãos do Poder Judiciário e da Administração federal, estadual, distrital e municipal (CF, art. 103-A), o que não ocorreu nos presentes autos.

7. Já no que toca à alegação de violação da decisão proferida por esta Casa de Justiça na ADI-MC 1.931/DF pelo acórdão impugnado, tenho que não é de ser acatada. Isso porque o ato reclamado possui fundamentos distintos das razões invocadas pelo precedente tido por violado. Confira-se, neste sentido, trecho da sentença que serviu como fundamento para o acórdão impugnado:

“A negativa da seguradora, no entanto, não pode prevalecer. Apesar das condições gerais do seguro firmados entre as partes aluda, efetivamente, à exclusão da cobertura de procedimentos que envolvam a colocação de marcapasso, próteses, válvulas e similares (cláusula X, item r), a celebração do referido contrato é anterior à edição da Lei n. 9656/98, que alterou as diretrizes gerais dos planos de saúde.

A partir da vigência da referida Lei, cumpria à seguradora adaptar os

contratos firmados sob a égide da lei antiga. Dentre as alterações previstas, está a imposição de cobertura de próteses e órteses e seus acessórios quando ligadas ao ato cirúrgico (art. 10, VII, com a redação alterada pela Medida Provisória 2177-44/2001).

(...)A alegação de que deu ciência a autora acerca da possibilidade de

alteração do contrato – migração dos planos de saúde – não lhe socorre, pois ausente mínima prova de que tenha cientifcado a autora acerca da alteração das diretrizes do plano e da possibilidade de migração. A própria Lei no artigo 35, §1º da Lei 9656/98 refere que a adaptação deve ser formalizada em termo próprio, a qual não foi observada pela empresa requerida.”

8. Com efeito, verifica-se que os fundamentos jurídicos da sentença em foco não se confundem com aqueles analisados pela ADI-MC 1931. E o que ficou decidido no julgamento da medida cautelar nesta ação direta de inconstitucionalidade? Decidiu o Plenário desta Casa de Justiça suspender a eficácia do art. 35-E e da expressão “atuais e” do §2º do art. 10, ambos da Lei 9.656/1998. Dispositivos legais sequer mencionados pela decisão reclamada. Daí porque “inexiste qualquer relação de identidade entre a matéria versada na presente reclamação e aquela examinada, pelo Supremo Tribunal Federal, no acórdão proferido na ADI 1.931-MC/DF circunstância essa que torna evidente a falta de pertinência na invocação, como paradigma, do julgamento plenário em questão.” (Rcl 10.671 – MC/RS. Rel. Min. Celso de Mello).

9. Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Intimem-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 11.984 (300)ORIGEM : INQ - 00403901020118190038 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : VOTORANTIM CIMENTOS LTDAADV.(A/S) : MAURÍCIO TASSINARI FARAGONE E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NOVA

IGUAÇU

DESPACHO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional ajuizada por Votorantim

Cimentos Ltda em face da Juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Iguaçu/RJ, cuja decisão teria afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e negado aplicação à Súmula Vinculante nº 14.

É o relatório.A petição inicial não indica o valor da causa.É caso de ofensa direta aos arts. 258 e 259 do Código de Processo

Civil.Ante o exposto, determino a emenda da inicial, no prazo de 10 (dez)

dias, sob pena de indeferimento.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 12.306 (301)ORIGEM : AIRR - 518220105200000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MARCOS ANTONIO ARAÚJO DE ANDRADEADV.(A/S) : LUIZ BRUNO LISBÔA DE BRAGANÇA FERROINTDO.(A/S) : POSTDATA SERVIÇOS E GESTÃO DE SAÚDE LTDA

DECISÃORECLAMAÇÃO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE

SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO. ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO PROFERIDA NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE N. 16. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE.

Relatório1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado

de Sergipe, em 9.8.2011, contra decisão proferida pela 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que, nos autos do Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n. 51-82.2010.5.20.0000, teria afastado a aplicabilidade do art. 71, § 1º, da Lei n. 8.666/1993 e descumprido o que decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16.

2. A decisão impugnada tem o teor seguinte:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 48

“TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ART. 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/93 E RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS DO EMPREGADOR CONTRATADO. POSSIBILIDADE, EM CASO DE CULPA IN VIGILANDO DO ENTE OU ÓRGÃO PÚBLICO CONTRATANTE, NOS TERMOS DA DECISÃO DO STF PROFERIDA NA ADC Nº 16-DF E POR INCIDÊNCIA DOS ARTS. 58, INCISO III, E 67, CAPUT E § 1º, DA MESMA LEI DE LICITAÇÕES E DOS ARTS. 186 E 927, CAPUT, DO CÓDIGO CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E PLENA OBSERVÂNCIA DA SÚMULA VINCULANTE Nº 10 E DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, ITENS IV E V, DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Conforme ficou decidido pelo Supremo Tribunal Federal, com eficácia contra todos e efeito vinculante (art. 102, § 2º, da Constituição Federal), ao julgar a Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16-DF, é constitucional o art. 71, § 1º, da Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93), na redação que lhe deu o art. 4º da Lei nº 9.032/95, com a consequência de que o mero inadimplemento de obrigações trabalhistas causado pelo empregador de trabalhadores terceirizados, contratados pela Administração Pública, após regular licitação, para lhe prestar serviços de natureza contínua, não acarreta a esta última, de forma automática e em qualquer hipótese, sua responsabilidade principal e contratual pela satisfação daqueles direitos. No entanto, segundo também expressamente decidido naquela mesma sessão de julgamento pelo STF, isso não significa que, em determinado caso concreto, com base nos elementos fático-probatórios delineados nos autos e em decorrência da interpretação sistemática daquele preceito legal em combinação com outras normas infraconstitucionais igualmente aplicáveis à controvérsia (especialmente os arts. 54, § 1º, 55, inciso XIII, 58, inciso III, 66, 67, caput e seu § 1º, 77 e 78 da mesma Lei nº 8.666/93 e os arts. 186 e 927 do Código Civil, todos subsidiariamente aplicáveis no âmbito trabalhista por força do parágrafo único do art. 8º da CLT), não se possa identificar a presença de culpa in vigilando na conduta omissiva do ente público contratante, ao não se desincumbir satisfatoriamente de seu ônus de comprovar ter fiscalizado o cabal cumprimento, pelo empregador, daquelas obrigações trabalhistas (fato que deve estar expressamente registrado na decisão regional), como estabelecem aquelas normas da Lei de Licitações e também, no âmbito da Administração Pública federal, a Instrução Normativa nº 2/2008 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), alterada por sua Instrução Normativa nº 03/2009. Nesses casos, sem nenhum desrespeito aos efeitos vinculantes da decisão proferida na ADC nº 16-DF e da própria Súmula Vinculante nº 10 do STF, continua perfeitamente possível, à luz das circunstâncias fáticas da causa e do conjunto das normas infraconstitucionais que regem a matéria, que se reconheça a responsabilidade extracontratual, patrimonial ou aquiliana do ente público contratante autorizadora de sua condenação, ainda que de forma subsidiária, a responder pelo adimplemento dos direitos trabalhistas de natureza alimentar dos trabalhadores terceirizados que colocaram sua força de trabalho em seu benefício. Tudo isso acabou de ser consagrado pelo Pleno deste Tribunal Superior do Trabalho, ao revisar sua Súmula nº 331, em sua sessão extraordinária realizada em 24.05.2011 (decisão publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho de 27.05.2011, f. 14/15), atribuindo nova redação ao seu item IV e inserindo-lhe o novo item V, nos seguintes e expressivos termos: -SÚMULA Nº 331. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE. (…) IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei nº 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.-. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ABRANGÊNCIA. MULTAS CONVENCIONAIS. A jurisprudência desta Corte pacificou-se no entendimento acerca de que a responsabilização subsidiária, prevista na Súmula nº 331, item VI, do TST, implica o pagamento da totalidade dos débitos trabalhistas, inclusive as multas legais ou convencionais e verbas rescisórias ou indenizatórias. Esse entendimento acabou sendo consagrado pelo Pleno deste Tribunal Superior do Trabalho que, em sessão extraordinária realizada em 24/05/2011, decidiu inserir o item VI na Súmula nº 331 da Corte, por intermédio da Resolução nº 174/2011 (decisão publicada no DEJT divulgado em 27, 30 e 31/05/2011), com a seguinte redação: -A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas-. Agravo desprovido” (fls. 149-152, doc. 5).

3. O Reclamante alega que “no julgamento do agravo de instrumento, a Egrégia Segunda Turma negou provimento ao recurso, com base no fato de que o Regional mantivera a condenação subsidiária do Estado de Sergipe, calcado na sua condição de tomador de serviços, nos estritos termos da Súmula 331, IV, do TST” (fl. 2).

Argumenta que “por haver evidente desrespeito à decisão proferida por esta Colenda Corte, no bojo da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16 – ADC 16, ingressa-se, agora, com a presente reclamação, a fim de obrigar à observância da orientação vinculante emanada desse Supremo

Tribunal” (fl. 2).Sustenta que “conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, na

ADC 16, o mero inadimplemento da empresa contratada não constitui causa suficiente à caracterização da culpa ‘in vigilando’, impondo-se a indicação de fatos concretos imputáveis ao Poder Público, para a caracterização da conduta culposa” (fl. 7).

Salienta que “o Tribunal, apenas para disfarçar o cumprimento da decisão da ADC 16, reconhece que, para permitir a responsabilização subsidiária do Estado, é necessária a comprovação de eventual omissão da Administração no dever que lhe é imposta – inobservância aos artigos 58, III, e 67, da Lei 8.666, de 1993” (fl. 9).

Assevera a que estariam presentes nesta reclamação os requisitos essenciais para o deferimento da medida liminar.

Requer “a) seja julgado, monocraticamente, procedente a presente reclamação, para cassar a decisão proferida pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Agravo de Instrumento no Recurso de Revista n. 51-82.2010.5.20.0000, e determinar que seja realizado novo julgamento do feito, observando-se a orientação firmada pelo STF no julgamento da Ação Declaratória nº 16, Rel. Min. Cezar Peluso; b) acaso não atendido o pedido acima, requer a concessão de medida liminar inaudita altera pars para determinar a suspensão do andamento do feito -, no bojo do qual houve afronta à autoridade da decisão emanada na ADC 16” (fls. 19-20).

Pede “c) no mérito, a cassação definitiva da decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho” (fl. 20).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica assiste ao Reclamante.5. Cumpre ressaltar que o Regimento Interno do Supremo Tribunal

Federal dispõe, no art. 157, que “o Relator requisitará informações da autoridade, a quem for imputada a prática do ato impugnado” e, no art. 52, que “poderá o Relator dispensar a vista ao Procurador-Geral (...) quando sobre a matéria versada no processo já houver o Plenário firmado jurisprudência”.

A presente reclamação está instruída com todos os documentos essenciais para a solução da controvérsia e a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, fundamentou sua decisão na Súmula n. 331 daquele Tribunal especializado, matéria recorrente neste Supremo Tribunal, razão pela qual deixo de requisitar informações à autoridade Reclamada e dispenso o parecer do Procurador-Geral da República.

6. O que se põe em foco na presente reclamação é se, por meio da decisão impugnada, a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho teria descumprido a decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16, ao aplicar o entendimento da Súmula n. 331 daquele Tribunal para reconhecer a responsabilidade subsidiária da Administração Pública pelo cumprimento de obrigações trabalhistas.

7. Na sessão plenária de 24.11.2010, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16 para declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei n. 8.666/1993. Ressalte-se o debate havido nesse julgamento:

“A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Presidente, acho que aqui há um dado: a norma, como acabei de reler, é taxativa. No contrato administrativo, não se transferem ônus à Administração que são entregues ao contratado. Se a Justiça do Trabalho afasta, ela tem que afastar essa norma por inconstitucionalidade, porque senão é descumprimento de lei. Não há alternativa.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Esse é o ponto crucial: o artigo 71 da Lei n. 8.666/93 é categórico no que afasta a responsabilidade do Poder Público quando tomada a mão de obra mediante empresa prestadora de serviço. No âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, sedimentou-se, sem se instaurar um incidente de inconstitucionalidade desse artigo, uma jurisprudência a partir do artigo 2º da Consolidação das Leis do Trabalho, quanto à solidariedade, e a partir do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, quanto à responsabilidade do Poder Público no sentido de que haveria a responsabilidade do setor público. E o que houve lá não foi um incidente de inconstitucionalidade, mas de uniformização da jurisprudência, editando-se, portanto, a partir desse incidente, o Verbete n. 331. É uma matéria que está em aberto, e, a meu ver, quando se declarou a responsabilidade, sem se assentar a inconstitucionalidade do artigo 71 da Lei n. 8.666/93, afastou-se esse preceito sem se cogitar da pecha de inconstitucionalidade.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Contornando-se, não é, Ministro?

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Tenho a visão aberta para os processos objetivos e a conveniência de o Supremo se pronunciar quanto ao alcance, considerada a Constituição Federal, de certo preceito normativo. A rigor, o Poder Público fica praticamente, se não for assim, manietado para chegar a este Tribunal, porque há inúmeras reclamações apontando que, em última análise, os Tribunais do Trabalho – refiro-me, quanto ao acesso ao Supremo, ao Tribunal Superior do Trabalho – acabam driblando, no bom sentido, o artigo 71 da Lei nº 8.666/93, deixando de observá-lo, sem que declarem o conflito desse dispositivo com a Carta da República. Quanto ao extraordinário se diz, na vala comum, que o tema é fático e tem regência estritamente legal. Daí a conveniência de adentrar-se o tema e pacificar-se a matéria, porque são inúmeras as reclamações que estão

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 49

chegando ao Supremo, presente o Verbete nº 10 da Súmula Vinculante.O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E

RELATOR) - Em relação a isso não tenho dúvida nenhuma, eu reconheço a plena constitucionalidade da norma e, se o Tribunal a reconhecer, como eventualmente poderá fazê-lo, a mim me parece que o Tribunal não pode, neste julgamento, impedir que a Justiça trabalhista, com base em outras normas, em outros princípios e à luz dos fatos de cada causa, reconheça a responsabilidade da Administração.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O preceito é categórico quanto ao afastamento da responsabilidade.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Mas hoje, Presidente, é com base no Enunciado n. 331. Só para ler o que se contém naquele incidente de uniformização e jurisprudência.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - Ele faz a referência, no final, entre parênteses?

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Não, afirma, textualmente, o seguinte: ‘Admitir-se o contrário’ - a irresponsabilidade subsidiária da Administração, em face de seu comportamento omisso ou irregular na fiscalização do contrato, partindo de uma interpretação meramente literal da norma em exame - o § 1º do artigo 71 da 8.666 -, em detrimento de uma exegese sistemática - ‘seria menosprezar todo um arcabouço jurídico de proteção ao empregado e, mais do que isso, olvidar que a Administração Pública deve pautar seus atos não apenas atenta aos princípios da legalidade, da impessoalidade, mas sobretudo, pelo da moralidade pública, que não aceita e não pode aceitar, num contexto de evidente ação omissiva ou comissiva, geradora de prejuízos a terceiro, que possa estar ao largo de qualquer corresponsabilidade do ato administrativo que pratica’. Aí, faz referência aos artigos 173 e 195, § 3º, da Constituição, para se afirmar responsabilidade, afirmando-se ali: ‘Registre-se, por outro lado, que o art. 37, § 6º, da Constituição Federal consagra a responsabilidade objetiva da Administração, sob a modalidade de risco administrativo, estabelecendo, portanto, obrigação de indenizar sempre que cause danos a terceiro.’ Com um detalhe: essa frase é rigorosamente, fragorosamente e exemplarmente contrária à Constituição, porque o artigo 37, § 6º, trata de responsabilidade objetiva extrapatrimonial e extracontratual. Aqui é responsabilidade contratual, então, na verdade, contrariaram a Constituição.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vossa Excelência me permite? O problema maior é que o § 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93 é categórico. ‘Art. 71 (…) § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas’ - é o caso -, ‘fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.’ Então, o que ocorreu em última análise? Fechou-se a Lei nº 8.666/93 e decidiu-se a partir, reconheço, do disposto nos artigos 37, § 6º, da Constituição Federal e 2º da Consolidação das Leis do Trabalho, mas sem afastar-se do cenário jurídico o preceito. O que é isso senão algo glosado pelo Verbete Vinculante nº 10?” (grifos nossos).

O acórdão do julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade n. 16 está pendente de publicação. No entanto, este Supremo Tribunal assentou ser desnecessária a publicação do acórdão tido por afrontado para o cabimento de reclamação, pois a decisão proferida em ação objetiva de controle de constitucionalidade tem efeito vinculante e eficácia erga omnes desde a publicação da ata do julgamento.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. PROCESSAMENTO

DA RECLAMAÇÃO CONDICIONADO À JUNTADA DA ÍNTEGRA DO ACÓRDÃO DITO VIOLADO. PUBLICAÇÃO DA ATA DE JULGAMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE NO DIÁRIO DE JUSTIÇA. REFORMA DO ATO QUE NEGOU SEGUIMENTO À RECLAMAÇÃO. 1. O cabimento da reclamação não está condicionado a publicação do acórdão supostamente inobservado. 2. A decisão de inconstitucionalidade produz efeito vinculante e eficácia erga omnes desde a publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão. 3. A ata de julgamento publicada impõe autoridade aos pronunciamentos oriundos desta Corte. 4. Agravo regimental provido” (Rcl 3.632-AgR, Redator para o acórdão o Ministro Eros Grau, Plenário, DJ 18.8.2006, grifos nossos).

8. Na espécie vertente, a decisão impugnada foi proferida em 29.6.2011 (fl. 179, doc. 5); a ata do julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16, publicada em 3.12.2010. Portanto, ao afastar a aplicação do § 1º do art. 71 da Lei n. 8.666/1993, com base na Súmula n. 331 do Tribunal Superior do Trabalho, a 2ª Turma do Tribunal especializado descumpriu a decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16.

Nesse sentido:“Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública.

Afastamento. Art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. Constitucionalidade. Precedente. ADC 16. 4. Agravo regimental a que se dá provimento, para reconsiderar a decisão agravada e julgar procedente a reclamação” (Rcl 9.894-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 17.2.2011).

Confira-se, excerto do voto do Relator:“Ao apreciar a ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Sessão Plenária de

24.11.2010, esta Corte julgou procedente a Ação Declaratória de Constitucionalidade para declarar a compatibilidade do referido dispositivo

com a Constituição. Ante o exposto, dou provimento ao agravo regimental, para reconsiderar a decisão agravada, e, com com base na jurisprudência desta Corte (art. 161, parágrafo único, RISTF), conheço da reclamação e julgo-a procedente, para cassar o acórdão reclamado e determinar que outro seja proferido em seu lugar, levando em consideração a decisão deste Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, proferida na ADC 16”.

Em caso análogo ao dos autos:“ As disposições insertas no art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 e no

inciso IV da Súmula TST 331 são diametralmente opostas. 5. O art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 prevê que a inadimplência do contratado não transfere aos entes públicos a responsabilidade pelo pagamento de encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, enquanto o inciso IV da Súmula TST 331 dispõe que o inadimplemento das obrigações trabalhistas pelo contratado implica a responsabilidade subsidiária da Administração Pública, se tomadora dos serviços. 6. O acórdão impugnado, ao aplicar ao presente caso a interpretação consagrada pelo Tribunal Superior do Trabalho no item IV do Enunciado 331, esvaziou a força normativa do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. 7. Ocorrência de negativa implícita de vigência ao art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, sem que o Plenário do Tribunal Superior do Trabalho tivesse declarado formalmente a sua inconstitucionalidade” (Rcl 8.150-AgR, Redatora para o acórdão a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJe 3.3.2011, grifos nossos).

9. No julgamento da Questão de Ordem no Agravo Regimental na Reclamação n. 9.894, Relator o Ministro Gilmar Mendes, este Supremo Tribunal assentou que os Ministros poderiam julgar monocraticamente os processos relativos à matéria, na esteira dos precedentes.

10. Pelo exposto, na linha do entendimento firmado por este Supremo Tribunal, julgo procedente a presente reclamação para cassar a decisão proferida pela 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho proferida nos autos do Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n. 51-82.2010.5.20.0000, e determinar que outra decisão seja proferida como de direito.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECLAMAÇÃO 12.361 (302)ORIGEM : RESP - 1080982 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : Eduardo Fróes Ribeiro de OlivaRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : KENTE PÃO LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO PÓVOA SPOSITO

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de reclamação constitucional, proposta por Centrais Elétricas

Brasileiras S/A (ELETROBRÁS) contra ato do Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça. Ato consubstanciado em decisão que negou provimento a agravo em recurso extraordinário.

2. Argui a autora que interpôs recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que deu parcial provimento a recurso especial. Recurso extraordinário a que se negou seguimento. Pelo que a autora interpôs agravo. Agravo, a seu turno, a que se negou provimento, com fundamento no § 5º do art. 543-A do CPC (repercussão geral da questão constitucional não reconhecida).

3. Alega a reclamante usurpação da competência privativa deste Supremo Tribunal Federal para apreciar a presença, no caso, da repercussão geral. É que, segundo a reclamante, a matéria aqui debatida é diversa daquela decidida no AI 735.933, utilizado como paradigma. Daí requerer a procedência da reclamação para que se reconheça “a aplicabilidade da súmula vinculativa 10 do STF aos casos relacionados em face da jurisprudência existente no âmbito do Supremo Tribunal Federal”.

4. Feito esse aligeirado relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, pontuo, de saída, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, de longa data, se consolidou no sentido da obrigatoriedade do envio, a esta nossa Corte, do agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória de recurso extraordinário. Isto porque somente a este Supremo Tribunal Federal caberia dar a última palavra quanto ao cabimento de recurso de sua própria competência (o recurso extraordinário). Confiram-se alguns precedentes: Rcl 2.826, Rel. Min. Marco Aurélio; Rcl 2.453, Rel. Min. Carlos Britto; Rcl 1.155, Rel. Min. Nelson Jobim; Rcl 1.574, Rel. Min. Nelson Jobim; Rcl 2.132, Rel. Min. Celso de Mello; Rcl 2.105, Rel. Min. Ilmar Galvão; Rcl 628, Rel. Min. Ellen Gracie; Rcl 642, Rel. Min. Ellen Gracie; Rcl 1.772, Rel. Min. Ilmar Galvão; Rcl 634, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; Rcl 1.025, Rel. Min. Celso de Mello; Rcl 708, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; Rcl 631, Rel. Min. Octavio Gallotti; Rcl 499, Rel. Min. Carlos Velloso, entre outros.

5. Anoto agora que, com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, de 08 de dezembro de 2004, foi acrescentado o § 3º ao art. 102 da Constituição Federal, nos seguintes termos:

“§ 3º. No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 50

repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.”

6. Foi, então, editada a Lei nº 11.418, de 19 de dezembro de 2006, que adicionou os arts. 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil. Dispositivos legais que assim dispõem:

“Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo.

(...)§ 5º. Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para

todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

(...)Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos com

fundamento em idêntica controvérsia, a análise da repercussão geral será processada nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto neste artigo.

§ 1º. Caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte.

§ 2º. Negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos.

§ 3º. Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.

§ 4º. Mantida a decisão e admitido o recurso, poderá o Supremo Tribunal Federal, nos termos do Regimento Interno, cassar ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada.

§ 5º. O Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal disporá sobre as atribuições dos Ministros, das Turmas e de outros órgãos, na análise da repercussão geral.”

7. Complementando a regulamentação da matéria, o Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal prescreveu o seguinte:

“Art. 326. Toda decisão de inexistência de repercussão geral é irrecorrível e, valendo para todos os recursos sobre questão idêntica, deve ser comunicada, pelo(a) Relator(a), à Presidência do Tribunal, para os fins do artigo subseqüente e do artigo 329.

Art. 327. A Presidência do Tribunal recusará recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria carecer de repercussão geral, segundo precedente do Tribunal, salvo se a tese tiver sido revista ou estiver em procedimento de revisão.

§ 1°. Igual competência exercerá o(a) Relator(a) sorteado(a), quando o recurso não tiver sido liminarmente recusado pela Presidência.

§ 2°. Da decisão que recusar recurso, nos termos deste artigo, caberá agravo.

Art. 328. Protocolado ou distribuído recurso cuja questão for suscetível de reproduzir-se em múltiplos feitos, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a), de ofício ou a requerimento da parte interessada, comunicará o fato aos tribunais ou turmas de juizado especial, a fim de que observem o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil, podendo pedir-lhes informações, que deverão ser prestadas em 5 (cinco) dias, e sobrestar todas as demais causas com questão idêntica.

Parágrafo único. Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Art. 328-A. Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo.

§ 1º. Nos casos anteriores, o Tribunal de origem sobrestará os agravos de instrumento contra decisões que não tenham admitido os recursos extraordinários, julgando-os prejudicados nas hipóteses do art. 543-B, § 2º, e, quando coincidente o teor dos julgamentos, § 3º.

§ 2º. Julgado o mérito do recurso extraordinário em sentido contrário ao dos acórdãos recorridos, o Tribunal de origem remeterá ao Supremo Tribunal Federal os agravos em que não se retratar.”

8. Como se vê, a alteração legislativa foi substancial, a ponto de pôr em dúvida a própria jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, quanto à obrigatoriedade do envio, a esta nossa Corte, do agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória de seguimento a recurso extraordinário.

9. Desde a introdução, pela Emenda Constitucional nº 45/2004, do requisito da repercussão geral para o conhecimento do recurso extraordinário, dúvidas sobrevieram quanto ao procedimento a ser adotado por este Supremo Tribunal Federal e pelos tribunais brasileiros. Dúvidas que têm sido afastadas, com o avançar da regulamentação legal e infralegal. Sucede que um ponto ainda merece focada atenção desta nossa Corte: quando as partes

(recorrente ou recorrido) se insurgirem contra o rótulo de “matéria idêntica” que se apuser ao recurso extraordinário sobrestado, poderão manejar algum recurso ou medida processual? Em outras palavras, se, no entender das partes, a controvérsia objeto do recurso extraordinário sobrestado não for idêntica àquela do recurso tido por paradigma, como proceder? Respondo.

10. Quanto aos recursos extraordinários protocolados neste Supremo Tribunal Federal, parece-me fora de dúvida que:

I) quando esta nossa Corte houver decidido que determinada matéria não tem repercussão geral, pode o Presidente e/ou o Relator indeferir liminarmente os recursos sobre matéria idêntica. Decisão da qual caberá agravo interno (§ 5º do art. 543-A do CPC c/c o art. 327 e seus §§ 1º e 2º do RI/STF);

II) julgado o mérito de um recurso extraordinário, os demais recursos sobre idêntica controvérsia terão seu seguimento negado ou serão, desde logo, providos pelo Relator. Decisão da qual caberá agravo interno (§ 1º do art. 21 c/c o art. 317, ambos do RI/STF).

11. Nova pergunta: e se os recursos extraordinários que versem sobre matéria idêntica não estiverem sobrestados neste STF, mas nos tribunais de origem? Vislumbram-se, aqui, duas hipóteses: a) quando este Supremo Tribunal Federal verifica a “subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia”, seleciona “um ou mais representativos da questão” e determina “a devolução dos demais aos tribunais ou turma de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (parágrafo único do art. 328 do RI/STF); b) quando os próprios tribunais de origem identificam a multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia e, nos termos do § 1º do art. 543-B do Código de Processo Civil, encaminham a esta nossa Corte apenas um ou poucos recursos e suspendem os demais.

12. Na primeira hipótese, penso que, nos termos do art. 317 do RI/STF, caberá agravo regimental da decisão do Presidente deste STF ou do Relator que determinar a devolução de recurso extraordinário ao tribunal de origem, por entender se tratar de matéria idêntica a outro recurso da mesma espécie. Sucede que, uma vez sobrestado o processo na origem (em face do não-provimento do agravo regimental ou de sua não-interposição), não mais caberá qualquer recurso, segundo entendo. Negada a repercussão geral da questão constitucional versada no recurso extraordinário paradigmático, “os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não-admitidos” (§ 2º do art. 543-B do CPC), o que apenas será declarado, em despacho irrecorrível, pelo tribunal de origem. Admitida a repercussão geral e julgado o mérito do recurso paradigma, “os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se” (§ 3º do art. 543-B do CPC). Declaração de prejudicialidade que se faz por despacho igualmente irrecorrível.

13. Na segunda hipótese, tem-se situação um pouco diferente, dado que não haveria nos autos qualquer decisão deste Supremo Tribunal Federal quanto à identidade de matéria dos recursos extraordinários. Aqui, os próprios tribunais de origem (e não este STF) é que atestam a identidade da controvérsia e suspendem o processamento do recurso. Neste caso, qual a medida processual adequada para impugnar decisão da Presidência do tribunal, se as partes entenderem que os recursos extraordinários (o paradigma e o sobrestado) não versam sobre idêntica controvérsia? Agravo de instrumento, reclamação constitucional?

14. Pois bem, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal já resolveu a questão. E o fez para sufragar a inviabilidade tanto da interposição do agravo de instrumento quanto da propositura de reclamação constitucional. Refiro-me ao AI 760.358-QO, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, em que este STF não conheceu do recurso, e às Rcl’s 7.547 e 7.569, de relatoria da Ministra Ellen Gracie, em que esta nossa Corte também não conheceu das reclamações. Destaco, do voto da Ministra Ellen Gracie nas mencionadas reclamações, o seguinte trecho:

“Destaque-se que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pela instância ordinária, de decisão contrária ao entendimento firmado nesta Corte, conforme já decidimos no julgamento da Ação Cautelar 2.177-QO/PE, por mim relatada, DJe 20.02.2009. Verifica-se que essa é a única hipótese de remessa de agravo a este Tribunal após o julgamento dos feitos representativos da matéria.

O presente caso apresenta peculiaridade. É que a instância de origem, ao assemelhar a hipótese dos autos a outra em que a repercussão geral não fora reconhecida pelo Plenário Virtual, na verdade não se ateve ao disposto na sistemática da repercussão geral. Tanto o § 5º do art. 543-A, quanto o caput do art. 543-B, ambos do Código de Processo Civil, estabelecem a aplicação da decisão sobre a existência ou não de repercussão geral a matérias idênticas. As instâncias originárias somente estão autorizadas a aplicar o entendimento fixado por esta Corte. Se não o fizerem, em juízo de retratação, ficam obrigadas a enviar-nos os agravos interpostos pelas partes. Mas não há qualquer previsão legal ou regimental para a extensão por analogia de hipótese de repercussão geral reconhecida ou não pela Corte. O que justifica todo o novo sistema de racionalização da Justiça é que hipóteses idênticas recebam a mesma solução. É dizer, não estão os tribunais ou instâncias de origem autorizados a aplicar o instituto da repercussão geral a casos distintos, embora assemelhados.

Poder-se-ia teorizar que, para a correção do erro de aplicação da

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 51

decisão desta Suprema Corte ao processo sobrestado na origem, cabível seria a reclamação prevista no art. 102, I, l, da Constituição Federal. Entendo, todavia, não ser o caso, uma vez que a competência desta Corte somente estará desrespeitada no caso de uma indevida retenção do recurso extraordinário ou do agravo de instrumento sem que o Tribunal de origem realize a necessária retratação, nos termos do art. 543-B, § 3º, do CPC. Além disso, também não estaria sendo descumprida qualquer decisão emanada deste Supremo Tribunal.

Penso não ser adequada a ampliação da utilização da reclamação para correção de equívocos na aplicação da jurisprudência desta Corte aos processos sobrestados na origem. Isso acarretaria aumento da quantidade de processos distribuídos e desvirtuamento dos objetivos almejados com a instituição do mecanismo da repercussão geral.” (Grifou-se)

15. Seriam, então, irrecorríveis decisões de Presidentes de tribunais de origem que aplicassem indevidamente a sistemática da repercussão geral? Não! Mais uma vez transcrevo a solução proposta pela Ministra Ellen Gracie e acatada, à unanimidade, por este Supremo Tribunal Federal, verbis:

“Todavia, as partes não podem ficar à mercê de indevidas aplicações do salutar instituto da repercussão geral. É preciso que o Tribunal, desde já, sinalize ao sistema judiciário a fórmula para solução desses impasses.

Afigura-se claro que o manejo da reclamação é incabível porque não configurada nem a usurpação de competência, nem o desrespeito a decisão deste Tribunal, além de provocar manifestação do STF antes que sua jurisdição seja inaugurada. Além disso, traria o indesejável efeito colateral de ordem prática de abrir as portas do Tribunal a cada decisão nos Tribunais de origem que aplique nossa classificação positiva ou negativa de existência de repercussão geral.

Tendo em vista a ausência de outro meio eficaz para a correção da aplicação da jurisprudência firmada neste Plenário, concluo que o agravo interno a ser interposto no Tribunal de origem contra o ato da presidência que haja erroneamente classificado o caso concreto há de ser o instrumento adequado a ser utilizado. Este instrumento recursal possibilitará a correção, na via do juízo de retratação, ou por decisão colegiada.

Por essas razões, não conheço da presente reclamação, casso a liminar anteriormente deferida e determino o envio dos autos ao Tribunal de origem para o seu processamento como agravo interno, ficando autorizada a Secretaria desta Suprema Corte a proceder à baixa imediata dos presentes autos.” (Grifou-se)

16. No caso dos autos, observo que o agravo em recurso extraordinário interposto pelo reclamante já foi convertido em agravo interno. Agravo desprovido pelo Órgão Especial do STJ.

17. Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF. Deixo de determinar o envio dos autos ao tribunal de origem para seu processamento como agravo interno, porquanto a decisão reclamada já foi submetida à análise do Órgão Especial do Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 12.368 (303)ORIGEM : PROC - 00006348720105030114 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 3º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOINTDO.(A/S) : GISELLE DA ROCHA COSTAADV.(A/S) : CLAUDINEI DE SOUZA REZENDE E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : DIAGONAL CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de reclamação constitucional, aparelhada com pedido de

medida liminar, proposta pelo Estado de Minas Gerais contra ato da Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região.

2. Argui a autora que o Juízo reclamado, ao dar provimento parcial a recurso ordinário em reclamação trabalhista, afastou a aplicabilidade do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93. Dispositivo legal cuja constitucionalidade foi declarada por este Supremo Tribunal Federal na ADC 16. Daí requerer a concessão de liminar para suspender os efeitos do acórdão reclamado.

3. Feito esse aligeirado relato da causa, passo à decisão da liminar. Fazendo-o, pontuo, de saída, que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo provisório em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade jurídica do pedido (fumus boni juris) e do perigo da demora na prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir, do julgador, uma aprofundada incursão

no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que a este dão suporte, senão incorrendo em antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

4. No caso, tenho por ausentes os requisitos necessários à concessão da liminar. Explico: este Supremo Tribunal Federal assentou que o Plenário do Tribunal Superior Trabalho, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº 297.751/96, não declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93. Isto porque tal declaração deveria ocorrer, obrigatoriamente, mediante incidente de inconstitucionalidade, e não incidente de uniformização de jurisprudência. Entendeu também este nosso tribunal que o inciso IV da Súmula nº 331 do TST consiste, sim, numa desaplicação do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93. Dispositivo legal cuja constitucionalidade foi declarada, contra meu voto, na ADC 16.

5. Pois bem, qual o efeito da decisão desta nossa Corte na ADC 16? Resposta: vedar a automática transferência à Administração Pública das obrigações trabalhistas, fiscais e comerciais do contratado, bem como a responsabilidade por seu pagamento. Noutras palavras, o que está proibido por lei – lei declarada constitucional por este STF, com eficácia ergma omnes e efeito vinculante – é tornar a responsabilidade subsidiária do Poder Público uma consequência imediata do inadimplemento, pela empresa contratada, de suas obrigações trabalhistas. O que não impede a Justiça do Trabalho, na específica análise do caso concreto, de reconhecer a responsabilidade subjetiva (por culpa) da Administração. Veja-se o debate travado quando do julgamento da ADC 16:

“O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - Vou recordar a matéria e explicar mais uma vez por que meu voto julgava o autor carecedor da ação.

A informação prestada pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, invocando inclusive as decisões, é que o Tribunal Superior do Trabalho reconhece a responsabilidade da Administração com base nos fatos, isto é, com base no descumprimento do contrato, e não com base em inconstitucionalidade da lei. Ou seja, o Tribunal Superior do Trabalho não tem dúvida da constitucionalidade da norma, só que reconhece responsabilidade da Administração por questões factuais ligadas a cada contrato em particular. Noutras palavras, eu entendi que, como o Tribunal Superior do Trabalho não tem dúvida sobre a constitucionalidade, seria de todo em todo dispensável que o Tribunal a reconhecesse quando não há controvérsia a respeito.

Mas, enfim, se esta Corte entender de conhecer ainda assim quanto ao mérito, não tenho nada que discutir. Considero a norma constitucional também, o que não impedirá que a Justiça do Trabalho continue reconhecendo a responsabilidade da Administração com base nos fatos de cada causa.

(...)O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E

RELATOR) - Vossa Excelência me permite? O que, segundo me parece, o Tribunal fez, e fez com acerto? Ele reconheceu que a mera inadimplência - é isso que o artigo 71, § 1º, diz - do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, etc, não transfere essa responsabilidade para a Administração. A inadimplência do contratado não a transfere. O que o Tribunal e a Justiça do Trabalho têm reconhecido? Que a ação culposa da Administração, em relação à fiscalização à atuação...

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, a Justiça do Trabalho tem batido carimbo com o Enunciado 331 da Súmula da jurisprudência predominante.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - Pode até ser. Vossa Excelência conhece bem a Justiça do Trabalho. Deixe-me só dizer o que estou entendendo da postura da Justiça do Trabalho.

Ela tem decidido que a mera inadimplência do contratado não transfere a responsabilidade, nos termos do que está na lei, nesse dispositivo. Então, esse dispositivo é constitucional. E proclama: mas isto não significa que eventual omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do contratado, não gere responsabilidade. É outra matéria.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas, onde prevista essa atuação censora?

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - São outros fatos examinados sob a luz de outras normas constitucionais. É isso que estou dizendo.

(...)O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E

RELATOR) - Só estou advertindo ao Tribunal que isso não impedirá que a Justiça do Trabalho recorra a outros princípios constitucionais e, invocando fatos da causa, reconheça a responsabilidade da Administração, não pela mera inadimplência, mas por outros fatos. Por isso declarei que seria carecedor da ação, porque, a mim me parece, reconhecer a constitucionalidade, que nunca foi posta em dúvida, não vai impedir a postura da Justiça trabalhista que é agora impugnada, mas é impugnada sob outro ponto de vista. Não é a constitucionalidade dessa norma que vai impedir a Justiça do Trabalho de reconhecer a responsabilidade da Administração perante os fatos!

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas se verá diante de uma decisão do Supremo declarando a harmonia do dispositivo com a Constituição Federal. Creio que haverá, pelo menos, uma inibição, afastando-se, até, o Verbete nº 331 da Súmula.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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RELATOR) - Mas, Ministro, quanto a isso eu não tenho dúvida. Eu julgo a ação procedente. Conheço do mérito e julgo a ação procedente, sem problema nenhum.

(...)O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E

RELATOR) - Estou de acordo. Eu supero a preliminar e, no mérito, julgo a ação procedente, porque não tenho dúvida nenhuma sobre a constitucionalidade.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Eu acompanho Vossa Excelência.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - Se o Tribunal estiver de acordo, eu proclamo o resultado.

O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI - Na verdade, eu tenho acompanhado esse entendimento do Ministro Cezar Peluso, no sentido de considerar a matéria infraconstitucional, porque, realmente, ela é decidida sempre em um caso concreto, se há culpa ou não, e cito um exemplo com o qual nós nos defrontamos quase que cotidianamente em ações de improbidade. São empresas de fachada, muitas vezes constituídas com capital de mil reais, que participam de licitações milionárias, e essas firmas, depois de feitas ou não feitas as obras objeto da licitação, desaparecem do cenário jurídico e mesmo do mundo fático. E ficam com um débito trabalhista enorme. O que ocorre, no caso? Está claramente configurada a culpa in vigilando e in eligendo da Administração . Aí, segundo o TST, incide, ou se afasta, digamos assim, esse artigo 71, § 1º, da Lei 8.666. Portanto, eu sempre decidi na mesma linha do Ministro Cezar Peluso, no sentido de não conhecer, de considerar a matéria inconstitucional, mas se o Plenário entender que, dada a importância, o impacto da questão com relação à Administração, então talvez convenha que nós ultrapassemos essa questão do conhecimento e adentremos no âmago do tema.

O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Eu acompanho também o Ministro Cezar Peluso quanto ao não conhecimento.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Porque esse tipo de conduta quebra a estrutura inteira da Administração, que, licita, contrata, a lei diz que não assumirá, e aí ela assume duas vezes: ela pagou esse contratado que contratou de maneira equivocada, a licitação então não valeu de nada, e depois o povo brasileiro ainda paga a segunda vez por esse trabalhador. Quer dizer, alguma coisa está muito errada. E, se está errada nesse nível, acho que há outras consequências, inclusive mandar apurar a responsabilidade desse que não fiscalizou, desse que licitou mal.

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - É bem verdade que os pontos que têm sido suscitados pelo TST fazem todo o sentido e talvez exijam dos órgãos de controle, seja TCU, seja Tribunal de Contas do Estado, aqueles responsáveis pelas contas do município, que haja realmente a fiscalização, porque, realmente, o pior dos mundos pode ocorrer para o empregado que prestou o serviço, a empresa recebeu da Administração, mas não cumpriu os deveres elementares. Então, essa questão continua posta e foi o que o TST, de alguma forma, tentou explicitar ao não declarar a inconstitucionalidade da lei e resgatar a ideia da súmula, para que haja essa culpa in vigilando , fundamental. Nós tivemos esses casos aqui mesmo na administração do Tribunal e tivemos de fiscalizar, porque pode ocorrer que a empresa terceirizada receba, como sói acontecer, em geral, o Poder Público é adimplente, pelo menos no plano federal essa questão não se coloca, mas não cumpre esses deveres elementares. Talvez, aqui, reclamem-se normas de organização e procedimento por parte dos próprios órgãos que têm de fiscalizar, inicialmente são os órgãos contratantes e, depois, os órgãos fiscalizadores. De modo que haja talvez até uma exigência de demonstração de que se fez o pagamento, o cumprimento pelo menos das verbas elementares: pagamento de salário, recolhimento da Previdência Social e do FGTS.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Mas já há. A legislação brasileira exige. Só se pode pagar a posteriori, por exemplo, nesses casos dos contratos, e se está quitada com a Previdência, porque inclusive a empresa não pode mais contratar. É que talvez ela não esteja sendo feito.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - Vossa Excelência está acabando de demonstrar que a Administração Pública é obrigada a tomar atitude que, quando não toma, configura inadimplemento dela!

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Claro, não discordo disso.

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - Na verdade, apresenta quitação em relação à Previdência, aos débitos anteriores.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - Dela. Isso é que gera responsabilidade que vem sendo reconhecida pela Justiça do Trabalho. Não é a inconstitucionalidade da norma. A norma é sábia. Ela diz que o mero inadimplemento não transfere a responsabilidade. O mero inadimplemento deveras não transfere, mas a inadimplência da obrigação da Administração é que lhe traz como consequência uma responsabilidade que a Justiça do Trabalho eventualmente pode reconhecer a despeito da constitucionalidade da lei.

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - O que estava acontecendo, Presidente, é que, na quadra que se desenhou, a Justiça do Trabalho estava aceitando, de forma irrestrita, a responsabilidade do ente estatal.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E

RELATOR) - Agora há de ser no sentido de que ela vai ter de examinar os fatos. Estou de acordo. Vai ter de examinar os fatos.” (grifou-se)

6. E o que se lê do acórdão reclamado? Confira-se:“(...) Assim, a leitura do art. 71, §1º, da Lei 8.666/91 não pode passar

pela inteligência de que se estaria a albergar o retorno à doutrina da irresponsabilidade da Administração, mas de que se está a rechaçar a sua responsabilidade sem culpa. Não apregoa o referido dispositivo, então, por obviedade ou por desejo constitucional, a completa irresponsabilidade da administração, mas afasta a adoção do art. 37, § 6º da CF/88.

Logo, quando a administração pública celebra contrato de prestação de serviço, como no caso dos autos, ela não responde objetivamente pelo inadimplemento deste contrato quanto aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, mas, examinada cada situação concreta, especialmente quanto ao cumprimento do contratado em relação aos trabalhadores, comprovada sua culpa pelo inadimplemento deste contrato, pode ela, com base na própria Lei de Licitações, vir a responder, subjetivamente, pelo dano praticado, por sua negligência, imprudência ou imperícia, mesmo que na condição de co-autora desse ilícito.

Detectada, portanto, a culpa da Administração Pública, assim caracterizada pela sua omissão e/ou negligência quanto ao dever de fiscalizar a fiel execução e cumprimento do contrato de prestação de serviço (culpa in vigilando) ajustado para com a empresa fornecedora de mão-de-obra, tal como determinado pelos arts. 58 e 67 da Lei 8.666/91 (Lei de Licitação), será lícito imputar-lhe o dever de indenizar os trabalhadores que tiveram seus direitos trabalhistas não adimplidos pela contratada (...)

Não demonstrando a Administração Pública, por meio idôneo e previsto na Lei de Licitações, o cumprimento de seu dever de fiscalizar o contrato de prestação de serviço ajustado com empresa prestadora de serviços, não pode ser afastado o reconhecimento de seu dever de reparar o dano perpetrado aos empregados de empresa contratada (...)

A omissão e a negligência da Administração Pública, como no caso em exame, por certo contribui para a ocorrência do evento danoso, e como tal, deve ser chamada a responder pelo dano causado.” (Grifou-se)

7. Como se vê, ao responsabilizar subsidiariamente a Administração Pública por obrigações trabalhistas devidas a empregado de empresa contratada, mas assim proceder após detida análise do caso concreto, o acórdão reclamado parece não haver violado nem a Súmula Vinculante nº 10 deste Supremo Tribunal Federal nem o acórdão da ADC 16.

8. Ante o exposto, indefiro a liminar, o que faço sem prejuízo de u'a mais detida análise quando do julgamento do mérito.

9. Solicitem-se informações ao reclamado. Após, encaminhe-se o processo ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 12.374 (304)ORIGEM : RESP - 991510 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : CLEBER MARQUES REISRECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : TRÊS PORTOS S/A INDÚSTRIA DE PAPELADV.(A/S) : TÂNIA REGINA PEREIRAINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de reclamação constitucional, proposta por Centrais Elétricas

Brasileiras S/A (ELETROBRÁS) contra ato do Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça. Ato consubstanciado em decisão que negou provimento a agravo em recurso extraordinário.

2. Argui a autora que interpôs recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que deu parcial provimento a recurso especial. Recurso extraordinário a que se negou seguimento. Pelo que a autora interpôs agravo. Agravo, a seu turno, a que se negou provimento, com fundamento no § 5º do art. 543-A do CPC (repercussão geral da questão constitucional não reconhecida).

3. Alega a reclamante usurpação da competência privativa deste Supremo Tribunal Federal para apreciar a presença, no caso, da repercussão geral. É que, segundo a reclamante, a matéria aqui debatida é diversa daquela decidida no AI 735.933, utilizado como paradigma. Daí requerer a procedência da reclamação para que se reconheça “a aplicabilidade da súmula vinculativa 10 do STF aos casos relacionados em face da jurisprudência existente no âmbito do Supremo Tribunal Federal”.

4. Feito esse aligeirado relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, pontuo, de saída, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, de longa data, se consolidou no sentido da obrigatoriedade do envio, a esta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 53

nossa Corte, do agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória de recurso extraordinário. Isto porque somente a este Supremo Tribunal Federal caberia dar a última palavra quanto ao cabimento de recurso de sua própria competência (o recurso extraordinário). Confiram-se alguns precedentes: Rcl 2.826, Rel. Min. Marco Aurélio; Rcl 2.453, Rel. Min. Carlos Britto; Rcl 1.155, Rel. Min. Nelson Jobim; Rcl 1.574, Rel. Min. Nelson Jobim; Rcl 2.132, Rel. Min. Celso de Mello; Rcl 2.105, Rel. Min. Ilmar Galvão; Rcl 628, Rel. Min. Ellen Gracie; Rcl 642, Rel. Min. Ellen Gracie; Rcl 1.772, Rel. Min. Ilmar Galvão; Rcl 634, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; Rcl 1.025, Rel. Min. Celso de Mello; Rcl 708, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; Rcl 631, Rel. Min. Octavio Gallotti; Rcl 499, Rel. Min. Carlos Velloso, entre outros.

5. Anoto agora que, com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, de 08 de dezembro de 2004, foi acrescentado o § 3º ao art. 102 da Constituição Federal, nos seguintes termos:

“§ 3º. No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.”

6. Foi, então, editada a Lei nº 11.418, de 19 de dezembro de 2006, que adicionou os arts. 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil. Dispositivos legais que assim dispõem:

“Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo.

(...)§ 5º. Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para

todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

(...)Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos com

fundamento em idêntica controvérsia, a análise da repercussão geral será processada nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto neste artigo.

§ 1º. Caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte.

§ 2º. Negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos.

§ 3º. Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.

§ 4º. Mantida a decisão e admitido o recurso, poderá o Supremo Tribunal Federal, nos termos do Regimento Interno, cassar ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada.

§ 5º. O Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal disporá sobre as atribuições dos Ministros, das Turmas e de outros órgãos, na análise da repercussão geral.”

7. Complementando a regulamentação da matéria, o Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal prescreveu o seguinte:

“Art. 326. Toda decisão de inexistência de repercussão geral é irrecorrível e, valendo para todos os recursos sobre questão idêntica, deve ser comunicada, pelo(a) Relator(a), à Presidência do Tribunal, para os fins do artigo subseqüente e do artigo 329.

Art. 327. A Presidência do Tribunal recusará recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria carecer de repercussão geral, segundo precedente do Tribunal, salvo se a tese tiver sido revista ou estiver em procedimento de revisão.

§ 1°. Igual competência exercerá o(a) Relator(a) sorteado(a), quando o recurso não tiver sido liminarmente recusado pela Presidência.

§ 2°. Da decisão que recusar recurso, nos termos deste artigo, caberá agravo.

Art. 328. Protocolado ou distribuído recurso cuja questão for suscetível de reproduzir-se em múltiplos feitos, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a), de ofício ou a requerimento da parte interessada, comunicará o fato aos tribunais ou turmas de juizado especial, a fim de que observem o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil, podendo pedir-lhes informações, que deverão ser prestadas em 5 (cinco) dias, e sobrestar todas as demais causas com questão idêntica.

Parágrafo único. Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Art. 328-A. Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo.

§ 1º. Nos casos anteriores, o Tribunal de origem sobrestará os agravos de instrumento contra decisões que não tenham admitido os recursos

extraordinários, julgando-os prejudicados nas hipóteses do art. 543-B, § 2º, e, quando coincidente o teor dos julgamentos, § 3º.

§ 2º. Julgado o mérito do recurso extraordinário em sentido contrário ao dos acórdãos recorridos, o Tribunal de origem remeterá ao Supremo Tribunal Federal os agravos em que não se retratar.”

8. Como se vê, a alteração legislativa foi substancial, a ponto de pôr em dúvida a própria jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, quanto à obrigatoriedade do envio, a esta nossa Corte, do agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória de seguimento a recurso extraordinário.

9. Desde a introdução, pela Emenda Constitucional nº 45/2004, do requisito da repercussão geral para o conhecimento do recurso extraordinário, dúvidas sobrevieram quanto ao procedimento a ser adotado por este Supremo Tribunal Federal e pelos tribunais brasileiros. Dúvidas que têm sido afastadas, com o avançar da regulamentação legal e infralegal. Sucede que um ponto ainda merece focada atenção desta nossa Corte: quando as partes (recorrente ou recorrido) se insurgirem contra o rótulo de “matéria idêntica” que se apuser ao recurso extraordinário sobrestado, poderão manejar algum recurso ou medida processual? Em outras palavras, se, no entender das partes, a controvérsia objeto do recurso extraordinário sobrestado não for idêntica àquela do recurso tido por paradigma, como proceder? Respondo.

10. Quanto aos recursos extraordinários protocolados neste Supremo Tribunal Federal, parece-me fora de dúvida que:

I) quando esta nossa Corte houver decidido que determinada matéria não tem repercussão geral, pode o Presidente e/ou o Relator indeferir liminarmente os recursos sobre matéria idêntica. Decisão da qual caberá agravo interno (§ 5º do art. 543-A do CPC c/c o art. 327 e seus §§ 1º e 2º do RI/STF);

II) julgado o mérito de um recurso extraordinário, os demais recursos sobre idêntica controvérsia terão seu seguimento negado ou serão, desde logo, providos pelo Relator. Decisão da qual caberá agravo interno (§ 1º do art. 21 c/c o art. 317, ambos do RI/STF).

11. Nova pergunta: e se os recursos extraordinários que versem sobre matéria idêntica não estiverem sobrestados neste STF, mas nos tribunais de origem? Vislumbram-se, aqui, duas hipóteses: a) quando este Supremo Tribunal Federal verifica a “subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia”, seleciona “um ou mais representativos da questão” e determina “a devolução dos demais aos tribunais ou turma de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (parágrafo único do art. 328 do RI/STF); b) quando os próprios tribunais de origem identificam a multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia e, nos termos do § 1º do art. 543-B do Código de Processo Civil, encaminham a esta nossa Corte apenas um ou poucos recursos e suspendem os demais.

12. Na primeira hipótese, penso que, nos termos do art. 317 do RI/STF, caberá agravo regimental da decisão do Presidente deste STF ou do Relator que determinar a devolução de recurso extraordinário ao tribunal de origem, por entender se tratar de matéria idêntica a outro recurso da mesma espécie. Sucede que, uma vez sobrestado o processo na origem (em face do não-provimento do agravo regimental ou de sua não-interposição), não mais caberá qualquer recurso, segundo entendo. Negada a repercussão geral da questão constitucional versada no recurso extraordinário paradigmático, “os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não-admitidos” (§ 2º do art. 543-B do CPC), o que apenas será declarado, em despacho irrecorrível, pelo tribunal de origem. Admitida a repercussão geral e julgado o mérito do recurso paradigma, “os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se” (§ 3º do art. 543-B do CPC). Declaração de prejudicialidade que se faz por despacho igualmente irrecorrível.

13. Na segunda hipótese, tem-se situação um pouco diferente, dado que não haveria nos autos qualquer decisão deste Supremo Tribunal Federal quanto à identidade de matéria dos recursos extraordinários. Aqui, os próprios tribunais de origem (e não este STF) é que atestam a identidade da controvérsia e suspendem o processamento do recurso. Neste caso, qual a medida processual adequada para impugnar decisão da Presidência do tribunal, se as partes entenderem que os recursos extraordinários (o paradigma e o sobrestado) não versam sobre idêntica controvérsia? Agravo de instrumento, reclamação constitucional?

14. Pois bem, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal já resolveu a questão. E o fez para sufragar a inviabilidade tanto da interposição do agravo de instrumento quanto da propositura de reclamação constitucional. Refiro-me ao AI 760.358-QO, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, em que este STF não conheceu do recurso, e às Rcl’s 7.547 e 7.569, de relatoria da Ministra Ellen Gracie, em que esta nossa Corte também não conheceu das reclamações. Destaco, do voto da Ministra Ellen Gracie nas mencionadas reclamações, o seguinte trecho:

“Destaque-se que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pela instância ordinária, de decisão contrária ao entendimento firmado nesta Corte, conforme já decidimos no julgamento da Ação Cautelar 2.177-QO/PE, por mim relatada, DJe 20.02.2009. Verifica-se que essa é a única hipótese de remessa de agravo a este Tribunal após o julgamento dos feitos representativos da matéria.

O presente caso apresenta peculiaridade. É que a instância de origem, ao assemelhar a hipótese dos autos a outra em que a repercussão

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 54

geral não fora reconhecida pelo Plenário Virtual, na verdade não se ateve ao disposto na sistemática da repercussão geral. Tanto o § 5º do art. 543-A, quanto o caput do art. 543-B, ambos do Código de Processo Civil, estabelecem a aplicação da decisão sobre a existência ou não de repercussão geral a matérias idênticas. As instâncias originárias somente estão autorizadas a aplicar o entendimento fixado por esta Corte. Se não o fizerem, em juízo de retratação, ficam obrigadas a enviar-nos os agravos interpostos pelas partes. Mas não há qualquer previsão legal ou regimental para a extensão por analogia de hipótese de repercussão geral reconhecida ou não pela Corte. O que justifica todo o novo sistema de racionalização da Justiça é que hipóteses idênticas recebam a mesma solução. É dizer, não estão os tribunais ou instâncias de origem autorizados a aplicar o instituto da repercussão geral a casos distintos, embora assemelhados.

Poder-se-ia teorizar que, para a correção do erro de aplicação da decisão desta Suprema Corte ao processo sobrestado na origem, cabível seria a reclamação prevista no art. 102, I, l, da Constituição Federal. Entendo, todavia, não ser o caso, uma vez que a competência desta Corte somente estará desrespeitada no caso de uma indevida retenção do recurso extraordinário ou do agravo de instrumento sem que o Tribunal de origem realize a necessária retratação, nos termos do art. 543-B, § 3º, do CPC. Além disso, também não estaria sendo descumprida qualquer decisão emanada deste Supremo Tribunal.

Penso não ser adequada a ampliação da utilização da reclamação para correção de equívocos na aplicação da jurisprudência desta Corte aos processos sobrestados na origem. Isso acarretaria aumento da quantidade de processos distribuídos e desvirtuamento dos objetivos almejados com a instituição do mecanismo da repercussão geral.” (Grifou-se)

15. Seriam, então, irrecorríveis decisões de Presidentes de tribunais de origem que aplicassem indevidamente a sistemática da repercussão geral? Não! Mais uma vez transcrevo a solução proposta pela Ministra Ellen Gracie e acatada, à unanimidade, por este Supremo Tribunal Federal, verbis:

“Todavia, as partes não podem ficar à mercê de indevidas aplicações do salutar instituto da repercussão geral. É preciso que o Tribunal, desde já, sinalize ao sistema judiciário a fórmula para solução desses impasses.

Afigura-se claro que o manejo da reclamação é incabível porque não configurada nem a usurpação de competência, nem o desrespeito a decisão deste Tribunal, além de provocar manifestação do STF antes que sua jurisdição seja inaugurada. Além disso, traria o indesejável efeito colateral de ordem prática de abrir as portas do Tribunal a cada decisão nos Tribunais de origem que aplique nossa classificação positiva ou negativa de existência de repercussão geral.

Tendo em vista a ausência de outro meio eficaz para a correção da aplicação da jurisprudência firmada neste Plenário, concluo que o agravo interno a ser interposto no Tribunal de origem contra o ato da presidência que haja erroneamente classificado o caso concreto há de ser o instrumento adequado a ser utilizado. Este instrumento recursal possibilitará a correção, na via do juízo de retratação, ou por decisão colegiada.

Por essas razões, não conheço da presente reclamação, casso a liminar anteriormente deferida e determino o envio dos autos ao Tribunal de origem para o seu processamento como agravo interno, ficando autorizada a Secretaria desta Suprema Corte a proceder à baixa imediata dos presentes autos.” (Grifou-se)

16. No caso dos autos, observo que o agravo em recurso extraordinário interposto pelo reclamante já foi convertido em agravo interno. Agravo desprovido pelo Órgão Especial do STJ.

17. Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF. Deixo de determinar o envio dos autos ao tribunal de origem para seu processamento como agravo interno, porquanto a decisão reclamada já foi submetida à análise do Órgão Especial do Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 12.379 (305)ORIGEM : AI - 764356 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : EZIO RAHAL MELILLOADV.(A/S) : GUSTAVO MARTIN TEIXEIRA PINTORECLDO.(A/S) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERALINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : FRANCISCO ALBERTO DE MOURA SILVAADV.(A/S) : LUCIANA SCACABAROSSI ERRERA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de reclamação, aparelhada com pedido de liminar, proposta

por Ézio Rahal Melillo contra decisão da Ministra Carmen Lúcia, proferida no AI nº 764.356.

2. O reclamante alega que houve violação aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Isso porque “deixou de ser intimado a respeito do v. Acórdão prolatado na sessão do dia 11/05/2011”.

3. Avança o reclamante para aduzir que requereu à autoridade reclamada o cancelamento da certidão do trânsito em julgado do processo em causa, em razão do suposto erro na intimação. Requerimento que foi indeferido sob o fundamento de que o acionante “foi devidamente intimado do acórdão proferido pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal, conforme consta das páginas 20 e 21 do Dje n. 100/2011, divulgado em 26.05.2011”. Daí pugnar pela procedência da reclamação para “cassar parte de decisão exorbitante do Plenário deste E. STF, determinando-se a regular intimação desta defensoria relativamente ao v. Acórdão proferido na sessão do dia 11/05/2011, com a reabertura do prazo para manifestação.

4. Muito bem. Feito este relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, pontuo, de saída, não merecer seguimento a presente reclamação. É que a reclamação constitucional de que trata a alínea “l” do inciso I do art. 102 da Constituição de 1988 é ferramenta processual de preservação da competência desta colenda Corte e de garantia da autoridade das suas decisões. Nesta última hipótese, contudo, sabe-se que as reclamatórias somente podem ser manejadas ante o descumprimento de decisórios proferidos, com efeito vinculante, nas ações destinadas ao controle abstrato de constitucionalidade, ou, então, nos processos de índole subjetiva, desde que, neste último caso, o eventual reclamante deles haja participado. Já a hipótese de cabimento de reclamação a que alude o §3º do art. 103-A da Constituição Federal, essa pressupõe a existência de súmula vinculante, o que inexiste no caso dos autos. Nesse sentido é a jurisprudência pacífica deste Supremo Tribunal Federal: Rcl 7.918, Rel. Min. Ellen Gracie; Rcl. 7.285, Rel. Min. Eros Grau; Rcl 7.610, Rel. Min. Cezar Peluso; Rcl 3.197, Rel. Min. Joaquim Barbosa; Rcl 4.295, Rel. Min. Carlos Britto; Rcl 4.299, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Rcl 4.397, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e Rcl 6.135-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

5. Lembro mais: se a ação direta de inconstitucionalidade visa à integridade normativa da Constituição, a reclamação sai em defesa, não imediatamente da Constituição, mas do próprio guardião da Magna Carta. É um processo subjetivo, e não objetivo, na medida em que, concretamente, guarda o guardião, nos dois referidos pressupostos: para impedir a usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal e para garantir a autoridade das respectivas decisões.

6. Nessa contextura, vê-se que o alegado desrespeito à decisão desta nossa Corte Constitucional no RE 87.174 não autoriza a abertura da via processual da reclamação para aqueles que não participaram do processo de índole subjetiva. Autorizaria, sim, caso este Supremo Tribunal Federal houvesse aprovado, mediante decisão de dois terços dos seus membros, súmula com efeito vinculante perante os órgãos do Poder Judiciário e da Administração federal, estadual, distrital e municipal (CF, art. 103-A), o que não ocorreu nos presentes autos.

7. Por fim, tenho que não é de ser admitido o manejo da ação reclamatória como sucedâneo recursal ou de ação rescisória, como se pretende no caso em foco. Afinal, “o instituto da reclamação não se presta para substituir recurso específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo 'a quo'” (Rcl 5.465-ED/ES, Relatora Ministra Cármen Lúcia).

9. Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Intimem-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 12.384 (306)ORIGEM : RO - 00800008220095040018 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOINTDO.(A/S) : DANIEL BAUM MOREIRAADV.(A/S) : JOÃO VICENTE SILVA ARAÚJOINTDO.(A/S) : VIGILÂNCIA PEDROZO LTDAADV.(A/S) : ADALBERTO PACHECO DOMINGUES

Requisitem-se prévias informações.Após, será apreciado o pleito liminar.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 55

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 109.937 (307)ORIGEM : HC - 202474 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALPACTE.(S) : MARCO AURELIO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHORECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL

PENAL. CONTROVÉRSIA SOBRE A CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 44 DA LEI N. 11.343/2006 (VEDAÇÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA AOS PRESOS EM FLAGRANTE POR TRÁFICO DE DROGAS). VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

1. Recurso ordinário em habeas corpus interposto pela Defensoria Pública da União contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem impetrada no Habeas Corpus n. 202.474.

O caso2. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais denegou ordem de habeas

corpus impetrada contra decisão de indeferimento de liberdade provisória, nos seguintes termos:

“'HABEAS CORPUS' - PENAL E PROCESSUAL PENAL - TRÁFICO DE DROGAS - LIBERDADE PROVISÓRIA - IMPOSSIBILIDADE - VEDAÇÃO LEGAL: ART. 44 DA LEI ANTIDROGAS - ORDEM DENEGADA. - Vedada a concessão de liberdade provisória aos supostos autores do delito de tráfico de drogas, nos termos do art. 44 da Lei 11.343/06. Isto porque a Lei 11.464/07, que deu nova redação ao art. 2º, II, da Lei 8.072/90, não se aplica ao delito de tráfico, em face do princípio da especialidade. - A inafiançabilidade do delito de tráfico de drogas emana de regra constitucional inserida no art. 5ª, Inciso XLIII da CF” (fl. 70).

3. Foi então impetrado o Habeas Corpus n. 202.474 no Superior Tribunal de Justiça. A ordem foi denegada com base nos seguintes fundamentos:

“HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. VALIDADE DA VEDAÇÃO CONTIDA NO ART. 44 DA LEI N.º 11.343/06. ORDEM DENEGADA.

1. O Paciente foi preso em flagrante delito, portando 2 (dois) invólucros que continham "maconha", tendo sido encontrado, ainda, nas imediações, um pequeno tablete da mesma substância.

2. É firme a orientação da Quinta Turma deste Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a vedação expressa da liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5º, inciso XLIII, da Constituição da República, que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais.

Precedentes desta Turma e do Supremo Tribunal Federal.3. Ordem denegada” (fl. 105).4. Contra esse acórdão foi interposto o presente recurso ordinário,

com base no art. 102, inc. II, alínea a, da Constituição da República.O Recorrente afirma que “tanto o acórdão ora objurgado como a

decisão colegiada de origem não fundamentaram a decisão de manutenção da custódia cautelar com base nos requisitos autorizadores do artigo 312 do CPP. De forma diversa, limitaram-se a dizer que não cabe liberdade provisória para o crime de tráfico, nos termos do artigo 44 da Lei n. 11.343/2006” (fl. 115).

Assevera que o artigo 44 da Lei n. 11.343/2006 contrariaria os princípios da presunção de não culpabilidade penal e do devido processo legal.

Alega que a modificação da Lei n. 8.072/1990 pela Lei n. 11.464/2007 alcançaria o art. 44 da Lei n. 11.343/2006.

Sustenta ser “necessário, para consubstanciar a privação da liberdade do indivíduo, que a prisão cautelar seja calcada nos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal” (fl. 121).

Requer seja “conhecido e provido o presente recurso a fim de que seja concedida a ordem de habeas corpus, para que o paciente aguarde o processo em liberdade” (fl. 122).

5. Este Supremo Tribunal não consolidou entendimento sobre a questão constitucional sob exame. Há precedentes contrários (HC 103.715, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 24.3.2011; HC 104.155, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Dje 3.11.2010) e favoráveis (HC 101.505, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, Dje 12.2.2010; HC 97.579, Redator para o acórdão o Min. Eros Grau, Segunda Turma, Dje 14.5.2010) ao pleito do Recorrente.

6. Ademais, foi reconhecida pelo Supremo Tribunal a existência de repercussão geral da questão em debate (RE 601.384-RG, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário Virtual, Dje 29.10.2009).

7. Assim, suficientemente instruído o feito, vista ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSOS

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.475 (308)ORIGEM : AC - 910235400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : FRANCISCO EDVALDO OLIVEIRA COLARESADV.(A/S) : RICARDO INNOCENTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - LUCIA CERQUEIRA ALVES BARBOSA

DESPACHO: (referente à Petição nº 0017293.) Por meio da petição em referência, a subscritora alega que o inteiro

teor do acórdão de fls. 311/314 não consta do sítio eletrônico do Supremo Tribunal Federal. Afirma que a pesquisa realizada pelo número do processo, no campo da jurisprudência, retorna o acórdão referente ao AI 566958 AgR/SP. Pelo que requer a disponibilização de seu inteiro teor, com a conseqüente republicação da decisão.

2. Pois bem, em que pese assistir razão à peticionária quanto ao erro apontado, observo que isso não acarretou qualquer prejuízo ao direito de defesa da parte agravante, visto que a conclusão e a ementa do referido acórdão foram corretamente publicadas no Diário da Justiça Eletrônico nº 55/2011, de 24 de março de 2011, nos termos do art. 236 do CPC, e que o seu inteiro teor encontra-se nos autos do processo.

3. Ante o exposto, indefiro o pedido de republicação da decisão. À Secretaria, para que retifique o erro existente na pesquisa

eletrônica. Após, certifique o trânsito em julgado e determine a baixa dos autos à origem.

Publique-se. Brasília, 09 de junho de 2011.

Ministro AYRES BRITTO Relator

SEGUNDO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.877

(309)

ORIGEM : AC - 200581000078407 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARIA CRISTINA LIMA PONTESADV.(A/S) : MARLÚCIO LUSTOSA BONFIMAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto contra despacho que reconsiderou a decisão de fls. 247-248 e determinou a reautuação dos autos (fl. 260).

A agravante sustenta, em suma, que“(...) a decisão ora agravada merece o devido reparo, devendo

prevalecer a decisão que negou seguimento ao recurso da União” (fl. 273).O regimental perdeu o objeto.Isso porque, em 7/6/2011, a turma negou provimento ao agravo

regimental interposto pela União às fls. 288-289. Portanto, não houve alteração na decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento.

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (art. 21, IX, do RISTF). Publique-se.Após, retornem conclusos para o julgamento dos embargos de

declaração de fls. 296-300. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.621 (310)ORIGEM : EIAC - 70001025600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : TRANSPORTADORA TEGON VALENTI S/AADV.(A/S) : CLÁUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTRO(A/S)

Decisão: Trata-se de agravo regimental contra ato no qual, com base no artigo 543-B do Código de Processo Civil, foi determinada a devolução dos autos ao Tribunal de origem, porquanto a controvérsia suscitada no extraordinário está representada na sistemática de repercussão geral no tema 299, no RE-RG 635.688.

O recorrente sustenta que há incoincidência entre o paradigma vinculado e a questão debatida nos autos. Nesse contexto, em suma,

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 56

argumenta: Assim, haja vista a natureza da atividade empresarial explorada pela

autora, o objeto da discussão, no caso dos autos, não é benesse relativa aos produtos integrantes da cesta básica, mas, sim, o benefício opcional de redução de base de cálculo oferecido às transportadoras, por meio dos Convênios 46/89 e 39/89 (fl. 406).

Decido. A irresignação não comporta conhecimento. Isso porque o pronunciamento objeto desta insurgência não desafia

recurso, haja vista que dele não resulta conteúdo decisório, conforme entendimento compartilhado iterativamente no âmbito deste Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido, entre outros, confiram-se os seguintes precedentes: MS-AgR 28.982, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 15.10.2010; AI-AgR 816.086, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 22.3.2011.

Não obstante, à guisa de esclarecimento, cumpre lembrar que o âmbito de cognição do recurso extraordinário se restringe ao ângulo constitucional da controvérsia.

Desse modo, o paradigma da vinculação ora questionada, à luz do do mesmo preceito constitucional, trata de quaestio juris identificada com a da espécie vertente, uma vez que traz como pano de fundo debate acerca da viabilidade de creditamento de ICMS sem prejuízo de benefício fiscal consubstanciado em redução da base de cálculo, fenômeno que a jurisprudência desta Suprema Corte tem equiparado à isenção parcial.

Anote-se que a sistemática da Repercussão Geral é refratária ao debate de questões de índole estritamente subjetiva, porquanto a análise casuística das particularidades de cada processo inviabilizaria a efetividade do instituto, mormente quando estes aspectos se subsumem na ratio essendi constitucional do recurso-paradigma.

Com efeito, surge indiferente para o caso investigar o diploma infraconstitucional que conferiu o benefício cogitado ou quem sejam seus destinatários, uma vez que o enfoque a ser examinado no paradigma será estritamente constitucional.

Logo, em que pese ao esforço retórico deduzido no pleito em exame, são impertinentes as conclusões nele apresentadas.

Ante o exposto, não conheço do agravo regimental. Cumpra-se imediatamente o determinado à folha 400 (DJe

29.6.2011), independentemente de nova publicação. Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2011

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 486.620 (311)ORIGEM : AI - 2642665800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SOCIEDADE ANÔNIMA DE MATERIAIS ELÉTRICOS -

SAMEADV.(A/S) : ADRIENE MARIA DE MIRANDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423- -QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, “serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se” (CPC, art. 543-B, § 3º – grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 605.481-RG/SP), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, § 1º) ou de caráter decisório (CPC, art.162, § 2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos, proferidos no âmbito desta Corte, a propósito de questões virtualmente idênticas à que ora se examina (AI 630.083-AgR-AgR/PR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – AI 705.038-AgR/MS, Rel. Min. ELLEN GRACIE – AI 735.918-AgR/RJ, Rel. Min.

EROS GRAU, v.g.).Sendo assim, e em face das razões expostas, não conheço, por

inadmissível, do presente recurso de agravo.Publique-se.Brasília, 05 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.851 (312)ORIGEM : PROC - 3794 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOÃO HORÁCIO VIEIRA CAVALCANTEADV.(A/S) : JAVIER ALVES JAPIASSÚ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GURUPIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GURUPI

Petições 40.487/2011-STF (fax) e 640.035/2011-STF. João Horácio Vieira Cavalcante requer “a concessão do exercício do

direito de contraditório e da ampla defesa dos meios e recursos inerentes da SUSTENTAÇÃO ORAL, quando do julgamento do processo”.

Ante a ausência de previsão regimental que possibilite sustentação oral em julgamento de agravo regimental em agravo de instrumento, indefiro o pedido.

Brasília, 9 de agosto de 2011. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 667.660 (313)ORIGEM : AC - 200171080003378 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 4A. REGIAO - RSPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CALÇADOS MYRABEL LTDAADV.(A/S) : TANIA REGINA PEREIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : MARIA ESTER ANTUNES KLIN

Decisão: Trata-se de agravo regimental interposto pela União contra decisão

de folha 68, proferida pelo Ministro Sepúlveda Pertence, que não conheceu do recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:

“O recurso extraordinário é intempestivo. O acórdão dos embargos foi publicado em 22.09.2004, quarta-feira (f. 32). Iniciado o prazo de interposição em 23.09.2004, quinta-feira, expirou no dia 07.10.2004, quinta-feira. No entanto, o RE só foi protocolado no dia 11.10.2004. (fl. 33)

Não conheço do RE. “Alega a agravante que “a r. decisão, data máxima venia, não deve

prosperar, isso porque não se levou em consideração o prazo em dobro quando se tratar de litisconsorte com procuradores distintos, consoante determina a redação do artigo 191 do Código de Processo Civil.”.. (fl. 153).

Decido. Assiste razão à agravante. A tempestividade do recurso extraordinário

deve ser reconhecida, pois a União e a Eletrobrás, com procuradores diversos, foram sucumbentes no julgamento do Tribunal de origem, o que atrai a incidência da norma do art. 191, do Código de Processo Civil, que prevê o prazo em dobro nessas hipóteses.

Trata-se de posição já consolidada nesta Corte acerca do tema. Cito, para exemplificar, o seguinte trecho da decisão proferida pelo eminente Ministro Gilmar Mendes nos autos do AI nº 699.014/SP, DJe de 5/10/10:

“Segundo jurisprudência desta Corte, a aplicação do prazo em dobro tem como pressuposto a possibilidade de participação de mais de um advogado, daí a exigência de sucumbência de ambos litisconsortes para a duplicação do lapso. A propósito confira-se:

AI-AgR-QO 330.106, Rel. Min. Ellen Gracie , Tribunal Pleno, DJ de 28.6.2002; AI-ED 241.297, Rel. Min. Sepúlveda Pertence , Primeira Turma, DJ de 29.10.1999; e AI-ED 243.832, Rel. Min. Moreira Alves , DJ de 22.10.1999.

Da leitura dos autos constata-se o desacerto da decisão agravada. Uma vez que Companhia Brasileira de Distribuição (Pão de Açúcar) e a UNIBANCO AIG SEGUROS S/A foram defendidas por procuradores diferentes, e sendo certo que foram sucumbentes tanto que interpuseram apelações patrocinadas por causídicos diversos (fls. 260-273 e 274-285), ambas fazem jus à duplicação do prazo para a interposição do recurso extraordinário.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo de instrumento e passo à análise do recurso extraordinário.”

Portanto, reconsidero a decisão de folha 68 e passo à análise do agravo de instrumento.

A Corte possui entendimento pacífico no sentido de que, no caso em apreço, eventuais ofensas à constituição seriam indiretas ou reflexas, pois

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 57

ensejariam o reexame de normas infraconstitucionais. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA . RESTITUIÇÃO . LEGITIMIDADE AD CAUSAM DA UNIÃO . CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE nº 583.117/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe de 25/9/09).

1. empréstimo compulsório sobre energia elétrica instituído pela L. 4.156/61: exigibilidade, nos termos do art. 34, § 12, ADCT ( RE 146.615, Corrêa, Pleno, 30.6.95). 2. Recurso extraordinário: descabimento: questões relativas ao prazo de prescrição dos créditos da agravada , à incidência da correção monetária, aos juros e à taxa Selic, de âmbito infraconstitucional; alegada ofensa aos dispositivos constitucionais dados como violados, que, se houvesse, seria indireta ou reflexa: incidência do princípio da Súmula 636. 3. Agravo regimental manifestamente infundado: condenação da agravada ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, C.Pr.Civil. ( AI 618.070/RS-AgR, Ministro Sepúlveda Pertence , 1ª Turma, publicado em 02-03-2007)

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA EM BENEFÍCIO DAS CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. (ELETROBRÁS). LEI 4.156/1962. ADCT, ART. 34, § 12. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que a regra prevista no art. 34, § 12, do ADCT preservou a exigibilidade do empréstimo compulsório instituído pela Lei 4.156/1962, com as alterações posteriores, até o exercício de 1993. DEVOLUÇÃO. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. PRESCRIÇÃO. EXAME DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 591.381/SC-Agr, Ministro Joaquim Barbosa , 2ª Turma, Dje-043, publicado em 06-03-2009)

Por outro lado, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do AI nº 735.933/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria constitucional referente à correção monetária e juros nos casos de restituição do empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, por se tratar de matéria de índole infraconstitucional. A decisão do plenário está assim ementada:

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. Lei 4.156/62. RESTITUIÇÃO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA. (Dje nº 235, publicado em 06/12/2010)

Diante do exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 686.599 (314)ORIGEM : MS - 8507 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : EDILEUSA BARROS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MATHEUS BANDEIRA COELHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Inicialmente, reconsidero a decisão de fl. 634, tendo em vista que o agravo de instrumento não merece sequer ser conhecido conforme a seguir delineado, e consequentemente julgo prejudicado o agravo regimental.

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão do Superior Tribunal de Justiça que julgou deserto o recurso ordinário em mandado de segurança.

Com efeito, manifestamente incabível o referido recurso.Nos termos do art. 544 do CPC, apenas é cabível agravo de

instrumento em caso de inadmissão de recurso extraordinário ou recurso especial, não havendo previsão legal em caso de negativa de RMS pelo Tribunal de origem.

Ante o exposto, não conheço do recurso.Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.670 (315)ORIGEM : PROC - 200661000043683 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LÓGICA AMÉRICA DO SUL SOLUÇÕES DE

TECNOLOGIA LTDAADV.(A/S) : RAFAEL CAMARGO TRIDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento.

Preliminarmente, não conheço da petição de fl. 370, tendo em vista que a agravante deixou de juntar aos autos a procuração originária outorgada ao advogado substabelecente (fl. 366-367). O substabelecimento não é instrumento autônomo, necessário o mandato judicial originário para legitimar a atuação do advogado substabelecido (AI 163.476-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello).

Do mesmo modo, verifico que não consta do feito a procuração outorgada pela empresa agravante à advogada subscritora da petição de agravo regimental.

Ambas as Turmas desta Corte adotam o entendimento de que o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos constitui ato processual juridicamente inexistente. Nesse sentido: RE 162.093/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão; RE 182.808-AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 166.617-AgR/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão; RE 171.759-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 156.327-AgR/RJ, Francisco Rezek.

Isso posto, não conheço do recurso, e determino à Secretaria desta Corte que proceda a retificação da autuação dos patronos da agravante, bem como certifique o trânsito em julgado da decisão de fls. 349-350. Após, baixem os autos.

Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.499 (316)ORIGEM : AI - 200701256456 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ANA CARLA RESENDE FERREIRAADV.(A/S) : ALESSANDRA REIS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO DE SOUZA E OUTRO(A/S)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PETIÇÃO ENVIADA POR FAC-SÍMILE. ORIGINAL NÃO APRESENTADA. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES.

1. O recurso interposto via fac-símile, sem que a parte apresente o original no prazo adicional de 5 (cinco) dias, conduz ao não conhecimento deste, e ao trânsito em julgado da decisão agravada. Precedentes: AI n. 535.340 – EdV-ED-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 08.11.2010 e AI n. 761.683 – AgR–ED, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 1º.10.2010.

2. Agravo regimental NÃO CONHECIDO. DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto, via fac-símile,

contra a decisão que prolatei às fls. 463-469, negando seguimento ao agravo de instrumento.

Não merece conhecimento o presente apelo.Isto porque, quando a parte interpõe o recurso mediante fax dentro do

prazo recursal, assume o ônus de encaminhar a esta Suprema Corte os originais da petição dentro do prazo adicional de 5 (cinco) dias previsto no artigo 2º, caput, da Lei n. 9.800/99, decorrido o aludido lapso temporal, sem que a parte tenha apresentado a via original, opera-se o trânsito em julgado da decisão recorrida.

No caso sub examine, a agravante não apresentou a petição original do recurso conforme atesta a certidão de fl. 471, o que ocasionou o trânsito em julgado da decisão de fls. 463-469. Nesse sentido, traz-se à colação os seguintes julgados, verbis:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – UTILIZAÇÃO DE FAC-SÍMILE – PRAZO INICIAL (ENCAMINHAMENTO MEDIANTE 'FAX') E PRAZO ADICIONAL (PRODUÇÃO DOS ORIGINAIS) – PETIÇÃO RECURSAL TRANSMITIDA, TEMPESTIVAMENTE, MEDIANTE REPRODUÇÃO FAC-SIMILAR – ORIGINAIS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO APRESENTADOS, CONTUDO, EXTEMPORANEAMENTE – INEXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE ENTRE O TÉRMINO DO PRAZO INICIAL E O INÍCIO DO PRAZO ADICIONAL – CONTAGEM CONTÍNUA, A SER FEITA DE MODO IMEDIATAMENTE SUBSEQÜENTE AO TÉRMINO DO PRAZO INICIAL – EXTEMPORANEIDADE RECONHECIDA NA ESPÉCIE – INCONFORMISMO DA PARTE RECORRENTE – INTERPOSIÇÃO, CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CONHECEU DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, DE TEMPESTIVO RECURSO DE AGRAVO – 'AGRAVO REGIMENTAL' IMPROVIDO. - A utilização de fac-símile, para a veiculação de petições recursais, não exonera a parte recorrente do dever de apresentar, dentro do prazo adicional a que alude a Lei nº 9.800/99 (art. 2º, 'caput'), os originais que se referem às peças transmitidas por meio desse sistema, sob pena de não-conhecimento, por intempestividade, do recurso interposto mediante 'fax'. Precedentes. - O prazo adicional (ou complementar) a que se refere o art. 2º, 'caput', da Lei nº 9.800/99, por não traduzir um novo lapso temporal, constitui simples prorrogação do prazo inicial e que, por ser contínuo, não se suspende nem se interrompe, ao longo de seu curso, em razão de feriados, sábados e domingos, exceto se o respectivo termo final ('dies ad quem') recair em feriado ou em dia em que não haja expediente forense normal, caso em que se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 58

considerará prorrogado até o primeiro dia útil subseqüente, nos termos do art. 184, § 1º, do CPC. Precedentes (STF e STJ)” (AI n. 535.340 – EdV-ED-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 08.11.2010).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO REGIMENTAL POR FAC-SÍMILE (FAX) NO PRAZO LEGAL. PETIÇÃO ORIGINAL PROTOCOLADA APÓS O QUINQUÍDIO ADICIONAL INSTITUÍDO PELO ART. 2º DA LEI N. 9.800/99. INTEMPESTIVIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. 1. Agravo regimental interposto equivocadamente no Superior Tribunal de Justiça. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é intempestivo o recurso protocolado por equívoco em tribunal diverso e recebido somente após o trânsito em julgado da decisão recorrida. Precedentes.” na interposição de recurso por meio de fac-símile, exige-se que a petição original seja recebida pelo protocolo protocolizada dentro de 5 (cinco) dias, contados do término do prazo do citado recurso, a teor do art. 2º da Lei 9.800/99, sob pena de ser considerado intempestivo ou inexistente” (AI n. 761.683 – AgR–ED, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 1º.10.2010)

Em face do exposto, NÃO CONHEÇO do agravo regimental e determino que a Secretaria certifique o trânsito em julgado da decisão de fls. 463-469, após baixem os autos à origem.

Publique-se. Intimações necessárias. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 786.940 (317)ORIGEM : AC - 2087705 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BARRA MANSAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BARRA

MANSA E OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 36.284/2011DESPACHOREPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – PROCURAÇÃO –

SUBSTABELECIMENTO – JUNTADA – INTIMAÇÕES.1.Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Telemar Norte Leste S/A requer a juntada de procuração,

substabelecimentos e documentos constitutivos, indicando o nome do Dr. Sacha Calmon Navarro Coêlho para constar das futuras intimações.

Os autos estão no Gabinete.3.Observem o que requerido quanto às intimações, ante a

regularidade da representação processual.4. Publiquem.Brasília, 30 de junho de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.303 (318)ORIGEM : EDRR - 164200302801008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BERNADETE DE CARVALHO PORTELLAADV.(A/S) : IGOR CITELI FAJARDO CASTRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/AADV.(A/S) : GISELLE ESTEVES FLEURY E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que deu provimento a agravo de instrumento para determinar a subida dos autos principais para melhor exame da matéria (fl. 272-273).

A agravante sustenta, em suma, que“(...) a Agravante entende que a decisão é contrária à jurisprudência

desse Excelso Pretório, própria Súmula n.º 636/STF e à própria Constituição Federal, uma vez que a admissibilidade de recurso extraordinário está vinculada a existência de violação direta ao Texto Constitucional” (fl. 281).

O recurso é manifestamente incabível.Isso porque, nos termos do art. 305 do RISTF, “não caberá recurso

da deliberação da Turma ou do Relator que (...) determinar, em agravo de instrumento, o processamento de recurso denegado ou procrastinado”.

Nesse sentido é a jurisprudência deste Tribunal. Senão vejamos:“Não cabe qualquer recurso da decisão do Ministro Relator, que, ao

prover agravo de instrumento, determina o processamento do recurso extraordinário denegado na origem pela Presidência do Tribunal a quo” (RTJ 154/194, Rel. Min. Celso de Mello).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE DETERMINA A SUBIDA DOS AUTOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA MELHOR EXAME. IRRECORRIBILIDADE.

PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 564.508-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Com esse mesmo entendimento, cito ainda as seguintes decisões entre outras: AI 521.529-AgR, Rel. Min. Carlos Britto; AI 239.645-AgR, Rel. Min. Moreira Alves; e AI 512.297-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Isso posto, não conheço o agravo regimental.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.797 (319)ORIGEM : PROC - 70021331632 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : J S FADV.(A/S) : RODRIGO TORRESAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental em agravo regimental em agravo de instrumento em face de decisão que negou seguimento ao recurso com fundamento na jurisprudência desta Corte.

A decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento foi publicada no DJe de 1º.8.2011 e o recurso foi oposto por fac-símile no dia 8.8.2011.

Contudo, restando os originais apresentados apenas no dia 16.8.2011, data posterior ao dia do término do prazo recursal.

Assim, é intempestivo o recurso. Ante o exposto, não conheço do agravo regimental. Publique-se. Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 441.126 (320)ORIGEM : EI - 70004158663 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : BOURBON ADMINISTRAÇÃO COMÉRCIO E

EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : LUIZ FILIPE KLEIN VARELLA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : LUIS MAXIMILIANO TELESCA

DECISÃO: Vistos.Bourbon Administração Comércio e Empreendimentos Imobiliários

Ltda. interpõe agravo regimental contra decisão monocrática de fls. 735/736, da lavra do Ministro Sepúlveda Pertence que negou seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:

“DECISÃO : RE, a e c, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que, em caso anterior à EC 29/2000, julgou ilegítima a cobrança do IPTU progressivo previsto na Lei Complementar 07/73 - com a redação dada pela Lei Complementar 212/89 – e, no entanto, determinou a cobrança do IPTU pela alíquota prevista na redação original da LC 07/73 em relação a imóveis não-residenciais.

Alega o RE violação dos arts. 2º, 145, § 1o, 105, I, 156, § 1o, e 184, § 4o, da Constituição Federal.

No julgamento do RE 179.273, Ilmar, RTJ 174/283, o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional o art. 5o, § 1o, I, a a f, da Lei Complementar 07/73 – com a redação dada pela Lei Complementar 212/89 – por considerar que o Município havia instituído alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel, o que ofende o disposto nos arts. 156, § 1o, e 184, § 4o, da Constituição Federal.

Como a declaração de inconstitucionalidade atinge o sistema de alíquotas progressivas como um todo, o IPTU deverá ser calculado na forma da legislação anterior.

Aplica-se, mutatis mutandis, o raciocínio desenvolvido no julgamento do RE 259.339, 09.05.2000, 1a T, Pertence, assim ementado:

“ITBI: progressividade: L. 11.154/91, do Município de São Paulo: inconstitucionalidade.

A inconstitucionalidade, reconhecida pelo STF (RE 234.105), do sistema de alíquotas progressivas do ITBI do Município de São Paulo (L. 11.154/91, art. 10, II), atinge esse sistema como um todo, devendo o imposto ser calculado, não pela menor das alíquotas progressivas, mas na forma da legislação anterior, cuja eficácia, em relação às partes, se restabelece com o trânsito em julgado da decisão proferida neste feito.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 59

Por fim, a criação de alíquotas diferenciadas em razão da destinação do imóvel não fere a Constituição, como ficou evidenciado na decisão da Primeira Turma no RE 229.233, 26.03.1999, Ilmar, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. LEI Nº 5.447/93, ART. 25, REDAÇÃO DA LEI Nº 5.722/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 156 DA CONSTITUIÇÃO.

Simples duplicidade de alíquotas, em razão de encontrar-se, ou não, edificado o imóvel urbano, que não se confunde com a progressividade do tributo, que o STF tem por inconstitucional quando não atendido o disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§ 2º e 4º do art. 182 da Carta de 1988.

Recurso não conhecido.”Nego seguimento ao RE (art. 557, caput, C.Pr.Civil).Brasília, 24 de outubro de 2005”.Em suas razões recursais requer o agravante que seja observada a

alíquota mínima da legislação contemporânea aos lançamentos do IPTU, haja vista que o presente caso refere-se à progressividade em razão da localização do imóvel.

Decido. Assiste razão ao agravante. O Supremo Tribunal Federal, nos termos do enunciado nº 668,

assentou que a instituição de alíquotas progressivas que não atenda o artigo 156, § 1º, da Constituição, na redação anterior à EC nº 29/2000, é inconstitucional. Entendeu, ainda, que na impossibilidade de se aplicar a lei anterior, por conter o mesmo vício de inconstitucionalidade, deve ser aplicada a menor alíquota prevista em lei, vedada qualquer vinculação ao valor venal do imóvel ou à sua localização. Confira-se: Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA. IPTU. PROGRESSIVIDADE. QUADRO ANTERIOR À SUPERVENIÊNCIA DA EC 29/2000. Antes da EC 29/2000, a utilização da técnica de tributação progressiva somente era admitida para assegurar a função social da propriedade (art. 156, § 1º da Constituição), condicionada nos termos do art. 182, §§ 2º e 4º da Constituição. Era, portanto, inconstitucional a tributação progressiva, com fins extrafiscais, baseada na capacidade contributiva ou na seletividade. Súmula 668/STF. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE n° 437.107-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 23/4/10).

“TRIBUTÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. COBRANÇA COM BASE NA ALÍQUOTA MÍNIMA. PRECEDENTES RECENTES. NÃO SOBRESTAMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O reconhecimento da inconstitucionalidade da progressividade do IPTU não afasta a cobrança total do tributo, que deverá ser realizada pela forma menos gravosa prevista em lei. II - Trata-se, no caso, de inconstitucionalidade parcial que atinge apenas a parte incompatível com o texto constitucional e permite seu pagamento com base na alíquota mínima. III - No caso dos autos, a legislação anterior também traz progressividade de forma incompatível com o texto da Constituição então vigente, o que reforça a necessidade de adoção da inconstitucionalidade parcial. IV - É possível o julgamento imediato do feito com base em precedentes recentes que analisaram legislação diversa, mas discutiram a mesma matéria. V - Agravo improvido” (RE n° 378.221-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Dje de 18/9/09).

Saliento que esta Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que a pecha de inconstitucionalidade alcança tão-somente a parte do dispositivo que erige a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a legislação impugnada quanto ao dever de pagar o tributo, que, no entanto, se dará no grau mais baixo prescrito em lei.

Esclareço que a manutenção da cobrança do tributo pela alíquota mínima não traduz invasão de competência do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário, nem em inovação legislativa. Trata-se de declaração de inconstitucionalidade parcial de dispositivo normativo, com redução de texto, que somente é vedado quando do reconhecimento do vício sobre parte da norma resulte evidente inversão ou distorção do sentido da lei.

Nesse sentido, as seguintes decisões: RE 395.459-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 8/4/05; RE 414.216-AgR/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 2/2/07; RE 448.294/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 6/6/05; RE 405.882/RS, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 5/6/06; RE 392.071/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16/10/07; e RE 443.410-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 9/6/06, este último assim ementado:

“1. RECURSO. Embargos de declaração. IPTU. Alíquota progressiva. Leis complementares nºs 7/73 e 212/89. Acórdão embargado. Omissão quanto ao tema. Existência. Embargos de declaração acolhidos. Acolhem-se embargos de declaração, quando seja omisso o acórdão embargado. 2. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. IPTU. Progressividade. Inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89. Precedentes. Firmou-se jurisprudência nesta Corte no sentido de ser devida a alíquota mínima do IPTU, em face da declaração de inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89, que alterou a redação do art. 5º da LC 7/73”.

Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada e, nos termos do art. 557, caput e § 1º-A , do Código de Processo Civil, dou parcial provimento ao recurso extraordinário para determinar que seja aplicado ao caso concreto a alíquota mínima de IPTU prevista na Lei Complementar Municipal nº 7/73, na redação vigente à época do fato gerador da obrigação (LC nº 212/89),

considerando-se, ademais, a destinação do imóvel.Fica prejudicado o exame do agravo regimental.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.189 (321)ORIGEM : REO - 200034000122141 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRT DA 10ª

REGIÃO - ASDRADV.(A/S) : ANA FRAZÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALBERTO PAVIE RIBEIROAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, sob o fundamento de que o acórdão proferido nos embargos de declaração estaria em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a autorização expressa a que se refere o art. 5º, XXI, da Constituição, pode advir de deliberação dos associados, cumprido o quorum do estatuto, em assembleia.

Constato, no caso, que o recurso extraordinário versa sobre matéria - necessidade de autorização expressa dos associados (art. 5º, XXI, da Constituição) - cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.232-RG/SC, de minha relatoria).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 633-634, julgo prejudicado o agravo regimental e determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que neles se discute questão que será apreciada no RE 573.232-RG/SC.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.603 (322)ORIGEM : AC - 70003970175 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : GOLDSZTEIN S/A ADMINISTRAÇÃO E

INCORPORAÇÕESADV.(A/S) : LUIZ FILIPE KLEIN VARELLA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

DECISÃO: Vistos.Goldsztein S.A. Administração e Incorporações interpõe agravo

regimental contra decisão monocrática de fls. 906/907, da lavra do Ministro Sepúlveda Pertence que negou seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:

“DECISÃO: RE, a e c, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que, em caso anterior à EC 29/2000, julgou ilegítima a cobrança do IPTU progressivo previsto na Lei Complementar 07/73 - com a redação dada pela Lei Complementar 212/89 – e, no entanto, determinou a cobrança do IPTU pela alíquota prevista na redação original da LC 07/73 em relação a imóveis não-residenciais.

Alega o RE violação dos arts. 2º, 145, § 1o, 150, I, 156, § 1o, e 184, § 4o, da Constituição Federal.

No julgamento do RE 179.273, Ilmar, RTJ 174/283, o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional o art. 5o, § 1o, I, a a f, da Lei Complementar 07/73 – com a redação dada pela Lei Complementar 212/89 – por considerar que o Município havia instituído alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel, o que ofende o disposto nos arts. 156, § 1o, e 184, § 4o, da Constituição Federal.

Como a declaração de inconstitucionalidade atinge o sistema de alíquotas progressivas como um todo, o IPTU deverá ser calculado na forma da legislação anterior, nos termos do raciocínio desenvolvido no julgamento do RE 259.339, 09.05.2000, 1a T, Pertence, assim ementado:

“ITBI: progressividade: L. 11.154/91, do Município de São Paulo: inconstitucionalidade.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 60

A inconstitucionalidade, reconhecida pelo STF (RE 234.105), do sistema de alíquotas progressivas do ITBI do Município de São Paulo (L. 11.154/91, art. 10, II), atinge esse sistema como um todo, devendo o imposto ser calculado, não pela menor das alíquotas progressivas, mas na forma da legislação anterior, cuja eficácia, em relação às partes, se restabelece com o trânsito em julgado da decisão proferida neste feito.”

Por fim, a criação de alíquotas diferenciadas em razão da destinação do imóvel não fere a Constituição, como ficou evidenciado na decisão da Primeira Turma no RE 229.233, 26.03.1999, Ilmar, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. LEI Nº 5.447/93, ART. 25, REDAÇÃO DA LEI Nº 5.722/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 156 DA CONSTITUIÇÃO.

Simples duplicidade de alíquotas, em razão de encontrar-se, ou não, edificado o imóvel urbano, que não se confunde com a progressividade do tributo, que o STF tem por inconstitucional quando não atendido o disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§ 2º e 4º do art. 182 da Carta de 1988.

Recurso não conhecido.”Nego seguimento ao RE (art. 557, caput, C.Pr.Civil).Brasília, 25 de outubro de 2005”.Em suas razões recursais requer o agravante que seja observada a

alíquota mínima da legislação contemporânea aos lançamentos do IPTU, haja vista que o presente caso refere-se à progressividade em razão da localização do imóvel.

Decido. Assiste razão ao agravante. O Supremo Tribunal Federal, nos termos do enunciado nº 668,

assentou que a instituição de alíquotas progressivas que não atenda o artigo 156, § 1º, da Constituição, na redação anterior à EC nº 29/2000, é inconstitucional. Entendeu, ainda, que na impossibilidade de se aplicar a lei anterior, por conter o mesmo vício de inconstitucionalidade, deve ser aplicada a menor alíquota prevista em lei, vedada qualquer vinculação ao valor venal do imóvel ou à sua localização. Confira-se: Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA. IPTU. PROGRESSIVIDADE. QUADRO ANTERIOR À SUPERVENIÊNCIA DA EC 29/2000. Antes da EC 29/2000, a utilização da técnica de tributação progressiva somente era admitida para assegurar a função social da propriedade (art. 156, § 1º da Constituição), condicionada nos termos do art. 182, §§ 2º e 4º da Constituição. Era, portanto, inconstitucional a tributação progressiva, com fins extrafiscais, baseada na capacidade contributiva ou na seletividade. Súmula 668/STF. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE n° 437.107-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 23/4/10).

“TRIBUTÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. COBRANÇA COM BASE NA ALÍQUOTA MÍNIMA. PRECEDENTES RECENTES. NÃO SOBRESTAMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O reconhecimento da inconstitucionalidade da progressividade do IPTU não afasta a cobrança total do tributo, que deverá ser realizada pela forma menos gravosa prevista em lei. II - Trata-se, no caso, de inconstitucionalidade parcial que atinge apenas a parte incompatível com o texto constitucional e permite seu pagamento com base na alíquota mínima. III - No caso dos autos, a legislação anterior também traz progressividade de forma incompatível com o texto da Constituição então vigente, o que reforça a necessidade de adoção da inconstitucionalidade parcial. IV - É possível o julgamento imediato do feito com base em precedentes recentes que analisaram legislação diversa, mas discutiram a mesma matéria. V - Agravo improvido” (RE n° 378.221-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Dje de 18/9/09).

Saliento que esta Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que a pecha de inconstitucionalidade alcança tão-somente a parte do dispositivo que erige a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a legislação impugnada quanto ao dever de pagar o tributo, que, no entanto, se dará no grau mais baixo prescrito em lei.

Esclareço que a manutenção da cobrança do tributo pela alíquota mínima não traduz invasão de competência do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário, nem em inovação legislativa. Trata-se de declaração de inconstitucionalidade parcial de dispositivo normativo, com redução de texto, que somente é vedado quando do reconhecimento do vício sobre parte da norma resulte evidente inversão ou distorção do sentido da lei.

Nesse sentido, as seguintes decisões: RE 395.459-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 8/4/05; RE 414.216-AgR/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 2/2/07; RE 448.294/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 6/6/05; RE 405.882/RS, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 5/6/06; RE 392.071/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16/10/07; e RE 443.410-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 9/6/06, este último assim ementado:

“1. RECURSO. Embargos de declaração. IPTU. Alíquota progressiva. Leis complementares nºs 7/73 e 212/89. Acórdão embargado. Omissão quanto ao tema. Existência. Embargos de declaração acolhidos. Acolhem-se embargos de declaração, quando seja omisso o acórdão embargado. 2. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. IPTU. Progressividade. Inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89. Precedentes. Firmou-se jurisprudência nesta Corte no sentido de ser devida a alíquota mínima do IPTU, em face da declaração de inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89,

que alterou a redação do art. 5º da LC 7/73”.Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada e, nos termos do art.

557, caput e § 1º-A , do Código de Processo Civil, dou parcial provimento ao recurso extraordinário para determinar que seja aplicado ao caso concreto a alíquota mínima de IPTU prevista na Lei Complementar Municipal nº 7/73, na redação dada pela LC nº 212/89, vigente à época do fato gerador da obrigação, considerando-se, ademais, a destinação do imóvel.

Fica prejudicado o agravo regimental.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 538.635 (323)ORIGEM : AC - 200070000048163 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : SOCIEDADE COOPERATIVA DE SERVIÇOS MÉDICOS

E HOSPITALARES DE CURITIBA LTDA - UNIMED CURITIBA

ADV.(A/S) : FABIO ARTIGAS GRILLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Declaro-me impedido para atuar no presente feito, nos termos do disposto nos artigos 277 do RISTF e 134, III, do Código de Processo Civil, bem como na Ação Cautelar n. 2427, incidental sobre o este recurso extraordinário.

Em razão do exposto, torno sem efeito a decisão de fls. 518.Encaminhem-se ao Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente, para

redistribuição do processo. Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.131 (324)ORIGEM : AC - 2018725200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FORMAT INDUSTRIAL DE EMBALAGENS LTDAADV.(A/S) : RICARDO ESTELLESAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que, firmado na alínea “a” do permissivo constitucional, impugna acórdão, no que interessa, assim ementado:

“CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA – INCONSTITUCIONALIDADE DA MAJORAÇÃO DO ICMS QUE NÃO AFETA A LIQUIDEZ DO TÍTULO, DIANTE DA AUSÊNCIA DE PROVA DE QUE O CONTRIBUINTE NÃO TENHA REPASSADO O ENCARGO AO CONSUMIDOR FINAL – ART. 166, CTN – RECURSO PROVIDO” (fl. 32)

Alega-se, no apelo extremo, violação do artigo 167, inciso IV, da Constituição Federal. Nesse contexto, em suma, aduz-se:

“Dessa forma, tendo sido a recorrente afetada pela forma de tributação indireta com alíquota majorada, e não tendo recolhido o imposto, possui legitimidade ativa ad causam para questionar a validade dessa tributação. Caso levantada restrição quanto à sua ilegitimidade ativa ad causam, esta somente poderia reportar-se, repita-se à repetição do indébito. Aí sim, para caracterização da legitimidade exigir-se-ia a prova de haver o promovente sofrido o ônus respectivo, nos termos do art. 166 do CTN” (fl. 49) .

Decido.Razão não assiste ao agravante.Isso porque a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-

se no sentido de que a questão deduzida no apelo extremo circunscreve-se ao âmbito normativo infraconstitucional, o que inviabiliza seu acesso à via excepcional extraordinária.

Sobre esse aspecto, entre outros, confiram-se os seguintes precedentes: AI-AgR 788.583, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 7.2.2011; AI-AgR 587.447, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 28.5.2010; AI-AgR 503.463, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 27.10.2006; AI-ED 487.903, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 16.2.2007. Este último foi assim ementado:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. LEI N. 6.556/80 DO ESTADO DE SÃO PAULO. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA DE 17% PARA 18%. INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTE. NULIDADE DE CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 61

INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO”.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.992 (325)ORIGEM : AC - 1795939 - TRIBUNAL DE ALÇADAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIMED DO ESTADO DO PARANÁ - FEDERAÇÃO

ESTADUAL DAS COOPERATIVAS MÉDICAS LTDAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO MANFREDINI HAPNER E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL MUNICÍPIO DE CURITIBA

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.838 (326)ORIGEM : AC - 98030711172 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOVistos.General Motors do Brasil Ltda interpõe agravo de instrumento contra

a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigo 5º, LIV da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª região, assim ementado:

“PROCESSO CIVIL. RAZÕES DIVORCIADAS DA SENTENÇA PROFERIDA. NÃO CONHECIMENTO. ART. 284 DO CPC. PRAZO PARA EMENDA DA, PETIÇÃO INICIAL. DESCUMPRIMENTO. INDEFERIMENTO.

I- Ressente-se do pressuposto de admissibilidade recursal, a apelação cujas razões se apresentam dissociadas da sentença proferida.

II- O descumprimento da ordem judicial, pela autora, no prazo previsto no art. 284 do Código de Processo Civil resulta no indeferimento da petição inicial.

III- Apelação da União não conhecida. Apelação da Autora improvida”. (fl. 98).

Opostos embargos de declaração (fls. 103/105), foram rejeitados (fls. 113).

Decido.Verifico que o acórdão recorrido decidiu somente questões

processuais, não conhecendo do recurso de apelação, nos seguintes termos: “Havendo ausência de pressupostos legais - exceto nos casos de

inépcia evidente que suscitam indeferimento imediato - tem o juiz a oportunidade de determinar ao autor que, no prazo de dez dias, regularize o processo. Se o prazo esgotar-se sem as devidas providências do demandante, é de rigor o indeferimento.

In casu, o compulsar dos autos nos revela que a autora foi intimada do despacho de fls. 36 que determinou a regularização do processo juntada das certidões do Detran comprovando o período de propriedade dos veículos, datas de aquisição e alienação), conforme se verifica da certidão de fls. 36.

A fls. 37, a autora apenas se manifestou no sentido de ser desnecessária a juntada de tais documentos, deixando de cumprir o despacho

de fls. 36 ou impugnar o R. decisum pelos meios e recursos cabíveis previstos em lei, razão pela qual considero esmerada a atitude do órgão jurisdicional.”

Exsurge-se, assim, a natureza infraconstitucional da questão suscitada no recurso extraordinário.

Ademais, as supostas violações ao artigo 5º, LV, da Constituição Federal, caso ocorressem seria de forma meramente reflexa ou indireta. Com efeito, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal , da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República (AI nº 594.887/SPAgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJ de 30/11/07 – grifos nossos).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade , do devido processo legal , da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello , DJ de 20/9/02 – grifos nossos).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 8 de agosto de 2011.

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.699 (327)ORIGEM : MS - 70013517727 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : FÁBIO LEAL DE ARAÚJO LOPESADV.(A/S) : DIEGO DETONI PAVONI

DECISÃO:Vistos.Estado do Rio Grande do Sul interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e 37, caput, e incisos I e II, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Segundo Grupo Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“ADMINSITRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA DO EDITAL. DESCUMPRIMENTO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.

1. Embora prevista a comprovação da condição de bacharel em direito, admite-se a inscrição de candidato que, concluído o programa do curso, colará grau em poucos dias, à luz do princípio da razoabilidade.

2. Segurança concedida” (fl. 71).Opostos embargos de declaração (fls. 82 a 87), foram acolhidos para

fins de prequestionamento (fls. 90 a 94). Decido.Anote-se, inicialmente, que o recorrente foi intimado do acórdão dos

embargos de declaração em 13/6/06, conforme expresso na certidão de fl. 95, não sendo exigível a demonstração da repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Não merece prosperar a irresignação.O Tribunal de origem, ao decidir acerca da apresentação do diploma

de bacharel em direito por parte do recorrido, no ato da inscrição para concurso, ateve-se, essencialmente, aos fatos relativos ao caso concreto e às normas do edital que regulava o certame, o que foi feito nos seguintes termos:

“Todavia, o caso exibe uma peculiaridade. É que, de acordo com a certidão de fl. 11, o impetrante conclui o curso em 15.07.05, colando grau em 28.09.05, ou seja, somente nesta última data adquiriu a condição exigida pelo edital. As inscrições se encerravam em 13.09.05. Não parece razoável, considerando o princípio da proporcionalidade, que poucos dias impeçam a inscrição, assente que a apresentação do diploma só cabe posteriormente

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 62

(Súmula do STJ, n.º 266).......................................................................................................Tenho

que, efetivamente, o tema discutido aqui, que diz respeito ao momento oportuno para a apresentação da titulação que se exige, o edital na espécie, não pode ser considerado como causa impeditiva de habilitação do candidato ao certame, observada a dicção do Verbete n. 266, do Superior Tribunal de Justiça. Esta interpretação impressa pelo STJ, a meu sentir, na verdade, vem ratificar de forma até ampliativa o princípio constitucional da igualdade, da isonomia, e mesmo do acesso à atividade pública pela via do concurso, uma vez que, pelo voto conducente de uma decisão promanada pelo Ministro Félix Fischer, da 5ª Turma, julgado em 05-05-2005, efetivamente o requisito da apresentação desse título tem a função de habilitar o candidato para o exercício da função, que é um momento posterior ao do certame, do seu resultado e do chamamento à posse, extremamente diferenciado daquele destinado tão-somente à inscrição do concurso” (fls. 75 a 77).

Nesse caso, para acolher as alegações recursais e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário o reexame das provas dos autos e das cláusulas do edital que rege o certame, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário.

Incidência da Súmula nº 279/STF. Sobre o tema, anotem-se:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA EDITALÍCIA. ANÁLISE DE CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279 E 454 DO SFT. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação de cláusulas editalícias. Súmulas 279 e 454 do STF. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (AI nº 835.757/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 8/4/11).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. OBSERVÂNCIA DAS REGRAS DO EDITAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” ( AI nº 829.036/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cámen Lúcia, DJe de 24/3/11).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” ( RE nº 599.127/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 28/4/11).

“Agravo regimental em recurso extraordinário 2. Concurso público. Comprovação dos requisitos previstos em edital. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Súmula 279/STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 584.885/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 2/12/10).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.479 (328)ORIGEM : AC - 200518120759 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : LEONARDO VAZ PERESADV.(A/S) : JULLY HEYDER DA CUNHA SOUZAAGDO.(A/S) : ADIB DA SILVA XERESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Vistos.Leonardo Vaz Peres interpõe recurso extraordinário (folhas 107 a

117) contra acórdão proferido pela Terceira Turma Recursal Mista dos Juizados Especiais da Comarca de Campo Grande (MS), assim ementado:

“AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA DE DÍVIDAS – PRELIMINARES AFASTADAS – CONTRATO DE EMPREITADA – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL E NÃO DA TRABALHISTA – REVELIA – POSSIBILIDADE ANTE A AUSÊNCIA À AUDIÊNCIA – AUSÊNCIA DE PROVAS CAPAZES DE ELIDIR A PRETENSÃO DO AUTOR – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇAMANTIDA.

O Código Civil define o contrato de empreitada como o contato através do qual o empreiteiro compromete-se a realizar determinado serviço, mediante pagamento, ao dono da obra, sob sua orientação e sem

subordinação, que é exatamente a hipótese descrita na inicial. Difere, portanto e indubitavelmente do contrato de trabalho, não havendo porque se falar em incompetência do juízo.

Dessa forma, não havendo provas nos autos que desconstituam o direito do autor, observados os efeitos da revelia,a verossimilhança nos fatos alegados na inicial e as provas produzidas pelos autos, não vejo qualquer razão para alterar a sentença ora recorrida” (folha 94).

Interpostos embargos de declaração (folhas 97 a 99), foram rejeitados (folhas 101 a 107).

Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea “a”, do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao artigo 114, inciso I, da Constituição Federal, em razão de não ter sido reconhecida a competência da Justiça Federal do Trabalho para o processamento do feito, em que se pretende a cobrança de valores relacionados a um contrato de empreitada.

Depois de apresentadas contrarrazões (folhas 1223 a 135), o recurso não foi admitido na origem (folhas 137 a 139), daí a interposição do presente agravo.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração

foi publicado em 8/8/06, conforme expresso na certidão de folha 106, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação, contudo, não merece prosperar.E isso porque a decisão atacada deu a adequada interpretação ao

princípio constitucional objeto do presente recurso, que dispõe que apenas relações diretamente decorrentes de relação de trabalho se inserem na competência material da Justiça do Trabalho.

Nesse sentido:“INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do

Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária” (ADI nº 3.395-MC/DF, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ de 10/11/06).

Ademais, o agravante pretenda seja deslocada a competência para processamento do feito para a Justiça do Trabalho, com fundamento no fato de que seria disciplinado pelo regime celetista a relação de trabalho mantido com o agravado, no que tange à prestação de serviços objeto da demanda.

Ora, para aferir-se a realidade de tal assertiva, mister seria o necessário reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como de normas infraconstitucionais utilizadas na fundamentação da decisão recorrida, o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a Súmula 279 do STF.

De fato, assim restou fundamentada a decisão recorrida quanto à rejeição da pretensão deduzida pelo agravante:

“Na verdade, depreende-se dos documentos juntados pelo requerente e pelo requerido que foi celebrado entre eles um contrato de empreitada, ou seja, um contrato para realização de serviço determinado e específico, sem que fosse estabelecido entre eles qualquer vínculo trabalhista.

É bem verdade que restou também comprovado que outros contratos de empreitada entre eles foram celebrados na sequência, porém sempre para serviço determinado, em outros locais até, sem que ficasse configurado qualquer vínculo.

O Código Civil define o contrato de empreitada como o ‘contrato através do qual o empreiteiro compromete-se a realizar determinado serviço, mediante pagamento, ao dono da obra, sob sua orientação e sem subordinação’, que é exatamente a hipótese descrita na inicial. Difere, portanto e indubitavelmente do contrato de trabalho, não havendo porque se falar em incompetência do juízo” ( folha 91).

No sentido dessa conclusão, citem-se os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO. EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE TRABALHO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA 279 DO STF. 2. A hipótese dos autos impõe o reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 637.530-AgR-AgR/MS, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, Dje de 25/4/08).

“Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Falta de prequestionamento de dispositivos constitucionais. Matéria que não foi abordada nas razões de apelação ou mesmo em embargos declaratórios. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 491.543/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/6/07).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 63

“O acórdão recorrido decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 544.373/ES-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).

E, especificamente sobre a matéria em debate nestes autos, o seguinte precedente específico:

“DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e assim ementado:

“CIVIL. PROCESSO CIVIL. CONTRATO DE EMPREITADA. LEGITIMIDADE ATIVA. COMPETÊNCIA. RÉU REGULARMENTE CITADO. REVELIA DECRETADA. PRESUNÇÃO RELATIVA CONFIRMADA. CONFIRMAÇÃO POR PROVA ORAL. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL QUE SE IMPÕE. 1. É parte ativa legítima para demandar valores não pagos, o construtor que executa os serviços e recebe parte, em nada obstando o fato de terceira pessoa ter intermediado a contratação. 2. O contrato de empreitada é regido pelos artigos 610 a 626 do Código Civil, não devendo se falar em competência da justiça do trabalho, por inexistir relação laboral, em face da ausência da subordinado do contratado ao contratante. 3. A parte ré que, regularmente citada, não comparece a audiência de instrução e julgamento, obrigatória no Juizado Especial Cível, torna-se revel, e, na forma do artigo 20 da Lei 9.099/95, os fatos alegados na inicial reputar-se-ão verdadeiros, mormente quando confirmada a presunção por prova oral coligida na oportunidade. 4. Recurso conhecido e improvido, preliminares afastadas, sentença mantida.” (fl. 90)

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fl. 113).A recorrente, com base no art. 102, III, a, alega violação ao disposto

no artigo 114, da Constituição Federal.2. Inadmissível o recurso. Com efeito, à exceção do art. 93, IX, da Constituição Federal, os

demais temas constitucionais agora suscitados não foram objeto de nenhuma consideração no acórdão impugnado, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

E, diante da impossibilidade de, em recurso extraordinário, rever a Corte as premissas de fato em que, para decidir a causa, se assentou o Tribunal de origem, à luz da prova dos autos, é evidente que, para adotar outra conclusão, seria mister reexame prévio do conjunto fático-probatório, coisa de todo inviável perante o teor da súmula 279.

Ademais, é assente o entendimento, desta Corte, no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário” (AI nº 372.358- AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.06.02).

E, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, e é o que basta, pois, como se decidiu no RE nº 140.370, relatado pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE:

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.90, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 11 de setembro de 2009” (RE nº 544.809/DF,

Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 23/9/09).

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.101 (329)ORIGEM : AC - 2162614500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ARTUR EUGÊNIO MATHIASADV.(A/S) : ARTUR EUGÊNIO MATHIASAGDO.(A/S) : CORREIO POPULAR S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROSELY CRISTINA MARQUES CRUZ E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o

recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 664.992 (330)ORIGEM : AC - 5192845200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MOZART FONSECA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLA SOARES VICENTE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES E OUTRO(A/S)

Decisão:Vistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 586.453/SE, Relatora a Ministra Ellen Gracie, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se de discussão acerca da competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada.

Na Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente, no Agravo de Instrumento nº 715.423/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, na sessão de 11/6/08, decidiu que o regime previsto no artigo 543-B, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, na hipótese de já ter sido reconhecida por esta Corte a repercussão da matéria constitucional discutida nos autos, aplica-se, também, aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumentos respectivos.

Na sessão do Pleno de 20/8/08, no julgamento da Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Cezar Peluso, Relator, no Recurso Extraordinário nº 540.410/RS, este Tribunal decidiu, em situação similar à anterior, pela devolução dos autos ao Tribunal local para os fins do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 672.435 (331)ORIGEM : ERR - 69153120001 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM

ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ADV.(A/S) : FLÁVIA THAUMATURGO FERREIRA ACAMPORA E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : EUSTACHIO DOMICIO LUCCHESI RAMACCIOTTI

DECISÃO: Vistos.Banco Itaú S.A. interpõe agravo de instrumento contra a decisão que

não admitiu recurso extraordinário com fundamento na alínea “a” do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 64

permissivo constitucional.Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Subseção I

Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“EMBARGOS. 1. NULIDADE DO ACÓRDÃO DA TURMA. ARGÜIÇÃO DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não se cogita da ausência de prequestionamento da matéria posta nos Embargos, com relação à Lei nº 7.102/83, pelo que não se entende configurada a negativa de prestação jurisdicional e, via de conseqüência, a violação do art. 832 da CLT. 2. COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SEGURANÇA BANCÁRIA. INSTALAÇÃO DE PORTAS DE SEGURANÇA. O Tribunal Pleno desta Corte, em Sessão realizada em 03/03/2005, julgando o incidente de uniformização de jurisprudência, suscitado no E-RR-359.993/1997.3, decidiu no sentido de que a Justiça do Trabalho é competente para julgar matéria relacionada à segurança bancária. Conclui-se que se refere a interesse coletivo de natureza trabalhista, relativo à segurança, prevenção e meio ambiente do trabalho. 3. LEGITIMIDADE 'AD CAUSAM' DO SINDICATO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA. Verifica-se do que dispõem os artigos 129, § 1º, e 8º, inciso III, da CF/88, que há legitimidade concorrente do sindicato com o Ministério Público do Trabalho para a propositura da ação civil pública visando a defesa de interesses difusos e coletivos. Incólume o art. 896 da CLT. Recurso de Embargos não conhecido” (fl. 254).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

6/10/06, conforme expresso na certidão de folha 255, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o recorrente não indica, nas razões do recurso extraordinário (fls. 256 a 259), qual o dispositivo constitucional que teria sido violado pelo acórdão recorrido, limitando-se a manifestar sua irresignação contra o julgado. Assim, mostra-se inviável o apelo extremo. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL. FALTA DE INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL TIDO POR VIOLADO. Não se conhece de recurso extraordinário no qual não se aponta o dispositivo constitucional tido por violado. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 603.864/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 16/2/07).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. QUESTÃO CONSTITUCIONAL: NÃO-INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS TIDOS POR VIOLADOS. I. - Inatacados os fundamentos da decisão agravada, torna-se inviável o recurso. Precedentes. II. - O recurso extraordinário é inviável se a questão constitucional não é posta com clareza, com a indicação expressa das normas constitucionais que se dizem ofendidas. III. - Agravo não provido” (AI nº 527.232/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 23/8/05).

Ressalte-se que a apreciação da controvérsia também não dispensa o exame da legislação infraconstitucional invocada no acórdão atacado e trazidas nas razões do apelo (Leis nºs 7.102/83, 8.213/91 e 9.014/95), insuscetível de análise na sede extraordinária.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.531 (332)ORIGEM : AI - 5742065000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : VERA LÚCIA MAGALHÃES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ITAPIRAADV.(A/S) : RODRIGO DE AZEVEDO COSTA

DESPACHO: Vistos.Afirmo minha suspeição para atuar no feito, por motivo de foro íntimo,

de conformidade com o artigo 277 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal, e, ainda, nos termos do artigo 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Encaminhem-se os autos à Presidência da Corte, para a oportuna redistribuição do feito.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.275 (333)ORIGEM : AC - 200500114219 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : LIONIO RAMOS DE CARVALHO JRAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOVistos.O MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO interpõe recurso extraordinário

(folhas 263 a 290) contra acórdão proferido pela Décima Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“Apelação.Ação proposta pelo Ministério Público em face do Município do Rio de

Janeiro, visando compeli-lo a adotar providências administrativas no âmbito da saúde, e com vistas ao funcionamento do Hospital Rocha Faria.

Sentença que julgou improcedente o pedido, e que comporta parcial reforma.

Legitimidade do Ministério Público para a propositura da ação civil pública que então propôs, considerando-se, inclusive, a proteção constitucional dispensada pelo legislador à saúde pública, estabelecendo políticas sociais que garantam o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, nos termos do art. 196 daquele diploma constitucional.

Falta contra a Constituição caracterizada em caso de descumprimento desses programas, uma vez que, ainda a teor do próprio texto constitucional, existe dotação orçamentária para tais objetivos.

Constatação, por parte dos órgãos e entidades encarregados de fiscalizar a prestação dos serviços públicos na área de saúde do Município do Rio de Janeiro, de irregularidades pontuadas no Inquérito Civil instaurado pelo Ministério Púbico, que justificam a condenação do ente federativo, reformando-se a sentença, com o provimento parcial do recurso ministerial” ( fl. 234).

Interpostos embargos de declaração (fls. 240 a 244), foram rejeitados (fls. 247/248).

Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea “a”, do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao artigo 194, da Constituição Federal, em razão de ter sido parcialmente acolhida a ação civil pública que o Ministério Público fluminense ajuizou contra si, com o intuito de obrigá-lo a adotar determinadas medidas administrativas, no âmbito da saúde pública, com vistas ao funcionamento de um Hospital Municipal.

Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 292 a 299), o recurso não foi admitido na origem (fls. 309 a 314), daí a interposição deste agravo.

O recurso especial paralelamente interposto já foi definitivamente rejeitado pelo Superior Tribunal de Justiça (fls. 324/325).

O parecer da douta Procuradoria-Geral da República é pelo desprovimento do agravo (fls. 328 a 332).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração

foi publicado em 24/2/06, conforme expresso na certidão de fl. 249, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação, contudo, não merece prosperar.E isso porque a decisão atacada deu a correta interpretação à norma

do artigo 196 da Constituição Federal, ao entender que o Ministério Público pode agir na defesa de princípios constantes da própria Carta, compelindo gestores públicos a implementar as medidas necessárias para resguardar, em benefício de toda a população, o acesso à saúde.

Nesse sentido se posiciona a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, citando-se, em abono ao julgado mencionado no parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, os seguintes precedentes:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO A SAÚDE. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROSSEGUIMENTO DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA DE INGERÊNCIA NO PODER DISCRICIONÁRIO DO PODER EXECUTIVO. ARTIGOS 2º, 6º E 196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. O direito a saúde é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. 2. É possível ao Poder Judiciário determinar a implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas públicas constitucionalmente previstas, sem que haja ingerência em questão que envolve o poder discricionário do Poder Executivo. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido” (AI nº 734.487-AgR/PR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 20/8/10).

“PACIENTE COM HIV/AIDS - PESSOA DESTITUÍDA DE RECURSOS FINANCEIROS - DIREITO À VIDA E À SAÚDE - FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS - DEVER CONSTITUCIONAL DO PODER PÚBLICO (CF, ARTS. 5º, CAPUT, E 196) - PRECEDENTES (STF) -

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 65

RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. O DIREITO À SAÚDE REPRESENTA CONSEQÜÊNCIA CONSTITUCIONAL INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA. - O direito público subjetivo à saúde representa prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das pessoas pela própria Constituição da República (art. 196). Traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público, a quem incumbe formular - e implementar - políticas sociais e econômicas idôneas que visem a garantir, aos cidadãos, inclusive àqueles portadores do vírus HIV, o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica e médico-hospitalar. - O direito à saúde - além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas - representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional. A INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROGRAMÁTICA NÃO PODE TRANSFORMÁ- LA EM PROMESSA CONSTITUCIONAL INCONSEQÜENTE. - O caráter programático da regra inscrita no art. 196 da Carta Política - que tem por destinatários todos os entes políticos que compõem, no plano institucional, a organização federativa do Estado brasileiro - não pode converter-se em promessa constitucional inconseqüente, sob pena de o Poder Público, fraudando justas expectativas nele depositadas pela coletividade, substituir, de maneira ilegítima, o cumprimento de seu impostergável dever, por um gesto irresponsável de infidelidade governamental ao que determina a própria Lei Fundamental do Estado. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE MEDICAMENTOS A PESSOAS CARENTES. - O reconhecimento judicial da validade jurídica de programas de distribuição gratuita de medicamentos a pessoas carentes, inclusive àquelas portadoras do vírus HIV/AIDS, dá efetividade a preceitos fundamentais da Constituição da República (arts. 5º, caput, e 196) e representa, na concreção do seu alcance, um gesto reverente e solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente daquelas que nada têm e nada possuem, a não ser a consciência de sua própria humanidade e de sua essencial dignidade. Precedentes do STF” (RE nº 271.286-AgR/RS, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 24/11/2000).

Dessa pacífica orientação, não se apartou o acórdão proferido pelo Tribunal de origem, que deve ser, portanto, mantido.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.129 (334)ORIGEM : AC - 4092535400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : WAGNER FRANCO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE LOURENÇOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – ARTIGO 1º, INCISO I, DA LEI

COMPLEMENTAR Nº 51/1985 – RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – CONHECIMENTO E PROVIMENTO EM AUTOS DE AGRAVO PROVIDO.

1. Ante o fato de o Plenário haver enfrentado a matéria envolvida neste processo, afasto o sobrestamento.

2. O Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.110/AC, da relatoria da Ministra Cármen Lúcia, reafirmou o entendimento adotado por ocasião do exame da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.817/DF e assentou haver a Carta de 1988 recepcionado o inciso I do artigo 1º da Lei Complementar nº 51/1985. Reconheceu, então, o direito de o servidor aposentar-se na forma especial prevista na citada lei complementar, por terem sido cumpridos os requisitos exigidos legalmente.

3. Em razão desse quadro, conheço do agravo e o provejo, consignando o enquadramento do extraordinário no permissivo da alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Ante o precedente, aciono o disposto nos artigos 544, § 3º e § 4º, e 557, § 1º – A, do Código de Processo Civil e julgo, desde logo, o extraordinário, conhecendo-o e provendo-o, para, reformando o acórdão recorrido, conceder a segurança.

4. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.087 (335)ORIGEM : EDERR - 46860519980 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

AGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JORGE CINIGLIAADV.(A/S) : HELENA DE ALBUQUERQUE DOS SANTOSAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO

DECISÃO: Vistos.União interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional.

Decido.Vê-se, porém, que o recurso extraordinário foi interposto em 7/4/05

(fl. 612), antes mesmo do julgamento dos embargos de declaração, que somente ocorreu em 22/5/06 (fl. 603). A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de ser extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes do julgamento proferido nos embargos de declaração, mesmo que os embargos tenham sido opostos pela parte contrária. Deveria a recorrente ter reiterado ou ratificado o recurso no novo prazo recursal, o que não ocorreu no presente caso. Nesse sentido, anote-se:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇA ESSENCIAL. AUSÊNCIA. SÚMULA 288 DO STF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXTEMPORANEIDADE. INTERPOSIÇÃO PREMATURA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas. II - É dever processual da parte zelar pela correta formação do instrumento. III - É extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes do julgamento dos embargos de declaração opostos na instância a quo, sem que tenha havido a posterior ratificação. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº 625.373/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 23/11/07).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO ANTERIOR AO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO POPULAR. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. PROMOÇÃO PESSOAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF Nº 279. 1. É extemporâneo o recurso extraordinário protocolado antes do julgamento do acórdão proferido em embargos de declaração, sem posterior ratificação. Precedentes. 2. Para a reforma do acórdão da apelação e o provimento do recurso extraordinário, é imprescindível o reexame de fatos e provas, a fim de concluir que o anúncio promovido pela Prefeitura de São Bernardo do Campo não representou promoção pessoal de seu prefeito. Incidência da Súmula STF nº 279. 3. Nulidade do processo, por ausência de citação de litisconsortes passivos necessários. Inviável o seu exame neste grau recursal, seja por ter sido argüida pela primeira vez quando os autos já se encontravam neste Supremo Tribunal para julgamento do extraordinário, faltando-lhe o imprescindível prequestionamento, seja pelo seu caráter eminentemente processual ordinário. 4. Agravo regimental improvido” (RE nº 198.131/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/11/05).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.266 (336)ORIGEM : EDERR - 482667980 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : VANDERLEY PIRES ALVESADV.(A/S) : RICARDO QUINTAS CARNEIRO

Decisão:Vistos.Ministério Público do Trabalho interpõe agravo de instrumento contra

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em ofensa ao artigo 127 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho assim ementado:

“RECURSO DE EMBARGOS DO RECLAMANTE. RECURSO DE REVISTA. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. ILEGITIMIDADE PARA RECORRER. APPA. ENTIDADE AUTÁRQUICA IMPRÓPRIA. APLICAÇÃO ARTIGO 173, § 1º, II, CFB/88. Esta Corte, bem como o STF, vêm decidindo reiteradamente que a APPA é uma entidade autárquica imprópria, porque, apesar de ter sido instituída como autarquia estadual, não desempenha atividade típica da administração pública, sujeitando-se ao regime jurídico

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 66

próprio das empresas privadas, nos moldes do artigo 173, § 1º, II, da CFB/88. Estando, assim, a Reclamada equiparada à sociedade de economia mista/empresa pública, o Ministério Público do Trabalho não tem legitimidade para recorrer, nos termos do item nº 237 da Orientação Jurisprudencial da SBDI-1. Recurso de Embargos conhecido e provido.

RECURSO DE EMBARGOS DA RECLAMADA. FORMA DE EXECUÇÃO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98. Por se tratar de Autarquia imprópria, já que explora atividade econômica, a execução deve se processar conforme as normas comuns da Consolidação das Leis do Trabalho, e não por meio de precatório. Incidência da Súmula nº 333/TST, ante a aplicação do item nº 87 da Orientação Jurisprudencial da SBDI-1. Embargos não conhecidos” (fl. 367).

Opostos embargos de declaração (fls. 375/376), foram rejeitados (fls. 384 a 386).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recorrente foi intimado do acórdão dos

embargos de declaração em 20/10/06, conforme expresso na certidão de folha 388, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que para declarar a ilegitimidade do Ministério Público do Trabalho para o feito, o TST baseou-se, também, em fundamento infraconstitucional, conforme extrai-se do voto condutor do acórdão:

“A teor do inciso XIII do artigo 83 da Lei Complementar nº 75/93 (...), o Ministério Público deve atuar, obrigatoriamente, nos feitos que tramitam nesta Justiça Especializada, quando a parte for pessoa jurídica de direito público, estado estrangeiro ou organismo internacional ou , ainda, quando existir interesse público que justifique sua intervenção.

In casu, não se configura nenhuma das hipóteses citadas, haja vista que o Ministério Público recorre para defender interesse da APPA -Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina entidade autárquica estadual equiparada a sociedade de economia mista (...)” (fl. 370).

Esses fundamentos ficaram preclusos, uma vez que não podem ser revistos pelo recurso extraordinário. Destarte, sendo suficiente o fundamento infraconstitucional adotado pelo acórdão recorrido, incide na espécie a orientação da Súmula nº 283 desta Corte, que assim dispõe, in verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”. Nesse sentido, anote-se:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Taxa de juros. Limitação. Art. 192, § 3º, da CF/88. Auto-aplicabilidade reconhecida. Artigo 1.062 do Código Civil e Decreto nº 22.626/33 também aplicado. Duplo fundamento. Aplicação da súmula 283. Agravo regimental não provido. É inadmissível recurso extraordinário quando a decisão recorrida está assentada em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrangeu a todos” (AI 459.061-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 5/5/06).

“CONSTITUCIONAL. JUROS: LIMITAÇÃO A 12%. FUNDAMENTOS INFRACONSTITUCIONAL E CONSTITUCIONAL. SÚMULA 283 DO STF. I - O acórdão recorrido limita a cobrança de juros remuneratórios a 12% ao ano com apoio em fundamentos infraconstitucional e constitucional. O fundamento infraconstitucional, suficiente para a manutenção do acórdão impugnado, restou definitivo ante o não-cabimento de recurso especial contra acórdão de juizado especial. Incidência da Súmula 283 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 642.443-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 14/11/07).

Sobre o tema, em caso idêntico ao dos autos, anote-se:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

TRABALHISTA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”(AI nº 791.234/RO-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 3/9/10).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.481 (337)ORIGEM : PROC - 29688200700099004 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESPÓLIO DE IGNÁCIA DORACY VASCONCELOSADV.(A/S) : REGILENE SANTOS DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)

Decisão:Vistos.

Espólio de Ignácia Doracy Vasconcelos interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 114 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO DA EXEQÜENTE - DESCONTOS FISCAIS - AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO TÍTULO EXECUTIVO. O art. 46 da Lei nº 8.541/92 e os Provimentos nos 2/93 e 1/96 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho determinam a observância dos descontos fiscais pelo juiz do trabalho no momento da liberação do montante da condenação. No caso, o acórdão regional manteve a sentença de liquidação, que determinou a incidência desses descontos mesmo não havendo determinação nesse sentido no título executivo. O entendimento adotado pelo Regional está em consonância com a Súmula nº 401 do TST (que se aplica de forma analógica ao recurso de revista), segundo a qual os descontos fiscais devem ser efetuados pelo juízo executório, ainda que a sentença exeqüenda tenha sido omissa sobre a questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os disciplina.

Agravo de instrumento desprovido” (fl. 143)O recorrente pretende, em suma, afastar da condenação os

descontos a título de imposto de renda, haja vista que “se está a executar um título judicial no qual não consta tal determinação de retenção, até mesmo porque tal determinação foi superveniente erigida ao momento da formação da coisa julgada material” (fl. 152).

Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

19/12/06, conforme expresso na certidão de folha 147, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação, contudo, não merece prosperar.É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não admitir, em

recurso extraordinário, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação, aplicação ou mesmo inobservância de normas infraconstitucionais. No caso em tela, para que se pudesse decidir de forma diversa do acórdão recorrido seria imprescindível a verificação dos limites objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação infraconstitucional. Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:

“Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a indagação pertinente aos limites objetivos da ‘res judicata’ traduz controvérsia ‘que não se alça ao plano constitucional do desrespeito ao princípio de observância da coisa julgada, mas se restringe ao plano infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário’ (RE 233.929/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei).

Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse mesmo entendimento jurisprudencial:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA - INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Se a discussão em torno da integridade da coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da res judicata, revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter infraconstitucional, podendo configurar, quando muito, situação de conflito indireto com o texto da Carta Política, circunstância essa que torna inviável o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.’

(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem sido

observada em sucessivas decisões proferidas no âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em causa, não vejo como dele inferir o pretendido reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em torno da definição dos limites subjetivos ou objetivos pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)” (DJ de 17/10/03).

No mesmo sentido, trago os seguintes precedentes:“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 67

ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte.

II - Esta Corte tem se orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária.

III - Agravo regimental improvido” (AI nº 601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 17/8/07).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO.

1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

3. O termo inicial da fluência dos juros moratórios, na repetição do indébito, dá-se na data do trânsito em julgado da decisão [art. 167, parágrafo único, do CTN]. Precedentes.

4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 658.206/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ 28/9/07).

Ademais, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o exame da incidência do imposto de renda sobre valores pagos a título de verbas rescisórias em virtude da extinção do contrato de trabalho, pressupõe a prévia análise da legislação infraconstitucional, sendo que a suposta ofensa à Constituição Federal, se ocorresse, seria indireta. Nesse sentido, anote-se:

“TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA SOBRE VERBAS PAGAS POR OCASIÃO DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. TRÂNSITO EM JULGADO DE RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

II - Com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

III - Agravo regimental improvido” (AI nº 682.072/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 17/4/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA. VALORES RECEBIDOS A TÍTULO DE GRATIFICAÇÃO POR RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO. CARÁTER JURÍDICO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.

1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 702.206/SP-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 27/2/09).

Por fim, essa Corte já se pronunciou que compete à Justiça Trabalhista estabelecer os descontos advindos dos títulos executivos judiciais que por ela foram estabelecidos. Sobre o tema, anote-se:

“COMPETÊNCIA - EXECUÇÃO - TÍTULO JUDICIAL TRABALHISTA - DESCONTOS PREVIDENCIÁRIO E DO IMPOSTO DE RENDA - CONTROVÉRSIA. Cumpre à própria Justiça do Trabalho, prolatora do título judicial e competente para a execução respectiva, definir a incidência, ou não, dos descontos previdenciário e para o imposto de renda” (RE nº 196.517/PR, Segunda Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 20/4/01).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.361 (338)ORIGEM : PROC - 3632004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : TOGO POVOA DE BARROSADV.(A/S) : ORLINDO ELIAS FILHOAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo de instrumento interposto por Togo Povoa de

Barros , contra a decisão denegatória de trânsito ao recurso extraordinário que interpôs contra acórdão proferido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que determinou o sobrestamento de mandado de segurança que impetrara, enquanto se aguardava o julgamento de processo em trâmite neste Supremo Tribunal Federal.

Contudo, consulta ao andamento desse processo (MS nº 24.875/DF), efetuada através da página eletrônica mantida por esta Corte, na rede mundial de computadores, permite constatar que esse já foi julgado, tendo, inclusive, transitado em julgado a decisão, expressa no acórdão publicado no DJ de 6/10/06.

Destarte, como tal recurso voltava-se contra a ordem proferida na origem, que determinava se aguardasse a conclusão do julgamento do referido processo, tem-se que esse resta efetivamente prejudicado, porque de há muito já ultimado o julgamento daquele feito .

Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento.

Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2011.MINISTRO DIAS TOFFOLI RELATOR

AGRAVO DE INSTRUMENTO 707.522 (339)ORIGEM : AC - 199961820180930 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : CECÍLIA TANAKAADV.(A/S) : RAIMUNDA MÔNICA MAGNO ARAÚJO BONAGURA

DESPACHO: Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra

decisão que negou seguimento a recurso extraordinário anteriormente interposto.

O acórdão recorrido decidiu que a recorrida “goza dos benefícios da imunidade consagrada aos entes políticos no art. 150, VI, a, da Magna Carta, logo, não se sujeita à tributação por meio de impostos” (fls. 289/290).

O recorrente alega violação ao art. 150, VI, a, da CF/88, pois “claro está que somente pode ser estendida a imunidade tributária discutida às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público que, vale lembrar, têm natureza de pessoas jurídicas de direito público” (fl. 299).

Ademais, pugnou pela inaplicabilidade do Decreto-Lei n° 509/69, pois o art. 12 deste diploma legal “choca-se diretamente com a sistemática adotada por nossa Constituição, que vedou o reconhecimento de tal benefício a qualquer empresa pública exploradora de atividade comercial” (fl. 305).

Decido.A irresignação não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a imunidade

recíproca prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “a”, da Constituição Federal é extensível à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a qual exerce serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. Sobre o tema, anote-se:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMUNIDADE RECÍPROCA. EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS (ECT). AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I - O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com o entendimento da Corte no sentido de que a imunidade recíproca dos entes políticos é extensiva à empresa pública prestadora de serviço público (RE 354.897/RS, Rel. Min. Carlos Velloso). II - Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 690.242/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 17/4/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. IPTU. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. ABRANGÊNCIA. PRECEDENTES. O Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou a compatibilidade do Decreto-lei n. 509/69 --- que dispõe sobre a impenhorabilidade dos bens da ECT e os benefícios fiscais outorgados a essa Empresa --- com a Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 718.646/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/10/08).

“Tributário. Imunidade recíproca. Art. 150, VI, ‘a’, da Constituição Federal. Extensão. Empresa pública prestadora de serviço público. Precedentes da Suprema Corte. 1. Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 150, VI, ‘a’, da Constituição Federal alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, como é o caso da autora, que não se confunde com as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito. Com isso, impõe-se o reconhecimento da imunidade tributária

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 68

prevista no art. 150, VI, a da Constituição Federal. 2. Ação cível originária julgada procedente” (ACO nº 959/RN, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 16/5/08).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE n° 633.721/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje 3/1/11; RE n° 593.906/RJ, por mim relatado, Dje 14/12/10.

Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.188 (340)ORIGEM : AI - 5602325100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : PRISCILLA GRANERO AZZOLINIADV.(A/S) : CELSO DE FARIA MONTEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO NABUCO DE ABREUADV.(A/S) : OSWALDO GALVÃO ANDERSON JÚNIOR E OUTRO(A/

S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PLANOS ECONÔMICOS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. CADERNETAS DE POUPANÇA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

DECISÃO: A matéria tratada nos autos – critérios de atualização dos depósitos de caderneta de poupança em razão da implementação de planos de estabilização econômica – teve sua repercussão geral reconhecida nos autos do AI 722.834, da Relatoria da E. Min. Dias Toffoli, Dje de 30.04.10, referente aos Planos Bresser e Verão; do RE 591.797, da Relatoria do E. Ministro Dias Toffoli, referente ao Plano Collor I; e do AI 754.745, da Relatoria do E. Min. Gilmar Mendes, referente ao Plano Collor II.

Destarte, presentes os demais requisitos para conhecimento do recurso, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, que, no entanto, deverá permanecer SOBRESTADO na origem para que se observe o disposto no art. 328, parágrafo único do RISTF c.c. art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 719.289 (341)ORIGEM : EDAAIRR - 1227199200904400 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ARI RENÊ DA SILVA STEINMETZADV.(A/S) : DANIEL MARTINS FELZEMBURGADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURYAGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : FLÁVIO BARZONI MOURA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“ AGRAVO - RECUSA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL POR PARTE DO REGIONAL - INTEGRAÇÃO SALARIAL DAS DIÁRIAS DE VIAGEM SUPERIORES A 50% DO SALÁRIO NA COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA - AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE DESACERTO DO DESPACHO-AGRAVADO. Não tendo o Agravante demonstrado que o seu recurso de revista, versando sobre negativa de prestação jurisdicional por parte da Corte Regional e integração salarial das diárias de viagens superiores a 50% dos salários na complementação de aposentadoria, não incorria nos óbices assinalados pelo despacho-agravado (Súmula no 101 do TST), a barreira erigida permanece, pois, incólume e, à míngua de demonstração de motivos que infirmem a conclusão a que chegou este Relator, o agravo revela-se protelatório do andamento do feito, inserindo o Agravante na multa preconizada pelo art. 557, § 2º, do CPC. Agravo desprovido, com aplicação de multa.” (fl. 330)

Segundo os fundamentos da decisão agravada, o apelo extremo não pode ser admitido porque “ (...)a decisão recorrida não tem conteúdo constitucional, na medida em que soluciona a lide sob o enfoque de legislação ordinária, razão pela qual a alegada ofensa ao preceito da Constituição Federal (art. 7º, VI, da CF) somente seria reflexa, circunstância que inviabiliza o recurso extraordinário.(...)” (fl. 344)

O recurso não merece prosperar. A matéria dos presentes autos reside no campo infraconstitucional, porquanto o Tribunal a quo decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (CLT) e na jurisprudência

do Tribunal Superior do Trabalho (Súmulas 101 e 318 do TST), cuja análise é inviável em sede extraordinária. Eventual ofensa à Constituição, se existente, seria meramente reflexa ou indireta.

Ademais, segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279).

Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido decidiu dentro do contexto fático que a hipótese atrai a aplicação das Súmulas n. 101 e n. 318 do TST. Assentou, outrossim, que “(...)tendo o Regional afastado a possibilidade de incorporação de incorporação da parcela definitivamente aos salários do Autor anos depois do acontecimento das viagens, obedeceu ao entendimento dominante nesta Corte Superior.(...)” (fl 294)

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 165.460, Rel. Min. Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ 19.9.1997; RE 102.542, Rel. Min. Djaci Falcão, 2ª Turma, DJ 27.9.1985; RE-AgR 593.550, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 27.2.2009; e AI-AgR 767.152, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 5.2.2010.

Incide, portanto, a Súmula 279/STF.Além disso, com relação à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da

Constituição Federal, observo que esta Corte já apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Nessa oportunidade, este Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que o referido artigo exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1o do RISTF, e 557 do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.987 (342)ORIGEM : AC - 200661140028721 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SIM DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : ADRIANA APARECIDA CODINHOTTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BENEDICTO CELSO BENÍCIOAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 214 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 582.461, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 5.2.2010. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.137 (343)ORIGEM : AC - 20070380617 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO CODESC DE SEGURIDADE SOCIAL -

FUSESCADV.(A/S) : MAURÍCIO MACIEL SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PEDRO CAMPOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA ALEJANDRA FORTUNY E OUTRO(A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – PREVIDÊNCIA PRIVADA –

DESLIGAMENTO – RESTITUIÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 582.504/RJ concluiu não estar configurada a repercussão geral do tema relativo à restituição de valor devido a associados que se desligam de plano de previdência privada, acrescido de correção monetária.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o agravo veicular a matéria idêntica, havendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, conheço do agravo e o desprovejo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 69

3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.520 (344)ORIGEM : AC - 2448795900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : VALDIR MORAIS E SILVAADV.(A/S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO

DECISÃO: Vistos.Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 30, inciso V, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Segunda Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“LOTAÇÃO - Veículo apreendido por serviço de transporte de passageiros sem licença – Liberação independente do pagamento de multas, porém condicionada ao pagamento das despesas de remoção e estadia, limitada esta última ao máximo de dez diárias - Recurso parcialmente provido para esse fim” (fl. 108).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 639.496/MG, Relator o Ministro Presidente, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. E, no mérito, reafirmou a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal nesses termos, in verbis:

“A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa, à luz do artigo 30, I e V, da Constituição Federal, sobre a competência suplementar de município para legislar sobre trânsito e transporte, e impor sanções mais gravosas que as previstas no Código de Trânsito Brasileiro CTB.

Há nesta corte decisão específica sobre o tema no sentido da inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no CTB, por extrapolar a competência legislativa suplementar do município expressa no artigo 30, II, da Constituição Federal. Neste sentido: ARE 638574 / MG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje 14.04.2011. Esta corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, impossibilitados os Estados-membros e municípios a legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por Lei Complementar. Confiram-se: ADI 2432 / RN, Rel. Min. EROS GRAU, DJ 26.08.2005; ADI 2644 / PR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 17.09.2003; ADI 2432 MC / RN, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ 21.09.2001.”

O acórdão recorrido está em sintonia com a decisão do Plenário desta Corte.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.022 (345)ORIGEM : AC - 4480715900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : DARCI MANOEL DOS SANTOSADV.(A/S) : DENISE VIEIRA RODRIGUES CORONEL

DECISÃO: Vistos.Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 30, inciso V, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“TRANSPORTE REMUNERADO DE PASSAGEIROS. MANDADO DE SEGURANÇA. APREENSÃO. MULTA. ENCARGOS DE REMOÇÃO E ESTADIA.

I. Lei municipal: legalidade na apreensão de veículo quando constatada a prática de transporte remunerado de passageiros sem autorização. Repartição de competências que confere ao município a prerrogativa de legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I da Constituição Federal). Lei municipal 13.241/01 que, em seu art. 34 determina, quando constatada tal prática, a imediata apreensão dos veículos e a imposição de multa no valor de 3000 UFIRs (três mil UFIRs);

II. Taxas de remoção e estadia: o pagamento das despesas de remoção e de estadia dos veículos devem apresentar valor compatível com o serviço prestado. Configurada como taxa, tais montantes não podem ser excutidos em valores desrazoados, sob pena de perderem sua natureza própria de tributo (art. 3, CTN) e tornarem-se medida sancionadora, em 'bis in idem' intolerável;

III. Liberação do veículo mediante pagamento: Impossibilidade de condicionar a liberação do veículo ao pagamento de tais montantes, conforme aplicação analógica da Súmula 323 do STF. Recurso voluntário da Fazenda e remessa necessária desprovidos. Recurso do Autor provido” (fl. 34).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 639.496/MG, Relator o Ministro Presidente, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. E, no mérito, reafirmou a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal nesses termos, in verbis:

“A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa, à luz do artigo 30, I e V, da Constituição Federal, sobre a competência suplementar de município para legislar sobre trânsito e transporte, e impor sanções mais gravosas que as previstas no Código de Trânsito Brasileiro CTB.

Há nesta corte decisão específica sobre o tema no sentido da inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no CTB, por extrapolar a competência legislativa suplementar do município expressa no artigo 30, II, da Constituição Federal. Neste sentido: ARE 638574 / MG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje 14.04.2011. Esta corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, impossibilitados os Estados-membros e municípios a legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por Lei Complementar. Confiram-se: ADI 2432 / RN, Rel. Min. EROS GRAU, DJ 26.08.2005; ADI 2644 / PR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 17.09.2003; ADI 2432 MC / RN, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ 21.09.2001.”

O acórdão recorrido está em sintonia com a decisão do Plenário desta Corte.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.378 (346)ORIGEM : MS - 20070042102 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : I B SABBA S/AADV.(A/S) : TATIANA ROCHA DE MENEZES E ROCHA

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial interposto paralelamente ao recuro extraordinário relacionado a este agravo de instrumento para anular o acórdão recorrido, no exame do REsp 1.123.396, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 4.3.2011.

Essa decisão transitou em julgado em 23.3.2011.Dessarte, ante a perda superveniente do objeto, nos termos do artigo

21, inciso IX, do RISTF, julgo prejudicado o agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.162 (347)ORIGEM : PROC - 10907534 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SEBASTIÃO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JURANDIR RAMOS DE SOUSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANITA YUKIZI ODAKE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALCIDIO BOANO

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 70

AGRAVO DE INSTRUMENTO – TRASLADO DE PEÇAS – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DATA DE PROTOCOLAÇÃO ILEGÍVEL – AGRAVO NÃO CONHECIDO.

1. A Lei nº 10.352, de 26 de dezembro de 2001, que alterou o § 1º do artigo 544 do Código de Processo Civil, aumentou o número de peças obrigatórias na composição do instrumento, assim as especificando:

[...] cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contrarrazões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. [...]

2. Na espécie, embora providenciado o traslado do extraordinário, verifica-se que a respectiva data de protocolação encontra-se ilegível. A exigência da integração da peça ao instrumento tem como objetivo viabilizar o julgamento do extraordinário nos próprios autos do agravo, se este for provido.

3. Não conheço do agravo.4. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.620 (348)ORIGEM : AC - 7210595400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : IZAEL COSTAADV.(A/S) : FARAÓ QUÉOPS DAS NEVES

DECISÃO: Vistos.Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 30, inciso V, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“LOTAÇÃO. Veículo apreendido por serviço de transporte de passageiros sem licença. Liberação do veículo que pode ser condicionada ao pagamento das despesas de remoção e estadia, limitada esta última ao máximo de dez diárias. Multa, que constitui penalidade, por isso subordinada às garantias constitucionais do devido processo legal, contraditório e da ampla defesa, que não pode ser exigida como condição para a liberação do veículo. Determinada a liberação do veículo sem nenhum pagamento. Recurso provido para restringir a dispensa somente à multa e limitar as despesas de estadia ao máximo de dez diárias, arcando cada parte com os honorários dos seus respectivos patronos e metade de todas as demais despesas em razão da sucumbência recíproca, com ressalva para o disposto no artigo 12 da Lei nº 1060/50 em relação ao benefício da gratuidade” (fl. 91).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 639.496/MG, Relator o Ministro Presidente, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. E, no mérito, reafirmou a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal nesses termos, in verbis:

“A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa, à luz do artigo 30, I e V, da Constituição Federal, sobre a competência suplementar de município para legislar sobre trânsito e transporte, e impor sanções mais gravosas que as previstas no Código de Trânsito Brasileiro CTB.

Há nesta corte decisão específica sobre o tema no sentido da inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no CTB, por extrapolar a competência legislativa suplementar do município expressa no artigo 30, II, da Constituição Federal. Neste sentido: ARE 638574 / MG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje 14.04.2011. Esta corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, impossibilitados os Estados-membros e municípios a legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por Lei Complementar. Confiram-se: ADI 2432 / RN, Rel. Min. EROS GRAU, DJ 26.08.2005; ADI 2644 / PR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 17.09.2003; ADI 2432 MC / RN, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ 21.09.2001.”

O acórdão recorrido está em sintonia com a decisão do Plenário desta Corte.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.719 (349)ORIGEM : AI - 1137803803 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : SÃO PAULO TRANSPORTE S/AADV.(A/S) : MIRIAM MIDORI NAKA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OLGA MARI DE MARCO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DA SILVA BELÚCIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DOUGLAS APARECIDO FERNANDESAGDO.(A/S) : VIAÇÃO CIDADE TIRADENTES LTDAADV.(A/S) : RODRIGO BARROS GUEDES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO EM RELAÇÃO A UMA DAS PARTES. PROSSEGUIMENTO CONTRA AS DEMAIS. AUSÊNCIA DE EFETIVO DEBATE PELO TRIBUNAL A QUO. FALTA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE NA VIA EXTRAORDINÁRIA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Os requisitos de admissibilidade consistentes na regularidade formal, no prequestionamento e na ofensa direta à Constituição Federal, quando ausentes, conduzem à inadmissão do recurso interposto.

3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.

5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto por SÃO

PAULO TRANSPORTE S.A, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 69-70, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea "a" do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (fl. 26), verbis:

"Inexistindo regra específica para o caso de extinção do processo relativamente a uma das partes e prosseguimento contra outras duas, são cabíveis tanto a apelação quanto o agravo. Conceito da nova redação do artigo 162, § 1º, do CPC que reforça o cabimento da apelação, utilizada no caso pelo agravante. Agravo provido para receber a apelação.”

Os embargos de declaração foram acolhidos para prestar esclarecimentos.

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LV, e 22, I, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o fundamento de que a matéria não foi devidamente prequestionada.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A irresignação não prospera.Verifica-se, na espécie, que os artigos da Constituição Federal que a

agravante considera violados (arts. 5º, LV, e 22, I, da CF) não foram debatidos no acórdão recorrido.

Impende asseverar, que a interposição do recurso extraordinário impõe que os dispositivos constitucionais tidos por violados como meio de se aferir a admissão da impugnação tenham sido debatidos no acórdão recorrido, sob pena de padecer o recurso da imposição jurisprudencial do prequestionamento.

Anote-se, por sua relevância, que a exigência do prequestionamento não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto. Ele consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal, em seu art. 102. Nesse dispositivo não há previsão de apreciação originária por este Pretório Excelso de questões como as que ora se apresentam. A competência para a apreciação originária de pleitos no C. STF está exaustivamente arrolada no

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antecitado dispositivo constitucional, não podendo sofrer ampliação na via do recurso extraordinário.

In casu, dessume-se dos autos que a recorrente furtou-se em prequestionar, em momento oportuno, os dispositivos constitucionais apontados como violados nas razões do apelo extremo, atraindo, inarredavelmente, o óbice da ausência de prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo.

Deveras, a simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo debate, no Tribunal de origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos constitucionais apontados como violados, não supre a falta do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária. Incidência do óbice erigido pelo enunciado da Súmula 282/STF, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada”.

Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de norma infraconstitucional. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. . Nesse sentido, o RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10 e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Anote-se por derradeiro, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a verificação de violações aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a aferição da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido, traz-se à colação julgados de ambas as Turmas desta Corte, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXVI, LIV, LV, E 133 DA CONSTITUIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA CARTA MAGNA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.

II - A apreciação do art. 133 da Constituição, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

III - A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe que seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento.

IV - Agravo regimental improvido” (AI 705.416-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Dje de 04/03/2011).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279.

1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279).

2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes.

3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF.

4. Agravo regimental improvido” (AI 756.336-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Dje de 22.10.2010).

NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF..

Publique-se. Intimações necessárias.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.041 (350)ORIGEM : AC - 4454645000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ART-ARAME INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : THATIANE SARDINHA CLEMENTEAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 424 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 639.228. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.399 (351)ORIGEM : AC - 20020035152996001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO

PESSOAAGDO.(A/S) : ALEXSANDRO FERREIRA PERESADV.(A/S) : AMAURI DE LIMA COSTA

DESPACHO: Vistos.Certifique-se o trânsito em julgado da decisão de folhas 100/101,

após o que, atenda-se o pedido de folha 104.Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.000 (352)ORIGEM : AC - 7691475700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPADV.(A/S) : JOSE MARCO TAYAH E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.134 (353)ORIGEM : AC - 20088000901 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO SAFRA S/AADV.(A/S) : MARCO ANDRÉ HONDA FLORES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIO JOSE OLIVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXER

DESPACHO: 1. O Min. MARCO AURÉLIO encaminhou estes Embargos de Divergência à Presidência com proposta de redistribuição para a Segunda Turma.

2. É caso de redistribuição.Ajusta-se à hipótese o artigo 76 do RISTF: “Se a decisão embargada for de Turma, far-se-á a distribuição dos

embargos dentre os Ministros da outra; se do Plenário, serão excluídos da distribuição o Relator e o Revisor”.

3. Ante o exposto, acolho a proposta do Min. MARCO AURÉLIO e determino a redistribuição dos autos nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 72

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.759 (354)ORIGEM : AMS - 200370030018502 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE HOSPITALAR SANTA

CASA DE MISERICÓRDIA DE CAMPO MOURÃOADV.(A/S) : JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR

DESPACHO: Vistos.O Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio

eletrônico, finalizada em 16/06/2011, no exame do RE nº 636.941/RS, Relator o Ministro Cezar Peluso, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se de discussão acerca imunidade tributária das entidades filantrópicas em relação à contribuição para o PIS.

Nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.937 (355)ORIGEM : AC - 7962665200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASADV.(A/S) : SANDRA DA CONCEIÇÃO SANT'ANAAGDO.(A/S) : MARIO HILKNER NETOADV.(A/S) : SILVIA HELENA GOMES PIVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Vistos.Município de Campinas interpõe agravo de instrumento contra

decisão que não admitiu o recurso extraordinário, fundamentado na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que afastou a exigibilidade do IPTU e da Taxa de Sinistros, nos exercícios de 1996 a 2000.

No apelo extremo, alega o Município recorrente contrariedade ao disposto nos artigos 30; 145, I e II; §§ 1º e 2º; 156, § 1º; e 182,§ 4º, da Constituição Federal, requerendo, tão somente, a manutenção da tributação do IPTU pela alíquota mínima. (fl. 314 e 325)

Decido.A irresignação merece prosperar.No caso dos autos, verifico que foram concedidos descontos

escalonados por faixas. A progressividade inconstitucional de alíquotas do IPTU na forma de isenções parciais foi apreciada pelo Plenário da Corte no RE nº 194.036, Relator o Ministro, DJ 20/6/97. Essa decisão foi reafirmada no RE nº 456.513, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 14/11/03, cuja ementa é a seguinte:

“EMENTA: IPTU: progressividade. 1. O STF firmou o entendimento - a partir do julgamento do RE 153.771, Pleno, 20.11.96, Moreira Alves - de que a única hipótese na qual a Constituição admite a progressividade das alíquotas do IPTU é a do art. 182, § 4º, II, destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. 2. Manifestou-se também o plenário da Corte pela inconstitucionalidade da cobrança do IPTU de forma progressiva, estabelecida mediante a concessão de isenções parciais, variáveis conforme o valor venal do imóvel (RE 167.036, Ilmar Galvão, DJ 20.06.97)” (AI n° 456.513/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 14/11/03).

O Plenário da Corte novamente se pronunciou sobre o tema, em julgamento de 01/08/2011, nos autos do RE nº 355.046/SP. Na ocasião a Relatora Ministra Ellen Gracie asseverou que concessão de isenção parcial do IPTU inversamente proporcional ao valor dos imóveis, configura sistemática disfarçada de alíquotas progressivas. Concluiu, ainda, o Plenário da Corte, na esteira do voto da Relatora, pela aplicação da alíquota mínima constante da legislação impugnada.

Com efeito, esta Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que a pecha de inconstitucionalidade alcança tão-somente a parte do dispositivo que erige a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a

legislação impugnada quanto ao dever de pagar o tributo, que, no entanto, se dará no grau mais baixo prescrito em lei.

Esclareço que a manutenção da cobrança do tributo pela alíquota mínima não traduz invasão de competência do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário, nem em inovação legislativa. Trata-se de declaração de inconstitucionalidade parcial de dispositivo normativo, com redução de texto, que somente é vedado quando do reconhecimento do vício sobre parte da norma resulte evidente inversão ou distorção do sentido da lei.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo de instrumento e, desde já, conheço do extraordinário e dou-lhe provimento para que seja aplicada a alíquota mínima equivalente ao percentual obtido, mediante a aplicação do maior desconto previsto na legislação vigente à época do fato gerador da obrigação, de acordo com a destinação do imóvel, na esteira da jurisprudência desta Corte.

Dada a sucumbência recíproca, fixo as custas e honorários advocatícios em 10% sobre o valor da causa, a serem distribuídos e compensados proporcionalmente, na forma do art. 21, caput do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.572 (356)ORIGEM : AC - 200584010011523 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : FRANCISCO CAETANO DE ANDRADEADV.(A/S) : FLORENTINO DA SILVA NETO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.923 (357)ORIGEM : AC - 3841255000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : RENATA HELCIAS DE SOUZA ALEXANDRE

FERNANDESAGDO.(A/S) : DORIVAL DUARTEADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ FIGUEIREDO ROCHA E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que noticie quando da ocorrência do trânsito em julgado do recurso especial interposto concomitantemente (AG-REsp. 1.188.317).

Aguarde na Secretaria. Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.440 (358)ORIGEM : AC - 4132623 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : IEDA VIANAADV.(A/S) : CLAUDIA MARIA LIMA SCHEIDWEILERAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 73

ADV.(A/S) : ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 544 DO CPC. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. PARTICIPAÇÃO NO PROCEDIMENTO DE CRESCIMENTO VERTICAL NA CARREIRA DE MAGISTÉRIO. AVANÇO FUNCIONAL. REENQUADRAMENTO DE CARGO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 283 DO STF.

1. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada. “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. (súmula 287/STF).

2. Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010.

3. Agravo de instrumento não-conhecido.DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto por IEDA

VIANA, com fulcro no art. 544 do Código de Processo Civil, no intuito de ver reformada a r. decisão de fls. 290/294, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea "a" do permissivo constitucional, sob os seguintes fundamentos: (i) aplicação da súmula nº 282/STF, ante a ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais suscitados; (ii) ausência de violação direta ao texto da Carta Magna.

Na petição de agravo, a ora recorrente alega que “No caso em tela, o r. despacho do Vice-Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Paraná não apreciou os requisitos de admissibilidade do Recurso Extraordinário, que foi ingressado porque o v. decisum atacado negou vigência a dispositivos da Constituição Federal”(fl. 05). No mais, repisa os mesmos fundamentos expendidos no apelo extremo.

Noticiam os autos que em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade, negou provimento ao recurso, em julgado que produziu a seguinte ementa, in verbis:

MANDADO DE SEGURANÇA – AVANÇO FUNCIONAL – CRESCIMENTO VERTICAL E HORIZONTAL – INSCRIÇÃO INDEFERIDA – ATO QUE SE REVESTE DE LEGALIDADE – NÃO PREENCHIMENTO DE REQUISITOS – SERVIDORA À DISPOSIÇÃO DE OUTRO MUNICÍPIO – ORDEM DENEGADA - SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. (fl. 206)

Nas razões do apelo excepcional, alega a recorrente, preliminarmente, estar caracterizada a necessária repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos arts. 1º, 5º, 6; e 37, XIII, da Constituição Federal. Sustenta, em síntese, que “A decisão recorrida equivocou-se ao negar provimento à apelação interposta pela recorrente fundamentando que o fato da recorrente estar administrativamente vinculada à Prefeitura Municipal de Curitiba, inexiste prova do aludido ‘convênio específico de apoio à escolarização formal. Constata-se, portanto, que as autoridades coatoras nada mais fizeram do que seguir o princípio da legalidade, ao obedecer o decreto municipal pertinente ao tema ” (fl. 256).

Brevemente relatados, DECIDO.Prima facie, o presente recurso não merece ser conhecido. Isso porque verifica-se da análise das razões do presente agravo,

que o ora agravante não impugnou especificamente, um a um, os fundamentos da decisão agravada que pretendia ver reformada, notadamente no que pertine aos seguintes fundamentos: (i) aplicação da súmula nº 282/STF, ante a ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais suscitados; (ii) ausência de violação direta ao texto da Carta Magna.

Ao assim proceder, deixou de afastar especificamente os fundamentos da decisão agravada, atraindo a incidência da Súmula 287/STF, que ostenta o seguinte teor, verbis: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia".

Com efeito, em sua petição, a agravante não impugna especificamente os fundamentos da decisão agravada. Em sua peça, apenas fez referência ao preenchimento dos requisitos para a interposição do recurso extraordinário na tentativa de demonstrar violação ao texto da Carta Magna, com a indicação dos dispositivos tidos por violados, repisando, no mais os argumentos expendidos em seu apelo excepcional contudo, nada aludindo à deficiência na fundamentação de seu recurso, como consignado no juízo de admissibilidade.

Como de sabença, o agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória do processamento de recurso extraordinário, que não impugna especificamente seus fundamentos, não merece conhecimento por tratar-se de petição recursal inepta, já que ausente um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade dos recursos que é sua regularidade formal, tese esta já pacificada no âmbito deste Pretório Excelso.

Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes precedentes, in verbis:

“Ementa: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA

DA SÚMULA 287. TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. NÃO COMPROVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – A agravante não observou o dever de atacar todos os fundamentos da decisão agravada, o que torna o recurso inviável. Incidência da Súmula 287 do STF. Precedentes. II – Omissis. (AI 841690 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 21/06/2011, DJe-146 DIVULG 29-07-2011 PUBLIC 01-08-2011 EMENT VOL-02556-10 PP-01927)

" Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula 280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 550505 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/02/2011, DJe-037 DIVULG 23-02-2011 PUBLIC 24-02-2011 EMENT VOL-02470-02 PP-00304)

"AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA CRIMINAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO MANTIDA. 1. Agravo regimental a que se nega provimento por deficiência em sua fundamentação (Súmula 287). 2. Não se admite o recurso extraordinário se ausente a preliminar de repercussão geral, incluído o que trata de matéria criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido. (AI 786044 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 01/06/2010, DJe-116 DIVULG 24-06-2010 PUBLIC 25-06-2010 EMENT VOL-02407-09 PP-01910)

Nesse sentido é expressa a redação atual do art. 544, § 4º, I, parte final, do Código de Processo Civil, segundo o qual “no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: I - não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da decisão agravada” (grifo acrescentado).

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.Publique-se. Int..Brasília, 9 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.852 (359)ORIGEM : AI - 72120728 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ADRIANO AUGUSTO CABRAL PAROADV.(A/S) : MILTON FLÁVIO DE ALMEIDA CAMARGO

LAUTENSCHLAGER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : RENATA ALVES MENDES E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INVIABILIDADE – DECISÃO QUE

NÃO SE MOSTRA DE ÚLTIMA INSTÂNCIA – ARTIGO 102, INCISO III, DA CARTA FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. Na espécie, não se trata de recurso extraordinário contra ato judicial que haja resultado no julgamento da causa. O acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo diz respeito a apreciação de agravo de instrumento interposto contra decisão que, em ação de cobrança, implicou a concessão de antecipação de tutela.

Assim, o extraordinário não se enquadra no permissivo do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, que estabelece a competência do Supremo para examinar, mediante o citado recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando o pronunciamento recorrido contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou, ainda, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Carta da República. Decisões interlocutórias não podem ser atacadas, na via direta, mediante o extraordinário – artigo 542, § 3º, do Código de Processo Civil.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.132 (360)ORIGEM : AC - 2312375000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA NETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 74

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 30, inciso V, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Oitava Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“VEÍCULO - Transporte coletivo - Apreensão do veículo por utilização clandestina - Competência do Município para disciplinar sobre transporte local (art. 30, inc. V, da CF) - Liberação que podia ser condicionada ao pagamento das despesas com remoção e estadia, mas não da multa - Redução dos valores de taxas ou multas que não encontra amparo legal, sendo deferido ao Município a fixação dos respectivos montantes, no âmbito de sua competência para legislar sobre matéria de interesse local - Limitação da estadia, no entanto, a 10 diárias, nos termos do art. 262, do CTB e da Resolução nº 53/98, do CONTRAN - Recurso da Municipalidade e reexame necessário providos. Recurso da SPTRANS parcialmente provido” (fl. 30).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 639.496/MG, Relator o Ministro Presidente, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. E, no mérito, reafirmou a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal nesses termos, in verbis:

“A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa, à luz do artigo 30, I e V, da Constituição Federal, sobre a competência suplementar de município para legislar sobre trânsito e transporte, e impor sanções mais gravosas que as previstas no Código de Trânsito Brasileiro CTB.

Há nesta corte decisão específica sobre o tema no sentido da inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no CTB, por extrapolar a competência legislativa suplementar do município expressa no artigo 30, II, da Constituição Federal. Neste sentido: ARE 638574 / MG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje 14.04.2011. Esta corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, impossibilitados os Estados-membros e municípios a legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por Lei Complementar. Confiram-se: ADI 2432 / RN, Rel. Min. EROS GRAU, DJ 26.08.2005; ADI 2644 / PR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 17.09.2003; ADI 2432 MC / RN, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ 21.09.2001.”

O acórdão recorrido está em sintonia com a decisão do Plenário desta Corte.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.594 (361)ORIGEM : AC - 199961820185240 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Vistos.O Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra

decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto anteriormente.

Alega contrariedade ao art. 150, VI, “a”, do Texto Maior, pois os bens objetos da lide não estariam sendo utilizados para as finalidades essenciais da autarquia recorrida.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Esta Corte tem entendimento no sentido de que a discussão relativa a

finalidade do imóvel para fins de caracterização da imunidade enseja reexame de fatos e provas, o que é inviável, a teor da súmula 279.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

DIREITO TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTA NOSSA CORTE. EXTENSÃO ÀS AUTARQUIAS. ALÍNEA "A" DO INCISO VI DO ART. 150 DA MAGNA CARTA DE 1988. PRECEDENTES. SÚMULA 724 do STF. 1. A imunidade tributária recíproca dos entes políticos, prevista na alínea "a" do inciso VI do art. 150 da Constituição Republicana, "é extensiva às autarquias, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes". Precedentes: AI 495.774-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence;

bem como os REs 212.370-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; e 220.201, da relatoria do ministro Moreira Alves. 2. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demandaria o reexame dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 3. Aplicação das súmulas 279 e 724 do STF. 4. Agravo regimental desprovido.” (AI 744.269/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje 5/8/10)

Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.855 (362)ORIGEM : AC - 4219615501 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE SILVIO NICANOR MINATELADV.(A/S) : MILTON JOSÉ APARECIDO MINATEL

REFERENTE À PETIÇÃO 40.593/2010DESPACHO: Defiro vista dos autos a recorrente pelo prazo de 5 dias.Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.370 (363)ORIGEM : AC - 7705315200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : ELISÍO DA SILVA FERREIRA PINTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. INCIDÊNCIA DE JUROS COMPENSATÓRIOS. ALEGADA OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA.

1. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.

2. Agravo de instrumento a que se nega seguimento. DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de fls.

326/327, que inadmitiu recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL – DESAPROPRIAÇÃO E DECLARATÓRIA – Em sede de ação declaratória, o Município de Santo André impugna a exigibilidade dos juros compensatórios definitivamente incluídos no cálculo apresentado na ação expropriatória – Inadmissibilidade – A exigência de recolhimento de tais verbas resta consolidada, porquanto expressa no dispositivo da sentença que, neste aspecto, foi confirmada pelo órgão ad quem – Trânsito em julgado – Imutabilidade da coisa julgada material evidenciada na presente hipótese – Ação julgada extinta sem apreciação do mérito, com fundamento no artigo 267, inciso V, do Código de Processo Civil – Confirmação da r. sentença – Improvimento.” (fl. 272)

Nas razões de recurso extraordinário, o recorrente aponta ofensa ao artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal. Sustenta que a extinção sem resolução do mérito da ação declaratória em comento, na qual discute-se a incidência de juros compensatórios em ação expropriatória, acarretou ofensa ao princípio da inafastabilidade de jurisdição.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o fundamento de que a controvérsia é de índole infraconstitucional.

No agravo de instrumento, o recorrente alega que a ofensa a dispositivo constitucional é direta.

É o relatório. DECIDO. O recurso não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a

verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 75

indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido são os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010)

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010)

A propósito, menciono os seguintes julgados sobre a questão, oriundos do mesmo ente federativo: AI 716.021, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 18/02/2011; e AI 744.796, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 21/09/2010.

Ex positis, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se. Intimações necessárias. Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 773.292 (364)ORIGEM : RELEIT - 30684 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JOSÉ MARIA BORTOLUCI LOBOADV.(A/S) : ROBERTA GARCIA CID E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : JOSÉ LÁZARO PEREIRA DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : PEDRO BIAZZO FILHOAGDO.(A/S) : RONALDO MOLLESADV.(A/S) : CLEBER VARGAS BARBIERI E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Vistos.José Maria Bortoluci Lobo interpõe recurso extraordinário (folhas 863

a 892), contra acórdão proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado:

“RECURSO ESPECIAL. INELEGIBILIDADE. REJEIÇÃO DE CONTAS. LC Nº 64/90, ART. 1º, I, g. PREFEITO. DECISÃO. CÂMARA MUNICIPAL. LEI DE LICITAÇÕES. VIOLAÇÃO. IRREGULARIDADE INSANÁVEL. LIMINAR. EFEITO SUSPENSIVO. AUSÊNCIA.

1. É assente na jurisprudência desta Corte que a violação à Lei de Licitações - Lei nº 8.666/93 – caracteriza irregularidade insanável.

2. A Justiça Eleitoral é incompetente para examinar a motivação de decisão da Câmara Municipal que rejeita contas.

3. Recursos especiais providos, para indeferir o registro de candidatura do recorrido” (folha 741).

Interpostos embargos de declaração, foram rejeitados (folhas 802 a 806), o que ensejou a interposição de outro recurso análogo (folhas 809 a 819), igualmente rejeitado (folhas 905 a 907).

Insurge-se, no apelo extremo, contra alegada contrariedade aos artigos 2º, 5º, 22, inciso I, e 24, inciso IX, da Constituição Federal, em razão de ter sido indeferido o registro de sua candidatura ao cargo de prefeito do Município de Aguaí (SP), com fundamento em rejeição de contas, pela Câmara Municipal de Aguaí, referentes a exercício anterior, quando exercera aquele mesmo cargo.

Depois de apresentadas contrarrazões (folhas 929 a 940 e 943 a 947), o recurso não foi admitido, na origem (folhas 948 a 950), daí a interposição do presente agravo.

Por fim, o parecer da doutra Procuradoria-Geral da República é pelo desprovimento do agravo (folhas 1.535 a 1.538).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

E, no caso presente, não merece prosperar a irresignação.A questão posta em debate nestes autos diz com eventual má

aplicação, pelo Tribunal Superior Eleitoral, de regramento constante da Lei Complementar nº 64/90, bem como da lei de Licitações (8.666/93), para indeferir o registro da candidatura do agravante.

Em hipóteses semelhantes, tem entendido este Supremo Tribunal Federal que a alegada violação a normas constitucionais, se de fato tivesse ocorrido, seria meramente reflexa, por depender, sua verificação, no caso concreto, da reanálise dos fatos e das provas constantes dos autos, bem assim da legislação eleitoral aplicável ao litígio.

A propósito, confiram-se os seguintes julgados, assim dispondo:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Alegada existência de prequestionamento a permitir o conhecimento do recurso. Decisão atacada que apreciou adequada e exaustivamente as questões em debate nestes autos. Eventuais ofensas que se referem ao plano infraconstitucional. Precedentes. 1. Discussão acerca da natureza do julgamento efetuado pelo Tribunal de Contas, porque dependente da análise de normas infraconstitucionais, pode resultar, quando muito, no reconhecimento de que houve ofensa reflexa à Constituição Federal. 2. A ausência de prequestionamento explícito das demais normas constitucionais tidas por violadas impede o acolhimento do apelo extremo que as teve por fundamento. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 745.834-AgR/MA, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 24/6/11).

“Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. Matéria eleitoral de caráter infraconstitucional. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido de que não devem ser conhecidos os recursos extraordinários cuja análise da alegada ofensa à Constituição requeira exame prévio da legislação eleitoral comum ou complementar, especialmente o Código Eleitoral e a Lei de Inelegibilidades. Precedentes. Negado provimento ao agravo regimental” (AI nº 753.351-AgR/SE, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 24/9/10).

“AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA ELEITORAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu a controvérsia à luz da legislação infraconstitucional pertinente. A alegada violação à Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. O acórdão recorrido prestou jurisdição sem ofensa aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido seria necessário o exame prévio da matéria fática, o que encontra óbice na Súmula 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 648.271-AgR/MT, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 1/10/10).

“DIREITO ELEITORAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1. Inviabilidade do processamento do extraordinário para debater matéria relacionada à má interpretação ou inobservância de normas de direito eleitoral material e processual, por ser reflexa a alegada ofensa ao devido processo legal. Precedentes. 2. O Supremo Tribunal Federal manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria relacionada a pressuposto de admissibilidade de recurso da competência de Corte diversa, no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto. 3. Agravo regimental improvido”(AI nº 768.911-AgR/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje de 12/3/10).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEITORAL. MATÉRIA PROCESSUAL. OFENSA INDIRETA. 2. Prevalece neste Tribunal o entendimento de que a interpretação da lei processual na aferição dos requisitos de admissibilidade dos recursos eleitorais tem caráter infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição só ocorreria de forma indireta. 3. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa do texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento”(AI nº 687.395-AgR/AP, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, Dje de 25/4/08).

“MATÉRIA ELEITORAL - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS INSCRITOS NO ART. 5º, LIV E LV, E NO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - NECESSIDADE DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal Superior Eleitoral,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 76

não autoriza - ante a falta do necessário prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário. Precedentes. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, ainda que se trate de processo eleitoral, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes” (AI nº 413.410-AgR/GO, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 1/10/04).

Como se não bastasse, o presente agravo revela-se intempestivo, porquanto interposto antes da publicação do acórdão que julgou o segundo recurso de embargos de declaração interposto junto ao Tribunal Superior Eleitoral, sem que ocorresse oportuna e tempestiva reiteração do recurso.

Nesse sentido se posiciona a pacífica jurisprudência desta Suprema Corte, citando-se, para exemplificar, recentes precedentes de cada uma de suas Turmas :

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. O recurso extraordinário é intempestivo, porquanto interposto antes da publicação do acórdão prolatado nos embargos de declaração, sem que se tenha notícia nos autos de sua posterior ratificação. O entendimento desta Corte é no sentido de que o prazo para interposição de recurso se inicia com a publicação, no órgão oficial, do acórdão que julgou os embargos declaratórios, uma vez que estes interrompem o prazo para interposição do extraordinário. Nos termos da orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, a formação integral do instrumento deve ocorrer no tribunal de origem, não se admitindo a juntada de peça essencial à compreensão da controvérsia apenas nesta Corte, por ocasião da apresentação do agravo regimental. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 833.889-AgR/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 21/6/11).

“CONSTITUCIONAL. TRABALHISTA. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. INTERVALO INTRAJORNADA. HORISTA. TRABALHO NOTURNO. HORA EXTRA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREMATURO. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. INEXISTÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. EXTEMPORANEIDADE. 1. É intempestivo o recurso extraordinário interposto antes de esgotada a jurisdição prestada pelo Tribunal de origem, posto pendente recurso de embargos, revela-se prematuro e, portanto, incabível. Desta sorte, o recurso excepcional deve ser reiterado ou ratificado no prazo recursal, para que referido vício seja sanado. (Precedentes: (AI 712.079-AgR-ED, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, 2ª Turma, DJ 28.3.2011; RE 469.338-ED, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 23.11.2010; (RE 476.316-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 8.2.2011; RE 346.566-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, DJ 13.12.2010) 2. In casu, o recurso extraordinário interposto pela agravante revela-se extemporâneo, vez que o acórdão do recurso de embargos interpostos pela recorrida foi publicado em 7.8.2009 (fl. 122) e o recurso extraordinário protocolizado em 2.3.2009 (fl. 107), sem que houvesse reiteração após a publicação do acórdão. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 799.209-AgR/MG, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, Dje de 27/5/11).

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 774.650 (365)ORIGEM : AMS - 200080000009008 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : PRODUTOS QUÍMICOS E FERTILIZANTES S/A -

PROFÉRTIL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADELMO DA SILVA EMERENCIANO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“Constitucional e Tributário. Contribuição social sobre o lucro (Lei nº 7.689/88). Alterações introduzidas através de medida provisória. Não perde a eficácia a medida provisória, com força de lei, não apreciada pelo Congresso Nacional, mas reeditada, por meio de nova medida provisória, dentro de seu prazo de validade de trinta dias. Conta-se o prazo de noventa dias a partir da veiculação da primeira medida provisória. Precedentes do STF. Apelo improvido” (fls. 38).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, alega-se violação aos artigos 2º; 5º, XXXVI, e § 2º; 62, § único; e 150, III, “a”, do texto constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se, em síntese, a inconstitucionalidade da MP nº 1.807/99 e reedições posteriores, que majoraram a alíquota da CSLL.

Decido.

A pretensão recursal não merece prosperar.Verifico que o acórdão recorrido está em consonância com a

jurisprudência deste Tribunal, v.g., o RE 403.512, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 6.3.2009; O AI-AgR 594.156, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 26.6.2009; o RE-AgR 422.795, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 21.11.2008; o AI-AgR 489.734, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 30.4.2009; e o RE-AgR 378.691, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 6.6.2008, este último com acórdão assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO. LEI N. 7.689/88. ALTERAÇÃO DO PERCENTUAL. MEDIDA PROVISÓRIA N. 1.807-02/99 E REEDIÇÕES. PERDA DE EFICÁCIA DE SUAS DISPOSIÇÕES. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 246 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. ALEGAÇÕES INSUBSISTENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que não perde eficácia a medida provisória, com força de lei, não apreciada pelo Congresso Nacional, mas reeditada, por meio de nova medida provisória, dentro de seu prazo de validade de trinta dias. Precedentes. 2. Idoneidade de medida provisória para dispor sobre matéria tributária. Precedentes. 3. A MP 1.807-02/99, e suas reedições, não regulamentam o artigo 195, I, da CB/88, anteriormente alterado pela EC 20/98, vindo, apenas, a elevar o percentual da Contribuição Social sobre o Lucro instituída pela Lei n. 7.689/88, o que é plenamente aceito por este Tribunal. Agravo regimental a que se nega provimento”.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF e 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.221 (366)ORIGEM : APELAÇÃO CÍVEL - 38108 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MILITAR ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CLAUDIOMIR FAGUNDESADV.(A/S) : VANIA BARRETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – NÃO-INTERPOSIÇÃO DE

RECURSO ESPECIAL – AUSÊNCIA DE CRIVO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – PRECLUSÃO.

1. O acórdão proferido pela Corte de origem fez-se alicerçado em fundamentos legais e constitucionais. Assim, incumbia ao recorrente, para não deixar precluir o dispositivo do acórdão no que fundamentado em matéria legal, alçá-lo ao crivo do Superior Tribunal de Justiça, o que não ocorreu, em razão da ausência de interposição de recurso especial. Vale frisar, por oportuno, que a protocolização simultânea dos recursos deve ficar demonstrada mediante a formação do instrumento. No caso, não há sequer notícia da interposição do recurso especial.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.255 (367)ORIGEM : AC - 5641325400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ARIANA SANTOS DE LIMA (REPRESENTADA POR

EDILEUZA LIMA PEREIRA)ADV.(A/S) : CORINNA LEITE ISAACAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 77

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.161 (368)ORIGEM : AI - 70023330111 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA AVANI RODRIGUES CABRERAADV.(A/S) : ANA LÚCIA JANSSON ROSEK E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO.1) IMPROCEDÊNCIA DA ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO

ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

2) REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“Não constitui ofensa ao Princípio do Juiz Natural a sentença proferida por Juiz de Direito em regime de exceção regularmente constituído por autorização do Conselho da Magistratura, Órgão competente para a medida, nos termos do art. 39 do Código de Organização Judiciária do Estado – Lei Estadual n° 7.356/1980” (fl. 379).

3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que a rejeição dos embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido importaria em contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República.

Sustenta, ainda, que a designação de magistrado específico para a liquidação e execução de ações em curso contrariaria o princípio do juiz natural.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição, a incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal e a inexistência de ofensa constitucional direta (fls. 518-519).

O Agravante defende a presença dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica assiste em parte ao Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Entretanto, devem ser afastados os fundamentos da decisão agravada relativos à alegação de contrariedade ao princípio do juiz natural, pois a matéria é constitucional e foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem.

8. Ademais, este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão relativa à “validade de regulamento editado por órgão do Judiciário estadual que, com base na lei de organização judiciária local, preceitua a convolação de ação individual em incidente de liquidação no bojo da execução de sentença coletiva proferida em juízo diverso do inicial” (AI 749.115-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário Virtual,

Dje 6.12.2010).Reconhecida a repercussão geral do tema constitucional, os autos

principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito daquele recurso, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo, na parte em que se alega contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Quanto à alegação de contrariedade ao princípio do juiz natural, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.325 (369)ORIGEM : AC - 59643542 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : SISTEMA PAULISTA DE ASSISTÊNCIAADV.(A/S) : EDY GONÇALVES PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RAFAEL PEREIRA THOMPSON (REPRESENTADO POR

SEU PAI CLOVIS THOMPSON DE CARVALHO JUNIOR)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ TORO DA SILVA

DECISÃO:Vistos.Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra decisão do

Presidente da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim fundamentada:

“Trata-se de recurso extraordinário, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal (fls. 299/311), interposto contra acórdão da Quarta Câmara de Direito Privado deste Tribunal de Justiça (fls. 255/258).

Alega-se contrariedade aos artigos 5°, inciso XXXVI, e 93, incisos IX e X, da Constituição Federal.

Houve contrarrazões (fls. 323/324).O recurso não pode abrir a instância extraordinária pelo óbice da

inépcia.Isto porque não foi declinado o parágrafo 3° do fundamento

constitucional autorizador da interposição recursal e tampouco suscitada preliminar de repercussão geral, tal como determinam o artigo 543-A do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei 11418/06, e a Emenda Regimental 21, de 30/4/2007, publicada em 3/5/2007, a partir de quando a demonstração formal e fundamentada passou a ser exigida.

Assim sendo, aplicáveis o artigo 327 do Regimento Interno e a súmula 284, ambos do colendo Supremo Tribunal Federal (questão de ordem no agravo de instrumento 664567/RS, relator ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, in DJU de 6/9/2007, p.37).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário”.Na petição do agravo de instrumento, endereçada ao Presidente do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a agravante sustenta que:“Em que pese o respeito e a consideração que a agravante tem pelo

Douto Juízo do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a r. decisão que indeferiu o seguimento ao recurso especial interposto pela agravante, ‘data máxima vênia’, deve ser reformada, no escopo do mesmo ter seu regular prosseguimento até final julgamento, como restará demonstrado a seguir”.

Conclui requerendo que:“Diante do exposto, em virtude dos argumentos ora elencados, ‘data

maxima venia’, resta medida que se impõe a admissão do presente recurso especial com fundamento no artigo 105, inciso III, ‘a’ e ‘c’ da Constituição Federal, porquanto, há manifesta infringência ao artigo 421 e 422 do Código Civil que tratam genericamente sobre a função social do contrato, preceitos estes, que as razões do v. acórdão agravado se fundam integralmente e ainda, evidente discordância ao entendimento da Lei Federal nº. 9.656/98”.

Nessa hipótese, a competência para processar e julgar o agravo é do Superior Tribunal de Justiça.

Anote-se que foi autuado nesta Corte o AI nº 785.327/SP cujo número de origem e o nomes das partes correspondem aos dos presentes autos. O referido agravo de instrumento teve seu seguimento negado pelo então Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes.

Ante o exposto, remetam-se os autos do presente agravo de instrumento ao Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 78

AGRAVO DE INSTRUMENTO 786.480 (370)ORIGEM : AC - 10024044414316001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : MARCOS FERREIRA DE PÁDUAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MARIA EMILIA ROHRMANN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LILIAN CARLA MARQUES DE CASTRO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. DESCONTO PARA CUSTEIO DE PENSÃO SOBRE PROVENTOS. WRIT CONCEDIDO ANTERIORMENTE PELA SUA INCONSTITUCIONALIDADE. COBRANÇA DA DIFERENÇA PRETÉRITA. JUROS DE MORA. DÍVIDA DE NATUREZA ALIMENTAR. SÚMULA 204 DO STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. 1. Se a cobrança dos valores pretéritos da contribuição previdenciária indevidamente dos proventos das autoras, aqui apelantes, se fez com base em anterior sentença, proferida em mandado de segurança, torna-se despiciendo discutir a constitucionalidade do procedimento. 2. É firme a jurisprudência quanto ao percentual de 1% ao mês para os juros de mora, quando se tratar de dívida de natureza alimentar. 3. Segundo a Súmula 204 do STJ, ‘os juros de mora nas ações relativas a benefícios previdenciários incidem a partir da citação válida’. 4. O § 4º do art. 20, do CPC, se vencida a Fazenda Pública, remete o intérprete ao disposto no parágrafo anterior” (fls. 51).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, caput, XXXV e LV; e 150, II, do texto constitucional.

Aduz-se, em suma, que:“Não se pode negar: o Instituto de Previdência dos Servidores do

Estado de Minas Gerais – IPSEMG, aplica juros no percentual de 0,5%, quando exige contribuições sociais a seu favor, donde, existe lei extravagante suficiente a afastar-se a aplicação dos juros no percentual de 1%, como determinado pelo §1º, do Art. 161, do Código Tributário Nacional” (fl. 125).

Decido.A pretensão recursal não merece prosperar.Inicialmente, verifico que o acórdão recorrido encontra-se

devidamente fundamentado, sendo pacífico o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido de que, se a decisão estiver apropriadamente fundamentada, ainda que não tenha enfrentado especificamente todos os argumentos trazidos pelo recorrente, não há que se falar em violação aos artigos 5º XXXV; e 93, IX, da Constituição Federal.

Saliente-se, ainda, que esta Corte reconheceu a repercussão geral da questão constitucional acima discutida, ementada nos seguintes termos:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral” (AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, Pleno, DJe 13.8.2010).

Na espécie, o Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do recorrente. Portanto, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação.

Por fim, é certo que este Supremo Tribunal Federal, no exame do RE 453.740, de minha relatoria, DJe 24.8.2007, reconheceu a constitucionalidade da redação original do artigo 1º-F da Lei 9.494/97. No entanto, ressalvou-se o caso de repetição de indébito tributário.

A propósito, na referida assentada, consignei no voto que conduziu o acórdão, in verbis:

“(...)Se houve pagamento por parte do devedor e este se revelou

indevido, ele faz jus à devolução nos mesmos termos, porque tal pagamento impedirá que o Poder Público despenda a exata quantia correspondente.

Não se pode comparar a remunerado indébito tributário com o pagamento de verbas remuneratórias, no tocante à fixação de juros moratórios. São situações distintas”.

Dessa forma, a definição do índice de correção objeto da vertente discussão restringe-se à interpretação de legislação fiscal local, uma vez que a verba pleiteada se refere a contribuição previdenciária instituída no âmbito estadual.

Incide, na espécie, o verbete 280 da Súmula de jurisprudência desta Corte.

Ante o exposto, nego seguimento ao recursoPublique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.679 (371)ORIGEM : PROC - 48198 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MINICÍPIO DE REGENTE FEIJÓADV.(A/S) : CARLOS DONIZETI SOTOCOMOAGDO.(A/S) : CLAUDECIR FRANCISCO ALVES

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 109 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 591.033, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 20.2.2009. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.071 (372)ORIGEM : AC - 10687010042152001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ACESITA S/AADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos. O Estado de Minas Gerais interpõe agravo de instrumento contra

decisão que não admitiu recurso extraordinário fundado na alínea “a” do permissivo constitucional.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fls. 74):

TRIBUTÁRIO EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – PRODUTOS DESTINADOS À EXPORTAÇÃO – AÇÃO DECLARATÓRIA –DESCARACTERIZAÇÃO COMO PRODUTOS SEMI-ELABORADOS – ICMS – NÃO INCIDÊNCIA – COISA JULGADA- OCORRÊNCIA – SÚMULA 239 DO STF. INAPLICABILIDADE.

Se os créditos tributários inscritos nas CDA’s reportam-se a mercadorias, cujas classificações fiscais foram declaradas não sujeitas a incidência do ICMS nas operações de exportação, têm-se que os efeitos da coisa julgada da r. sentença proferida nos autos da referida ação declaratória alcançam todas as execuções fiscais ajuizadas, com escopo de cobrar tais tais créditos tributários.“Deverá ser acolhida a alegação de coisa julgada, pois restou comprovado que o Superior Tribunal de Justiça proferiu decisão, que não pode ser modificada, determinando a não incidência de ICMS sobre exportação do produto gerador da presente execução fiscal, por não se caracterizar como semi-elaborado. A súmula 239 do STF se restringe à declaração de cobrança indevida em determinado exercício, não alcançando decisão sobre a legitimidade ou constitucionalidade de tributo, vez que nessa hipótese a decisão se coloca no plano da relação jurídica tributário material para dizer inexistente a pretensão fiscal do sujeito ativo, por inexistência de fonte legal da relação jurídica que obrigue o sujeito passivo. Vencida a Fazenda Pública, o arbitramento dos honorários de advogados será feito nos termos do § 4º do art. 20 do CPC, observando-se os critérios estabelecidos no § 3º no mesmo artigo, não ficando entretanto o juiz adstrito aos limites e percentuais nela estabelecidos.

Os embargos de declaração opostos às folhas 93/100, não foram acolhidos (fls. 102) .

Alega a recorrente violação ao art. 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal (fls. 83).

Decido. O agravo não merece prosperar. O exame da controvérsia relativa à nulidade da certidão de dívida

ativa que fundamenta a execução fiscal pressupõe a análise da legislação infraconstitucional aplicável, o que impede o conhecimento do recurso extraordinário por esta Corte. A propósito, confira-se o seguinte julgado:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL PROPOSTA PELA FAZENDA PÚBLICA. INEXIGIBILIDADE DO PRÉVIO PROCESSO DE CONHECIMENTO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 79

NULIDADE DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE nº 404.663/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe de 14/8/09).

Quanto às alegações de afronta ao princípio da legalidade e da coisa julgada, se dependentes do reexame de normas infraconstitucionais, configura mera ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, inviabilizadora do prosseguimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República (AI nº 594.887/SP - AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJ de 30/11/07).

Ainda que assim não fosse, entender de forma contrária ao acórdão recorrido, como pretende o agravante, demandaria um reexame aprofundado do contexto fático-probatório dos autos, o que é inviável na via eleita. Incidência, portanto, da Súmula nº 279/STF. Neste passo, destaco o seguinte julgado:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. VEDAÇÃO DO USO DE TRIBUTO COM EFEITO DE CONFISCO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - II. AUMENTO DE ALÍQUOTA DE 4% PARA 14%. DEFICIÊNCIA DO QUADRO PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE REABERTURA DA INSTRUÇÃO NO JULGAMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A caracterização do efeito confiscatório pressupõe a análise de dados concretos e de peculiaridades de cada operação ou situação, tomando-se em conta custos, carga tributária global, margens de lucro e condições pontuais do mercado e de conjuntura social e econômica (art. 150, IV da Constituição). 2. O isolado aumento da alíquota do tributo é insuficiente para comprovar a absorção total ou demasiada do produto econômico da atividade privada, de modo a torná-la inviável ou excessivamente onerosa. 3. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, também no que se refere à violação do art. 5º, XXXVI da Constituição, seria necessário o reexame de matéria fática, o que encontra óbice da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (RE 448432 AgR/CE, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje 27/05/2010).

Ante exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.455 (373)ORIGEM : AC - 200171070025122 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DROGARIA AMERICANA LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Ademais, o Tribunal, na sessão plenária de 18 de maio de 2011, apreciando o Recurso Extraordinário nº 582.461/SP, consignou não possuir a multa moratória caráter confiscatório, sendo esta aplicada em casos de atos ilícitos no descumprimento de obrigação fiscal acessória, dependendo o montante da tipicidade estrita do citado ato.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.285 (374)ORIGEM : AC - 100240577327110003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES AUGUSTO

BRAGA FILHO LTDAADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ARCO ENGENHARIA E COMERCIO LTDAADV.(A/S) : LUCIANA GUIMARÃES FRAGA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“AÇÃO DE EXECUÇÃO DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA - CONTRATANTE QUE SE RECUSA A SE SUBMETER À ARBITRAGEM - CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO QUE NÃO RETIRA A EFICÁCIA DO COMPROMISSO ARBITRAL - ARTIGOS 6º E 7º, DA LEI n.º 9.307/96 - DESPROVIMENTO DA APELAÇÃO. A inserção de cláusula de eleição de foro no ajuste, por si só, não tem o condão de desconstituir a convenção nele estabelecida em item específico relativo as perdas e danos, por meio do qual as partes, expressamente, comprometeram-se a submeter ao Juízo Arbitral os conflitos originados da execução do contrato, com renúncia a qualquer outro. Na verdade, a estipulação de cláusula compromissória, para solução dos conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis, não suprime, de forma absoluta, a intervenção do Poder Judiciário, que poderá ser chamado a pronunciar-se na hipótese prevista no artigo 6º, parágrafo único, e artigo 7º, da Lei n. 9.307/96, exatamente a aqui tratada, não sendo de todo despropositada a eleição de um foro no contrato.” (fl. 188)

Segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279).

Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido decidiu que: “(...)Quanto a alegada ineficácia do compromisso arbitral, com

fundamento no disposto no artigo 4º, § 2º, da Lei de Arbitragem, tem-se que não há o menor indício de que o instrumento de Sociedade em Conta de Participação celebrado pelas partes seja um contrato de adesão, não tendo o apelante se desincumbido a contento do ônus de provar que suas cláusulas foram elaboradas exclusivamente pela apelada, sem qualquer intervenção sua, o que, aliás, não soa verossímil, dado o porte das empresas envolvidas, bem como a magnitude do empreendimento e dos recursos nele aportados.(...)” (fl. 193)

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 165.460, Rel. Min. Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ 19.9.1997; RE 102.542, Rel. Min. Djaci Falcão, 2ª Turma, DJ 27.9.1985; RE-AgR 593.550, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 27.2.2009; e AI-AgR 767.152, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 5.2.2010.

Incide, portanto, a Súmula 279/STF.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1o do RISTF,

e 557 do CPC).Publique-se.Brasília,16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 796.835 (375)ORIGEM : AC - 4276435600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : LUNE CAMARGO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 80

ADV.(A/S) : SEVERINO ALVES FERREIRAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DESPACHO: Vistos.Agravo de instrumento interposto por Lune Camargo e outros, contra

a decisão de folhas 311/312 que negou seguimento ao recurso extraordinário.Os agravantes, por meio de Petição nº 71.211/10, informam que

houve interposição de agravo de instrumento para o Superior Tribunal de Justiça com o objetivo de reformar a decisão que não admitiu o recurso especial interposto paralelamente ao apelo extremo.

Em pesquisa realizada no sistema processual do sítio do STJ na internet, verifica-se que o referido agravo, autuado naquela Corte como Ag nº 1.309.245/SP, foi provido pelo Relator para determinar o processamento do recurso especial.

Ante o exposto, determino o sobrestamento do presente feito até o esgotamento da jurisdição no Superior Tribunal de Justiça. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 797.397 (376)ORIGEM : PROC - 20090011649071 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ARMANDO FERREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUIZ HENRIQUE AGUIAR COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AMERICAN LIFE COMPANHIA DE SEGUROSADV.(A/S) : SAMUEL MARQUES CUSTÓDIO DE ALBUQUERQUE

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO INOMINADO. SEGURO (DPVAT). NÃO CONFIGURAÇÃO DE INCAPACIDADE PARA AS ATIVIDADES LABORAIS. CONFIRMAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO PAGO PELA SEGURDORA. POSSIBILIDADE.” (fl. 35)

No apelo extremo, o recorrente sustenta ofensa aos arts. 2; 22, inciso VII; e 44, da Constituição Federal.

Verifico, portanto, que a pretensão recursal não merece ser acolhida. Segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso

extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279).Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é

diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido decidiu que:“ Em analise aos autos, nota-se que a “invalidez” alegada pelo

recorrente limita-se a TCE. A indenização prevista na legislação de regência, em seu patamar máximo, deve ser adotada em casos de lesões graves o bastante a originar incapacidade permanente ao exercício da atividade laboral do beneficiário.” (fls. 35-36)

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 165.460, Rel. Min. Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 19.9.1997; RE 102.542, Rel. Min. Djaci Falcão, 2ª Turma, DJ de 27.9.1985; RE-AgR 593.550, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe de 27.2.2009; e AI-AgR 767.152, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 5.2.2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.082 (377)ORIGEM : AC - 72300891 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : TÂNIA MIYUKI ISHIDA RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIO FRANCISCO PAGNOTAADV.(A/S) : MARCOS TAVARES DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O recurso especial interposto pela parte ora recorrente foi conhecido e provido pelo E. Superior Tribunal de Justiça, consoante indicam os registros processuais que essa Alta Corte judiciária mantém em

sua página oficial na “Internet”.Com o trânsito em julgado dessa decisão, que foi favorável à

pretensão jurídica deduzida pela parte ora agravante, resultou sem objeto o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento.

Sendo assim, e ante a superveniência de fato processualmente relevante, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 09 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.227 (378)ORIGEM : AC - 10024074258633001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : GLAISSLER E SOLON CONST E PARTIC LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO ALMEIDA DE LIMA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.720 (379)ORIGEM : AI - 70029574811 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOANA JOSEPHA BENTO MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CRISTIANO SOLETTI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 81

consentânea com a ordem jurídica.Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.055 (380)ORIGEM : AC - 200800162157 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA DISTRIBUIDORA DE GÁS DO RIO DE

JANEIRO - CEGADV.(A/S) : SERGIO NELSON MANNHEIMER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DESPACHO: Vistos.Agravo de instrumento interposto por Companhia Distribuidora de

Gás do Rio de Janeiro – CEG contra a decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

A agravante, por meio das Petições nºs 34.687/10 e 37.181/10, vem requerer o sobrestamento do feito até o julgamento do recurso especial admitido na origem.

Em pesquisa realizada no sistema processual do sítio do Superior Tribunal de Justiça na internet, verifica-se que o mencionado recurso especial ainda encontra-se em processamento naquela Corte, atualmente autuado como EREsp nº 1.195.374/RJ.

Ante o exposto, determino o sobrestamento do feito até o esgotamento da jurisdição no Superior Tribunal de Justiça. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.857 (381)ORIGEM : AI - 200904000293766 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIMED NORDESTE RS - SOCIEDADE COOPERATIVA

DE SERVIÇOS MÉDICOS LTDAADV.(A/S) : MARCO TÚLIO DE ROSE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INVIABILIDADE – DECISÃO QUE

NÃO SE MOSTRA DE ÚLTIMA INSTÂNCIA – ARTIGO 102, INCISO III, DA CARTA FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. Na espécie, não se trata de recurso extraordinário contra ato judicial que haja resultado no julgamento da causa. O acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região diz respeito a apreciação de agravo de instrumento interposto contra decisão que, em ação civil pública, implicou a concessão de liminar.

Assim, o extraordinário não se enquadra no permissivo do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, que estabelece a competência do Supremo para examinar, mediante o citado recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando o pronunciamento recorrido contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou, ainda, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Carta da República. Decisões interlocutórias não podem ser atacadas, na via direta, mediante o extraordinário – artigo 542, § 3º, do Código de Processo Civil.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.861 (382)ORIGEM : AC - 200800142445 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : LIDIONEZA FERRAZ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUIZ PAULO ARAÚJO FARIA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO – TRASLADO DE PEÇAS –

DEFICIÊNCIA – AGRAVO NÃO CONHECIDO.1. A Lei nº 10.352, de 26 de dezembro de 2001, que alterou o § 1º do

artigo 544 do Código de Processo Civil, aumentou o número de peças obrigatórias na composição do instrumento, assim as especificando:

[...] cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contrarrazões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. [...]

2. O agravante não providenciou o traslado do inteiro teor do acórdão recorrido.

3. Não conheço deste agravo.4. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.170 (383)ORIGEM : AC - 4863034300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIMED DE TAUBATÉ - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICOADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO EBRAM VILELA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FLÁVIA CHAGAS MOREIRAADV.(A/S) : ANA LÚCIA DE OLIVEIRA MARTINS

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 09 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.180 (384)ORIGEM : AC - 10027060850438001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BETIMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIM E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INVIABILIDADE – ARTIGO 102,

INCISO III, DA CARTA FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.1. Na espécie, não se tem recurso extraordinário contra provimento

judicial que haja resultado no julgamento da causa. O acórdão proferido pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais implicou o acolhimento de pedido formulado em apelação e a anulação da sentença, determinando-se o retorno do processo à origem para, afastada a extinção decretada, seja julgada a controvérsia.

O extraordinário não se enquadra no permissivo do inciso III do artigo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 82

102 da Constituição Federal no que estabelece a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar, mediante o citado recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou, ainda, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. A decisão atacada tem natureza interlocutória.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.447 (385)ORIGEM : PROC - 6275314000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : TIAGO PECHUTTI MEDEIROSADV.(A/S) : ARTHUR DE ARRUDA CAMPOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ADELINO PECHUTTIAGDO.(A/S) : VALDECIR ORESTES LAUTON PECHUTTIADV.(A/S) : ALBERTO LEITE RIBEIRO FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ADELINO PECHUTTI FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LAERTE DANTE BIAZOTTI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“AGRAVO – Inventário – Manifestação de herdeiro desentranhada, por intempestiva – Decisão que reconheceu a decadência do direito de se manifestar – Inconformismo – Inadmissibilidade – Quando o Juiz não assinalar prazo para manifestação, este será de cinco dias – Inteligência do art. 185 do Código de Processo Civil – Análise da complexidade da causa e das demais questões de mérito deverá ser feita pelo R. Juízo ‘a quo’, sob pena de supressão de instância – Decisão mantida – Negado provimento ao recurso.” (fl. 345)

Não foram opostos embargos declaratórios.No apelo extremo, o recorrente sustenta violação ao artigo 5º, caput,

da Constituição Federal.Verifico que para se chegar à solução diversa do acórdão recorrido

quanto à alegação de ofensa ao princípio da isonomia, faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável, a teor do Enunciado de Súmula 279 do STF.

Ademais, observo que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil). Desse modo, para se entender de forma diversa, seria necessária a prévia análise da mencionada legislação, procedimento incabível na via extraordinária.

Sobre o tema, confiram-se os julgamentos do AI-AgR 826.326, de minha relatoria, 2ª Turma, DJe 24.2.2011, e do AI-AgR 799.782, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 11.4.2011, cuja ementa dispõe:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CONEXÃO. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.448 (386)ORIGEM : EDAIRR - 1463199635104400 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ADONIR MOREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI MARIN DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : SANDRA M LAMEIRA

DECISÃO: Vistos.Adonir Moreira de Oliveira interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos XXXV, LIV e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. VIOLAÇÃO DA COISA JULGADA. COMPLEMENTAÇÃO DE PROVENTOS DE APOSENTADORIA. Não demonstrada nenhuma das hipóteses de cabimento do recurso de revista previstas no art. 896 da CLT. Fundamentos da decisão denegatória não desconstituídos. Agravo de instrumento a que se nega provimento” (fl. 86).

Opostos embargos de declaração (fls. 101 a 106), foram rejeitados (fls. 109 a 111).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por outro lado, no caso em tela, para que se pudesse decidir de forma diversa do acórdão recorrido seria imprescindível a verificação dos limites objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação infraconstitucional. Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:

“Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a indagação pertinente aos limites objetivos da “res judicata” traduz controvérsia “que não se alça ao plano constitucional do desrespeito ao princípio de observância da coisa julgada, mas se restringe ao plano infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário” (RE 233.929/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei).

Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse mesmo entendimento jurisprudencial:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA - INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Se a discussão em torno da integridade da coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 83

jurídico, conformam o fenômeno processual da res judicata, revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter infraconstitucional, podendo configurar, quando muito, situação de conflito indireto com o texto da Carta Política, circunstância essa que torna inviável o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.’

(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem sido

observada em sucessivas decisões proferidas no âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em causa, não vejo como dele inferir o pretendido reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em torno da definição dos limites subjetivos ou objetivos pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)” (DJ de 17/10/03).

No mesmo sentido, trago os seguintes precedentes:“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte.

II - esta Corte tem se orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária.

III - Agravo regimental improvido” (AI nº 601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 17/8/07).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO.

1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

3. O termo inicial da fluência dos juros moratórios, na repetição do indébito, dá-se na data do trânsito em julgado da decisão [art. 167, parágrafo único, do CTN]. Precedentes.

4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 658.206/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ 28/9/07).

Por fim, defiro a retificação do nome da ora agravada, conforme requerido na Petição nº 68.221/10, devendo a Secretaria Judiciária proceder a alteração requerida, bem como a inclusão dos nomes dos novos procuradores, antes da publicação da presente decisão.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.451 (387)ORIGEM : AIRR - 117200601417401 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A -

ESCELSAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETOAGDO.(A/S) : CARLOS AUGUSTO LOSS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATA MOUTA PEREIRA PINHEIRO

Decisão: VistosEspírito Santo Centrais Elétricas S.A. - ESCELSA interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 7º, incisos XXVI e XXIX, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. PRESCRIÇÃO. TUTELA ANTECIPADA.

ACORDO COLETIVO DO TRABALHO. Não há fomo assegurar trânsito à revista quando o agravo de instrumento manejado não desconstitui os fundamentos do despacho denegatório da admissibilidade do recurso.

Agravo de instrumento conhecido e não-provido”.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação.Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de

motivação no acórdão recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão da recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados pela então agravante, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Ademais, nos termos da jurisprudência desta Corte, a questão relativa à incidência da prescrição está restrita à interpretação da legislação infraconstitucional e ao reexame das provas dos autos, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636 desta Corte. Nesse sentido:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Admissibilidade de recurso trabalhista. 3. Ofensa reflexa à CF/88. Precedentes. 4. Dicotomia entre espécies de prescrição - parcial ou total. Controvérsia infraconstitucional. Precedentes. 5. Decisão devidamente fundamentada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 617.001/AM-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 7/3/08).

“Recurso extraordinário: descabimento: matéria constitucional não cogitada pelo acórdão recorrido, que se cingiu ao exame de pressupostos formais do recurso de revista: incidência da Súmula 282. II. Competência: Justiça do Trabalho: complementação de aposentadoria de servidor aposentado no regime da CLT: precedentes. III. Prescrição trabalhista: questão infraconstitucional. Saber se a prescrição bienal no caso teria atingido o próprio "fundo do direito" reclamado - como se alega no RE -, ou apenas a exigibilidade das prestações anteriores ao biênio, é questão a ser decidida à luz dos princípios do direito ordinário e dos termos da lide, sendo-lhe impertinente a invocação do art. 7º, XXIX, a, da Constituição” (AI nº 262.472/PA-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/10/2000).

Ressalte-se, por fim, que esta Corte entende ser incabível nesta instância extraordinária o reexame de termos firmados em acordo coletivo de trabalho. Anote-se:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Interpretação de cláusula de acordo coletivo. Matéria circunscrita à análise de norma infraconstitucional. Aplicação da Súmula 454 do STF. Ofensa reflexa à Constituição Federal de 1988. Precedentes. 3. Princípios da ampla defesa e do contraditório. Em regra, ofensa reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 670.752/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 24/4/08).

“I. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia sobre validade de cláusula de acordo coletivo de trabalho decidida à luz de legislação infraconstitucional pertinente, de reexame inviável no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. II. O artigo 7º, XXVI, da Constituição Federal, não elide a declaração de nulidade de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação ordinária. III. Improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de violação das garantias do artigo 5º, XXXV, XXXVI, LIV, da Constituição Federal” (AI nº 657.176/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 31/8/07).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.208 (388)ORIGEM : AI - 70023460728 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 84

ADV.(A/S) : JULIANO VENTURELLA FONTANA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : HARRY RAUL BOENINGADV.(A/S) : DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIROADV.(A/S) : PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 321 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o AI-RG 749.115, de minha relatoria, DJe 6.12.2010. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Int..Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.055 (389)ORIGEM : AC - 94090604 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FINOPLASTIC INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDAADV.(A/S) : ELIANA GALVÃO DIAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DO

MUNICÍPIO DE GUARULHOS - SAAEADV.(A/S) : CRISTINA DO NASCIMENTO COSTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado:

“PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – COLETA DE ESGOTO – TARIFA – NÃO PAGAMENTO POR AUSÊNCIA DE SISTEMA DE TRATAMENTO DO ESGOTO COLETADO – IRRELEVÂNCIA – OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO RECONHECIDA.

Prestado o serviço de coleta de esgoto, devida a respectivatarifa, não sendo a obrigação elidida por ausência de sistema de

tratamento do esgoto coletado, até porque de todo inviável a adoção, na fixação da tarifa, de um critério de proporcionalidade, de sorte a considerar as várias etapas ou partes em que se desdobra o serviço de esgoto.” (fl. 950)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea “a” e “c”, da Constituição Federal, o recorrente sustenta a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito alega ofensa ao artigos 145, II; 150, IV, do Texto Constitucional.

A recorrente, alega, em síntese, ser ilegal a cobrança de Taxa de coleta de esgoto sem a devida contraprestação do serviço. Ademais, defende a aplicação das normas previstas no Código Tributário Nacional no que diz respeito à constituição do crédito tributário.

Decido.Não assiste razão à recorrente.Na espécie, o acórdão recorrido encontra-se em consonância com a

jurisprudência desta Corte no sentido de que o valor cobrado dos usuários pelos serviços de água e esgoto tem natureza jurídica de preço público ou tarifa, e não taxa.

Cito, a propósito, precedentes de ambas as Turmas desta Corte:“TRIBUTÁRIO. SERVIÇO DE COLETA OU TRATAMENTO DE

ESGOTO. PREÇO PÚBLICO. CONSTITUCIONALIDADE. PREQUESTIONAMENTO. OCORRÊNCIA. I - Ocorrência do necessário prequestionamento, visto que a questão constitucional em debate foi devidamente discutida no acórdão recorrido. II - O quantitativo cobrado dos usuários das redes de água e esgoto é tido como preço público. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE-AgR 544.289, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 19.6.2009).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Água e esgoto. Cobrança. Natureza jurídica. Preço público. Precedente. 3. Prequestionamento. Ocorrência. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI-AgR 516.402, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 21.11.2008).

No mesmo sentido, cito as seguintes decisões monocráticas proferidas em casos análogos aos dos autos: AI 755.845, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 4.5.2011; AI 754.897, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 6.5.2011; AI 705.936, de minha relatoria, DJe 29.4.2008; RE 537.138, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 20.3.2007.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, e 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.128 (390)ORIGEM : AC - 20070020601000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUX

AGTE.(S) : LUCILENE APARECIDA SOUZA PEREIRAADV.(A/S) : LAÉRCIO ARRUDA GUILHEMAGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO. LOTAÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 226, DA CF. INOCORRÊNCIA. MATÉRIA DECIDA COM FUNDAMENTO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.

1. A proteção especial à família (art. 226, da CRFB) gera como O Direito à remoção do servidor público para acompanhar o cônjuge transmuta-se em direito subjetivo nos casos em que um deles é transferido no interesse da administração pública. Precedentes: MS 23.058, Pleno, Min. Ayres Britto, Dje de 19.08.2008; RE 593.338- ED, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Dje de 30.06.2011 e RE 587.260, Segunda Turma Rel. Min. Eros Grau, Dje de 23.10.2009.

2. In casu, a servidora pública aprovada em concurso público para agente de polícia civil, cuja lotação inicial se deu em localidade diversa de sua família, não tem direito garantido à remoção.

3. O Tribunal a quo indeferiu o requerimento da ora agravante com amparo na legislação infraconstitucional que disciplina a espécie (art. 37, CE/MS e LC 38/89), por isso que eventual violação à CF é indireta ou reflexa, o que não dá ensejo ao processamento do apelo extremo. Precedentes: RE 529.993-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje de 06.04.2011 e RE 460.669-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 05.02.2010)

4. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.DECISÃO: Trata-se de Agravo de Instrumento contra decisão que

inadmitiu recurso extraordinário interposto com fundamento no permissivo do art. 102, III, “a”, da CF, em oposição a acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, assim ementado (fl. 332):

“APELAÇÃO CÍVEL – MANDADO DE SEGURANÇA – REMOÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO – ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL – AGENTE DE POLÍCIA CIVIL – ESTÁGIO PROBATÓRIO – WRIT IMPETRADO SOB A ÉGIDE DA LC 38/89 – IMPOSSIBILIDADE DE REMOÇÃO DO SERVIDOR EM ESTÁGIO PROBATÓRIO – RECURSO NÃO PROVIDO.

O artigo 37 da Constituição Estadual assegura a remoção do servidor público para o lugar de residência do cônjuge também servidor.

Contudo, não se aplica ao servidor em estágio probatório, visto que o artigo 32 da Lei Complementar 38/89 (Estatuto da Polícia Civil) expressamente dispunha sobre a impossibilidade de remoção do servidor em estágio probatório.

Outrossim, o dispositivo constitucional em comento deve ser interpretado de maneira harmônica com os demais direitos, normas e princípios que regem a questão, notadamente, os critérios de conveniência e oportunidade da Administração Pública”

No recurso extraordinário a ora agravante alegou violação aos arts. 5º, caput, XXXV, LIV e LV, e 226 da CF. Sustentou-se em síntese i) que o art. 37 da Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul assegura o direito do servidor público o direito de ser removido a mesma cidade em que estiver lotado o cônjuge e o companheiro, caso esse também seja servidor, como é o caso em comento; ii) a agravante foi aprovada em concurso público para agente de polícia e foi lotada em local distante da residência de sua família onde coabita com marido e três filhas; iii) em caso similar ao seu houve o deferimento da remoção pleiteada, o que configuraria violação ao princípio da isonomia; iv) a remoção requerida é direito líquido e certo da ora agravante, pois emana do próprio texto constitucional, sendo, portanto, ato administrativo vinculado.

O apelo extremo teve o seu seguimento negado na origem sob o fundamento na ausência de violação à Constituição que enseje no cabimento do recurso.

É o relatório. DECIDO.Sem razão a agravante.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A controvérsia posta nos autos diz respeito a pedido de remoção de servidora pública que teve sua lotação inicial em outra cidade do Estado do Mato Grosso do Sul, e com arrimo no art. 226 da Constituição Federal, sustenta ter direito líquido e certo de ser removida para cidade onde se encontra sua família.

O Supremo Tribunal Federal tem entendimento no sentido de que o direito à remoção, nos termos do art. 226, da CF, será assegurado nos casos de transferência no interesse da administração pública, hipótese em que a remoção pleiteada transmuta-se em direito subjetivo do servidor, nesse sentido, cito o seguinte precedente do Plenário desta Suprema Corte.

“ MANDADO DE SEGURANÇA. REMOÇÃO DE OFÍCIO PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE VAGAS. ART. 36 DA LEI 8.112/90. DESNECESSIDADE DE O CÔNJUGE DO

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 85

SERVIDOR SER TAMBÉM REGIDO PELA LEI 8112/90. ESPECIAL PROTEÇÃO DO ESTADO À FAMÍLIA (ART. 226 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). 1. Em mandado de segurança, a União, mais do que litisconsorte, é de ser considerada parte, podendo, por isso, não apenas nela intervir para esclarecer questões de fato e de direito, como também juntar documentos, apresentar memoriais e, ainda, recorrer (parágrafo único do art. 5º da Lei nº 9.469/97). Rejeição da preliminar de inclusão da União como litisconsorte passivo. 2. Havendo a transferência, de ofício, do cônjuge da impetrante, empregado da Caixa Econômica Federal, para a cidade de Fortaleza/CE, tem ela, servidora ocupante de cargo no Tribunal de Contas da União, direito líquido e certo de também ser removida, independentemente da existência de vagas. Precedente: MS 21.893/DF. 3. A alínea "a" do inciso III do parágrafo único do art. 36 da Lei 8.112/90 não exige que o cônjuge do servidor seja também regido pelo Estatuto dos servidores públicos federais. A expressão legal "servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios" não é outra senão a que se lê na cabeça do art. 37 da Constituição Federal para alcançar, justamente, todo e qualquer servidor da Administração Pública, tanto a Administração Direta quanto a Indireta. 4. O entendimento ora perfilhado descansa no regaço do art. 226 da Constituição Federal, que, sobre fazer da família a base de toda a sociedade, a ela garante "especial proteção do Estado". Outra especial proteção à família não se poderia esperar senão aquela que garantisse à impetrante o direito de acompanhar seu cônjuge, e, assim, manter a integridade dos laços familiares que os prendem. 5. Segurança concedida”( MS 23.058, Pleno, Min. Ayres Britto, Dje de 19.08.2008).

Contudo, não é disso que se cuida no presente recurso, in casu, o pedido de remoção refere-se à lotação inicial da servidora pública, ou seja, aqui, a então concursanda sabia da possibilidade de ser lotada em localidade diversa, e mesmo assim aceitou se submeter ao concurso público, portanto, agora não há se falar em direito subjetivo a remoção, isso porque, neste caso, não há como se alegar a referida proteção constitucional. Nesse sentido, confira-se os seguinte precedentes:

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. INÍCIO DO PRAZO RECURSAL. FAZENDA PÚBLICA. JUNTADA DO MANDADO DE INTIMAÇÃO DEVIDAMENTE CUMPRIDO. ADMINISTRATIVO. PEDIDO DE REMOÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CONCURSO PÚBLICO. LOTAÇÃO INICIAL. PREVISÃO EDITALÍCIA. CONVENIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O prazo recursal para a Fazenda Pública é contado em dobro e se inicia da data da juntada do mandado de intimação devidamente cumprido, conforme os arts. 188 e 241, II, do CPC. II - A orientação desta Corte é no sentido de afastar a incidência do art. 226 da Lei Maior como fundamento para concessão de remoção de servidor público na hipótese em que não se pleiteia a remoção para acompanhar cônjuge, mas sim a lotação inicial de candidato aprovado em concurso público. III - Fixada pela Administração a lotação inicial do servidor, conforme regras previamente definidas no edital do concurso, inviável a remoção pretendida, sob pena, inclusive, de ingerência do Judiciário em assunto próprio da Administração Pública. IV – Agravo regimental improvido.” (RE 593.338- ED, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Dje de 30.06.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REMOÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 226 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. CONCURSO PÚBLICO. LOTAÇÃO INICIAL. O Supremo Tribunal Federal, em caso análogo ao presente, afastou a incidência do art. 226 da Constituição do Brasil como fundamento da concessão de remoção de servidor público quando o feito, como ocorre nestes autos, refere-se não à remoção para acompanhar cônjuge ou companheiro e sim à lotação inicial de candidato aprovado em concurso público, cujo edital previa expressamente a possibilidade de sua lotação em outros Estados da Federação. Precedente. Agravo regimental a que se nega provimento”(RE 587.260, Rel. Min. Eros Grau, a Segunda Turma, DJe 23.10.2009).

Outrossim, verifica-se que o acórdão recorrido utilizou como razão de decidir a interpretação conferida a legislação infraconstitucional que disciplina a espécie (art. 37, CE/MS e LCE 38/89), logo, eventual violação à Constituição se deu de forma indireta ou reflexa, o que não dá ensejo ao processamento do apelo extremo.

Nesse sentido:“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Remoção de

cônjuge. Lei 8.112/90. 3. Impossibilidade de análise de legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 529.993-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje de 06.04.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO PARA REMOÇÃO DA TITULARIDADE DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 17 DA LEI N. 8.935/94. REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 460.669-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 05.02.2010).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.Publique-se.

Brasília, 15 de agosto de 2011.Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.781 (391)ORIGEM : AC - 70030721666 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ADÃO NEY OLIVEIRA VALENÇAADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.550 (392)ORIGEM : AI - 200804000196770 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ARMANDO DE BARROS VIANAADV.(A/S) : GERMANO CELSO SCHWARTZAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 08 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.675 (393)ORIGEM : AC - 36910350 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : GIDEVALDO JOSÉ DE CARVALHOADV.(A/S) : KARILLA TOTINO PIRES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 86

DECISÃO: Vistos.Município de São Paulo interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 30, inciso V, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Nona Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que manteve a sentença de 1º grau que, em síntese, julgou procedente o pedido "para determinar a liberação do veículo independentemente do pagamento de quaisquer taxas, tarifas ou outras despesas decorrentes da apreensão e remoção, inclusive da multa decorrente de infração, a qual poderá ser exigida pelas vias próprias".

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 639.496/MG, Relator o Ministro Presidente, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. E, no mérito, reafirmou a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal nesses termos, in verbis:

“A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa, à luz do artigo 30, I e V, da Constituição Federal, sobre a competência suplementar de município para legislar sobre trânsito e transporte, e impor sanções mais gravosas que as previstas no Código de Trânsito Brasileiro CTB.

Há nesta corte decisão específica sobre o tema no sentido da inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no CTB, por extrapolar a competência legislativa suplementar do município expressa no artigo 30, II, da Constituição Federal. Neste sentido: ARE 638574 / MG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje 14.04.2011. Esta corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, impossibilitados os Estados-membros e municípios a legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por Lei Complementar. Confiram-se: ADI 2432 / RN, Rel. Min. EROS GRAU, DJ 26.08.2005; ADI 2644 / PR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 17.09.2003; ADI 2432 MC / RN, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ 21.09.2001.”

O acórdão recorrido está em sintonia com a decisão do Plenário desta Corte.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.078 (394)ORIGEM : EDRR - 1553200411203003 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COMPANHIA URBANIZADORA DE BELO HORIZONTE -

URBELADV.(A/S) : ANDERSON OLIVIÉRI MENDES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS

DE ASSESSORAMENTO, PESQUISAS, PERÍCIAS E INFORMAÇÕES NO ESTADO DE MINAS GERAIS - SINTAPPI/MG

ADV.(A/S) : RENATO LUIZ PEREIRA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“RECURSO DE REVISTA. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. Destacado no julgamento o cumprimento dos requisitos da petição inicial, não há se falar em violação do art. 5º, LV, da CF. Recurso de revista não conhecido. NULIDADE DO JULGADO POR CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DA PROVA PERICIAL. A v. decisão delimita a ausência de prejuízo pelo indeferimento da prova pericial, porque determinada a compensação com valores, a afastar a alegação de cerceamento de defesa. Recurso de revista não conhecido. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. Diante do entendimento do eg. Tribunal Regional que o sindicato visa cumprimento de sentença, nos termos do art. 872 da CLT e por se trata de defesa de interesse da categoria, que encontra arrimo no art. 8º, III, da CF, não há como conhecer do recurso de revista. Recurso de revista não conhecido. (...).” (fls. 234-235)

Opostos embargos declaratórios, os mesmos foram rejeitados (fls. 251-253).

No apelo extremo, sustenta-se que ocorreu violação aos artigos 5º, II, XXXV e LIV e LV; 7º, IV e XXIII; 37, § 1º; 93, IX; 97; e 169, §1º, da Constituição Federal.

Verifico que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz da

legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil e CLT). Desse modo, para se entender de forma diversa, seria necessária a prévia análise da mencionada legislação, procedimento incabível na via extraordinária.

Ainda, verifico que para se chegar à solução diversa do acórdão recorrido faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e a interpretação de cláusulas contratuais, o que é inviável, a teor do Enunciado de Súmula 279 desta Corte.

Sobre o tema, confiram-se o AI-AgR 839.498, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 5.5.2011; e o AI-AgR 813.557, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 21.2.2011, cuja ementa dispõe:

“TRABALHISTA E PROCESSUAL CIVIL. AMPLA DEFESA. CONTRADITÓRIO. DEVIDO PROCESSO LEGAL. IGUALDADE. OFENSA REFLEXA AO TEXTO CONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA STF 279. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DAS PARTES NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. 1. A ofensa aos postulados constitucionais da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e da igualdade, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 2. Apreciação do recurso extraordinário que requer a análise de fatos e provas da causa (Súmula STF 279), além do reexame de legislação infraconstitucional (Lei 6.404/76 e CPC), hipóteses inviáveis nesta via. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses das partes não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Além disso, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636/STF). Sobre o tema, confiram-se o AI-AgR 825.423, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 27.6.2011; e o AI-AgR 745.965, de minha relatoria, DJe 29.6.2011:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Portaria e poder regulamentar. Inviável o prosseguimento do recurso extraordinário quando a averiguação da afronta ao princípio da legalidade demanda análise de legislação infraconstitucional. Verbete 636 da Súmula desta Corte. 3. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ademais, com relação à suposta ofensa às garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, da CF), em razão do indeferimento da produção de provas, observo que esta Corte já apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do ARE-RG 639.228, oportunidade em que rejeitou a existência de repercussão geral, tendo em vista a natureza infraconstitucional da questão posta.

Por último, com relação à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, observo que esta Corte também já apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Nessa oportunidade, este Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que o referido artigo exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.461 (395)ORIGEM : AC - 1226458188 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : AFONSO CHAVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO CARLOS DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : WISON REZENDE DOS SANTOSADV.(A/S) : GERSON REZENDE DOS SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CIVIL. SUCESSÃO. PARTILHA. AUSÊNCIA DE EFETIVO DEBATE PELO TRIBUNAL A QUO. FALTA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE NA VIA EXTRAORDINÁRIA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Os requisitos de admissibilidade consistentes na regularidade formal, no prequestionamento e na ofensa direta à Constituição Federal, quando ausentes, conduzem à inadmissão do recurso interposto.

3. No caso, sub examine, verifica-se a ausência de debate, na instância recorrida, sobre os dispositivos constitucionais (artigos 1º; 5º, XIII,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 87

XXII, XXXV e XXXVI; 37; 93, IX; 170, caput, II e IV e § único; 173; 174, e 177, I e V) aos quais se alega violações no recurso extraordinário, o que atrai a incidência da Súmula 282 do STF.

4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

5. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes: AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011.

6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto por AFONSO

CHAVES E OUTRA, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 75-77, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea "a" do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, assim ementado (fls. 25-26), verbis:

"Apelação Cível. Prequestionamento de dispositivos legais. Impossibilidade. O Poder Judiciário não possui a atribuição de órgão consultivo, resultando incompatível a pretensão do recorrente de esmiuçar dispositivos citados no recurso. 2. Sentença. Fundamentação suficiente. Nulidade não configurada. Improsperável a arguição de nulidade da sentença, por maus tratos ao artigo 458 do Código de Processo Civil quando o ato judicial traz em seu contexto todos os elementos exigidos pela verba legis para sua sobrevivência. 3. Apelação Cível. Colação. Possibilidade apenas quanto a bens que comprovadamente pertenciam ao autor da herança. Devem ser trazidos à colação os bens que comprovadamente pertenciam ao autor da herança por ocasião do seu falecimento, excluída a meação originada do falecimento da sua esposa e destinada a filha do casal.”

Os embargos de declaração foram rejeitados ante a ausência de enquadramento nas hipóteses elencadas no artigo 535 do CPC.

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que a matéria não foi devidamente prequestionada.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A irresignação não prospera.Verifica-se, na espécie, que o artigo da Constituição Federal que os

agravantes consideram violado (art. 5º, XXXVI, da CF) não foi debatido no acórdão recorrido.

Impende asseverar, que a interposição do recurso extraordinário impõe que o dispositivo constitucional tido por violado como meio de se aferir a admissão da impugnação tenha sido debatido no acórdão recorrido, sob pena de padecer o recurso da imposição jurisprudencial do prequestionamento.

Anote-se, por sua relevância, que a exigência do prequestionamento não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto. Ele consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal, em seu art. 102. Nesse dispositivo não há previsão de apreciação originária por este Pretório Excelso de questões como as que ora se apresentam. A competência para a apreciação originária de pleitos no C. STF está exaustivamente arrolada no antecitado dispositivo constitucional, não podendo sofrer ampliação na via do recurso extraordinário.

In casu, dessume-se dos autos que os recorrentes furtaram-se em prequestionar, em momento oportuno, o dispositivo constitucional apontado como violado nas razões do apelo extremo, atraindo, inarredavelmente, o óbice da ausência de prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo.

Deveras, a simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo debate, no Tribunal de origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos constitucionais apontados como violados, não supre a falta do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária. Incidência do óbice erigido pelo enunciado da Súmula 282/STF, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada”.

Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de norma infraconstitucional. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Anote-se por derradeiro, que a Jurisprudência desta Corte Suprema é uníssona no sentido de que a verificação em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância extraordinária, visto, também, situar-se, no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido, traz-se à colação julgados de ambas as Turmas deste Supremo Tribunal Federal, vebis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. MATÉRIA PROCESSUAL. OFENSA INDIRETA. COMPETÊNCIA DO TST PARA ANÁLISE DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DE SUA ALÇADA.

1. Prevalece neste Tribunal o entendimento de que a interpretação da lei processual na aferição dos requisitos de admissibilidade dos recursos trabalhistas tem natureza infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição ocorreria de forma indireta.

2. Compete ao TST a análise dos requisitos de admissibilidade dos recursos de sua alçada.

3. A verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008) .

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Ato jurídico perfeito. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.

1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

2. Agravo regimental não provido” (AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011).

NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF..

Publique-se. Intimações necessárias.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 818.749 (396)ORIGEM : PROC - 1035200102902400 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDAADV.(A/S) : FABIANO SANTOS BORGESADV.(A/S) : LUIZ CARLOS AMORIM ROBORTELLAAGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DOS SANTOSADV.(A/S) : RICARDO LOPES

DECISÃO: Vistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 590.415/SC, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se da discussão acerca dos efeitos de cláusula que estabelece quitação plena de verbas rescisórias contida em termo de adesão a Programa de Desligamento Incentivado.

Nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.568 (397)ORIGEM : PROC - 200563012157299 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ZOROBABEL MENDES RODRIGUESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 88

DECISÃO: Vistos.Zorobabel Mendes Rodrigues interpõe agravo de instrumento contra

a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso LIV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma Recursal do Juizado Especial Federal Previdenciário da Terceira Região que manteve a sentença de 1º Grau por seus próprios fundamentos. A referida sentença assim concluiu:

“No caso em concreto, o laudo pericial médico aponta que o autor não é portador de anomalia expressiva em sua saúde, mas sim dependência no álcool, cujos efeitos por ora não o incapacita para o exercício de atividades profissionais "a priori", nem para as atividades do dia a dia. Insuficiente, portanto, o quadro probatório para alavancar a necessidade do benefício previdenciário de auxílio-doença.

Concluiu, por fim, o Sr. Perito Médico que "não se caracteriza incapacidade para o exercício de sua atividade profissional habitual".

Assim sendo, não estando preenchido o elemento subjetivo, afastada, está a análise dos demais requisitos.

Ante o exposto, julgo improcedente a pretensão deduzida pela parte autora. Em consequência, julgo extinto o feito com julgamento do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC.”

Opostos embargos de declaração (fls. 21 a 23), foram rejeitados (fls. 24/25).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como de normas infraconstitucionais utilizadas na fundamentação do acórdão recorrido, o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a Súmula 279 do STF. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MOLÉSTIA PROFISSIONAL GRAVE OU DOENÇA GRAVE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 473.703/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS PROPORCIONAIS. ALEGAÇÃO DE ENFERMIDADE GRAVE E DEFINITIVAMENTE INCAPACITANTE, APTA A ENSEJAR APOSENTADORIA COM PROVENTOS INTEGRAIS. INVIABILIDADE DO REEXAME EM SEDE EXTRAORDINÁRIA. ENUNCIADOS 279 E 280 DA SÚMULA/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou a Corte de origem seria necessário reexaminar matéria fática e legislação local. Exame inviável, consoante os Enunciados 279 e 280 da Súmula/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 794.831/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/10/10).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DAS PROVAS QUE FUNDAMENTARAM A DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 560.725/AM-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 593.064/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 12/12/08).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se.Brasília, 15 de agosto 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.361 (398)ORIGEM : AI - 5622126 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FARMACIA E DROGARIA NISSEI LTDAADV.(A/S) : RODRIGO MENDES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

O exame da presente causa evidencia que o recurso extraordinário em questão não se mostra processualmente viável, eis que a controvérsia nele suscitada traduz situação configuradora de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

Com efeito, a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.761 (399)ORIGEM : APCRIM - 5077469 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ALTAIR CLARO GONÇALVESADV.(A/S) : MATHEUS GABRIEL RODRIGUES DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 89

DESPACHO: Vistos.Agravo de instrumento interposto por Altair Claro Gonçalves contra a

decisão de folhas 684/687 que negou seguimento ao recurso extraordinário.O agravante, por intermédio da Petição eletrônica nº 847/11, requer,

“ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça (Agravo de Instrumento que negou seguimento ao Recurso Especial nº 1360342), o sobrestamento do presente feito, até o esgotamento da respectiva jurisdição”.

Em pesquisa realizada no sistema processual do sítio do Superior Tribunal de Justiça na internet, verifica-se que o mencionado agravo de instrumento ainda encontra-se em processamento naquela Corte.

Ante o exposto, determino o sobrestamento do feito até o esgotamento da jurisdição no Superior Tribunal de Justiça. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.789 (400)ORIGEM : PROC - 71002145423 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIMED PORTO ALEGRE - SOCIEDADE

COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDAADV.(A/S) : CARLOS SPINDLER DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS EUGÊNIO LIMAADV.(A/S) : LIA CAROLINA FLÔRES

DECISÃO:Vistos.UNIMED Porto Alegre – Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico

Ltda interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos LIV, LV e XXXVI, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do Sul, que deu parcial provimento ao recurso “restringindo a impossibilidade de reajuste por mudança de faixa etária e devolução de parcelas cobradas a maior, exclusivamente em razão da implementação da idade do autor, de 70 anos”.

Opostos embargos de declaração, não foram acolhidos.Decido. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 630.852/RG, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 31/5/11, pela existência de repercussão geral da matéria constitucional então suscitada, a qual se mostra coincidente, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada no presente recurso, qual seja, questionamento acerca da possibilidade de aumento de mensalidade de plano de saúde, em razão de mudança da faixa etária do associado, bem como da aplicação do Estatuto do Idoso a contratos firmados antes de sua vigência.

Nas Questões de Ordem suscitadas pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente, no Agravo de Instrumento nº 715.423/RS, e pelo Ministro Cezar Peluso, Relator, no Recurso Extraordinário nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal decidiu que o regime previsto no artigo 543-B, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, na hipótese de já ter sido reconhecida por esta Corte a repercussão geral da matéria constitucional discutida nos autos, aplica-se, também, aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumentos respectivos, concluindo pela devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Ante o exposto, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, dou provimento ao agravo, para admitir o processamento do recurso extraordinário e determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.022 (401)ORIGEM : PROC - 32609 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS

JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE YUJI HIRATAAGDO.(A/S) : MARIA SUELI BARBOSA MOIAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS SCARIM

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.356 (402)ORIGEM : PROC - 024050209808 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SANDRA AARÃO MARQUESADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

- JUCEESADV.(A/S) : FRANZ FERREIRA DE MENDONÇA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário sob o fundamento de que não foi interposto contra decisão de única ou última instância, por ainda ser cabível agravo interno, nos termos da Súmula 281 do STF.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se violação ao art. 5º, caput, XXXVI, e 37, caput e XV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravo de instrumento é

intempestivo. Com efeito, a publicação da decisão agravada ocorreu em 26/8/2010 e a peça recursal foi protocolizada em 9/9/2010.

O prazo para a interposição de agravo de instrumento é de dez dias, segundo o teor do artigo 544 do Código de Processo Civil. Logo, o termo final do prazo recursal ocorreu no dia 6/9/2010.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.499 (403)ORIGEM : AC - 200440111020280 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CONSPIRAÇÃO FILMES ENTRETENIMENTO LTDAADV.(A/S) : ANA TEREZA PALHARES BASILIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO: Vistos.Agravo de instrumento interposto por Conspiração Filmes

Entretenimento LTDA, contra a decisão de folhas 124/127 que negou seguimento ao recurso extraordinário.

A agravante, por meio da Petição nº 8.538/11, informa que “ainda está pendente de julgamento o Recurso Especial nº 1.101.949/DF, interposto pela Ogilvy, no qual, repita-se, a ora agravante e a Souza Cruz, figuram como interessadas”.

Em pesquisa realizada no sistema processual do sítio do Superior

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 90

Tribunal de Justiça na internet, verifica-se que o mencionado recurso especial ainda encontra-se em processamento naquela Corte.

Ante o exposto, determino o sobrestamento do feito até o esgotamento da jurisdição no Superior Tribunal de Justiça. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.907 (404)ORIGEM : AI - 200701000595174 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ADEMIR GALVÃO ANDRADEADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO DE ALMEIDA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: A parte agravante sustenta que o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária teria transgredido o preceito inscrito no art. 109, inciso I, da Constituição da República.

O exame da presente causa evidencia que o acórdão recorrido ajusta-se, com absoluta exatidão, à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal consagrou na matéria em análise (RTJ101/881 – RTJ 121/691 - RTJ 149/890 – RTJ 163/1114-1115 – RTJ177/415-416, v.g.).

Impende acentuar, neste ponto, que cabe à Justiça Federal, e somente a esta, “dizer se há, na causa, interesse da União, apto a deslocar o processo da justiça comum para sua esfera de competência” (RT 541/263).

Na realidade, a legitimidade do interesse manifestado pela União só pode ser verificada, em cada caso ocorrente, pela própria Justiça Federal (RTJ 101/881), pois, para esse específico fim, é que a Justiça Federal foi instituída: para dizer se, na causa, há, ou não, interesse jurídico da União, ou de autarquia federal, ou, ainda, de empresa pública federal (RTJ 78/398).

Daí a precisa observação do eminente Ministro ATHOS GUSMÃO CARNEIRO (“Jurisdição e Competência”, p. 149/150, item n. 109, 11ªed., 2001, Saraiva), cujo magistério assinala a imprescindibilidade do deslocamento da causa para a Justiça Federal, sempre que a União Federal, autarquias federais ou empresas públicas federais, manifestando interesse jurídico, ingressarem em processo instaurado perante o Poder Judiciário local:

“Se uma demanda foi ajuizada perante a Justiça comum, e a União ou ente público federal manifesta interesse (deve ser necessariamente um interesse ‘jurídico’) em nela ingressar como ‘assistente’ (tanto litisconsorcial como assistente simples), ou apresenta ação de ‘oposição’ (CPC, art. 56), ou a lide é ‘denunciada’ à União ou ente público federal (...), caberá ‘ao juiz federal’ (e não ao juiz da causa) apreciar conclusivamente da legitimidade do pedido de intervenção ou de oposição, e aceitá-lo ou não.

.......................................................Se o magistrado federal entende inexistir interesse da União na

causa, denegando, v.g., a denunciação da lide à União Federal ou excluindo do processo o ente federal, determinará a devolução ou a remessa dos autos ao juízo estadual; e o eventual reexame dessa decisão caberá mediante agravo ao Tribunal Regional Federal.” (grifei)

Cumpre enfatizar que esse entendimento tem o beneplácito jurisprudencial desta Suprema Corte:

“O ingresso da União Federal numa causa, vindicando posição processual definida (RTJ 46/73 - RTJ 51/242), gera a incompetência absoluta da Justiça local (RT 505/109), pois não se inclui, na esfera de atribuições jurisdicionais dos magistrados e Tribunais estaduais, o poder para aferir a legitimidade do interesse da União Federal em determinado processo (RTJ 93/1291 - RTJ 95/447 – RTJ 101/419). A legitimidade do interesse manifestado pela União só pode ser verificada, em cada caso ocorrente, pela própria Justiça Federal (RTJ 101/881), pois, para esse específico fim, é que ela foi instituída (RTJ 78/398): para dizer se, na causa, há ou não há interesse jurídico da União.”

(RTJ 164/359-361, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Em suma: esta Suprema Corte, em reiteradas decisões, tem

enfatizado que compete, unicamente, à Justiça Federal, “emitir juízo de valor sobre o interesse manifestado pela União” (RE 140.480/RJ, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), cabendo-lhe, por isso mesmo, “avaliar a realidade, ou não, desse interesse” (RE 197.628/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), pois a Justiça Federal foi instituída, precisamente, para dizer se existe, ou não, na causa, interesse jurídico da União Federal (RTJ 78/398 - RTJ 99/1382 - RTJ 164/359).

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.287 (405)ORIGEM : AC - 200002010125895 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : PAES MENDONÇA S/AADV.(A/S) : NILO TORRES RAMOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA

NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.131 (406)ORIGEM : AC - 70002375830 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : NEBRASKA EMPRENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : ANDRÉIA MINUZZI FACCIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM.1. O Supremo, no Recurso Extraordinário nº 602.347/MG, concluiu

pela repercussão geral do tema relativo à viabilidade, em face da Carta da República, de fixação de alíquota mínima quando afastada a progressividade do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas –, determino a devolução dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil.

3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.820 (407)ORIGEM : PROC - 15810 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : PANAMERICANO ARRENDAMENTO MERCANTIL S/AADV.(A/S) : FLAVIA REGINA FERRAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIA DA COSTA OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO RAIMUNDO ALEXANDRE NETO

DECISÃO: Vistos.Panamericano Arrendamento Mercantil S. A. interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos V, XXXV, XXXVI e XXXVII,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 91

e 93, inciso IX, da Constituição Federal.Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Colégio Recursal da

Vigésima Primeira Circunscrição Judiciária – sede Comarca de Registro?SP, que manteve a sentença de 1º grau por seus próprios fundamentos.

A referida sentença concluiu, em síntese, pela procedência parcial da ação para:

“DECLARAR a inexistência de relação jurídica entre a autora Antonio da Costa Oliveira e o réu Panamericano Arrendamento Mercantil S.A.. Em consequência, para assegurar o efeito prático da decisão (bem como antecipando os efeitos da tutela), fixo o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da intimação do réu sobre a sentença, para que o Panamericano Arrendamento Mercantil S.A. providencie a extração junto ao juízo de Atibaia dos ofícios necessários à baixa da restrição, e comprove o seu encaminhamento ao órgão de trânsito. Em caso de descumprimento da decisão, fixo multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), até o limite de alçada do Juizado Especial (autonomamente ao valor fixado para o dano moral).

(b) REJEITAR o pedido de reparação civil por danos materiais.(c) CONDENAR o réu Panamericano Arrendamento Mercantil S.A.

a pagar à autora reparação civil por danos morais, no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), sobre o qual incidirão juros de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ambos contados da presente data (momento em que o valor se tornou líquido) até o efetivo pagamento” (fl. 106).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que todos os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparados nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.912 (408)ORIGEM : PROC - 753703620078190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : HOSANO DE OLIVEIRA MAIAADV.(A/S) : JOMAR DOS REIS QUINTAS E OUTRO(A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – INSTITUIÇÕES

FINANCEIRAS – OBRIGATORIEDADE EM ENTREGAR EXTRATOS DE CONTA POUPANÇA – MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo nº 643.085/SP, da relatoria do Ministro Cezar Peluso, Presidente do Supremo, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter repercussão geral o tema relativo à obrigatoriedade de as instituições financeiras entregarem os extratos de conta poupança aos respectivos titulares, quando solicitados, tendo em vista ter o Tribunal de origem decidido a causa com base na Lei nº 8.078/90.

2. Ante o quadro, ressalvando a óptica pessoal quanto à inadequação do instituto da repercussão geral, nego provimento ao agravo.

3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.360 (409)ORIGEM : AC - 70033378571 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : PAULO FERNANDO ANONY FORTES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOCONTRIBUIÇÃO SOCIAL DESTINADA À SAÚDE INSTITUÍDA POR

UNIDADE DA FEDERAÇÃO – CARÁTER OBRIGATÓRIO – INCONSTITUCIONALIDADE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO NOS AUTOS DE AGRAVO.

1. O Pleno, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 573.540, no qual se admitiu a repercussão geral, assim decidiu:

CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA, HOSPITALAR, ODONTOLÓGICA E FARMACEÚTICA. ART. 85 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 62/2002, DO ESTADO DE MINAS GERAIS. NATUREZA TRIBUTÁRIA. COMPULSORIEDADE. DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS. ROL TAXATIVO. INCOMPETÊNCIA DO ESTADO-MEMBRO. INCONSTITUCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO.

I – É nítida a natureza tributária da contribuição instituída pelo art. 85 da Lei Complementar nº 64/2002, do Estado de Minas Gerais, haja vista a compulsoriedade de sua cobrança.

II – O art. 149, caput , da Constituição atribui à União a competência exclusiva para a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais e econômicas. Essa regra contempla duas exceções, contidas no arts. 149, § 1º, e 149-A da Constituição. À exceção desses dois casos, aos Estados-membros não foi atribuída competência para a instituição de contribuição, seja qual for a sua finalidade.

III – A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre determinada matéria não implica automaticamente a competência para a instituição de tributos. Os entes federativos somente podem instituir os impostos e as contribuições que lhes foram expressamente outorgados pela Constituição.

IV – Os Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha por finalidade o custeio do regime de previdência de seus servidores. A expressão regime previdenciário não abrange a prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos. (Publicado no Diário de 11.6.2010).

2. Diante da sedimentação do entendimento, conheço deste agravo e o provejo, consignando o enquadramento do extraordinário no permissivo da alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Aciono o disposto nos artigos 544, § 3º e § 4º, e 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e examino, desde logo, o extraordinário, conhecendo-o e provendo-o para, reformando o acórdão de origem, assentar a ilegitimidade da cobrança da contribuição social destinada à saúde. Custas pelos recorridos, assim como os honorários advocatícios, que, presente a previsão do artigo 20 do Código de Processo Civil, fixo na base de 10% sobre o valor da causa devidamente corrigido.

3. Publiquem.Brasília, 9 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.416 (410)ORIGEM : AC - 200204010194602 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : MARIA ESTER ANTUNES KLINAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE INDÚSTRIAS DE MÓVEIS MARPI

LTDAADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTAINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. DEVOLUÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI 4.156/62. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em que se discute o critério de correção monetária para devolução de empréstimo compulsório sobre energia elétrica, instituído pela Lei nº 4.156/62.

O agravo não merece ser conhecido.A controvérsia tratada nos autos já foi analisada no AI 735.933 – RG,

da relatoria do Min. Gilmar Mendes, DJe de 07/04/11, em que o Plenário desta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 92

Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional. O referido agravo está assim ementado:

“EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. LEI 4.156/62. RESTITUIÇÃO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.”

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.685 (411)ORIGEM : AC - 70034174375 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULADV.(A/S) : NARCISO ELEONOR SUTILIAGDO.(A/S) : RVW MEDICINA DO TRABALHO E GINECOLOGIA S/S

LTDAADV.(A/S) : BERTO RECH NETO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. BASE DE CÁLCULO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE FORMA PESSOAL. DECRETO-LEI N. 406/68. RECEPÇÃO PELA CF/88. DIRETRIZ JURISPRUDENCIAL FIRMADA PELO STF. REGULAMENTAÇÃO PRIVILEGIADA NA FORMA DOS §§ 1º E 3º DO ART. 9º, DO DL 406/68. REGIME MUNICIPAL DE COBRANÇA DE ISS QUE DEVE RESPEITAR À LEGISLAÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS.

APELAÇÃO DESPROVIDA.SENTENÇA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSÁRIO” (fl. 76).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação

aos arts. 30, III, 145 e 156 da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. É que o recorrente deixou de atacar

o fundamento da decisão agravada referente ao óbice da Súmula 279 desta Corte, limitando-se a repetir as razões do recurso extraordinário. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF.

(...) IV – Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria, Primeira Turma).“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.729 (412)ORIGEM : AC - 70020320636 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE ESTEIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ESTEIOAGDO.(A/S) : DELSO SCHNEIDERADV.(A/S) : OLIVAR SCHNEIDER

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

à decisão atacada, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.849 (413)ORIGEM : AC - 10692080063427001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VANUSA SILVA CRUZADV.(A/S) : MARY JANE FERREIRA MORAISAGDO.(A/S) : IVAN CARLOS DE ANDRADEADV.(A/S) : MARIA ANDRÉIA LEMOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.852 (414)ORIGEM : AC - 10027030102183001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : FIAT AUTOMÓVEIS S/AADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO DE SOUZA PEREIRA ROLIMAGDO.(A/S) : SEBASTIÃO COELHO DE MIRANDAADV.(A/S) : VERA LUCIA TEIXEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. FALTA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração.

3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”.

4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 93

Gracie, DJe de 22/10/2010.6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto por FIAT

AUTOMÓVEIS S.A., com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 160-161, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea "a" do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fl. 106), verbis:

"REITEGRAÇÃO DE POSSE – ILEGITIMIDADE PASSIVA DA APELANTE – NÃO CONFIGURAÇÃO – CERCEAMENTO DE DEFESA – INEXISTÊNCIA – APREENSÃO IRREGULAR DE BENS EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL ALHEIO – ESBULHO CONFIGURADO – REQUISITOS DO ART. 927, DO CPC – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. - Restando sobejamente configurado o esbulho praticado pelo réu, não há se cogitar em sua ilegitimidade para figurar no pólo passivo da relação processual. Não há se falar em cerceamento de defesa se a prova que se pretendia produzir foi requerida pela parte contrária, mormente se quem alega afirma, expressamente, em audiência de instrução e julgamento, não ter interesse na produção de qualquer outra prova. - Tratando-se de ação possessória, irrelevante é a qualidade de proprietário, bem como a posse e o seu exercício. - Para exercitar o interdictum recuperandae possessionis cumpre ao autor demonstrar os requisitos essenciais à tutela possessória, quais sejam, a posse anteriormente exercida e sua perda pela prática do esbulho (CPC, art. 927).”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, LV da Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por não

vislumbrar ofensa direta à Constituição Federal.É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A irresignação não prospera.Verifica-se, na espécie, que o artigo da Constituição Federal que a

agravante considera violado (art. 5º, LV da CF) não foi debatido no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

A respeito da aplicação das referidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: “quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado”.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).”

E:“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).

Ainda nesse sentido:“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O

requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao

caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).

Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte Firmou Jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Ressalte-se, por derradeiro, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido são os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010) (grifo nosso).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010) (grifo nosso).

NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF..

Publique-se. Intimações necessárias.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.066 (415)ORIGEM : AC - 200371070074269 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : VINÍCIUS DE OLIVEIRA BERNIAGDO.(A/S) : OLARIA GRAEBIN LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LOURENÇO GASPARININTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. DEVOLUÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI 4.156/62. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em que se discute o critério de correção monetária para devolução de empréstimo compulsório sobre energia elétrica, instituído pela Lei nº 4.156/62.

O agravo não merece ser conhecido.A controvérsia tratada nos autos já foi analisada no AI 735.933 – RG,

da relatoria do Min. Gilmar Mendes, DJe de 07/04/11, em que o Plenário desta Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional. O referido agravo está assim ementado:

“EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. LEI 4.156/62. RESTITUIÇÃO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 94

INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.”Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.342 (416)ORIGEM : AC - 6219696 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ -

SANEPARADV.(A/S) : LUIZ PAULO RIBEIRO DA COSTAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARATUBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARATUBA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO – MINUTA – DESCOMPASSO –

AGRAVO DESPROVIDO.1. Há flagrante descompasso entre o ato com que se negou

seguimento ao extraordinário e o teor da minuta deste agravo de instrumento. Ao não admitir o recurso, o 1º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná evocou o Verbete nº 283 da Súmula do Supremo e aludiu à necessidade de reexame do conjunto fático-probatório. Confiram à folha 355 a 358.

A agravante insiste em reiterar os argumentos expendidos no extraordinário. A ausência de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada configura irregularidade formal, porquanto a repetição das razões do extraordinário não tem o condão de afastar a motivação apresentada pelo juízo primeiro de admissibilidade.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.790 (417)ORIGEM : AC - 70032965709 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : FLÁVIO CHEFFE RAHALADV.(A/S) : LYLIA MARISA HENNIG

DECISÃOPENSÃO – VIÚVO – OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA –

INCONSTITUCIONALIDADE – PRECEDENTE DO PLENÁRIO – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Plenário do Supremo, em 29 de junho de 2007, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 385.397-0/MG, relatado pelo Ministro Sepúlveda Pertence, declarou, por afrontar o princípio da isonomia, a inconstitucionalidade da exigência de comprovação do estado de invalidez do homem, prevista na legislação estadual como requisito para a concessão do benefício da pensão por morte do cônjuge virago. Na oportunidade, ao convergir, consignei:

Creio que equacionou bem a situação o ministro Sepúlveda Pertence, homenageando um princípio básico, em uma sociedade que se diga democrática, o do tratamento igualitário, o da isonomia. E, conforme ressaltado, não há de se cogitar da ausência de fonte de custeio, porque, pouco importando que o servidor seja o cônjuge varão ou o cônjuge varoa, há, de qualquer forma, a contribuição previdenciária, que visa a cobrir não só a assistência como também a previdência. Não interessa, então, o sexo do servidor.

2. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.291 (418)ORIGEM : AR - 20040500012032301 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARIA DO CARMO ALMEIDA SANTOS ANTUNESADV.(A/S) : RAIMUNDA MOREIRA AZEVEDO

DECISÃO: Vistos.Instituto Nacional do Seguro Social - INSS interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 195, parágrafo 5°, da Constituição Federal, bem como pela inaplicabilidade da súmula nº 343/STF.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“AÇÃO RESCISÓRIA. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. ART. 75 DA LEI 8.213/91 (REDAÇÃO ORIGINAL E ALTERAÇÃO PELA LEI 9.032/95). APLICAÇÃO DA SÚMULA 343 DO STF. IMPROCEDÊNCIA.

- Acórdão rescindendo garantiu à viúva do segurado pensão por morte correspondente a 100% (cem por cento) do valor do benefício, desde abril de 1995.

- Não cabe ação rescisória por ofensa a disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais.

- Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.- Improcedência da ação rescisória” (fl. 87).Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido da inaplicabilidade da Súmula 343 quando a matéria versada nos autos for de cunho constitucional, mesmo que a decisão objeto da rescisória tenha sido fundamentada em interpretação controvertida ou anterior à orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, o julgado proferido nos embargos de declaração no RE nº 328.812/AM, Relator o Ministro Gilmar Mendes, cuja ementa transcrevo:

“Embargos de Declaração em Recurso Extraordinário. 2. Julgamento remetido ao Plenário pela Segunda Turma. Conhecimento. 3. É possível ao Plenário apreciar embargos de declaração opostos contra acórdão prolatado por órgão fracionário, quando o processo foi remetido pela Turma originalmente competente. Maioria. 4. Ação Rescisória. Matéria constitucional. Inaplicabilidade da Súmula 343/STF. 5. A manutenção de decisões das instâncias ordinárias divergentes da interpretação adotada pelo STF revela-se afrontosa à força normativa da Constituição e ao princípio da máxima efetividade da norma constitucional. 6. Cabe ação rescisória por ofensa à literal disposição constitucional, ainda que a decisão rescindenda tenha se baseado em interpretação controvertida ou seja anterior à orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal. 7. Embargos de Declaração rejeitados, mantida a conclusão da Segunda Turma para que o Tribunal a quo aprecie a ação rescisória”.

Anote-se, também os seguintes julgados:“CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. SUMULA STF 343.

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INAPLICABILIDADE. CONCESSÃO DE JUSTIÇA GRATUITA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. 1. É inaplicável a Súmula STF 343, quando a ação rescisória está fundamentada em violação literal a dispositivo da Constituição Federal. 2. A concessão de justiça gratuita, por depender da interpretação da legislação infraconstitucional e reexame de fatos e provas, é inviável nesta sede recursal. 3. Inexistência de argumento capaz de infirmar a decisão agravada, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 4. Agravo regimental improvido” (RE n° 564.781/ES-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1°/7/09);

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA CONSTITUCIONAL: CABIMENTO DA RESCISÓRIA CONTRA DECISÃO BASEADA EM INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIVA ANTERIOR À ORIENTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 343. PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE n° 500.043/GO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/6/09).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE n° 569.140/BA, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 6/4/11; RE n° 579.740/PB, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 8/4/11; e RE n° 262.589/SC, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 12/2/10.

Desse modo, em análise do mérito dos autos, verifica-se que esta Corte no julgamento dos Recursos Extraordinários nºs 415.454/SC e 416.827/SC, realizado em 8/2/07, Relator o Ministro Gilmar Mendes, o Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a aplicação dos efeitos financeiros introduzidos pela Lei nº 9.032/95 não alcançam os

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 95

benefícios concedidos nem aqueles cujos requisitos foram implementados antes da sua vigência, devendo ser aplicado o princípio tempus regit actum, tendo em vista que a aplicação retroativa da referida lei caracterizaria ofensa aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 195, § 5º, da Constituição Federal.

Na sessão seguinte, decidiu o Plenário desta Corte que o entendimento acerca da impossibilidade da extensão dos efeitos financeiros da Lei nº 9.032/95 a benefícios previdenciários concedidos em período anterior a sua vigência inclui, além da pensão por morte, a aposentadoria por invalidez e a aposentadoria especial. Nesse sentido, anote-se:

“ Previdência Social. Benefício previdenciário. Pensão por morte. Aposentadoria por invalidez. Aposentadoria especial. Renda mensal. Valor. Majoração. Aplicação dos arts. 44, 57, § 1º, e 75 da Lei nº 8.213/91, com as alterações da Lei nº 9.032/95, a benefício concedido ou cujos requisitos foram implementados anteriormente ao início de sua vigência. Inadmissibilidade. Violação aos arts. 5º, XXXVI, e 195, § 5º, da CF. Recurso extraordinário provido. Precedentes do Plenário. Os arts. 44, 57, §1º, e 75 da Lei federal nº 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 9.032/95, não se aplicam aos benefícios cujos requisitos de concessão se tenham aperfeiçoado antes do início de sua vigência” (RE nº 470.244/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 23/3/07).

Anote-se, por fim, que o Plenário do Tribunal, resolvendo questão de ordem, proposta pelo Relator, Ministro Gilmar Mendes no RE n° 597.389/SP-QO, DJe de 21/8/09, decidiu no sentido de reconhecer a existência de repercussão geral e reafirmar a jurisprudência desta Corte sobre o referido tema.

Ante o exposto, nos termos do art. 544, § 3º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 9.756/98, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para afastar a aplicação da Lei nº 9.032/95, aos benefícios concedidos antes da vigência do referido diploma legal. Custas e honorários advocatícios fixados em 10% do valor da causa pela autora, vencida, aplicada a regra do artigo 12 da Lei nº 1.060/50.

Publique-se. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.305 (419)ORIGEM : PROC - 55622008 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : VIVO S/AADV.(A/S) : MIRIAM GONÇAVES BARBOSAAGDO.(A/S) : WILMA CLEMENTINA DA SILVA FRAGAADV.(A/S) : LUIZ DA PENHA CORRÊA

Decisão.Vistos.Vivo S/A interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos II, V, X e XXXV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma Recursal Cível do Estado de Mato Grosso, assim ementado:

“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - EXTRAVIO DE CELULAR - BLOQUEIO DE LINHA TELEFÔNICA - PEDIDO NÃO ATENDIDO PELA CONCESSIONÁRIA - INCLUSÃO INDEVIDA NO BANCO DE DADOS DA SERASA/ SPC - DANO OBJETIVO - RESPONSABILIADE DA EMPRESA RECORRENTE - VALOR FIXADO CONFORME AS CONDIÇÕES FINANCEIRAS DO RESPONSÁVEL E A GRAVIDADE DA LESÃO - CRITÉRIOS OBJETIVO E SUBJETIVO - RAZOABILIDADE - ASTREINTES - DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA LIMINAR - MULTA COMINATÓRIA DEVIDA - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO” (fl.201).

Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de

normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.662 (420)ORIGEM : AMS - 200672040013520 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES DA

EDUCAÇÃO BÁSICA E PROFISSIONAL - SINASEFE, SEÇÃO SINDICAL DE SANTA ROSA DO SUL

ADV.(A/S) : LUCIANA GIL COTTAAGDO.(A/S) : ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE SOMBRIO -

EAF/SCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.973 (421)ORIGEM : AI - 200904000204186 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ALTEMIR RIBEIRO DE VARGASADV.(A/S) : SÔNIA REGINA XIMENES LEITE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 96

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO

ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO: DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PREJUDICADO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou agravo de instrumento nos termos seguintes:

“ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. CONVERSÃO DE MULTA EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. POSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO.

1. Embora não possa o Judiciário imiscuir-se no mérito do ato administrativo, excepcionalmente é possível a conversão de melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, quando demonstrada a impossibilidade do condenado solver o débito pecuniário.

2. Acolhida a pretensão de prequestionamento, para evitar que a inadmissibilidade dos recursos às instâncias superiores decorra exclusivamente da ausência de menção expressa aos dispositivos tidos pela parte como violados, que tenham sido implicitamente considerados no acórdão, por serem pertinentes á matéria decidida.

3. Agravo de instrumento improvido” (fl. 110).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante argumenta que:“Não procede a afirmação de que não houve prequestionamento

quanto aos dispositivos constitucionais apontados como violados. Com efeito, observa-se que foram opostos embargos de declaração pela autarquia (fls. 106), justamente para fins de prequestionamento dos dispositivos constitucionais violados. Observa-se, também, que o recurso especial interposto concomitantemente ao recurso extraordinário apontou violação ao disposto no art. 535 do CPC para fins de prequestionamento, eis que não houve juízo de valor sobre as normas invocadas, no julgamento dos embargos de declaração (acórdão de fls. 110/114).

Saliente-se, ainda, que nas razões do recurso extraordinário a autarquia bem destacou a negativa do órgão julgador em manifestar-se expressamente sobre a matéria cujo prequestionamento foi requerido através de embargos de declaração, e foi apontada a nulidade da decisão proferida, por negativa de prestação jurisdicional (art. 5, XXXV) e inciso LV, e por ofensa ao art. 93, IX, da CF, a fim de viabilizar o acesso às vias recursais extraordinárias” (fl. 4).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXV e LV, 93, inc. IX, e 225, § 3º, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O presente agravo de instrumento está prejudicado por perda

superveniente de objeto. O Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao Recurso

Especial n. 1.233.484, interposto pelo ora Agravante, nos seguintes termos:“com razão o recorrente quanto a revisão nos critérios para aplicação

da multa, bem como da possibilidade de convertê-la em prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

É que, uma vez respeitados os parâmetros mínimo e máximo estabelecidos na legislação de regência para fixação da multa, o que, ao que se tem, ocorreu na espécie, não cabe ao Poder Judiciário substituir o administrador no exercício de seu poder discricionário acerca da conveniência e oportunidade da escolha da sanção a ser aplicada.

(...) Com efeito, o mérito do ato administrativo é o produto de um juízo de

valor realizado pela autoridade pública, quanto às vantagens e consequências, as quais deverão ser levadas em conta como pressuposto da atividade administrativa. Assim, em se tratando de aplicação da multa por infração à legislação ambiental, não cabe ao Poder Judiciário intervir.

Pelo exposto, com fundamento no artigo 557, parágrafo 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço em parte do recurso e nesta parte lhe dou provimento, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça” (sítio do Superior Tribunal de Justiça).

Essa decisão transitou em julgado em 2.3.2011 (sítio do Superior Tribunal de Justiça). Operou-se, portanto, a substituição expressa do julgado recorrido, conforme dispõe o art. 512 do Código de Processo Civil, sendo atendida a pretensão do ora Agravante pelo Superior Tribunal de Justiça.

6. Pelo exposto, julgo prejudicado este agravo de instrumento, por perda superveniente de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.710 (422)ORIGEM : AC - 1163052006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TELEMEDICINA DA BAHIA LTDA - EPPADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO DORNELAS SOUZAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.770 (423)ORIGEM : PROC - 610500025970 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CACHOEIRA DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CACHOEIRA DO SULAGDO.(A/S) : SAFRA LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTIL

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CAMILA DAVID DE SOUZA CHANG

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que, firmado na alínea “a” do permissivo constitucional, impugna acórdão, no que interessa, assim fundamentado:

“(...) No que pertine à multa por inscrição em dívida, nos percentuais tanto de 400% quanto de 500% sobre o valor bruto, correto afastamento porquanto de todo evidenciada, no caso concreto, a notável desproporcionalidade entre o principal e a penalidade, que não pode ser mantida” (fl. 279).

Alega-se, no apelo extremo, violação do artigo 150, inciso IV, da Constituição Federal. Dessa forma, em suma, aduz-se:

“A penalidade administrativa que foi aplicada quando da inscrição em dívida ativa está prevista em lei local com o fito de inibir as chincanas processuais e as discussões judiciais infindáveis” (fl. 396 – grifei).

Decido.Razão não assiste ao agravante, porquanto o apelo extremo não

reúne condições de transitar.Com efeito, a espécie atrai o óbice preconizado no enunciado 280 da

Súmula da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, que está vazado nos seguintes termos:

“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.091 (424)ORIGEM : AC - 200104010641602 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : MARIA ESTER ANTUNES KLINAGDO.(A/S) : ZORTÉA E CIA LTDAADV.(A/S) : TÂNIA REGINA PEREIRAINTDO.(A/S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 97

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. DEVOLUÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI 4.156/62. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em que se discute o critério de correção monetária para devolução de empréstimo compulsório sobre energia elétrica, instituído pela Lei nº 4.156/62.

O agravo não merece ser conhecido.A controvérsia tratada nos autos já foi analisada no AI 735.933 – RG,

da relatoria do Min. Gilmar Mendes, DJe de 07/04/11, em que o Plenário desta Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional. O referido agravo está assim ementado:

“EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. LEI 4.156/62. RESTITUIÇÃO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.”

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 9 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.765 (425)ORIGEM : AC - 70030124572 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CLARO S/AADV.(A/S) : LUCIANA ANGEIRAS FERREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHOAGRAVO DE INSTRUMENTO – EXAME – ESGOTAMENTO DE

JURISDIÇÃO NO STJ – NECESSIDADE – AUTOS SOBRESTADOS.1. Ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça,

devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.011 (426)ORIGEM : AC - 200572000020544 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NAZARETH KNABBEN BROGNOLIADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKIAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado, conheceu e deu parcial provimento ao recurso especial interposto pela própria parte ora recorrente, invalidando, em conseqüência, o acórdão emanado do Tribunal “a quo”, objeto do recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento.

Constata-se, desse modo, que se registrou, no caso ora em exame, típica hipótese de prejudicialidade.

Sendo assim, e considerando a superveniência de fato processualmente relevante, nego provimento ao presente agravo de instrumento, por achar-se prejudicado o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 09 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.341 (427)ORIGEM : PROC - 2053200746302004 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : PAULO ROBERTO RAMOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE OLIVEIRA CURSINO DOS SANTOSAGDO.(A/S) : MOTORES DIESEL INVEMA LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GERALDO BARALDI JUNIOR

DECISÃO: A parte ora agravante interpôs recurso extraordináriocontra acórdão emanado do E. Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

Por não haver sido admitido o apelo extremo em questão, deu-se a interposição do presente agravo de instrumento.

A evidente inadmissibilidade, no caso, de recurso extraordinário contra decisão emanada de Tribunal Regional do Trabalho, ou de seu Presidente, torna inacolhível o agravo de instrumento ora em exame.

É que incumbia, à parte ora agravante, considerada a existência de decisão emanada de Tribunal Regional do Trabalho, esgotar, previamente, na esfera orgânica da Justiça do Trabalho, os recursos cabíveis, para, então, interpor, contra o acórdão resultante do julgamento final efetuado pelo TST, o pertinente recurso extraordinário, pois - não custa enfatizar - o apelo extremo, nos processos trabalhistas, presente o contexto ora em análise, é apenas cabível da decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Na realidade, quando se tratar de processos trabalhistas, impõe-se, à parte interessada, exaurir todos os recursos cabíveis no âmbito dos órgãos judiciários que compõem a estrutura institucional da Justiça do Trabalho (CF, art. 111), em ordem a que o acesso, ao Supremo Tribunal Federal, pela via recursal extraordinária, somente se legitime em face de acórdãos emanados do Tribunal Superior do Trabalho, pelo fato de ser, este, o órgão de cúpula desse ramo especializado do Poder Judiciário da União.

Esse entendimento – cabe enfatizar - reflete-se na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 66/405 – RTJ 76/482 - AI 67.362-AgR/SP, Rel. Min. THOMPSON FLORES – RE 70.046/BA, Rel. Min. THOMPSON FLORES - RE 82.959/BA, Rel. Min. BILAC PINTO), cuja orientação, no tema ora em exame, vem de ser reafirmada em decisões proferidas sob a égide da Constituição de 1988 (AI 384.204/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 403.263/MT, Rel. Min. CELSO DE MELLO):

“Descabe recurso extraordinário de decisão dos Tribunais Regionais do Trabalho (...).”

(RTJ 90/863, Rel. Min. CORDEIRO GUERRA, Pleno - grifei)“TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - INTERPOSIÇÃO DE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – INADMISSIBILIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Não cabe recurso extraordinário, para o Supremo Tribunal Federal, contra quaisquer decisões proferidas por Tribunais Regionais do Trabalho, inclusive contra atos decisórios emanados de seus Presidentes.

- O acesso, ao Supremo Tribunal Federal, pela via recursal extraordinária, nos processos trabalhistas, somente terá pertinência, quando se tratar de decisões proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, por ser ele o órgão de cúpula desse ramo especializado do Poder Judiciário da União. Precedentes.”

(AI 407.035-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma)Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego

provimento ao presente agravo de instrumento, por revelar-se processualmente inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 1º de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.623 (428)ORIGEM : AI - 024069011773 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO ESPIRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A -

ESCELSAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PEDREIRA BRASITÁLIA LTDAADV.(A/S) : CÉSAR PIANTAVIGNA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. MAJORAÇÃO DE TARIFA DE

ENERGIA ELÉTRICA. CONGELAMENTO DE PREÇOS. DECRETOS-LEIS N. 2.283/1986 E 2.284/1986 E PORTARIAS N. 38/1986 E 45/1986. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo:

“DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 36, DO DECRETO-LEI 2283⁄86. RECONHECIMENTO DA VIOLAÇÃO AOS INCISOS II E III, DO ARTIGO 167, DA CF⁄69. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DO DISPOSITIVO INFRA-LEGAL. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. TERMO A QUO DE INCIDÊNCIA DE JUROS. SUCUMBÊNCIA MÍNIMA NÃO CONFIGURADA. RECURSO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 98

I. Os incisos II e III, do artigo 167, da Carta Magna de 1969, dispõem que estabelecerá a lei, no que se refere às empresas concessionárias de serviços públicos federais, acerca da fiscalização permanente e da revisão periódica das tarifas, sendo que essas deverão oferecer justa remuneração e viabilizar o melhoramento e expansão dos serviços.

II. O dispositivo 36 do decreto-lei 2283⁄86, embora imponha o congelamento dos preços nos níveis praticados pelas empresas ao tempo da sua edição, traz em seu texto previsão de realização de revisão, condicionada essa à evolução da conjuntura econômica, que deverá ser tomada em conta para que reajustes sejam impostos. Dessa feita, o referido artigo prevê tanto o congelamento de preços, quanto a possibilidade de que sejam efetivadas revisões, sempre com vistas a conciliar o oferecimento de justa remuneração às empresas e o equilíbrio do mercado, regulamentação que vai ao encontro de outras disposições trazidas no bojo do texto constitucional, em razão do que não há de ser tida como inconstitucional. Precedentes desta egrégia corte.

III. No que se refere à interpretação da expressão "todos os preços", contida no referido artigo 36, há de se ter como premissa que não se deve restringir ou excepcionar onde o legislador não o fez, devendo ser dada à expressão o alcance que a palavra "todos" de fato atinge, e não a pleiteada pela empresa recorrente.

(...)VI. Recurso a que se dá parcial provimento” (grifei).No voto condutor do acórdão recorrido consta que:“Seguindo a mesma linha de raciocínio, cabe destacar, conforme

explicitado pelo recorrido, que as portarias 38/86 e 45/86, editadas pelo DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), promoveram revisões dissonantes daquelas previstas no artigo 36, do decreto-lei 2283/86, haja vista a não ocorrência de qualquer hipóteses autorizadoras, em função do que foram revogadas através do decreto-lei 2284/86, que novamente congelou todos os preços nos níveis do dia 27/02/1986, pois necessária a medida para alcançar o reestabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do país”.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. O Agravante alega que teria sido contrariado o art. 167, inc. II e III, da Carta de 1967.

Argumenta que “o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, através da Portaria nº 45/86 (...) intervindo no domínio econômico, promoveu por prazo indeterminado o congelamento de ‘todos os preços inclusive aluguéis’”.

Sustenta que “á época da edição tanto da Portaria DNAEE nº 45/86 quanto do famigerado Decreto-Lei nº 2.283/86 estava em vigor a Constituição Federal da República de 1967 (…) a qual consagrava o direito intangível das concessionárias de energia à justa remuneração do serviço prestado”.

Aponta que “a questão que se põe é se um Decreto-Lei [Decreto-lei n. 2.283/1986] poderia se sobrepor à Constituição Federal [Constituição da República de 1967] imobilizando o sistema de preços públicos nela instituído”.

Pondera que “a interpretação segundo a qual a expressão ‘todos os preços’ contida no art. 36 envolve tanto preços privados quanto preços públicos, conduz à inexorável inconstitucionalidade da aludida expressão”.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Tribunal de origem analisou e interpretou dispositivos dos

Decretos-Leis n. 2.283/1986 e 2.284/1986 e das Portarias do DNAEE n. 38/1986 e 45/1986 e concluiu que a majoração da tarifa de energia elétrica teria sido ilegal.

Concluir de forma diversa do que decidido pelo acórdão recorrido demandaria a análise daquelas legislações infraconstitucionais, o que é vedado em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA. DECRETOS-LEIS NS. 2.283/86 E 2.284/86. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a controvérsia sobre o reajuste da tarifa de energia elétrica na vigência dos Decretos-leis ns. 2.283/86 e 2.284/86 é de natureza infraconstitucional. Precedentes. 2. Art. 5º, inc. XXXVII e LIII, da Constituição da República: ofensa constitucional indireta. 3. Julgado do Tribunal de origem que rejeita incidente de inconstitucionalidade, por ser incabível o pedido, não afronta o art. 97 da Constituição da República” (RE 474.876-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.11.2008, grifei).

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Tarifa de energia elétrica. Majoração durante o congelamento de preços. Portarias nº 38/86 e nº 45/86. Ilegalidade. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Precedentes. A majoração da tarifa de energia elétrica, quando vigentes os Decretos-Lei nº 2.283/86 e 2.284/86, responsáveis pelo congelamento de preços e tarifas públicas, é questão infraconstitucional, o que implicaria ofensa apenas indireta à Constituição, não admitida em recurso extraordinário. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o

agravante a pagar multa ao agravado” (RE 258.402-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 3.9.2004, grifei).

“AGRAVO REGIMENTAL. MAJORAÇÃO DE TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA. PORTARIAS 38/1986 E 45/1986 DO DNAEE. VIGÊNCIA DOS DECRETOS-LEIS 2.283/1986 E 2.284/1986. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A questão em debate fora decidida à luz da legislação infraconstitucional, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 494.170-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 5.3.2009, grifei).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.015 (429)ORIGEM : AC - 10512060333972001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARIÂNGELA BRAGA CAMPOSADV.(A/S) : EUGENIO PEREIRA LIMAAGDO.(A/S) : MARIA PIA MARTINS BOAVENTURA LEITEADV.(A/S) : FABIANO MEDEIROS PINTO

DECISÃORECURSO – INTERPOSIÇÃO – OPORTUNIDADE – AGRAVO NÃO

CONHECIDO1. A decisão atacada mediante este agravo foi publicado no Diário da

Justiça de 19 de março de 2010 - sexta-feira (certidão de folha 143). Excluído tal dia da contagem, o sábado e o domingo que se seguiram, o término do prazo ocorreu no dia 31 imediato, sendo que este recurso somente restou protocolado em 5 de abril e, portanto, fora do prazo assinado em lei. Frise-se, por oportuno, que na minuta ora apresentada não se mencionou qualquer fato que pudesse implicar a projeção do termo final do lapso em comento.

2. Diante da extemporaneidade não conheço deste agravo.3. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.530 (430)ORIGEM : AC - 10702084628529001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICIPIO DE UBERLANDIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

UBERLÂNDIAAGDO.(A/S) : CENTRO OESTE MANUTENÇÕES LTDAADV.(A/S) : VIVIANE ESPÍNDULA VIEIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.655 (431)ORIGEM : MS - 20090189248 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : GLAUCIO LOUREIRO RIBEIROADV.(A/S) : ANA KARINA DE OLIVEIRA E SILVA MERLIN

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 99

segue transcrita:“MANDADO DE SEGURANÇA – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD

CAUSAM DO GOVERNADOR DO ESTADO – ACESSO A CARGO PÚBLICO – LIMITE DE IDADE NÃO PREVISTA EM LEI – CONCLUSÃO DO CERTAME COM ÊXITO E APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS – INCLUSÃO NOS QUADROS DA POLÍCIA MILITAR POSTERGADA – CANDIDATO SUB JUDICE – SEGURANÇA CONCEDIDA. (...)” (fl. 136).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 37, I, 41, e 144, § 5º, da mesma Carta.

O agravo perdeu o objeto.Isso porque, em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de

Justiça, verifica-se que foi dado parcial provimento ao recurso especial do agravante “para que seja concedida a segurança tão somente para garantir a reserva de vaga à impetrante, até o trânsito em julgado da decisão que concedeu a liminar” (REsp 1.221.586-MS, com trânsito em julgado em 29/06/2011).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (art. 21, IX, do RISTF).Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.767 (432)ORIGEM : AC - 200001000601453 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARIA DE LOURDES GONDIM DA SILVAADV.(A/S) : ANDRESSA MIRELLA CASTRO TORRESAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: A petição recursal não impugna o único fundamento da decisão agravada, limitando-se a tratar de questão absolutamente estranha àquela que constituiu objeto de análise pelo ato decisório que inadmitiu o apelo extremo deduzido pela parte ora agravante.

Essa incoincidência temática – que se evidencia pela ocorrência de divergência entre as razões em que se apóia a petição recursal e os fundamentos que dão suporte à matéria efetivamente versada na decisão impugnada – configura hipótese de divórcio ideológico, circunstância esta que inviabiliza a exata compreensão do pleito deduzido pela parte agravante, impedindo, desse modo, o acolhimento do recurso de agravo de instrumento.

Cabe assinalar, por necessário, que a ocorrência de divórcio ideológico tem levado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a repelir petições recursais – mesmo aquelas veiculadoras de recurso extraordinário – que tenham incidido nesse vício de ordem lógico-formal (RTJ 164/784-785, Rel. p/ o acórdão Min. CELSO DE MELLO – RE 122.472/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – AI 145.651-AgR/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 165.769/MG, Rel. Min. FRANCISCO REZEK).

Impende considerar, por isso mesmo, a advertência feita por esta Suprema Corte, que, em sucessivos julgamentos, tem destacado a absoluta imprescindibilidade de a parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, impugnar, de modo pertinente, as razões em que se assentou o ato decisório que não admitiu o recurso extraordinário (RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ158/975, v.g.).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.832 (433)ORIGEM : AC - 200483000183574 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : DISTRIBUIDORA PATRIOTA LTDAADV.(A/S) : RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JÚNIORAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi

corretamente denegado na origem.Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao

presente agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 08 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.863 (434)ORIGEM : AI - 024060036993 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOAGDO.(A/S) : EMERSON GONÇALVES DA ROCHAADV.(A/S) : EVANDRO DE CASTRO BASTOS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO: DELEGADO DE POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO. 1) AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) AUSÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. 3) IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo:

“A questão posta sob apreciação deste Juízo já tem sido debatida por este e. TJES em outras ocasiões, motivo pelo qual a jurisprudência deste Tribunal de Justiça tem manifestado, em diferentes julgados, entendimento similar ao manifestado pelo Magistrado de primeiro grau de jurisdição, conforme atestam os precedentes abaixo:

‘EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ORDINÁRIA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE CHEFIA – INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA – TUTELA ANTECIPADA – POSSIBILIDADE (SÚMULA N. 729 DO STF) – RECURSO DESPROVIDO. (...) 2. Plausibilidade jurídica da tese segundo a qual a verba em questão, embora instituída sob a forma de suposta gratificação, com a qual não guarda pertinência, possui a natureza de vencimento disfarçado, na medida em que os Delegados ativos a recebem habitualmente, independentemente do efetivo exercício de qualquer função de chefia ou da sua localização, variando apenas os percentuais incidentes sobre os respectivos vencimentos básicos, nos termos da própria legislação estadual de regência (art. 85 da LC estadual n. 3.400/81 e art. 32 da LC estadual n. 57/94). Precedentes deste Tribunal e do STF. 3. Desse modo, a indigitada gratificação não estaria vinculada de fato ao exercício de função de chefia, a revelar o seu aparente caráter vencimental, afastando a vedação imposta pelo art. 1º, X, da Lei federal n. 9.717/98, nos termos da ressalva contida no próprio preceito legal, com redação determinada pela Medida Provisória n. 167, de 19 de fevereiro de 2004 (atualmente convertida na Lei n. 10.887/2004), em vigor à época a partir da qual foi concedida a aposentadoria da agravada. 4. (...) 5. Agravo interno da autarquia previdenciária desprovido.’”

3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. LIV e LV, 37, caput e inc. X e XIV, 93, inc. IX, e 97 da Constituição da República.

Argumenta que “o acórdão de mérito exarado pelo Egrégio Tribunal de Justiça local, data venia, [está] carente de fundamentação e [foi] omisso quanto à apreciação das questões fáticas e jurídicas controvertidas e dos argumentos suscitados pelo Estado do Espírito Santo”.

Sustenta que, “ao condenar o Estado do Espírito Santo a incorporar a gratificação de função de chefia aos vencimentos do recorrido, a sentença do Juízo de piso, confirmada pelo Tribunal local, afastou, por via oblíqua, a aplicação da Lei estadual n. 3.400/81, especialmente no que toca aos arts. 85 e 86 da dita lei”.

Assevera que a gratificação “poderá ser percebida enquanto o servidor atender à condição (localização que importa exercício de determinada atividade), haja vista ser propter laborem. Não há como sustentar que obrigatoriamente deva integrar o vencimento”.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas n. 282, 284 e 356 do Supremo Tribunal Federal e a ausência de contrariedade direta à Constituição.

O Agravante reitera os argumentos formulados no recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 100

contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Quanto à alegada afronta ao art. 97 da Constituição da República, melhor sorte não assiste ao Agravante. O Tribunal de origem não declarou a inconstitucionalidade da Lei estadual n. 3.400/81, mas ofereceu a correta prestação jurisdicional, ao interpretar os seus dispositivos e os aplicar à espécie.

8. Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, de dispositivos do Código de Processo Civil), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. NOVAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 5º, INC. LIV E LV, E 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 783.547-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.9.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS INCISOS XXXV, LIV E LV DO ART. 5º E AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. No caso, a jurisdição foi prestada de forma completa, em acórdão devidamente fundamentado, embora em sentido contrário aos interesses da parte recorrente, o que não configura o alegado cerceamento de defesa. Logo, não cabe falar em afronta à Carta Magna de 1988. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 785.219-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 7.10.2010).

9. Ainda que assim não fosse, concluir de modo diverso do acórdão recorrido demandaria a análise das Leis Complementares estaduais n. 3.400/1981 e 57/1994, o que atrai a incidência da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE HABILITAÇÃO POLICIAL MILITAR. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 3. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL (SÚMULA N. 280). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 809.617-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.11.2010).

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. SÚMULA STF 280. 1. Para se concluir, como pretende a parte agravante, pelo caráter indenizatório da gratificação em análise, necessário seria o reexame de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária (Súmula STF 280). 2. Agravo regimental improvido” (AI 752.671-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 22.10.2010).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.928 (435)ORIGEM : AI - 35322007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MARIA JOSÉ DO NASCIMENTO ALONSOAGDO.(A/S) : SERGIO LUIZ RODRIGUES

ADV.(A/S) : SERGIO REYNALDO ALLEVATO

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão constitucional suscitada no RE 592.321-RG/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO.

O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.002 (436)ORIGEM : AC - 10456070583673001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FERNANDO LOPES PIMENTAADV.(A/S) : PEDRO PAULO RESENDEAGDO.(A/S) : ROBERTO CESAR GOMES PIMENTAADV.(A/S) : SANDLEY DE CASTRO MENDES

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário o qual impugna acórdão o qual manteve sentença que extinguiu o feito com base no artigo 267, VI, do CPC, em razão da ilegitimidade ativa do recorrente.

Nas razões do recurso extraordinário, sustenta-se, em síntese, que o Tribunal a quo ao manter a sentença monocrática violou o artigo 5º, inciso LV, “diante da omissão e contradição impõe-se o reexame dos autos, a fim de se constar que a r. decisão recorrida não trouxe em seu bojo a justiça, dando-se provimento ao presente recurso e em conseqüência julgando procedente a exordial em todos os seus termos.” (fl. 85)

Com efeito, os argumentos trazidos no extraordinário são incapazes de permitir a exata compreensão da controvérsia, consoante o óbice preconizado no verbete 284 da Súmula de jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal.

Sobre este aspecto, entre outros, confiram-se os seguintes precedentes: AI-AgR 544.265, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 8.10.2010; RE-AgR 508.906, Rel Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 20.11.2009; AI-AgR 697.615, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 23.10.2009, e RE 177.927, Rel. Min. Maurício Corrêa, acórdão redigido pelo Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 4.11.1996. Deste último, da ementa, extrai-se:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a fundamentação que lhe dá suporte não guarda qualquer relação de pertinência com o conteúdo do acórdão proferido pelo Tribunal inferior. A incoincidência entre as razões que fundamentam a petição recursal e a matéria efetivamente versada no acórdão recorrido constitui hipótese configuradora de divórcio ideológico, que inviabiliza a exata compreensão da controvérsia jurídica, impedindo, desse modo, o próprio conhecimento do recurso extraordinário (Súmula 284/STF). Precedentes”.

Ademais, ressalto que esta via excepcional não viabiliza pretensão cuja análise demande verificações probatórias, conforme enunciado 279 da Súmula desta Corte.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.019 (437)ORIGEM : PROC - 498400320065010038 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : ROGÉRIA DE MELOAGDO.(A/S) : JOSÉ LUIZ GONÇALVESADV.(A/S) : ANA CECÍLIA MONTEIRO CHAVES DE AZEVEDO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. Agravo a que se nega provimento por não terem sido preenchidos os requisitos intrínsecos de admissibilidade do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 101

recurso de revista.” (fl. 379) Não foram opostos embargos declaratórios.No apelo extremo, sustenta-se que ocorreu violação aos artigos 5º,

incisos II, XXXV e LV; e 93, IX, da Constituição Federal. Verifico que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz da

legislação infraconstitucional (Consolidação das Leis Trabalhistas) e com interpretação de e com interpretação de cláusulas contidas em regulamentos internos. Para se concluir de forma diversa, seria necessária a análise das mencionadas cláusulas, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

Incide, portanto, a Súmula 454 do Supremo Tribunal Federal.Sobre o tema, confiram-se o AI-AgR 516.622, 2ª Turma, Min. Ellen

Gracie, DJe 24.2.2006; e o AI-AgR 700.748, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 6.2.2009, cuja ementa dispõe:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. DIFERENÇAS SALARIAIS. INTERPRETAÇÃO DE REGULAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Além disso, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636/STF). Sobre o tema, confiram-se o AI-AgR 525.060, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 22.4.2005.

Ademais, é firme a jurisprudência desta Corte que suposta ofensa às garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, da CF), se existente, seria meramente reflexa, porque dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional. Nesse sentido: AI-AgR 733.225, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 24.9.2010.

Por último, com relação à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, observo que esta Corte já apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Nessa oportunidade, este Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que o referido artigo exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.

Por fim, ressalto que esta via excepcional não viabiliza pretensão cujo exame demande o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos (Súmula 279).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.036 (438)ORIGEM : AI - 20070625353 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOINPAPER LTDAADV.(A/S) : ANA PAULA MITIKO TAKAKIAGDO.(A/S) : TECMAN SERVIÇOS METAL MECÂNICO LTDAADV.(A/S) : DERLI IZAGUIRRE DE OLIVEIRA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE EQUIPAMENTOS COM RESERVA DE DOMÍNIO. CONTRAPRESTAÇÃO AJUSTADA EM SERVIÇOS MENSAIS DE CALDEIRA E PINTURA, COM A UTILIZAÇÃO DO MAQUINÁRIO OBJETO DA COMPRA. LIMINAR DEFERIDA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. REQUISITOS DOS ARTS. 813 E 814 DO CPC NÃO PREENCHIDOS. CARÊNCIA DE AÇÃO. APREENSÃO DAS COISAS VENDIDAS QUE SOMENTE SERIA VIABILIZADA ANTE A INEQUÍVOCA MORA DA COMPRADORA. INCIDÊNCIA, NA HIPÓTESE, DO PROCEDIMENTO ESPECIAL PREVISTO NO ART. 1.071 DO CPC. TUTELA PREVENTIVA LASTREADA EM MERO RECEIO ACERCA DE EVENTUAL INADIMPLEMENTO DA COMPRADORA. IMPOSSIBILIDADE. ABSOLUTA INEXISTÊNCIA DE MORA. LIMINAR CASSADA. PROCESSO CAUTELAR EXTINTO. RECURSO PROVIDO. É de ser revogada a liminar de arresto concedida e, bem assim, extinta a ação cautelar que a subjaz, se: a) inexiste interesse processual da agravada no resultado prático obtido com a medida; b) os bens a serem preservados com o arresto já estão garantidos, expressamente, por cláusula de reserva de domínio; c) a mora da agravante não foi sequer alegada na inicial, quanto mais proverbialmente demonstrada pela via documental, conforme impõe o art. 1.071 do CPC; e, d) a ordem de apreensão e depósito dos equipamentos negociados impossibilitou a contraprestação dos serviços de caldeiraria e pintura pela recorrente, o que ensejou, imprópria e incoerentemente, a

indesejada inadimplência do contrato.” (fl.642) No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, II, XXXV, LIV e LV, do Texto Constitucional.

O recorrente insurge-se contra decisão do Tribunal a quo que cassou medida cautelar anteriormente concedida, em razão de ão estarem presentes os requisitos autorizadores.

Decido. O recurso não merece prosperar. Nos termos da jurisprudência desta Corte, as decisões que

concedem ou denegam medidas cautelares ou provimentos liminares não perfazem juízo definitivo de constitucionalidade a ensejar o cabimento do recurso extraordinário pelo art. 102, III, “a”, da Constituição.

Nesse sentido o AI-AgR 430.873, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.6.2010, RE-AgR 613.182, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 17.9.2010, RE-AgR 540.982, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 e AC-AgR 1843, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 13.8.2010, este último com acórdão assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO JULGADO PREJUDICADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. PRECEDENTES. IMPUGNAÇÃO DE ACÓRDÃO PROFERIDO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. SÚMULA 735 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a questão com base no conjunto fático probatório constante nos autos. Assim, a apreciação do RE demandaria o reexame de provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - Incumbe à recorrente o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão atacada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 283 do STF. Precedentes. III - Nos termos da jurisprudência desta Corte, as decisões que concedem ou denegam medidas cautelares ou provimentos liminares não perfazem juízo definitivo de constitucionalidade a ensejar o cabimento do recurso extraordinário pelo art. 102, III, a, da Constituição. Súmula 735 do STF. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido.”

Incide, portanto, no caso a Súmula 735 do Supremo Tribunal Federal.Ante o exposto, nego provimento ao recurso (art. 21, § 1º do RISTF e

do art. 557, caput do Código de Processo Civil).Publique-se. Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 482.281

(439)

ORIGEM : AMS - 95030224110 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : FRUTARIA CAXIAS DO SUL LTDAADV.(A/S) : JOSELAINE ZATORRE

Em 9/2/2011, determinei o sobrestamento do feito para que fosse observado o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil, ante a repercussão geral reconhecida no RE 582.461-RG/SP, Rel. Min. Cezar Peluso (fls. 252-254).

Em 18/5/2011, o plenário desta corte, no julgamento do RE 582.461-RG/SP, negou seguimento ao recurso por entender que a multa moratória fixada em 20% sobre o valor do imposto não possui caráter confiscatório.

No entanto, verifico que a questão discutida nos autos – inconstitucionalidade da multa prevista no art. 3º da Lei 8.846/94 – guarda maior identidade com a matéria versada nos autos da ADI 1.075/DF, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, torno sem efeito o despacho de fls. 91-92, e determino o sobrestamento do presente feito na Secretaria do Gabinete até o julgamento da ADI 1.075/DF.

Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.069 (440)ORIGEM : AC - 10779450 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ELIEL RODRIGUES MARINSADV.(A/S) : GABRIELLA FREGNI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 102

INTDO.(A/S) : CELSO LUIZ COSENZAADV.(A/S) : MARINA FARACO SIQUEIRA E SILVAINTDO.(A/S) : MARA SUZANA FERREIRA CALORADV.(A/S) : MARIA CLARA DA S. C. M. CÉSAR E OUTRO(A/S)

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão

proferida.2. Diga a parte embargada.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.925 (441)ORIGEM : PROC - 200970530033671 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : ANTONIO MONTEIROADV.(A/S) : GRACIELA CAMPOS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão da Primeira Turma que negou provimento ao agravo regimental.

Bem examinados os autos, verifico que o recurso foi interposto em face de publicação da ata de julgamento. Essa circunstância impede o conhecimento dos embargos, uma vez que a petição foi protocolada em 1º/7/2011. Antes, portanto, da publicação do acórdão, que ocorreu em 1º/8/2011. Ressalte-se que em 30/6/2011 foi publicada apenas a ata de julgamento da sessão da Primeira Turma.

Esta Corte firmou entendimento no sentido de considerar extemporâneo o recurso interposto antes da publicação do acórdão de que se recorre, sem que haja a devida ratificação do ato. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, dentre outras: AI 699.165-AgR/BA, Rel. Min. Eros Grau; AI 693.244-ED/SC e RE 320.440-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, não conheço dos presentes embargos declaratórios (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Após, retornem conclusos para o julgamento do recurso de fls.

154-155.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.548 (442)ORIGEM : AC - 5361785300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETOADV.(A/S) : ROSANGELA BUZZINI PADOANEMBDO.(A/S) : LUIS RAIMUNDO NEVESADV.(A/S) : VALÉRIA BOLOGNINI

DECISÃO:Vistos.Embargos de declaração opostos pelo Município de São José do Rio

Preto em face da decisão monocrática de folhas 53 a 56 que negou provimento ao agravo de instrumento, no teor da seguinte fundamentação:

“DECISÃO:Vistos.Município de São José do Rio Preto interpõe agravo de instrumento

de decisão que não admitiu o recurso extraordinário fundado nas alíneas “a” e “c” do permissivo constitucional, interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que entendeu inadmissível a cobrança de alíquotas progressivas e seletivas de IPTU antes da EC nº 29/2000 e ilegítima a cobrança de taxas que não tenham caráter divisível e individualizável.

No apelo extremo alega o ora agravante violação do artigo 145, II, e 156, I, da Constituição Federal. Sustenta que a progressividade das alíquotas de IPTU instituídas pelo Município está em conformidade com os preceitos constitucionais. Defende, Ademais, a legalidade da cobrança de taxas pela Municipalidade, tendo em vista a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis.

Decido. A irresignação não merece prosperar.O Supremo Tribunal Federal, nos termos do enunciado nº 668,

assentou que a instituição de alíquotas progressivas ou seletivas, que não atenda o artigo 156, § 1º, da Constituição, na redação anterior à EC nº 29/2000, é inconstitucional. Entendeu, ainda, que na impossibilidade de se aplicar a lei anterior, por conter o mesmo vício de inconstitucionalidade, deve ser aplicada a menor alíquota prevista em lei. Confira-se:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA. IPTU. PROGRESSIVIDADE. QUADRO ANTERIOR À SUPERVENIÊNCIA DA EC 29/2000. Antes da EC 29/2000, a utilização da técnica de tributação progressiva somente era admitida para assegurar a função social da propriedade (art. 156, § 1º da Constituição), condicionada nos termos do art. 182, §§ 2º e 4º da Constituição. Era, portanto, inconstitucional a tributação progressiva, com fins extrafiscais, baseada na capacidade contributiva ou na seletividade. Súmula 668/STF. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (RE 437.107-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 22/4/2010)

TRIBUTÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. COBRANÇA COM BASE NA ALÍQUOTA MÍNIMA. PRECEDENTES RECENTES. NÃO SOBRESTAMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O reconhecimento da inconstitucionalidade da progressividade do IPTU não afasta a cobrança total do tributo, que deverá ser realizada pela forma menos gravosa prevista em lei. II - Trata-se, no caso, de inconstitucionalidade parcial que atinge apenas a parte incompatível com o texto constitucional e permite seu pagamento com base na alíquota mínima. III - No caso dos autos, a legislação anterior também traz progressividade de forma incompatível com o texto da Constituição então vigente, o que reforça a necessidade de adoção da inconstitucionalidade parcial. IV - É possível o julgamento imediato do feito com base em precedentes recentes que analisaram legislação diversa, mas discutiram a mesma matéria. V - Agravo improvido. (RE 378.221-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 17/9/2009)

Saliento que esta Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que a inconstitucionalidade atinge tão-somente a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a legislação impugnada quanto ao restante, inclusive quanto à alíquota mínima aplicável. Anote-se:

1. RECURSO. Embargos de declaração. IPTU. Alíquota progressiva. Leis complementares nºs 7/73 e 212/89. Acórdão embargado. Omissão quanto ao tema. Existência. Embargos de declaração acolhidos. Acolhem-se embargos de declaração, quando seja omisso o acórdão embargado. 2. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. IPTU. Progressividade. Inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89. Precedentes. Firmou-se jurisprudência nesta Corte no sentido de ser devida a alíquota mínima do IPTU, em face da declaração de inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89, que alterou a redação do art. 5º da LC 7/73. (RE 443.410-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 9/6/2006)

No que respeita às taxas, o recorrente não logrou demonstrar o desacerto do acórdão recorrido, limitando-se a defender a legalidade das taxas de serviços públicos, genericamente. Incide, no caso, a Súmula 284, do STF. Anote-se:

AGRAVO REGIMENTAL. IPTU. PROGRESSIVIDADE. TAXAS DE LIMPEZA PÚBLICA E DE COLETA DE LIXO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO DE TEMA CONSTITUCIONAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Ausência de prequestionamento. Questão não ventilada na decisão recorrida nem em embargos de declaração, não interpostos. Dispositivos constitucionais impugnados que não têm pertinência com o mérito da questão. Deficiência na fundamentação. Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 538032 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ 16/2/2007)

1. Agravo regimental: motivação da decisão agravada: necessidade de impugnação de todos os seus fundamentos (RISTF, art. 317, § 1º). 2. IPTU: acórdão recorrido que, analisando o caso concreto, afastou qualquer irregularidade no procedimento administrativo que levou ao lançamento do tributo: inviabilidade do recurso extraordinário ante a deficiência da sua fundamentação (Súmula 284), bem como por demandar o reexame de fatos e provas e a interpretação de legislação local, vedados pelas Súmulas 279 e 280. (AI 505.509-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17/12/2004)

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 3 de junho de 2011”.Aduz o embargante existência de contradição na decisão embargada,

haja vista que “verifica-se claramente que a conclusão pela negativa de provimento do agravo, contradiz ao que até então vinha sendo exposto, pois se na fundamentação, salientando inclusive ser o entendimento desta Suprema Corte, de que “a inconstitucionalidade atinge tão-somente a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a legislação impugnada quanto ao restante, inclusive quanto à alíquota mínima aplicável”, seguindo esta mesma linha de raciocínio, deveria o presente Agravo de Instrumento ser julgado provido em parte, possibilitando a aplicação da alíquota mínima no imposto em questão, porém foi negado provimento” (fl. 69).

Decido.Razão jurídica não assiste ao Embargante. Esclareço que a decisão embargada decidiu exatamente no limite do

pedido suscitado no recurso extraordinário interposto pelo ora embargante, a saber, a análise da constitucionalidade do IPTU em tela referente aos exercícios de 1992 a 1993.

Ocorre que quanto ao argumento colacionado na decisão embargada no que se refere ao entendimento firmado por esta Corte no sentido de que a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 103

inconstitucionalidade da matéria em tela atinge apenas a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a norma impugnada quanto à alíquota mínima aplicável, verifico que este fundamento foi consignado tão somente como obiter dictum, sendo utilizado apenas como retórica, não importando em vinculação deste fundamento à parte dispositiva do julgamento proferido.

Assim, observo que a lide foi decidida no limite da matéria devolvida a esta Corte, pelo recorrente, no recurso extraordinário, não havendo, portanto, existência de contradição na referida decisão.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.280 (443)ORIGEM : AC - 6008235900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : VANDERLEI ANIBAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LÍBERO LUCHÉSI NETO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Petições 36.474/2011-STF e 37.050/2011-STFVanderlei Anibal e outros, ora agravantes, alegam a ocorrência de

erro material no julgamento do agravo regimental, ao argumento de que “(...) tem a mais absoluta certeza de que instruíra o seu recurso com cada uma e todas as páginas da decisão recorrida” (fl. 673).

Bem examinados os autos, verifico que a turma recebeu os embargos de declaração como agravo regimental, ao qual negou provimento em 31/5/2011 (fls. 660-661). O acórdão foi publicado em 16/6/2011 (fl. 662). O referido acórdão não foi impugnado por meio de recurso.

Ressalte-se, ainda, que ao contrário do que alegado pelos embargantes, o recurso não foi instruído adequadamente, tendo vista que a cópia do acórdão recorrido não conta com sua parte dispositiva, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Isso posto, nada há a prover.Certifique a Secretaria o trânsito em julgado do referido acórdão.Após, baixem os autos.Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 393.950

(444)

ORIGEM : AGERR - 362151977 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : MARCO ANTÔNIO VITÓRIAADV.(A/S) : VALDEMAR ALCIBÍADES LEMOS DA SILVA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : GKN DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)

Trata-se de embargos de divergência opostos ao acórdão da Segunda Turma (fls. 912-921), que negou provimento ao agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento, nos seguintes termos:

“E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - SERVIDOR PÚBLICO - VANTAGEM PECUNIÁRIA DE ORDEM FUNCIONAL - SÚMULA VINCULANTE Nº 4/STF - IMPOSSIBILIDADE DE O JUDICIÁRIO, ATUANDO COMO LEGISLADOR POSITIVO, ESTABELECER, DE MODO INOVADOR, MEDIANTE UTILIZAÇÃO DE CRITÉRIO PRÓPRIO, INDEXADOR DIVERSO - CONSEQÜENTE INADMISSIBILIDADE DE JUÍZES E TRIBUNAIS FIXAREM, COMO BASE DE CÁLCULO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA DE NATUREZA FUNCIONAL, OUTRO FATOR DE INDEXAÇÃO - ADOÇÃO, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NO 'LEADING CASE' (RE 565.714/SP), DE SOLUÇÃO TRANSITÓRIA DESTINADA A OBSTAR A OCORRÊNCIA DE INDESEJÁVEL ESTADO DE 'VACUUM LEGIS', ATÉ QUE SOBREVENHA LEGISLAÇÃO PERTINENTE OU, SE VIÁVEL, CELEBRAÇÃO DE ACORDO COLETIVO OU CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO - PRECEDENTES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (fl. 921).

O embargante sustentou, em suma, que há divergência entre o acórdão impugnado e os seguintes paradigmas:

a) decisões singulares proferidas no julgamento do AI 648.610/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; e do AI 702.038-AgR/RS, de minha relatoria;

b) acórdãos da Primeira Turma proferidos nos julgamentos dos RE 284.627/SP, RE 329.336/SP, RE 224.780/MG, RE 351.616/RS e RE 227.442/SP, relatados pela Min. Ellen Gracie, RE 451.220-AgR/ES, Rel. Min. Ayres Britto, RE 435.011-AgR/RS, AI 499.211-AgR/ES e RE 236.396/MG, relatados pelo Min. Sepúlveda Pertence;

c) acórdão da Segunda Turma proferido no julgamento do RE 477.587-AgR/ES, Rel. Min. Eros Grau.

Alega que no acórdão embargado, a despeito de reconhecer-se a impossibilidade de vinculação do adicional de insalubridade ao salário mínimo, determinou-se a manutenção da referida vinculação até que sobrevenha legislação pertinente, ao passo que nos paradigmas indicados afastou-se a indexação do adicional com base no salário mínimo e remeteu-se os autos para a instância ordinária fixar nova base de cálculo.

A pretensão recursal não merece acolhida.Inicialmente, cumpre ressaltar que as decisões monocráticas e os

precedentes da Segunda Turma apontados como paradigmas pelo embargante não são idôneos à demonstração da divergência jurisprudencial que dá ensejo ao cabimento dos embargos de divergência.

Isso porque, consoante dispõe o art. 330 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, os embargos de divergência são cabíveis contra acórdão de Turma que divirja de julgado de outra Turma ou do Plenário. Assim, decisões singulares e julgados da mesma Turma que proferiu o acórdão embargado não servem à demonstração do dissídio jurisprudencial. Nesse sentido, menciono os seguintes precedentes, entre outros: AI 729.055-EDv/MG e AI 339.377-AgR-ED-EDv/GO, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 518.813-AgR-EDv-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 559.944-AgR-EDv, Rel. Min. Dias Toffoli.

Ademais, não cabem embargos de divergência, nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada. No caso dos autos, o acórdão embargado está em consonância com a jurisprudência desta Corte, consoante se observa nos seguintes precedentes, entre outros: RE 565.714/SP, Plenário, Rel. Min. Cármen Lúcia; ADPF 151-MC/DF, Plenário, Relator para o acórdão o Min. Gilmar Mendes; AI 610.243-AgR/ES, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 452.445-AgR/ES, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 715.693-AgR/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli,; RE 585.483-AgR-ED-ED/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau; RE 457.380-AgR/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 469.332-AgR/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, não admito os embargos de divergência (CPC, art. 557, caput, e RISTF, arts. 21, § 1º, e 335).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.949 (445)ORIGEM : AC - 20030094382 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : AMÉRICAN VIRGÍNIA TABACOSADV.(A/S) : ALEX SANDRO GOMES ALTIMARIRECDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do

Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, assim ementado:“Remessa Oficial e Apelação Cível. Mandado de Segurança. Matriz e

filial. Personalidades Jurídicas Próprias. ICMS. Exclusão do IPI em sua base de cálculo. Substituição Tributária. Relação entre Fabricante e Consumidor final. Art. 150, § 7º e art. 155, § 2º, XI, ambos da Constituição Federal. Segurança parcialmente concedida. Apelo. Preliminar de ausência de Direito Líquido e Certo. Incabível o “Mandamus” contra Lei em Tese. Rejeição. Provimento dos Recursos.

1ª Preliminar:- Embora os fatos se apresentem imprecisos e incertos, acaso

existente o direito, e consequentemente a sua ameaça, haverá, pois, direito líquido e certo a proteger, podendo ensejar a proteção reclamada.

- Rejeição da preliminar.- Matriz e filial podem impetrar Mandado de Segurança de conteúdo

idêntico, pois cada empresa possui sede, CNPJ, nome próprio e direito individual a proteger.

- Com a substituição tributária, a incidência é de fase única, do fabricante (na condição de substituto) para o consumidor, apenas. A substituição tributária é, portanto, forma constitucional de pagamento do imposto em que o substituto tributário é o início e o fim de toda a cadeia tributária.

- Não ocorrem as três condições previstas no art. 155, § 2º, XI, da Constituição Federal, quando a incidência dá-se por meio da substituição tributária, com antecipação de fato gerador presumido, previsto no § 7º, do art. 150 da Lei Maior do País.

- Provimento dos recursos” (fl. 267).Opostos embargos declaratórios (fls. 289/295), esses foram

rejeitados (fls. 306/310).O recurso especial paralelamente interposto teve seu seguimento

negado pelo Superior Tribunal de Justiça (fls. 468/471).Parecer do Ministério Público Federal pelo não provimento do recurso

extraordinário (fls. 483/490)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 104

Alega a recorrente violação dos arts. 150, § 7º, e 155, § 2º, XI e XII, todos da Constituição Federal, com os argumentos que seguem: (i) a substituição tributária é inconstitucional; (ii) a inclusão do IPI na base de cálculo do ICMS nos casos de substituição tributária é inconstitucional.

No seu entender, o montante do IPI não deve integrar a base de cálculo quando a operação constituir fato gerador de ambos os tributos, for realizada entre contribuintes e tiver por objeto produto destinado a industrialização ou comercialização, sustentando que a hipótese dos autos está perfeitamente enquadrada nos dispositivos constitucionais acima.

Decido.O apelo extremo não merece prosperar.Inicialmente, observo que o art. 155, § 2º, XII, não foi prequestionado,

incidindo, no caso, as Súmulas 282 e 356 deste Tribunal.Ademais, o acórdão impugnado nesta sede recursal extraordinária,

ao reconhecer a plena legitimidade constitucional do recolhimento antecipado de ICMS sob o regime de substituição tributária, ajusta-se à orientação jurisprudencial firmada relativamente a esse tema pelo Supremo Tribunal Federal.

Com efeito, o Plenário deste Tribunal, ao julgar a ADI nº 1.851, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 13/12/02, ratificou orientação anterior firmada no RE nº 213.396, também da relatoria do Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ de 1º/12/2000, no sentido da constitucionalidade do regime de substituição tributária.

No que se refere à alegada afronta ao art. 155, § 2º, XI, da Carta Magna, verifico que o cerne da controvérsia é a constitucionalidade, ou não, da inserção do montante do IPI na base de cálculo do ICMS no regime de substituição tributária.

Ou seja, cumpre definir se esse comando constitucional alcança, também, as operações comerciais subsequentes à venda realizada pelo fabricante/industrial ao comerciante/distribuidor, notadamente aquelas operações que, em face do fenômeno da substituição tributária, ensejam a antecipação do ICMS que será devido na operação de venda da mercadoria ao consumidor final.

Dispõe o art. 155, § 2º, XI, da Constituição Federal, in verbis:“Não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto

sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes, relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos” (grifo nosso).

De acordo com a norma constitucional do art. 155, § 2º, XI, são três os requisitos para que o montante pago a título de IPI não integre a base de cálculo do ICMS: (i) que a operação seja realizada entre contribuintes; (ii) que o objeto seja destinado à industrialização ou à comercialização e (iii) que ocorra, in concreto, o fato gerador dos dois tributos (ICMS e IPI)

No caso dos autos, observo que a impetrante/recorrente insurge-se tão somente quanto à inclusão do IPI na base de cálculo do ICMS quando, na qualidade de substituta tributária, deva recolher antecipadamente o ICMS incidente na operação subsequente de venda da mercadoria ao consumidor final (substituição tributária para frente), hipótese fática que não se enquadra na norma em comento.

Note-se, em primeiro lugar, que a operação não se dá entre contribuintes, pois, no caso da substituição tributária, para acautelar interesses fazendários, imputa-se a responsabilidade pelo pagamento antecipado do tributo a um terceiro (substituto), o qual não pratica o fato gerador e tem apenas vinculação indireta com o real contribuinte. Note-se, ademais, que não sendo o objeto da operação tributada destinado à industrialização - mas, sim, ao consumo final -, a operação de venda da mercadoria ao consumidor final não constitui fato gerador do IPI.

Com efeito, na substituição tributária, há uma operação presumida, assim considerada porque antecipa o fato gerador do ICMS devido pela distribuidora por ocasião da operação de comercialização final do produto - cuja base de cálculo é o valor dessa operação -, de tal sorte que o IPI, outrora incidente, passa a fazer parte do custo do produto.

De fato, o constituinte optou por excluir da base de cálculo do ICMS o IPI devido pelos estabelecimentos industriais nas operações de venda entre fabricantes e revendedores (ambos contribuintes). Entretanto, não é possível que esses mesmos fabricantes, agora na condição de substitutos, excluam da base de cálculo do ICMS que devem recolher em nome dos revendedores os valores referentes ao IPI incidentes sobre as operações a serem presumidamente realizadas por esse último.

Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.739 (446)ORIGEM : AC - 70005548516 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RÉGIS ÁVILA REIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WERNER BING E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE PORTO

ALEGRE

DECISÃO: Vistos.Régis Ávila Reis e outros, por meio da petição de folhas 1.345 a

1.347, encaminhada mediante fax, vêm requerer que:“I) seja reformada a Decisão Monocrática, data maxima venia,

reconhecendo-se a ausência de relação entre a matéria tratada no RE 586.693/SP e o presente RE 536.739/RS, voltando-se atrás quanto à sua devolução ao TJ/RS e ao seu sobrestamento, determinando-se o processamento do presente feito e o prosseguimento do julgamento;

II) seja procedido a novo exame de repercussão geral nos presentes autos, específico para as legislações quanto ao IPTU de Porto Alegre/RS envolvidas no presente feito ”.

Decido.Conforme certificado pela Secretaria Judiciária à folha 1.344, não

houve a apresentação do respectivo documento original, o que impossibilita o seu exame. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO POR FAC-SÍMILE (FAX) NO PRAZO LEGAL. PETIÇÃO ORIGINAL PROTOCOLADA APÓS O QUINQUÍDIO ADICIONAL INSTITUÍDO PELO ART. 2º DA LEI N. 9.800/99. INTEMPESTIVIDADE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO. Interposto o recurso por fac-símile no prazo legal, impõe-se que a petição original seja apresentada dentro do quinquídio adicional instituído pelo art. 2º da Lei n. 9.800/99, sob pena de ser considerado intempestivo ou inexistente” (RE n° 558.677/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/2/08).

“CONSTITUCIONAL. TRABALHISTA. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PETIÇÃO INTERPOSTA VIA FAX. ORIGINAIS NÃO APRESENTADOS NO PRAZO ADICIONAL DE CINCO DIAS. RECURSO INEXISTENTE. I - Conforme entendimento desta Corte, é inexistente o recurso quando, interposto por fac-símile, não apresentada a petição original. II - É dever processual da parte zelar pela correta formação do instrumento. III - Agravo regimental improvido” (AI n° 703.629/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/9/08).

No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: RE n° 595.727/RS-ED, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 4/8/09; e AI n° 752.979/GO-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 15/10/09.

Ante o exposto, não conheço da referida petição.Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.542 (447)ORIGEM : AC - 9802460028 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COMPANHIA NIPO-BRASILEIRA DE PELOTIZAÇÃO -

NIBRASCOADV.(A/S) : HUMBERTO LUCAS MARINI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 311 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 242.689, de minha relatoria, DJe 23.2.2011. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Int..Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.626 (448)ORIGEM : AC - 200072020023279 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : WALTER MACIELADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ ARANTES SCHEIDT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOVistos.Walter Maciel interpõe recurso extraordinário (folhas 225 a 234)

contra acórdão proferido pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, , assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 105

SOCIAL. REFORMA AGRÁRIA. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DO IMÓVEL TRACUTINGA, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE DIONÍSIO CERQUEIRA/SC. FAIXA DE FRONTEIRA DE 66 KM. ALIENAÇÃO A NON DOMINO. EXPROPRIADA QUE NÃO INTEGROU A RELAÇÃO JURÍDICO-MATERIAL DA DESAPROPRIAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO.

Apelação conhecida e desprovida” (folha 207).Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea “a” do permissivo

constitucional, contra alegada contrariedade ao artigo 5º, incisos XXII, XXIV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição Federal, em razão de não ter sido reconhecido seu direito à indenização pela desapropriação de imóvel que lhe pertence.

O recurso foi contra-arrazoado (folhas 253 a 256) e, admitido, na origem (folha 261), subiram os autos a esta Corte.

O Superior Tribunal de Justiça já rejeitou o recurso especial paralelamente interposto (folhas 274 a 293).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

3/8/05, conforme expresso na certidão de folha 209, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar.Inicialmente, porque os dispositivos constitucionais indicados como

violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou explicitamente das referidas normas, nem mesmo tendo sido interpostos embargos de declaração para sanar essa eventual omissão. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

E, também, porque a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, como aqui se dá, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Como se não bastasse, é pacífica a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que o conceito dos institutos do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não se encontra na Constituição Federal, senão na legislação ordinária (Lei de Introdução ao Código Civil, artigo. 6º).

Nessa conformidade, encontra-se sob o pálio da proteção constitucional, tão somente a garantia desses direitos, mas não seu conteúdo material, isoladamente considerado, conforme bem, explicitado nos seguintes precedentes: AI nº 638.758/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07, RE nº 437.384/RS-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 8/10/04 e AI nº 135.632/RS-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3/9/99.

Da ementa desse último julgado, dadas as preciosas lições que encerra para o deslinde da controvérsia instaurada nestes autos, transcreve-se o seguinte trecho:

“O sistema constitucional brasileiro, em cláusula de salvaguarda, impõe que se respeite o direito adquirido (CF, art. 5º, XXXVI). A Constituição da República, no entanto, não apresenta qualquer definição de direito adquirido, pois, em nosso ordenamento positivo, o conceito de direito adquirido representa matéria de caráter meramente legal. Não se pode confundir, desse modo, a noção conceitual de direito adquirido (tema da legislação ordinária) com o princípio inerente à proteção das situações definitivamente consolidadas (matéria de extração constitucional), pois é apenas a tutela do direito adquirido que ostenta natureza constitucional, a partir da norma de sobredireito inscrita no art. 5º, XXXVI, da Carta Política.

Tendo-se presente o contexto normativo que vigora no Brasil, é na lei - e nesta, somente - que repousa o delineamento dos requisitos concernentes à caracterização do significado da expressão direito adquirido. É ao legislador comum, portanto - sempre a partir de uma livre opção doutrinária feita dentre as diversas correntes teóricas que buscam determinar o sentido conceitual desse instituto - que compete definir os elementos essenciais à configuração do perfil e da noção mesma de direito adquirido. Cabe ter presente, por isso mesmo, a ampla discussão, que , travada entre os adeptos da teoria subjetiva e os seguidores da teoria objetiva, influenciou, decisivamente, o legislador ordinário brasileiro na elaboração da Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), pois, como se sabe, a LICC de 1916 (que entrou em vigor em 1917) consagrou a doutrina sustentada pelos subjetivistas (art. 3º), enquanto a LICC de 1942, em seu texto, prestigiou a teoria formulada pelos objetivistas (art. 6º), muito embora o legislador, com a edição da Lei nº 3.238/57, que alterou a redação do art. 6º da LICC/42, houvesse retomado os cânones inspiradores da formulação doutrinária de índole subjetivista que prevaleceu, sob a égide dos princípios tradicionais, na vigência da primeira Lei de Introdução ao Código Civil (1916). Em suma: se é certo que a proteção ao direito adquirido reveste-se de qualificação constitucional, consagrada que foi em norma de sobredireito que disciplina os conflitos das leis no tempo (CF, art. 5º, XXXVI), não é menos exato - considerados os dados concretos de nossa própria experiência jurídica - que a positivação do conceito normativo de direito adquirido, ainda que veiculável em sede constitucional, submete-se, no entanto, de lege lata, ao plano estrito da atividade legislativa comum. OFENSA À CONSTITUIÇÃO POR VIA REFLEXA. - A ofensa oblíqua da Constituição, inferida de prévia vulneração da lei, não oferece trânsito ao recurso extraordinário. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, torna-se inviável admitir e processar o apelo extremo. O exame da eventual superação dos limites impostos pela lei (deliberação ultra legem) e a verificação de que a resolução administrativa teria permanecido citra legem ou atuado contra legem constituem matérias que refogem ao domínio temático reservado pela Carta Política ao âmbito de incidência do recurso extraordinário”.

Cite-se, em arremate, recentes decisões monocráticas proferidas por eminentes Ministros deste Supremo Tribunal federal, em processos referentes à mesma área objeto deste processo:

“DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que, nos autos de ação de desapropriação, manteve a sentença e afastou o pagamento de indenização, conforme ementa que transcrevo:

“EMENTA: ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL. REFORMA AGRÁRIA. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DO IMÓVEL TRACUTINGA, SITUADO NO MUNICÍPIO DE DIONÍSIO CERQUEIRA/SC. FAIXA DE FRONTEIRA DE 66 KM. ALIENAÇÃO A NON DOMINO. EXPROPRIADA QUE NÃO INTEGROU A RELAÇÃO JURÍDICO-MATERIAL DA DESAPROPRIAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO.

Apelação conhecida e desprovida.”O recorrente alega que o acórdão recorrido ofende o art. 5º, XXII,

XXIV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição federal. Afirma que faz jus à indenização, ainda que não tenha havido perda de domínio e posse do imóvel.

É o relatório. Decido.O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende as

normas acima arroladas, versa questões constitucionais não ventiladas na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356.

Ademais, a alegada ofensa, nos termos em que posta a questão no recurso extraordinário, demanda o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de violação indireta ou reflexa da Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Por fim, a análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 10 de fevereiro de 2011” (RE nº 523.330/SC, Relator o

Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 22/2/11).“DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

DESAPROPRIAÇÃO. FAIXA DE FRONTEIRA. DOMÍNIO DA UNIÃO. REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO: IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República, contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL REFORMA AGRÁRIA. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DO IMÓVEL TRACUTINGA, SITUADO NO MUNICÍPIO DE DIONÍSIO CERQUEIRA/SC. FAIXA DE FRONTEIRA DE 66 KM. ALIENAÇÃO A NON DOMINO. EXPROPRIADA QUE NÃO INTEGROU A RELAÇÃO JURÍDICO-MATERIAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 106

DA DESAPROPRIAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO.Apelação conhecida e desprovida” (fl. 183).2. O Recorrente alega que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXII,

XXIV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República.Argumenta que “esse domínio da União sobre o imóvel em questão é

mera alegação destituída de prova (...) no caso em comento existe o título privado, sobre o qual repousa absoluta presunção de legitimidade, e, além de inexistir prova da dominicalidade do bem, a União e o INCRA teriam desconhecido o domínio alheio, mediante a edição do Decreto Expropriatório” (fl. 206).

Assevera, ainda, que “a decisão recorrida transcende – contradiz, a causa de pedir desapropriatória; macula o princípio da ampla defesa; rechaça o devido processo legal, e não tem arrimo probatório, motivos pelos quais não serviria a afastar o direito àjusta indenização” (fls. 206-207).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. Tem-se no voto condutor do acórdão proferido pelo Tribunal de

origem:“A desapropriação em questão possui contornos que são de todo

próprios: a terra ‘desapropriada’ pertence à União Federal e a ação visou, por vias oblíquas, por fim a um sangrento conflito social que se instalara na faixa de fronteira situada no oeste dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Tal fato explica tais ajuizamentos atípicos, tendo em vista o alcance social e a premente necessidade que os motivaram.

Assim, é perfeitamente detectável que o objeto da ação, em que pese expropriatória, abrange a totalidade da dominialidade de tais terras e, consequentemente, a validade ou não dos títulos de propriedade outorgados pelo Estado de Santa Catarina.

Em suma, o Apelante detinha título de propriedade nulo, que, por deferência da União e, posteriormente, pelo legislador ordinário, poderia vir a ser ratificado, caso estivesse na posse e efetiva exploração do bem, o que não ocorreu. Logo, andou bem, a r. sentença ao barrar a indenização” (fl. 172 v. – grifos nossos).

É de se realçar que o Tribunal a quo decidiu a controvérsia sobre a titularidade dos imóveis objeto de desapropriação com base nos elementos probatórios constantes nos autos. Para se concluir de forma diversa, seria necessário o reexame dessas provas, procedimento incabível de ser adotado validamente no recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula 279 do Supremo Tribunal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO: INDENIZAÇÃO. RETITULAÇÃO DO IMÓVEL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS NA VIA EXTRAORDINÁRIA. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 394.423-AgR, de minha relatoria, Primeia Turma, DJe 26.6.2009).

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. USUCAPIÃO DE DOMÍNIO ÚTIL. TERRENO DE MARINHA. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. I - O julgamento do RE demanda o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (RE 534.546-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 19.9.2008).

5. Além disso, a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Nesse sentido:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557,

caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 2 de fevereiro de 2010” (RE nº 594.338/SC, Relatora a

Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/2/10).Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.MINISTRO DIAS TOFFOLIRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.131 (449)ORIGEM : PROC - 200304010450349 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : HÜBNER E SCHMIDT LTDAADV.(A/S) : DANILO KNIJNIK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:Vistos.Hübner e Schmidt Ltda interpõe recurso extraordinário (folhas 158 a

164) contra acórdão proferido pela Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA. 1. Não se aplica ao caso o art. 109, § 2º, da CF, porquanto o ato

declaratório que se quer alvejar foi exarado pela Secretaria da Receita Federal de Campo Grande/MS.

2. Agravo improvido, prejudicados os embargos de declaração” (folha 144).

Opostos embargos de declaração (folhas 149/150), foram parcialmente acolhidos (fls. 152 a 156), para fins de prequestionamento.

Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea “a”, do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao artigo 109, § 2º, da Constituição Federal, em razão de ter sido reconhecida a incompetência da Vara Federal da Seção Judiciária de Porto Alegre, para o processamento da ação anulatória de ato administrativo que ajuizou contra a União.

Depois de apresentadas contrarrazões (folha 172), o recurso foi admitido na origem (folha 174), o que ensejou a subida dos autos a esta Corte.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração

foi publicado em 14/3/07, conforme expresso na certidão de folha 167, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação, contudo, não merece prosperar.E isso porque a análise acerca da alegada violação do princípio

constitucional objeto do presente recurso demandaria o necessário reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a Súmula 279 do STF.

E isso assim é porque, pretendendo a recorrente a modificação da competência assentada na origem para o processamento de demanda que ajuizou contra a União, com fundamento em norma que assevera ser possível tal ajuizamento “onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda”, mostra-se imprescindível, a necessária análise desse ato ou fato, circunstância essa vedada no âmbito de um recurso extraordinário como o presente.

De fato, assim restou fundamentada a decisão atacada quanto à rejeição da pretensão deduzida pelo recorrente:

“Não prosperam os argumentos manejados ao recurso, e por uma razão bem simples, já colocada, inclusive, pelo magistrado ‘a quo’, qual seja, o fato que originou a lide de nada tem a ver com a propositura do executivo fiscal, mas sim com a intenção do contribuinte em infirmar o ato excludente da sua inscrição no SIMPLES. Anote-se que a execução é fato paralelo totalmente alheio à tutela jurisdicional pleiteada, até porque a agravante poderia, mesmo antes da incursão judicial persecutória da União, ter intentado a ação ordinária desconstitutiva do ato administrativo.

(...)Ora, é inconteste que o ato declaratório que se pretende alvejar foi

levado a efeito pela Secretaria da receita Federal de Campo Grande/MS, sendo que, sob qualquer ângulo que se analisasse o artigo 109, parágrafo 2º, da Constituição Federal, ressairia competente uma das varas da Circunscrição Judiciária daquela mesma cidade” (folha 131).

No sentido dessa conclusão, citem-se os seguintes precedentes: “Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão

recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Falta de prequestionamento de dispositivos constitucionais. Matéria que não foi abordada nas razões de apelação ou mesmo em embargos declaratórios. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 491.543/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/6/07).

“O acórdão recorrido decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 544.373/ES-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 107

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.295 (450)ORIGEM : AC - 200470130013129 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS

EXCEPCIONAIS DE RIBEIRÃO DO PINHALADV.(A/S) : JOÃO EVANIR TESCARO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Cabe registrar, desde logo, que os presentes autos foram corretamente devolvidos ao Tribunal “a quo” no tocante à controvérsia referente à necessidade de lei complementar para a disciplinação normativa das exigências a serem preenchidas pelas entidades beneficentes de assistência social para efeito de reconhecimento da imunidade prevista no § 7º do art. 195 da Constituição (RE 566.622-RG/RS, Rel. Min. MARCO AURÉLIO).

Inexistente, desse modo, qualquer razão de ordem jurídica que possa justificar alteração do ato que ordenou a devolução destes autos ao Tribunal de origem.

Demais disso, cumpre observar, por relevante, que a outra matéria veiculada na presente causa – “Imunidade tributária das entidades filantrópicas em relação à contribuição para o PIS” (Te manº 432 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral) – será apreciada no recurso representativo de tal controvérsia jurídica, que, suscitada no RE 636.941-RG/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO (Presidente), foi qualificada como questão impregnada de repercussão geral.

Sendo assim, e pelas razões expostas, devolvam-se, novamente, os presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 04 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.091 (451)ORIGEM : AC - 5712415800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CAMPINASRECDO.(A/S) : ADIMO ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : MARCIO CAVENAGHI PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/

S)

DECISÃO:Vistos.Município de Campinas interpõe recurso extraordinário com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que afastou a exigibilidade do IPTU, da taxa de Sinistros e da taxa de remoção de lixo domiciliar, nos exercícios de 1995 a 2000.

No apelo extremo, alega o Município recorrente contrariedade ao disposto no artigo 145, I e II; §§ 1º e 2º da Constituição Federal.

Decido.A irresignação merece prosperar.Esta Corte consolidou entendimento no sentido de considerar

constitucional as taxas de prevenção de sinistros e de coleta de lixo domiciliar, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos realizados em benefício da população em geral, e desde que não tenham base de cálculo coincidente com outros tributos. Confira-se:

TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA, REMOÇÃO E DESTINAÇÃO DE LIXO. TAXA DE COMBATE A SINISTROS. UTILIZAÇÃO DE ELEMENTOS DA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTOS. CONSTITUCIONALIDADE. I - A Corte tem entendido como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisível. II - Legitimidade da taxa de combate a sinistros, uma vez que instituída como contraprestação a serviço essencial, específico e divisível. III - Constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre a base de cálculo da taxa e a do imposto. IV - Agravo regimental improvido. (RE 557957 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 25/6/09)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO. CONSTITUCIONALIDADE. DÉBITOS DA FAZENDA PÚBLICA. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. NECESSIDADE DE LEGISLAÇÃO QUE DISCIPLINE A MATÉRIA. SUCUMBÊNCIA. JUÍZO DA EXECUÇÃO. 1. A taxa de limpeza pública, quando não vinculada a limpeza de ruas e de logradouros públicos, constitui tributo divisível e específico, atendido ao disposto no artigo 145, II, da CB/88. Precedentes. 2. O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU ser considerado quando da determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo não significa que ambos tenham a mesma base de cálculo. Precedentes. 3. A correção monetária e a incidência de juros sobre os débitos da Fazenda Pública dependem de lei que regulamente a matéria. Precedentes. 4. Os honorários de sucumbência devem ser decididos no juízo da execução. Agravo regimental a que se nega provimento (RE 532.940 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJ 14/8/08).

Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, para, nos termos da jurisprudência desta Corte, reformar o acórdão recorrido na parte que afastou a cobrança das taxas de combate a sinistros e de coleta, remoção e destinação de lixo domiciliar.

Em virtude da sucumbência recíproca os ônus sucumbenciais deverão ser proporcionalmente distribuídos e compensados, nos termos do artigo 21, caput, do Código de Processo Civil

Publique-se. Brasília, 10 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.254 (452)ORIGEM : AC - 5832585800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ARTUR UDELSMANNADV.(A/S) : SÍLVIA HELENA GOMES PIVA

DECISÃO:Vistos.Município de Campinas interpõe recurso extraordinário com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que afastou a exigibilidade do IPTU e da Taxa de Remoção de Lixo, no exercício de 2001.

No apelo extremo, alega o Município recorrente contrariedade ao disposto nos artigos 30; 145, I e II; §§ 1º e 2º; 156, § 1º; e 182,§ 4º, da Constituição Federal.

Decido.Merece prosperar, em parte, a irresignação.No que se refere à cobrança do IPTU, o Supremo Tribunal Federal já

assentou ser inconstitucional o regime de alíquotas progressivas de IPTU instituído por lei municipal editada antes da Emenda Constitucional nº 29/2000. Nesse sentido:

1. RECURSO. Extraordinário. IPTU. Progressividade. Lei municipal anterior à EC nº 29/2000. Inconstitucionalidade. Súmula 668. Agravo regimental não provido. "É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana". 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. (RE 518.648-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe 16/10/2008)

TRIBUTÁRIO. IPTU DO MUNICÍPIO DE CURITIBA. PROGRESSIVIDADE ANTERIOR À EC 29/2000. INCONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 668 DO STF. TAXA DE COLETA DE LIXO. CONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana (Súmula 668 do STF). II - É específico e divisível o serviço público de coleta de lixo domiciliar prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, desde que o fato gerador seja distinto e dissociado do serviço de conservação e limpeza de locais públicos, que é realizado em benefício da população em geral. III - Agravo improvido. (AI 636.315 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 25/6/2009)

Ademais, sobre a possibilidade de convalidação de dispositivo eivado de inconstitucionalidade, em razão do advento de emenda à Constituição, o Pleno deste Tribunal, no julgamento do RE nº 390.840/MG, Relator o Ministro Marco Aurélio, entendeu que “o sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente”.

No caso dos autos, verifico que foram concedidos descontos escalonados por faixas. A progressividade inconstitucional de alíquotas do IPTU na forma de isenções parciais foi apreciada pelo Plenário da Corte no

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 108

RE nº 194.036, Relator o Ministro, DJ 20/6/97. Essa decisão foi reafirmada no RE nº 456.513, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 14/11/03, cuja ementa é a seguinte:

“EMENTA: IPTU: progressividade. 1. O STF firmou o entendimento - a partir do julgamento do RE 153.771, Pleno, 20.11.96, Moreira Alves - de que a única hipótese na qual a Constituição admite a progressividade das alíquotas do IPTU é a do art. 182, § 4º, II, destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. 2. Manifestou-se também o plenário da Corte pela inconstitucionalidade da cobrança do IPTU de forma progressiva, estabelecida mediante a concessão de isenções parciais, variáveis conforme o valor venal do imóvel (RE 167.036, Ilmar Galvão, DJ 20.06.97)” (AI n° 456.513/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 14/11/03).

O Plenário da Corte novamente se pronunciou sobre o tema, em julgamento de 01/08/2011, nos autos do RE nº 355.046/SP. Na ocasião a Relatora Ministra Ellen Gracie asseverou que concessão de isenção parcial do IPTU inversamente proporcional ao valor dos imóveis, configura sistemática disfarçada de alíquotas progressivas. Concluiu, ainda, o Plenário da Corte, na esteira do voto da Relatora, pela aplicação da alíquota mínima constante da legislação impugnada.

Com efeito, esta Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que a pecha de inconstitucionalidade alcança tão-somente a parte do dispositivo que erige a progressividade de alíquotas, mantendo-se incólume a legislação impugnada quanto ao dever de pagar o tributo, que, no entanto, se dará no grau mais baixo prescrito em lei.

Esclareço que a manutenção da cobrança do tributo pela alíquota mínima não traduz invasão de competência do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário, nem em inovação legislativa. Trata-se de declaração de inconstitucionalidade parcial de dispositivo normativo, com redução de texto, que somente é vedado quando do reconhecimento do vício sobre parte da norma resulte evidente inversão ou distorção do sentido da lei.

No que respeita a taxa, esta Corte consolidou entendimento no sentido de considerar constitucional a de coleta de lixo domiciliar, desde que as atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos realizados em benefício da população em geral, e desde que não tenham base de cálculo coincidente com outros tributos. Confira-se:

TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA, REMOÇÃO E DESTINAÇÃO DE LIXO. TAXA DE COMBATE A SINISTROS. UTILIZAÇÃO DE ELEMENTOS DA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTOS. CONSTITUCIONALIDADE. I - A Corte tem entendido como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisível. II - Legitimidade da taxa de combate a sinistros, uma vez que instituída como contraprestação a serviço essencial, específico e divisível. III - Constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre a base de cálculo da taxa e a do imposto. IV - Agravo regimental improvido. (RE 557957 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 25/6/09)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO. CONSTITUCIONALIDADE. DÉBITOS DA FAZENDA PÚBLICA. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. NECESSIDADE DE LEGISLAÇÃO QUE DISCIPLINE A MATÉRIA. SUCUMBÊNCIA. JUÍZO DA EXECUÇÃO. 1. A taxa de limpeza pública, quando não vinculada a limpeza de ruas e de logradouros públicos, constitui tributo divisível e específico, atendido ao disposto no artigo 145, II, da CB/88. Precedentes. 2. O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU ser considerado quando da determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo não significa que ambos tenham a mesma base de cálculo. Precedentes. 3. A correção monetária e a incidência de juros sobre os débitos da Fazenda Pública dependem de lei que regulamente a matéria. Precedentes. 4. Os honorários de sucumbência devem ser decididos no juízo da execução. Agravo regimental a que se nega provimento (RE 532.940 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJ 14/8/08).

Ante o exposto, dou provimento parcial ao recurso extraordinário para reformar o acórdão recorrido, na parte em que afastou a cobrança da taxa de remoção de lixo e, quanto ao IPTU, deve ser aplicada a alíquota mínima equivalente ao percentual obtido, mediante a aplicação do maior desconto previsto na legislação vigente à época do fato gerador da obrigação, de acordo com a destinação do imóvel, na esteira da jurisprudência desta Corte.

Sem condenação em honorários nos termos da Súmula 512/STF. Custas ex lege.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.945 (453)ORIGEM : AMS - 200439000039698 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARÁ

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NELY ALMEIDA ANDRADEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃODEVIDO PROCESSO LEGAL – DIREITO DE DEFESA – RECURSO

EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. Conforme fez ver o Tribunal de origem, o desligamento da recorrida

do quadro discente não poderia ocorrer sem abrir-se oportunidade ao direito de defesa, ou seja, sem instaurar-se processo administrativo a respeito. Situações constituídas hão de merecer, diante da presunção de legitimidade, análise segura, viabilizado o direito de defesa. Em momento algum, o Tribunal de origem adotou entendimento contrário aos artigos 5º, inciso LV, e 207 da Carta Federal, no que asseguram a observância irrestrita do devido processo legal e a autonomia das universidades. Ao reverso, o que decidido mostra-se em consonância com as citadas garantias.

2. Nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.341 (454)ORIGEM : AC - 200071070060348 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUPATECH S/AADV.(A/S) : FLORIANO DUTRA NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos.O Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio

eletrônico, no exame do RE nº 601.314/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se de discussão da constitucionalidade da legislação que prevê o fornecimento de informações sobre a movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições financeiras, diretamente ao Fisco por meio de procedimento administrativo, sem a prévia autorização judicial.

Nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Assim, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja aplicado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.614 (455)ORIGEM : EEDAIRR - 7020692006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JORGE NEME TAROUCOADV.(A/S) : LUCIANA MARTINS BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO -

CORSANADV.(A/S) : JORGE SANT'ANNA BOPP E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“EMBRAGOS INTERPOSTOS ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI N. 11.496/07 – ARGUIÇÃO DE NULIDADE DO ACÓRDÃO EMBRAGADO POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Decisão contrária ao interesse da parte e eventual error in judicando não configuram abstenção da atividade julgadora. DIÁRIAS DE VIAGENS – IMPOSSIBILIDADE DE INORPORAÇÃO AO SALÁRIO – SÚMULA N. 101 DO TST. Consoante jurisprudência da Corte, as diárias de viagem excedentes a 50% (cinquenta por cento) do salário do empregado têm natureza salarial, integrando-o para todos os efeitos legais. O pagamento das diárias e sua integração, entretanto, só ocorrem em casos de efetivo deslocamento do empregado. Assim, cessada a causa do pagamento, cessa também a obrigação do empregador, não se perpetuando ao longo da contratualidade. Inteligência da Súmula n. 101 do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 109

TST, que dispõe: “Integram o salário, pelo seu valor e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário do empregado, enquanto perduram as viagens.” Embargos não conhecidos.” (fl. 307)

O recurso não merece prosperar. A matéria dos presentes autos reside no campo infraconstitucional, porquanto o Tribunal a quo decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (CLT) e jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (Súmula n. 101 do TST) , cuja análise é inviável em sede extraordinária. Eventual ofensa à Constituição, se existente, seria meramente reflexa ou indireta.

Ademais, segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279).

Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido decidiu no sentido de que o pagamento das diárias e sua integração só ocorrem em casos de efetivo deslocamento do empregado. No caso dos autos, restou provado que cessou a causa do pagamento e por consequência a obrigação do empregador, conforme dispõe a Súmula n. 101 do TST.

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 165.460, Rel. Min. Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ 19.9.1997; RE 102.542, Rel. Min. Djaci Falcão, 2ª Turma, DJ 27.9.1985; RE-AgR 593.550, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 27.2.2009; e AI-AgR 767.152, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 5.2.2010.

Incide, portanto, a Súmula 279/STF.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1o do RISTF,

e 557 do CPC).Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.276 (456)ORIGEM : MS - 20060026284 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUSRECDO.(A/S) : MARIANGELA DA COSTA LAVAREDAADV.(A/S) : ARINAN ALCÂNTARA DE ALMEIDA

DECISÃO: Vistos.Município de Manaus interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão das Câmaras Reunidas do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, assim ementado:

“REMESSA EX-OFFICIO E APELAÇÃO – MANDADO DE SEGURANÇA – CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – SERVIDORA PÚBLICA – AFASTAMENTO – PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – IMPROVIMENTO” (fl. 359).

Opostos embargos de declaração, foram parcialmente acolhidos para asanar omissão quanto à alegação de perda de objeto da impetração.

Alega o recorrente violação dos artigos 5º, inciso LXIX, 29, 37, inciso V, e 39, caput, da Constituição Federal, uma vez que não estavam presentes os requisitos de cabimento do mandado de segurança, bem como a legalidade do ato administrativo de afastamento da recorrida da função de diretora do Ambulatório de Alta Resolutividade Alfredo Campos.

Sem contrarrazões, o recurso extraordinário foi admitido.Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a violação do princípio constitucional da legalidade seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em sede de recurso extraordinário, conforme previsto na Súmula nº 636 desta Corte, que assim dispõe, in verbis:

“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio

constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:“No mérito, depois de esmerado exame do caderno processual,

vislumbro que não assiste razão ao apelante, pois a Impetrante, ora apelada, de fato, foi ilegalmente afastada do cargo de Diretora do AAR – Alfredo Campos, haja vista que não lhe deram oportunidade de defesa durante o trâmite do processo de sindicância que concluiu pelo seu afastamento.

Deveras, a Apelada foi submetida a uma sindicância, após ter comunicado algumas irregularidades julgada e condenada sem que tivesse chance de se defender.

(...)Portanto, restou-se irrefutavelmente evidenciada a ilegalidade do ato

praticado pelo Autoridade Coatora, sanável por via do remédio jurídico do Mandado de Segurança, eis que a impetrante foi afastada do Cargo de Diretora Geral do ARR – Alfredo Campos, para o qual havia sido regularmente eleita, sem que lhe fosse assegurado o contraditório e a ampla defesa nos autos do processo administrativo que resultou no seu afastamento.”

Assim, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia acerca da possibilidade de exoneração da servidora da função de diretora do Ambulatório de Alta Resolutividade - Alfredo Campos, com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente e nos fatos e provas que compõe a lide, cujo reexame é vedado em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema, destacam-se os seguintes julgados:

“ AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local. Incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n° 777.207/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 28/5/10);

“ AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO LOCAL INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demandaria a análise da legislação local aplicada à espécie, bem como o revolvimento dos fatos e provas dos autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (RE n° 507.359/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 17/12/10);

“ AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EXONERAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Para a exoneração de servidor público, ainda que em estágio probatório, é imprescindível a observância do devido processo legal com as garantias a ele inerentes. Precedentes. 2. Impossibilidade de reexame de provas em recurso extraordinário: incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal” (AI nº 628.854/MA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).

Por fim, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do Agravo de Instrumento nº 800.074/SP, Pleno, Relator o Ministro Gilmar Mendes, publicado no DJe de 6/12/10, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria relativa aos requisitos autorizadores do mandado de segurança, pois a análise da demonstração do direito líquido e certo ou da existência de prova pré-constituída exige o revolvimento de provas, inviável em sede de recurso extraordinário.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.836 (457)ORIGEM : MS - 010019057 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA DULCINETE DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAIMUNDO BEVENUTO DA SILVA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

APOSENTADORIA. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS N. 122/1994 E 162/1999. DIREITO ADQUIRIDO. LEI DE REGÊNCIA. APLICAÇÃO DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 110

PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte:

“MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. NORMA VIGENTE À ÉPOCA DA AQUISIÇÃO DO DIREITO À APOSENTADORIA. ACRÉSCIMO DE 20% (VINTE POR CENTO) NO VALOR DO BENEFÍCIO. PRELIMINAR. EXTINÇÃO DO DIREITO DE REQUERER MANDADO DE SEGURANÇA. REJEIÇÃO. ATOS DE TRATO SUCESSIVO, CUJO PRAZO SE RENOVA A CADA ATO, NÃO CORRENDO DURANTE A OMISSÃO OU INÉRCIA DA ADMINISTRAÇÃO EM DESPACHAR O REQUERIDO PELO INTERESSADO. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO DA APOSENTADORIA, COM BASE NOS CRITÉRIOS DA LEGISLAÇÃO ENTÃO VIGENTE. SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO ART. 29, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. EFICÁCIA EX NUNC. DEFERIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR, EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, QUE NÃO ALCANÇA SITUAÇÃO JURÍDICA JÁ CONSOLIDADA. DIREITO ADQUIRIDO DE UMA DAS IMPETRANTES, QUE AUTORIZA EM RELAÇÃO A ELA, A CONCESSÃO DA SEGURANÇA”.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts.

40, § 2º, 3º, e 102, § 2º, da Constituição da República.Argumenta que “o art. 29, § 1º, da Constituição do Estado do RN (...)

foi declarado inconstitucional por esta e. Corte no julgamento da ADI 1730/RN”.

Sustenta que “ao dar aplicabilidade ao referido dispositivo, o acórdão recorrido violou, direta e literalmente, o art. 102, § 2º, da CF/88, que determina a eficácia contra todos e o efeito vinculante de decisões dessa natureza”.

Alega que “o acórdão recorrido viola os temas constantes do art. 40, §§ 2º e 3º, da Magna Carta, na medida em que, após a vigência da redação conferida aos referidos dispositivos pela Emenda Constitucional 20/98, restou vedada a concessão de proventos em valor superior à remuneração percebida, em atividade, por servidor público”.

Aponta que “tal proibição se encontra em vigor desde o ano de 1998, e que a impetrante (...) se aposentou em 30.03.2000, conclui-se pela impossibilidade do deferimento da pretensão mandamental”

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. O Tribunal a quo, asseverou que, “não obstante tenha sido

reconhecida a inconstitucionalidade formal do artigo 29, § 1º”, da Constituição Estadual do Rio Grande do Norte, pelo Supremo Tribunal Federal, entendeu que o acréscimo de vinte por cento nos proventos do recorrido consolidou-se em razão da matéria ter sido disciplinada pela Lei Complementar n. 122/1994 (art. 202, inc. II), vigente à época da aposentadoria.

O acórdão recorrido adotou, portanto, fundamento independente, qual seja, a existência do artigo 202, inc. II, da Lei Complementar n. 122/1994 que garante a aludida vantagem nos proventos. Esse dispositivo legal não foi objeto de análise na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.730, que declarou a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 29 da Constituição Estadual do Rio Grande do Norte.

Assim, resta suficiente o fundamento autônomo adotado pelo acórdão recorrido, que sequer afastou o entendimento deste Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido, a decisão monocrática no Recurso Extraordinário n. 461.491, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 12.4.2010.

5. Ademais, o Supremo Tribunal Federal, em situação análoga, assentou que não há ofensa a sua decisão, se esta teve por suporte determinado diploma legislativo (art. 29, § 1º da Constituição do Rio Grande do Norte) e o ato apontado como ofensivo esteja fundamentado em outra norma legal (Lei Complementar n. 122/1994), diversa daquela em que se apoiou o julgamento emanado deste Tribunal:

“Não ocorre desacato à decisão do Supremo Tribunal Federal, fundamentada no artigo 1º do Decreto-lei 246/67, se o ato apontado como ofensivo teve como fundamento a Lei 6.750/79” (Rcl 344-AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, Plenário, DJ 8.2.2002).

6. Finalmente, este Supremo Tribunal Federal assentou que, os benefícios previdenciários são regidos pelo princípio tempus regit actum, isto é, a lei que rege a concessão de benefício previdenciário é àquela vigente no momento em que ocorrer o suporte fático do direito. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. REGÊNCIA PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE NA ÉPOCA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 606.449-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 9.3.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DEFERIDO ANTES DA LEI 9.876/99. IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. CONJUGAÇÃO DE VANTAGENS DO NOVO SISTEMA COM O ANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. . AGRAVO IMPROVIDO. I - Em matéria previdenciária, a jurisprudência do

Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a lei de regência é a vigente no tempo de concessão do benefício ( tempus regit actum). II - Inexiste direito adquirido a determinado regime jurídico, razão pela qual não é lícito ao segurado conjugar as vantagens do novo sistema com aquelas aplicáveis ao anterior. III - Agravo regimental improvido” (AI 816.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 4.3.2011).

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSÃO ESPECIAL. FISCAIS DE RENDA. ÓBITO DO SERVIDOR ANTERIOR AO ADVENTO DA LC ESTADUAL 69/90. LEI DE REGÊNCIA. PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. NATUREZA DO BENEFÍCIO. SÚMULA STF 280. 1. Em matéria previdenciária, a lei de regência é a vigente ao tempo em que reunidos os requisitos para a concessão do benefício (princípio tempus regit actum). Precedentes. 2. Necessidade de prévio exame de legislação local (LC 69/90) para concluir de forma diversa do aresto impugnado que considerou o benefício como “de natureza previdenciária”. Súmula STF 280. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 577.827-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 13.6.2011).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte recorrente.8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.279 (458)ORIGEM : AC - 10024082428590001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : TOKARSKI E CIA LTDAADV.(A/S) : MARIA RAQUEL DE SOUSA LIMA UCHÔA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão, que, confirmado, em sede de embargos de declaração (fls. 498/500), pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, está assim fundamentado, no ponto objeto de impugnação recursal extraordinária (fls. 480):

“Arguiu a douta Procuradoria-Geral de Justiça preliminar de nulidade da sentença, por incompetência da Justiça Estadual para julgamento da lide, vez que seria imprescindível a intimação da União Federal para intervir no presente feito, o que não ocorreu; todavia, a pretensão da impetrante se restringe à proteção contra ato de fiscalização e aplicação de penalidade do Diretor de Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais; assim, a meu ver, dispensável a intimação da União Federal para defender os atos normativos, não havendo que se falar em competência da Justiça Federal para julgamento da demanda.”

A parte recorrente sustenta que o acórdão ora impugnado teria transgredido o preceito inscrito no art. 109, inciso I, da Constituição da República.

O exame da presente causa evidencia que o acórdão recorrido ajusta-se, com absoluta exatidão, à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal consagrou na matéria em análise (RTJ101/881 – RTJ 121/691 - RTJ 149/890 – RTJ 163/1114-1115 – RTJ177/415-416, v.g.).

Impende acentuar, neste ponto, que cabe à Justiça Federal, e somente a esta, “dizer se há, na causa, interesse da União, apto a deslocar o processo da justiça comum para sua esfera de competência” (RT 541/263).

Na realidade, a legitimidade do interesse manifestado pela União só pode ser verificada, em cada caso ocorrente, pela própria Justiça Federal (RTJ 101/881), pois, para esse específico fim, é que a Justiça Federal foi instituída: para dizer se, na causa, há, ou não, interesse jurídico da União, ou de autarquia federal, ou, ainda, de empresa pública federal (RTJ 78/398).

Daí a precisa observação do eminente Ministro ATHOS GUSMÃO CARNEIRO (“Jurisdição e Competência”, p. 149/150, item n. 109, 11ªed., 2001, Saraiva), cujo magistério assinala a imprescindibilidade do deslocamento da causa para a Justiça Federal, sempre que a União Federal, autarquias federais ou empresas públicas federais, manifestando interesse jurídico, ingressarem em processo instaurado perante o Poder Judiciário local:

“Se uma demanda foi ajuizada perante a Justiça comum, e a União ou ente público federal manifesta interesse (deve ser necessariamente um interesse ‘jurídico’) em nela ingressar como ‘assistente’ (tanto litisconsorcial como assistente simples), ou apresenta ação de ‘oposição’ (CPC, art. 56), ou a lide é ‘denunciada’ à União ou ente público federal (...), caberá ‘ao juiz federal’ (e não ao juiz da causa) apreciar conclusivamente da legitimidade do pedido de intervenção ou de oposição, e aceitá-lo ou não.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 111

.......................................................Se o magistrado federal entende inexistir interesse da União na

causa, denegando, v.g., a denunciação da lide à União Federal ou excluindo do processo o ente federal, determinará a devolução ou a remessa dos autos ao juízo estadual; e o eventual reexame dessa decisão caberá mediante agravo ao Tribunal Regional Federal.” (grifei)

Cumpre enfatizar que esse entendimento tem o beneplácito jurisprudencial desta Suprema Corte:

“O ingresso da União Federal numa causa, vindicando posição processual definida (RTJ 46/73 - RTJ 51/242), gera a incompetência absoluta da Justiça local (RT 505/109), pois não se inclui, na esfera de atribuições jurisdicionais dos magistrados e Tribunais estaduais, o poder para aferir a legitimidade do interesse da União Federal em determinado processo (RTJ 93/1291 - RTJ 95/447 – RTJ 101/419). A legitimidade do interesse manifestado pela União só pode ser verificada, em cada caso ocorrente, pela própria Justiça Federal (RTJ 101/881), pois, para esse específico fim, é que ela foi instituída (RTJ 78/398): para dizer se, na causa, há ou não há interesse jurídico da União.”

(RTJ 164/359-361, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Em suma: esta Suprema Corte, em reiteradas decisões, tem

enfatizado que compete, unicamente, à Justiça Federal, “emitir juízo de valor sobre o interesse manifestado pela União” (RE 140.480/RJ, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), cabendo-lhe, por isso mesmo, “avaliar a realidade, ou não, desse interesse” (RE 197.628/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), pois a Justiça Federal foi instituída, precisamente, para dizer se existe, ou não, na causa, interesse jurídico da União Federal (RTJ 78/398 - RTJ 99/1382 - RTJ 164/359).

Sendo assim, pelas razões expostas, conheço do presente recurso extraordinário, para negar-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.668 (459)ORIGEM : REsp - 1232838 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : JÚLIO ALIPIO DE HOLANDAADV.(A/S) : RENATA ANDRÉA CABRAL PESTANA VIEIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

ADMINISTRATIVO. REMUNERAÇÃO. EXTINÇÃO DE ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. TRANSFORMAÇÃO EM VANTAGEM NOMINALMENTE INDENTIFICADA, SUJEITA APENAS AOS REAJUSTES GERAIS: POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. JULGADO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado do Tribunal de Justiça do Amazonas, que concedeu ordem de segurança para determinar a atualização de vantagem nominalmente identificada, que resultara da extinção de adicional por tempo de serviço e sua sujeição aos reajustes remuneratórios gerais.

O Tribunal a quo concluiu pela existência de direito adquirido ao cálculo daquele adicional sobre valores de vencimentos fixados por leis editadas após sua extinção (“e muito embora houvesse extinto tal adicional, posteriormente sobrepôs-se a Lei n. 2.875/2004 (...), que atribuiu sobre os vencimentos, ou seja, remuneração - vencimento mais GEP” - fls. 107-108).

2. O Recorrente afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXVI, e 37, inc. XIV, da Constituição da República.

Alega que a vantagem nominalmente identificada percebida pelo Recorrido estaria sujeita apenas aos reajustes remuneratórios gerais.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.4. Este Supremo Tribunal assentou a inexistência de direito adquirido

à forma de cálculo de vantagens pecuniárias percebidas por servidores públicos (aí incluído o adicional por tempo de serviço) e a possibilidade de sua transformação em vantagem nominalmente identificada, sujeita apenas aos reajustes gerais da remuneração. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. TRANSFORMAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICÁVEL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Servidor não tem direito adquirido a regime jurídico de reajuste da gratificação incorporada. 2. Não contraria a Constituição da República lei que transforma as gratificações incorporadas em vantagem pessoal nominalmente identificada, reajustável pelos índices gerais de revisão dos vencimentos dos servidores

públicos” (AI 833.985-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 12.4.2011 – grifos nossos).

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, consequentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE 563.965, de minha relatoria, Plenário, DJe 20.3.2009 – grifos nossos).

“Servidor público estadual: ‘estabilidade financeira’: é legítimo que por lei superveniente, sem ofensa a direito adquirido, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. Ademais, não havendo ‘decesso de remuneração’, não cabe a invocação da garantia da irredutibilidade de vencimentos. Precedentes: SS 844, Pertence, DJ 1º.2.96” (RE 233.958, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.9.1999 – grifos nossos).

“‘Estabilidade financeira’: inexistência de direito adquirido de servidores ativos e inativos à permanência do regime legal de reajuste de vantagem correspondente.

1. Pacífico no STF a inexistência de conflito entre a chamada ‘estabilidade financeira’ e o art. 37, XIII, CF, que proíbe vinculação entre vencimentos (cf. precedentes citados), daí não se segue, contudo, o direito adquirido do servidor beneficiário da vantagem à preservação do regime legal de atrelamento do valor dela ao vencimento do respectivo cargo em comissão: donde a legitimidade e a aplicabilidade imediata da lei que desvincule o reajuste futuro da vantagem àqueles vencimentos do cargo em comissão, submetendo-a aos critérios das revisões gerais dos vencimentos do funcionalismo.

2. Nessa hipótese, o paradigma do inativo aposentado com a ‘estabilidade financeira’, para os efeitos do art. 40, § 4º, CF, não é o ocupante atual do respectivo cargo em comissão, mas sim o servidor efetivo igualmente beneficiário, na ativa, da vantagem decorrente do exercício anterior dele.

3. Dada a garantia de irredutibilidade, da alteração do regime legal de cálculo ou reajuste de vencimentos ou vantagens funcionais jamais poderá ocorrer a diminuição do quanto já percebido conforme o regime anterior, não obstante a ausência de direito adquirido à sua preservação” (RE 226.462, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 25.5.2001 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado recorrido.5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para assentar a constitucionalidade da transformação do adicional por tempo de serviço percebido pelo Recorrido em vantagem nominalmente identificada, sujeita apenas aos reajustes gerais da remuneração do servidor público.

Considerando-se a Súmula n. 512 do Supremo Tribunal, deixo de condenar aos ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 8 de agosto de 2011.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 649.686 (460)ORIGEM : AC - 200771000303380 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : CHRISTINA SCHLICHING LIMAADV.(A/S) : JORGE NILTON XAVIER DE SOUZA

Trata-se de recurso extraordinário em que se discute a legitimidade passiva em ação que versa sobre pedido de restituição de imposto de renda retido na fonte pelo Estado do Rio Grande do Sul, bem como a competência para o julgamento dessa causa.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 607.886-RG/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que neste apelo extremo discute-se questão que será apreciada no RE 607.886-RG/RJ.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 112

Brasília, 18 de agosto de 2011. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 652.021 (461)ORIGEM : PROC - 2622010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESPÓLIO DE LEÃO BENEDITO DE ARAÚJO NOVAESADV.(A/S) : RENATA DE CÁSSIA DA SILVA LENDINESRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PERUIBEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PERUIBE

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

2. Nego seguimento a este extraordinário.3. Publiquem.Brasília, 15 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.811 (462)ORIGEM : PROC - 00059737920108190001 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LIAMAR LEAL GONÇALVESADV.(A/S) : EDSON ANTONIO SOEIRORECDO.(A/S) : MÔNICA SOARES DE AZEVEDORECDO.(A/S) : CARLOS DA COSTA CARVALHORECDO.(A/S) : MARIA HELENA JUCÁ DE ANDRADE RAMOSRECDO.(A/S) : SILVIA GUIMARÃESRECDO.(A/S) : NORMA TAVARES SCHROTERRECDO.(A/S) : DARCY DOS ANJOS SANTOSRECDO.(A/S) : ELZA MACEDO ESTEVESADV.(A/S) : CARLOS DA COSTA CARVALHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL PRIVADA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. RENÚNCIA TÁCITA. CPP, ART. 49. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF.

2. O recurso extraordinário é inadmissível quando a aferição de violação constitucional dependente da análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e oblíqua. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEM LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11).

3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do

reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes.

4. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por LIAMAR

LEAL GONÇALVES, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário.

Noticiam os autos que a ora agravante, síndica de edifício residencial, ajuizou pedido de explicações em face de alguns condôminos, nos termos do art. 144, do Código de Processo Penal, por fato tipificado no art. 138 do Código Penal, por ofensa perpetrada em razões de convocação para assembléia extraordinária, subscritas pelas partes recorridas. A Primeira Turma Recursal declarou a extinção da punibilidade, por não constar no pólo passivo todos os querelados, diante da renúncia ao exercício do direito de queixa, nos termos do art. 49 do Código de Processo Penal.

Irresignada com o teor do acórdão prolatado, a recorrente interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a, da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão geral e apontando como violado o art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Carta Federal.

Brevemente relatados, DECIDO.O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

Outrossim, impende considerar que a aferição da violação constitucional dependente da análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. À guisa de exemplos, merece transcrição a ementa dos seguintes julgados, in verbis:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO .

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário. Precedentes .

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta , só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes .

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes .

(AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11)

DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS STF 282 e 356. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. FALTA DE PEÇA NO TRASLADO. RAZÕES DE APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE SUSPOSTA OMISSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO.

1. A questão constitucional invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate e de decisão no acórdão recorrido. Desatendido o pressuposto recursal do prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do apelo extremo. Exigência do cumprimento desse requisito recursal, ainda que a questão suscitada seja de ordem pública. Precedentes. Súmulas STF 282 e 356.

2. Ausência de cópia das razões de apelação. Segundo reiterada orientação do Supremo Tribunal, é encargo da própria agravante fiscalizar a inteireza do traslado, a fim de se possibilitar a análise de eventual omissão do acórdão.

3. A jurisprudência desta Corte é pacífica em não admitir o recurso extraordinário quando o deslinde da controvérsia dependa do reexame da análise da legislação infraconstitucional, pois, nesse caso, eventual ofensa à Constituição Federal seria indireta ou reflexa.

4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ

15.03.11). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

(AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEM LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11).

Demais disso, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 113

bem como os limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido são os seguintes julgados:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta . (AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010) (grifo nosso).

CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido. (AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010) (grifo nosso).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF. .

Publique-se. Int..Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.231 (463)ORIGEM : AC - 20020099471050 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ENSINE - ESCOLAS SUPERIORES INTEGRADAS NO

NORDESTE LTDAADV.(A/S) : SYLVIO TORRES FILHORECDO.(A/S) : MONIQUE XIMENES LOPES DE MEDEIROSADV.(A/S) : MONARA MICHELLY DE OLIVEIRA CABRAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso que o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.07).

2. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por ENSINE –

ESCOLAS SUPERIORES INTEGRADAS DO NORDESTE LTDA, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 500-501, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pela 2ª Turma Recursal Mista de João Pessoa, que negou provimento ao recurso inominado interposto, para condenar a ora agravante em indenização por danos morais.

É o breve relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente apelo.Analisando a petição de recurso extraordinário de fls. 444-455,

verifica-se que a ora agravante deixou de apresentar a preliminar formal e fundamentada da repercussão geral das questões constitucionais debatidas no caso, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06.

Esta Suprema Corte, quando do julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07, fixou o seguinte entendimento:

“Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria criminal e a exigência constitucional da repercussão geral.

1. O requisito constitucional da repercussão geral (CF, art. 102, § 3º, red. EC 45/2004), com a regulamentação da L. 11.418/06 e as normas regimentais necessárias à sua execução, aplica-se aos recursos extraordinários em geral, e, em conseqüência, às causas criminais.

2. Os recursos ordinários criminais de um modo geral, e, em particular o recurso extraordinário criminal e o agravo de instrumento da

decisão que obsta o seu processamento, possuem um regime jurídico dotado de certas peculiaridades - referentes a requisitos formais ligados a prazos, formas de intimação e outros - que, no entanto, não afetam substancialmente a disciplina constitucional reservada a todos os recursos extraordinários (CF, art. 102, III).

3. A partir da EC 45, de 30 de dezembro de 2004 - que incluiu o § 3º no art. 102 da Constituição -, passou a integrar o núcleo comum da disciplina constitucional do recurso extraordinário a exigência da repercussão geral da questão constitucional.

4. Não tem maior relevo a circunstância de a L. 11.418/06, que regulamentou esse dispositivo, ter alterado apenas texto do Código de Processo Civil, tendo em vista o caráter geral das normas nele inseridas.

5. Cuida-se de situação substancialmente diversa entre a L. 11.418/06 e a L. 8.950/94 que, quando editada, estava em vigor norma anterior que cuidava dos recursos extraordinários em geral, qual seja a L. 8.038/90, donde não haver óbice, na espécie, à aplicação subsidiária ou por analogia do Código de Processo Civil.

6. Nem há falar em uma imanente repercussão geral de todo recurso extraordinário em matéria criminal, porque em jogo, de regra, a liberdade de locomoção: o RE busca preservar a autoridade e a uniformidade da inteligência da Constituição, o que se reforça com a necessidade de repercussão geral das questões constitucionais nele versadas, assim entendidas aquelas que “ultrapassem os interesses subjetivos da causa” (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 1º, incluído pela L. 11.418/06).

7. Para obviar a ameaça ou lesão à liberdade de locomoção - por remotas que sejam -, há sempre a garantia constitucional do habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII).

II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de admissibilidade: competência.

1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem, seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327).

2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita “à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal” (Art. 543-A, § 2º).

III . Recurso extraordinário: exigência de demonstração, na petição do RE, da repercussão geral da questão constitucional: termo inicial.

1. A determinação expressa de aplicação da L. 11.418/06 (art. 4º) aos recursos interpostos a partir do primeiro dia de sua vigência não significa a sua plena eficácia. Tanto que ficou a cargo do Supremo Tribunal Federal a tarefa de estabelecer, em seu Regimento Interno, as normas necessárias à execução da mesma lei (art. 3º).

2. As alterações regimentais, imprescindíveis à execução da L. 11.418/06, somente entraram em vigor no dia 03.05.07 - data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30.04.2007.

3. No artigo 327 do RISTF foi inserida norma específica tratando da necessidade da preliminar sobre a repercussão geral, ficando estabelecida a possibilidade de, no Supremo Tribunal, a Presidência ou o Relator sorteado negarem seguimento aos recursos que não apresentem aquela preliminar, que deve ser “formal e fundamentada”.

4. Assim sendo, a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007.”

Ressalte-se, por sua relevância, que a intimação do acórdão impugnado deu-se, no caso sub examine, em data posterior à fixada no aludido julgado.

NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro Luiz FuxRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.850 (464)ORIGEM : APCRIM - 20070810097348 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOÃO KLEIBER ESPERADV.(A/S) : RUBENS TAVARES E SOUSARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

No recurso extraordinário, alega-se, em síntese, violação aos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 114

princípios da ampla defesa e do contraditório, porquanto “não teve o recorrente acesso a prova vital, ou seja, a mídia que continha a gravação das imputações lhes apontadas” (fl. 595).

Sustenta-se, ainda, violação ao princípio do devido processo legal por não ter sido oportunizado prazo para apresentação da defesa prévia prevista no art. 514 do Código de Processo Penal.

Decido.Não assiste razão ao recorrente.Conforme consta dos autos, o acórdão recorrido consignou que “no

caso sub judice, a alegação de cerceamento de defesa não procede por duas razões: houve a disponibilização da mídia contendo as imagens e diálogos que balizaram o laudo pericial; precluiu o prazo para a alegação do suposto vício processual, já que formulado apenas em sede de apelação.” (fl. 550).

Ademais, extrai-se ainda que “observa-se que a Defesa tinha conhecimento da mídia, estava disponível sua consulta, mas preferiu obter cópia. Dificuldades iniciais foram evidenciadas na sua multiplicação, mas não obstaram o conhecimento do seu conteúdo ou o exercício da defesa. Tanto é que, em sede de alegações finais, o próprio acusado consignou em sua peça: ‘É bom que se registre, e em letras garrafais, que logo no início da gravação, embora não tenha localizado esta passagem na degravação, no vídeo-som consta o acusado falando: ‘eu não sabia que viria aqui hoje’.” (fl. 551).

Assim, não se vislumbra a alegada ofensa à ampla defesa a alegação de que o recorrente não teve acesso à prova dos autos.

Também não merece prosperar a alegação de violação ao devido processo legal.

Verifica-se que não se aplica o art. 514 do CPP por não se tratar de crime afiançável. Os ilícitos funcionais previstos nos arts. 305 e 319, do Código Penal, cujas penas mínimas, somadas em face do concurso material, ultrapassam o limite de dois anos previsto no art. 323, inciso I, do CPP, de acordo com a redação anterior à Lei 12.403/2011. Essa é a orientação firmada pelas duas Turmas desta Corte, de acordo com os seguintes precedentes: HC 95.712, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, decisão unânime, DJe21.5.2010; HC-ED 96.990, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 7.5.2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, RISTF, e 38 da Lei 8.038/1990).

Publique-se. Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.850 (465)ORIGEM : APCRIM - 20070810097348 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOÃO KLEIBER ESPERADV.(A/S) : RUBENS TAVARES E SOUSARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO: Por meio do Ofício nº 1279/2011, o Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília solicita cópia do Inquérito Policial nº 83/2007, que integra estes autos de recurso extraordinário em agravo.

Determino à Secretaria que encaminhe ao Juízo requerente os documentos solicitados.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.196 (466)ORIGEM : AC - 70035263987 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO GE CAPITAL S/AADV.(A/S) : LEONARDO BARCELOS DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : HENRIQUE DOUNIHEIMER DOS SANTOSADV.(A/S) : TIANA ROJAS NOLIBOS

DECISÃO:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Câmara Especial Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. REVISÃO DE CONTRATO. CARÊNCIA DE AÇÃO. Não há falar em falta de interesse de agir do contratante, por ter firmado contrato, já que é possível a revisão de eventuais cláusulas abusivas, desde que requerida. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor aos negócios jurídicos bancários. Súmula 297 do STJ.

JUROS REMUNERATÓRIOS. A Lei de Usura não pode ser invocada nos negócios jurídicos bancários, inexistindo limitação da taxa de juros em 12% ao ano. Ausência de abusividade do percentual contratado. Súmula 296 do STJ.

COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. É possível a incidência de comissão de permanência após o vencimento da dívida, desde que expressamente pactuada e não cumulada com os demais encargos decorrentes da mora, como juros moratórios, correção monetária e multa contratual, sendo o limite máximo a taxa média de mercado apurada pelo BACEN. Na hipótese de cumulação, os encargos moratórios devem ser afastados, mantendo-se tão-somente a comissão de permanência. Súmula 294 do STJ.

REPETIÇÃO DE INDÉBITO/COMPENSAÇÃO. Este órgão fracionário filia-se ao entendimento de ser viável a compensação de eventual excesso com o restante da dívida. Caso quitada a obrigação, admite-se a devolução, na forma simples, ao consumidor do crédito dos valores pagos a maior - obedecida a dobra tão-só quando existir prova inequívoca da má-fé do credor.

DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DO AUTOR E PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU. UNÂNIME“ (fl. 150).

Opostos embargos de declaração (fls. 156 a 162), não foram acolhidos (fls. 167 a 169).

No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 5º, incisos V e LV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, uma vez que os dispositivos apontados como violados carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Também não está devidamente prequestionada a questão referente à possibilidade de capitalização dos juros em periodicidade inferior a anual, conforme prevista no artigo 5º das Medidas Provisórias nºs 1.963-17 e 2.170-36. Anote-se que o fato do recorrente ter trazido a questão constitucional no bojo dos embargos de declaração não é bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos embargos, o recurso de apelação não suscitou a referida questão constitucional, hipótese em que já não se prestam os embargos declaratórios opostos contra o acórdão de segundo grau a suscitá-la pela primeira vez. Nesse sentido:

“1. Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo constitucional dado por violado (CF, art. 5º, II) não analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356.

2. Embargos de declaração, prequestionamento e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada.

3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: alegada violação a dispositivo constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06).

Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

Por fim, o acórdão recorrido decidiu as demais questões amparado na legislação infraconstitucional pertinente e nas provas dos autos. Nesse caso, a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais apontados como violados, se houvesse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja reexame na via do recurso extraordinário. Incidência das Súmulas 279 e 636 desta Corte.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 115

Nesse sentido, anote-se:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL. JUROS: APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DO DECRETO N. 22.626/33. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 617.814/GO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/12/2008).

“1. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia de natureza infraconstitucional (Código de Defesa do Consumidor), decidida com base em fatos e provas, de reexame vedado no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, das Súmula 636 e Súmula 279. 2. Alegações improcedentes de negativa de prestação jurisdicional ou de violação do art. 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal” (AI nº 597.064/BA-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 20/10/06).

No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: AI nº 821.596/MS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 10/5/11; AI nº 791.802/MS, Relator o Ministro Ayres Brito, DJe de 27/9/10, e RE nº 611.227/MS, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 13/4/10.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.491 (467)ORIGEM : AC - 70037003415 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANA GLÁDIS MARTINS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SÉRGIO MACHADO CEZIMBRARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PANAMBIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PANAMBI/RS

Decisão: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE PANAMBI. ADICIONAL DE EFICIÊNCIA. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DE DESEMPENHO FUNCIONAL DOS CARGOS OCUPADOS PELOS DEMANDANTES. SÚMULA Nº 339 DO STF. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. UNÂNIME” (fl. 400).

No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 37 da Constituição Federal, pois afronta os princípios da legalidade e da impessoalidade a criação de adicional apenas para uma parte da carreira.

Decido.Não merece prosperar a irresignação.Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:“Como se vê, a Lei Municipal nº. 1.534/96, ao instituir o adicional de

eficiência, preconizou a possibilidade de concessão a todos os servidores públicos municipais, mediante regulamentação de critérios por lei específica.

No particular, considerando que a Lei Municipal nº. 1.605, de 16.10.1997, regulamentou a concessão do adicional em questão apenas aos motoristas, motoristas especializados, operadores de máquinas e operadores de máquinas especializados, a teor do seu artigo 1º, inexiste lei específica que estabeleça os critérios de avaliação do desempenho funcional dos cargos ocupados pelos ora apelantes, esbarrando a pretensão recursal no princípio da legalidade” (fl. 401-verso).

Desse modo, o acórdão atacado solucionou a lide exclusivamente com fundamento na legislação local pertinente (Leis municipais nºs 1.534/96 e 1.605/97), insuscetível de análise na sede extraordinária. Incide, na espécie, a Súmula nº 280 da Corte. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DA SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DE SÃO PAULO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 820.995/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/2/11).

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada

não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. II - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV, e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. III - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº 704.915/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 27/3/09);

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. 1. A questão constitucional suscitada no recurso extraordinário, não foi apreciada pelo Tribunal 'a quo'. Falta-lhe, pois, o requisito do prequestionamento. Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. Ainda que superado tal óbice, eventual contrariedade à Constituição se daria de forma indireta ou reflexa, a depender da prévia análise da legislação infraconstitucional (Lei Estadual 2.180/2000), o que também inviabiliza a admissão do apelo extremo. 3. Agravo regimental improvido” (RE 559.548/MS-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 28/11/08);

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA N. 280. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 604.228/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/11/06).

Além do mais, o acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte no sentido de que “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia” (Súmula 339/STF). Anote-se as seguintes decisões:

“REMUNERAÇÃO FUNCIONAL - EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO - PRETENDIDA EXTENSÃO JURISDICIONAL, A SERVIDOR PRETERIDO, DE DETERMINADA VANTAGEM PECUNIÁRIA - INADMISSIBILIDADE - RESERVA DE LEI E POSTULADO DA SEPARAÇÃO DE PODERES - AGRAVO IMPROVIDO.

- O Poder Judiciário - que não dispõe de função legislativa - não pode conceder, a servidores públicos, sob fundamento de isonomia, mesmo que se trate de hipótese de exclusão de benefício, a extensão, por via jurisdicional, de vantagens pecuniárias que foram outorgadas, por lei, a determinada categoria de agentes estatais.

- A Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal - que consagra específica projeção do princípio da separação de poderes - foi recebida pela Carta Política de 1988, revestindo-se, em conseqüência, de plena eficácia e de integral aplicabilidade sob a vigente ordem constitucional. Precedentes.” (AI n° 273.561/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 4/10/02).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO DA ISONOMIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI n° 770.089/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 2/2/11).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro Dias ToffoliRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.401 (468)ORIGEM : AC - 6383851 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DARUMA TELECOMUNICAÇÕES E INFORMÁTICA S/AADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ GARCIARECDO.(A/S) : BEMATECH INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS S/AADV.(A/S) : MAURO CRISTIANO MORAIS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279

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STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 116

da Súmula deste Tribunal:Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

à decisão atacada, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2011.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.327 (469)ORIGEM : PROC - 201118900072 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRORECDO.(A/S) : RAPHAEL MARTINELLI LAPORTADV.(A/S) : VITOR DE MATTOS ALVES

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 154 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 593.443, de Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 24.4.2009. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.406 (470)ORIGEM : RCL - 01214200713503003 - JUIZ DO TRABALHO DA 3º

REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VALE S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS

FERROVIÁRIAS DOS ESTADOS DO ESPÍRITO SANTO E MINAS GERAIS - SINDFER

ADV.(A/S) : MÁRIO DE OLIVEIRA E SILVA FILHO

Decisão: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. 1. ILEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO. Com o cancelamento da Súmula 310/TST, o entendimento desta Corte, hoje, é no sentido de que o art. 8º, III, da Lei Maior assegura a substituição processual ampla pelo sindicato. (...) Agravo de instrumento conhecido e desprovido” (fl. 250).

Opostos embargos de declaração (fls. 273/276), foram rejeitados (fls. 279/280).

No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos II, XXXV, LIV e LV, e 8º, inciso III, da Constituição Federal, uma vez que se trata de pleito “relativo a horas extras e diárias, sendo que para a apuração das mesmas se faz necessária a individualização da jornada de cada trabalhador, e das viagens efetivadas por cada um, o que retiraria o caráter HOMOGÊNEO dos interesses” (fl. 286).

Decido.Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência

desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 5º, INC. XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa constitucional indireta. 2.

Impossibilidade de complementação das razões do recurso extraordinário por meio de petição em apartado: preclusão consumativa” (RE nº 590.843/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ademais, o acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte que, ao julgar o RE nº 193.503/SP, Plenário, Relator para acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, reconheceu a legitimidade ampla do sindicato de atuar como substituto processual nas ações em que atuam na defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais dos trabalhadores integrantes da categoria. O acórdão está assim ementado:

“PROCESSO CIVIL. SINDICATO. ART. 8º, III DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEGITIMIDADE. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DEFESA DE DIREITOS E INTERESSES COLETIVOS OU INDIVIDUAIS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. O artigo 8º, III da Constituição Federal estabelece a legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. Essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a liquidação e a execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária qualquer autorização dos substituídos. Recurso conhecido e provido” (DJ de 12/6/06).

Nesse mesmo sentido, os seguintes julgados:“ LEGITIMAÇÃO PARA A CAUSA. Ativa. Caracterização. Sindicato.

Interesse dos membros da categoria. Substituição processual. Art. 8º, III, da Constituição da República. Recurso extraordinário inadmissível. Agravo regimental improvido. O artigo 8º, III, da Constituição da República, confere legitimidade extraordinária aos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. 2. RECURSO. Agravo regimental. Reconhecimento de repercussão geral. Temas distintos. Erro material. Decisão de prejudicialidade do agravo e retorno dos autos à origem, para os fins do art. 543-B do CPC. Correção, de ofício, para torná-la sem efeito. Corrige-se, de ofício, decisão que contém erro material” (RE nº 213.974/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 2/2/10);

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. SINDICATO. ART. 8º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Recurso extraordinário parcialmente provido para reformar o acórdão, nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, no sentido da possibilidade de substituição processual pelo sindicato. 2 . Não-aplicação da Súmula 283 deste Supremo Tribunal ao caso.” (RE nº 213.974/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1/2/08);

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL DA RESPECTIVA CATEGORIA. ACÓRDÃO RECORRIDO CALÇADO EM INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL AFASTADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM COMPOSIÇÃO PLENÁRIA. PREQUESTIONAMENTO ATENDIDO. NÃO-INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. A adoção explícita, pelo Tribunal de origem, de interpretação constitucional afastada pelo Supremo Tribunal Federal em sua composição plenária, evidencia o debate da matéria deduzida no extraordinário, atendendo, a mancheias, o requisito do prequestionamento. Não-incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Precedentes: REs 193.503, 193.579, 208.983, 210.029, 211.874, 213.111 e 214.668, entre outros, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa. Agravo Regimental desprovido” (RE nº 467.762/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 1º/6/07).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.491 (471)ORIGEM : PROC - 486009220035120000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS BANCÁRIOS DE

CHAPECÓ, XANXERÊ E REGIÃOADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSRECDO.(A/S) : BANCO ITAÚ UNIBANCO S/AADV.(A/S) : GISELLE ESTEVES FLEURY

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 117

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA CONDENATÓRIA DESCONSTITUÍDA EM AÇÃO RESCISÓRIA. DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS RECEBIDAS. EXECUÇÃO, NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, DO SINDICATO QUE ATUOU COMO SUBSTITUTO PROCESSUAL NAQUELE FEITO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO IMPETRANTE. Atualmente, vigora nesta Corte o entendimento de que a decisão proferida em sede de ação rescisória poderá ser executada nos próprios autos do processo que lhe deu origem, exatamente nos termos do artigo 836, parágrafo único, desta Corte, e como procedido nos autos do processo originário. Se não há qualquer ilegalidade quanto à inserção do sindicato que atuou como substituto processual no feito originário como réu na ação rescisória, conforme sedimentado na Súmula nº 406 desta Corte, menos ainda haverá na execução movida contra aquele na própria reclamação trabalhista de origem. Recurso ordinário desprovido.” (fl. 639)

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXII, LXIX, e LIV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Ressalte-se, preliminarmente, que o art. 5º, LXIX, da Constituição,

não foi prequestionado. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa ao princípio do devido processo legal, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, no que concerne ao repasse aos substituídos dos valores sacados pelo sindicato, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput ). Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.516 (472)ORIGEM : PROC - 17106165420065110900 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

DE RORAIMA - SINTERADV.(A/S) : LUÍS FELIPE BELMONTE DO SANTOS

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário a que elese refere (CPC, art. 544, § 4º, II, “a”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 648.336 (473)ORIGEM : ROAR - 1108002020045150000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BRANCO PERES CITRUS S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO HADDADRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : LAERTE APARECIDO PAGANI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAMAL MUSTAFA YUSUF

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário a que ele se refere (CPC, art. 544, § 4º, II, “a”, na redação dada pela Leinº12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.644 (474)ORIGEM : PROC - 11192003 - JUIZ DO TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL LTDA - INDÚSTRIA DE

VEÍCULOS AUTOMOTORESADV.(A/S) : CAIO ANTONIO RIBAS DA SILVA PRADORECDO.(A/S) : MARCOS ROBERTO KARNAKSADV.(A/S) : AGAMENON MARTINS OLIVEIRA

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa:

“RECURSO DE REVISTA. NULIDADE DO V. ACÓRDÃO POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. A decisão regional, mesmo que contrária aos interesses da parte recorrente, apresentou solução judicial para o conflito, configurando-se efetiva prestação jurisdicional. Recurso de revista não conhecido.

HORAS IN ITINERE. TEMPO GASTO ENTRE A PORTARIA DA EMPRESA E O LOCAL DE SERVIÇO. DEVIDA. PROVIMENTO. O tempo despendido pelo empregado no trajeto interno do estabelecimento empresarial, da portaria até o seu posto de serviço, configura-se como hora "in itinere" e deve ser pago como sendo horas extraordinárias, já que é considerado tempo à disposição do empregador. Inteligência da Orientação Jurisprudencial nº 36 da SBDI-1-Transitória do C. TST. Recurso de revista conhecido e provido.

(...)“ (fl. 443).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação

ao art. 5º, II, da mesma Carta.Inicialmente, defiro o pedido constante às fls. 531-532, e determino

que a Secretaria retifique a autuação para constar como representante da recorrente o advogado Luiz Carlos Amorim Robortella.

Quanto ao mérito do recurso, tenho que o agravo não merece acolhida. Isso porque o dispositivo constitucional apontado como violado não foi prequestionado. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. ART. 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356.

1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais dados como contrariados. Caso em que o aresto impugnado não abordou a questão constitucional disposta nos dispositivos tidos por violados (arts. 5º, LV; 93, IX e 207 da CF), tampouco foram opostos embargos de declaração, imprescindíveis a suprir eventual omissão. Incidência das Súmulas STF 282 e 356.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 118

2. Agravo regimental improvido” (RE 363.743–AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.693 (475)ORIGEM : PROC - 63309 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : HOSPITAL E MATERNIDADE PRÍNCIPE HUMBERTO S/

AADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMARECDO.(A/S) : MARCELO DE CAMARGOS BARACHOADV.(A/S) : CAROLINA MAGNANI

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que determinou a desconsideração da personalidade jurídica da ora recorrente para atingir o patrimônio dos seus respectivos sócios.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que o recorrente deixou de atacar o fundamento da decisão agravada referente à incidência da Súmula 279 do STF. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF.

(...) IV – Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria, Primeira Turma).“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.747 (476)ORIGEM : AC - 200770010070482 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : AMADEU FELIPE DA LUZ FERREIRAADV.(A/S) : LEANDRO ISAÍAS CAMPI DE ALMEIDA

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – INDENIZAÇÃO – REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS – ATIVIDADE POLÍTICA – PERSEGUIÇÕES OCORRIDAS DURANTE O PERÍODO MILITAR - NÃO-INCIDÊNCIA DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL – ART. 1º DO DECRETO Nº 20.910/1932 – IMPRESCRITIBILIDADE. INOVAÇÃO DE TESE EM AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. A jurisprudência desta Corte Superior é pacifica no sentido de que a prescrição quinquenal disposta no art. 1º do Decreto 20.910/1932 é inaplicável aos danos decorrentes de violação de direitos fundamentais, por serem imprescritíveis, principalmente quando ocorreram durante o Regime Militar, época na qual os jurisdicionados não podiam deduzir a contento as suas pretensões.

2. Por conseguinte, torna-se despicienda a análise em torno do

momento inicial para a contagem do prazo prescricional da presente ação, tendo em vista que foi postulada a condenação da ora recorrente por danos morais decorrentes de violações dos direitos da personalidade ocorridos durante o período militar, que se revelam imprescritíveis.

3. Ademais, com relação ao pedido de anular-se o acórdão recorrido em decorrência da declaração de inconstitucionalidade de norma legal realizada pelo Tribunal de origem (art. 1º do Decreto nº 20.910/32) por órgão fracionário, não há razão de ser no momento recursal em análise, pois tal argumento não foi suscitado no recurso especial, motivo pelo qual deixo de emitir pronunciamento sobre a questão por não ser possível inovar no âmbito de agravo regimental.

4. Agravo regimental não provido”No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa

aos arts. 1º, III, 5º, caput, III, XLIII e XLIV, e 97 da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. Ressalte-se que, com exceção do art. 97, os demais dispositivos

constitucionais tidos como violados não foram prequestionados. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, não houve declaração de inconstitucionalidade de lei por órgão fracionário do Superior Tribunal de Justiça nem o afastamento da norma por fundamentos extraídos da Constituição Federal. No caso, o acórdão recorrido limitou-se a aplicar a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Por oportuno, trago à colação ementa do AI 781.787-AgR/GO, Rel. Min. Ellen Gracie, no qual se analisa questão análoga:

“(...)1. Inexistência de ofensa ao princípio da reserva de plenário, pois o

acórdão recorrido analisou normas legais sem julgar inconstitucional lei ou ato normativo federal ou afastar a sua incidência, restringindo-se o Superior Tribunal de Justiça a considerar inaplicável ao caso o art. 1º do Decreto 20.910/32.

2. Agravo regimental a que se nega provimento”.No mesmo sentido cito, ainda, a seguinte decisão monocrática: AI

821.747, Rel. Min. Gilmar Mendes.Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.851 (477)ORIGEM : PROC - 20020100013602 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO

PESSOARECDO.(A/S) : ADRIANA SANTOS FÉLIXADV.(A/S) : ADAILTON COELHO COSTA NETO

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 191 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 596.478, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 2.10.2009. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2011.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.867 (478)ORIGEM : AC - 68254909 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MELHORAMENTOS PAPÉIS LTDAADV.(A/S) : MARIO ISAAC KAUFFMANNRECDO.(A/S) : JOSÉ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOAQUIM RODRIGUES GUIMARAES

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“RESPONSABILIDADE CIVIL. Demanda reparatória contra ex-empregadora. Operação em equipamento industrial, sob esforço físico acentuado e movimentos repetitivos. Patologia na coluna. Incapacidade parcial e permanente. Dever reparatório. Incúria na tutela de meios preventivos. Pensão vitalícia. Apelo do autor. Provimento”.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, II e LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que a recorrente deixou de atacar o fundamento da decisão agravada referente ao óbice da Súmula 279 desta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 119

Corte, limitando-se a repetir as razões do recurso extraordinário. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF.

(...) IV – Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria).“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2011.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. LUIZ FUX

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 448.605 (479)ORIGEM : AC - 11724386 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FLÁVIO MARQUES FERREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTA GONÇALVES PONSO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. EC 29/00. IPTU. ALÍQUOTAS. PROGRESSIVIDADE. DEVOLUÇÃO DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos relativa à constitucionalidade da instituição de alíquotas progressivas do IPTU após o advento da Emenda Constitucional 29/00, submetendo-a à apreciação do Pleno desta Corte nos autos do RE 586.693, Relator o Ministro Marco Aurélio.

O Plenário da Corte, ao apreciar questão de ordem nos autos do RE 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 04.09.2008, decidiu estender a aplicabilidade do instituto da repercussão aos recursos interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Destarte, aplicando a decisão plenária proferida no julgamento do RE 579.431, secundada, a posteriori, pelos AI 503.064-AgR-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, AI 811.626-AgR-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, e RE 513.473-ED, Relator o Ministro Cézar Peluso, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, consoante o disposto no artigo 328, parágrafo único, do RISTF, combinado com o artigo 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 8 de agosto de 2011.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 448.743 (480)ORIGEM : AC - 11439608 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DISTRIBUIDORA FARMACÊUTICA PANARELLO LTDAADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DE MATTOS FRANCO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.261 (481)ORIGEM : AC - 11319758 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EDGARDO FRANCISCO MENGHINIADV.(A/S) : ENRIQUE DE GOEYE NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.965 (482)ORIGEM : AC - 11501647 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : THE SWIMMER CONVIVÊNCIA ESPORTE E ARTE

LTDAADV.(A/S) : MARCOS ABRIL HERRERA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.969 (483)ORIGEM : AMS - 11570626 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : L.O. BAPTISTA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS RIBEIRO BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 471.279 (484)ORIGEM : AC - 11526119 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CADISA ARMAZÉNS GERAIS LTDAADV.(A/S) : MARIA HELENA DE BARROS H TACCHINIRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.011 (485)ORIGEM : AC - 11596131 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : HAROUTIOUN DER HAROUTIOUNIANADV.(A/S) : LUIS MARCELO FARIA GUILHERMERECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.685 (486)ORIGEM : AC - 11256249 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : VESPACI S/C LTDAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DE MELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.699 (487)ORIGEM : AC - 11511932 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : REGINA DE LOURDES GONÇALVES DE LORENZOADV.(A/S) : NILZA MORBINRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 120

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.371 (488)ORIGEM : EIAC - 1213938901 - TRIBUNAL DE ALÇADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALBERTO SRURADV.(A/S) : ROBERTO BORTMAN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 479

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. LUCIANA PIRES ZAVALA, Secretária Judiciária.

Brasília, 19 de agosto de 2011.

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

A R N (82)ACI HELI COUTINHO E OUTRO(A/S) (206)ADAILTON COELHO COSTA NETO (477)ADALBERTO PACHECO DOMINGUES (306)ADELMO DA SILVA EMERENCIANO E OUTRO(A/S) (365)ADEMILSON ALVES DE BRITO (344)ADEMILSON ALVES DE BRITO E OUTRO(A/S) (360)ADEMILSON GODOI DOS SANTOS (281)ADEVILSON RAMALHO CHAGAS (153)ADRIANA APARECIDA CODINHOTTO E OUTRO(A/S) (342)ADRIANA DE PAULA BARATTO (92)ADRIANA MARIA RULLI E OUTRO(A/S) (98)ADRIANO LOUREIRO BINATO DE CASTRO (4)ADRIENE MARIA DE MIRANDA E OUTRO(A/S) (311)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(5) (8) (15) (16) (20) (54) (78) (84) (85) (92)(100) (124) (159) (168) (170) (177) (178) (188) (223) (228)(254) (255) (256) (257) (285) (286) (287) (287) (288) (289)(290) (291) (293) (295) (296) (297) (298) (301) (304) (304)(306) (309) (314) (321) (335) (432) (472) (476)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(69) (227) (303) (370) (372) (458)AGAMENON MARTINS OLIVEIRA (474)AGENOR LUZ MOREIRA E OUTRO(A/S) (239)AGROBAU PRESTAÇÃO SERVIÇOS S/C LTDA (120)AIRTON FORBRIG E OUTRO(A/S) (35)ALBERTO DONIZETI PAULO (191)ALBERTO LEITE RIBEIRO FILHO E OUTRO(A/S) (385)ALBERTO PAVIE RIBEIRO (321)ALCIDIO BOANO (347)ALESSANDRA REIS E OUTRO(A/S) (316)ALESSANDRO MAURO THOMAZ DE SOUZA (63)ALESSANDRO RICARDO TROMBIN (156)ALEX SANDRO DA SILVA (181)ALEX SANDRO GOMES ALTIMARI (445)ALEX SANDRO OLTRAMARI (137)ALEX VIEGAS DE LEMES E OUTRO(A/S) (43)ALEXANDRE ALBERTO CARMONA (60)ALEXANDRE BARENCO RIBEIRO (114)ALEXANDRE CARVALHO SIMON E OUTRO(A/S) (27)ALEXANDRE FRANCISCO CAVALLAZZI MENDONÇA E OUTRO(A/S)

(292)

ALEXANDRE ROMERO DA MOTA (108)ALEXANDRE SILVA SANTANA (18)ALEXANDRE YUJI HIRATA (401)ALEXANDRO BENVENUTTI DOS SANTOS (41)ALEXIS COUTO DE BRITO E OUTRO(A/S) (81)ALIETE DO CARMO VELLOSO (14)ALINE NETO DA PAIXAO (277)ALOÍZIO JOSÉ DE CARVALHO (183)ALTEMIR WAGNER DOS SANTOS (142)ÁLVARO LUIZ DE QUEIRÓZ (132)AMANDA LIMA MARTINS (102)AMAURI DE LIMA COSTA (351)

AMAURY MEYER (159)ANA CECÍLIA MONTEIRO CHAVES DE AZEVEDO (437)ANA CRISTINA CORDEIRO DE AGUIAR (265)ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO(A/S) (248)ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH E OUTRO(A/S) (182)ANA FRAZÃO E OUTRO(A/S) (321)ANA KARINA DE OLIVEIRA E SILVA E OUTRO(A/S) (170)ANA KARINA DE OLIVEIRA E SILVA MERLIN (431)ANA LÚCIA DE OLIVEIRA MARTINS (383)ANA LÚCIA JANSSON ROSEK E OUTRO(A/S) (368)ANA LUZIA COSTA CAVALCANTI MANSO (231)ANA PAULA MITIKO TAKAKI (438)ANA ROSA TENÓRIO DE AMORIM E OUTRO(A/S) (231)ANA TEREZA PALHARES BASILIO E OUTRO(A/S) (403)ANDERSON OLIVIÉRI MENDES E OUTRO(A/S) (394)ANDRÉ ALVES FONTES TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (213)ANDRÉ LUIZ ARANTES SCHEIDT E OUTRO(A/S) (448)ANDRÉ LUIZ FARIA MIRANDA (185)ANDRÉA ANGERAMI CORREA DA SILVA E OUTRO(A/S) (175)ANDRÉA BUENO MAGNANI MARIN DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (386)ANDRÉA FERREIRA DOS SANTOS CAETANO (57)ANDRÉA LAZZARINI SALAZAR (175)ANDRÉA MARA ROCHA E OUTRO(A/S) (174)ANDREI FRETTA WEIS E OUTRO(A/S) (96)ANDRÉIA MINUZZI FACCIN E OUTRO(A/S) (406)ANDRESSA MIRELLA CASTRO TORRES (432)ANDREY SALMAZO POUBEL (71)ANDYARA KLOPSTOCK SPROESSER (198)ANETE MAIR MEDEIROS DE PONTES VIEIRA (222)ANGÉLICA DE MATTOS GÓES VIEIRA (154)ANTHONY NWOKEDI TOBECHUKWU (271)ANTONELLA PACHECO BERTOLUCCI (59)ANTONIO APARECIDO FAVA (63)ANTÔNIO AUGUSTO PINTO MOREIRA (267)ANTONIO CÂNDIDO DO CARMO (186)ANTONIO CARLOS CAIO SIMEIRA JACOB (81)ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO (4)ANTONIO CARLOS DOS SANTOS (262)ANTONIO CESAR BIANCO (90)ANTONIO CÉSAR DOS SANTOS (262)ANTÔNIO COLPO E OUTRO(A/S) (229)ANTÔNIO DUARTE DE OLIVEIRA FILHO (102)ANTÔNIO GLÊNIO FARIA MARCONDES DE ALBUQUERQUE (166)ANTÔNIO HEINZ WINTER (55)ANTONIO RUIZ FILHO E OUTRO(A/S) (82)ARAMIS DOS SANTOS PORTO E OUTRO(A/S) (52)ARIEL DITTMAR RAGHIANT (164)ARIELLE BENASSI CEPÊRA PAPP E OUTRO(A/S) (63)ARINAN ALCÂNTARA DE ALMEIDA (456)ARNALDO DAVID BARACAT E OUTRO(A/S) (163)ARNALDO PUCCINI MEDEIROS (164)ARNALDO ROBERTO MOREIRA DA SILVA (63)ARNOLDO WALD (175)ARTHUR DE ARRUDA CAMPOS E OUTRO(A/S) (385)ARTHUR DE CASTILHO NETO (128)ARTUR EUGÊNIO MATHIAS (329)ASEA BROWN BOVERI LTDA (59)AUCEBERG PEREIRA DE OLIVEIRA (75)AURELIANO PIRES VASQUES (151)AYLTON CESAR GRIZI OLIVA (225)BENEDICTO CELSO BENÍCIO (342)BENJAMIN CALDAS GALLOTTI BESERRA E OUTRO(A/S) (221)BERTO RECH NETO (411)BIANCA MARTINS CARNEIRO FAMILIAR (120)BIANCA MESSIAS MENDES (20)BRUNO LOPES DE ARAÚJO (250)BRUNO PAIVA GOUVEIA (1)BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/S) (208)CAIO ANTONIO RIBAS DA SILVA PRADO (474)CAMILA DAVID DE SOUZA CHANG (423)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO (335)CARINE CRISTINA FUNKE (268)CARINE DE MEDEIROS MARTINS (65)CARLA MARGARIDA MARIA MIGLIARI (63)CARLA MARQUES CAMPANARIO (63)CARLA SOARES VICENTE E OUTRO(A/S) (330)CARLOS ALBERTO GOULART GUERBACH (113)CARLOS ALBERTO MÔNACO JÚNIOR (164)CARLOS ALVES CRIVINEL DE LIMA E OUTRO(A/S) (46)CARLOS DA COSTA CARVALHO(462) (462)CARLOS DONIZETI SOTOCOMO (371)CARLOS EDUARDO MANFREDINI HAPNER E OUTRO(A/S) (325)CARLOS EDUARDO MONTE ALEGRE TORO (63)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 121

CARLOS FRANKLIN PAIXÃO ARAUJO (95)CARLOS FREDERICO NÓBREGA FARIAS (144)CARLOS FREDERICO NÓBREGA FARIAS E OUTRO(A/S) (178)CARLOS HENRIQUE DE MATTOS FRANCO E OUTRO(A/S) (480)CARLOS HIROSHI YOKOYAMA (63)CARLOS JOSÉ ELIAS JUNIOR (218)CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO E OUTRO(A/S) (4)CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTRO(A/S) (372)CARLOS ROBERTO FRANCO DE MATTOS JUNIOR (63)CARLOS SPINDLER DOS SANTOS (146)CARLOS SPINDLER DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (400)CARLOS VICTOR AZEVEDO SILVA E OUTRO(A/S) (212)CAROLINA MAGNANI (475)CAROLINE TEREZINHA RASMUSSEN DA SILVA (219)CÁTIA PEREIRA MARTINS SANTANA E OUTRO(A/S) (229)CECÍLIA TANAKA (339)CELINA RODRIGUES DA CUNHA OLIVEIRA (148)CELSO BOTELHO DE MORAES E OUTROS (10)CELSO DE FARIA MONTEIRO E OUTRO(A/S) (340)CELSO DE MOURA E OUTRO(A/S) (246)CELSO LAURENTINO DA SILVA (277)CESAR AUGUSTO GUIMARÃES PEREIRA E OUTRO(A/S) (24)CÉSAR FRANCESCHI E OUTRO(A/S) (226)CÉSAR PIANTAVIGNA (428)CHERYL BERNO E OUTRO(A/S) (192)CICERO HENRIQUE (63)CID LUIZ RACCA (63)CLARISSA PORTO ALEGRE SCHMIDT (59)CLAUDECIR FRANCISCO ALVES (371)CLAUDIA MARIA BORGES COSTA PINTO E OUTRO(A/S) (49)CLÁUDIA MARIA CARVALHO DO AMARAL VIEIRA E OUTRO(A/S) (63)CLAUDIA MARIA LIMA SCHEIDWEILER (358)CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE (107)CLAUDINEI DE SOUZA REZENDE E OUTRO(A/S) (303)CLÁUDIO GELSON DAHLEM (85)CLÁUDIO JOSÉ NUNES DA SILVA (131)CLÁUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTRO(A/S)(140) (310)CLEBER MARQUES REIS(68) (304)CLÉBER REIS DE OLIVEIRA (59)CLEBER VARGAS BARBIERI E OUTRO(A/S) (364)CLETO GALDINO NIEHUES E OUTRO(A/S) (41)CONRADO NORBERTO WEBER (54)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Nº 2008.10.00.000.972-0)

(293)

CONSULADO DE ISRAEL EM SÃO PAULO (256)CORINNA LEITE ISAAC (367)CREUZA DE ABREU VIEIRA COELHO (203)CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S) (444)CRISTIANO ROESLER BARUFALDI (22)CRISTIANO SOLETTI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (379)CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(A/S) (160)CRISTINA ALCÂNTARA QUINTO (4)CRISTINA DO NASCIMENTO COSTA E OUTRO(A/S) (389)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA (475)DALTON LUIZ DALLAZEM E OUTRO(A/S) (252)DANIEL BRITO D'ALMEIDA E OUTRO(A/S) (139)DANIEL MARTINS FELZEMBURG (341)DANIELLE ZULATO BITTAR (295)DANIELLE ZULATO BITTAR E OUTRO(A/S) (139)DANILO KNIJNIK E OUTRO(A/S) (449)DARCIO JOSÉ DA MOTA E OUTROS (245)DARCY DOS ANJOS SANTOS (462)DAVID GOMES DA SILVA(77) (77)DÉCIO FREIRE (129)DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) (242)DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) (180)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA (83)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(187) (279) (397)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(48) (99)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(116) (244)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(74) (75) (78) (79) (80) (261) (265) (267) (269) (271)(272) (274) (275) (281) (307) (328) (453)DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIRO (388)DEMETRIO AMONI NETTO (63)DENISE ABREU CAVALCANTI CALIL(83) (126)DENISE DE FÁTIMA DE ALMEIDA E CUNHA E OUTRO(A/S) (177)

DENISE VIEIRA RODRIGUES CORONEL (345)DENNIS OLIMPIO SILVA E OUTRO(A/S) (143)DERLI IZAGUIRRE DE OLIVEIRA (438)DIAGONAL CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA (303)DIEGO DETONI PAVONI (327)DIEGO DOS SANTOS ROSA (279)DIETER FRIEDRICH (39)DOUGLAS APARECIDO FERNANDES (349)DULCINÉIA COUTINHO DA SILVA (150)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA (373)EDISON XAVIER DUQUE (164)EDSON ANTONIO SOEIRO (462)EDSON GAMA ALVES E OUTRO(A/S) (226)EDSON TEIXEIRA DE MELO (130)EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO E OUTRO(A/S) (221)EDUARDO DE CASTRO CAMPOS E OUTRO(A/S) (283)EDUARDO FRÓES RIBEIRO DE OLIVA E OUTRO(A/S) (92)EDUARDO GAIOTTO LUNARDELLI (135)EDUARDO PELLEGRINI DE ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S) (7)EDUARDO SERRANO DA ROCHA (88)EDUARDO THIÉBAUT PEREIRA (234)EDUARDO ZINÉZI DUQUE (164)EDWARD JOHNSON GONÇALVES DE ABRANTES (250)EDY GONÇALVES PEREIRA E OUTRO(A/S) (369)ELDER GUERRA MAGALHÃES (122)ELIANA GALVÃO DIAS E OUTRO(A/S) (389)ELIEZER PEREIRA MARTINS (235)ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) (26)ELISABETE MARTINS DA SILVA (202)ELISÍO DA SILVA FERREIRA PINTO (363)ELMO CAMPOS OLIVEIRA (262)ELOY MAGALHÃES HOLZGREFE JÚNIOR (112)ELTON CALIXTO E OUTRO(A/S) (5)ELTON NAVES TEIXEIRA (133)EMANUELA VIEIRA FERREIRA LIMA (169)ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES E OUTRO(A/S) (330)ENRIQUE DE GOEYE NETO E OUTRO(A/S) (481)ERICA AOKI (63)ESPÓLIO DE ADELINO PECHUTTI (385)EUGENIO PEREIRA LIMA (429)EULER VILAÇA BATISTA BORGES (152)EUNICE MELLO LIMA (63)EUNICE SCHUMANN E OUTRO(A/S) (34)EUSTACHIO DOMICIO LUCCHESI RAMACCIOTTI (331)EVANDRO DE CASTRO BASTOS (434)EVERALDO TUFIK SOUBHIA (63)Eduardo Fróes Ribeiro de Oliva (93) (302)FABIANO MEDEIROS PINTO (429)FABIANO SANTOS BORGES (396)FABIO ARTIGAS GRILLO E OUTRO(A/S) (323)FABIO LUCIO MACHADO (89)FABIO MAZETTI (151)FÁBIO ROBERTO LOTTI (106)FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ (21)FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S) (379)FABRÍSIO PABLO COSTAL VINHÁTICO (78)FARAÓ QUÉOPS DAS NEVES (348)FELIPE AUGUSTO FORTE DE NEGREIROS DEODATO (250)FELIPE AUGUSTO MOREIRA GONÇALVES (69)FELIPE DANIEL AMORIM MACHADO (282)FELIPE DUVIVIER DE ALBUQUERQUE MELLO E OUTRO(A/S) (243)FERNANDO AUGUSTO CÂNDIDO LEPE (106)FERNANDO CARLOS PUCCINI DE AMORIM (164)FERNANDO CÉSAR PIEROBON BENTO (105)FERNANDO COELHO ATIHÉ (28)FERNANDO COELHO MADEIRA DE FREITAS (121)FERNANDO JOSÉ FIGUEIREDO ROCHA E OUTRO(A/S) (357)FERNANDO JOSÉ GARCIA (468)FERNANDO LOESER (37)FERNANDO VILAR E OUTRO (167)FIORAVANTI FONSECA FERNANDES (127)FLAVIA REGINA FERRAZ DA SILVA (104)FLAVIA REGINA FERRAZ DA SILVA E OUTRO(A/S) (407)FLÁVIA THAUMATURGO FERREIRA ACAMPORA E OUTRO(A/S) (331)FLÁVIO ALMEIDA DE LIMA E OUTRO(A/S) (378)FLÁVIO AUGUSTO DUMONT PRADO (222)FLÁVIO AURÉLIO NOGUEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S) (175)FLÁVIO BARZONI MOURA (341)FLÁVIO DAVID (268)FLÁVIO LUCAS DE MENEZES SILVA E OUTRO(A/S) (63)FLÁVIO NASCIMENTO PINHEIRO E OUTRO(A/S) (184)FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (157)FLORENTINO DA SILVA NETO (356)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 122

FLORESTAN RODRIGO DO PRADO E OUTRO(A/S) (263)FLORIANO DUTRA NETO (244)FLORIANO DUTRA NETO E OUTRO(A/S) (454)FRANCELY MORRELL (63)FRANCIS LOUIS MORREL JUNIOR (63)FRANCISCO CARLOS ROSAS GIARDINA E OUTRO(A/S) (94)FRANCISCO CESAR ASFOR ROCHA (160)FRANCISCO JAIME BORGES (63)FRANCISCO SOARES DE QUEIROZ (88)FRANCISCO TOSCO FILHO (107)FRANCISCO VALDEMIR MOURÃO (53)FRANCISCO XAVIER AMARAL (133)FRANZ FERREIRA DE MENDONÇA (402)FUNDAÇÃO BIÓTICA (164)G C DA S (83)GABRIELA DE CARVALHO SOARES E OUTRO(A/S) (51)GABRIELA FONSECA DE LIMA (277)GABRIELLA FREGNI E OUTRO(A/S) (440)GASPAR FERREIRA DE SOUZA (273)GEDISON FERREIRA SALDANHA (272)GELSON FÃO MARTINS (80)GENARO RICARDO DA SILVA FERREIRA (63)GERALDO BARALDI JUNIOR (427)GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

(214)

GERMANO CELSO SCHWARTZ (392)GERSON REZENDE DOS SANTOS (395)GESULMINA BAIERLE LUCAS REPRESENTADO POR ROSA MARIA LUCAS FUHRMEISTER

(299)

GETÚLIO HUMBERTO BARBOSA DE SÁ E OUTRO(A/S) (294)GEYZON OLIVEIRA REIS (152)GILBERTO ANTONIO MEDEIROS E OUTRO(A/S) (63)GILNEI FLORES (79)GIOVANA MICHELIN LETTI E OUTRO(A/S) (21)GISELLE ESTEVES FLEURY (471)GISELLE ESTEVES FLEURY E OUTRO(A/S) (318)GIUSEPPE ZAMPIERI (149)GLAUCIO C SILVA MOLINO E OUTRO(A/S) (140)GONÇALO BONET ALLAGE (92)GRACIELA CAMPOS E OUTRO(A/S) (441)GRANVILLE MOLONHA ALENCAR (55)GUILHERME RICARDO ROEDEL SPERB (93)GUILHERME S DE ARAUJO NETO (63)GUSTAVO ANDÈRE CRUZ (126)GUSTAVO MARTIN TEIXEIRA PINTO (305)GUSTAVO PACHER (45)HELENA DE ALBUQUERQUE DOS SANTOS (335)HELENA DE ALBUQUERQUE DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (238)HÉLIO FÁBIO TEIXEIRA DOS SANTOS FILHO (115)HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO E OUTRO(A/S) (189)HÉLIO RENALDO DE OLIVEIRA (128)HÉLIO SAMPAIO CUNHA (130)HENRIQUE CESAR DE ASSUNCAO VERAS (288)HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S) (222)HENRIQUE MARTINS GOMES (268)HERIBERTO ESCOLÁSTICO BEZERRA (88)HERMANO DE VILLEMOR AMARAL E OUTRO(A/S) (36)HERMETO ROCHA DO NASCIMENTO (35)HILDEMAR SANTOS BONFIM OU HILDEMAR SANTOS BOMFIM (262)HINDENBURG BRASIL CABRAL PINTO DA SILVA (4)HUGO NAPOLEÃO DO REGO NETO E OUTRO(A/S) (161)HUMBERTO LUCAS MARINI E OUTRO(A/S) (447)IGOR CITELI FAJARDO CASTRO E OUTRO(A/S) (318)IGOR MACHADO DE FREITAS(260) (260)ILMAR NASCIMENTO GALVÃO (175)INÁCIO DE JESUS BARROS DE CASTRO (14)INDALÉCIO GOMES NETO (216)INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS

(409)

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE CURITIBA - IPMC

(64)

JACÓ CARLOS SILVA COELHO E OUTRO(A/S) (50)JADER EVARISTO TONELLI PEIXER (353)JAMAL MUSTAFA YUSUF (473)JAVIER ALVES JAPIASSÚ E OUTRO(A/S) (312)JEAN LUIGI TINACO MANNARINO DE ABREU E SILVA (259)JESSE VELMOVITSKY (47)JESUS PEREIRA (97)JOAMIR CASAGRANDE (280)JOÃO ANTUNES DE AMORIM (282)JOÃO APARECIDO BAZOLLI E OUTRO(A/S) (7)JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S) (188)JOÃO CARLOS DIAS DE FREITAS (63)

JOÃO CARLOS LOPES SCALZILLI E OUTRO(A/S) (22)JOÃO CLÁUDIO FRANZONI BARBOSA (217)JOÃO DA MATA DE SOUSA FILHO (250)JOÃO DÁCIO DE SOUZA PEREIRA ROLIM (414)JOÃO EVANIR TESCARO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (450)JOÃO HUMBERTO MARTORELLI(15) (16)JOÃO LEONEL ANTOCHESKI E OUTRO(A/S) (232)JOÃO PAULO MONT'ALVÃO VELOSO RABELO E OUTRO(A/S) (11)JOÃO RAIMUNDO ALEXANDRE NETO (407)JOÃO TADEU SEVERO DE ALMEIDA NETO (6)JOÃO VICENTE SILVA ARAÚJO (306)JOÃO VICTOR MARANHÃO DE SIQUEIRA DIAS (71)JOAO VITOR FONTANA (280)JOAQUIM RODRIGUES GUIMARAES (478)JOEL ALVES DE SOUZA JUNIOR E OUTRO(A/S) (199)JOHNSON GONÇALVES DE ABRANTES (250)JOMAR DOS REIS QUINTAS E OUTRO(A/S) (408)JOMAS FULGÊNCIO DE LIMA JÚNIOR (55)JONADABE LAURINDO E OUTRO(A/S) (197)JORDANIO MENDES RODRIGUES (264)JORGE GONGORA VILELLA (293)JORGE NILTON XAVIER DE SOUZA (460)JORGE OCTAVIO LAVOCAT GALVÃO (175)JORGE SANT'ANNA BOPP E OUTRO(A/S) (455)JORGE TEIXEIRA NADER (296)JOSÉ AFONSO BRAGANÇA BORGES E OUTRO(A/S) (12)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S) (337)JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (404)JOSÉ AUGUSTO LEAL (66)JOSÉ BRUN JÚNIOR (120)JOSÉ CARLOS DELGADO SÉVICO E OUTRO(A/S) (195)JOSÉ CARLOS SCARIM (401)JOSÉ CAVALCANTE DE ALENCAR JUNIOR (111)JOSÉ EDUARDO DORNELAS SOUZA (422)JOSÉ EDUARDO HADDAD (473)JOSÉ EPIFÂNIO DE CARVALHO NETO (176)JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO(A/S) (180)JOSÉ GILSON DOS SANTOS (220)JOSE JOAQUIM DE MATOS FILHO (73)JOSE LAVRADOR FILHO (63)JOSÉ LÁZARO PEREIRA DE OLIVEIRA (364)JOSÉ LUIZ TORO DA SILVA (369)JOSE MARCO TAYAH E OUTRO(A/S) (352)JOSÉ MARCOS LIMA DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (36)JOSÉ MARIA ARNT FERNÁNDEZ (67)JOSÉ NELSON LOPES (87)JOSÉ NILO DE CASTRO (72)JOSÉ NILO DE CASTRO E OUTRO(A/S) (141)JOSÉ PERDIZ DE JESUS (234)JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR (354)JOSÉ RICARDO BIAZZO SIMON E OUTRO(A/S) (56)JOSÉ ROBERTO BARBOSA PRATA (173)JOSÉ ROBERTO RODRIGUES (147)JOSÉ WALTER LUBARINO DOS SANTOS (119)JOSELAINE ZATORRE (439)JOSINEI DA SILVA(76) (76)JUCELAINE CERBATTO SCHMITT-PRYM (83)JUIZ DA 2º VARA DO TRABALHO DE SERTÃOZINHO - SP (90)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE UNIÃO DOS PALMARES

(231)

JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ITAPEVI (277)JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA DOS FEITOS DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE TERESINA

(169)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE BAURU

(261)

JUÍZA DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NOVA IGUAÇU (300)JUÍZA FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

(168)

JUÍZA FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE CORUMBÁ (PROC. 2005.60.04.000349-5)

(164)

JULIANA FERREIRA DE VASCONCELOS SOLER (147)JULIANA MARA RAIMUNDO SBRISSA DO AMARAL (157)JULIANA PEDROSA MONTEIRO(289) (290)JULIANE SEADI LIPP (52)JULIANO VENTURELLA FONTANA E OUTRO(A/S) (388)JULIO CESAR DO AMARAL POLI OU JULIO CEZAR DO AMARAL POLI

(74)

JÚLIO CÉSAR MARTINS CASARIN(257) (298)JULIO VINICIUS AUAD PEREIRA (230)JULLY HEYDER DA CUNHA SOUZA (328)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 123

JURANDIR RAMOS DE SOUSA E OUTRO(A/S) (347)KAMERINO THADEU LINO ARAÚJO (119)KARILLA TOTINO PIRES (393)KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (426)KELLY MARTINS RAMOS (62)KEMELLA GNOCCHI DE GODOY E OUTRO(A/S) (28)L J B (284)LAÉRCIO ARRUDA GUILHEM (390)LAERTE DANTE BIAZOTTI E OUTRO(A/S) (385)LARA CORRÊA SABINO BRESCIANI E OUTRO(A/S) (175)LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO(A/S) (287)LARRI DOS SANTOS FEULA (27)LAZARO PEREIRA DA SILVA (258)LEANDRO HERLEINN MURI (216)LEANDRO ISAÍAS CAMPI DE ALMEIDA (476)LEON DENIZ BUENO DA CRUZ E OUTRO(A/S) (50)LEONAM FONSECA CASIMIRO (240)LEONARDO BARCELOS DE OLIVEIRA (466)LEONARDO GARCIA VECCHI E OUTRO(A/S) (209)LEONARDO PEREIRA REZENDE (101)LETÍCIA BIANCHINI DA SILVA E OUTRO(A/S) (247)LETÍCIA ROCHA GONÇALVES (191)LIA CAROLINA FLÔRES (400)LÍBERO LUCHÉSI NETO E OUTRO(A/S) (443)LIDIA TEIXEIRA LIMA (236)LILIAN CARLA MARQUES DE CASTRO E OUTRO(A/S) (370)LIONIO RAMOS DE CARVALHO JR (333)LIZANDRA FLORES DE SOUZA (57)LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS (134)LOURENÇO GASPARIN (415)LUCAS VALÉRIO DE CASTILHO (191)LUCIANA ANGEIRAS FERREIRA (425)LUCIANA BORGES MARTINS (17)LUCIANA DINIZ NEPOMUCENO (297)LUCIANA GIL COTTA (420)LUCIANA GUIMARÃES FRAGA E OUTRO(A/S) (374)LUCIANA MARTINS BARBOSA E OUTRO(A/S) (455)LUCIANA OLBERTZ ALVES (1)LUCIANA PORTO (88)LUCIANA SCACABAROSSI ERRERA (305)LUCIANO ALEXANDRE PEREIRA (258)LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO(A/S)(368) (408)LUCIANO PORTO (86)LUCIANO SCHAUFFERT DE AMORIM (68)LUCIEN FÁBIO FIEL PAVONI E OUTRO(A/S) (55)LUCILIA DELLA FABRICIO (63)LÚCIO SALOMONE E OUTROS (87)LUDIMAR RAFANHIM (64)LUIGI MARIA GIUSEPPE BORGHINI (109)LUIS AUGUSTO ROUX AZEVEDO E OUTRO(A/S) (63)LUIS EDUARDO MENEZES SERRA NETTO E OUTRO(A/S) (30)LUIS EDUARDO PATRONE REGULES (63)LUÍS FELIPE BELMONTE DO SANTOS (472)LUÍS FELIPE RAMOS CALAZANS (156)LUIS FERNANDO SCHMITZ (131)LUÍS HENRIQUE BARBANTE FRANZÉ (224)LUIS MARCELO FARIA GUILHERME (485)LUIS MAXIMILIANO TELESCA (320)LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (32)LUIZ ALBERTO BETTIOL E OUTRO(A/S) (230)LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) (362)LUIZ BRUNO LISBÔA DE BRAGANÇA FERRO (301)LUIZ CARLOS ALVES DE SOUZA (269)LUIZ CARLOS AMORIM ROBORTELLA (396)LUIZ CARLOS DI DONATO (105)LUIZ CARLOS GOMES DE SÁ (38)LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S) (243)LUIZ CLÁUDIO DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S) (402)LUIZ DA PENHA CORRÊA (419)LUIZ EDUARDO COELHO WEAVER E OUTRO(A/S) (48)LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/S)(247) (326)LUIZ FERNANDO NICOLELIS (136)LUIZ FERNANDO RODRIGUES TAVARES E OUTRO(A/S) (209)LUIZ FILIPE KLEIN VARELLA E OUTRO(A/S)(320) (322)LUIZ GONZAGA MOREIRA CORREIA E OUTRO(A/S) (18)LUIZ HENRIQUE AGUIAR COSTA E OUTRO(A/S) (376)LUIZ LOPES DOS SANTOS (263)LUIZ PAULO ARAÚJO FARIA E OUTRO(A/S) (382)LUIZ PAULO DO AMARAL CARDOSO (278)LUIZ PAULO RIBEIRO DA COSTA (416)LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI E OUTRO(A/S) (73)

LUPERCIO FERNANDES DE MORAIS (63)LUZIRENE GONÇALVES DA SILVA (196)LYCURGO LEITE NETO(215) (387)LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S) (428)LYLIA MARISA HENNIG (417)MANOEL DA LUZ ARAÚJO (262)MANOEL VERENGUER (63)MANUEL MARTINS PEREIRA (63)MANUELLA FUHRO MARTINS (86)MAQUES DO AMARAL ANJOS (275)MARCELLO OAKIM DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (185)MARCELO FERNANDES (63)MARCELO LUCAS PEREIRA (69)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)(165) (182)MARCELO MELLO MARTINS (166)MARCELO PACHECO PIROLO E OUTRO(A/S) (232)MARCELO RAMOS CORREIA (127)MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S) (374)MARCELO VASCONCELLOS ROALE ANTUNES (158)MÁRCIA ANGÉLICA CORRÊA FERRARI (108)MÁRCIA CARLOS DE SOUZA (144)MÁRCIA MARIA GUIMARÃES SOUSA (132)MARCIANO SEABRA DE GODOI (25)MARCIO ALEXANDRE IOTI HENRIQUE (63)MARCIO ANDRE DONATO DOS SANTOS (276)MARCIO ANTONIO EBRAM VILELA E OUTRO(A/S) (383)MÁRCIO BECKER BEHENCK (210)MARCIO CAVENAGHI PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (451)MARCIO LEANDRO WILDNER (58)MÁRCIO MELO NOGUEIRA E OUTRO(A/S) (200)MARCIO SANTOS DA SILVA (276)MARCO ANDRÉ HONDA FLORES E OUTRO(A/S) (353)MARCO ANTONIO LEITE DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (40)MARCO ANTONIO MARTINS DE CARVALHO (118)MARCO ANTONIO PÓVOA SPOSITO (302)MARCO AURELIO DE OLIVEIRA (307)MARCO TÚLIO DE ROSE (299)MARCO TÚLIO DE ROSE E OUTRO(A/S) (381)MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (251)MARCOS ABRIL HERRERA E OUTRO(A/S) (482)MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO(A/S) (227)MARCOS FERREIRA DE PÁDUA (370)MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S) (168)MARCOS RIBEIRO BARBOSA E OUTRO(A/S) (483)MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S) (214)MARCOS TAVARES DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (377)MARCOS VICENTE DIEGUES RODRIGUES (175)MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA MELO (175)MARCUS VINICIUS BATTISTELLO (61)MARGARIDA MATILDE NEWLANDS DE FREITAS E OUTRO(A/S) (8)MARIA ALEJANDRA FORTUNY E OUTRO(A/S) (343)MARIA ANDRÉIA LEMOS (413)MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA NARBUTIS E OUTRO(A/S) (204)MARIA ARIADNA DA ROCHA RIBEIRO DANTAS (88)MARIA CLARA DA S. C. M. CÉSAR E OUTRO(A/S) (440)MARIA CRISTINA DE MELO E OUTRO(A/S) (486)MARIA CRISTINA LAPENTA (308)MARIA DANIELLA BINATO DE CASTRO ABI DAUD (4)MARIA DE LOURDES SEIXAS FLÓRIO (33)MARIA EDUARDA FERREIRA RIBEIRO DO VALLE GARCIA E OUTRO(A/S)

(212)

MARIA ESTER ANTUNES KLIN(313) (410) (424)MARIA FERNANDA PESSATTI DE TOLEDO E OUTRO(A/S) (29)MARIA FRANCISCA DE ALMEIDA MOHR (64)MARIA GLÁUCIA B SOARES (207)MARIA HELENA DE BARROS H TACCHINI (484)MARIA HELENA JUCÁ DE ANDRADE RAMOS (462)MARIA ISABEL LIMA CRAVEIRO (63)MARIA JOSÉ DO NASCIMENTO ALONSO (435)MARIA JULIA AMABILE NASTRI (120)MARIA RAQUEL DE SOUSA LIMA UCHÔA (458)MARIA SANTINA RODELLA RODRIGUES(63) (63)MARIANA BARROS MENDONÇA E OUTRO(A/S) (19)MARILIA DE FREITAS PEREIRA (63)MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E OUTRO(A/S) (391)MARINA FARACO SIQUEIRA E SILVA (440)MÁRIO DE OLIVEIRA E SILVA FILHO (470)MARIO ISAAC KAUFFMANN (478)MARIO JORGE TENÓRIO FORTES JUNIOR (103)MARLÚCIO LUSTOSA BONFIM (309)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 124

MARLY MARY GONÇALVES DA SILVA (259)MARTA MARIA GERALDES TEIXEIRA (63)MARY JANE FERREIRA MORAIS (413)MARY LÚCIA DO CARMO XAVIER COHEN (129)MATHEUS BANDEIRA COELHO E OUTRO(A/S) (314)MATHEUS GABRIEL RODRIGUES DE ALMEIDA (399)MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S) (409)MAURÍCIO GENTIL MONTEIRO (166)MAURÍCIO MACIEL SANTOS E OUTRO(A/S) (343)MAURÍCIO TASSINARI FARAGONE E OUTRO(A/S) (300)MAURÍCIO TEIXEIRA ABRAHÃO (268)MAURÍCIO VIANNA PERES (63)MAURO CRISTIANO MORAIS (468)MICHELE GILABERTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (47)MIGUEL CALMON MARATTA (63)MIGUEL JUAREZ ROMEIRO ZAIM E OUTRO(A/S) (55)MILENA AMARAL DE CAMARGO (63)MILTON DE SOUZA COELHO E OUTRO(A/S) (211)MILTON FLÁVIO DE ALMEIDA CAMARGO LAUTENSCHLAGER E OUTRO(A/S)

(359)

MILTON JOSÉ APARECIDO MINATEL (362)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ (173)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ (163)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(171) (172) (333)MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL (173)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL(164) (165) (168) (171) (172)MIRIAM ESTELA OLIVEIRA JAESCHKE (31)MIRIAM GONÇAVES BARBOSA (419)MIRIAM MIDORI NAKA E OUTRO(A/S) (349)MÓDULO ENGENHARIA (164)MONARA MICHELLY DE OLIVEIRA CABRAL (463)MÔNICA SOARES DE AZEVEDO (462)MÔNICA ZIGNANI MANITO (137)MONIKA C PREVIDELLI (123)MOYSES GRINBERG E OUTRO(A/S) (228)NAOR KUNIOSHI (63)NARCISO ELEONOR SUTILI (411)NATALIA CECILE LIPIEC XIMENES (145)NELSI BEIER (39)NELSON MONTEIRO JÚNIOR (123)NELSON RIBEIRO ALVES FILHO E OUTRO(A/S) (44)NESTOR LODETTI E OUTRO(A/S) (9)NEWTON RÉGIS ALENCASTRO PACHECO (205)NILO TORRES RAMOS E OUTRO(A/S) (405)NILTON DA SILVA CORREIA (120)NILZA MORBIN (487)NIVALDO BARBOSA (274)NORMA TAVARES SCHROTER (462)OLGA MARI DE MARCO E OUTRO(A/S) (349)OLINTO FILATRO FILIPPINI E OUTRO(A/S) (89)OLIVAR SCHNEIDER (412)OLÍVIO VICENTE DE CAMPOS (13)ORLINDO ELIAS FILHO (338)OSCAR L DE MORAIS E OUTRO(A/S) (241)OSVALDO ASSIS DE ABREU (154)OSVALDO DE SOUZA LIMA (63)OSWALDO GALVÃO ANDERSON JÚNIOR E OUTRO(A/S) (340)OSWALDO MOTTA JUNIOR (63)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIOR(166) (175)OTÁVIO AUGUSTO DAYRELL DE MOURA (124)PAULA MARQUES CAMPANARIO (63)PAULO ANTONIO SILVEIRA(91) (91)PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA (388)PAULO DE ASSIS BRASIL E OUTRO(A/S) (291)PAULO DE BARROS CARVALHO (166)PAULO EMENDABILI SOUZA BARROS DE CARVALHOSA (63)PAULO HENRIQUE DE ASSIS GÓES (100)PAULO HENRIQUE LOURENÇO (334)PAULO HENRIQUE OLIVEIRA CURSINO DOS SANTOS (427)PAULO MACHADO LISBOA FILHO (63)PAULO MELO DE ALMEIDA BARROS (150)PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO (196)PAULO ROBERTO CARDOSO RODRIGUES (244)PAULO ROBERTO DOS SANTOS (84)PAULO ROGÉRIO BEJAR (136)PAULO ROGERIO TEIXEIRA (63)PAULO SÉRGIO DITTMAR DE SOUZA (164)PEDRO BIAZZO FILHO (364)PEDRO EMILIO TEIXEIRA MAIO (63)PEDRO LOPES RAMOS

(121) (122) (123) (125) (470) (471)PEDRO PAULO RESENDE (436)PFN -EULER BARROS FERREIRA LOPES (245)PFN- ARTUR ALVES DA MOTTA (222)PFN- FABRÍCIO SARMANHO DE ALBUQUERQUE (179)PGE-AM - CLÓVIS SMITH FROTA JÚNIOR (14)PGE-PI - CALOS EDUARDO DA SILVA BELFORT DE CARVALHO (169)PGE-SP - ANNA CANDIDA SERRANO SUPLICY FORBES (190)PGE-SP - LUCIA CERQUEIRA ALVES BARBOSA (308)PGE-SP - LUCIA DE ALMEIDA LEITE (186)POLICARPO JÚNIOR (160)POSTDATA SERVIÇOS E GESTÃO DE SAÚDE LTDA (301)PREFEITO MUNCICIPAL DE CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM (155)PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(292)

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS(287) (288) (289) (290)PRESIDENTE DA REPÚBLICA(84) (167) (289) (290)PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA(85) (295)PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(287) (288) (289) (290) (294)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (279)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TC Nº 00890219941)

(292)

PRISCILLA GRANERO AZZOLINI (340)PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(482) (486)PROCURADOR FEDERAL (99)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(36) (68) (92) (103) (166) (199) (206) (217) (237) (249)(252) (313) (315) (323) (326) (365) (410) (415) (424) (433)(439) (447) (449) (450) (454)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(1) (3) (6) (83) (91) (116) (135) (187) (201) (202)(225) (241) (283) (284) (305) (307) (335) (336) (364) (381)(403) (404) (464) (465) (473)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA (250)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

(55)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(72) (110) (242) (384) (458)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(3) (26) (29) (63) (82) (113) (440) (443)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO (111)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ(226) (399)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(4) (469)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(31) (59) (95) (244) (319)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL(89) (175)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(53) (251)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA (254)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA(255) (445)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(46) (209)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO (2)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(43) (390) (431)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA (200)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(10) (45) (100) (214)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(37) (49) (60) (104) (143) (194) (204) (213) (235) (239)(248) (311) (324) (334) (350) (367)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(153) (220) (301)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(102) (346) (459)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ (176)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(208) (434)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (170)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(42) (134) (398)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(161) (240)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 125

(4) (44) (66) (192) (195) (201) (203) (338) (382)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (457)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(25) (58) (94) (95) (142) (205) (210) (238) (253) (286)(310) (327) (366) (391) (409) (417) (425) (460)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BARRA MANSA E OUTRO(A/S)

(317)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS (114)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (378)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES (61)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIM E OUTRO(A/S) (384)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA DO SUL (423)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CAMPINAS (451)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA(24) (358)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ESTEIO (412)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA (115)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ (210)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARATUBA (416)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GURUPI (312)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA(351) (477)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉ (62)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS(207) (456)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI (40)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PANAMBI/RS (467)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ-PR (84)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PERUIBE (461)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE PORTO ALEGRE (446)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE(322) (406)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (422)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL (39)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ(33) (363)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS(87) (197)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

(285)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(30) (56) (236) (339) (344) (345) (348) (352) (360) (361)(375) (393) (452) (479) (480) (481) (483) (484) (485) (487)(488)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO (90)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO (219)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA (430)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO(170) (380) (435)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(2) (17) (23) (70) (117) (138) (149) (189) (233) (356)(361) (373) (392) (397) (405) (418) (420) (421) (426) (441)(448) (453)PROCURADOR-GERAL MUNICÍPIO DE CURITIBA (325)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(342) (354)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL (13)QELSON TIAGO MAGALHÃES XAVIER (78)R J B (284)RAFAEL CAMARGO TRIDA E OUTRO(A/S) (315)RAFAEL RAMOS FERNANDES (278)RAFAEL SANTIAGO ALVES (250)RAFAEL TELLES DA SILVA (266)RAFAEL VIEIRA CAOVILLA (286)RAIMUNDA MÔNICA MAGNO ARAÚJO BONAGURA (339)RAIMUNDA MOREIRA AZEVEDO (418)RAIMUNDO BEVENUTO DA SILVA (457)RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JÚNIOR (433)RAMON MOLEZ NETO (123)RAQUEL SILVINO GONÇALVES RODRIGUES (117)REGIANE CRISTINA MARUJO (109)REGILENE SANTOS DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (337)REGINALDO NOGUEIRA (261)RELATOR DA AÇÃO PENAL Nº 120733-2 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

(163)

RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2007.03.00.064707-3 DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

(298)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 191950 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(275)

RELATOR DO HC 168913 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (270)RELATOR DO HC 185.271 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (274)RELATOR DO HC 213406 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (273)RELATOR DO HC 214.737 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (276)RELATOR DO HC 215.080 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (280)

RELATOR DO HC Nº 184.827 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(277)

RELATOR DO HC Nº 98.745 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (260)RELATOR DO RHC 28021 E RHC 29323 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(268)

RELATORA DO HC 126395 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (281)RELATORA DO HC Nº 215.197 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(278)

RENATA ALVARENGA FLEURY(125) (341)RENATA ALVARENGA FLEURY E OUTRO(A/S) (218)RENATA ALVES MENDES E OUTRO(A/S) (359)RENATA ANDRÉA CABRAL PESTANA VIEIRA (459)RENATA BENEDET (193)RENATA DE CÁSSIA DA SILVA LENDINES (461)RENATA HELCIAS DE SOUZA ALEXANDRE FERNANDES (357)RENATA MOUTA PEREIRA PINHEIRO (387)RENATO ANDRÉ DE SOUZA E OUTRO(A/S) (190)RENATO DE ANDRADE GOMES (118)RENATO JANDREY (39)RENATO LUIZ PEREIRA (394)RENATO MELILLO FILHO (193)RENATO SIMEIRA JACOB (81)RENÉ ARIEL DOTTI (293)RICARDO ANTÔNIO LUCAS CAMARGO E OUTRO(A/S) (210)RICARDO AUGUSTO DE OLIVEIRA (63)RICARDO ESTELLES (324)RICARDO GENOVEZ PATERLINI (224)RICARDO INNOCENTI E OUTRO(A/S) (308)RICARDO L. DE BARROS BARRETO (237)RICARDO LOPES (396)RICARDO LUIZ ROCHA CUBAS (295)RICARDO MARAVALHAS DE CARVALHOS BARROS E OUTRO(A/S) (38)RICARDO MONTEIRO DA SILVA (63)RICARDO PIERONI JACOB (81)RICARDO QUINTAS CARNEIRO (336)RICARDO RODRIGUES (63)RILDO HENRIQUE PEREIRA MARINHO (11)RITA DE CÁSSIA BARBOSA LOPES E OUTRO(A/S)(194) (225)ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S) (249)ROBERTA GARCIA CID E OUTRO(A/S) (364)ROBERTA GONÇALVES PONSO E OUTRO(A/S) (479)ROBERTO BORTMAN E OUTRO(A/S) (488)ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO (358)ROBERTO SÉRGIO FERREIRA MARTUCCI (90)RODOLFO NASCIMENTO FIOREZI (175)RODRIGO BARROS GUEDES E OUTRO(A/S) (349)RODRIGO CAPITANIO (233)RODRIGO DE AZEVEDO COSTA (332)RODRIGO MENDES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)(42) (398)RODRIGO ROSA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (34)RODRIGO TORRES (319)RODRIGO VALVERDE DA SILVA (21)ROGÉRIA DE MELO (437)ROGÉRIO ATAÍDE CALDAS PINTO E OUTRO(A/S) (211)ROGERIO GIL LEMOS (63)ROGÉRIO MÁRCIO BONIZZONI SERRA (107)ROGÉRIO NÓBREGA DA SILVA (273)ROMEO PIAZERA JUNIOR E OUTRO(A/S) (179)ROMEU FERNANDO CARVALHO DE SOUZA (158)ROMEU GUARNIERI (215)RONALDO ANTÔNIO BOTELHO (226)RONALDO ERMELINDO FERREIRA (138)RONALDO MAURÍLIO CHEIB (242)RONE ESTEVES CORTES E OUTRO(A/S) (174)RONI MENESES DA SILVA E OUTRO(A/S) (266)ROSANA DO PRADO VALDIBIA (63)ROSANGELA BUZZINI PADOAN (442)ROSE MARY GRAHL (70)ROSELY CRISTINA MARQUES CRUZ E OUTRO(A/S) (329)ROSSINI DE OLIVEIRA VIDAL (110)RUAN GOMES BIZERRA (78)RUBENS KAZUO ISHIKO (63)RUBENS LOPES (181)RUBENS TAVARES E SOUSA(464) (465)RUI CALDAS PIMENTA E OUTRO(A/S) (183)S A F (283)S B DE S (83)SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S) (317)SAMANTHA BEATRIZ FRACAROLLI DAMIANO (65)SAMUEL CAMPOS BELO (112)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 126

SAMUEL MARQUES CUSTÓDIO DE ALBUQUERQUE (376)SANDLEY DE CASTRO MENDES (436)SANDRA DA CONCEIÇÃO SANT'ANA (355)SANDRA M LAMEIRA (386)SANDRO RAFAEL BARBOSA PACHECO E OUTRO(A/S) (246)SANDRO SANTOS LEITE (262)SANDRO SANTOS LEITE E OUTRO(A/S) (262)SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) (63)SEBASTIÃO CARLOS DE OLIVEIRA (395)SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS(118) (146)SENADO FEDERAL (84)SÉRGIO ALVES ANTONOFF (124)SERGIO BERMUDES (175)SÉRGIO GALLOTTI MATIAS CARLIN (86)SERGIO INCERPI (63)SÉRGIO LUDMER (16)SÉRGIO MACHADO CEZIMBRA (467)SÉRGIO MURILO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (316)SERGIO NELSON MANNHEIMER E OUTRO(A/S) (380)SERGIO REYNALDO ALLEVATO (435)SEVERINO ALVES FERREIRA (375)SEVERINO ALVES FERREIRA E OUTRO(A/S) (98)SILVANA DOS SANTOS FREITAS (285)SILVIA GUIMARÃES (462)SÍLVIA HELENA GOMES PIVA (452)SILVIA HELENA GOMES PIVA E OUTRO(A/S) (355)SILVIO JOSE MARTINS NETO (63)SILVIO LUIZ DE COSTA (410)SIMONE G DA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (32)SOBAR S.A - AGROPECUÁRIA (120)SÔNIA BARBOSA LIMA VIVONA (63)SÔNIA REGINA XIMENES LEITE (421)STELLA NIVIS VIVONA PAZZANESE (63)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(73) (74) (75) (76) (77) (79) (80) (81) (87) (93)(258) (259) (262) (263) (264) (265) (266) (267) (269) (271)(272) (282) (302)SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (305)SYLVIO TORRES FILHO (463)TÂNIA MIYUKI ISHIDA RIBEIRO E OUTRO(A/S) (377)TÂNIA REGINA PEREIRA(67) (304) (424)TANIA REGINA PEREIRA E OUTRO(A/S) (313)TATIANA ROCHA DE MENEZES E ROCHA (346)TERCEIRA CÂMARA RECURSAL CÍVEL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

(299)

THAISA CRISTINA CANTONI MANHAS (175)THATIANE SARDINHA CLEMENTE (350)THENISSON DE ALMEIDA SANTOS (262)THIAGO CECCHINI BRUNETTO (97)THIAGO LUIS CARBALLO ELIAS (145)TIAGO CARVALHO DE OLIVEIRA(15) (16)TIANA ROJAS NOLIBOS (466)TONY LUIZ RAMOS (175)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (96)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(76) (277)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (4)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (95)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃO (88)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO (89)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (303)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO (306)TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (86)TUBERTINO MARTINS DE MEIRA (23)TÚLIO PASSARELLI VICENTINI TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (264)UALAMES MOREIRA DA SILVA (78)VALCIR MARVULLE (173)VALDECI MONTES(270) (270)VALDEMAR ALCIBÍADES LEMOS DA SILVA E OUTRO(A/S) (444)VALÉRIA BOLOGNINI (442)VALTER SILVESTRE (101)VANIA BARRETO E OUTRO(A/S) (366)VERA LÚCIA MAGALHÃES E OUTRO(A/S) (332)VERA LUCIA TEIXEIRA (414)VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (176)VICTOR EDUARDO BARBOSA FILIPIN (63)VICTOR RUSSOMANO JUNIOR E OUTRO(A/S) (331)VINÍCIUS DE OLIVEIRA BERNI (415)VITOR DE MATTOS ALVES (469)VITOR ROMAO KUDLINSKI (63)

VIVIANE DE ALMEIDA GREGORI TORRES (63)VIVIANE ESPÍNDULA VIEIRA (430)WAGNER PAVANELLO (63)WALBER PYDD E OUTRO(A/S) (9)WALTER AFFONSO JUNIOR (63)WALTER JOSÉ FAIAD DE MOURA E OUTRO(A/S) (175)WANDERLEY NUNES FELARTIGA (281)WELLINGTON RENATO VIEIRA (19)WERNER BING E OUTRO(A/S) (446)WESLEY CARDOSO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (184)WILIAN FRAGA GUIMARÃES (223)WILLIAM SOUSA RAMOS (141)WILLIAN RODRIGUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (12)WILSON ALEXANDRE BARUFALDI (22)WILSON DE OLIVEIRA MOREIRA JÚNIOR (253)WILSON DUARTE DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (51)WLADIMIR RODRIGUES ALVES (63)YURI CARAJELESCOV (198)ZAQUEU ASTONI MOREIRA (148)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

PETIÇÃO AVULSA 15.897/2011 (155)AÇÃO CAUTELAR 2.960 (1)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 979 (171)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 987 (172)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.010 (173)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.593 (255)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.651 (256)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.804 (2)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.830 (3)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.535 (4)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.653 (257)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.691 (5)AÇÃO ORIGINÁRIA ESPECIAL 27 (159)AÇÃO PENAL 634 (6)AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.853 (160)AG.REG. NA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 165

(175)

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.186 (162)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 3.347 (163)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 3.638 (164)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 10.218 (176)AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.475 (308)AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.621 (310)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 572.021 (190)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.081 (179)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.223 (191)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.724 (180)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.851 (312)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.403 (192)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.301 (193)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 667.660 (313)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 686.599 (314)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 707.150 (194)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.410 (195)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.480 (196)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.574 (197) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.877 (198) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.011 (199)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.670 (315)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.975 (200)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.465 (201)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.368 (202)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.087 (203)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.499 (316)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 774.234 (204)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.100 (205)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 786.940 (317)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.826 (207)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.910 (181)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.308 (208)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.274 (182)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.470 (209)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.205 (210)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.189 (211)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.163 (212)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.452 (174)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.759 (213)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.854 (183)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.352 (214)

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AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.230 (184)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.360 (215)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.496 (216)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.842 (217)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.793 (218)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.569 (219)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.797 (319) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 393.350 (220)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 441.126 (320)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.189 (321)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 458.164 (221)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.603 (322)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.397 (222)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 538.635 (323)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.405 (223)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.095 (224)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.637 (185)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.657 (225)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.598 (226)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.470 (186) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.442 (228)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.764 (229)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 606.837 (187)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 642.896 (230)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.397 (231)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 640.368 (232)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 640.874 (233)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.475 (234)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.866 (235)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.921 (236)AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.989

(161)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.131 (324)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.992 (325)AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.838 (326)AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.572 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.699 (327)AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.479 (328)AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.101 (329)AGRAVO DE INSTRUMENTO 664.992 (330)AGRAVO DE INSTRUMENTO 672.435 (331)AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.531 (332)AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.275 (333)AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.129 (334)AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.087 (335)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.266 (336)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.481 (337)AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.361 (338)AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.629 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 707.522 (339)AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.188 (340)AGRAVO DE INSTRUMENTO 719.289 (341)AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.987 (342)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.137 (343)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.134 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.298 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.520 (344)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.022 (345)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.378 (346)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.162 (347)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.620 (348)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.719 (349)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.041 (350)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.399 (351)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.560 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.919 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.000 (352)AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.134 (353)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.392 (138)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.759 (354)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.937 (355)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.572 (356)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.923 (357)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.099 (139)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.700 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.866 (14)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.440 (358)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.852 (359)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.132 (360)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.594 (361)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.855 (362)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.370 (363)AGRAVO DE INSTRUMENTO 773.292 (364)AGRAVO DE INSTRUMENTO 774.650 (365)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.675 (15)AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.916 (16)AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.366 (17)AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.221 (366)AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.540 (18)AGRAVO DE INSTRUMENTO 778.451 (19)AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.255 (367)AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.161 (368)AGRAVO DE INSTRUMENTO 783.402 (20)AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.074 (21)AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.325 (369)AGRAVO DE INSTRUMENTO 786.480 (370)AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.679 (371)AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.857 (140)AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.992 (22)AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.071 (372)AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.120 (23)AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.455 (373)AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.285 (374)AGRAVO DE INSTRUMENTO 796.835 (375)AGRAVO DE INSTRUMENTO 797.397 (376)AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.082 (377)AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.227 (378)AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.720 (379)AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.055 (380)AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.857 (381)AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.861 (382)AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.170 (383)AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.409 (24)AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.745 (25)AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.180 (384)AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.268 (26)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.174 (27)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.447 (385)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.448 (386)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.451 (387)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.551 (28)AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.208 (388)AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.981 (29)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.055 (389)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.128 (390)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.781 (391)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.097 (30)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.461 (31)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.785 (32)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.110 (33)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.550 (392)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.596 (34)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.675 (393)AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.139 (35)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.299 (36)AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.078 (394)AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.461 (395)AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.979 (37)AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.254 (38)AGRAVO DE INSTRUMENTO 818.749 (396)AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.568 (397)AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.672 (39)AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.361 (398)AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.109 (40)AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.163 (41)AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.825 (42)AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.741 (43)AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.761 (399)AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.789 (400)AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.776 (44)AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.022 (401)AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.201 (45)AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.356 (402)AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.499 (403)AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.907 (46)AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.311 (47)AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.810 (48)AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.907 (404)AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.287 (405)AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.884 (49)AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.097 (50)AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.110 (51)AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.161 (52)AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.582 (53)AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.131 (406)AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.753 (54)AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.820 (407)AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.912 (408)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.360 (409)AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.401 (55)AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.646 (56)AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.237 (57)AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.416 (410)AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.685 (411)AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.729 (412)AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.849 (413)AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.852 (414)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.066 (415)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.342 (416)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.790 (417)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.823 (58)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.893 (59)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.922 (60)AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.961 (61)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.199 (62)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.291 (418)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.305 (419)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.662 (420)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.851 (63)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.895 (64)AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.973 (421)AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.710 (422)AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.942 (65)AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.317 (66)AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.738 (67)AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.770 (423)AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.233 (68)AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.665 (69)AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.091 (424)AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.440 (70)AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.452 (71)AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.578 (72)AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.765 (425)AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.011 (426)AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.341 (427)AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.623 (428)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.015 (429)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.530 (430)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.655 (431)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.767 (432)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.832 (433)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.863 (434)AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.928 (435)AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.002 (436)AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.019 (437)AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.036 (438)EMB.DECL. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 1.452 (177)EMB.DECL. NA PETIÇÃO 3.041 (165)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 440.293 (237) EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 482.281 (439)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.069 (440)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 588.972 (238)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 609.578 (239)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.712 (188)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.844 (189)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.108 (240)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.559 (241)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.324 (242)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.571 (243)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 836.925 (441)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.352 (244)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 275.300

(245)

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.794 (246)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.548 (442)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.213 (247)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.194 (248)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.280 (443)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.339 (249)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.660 (250)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 377.457 (166)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.117 (252)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.154

(253)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.657

(251)

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 393.950

(444)

HABEAS CORPUS 92.643 (258)HABEAS CORPUS 97.234 (259)HABEAS CORPUS 98.408 (260)HABEAS CORPUS 101.524 (261)

HABEAS CORPUS 104.075 (262)HABEAS CORPUS 108.918 (267)HABEAS CORPUS 109.643 (269)HABEAS CORPUS 109.701 (271)HABEAS CORPUS 109.834 (274)HABEAS CORPUS 109.838 (275)HABEAS CORPUS 109.965 (278)HABEAS CORPUS 109.972 (280)HABEAS CORPUS 110.029 (74)HABEAS CORPUS 110.028 (73)HABEAS CORPUS 110.039 (79)HABEAS CORPUS 110.037 (77)HABEAS CORPUS 110.038 (78)HABEAS CORPUS 110.036 (76)HABEAS CORPUS 110.030 (75)HABEAS CORPUS 110.041 (81)HABEAS CORPUS 110.040 (80)INQUÉRITO 3.215 (283)INQUÉRITO 3.287 (284)INQUÉRITO 3.294 (83)INQUÉRITO 3.293 (82)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.729 (285)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.856 (286)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.979 (287)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.989 (288)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.128 (289)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.129 (290)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.180 (291)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.202 (84)MANDADO DE SEGURANÇA 24.023 (167)MANDADO DE SEGURANÇA 26.192 (178)MANDADO DE SEGURANÇA 26.980 (292)MANDADO DE SEGURANÇA 28.185 (293)MANDADO DE SEGURANÇA 28.538 (294)MANDADO DE SEGURANÇA 30.526 (295)MANDADO DE SEGURANÇA 30.693 (297)MANDADO DE SEGURANÇA 30.844 (85)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.623 (296)MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CAUTELAR 2.959 (254)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 12.384 (306)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 104.331 (263)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 107.718 (264)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 108.831 (265)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 108.916 (266)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.375 (268)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.673 (270)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.726 (272)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.785 (273)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.850 (276)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.944 (277)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.969 (279)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.987 (282)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 109.985 (281)RECLAMAÇÃO 2.174 (168)RECLAMAÇÃO 2.491 (169)RECLAMAÇÃO 6.168 (298)RECLAMAÇÃO 11.778 (299)RECLAMAÇÃO 11.984 (300)RECLAMAÇÃO 12.306 (301)RECLAMAÇÃO 12.368 (303)RECLAMAÇÃO 12.361 (302)RECLAMAÇÃO 12.374 (304)RECLAMAÇÃO 12.379 (305)RECLAMAÇÃO 12.389 (87)RECLAMAÇÃO 12.388 (86)RECLAMAÇÃO 12.390 (88)RECLAMAÇÃO 12.391 (89)RECLAMAÇÃO 12.392 (90)RECLAMAÇÃO 12.393 (91)RECLAMAÇÃO 12.394 (92)RECLAMAÇÃO 12.395 (93)RECLAMAÇÃO 12.396 (94)RECLAMAÇÃO 12.397 (95)RECLAMAÇÃO 12.398 (96)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 448.605 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 448.743 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.261 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.969 (483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.965 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 471.279 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.949 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.011 (485)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.685 (486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.699 (487)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007

STF - DJe nº 161/2011 Divulgação: segunda-feira, 22 de agosto Publicação: terça-feira, 23 de agosto 129

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.371 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 512.761 (97)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.739 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.542 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.626 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.131 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.295 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.091 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.254 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.945 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.099 (170)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.646 (98)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.341 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.614 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.324 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.006 (99)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.276 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.618 (142)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.836 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.279 (458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.551 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.522 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.256 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.668 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 649.686 (460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 652.021 (461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 653.770 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 654.300 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.811 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.847 (143)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.231 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.619 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.712 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.787 (144)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.037 (145)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.398 (146)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.850(464) (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.196 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.491 (467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.401 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.327 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.406 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.491 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.516 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.869 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.870 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.871 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 648.336 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 649.637 (156)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.048 (157)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.268 (148)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.364 (147)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.724 (149)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.944 (150)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 651.384 (151)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 651.428 (152)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 651.984 (153)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.018 (158)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.644 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.684 (154)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.693 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.738 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.747 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.740 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.851 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 652.867 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.160 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.296 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.294 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.331 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.579 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.676 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.786 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.789 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.785 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.796 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.794 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.798 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.801 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.800 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.820 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.828 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.831 (128)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.843 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.854 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.872 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.888 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.897 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.901 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.933 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.115 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.142 (137)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 109.937 (307)SEGUNDO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.877

(309)

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 486.620 (311)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.176 (206)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.303 (318)TERCEIRO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.055 (227)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1395007