reporter local outubro 2009

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Nº 127 • ANO XI • OUTUBRO 2009 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL Como milhares de portugueses, Maria Ribeiro (na foto), de Ronfe, foi para Angola trabalhar. Produza e venda energia à EDP Estrada Nacional 101, Nr. 466 Nogueira - Braga t. 253 286 351 m. [email protected] PUBLICIDADE DIRECTOR: JOAQUIM FORTE Polícia pág. 6 Traficante anotava dívidas dos “clientes” Ronfe pág.10 Loja Social: uma ajuda em tempos de crise Joane pág. 11 Tampinhas solidárias para ajudar tetraplégico Reportagem pág. 12 Fomos ver os bastidores da Linha Saúde 24 DESPORTO pág. 13 Super Especial acelera pelas ruas da cidade de Famalicão Em busca de uma vida melhor em Angola Margarida Cardoso, de Brito, já escreveu dois livros e cantou em “Música no Coração”, de Filipe La Féria. Pág. 02 PUBLICIDADE Custódio Oliveira: “Sá Machado tem argumentos sólidos para ser candidato do PS à substituição de Armindo Costa em 2013” É URGENTE MUDAR! Sérgio Cortinhas escreve sobre os resultados do PS Famalicão nas Autárquicas AUTÁRQUICAS Pág. 14-17 Pág. 11 Brevemente em Ronfe Rua de S. Tiago (junto à EN 206)

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Edição de Outubro de 2009 do Jornal Reporter Local

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Page 1: Reporter Local Outubro 2009

Nº 127 • ANO XI • OUTUBRO 2009 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL

Como milhares de portugueses, Maria Ribeiro (na foto), de Ronfe, foi para Angola trabalhar.

Produza e venda energia à

EDPEstrada Nacional 101, Nr. 466

Nogueira - Bragat. 253 286 351 m. [email protected]

op 1

PUBL

ICID

AD

E

DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

Polícia • pág. 6

Traficante anotava dívidas dos “clientes”

Ronfe • pág.10

Loja Social: uma ajuda em tempos de crise

Joane • pág. 11

Tampinhas solidárias para ajudar tetraplégico

Reportagem • pág. 12

Fomos ver os bastidores da Linha Saúde 24

DESPORTO • pág. 13

Super Especial acelera pelas ruas da cidade de Famalicão

Em busca de uma vida melhor em Angola

Margarida Cardoso, de Brito, já escreveu dois livros e cantou em “Música no Coração”, de Filipe La Féria.

Pág. 02

PUBL

ICID

AD

E

Custódio Oliveira:

“Sá Machado tem argumentos sólidos para ser candidato do PS à substituição de Armindo Costa em 2013”

É URGENTE MUDAR!

Sérgio Cortinhas escreve sobre os resultados do PS Famalicão nas Autárquicas

AUTÁRQUICASPág. 14-17

Pág. 11

Brevemente em Ronfe

Rua de S. Tiago(junto à EN 206)

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2 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

Margarida Cardoso escreveu o primeiro livro aos 14 anos. A jovem de Brito, estudante de Ciências da Comunicação, é

também cantora e actriz - entrou, por exemplo, em “Mùsica no Coração”, de Filipe La Féria. Ao RL fala dos projectos da sua vida.

Quando surgiu a paixão pela escrita?Desde que me lembro que sou completamente fasci-nada pela leitura. A primeira vez que escrevi “mais a sério” foi por volta dos sete anos, uma história sobre uma menina ao pé de um rio que falava com peixes. Lembro-me de que nos dias que se seguiram, dizia a toda a gente que queria ser escritora…De onde vem a inspiração para os seus livros? Baseia-se na realidade que a circunda? Nas notícias?Sem dúvida. A realidade funciona, para mim, como inspiração. Sinto que o tipo de ficção que escrevo é algo de bastante real, na medida em que são histórias que poderiam perfeitamente ser a história de vida de alguém. As notícias funcionam aqui como meio transmissor da realidade que me envolve e às quais presto muita atenção – nem outra coisa seria de se esperar de uma estudante de jornalismo!Com que idade lançou o primeiro livro?Escrevi “Suzannah” aos 14 anos, apesar de ter sido apenas publicado quando já tinha 16. O livro narra a história na primeira pessoa de uma adolescente no alto dos seus confusos 14 anos e tudo o que isso implica: primeiros amores, brigas e intrigas entre colegas, paixonetas de alunos por professores, amizades… A Carolina (a personagem principal) conta-nos tam-bém a situação dramática – e infelizmente, bem cruel e presente na nossa sociedade – de estar inserida numa família onde a violência doméstica é uma realidade. Este é um tema que ainda é considerado como tabu na nossa sociedade. Considero que os jovens devem ter um papel activo na conquista de um futuro mais justo!

Que escritores admira?Destaco Eça de Queirós, Sophia de Mello Bryner e Maria Teresa Maia González, que possui uma maneira muito peculiar e genial de se aproximar das camadas mais jovens. A nível internacional, não posso deixar de mencionar Dan Brown, Isabel Allende, Marion Zimmer Bradley e Juliet Marillier. O seu sonho profissional passa pela escrita?Também. Tenho vários sonhos para a minha vida profissional. Adoraria ter uma carreira no âmbito do teatro musical, onde poderia conjugar três áreas que adoro – canto, dança e representação. Adoro as letras e as palavras e sou uma apaixonada pelo mundo jornalístico. Seria óptimo conseguir conciliar tudo isto, no futuro…

A literatura e a música andam interligadas?Para mim, sim! Não conseguiria optar entre uma e outra. A música está em todo o lado e eu vivo-a e respiro-a. Seja através da dança ou através do canto. A Margarida toca e canta, não é?Sim, toco piano, algo que comecei a aprender aos nove anos de idade. Isto é bastante útil ao canto, na medida em que nos deixa muito mais preparados a um nível mais técnico – saber ler música (pautas musicais) é uma mais valia nesta área! Quais são os géneros musicais que aprecia?Gosto de todos os géneros musicais, exceptuando Metal, já é um pouco “pesado” para mim! É bom termos diferentes gostos. Tem de haver público para todos os estilos! Se tivesse, porém, de eleger algum estilo musical preferido, diria Rock.Acha que os jovens talentos locais têm o apoio merecido?Não exactamente. Não existem grandes iniciativas a nível local que promovam o talento dos jovens das suas terras. Tome-se como exemplo a Sofia Escobar, actriz/cantora vimaranense, que teve de ir para Lon-dres para conseguir ver o seu talento reconhecido. O que pensa de Guimarães Capital Europeia da Cultura em 2012?Acho óptimo! Guimarães reune todas as condições para esta atribuição. Temos um património lindíssi-mo e nos últimos tempos, a autarquia tem investido bastante em aspectos de âmbito cultural que vieram dinamizar a cidade. Guimarães respira história e cultura. Creio que o título é mais do que merecido e vai ajudar Guimarães a evoluir ainda mais a este nível.Que impressão tem da sua “terra”, Brito?Foi a terra que me viu nascer e onde sempre fui tra-tada com muito carinho. Brito tem-se desenvolvido muito ao longo dos anos, a todos os níveis: a nível de infraestruturas e igualmente a nível cultural. Nos últimos anos, e com o surgimento do Parque da Vila, temos assistido a iniciativas como Feiras do Livro, Festival Vivências e outro tipo de comemorações das quais também eu já participei. Penso que estamos no bom caminho e que estão reunidas todas as condições para o desenvolvimento sustentável da vila!

EM FOCO Ana Margarida Cardoso tem 19 anos. Frequenta o 2ºano do curso de Ciências da Comunicação na UM. Gravou o primeiro disco com apenas 15 anos. Lançou em 2006 o seu primeiro livro, “Suzannah”, escrito com apenas 14 anos. Participou no musical “Música no Coração” de Filipe Lá Féria.

CRÓNICAS DE MARGARIDA CARDOSO NO REPÓRTER A PARTIR DE NOVEMBRO

Os leitores do Repórter Local podem contar com a escrita criativa de Ana Margarida Cardoso já a partir da próxima edição, nas bancas no final de Novembro. A jovem escritora e cantora, estudante da Universidade do Minho, vai contar-nos pequenas histórias com o seu estilo inconfundível.

Margarida Cardoso, de Brito, já escreveu dois livros e participou no “Música no Coração”, de Filipe La Féria

JF

“Não há grandes iniciativas a nível

local que promovam o talento

dos jovens. Sofia Escobar, actriz

e cantora vimaranense, teve de

ir para Londres para conseguir

ver o seu talento reconhecido”

As paixões de Margarida

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 3

Que peso têm Joane e Ron-fe no contexto dos respec-tivos concelhos - Famali-cão e Guimarães - face aos resultados das Eleições Au-tárquicas do dia 11 de Ou-tubro?Nesta edição, fazemos o rescaldo daquele acto elei-toral. Custódio Oliveira, consultor de comunicação, analisa os resultados e con-clui que, no caso de Joane, a vitória do PS com maio-ria absoluta coloca Sá Ma-chado na grelha de partida para ser o candidato socia-lista à Câmara Municipal de Famalicão e para suce-

der a Armindo Costa, em 2013. O mesmo se pode dizer de Daniel Rodrigues em Ron-fe, com mais um triunfo inequívoco do PSD.Resta esperar.Em tempos de crise (mes-mo considerando que “es-tamos a sair dela”) é de salientar a motivação so-lidária. Nesta edição, dois exemplos: a Campanha de recolha de tampinhas para ajudar Salvador Castro, de 41 anos, tetraplégico, resi-dente em Joane, num ter-ceiro andar sem elevador e com a vida confinada ao

apartamento. A campanha surgiu por iniciativa da mulher, Ga-briela Castro, e de Maria do Rosário, de Famalicão, conhecida por “senhora Tampinhas” devido à sua participação em várias campanhas de recolha.A receita da entrega das sete toneladas de tampi-nhas reverterá para a com-pra de um dispositivo que ajude a tornar os dias de Salvador mais agradáveis - um elevador ou uma cadei-ra elevatória. O segundo exemplo vem de Ronfe: a Junta local tem a

funcionar, há ano e meio, a Loja Social, uma ânco-ra para muitas famílias de Ronfe e freguesias vizinhas que ali procuram uma for-ma de poupar nas despesas com o vestuário, calçado e até electrodomésticos.Os interessados podem de-positar o que deixa de ter utilidade em casa. Roupa e electrodomésticos são o mais comum. A novidade não está no dar, está em receber. Um bom exem-plo, também, do papel in-terventivo e atento de uma autarquia local.

POLÍTICA E SOLIDARIEDADEEDiTORiALJOAQUIM FORTE

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte, Luís Pereira e Dominique Machado | Director Joaquim Forte | Redacção Luís Pereira; Dominique Machado | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Rita Machado, Emília Monteiro; Sérgio Cortinhas; Ivânia Fernandes; Luciano Silva; Sónia Monteiro; | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem deste nº 3000 ex. Jornal de distribuição gratuita | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

CARTOOn RLpor tiago mendes

No caso de Joane,

a vitória do PS

com maioria

absoluta coloca

Sá Machado na

grelha de partida

para a corrida

à Câmara de

Famalicão

MARGARIDA CARDOSOJá escreveu dois livros, editou um disco e participou em “Mú-sica no Coração”, de La Féria. A jovem de Brito vai também passar a assinar uma crónica no Repórter Local. Bem-vinda!

MARIA RIbEIROEsta técnica superior de Ronfe está em Angola desde Março. Partiu, tal como milhares de portugueses, em busca de me-

lhores condições de vida.

SÁ MAChADOO autarca socialista é um dos grandes vencedores das Elei-ções Autárquicas. Conquistou o quinto mandato como presi-dente da Junta de Joane e com maioria absoluta num conce-lho onde o PS foi um fiasco. É apontado já como possível aposta PS para tentar a con-quista da Câmara, em 2013.

LOjA SOCIALO projecto da Junta de Ronfe é um exemplo de como a solida-riedade, o apoio social é com-petência de todos.

TAMpINhASCampanha de recolha de tam-pinhas para ajudar um joanen-se tetraplégico. Objectivo: jun-tar sete toneladas para tornar a vida de .... mais suportável. Uma boa causa!

PROTAgOniSTASRedacção

NÃO PERCA

RLMAGAZINE

Págs 09 a 12

SONITURISMOAGÊNCIA DE VIAGENS

Para as suas férias ou viagens de negócios, consulte-nos!Rua da Liberdade, 30 4770-209 Joane Tel: 252 993 800 Fax: 252 993 820

Dispomos de viaturas de 4 a 8 lugares nas freguesias de Joane, Vermil e Pedome

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4 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O MêS DERITA MACHADO

inquéRiTOOS PADRES PODEM CASAR?

é ASSIMOPINIãO

O qUE SE DIz

>> FACTO LOCAL Distribuição de Ecopontos pela freguesia de Ronfe. Agora já não há desculpas para não separar o lixo, mas também continua a não haver desculpas para as lixeiras que se formam à volta dos Ecopontos.

>> FACTO NACIONAL Investigação da Policia Judiciária que levou à detenção de uma pessoa e constituição de 12 arguidos suspeitos de crimes de corrupção, tráfico de influência, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Uma boa notícia, sem dúvida, mas é preciso que este e outros processos não se fiquem, apenas, pela constituição de arguidos.

>> FIGURA DO MêS O RL (Repórter Local) pelos debates sobre as Autárquicas que proporcionou aos cidadãos de Ronfe e Joane.

>> FRASE “É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma”.

“Temos que reconhecer que a es-tratégia de Armindo Costa bateu certo. O presidente da Câmara apostou nas pequenas obras dos adros e das estradas e isso resul-tou. O povo parece gostar e quan-do o povo gosta...” Mário Martins, PS, ex-MAF, em arti-go de opinião, O Povo Famalicense

“Parece-me de considerar a pos-sibilidade de se tornar possível a recuperação dos prédios antigos (do Centro Histórico de Guima-rães) com a utilização de mate-riais e técnicas que os ponham mais a salvo de rápida propaga-ção das chamas”Mota Prego, opinião sobre o incên-dio na Rua de Camões, em Guima-rães, Comércio de Guimarães.

“Se uma direcção partidária sai derrotada de um acto eleitoral, cuja vitória se aguardava com enorme expectativa, sem que daí retire as necessárias consequên-cias, então não está a prestar um bom serviço ao partido, muito menos à Democracia”Domingos Peixoto, em artigo inti-tulado “O Palhaço”, jornal Opinião Pública

“No passado dia 11 de Outubro os Vermoinenses decidiram-se com uma votação na CDU cer-ca de 30% abaixo dos resultados com que nos tinham honrado em 2005. Esta é uma decisão livre que democraticamente acatamos mas que não compreendemos dado o esforço, entrega e dedicação ma-nifestados pela CDU ao longo dos últimos quatro anos”Comunicado da CDU de Vermoim a propósito dos resultados eleitorais.

“O conselho de administração executivo do BCP mantém a sua confiança em Armando Vara, que foi ontem constituído arguido na operação Face Oculta”Notícia, Público on-line

“Deparo-me muitas vezes com as carrinhas do Centro Social Paro-quial de Ronfe a transportar um número superior de crianças em relação ao número de lugares. Será que os pais sabem? Se sa-bem, pagam e não dizem nada?”www.parodiaderonfe.blogspot.com

Sou a favor do casamento dos padres. Acho que o facto de se-rem casados em nada vai alterar a forma como desempenham a sua “profissão”. Cada um é li-vre de escolher com quem quer partilhar a sua vida. Está na altu-ra da Igreja quebrar com certos costumes que não se adequam à sociedade em que vivemos actu-almente.

Licenciada Comunicação Social. RONFE

Vila Belmir Ana FreitasGestor de Seguros

Companhia de Seguros TranquilidadeAv. Pe. Silva Rego, Bl 502-B, loja 4 - 4770-205 Joane

Tel/Fax 252 928 489; Tlm 966 441 391email: [email protected]

Eça Camilo da Silva

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André MartinsJoane

É o liberalismo, estúpido! Um amigo meu costumava dizer, a propósito de jornais, que desconfiava sempre que lia um qualquer director, chefe de redacção ou “pa-trão” de jornal apregoar, a torto e a direito, seriedade, isenção, respeito pelos prin-cípios, etc e tal e coisa. Porque – dizia o tal amigo – se o dito jornal tinha tais predicados não necessitava de os apregoar constante-mente. Os leitores saberiam concluir. O mesmo se pode dizer das pessoas que andam sempre com a honra, os princípios, a honorabilidade, as virtudes

na ponta da língua. Se são virtuosas não preci-sam de o apregoar. Quando muito, deixem que sejam os outros a fazerem-no. Tal como dizia Woody Al-len a propósito da cultura, sempre que ouço alguém apregoar virtudes “saco imediatamente da pistola”. E saco imediatamente da pistola quando certas pes-soas se dizem paladinas da justiça e dos princípios, e na volta são capazes de vender a mãe por um prato de len-tilhas, mantendo um sorriso do tamanho do mundo. Tal como estão as coisas,

dizem amigos meus, é o salve-se quem puder. Mas não pode ser. Em França na France Telecom, vários empregados, alguns diri-gentes, suicidaram-se em resultado de políticas de gestão neoliberais e base-adas na concorrência e nos objectivos. Quem não consegue adap-tar-se ou resistir a estas engrenagens modernas, despidas de humanidade, cai por terra; a maioria, porém, resiste, entra na competição, denuncia o colega do lado. Em nome da manutenção do emprego.

“Não vejo problema no casa-mento dos padres. Eles são ho-mens de carne e osso como to-dos. Se a igreja assim não fizer, mais cedo ou mais tarde, não vão ter padres. Mais vale “legali-zar” o casamento do que o faze-rem por detrás da cortina”.

Antónia Rodrigues Joane

252 099 279 | [email protected]

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 5

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CASO • POlícia

Redacção

homicida do jovem André entregou-se às autoridadesJovem de Ronfe andou fugido às autoridades cerca de um ano. Há uma semana entregou-se à PJ

Em 2007, na madru-gada de 4 de Março, uma zaragata à porta de um bar de Joane

terminou com a morte de um jovem de 16 anos, de Pousada de Saramagos. O autor das 16 facadas que tiraram a vida a André andou fugido e quando compareceu em tribunal foi condenado a 16 anos de prisão. Do recurso para o Tribunal da Relação resultou a redução da pena para 12 anos. O homicida, de 16 anos (na altura), conse-guiu fugir da cadeia. Um ano depois, entregou-se à Polícia Judiciária do Porto e agora está de novo na cadeia.O homicida, de Ronfe, andou fugido cerca de um ano pelos mais diversos lugares do país. Agora com 19 anos, o jovem assumiu a condenação pelos actos que tinha confessado

durante o julgamento, em 2008. À data do homicídio, Augusto e o irmão, Felício, assumiram as agressões a André no decorrer de uma zaragata na rua de La-borins, em Joane. Em tribunal, o rapaz mais novo confessou ter sido o único autor das facadas. O irmão foi absolvido por falta

de indícios suficientes da co-autoria do esfaqueamento. Recorde-se que André tentou ajudar um amigo que estava envolvido numa rixa. Na confu-são, acabou por ser a vítima da agressividade dos dois irmãos de Ronfe, sendo atingido 16 vezes.

O funeral de André ficou marcado pela emoção

JOANE

PADRASTO AGREDIU CRIANÇA

O incidente ocorreu na Es-cola Básica do 1º Ciclo de Giestais, em Joane. Ao que tudo indica, dois rapazes, um de seis e outro com sete anos, colegas de turma, en-volveram-se numa luta. O padrasto da criança de sete anos, perante a presença de professores, uma funcioná-ria e diversos encarregados de educação, terá agredido o rapaz de seis anos.A GNR de Joane foi chama-da à escola e identificou o alegado agressor. O Agru-pamento de Escolas Ber-nardino Machado, abriu um inquérito para apurar o que se passou.“O homem, ainda antes das aulas terminarem, já estava junto à escola a dizer que ia bater a alguém e quando viu o menino começou a puxar-lhe as orelhas e a bater-lhe sem que ninguém percebes-se o porquê”, disse a mãe de uma criança em declarações à Lusa.

LOCALiDADES

O autor das 16

facadas que

tiraram a vida

a André escapou

da cadeia e

andou fugido

da polícia pelos

mais diversos

lugares do país

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6 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

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LOCALiDADES

CASOS DE POLÍCIA

GNR deteve alegado traficante

perseguição policial termina com um morto

Sexagenário de Mogege detido por tráfico

A GNR de Joane deteve em flagrante delito, na passada semana, em Caste-lões, um indivíduo de 30 anos, alegado traficante de droga na região. Segundo fonte de GNR local, a detenção do indivíduo, residente em Calendário (Famalicão), foi preparada desde que o homem, na semana anterior à detenção, não respeitou a ordem dos guardas da força de Joane durante uma operação STOP.A detenção acabou por acontecer em Castelões tendo a GNR surpreendido o indivíduo quando este vendia uma dose de estupefacientes a uma mulher. O indivíduo fazia-se acompanhar por uma bolsa com 23 doses de heroína, sete doses de cocaína, um comprimido de ácido e cem euros em notas. Na abordagem, o homem negou a tentativa de fuga aquando a operação STOP e foi encaminhado ao posto da GNR de Joane. Durante o interrogató-rio no posto, o telefone do detido não parava de tocar, acreditando a GNR tratar-se de “clientes”. Fonte da GNR realça ainda como curiosidade que o homem fazia-se acompanhar por um

caderno onde tinha anotadas as dívidas dos “clientes”.Presente a tribunal, o indivíduo negou ser consumidor de drogas, tendo o juiz aplicado como medida de coação a obrigatoriedade da sua apresentação regular no posto da sua área de resi-dência, neste caso, a PSP de Famalicão.

FURTOSContinua a verificar-se um conside-rável número de furtos na região. Das ocorrências registadas pela GNR de Joane, destaque para o furto de alumínio em residências privadas e de um cão de caça.

GNR COM MAIS EFECTIVOSA GNR de Joane reforçou o número de agentes efectivos com a entrada de mais dois elementos. Desta forma, a guarda joanense passa a contar com 21 agentes ao serviço nas várias freguesias que abrange. Além dos efectivos, até Abril o posto terá aind mais uma mulher ao servi-ço. A agente, residente na área, está provisoriamente no posto de Joane até terminar o período de amamentação do seu recém-nascido.

A perseguição a um alegado traficante de droga, alvo de um mandado de detenção da GNR de Barcelos, termi-nou com a morte do indivíduo de 57 anos, em Famalicão. Segundo fonte do Destacamento Territorial de Barcelos, o

homem foi baleado por volta das 11h00. Entrou no Hospital de Famalicão às 11h15, tendo sido registado o seu óbito às 11h35. Tratava-se de um alegado traficante de droga que estava refe-renciado pelas autoridades policiais.

Um sexagenário de Mogege foi detido esta semana pela GNR sob a acusação de tráfico de droga. O homem, de 60 anos, vivia com a esposa e dois filhos.A operação, que envolveu 15 militares, foi desencadeada pelo Destacamento Territorial da GNR de Barcelos na sequência de operações de vigilância com vários meses. A detenção foi efectuada quarta-feira (28 de Outubro), ao final da tarde, após uma busca domiciliária na freguesia de Mogege (Famalicão), que visou o combate ao tráfico de droga.Durante a operação, o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Barcelos procedeu à detenção do indivíduo, um desempregado de 60

anos, pela suspeita de tráfico de droga.Durante a busca efectuada à casa do alegado traficante, a GNR apreendeu uma arma de fogo de calibre 6. 35 milímetros, várias munições do mesmo calibre e uma faca de corte.Do mesmo modo, foi apreendido produto estupefaciente suficiente, segundo as autoridades, para 150 doses de cocaína e 169 doses de heroína e também alguns objectos em ouro, tais como anéis e pulseiras.A busca na freguesia de Mogege, que teve início às 18.30 horas, para além dos 15 militares do NIC de Barcelos, envolveu ainda duas equipas cino-técnicas. O homem detido vivia com a esposa e dois filhos.

Luís Pereira

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 7

MOGEGE • POlícia

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LOCALIDADES

FORMAÇÃO ATCO Centro de Formação ATC avança com o novo plano de formação para o ano 2009/2010. Da oferta formativa fazem parte áreas da Educação, Gestão da Qualidade, Saúde e Segurança no Trabalho e Geriatria. Estas áreas de formação têm um vasto leque de opções formativas para oferecer.

ESCRITOR NA ESCOLAA Equipa da Biblioteca da Escola Bernardino Machado promoveu uma sessão cultural dinamizada pelo escritor Augusto Canetas, no passado dia 27 de Outubro. O objectivo foi comemorar o Dia Internacional das Bibliote-cas Escolares e promover o gos-to pela leitura, entre os alunos. Alunos e Professores mostraram grande entusiasmo sobretudo durante os momentos de poe-sias musicadas pelo próprio Au-gusto Canetas, segundo a Pro-fessora bibliotecária da escola.

GNR EM CASA NOVAA GNR de Riba de Ave funciona em novas instalações, na Tra-vessa Camilo Castelo Branco, a poucos metros da localização original. A mudança deve-se à realização de obras no quartel daquela força, que há muito es-peravam por uma intervenção.

JOANE

RIBA D´AVE

JOANE

BREvESMorrer em Angola a tentar ganhar a vida

Um trabalhador da freguesia de Mo-gege, concelho de Famalicão, de 46

anos, foi morto a tiro na cidade angolana do Huambo por um colega da obra onde a vítima estava colocada.José Joaquim Fernandes Oli-veira residia com a família em Joane mas era natural de Mogege, terra onde o corpo foi a sepultar no pasado domingo, 26 de Outubro. Joaquim Fernandes trabalha-va em Angola ao serviço da An-golaca, uma empresa do grupo Alberto Couto Alves, de Vila Nova de Famalicão. Segundo o relato feito por testemunhas, Joaquim foi morto a tiro por um trabalhador da empresa. Tudo terá ficado a dever-se a uma chamada de atenção feita pelo português a um trabalha-dor angolano pelo facto deste ter chegado atrasado ao local de trabalho.Segundo fontes da empresa

portuguesa, o referido traba-lhador não terá gostado da advertência e, pouco depois, conseguiu apoderar-se da arma de um dos seguranças do estaleiro (uma AK-47, co-nhecida como “Kalashnikov”) tendo disparado à queima-roupa sobre o português, que teve morte imediata. O autor dos disparos foi detido pelas autoridades angolanas.Joaquim Fernandes vivia em

Joane e encontrava-se em Angola desde Março de 2008, depois de outras experiências de trabalho no exterior de Portugal. Em Mogege, Joaquim Fernan-des foi dirigente da Associação Desportiva e Recreativa. Deixa dois filhos, um de 23 anos, estudante do ensino superior, e outro de 12 anos.Este é o terceiro português vítima de disparos de arma de fogo em Angola num espaço de três meses, cujas mortes foram publicamente conhecidas.Os focos de violência são uma das razões de preocupação face aos milhares de portugueses que se encontram em Angola a trabalhar. Segundo os últimos números, serão cerca de 100 mil os portugueses que traba-lham naquele país; uns tentam a sorte, atraídos pelos salários e impelidos pela falta de tra-balho em Portugal; outros seguem a internacionalização das suas empresas.

Joaquim estava

em Angola ao

serviço de uma

empresa do

grupo Alberto

Couto Alves

Trabalhador de 46 anos, de Mogege, foi morto a tiro por ter repreendido um subalterno

Joaquim Fernandes tinha 46 anos e deixa viúva e dois filhos

SERRALhARIA VIDALA empresa de Vermil também não resistiu ao apelo da econo-mia angolana. Neste momen-to está naquele país com uma unidade

ESTORDARTEA empresa de Joane, que está a passar por maus momentos, voltou-se para Angola na mira de tornear a crise.

CâNDIDO j. RODRIGUESEmpresa de construção de Gui-marães, a CJR está há mais de dois anos no mercado angola-no, com a CJR Angola.

pETROTECUm gigante da área da mon-tagem de postos de combustí-veis. Opera em grande escala no Cacuaco.

ANGOLA ATRAI EMPRESAS DA REGIÃO

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8 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

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LOCALIDADES

BREvES

PSD ANALISA AUTÁRQUICASA Comissão Política do Núcleo do PSD de Joane realiza no dia 7 de Novembro (sábado), pelas 21 horas, uma Assembleia or-dinária, na sede, no Largo da Feira, para fazer a análise da si-tuação política local; dos resul-tados das Eleições Autárquicas.

RESCALDO BLOCO Os resultados do BE em Joane ficaram aquém dos objectivos, que passavam pela eleição de representantes na AF. Para o grupo do BE, o ambiente vivido em Joane na última semana de campanha, com comunicados anónimos que visaram tam-bém ridicularizar o cabeça de lista do Bloco, “são métodos que de todo repudiamos”.

50 ANOS DE ESCOLAA escola do primeiro ciclo do ensino básico de Castelões as-sinalou 50 anos de funciona-mento com uma festa convívio, no dia 17, que reuniu antigos alunos e professores. A escola foi recentemente alvo de inter-venção num investimento da Câmara de Famalicão de 58 mil euros. As obras contemplaram a requalificação dos espaços daquele estabelecimento de ensino.

CNE FAz 75 ANOSO Agrupamento N.º 5 Ronfe do Corpo Nacional de Escu-tas, completa 75 anos em 2010 com o lema “75 anos de valores que se renovam”. O programa começa a 7 de Novembro, com sessão solene no salão paro-quial, apresentação do hino e romagem ao cemitério.

JOANE

JOANE

CASTELÕES

RONFE

A Câmara Municipal de Famalicão acaba de dar à estampa mais um volume do Bo-

letim Cultural do Município, desta vez, em versão dupla, reunindo as edições n.os 3 e 4.Com uma tiragem de 250 exemplares, o Boletim Cul-tural é composto por mais de 600 páginas e um leque plural e diversificado de temas, resultantes da investigação de mais de duas dezenas de colaboradores. A publicação destaca-se pela evocação de algumas persona-lidades ilustres e de aconteci-mentos marcantes da História de Vila Nova de Famalicão, tais como, Alberto Sampaio,

Júlio Brandão, Silva Mendes, Álvaro Marques e o Barão de Trovisqueira, e a Revol-ta Académica de 1907, onde Bernardino Machado teve um papel destacado. Entre estas evocações, destaca-se a que é prestada ao poeta Armando Soares Coelho. Outro assunto que se evidencia é a atenção dada à Livraria Muni-cipal e aos Índices dos Temas e Autores da série anterior do Boletim Cultural. Mantém-se também a tradição de divulgar documentos em depósito no Arquivo Histórico Municipal. O Boletim pode ser adquirido na Casa da Cultura ou no Museu Bernardino Machado, pelo preço de 15 euros.

Vermil empossou os novos órgãos autárquicos no passado domingo. Das eleições de 11 de Outubro resultou um novo figurino na Assembleia. Na mesa da Assembleia sai Bruno Dias, que passa a de-sempenhar funções meramente de deputado. Para seu lugar, uma estreia, Joana Vidal. José Peixoto é a segunda novidade do PSD na Assembleia entre os cinco eleitos. O PS faz-se representar na liderança com Domingos Barros acompanha-do por dois deputados, ambos a estrear-se no órgão, Marlene e Abílio. Com a não eleição de Adelina, Filipe Machado figura como único deputado eleito pelo PP. No executivo, nenhuma alteração. Armando Vidal volta a apostar na companhia de

Marçal Mendes e a tesoureira Sara. Em Joane e Ronfe as tomadas de posse decorrem hoje, dia 30. Em Joane, é praticamente certo, segundo apuramos, que o executivo de Sá Machado seja mantido. Ou seja, António Oliveira, Luís Santos, Lino Ri-beiro e António Mendes serão o núcleo duro da Junta. A única dúvida reside nos moldes em que será eleito este último uma vez que António Mendes ocupa o 8.º lugar da lista.Na condução dos trabalhos da Assembleia, tudo muda. Para o lugar de Sérgio Cortinhas a estreia de Cláudio Cadeia, acompanhado por Filipa Pe-reira e Anabela Santos. Carlos Rego e Quitéria Campos (repe-tentes) e Joaquim Lima e Paula Oliveira (duas estreias) deverão

completar o restante figurino de deputados do PS.O PSD/PP conta com o mes-mo número de deputados do mandato anterior, seis, num figurino quase todo renovado. Do mandato anterior, sai o cabeça de lista em 2005 Artur Fernandes, a ex-líder dos “la-ranjas”, Fernanda Faria. No rol das saídas está ainda Paulo Guimarães, Esperança Oliveira e Paulo Couto. Só Manuel Gui-marães (PP) é que assegura a continuidade. De novo entra Porfírio Carvalho, acompanha-do por Miguel Coelho, Joana Cunha, José Carlos Fernandes e Deolinda Torrinha.A tomada de posse está mar-cada para as 21h00 de hoje, sexta-feira no Centro Cultural de Joane. À mesma hora, em Ronfe, reúne

a Assembleia cessante no Salão Paroquial para dar posse aos novos elementos. Segundo apurou o RL, o execu-tivo de Daniel Rodrigues será mantido (acompanhado por Armando Oliveira e Joaquim Pi-nheiro). Para a Mesa da Assem-bleia é certa a recondução de António Sousa na presidência bem como Cidalina Rodrigues a secretariar. A novidade na mesa será a de Daniela Ferreira. Henrique Barros Benjamim Mendes, jun-tamente com a estreante Elda Ramos completam o figurino do PSD.A assembleia conta ainda com dois eleitos do PS, António Gonçalves e Luís Gonçalves, respectivamente. De volta á Assembleia está a CDU com a estreia de Fátima Mendes.

FAMALICÃO • cultura

REGIÃO • aSSEMBlEiaS

Câmara lança boletim Cultural com 600 páginasA publicação resulta da investigação de mais de 20 colaboradores ligados à História

Novidades em joane, Ronfe e Vermil

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 9

Outubro

UM wC jÁ!Vai uma pessoa contentita da vida a passear pelo centro de Joane, junto ao Parque da Ribei-ra, quando lhe dá uma daquelas tremendas vontades de...enfim, sabem como é... “verter águas”! Olha em volta e não vislumbra uma casita de banho para sa-tisfazer a vontade. Ó diacho! O que fazer? Pois tá bem de ver: não falta gente apertadinha que a caminho da capela de S. Bento não tem outra alternativa que não seja “encostar-se” à parede, junto ao ribeiro, e ali descarre-gar águas. Senhor presidente da Junta: veja lá se anda da perna e se constrói mesmo uma casa de banho na zona!

49 X QUê?Hà dias o meu sobrinho Abel veio cá a casa e pôs-se a falar de uma revista do PS que era - segundo ele - uma maravilha. Pus-me a olhar para a coisa e, desculpa lá, ó Abel, mas a tua tia prefere mil vezes os folhetos do Lidl! Sempre são mais atractivos e trazem promoções e não sopa requentada! Ai ai que este PS não há meio de aprender!

AMANhÃS QUE CANTAM NO pSD DE jOANEVai grande azáfama para os la-dos do Largo da Feira. Segundo me diz a Micaela, minha empre-gada de limpeza, o PSD anda a arrumar a casa depois do desai-re do dia 11 de Outubro. Segun-do a moça, a rapaziada da laran-ja está a preparar a laranjada do futuro a pensar em 2013. Ainda há dias não passou desperce-bido o encontro bastante ani-mado entre Porfírio Carvalho, candidato por três vezes à Junta, com o “jovem turco” Miguel Ri-beiro. Segundo consta, estariam a preparar a transição, a “passar a pasta”. Será?

O QUE VAI SER DOS AGRICULTORES?Não durmo há três noites e meia! Então não é que o meu tio Florêncio, que vive prós lados de Santa Maria de Airão, anda aflito desde que o CDS perdeu as eleições? De enxada às cos-tas, ele contava com o empenho e o apoio da mui jovem candi-data do CDS que prometia uma atenção especial aos (três) agri-cultores da terra...

por D. VIRINHA

O turismo em Portugal é um filão?Sim, desde que se conti-nue a apostar na qualidade e inovação.

Os portugueses sabem receber?Os portugueses desde sempre foram bons anfitriões.

Imagine que um turis-ta quer ir a Ronfe: que local sugeria para visi-tar?A Central Hidroelecti-ca (situada na zona da fábrica Somelos).

Na minha terra há fal-ta de...?...passeios para peões: numa altura em que as caminhadas são cada vez mais um hábito di-ário...

George Cloney ou Brad Pitt?Não me imagino sem nenhum dos dois!

Qual foi o último filme que foi ver ao cinema?“Gran Torino”, de e com Clint Eastwood.

Não dispenso mes-mo...?Os amigos ... (incluin-do o Brad e o Cloney).

É mais fácil ir a Gui-marães ou ao Porto?Efectivamente nos dias que correm chega a ser mais rápido ir ao Porto.

O que me faz feliz...?...é o bem estar daque-les que me são queri-dos.

conversas curtas

“Em Ronfe há falta de passeios para peões”

Rosa oliveiRaTécnica de TurismoRonfe

O que me faz feliz?

O bem-estar

daqueles que me

são queridos.

GUIMARAES JAzzDE 12 A 21 DE NOVEMBRO, CENTRO CULTURALJimmy Cobb, Hank Jones, Branford Marsalis, Dave Holland, Cassandra Wilson e Dave Douglas são alguns dos nomes que integram o cartaz do Guimarães Jazz, no ano em que festival celebra 18 anos de existência.

75,4%

71,48%

Resultado da lista do PS, encabeçada por Joaquim Pereira, nas eleições para a Assembleia de Freguesia de Oleiros.

Resultado da lista do PS, encabeçada por Francisco Sá, nas eleições para a Assembleia de Freguesia de Castelões, em Famalicão.

As eleições de 11 de Outubro foram marcadas pelo recurso das candidaturas à Internet. Conhecidos os resultados, o que aconteceu a esses sites?! E m R o n f e o s q u a t r o candidatos apostaram na internet . A candidatura vencedor (Daniel Rodrigues) utilizou o blogue pessoal d o c a n d i d a t o , q u e continua activo em www.danielrodrigues.blogspot.com. A CDU recorreu ao blogue www.cdu-ronfe.blogspot.c o m . A p a r e n t e m e n t e , continua activo, o último post foi colocado já depois das eleições.Os bloges do PS (www.antoniogoncalves-ps-ronfe.blogspot.com) e do BE (www.beronfe.blogspot .com), desde o dia das eleições que parecem “esquecidos”.E m J o a n e s ó d u a s candidaturas recorreram à Internet . Sá Machado (PS) em www.joane2009.com, um site com pouca actualização. A coligação PSD-PP foi promovida em www.porfiriopresidente.com, actualizado todos os dias. Agora, o site remete-nos para www.psdjoane.org com a indicação “Este site está em construção...Brevemente on-line”.Em Vermoim só CDU e PS recorreram à Net. O da CDU (http://www.cduvermoim.blogspot .com) mantém-se activo. O do PS (www.psvermoim.blogspot.com) apresenta actualmente a página em branco.

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10 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

Luís Pereira

Geralda Cardoso, desempre-gada, mãe de dois menores, marido a trabalhar na constru-ção civil. Parcos rendimentos,

situação social complexa. Alexandrina Gonçalves, 40 anos, casada, mãe de dois filhos, vive com estabilidade suficiente de quem não sofre em casa o drama do desemprego.As duas têm em comum a frequência da Loja da Solidariedade de Ronfe. Iniciativa da junta local, a loja tornou-se num autêntico apoio a muitas famílias de Ronfe e freguesias vizinhas que ali procuram uma forma de poupar nas despesas com o vestuário, calçado e até electrodomésticos.O conceito ultrapassa o da típica ajuda aos mais desfavorecidos. Os interessa-dos podem depositar o que deixa de ter utilidade em casa. Roupa e electrodo-mésticos são o mais comum. A novidade não está no dar, está em receber. O mesmo interessado pode encontrar no local utensílios, roupa ou calçado que podem ajustar-se às necessidades de outros. Há famílias que só procuram a loja para entregar o que têm e outras, porventura as realmente desfavorecidas, que a procuram para apenas colher a generosidade. O rosto do sucesso da loja é Maria Frei-tas - dona Micas, assim é conhecida esta “jovem de 70 anos” que respira vitalidade por todos os poros -, funcionária da autarquia, com ajuda de uma equipa de voluntários.Além da entrega na loja, no edifício Solar do Pedroso, perto do cemitério, a equipa de voluntários anda muitas vezes no porta-a-porta. O trabalho passa por dedicar parte do tempo livre à separação do que chega em estado aceitável para reutilização do restante.

Ultrapassado o preconceito da vergonha e em resposta aos apelos do pároco nas missas dominicais, a população foi timi-damente aderindo. Volvido ano e meio, a loja revela-se uma aposta ganha e uma ajuda no orçamento familiar. “Há ainda pessoas que me falam na necessidade que têm. Eu digo-lhes para virem, respondem-me que têm vergonha. Mesmo assim não há problema: ou eu levo até casa delas ou então combino uma hora sem ser ao sábado (dia de funcionamento ao público) para que ninguém veja”, conta a dona Micas. “Um sábado destes, a loja estava cheia, lá fora estava uma mulher a rondar. Fui ter com ela, trouxe-a para dentro, o medo de entrar era a vergonha. Depois percebeu como isto funciona e que há muitas como ela que também utilizam e no sábado seguinte cá estava novamente”.Como numa verdadeira loja, as roupas estão dobradas e separadas por género. O fundo da sala é preenchido pelo calçado. No canto da entrada, livros e brinquedos à espera de serem levados. “Aceitamos tudo, menos comida”, dizem.“O que está aqui hoje não é nada com-parado com o que estava há semanas. Nessa altura havia televisões, fogões, colchões”.Marta Vieira associa o aumento da procura ao aumento do trabalho dos voluntários. “A loja está a ganhar fama fora da freguesia. Daqui a pouco vamos remodelar tudo, por causa do Natal. Tem-nos chegado muita coisa e é preciso fazer a triagem. Nada do que esteja em condições vai para o lixo. Temos muita coisa e o que sobra vai para as missões em África”, diz.Daniel Rodrigues, presidente da autar-quia, confirma o sucesso. “A procura tem sido grande, não nos passa pela cabeça acabar com a iniciativa”, refere o autarca.No fim da conversa para a reportagem,

Uma ajuda em tempos de criseIniciativa da Junta de Freguesia, a Loja Social é autêntico apoio a muitas famílias de Ronfe e freguesias vizinhas

Caminhar para ajudarA ATC está a desenvolver um projecto de solidariedade que pretende envolver instituições de diversas freguesias da região. “O Natal deve ser todos os dias” (nome da campanha) inclui uma caminhada (Caminhar para ajudar) entre a Casa de Camilo, na freguesia de Seide e Joane com o objectivo de juntar bens e produtos para distribuir pelos mais necessitados. A iniciativa é apresentada Sábado, dia 31 de Outubro, no Centro Cultural de Joane.

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Geralda Cardoso e o marido já tinham escolhido o que procuravam. “Já levei daqui calças para o trabalho do meu homem. É uma grande ajuda, assim escusámos de gastar dinheiro”, refere a mulher.Ao contrário de Geralda, Alexandrina ainda andava às voltas na escolha. “Para já ainda não trouxe nada, só vim buscar. É dinheiro que não gasto em roupas. A minha filha já não precisa de mais roupa para o Inverno, a que tem levei-a daqui. Levei camisolas, inclusive, ainda com a etiqueta, praticamente por estrear.

Logo que soube da loja, não hesitei. É sem duvida uma grande ajuda”, desfia a ronfense.Maria Vidal, reformada, acompanhada pelas netas, quando questionada, de imediato apontou para o vestuário que trazia a pequena: “Está a ver esta ca-misola?! Levei-a daqui. Quando tenho roupa que deixa de lhes servir trago-a para aqui e levo a que lhe sirva”.Para si, Maria Vidal, aguarda por uma televisão. “Tenho uma em casa que está mesmo nas últimas. Se aparecer, aproveito e já não tenho que comprar”.

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 11

Maria Ribeiro não esquece a data: 18 de Junho de 2009. O dia em que partiu

para Angola para uma nova etapa profissional e pessoal. “Estou em Angola desde 18 de Junho deste ano, com um pequeno intervalo de três semanas de férias no mês de Agosto. Neste momento sou responsável de logística e compras do grupo Pe-trotec Angola Assistência Técnica ao Ramo Petrolífero, Lda”, refere ao RL Maria Ribeiro, de Ronfe. Tal como a maior parte dos mi-lhares de portugueses que estão a trabalhar em Angola, também Maria foi motivada pelo aspecto financeiro. “Teve grande in-fluência, foi talvez o principal motivo; no entanto a perspectiva de mudança e de novos desafios também contribuiu para a deci-são”, realça. Uma decisão complicada, tanto mais que de vez em quando sur-gem notícias de casos de violência sobre portugueses. “Em termos de violência, o que posso dizer é que não senti na pele, mas exis-tem colegas que já foram alvo de assaltos com violência e recurso a armas de fogo”, adianta.

Para esta técnica superior natural de Ronfe, “a regra é valida para

qualquer parte do mundo: evitar zonas de risco, e exposição de bens valiosos”. “Não podemos esquecer que é um país que está a sair de anos de guerra, situação que provocou uma afluência enorme de pessoas à capital, agravando ainda mais as condições de vida, já bastante precárias e contribuindo para a proliferação de bairros sem as mínimas condições de higiene e habitabilidade, o que se torna terreno fértil para o surgimento de várias formas alternativas de

sobrevivência, sendo a principal a criminalidade”, sustenta Maria.

Há uma semana, um português de 46 anos, da freguesia de Mo-gege, foi morto a tiro na cidade angolana do Huambo por um trabalhador da obra onde a vítima estava colocada (ver notícia nesta edição). A crise levou muitos portugueses a emigrar para Angola. Os últimos dados apontam para quase o triplo de portugueses em terras angola-nas, comparativamente com os números da população deste país africano em Portugal. De acordo com os dados do Instituto Nacio-nal de Estatísticas , existem em Portugal cerca de 35 mil cidadãos angolanos registados legalmente, embora as organizações do país africano apontem para um total de entre 100 mil a 300 mil.O número de portugueses a des-locar-se para Angola quase que quadruplicou nos últimos quatro anos: em 2004, foram 20 mil, actualmente são cerca de 100 mil.Em 2006, partiram para Angola 16 mil portugueses, em 2007, 22 mil e em 2008, 28 mil. No que se refere aos sectores de actividade, embora não haja dados, estima-se que a construção civil e a indústria sejam os que empregam mais pessoal.

Onde nasceu Bernardino Machado?Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu no Rio de Janeiro em 28 de Março de 1851. A família regressou a Portugal em 1860 e instalou-se em Joane. Foi eleito Presidente da República em 6 de Agosto de 1915.

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jOANE

Ajudem o Salvador

A vida de Salvador Castro e da família mudou radical-mente há sete anos. A trabalhar numa empresa cola-boradora da REN, Salvador foi vítima de uma aparatosa queda de 22 metros de altura que o puseram tetraplégi-co e com problemas pulmonares. O hospital de Nisa e o de S. José em Lisboa foram “a casa” da família de Salvador durante os dias seguintes. “Foi muito duro e custoso entender que tinha de passar a minha vida numa cadeira de rodas”, desabafa Salvador.As alterações de rotina desde esse dia foram inevitáveis, refere Gabriela Costa, a esposa. “Íamos passar férias, co-mer fora, convivíamos com os amigos. Desde o acidente, toda a vida é feita em casa”.A dificultar ainda mais, o apartamento na Habitorre, Jo-ane, onde residem, fica num 3.º andar sem elevador. O apartamento comprado poucos meses antes do acidente está agora à venda. O objectivo passa por comprar um rés-do-chão. Até lá, é raro o dia em que Salvador sai à rua.“Passo o dia entretido a ver televisão e pouco mais. Tinha um amigo em Lisboa que contactava com frequência para passar tempo mas deixei de o fazer, para não inco-modar”, relata.Ruben, de 13 anos, estuda na secundária joanense, no 7.º ano, tinha nascido meses antes do acidente. Praticamen-te sempre conheceu o pai numa cadeira de rodas. “A vida tem que seguir em frente”, diz o jovem. Sem se resignar, a esposa de Salvador entregou-se a nova missão: comprar uma cadeira de rodas que pode subir e descer escadas de forma automática. Sem possibilidades financeiras, pôs pés ao caminho chegando a uma senho-ra de Vila do Conde envolvida no projecto das tampi-nhas. O objectivo é recolher sete toneladas que serão entregues em Lousada para a reciclagem. Até agora, fo-ram entregues 250 kg. A associação Amitorre cedeu instalações para colocar as tampas. O comércio da zona está envolvido e a corren-te de solidariedade alastra-se. Uma simples tampa pode melhorar a vida de Salvador. Há um mês que Gabriela anda sempre acompanhada de um garrafão onde as deposita. Para ajudar, basta contactar pelo 252 997 466 ou entregar as tampas na residência do casal, mesmo ao lado da sede da Amitorre.

Em busca de uma vida melhor em Angola Tal como milhares de portugueses, Maria Ribeiro (na foto), de Ronfe, foi para Angola trabalhar para melhorar as condições financeiras e de vida

“Em termos de

violência, não

senti na pele,

mas colegas

já foram alvo

de assaltos

com recurso a

armas de fogo”

J.F.

GNOMON NA CASA DAS ARTESO grupo Gnomon, de Joane, actua na Casa das Artes a 27 de Novembro, 21h30. Este espectáculo terá como convidados Sofia Portugal, Nuno Cachada e a companhia de dança Asas de Palco.

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12 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

LILIAN GUIMARÃES29 anos, residente em Joane; Enfermeira, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, Enfermeira Responsável pela Equipa de Enfermagem da USF Terras do Ave – Delães; Agente da Linha de Saúde Pública, Mestranda do Mestrado Académico Gestão em Serviços de Enfermagem.

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Uma conjuntivite é uma inflamação da membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Há vá-rios tipos de conjuntivite: infeccio-sa (por vírus ou bactérias), alérgica (em pessoas predispostas a alergias) ou irritativa (após exposição a fumo, poeiras ou dissolventes).Os sintomas são irritação ou sensa-ção de queimadura ocular, sensa-ção de “areias” e incómodo ao olhar para a luz. O branco do olho torna-se vermelho e pode surgir lacrimejo e dor. Na conjuntivite bacteriana habitualmente há produção de grandes quantidades de secreções purulentas, que podem acumular-se entre as pálpebras e tornar a vi-são turva, sendo necessário tratar com um antibiótico em gotas. Na conjuntivite alérgica é habitual o atingimento dos dois olhos e a se-creção é escassa. A conjuntivite víri-ca é auto-limitada, resolvendo em 1 a 2 semanas.Na fase aguda, limpe regularmente as secreções do olho com soro fi-siológico ou água fresca e coloque compressas de água fria sobre os olhos fechados (aliviará as queixas). Use só os colírios receitados pelo seu Médico de Família e guarde-os num lugar seco e fresco. Ao termi-nar o tratamento não os guarde, leve-os à Farmácia pois eles con-taminar-se-ão com o decorrer do tempo. Não use lentes de contacto até estar finalizado o tratamento e não esteja demasiado tempo diante da televisão ou do computador. Use óculos de sol, que o protegerão da luz e vento.Para evitar o contágio, evite to-car com as mãos nos olhos, lave as mãos frequentemente e não parti-lhe toalhas. Com as crianças deve ser tido um cuidado especial, para evitar o contágio.Consulte o Médico de Família se os sintomas persistirem mais de 3 a 4 dias; se a luz incomodar em dema-sia; se o olho doer cada vez mais; se aparecerem vesículas na pele à vol-ta do olho afectado ou se notar que este tem diminuição da visão.Até breve…

HAJA SAÚDE

CONJUNTIVITE

JOÃO MONTEIRO MÉDICO

Fanfarras e medalhasO agrupamento 184 do Corpo Nacional de Escutas de Joane, realizou no dia 18 uma cerimónia solene e um festival de fan-farras. O programa incluiu romagem ao cemitério, recordando os escuteiros já falecidos, em especial o 1º chefe de agrupa-mento, Lázaro Salgado; entrega de lembranças, com várias individualidades do poder local, do CNE, da Igreja e antigos escuteiros. O CNE de Joane entregou louvores aos fundadores, padre Ma-nuel de Sousa e Silva, António Cardoso e Bento Lopes Fernan-

des e atribuiu a distinção de Dirigente Honorário a Américo Rafael, Chefe de Agrupamento de 1972 a 2003. O Agrupamento aproveitou para fazer 2 pedidos: “cedência da escola primária da Avenida que irá ficar desocupada com a construção do novo Centro Escolar e o apoio na edição de um livro com a história dos 50 anos do Agrupamento”. Na parte da tarde teve lugar o 2º Festival de Fanfarras com as fanfarras de Joane, Carreira, Jesufrei, Fradelos, Castelões, Oli-veira Santa Maria e Pedome.

Em Linha com a SaúdeO que é a linha Saúde 24?

Foi criada em 2002, devido ao surto da gripe sazonal em Portugal, com o objectivo de

evitar a afluência de doentes às urgên-cias dos hospitais. Em 2007, foi criada a Saúde 24 que incorpora os serviços de atendimento da Saúde 24, a Pediatria (Dói, Dói, Trim, Trim) e a Linha Saúde Pública (à qual pertenço). Desempenha funções desde quan-do?Desde 2003. Entrei numa urgência para dar resposta aos possíveis casos de Sín-drome Respiratória Aguda em Portugal.O que a levou a aceitar o desafio?Por ser um trabalho inovador, de grande utilidade a nível nacional. Quais são as solicitações mais fre-quentes?Depende muito da altura do ano. Neste momento estão relacionadas com a Gripe. Em que situações se deve contactar a linha?Sempre que haja dúvidas relacionadas com a saúde: comportamentos de risco, doenças ou patologias, dor, calor, obe-sidade, vacinação, saúde da mulher… É realizada a triagem dos sintomas e, se necessário, o utente é referenciado para o serviço prestador mais adequado. A falta de capacidade da linha para

responder ao elevado número de solicitações está ultrapassada?Houve momentos em que a procura foi muito elevada (cerca de 9000 chamadas/dia) o que dificultou o acesso e obrigou a um reforço nos recursos humanos. Neste momento está a funcionar sem problemas.

Quantos agentes trabalham?Mais de 400 enfermeiros.Quantas chamadas atende por dia?Nesta fase da gripe, cerca de 170.Já fez atendimento a situações de urgência máxima? Esses casos são sempre encaminhados no menor espaço de tempo para o INEM. As emergências de Saúde Pública são enca-minhadas para os Delegados de Saúde.É mais atraente o trabalho nos centros de saúde/hospitais ou o na linha?Cada actividade tem a sua particularidade. Exercer funções na Linha e na prestação directa de cuidados é muito enriquecedor. O facto de trabalhar no “terreno” facilita o atendimento telefónico uma vez que me dá um conhecimento sobre o funcionamento dos serviços para melhor encaminhar e aconselhar o utente.Não tendo contacto directo com o utente, não há o risco do aconselha-mento ser dado de forma incorrecta?Quando somos confrontados com situa-ções de triagem sintomática e na possi-bilidade de existir dúvida, pode haver a necessidade de encaminhar para o médico. Contudo, podemos manter vigilância sobre a situação apresentada através da realização de uma chamada de retorno, mais tarde.

A linha tornou-se mais conhecida desde o aparecimento da Gripe A?É sempre mais conhecida quando surge um novo problema de saúde pública. O que aconselha?Cada um de nós é responsável pela nossa própria saúde. É importante ter como base as orientações dadas pela DGS.

Há razões para alarme?Existem razões para estarmos em alerta, mas sem alarme. Existe uma vigilância gripal apertada para diminuir a morta-lidade e morbilidade da doença. No Inverno, as preocupações de-vem ser maiores?Antes das preocupações, os alertas: isto é,

reforçar a higiene (mãos e respiratória).Como decorre a vacinação?Depende dos locais. Aconselho, a quem tiver dúvidas, que entre em contacto com o Centro de Saúde. Em Famalicão a vacinação será administrada por uma equipa que se encontra nos centros de saúde de Famalicão e de Delães.

Gripe A: “Alerta mas sem alarme”

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 13

AGORA COM NOVOS EMPREENDIMENTOS!

É já sábado, dia 31 de Outubro, que a cidade de Famalicão vive as emoções do desporto auto-móvel, com a promoção da IV edição da Super Especial, que terá início pelas 12h00. A organização espera a presen-ça de muito público ao local da prova - algumas das ruas mais emblemáticas da cidade - para assistirem de perto à prestação de pilotos e máquinas (umas mais novas do que outras, já que a Super Especial inclui também a vertente histórica.A prova é organizada pelo Clu-be Desportos Motorizados do Porto (DemoPorto), com o apoio da Câmara Municipal de Famalicão.A IV Super especial de Vila Nova de Famalicão, apresenta-

se num só dia com pilotos em diferentes carros, de diferentes classes e divisões para percor-rer um trajecto de 1,8 km, sem-

pre em piso de asfalto.Todo o percurso será igual ao da edição passada, surgindo uma nova versão na finalíssima que virá a ser disputada pelos melhores dez classificados da geral, depois de seleccionados os vinte melhores - distribuídos pelas varias divisões e classes.Terra de muita gente ligada ao fenómeno automobilístico, Fa-malicão está, deste modo, no calendário dos grandes eventos desportivos nacionais, atrain-do pilotos, equipas e marcas que gravitam à volta do auto-mobilismo. Apesar da limitação de inscri-ções a que a organização foi obrigada, por estar condiciona-da em termos de tempo, o nível de participantes subiu muito alto e a competitividade da prova vai por certo ser superior às edições anteriores.

Velocidade pelas ruas de Famalicão

Telefones 252 921 235 (Residência - Cividade) | 252993778 (Escritório) - Avenida Padre Silva Rêgo - Joane

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A Super Especial

de Famalicão tem

um trajecto de 1,8

quilómetros em

piso de asfalto,

percorrendo

algumas das ruas

emblemáticas

da cidade

AUTOMOBILISMO • SuPEr ESPEcial

Prova do FC Porto volta à cidade famalicense pelo quarto ano

Redacção

nOTÍCiAS

ATLETA DO NAJ TRIUNFA EM BARCELOS

ATC BASKET COM BOM INíCIO DE CAMPEONATO

O atleta Jorga Santa Cruz, do NAJ (Núcleo de Atetismo de Joane) triunfou em Barcelos.Considerado um dos mais promissores jovens atletas portugueses da actualidade (tem apenas 20 anos), Jorge venceu no passado domingo, no escalão sénior, o Grande Prémio de Atletismo de Tregosa, no concelho de Barcelos. Controlando a corrida desde o tiro de partida, o atleta do NAJ correu sempre de uma forma inteligente, isolando-se sensivelmente a meio a competição.

Desde então, os seus adversários não mais lograram qualquer hipótese de o alcançar. Jorge Santa Cruz foi cimentando a cada metro percorrido a distância que o separava dos seus mais directos concorrentes.Este foi o primeiro triunfo deste jovem atleta ao serviço do clube joanense neste tipo de competição no escalão sénior. Para a direcção do NAJ, esta vitória pode ser encarada como “um prenúncio de um futuro auspicioso” para o atleta.

A contar para a terceira jornada do Campeonato Distrital, os cadetes masculinos do ATC Basket, de Joane, receberam e venceram o Grupo Desportivo André Soares (GAS) por 80-56. Num jogo muito esperado, a equipa joanense confirmou a vitória da semana anterior, em Barcelos, e o bom início do campeonato. Também em casa, a equipa de sub-16 femininos venceu sem

dificuldade o BCC Basto por 105-26. Da mesma forma, os juniores venceram facilmente o BCC Basto por 72-45. Nos iniciados, em femininos, o ATC conseguiu uma importante vitória fora de casa frente aos Leões das Enguardas por 69-41. Já os rapazes não conseguiram manter a invencibil idade, perdendo em casa com o GDAS por 66-47.

VRUUUUUUUMMMMMMData A prova Super Especial de Famali-cão começa às 12.00 horas de sábado, 31 de Outubro.Local Algumas das mais emblemáticas ruas da cidade de Famalicão.

Organização Clube Desportos Motorizados do Porto. Extensão A prova conta com um percurso de 1,8 km, sempre em asfalto.

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14 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

AUTáRQUICAS 2009

AUTÁRQUICAS • rEScaldO ElEitOral

Sá Machado reforça peso político no concelho

Hhá sempre alguém que resiste, há sem-pre alguém que diz não”.

Foi citando Manuel Alegre que da escadaria da escola secundá-ria de Joane, Sá Machado cantou vitória, pela quinta vez, lado a lado com o vencido Porfírio Carvalho.A assistir, muitas dezenas de joanenses que não arredaram pé até conhecerem os resultados finais: 51% para o PS; 39,7% para PSD/PP; 4,2% BE e 2,5% para a CDU. Resultados esses que traduzem a manutenção do mesmo figuri-no da Assembleia de Freguesia: sete para os socialistas e seis para a coligação. A eleição de Alberto Fernandes (BE) acabou por não se confirmar.“Joane tem voz para continuar a fazer barulho para a Câmara investir na freguesia. Não foi desta que me calaram. Não sou mal-educado mas quando ofendem a minha terra tenho de levantar a voz. Esta foi a vitória de quem sofre, de quem ouviu o que não queria”, disse o reeleito presidente da Junta.Os joanenses voltaram a dar a vitória a Armindo Costa (PSD-PP) para a Câmara famalicense. Se para a Junta a diferença de votos foi esclarecedora (Sá Machado venceu Porfírio Car-valho por 522 votos), para a Câmara a luta em Joane dividiu o eleitorado. Armindo Costa mereceu a con-fiança de 49,3% dos votantes em Joane contra os 43,2% obtidos por Reis Campos, do PS (282 votos de diferença).Na noite eleitoral o RL foi o único órgão de comunicação social a recolher no local as pri-meiras reacções dos vencidos e vencedores na vila joanense. Á

reportagem do RL, Sá Machado referiu-se ao comunicado anó-nimo que circulou na freguesia na recta final da campanha.“Não posso esquecer o que se passou nestes 15 dias. Apesar de achar que o Porfírio não tem nada a ver com o que se passou, espero eu, tinha que dar resposta a quem nos ofendeu. Sou alguém de bem, que paga impostos e não gosto mesmo nada que mexam com a minha dignidade”, afirmou Machado.Quanto aos próximos quatro anos, o autarca diz esperar colaboração da coligação.“Honra aos vencidos e glória aos vencedores”, evocando a má-xima grega, Porfírio Carvalho justificou ao RL a sua presença ao lado do adversário vencedor, no momento do discurso da vitória. “Fi-lo porque sou um democrata, fi-lo de coração aberto e com fair-play”, frisou o candidato da coligação PSD/PP, vencido pela terceira vez. Porfírio Carvalho assegura que assumirá o lugar na AF onde promete fazer uma oposição “construtiva e vigilante”. Ainda sobre os resultados, de referir que, comparativamente a 2005, o PS mantém a mesma

percentagem de votos ao passo que a coligação conquista mais 1% do eleitorado. Já o BE, além de não eleger o deputado desce 1% na sua votação (menos 40 votos que em 2005). A absten-ção fixou-se em 29,9%. Dos 6.596 inscritos votaram 4.621 eleitores tendo 2,7% optado pelo voto em branco/nulo.

SEM NOVIDADESDe resto, todos os autarcas que ocupavam as presidências de Junta nas 10 freguesias que foram alvo de cobertura informativa por parte do RL foram reconduzidos. Não se verificaram alterações de relevo ao nível dos principais protago-nistas. Mas salienta-se a eleição de um representante da CDU na Assembleia de Freguesia de Ronfe (mérito, por certo, da cabeça de lista Fátima Mendes) e, entre outros factos, a saida de cena da CDU na Assembleia de Freguesia de Vermoim e a perca de um eleito PP-Vermil.Neste último caso, a opção do candidato que em 2005 con-correu como “independente” e obteve representação na AF não surtiu efeito pelo PP. Destaque para os triunfos in-

contestáveis registados em Castelões (Famalicão) e em Oleiros (Guimarães) com va-lores acima dos 70 por cento (ver quadro de resultados na página 15).

ABSOLUTAMENTEAo nível municipal, os resulta-dos não provocaram espanto. Em Famalicão venceu, como se previa, a coligação PSD-PP, com Armindo Costa a reforçar a maioria absoluta no arranque para o terceiro mandato. O PS teve um mau resultado e aguardam-se pelas consequên-cias no seio dos estrategas da Comissão Polícia Concelhia. Reis Campos, o cabeça de lista que tentou aumentar a fasquia, assumiu a derrota mas para muitos socialistas esteve de-masiado solitário na hora de enfrentar a imprensa.Em Guimarães, não só o PS e António Magalhães mantive-ram a maioria absoluta (e já lá vão 20 anos desde a primeira) como aumentaram o número de votos e de eleitos (sete) - no caso, à custa do PSD, que passa de quatro para três vereadores. A CDU manteve o lugar que tinha desde 2005.

COMENTáRIO

O que há de comum entre Agostinho Fernandes, Ben-jamim Salgado e José Carlos Marinho? O facto de todos eles terem sido presidentes da Câmara de Famalicão e de todos eles serem natu-rais de Joane. O facto, por si só, não faz ciência ou dogma, mas não deixa de ser curioso verifi-car o peso que Joane tem no que toca à governação do concelho. Sá Machado venceu em Jo-ane e de novo com maio-ria absoluta. Para muitos que julgavam que o autar-ca podia estar em vias de abandonar o cargo ao fim de quase 20 anos de lide-rança, a vitória inequívoca calou bem fundo. Mas ela não é apenas um tiro aos adversários mais directos (a candidatura PSD/PP e o ac-tual presidente da Câmara de Famalicão) mas também para o interior do PS fama-license.Os socialistas viram Sá Ma-chado manter o bastião em Joane, reforçando a vota-ção, e a surgir com maior capital de legitimidade para continuar a bater-se em Fa-malicão. Sá Machado pode ser mesmo o senhor que se segue no PS em 2013. Seria, por um lado, uma renovação; por outro, uma alternativa aos senhores do costume (Fernando Mo-niz, Mário Martins, Maria José Gonçalves, etc.). E seria também a vitória do “poder local”, já que teriamos um autarca, que anda no ter-reno, a corporizar a candi-datura e não um técnico ou intelectual de qualidades reconhecidas que do terre-no conhece apenas os no-mes e pouco mais.

LP/Redacção

VEjA OS RESULTADOS ELEITORAIS. página 15.

E AgORA, Sá MACHADO?

Page 15: Reporter Local Outubro 2009

REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 15

Os debates em torno das Eleições Autárquicas 2009 organizados pelo Repór-ter Local constituiram um êxito. As duas iniciativas (em Joane, 3 de Outubro; e em Ronfe, a 4 de Outubro) contaram com a participa-ção, em cada uma das loca-

lidades, dos quatro cabeças de lista às eleições para as respectivas assembleias de Freguesia. No que toca à participação de público, os debates fica-ram marcados por verda-deiras lotações esgotadas, quer no Centro Cultural de

Joane quer no Salão Paro-quial de Ronfe.De resto, nesta vila o de-bate registou a presença de cerca de 600 pessoas, numa prova inequívoca, por um lado, da motivação popular para este género de iniciativas, e, por outro, do reconhecimento que os ronfenses têm do Repórter Local.Para a boa organização dos dois debates, o Repórter Local contou com o apoio de empresas (Abdera, Pou-sa Construções, Conrolsafe e Dape) e entidades (Asso-ciação Teatro Construção e Paróquia de Ronfe). O de-bate de Joane teve trans-missão directa pela Digital FM de Famalicão

Debates positivosOPINIÃO

APEgO Ou DESAPEgO AO PODERNEL CUNHA (BE)

Uma fundação inglesa pre-meia presidentes africanos que não usem o poder para se manterem nos cargos para que forem eleitos, visando a promoção e manutenção da Democracia em África.Na intervenção em Portugal, sobretudo nas autarquias, há muitos “sobas” que em men-talidade ultrapassam certos régulos africanos. As campa-nhas com novas promessas sem respeito pelas antigas não cumpridas, o extravasar de arrogância com a falta de respeito pelos que oferece-ram alternativas parecem provar isso mesmo.Mas há exemplos muito po-sitivos de exercício temporá-rio de poder e do saber sair sem as manias de que se é imprescindível. Francisco Gonçalo liderou a lista que ganhou as eleições na Junta de Airão Sª Maria há 12 anos. Foi presidente 8 anos. Há 4, apesar de convidado, não foi cabeça. No último mandato foi secretário da Junta. Nes-tas últimas eleições enten-deu que a sua intervenção estava feita e deu espaço a outros cidadãos. Quem conhece Airão Sª Ma-ria sabe da obra feita por Gonçalo e sua equipa. Eu, natural daquela freguesia, e que nem sempre tive uma relação amistosa com Gon-çalo, presto-lhe a minha homenagem pelo trabalho feito, mas sobretudo pela li-ção de desapego ao poder e pelo exemplo de intervenção democrática e cívica que ele deixa. A relação de Francisco Gonçalo com o poder não foi própria de régulo.

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

Custódio Oliveira, consultor de comunicação, faz a análise dos resultados das Autárquicas em Joane e em Famalicão. Página 17.

PUBL

ICID

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AUTÁRQUICAS 2009

CASOVOTOU DUAS VEzES EM RONFE?De entre as várias queixas apre-sentadas à Comissão Nacional de Eleições, relacionadas com infracções à lei eleitoral du-rante as últimas Autárquicas, destaca-se o caso de um eleitor de Ronfe que terá exercido o seu direito de voto por duas vezes. O caso, que está a ser acompa-nhado pelo Ministério Público junto do Tribunal de Guima-rães, ocorreu na terceira secção de voto daquela vila, depois de ter sido contabilizado um voto a mais do PSD de um eleitor que supostamente votou duas vezes para a Assembleia.

ASS FREGPS 2356 (50,98%)PSD-PP 1834 (39,69)BE 194 (4,2%)CDU 113 (2,45%)

CMPSD-PP 2277 (49,28%)PS 1995 (43,17%)BE 152 (3,29%)CDU 109 (2,36%)

AMPS 2070 (44,79%)PSD-PP 2034 (44,01%)BE 253 (5,47%)CDU 165 (3,57%)

ASS FREGPSD 1750 (60,1%)PS 760 (26,1%)CDU 286 (9,82%)BE 69 (2,37%)

CMPS 1269 (43,59%)PSD 1256 (43,12%)CDU 173 (5,94%)BE 87 (2,99%)CDS/PP 54 (1,86%)MRPP 19 (0,65%)

AMPSD-PP 1339 (46%)PS 1080 (37,1%)CDU 221(7,59%)BE 115 (3,95%)CDS 73 (2,51%)MRPP 22 (0,76%(

ASS FREGVI 728 (64,14%)PS 296 (26,08%)CDU 76 (6,7%)

CMPSD-PP 699 (61,59%)PS 324 (28,55%)CDU 52 (4,58%)BE 30 (2,64%)

AMPSD-PP 621 (54,71%)PS 350 (30,84%)CDU 68 (2,45%)BE 58 (5,11%)

ASS FREGPS 332 (54,61%)PSD 227 (37,34%)CDS 27 (4,44%)CDU 10 (1,64%)

CMPS 278 (45,72%)PSD 256 (42,11%)CDS 30 (4,93%)CDU 3,57% (165)BE 14 (2,3%)MRPP 0 (0%)

AMPS 265 (43,59%)PSD 255 (41,94%)CDS 36 (5,92%)BE 17 (2,8%)CDU 15 (2,47%)MRPP 1 (0,16%)

ASS FREGPSD-PP 964 (68,47%)PS 365 (25,92%)CDU 59 (4,19%)

CMPSD-PP 863 (61,29%)PS 436 (30,97%)CDU 56 (3,98%)BE 26 (1,85%)

AMPSD-PP 789 (56,04%)PS 457 (32,46%)CDU 2,36% (109)BE 50 (3,55%)

ASS FREGPS 781 (65,03%)PSD-PP 305 (25,4%)BE 51 (4,25%)CDU 45 (3,75%)

CMPS 604 (50,29%)PSD 368 (30,64%)BE 86 (7,16%)CDS-PP 56 (4,66%)CDU 55 (4,58%)MRPP 7 (0,58%)

AMPS 586 (48,79%)PSD 366 (30,47%)BE 91 (7,58%)CDU 63 (5,25%)CDS-PP 60 (5%)MRPP 4 (0,33%)

ASS FREGPSD-PP 1021 (55,07%)PS 692 (37,32%)CDU 114 (6,15%)

CMPSD-PP 1039 (56,01%)PS 662 (35,69%)CDU 76 (4,10%)BE 42 (2,26%)

AMPSD-PP 947 (51,05%)PS 1428 (34,84%)CDU 106 (5,71%)BE 60 (3,23%)

ASS FREGPSD 489 (56,47%)PS 253 (29,21%)CDS-PP 95 (10,97%)CDU 12 (1,39%)

CMPSD 398 (45,96%)PS 325 (37,53%)CDS-PP 63 (7,27%)CDU 27 (3,12%)BE 26 (3%)MRPP 5 (0,58%)

AMPSD 417 (48,15%)PS 271 (31,29%)CDS-PP 89 (10,28%)BE 36 (4,16%)CDU 23 (2,66%)MRPP 6 (0,69%)

ASS FREGPS 837 (71,48%)PSD-PP 263 (22,46%)CDU 50 (4,27%)

CMPS 588 (50,21%)PSD-PP 488 (41,67%)CDU 37 (3,16%)BE 33 (2,82%)

AMPS 626 (53,46%)PSD-PP 414 (35,35%)CDU 54 (4,61%)BE 46 (3,93%)

ASS FREGPS 285 (75,4%)PSD 60 (15,87%)CDS 25 (6,61%)CDU 3 (0,79%)

CMPS 217 (57,41%)PSD 101 (26,72%)CDS-PP 35 (9,26%)BE 13 (3,44%)CDU 3 (0,79%)MRPP 1 (0,26%)

AMPS 212 (56,08%)PSD 100 (26,46%)CDS 42 (11,11%)BE 14 (3,7%)CDU 2 (053%)MRPP 0 (0%)

Resultados Autárquicas 09

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16 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

VENCIDOSPORFíRIO CARVALHONem à terceira foi de vez. Repetiu erros do passado, enveredou por uma campanha de ambiguidade – ao mesmo tempo que condenou o recurso a comunicados anó-nimos explorou o documento na Internet e não só. Os eleitores mostraram outra vez que não encaram Porfírio e o PSD-PP como alternativa para gerir a vila.

As Eleições Autárquicas 2009 registaram vencedores e vencidos.AUTÁRQUICAS 2009

SÁ MACHADOVenceu de novo. Mostrou a experiência que acumulou ao longo destes anos. Surge como um dos vencedores do concelho. Dentro do PS, pode mesmo puxar dos galões e apresentar como palmarés qua-tro maiorias absolutas. E surge cada vez mais como alternativa do PS para tentar conquistar a Câmara de Famalicão.

VENCEDORES

DANIEL RODRIGUES - RONFENovo triunfo e expressivo em Ron-fe fazem do autarca um dos nomes a ter em conta para a operação 2013 do PSD em Guimarães. Não teve grandes dificuldades perante uma má escolha do PS – António Gonçalves provou ser uma carta fora do baralho.

ANTÓNIO MAGALHÃESNão é muito comum que um can-didato que leva 20 anos de poder veja a votação reforçada nas urnas. Aconteceu em Guimarães, com o PS/António Magalhães a aumen-tar a sua votação e a conseguir passar de seis para sete vereadores.

ARMINDO COSTA Reforçou a maioria absoluta que trazia de 2005 para um terceiro mandato que se aguarda com expe-cativa, dentro e fora do universo da coligação, até para verificar como vai o autarca actuar em relação a eventuais sucessões.

ARMANDO VIDAL - VERMILOs resultados não deixam margens para dúvidas: o presidente da Junta de Vermil saiu reforçado das eleições de 11 de Outubro. O principal penalizado foi o “inde-pendente” Filipe Machado, que teve menos votos agora, pelo CDS-PP, do que há quatro anos, como independente.

FÁTIMA MENDESA candidata da CDU em Ronfe não ganhou as eleições (nem isso nunca terá estado em cima da mesa) mas conseguir, na estreia, votação suficiente para ter um eleito na Assembleia não deixa de ser um triunfo.

FRANCISCO SÁJOAQUIM PEREIRAPela votação, estes dois autarcas, ambos do PS, foram os grandes vencedores: Sá (Castelões) alcan-çou 71 por cento; Pereira (Oleiros) ultrapassou a barreira dos 74 por cento.

REIS CAMPOS - PS FAMALICÃONa hora da derrota, o candidato do PS surgiu demasiado isolado. A máquina PS mostrou as suas debilidades. Uma estratégia de campanha deficiente, uma mobi-lização tímida das massas e dos dirigentes. Fernando Moniz é de novo um dos derrotados do acto eleitoral. Saberá o PS tirar as devidas lições de mais este desaire em Famalicão, através da renovação e da definição de uma estratégia bem alicerçada, ou remeter-se-á ao silêncio apare-cendo um ano antes das eleições de 2013?

PSD GUIMARÃESNão só teve menos votos para a Câmara e para a Assembleia Municipal como ainda perdeu um dos quatro vereadores que tinha no Executivo municipal. Ao contrário do que previam muitos social-democratas, a can-didatura acabou por não aumentar votação nem por retirar a maioria absoluta ao PS. O candidato acabou por não repescar no eleitorado da esquerda.

ALBERTO FERNANDES/BE JOANEUm balde de água fria para o cabeça de lista do BE em Joane e para o partido. Animados pelo resultado obtido nas Legislativas (455 votos em Joane), Alberto Fernandes e o BE chegaram a dar como certa a eleição de um elemento para a Assembleia de Freguesia de Joane. Ficaram muito aquém desse objectivo. Sauda-se, porém, a determinação já manifestada pelo BE de continuar a sua actividade em Joane.

FILIPE MACHADOOs ex-independentes, agora PP de Vermil perderam um deputado à custa da maioria absoluta do PSD. A opção do independente Filipe Machado de ir pelo PP poderá ter pesado.

CDU VERMOIMNão obstante o trabalho feito durante o último mandato, re-conhecido até por outras forças partidárias, a CDU de Vermoim perdeu a representatividade que tinha na Assembleia. Contudo, Carlos Azevedo matém actividade autárquica com a sua eleição para a Assembleia Municipal.

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Page 17: Reporter Local Outubro 2009

REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2009 • 17

AUTÁRQUICAS

VITÓRIAS INDISCUTÍVEIS DE ARMINDO COSTA E SÁ MAChADO

Armindo Costa con-seguiu uma vitória relevante em várias frentes. Tem maioria

absoluta com 55,9% dos votos. Vence com nitidez porque au-menta a votação em 1% face às eleições autárquicas de 2005. É um triunfo notável porque consegue aumentar em 14 mil o número de votos da coligação face às Eleições Legislativas. Tem significado especial ga-nhar, quando nos concelhos vizinhos de Famalicão o PSD perdeu em todos (Barcelos, Trofa, Santo Tirso, Guimarães e Braga). Por mais que os partidos e coligações tenham eleitores fidelizados só um cego não vê o efeito Armindo Costa nestes resultados. Sá Machado con-seguiu uma vitória histórica em Joane. Tem a maioria ab-soluta com 50,9% dos votos. Enquanto para a Câmara em

Joane a Coligação de direita vence com uma diferença de 6% face ao PS, para a Junta a vantagem do Sá Machado para a Coligação é de 21%. O PS liderado por Sá Machado consegue ter mais 225 votos que o PS nas legislativas. Tem relevo este número porque o PS no Concelho perdeu nas autárquicas face às Legislativas mais de 11 mil votos. Só alguém muito mal intencionado pode-rá negar a força e importância de Sá Machado no resultado do PS em Joane.Aqui pode tirar-se uma pri-meira ilação. A estratégia de Armindo Costa e da Coliga-ção resultou em pleno para a Câmara, mas falhou para a Junta de Freguesia de Joane. Do outro lado, pode dizer-se que a estratégia de Sá Machado resultou em pleno para a Junta, mas falhou relativamente à votação no PS para a Câmara.

Contudo, importa salientar que mesmo assim, os resultados do PS em Joane para a Câmara são claramente superiores (+ 13 pontos percentuais) aos resultados concelhios.O PS teve no Concelho uma derrota significativa. Perdeu face às legislativas que se ti-nham realizado 15 dias antes. (como já se referiu são menos 11 mil votos). Enquanto em média o PS nas Autárquicas subiu em todo o país, 1,1% face às Legislativas. Perdeu face às Eleições Autárquicas de 2005 cerca de 5 pontos percentuais. Perdeu face às dinâmicas po-líticas dos concelhos vizinhos e do Distrito.O PS famalicense deve proce-der a uma profunda análise, para que possa reorganizar-se e planear vitórias futuras. Se assobiar para o lado como se nada tivesse acontecido e se mantiver o “status quo”, daqui

por quatro anos continuará a perder. A vitória ou derrota nas pró-ximas Autárquicas começa a desenhar-se a partir de agora.A Coligação PSD/CDS tem também um grave problema, relativamente ao futuro. Daqui por 4 anos Armindo Costa não poderá ser candidato de acordo com a Lei. Como provam ob-jectivamente os resultados, a vitória da Coligação assenta em grande medida na imagem do presidente da Câmara. Se não souber preparar devidamente a substituição a vitória poderá estar em causa em 2013.Sá Machado, na nossa opinião, pelos resultados políticos con-seguidos, tem argumentos sóli-dos para ser um dos principais candidatos, no campo do PS, à substituição de Armindo Costa em 2013. Vai ser um processo político muito interessante de seguir!

ANÁLISE CUSTÓDIO OLIVEIRA - CONSULTOR DE COMUNICAçãO

CHECk-uP

A partir de Novembro, o Repórter Local vai iniciar um conjunto de entrevis-tas a figuras da região que abrange. O objectivo é tra-çar um retrato da região, olhando o passado e pers-pectivando o futuro. Vamos ouvir ex-protago-nistas da vida política lo-cal, actualmente retirados mas que continuam a ser vozes autorizadas no que toca à realidade local.A um ritmo de uma entre-vista por edição, preten-demos fazer a recolha de depoimentos de pessoas que deram (e nuns casos continuam a dar) provas de dinamismo local.

TOMAR O PuLSO A JOAnE E à REgiãO

É URGENTE ACORDAR! Texto de Opinião de Sérgio Cortinhas sobre os resultados do PS em Famalicão. Página 18

Page 18: Reporter Local Outubro 2009

18 • OUTUBRO DE 2009 • REPÓRTER LOCAL

BREvES

OPINIÃO

EN 206: TERCEIRO MUNDOGil Vinagre - VermoimTudo isto começa em meados do ano passado quando tive-ram lugar obras no piso da EN 206 que liga Famalicão a Gui-marães. Nenhuma explicação foi publicitada aos utilizadores da via. Algo do género “esta-mos a melhorar a rede de esgo-tos. Obrigado pela sua compre-ensão” (...) O Direito estatui a obrigação de indemnizar a quem danificar por forma a repôr a situação existente antes de se ter dado o dano. Significa isto que se estragarmos coisa alheia (por muito meritório que seja o fim

visado), sabemos que temos de reparar os danos provocados. Mas, pelos vistos, isso não vale para os bens públicos. Nem para as entidades públicas.Sofri eu, o leitor e todos nós, um dano numa coisa que nos pertence, para a qual pagamos com os nossos impostos e de que depende grande parte do desenvolvimento económico da nossa região. Mas, apesar de tudo isso, acabou por ser a estrada reparada numa es-tratégia literalmente de tapa-buracos (...) e não foi reposta a situação que existia antes. Agrava-se isto com o facto de estarmos a falar de uma das

principais vias de comunicação da nossa região. As obras devem-se fazer em be-nefício e proveito de todos. Não apenas de alguns. Sei, por isso, que eu e muitos outros saímos tremendamente prejudicados e atropelados nos nossos di-reitos. Parece que ninguém se importou. Por isso eu digo: ter-ceiro mundo!

QUESTÃO DE MENTALIDADEVítor Sérgio Dias - RonfeLi num jornal local umas quan-tas páginas sobre o 10º ani-versário da elevação de Ronfe a vila. Cheguei à conclusão de que a maioria das coisas referi-

das não corresponde à verdade dos factos! Em primeiro lugar, Ronfe é hoje uma sombra da-quilo que foi. Nada do que refiro está ligado com questões políticas, mas sim com a mentalidade! Infe-lizmente a vila está cada vez mais pobre, em termos finan-ceiros mas sobretudo culturais! As associações que existiram fazem hoje parte do passado. O clube de futebol continua sem o apoio da maioria da popu-lação. Todos os eventos estão antecipadamente condenados ao fracasso. Tudo é criticado, questionado, rejeitado. Afinal, qual será o problema?

O problema reside na popu-lação. É de espantar que seja posta em causa a honestidade e seriedade das pessoas com mais notoriedade da vila. Tudo isto acontece porque as pesso-as vivem do ódio que nutrem umas pelas outras, ou talvez porque tenham apenas inveja umas das outras. A inveja sempre fez parte da sociedade e talvez sempre fará, mas enquanto o povo não se unir em prol do bem comum, a vila permanecerá na maior mi-séria que jamais poderá existir, que é precisamente a falta de humildade, a falta de classe.

CARTAS Cartas à redacção, devidamente identificadas, por correio eléctrónico, para o endereço: [email protected] por carta postal, para a morada Repórter Local, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão

Os resultados das eleições autárquicas no concelho de Famalicão foram desastrosos para o PS. Não só não conseguiu eleger mais do que os quatro vereadores de 2005, como desceu cerca de 5% da votação. É inevitável fazer uma leitura atenta e crítica destes resulta-dos e meditar no caminho do partido para o futuro. Contrariamente ao que precon-ceituosamente se pensa, a mu-dança nas autarquias, embora difícil, é possível e muitas vezes desejável. Vejam-se os exem-plos de Barcelos onde o laranja Fernando Reis, na Câmara há 20 anos, foi destronado pelo PS, o mesmo acontecendo em Vieira do Minho com o padre presi-dente há apenas um mandato a ser derrotado pelo socialista

Jorge Dantas. No entanto, para isso, além de outros de facto-res circunstanciais, é preciso uma estratégia coerente, um candidato sério e credível, um projecto e uma equipa que os eleitores considerem o melhor de todos. A estratégia passa necessaria-mente por um trabalho persis-tente e criativo, próximo dos militantes e dos eleitores. Muitos destes pressupostos falharam no PS concelhio e falharão em 2013 se não hou-ver um “choque político” nas estruturas locais do PS.Pese embora o PS ter apresen-tado um bom candidato (Reis Campos) há, eventualmente, outras razões para o desaire de 11 de Outubro. Em primeiro lugar, a equipa escolhida quer para a Câmara, quer para a As-sembleia Municipal (AM), onde genericamente se privilegiou o currículo aparelhístico-parti-dário. A representatividade e a dinâmica das freguesias não foi tida em conta. Veja-se o exemplo de Joane cuja impor-tância legítima no concelho Sá Machado tem realçado junto da Câmara mas que não teve o mesmo registo reivindicativo

junto do PS concelhio que não incluiu, por exemplo, nenhum joanense em lugar elegível para a AM, órgão onde a coligação PSD/PP tem quatro deputados municipais eleitos, além do Ve-reador José Santos, na Câmara.O PS apresentou um programa eleitoral com soluções inte-ressantes para o concelho, principalmente a nível social e económico mas com muitas lacunas - a nível ambiental, da Educação e das Novas Tecno-logias, temas praticamente au-sentes do programa, bem como no que respeita às freguesias, em que não foi apresentado um projecto coerente de in-tervenção. Acresce que este foi elaborado sem a participação dos militantes e simpatizantes do PS. Instituiu-se uma ini-ciativa à partida interessante (Conselho de Acompanhamen-to Estratégico), cujo objectivo era a “abertura à sociedade famalicense” e “o debate e a troca de experiências” mas que se configurou como uma oportunidade desperdiçada pela Comissão Política que demonstrou pouco interesse em ouvir os “conselheiros” sobre soluções programáticas

e estratégicas para o concelho.A estratégia de comunicação com os eleitores também não esteve bem. O PS não foi capaz de ombrear com a poderosa máquina laranja. As novas tec-nologias da comunicação foram relegadas para segundo plano e tardiamente aproveitadas, a informação não chegou aos eleitores, não houve uma linha coerente e credível de comuni-cação. A nível de marketing de rua transpareceu desorganiza-ção e falta de imaginação (o PS repetiu o slogan principal de campanha do MAF, em 2001, quando o poder foi entregue a Armindo Costa). Esta foi mais uma oportunidade perdida para retomar o poder em Famalicão mas, sobretudo, para revigorar o PS que nunca mais se encontrou desde 2001. O futuro pode ser diferente?Pode. Se o PS se abrir aos mi-litantes e famalicenses. Se os jovens forem envolvidos na sua reestruturação. Se abrir portas a novos rostos. Se abrir portas a uma discussão livre, honesta e crítica de ideias e projectos políticos. Sem artifícios nem rancores. Sem uniões artificiais (a democracia solidifica-se na

diversidade e confronto argu-mentativo de pontos de vista e não em unanimismos fingidos e interesseiros). Para isso, como dizia Manuel Alegre depois das Europeias, impõe-se um “sobressalto”. Impõe-se que “os socialistas acordem do seu torpor e que dentro do PS se oiçam vozes a exigir uma mudança, não só de estilo, mas de pessoas e de políticas”. É urgente acordar!

PS: Joane foi das poucas fre-guesias que o PS conseguiu manter. Por mérito de Sá Machado e da sua equipa. Porque Sá Machado, apesar do mandato um pouco aquém das expectativas, apresentou-se com o melhor programa eleitoral, a melhor estratégia comunicativa e, aos olhos dos eleitores, a melhor solução, entre as apresentadas, para a autarquia joanense. Do lado do principal adversário (e toda a oposição), faltaram ideias inovadoras, um programa efectivo, carisma e verdadeira capacidade crítica. Ou seja, fal-tou uma alternativa credível!

OPINIÃO Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

É urgente acordar!

Sérgio CortinhasEx-presidente da Assembleia de Freguesia de Joane (PS)

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