república federativa do brasil diÁrio do congresso...
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DIÁRIORepública Federativa do Brasil
DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I
ANO XXXIX - N9 07] CAPITAL FEDERAL SÁBADO, 23 DE JUNHO DE 1984
CÂMARA DOS DEPUTADOS
SUMÁRIO
1 - ATA DA 720 SESSÃO DA 20 SESSÃO LEGISLATIVA DA470 LEGISLATURA EM 22 DE JUNHO DE1984
- Abertura da Ses8i1o
11 - Leiturll e assinatura da Ata dll sessão anterior
m - Leiturll do Expediente
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Do Sr. Deputado Santinho Furtado e outros.
COMUNICAÇãO
Do Sr. Deputado Airton Soares, Líder do Partidodos Trabalhadores.
IV - Pequeno Expediente
JOÃO HERCULiNO - Candidatura do Governador Tancredo Neves, de Minas Gerais, a Presidência da República.
NOSSER ALMEIDA - Convênio para o custeioe comercialização da borracha.
FRANÇA TEIXEIRA - Existência de cartel paradeterminação do preço do cimento.
DEL BOSCO AMARAL - Explosão do oleodutoem Cubatão, São Paulo.
JORGE VIANNA - Política cacaueira na Bahia.
VIRGILDÃSIO DE SENNA - Posse do Sr.Mário Lima na presidência do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Destilação de Petróleo noEstado da Bahia.
JORGE ARBAGE - Convocação do GeneralNewton Cruz por Comissão Parlamentar de Inquéri-
to. Carta do Ce!. Tales Ferreira Vilaça ao jornal OEstado de S, Paulo.
ORESTES MUNIZ - Aumento do preço dos derivados de petróleo.
RUBEN FIGUEIRÓ - Perspectivas da agropecuária para o ano de 1985.
MÁRIO FROTA - Participação das oposiçõesno Colégio Eleitoral.
OSVALDO MELO - Expedientes do Presidentedo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial eLacustre do Pará sobre procedimento da ENASA.
LÚCIO ALCÂNTARA - Necrológio do artistaplástico Jean Pierrc Chabloz.
MÚCIO ATHAYDE - Homenagem a MadameGeorge Marsillac, pioneira no combate ao câncer.
ASSIS CANUTO - Implantação da sojiculturano Estado de Rondônia.
SÉRGIO MOREIRA - Décimo sétimo aniversário da morte do ex-Governador Muniz Falcão,Alagoas.
SÉRGIO LOMBA - Campanha de O Estado deS. Paulo contra a administração do Governador Leonel Brizola, Rio de Janeiro.
PAES DE ANDRADE - Necrológio do profissional de comunicação João Ramos.
ADHEMAR GHISI - Atuação de delegação daCâmara dos Deputados na Europa e Estados Unidos, para melhor uso de carvão mineral na RegiãoSul.
WAGNER LAGO - Punição de servidores doMinistério Público do Estado do Maranhão.
RENATO CORDEIRO - Dia Mundial do MeioAmbiente.
JOSÉ MENDONÇA BEZERRA - Grupo Parlamentar Brasil-Austrália.
v - Grande Expediente
WILDY VIANNA - Reflexos da crise econômicabrasileira sobre a agricultura.
OCTACfLiO ALMEIDA - Programa de açãoadministrativa do Governo Franco Montoro, SãoPaulo.
NAVARRO VIEIRA FILHO - Isenção do ICMna comercialização do leite in natura.
IVO VANDERLiNDE - Problema fundiário.Política agrícola.
FLORICENO PAIXÃO - Reajuste de vencimentos dos servidores públicos civis da União.
ADAIL VETTORAZZO - Reunião de Governadores da Oposição em São Paulo.
VI - Designação da Ordem do Dia
VII - Encerramento
2 - MESA (Relação dos membros)3-LIDERES E VlCE-LIDERES DE PART[
DOS (Relação dos membros)4 - COMISSOES (Relação dos membros das
Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
5 - ATA DAS COMISSOES
!i336 Sábado 23 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
Ata da 72~ Sessão, em 22 de junho de 1984Presidência do Srs.
Flávio Marcílio, Presidente.
Junho de 1984
I - ÀS 9:00 HORAS COMPARECEM OS SENHORES:
Flávio MarcílioPaulino Cícero de VasconcellosWalbcr GuimarãesFernando LyraAry KffuriFrancisco StudartAmaury MüllerOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé EudesAntônio Morais
Aere
Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;Amílcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming PMDB; José Mello - PMDB; Nosser Almeida _ PDS;Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS.
Amazonas
Arlindo Pôrto - PMDB; Arthur Virgílio Neto PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albuquerque - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota PMDB; Randolfo Bittencourt - PMDB; Vivaldo Frota- PDS.
Rondônia
Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Francisco Sales - PDS; Leônidas Rachid - PDS; MúcioAthayde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Muniz - PMDB; Rita Furtado - PDS.
Pará
Ademir Andrade - PMDB; Antônio J\-maral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Carlos Vinagre PMDB; Coutinho Jorge - PMDB; Domingos Juvenil- PMDB; Jorge Arbage - PDS; Lúcia Viveiros PDS; Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS;Ronaldo Campos - PMDB; Sebastião Curió - PDS;Vicente Queiroz - PMDB.
Maranhão
Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edison Lobão - PDS; Enoc Vieira - PDS; Epitácio Cafeteira - PMDB; Eurico Ribeiro - PDS; Jayme Santana- PDS; João Alberto de Souza - PDS; João RebeloPDS; José Burnett - PDS; José Ribamar Machado PDS; Magno Bacelar - PDS; Nagib Haickel - PDS;Sarney Filho - PDS; Vieira da Silva - PDS; VictorTrovão - PDS; Wagner Lago - PMDB.
Piauí
Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira - PMDB; Heráclito Fortes - PMDB; Jonathas Nunes - PDS; JoséLuiz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandão - PDS; Tapety Júnior - PDS; Wall FerrazPMDB.
Ceará
Aécio de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDB;Carlos Virgílio - PDS; Chagas Vasconcelos - PMDB;Cláudio Philomeno - PDS; Evandro Ayres de Moura- PDS; Flávio Marcílio - PDS; Furtado Leite- PDS;
Gomes da Silva - PDS; Haroldo Sanford - PDS;Leorne Belém - PDS; Lúcio Alcántara - PDS; ManoelGonçalves - PDS; Marcelo Linhares - PDS; MauroSampaio - PDS; Moysés Pimentel- PMDB; OrlandoBezerra - PDS; Ossian Araripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Paulo Lustosa - PDS; Sérgio Philomeno- PDS; Tomaz Coelho - PMDB.
Rio Grande do Norte
Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara PMDB; Antônio Floréncio - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jessé Freire - PDS; João FaustinoPDS; Vingt Rosado - PDS; Wanderley Mariz - PDS.
Paraíba
Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Álvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Arnaud - PMDB; Edmc Tavares - PDS; Ernani Satyro - PDS; João Agripino - PMDB; José Maranhão - PMDB; Raymundo Asfora - PMDB; Tarcísio Buriti - PDS.
Pernambuco
Antônio Farias - PDS; Carlos Wilson - PMDB;Cristina Tavares - PMDB; Egídio Ferreira Lima PMDB; Fernando Lyra - PMDB; Gonzaga Vasconcelos - PDS; Inocêncio Oliveira - PDS; Jarbas Vasconcelos - PMDB; João Carlos de Carli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; José Jorge - PDS; JoséMendonça Bezerra - PDS; José Moura - PDS; JosiasLeite - PDS; Mansueto de Lavor - PMDB; MiguelArraes - PMDB; Nilson Gibson - PDS; Oswaldo Coelho - PDS; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto Freire PMDB; Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho PDS.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséThomaz Nonô - PDS; Manoel Affonso - PMDB; Nelson Costa - PDS; Sérgio Moreira - PMDB.
Sergipe
Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - POS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Dantas - PDS; JacksonBarreto - PMDB; José Carlos Teixeira - PMDB.
Bahia
Afrísio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães PDS; A"tônio Osório - PDS; Carlos Sant'Anna PMDB; Djalma Bessa - PDS; Domingos Leonelli PMDB; Elquisson Soares - PMDB; Eraldo Tinoco PDS; Etelvir Dantas - PDS; Felix Mendonça - PDS;Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães PDS; Fernando Santana - PMDB; França Teixeira PDS; Francisco Benjamim - PDS; Francisco Pinto PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Gorgônio Neto- PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna- PMDB; José Lourenço - PDS; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - POS; Leur Lomanto - POS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Fer-
reira - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano- PMDB; Raul Ferraz - PMDB; Rômulo Galvão PDS; Ruy Bacelar - PDS; Virgildásio de Senna PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca PDS; Max Mauro - PMDB; Myrthes Bevilacqua PMDB; Nelson Aguiar - PMDB; Nyder Barbosa PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PDS;Theodorico Ferraço - PDS.
Rio de Janeiro
Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo PDT; Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira PMDB; Alvaro Valle - PDS; Amaral Netto - PDS;Bocayuva Cunha - PDT; Brandão Monteiro - PDT;Carlos Peçanha - PMDB; Celso Peçanha - PTB; Clemir Ramos - POT; Darcílio Ayres - PDS; DasoCoimbra - PMDB; Délio dos Santos - PDT; DenisarArneiro - PMDB; Eduardo Galil - PDS; FernandoCarvalho - PTB; Figueiredo Filho - PDS; FrancisoStudart - PTB; Gustavo Faria - PMDB; HamiltonXavier - PDS; Jacques D'Ornellas - PDT; Jorge Cury- PTB; Jorge Leite - PMDB; José Colagrossi - PDT;José Eudes - PT; José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho- PDS; Léo Simões - PDS; Leônidas Sampaio PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Márcio Braga PMDB; Márcio Macedo - PMDB; Mário Jurana PDT; Osmar Leitão - PDS; Roberto Jefferson - PTB;Ruben Medina - PDS; Saramago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde - PDT; Sebastião Nery - PDT; SérgioLomba - PDT; Simão Sessim - PDS; Walter Casanova - PDT; Wilmar Palis - PDS.
Minas Gerais
Aécio Cunha - PDS; Aníbal Teixeira - PMDB; Antônio Dias - PDS; Bonifácio de Andrada -'-- PDS; Carlos Eloy - PDS; Carlos Mosconi - PMDB; CássioGonçalves - PMDB; Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS; Emílio GaUo - PDS; EmílioHaddad - PDS; Fued Dib - PMDB; Gerardo Rcnault'- POS; Homero Santos - PDS; Humberto Souto PDS; [srael Pinheiro - PDS; Jairo Magalhães - PDS;João Herculino - PMDB; Jorge Carone-PMDB; Jorge Vargas - PMDB; José Carlos Fagundes - PDS; José Machado - PDS; José Maria Magalhães - PMDB;José Mendonça de Morais - PMDB; José Ulisses PMDB; Juarez Baptista - PMDB; Júnia Marise PMDB; Luís Dulci - PT; Luiz Baccarini - PMDB;Luiz Guedes - PMDB; Luiz Sefair - PMDB; Magalhães Pinto - PDS; Manoel Costa Júnior - PMDB;Mârio Assad - PDS; Mário de Oliveira - PMDB;Maurício Campos - PDS; Melo Freire - PMDB; Milton Reis - PMDB; Navarro Vieira Filho - PDS; Nylton Velloso - PDS; Oscar Corrêa Júnior - PDS; Oswaldo Murta - PMDB; Paulino Cícero de Vasconcellos- PDS; Pimenta da Veiga - PMDB; Raul Belém PMOB; Raul Bernardo - PDS; Ronaldo Canedo PDS; Rondon Pacheco - PDS; Rosemburgo Romano- PMDB; Sérgio Ferrara - PMDB; Vicente Guabirolia - PDS; Wilson Vaz - PMDB.
São Paulo
Adail Vettorazzo - PDS; Airton Sandoval- PMDB;Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Alci-
Junho de 1984
des Franciscato - PDS; Armando Pinheiro - PDS;Aurélio Peres - PMDB; Cardoso Alves - PMDB; Celso Amaral - PTB; Cunha Bueno - PDS; Darcy Passos- PMDB; Del Bosco Amaral - PMDB; Djalma Bom- PT; Diogo Nomura - PDS; Doreto Campanari -PMDB; Eduardo Matarazzo Suplicy - PT; FarabuliniJúnior - PTB; Felipe Cheidde - PMDB; Ferreira Martins - PDS; Flávio Bierrembach - PMDB; FranciscoAmaral - PMD~; Freitas Nobre - PMDB; GastoneRighi - PTB; Giáia Júnior - PDS; Herbert Levy PDS; Horácio Ortiz - PMDB; Irma Passoni - PT; Israel Dias-Novaes - PMDB; João Bastos - PMDB;João Cunha - PMDB; João Herrmann Neto - PMDB;José Camargo - PDS; José Genoino - PT; MalulyNeto - VDS; Márcio Santilli - PMDB; Marcondes Pereira - PMDB; Mário Hato - PMDB; Mendes Botelho - PTB; Mendonça Falcão - PTB; Moacir Franco- PTB; Natal Gale - PDS; Nelson do Carmo - PTB;Octacílio de Almeida - PMDB; Pacheco Chaves PMDB; Paulo Maluf - PDS; Paulo Zarzur - PMDB;Raimundo Leite - PMDB; Ralph Biasi - PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ribeiro - PTB; Roberto Rollemberg - PMDB; Ruy Côdo - PMDB; SallesLeite - PDS; Salvador Julianelli - PDS; TheodoroMendes - PMDB; Tidei de Lima - PMDB; UlyssesGuimarães - PMDB.
Goiás
Aldo Arantcs - PMDB; Brasilio Caiado - PDS;Fernando Cunha - PMDB; Gcnésio de Barros PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva PMDB; Irapuan Costa Júnior - PMDB; Iturival Nascimento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; João Divino- PMDB; Juarez Bernardes - PMDB; Paulo BorgesPMDB; Siqueira Campos - PDS; Tobias Alves PMDB; Wolney Siqueira - PDS.
Mato Grosso
Bento Porto - PDS; Cristina Cortes - PDS; Dantede Oliveira - PMDB; Gilson de Barros - PMDB; Jonas Pinheiro - PDS; Maçao Tadano - PDS; MiltonFigueiredo - PMDB.
Mato Grosso do Sul
Albino Coimbra - PDS; Harry Amorim - PMDB;Levy Dias - PDS; Plínio Martins - PMDB; Ruben Figueiró - PMDB; Saulo Queiroz - PDS; Sérgio CruzPMDB; Ubaldo Barém - PDS.
Paraná
Alceni Guerra - PDS; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; Aroldo Moletta - PMDB; Ary Kffuri - PDS; Borges daSilveira - PMDB; Celso Sabqia - PMDB; DHson Fanchin - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PDS; HélioDuque - PMDB; !talo Conti - PDS; José Carlos Martinez - PDS; José Tavares - PMDB; Luiz AntônioFayet - PDS; Mattos Leão - PMDB; Norton Macedo- PDS; Olivir Gabardo - PMDB; Oscar Alves - PDS;Oswaldo Trevisan - PMDB; Otávio Cesário - PDS;Paulo Marques - PMDB; Pedro Sampaio - PMDB;Reinhold Stephanes - PDS; Renato Bernardi PMDB; Renato Loures Bueno - PMDB; RenatoJohnsson - PDS; Santinho Furtado - PMDB; SantosFilho - PDS; Sebastião Rodrigues' Júnior - PMDB;Valmor Giavarina - PMDB; Walber Guimarães PMDB.
Santa Catarina
Adhemar Ghisi - PDS; Casildo Maldaner - f'MDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitácio Bittencourt PDS; Evaldo Amaral- PDS; Fernando Bastos - PDS;
DIÁRIO DO CONGRESSO NACrONAL (Seção I)
Ivo Vanderlinde '- PMDB; João Paganella - PDS;Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS; Nelson Wedekin - PMDB; Odilon Salmoria - PMDB;Paulo Melro - PDS; Pedro Colin - PDS; Renato Vianna - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.
Río Graode do Sul
Aldo Pinto - PDT; Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS; Balthazar de Bem e Canto - PDS; DarcyPozza - PDS; Emidio Perondi - PDS; Floriceno Paixão - PDT; Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti PMDB; Hugo Mardini - PDS; Ibsen Pinheiro PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; Irineu Colato PDS; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed PMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costamilan PMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Schimidt PDT; Nadyr Rossetti - PDT; Nelson Marchezan PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Fachin - PDS; Osvaldo Nascimento - PDT; Paulo Mincarone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais - PDS;Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS; Siegfried Heuser - PMDB; Sinval Guazzelli - PMDB; Victor Faccioni - PDS.
Amapá
Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geovani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.
Roraima
Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - A lista depresença acusa o comparecimento de 134 SenhoresDeputados.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus inieiamos nossos trabalhos.O Sr. Secretario procederá à lcitura da ata da sessão
anterior.
11 - O SR. ASSIS CANUTO, servindo como 2'Secretário procede à leitura da ata da sessão antecedente,a qual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Passa-se àleitura do expediente.
O SR. ARY J(,FFURI, 2'-Secretáro, servindo como 19•
Secretário procede à leitura do seguinte.
III - EXPEDIENTEPROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃON' ,DE 1984
Altera e aerescenta dispositivos à Constituição Federal.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do disposto no 49 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. I' Os dispositivos da Constituição Federalabaixo enumerados passam a viger com a seguinte redação:
"Art, 21.., .. , , , .§ 4' A lei poderá destinar parte da receita dos
impostos enumerados nos itens II e VI deste artigo àformação de reservas monetárias ou de capital parafinanciamento de programa de desenvolvimentoeconômico.
Art. 26 , .TV - parcela variável da arrecadação dos impos.
tos mencionados nos itens I, 11 e VI do artigo 21,
Sábado 23 6337
nos termos do disposto em lei, correspondente aoito por cento do montante anual das exportaçõesrealizadas por cada Estado, Território e pelo Distrito Federal.
§ 19 ............•..•.......... , ..... , ..c)No caso do item IV, a parcela a ser atribuída a
cada Estado, Território e ao Distrito Federal serácalculada com base no respectivo montante anualdas exportações, e a parcela a ser rateada entre osMunicípios, calculada com base no montante dorespectivo Estado ou Territôrio, lhes será distribuí·da, no que couber, segundo as normas e os índicesadotados para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios.
§ 29 ...............•...................§ 3' Aos Estados, Distrito Federal e Territórios
serão atribuídos dois terços das tranferências previstas nos itens I e IV; aos Municípios, um terço.
§ 4' As quotas da parcela a que se refere o itemIV serão cretitadas em contas especiais aberkls emestabelecimento oficial de crédito, na forma e nosprazos estabelecidos em lei federal.
Art. 62. . .§ 2' Ressalvados os impostos mencionados nos
itens I, lI, VIII e IX do art. 21 e as disposições destaConstituição e de leis complementares, é vedada avinculação do produto da arrecadação de qualquertributo a determinado órgão, fundo ou despesa. Alei poderá, todavia, estabelecer que a arrecadaçãoparcial ou total de certos tributos constitua receitado orçamento de capital, proibida sua aplicação nocusteio de despesas correntes."
Art. 2' É acrescido à Constituição Federal o seguinte artigo:
"Art. 218. Observadas as demais disposiçõescontidas no artigo 26, o disposto no item IV desseartigo somente se aplicará quando se verificar umincremento no montante anual das exportações realizadas por cada Estado, Território e pelo DistritoFederal, superior a cinqüenta por cento do montante correspondente ao ano de 1983.
Parágrafo único. Enquanto não atingido o percentual referido no capat deste artigo, a distribuiçãode receita no artigo 26, item IV, corresponderá, naforma da lei, relativamente ao montante anual dasexportações realizadas por cada Estado, Território epelo Distrito Federal, a:
I - dez por cento sobre o incremento nas exportações, relativamente a incremento não superior adez por cento;
IT - doze e meio por cento, relativamente àqueleque exceder dez, até vinte por cento;
111 - quinze por cento, relativamente àquele queexceder vinte, até trinta por cento;
IV - dezessete e meio por eento, relativamenteàquele que exceder quarenta, até cinqüenta por cento."
Art. 3' Esta Emenda Constitucional entra em vigorna data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir do primeiro dia do exercício subseqüente ao de suapublicação.
Justificação
Ê do conhecimento público a situação de quase insolvência hoje vivida pela maioria dos Estados e Municípios brasileiros, a exigir urgentes medidas no sentido deremediar o progressivo estiolamento das finanças dessesentes públicos que, em que pese aos paliativos pretendidos pela recente Emenda Constitucional n' 23, de 1983, acada dia vêem-se mais atingidos pela perversa políticaeconômica vigente. de vocação autocrática c tendêncianitidamente centralizadora.
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Nào obstante a gravidade dos dados que diariamentevém à luz sobre tal questão, o Executivo Federal tem·semostrado refratário a quaisquer sugestões oferecidas pe·los diversos segmentos sociais c governamentais atingidos, insensível ao clamor que se eleva dos mais variadose longínquos rincõcs da Federaçào.
Urge, pois, o Legislativo Federal tome a si a tarefa depôr cobro a tal estado de coisas, tarefa essa que, antes defaculdade, caracteriza impostergável dever por parte dequantos receberam o mandato da representação popular.
Assim, visa a presente Proposta a atender tão antigaquanto urgente - e a cada dia o é mais - reivindicaçãodos Estados e Municípios brasileiros.
O ora proposto é fruto de elaborado estudo levado aefeito pelos Secretários de Estado da área da Indústria eComércio, premidos pelo processo de acelerado declíniodas disponibilidades financeiras das unidades fcderadas,tendo sido a questão posteriormente revista por técnicosda matéria.
É de todos sabida a inaceitável sangria sofrida peloscofres estaduais e municipais em decorrência dasisenções concedídas, pela União, de tributos da competência do Estado e dos Municípios e, em especial, daimunidade do rCM incidente sobre produtos industrializados destinados ao exterior, o que implica perda de receita de ICM em cifras quc ultrapassam a casa dos bilhões de cruzeiros,
Paradoxalmentc, pretende a União que os Estados cos Municípios se empcnhem a fundo no esforço exportador, com vistas à obtenção de um superávit mais expressivo na nossa balança comercial, ante a espantosa dívidaexterna do País.
Em outras palavras, pretende-se que essa perda de receita, que já atinge cifras astronômicas, cresça em progressão acelerada nos prôximos anos, com a colaboraçãoativa e consciente dos diretamente atingidos.
Situação singular essa, como singular - para não utilizar outros predicativos - é toda a moldura do atualquadro econômico brasileiro.
Esta Proposta atcnde simultaneamente à prioridadeda União - de expansão acelerada das exportações - eà necessidade dos Estados e Municípios - de contarcom novas fontes de recursos financeiros que compensem as perdas sofridas, para fazer frente aos diversificados e erescen tes encargos que são chamados a arcar. E ofaz de modo engenhoso, vinculando progressivamente ocrescimento da receita estadual e municipal ao cresci·mento das exportações brasileiras.
Tomando-se como fonte de recursos a receita dos impostos de importação, de exportação e sobre operaçõesfinanceiras, é lançado um repto aos Estados, aos quais éproposta uma meta de ampliação das exportações em50% sobre os números de 1983, Sem prazo para a consecução desse objetivo. Em contrapartida, Estados e Municípios aufeririam resultados em perccntuais crescentesa cada patamar de 10% no incremcnto das exportaçõesque conseguissem realizar. Atingidos os 50%, os resultados corresponderiam a 8% sobre o total exportado,
De outra parte, o acelerado crescimento das exportações brasileiras, decorrente da implantação desse mecanismo, recompensaria amplamente a União pelo repasse financeiro feito a Estados e Municípios, gerandosignificativas divisas para o País, além de ampliar a basetributária dos impostos federais sobre o comércio exterior,
Obviamen te. a matéria deverá ser posteriormentecomplementada por lei federal que lhe dctalhará o perfiljurídico.
Calcula-se que tal meeanismo, a médio prazo, poderárestituir a Estados e Municípios, a grosso modo, metadeda perda do rCM verificada nas cxportações de manufaturados.
Por outro lado, a lei deverá dispor sobre a aplicaçãodesses recursos pelos Estados e Municípios em progra-
DIÁRIO DO CONGRESSO,NACIONAL (Seção I)
mas de apoio e fomento à produção (não nccessariamente destinada à exportação), o que, a par de propiciar riqueza e estimular o desenvolvimento econômico, traduzse inequivocadamente em fator de expressiva geração deemprego, a elcvar de modo significativo a renda per capita:
Por todo o exposto, trata-se de medida do mais prioritário interesse para o País, que a todos deverá mobilizar,ante os efeitos profundamente benéficos que refletirásobre a nossa economia como um todo.
Com tal fundamento, certos estamos de contar com omais irrestrito apoio de todos os membros deste Congresso Nascional, no sentido de incorporar ao textoconstitucional a presente Proposta.
Sala das Sessões, 20 de junho de 1984.DEPUTADOS: Santinho Furtado - Oscar Alves
Daso Coimbra - José Frejat - José Burnett - SérgioLomba - José Camargo - Ângelo Magalhães - Clemir Ramos - Antônio Osôrio - rnocêncio Oliveira Floriceno Paixão - Stélio Dias - Walmor de Luca Albino Coimbra - Nosser Almeida - Antônio Farias- Octacmo de Almcida - Agnaldo Timôteo - Gcovani Borges - Jônathas Nunes - Geraldo Fleming Djalma Falcão - Sinval Guazzelli - Heráclito Fortes- Fernando Lyra - Jorge Uequed - José Mendonçade Morais - José Carlos Vasconcelos - Paulo Lustosa- Israel Pinheiro - José Luiz Maia - Assis Canuto Darcy Pozza - Morazildo Cavalcanti - Hélio Duque- Aluízio Campos - Elquisson Soares - RobertoFreire - lram Saraiva - Carneiro Arnaud - FernandoCollor - Lélio Souza - Norton Macedo - Jayme Figueiró - Franciseo Amaral - Wilson Vaz - RenatoVianna - José Fernandes - Alceni Guerra - SarneyFilho - João Alberto de Souza - Valmor GiavarinaCiro Nogueira - Luiz Sefair - Amadeu Geara Eduardo Matarazzo Suplicy - Osvaldo Nascimento Ary Kffuri - Irineu Colato - Antônio Pontes - Bayma Júnior - Leur Lomanto - Francisco Dias - JoséRibamar Machado - Rubens Ardenghi - Félix Mendonça - Saramago Pinheiro - Délio dos Santos Nelson Wedekin - Epitácio Cafeteira - Maçao Tadano - Nilson Gibson - Estevam Galvão - MaurícioCampos - Mário Assad - Nydcr Barbosa - Nelsondo Carmo - Múcio Athayde - Salles Leite - GerardoRenault - Thomaz Coelho - Casildo Maldaner - Albérico Cordeiro - Evandro Ayres de Moura - HarryAmorim - Fernando Gomes - Domingos Leonelli José Lourenço - Jonas Pinheiro - Gorgônio Neto Genebaldo Correia - Pedro Sampaio - Brabo de Carvalho - Celso Carvalho - Adroaldo Campos - Francisco Rollemberg - Ivo Vanderlinde - José UlissesPaulo Guerra - Adail Vettorazzo - Domingos Juvenil- Raymundo Asfora - Gustavo Faria - Dirceu Carneiro - Humberto Souto - Pimenta da Veiga - AldoArantes - José Maria Magalhães - João HerculinoRandolfo Bitteneourt - Hélio Manhães - OswaldoLima Filho - Márcio Braga - Jessé Freire - JacksonBarreto - Egídio Ferreira Lima - Virgildásio de Senna- Sérgio Moreira - Myrtes Bevilacqua - FreitasNobre - Siegfried Heuser - Gilson de Barros - Amaral Neto - Roberto Jefferson - Hermes Zanetti - Anselmo Peraro - Guido Moesch - Jorge Leite - JoséTavares - Fernando Santana - Celso Peçan!Ja - Milton Reis - Carlos Sant'Anna - Jorge Vargas - TobiasAlves - Paulo Borges - Airton Soares - Odilon Salmoria - Raimundo Leite - Cardoso Alves - MárcioSantilli - Rosa Flores - Santos Filho - Gióia Júnior- Brasílio Caiado - Tidci dc Lima - Armando Pinheiro - Ernani Satyro - Wildy Vianna - Jarbas Vasconcelos - Wall Ferraz - Fernando Bastos - BocayuvaCunha - Oswaldo Trevisan - Paulino Cíeero de Vasconcellos - Paulo Mincarone - Jorge Arbage - Agenor Maria - José Fogaça - Luiz Guedes - João Gil·
Junho de 1984',
berto - João Hermann Neto - Dante de Oliveira Fued Dib - Haroldo Lima - Aurélio Peres.
SENADORES: Guilherme Palmeira - Itamar Franco - Octávio Cardoso - Hélio Gueiros - Fábio Lucena - José Fragelli - Eunice Michiles - Helvidio Nunes - Benedito Ferreira - Passos Pôrto - Alberto Silva - Lenoir Vargas - Lourival Baptista - HenriqueSantillo - José Sarney - Marco Maciel- João Castclo- Gabriel Hermes - Raimundo Parente - Almir Pinto- Carlos Alberto - Gastão Muller - Jorge Bornhau-sen - Pedro Simon.
COMUNICAÇÃO
Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência a designação da Depu
tada Betc Mendcs, como Vice-Líder do Partido dos Trabalhadores, em substituição ao Deputado Eduardo Matarazzo Supliey, a partir de 22 do corrente.
Sala das Sessões, 22 de junho de 1984. - Airton Soares, Líder do PT.
O SR, PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Está findaa leitura do expediente.
IV - Passa-se ao Pequeno ExpedienteTem a palavra o Sr. João Hereulino.
O SR. JOÃO HERCULINO (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr, Presidente, Srs, Deputados, os Estados, assim como as pessoas, têm uma predestinação que lhes é fatal,
Minas Gerais, em toda a Histôria do Brasil, tem servido à Pátria nos seus momentos de crise mais agudos comsua capacidade não desmentida de trazer as soluções capazes de a conduzirem à normalidade.
Nunca o País passou por uma crise igual à que estamos vivendo agora, É uma crise total, Crise política, Crise social, Crise econômica. E, como conseqüência, criseinstitucional,
Neste momento, por uma predestinação histórica, Minas não poderia faltar aO Brasil, E o meu Estado, fiel àsua tradição, repito, responde "presente" ao chamamento da Pátria.
Os Gov.ernadores, eleitos pelos partidos oposicionistas, reunidos em São Paulo, mais uma vez, interpretaramcom fidelidade a opinião do povo brasileiro, lembrandoo nome honrado do eminente Governador Tancredo Neves, para candidato único a Presidente da República, naseleições que se aproximam, sejam elas diretas ou indiretas. E o fizeram, primeiro, porque existe como que umconsenso não programado, mas surgido pouco a poucoatravés de uma longa vida pública do Governador Tancredo Neves, vida toda ela pautada numa honestidadeabsoluta, isto é, tanto no campo econômico·financeiro,como no campo das idéias e ideais políticos,
Efetivamentc, ao longo de sua vida pública, nuneaQuem quer que seja pode levantar qualquer dúvida quanto à sua honestidade pessoal ou de homem público ouquanto à sua fidelidade aos seus amigos ou aos princípios a que se propôs defender. Ao contrário, sua presença no governo do saudoso e imortal Presidente Getúlio Vargas - a quem acompanhou até o túmulo ou noGoverno do maior Presidente da República que o Brasilteve - Juscelino Kubitschek, ninguém o excedeu emdestemor, fidelidade e dedicação.
Segundo, porque atrapalharam, destruíram, arruinaram de tal modo o Brasil, que somente um homem insuperável no trato das coisas políticas, insuperável na capacidade de harmonizar, insuperável na limpidez de suaextraordinária vida pública, insuperável na capacidadede harmonizar, insuperável na cultura especifica exigidade um homem público, insuperável na sua devoção àcausa púb Iica, como Tancredo Neves, terá capacidadepara, cm pouco tempo, repor as coisas em seus devidoslugares, colocando o País em condições de atender' à sua
Junho de 1984
destinação histórica que é de ser um celeiro que possa,daqui a alguns anos, atender aos cinco bilhões de habitantes deste planeta, acossados pela fome endêmica queos envolve e desgraça.
Terceiro, porque será preciso muita experiência notrato da coisa pública para se conseguir aproximar aNação do Estado, divorciados pela imposição de um sis- .tema que ficou parado na janela olhando boquiaberto,atoleimado, "a banda passar".
Parabenizo os governadores oposicionistas que, interpretando, também, o pensamento da maioria dos parlamentares da Oposição, tiveram este ato de desprendimento, dignidade e grandeza de indicar o nome de Tancredo Neves como o possível candidato único das forçasoposicionistas. E, digo, ato de desprendimento, diginidade e grandeza, porque qualquer um deles poderia serportador desta confiança, já que todos eles são dignos eeficientes ao ponto d'e merecer esta honraria. Mas, porcerto, a nortear esta indicação também pesou a manifestação dos gqvernadores do PDS do Nordeste, que, numarroubo cheio de dignidade e patriotismo,. tambémlembraram o nome do Governador Tancredo Nevcs,quando reunidos em Recife. Há momentos, em que temos dc esquecer as questões político-partidárias paranos concentrarmos na capacidade. No caso da escolhado futuro Presidente da República, faço um apelo aqui,da mais alta tribuna política do País, no sentido de que,pensando na Pátria, e, tão-somente na Pátria, todos nós,homens públicos brasileiros, concentremos nossasatenções no nome de Tancredo Neves. Eleito Presidenteda República, Tancredo Neves será o Presidente de todos os brasileiros. Promoverá o indispensável reencontroda Nação com o Estado. Restituirá a paz entre todos ossegmentos desta Nação. Fará voltar aos lares brasileirosa fé c a confiança no futuro. Restabelecerá a confiançados países irmãos no governo brasileiro. Criará condições de crescimento harmônico entre as cidade e ocampo. Promovcrá o rcstabelccimento do respeito e daindependência entre os Três Poderes da República. Ressuscitará a confiança do povo nos podcres constituídos.Devolverá ao povo a responsabilidade da escolha de seusgovernantes. Dará ao País uma nova Constituição pensada, escrita, discutida e aprovada por' uma AssembléiaConstituinte eleita pelo povo.
Mais uma vez a História terá reservado a Minas aglória de salvar nosso País do caos.
o SR. NOSSER ALMEIDA (PDS - AC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, terça-feira próximapassada foi assinado, no Ministêrio da Indústria e doComércio, convênio entre o Banco do Estado do Acre ea Superintendência da Borracha, representada naqueleato pelo seu Superintendente José Cezário Menezes deBarros, com a presença do Sr. Ministro da Indústria e doComércio e mais autoridades do Banco Central, Conselho Monetário Nacional e Conselho Nacional da Borracha, e os Diretores Presidentes do Banco do Estado doAcre, Banco do Estado do Amazonas, Banco do Pará ede Rondônia. O valor desse convênio é de nove Bilhõesde cruzeiros, destinados ao custeio e comercialização daborracha.
Naqucle ato, o que mais nos chamou a atenção foi ofato de que o Banco do Estado do Acre deverá incluircláusula no instrumento de crêdito, considerando comocausa de inadimplência a majoração do preço de vendaaos seringueiros, pelo financiado, a nível superior ao percentual fixado no processo de credenciamento para aquisição de produtos na rede de postos da COBAL.
A SUDHEVEA podeiá impedir, previamente, a concessão de quaisquer financiamentos ao amparo do presente instrumento, que, ao seu exclusivo critério, possamcolocar em risco a consecução dos seus objetivos.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O contrato tem as seguintes finalidades:1. Finalidadesa) Custeio:Aquisição de alimentos e utensílios utilizados na ex
tração da borracha natural.b) Comercialização:I) antecipação por conta do produto já disponível c
beneficiado.2) adiantamento para compra, transporte e beneficia-
mento de borracha do tipo folha fumada.2. Beneficiáriosa) custeio:Seringalistas.h) comercialização:Usinas de beneficiamento, seringalistas, associações
de seringueiros e cooperativas de produtores rurais.
Sr. Presidente, com este ato acaba de ser resolvidouma parte do financiamento de custeio da borracha doEstado do Acre. Não é tudo o que desejamos, pois a verba para o Acre seria de aproximadamente de 9 bilhões,de cruzeiros, considerando que é esse Estado o maiorprodutor de borracha. Entretanto, com os 3 bilhões liberados antcriormente pelo Banco do Estado do Amazonas e pelo Banco Central, e agora com os 2 bilhõcs cmeio do Banco do Estado do Acre, aquela região vé aliviada uma situação que era tensa.
o SR. FRANÇA TEIXEIRA (PDS - BA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente; Srs. Deputados,pelo que vi e ouvi na última reunião da Comissão de Defesa do Consumidor desta Casa a qual tenho a honra depresidir, o Sr. Antônio Ermírio de Moraes, Presidente domaior grupo privado do País, deve urgentemente serissimas satisfações à Naçãó. Não fosse ele o crítico mais eaustico e contundente na área empresarial com relação àpolítica económica do Governo e até poderíamos aceitaro comportamento, no minimo desqualificado, das empresas cimenteiras para com o pobre e desprotegido consumidor brasileiro.
Na minha terra há um adágio popular que diz: quemtem telhado de vidro não joga pedra no do vizinho. Porisso, o Sr. Antônio Erminio, antes de apedrejar as telhasdo Ministro Delfim Netto, deveria zelar mais pelas suas.A imaginação criativa, diabôlica e hábil de homenscomo Ermínio de Moraes, Antônio Champolimand eoutros pariu uma organização de ordem comercial quetem por escopo restringir ou fazer frente à concorrência,da maneira mais proveitosa e durável para todos quantos dela participem. Fundo popular: cartel.
O preço do cimento no Brasil é um escândalo, Sr. Presidente, Srs. Deputados. Ele contribui diretamente paraa terrível e sufocante crise que se abate sobre a-construção civil. São milhares e milhares de desempregadosneste País em função de ganância de lucros e da usuradesmedida por parte dos empresários e fabricantes quecometem não só O abuso imoral da elevação do preço doproduto, como tambêm polaziram o frete do cimento.Por Causa deste frete, o pó precioso só pode ser rctiradodo pátio dos fabricantes através das empresas transportadoras do mesmo grupo, quando o certo seria criar-secondições para que as construtoras pudessem adquirir oproduto na fonte, ficando o frete ao encargo delas. Elesconservam 8 autonomia interna das suas empresas, masestabelecem o monopólio, distribuindo entre si os mercados e determ inando os preços.
E é bom lembrar que o maior aproveitamento da mãode-obra não qualificada no Brasil está justamente no ramos da construção civil.
Só para ilustrar, cito a variação dos preços dos principais insumos da construção no período compreendido demaio de 83 a maio de 84: cimento sofrcu uma variação de259%; areia, 261 %; ferro, 422%; vidro 283%. Assim não
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há BNH que agüentc ou Governo que se segure. Só noBrasil, que é o País da "cucanha", onde ainda se amarracachorro com lingüiça.
Nem pergunto onde é que está o Sr. Dallari, da SEAP.Não pergunto porque a resposta pode ser um palavrão.E a pergunta, convenhamos, é muito cretina da completae geral imoralidade nos preços..a que o País, estarrecido,perplexo e impotente, assiste:'
Quanto ao Sr. Antônio Ermírio, recomendo aos brasileiros muito cuidado com os ídolos dos pés de barro. Asimagens aureoladas ultimamente criadas em torno decertas figuras neste País nos causam, na maioria das vezes, logro, frustração e medo do futuro, porque todaselas putativas. Enfim, as pessoas podem atê pensar devido à conduta dos industriais do cimento do Brasil serverdade mesmo que vivemos num. upaís de safados", nodizer do próprio Ermirio de Moraes. Ê isso aí, Sr. Presidente.
o SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,trago aqui uma denúncia severa contra a malsinada'PETROBRÁS, em virtude do episódio ocorrido na chamada Vila São José, ou Vila Socó, em Cubatão, quando, recentemente, na explosão do oleoduto morreram, segundo dados oficiais, 89 pessoas. Na verdade, o número demortos supera em muito a cifra apresentada por essa empresa. Em virtude do não-cumprimento pela PETROBRÁS daquilo que devia ter sido feito em termos deindenização e remoção dos flagelados, tivemos cenasdantescas, a respeito das quais sobrará em minha falauma observação para a polícia militar do meu Governador Franco Montoro, pois há dois dias ela espancou nãobaderneiros, não subversivos, mas espancou a misêriaem busca da sobrevivência. Todos viram, nos canais detelevisão cabeças fraturadas, membros quebrados e viram ainda serem autuados em flagrante e respondendo ainquêrito policial sete daqueles que, por não terem moradia e não terem seus direitos - que foram reconhecidosaté pela própria PETROBRÁS - até agora reparados,estavam pretendendo interditar, em protesto, a Vila Anchieta.
Neste País, parece que quando um homem assume opoder ele perde a noção de ondc veio, a noção de quaissão os laços que o ligam com quem o e1egcu. Na verdade,isto está aconteccndo a nível estadual, e o Governo Federal, que nunca teve laços com O voto popular, parecenão compreender que os flagelados da explosão de umoleoduto não podem ser tratados como marginais c baderneiros.
Os espancamentos ocorridos, as manchas de sangueque vimos na televisão vêm exatamente da irresponsabilidade da PETROBRÁS e da falta de pulso do Governador do Estado de São Paulo - que é Governador domeu partido - para exigir que a polícia militar aja comoa polícia da Inglaterra, em algumas oportunidades, e ade outros países civilizados, removendo, atê pela força,mas com certa frieza de comportamento, e removendode forma que não fira os brios de homens civilizados,aqueles que tentam organizar manifestações.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, ê muito confortável,nestes carpetes e neste ar condicionado, falar da dor e.das misérias alheias. Neste momento há famílias que estão ao relento, porque temos um órgão pejado de corrupção: a PETROBRÃS, pela sua incompetência no trato de suas coisas, provocou uma explosão que ceifou oitenta e nove vidas.
Para encerrar, Sr. Presidentc, essa PETROBRÁS precisa ser chamada às falas, para dar às vítimas os reparosque elas merecem, O Sr. Franco Montoro, meu Governador, receberá ainda hoje um telex veiculando protesto.contra a violência praticada pela polícia militar na Baixada Santista. Este poder tem que ser indcpendente para
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criticar tanto o Governo Federal. como o Estadual,quanto assim se fizer necessário.
o SR. JORGE VIANNA (PMDB - BA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr•. Deputados. temos, emdiversas oportunidades. demonstrado desta tribuna daCâmara a irresponsabilidade dos homens que dirigem apolítica cacaueira da Bahia, sobretudo no comando dofamigerado órgão que é a CEPLAC, que se tem transformado num verdadeiro organismo de dominação regional. utilizando os recursos retirados irregularmente doscacauicultores, através de um confisco odiento de 10%sobre a exportação do cacau. Agora, esse órgão do Ministério da Agricultura vem fazendo com que sejammantidos os 10% do imposto de exportação, para sustentar as mordomias de Brasília. Enquanto, nesta cidade,em edifício de doze andares trabalham apenas cem funcionârios, não propicia condições para que as escolasmédias de agrieultura possam funcionar na região. Todos esses males são apontados seguidamente aqui. Agora, toda a região jâ sabe, efetivamente, apesar da massade propaganda, o que é a CEPLAC.
Peço a V. Ex', Sr. Presidente, que conste dos Anais daCasa telegrama da Associação Brasileira dos Exportadores de Cacau enviado ao Sr. Ministro da Agricultura,que também é o Presidente da CEPLAC. Ele descreve osmales que esta política vem causando à produção e comercialização do cacau brasileiro com relação aos compradores internacionais, sobretudo da Europa.
TELEGRA MA A QUE SE REFERE O SR. DEPUTADO JORGE VIANNA EM SEU DISCURSO.
..Excclctíssimo SenhorNestor JostMinistro da AgriculturaPresidente da CEPLACBrasília/DF
Senhor Ministro.Pedimos providências de Vossa Excelência quanto as
contínuas manifestações da CEPLAC quanto à qualidade do cacau brasileiro, fato que causa prejuízos à exportação e ao País, com reflexos nos ganhos dos produtorese que atendem a interesses que não os do País.
Não querendo de forma alguma lançar dúvidas quanto à propriedade e seriedade dos dirigentes da CEPLAC,compartimos dos sentimentos do Ilustríssimo SenhorPresidente do Conselho Consultivo dos Produtores deCacau, em matéria publicada no Jornal do Brasil de 176-84, que vé intenções baixistas nas denúncias de que ocacau brasileiro teria dificuldades de colocação no mercado internacional por sua qualidade inferior. Campanhas negativas como as que estão em curso atualmente,são repetição de outras ocorridas em 1974 e 1982, quenão foram mais desastrosas .para o País pela firme intervenção do CCPC e desta ABEC.
As alegações da CEPLAC além de representaremdano à economia do cacau, não eorrespondem à realidade dos fatos, é inverídico que países europeus não comprem cacau brasileiro devido a sua baixa qualidade. Oque ocorre é que somos discriminados tarifariamente naCEE e pagamos fretes exorbitantes para o norte da Europa, o que inviabiliza a competição com países africanos. Apesar disso, o sistema livre de comercializaçãobrasileiro consegue vender o cacau tipo Bahia a quase300 dólares por tonelada de prêmio e o estoque regulador da organização internacional do cacau, que detém26.000 toneladas de cacau Bahia desde 1981, o faz semnenhuma deterioração de qualidade, o que confirma oficialmente nossas assertivas.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
Aceite, Senhor Ministro, a expressão de respcito e ad-miração.
Atenciosamente,Associação Brasileira dos Exportadores de Cacau.João Arthur Pereira de Mello.Diretor Executivo".
O SR. VIRGlLDÁSro DE SENNA (PMDB - BA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados. o Sindicato dos Trabalhadores na Indústriada Destilação e Refinação de Petrúleo do Estado daBahia, após a realização de concorrido pleito, empossahoje. na sua Presidência, o líder operário Mário Lima.
Trata-se, Sr. Presidente c Srs. Deputados, de evento damaior importância para a vida e as lutas sindicais de meuEstado.
O ex-Deputado Federal Mârio Lima. atualmente primeiro suplente da Bancada do PMDB da Bahia, estavaem 1964 investido de mandato que lhe concedera o povobaiano quando foi atingido pelo golpe militar que é afonte e matriz do grande desastre a que a irresponsabilidade e incompetência desse governo nos conduziu.
Presidente do seu Sindicato, líder operârio. Deputadoe representante nacionalista de sua gente, como não poderia deixar de ser, Mário Lima foi cassado. preso etransferido para Fernando de Noronha. sofrendo o Sindicato dura intervenção, que dele afastou suas liderançasmais autênticas.
Não bastasse isso, foi cle demitido do emprego na PETROBRÁS, processado, perseguido.
Em 1982. por força da anistia conquistada duramentepelo povo brasileiro sob a liderança histórica de Teotônio Vilela. voltou Mário Lima a disputar um mandato dedeputado, recebendo. nas circustâncias, consagradoravotação. votação que lhe assegurou a posição de 19 suplente da bancada baiana do PMDB à Câmara dosDeputados.
Antes, sentença judicial, já confirmada pelo TribunalFederal de Recursos e sub judice na Suprema Corte,garantiu-lhe o retorno ao trabalho na Refinaria Landulfo Alves, de onde fora afastado por ato de inominâvelvioléncia.
Ao registrar. para que conste dos Anais da Câmarados Deputados, o retorno de Mário Lima à Presidênciado SINDIPETRO, desejo realçar o sentido de resgatedessa eleição e dessa posse que. complementando a manifestação do povo baiano que o sufragou nas urnas, representa a reiteração da confiança dos seus companheiros de trabalho, repetida 20 anos após sua forçada ausência das lutas sindicais.
Nesta oportunidade, quando será em festas o SINDIPETRO, não posso deixar de associar a ela. com motivoe inspiração para a continuidade de suas lutas, a readmissão de mais de uma centena de trabalhadores de Mataripe, golpeados com a arbitrariedade de suas demissõespelo autoritarismo e insensibilidade da atual direção daEmpresa.
Estou certo que a experiência e a capacidade de lutados trabalhadores na indústria de refinação de petróleo,agora sob a liderança de Mário Lima, levarão à vitória aluta pela readmissão desses companheiros.
Estão de parabéns Mário Lima e o SINDlPETRO.
O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, tenho-memanifestado, reiteradas vezes, a respeito da linha decompetência de uma Comissão Parlamentar de Inquéritono uso da sua atribuição.
Procuro, Sr. Presidente, adentrar o estudo da atuallegíslação, por entender que os membros de uma Comissão Parlamentar de Inquêrito devam conhecer, no minimo, a legislação pertinente ao fato determinado que aComissão irâ apurar.
Junho de 1984
Na última sessão desta Casa, presenciei alguns fatosque. na qualidade de legislador, me estristeeeram.Membro dc uma CPI submete à deliberação do seu plenário um requerimento determinativo de que ninguémmais poderâ dcixar de com parecer para depor na CPI.como se este órgão tivesse competência para revogarprincípios rígidos da lei e atê da Constituição.
No caso específico do General Newton Cruz,já se disse aqui. nenhum membro do SNI pode, ainda que deseje,comparecer perante Comissão Parlamentar de Inquéritopara revelar fatos ligados a essa instituição.
Eu gostaria de recomendar, para aquelas que insistemem aplicar dispositivo político na legislução, a leitura doart. 69 da Lei n' 1.579; o art. 4', § 2' da Lei 4.341; no Código Civil, o inciso" do art. 406, no Código Penal, art.325; o Código Penal Militar no art. 326 e ainda o CódigoPenal no ar!. 154 e a própria Lei 1.711, de 1952. Estatutodos Funcionários Públicos. em seu ar!. 207. Fiz questãode deixar inserido este esclarecimento para que não con-tinuemos a cometer tantas gafes. •
Termino. Sr. Presidente, lendo, para transcrição, acarta do Coronel Tales Ferreira Vilaça à direção do jornal O Estado de S. Paulo na edição de ontem, responden.do a um artigo do jornalista Carlos Chagas, intitulado"A incompetência do PDS beneficia Malur':
UM PROBLEMA SEMÁNTICOE A POSIÇÃO DO EXÉRCITO
Do coronel Tales Ferreira Vilaça. respondendopela Chefia do Centro de Comunicação Social doExército, recebemos, com data de 14, carta do ·seguinte teor:
"Senhor DiretorEsse conceituado jornal, em sua edição de 12 do
corrente mês, publica sob o títulQ"A incompetênciado PDS beneficia Malur' artigo de autoria do jornalista Carlos Chagas, da Sucursal de Brasília.
Em determinado trecho de seu escrito, o jornalista em apreço, comentando depreciativamente umareunião política realizada nesta capital, agride, demaneira gratuita e irresponsável, segmento expressivo do Exército, ao afirmar, referindo-se aos termosimpróprios que teriam sido empregados por participantes daquela reunião, que "o palavreado era decavalaria",
Desconhece, por certo, o articulista o processo deformação dos quadros do Exército. que prima nãosó pela preocupação com a cultura geral e profissional, como também com os preceitos da civilidade eboa educação, aspectos que conformam o perfil domilitar brasileiro, cuja competência e educação sãoreconhecidas pela própria sociedade.
Não pode, no entanto, o sr. Carlos Chagas ignorar os relevantíssimos serviços prestados à Pátriapor destacados vultos oriundos dessa valorosa Arma, para ofendê-Ia assim gratuitamente:
- Osório. Menna Barreto, Andrade Neves, Correa da Câmara, heróis, dentre outros, que cobriramde glórias as armas brasileiras, nos embates travados nos já distantes idos do Império;
- Eurico Gaspar Dutra e Emílio GarrastazuMédici, que em passado recente, como presidenteda República, conduziram com grandeza os destinos do Brasil.
Oriundos da Cavalaria são, também, os senhoresgenerais João Figueiredo e Walter Pires, cujaatuação como presidente da República e ministrodo Exército, respectivamente, nem o parcialismodas paixões políticas consegue desmerecer.
Cavalarianos são, ainda um elenco distinto de generais, oficiais e praças do nosso exército que. anonimamente. trabalham em seus quartéis para asse-
Junho de 1984
gurar o ambiente de ordem e de liberdade existenteno PaIs.
Não atinamos, portanto, com os verdadeiros objetivos perseguidos pelo comentarista político emcausa, com sua grosseira e leviana provocação, quenão encontra, no entanto, guarida em nossa Instituição, voltada para preocupações mais nobres erespeitáveis.
É inegável, contudo, que ela representa um desserviço aos esforços despendidos para manutençãode um elima de barmonia e respeito entre os setoresresponsáveis do Pais, neste instante delicado detransição política.
Ao manifestar sua repulsa a tão insólita agressão,o Centro de Comunicação Social do Exército, combase no direito de resposta, solicita a V. S' a publicação desta carta cm scu prestigioso jornal."
N. da R. - Não existiu, de parte dc quem querque seja, a intenção de ofender a Arma de Cavalaria. Na realidade, houve lamcntável erro técnico, jáque o que se pretendeu dizer foi "palavreado de cavalariça". Desse erro, só se tomou conhecimentopela carta do coronel Vilaça, a qual agradecemos."
Era o quc tinha a dizer.
o SR. ORESTES MUNIZ (PMDB - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presldcnte, Srs. Deputados,hoje chega ao nosso conhecimento mais uma notícia triste para o povo brasileiro: o aumento da gasolina. Agora,desta vez, o aumento foi de trinta e dois por cento (32%).
Ocorre que, a título de corrigir o preço da gosolina edo óleo diesel, que são derivados de petróleo e dependentes de importação, o Governo decreta também o aumento do álcool em aproximadamcnte 40%.
É sabido que o álcool é produção nossa. Não dependede importação, é produzido em nosso País. É de se perguntar: Por que o aumento do álcool é superior ao aumento da gasolina?
Além do aumento da gasolina, do óleo diesel e do álcool, ainda houve o aumento do gás de cozinha e do querozene.
Esses aumentos, Sr. Presidente e Srs. Deputados, sãoaumentos inflacionários.
O reflexo na in fiação se fará de modo direto, visto queas mercadorias consumidas em nosso País são, em suagrande maioria, transportadas por veículos movidos porcombustíveis (gasolina, álcool e óleo diesel). São os caminhões a óleo que transportam o progresso do País.
A política de aumento dos combustiveis, nos últimosanos, vem sendo um grande entrave ao desenvolvimentoeconômico do País.
Não podcmos concordar que se continue praticandouma política que onere o consumidor final, pois quempaga a alta dos combustíveis é o consumidor final dosprodutos transportados. É também o usuário de transportes em ónibus. Enfim, é o trabalhador sofrido quempaga toda sorte de aumentos.
Exigimos, Sr. Presidentc, que seja estabelecida umapolítica eoerente de combustíveis, para que seja revogada esta política de aumentos abusivos nos seus preços.
Era o que tinha a dizer.
O SR. RUBEM FIGUEIRÓ (PMDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, enquanto a política da sucessão esquenta este palcode decisões que é Brasília, os quc hoje decidem os destinos da Pátria estão se esquecendo quc muito mais importante que o Colégio Eleitoral ou as diretas já é a ameaçada fome que, tal um fantasma, já começa a aparecer nohorizonte próximo de 1985.
Aqueles que vivem nos campos - agricultores e pecuaristas - estão chamando, há muito, a atenção para ofato de que se o Governo Fcderal não mudar a sua políti-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção f)
ca de juros e dc. preços, a agricultura e a pecuária nãoagüentarão os ônus da safra de 1985. E, fatalmente, semgrãos c proteínas vermelhas, a fome baterá nas portasdos brasileiros.
Dirá o Governo: importaremos, então, grãos e carne.Muito bem. Mas, pergunta-se: até quando teremos divisas para resistir às importações e o brasileiro terá condições, depauperado financeiramente como está, deagüentar os extorsivos preços dos produtos importados?
Eis ·a questão.Não se deu ouvidos ao Ministro Nestor Jost, que ain
da resiste no Ministério na esperança do dinheiro paraagricultura que o super-Ministro Delfim Netto não lhedará.
Por certo, Nestor Jost, homem de compustura e garantidor da palavra empenhada, deixará o Ministério.Virá outro, mas no caso de um Governo já esquecidopelo povo.
E se conclui, de tudo isso, que 1985 será um ano detristeza no Brasil, por causa do Colégio Eleitoral (a preocupação dos políticos) e da fomc (preocupação dos brasileiros).
Por quem os sinos dobrarão?
o SR. MÁRIO FROTA (PMDB - AM. Pronuncia oseguintc discurso.) - Sr. Prcsidente, Srs. Deputados, assumo de público compromisso de não participar do Colégio Eleitoral. Faço-o em obcdiência à minha consciência, em respeito aos que me mandaram para esta Casa.Não posso esquecer que, em campanha memorávcl pelaselcições diretas, repudiei o Colégio Eleitoral, chamandoo de espúrio, ilegítimo, uma farsa montada para assegurar o continuísmo dos que assaltaram o poder em 1964.
Discutir agora a possibilidade de ir ao Colégio Eleitoral seria traição, agir com absQluta falta de seriedade,comportar-me com molecagem, sem falar que, agindoassim, estaria de vez sepultando as eleições diretas, pornós, dos partidos de Oposição, defendidas nas grandesconcentrações cívicas que antecederam à votação daEmenda Dante de Oliveira.
Como posso, Sr. Presidente, mudar de opinião depoisda pregação que fiz condenando o Colégio Eleitoral?Não aceitar o Colégio Eleitoral constitui-se, para mim,uma questão de princípios. Em política pode-se flexionar, até mesmo porque a política só existe, só é possível,enquanto existe discussão, o que se subentende ceder,flexionar etc. Em política é natural se fazer concessões.Em busca do entendimento pode-se flexionar, mas nuncaem torno de princípios, porque estes silo inegociáveis,não admitindo discussão de qualquer natureza.
Muitos dos que do meu partido vêm admitindo ir aoColégio Eleitoral o fazem por equívoco. No fundo, sãopessoas sinceras que acreditam ser essa a melhor soluçãopara se colocar um fim à ditadura. No entanto, significativa parcela dos que vêm falando em recorrer ao ColégioEleitoral não estão agindo com sinceridade: desejam opoder a qualquer preço, não importando os métodos quevcnham a ser usados para tal.
Ao contrário do primeiro grupo, que vê o ColégioEleitoral com asco, mas acredita na necessidade de porele passar, entendendo que os fins justificarão os meios,o segundo não enxerga outra coisa senão o poder e, láchegando, não terá escrúpulos em usar dos mesmos métodos utilizados pelo regime para se perpetuar no poder.
Pessoalmente, entendo que a posição correta é não irao Colégio Eleitoral. Certo é que o grupo sincero que defende a necessidade de ir ao Colégio o faz, principalmente, admitindo que essa é a única fórmula capaz de derrotar Paulo Maluf. Esse grupo age com a melhor das intenções, embora não devamos esquecer o aforisma quede boas intenções o inferno está pavimentado.
Dizer que não se vai ao Colégio Eleitoral não equivaleadmitir a derrota antes do tempo. Não. A Oposição nãodeve ir ao Colégio Eleitoral: deve. sim. destruí-lo.
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implodí-Io, rebentá-lo em pedaços. E por que não devemos ir ao Colégio Eleitoral? Primeiro, porque nós quedefendemos a legitimidade do poder pelo voto - e essatem sido, em todos esses anos de arbítrio, a nossa pregação - não devemos agora usar os mesmos métodosutilizados pelo adversário, ou melhor, pelos inimigos dopovo, somente porque se vislumbra no horizonte algumapossibilidade de vitória. Segundo, porque as Oposiçõesnão têm mecanismos para impedir que Paulo Malufvença na Convenção do PDS. Transpondo eSSa barreira,quem pode assegurar que Paulo Maluf não passc, usando dos artifícios em que é um mestrc, vitorioso pelo Colégio Eleitoral?
Mais vergonhoso do que ter Paulo Maluf na Presidência da República seria a Oposição legitimar, aos olhos domundo, a sua elcição. Não devemos coonestar com maisesse crime que o regime tenta perpctrar contra o Brasil.
No meu cntender, não devemos contar com os dissidentes do PDS; dcvemos contar com o quc dispomos nonosso exército. Podc até ser que um ou outro daquelepartido termine por votar no candidato da Oposição,mas duvido muito que a maioria, após a homologaçãodo nome de Paulo Maluf na Convenção, não passe a encontrar argumentos para seguir o vencedor. E argumentos não faltarão, até mesmo porque a bolsa de Maluf égenerosa, sem falar em que ele, a essa altura dos acontecimentos, já loteou o Brasil.
A nossa luta agora tem que ser na praça pública. Mobilizar as massas é a única saída para implodir o ColégioEleitoral e o próprio regime que está caindo de podre,corroído pela corrupção. Colégio Eleitoral, não. Eleiçãodireta, sim. Não podemos aceitar o espúrio como legítimo. Fujamos dessa tentação; fiquemos ao lado do povo,que ainda acredita na nossa disposição de transformareste País numa verdadeira democracia. A Nação exigemudanças. A única mudança possível só será conseguidapelo voto. O Colégio é a manutenção do status quo, é apermanência de tudo que não presta e o povo odeia. Emsíntese, a eleição direta é a nossa vida, a sobrevivênciadas Oposições, enquanto o Colégio Eleitoral poderá setransformar na nossa sepultura política.
O SR. OSVALDO MELO (PDS-PA. Pronuncia oscguinte discurso.) - Sr. Presidente, desejamos inserirnos Anais um documento importantc do Presidente doSindicato das Empresas de Navegação Fluvial c Lacustredo Pará, no qual denuncia procedimento discriminatóriopor parte da Empresa de Navegação da Amazônia ENASA - subordinada ao Ministério dos Transportcs.
Este registro se destina a fixar nossa posição e esperaruma providência imediata por parte das autoridadescompctentes.
A seguir vão os documentos que nos foram encaminhados.
DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR.DEPUTADO OSVALDO MELO EM SEU DISCURSO.
Exmo. Sr.Deputado Fcderal Oswaldo Sampaio MeloCãmara dos DeputadosBrasília - DF
Para conhecimento de V. Ex', estou anexando cópiados expedientcs que encaminhei às autoridades do Ministério dos Transportes, sobre a absurda ocorrênciamotivada por procedimento injustificável da ENASA.
Atenciosamente, - Roberto Seixas Simões, DiretorPresidente.
Comunico vossência que associados deste sindicato,participantes licitação eletronorte relativa transporte fluvial Belém Tucuruí, para a qual cotaram preço tabelaoficial sunaman referente carga gcral, externam sua pcrplexidade e profunda indignação pclo fato havcr enasaofertado preço 50 por cento abaixo tabela rcferida. Não
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sendo operação possível realização equipamento misto,em que rateio carga passageiro explicaria política minimização prejuízos, em inaceitável procedimento aquelaestatal baseado instrumento incompatível sistema livreconcorrência ja que o adotou com a certeza de que prejuízo decorrente será coberto subvenções ministêriotransportes a que está vinculada. No momento em quenação brasileira vive sua mais delicada situação econômica com graves reflexos sociais, Ministêrio Transportesdeclara ser impossível manutenção rodovias Federais emsituação calamitosa face exigüidade de verbas; sua excelência senhor Ministro Cloraldino Severo Admoesta empresas fluviais amazânia sentido busca maior eficiência eeficácia suas atividades espírito sistemáticas subvençõesanuais enasa assenta exclusivamente função social transporte passageiros regionais de baixo nível de renda, aocorrêocia se configura em verdadeiro absurdo sob qualquer dos ángulos de análise, o que justífiea expectativade que providências enêrgicas serão tomadas para suaanulação.
Atenciosamente, Roberto Seixas Simões, Presidente'Sindicato da Navegação Fluvial do Pará - SINDARPA"··Ilmo. Sr.Eng. Newton FigueiredoDD. Diretor de Navegação InteriorSUNAMAMRio de Janeiro-RJ.
Senhor Diretor:A Eletronorte - Centrais Elétricas do Norte do Brasil
SIA, fez realizar uma licitação de preços de serviço detransporte entre empresas do Estado que selecionou previamente, entre às quais estava a ENASA.
Ao serem abertas as propostas, constatou-se que essaempresa havia cotado um preço abaixo em cerca de 50%das demais participantes. Como estas haviam adotado,como parámetro básico de cálculo, a própria planilha daSUNAMAM, conclui-se que a empresa estatal amazóni·ca ofereceu o valor de seu serviço em nível que acarretaráprejuízo econômico e déficit financeiro, em montantebastante significativo ante a quantidade a ser transportada.
Estamos estarrecidos, Senhor Diretor, ante o inopina-do da ocorrência, nefasta sob qualquer ángulo que seanalise, e violentamente contrária a toda política quevem sendo preconizada pclo Ministério dos Transportes,desde o Gabinete de Sua Excelência o Senhor Ministroaté essa Diretoria da qual é V. Sa' digno titular.
Um dos aspectos mais característicos das recentes manifestações desse setor governamental tem sido as durascríticas sobre o desempenho empresarial privado da navegação fluvial na área, no sentido do gerenciamento dasempresas que levam ao desperdício e à improdutividade.
A atitude da ENASA, como sociedade com finalidades lucrativas - haja vista a sua formajuridica que sucede a situação autárquica anterior - e como empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, além de não estarcondizente com a motivação ministerial tantas vezes externada, se configura como um ato de concorrência desleal, injustificável quer sob o ponto de vista comercial,ou até mesmo sob a égide da configuração política e social inerente à decisão.
Como hipótese de trabalho, poder-se-ia raciocinar quese o serviço fosse prestado por embarcação mista (cargae passageiros), a carga entraria como receita margin3:1 acustos nulos, de vez que estes já estariam alocados nosegmento de passageiros, serviço que terá de ser executado havendo ou não carga a transportar na mesma viagem. Não se trata entretanto, neste caso, desse procedimento, de vez que o transporte a ser efetuado o será exclusivamente de carga, através do conjunto balsa empurradar, que não conduz passageiros. Não há pois o procedimento de minimização de prejuizos que justificariamos preços ofertados se em operação mista.
O possível argumento de que o beneficiário do serviçoa ser prestado é igualmente uma empresa do Governo
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
não prevalece também porque, mesmo pagando 50% menos, o Tesouro Nacional terá de arcar com o montantede custos que excederem à receita a ser auferida pelaENASA, por via da subvenção a esta concedida. E aindaque a ELETRONORTE viesse a pagar a parcela de lucroda empresa privada, se fosse esta a ganhadora, revela notar que desse montante de lucratividade uma parcela retoma aos cofres públicos na forma de tributos. Restariaassim aferir a validade do lucro líquido final. Bastaráatentar-se para o nível de eficiência da função de custosda ENA.SA para concluir-se que financeiramente o Governo acabará por desembolsar muito mais,
De fato, tomando-se do Relatório Anual 1983 daquelaempresa, às fis. 28 vamos encontrar as informações sobreo desempenho, que demonstram a ocorrência de prezuízo operacional da ordem de CrI 1,2 bilhão e que em relação ao havido no exercício anterior esse montante significa duas vezes e meia (2,5) mais, superior portanto aocrescimento do lndice Geral de Preços da nação brasileira que foi de duas vezes e um décimo (2, I). Em 1983 aempresa transportou 151.150 toneladas de carga, inferiorao volume transportado no ano anterior, que foi de166.645 toneladas. Por viagem, o aproveitamento de1983 foi de 291 contra 295 toneladas em 1982 e 448 em1981.
Não é portanto com essa marca de desempenho nemcom aporte financeiro de subvenções da ordem de 2 bilhões de cruzeiros que a ENASA venceu a concorrénciasob o estrito senso dos valores cconómicos de receita ecustos.
É um esbulho aos legítimos interesses dos armadoresprivados. E usando as mesmas palavras de S' e de SuaExcelência o Senhor Ministro, isso não é estímulo à me·Ihoria do desempenho empresarial. Mesmo tomando aplanilha da SUNAMAM como teto tarifário, margemde manobra entre o tetõ e o piso da tarifa não justifica osvalores apreçados pela ENASA. Os técnicos dessa Diretoria estão aptos por certo para assim demonstrar.
Na verdade oS empresários foram traídos, mais umavez, pela atitude de dar credibilidade à orientação superior das autoridades coordenadoras da atividade queexercem. E a unanimidade dos preços, conhecida após aabertura das propostas dos empresários privados licitan·tes é a demonstração disso. Não pretenderam, segundosuas interpretações, que o preço do serviço fosse o elemento que definiria a eventual margem de superioridadeconcorrencial. E por uma razão muito simples: Sendo oserviço a ser prestado tarifado pela autoridade competente para o fazer e na qual a parcela de lucratividade,mínima por sinal, foi previamente estabelecida como aaceitável do ponto de vista técnico, qualquer alteraçãonesse componente acabaria por dar razão às críticas ministeriais de incapacidade gerencial, alêm de configurarum procedimento coutraditório aos seus constantes reclamos de dificuldades financeiras e negociais. Houveportanto coeréncia no procedimento, em estrita observância aliás ao que Sua Excelência o Senhor MinistroCloraldino Severo vem especificando como norma deconduta desejada e requerida pela Nação.
Na expectativa de um 'breve pronunciamento de V. S'sobre o assunto, antecipamos nossos agradecimentos, aomesmo tempo em que comunicamos estarmos dispostosa adotar todas as medidas legais e cabíveis para resguar·do, senão dos nossos, pelo menos dos interesses da população que tem o direito de exigir o trato da coisa públicade forma responsável.
Atenciosamente, - Roberto Seixas Simões,
O SR, LúCIO ALCÁNTARA (PDS - CE. Pronun-.cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há poucos dias faleceu no Ceará o artista plásticoJean Pierre Chabloz, suiço radicado há muitos anos emFortaleza. Grande foi a contribuição por ele dada ao desenvolvimento da pintura cearense. Descobriu vocaçõese encaminhou talcntos, participando ativamente da vida
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cultural de Fortaleza. Viveu no Ceará, como se fosseaquela sua terra, e lá terminou sua vida, ainda que nãotivesse mais a atuação importante que caracterizou osprimeiros anos da sua permanência em terras cearenses.
Ao fazer este registro, desejo assinalar a importânciade Chablozjunto aos meios artísticos do Ceará, e lamentar seu desaparecimento, solicitando a transcrição nosAnais da Cámara dos Deputados do seguinte artigo quesobre ele escreveu Nilo Firmeza, o conhecido pintor Estrigas, e que foi publicado no Diário do Nordeste, ediçãode 17-6-84:
"ARTECRlTICA
Pouco a pouco os personagens que fizeram, e viveram, a fase mais ativa, da história da arte no Ceará, a partir de 1940, foram se retirando, ou sendo retirados do convívio c atividades do meio artístico,partindo por caminhos sem retorno. Agora foiChabloz que se dizia, com explicações místicofilosóficas, predestinado para o Ceará e aqui viveu edeixou muito de si. Não sabemos se, dentro de suasconcepções, foi um prêmio, foi provação, ou umafatalidade bem aceita, apenas. Mas que Chablozgostava daqui, isto ê certo, gostava. Em Fortalezaele encontrou um grupo jovem, entusiasta, se abrindo, em todos' os sentidos, para a arte, c ele trazia suaexperiência, seus conhecimentos, sua vivência deoutros continentes, da sonhada e admirada Europa,e um não menor entusiasmo que o cncontrado nosartistas locais. O encontro intensificou o efervescente meio e se espalhou até onde deu, atingindo bemmais do que se pensava. E Chabloz era uma fonte deenergia que parecia inesgotável. Seria capaz de passar uma noite toda falando, desenvolvendo seu conteúdo artístico ou filosófico dentro de sua concepção da vida. Embora sua arte pendesse para oneoclássieo, fruto de seus estudos em escolas debelas-artes, Chabloz não era contra escolas, outrascontanto que os trabalhos possuíssem autenticidadee qualidade estética. Foi com essa compreensão queele transmitiu o que sabia, o que pensava, para ogrupo jovem que se iniciava na renovação da nossaarte. Foi assim que ele viu os trabalhos de Chico daSilva, e, ainda cumprindo sua predestinação cearense, o incentivou no caminho correto c deu-lhe proteção porque achou-a merecida.
Embora os artistas cearenses se dirigissem compersonalidade própria não dcixavam de sc enriquecer com o relacionamento artístico com Chabloz,além do que o suíço era um ponto de partida paradiscussão de novas idéias. de aspectos novos quesurgiam das interrogações, afirmações, oule dúvidas. Por algum tempo, Chabloz foi colega, animador, professor, e proporcionador de idéias, um despertador de observações que nem sempre se faziamsem sua participação. Lembramos que Chabloz gostava de mostrar que em qualquer trabalho, acadêmico ou o que fosse, poderia conter o abstrato. Eleisolava um detalhe do trabalho-exemplo e aqueledetalhe se constituía, realmente, um trabalho abstrato."
Chabloz cumpriu a primeira parte do seu destinoem Fortaleza de onde, depois, se ausentou. Nossacapital era pequenina, nessa época, pitoresca, quaseuma cidade de interior. Voltou, novamente, porforça do destino, e, novamente, deu cursos já paranovas gerações e, outra vez, foi descobrir Chico daSilva que havia retornado à obscuridade e misériado Pirambu, promove-lhe uma exposição nosDiários Associados e consegue com o reitor MartinsFilho o acolhimento de Chico no Museu de Arte daUniversidade Federal do Ceará.
Na segunda etapa da predestinação cearense deChabloz ele sofre alguns golpes. Numa noite de chu-
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va, indo de lambreta, cai num grande buraco, nobeco dos Pocinhos, sofrendo fratura de perna, e, emoutra ocasiào, perde uma criança adotiva, de muitaestimaçào, atropelada, o que O deixa muito desgostoso e deprimido. Chabloz não percebera que a cidade já entrara no caminho do mal e do mau. Maisuma vez, Chabloz ausenta-se do Ceará e do Brasil,passando vários anos fora. Retorna, em 83, maisdoente, porém não consegue permanência entre nós.Só agora, há pouco tempo, se fixa em Fortaleza enão deixa de condenar seu ex-protegido Chico daSilva pelo descaminho que tomara na arte, o que havia sido para ele fortc decepção. Mcsmo assim, nesta última vinda para Fortaleza, Chabloz alimentavaplanos, ainda que lhe faltassem, já, a vivacidademental e física. Quem o viu, e com ele conversou,tempos atrás, e O viu, recentemente, na inauguraçãoda Galeria Mário Baratta, no Nuclearte, praticamente alheio ao meio, sem palavras, percebeu quemestre Chabloz viera cumprir a última parte de umapredestinação que o trouxera a Fortaleza, Parecemesmo que Chabloz foi um cearense que nasceufora do Brasil e conseguiu voltar ao lugar de ondenão saíra, mas de onde era pelos mistérios da vida eda morte.
ChabJoz não foi esquecido, quem o conheceu nãopoderá esquecê-lo. Quantos não foram os que o relembraram, agora, pela imprensa, em conversas, ousozinhos em pensamento. Mas, nesta recém e últimavinda dele, para Fortaleza, houve ausência de tempo e condições para o refazer do seu relacionamento, e seus amigos velhos, de passado mais distante,tambêm se ressentiam, em suas disponibilidades,para o reencontro mais achegado principalmentequando os caminhos já estavam vencidos. Chabloznão teve tempo (ou teve?) de verificar que Fortalezamorrera e estava enterrada no sell pr6prio lixo, e ossobreviventes do passado não encontram mais oscaminhos, que se apagaram e se tornaram irreeonhecfveis, além de perigosas armadilhas: é a vidaque acaba com a vida.
Estrigas - Caixa Postal, 2043 - FortalezaCeará - 60000."
o SR. MÚem ATHAYDE (PMDB ~ RO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, compareço hoje ã esta tribuna para ocupar-me deum acontecimento que consternDU a classe pára-médicado Pais e, em especial todos os voluntários de nossa Pátria que, com a dedicação mais pura, com o propósitomais elcvado e com a fé mais inabalável, auxiliam, porque acreditam e integram, a Campanha Nacional de Prcvenção ao Câncer. Há poucos dias, na cidude do Rio deJaneiro, ocorreu o falecimento de D. Eloísa Brandão deMarsillac, digna esposa do Professor Jorge Marsillac,ilustre membro da Academia Nacional de Medicina, autoridadc reconhecida e respcitada na comunidade científica internacional.
Sua pran teada mulher acrescia ãs suas qualidades insuperáveis de esposa c mãe e de aliada permanente e decidida na missão que tomou a si, de difundir e educar,para a prevenção do mal impiedoso que ceifa milhares devidas por ano no Brasil, o câncer.
Presidente da Legi50 Feminina de Educação e Combate ao Câncer, por diversas vezes D. Eloisa Brandão deMarsillac desenvolveu, em sua gestão, um trabalho verdadeiramente patriótico. Nesta cruzada cívica a que todos os nossos compatriotas se devem unir, pois são elespróprios o estuário de todo o esforço que se desenvolvepara a luta contra esse terrível flagelo, tombou um denossos combatentes.
Mas o exemplo deixado por Elofsa de Marsillac, dedeterminação, de renúncia, de amor ao próximo, de abnegada dedicação, haverá de frutificar, multiplicando oesforço do voluntariado do qual fazia parte, e elegcndo a
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causa li que se entregou com a nobreza de sua personalidadecomo do superior interesse da Nação.
o SR. ASSIS CANUTO (PDS - RO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,realizou-se cm Vilhena, Estado de Rondônia, nos dias22, 23 e 24 de maio deste ano, o Encontro para Elaboração do Sistema de Produção de Soja para o Cerrado deRondónia, cujas conclusões constituem a "Carta de Vilhena para a Cultura da Soja".
Nesse documento, os agricultores ressaltam os fatoresfavoráveis à implantação da cultura de soja no Estado:topografia privilegiada e propícia à mecanização; solosférteis e cerrados de fácil abertura; condições climáticasconstantes e adequadas; disponibilidade de calcário;existência de variedade adptada, com alta produtividadee tecnologia de produção gerada e recomendada pelaEMBRAPA; atuante serviço de assistência técnica e extensào rural; facilidade dc cscoamento através da BR·364 e do rio Madeira; e a participação de sojicultoresoriundos do Sul do Pais, com vasta experiência no ramo.
Entre as conseqüências positivas da expansão da lavoura de soja em Rondônia, destacam-se: utilização deáreas inexploradas; uso de novas tecnologias no setorprimário; desenvolvimento do parque comercial e industrial da regitio; geraçtio de novos cmpregos; incrementoda suinocultura. avicultura e pecuária leiteira; e aumentoda arrecadação tributária dos Municípios, do Estado eda União.
Mas para alcançar esses objetivos, Sr. Presidente, Srs.Deputados, os agricultores reivindicam uma série de medidas: agilização do processo de titulação das terras,principalmente das áreas de plantio de soja, arroz e outras culturas, com fornecimento de cartas de anuénciaaos detentores de possc, para obtcnção de financiamentos; abertura de faixas especiais de crédito, inclusive parabeneficiamento de novas áreas; correção do solo, aquisição de equipamentos e armazenamento, com prazoscompatíveis e juros diferenciados, e participação da redebancária privada; liberação de recursos em montantessuficicntes e épocas oportunas; incentivo à correção daacidez do solo; inclusão de Rondônia no Programa deDesenvolvimento do Cerrado - PRODECER; vendadireta de calcário da CMR às Companhias Municipais eEstaduais de Desenvolvimento, cooperativas e produtores; instalação de uma unidade de beneficiamento de soja; criação de um plano dc emergência para a mclhoria eabertura de noVas estradas principais e secundárias, visando ao acesso às propriedades e ao transporte de máquinas, calcário, fertilizantes e sementes para o plantioda próxima safra; criação, pejo DER, da Patrulha Mecanizada pró-soja dc Rondônia; estudo c viabilização dotransporte hidrorrodoviário, tendo em vista o barateamento dos custos de escoamento; implantação de infraestrutura de armazenamento e secagem nas unidades daCia. de Desenvolvimento de Vilhena - COMDEVI, eda CIBRAZÉM, para garantia da produção regional.
Revela notar, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que adisposição dos agricultores de Rondônia, de promover aexpansão da cultura da soja, vai ao encontro da premcnte necessidade do País de obter divisas para a regnlarização de suas contas externas, uma vez que esse produtoé um dos principais itens da pauta de exportações brasileiras.
Assim, ao registrar integral apoio aos agricultores ron~donienses, apelo aos Ministros da área econômica, aoPresidente do Banco do Brasil, ao Presidente do BancoCentral c aos dcmais órgãos oficiais responsáveis pelaexecução da política agrícola nacional, no sentido deadotarem imediatas providências para o atendimento desuas justas e oportunas pretensões.
O SR. SJ1:RGIO LOMBA (PDT - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, requeiro a transcrição, nosAnais desta Casa, dos dois telegramas enviados pelo Go-
Sábado 23 63421
vernador do Rio de Janeiro, Leonel Brizula, ao Sr. JúlioMesquita, Diretor de O Estado de S. Paulo, São os seguintes:
EM DEFESA DO RIO DE JANEIRO
o Governador Leonel Brizola dirige doistelegramas de protesto ao Sr. Júlio Mesquita,
diretor de O Estado de S. Paulo.
Rio de Janeiro, 12 de junho de 1984.Dr. Júlio Mesquita NetoDiretor de O Estado de S. Paulo
Venho manifestar a V. SI o meu protesto pela deprimente matéria publicada no O Estado de S. Paulode domingo último, de autoria de um indivíduo quese oculta sob a sigla "NM". Há muitos meses quescu jornal vem divulgando matérias dessa natureza,configurando uma sórdida campanha contra a minha pessoa, meus colaboradores e o Governo desteEstado. Tais investidas, pelo seu baixo nível, jamaismereceram de minha parte senão o silêncio e o desprezo, embora não tenha conseguido entender o insólito acolhimento de tais matérias por parte de V.S', porque, além de amesquinhar as tradições de umgrande órgão da imprensa, atingem o conceito deseu qualificado corpo de profissionais. Quebro hojeessa conduta, ao divulgar, amplamente, para conhecimento da população local, as torpczas que se vempublicando pelo seu jornal, O Estado de S. Paulo,contra a cidade do Rio de Janeiro. Reproduzo aqui,para refrescar a memória de V. S, alguns desses indignantes conceitos:
"O Rio de Janeiro, uma enorme cidade fedorenta... envolta completamente naquele ar pestilencia!mefítico, gigantesco antro de mendingos, malandros, assaltantes e bicheiros... diariamente coalhadade cadáveres. Gente assassinada, atropelada, estuprada, ferida de mil maneiras pavorosas, de mil modos brutais, de mil formas sangrentas e primitivas...o cheiro de urina e a imundície são presentementemarca registrada do Rio de Janeiro."
Em verdade, e sem exagero da apreciação, istonào é jornalismo, muito menos informação, mas umjogo de palavras infamantes, um amontoado deafrontas e calúnias, um insulto à verdade e um imerccido achincalhe aos brios e à própria honra dopovo carioca. Por que seu jornal não publica matéria semelhante em relação à cidade de São Paulo?Qualquer cidadão honrado sabe que os governosdemocráticos e legítimos receberam esta herançatrágica de milhões de seres humanos mergulhadosna fome, no desemprego e na miséria, milhões decrianças nas ruas e no abandono. Estatísticas de SãoPaulo revelam que as situações são semelhantes.
Este é o legado trágico do regime autoritârio imposto à Nação, ao preço da derrocada das instituições democráticas. É, pois, V. S' mais responsâvel do que os Governos eleitos, pelo quadro de infortúnio que está vivendo a população brasileira.Por isso, seria de esperar de sua parte um pouco deautocrítica em lugar de investir no papel de cobrador arrogante, quando para tanto lhe faltam as indispensáveis credenciais. Quero ainda alimentar aesperança de que V. SI, ao menos em respeito aopovo desta cidade, às suas tradições e aos seus valores, venha a pôr termo a esta campanha deletériacontra o Rio de Janeiro. Como autoridade legitima,tenho o direito 'de exigir-lhe o bom combate, de maneira a que os seus inexplicáveis rancores e as suashostilidades gratuitas ntio venham a atingir e desprestigiar esta cidade, que é sem dúvida, um dosmaiores orgulhos deste país.
SaudaçõesEng" Leonel Brizola, Governador do Estado do
Rio de Janeiro"
6344 Sábado 23 DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Junho de 1984
Saudações,Eng. Leonel Brizola,
Governador do Estado do Rio de Janeiro"
sobre a realidade comparada Rio-São Paulo, emmatéria de criminalidade c violência, no curso noano passado.
"Transcorre hoje o décimo sétimo aniversário damorte do ex-governador Muniz Falcão, uma dasmaiores lideranças políticas que Alagoas já conheceu em todos os tempos, cuja atuaçào na vidapolítico-administrativa alagoana foi das mais mar-
Rio c São Paulo, quanto às grandes aglomerações urbanas deste país, sofrem as conseqüénciasdo regime que V. S' ajudou a implantar.
As regiões metropolitanas de São Paulo e do Riotêm, respectivamente, 14 e 9 milhões de habitantes,áreas de maior incidência desta tragédia e onde seconstata esta alarmante verdade: a idade média doscriminosos e assaltantes qae assolam as populaçõesdas duas grandes cidades situa-se em pouco mais de20 anos. Cada dia novos contingentes de crianças,adolescentes e jovens iniciam-se nos descaminhos dacriminalidade. Em cada semana registramos ummaior número de mendigos, de pcssoas desvalidas,pelas ruas e logradouros públicos. As cadeias e albergues estão superlotados, aqui como em São Paulo. Qual a causa de tudo isso? A Polícia e a repressão serão suficientes para enfrentar esta doença social cada dia mais grave'? Não será, certamente, Sr.Mesquita, fazendo intrigas, semeando discórdias eincompreensões, envenenando eonsciéncias desprevenidas ou estim ulando a direita autoritária que haveremos de enfrentar esse contexto sombrio e doloroso, realidade que é um libelo contra elites brasileiras das quais V. S, é um típico representante.
Suas publicações não ficarão sem resposta. Espero que V. S' não nos negue esse direito.
cantes, na defesa intransigente dos interesses populares.
Delegado Regional do Trabalho no Governo Silvestre Períeles, incentivou a vida sindical alagoana,distinguindo-se pelo cumprimento da lei e promovendo o registro profissional indistintamente, demodo a evitar a burla contra o salário, as jornadasde trabalho, o direito às férias e a licença por motivodc doença.
Como parlamentar, Muniz Falcão foi das maiores figuras do Congresso Nacional, sendo. no segundo mandato de Deputado Federal, o mais votado deAlagoas.
Como governador do Estado, sofreu a maioroposição política dc que se tem notícia na históriade Alagoas, bastando considerar que enfrentou umprocesso de impeachmenl, motivando seu afastamento do gcwerno por cinco meses, cuja batalhajudicial venceu galhardamente, depois de anular noSupremo Tribunal Federal o sorteio dos deputadoscomponentes do Tribunal Misto, quc indicaria osrepresentantes da Assembléia Legislativa.
No entanto, realizado novo sorteio, por determinação do Supremo Tribunal Federal, a corte mistade julgamento do impeaclzmenl, reunida no auditôtio da Faculdade de Direito de Alagoas, constituídade deputados e desembargadores, não obteve osdois terços para condenar Muniz Falcão. Sua voltaa Alagoas, dias depois, no dia 20 de janeiro de 1958,constitui-se na maior apoteose e consagração popular jâ verificada em Macciô em homenagem a umhomem público.
Muniz Falcão fez governo fecundo, volti.do paraas aspirações maiores de Alagoas, embora permanecesse contra ele uma oposição hostil e intransigente.Quando o governo estava construindo a estradaMaceió - Recife, (fronteira com Pernambuco) depois de sofrer torpedcamento premeditado no rec7bimento de verbas federais, sempre negadas, MUOlZFalcão atendeu em Palácio uma comissão de entidades da classe empresarial, que lhe foram pedir paranão dotar Alagoas dessa rodovia pavimentada.Indagou-lhes Muniz Falcão porque eram contra aobra, ao que lhe responderam que o comércio deMaceió sofreria queda de freguesia, porque muitagente passaria a comprar no Recife, cujos preçoseram mais baratos. Respondeu-lhes Muniz Falcãoque vendessem igual ao comércio de Recife, que nãosofreriam prejuízos e O povo só teria a lucrar.
Novamente elcito governador de Alagoas, em1965, em pleno regime revolucionário, Muniz Falcão tevc contra ele todas as pressões conhecidas,que se estendiam aos seUs amigos, correligionários eeleitores, principalmente no Interior do Estado. Édispensável detalhar os episódios deploráveis e vergonhosos daquele período, que são de ontem, e estão vivos na memória dos adultos e jovens daquelaépoca. Mesmo assim, venceu o pleito, com coragemcívica e apoio popular, enfrentando trés candidatosde composições políticas diferentes, quando os demais partidos existentes se uniram para derrotá-lo.
Não obtendo maioria absoluta, a pressão passoua ser exercida nos bastidores, transferindo-se ao Tribunal Regional Eleitoral e Assembléia Legislativa,culminando com a negação de sua diplomação temao modelo dos expedientes anteriormente tentadospela famigerada UDN, contra as eleições de GetúlioVargas e Jascelino Kubitschek, embora sem maiores êxitos.
Muniz Falcão morreu de câncer no Recite, quando Alagoas era governada em regime de interventoria. Seu sepultamento, em Maceió, foi precedido deum cortejo fúnebre só superado pelo de TeotônioVilela. Aos dezessete anos de sua morte, mantéminalterada uma liderança política, alr'lvês de seus ir-
40.41316.586
16115.8123.053!.l03
RioSão Paulo3.133287.985
67.066514
55.07110.698
2.165
Homicídios 4.237Furtos .Roubos .Roubos com morte .Roubos e furtos de autos ..Menores infratores .Menores perambulando .
o SR. StRGIO MOREIRA (PMDB - AL. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Prcsidente, Srs. Deput~
dos, venho a esta tribuna lembrar a passagem do 17. anIversário do falecimento do ex-Governador Muniz Falcão. Quero ressaltar o legado histórico que representa afigura do ex-governador, que, durante sua vida política,em Alagoas, marcou época por seu estilo popular e suapreocupação democrática. .
Deputado Federal, desempenhou um mandato brIlhante e aqui defendeu a campanha "O Petroleo é Nosso": lutou pela encampaçào das empresas estrangeirasconcessionárias dos serviços de água, energia e transportes. Em outubro de 55, contrariando todas as previsões edesarticulando o tradicional esquema político alagoano,onde se unia o poder econômico c as oligarquias políticas, Muniz Falcão foi eleito Governador de Alagoas.
Sua morte prematura privou Alagoas de um líder popular e de um homem honrado. A perda de Muniz Fal.cão criou um enorme vazio nas hastes oposicionistas.Lembrar Muniz Falcão é prestar homenagem a um homem que encarnava o sentido de governar com o povo epara este povo. Alagoas até hoje lembra este homem valoroso e um político honrado.
Requeiro transcrição, nos Anais deste Casa, de editorial do Jornal de Hoje, de Alagoas: "Dezessete Anos daMorte de Muniz Falcão." É o seguinte:
lIm. Sr.Júlio MesquitaMO Diretor de "O Estado de S. Paulo"
Rio de Janeiro, 19 de junho de 1984.Dirijo-me novamente a V. S', agora em função
da nota inconseqüente e pueril com que V. S' pretendeu responder ao meu telcgrama de protcsto,quando também a respeito do editorial "O Caminho da Baderna", é da matéria publicada domingoúltimo no "O Estado de S. Paulo", de aparente autoria do mesmo "NM", mancomunado com essa direção para fazer essa sórdida campanha contra oGoverno e a Cidade do Rio de Janeiro.
Parecia-me inacreditável que um homem comoV. S', responsável pela direção de um dos mais importantes jornais da América Latina, pudesse assumir sentimentos tão mórbidos em função de ódiosgratuitos e inconcebíveis, sem ao menos ter ummínimo de critério que o levasse a avaliar o mal queestá procurando fazer ao povo c à cidade do Rio deJaneiro. A opiniào pública está verificando que osverdadeiros responsáveis por essa escalada de publicações contra o Rio de Janeiro são os dirigentes eproprietários de "O Estado de S. Paulo, particularmente V. S'
O aparente autor dessas matérias que se escondeno semi-anonimato das iniciais "NM", deve ser algum importante membro do clã Mesquita. Pois sóas relações de parentesco de "NM" explicam quematérias tão dcprimentcs e indecorosas possam obter esse destaque nas páginas de um órgão de imprensa como "O Estado de S. Paulo", evidentemente que para escândalo e desconforto do seu corpo deredatores.
Domingo último, V. S' certamente delcitou-secom mais um tcxto do SeU parente "NM", desta vezna tentativa inútil dc promovcr a discórdia do scioda Polícia Militar, utilizando-se de um texto inepto,preparado sem dúvida pelos luas pretas de algumsegmento das muitas atividades secretas e suspeitasque se desenvolveram à sombra desses 20 anos dearbítrio, e que outro objetivo não tem neste momento, senão criar dificuldades aos governos democráticos e legítimos, eleitos pcla população.
Ocupe-se, Senhor Mesquita, através das páginasde seu grande jornal, dos seus deveres para com apopulação paulistana. Esse seU parente "NMcsquita" será muito mais útil ao seu lado, em scu própriogabinete. Diálogo e regozijo permanentes. Talvezvenha a ser um excelente co-diretor para seu jornal.
Criminalidade e violência, assaltantes, bicheirose ambientes mal-cheirosos aí não faltam, também,como no Rio de Janeiro e em todas as grandes cidades brasileiras. Esta é a triste herança que o regimeimplantado com sua ajuda legou aos governos democráticos e legítimos. Enfrente essa ordem deproblemas, com a mcsma arrogáncia da maioria dosseus editoriais e sobretudo assumindo a responsabilidade que lhe cabe, por sua incisiva participação naderrocada das instituiçõcs democráticas em 64.Uma simples atitudc de madalena arrependida nãoconvence a ninguém. Ainda mais quando se arrogaa pretensão de jalgar os que foram excluídos e vai·tam agora cheios de razão.
Durante quase 20 anos pretenderam combater acriminalidade crescente apenas com a força e arremetidas de violência, ignorando ou fingindo ignorarsuas causas. O que conseguiram'? Além de mais crimínalidade c violência, a montagem sistemática deum modelo. econômico que condenou grande partede n0850 povo à miséria e ao marginalismo, cortando perversamente o futuro das novas gerações, porfalta de mais fontes de trabalho e oportunidades.
Mais uma vez venho refrescar seu conhecimento- se algum dia estes problemas o sensibilizaram-
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mãos, e uma imagem de líder populista consagradano jugalmento popular."
o SR. PAES DE ANDRADE (PMDB - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, só a morte poderia silenciar a voz de João Ramosnos microfones das emissoras de rádio e de televisão doCeará.
Embora não mais esteja entre nós fisicamente, a maravilha da eletrônica se encarregou de perpetuar a locuçãoe a imagem de João Ramos, um dos mais importantespioneiros do rádio e da televisão cearenses, vitimado naúltima sexta-feira por uma trombose que o colheu demadrugada quaado fazia aquilo que sempre fez durantetoda a sua vida: trabalhando.
A trajetôria profissional deJoão Ramos nos meios impressos e eletrônicos de comunicação do Estado do Ceará é uma verdadeira epopéia, impondo, sempre, a suagenialidade a todas as atividades pioneiras no rádio, na televisão e na imprensa do nosso Estado.
Durante trinta e cinco anos a população cearenseacompanhou o seu trabalho pioneiro na P.R.E-9, CearáRádio Clube, não se limitando ele à transmissão de eventos esportivos: foi locutor-apresentador, ator de méritosinexcedíveis, produtor radiofônico e, ultimamente, exercia as funções de Diretor Industrial do Diário do Nordeste.
O seu espírito pioneiro afirmou-se não apenas na açãoburocrática do jornalismo radiofônico, mas foi indelevelmente marcado pelo tom de voz coloquial que imprimia a todas as narrações que fazia, antecipando-se ao rádio descontraído, que mais tarde viraria escola nas emissoras vanguardeiras do Sul do País.
João Ramos caracterizou, sempre, o seu trabalho pelodinamismo na ação, sendo, por isso, encarregado pelaalta direção da Rede Associada de implantar váriasemissoras no Nordeste, tendo sido o responsável pelainstalação da Rádio Araripe, do Crato; da Poty, de Natal; da Borborema, de Campina Grande; da Tamandaré,do Recife; e da Rádio Marajoara, de Belém do Pará.
Filiado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais doCeará desde 1957, João Ramos nunca negou o seu apoioe o seu prestígio pessoal às grandes causas da categoria.
João Ramos foi surpreendido pela morte no momentoem que acalentava aquele que era, seguramente, o seu sonho dourado: o de fazer ressurgir o rádio-teatro, poissempre confidenciou a sua fé e a sua esperança numanova descoberta do rádio através das novelas.
A sua morte, ocorrida no momento em que se preparava para completar 58 anos de idade, abre uma lacunade difícil substituição nos meios de comunicação do Ceará.
Mas João Ramos não morreu em vão, porque deixa oexemplo de sua pertinácia, e lega, para aqueles que o sucederão na difícil e nobilitante tarefa de comunicação social, a força do seu caráter grandioso e a imagem do homem, do pai, do professor, do colega e do amigo quepartiu com a consciência plena do dever cumprido.
o SR. ADHEMAR GHISI (PDS - SC. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,acabo de retornar de uma viagem à Europa e aos Estados Unidos, como integrante de uma delegação de Deputados do Paraná, de Santa Catarina, meu Estado, e doRio Grande do Sul - Victor Faccioni: PDS-RS; HulgoMardini: PDS·RS; Oly Fachin: PDS-RS; AmauriMüller: PDT-RS; Adhemar Ghisi: PDT-SC; NelsonMorro: PDS-SC; João Paganclla: PDS-SC; Renato Viana: PMDB-SC; ftalo Conti: PDS-PR; Fabiano BragaCortes: PDS-PR; Pedro Sampaio PMDB-PR - cm missão da qual todos retiramos valiosa experiência.
Desde o início desta legislatura, na Comissão de Minas e Energia, temos no~ dedicado ao estudo de soluçõespara O melhor uso do carvão mineral da Região Sul e,ncsse scntido, integramo-nos em um bloco supraparti-
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dário que, ainda informal, alguma contribuição temprestado ao problema.
Na verdade, quisemos ver o assunto sob dois aspectos:um, a realidade da existência dc enorme rescrva do mincral que, embora de baixo poder calorífico, poderia seraproveitada mediante uso de tecnologia apropriada, desenvolvida por países mais ricos; segundo, como usar umprograma de aproveitamento para enriquecer, em termos tecnológicos, a industria do Sul.
Isso decorreu do fato de vir o Governo Federal desenvolvendo um programa de aproveitamento termelétricoda Região Sul, mormente através dos complexos de Jorge Lacerda, em Santa Catarina, e Candiota, no RioGrande do Sul, com participação modestíssima da indústria dos três Estados da região. Assim, os vultosos investimentos ret1uíam para outras regiões, em termos deapreensão da tecnologia e de ofertas de emprego. Adotamos, em nosso grupo, uma posição de defesa da economia regional, dentro da linha de que ao Sul compcte,tanto quanto possível, o uso daquela sua matéria-prima,construindo-se por empresas suas próprias usinas. Não éabsurdo afirmar que as empresas extra-regionais importavam tecnologia estrangeira e, por sua via, faziam osfornecimentos dos equipamentos. Nosso entendimento éde que isso pode ser feito pelas empresas locais, e dissoestamos hoje mais certos do que nunca.
Deflagramos uma luta pela construção, tanto quantopossível, da Usina Termelétrica Jorge Lacerda V, daELETROSUL, por um Consórcio rcgional. Sabíamosbem quc empresas de outros Estados, mediante sistemasdc absorção de tecnologia, vinham construindo as termelétricas regionais, que estavam dando empregos fora daregião.
Ora, não somos con tra criação de em pregos em nenhum lugar, mas fomos eleitos para defender, entre outras coisas, a criacão de emprego em nossos Estados.
Certo é que hoje existe um compromisso assinado entre a ELETROBRÁS e a ELETROSUL com um consórcio regional para a construção da usina de Jorge LacerdaV, graças a esse entendimento que tivemos do problemae a compreensão do Presidente João Figueiredo, que nomomento certo, apesar da resistência de alguns setoresdo Executivo, assim o decidiu.
Teve, assim um significado especial essa missão que,sem ônus para a Câmara e os cofrcs públicos, em geral, aMcsa nos deferiu. Seguimos em viagem dc estudos àTchecoslováquia, Alemanha Ocidental e Estados Unidos, trés países que estão deretamente envolvidos noaproveitamento termelétrico do carvão do Sul. Conosco,seguiram também empresários da região, dispostos à negociação de acordos de transferência de tecnologia quelhes permitissem a execução dos projetos em curso e osprogramados para o futuro.
Sem imodéstia, eu e meus companheiros podemos dizer que a missão ao exterior foi produtiva. Na Tchecoslováquia, alêm do contato, a nível político, com autoridades governamentais, visitamos fábricas, centros depesquisas e usinas em funcionamento. A empresa estatalSkoda export, que vem participando da construção doComplexo Lacerda, em meu Estado, O faz fornecendotécnica c equipamcntos contra compra dc minério deferro da Companhia Valc do Rio Doce, em proporçõesde sete por um, com grande favorecimento à balança comercial brasileira. Pois bem, Sr. Presidente, Srs. Deputados, essa empresa vem de firmar com duas congêneres doSul do Brasil, a Industrial Conventos e a Castelo, umacordo de cooperação, a fím de que as mesmas, integrantes do consórcio regional que vai construir a usina de Lacerda V, possam se sair bem de sua missão.
Na Alemanha Ocidental, visitamos a Deutsche Babcok, detentora da tecnologia de caldeiras quc, para dizero mínimo, foi atestada pelos técnicos da ELETROSUL,como respom~ávelpela alta performance obtida na usinade Jorge Lacerda !II, em pleno funcionamento em Capivari Tubarão. Pois bem, também a Babcock não se fur-
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tou a celebrar com a indústria regional acordos de cooperação, que, tenho certeza, renderão beneficios ao Sul.
A última etapa da missão foi nos Estados Unidos. AGeneral Electric, que já está no Brasil há mais de sessenta anos, voltou-se agora para a Região Sul, via GeneralEletric do Brasil e sua empresa vinculada, a Sede dc Engenharia. Foi buscar empresas rcgionais para se associar,e isso está prestcs a se consumar, a partir das negociaçõesdesenvolvidas durante a missão parlamentar.
Fato rclevante, entretanto, foi falarmos com altas autoridades do Congresso e do Executivo norte-americano,quando ouvimos que, a despeito da situação da dívidaexterna, haverá sempre apoio para projetos prioritários eque tenham alcance de desenvolvimento regional. Naverdade, chegou a nos supreender a todos a receptividade dessas personalidades à tese do desenvolvimento regional.
Enfim, Sr.Prcsidente, Srs. Deputados, posso falarpor mim e por meus companheiros de missão que foiuma jornada altamente proveitosa. Estamos preparandoum relatório, que apresentaremos à Casa, dando notíciade resultados concretos obtidos.
Auspicioso comentar que talvez pela primeira vez deuma missão parlamentar tenham surgido resultados comerciais concretos. Nasceu de nosso trabalho um planopara financiar o programa de distribuição e transmissãode energia da COPEL, da CELESC e da CEEE, cem porcento financiado e com ampla participação das empresasdo Sul. Da mesma forma, identificamos fontes de financiamento para toda a parte ainda não compremctida doprograma tcrmelétrico de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, sob rcsponsabilidade da ELETROSUL e daCEEE.
Sr. Presidente, nobres colegas, comum é ver-se nos jornais que a autoridade tal, do Executivo, viajou ao exterior, em missão oficial, e captou tantos ou quantos financiamentos para tais e quais projetos. Não é bem esse ocaso da nossa delegação. Mas, na realidade, sem invadiratribuições, tenho a convicção dc que essa delegação desta Casa, que tive a honra de integrar, produzir algo demuito positivo nessa missào.
Sci bem que o Presidente Figueiredo e seus Ministros,notadamente o Ministro César Cals, não se melindramcom esforços dessa natureza, que, antes de significaremcompetição, significam cooperação. E, neste momento, oBrasil precisa mais do que nunca de que os três Poderes,embora mantendo sua independência, sejam harmônicosentre si, principalmente quando o objetivo é o desenvolvimento econômico e social.
Eu e meus colegas de delegação nos sentimos felizespor participar desse esforço e acredito mesmo que estaCâmara tenha demonstrado uma vez mais que o trabalho do representante do povo não se esgota nas comissões e no plenário, mas vai além, às vezes fora mesmodas fronteiras, quando o interesse público está em jogo.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Srs. Deputados.
O SR. WAGNER LAGO (PMDB - MA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,uma vez mais o meu Estado, o Estado do Maranhão,volta ao noticiário nacional e, como sempre, envolvidoem fatos deprimentes.
Como se não bastassem as pejorativas lideranças queo Maranhào ostenta em miséria, analfabetismo, menorreada per capita do País, seguidos governos corruptbs C
incompetentes, grilagem oficializada, recordes esses obtidos pela dinastia sarneysista que gerenciou vinte anos deditadura em tcrras maranhcnses, resolveu agora o Governo Estadual (melhor seria dizer o desgoverno estadual) agredir exatamente a instituição veneraada do Ministério Público Estadual, impondo ao ProcuradorGeral a puniçào de dezenas de Promotores de Justiça ede vários Procuradores.
A humilhação e a represália que o Governador quisimpor aos membros do nobre órgão de fiscalização da
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Lei foi a resposta mesquinha do Governo à justa e legalmobilização da classe, decidida em Assembléia Geral, nosentido de exigir do Executivo a remessa, à AssembléiaLegislativa, de projeto de lei adaptando a lei estadual doórgão às diretrizes estabelecidas pela Lei Complementarfederal de nQ 40, denominada Lei Orgânica do MinistérioPúblico. Esse diploma legal representa avanço significativo na existência da instituição.
Vcja, Sr. Presidente, o quanto o atual Governo é sistematicamente afrontante às dcterminaçães legais. A leicomplementar citada estabelece, em seu art. 59, que "OsEstados adaptarão a organização de seu MinistérioPúblico aos preceitos desta lei, no prazo de cento e oitenta dias a contar de sua publicação." Pois bem: a publicação ocorreu no dia 15 de dezembro de I 981 e, até hoje,decorridos mais de dois anos e meio, ainda não houveessa obrigatória adaptação.
E quando a classe reclama providências para fazercumprir a lei, é punida. O Ministério Público, que tem odever legal de fiscalizar o cumprimento da lei, está sendoinjuslamente punido exatamente por exercer suasfunções. São coisas que só acontecem no Maranhão sarneysista...
O art. I. da Lei Complementar n. 40 estatui que "OMinistério Público, instituição permanente e essencial àfunção jurisdicional do Estado, é responsável, perante oJudiciário, pela defesa da o'rdem jurídica e dos interessesindisponíveis da sociedade, pela fiel observância daConstituição e das Leis e será organizado, nos Estados,de acordo com as normas gerais desta Lei Complementar".
Foi exatamente dentro dessa atuação, desejando vercumprida uma lei federal, que O Ministério Público maranhense, há mais de dois anos, vinha pleiteando a remessa à Assembléia do projeto devido. O Maranhão talvez seja o único Estado da Federação que ainda não estruturou o seu Ministério Público.
Quando os fiscais da lei exigiram o cumprimento dotexto legal, o Governador do Estado determinou quefossem punidos. O Procurador-Geral, ncste episódio,não se submeteu a esse vexame, recusando..sc a cooncstarcom a arbitrária imposição. O Governador, então,afrontando a própria lei complementar fedcral, nomcoupara exercer essa importante função pcssoa alhcia aosquadros daquela nossa instituição. E o novoProcurador-Geral, submisso e servil, puniu injustamenteaqueles que exigiam o cumprimento da lei. Diga-se ainda, Srs. Deputados, que a Lei Complementar n. 40, emseu art. 55, é taxativa ao declarar que "é vedado o exercício das funções do Ministério Público a pessoas a ele estranhas".
Tudo isto, Srs. Deputados, leva-nos a uma triste conclusão: no Maranhão, hoje como ontem, não existe respeito à iei. O art. 3. da lei complementar federal destacaque é função institucional do Ministério Público velarpela observância da Constituição c das leis, e promoverlhes a execução. Quando os Promotores e Procuradoresassim agem, dentro de estrito cumprimento do dever legal, são punidos.
Deixo, Sr. Presidente, desta elevada tribuna do Parlamento brasileiro o meu mais veemente protesto contraessa odiosa e mesquinha perseguição promovida contraos membros do Ministério Público maranhense. O Governador do Estado, ao invés de adotar atitudes quemais ainda o apequenam, deveria, isto sim, tratar de enviar à Assembléia Legislativa o projeto que a lei federaldetermina.
Do episódio, contudo, resta uma lição nobre: a de queO Ministério Público do Maranhão, pelos seus valorososmembros, não se intimidou no cumprimento do dever.
Era o que tinha a dizer.
o SR, RENATO CORDEIRO (PDS - SP, Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, comemorou-se, no início do mês, o Dia Mundial doMeio Ambiente, com manifestações públicas, em todos
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os quadrantes do mundo, de protestos ao continuadoprocesso de autodestruição que, infelizmente, o homemvem promovendo nas últimas décadas.
A forma com que se realizam as transformações na sociedade moderna, em espantosa rapidez e sem a devidacautela quanto à preservação das riquczas naturais maisimportantes para a vida humana, está determinando adeterioração da qualidade de vida ao homem, o desaparccimcnto de flora e fauna, enfim, o desequilíbrio dosecossisternns.
A situação brasilcira, antes de mostrar um quadro diferente, apresenta um dos mais graves, se considerarmosque nossas imensas reservas naturais, as florestas e osrios navegáveis, principalmente, estão sendo destruídaspor política industrial inconseqüente e exploração imobiliária, sob o completo descaso de nossas autoridades,
A devastação da floresta amazônica, a maior reservabiológica do mundo, constitui prova do lamentável desrespeito ao meio ambiente no brasi!. A poluição de pe·quenos, médios c grandes rios, lagos e lagoas, com a eliminação de todas as características de vida - os peixes,a vegetação - deveria sensibilizar os poderes públicosdo País, para urgent.es medidas punitivas aos responsáveis pelo bárbaro atentado que se comete contra as gerações presentes e futuras de brasileiros.
Na verdade, Sr. Presidente, trata-se de verdadeiraquestào de segurança nacional, lamentavelmente assimnão compreendida pelos Governos brasileiros das duasúltimas décadas, que preferiram incentivar o capitalismoselvagem e suas desastrosas conseqüências sociais, permitindo práticas industriais absurdas, poluidoras, nãocondizentes com os reais interesses da Nação.
Durante a Semana do Meio Ambient.e, neste ano,instalou-se o CONAMA - Conselho Nacional do MeioAmbiente - presidido pelo Ministro Mário Andreazza,e com a participação de representantes do Governo Federal, governos estaduais, instituições e entidades privadas que lutam pela defesa da ecologia em nosso País.
Faço votos, Sr. Presidente, que o CONAMA tenhaefetiva participação c força para aplicar c melhorar as jáexistentes normas que punem, com rigor, a prática deações poluidoras, no Brasi!.
Já existe legislação a respeito, desde 1981, quando oCongresso Nacional aprovou as Leis n' 6.938 c 6.902,dispondo, respectivamcnte, sobre uma Política Nacionaldo Meio Ambiente c a criação de estações ecológicas,ambas regulamentadas por decreto do Presidente da República, em 1983.
Portanto, é preciso que o Governo considere a preservação do meio ambiente como uma de suas metas permanentes para o que será necessário alterar a política industrial vigente, pois de nada adianta criar-se mais umórgão normativo e de defesa da ecologia, a menos quesua instituição tenha apenas o significado de comemoraro Dia do Meio Ambiente com algo mais que as simplespalavras de protesto.
O SR, JOslt MENDONÇA BEZERRA (PDS - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, venho a esta tribuna, na qualidade de VicePresidente do recém-criado Grupo InterparlamentarBrasil-Austrália, para reiterar manifestações de colegasque me precederam, os nobres Deputados Hélio Duque ePedro Corréa, respectivamente Presidente e SecretárioGeral da mencionada associação.
Sinto-me profundamente honrado em poder tomarparte nessa nova missão do Congresso Nacional, que,dessa forma, faculta o desempenho de mais um de seusimportantes papéis na esfera exterior, qual seja, o dapromoção de contactos destas duas Câmaras com o Parlamento australiano, aquela grandiosa Nação e seu povo.
Fruto de levantamento breve e sumarizado, verifiqueique nem o t.empo nem o espaço jamais interferiram emnossa aproximação com a Austrália, país de dimensõescontinentais, como o Brasil. Impressionante, aliás, a ora
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em que escritor brasileiro do início deste século, AntônioJosé de Sampaio, ao estudar os recursos naturais, clima evegetação do nordeste piauiense, tece consideraçõessobre as similitudes encontradas entre esse Estado e certas regiões australianas, em especial no que se relacionava a criação de gado, salubridade de solo e ceossistema,
Em 1963, ou seja, cerca de uma década depois, tornarse-ia pública a ratificação e adesão do Brasil e da Austrália à Convenção Internacional para Proteção da Vegetação, assinada em Roma, e~ 6 de dezembro de 1951.
Após 1964, em face da necessidade de cooperação mútua entre os países sufocados pelas crises económicas,políticas e institucionais que começavam a atingir todo omundo, os acordos passaram a ser processados de maneira mais rápida e agilizada. Em 1966, por exemplo,consolidou-se nossa prioridade no estreitamento das relações diplomáticas, com a criação, em Sidncy, de umConsulado de Carreira. Análises às obras de José A.Gentil Sousa sobre a cultura da cana-de-açúcar na Austrália, c de Carlos Eugénio Thibau sobre energia fotossintética naquele país e no Brasil serviram de preciosafonte referencial para estudos de alternativas energéticase conduziram o Brasil a se tornar expert. na tecnologia do"lcoól combustível (derivado da cana-de-açúcar). DissoresuIlou que O Brasil passaria a mostrar a outras nações,entre elas a Austrália, como bem acentuou W.E. Scott.como utilizar fontes não convencionais de energia.
Mais tarde, como que numa retribuição ou colaboração reciproca, o Departamento de Promoção Comerciai do Ministério das Relações Exteriores manifestavase interessado no que poderíamos aprender com a Austrálía, em particular na área da exportação.
Em 1974 foi promulgada Convenção Internacional regulamentando a pesea da baleia, problema que afligia aambas as Nações, preocupadas, então, com a defesa deseus mares e plataformas continentais. O assunto torna àpauta quando o Senado, em 1977, faz constar de seusAnais matéria publicada na Imprensa, de autoria do naturalísta brasileiro, Luiz Fernando de Brito Chaves, contcndo análise da posição de nosso País na reunião da Comissão Internacional de Pesca da Balcia, realizada emCamberra.
Antes, porém, eumprc assinalar que, há quase uma década, o Seminário Latino-Amcricano de Comunicaçãode Dados, ocorrido em São Paulo, já' revelara trabalhos.hoje atualíssimos, sobre teleprocessamento na Universidade do Rio Grande do Sul e preocupação similar reve·lada pelo estudo do Prof. Alan W. Coulter, proeedenteda Austrália.
Voltando a 1977, nesse ano foi proclamada a necessidade de maior apoio governamental a Simpósio sobre aAbelha A fricana. Simultaneamente, surgiram apelos,tanto no Senado Federal eomo na Câmara dos Deputados, dirigidos ao Ministério da Agricultura c Governo,no sentido de se incentivar e autorizar a participação doBrasil em Congresso Mundial, em Adelaide, na Aus~
trália, cujo tema central versava sobre apicultura. Curioso, ou nào, o certo é que o Brasil sempre se apercebeu dapremência em relacionar-se com países do denominadoTerceiro Mundo, principalmente da Austrália e seus vizinhos, na África.
Dando prosseguimento às iniciativas de cientistas epolíticos brasileiros e australianos, em 1978 é aprovadotexto de Acordo Comercial celebrado, em Canberra, a 23de fevereiro desse ano. A seguir, seria autorizado a imoportação de sementes básicas de sorgo, procedentes daAustrálía e dos Estados Unidos, para utilização por firomas brasileiras. Mediante convênio assinado pelas partcsinteressadas, foram estipuladas medidas de fiscalização,inclusive quanto à cxigéncia de certificado fitossanitário.
Em t 980 surgiram novos projetos sobre exploração deminas de ouro e urânio, a céu aberto, na Austrálía, e defosfato, também a céu aberto, no Brasil. A pesquisa desses novos métodos de mineração muito tem colaboradopara a aproximação de especialistas e estudiosos de nossos países.
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Não tão bem sucedida, infelizmente, foi a tentativa,em 1982, de inclusão de um representante do CongressoNacional na Comissão Nacional para Assuntos Antárticos - CONANTAR, que daria origem a acordo entre oBrasil e a Austrália, datado de 14 de fevereiro de 1983, deque foram signatários, pela Austrália, os Drs. DougLowe e Richard Lowe, respectivamente Reitor e professor da U niversidadc Fcderal de Sidney e, pelo Brasil, oEmbaixador Marcos Henrique Camillo Cortes.
Finalmente, no ano passado, vários foram os pronunciamentos, em nosso Parlamento, em que se analisava ecriticava a redução da produção mundial de alimentosvis-à-vis do crescimento industrial de nossa Nação.Comentou-se, na oportunidadc, que países como a Austrália e o Canadá, a despeito da crise econâmicofinanceira mundial, registravam um crescente empenhoem tornar prioritário o atendimento incrementaI ao setoragrícola.
Vários c diversificados, portanto, os pontos comunsaos nossos países. Tendo em vista as recentes modificações nas diretrizes governamentais, pode o Ministériodas Relações Exteriores do Brasil rcassumir sua funçãoprimordial de partícipc nas negociaçõcs de nossa dívidaexterna. Talvez, assim, se consiga viabilizar melhoresfórmulas de atendimentos, de modo a permitir a concretização de compromissos assumidos não somente antenossos credores, como junto àqucles quc, como nós, sofrem o constrangimento de juros exorbitantes sobre dívida gravosa e opressiva. Creio, outrossim, caber ao Legislativo papel do maior relevo nesse processo, por ser, indubitavelmente, o mais capacitado e legítimo para oexercício de sua faculdade representativa, uma vez queseus membros, porquc eleitos pelo povo, têm condiçõesde veicular as demandas de seu eleitorado e reivindicarbenefícios para suas regiões.
Por reconhecer a existéncia, nos Parlamcntos, dc terrcno propício à troca de idéias, ao intcrcâmbio de experiências, ao debate de metas e à procura de desfechos catalisadores para as questões que afetem a todos, considero do maior relevo a criação desse Grupo Interparlamentar que, assim espero, virá integrar, em seu microcosmopolítico, legisladorcs brasileiros c australiano's, com oobjetivo precípuo de integralizar o universo de que sãoparte e cujo destino lhe diz respeito.
Era O que tinha a dizer.
v - O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Wildy Vianna.
O SR. WILDY VIANNA (PDS - AC. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, asituação peculiar de erisc da economia brasileira tem trazido sofrimentos imensos às classes trabalhadoras, pressionadas que sào, de um .lado, pela contenção salarial resultante dos acordos eom o Fundo Monetário Internacional e, dc outro, pela incrível elcvaçào dos custos daalimentação, item que tem mostrado os mais altos índices de variação de preços entre os componentes das estatísticas de inflação e custo de vida.
Àrgumenta-se, em defesa da contenção salarial, que acrise exige sacrifícios dc toda a população, sem o que nãoconseguirá o Brasil superar as dificuldades por que passa; entretanto, olvida-se propositalmente o fato de que arecessão já persiste por trés an6s, sem que a economiademonstre sinais de recuperação. Se assim é, então a receita monetarista de contenção salarial e creditícia nãoapresentou adequação às características próprias da economia brasilcira; seus efeitos sociais têm sido veementemente contestados pelos mais diversos expoentes da vidanacional.
Com efcito. uma reccita rígida como a do FMI podesurtir efeito sem penalizar injustamente a sociedade, masem países mais desenvolvidos, onde o amparo social promovido pelo Governo seja mais eficaz; como no casobrasileiro esse amparo se restringe praticamente aosbe-
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nefícios prestados por uma Previdéncia Social quase falida, incapaz de tornar efetivo o amparo desejado, a sociedade sofre injustamente na administração de métodos decombate à inflaçào que, como disse, não estão surtindoefeito.
A classe média brasileira sofreu um achatamento salarial desmesurado, o que se refletiu perversamente na suapossibilidade de consumo, vital para a manutenção daprodução e, conseqüentemente, do nível de emprego indnstrial. O grupo social representado pelo funcionalismopúblico, que, por sua vez, há vários anos, vem recebendocorreções salariais sistematieamente inferiores aos índices inflacionários, com a agravante de não ter sido beneficiado pela semestralidade dos reajustes, sofre aindamais que os assalariados regidos pela legislação trabalhista nas empresas privadas ou estatais. Agora mesmoanuncia-se que a Secretaria de Planejamento da Presidência da República está estudando para julho próximo,Índices de reajustamento que ficarão situados abaixo doINPC de junho, da ordem de 66%. A concretizar-se maisessa injustiça, terão os funcionários justas razões paraadotar atitudcs fírmes. que consistirão a única maneirade sensibilizar as autoridades federais.
Pois bem, diante de uma situação salarial adversa, seria necessário que o setor primário da economia fosseamparado de forma a possibilitar a contenção da escalada de preços dos géneros de alimentação destinados aoconsumo interno, para que a fome conereta não trouxesse ainda maiores sofrimentos à população.
Entretanto, o que se vê é a manutenção das normas docrédito rural vigentes em épocas de bonança econômica,que inviabilizam a elevação desejada da produção c daprodutividade agrícolas. Alardeia-se que a pesquisaagropecnária tem surtido efeitos magníficos, e que nunease produziu tanto no Brasil como hoje; mas o reflexo desejado dcsse incremento, que é a redução dos preços dosalimentos, não se concretiza c, pela contrário, continuamostrando renitência. É certo que parte desse descalabrose deve à atuação dos atravessadores, como no caso damanipulação, por cerealistas desonestos. dos preços dofeijão lançado no mercado pela Comissão de Financiamento da Produção; esse escândalo, que elevou o preçodo produto até o insuportável nível de três mil cruzeiros,representa apenas um caso isolado, que mereceu, fartadivulgação pela imprensa, enquanto centenas de outrasmanobras permanecem impunes e não conhecidas.
Ouço, com prazer, o nobre Deputado Assis Canuto.
O Sr. Assis Canuto - Nobre Deputado Wildy Vianna,pelo início de seu discurso, queremos entender que V.Ex' está fazendo uma análise muito profunda da situação política e social do País, principalmente naquelesaspectos que mais dc pcrto tocam o nosso povo, que sãoos problemas do custo de produção e do custo de vida.Gostaríamos de aproveitar a oportunidade que V. Ex'nos concede para trazer ao seu pronunciamento umacontribuição qnejulgamos muito atual, tanto para o Estado de Rondônia como para o Estado do Acre. A despeito das difiéuldades inerentes a toda a Nação brasileira, aquelas duas Unidades da Federação, incrustadas empleno coração da Amazônia, vém passando por sérias dificuldadcs. Um dos aspectos que mais dificultam a vida.do nosso povo, com relação ao processo produtivo daquela unidade, indubitavelmente, é o problema dos jurosagrícolas. Estamos assistindo, hoje, como representanteda bancada da Amazônia nesta Casa, a uma concessãodo Governo Federal, ao privilegiar o Nordestc com baixas taxas de juros. Tcmos reivindicado desta tribuna - eV. Ex' também - que o mesmo tratamento dispensadopara a agricultura do Nordeste o seja para a agriculturada Amazônia como um todo, porque no Nordeste, mesmo em luta com suas dificuldades tricentenárias, existeuma agricultura implantada, quc naturalmente dependeapenas da chuva, para que possa produzir ou não. Já naAmazônia as dificuldades são muito mais complexas,
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porque não temos infra-estrutura alguma. Nossa agricultura é recém-iniciada. e não recebemos amparo do Governo em termos maís efetivos, para fazcr com que nossos agricultores possam produzir e obter lucros em suasatividades agrícolas. Estamos no limiar da realização denossas exposições agropecuárias nos Municípios de Porto Velho, Ji-Paraná, Pimenta Bueno e Vilhena, em Rondônia, e Rio Branco, no Acre, as quais se realizam quaseque concomitantemcnte. E temos apelado ao Ministrodo Planejamento, ao Ministro da Agricultura c ao Prcsidente do Banco Central, para que, pelo menos para essescinco eventos, reduza as taxas de juros a níveis de 35%,para que nossos agricultores, nossos pecuaristas possamser beneficiados, adquirindo matrizes rcprodutoras a essas taxas de juros, a fim de incrementar a produção e melhorar o nível da atividade pecuária dos nossos Estados.Queríamos agradecer a V. Ex' e deixar mais uma vez re- .gistrado desta tribuna o nosso apelo às autoridades monetárias do País para que, pelo mcnos no que concerne aesses eventos, ouça a bancada da Amazônia como umtodo e reduza as taxas de juros, permitindo-nos obter sucesso nesse empreendimento, quc, de resto, ínteressamnito mais ao Governo do quc a nós.
O SR. WILDY VIANNA - Agradeço a V. Ex' oaparte em que apresenta, eom muita segurança, reivindi·cação em favor da agricultura e da pecuária da Amazônia, fazendo rcferéncia ao problema da taxa de juros diferenciada oferecida pelo Governo aos nordestinos.Acredito ser de justiça para com os nordestinos a medidado Governo Federal, porque eles estão saindo de umacrise; estão, vamos dizer assim, exterminados por 5 anos,consecutivos de seca. Agora, gostaríamos que fosse dadotratamento scmelhantc à agricultnra da Amazônia, ondese verifica, para infelicidade da nossa principal economia, que só agora o sistema financeiro nacional está a liberar 9 bilhões de cruzeiros para custeio da safra da borracha. Parece-nos, Deputado Assis Canuto, que temosrazão quando dizemos da tribuna que, para governareste País, é preciso antes conhecê-lo, por scr tão difercnciado e por possuir tantas rcgiõcs completamente diversas. Liberar recursos para custeio da produção de borracha no Acre e na Amazônia, em pleno final de junho,equivale a dizer que não teremos borracha na próximasafra. Ê sabido, é público e notório, que o custeio de borracha deve ser liberado nos primeiros dias de dezembro,quando se podcm adquirir mercadorias nos ccntros elevá-las aos seringais e altos rios através de um transporte mais barato, mais humano e mais regional. Lamentavelmente, os 9 bilhões de eruzeiros que nos estão a liberar pouco ou quase nada representam, sendo·lhes acrescentado do grande ônus que representa transporte em 3ou 4 tipos de embarcações. Agradeço c incorporo o aparte de V. Ex' ao meu pronunciamento.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Nasser Almeida, com prazer.
O Sr. Nosser Almeida - Deputado Wildy Vianna,quero parabenizá-lo pelo brilhante discurso que faz nesta manhã, e no qual aborda o problema difícil que en·frentamos no Brasil, nesse momento econômico, com referência à agricultura. E V. Ex' colocou muito bem queesses recursos dados para custeio da produção de borracha na Amazônia, nesta época, praticamente nada representam. Não resta dúvida, é um paliativo, mas o Acre teria direito a 9 bilhões de cruzeiros - só o Acre. Recebemos de uma vez 3 bilhões c agora 2.5 bilhões, num período em que os rios estão quase sccos e praticamente nãohaverá produção de borracha em nossa região. Mas nãodeixamos de agradecer àqnelas autoridades que assinaram esses convénios, porque, de qualquer forma, são recursos que vão para a região l para os nossos seringalistasc seringueiros. Mas nossa agricultura, nobre Deputado,precisa de recursos. O Acre não dispõe de vcrbas para aagricultura; os parcos recusas que temos vém com juros.
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e correção monetária absurda, o que impede o colono dechegar até às portas do banco. Agora mesmo, está aquipresente uma comissão da CONTAG, do Sindicato Rural de Rio Branco, pedindo socorro ao Governo, por nãoter tido sucesso em obtcr transporte para produtos desuas glebas - asscntamento do INCRA - por ser épocadc invcrno. Esses colonos perderam sua produção e nãotêm com que pagar o banco. Estão pedindo às autoridades federais que lhes dêem o direito da inadimplência, afim de que possam prosseguir em seu trabalho e contribuir para o desenvolvimento do Estado do Acre. V. Ex'tcm razão cm unir-sc a nós na luta cm bencfício daquelesquc aqui vicram procurar socorro junto às autoridadesfederais. Tenho certeza de que V. Ex' e eujá procuramosas autoridades que eles procuraram, e que hão de ouvir avoz de apelo, o pedido de SOcorrO dos agricultores doSindicato Rural de Rio Branco - da CONTAG - queestão lá em Padre Peixoto. Ejusta reivindicação, e tenhocerteza que o Governo Federal a atenderá.
o SR. WILDY VIANNA - Agradeço, nobre Deputado, a V. Ex', que faz justiça quando reclama a má assistência dada aos agricultores assentados nos diversos pagos do Estado do Acre. Tivemos a oportunidade, destatribuna, de protestar contra as autoridades responsáveispor esse assentamento, tendo em vista que mais uma vezprovam seu total desconhecimento da realidade brasileira. Assentar agricultor no Acre, em dezemhro, é afirmação desse desconhecimento. Lá está o desastre: maisde 6 mil agricultores inadimplentes, sem a menor perspectiva de saldar seus débitos no Banco do Brasil.
o Sr. Nosser Almeida - Para completar, Sr. Deputado, 6 mil agricultores, somados a 5 pessoas por família,são 30 mil pessoas. o que representa 10% da populaçãoacreana.
o SR. WILDY VIANNA - Agradeço a contribuição,mas fizemos referência mais acentuadamente aos financiamentos do Banco do Brasil. Não estamos incluindo aíos financiamentos do Banco da Amazônia e do Banco doEstado do Acre, quc tcve com o seu balanço há bem pouco, às portas do vermelho, como se diz na gíria bancária.
Ouço com prazer o nobre Deputado Jorge Arbage.
o Sr. Jorge Arbage - Permita V. Ex' um aparte.
o SR. WILDY VIANNA - Concedo, com muito prazer, o aparte ao nobre Deputado Jorge Arbage.
o Sr. Jorge Arbage - Nobre Deputado Wildy Vianna, a despeito de representar o Estado do Pará, não metcnho descurado de aliar-me ao combativo e imbatívelgrupo da representação política do Acre na sua luta embenefício do Estado c da Região. Tenho acompanhadomuito de perto o drama que o Estado de V. Ex' enfrentana atual conjuntura econômica. Participei de uma reunião com a rcpresentação do Acre junto ao MinistroDelfim Netto, quando conseguimos liberação inicial derecursos da ordem dc 3 bilhões dc cruzeiros para atendero financiamento da borracha. Agora, o Ministro CamiloPenna, num convênio com os banco estaduais, distribuiumais 9 bilhões de cruzeiros para quatro Estados da região. Eu diria a V. Ex' que toda essa gama de recursosnão atcndc ao mínimo desejável, até mesmo unilateralmente para o Estado de V. Ex' Quero concluir dando aV. Ex' uma sugestão para a problemática daqueles queestào inadimplentes com seus financiamentos nas entidades bancárias, V. Ex's deveria encaminhar um expediente ao Ministro do Interior, solicitando a inclusão da Capital e dos municípios do Estado do Acre nos benefíciosda Resolução n" 876 do Banco Central. Essa Resoluçãobeneficia O Nordeste e o Vale do Jequetinhonha, isto é, aregião atingida pelos fenômenos climáticos, permite aconsolidação dos débitos para o pequeno produtor comtrês anos de carência, e mais, com o pagamento do débito, cujos juros para a agricultura e pecuária, são da ar-
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dem de 35%. Esta, a sugestão que dou, colaborando como pronunciamento de V. Ex', porque sei do seu esforço,da sua .preocupação, da sua angústia e da sua luta paraencontrar, junto com a bancada acrcana, aquelas fórmulas mais suaves de resolver os graves problemas queaI1ingem um dos grandes Estados da Federação, o Acre,
o SR. WILDY VIANNA - Agradeccmos, nobre Deputado, a valiosíssima contribuição de V. Ex' Sabíamosque esta não faltaria num momento como este. V. Ex' éum amazônida dos mais abalizados, defensor intransigente dos problemas da nossa região, e dá, nesta manhã,uma contribuição maravilhosa aos nosso esforços embusca de soluções para os problemas dos agricultoresacreanos. Espero que nossa voz tenha eco e que os órgãos responsáveis pelo sistema financeiro nacional fiquem sensibilizados com os justos reclamos dos agricultores e da representação política da Amazônia.
à primeira vista, culpa-se o agricultor, imputando-lhetoda a responsabilidadc pelos altos preços verificados;mas, se analisarmos melhor o processo produtivo daagricultura brasileira, veremos que a falta de estímulo cde justiça na condução dos negócios da terra é que acarreta a situação hoje verificada.
Com efeito, quando o produtor consegue grandes safras, ê enaltecido e louvado pelo Governo e pela sociedade. mcrccendo extensas reportagens na imprensa e a admiração popular; por outro lado, quando sofre umaquebra de safra, seja por condiçôes climáticas ou por outros fatores, é execrado publicamente, abandonado tantopelo Governo quanto pela população; se investiu recursos próprios, deverá arcar sozinho com os prejuízos, e, seplantou empregando financiamento oficial. deverá arcarnão só com os prejuízos diretos decorrentes da perda dereceitas previstas, mas também com os elevados custosdecorrentes do contrato de crédito rural, que deveráhonrar, quaisquer que sejam as conseqiiéncias.
Isso ocorre, caros colegas, em um setor fundamentalpara a recupcração econômica, c que deveria ser orientado preferencialmente para o mercado intcrno, de formaa que possa mitigar a fome de expressivas parcelas da população, reduzir o nível de tensão social a que chegamos,levar à sociedade, ao menos, a certeza de que, mesmocom os salários comprimidos, poderá satisfazcr às necessidades básicas de alimentação reconhecidas pelo próprio Governo no diploma legal que estabelece a composição da raçào mínima necessúria à manutençào da vidasadia.
A administração econômica brasileira cstá acima detodos os demais valores que nossa sociedade preza; estáacima da política, está acima da visão social e humanada população, não contemplando nada que faça concessões ao homem em detrimento da macroeconomia.
A pujança da administração econômica sobrc os demais setores da administração pública nacional é notóriae vem sendo denunciada há vários anos, embora seusefeitos se mostrem mais danosos na presente crise. As recentes declarações do ex-Presidente Médici, embora lamentáveis em seus aspectos políticos, trazem a reafirmação de que, embora a crise econômica seja cm grandeparte resultado das dificuldades vividas pela economiainternacional, diversos países estão ultrapassando operíodo agudo de dificuldades, enquanto o Brasil pareceafundar cada vez mais em um processo recessivo que tende a tornar-se insuportável.
Nossa discordância da política econômica do Governo já vem de longa data; cmbora pertcncendo ao Partidosituacionista, nem por isso podemos calar acerca de quevemos de errado na admínistração federal; e, mesmo nãodominando a complexa teoria econômica, estamos assistindo aos efeitos da política implantada, principalmentejunto aos pequenos e médios agricultores e aos estratosmais inferiores da sociedade brasileira, percebendo quemuita coisa deverá ser reformulada para que se possa
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atender ao anseio social de segurança com relação à alimentaçào.
Assim, os obstáculos mais diretos ao incremento daprodução primária, representados pelos cortes dos subsídios, pelas elevaçôes dos custos dos combustíveis e demais insumos agrícolas, a incidência do confisco cambial, a falta de manutenção das rodovias por onde deveráser escoada a produção, esses obstáculos não são compensados pela implantação de novos estímulos que nãoproduzem efeitos inflacionários.
Diante disso, o produtor rural finda por abandonarseu ganha-pão, deixando a terra improdutiva e migrandopara as cidadcs, onde espera encontrar alguma oportunidade de emprego. Ocorre, infelízmente, que, ao chegar àscidades, se encontrará deslocado de seu ambiente natural, e enfrentará a competição de milhares e milhares detrabalhadores urbanos penalizados pelo desemprego.
Milhões de brasileiros encontram-se desempregadosou subempregados, em quantidade nunca antes atingidae que nos envergonha a todos.
A retomada do crescimento agrícola coordenado,apoiado por estímulos governamentais condizentes comas reais necessidades do campo, poderá acarretar magníficos resultados, como comprova a elevada capacidadede resposta do setor aos incentivos a ele conferidos. Se oramo primário da economia é capaz de contribuir commais de 50% das receitas de exportação conseguidas peloBrasil, mesmo sem o apoio necessário, cntão depreendcse que, incentivado, poderá contribuir de forma aindamais expressiva, o que significará inestimável elementode superação das dificuldades econômicas.
Podemos exportar mais; podemos produzir ainda maispara o mercado interno, c a recuperação dcssc mercado éhoje esscncial para que se concretize a elevação dosníveis de emprego. Sem que as fábricas possam venderpara a própria sociedade brasileira, não será possível quereativem sua capacidade produtiva, hoje em grande parte ociosa; c o mercado externo, conforme todos sabemos,interpõe barreiras comerciais crescentemente maiores,como forma de proteger seus sistemas produtivos.
Nossa economia ainda é eminentemente agrícola, aocontrário do que fazem supor os pujantes parques industriais do Centro-Sul do País. Nesse contexto, de poucoadianta produzirmos bens industriais de alta tecnologiase não conseguirmos suprir as necessidades intcrnas deprodutos básicos de consumo popular, se não tivermoscondição de produzir alimentos em quantidade suficiente para alimentar os brasileiros.
Lembro-me bem de que o Presidente Figueiredo, ainda em 1978, já indicado candidato à Presidência da República, em discurso proferido no Acre, enalteceu a coragem da gente de meu Estado, prometendo esforços nosentido dc que a potencialidade agrícola local fosse explorada ao máximo, pela melhoria do sistema viário,com a ligaçào entre Boca do Acre e Rio Branco, e entreRio Branco e Cruzeiro do Sul, pela extensão e aprimoramento. dos estímulos à atividade produtiva, pela atualização da política fundiária exercida pelo INCRA, peladesburocratização das exigências de acesso ao crédito;suas palavras trouxeram ainda maior alento à populaçãoacreana quando afirmou que promoveria condições necessárias para que o solo fêrtil do Acre tivesse condiçõesde suprir a demanda interna de alimentos, libertando-seo Estado da necessidade de importar alimentos de outrosEstados.
Passados quase seis anos da data cm quc tais promessas foram levadas a efeito, percebcmos que o Acre pcrmanece sem condições de alimentar a si próprio; continuamos importando do Sul atê mesmo leguminosas e cercais, já que não só as estruturas de financiamento ruralnão se alteraram, como também o sistema viário existente não permite o recebimento de insumos e o escoamentodas produções.
Ouço o nobrc Deputado Ivo Vanderlinde,
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o Sr. Ivo Vanderlinde - Nobre Deputado WildyVianna, V. Ex' faz nesta manhã oportuno discurso. inaisuma vez levantando nesta Casa a grave problemática daagricultura brasileira. Quero cumprimentá.lo por cstcpronunciamento, pois V. Ex', tanto nestc plenário quanto na Com issão de Agricultura, é um dos parlamentaresque batem diutumamente nessa tecla. Espero que as autoridades deste Govcmo tcnham ouvidos para ouvir nossos reclamos, enquanto é tempo, e que seu pronuncia·mento não fique apenas nos Anais desta Casa, mas possaservir para reflexào e tomada de decisão das autoridadesque têm responsabilidade pelo futuro deste País, porquenão vemos perspectiva alguma de que este quadro possaser alterado. Acho que, se o Governo não tomar medidasurgentes com relação à política agrícola em vigor, vamoster problcmas ainda mais sérios para o abastecimento dapopulaçào. Por isso, cumprimento V. Ex' e espero querealmente este seu pronunciamento encontre eco junto àsautoridades govemamentais.
o SR. WILDY VIANNA - Agradeço a V. Ex' oaparte, que vem fortalecer nossa luta. Na qualidade dePresidente da Comissão de Agricultura, V. Ex' é incansável na luta pela agricultura brasileira.
Ouço o nobre Deputado Lélio Souza.
o Sr. Lélio Souza - Nobre Deputado, tampouco posso desperdiçar a oportunidade de me congratular com V.Ex' Desejo agregar ao seu elucidativo pronunciamentouma obscrvação que trago do meu Estado, decorrentetam bém das distorções dcssa política agrícola levada aferros pejo Governo, a despeito dos protestos generalizados dos produtores primários. Refiro-me ao caso da orizicultura do Rio Grande do Sul, responsável pela produção dc 60% do arroz, lavoura necessária ao abasteci·menta do povo brasileiro e que agora está enfrentandoinsuperáveis dificuldades, em virtudc do descumprimento por parte do Govemo Federal desta aplicação formale expressamente assumida nos termos da Carta ao Agricultor. V. Ex' há de lembrar que, quando o Govemo tentou explicar as razões - até hoje não compreendidas da derrubada do subsidio para o crédito agrícola,comprometeu-se a adotar medidas que compensariam osprodutores dessa perda. Dentre as medidas anunciadas,uma seria a correção do preço mínimo do produto agrícola, do plantio até a colheita. Não obstante o compromisso assumido nos termos da Carta ao Agricultor, editada no dia 14 de junho do ano passado, até hoje o Governo joga os produtores nas mãos dos agentes financei·ros da produção agrícola, seja oficial, seja da rede priva.da, o que está levando a lavoura a uma situação insusteatável. Cumprimento V. Ex' quando alerta para essasdeformações c encarece a necessidade de se mudar a polí·tica agrícola. Tomara que pronunciamentos como estetenham o dom de sensibilizar o Governo para a urgentemudança que se faz necessária nessa área, a fim de que oPaís volte a ser grande produtor de alimentos, especial·mente para a satisfação de suas necessidades internas.
o SR. WILDY VIANNA - Agradeço a V. Ex' oaparte, nobre Deputado Lélio Souza, e afirmo que suacontribuição é das melhores. Nossa preocupação com aagricultura brasileira, tenho certeza absoluta, é a mesmade V. Ex'; sei porque acompanho seus trabalhos nestaCasa. Nobre colega, a contribuição de V. Ex' para a solução dos problemas dos seus coestaduanos do Acre éextraordinária.
Concluo, Sr. Presidente.Não podemos debitar unicamente ao Presidente da
República a responsabilidade pelo abandono do Acre,tolhido em seus planos pela insurgéncia de uma criseeconômica sem precedentes, que deitou por terra as espe.rança~ de um Governo profícuo; entretanto, é nosso dever conclamar as autorídades federais a que, corajosamente, revolucionem os mecanismos de apoio ã agricultura, atitude veementemente exigida pelo momento eco-
DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
nômico. Se a situação por que passamos é atípica, entãoatípicos deverão ser os mecanismos destinados a salvaguardar a produção rural, ainda que, no futuro, retornem aos caminhos da normalidade, quando a situaçãoda economia assim o permitir.
Nosso meio rural não chegou a se desenvolver pujan·temente, a ponto de dispensar qualquer politica paternalista e cam inhar por suas próprias pernas; o campo estádesamparado, desassistido, necessitando de urgentesprovidéncias para que não sucumba diante das dificuldades que enfrenta.
Essa necessidade não adquire somente caráter setorial,de vez que, atendida, acarretará benefícios generalizados, tanto aos produtores rurais como à população c àeconomia. Somente o revigoramento da produção primária terá o dom de saciar a fome brasileira, fome física,fome de recursos, fome de divisas, fome de crescimeuto.(Muito bem!)
o SR. OCTACIUO ALMEIDA (PMDB - SP. Pro·nuncia o seguintediseurso.)-Sr. Presidente, Srs. Depu.tados, a eleição em Santos para o cargo de Prefeito Municipal deixou muita gente embasbacada, de língua engrolada na garganta. Segundo esses experts o PMDB estava em decadéncia, contribuindo para isso o péssimoGoverno de Franco MontoTO no Estado de São Paulo.
Das urnas emergiu o PMDB com 64% da votação,141.803 votos, em um total de 202.079 votantes. O restodos votos - 36% - coube aos demais partidos, totalizando oito candidatos.
Desta expressiva votaçào do PMDB destacaram-setrés conclusões importantes:
a) o PDS, que dominou Santos bionicamente durantemais de uma década, sumiu no Estado de São Paulo, segundo colunista político de O Estado de S. Paulo, no dia5 do corrente;
b) o PMDB continua gozando da simpatia do eleitorado, sendo calúnia qualquer crítica em contrário;
c) ganhou o candidato moderado do partido, e porlonga margem de votos, comprovando uma vez mais queo povo paulista não gosta de radicalismo.
Falou-se muito durante ano e meio do Governo Franco Montoro, de implosão do PMDB, vitimado por imperícia administrativa e política do Governador.Falaram-se verdades e mentiras a mancheia, mais mentiras que verdades, mas ninguém se sensibilizou pelos próse contras do Governo, para saber se houve mais débitodo que saldo, ou viee·versa.
Esta é a verdade inconteste.O Governador Franco Montoro lançou diretrizes para
uma fórmula nova de Governo. Combateu a estatizaçãodo Governo da Revolução. Combateu a ausência de participação do povo nas decisões do Governo. E combateuveementemente a corrupção no País, via do acoplamentode tecnocratas c militares na criação de mordomias c favorecimentos a inúmeros desfalques, até em áreas à margem da administração direta, especialmente em empresasde capital misto.
A implantação do Governo democrático de FrancoMontoro enfrentou percalços. Para mim não houve novidade. Eu já esperava por um período de desinteligénciana iniciação, por alguns motivos:
a) o PMDB nasceu e viveu à margem do Governo.Não teve, portanto, oportunidade de formar e treinaruma equipe eclética para os vários escalões da administração públíca do Estado;
b) sempre se disse que o PMDB não é um partido esim uma frente. No interregno de iniciação do Governo,ele se apresentou, realmente, como uma frente. Cadagrupo dispunha-se à vontade em busca de posições;
c) a condescendência do Governador, mantendo noscargos do 2' e 3' escalões pedessistas militantes, em detrimento do PMDB, magoou o partido;
d) o não alinhamento do Secretariado e os políticos,especialmente parlamentares, impressionava pela varian·te de línguas. Montou-se a Babel da iniciação.
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Em verdade, Srs. Deputados, estes quatro itens pesaram muito mais para O Governo Montoro do que outrascausas que poventura venham a ser alinhavadas no estudo do processo histórico.
Dois anos antes da eleição, Montoro criou grupos detécn icos universitários para estudos de um programa deGoverno. Esses grupos sediaram-se à Rua Madre Teodoro, na Capital, sendo batizados de "Sorbonne" deMontoro. Desconheço a causa do batismo. Se veio poranalogia ao grupo militar que se apoderou da Revoluçãodc 1964, sem dela tcr participado ativamente, ou se foipor autobatismo, por vaidadc, parq se distinguir comoforça intclectual do futuro Governo.
A verdade criou contrastes, Srs. Deputados, pois, enquanto os políticos percorriam o Estado, lutando sob sole chuva, individando·se, pelo alto custo da campanha, oGrupo da Sorbonne plantava-se ao pé da família Montara estudando problemas e, ao mesmo tempo,candidatando·se às posições importantes do futuro Governo.
Eleito Montara, quando os poJiticos dele se aproximaram, o quadro administrativo já estava quase completo.
Nasceu a luta: SOBORNNE versus políticos, hoje jáum tanto amenizada, mas ainda com resquícios latentes.
O recente encontro do Governador Franco Montorocom a Bancada Federal, em Brasília, trouxe no bojo daspalavras o fel desta derrota que os poJitieos sofreram anteriormente.
Descrito, Srs. Deputados, em rápidas pinceladas, osescolhos antepostos à implantação do Governo democrático no Estado de São Paulo, entro no mérito de seuprograma de ação administrativa.
"Proposta Montoro-I982
O Princípio fundamental que vem norteando o Governo do Estado de São Paulo está apoiado no tripé partici·pação. descentralização e geração de empregos, na buscade formas alternativas ao modelo que tem sido impostoaos brasileiros, nos planos da convivêncía poJitica, docrescímento econômico e do desenvolvimento social.
Consciente de suas responsabilidades e dentro dos limites de suas atribuições, o Governo do Estado de SãoPaulo vem mantendo, decididamente, a defesa dos pressupostos de um regime democrático que não seja apenasrepresentativo e formal, que inclua as dimensões essenciais da democracia moderna: pluralista, participativa,aberta, não sô no plano político, mas também nos planossocial 1 econômico e cultural.
A democracia que São Paulo apresenta como proposta pressupõe eleições livres e participativas; autonomiados Poderes Legislativo e Judiciário; liberdade de expressão; líberdade sindical; garantia de direito ao trabalho ejustiça na repartição de renda; proscrição, juridica e defato, a qualquer manifestação de discriminação; garantiados direitos e prerrogativas do cidadão; descentralizaçãodo poder e participação de todos os setores da comunidade nas decisões de interesse comum, reconhecendo-sea autonomia e competência específica dos órgãos de represen tação da sociedade e dos diferentes movimentossociais; c estímulo permanente à iniciativa da populaçãoe confiança no seu discernimento como fonte de soluçõespara os problemas que lhe dizem respeito."
Este programa de ação democrática ultrapassava os limites da compreensão de um povo subjugado durantevinte anos por um regime ditatoria!. Uns julgavam-nocompletamente de esquerda. Outros tinham-no como falácia. Poucos acreditavam na viabilidade, especialmentena capacidade de resistência do Governo para enfrentarebulições sociais em períodos de transição.
Era preciso ver: a crença de São Tomé, do "ver paracrer". entrou em função nos movimentos de greve, deprotestos, de desemprego, de reivindicações pela casaprópria, de terra para plantar, de lotes para construir1:larracos, de majoração salarial. Enfim, por vários ca-
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nais, a eclosão social se fez presente testando o Governodemocrático.
Foi então, Srs. Deputados, o que se viu em São Paulodurante os primeiros meses do Governo Franco Montoro.
A precipitação de alguns políticos da Oposição colocou operários desempregados nas ruas pleiteando melhores condições de vida. Esqueceram-se de que o Governo estava nos albores e que, ante a crise do momento,seria impossível a geração imediata de empregos.Esqueceram-se de que resíduos negativos do PDS aindaestavam pelas ruas e que, por certo, se engajariam aomovimento com o intuito de baderná-Io e, se possível, dedesestabilizá-Io. Vieram também outros segmentos dasociedade aliados à Igreja progressista, antepondo-se aosprimeiros movimentos do Governo.
Houve depredações, houve invasão do pátio do Palácio dos Bandeirantes, houve ocupação dirigida do Parque Ibirapuera e houve, ao lado de tudo, violenta tentativa de saque, sobressaltando o povo paulista.
Errônea, Srs. Deputados, a interpretação que se atribuía ao conceito de liberdade: se o Governo era democrático, suspenderia, por certo, a coação do Estado, esuspendendo a coação do Estado, encarnada diretamente na repressão policial, poder-se-ia fazer o que quisesse,ainda que se desrespeitasse o direito alheio!
Naquele instante difícil, o Governo enfrentava até adoutrina da "fé qualificada" da Igreja progressista, quepara mim é tão insubsistente quanto a honestidade depropósitos da "amizade colorida", por eufemismo e porengodo aos desavisados! A "fé qualificada" da teologiada Igreja Progressista fundamenta-se no descontentamen to das classes menos favorecidas, prô-revolução doproletariado, sob o talhe dos princípios e dos objetivosdo marxismo. Não é, portanto, um movimento reivindicatório pacífico. Tudo nele transcende à tradição e à palavra de Cristo para substanciar-se em outra realidade,que não discuto por fugir à minha ideologia política.
Convenço-me, Srs. Deputados, a cada dia que passa,da eclética capacidade do regime democrático de aninharsob suas asas, pacificamente, correntes ideológiCas deoutros matizes, até mesmo as cores do arco-íris, pelo sentimento de igualdade, de liberdade e de paz.
Durante o transe de agitações, Srs. Deputados, o Governo democrático de São Paulo teve a mesma conduta:procurou o diálogo, encarnando na força do verbo a capacidade humana de resolver problemas.
As Primeiras Realizações
Cheguemos, Srs. Deputados, às realizações físicasmuito controvertidas em São Paulo.
Não foram muitas. Mas todas são altamente importantes. Talvez o suficiente para convencerem a opiniãopública de que o Governo democrático segue à risca osseus objetivos.
Veja-se:a) A dívida externa de São Paulo, quando Montara
assumiu o Governo, estava em 2 bilhões de dólares. Estae a divida interna sacrificavam o orçamento do Estadoem 60% do montante. Quanto à dívida externa, tudo forafeito para cobri-la no exato momento de vencimentosdos compromissos. Quanto à dívida interna, houve relativo atraso nos primeiros pagamentos, estando hoje jáquase totalmente em dia.
O equilíbrio do orçamento estava, em parte, na dispensa do excesso de funcionários públicos. Optou-se então pelo meio termo. Dispensar-se aqueles que se encontravam sem função, decorativos, no quadro das Secretarias, contratados que foram, anteriormente, para missões tipicamente políticas.
A divida externa era tabu. O Governo Federal desautorizava qualquer movimento de renegociá-Ia com oscredores. Em maio deste ano houve a concessão. O Governo do Estado espera rolá-Ia a um prazo mais dilatado, abrindo, então, certa folgança no orçamento.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
b) O funcionalismo público estava desesperado.Diante da inflação mensal, o reajuste de vencimentos deano em ano levava à defasagem do padrão de vida e dosalário. Tomou o Governo democrático duas medidasexponenciais: autorizou os reajustes semestrais e dobrouo salário mÍn imo dos funcionários menores, sendo que,hoje, no Estado de São Paulo, o menor salário corresponde a dois salários mínimos. Considerando que o salário mínimo atual é de Cr$ 97.120,00, nenhum funcionário recebe menos de Cr$ 194.540,00 pelo trabalhomensal. Pelo aumento do segundo semestre, calculadoem 68,5%, estes funcionários terão um salário correspondente a Cr$ 327.216,00.
e) O magistério paulista há muitos anos perde o seupoder aquisitivo, desprestigiando-se. Muito se exigia domagistério, mas nada se lhe dava em retribuição. Montara, durante a campanha eleitoral, prometera redimir omagistério da angustiante situação. Não pudera logo depronto. Mas neste ano concedera ao magistéim substancial aumento de vencimentos. Ao professorado de nívelsuperior concedera 92% em janeim deste ano, e mais68,5% em julho, somando apenas no ano de 1984 a majoração de 160,5%. Ao professorado de2. e 3. graus concedera 50% em janeiro, 27% em abril e mais 68,2% em julho. somando 145,2% de aumento neste ano.
Eu sou professor. Minha carrcira fora difícil. Sempremilitando nos pontos cardeais do Estado, sempre militando nas pontas de linha das estradas de ferro, construindo ou lecionando. Fui pioneiro no magistério doEstado. Não fui bandeirante porque outros colegas, antes de mim, abriram as picadas no sertão paulista. Masdurante o tempo de lutas convivi com um magistério alegre, sensato, responsável e, sobretudo, compenetrado desua missão educacional. E era o magistério, a par disto,bem remunerado, tanto que, sendo eu e minha esposaprofessores, educamos os trés filhos em escolas à distância de onde morávamos, unicamente com os salários.
Naquele tempo, o magistério crescia naturalmente,por concurso. Promovia-se, por concurso. Removia-se,por concurso, para qualquer parte do Estado, às suas expensas, graças ao salário. Hoje o professor é praticamente um funcionário regional, mas viveu, até agora, comum subsalário. Daí a razão da recente greve.
Pareceu ante os olhos do Brasil, Srs. Deputados, ser agreve contra o Governo democrático do Estado. Nãofoi. A greve fomentou-se no substrato dó desespero acumulado durante o período ditatorial, quando o professorperdera o seu potencial cconómico, chegando, quanto aosalário, ao rés-do-chão ...
Montoro deu a liberdade que o professor esperavapara explodir. Outrora não seria possível; teríamos cavalaria, corpo de bombeiros e tropas de choque pela frente,c, após a greve, as conhecidas perseguições no trabalho.
Espero que o magistério conheça a página do Gargântua e Pantagrucl, de Rabelais, para imitar Ponocratoque, sob a visão do passado, quando encarregado daeducação do jovem Gargântua, imediatamente lhe deude beber a água do eléboro, para que se esquecesse detudo quanto havia aprendido com os seus antigos preceptores.
Problemas da Terra
O problema da terra é dos mais importantes no Brasil.Pena que não tenha ainda uma diretriz firme por partedo Governo Federal. E a falha está em quatro aspectosfundamentais:
a) em não se saber, por uma triagem correta, quaissão, em verdade, os lavradores que precisam de terra;
b) quais o canais competentes à triagem, se órgãosdo Governo, se órgãos civis, se órgàos da Igreja, ou se ostrés juntos! Enquanto perdurar a balbúrdia continuarãoas invasões de terras, as discriminações de lavradores e arepressão por parte de civis e do poder oficial;
c) qual a atitude do Governo na seleção da terra equais as regiões que serão aproveitadas;
Junho de 1984
d) qual O plano assistencial, efetivo, que o Governodará ao lavrador depois da terra distribuída. Este aspecto é muito importante. Lembremos das agrovilas daTransamazônica, abandonadas ;1 própria sorte e que servem de cemitério a milhares de trabalhadores brasileiros.
Em São Paulo ele também existe.O Governo democrático resolveu enfrentá-lo. Primei
ramente destrinçou a antiga demanda de Presidente Epitácio, confirmando a posse da terra aos posseiros. Em seguida, desapropriou t5 mil hectares no Pontal do Paranapanema, às margens da rodovia Teodoro Sampaio Rosana, e os entregará, depois de demarcados, a cerca de500 famílias, mediante contrato de arrendamento para aprodução de alimentos específicos à regiào, sob supervisão técnica da Secretaria da Agricultura.
Outro decreto assinado pelo Governador Montoro desapropria. por interesse social, úren aproximadamente de5 mil hectares, compreendidos pela gleba Santa Rita Ribeirão Bonito, onde residiam cerca de 350 famílias deposseiros, há quinze anos. Grandes proprietários vêmtentando desalojá-los, através da justiça ou de jagunços,e foi para garantir a permanência dos posseiros, até quea situação seja definida pela Justiça, que o decreto foraassinado.
A meu ver, Srs. Deputados, São Paulo será o precursor, com um plano racional, na solução do problema daterra. Há terra suficiente para todos que queiram trabalhar. Basta que se compreenda que São Paulo com a malha rodoviária de estradas asfaltadas que tem, armazénse silos de grande capacidade, interiorizados, meios fáceisde transporte, lavradores auto-suficientes em infraestrutura de plantação, de colheita, de secagem e de armazenamento e informações diárias e precisas do valorda mercadoria, São Paulo, como disse, Srs. Deputados,tem que se libertar da ocupação de grandes áreas paraengorda de boi de corte.
Minha região mesmo, nas paralelas do rio Grande edo rio Tietê, sente-se carente de melhor aproveitamento.Se as margens do rio Grande fossem submetidas a umplano qüinqüenal de desenvolvimento agrícola, planocompleto, envolvendo tudo que se refere à produção, acomeçar pela análise da terra, financiamento,completando-se pela garantia de preço do produto, afirmo sem medo de erro que a região abasteceria todo o Estado de São Paulo e que a produção de outras regiõespoderia canalizar-se ao mercado exterior. Por outro lado, as margens do rio Tietê poderão transformar-se, pelas características geológicas e pelas pastagens naturais,na maior bacia leiteira do País.
Tenho chamado a atenção do Governo para este aproveitamento, esperando que o mesmo seja visto com bonsolhos. Precisamos de planos básicos na agricultura, semo que correremos o risco da fome no País mais rico domundo!
Início da Descentralização
Quando se fala em descentralização econômica aosMunicípios parece fácil. Pelo sistema imposto à Naçãopelo regime de 1964, vê-se que não será tão fácil como sepensa. Tudo neste País depende de Brasília. E Brasílianada cede aos Estados e Municípios, se não for pelos canais da redistribuição. Os Estados e Municípios têm quepermanecer subjugados à vontade do superpoderoso Ministério do Planejamento.
O Governo democrático do Estado de São Paulo tomou uma iniciativa singela que está mostrando os seusprimeiros frutos. Criou, através da Caixa Econômica doEstado, a poupança da "Nossa Caixa".
Ela é tipicamente municipal. Todo o dinheiro depositado pelos Municípios é empregado no próprio Município, preferencialmente a pequenas e médias empresas.
Em São José do Rio Preto, onde "Nossa Caixa" funciona jtl com agradável montante de recursos, a aplicação do dinheiro favorece boa quantidade de comerciantes, industriais e lavradores.
Junho de 1984
Longe está de ser uma solução completa ao problemade recursos aos Municfpios, todavia "quebra o galho",segundo a gíria, e funciona. Isto é que é O principal.
Pontes Metálicas
A COSIPA devia para o Governo do Estado boaquantia em impostos. Propôs-se uma transação: A COSIPA pagaria os seus débitos em lâminas de aço, pró.prias à construção de pontes.
Cada ponle tem o custo médio de 4,5 milhões, podendo ser construída com comprimento variável de 16 e 12metros e largura opcional de 3,40 m ou 4,50 m.
As pontes estão sendo levadas, de preferência, ao inte·rior, com a finalidade de melhorarem as estradas vicinaisde tráfego municipal. O valor da primeira fase desse programa é de Cr$ 253 milhões, com prazo de 120 dias deexecucão
Neste ano serão entregues mil pontes.Para a concessão das pontes, em média de duas por
Município, foi criado um convênio-padrão entre Estadoe Município, sendo livre a adesão ao plano.
Poderia falar sobre obras do Governo democráticodurante todo o expediente desta sessão da Câmara. Masnão há tempo. Paro hoje por aqui, relembrando aos Srs.Deputados que me ouvem que não são obras portentosas; pelo contrário, são obras simples, quase todas gera·das mais pelo "engenho c arte" que propriamente pOllances faraônicos de verbas especiais.
Participação Política
São Paulo participou, através do seu Governo, dosprimeiros entendimentos para o lançamento da campanha pelas eleições diretas-já. Não só participou dos entendimentos quanto deu a sua colaboração, marcando odia 25 de janeiro transato para o lançamento dos comÍcios.
E todos os Srs. Deputados se lembram da magníficapresença do povo paulista na Praça da si:, ultrapassandoquatrocentos mil pesssoas de bandeirolas nas mãos, demonstrando ao Brasil, pela primeira vez depois de 1964,a insatisfação contra a continuidade perene do regimemilitar à frente do Governo nacional.
Este exemplo de São Paulo alastrou-se pelo Brasil afora apresentando outras e outras demonstrações, algumasmais reconchudas de gente, atingindo a um milhão emais de pessoas que compareceram às praças públicas,confirmando, em uníssomo, o movimento pela reintegração da democracia no País.
Está agora o Governo de São Paulo empenhado nodiálogo da candidatura oposicionista pelas diretas-já,sem medir esforços. Fora ou no Estado, na Capital ou nointerior, no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba ouCampinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, ondequer que se faça necessário, lá está, dia ou noite, o Governador Franco Montara presente, respondendo aochamamento da causa comum.
Estou convencido, Srs. Deputados, da solidariedadeda Bancada Federal de São Paulo, participe desta Legislatura, à movimentação do Governo do Estado noapoiamento às eleições diretas-já. Sei que não haverá defecção, a Bancada se portará no lance final, quando chegar o momento decisório, ciente e consciente de sua responsabilidade pelo lema "Non ducor duco", não souconduzido, conduzo.
Tenho dito. (Palmas.)
O SR, NAVARRO VIEIRA FILHO (PDS - MG.,Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa-.dos, a imprensa hoje notícia que a partir do dia I· de ju-.lho, haverá reajuste do preço do leite, que, a nível deconsumidor, vai custar em torno de 25% a mais. Êjusto,nessa inflação que apavora toda a vida nacional, que sereajuste o preço de todos os produtos para que se possamanter o estímulo à produção.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O caso do leite deve ser tratado de forma toda especial, dado que é alimento básico de nossa população e essencial para as crianças das famílias pobres. As famíliasde renda mais alta dispõe de outros produtos mais sofisticados; as famílias pobres só podem contar com o leitepara a alimentação de seus filhos.
O que me traz à tribuna é a questão do ICM sobre oleite. No Distrito Federal e nos Estados governados pelas oposições, como Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiroe Espírito Santo, cobra-se o ICM sobre todos os tipos deleite, e sobre o leite tipo C, alimento básico de nossa população - repito - a alíquota é de 8,5%. O consumidor,nesses Estados, vai pagar 465 cruzeiros por litro de leite,e os demais Estados, que isentaram o leite in natura dacobrança do ICM, terão o preço de 425 cruzeiros.
Sr. Presidente, Srs. Deputados:
"Vem repercutindo negativamente na imprensa ejunto às organizações cooperativas que lidam com adistribuição do leite in natura a tributação que alguns Estados, inclusive o meu, estão impondo a comercialização de leite, fato que, a rigor, implica prejuizos manifestos para produtores e consumidores.
Cremos desnecessário, pelo óbvio mesmo da situação, arrolar subsídios demonstradores do truísmo de que o leite constitui alimento básico dos brasileiros, sobretudo das faixas etárias mais baixas.Desta sarte é estranho que se estabeleça tributaçãosobre a produção e comercialização do leite in natura destinado ao consumo público, quando se sabeque essa tributação seria inteiramente destituída dequalquer finalidade social, pois, sem elevar sintomaticamente a renda tributária, só serviria para agravar a penúria das classes menos favorecidas de nossa sociedade."
Essas afirmações, que transcrevo textualmente, são doilustre Senador Itamar Franco, em discurso proferido nodia 14 de maio de último no Senado Federal, e serviramde justificação ao seu Projeto de Lei Complementar n.36, de 1984, isentando do Imposto de Circulação deMercadorias-ICM, as operações de comercialização doleite in natura para consumo público em todo País.
Ao condenar qualquer forma de asfixia fiscal, quero,desta tribuna, manifestar meu irrestrito apoio à oportuna iniciativa do representante mineiro no Senado da República.
E, ao fazé-Io, concito os nobres pares, principalmentea valorosa bancada de Minas nesta Casa, a que façam omesmo, porque através do caminho legal indicado peloSenador poderemos minorar, ao menos um pouco, a carga fiscal que se abate sobre o já tão sofrido contribuinte.
Ê estranho, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que osEstados governados pelo PDS tenham desistido dessacobrança socialmente injusta, economicamente desastrosa, enquanto outros, administrados pelos chamados "governo de oposição", insistem em sua manutenção, mesmo que a custo de um ônus odioso sobre a população esobre a capacidade contributiva de um importante segmento da economia nacional. Louve-se, a propósito, arecente decisão do Governo do Estado de São Paulo,que, premido pela voz da opinião pública, acabou porceder à evidência dos fatos e determinou, por decreto, aisenção do ICM sobre o leite "B".
Sabe-se que em quase todo o mundo o leite, pelo querepresenta como alimento básico e como atividade produtiva essencial às economias nacionais, é não só isentode tributos, como também grandemente subsidiado. Entre nós, a quase totalidade dos Estados, na impossibilidade da concessão de subsídios ao consumo ou a pro·dução do leite, decretou, quando nada, a isenção tributária. Mas Minas distoa, juntamente com o Rio de Leonel Brizola, desse procedimento justo, oportuno e, nomínimo, inteligente, quando evita matar a galinha dos
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ovos de ouro. Em minas, cobra-se tudo. Cobra-se o TCMsobre todos os tipos de leite: são 17,5 por cento de ICMsobre o leite "B" e 8,5 por cento para o tipo "C". Quantainverdade na afirmação gratuita e folclórica de que o mineiro não paga imposto. Pelo contrário, paga, e muito.
Não pode a axacerbação do fisco sobrepor-se a própria ordem econômica, eliminando a produção e impedindo o consumo. O caso do leite é exemplar.
"Na ânsia de arrecadar mais dinheiro às custasdo lei "B", o Governo perceberá, no futuro, queconspirou contra seus próprios interesses. A evasãode rendas surgirá na ponta do lápis. Quando descobrir o manto na verdade, será tarde demais, porque a fonte já terá secado há muito tempo."
Esta é a verdade límpida que se teima em não quererver, conforme denuncia pública feita pela Associaçãodos Produtores de Leite "B", em recente "Carta Abertaà População". E diz mais aquela associação:
"Até agora, os produtores de leite "B" estavamagUentando o prejuízo, apostando na recuperaçãodo mercado. Mas este otimismo acabou. Convictosde que o ICM inibirá ainda mais o consumo, eles serão obrigados a mudar de atividade, para evitar oacúmulo insuportavel de dívidas. Assim, o maisevol~ído segmento da pecuária nacional sucumbirápor completo".
A cobrança do ICM sobre o leite demonstra a efetivação de um ato altamente condenável em termos depolitica econômica e social. Mas há os que preferem insistir na defesa de uma suposta validade para suas posições, quando é notório o conjunto crescente de opiniões contrárias, tanto por parte dos produtores de leite,como por parte do mercado consumidor. Ademais, aprópria postura técnica assumida endica uma incrívelfalta de sensibilidade em face dos reclamos da sociedadee da economia.
O fato é que a tecnocracia continua insensível e demonstra, uma vez mais, que não tem partido político. Nahora de aumentar impostos, estão todos unidos e sãosempre os mesmos. O caso mineiro é revelador: no momento de formar o governo, ainda antes de empossado,o então Senador Trancredo Neves foi buscar para compor seus quadros de primeiro escalão dois eminentes tecnoburocratas, os Sr. Ronaldo Costa Couto e Luiz Rogério Mitraud, ambos leais e didicados servidores e exsecretários de governo da antiga ARENA no Rio em Minas Gerais.
E não foi outro senão o mesmo Sr. Mitraud, agora Secretário da Fazenda do Governador Trancredo Neves,que liderou no CONFAZ - Conselho de Política Fazendária, em fins do ano passado, a elevação das alíquotasdo ICM do leite. Não lhe foi suficiente a majoração geraldo lCM, de 16 para 18 por cento, embutida no bojo doDecreto-lei n9 2.065. Não lhe bastaram os aumentos tributários que a bancada majoritária do PMDB fez aprovar na Assembléia Legislativa do Estado.
O Sr, Virgildásio de Senna - Permite-me V.Ex' urraparte?
O SR. NAVARRO VIEffiA FILHO - Ê um praze:ouvir V. Ex'
U Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado, V. Ex'está tratando de assunto da maior importância para avida deste País, que é o relativo ao leite. O leite é de absoluta imprescindibilidade na dieta das crianças, na-medida em que o seu consumo é a forma mais simples paraabsorção de cálcio e de proteínas. O leite é altamente necessário à boa formação do ente humano. A dieta mínima recomendada pela UNESCO e pela FAO é de 400 mldiários por pessoa. Todos nós estamos convencidos dasua absoluta necessidade na composição da dieta humana.
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Todavia, responsabiliza o Governo de Minas, comopretende V.Ex', por uma insebilidade na taxação tributária do leite é avançar muito. Temos ustentado que oleite pode ter tratamento diferenciado. Há um sistema devasos comunicantes em toda a economia. O que nos cabeé protestar contra toda a polítiea fiscal tributária hoje vigente no País. A União, ao abarcar a quase totalidadedos tributos, e deixar desertas as economias dos Estadose dos Municípios, obriga os governos estaduais e municípais responsáveis, como é o caso do de Minas a ter queaplicar tributação desta ordem, no sentido de podercumprir os comprissos assumidos pela irresponsbilidade de governos anteriores.
Queremos todos que a produção de leite seja isenta dequalquer tributação. Ê necessário também que as raçõesfornecidas aos animais produtores de leite sejam tambémisentas de tal ônus. Só assim podemos popularizar o consumo deste tipo de alimento. Mas, evidentemente, nobreDeputado, não se pode privilegiar isoladamente um setor da produção transferindo ao Estado um ônus que deveria ser exclusivo da União. Esta não onera o leite industrializado pelas empresas multinacionais, que é levado ao mercado e que serve à alimentação das crianças.Peço a V.Ex' que, ao reclamar, como o faz com toda ajusteza, coloque este assunto como se fosse de segurançanacional. Culpe os responsáveis pelo atual estado de coisas, mas não O Governo de Minas, legitimamente eleitopelo povo mineiro. Tal responsabilidade não lhe cabe.
O SR. NAVARRO VIEIR';' FILHO - Agradeço-lheo aparte, que vem enriquecer o meu discurso, principalmente quando concorda com pontos de vistas que aquitive oportunidade de expressar. Entretanto há de considerar V.Ex' que todos nós estamos de acordo em quecabe uma responsabilidade muito grande à União, emtermos de excesso de concentração da receita, a nívcl Federal há necessidade de uma ampla reformulação naquestão tributária do Brasil. Apresento, como forma dedenúncia ao Governador do Meu Estado, dados comparativos de Estados que vivem em situações muito maisdifíceis do que O Estado de Minas Gerais, como porexemplo o de Santa Catarina, que citarei oportunamente, no decorrer do meu discurso. Este foi um Estado pioneiro, o primeiro que isentou do leite o rCM, por considerar de extrema necessidade que sé baixasse o preçopara o consumo deste produto tão necessário às famíliasde baixa renda, neste País que vive um processo de aehatamento salarial, que inviabiliza a alimentação necessária às nossas crianças. Há que se considerar que opreço do lcite, com este novo aumento, irá para 0,5% deum salário mínimo. É um preço tremendamente gritante,quando o salário é tão baixo; é um preço extremamentebaixo, quando os insumos são tão caros. Tudo isso háque ser corrigido. Mas o importante é ressaltar que todosos Governos do PDS - à exceção do Governo do Distrito Federal. que não é um Governo do PDS, mas sim daPresidência da República; não é um Governador eleito, esim nomeado; é o único que ainda cobra ICM - todosos demais Governadores dos Estados mais pobres doNordeste, de Sanata Catarina, do Rio Grande do sul, todos eles, entendendo a justiça social da questão do leite,isentaram de rCM esse produto.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, não se contentou a cúpula da administração pública de Minas com as reformas da legislação discal, aí incluídas a escandalosacobrança de ICM por estimativa, o que quase leva à falência os pequenos comerciantes. Não. Tudo isso foipouco. Como é fácil criar impostos - o que prescinde deímaginação e criatividade - instituíram uma nova tributação, que caracterizou um ato de violência inconcebívelcontra toda a sociedade, dificultando a produção e oconsumo do leite.
Ainda há poucos dias, tive a satisfação de examinar ascondições de produção, tributação, comercialização econsumo de leite em Santa Catarina, com o Governador
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Esperidião Amim, sem dúvida alguma, uma das maisgratas revelações nacionais que as eleições diretas de1982 proporcionaram ao País, juntamente com RobertoMagalhães, de Pernambuco, e Luiz Gonzaga Motta, doCeará, Com o Governador Esperidião Amim, vi as vantagens já advindas e as alentadoras perspectivas futuraspara Santa Catarina, como conseqüência do Decreto Estadual n' 20.672, que decidiu por deixar o leite isento doICM, beneficiando especialmente a população de baixarenda e investindo na dinamização da produção e na ampliação da oferta de trabalho para o catarinense. O destaque que o Governo de Santa Catarina está dando aosetor, mediante isenção tributária e incentivos à formação de plantéis, traz para o Estado o retorno que a pecuária de leite proporciona em ICM sobre os derivadosdo produto. Alí, como também no Rio Grande do Sul,sob a administração eficiente de Jair Joares, o leite in natura não paga impostos, mas seus derivados, sim. Comesta medida consegue-se,.a um só tempo, o favorecimento ao consumo de um bem essencial, a dinamização deum setor vital à economia do Estado, a elevação do nívelda atividade econômica, o aumento da oferta de trabalho, a melhoria de plantéis, o reaquecimento da indústriade laticínios, a formação de novas bacias leiteiras - coma conseqüente ocupação de novos espaços econômicosna geografia estadual - e a fixação do homem no campo. em condições satisfatórias de vida.
O que deseja o homem do campo, o pequeno e o médio produtor de leite, é tão-só ter condições mínimas decontinuar produzindo, para não se ver forçado a abatersuns matrizes, vender suas vacas, mudar-se para a cidadee viver de aplicações no open rnarket. E sem se falar quequalquer aplicação em caderneta de poupança rendemais que o leite produzido. Principalmente em Minas,onde grandes hacias leiteiras sobrevivem graças à persistência, à vocação nata e à tradição de regiões como a quetenho a honra de representar, o Sul de Minas.
Somente no último mês de abril, a região Sul mineiramandou para a Cooperativa de Laticínios de São Paulo,segundo informações que recebi do Presidente da Cooperativa Agropecuária de Serrania, Sr. Bruno RégisCouto, cinco milhões de litros de leite "B" e quatorzemilhões de litros de leite "C". Acredita-se que essa cotapoderá aumentar, já que com a isenção do ICM para oleite "B", decretada pelo Governador Franeo Montoro,o preço para o consumidor diminuiu de Cr$ 600,00 paraCr$ 498,00 o litro, acasionando maior procura e propiciando perspectivas menos drásticas para os seis mil produtores, de quinze cooperativas, de cinqüenta municípios do sul de Minas que mandam leite para a capitalpaulista. O que querem os produtores não é aumentos delucros, via elevação de preços, mas sim o aumento doconsumo e da produção, através da diminui'ião dopreço, pela isenção do ICM.
Minas, que é hoje responsável por 40 por cento daprodução brasileira do leite "B", estava sofrendo umaredução de 30 por cento no consumo desde o último aumento, há cerca de pouco mais que dois meses. Em conseqüência, os produtores mineiros que fornecem ao Estado de São Paulo estavam conseguindo colocar apenas 68por cento do total de sUa cota de leite "B", uma vez quea cooperativa paulista não conseguia vender ao consumidor a totalidade da cota definida na entressafra. Com aisenção decretada pelo Sr. Franco Montoro. aguarda-seuma retomada parcial do consumo paulista, enquanto ojá pequeno consumo mineiro continuará decrescente. Oque quer dizer que os benefícios para os produtores cconsumidores do leite mineiro podem vir até de São Paulo, mas não de Minas, enquanto não forem revistos oscritérios mineiros de tributação.
Diante dessa calamitosa situação, cumpre.me alertar odigno Governador Tancrcdo Neves para uma série de
Junho de 1984
prejuízos aos interesses mineiros. que sua medida acarreta. Senão, vejamos:
I') O primeiro é contra a economia popular, e contraa sociedade, na medida em que, pela elevação do preço,impede-se o consumo. Mesmo não querendo repetir argumentos sobre a necessidade do leite para a alimentação de todos, e principalmente da criança pobre, entendo que não se pode ignorar que já é excessivamentebaixo o consumo de leite no Brasil, com apenas 65 litrospor ano, per capita, enquanto o mínimo recomendávelpelo INAM - Instituto Nacional de Alimentação - epela OMS - Organização Mundial de Saúde, é de 150 litros anuais per capita.
2) O segundo é contra a economia do Estado, na medida em que a incidência tributária induz a inviabilização da atividade produtora, quando o próprio Estadoreeusa-se ou tarda em tomar medidas inteligentes e oportunas, já implementadas em outras unidades da Federação que se encontram em não menos difícil situação financeira.
3) O terceiro prejuízo tem a ver com a provável exacerbação do clima de tensão social, especialmente nas regiões produtoras de leite, como conseqüência da quedado nívcl de emprego c de trabalho, em função do abandono da exploração pelo produtor, o que fará engrossarnos campos e nas cidades os tristes contingentes de"bóias-frias" e de favelados.
4) Outro diz respeito à perda do patrimônio genéticodos plantéis que se formaram pouco a pouco, fruto dotrabalho exaustivo e estóico dos pecuaristas e dos técnic()s. Exauridos no seu trabalho progressista, de nada teráadiantado aos produtores formarem plantéis, com vacasde elevado padrão genético, construírem modernos estábulos e higiênicas salas de ordenha mecânica e propiciarem a seus empregados eondições dignas de vida. Ironicamente, serão castigados pela sua eficiência.
5) E prejuízo contra a própria economia nacional,porque a queda da produção interna nos obrigará a depender de importações progressivamente maciças, compulverização de nossas divisas. Ressalte-se que tal dependência serâ um subsídio brasileiro ao produtor estrangeiro, este, sim, já grandemente subsidiado em seu País deorigem. Até o final de 1983, em função de uma políticade subsídios utilizada pela maioria das nações, o estoquemundial de leite era de aproximadamente dois milhõesde toneladas. O Brasil, entretanto, não teve nenhumaparticipação neste estoque, pois, ao contrário, somenteno ano passado importamos 14 mil toneladas de leite,para suprimento interno, principalmente no período daentressafra.
6) Citaria ainda outra conseqüência desastrosa, que éo desordenado crescimento da expansão inflacionária,pela expressiva incidência do leite nos cáleulos dos índioces do custo de vida.
7) Finalmente, sem pretender dar um caráter conclusivo para esta relação de prejuízos irrecuperáveis, há quese considerar também a enorme injustiça fiscal intrínsecaà medida vigente em Minas Gerais, porque o ICM, enquanto imposto indireto, atinge mais signifcativamenteas camadas de baixa renda, em favQrecimento ilícito dasclasses de maior poder aquisitivo. Pode-se até mesmomedir o nível de desenvolvimento social e político de umpovo pelo exame de sua estrutura tributária. Até que seinverta uma estrutura fiscal injusta, recomenda o bomsenso que não se aprofunde a prevalência do imposto indireto, como se Iez no caso do rCM do leite em MinasGerais, principalmente quando se sabe do ônus socialque tal distorsão acarreta para os mais pobres.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, e por estas razões formulo aqui dois apelos: um, à sensibilidade política doGoverno de Minas Gerais, no sentido de que seja deere",ada a imediata isenção do rCM sobre o leite in natura;outro, aos ilustres membros do Congresso Nacional,pois cabe a todos nós a obrigação de lutar pela apro-
Junho de 1984
vação do Projeto de Lei Complementar do Senado, nO36, de 1984, por sabermos que, como afirmou o ilustreSenador Itamar Franco, na justificação de sua proposta,a "Constituição Federal atribui à União o poder de regular os excessos que se verifiquem no estabelecimento dacarga tributária imposta pelos Estados, facultando-lheso estabelecimento de insenções mediante lei complementar, desde que sejam para atender a relevante interessesocial ou econômico nacional. No caso do consumo doleite in natura constata-se esse relevante interesse social eeconômico a justificar a edição de lei complementar, estabelecendo a isenção do ICM, em caráter nacional".
Só assim conseguiremos pôr fim aos excessos fiscais.Era o que tinha a dizer. (Palmas.)
o SR. IVO VANDERLINDE (PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os recentes embates entre a Igreja e o INCRA; asdeclarações diárias de 15 trilhões de cruzeiros no Open,em detrimento das atividades produtivas; as manifestações das lideranças rurais; os estudos acadêmicos dostêcnicos ligados ao setor agrícola c os pronunciamentosda classe política são fatos convergentes que nos obrigam a repensar a situação da agricultura brasileira, nestes tempos de crise.
Sabemos que Brasil ocupa uma posição invejável emtermos de recursos naturais c potencialidades para o desenvolvimento pleno de sua agricultura. Nosso País étido como um dos mais privilegiados em termos de legis.lação anvançada para a efetivação de uma reformaagrária, de há muito preconizada, não só por aqueles milhões de brasileiros sem terra ou com precário acesso àmesma, mas, inclusive, pela própria sociedade como umtodo.
Os fatos ocorridos em Guariba, Bebedouro e outraslocalidades do Estado de São Paulo, que empolgaram aNação reeetemente, tiveram um desfecho que serviu paramostrar que é possível estabilizar-se as relações sociaisno meio rural, em proveito tanto do trabalhador quantodo empregador.
Pois bem, a despeito dos aspectos favoráveis para odeseneadeamento de medidas tendentes a resolver osproblemas de posse e uso da terra no Brasil c da produção agrícola, o que temos assistido, ao longo dos anos,foi ao agravamento da concentração fundiária no País .conforme átestam os últimos levantamentos censitários ~amostrais. Isto aconteceu a despeito de vivenciarmos umregime de força que ensaiou, no plano legal, medidas asmais drásticas para a superação deste angustiantes impasse.
No Brasil, onde os minifúndios representam mais de70% do número de imóveis e possuem pouco mais de10% da área total, enquanto os latifúndios, que perfazemmenos de 25% desses imôveis, se apropriam de quase80% da área cadastrada, não é difícil perceber que o caráter da produção agríeo la é Um reflexo de tal estruturafundiária. Sem contar o fato de que esta extremada concentração da propriedade da terra leva à sua utilização eà proliferação de formas de dependência fundiária.
As conseqüências sociais e econômicas desta dura realidade são inegáveis. De um lado, assistimos ao recrudescimento dos conflitos sociais pela posse da terra, os quaisjá ceifaram inúmeras vidas.
Um documento que acabamos de receber da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CONTAG, faz denítncias sobre a escalada da violênciacontra os trabalhadores rurais. Segundo levantamentosdaquela Confederação, as tentativas de despejo, a destruição de lavouras, a queima de casas, a apreensão deprodutos do trabalho dos camponeses, as ofensas morais, as ameaças à vida, os espancamentos, as torturas, asprisões, os assassinatos de trabalhadores rurais cresceram geometricamente, além de assumirem característicasnovas.
As estatísticas macabras dão conta de que os assassinatos de dirigentes sindicais, assessores c trabalhadores
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em luta por seus direitos passaram de 10, em 1980, para15, em 1981, 16 em 1982 e 45 em 1983, dos quais 17 só noEstado da Bahia. Apenas nos três primeiros meses desteano ocorreram mais assassinatos do que durante os anosde 1980, 81 e 82 juntos.
Concedo o aparte ao Deputado Cardoso Alves.
o Sr. CardoSQ Alves - ·Nobre Deputado, ouço commuita atenção o discurso que V. Ex' faz com a responsabilidade do cargo de Presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural. Tem V. Ex' razão. O minifúndioocupa uma área da propriedade privada neste País, e olatifúndio, a sua grande área, muito embora os minifúndios abranjam o grande número de proprietários rurais,e os latifúndios, o pequeno número. Não fosse assim,não seriam nem minidúndio, nem latifúndio. Mas omaior latifundiário ainda é representado pela União Federal c pelos Estados. Esses ainda têm o maior númerode hectares de terras em nosso País. Por incrível que parecer, basta V. Ex' tomar um automóvel aqui, agora, emfrente à Câmara dos Deputados, e andar não mais quecinco minutos, c verá perdida uma imensidação de terrasimprodutivas, obviamente de propriedade da União Federal. Acho que o problema não é bem esse. A legislaçãoagrária, ou seja, o relacionamento trabalhador rura]proprietário mudou muito no País - c mudou para desumanizar aquelas relações. Mas, infelizmente, as conquistas agrárias são e devem ser mesmo irreversíveis, Oque vem criando uma série de problemas. Hoje, o fazendeiro recebe aquele que quer trabalhar em sua fazenda ediz: por favor, não passe da porteira. Por qué? Porqueisso gera uma relação de emprego c ele já vai ter o riscode indenizar um mundo de coisas a um sujeito que nuncaviu antes em sua vida. A agricultura no País evoluiu. Antes, c1a começava no machado e na enxada, começava noboi c no arado. Hoje, não. Ela hoje começa na cidade, namáquina. Ela depende do trator, da motossera, da máquina pesada, do óleo diesel, de uma série de coisas. Elatem um novo berço c tem gerado uma nova relação. Enós, brasileiros, devemos também gerar um novo entendimento acerca da agricultura e ver o homem do campo,o pequeno, o médio e o grande produtor, porque o médio já foi pequeno e o grande já foi médico, como aqueles que são responsáveis pela fartura da mesa, pela riqueza do investimento, pela beleza da casa, pelo conforto,pela escola. O homem do campo, enftm, deve ser vistocomo aquele que produz para o País, como aquele quecontinua pagando, como pagou, através do café, O desenvolvimento anterior da Nação brasileira. É precisoque procuremos gerar, na sociedade, a mentalidade deamor, de admiração c de agradecimento ap homem docampo que produz, e não apontá~lo como vilão. como
dO,no de latifúndio, como altamente privilegiado, comohomem que esmaga direitos, o que não ocorre. É fundamentaI, nobre Deputado, a sociedade estar solidária como produtor, que é o responsável pela fartura da mesa epelo pagamento da conta nacional. Concito V. Ex', Presidente da Comissão de Agricultura c Política Rural daCâmara dos Deputados, a meditar sobre isso. Acho queê muito nocivo para a paz social, para o enriquecimentoe o desenvolvimento da Nação e para a produção nacional cercarmos de inveja e malquerença, de condenação ohOlJJem do campo, que é quem produz em pequena, média c grande escala.
o SR. IVO VAND.ERLINDE - Agradeço a V. Ex' oaparte, que vem enriquecer meu pronunciamento. Particularmente, não condeno a grande propriedade. Masprecisamos de dar àqueles que querem produzir condições para trabalhar. Este País, pela sua área continental, tem condições de fazer com que convivam em harmonia a grande, a média c a pequena propriedade. O quecondenamos é a terra ociosa, o latifúndio improdutivo.A terra precisa ser melhor distribuída, para que maisbrasileiros possam produzir neste País.
Prossigo, Sr. Presidente.
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Em 1983 houve um caso de violência a cada três dias equatro assassinatos por mês; em 1984, um caso de violência a cada três dias e cinco assassinatos por mês.
E nos pergunta estarrecida a CONTAG: "É possívelsuportar tamanha violência? O que aconteceria nestePaís se, a cada três dias, um grande fazendeiro sofresseum atentado, ou se cinco industriais fossem assassinadospor mês?"
É inegável que a estrutura monopolística de posse euso da terra no Brasil cria c recria as condições de conflito c violência no campo. Mas há um outro fator que,aliado a este último, determinou transformações importantes no comportamento produtivo da agricultura brasileira e, por via de eonseqi1ência, nas relações sociais nocampo c no meio urbano. Refiro-me ao recente processode modernização da agricultura.
Para que se tenha uma ligeira idéia da magnítude destefenômeno novo, basta dizer-se que o fluxo migratóriorural-urbano deverá aproximar-se de um milhão de pessoas/ano durante esta década de 80. As suas implicaçõeseconômicas e sociais são bastante evidentes. No passadorecen te, este fenômeno foi responsável pela criação de legiões do chamados "bóias.frias", cujo número passou de3 milhões c 900 mil em 1967 para 6 milhões e 800 mil, em1972, segundo dados do INCRA.
O aumento do desemprego e o alastramento da marginalidade e da violência nos grandes centros urbanos nãosão, como podemos perceber, acontecimentos gratuitosna sociedade brasileira. Na verdade, eles são o produtode um modelo econômico que vem operando há muitosanos, mas que, ao estabelecer conscientemente um padrão de desenvolvimento agrícola, não levou em conta ofato de que a agricultura não é um sistema fechado, umavez que os modos de produção e os padrões de vida nomeio rural interagem com o resto do sistema econômicoe com a sociedade.
Cabe aqui a lembrança das ·palavras do sacerdote eProf. Fernando Bastos de Ávila:
"A idéia de que o desenvolvimento social de umpaís acontece no mesmo ritmo em que se desenvolveeconomicamente não é real. O desenvolvimento so·cial depende não só do desenvolvimento econômico,.Illjs de um projeto específico socialmente destinado."
Ouço o nobre Deputado Osvaldo Nascimento.
O Sr. Osvaldo Nascimento - Nobre Deputado IvoVanderlinde, agradeço a V. Ex' a oportunidade. Ilustre ebrilhante Presidente da Comissão de Agricultura, de quetenho a honra de fazer parte, V. Ex' nos enseja profundos estudos na área da agricultura, através daqueie órgão técnico. Parabenizo V. Ex' pelo trabalho que desenvolve nesta Casa como Deputado Federal, especificamente pelo brilhante discurso que profere nesta manhãde sexta-feira. Lamentamos que o plenário esteja praticamente vazio, porque tema com esse conteúdo mereceria que a Ôimara dos Deputados estivesse superlotada eo Brasil inteiro pudesse tomar conhecimento da matéria.A propósito do que trata V. Ex', questão primária danossa economia, a título de colaboração, queremos dizerque, enquanto se está levando a questão econômica parao lado da busca, da prospecção de petróleo, de novas jazidas em altas profundidades oceânicas, deveríamos buscar o petróleo a um palmo da flor da terra, também nahorizontal - o feijão, o arroz, a batata, o leite, a carne-, enfim, esta alimentação primária de que o povo estánecessitando urgentemente, porque o problema do mundo é a fome - sabemos todos nós - e a tendência éagravar-se esse grande mal. Os intelectuais, os pesquisadores têm obrigação de buscar alternativas, que são essasque V. Ex' está apontando no seu brilhante discurso, degrande atualidade nos dias que correm. Parabenizo V.Ex', em nome da Liderança do PDT.
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o SR. IVO VANDERLINDE - Agradeço a V. Ex' oaparte e as palavras generosas a mim dirigidas e commuito prazer incorporo essas colocações ao meu pronunciamento.
Prossigo, Sr. Presidente.Mesmo no apogeu do chamado milagre brasileiro, o
então Presidente Médici constatava que a economia iabem, mas o povo ia mal. Hoje, só podemos dizer que aeconomia vai mal, e o povo, pior ainda.
Estamos convencidos, Sr. Presidente, Srs. Deputados,de que os descquíbrios detectados na agricultura brasileira!ncstcs últimos anos, não são de natureza espontânea.Ao contrário, são conseqUência de desvios verificadosnas relações de produção de propriedade e de trabalhovigentes no campo; do mau equacionamento e conduçãodas políticas públicas agrícolas e, ainda, dos efeitos sobrea economia agrícola de certas políticas econômicas globais.
A descapitalização crescente da agricultura, por exemplo, resultante de graves distorções impostas sobre a estrutura de preços dos produtos agrícolas, é inegável. Apenalização do setor, através de mecanismos os mais diversos (confiscos cambiais, impostos de exportação, contigenciamento das exportações, ICM, políticas de câm·bio etc.), explica, em grande parte, a estagnação da produção agrícola.
Com prazer, concedo o aparte ao nobre DeputadoVirgildásio de Senna.
O Sr. VirgUdãsio de Senna - Nobre Deputado, trazV. Ex' a esta Casa, com a competência que todos lhe reconhecemos e com o brilho com que dirige a Comissãode Agricultura da Câmara dos Deputados, discurso damaior importância. V. Ex' abordou preliminarmente oproblema da posse e do uso da terra, o problema fundiário brasileiro como sendo aquele que baliza todo otrabalho da agricultura. E V. Ex' colocou com muita clareza o que há por trás dessa palavra, de crime, de perseguição e de luta daqueles que querem trabalhar a terracomo seus donos. Estamos falando de reforma agrária, enão de revolução agrária. Estamos falando de um processo que se realizará, balizado no mesmo módulo deprodução. Não se trata de sociabilizar o solo, de revolução socialista, mas de fazer uma reforma agrária embenefício do próprio desenvolvimento capitalista destePaís. Trata-se de fazer uma reforma agrária em benefício, inclusive, do setor industrial deste País, para que oproduto industrial encontre o mercado prôprio, a fim deque seja absorvido. Veja V. Ex' que, quando um assuntocomo este é tratado, imediatamente são levantadosproblemas. Todos temos a maior admiração e o maiorrespeito pelo homem do campo, aquele que, no dizer dopoeta, "faz o sinal da cruz, olha de frente a terra e vai cavar o solo". Pois bem, este País não vai encontrar - e V.Ex' está assinalando isto - o caminho para a soluçãodesses problemas, sem que esta Casa, o Congresso Nacional e os representantes do povo encarem com a maiorseriedade possível o problema da posse e do uso da terra.Agricultor e agricultura não são meios de vida, são modos de viver. Uma parcela enormíssima da nossa população não se quer transformar em "bóia-fria", mas quercontinuar a ser agricultor, como foram seus antepassados. Não haveremos de permitir, de modo algum, que,cada vez mais, se expanda o latifúndio e, cada vez mais,se transformem os agricultores em "bóias-frias", para inchamento da periferia das cidades brasileiras. Quero, emmeu nome pessoal e em nome do meu partido, parabeni.zar V. Ex' pelo extraordinário pronunciamento que faz,hoje, nesta Casa.
O SR. IVO VANDERLINDE - Agradeço, muitohonrado, ao nobre Deputado, incorporando o seu aparteao meu pronunciamento.
Sr. Presidente, sabemos que a agricultura não vemproduzindo alimentos em quanti~ade suficiente para o
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abastecimento de nossa população, a despeito desta mesma agricultura ter sido responsabilizada pelas altas taxasde inflação. Ora, se são os preços dos alimentos que puxam a inflação para cima, como querem os tecnocratas,por que o setor não responde a esse incentivo de preços?
A produção brasileira, apesar das propaladas supersafras e das estatísticas suspeitas, manuseadas ao sabor dosinteresses políticos, se tem mantido praticamente a mesma nos últimos seis ou sete anos. A propósito, é interessante mencionar as considerações do economista Titt:!Ruff, da Fundação Getúlio Vargas, em recente entrevista ao jornal O Indicador Rural:
"Tito Ruff desmistifica os dados exibidos durante a administração do ex-Ministro da Agricultura,Amaury Stábile, de uma produção recorde de 54 milhões de toneladas de grãos. Segundo ele, a produção de grãos jamais atingiu 51 milhões de toneladas, quanto mais os 54 milhões. Citando uma sériehistórica do IBGE, desde 1974, o economista revelaque o nível mais elevado da safra brasileria foi registrado em 1980, com um total de 50 milhões de toneladas."
E frisa, ainda, o profissional da FGV: "A estagnaçãoda produção agrícola deveria ter repercussões políticas,mas parece que este fato não é considerado".
Não é de se estranhar, Sr. Presidente, Srs. Deputados,a constatação de que o consumo per capita de diversosprodutos venha caindo ano a ano, desde a carne até o feijão. Por incrível que pareça, este último, um produtocujo hábito de consumo constituía uma das características marcantes do brasileiro comum.
A falta de alimentos só não é mais evidente no Brasilde hoje porque a demanda está claramente reprimidapelo baixo poder de compra da massa de assalariados,como resultado de uma política de arrocho salarial queperdura há 20 anos, muito embora tal política venha sendo contestada até mesmo pelo empresariado, conformese depreende dos últimos acordos salariais em São Paulo.
O grande público, que não vivencia os problemas daagricultura, estranha que se fale na descapitalização doagricultor, apesar do montante de crédito rural subsidiado que foi injetado no setor nos últimos anos. Para ondeforam esses recursos?
Para responaermos a esta questão, precisamos partirda premissa de que a situação atual, apresentada pelaagricultura brasileira, é resultado das medidas tomadasno passado. Por isso mesmo, o conhecimento das características mais marcantes do recente desenvolvimento daagricultura brasileira nos parece fundamental para o correto equacionamento do problema e a conseqüente formulação de propostas de mudanças e de necessáriosajustes. Por esta razão, prosseguiremos analisando aperJormance do setor, para fazermos. ao final, algumas propostas de política agrícola que entendemos necessárias àretomada do crescimento da economia agrícola e, assim,o desempenho de suas funções precípuas, em busca dasuperação da atual crise econômica e social do País.
Até meados da década de 60, o desenvolvimento daagricultura se fazia de forma mais ou menos tradicional,ou seja, de forma extensiva, pela incorporação de terrasdas fronteiras agrícolas e apoiada numa base tecnológicarudimentar, isto é, sem alterações tecnológicas significativas.
A partir de então, no bojo das transformações por queviria a passar a sociedade brasileira, surgiu uma novatendéncia de expansão da atividade produtiva agrícola.Deste novo modelo, por assim dizer, surpreendentemente pouco conhecido e por isso mesmo pouco debatido,conhecemos mais os efeitos do que as causas. Trata-se dofenômeno da modernização da agricultura brasileira.
Para a análise que faremos, resumidamente, deste processo, o qual consideramos basilar para o entendimento
Junho de 1984
dos impasses e desequilíbrios atuais de nossa agricultura,vamos nos valer de um estudo levado a efeito em convênio entre o Ministério da Agricultura e a Fundação Ge·túlio Vargas e, ainda, das apreciações feitas pelo Prof.Ricardo Abramovay, do Departamento de EconomiaAgrícola, da Pontifíca Universidade Católica de SãoPaulo.
A modernização da agricultura se deu não em funçãodas necessidades do setor, das suas disponibilidades ecusto dos fatores de produção. Ao contrário, foram asnecesssidades do grande capital industrial, localizadonas extremidades da agricultura, que desencadearam oprocesso. "Assim, a agricultura foi encarada, basicamente, como mercado para a expansão dos setores responsáveis pela produção de máquinas, implementos e insumosagrícolas, e como fornecedor dos setores industriais processadores de alimentos e matérias-primas agrícolas, ouseja, o chamado complexo agroindustrial".
Na verdade, o setor agrícola passou a ser considerado,do ponto de vista da indústria, como consumidor de insumos modernos e máquinas, a montante, ou como fornecedor de alimentos c matérias-prima, a jusante.
Tem o aparte o nobre Deputado Casildo Maldaner.
O Sr. Casildo Maldaner - Nobre Deputado, é penaque o tempo de V. Ex' esteja praticamente no fim, quando tem ainda várias laudas para serem lidas e submetidasà consideração deste plenário e. portanto, do Brasil. Masnão podia cu deixar de dizer que não é por nada que V.Ex' tem sido conduzido à Presidéncia da Comissão deAgricultura e Política Rural desta Casa. Há razões paratal, e por isso V. Ex' preside essa Comissão. Está aí, nopronunciamento de V. Ex', Deputado Ivo Vanderlinde,uma das razões: V. Ex' se dedica profundamente ao assunto que salva este País, e poderá salvá-lo, sem dúvidaalguma. Por isso, gostaria de cumprimentá-lo, neste dia,quando ocupa novamente o Grande Expediente do nosso partido, nesta Casa do Congresso Nacional. Meuscumprimentos.
O SR. IVO VANDERLINDE - Agradeço, honrado,a V. Ex', as palavras bondosas que nos dirige. Lamentonão poder discorrer sobre todo o meu pronunciamento,pois que outros enfoques gostaria aqui de destacar.
Prossigo, Sr. Presidente.No entanto, a intensificação das relações agricultura
indústria, ou mesmo a subordinação da primeira à segunda, é um processo que ocorre normalmente ao longodo processo de desenvolvimento capitalista, como bem oexemplificam os países industrializados. Mas, nestes casos, o processo sempre foi precedido de uma reformaagrária drástica.
No caso brasileiro, a modernização se dá sem queocorrram alterações significativas na estrutura da pro·priedade. Trata-se, portanto, de modernização conservadora que pretendeu, em última análise, transformar o latifúndio improdutivo numa grande empresa capitalistamoderna, mas que acabou por descapitalizar o setor,além de agravar as relações sociais no campo, e a própriaestrutura fundiária, conforme demonstramos no iníciodeste pronunciamento.
Ora, o fato mais marcante da modernização tecnológica introduzida na agricultura brasileira é aquele queobrIga o agricultor a buscar, fora da sua propriedade, ascondições básicas para a produção (adubos, defensivos,maquinaria) c melhores condições para o escoamento desuas safras.
Não podemos esquecer, no entanto, que a agricultura,por suas características próprias (milhares de propriedades dispersas), é um setor concorrencial, ou seja, dependente das leis de mercado, a qual se vê cercada por umaestrutura monopolista (capaz de impor preços) do complexo agroindustrial. A debilidade intrínseca da agricultura em face da indústria resulta deste fato. Sabemos quea maioria destas indústrias são empresas multinacionaisou de capital predominantemente estrangeiro.
Junho de 1984
A rapidez e a intensidade do processo de modernizaçào da agricultura brasileira, que levaria ao abuso noemprego dos chamados insumes modernos (adubos, defensivos, etc.) c à concentração do crédito rural, geraramaspectos contraditórios e até curiosos. Destes, citamosapenas alguns, com o propósito de mostrar, de um lado,o comprometimento do Governo, enquanto agente formulador e executor de política!; econômicas, e, de outrolado, os interesses do complexo agroindustrial e do sistema financeiro.
A indústria e os bancos constituem os setores que lideraram o processo de acumula'vão de capital em nossaeconomia, em nome de cujos interesses se vêm exercendoo comando político-econômico no Brasil, desde muitosanos.
Então, para que se tenha um idéia das transformaçõespor que passaria a agricultura, o Brasil chegou a ser umdos maiores consumidores mundiais de fertilizantes e defensivos, produtos que, como é sabido, são importadosna sua maior parte. A este respeito, um estudo oriundodo próprio meio governamental, o IPEA, mostra que, de1965 até 1980, a relação exportação/importação do setoragropecuário caiu de 8: I para 2: I. Ou seja, em 1965, paracada dólar despendido pela agricultura correspondiauma exportação de 8 dólares de produtos agropecuários.Em 1980, há a exportação de apenas 2 dólares para cadaum de importação.
No período de 1974 a 1979, 75% das vendas da indústria de defensivos e 90% das vendas de fertilizantes foramrealizadas através do financiamento do crédito rural.Nesse período, a venda de máquinas e tratores recebeu40% de todo o crédito de investimento disponível.
São dados que mostram a dependéncia da indústria aocrédito e a transferência de recursos para aquele setor,do qual passou a depender, em escala crescente, o produtor rural.
Criou-se, assim, um verdadeiro círculo vicioso: o produtor precisa que a indústria Iheforn.eça os insumos paraproduzir, c esta depende do crédito rural para a garantiade suas vendas. Chega um momento em que as pressõessobre o Governo para ampliação dos recursos destinados ao financiamento da agricultura foram mais fortespor parte da indústria que por parte dos próprios produtores rurais, mesmo porque a primeira sempre foi maisorganizada para este fim, além de apresentar "argumentos" muito mais poderosos.
A Associação Nacional para Difusão da MecanizaçãoAgrícola - ANAGRI, empolgada pela expansão do setor, na época, chegou a afirmar: "A dinamização daagricultura pela utilização de equipamentos dependemais da disponibilidade de financiamento para a sua aquisição do que pela redução de seu preço real.
Aquilo que os engenheiros agrônomos passaram achamar de "sobreinsumizaçào" passou a ser preocupação até do Banco do Brasil, que atravês de sua consultoria técnica afirmou o seguinte:
"O acesso fácil ao dinheiro barato contribui paraexacerbar a demanda de fatores relativamente escassos e, em conseqilência, elevar os custos de produção; a falta de análise do solo e de um mínimo deorientação técnica para o uso adequado de adubos,corretivos e defensivos; a pressão da política de"marketing" da indústria diretamente beneficiadacom a venda de máquinas e implementas agrícolas einsumos modernos, em quantidades e característicasnem sempre convenientes aos produtores, e a inadequação da relação capital/trabalho às disponibilidades regionais de mão-de-obra, têm onerado excessivamente o custo privado e social da produção."
Lembramo-nos de que houve cooperativas de produtores cujo faturamento foi maior no setor de venda de insumos do que no setor de comercialização da produçãode seus associados. Isto demonstra que o próprio sistemacooperativo foi induzido a emprestar sua colaboração na
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direção daquele formidável conjunto de mudanças tecnológ,icas.
Mas, para o sucesso da modernização da agriculturabrasileira, no entanto, foi necessário que o Estado desempenhasse um papel "fundamental e indispensávelcomo viabilizador daquele processo, até mesmo porqueo mesmo fora desencadeado mediante pressão externavinda do setor industrial. Para aquele desiderato, a açãodo Estado nas áreas de investimentos em infra-estrutura,política de crédito, subsídio, incentivos fiscais e assistência técnica, dentre outras, teve enorme destaque".
Sabemos o que aconteceu com o crédito rural. Menosde um quinto dos produtores tiveram acesso a ele, enquanto I% dos mutuários levaram nada menos do que40% do montante de recursos alocados.
O estudo do Dr. Luiz Carlos Guedes Pinto, agrônomoda EMBRAPA, mostra claramente, no perfil do créditorural no Brasil, a concentração evidente dos recursos: entre os produtores, beneficiam-se os grandes em detrimento dos pequenos e médios; entre os produtos, são favorecidos os mais modernos e dinámicos (de exportação epara a indústria), em prejuízo dos tradicionais (para oabastecimento interno). Entre as regiões, são privilegiadas as mais desenvolvidas, em prejuízo das mais atrasadas.
Resumindo: os financiamentos foram dirigidos preponderantemente para aqueles produtores, produtos eregiões que utilizaram intensamente os insumos e equipamentos modernos.
Daí constituir-se o crédito rural no carro-chefe do processo de modernização agrícola que beneficiou, principalmente, as indústrias produtoras daqueles bens.
A revista "Senhor", de 6-6-84, em artigo de AntônioAidar, traz o diagnôstico com base no qual o estudiosoJoão Sayad avalia as reformas feitas no crédito rural:
"O Programa de Crédito foi de baixa eficáciaporque não contribuiu para o aumento dos investimentos líquidos no setor. E a razão para isto é simples: os bancos preferem trabalhar com clientes queoferecem garantias maiores c, conseqüentemente,menores riscos. Além disto, o custo operacional demanejar um reduzido número de grandes contratosé muito menor do que o custo de operar um grandenúmero de pequenos contratos. Ora, os grandeselientes são aqueles que têm maiores facilidades deconseguir aplicações alternativas para o seu dinheiro e obter uma rentabilidade maior do que aquelaoferecida pelo setor agropecuário. Desta forma, odinheiro do Crédito Rural substitui o capital próprio, que passa a ser desviado para outras aplicações. O investimento não aumenta na agropecuária, havendo apenas uma substituição de recursos."
"Os juros extremamente baixos praticados pelo Programa acentuam o problema acima mencionado, aumentando ainda mais a demanda por crédito rural e e;timulando os desvios do capital próprio para aplicações maisrentáveis,"
"A baixa eficácia caminha junto com a má distribuição do crédito, que acaba ficando muito concentradoem poucas mãos e, assim, favorece uma distribUição desigual 'de riqueza. Mesmo os bancos oficiais não consequem alterar este quadro, por que acabam raciocinandocomo bancos, em termos de riscos e retorno."
"A elevação da inflação exacerba os problemas mencionados, porque os juros nominais do Programa continuam fixos, e, dessa forma, os subsídios aumentamquando a inflação é maior. Neste caso, a concentraçãoaumenta e a eficácia se reduz porque aumentam os desvios de capital próprio; dados da segunda metade da década de 70 mostram grande concentração de crédito paraas culturas normalmente de produtores maiores: soja, laranja, café, cana e algodão. Também naquclc período éclara a influência direta dos subsídios no preço da terra.
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Este fato aumenta a concentração fundiária, pois, de umlado, a terra sofre valorização artificial e, de outro, aposse deste terra garante acesso a um volume maior desubsídios."
Este último aspecto viria dar origem ao ciclo terracrêdito-mais terra-mais crédito e assim por diante.
As distorções que caracterizaram o Crédito Rurallevaram a uma afirmação até curiosa (Folha de S. Paulo,jan. 78):
"O produtor rural brasileiro, em face das taxasde juros negativas, objetiva a maximização de seupatrimônio líquido e não a maximização de sua renda líquida."
Queremos abrir um parentcses para esclarecer que nãosomos contra a modernização da agricultura. As transformações tecnológicas que ocorreram na agriculturabrasileira, mais propriamente em alguns subsetorcs daagricultura, e que induziram o produtor a buscar fora dasua propriedade as condições para produzir. não são, emsi mesmas, um fenômeno indesejável. O que se verificou,no caso brasileiro, é que aquele processo foi imposto decima para baixo, de fora para dentro do setor, sem se levar em conta as condições do País e os impactos que taismedidas causariam.
Cremos que muitos dos problemas que hoje enfrentamos, nas relações campo-cidade e na performance produtiva da agricultura (particularmente no que se refere àprodução voltada para o mercado interno) têm comocausa a forma como se deu o processo de modernização.Tal modernização foi responsável, em larga medida, pelaexpulsão do homem do campo e pela desestabilização daprodução de baixa renda, ao marginalizar do processo amassa de pequenos produtores.
A propósito da adoção de inovações na agricultura eda questão da tecnologia, os professores Johnston e Kilby, analisando a situação dos países menos desenvolvidos, em sua obra "Agricultura e Transformação Estruturar', assim se expressaram:
" ...a principal conseqüência de estarem atrasadosé a existência de uma enorme base tecnológiajá acumulada, à qual o país pode recorrer. Livre da necessidade de investir o tempo e os recursos necessáriospara produzir conhecimentos úteis, o crescimentoeconômico acelerado transforma-se em possibilidade. A tecnologia, no entanto, é uma faca de dois gumes. O grande número de alternativas existentespara a elevação da produtividade na agricultura cindústria constitui uma bênção duvidosa, devido àforte possibilidade de que a tecnologia tomada deempréstimo se mostre imprópria para a dotação derecursos de países de baixa renda. A probabilidadede que ocorra transferência imprópria é agravada,por uma lado, pela foram intensiva em capital emque as novas técnicas são incorporadas no países exportadores, e, por outro, por indicadores distorcidos de preços, que orientam os que decidem nos países solicitantes."
"Tirar vantagem máxima da tecnologia acumulada, ao mesmo tempo evitando-lhes os perigos, constitui uma das tarefas mais difíceis que uma bem sucedida estratégia de desenvolvimento precisa cumprir."
Mais adiante, ao mostrar a importância da estruturafundiária em relação ao processo de modernizaçào agrícola, aqueles autores afirmam:
"Embora a unidade rural típica na economiasubdesenvolvida seja ineviatavelmente pequena, hágrande variação na dispersão do tamanho delas emtorno da média. Quanto mais desigual a distribuição por classe de área, mais concentradas as vendas de produtos agrícolas em um subsetor de estabe-
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lecimentos tipicamente grandes e intensivos em capital."
"Modelando o padrão da modernização agrícolae da distribuição da renda no campo, a distribuiçãopor classe de área é o principal determinante dacomposição dos fluxos intersetoriais de bens."
Pode-se perceber, portanto, porque no Brasil o processo de modernizão foi tão desigual e excludente.
Do processo que analisamos até aqui, vamos destacarquatro conseqiJéncias importantes:
19) a agricultura alterou o seu sistema de produção;29) os custos de produção aumentaram, bem como se
modificou a estrutura destes cu:tos;39) a agricultura descapitalizou-se;49) houve a separação qualitativa de três tipos distin
tos de agricultura: de exportação e transformação industrial; de abastecimento interno e de suprimento energético.
Para corroborar a primeira afirmação acima, basta verificarmos que do predomínio de animais de tração comforça de trabalho humana o meio rural brasileiro passa,de 1960 a 1970, para o predomínio de uma comhinaçãona qual ganha destaque a força mecânica e a forçaanimal-mecânica.
Assim, o número de tratores cresceu 170 vezes c o número de arados 92 vezes, entre 1960 e 1970. Entre osanos de 1960/62 e 1970/75, a produção anual de tratoresde quatro rodas aumentou 476 vezes (47.600%). Em 1950havia um trator para cada 245 estabelecimentos; em 1960essa relação cai para 54 e, em 1970, passa para 29. Já onúmero de hectares de lavouras trabalhadas por tratorevoluiu assim: 2.280 ha em 1950, 468 em 1960 e 234 em1970.
Paralelamente à mecanização observa-se uma intensi·ficação no uso de fertilizantes e defensivos na agriculturabrasileira. O consumo de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) aumentou mais de 600 vezes, entre 1970 e 1975.
É preciso não esquecer, entretanto, que a mudança debase técnica experimentada pela agricultura é um processo desigual, conforme já afirmamos anteriormente. Seuperfil de concentração é idêntico àquele do crédito rural,o que explica a importância deste último.
Com relação ao aumento e às modificações na estrutura de custos da produção, sabe-se que houve uma quedana participação das despesas com salários, em relação aototal das despesas, enquanto aumentou a participaçãorelativa das despesas com insumos industriais. As primeiras (despesas com salários) passam de 41,1%, em1960, para 25,9%, em 1970, ao passo que as despesas cominsumos passam de 26,1%, em 1960, para 36,9%, em1970.
Desta forma, podemos perceber qua a tecnologia adotada foi impiedosa com relação aos aspectos sociais; osistema de prcços c custos "não prestigiou a absorção demão-de.obra, pois, enquanto os chamados insumos modernos eram introduzidos com fortes subsídios, o emprego do fator trabalho continuou onerado por gravames financeiros e institucionais, que acabaram por levar o trabalhador rural à condição de "bóia-fria".
A descapitalização da agricultura se deu, em parte,como conseqiJéncia dos aspectos anteriormente mencionados.
Considerando-se a debilidade intrínscca do setor, já citada, é inevitável que a agricultura transfira para a indústria parte substancial óe sua i~iida. Uma consulta aosíndices de paridade de preços, fornecidos pela FGV, Instituto de Economia Agrícola de São P"ulo e algumas Secretarias Estaduais de Agricultura, irá revelar a perda dosetor, na sua relação de trocas.
Outro scgmcnto que se apropria de parte considerávelda renda agrícola é o sistema de comercialização. Tratase, como é sabido. de um sistema oligopolizado, ondepoucas indústrias, empresas ou atacadistas controlam ogrosso do comércio. A experiência obtida por algumas
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
cooperativas de produtores, neste campo, é de grandevalia prática.
Além do que o sistema de comercialização, mesmo naquelas regiões mais desenvolvidas do País, ainda se ressente de uma boa estrutura de armazenagem, transportee financiamento oportuno e adequado.
Por último, mas não o último, aparece o Governopara reivindicar a sua fatia da renda do produtor, através de uma parafernália de instrumentos de confiscos,impostos, contas, câmbio, etc. etc.
A separação qualitativa entre os subsetores agrícolasvoltados para a produção de exportação e transfor·mação industrial; de nbastecimento interno e de suprimento energético decorre daquelas distorções tecnológicas e de mercado, agravadas pela má condução da política agrícola c econômica do País.
O subsetor da produção de exportação e transformação industrial foi exatamente aquele que se beneficioudas modernas tecnologias e do crédito subsidiado e cujaresposta agrícola fo{ imediata. Este subsetor cresceu, emmédia, 8,8% ao ano, nos primciros anos da década de 70.
Pode-se afirmar que este subsetor se modernizou e secapitalizou, pelo menos enquanto não ocorreram quedassignificativas nas cotações internacionais daqueles produtos e se mantinha certa estabilidade cambial.
O subsetor da produção para o abastecimento internofoi certamente aquele que mais se ressintiu dos desacertos da política agrícola.
A precariedade do acesso à terra do produtor de baixarenda, as dificuldades que lhes são inerentes, e a sua marginalização do processo de modernização tecnológicasão fatores que explicam a instabilidade de sua produçãoe o fato de permanecer estagnada a sua produtividade.
Aqueles que, mesmo sendo proprietários de pequenasáreas, tentaram a modernização de seu processo produti.VO, mas não se captalizaram, viram-se, entãq, compelidos ao abandono da sua atividade. Por outro' lado, é reconhecido à fato de que a euforia da elevação artificialdos preços da terra incentivou essa tendéncia, que acabou por levar um grande número de produtores autônomos a migrar para fora do setor. As pesquisas sobre esteparticular são escassas. Mas um estudo realizado pelaSecretaria de Agricultura do Paraná mostra que deixaram de existir 150.000 propriedades, num lapso de tempobatante curto.
Um outro estudo, da Cerpa de Santa Catarina, explora este assunto. A partir da constatação de uma taxa média negativa de menos 1,073% ao ano, na população rural, combinada com uma taxa positiva de mais de 5,856%ao ano, na população urbana, a Cepa constata que, comexceção de duas, as demais microrregiões do estado catarinense não tem sido capazes de segurar mão-de-obra rural.
Os reflexos destes fatos sobre a produção para o abastecimento interno Silo evidentes, uma vez que a questãoda produção de alimentos se vem agravando ano a ano.
O subsetor da produção energética tem o suporte deum programa específico, o PROÁLCOOL. Considerando o peso que as importações de petróleo representam,no controle do balanço de pagamentos, aquele programaterá a garantia dos recursos necessários.
Sobre este programa de produção de álcool existemsérias críticas, devido ao fato de o mesmo praticamenteexcluir os pequenos e médios empreendimentos (micro eminiusinas de álcool). Além disto, pesam-lhe graves acusações, no sentido de o programa estar deslocando a produção para o mercado intcrno, justamente nas áreasmais próximas aos grandes centros consumidores. Conseqüentemente, forçando a produção de alimentos emregiões mais distantes, cuja produção scrá, inevitavelmente, mais onerosa.
A conclusão a que chegamos, Sr. Presidente, Srs. Deputados. é a de que impõe-se a correção, urgente, dos rumos de nossa agricultura, sob pena de vermos agravado
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o atual impasse do setor e, até meRmo, (] recrudescimento da crise econômica e social que tanto nos aflige.
É necessário que se form ulem medidas de política agrícola direcionadas no sentido de neutralizar aquelas distorções qne enumeramos ao longo deste pronunciamento. Mas é também necessário que tal elenco de medidasseja discutido com os produtores e seus organismos derepresentação, além daqueles setores cujos interesses seviabilizam através da produção agrícola.
Porque se não houver uma participação efetiva e consciente da classe rural do País, no sentido da definiçãoelara de seus objetivos não se resgatará a credibilidadedo produtor nos programas de Governo. Do contrário,permanecerá o quadro vigente de gene;alizado descrédito, para o qual, a semelhança entre o que dizem os tecnocratas do Governo e a realidade, é mera coincidência.
Durante o discurso do Sr. Ivo Vanderlinde. o Sr. FlávioMarcílio, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que éocupada pelo Sr. A ry KjJuri, 2v-Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Com a palavrao Sr. Floriceno Paixão.
o SR. FLORICENO PAIXÃO (PDT - RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, maisuma vez venho à tribuna, depois de tantos pronunciamentos que já fizemos, falar a respeito da sitnação dofuncionalismo público federal e autárquico. Na verdade,csta é uma das classes dc assalariados, senão a única, cujos problemas está a merecer uma atenção definitiva. Éuma classe de assalariados que não tem direito ao 139 salário, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, aoreajuste semestral em seus vencimentos, à sindicalização,à greve e a postular na Justiça do Trabalho. Daí, Sr. Presidente, urge que este Governo, que se tem mostrado insensível há 20 anos, resolva, de vez, a situação aflitivapor que passa o funcionalismo público federal.
Isto já não ocorre, Sr. Presidente, em relação aos militares. Fui eu, aquele que denunciou, desta tribuna, quetoda vez que se está por reajustar o vencimento do funcionalismo público civil sai, um pouco antes, umdecreto-lei quase secreto estabelecendo um reajuste nosoldo do Almirante-de-Esquadra, do Gcneral-doExército e do Brigadeiro-do-Ar e, com isto, de todos osdemais militares, da mais alta patente até o Cabo.
Mas tudo bem, Sr. Presidente. Ninguém aqui é contrao militar. O que o Governo está fazendo em relação a eleé o certo, é o justo, é aquilo que deve ser feito mesmo.Mas privilégios, Sr. Presidente, é que não podemos comp/eender, concebere tolerar, e é o que tem feito este Go·verno, tal a insensibilidade e o desprezo que tem paracom o funcionário público.
O Servidor público, Sr. Presidente, está por receber,por desajnste em seus vencimentos, cerca dc 105% em relação a dezembro do ano passado ou 64,5% em relação ajaneiro deste ano. E seus movimentos grevistas se dãoprecisamente em função desse privilégio odioso que oGoverno estabelece.
Então, Sr. Presidente, o que desejam os funcionáriospúblicos federais? Primeiramente, que se estabeleça, agora e já, um reajuste da ordem de 105% sobre os seus vencimen tos de dezembro, para reposição daquilo que lhesfoi conbiscado ao longo do tempo e mais, Sr. Presidente,100% do INPC, a partir de julho deste ano. Desejamtambém que se fixe em lei o princípio da semestralidade eainda que se lhes dê a oportunidade de entrarem em greves pacíficas, o que já é um direito dos assnlariados sujeitos ao regime da CLT. Desejam também que este Congresso Nacional aprove proposta de emenda que cstabcleça o 13' salário, ou a gratificação natalina. Lembrome, Sr. Presidente, Srs. Deputados. de que fiz concursopúblico para o ex-JAPI - Instituto dos Industriários-,ainda pelo DASP, e também para o Banco do Brasil. Naquela época, o funcionário público recebia a gratificaçãonatalina e não havia o 139 salário para o bancário. Ore-
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gime de trabalho do funcionário público era de 6 horasdiárias pelo menos naquela instituição previdenciária, eo vencimento era relativamente maior do que o da carreira do Banco do Brasil, Então, Sr, Presidente, Srs. Deputados, optei pelo IAPI, que me concedia uma remuneração maior do que o Banco do Brasil e, exigia uma carga horária de apenas 6 horas. Assim, eu podia destinar oresto do meu tempo a estudos. E o IAPI ainda me davauma gratificação natalina ao final de cada ano. No Governo Eurico Gaspar Dutra, no Governo Getúlio Vargase nos demais governos que se sucederam, até o do Sr.João Goulart, o funcionário público tinha direito à gratificação natalina, não por lei, mas porque a praxe autorizava a sua concessão. E isso era submetido ao CongressoNacionaI, que aprovava esse benefício.
Então, Sr. Presidente, digo que me arrependo daopção que fiz naquela oportunidade, porque hoje a justiça se faz em relação aos funcionários do Banco do Brasil e a grande injustiça se comete em relação ao funcionalismo público, que não tem uma série de direitos de quehoje desfruta o trabalhador sujeito à CLT. Daí, Sr. Presidente, estas manifestações, estas paralisações que se verificam hoje no seio do funcionalismo, com as quais, aliás,eu me solidarizo integralmente, porque a classe mais sacrificada desta República é precisamente a do funcionalismo público civL E quem é o patrão do funcionário? Éo Governo, esse Governo insensível, perverso e cruel quenós temos, que não é insensível apenas em relação aofuncionalismo, mas também a muitos dos segmentos dasociedade brasileira.
Concedo o aparte ao Deputado Virgildásio Senna.
o Sr. Virgildásio de Senna - Deputado Floriceno Paixão, o problema do funcionalismo e de sua remuneraçãoé da maior atualidade. Estamos todos acordes quanto àforma discriminatória e perversa com que o Governo Federal c a maioria dos governos estaduais remuneram oseu pe'5oaL Se, de um lado, obriga as empresas privadasao pagamento do 139 salário, por outro exonera a si próprio de pagar aos servidores públicos. Mas, se assim é emrelação a toda a classe, nobre Deputado, no que diz respeito aos professores a injustiça é de tal forma gritante,que, mesmo proibida por lei, essa classe de funcionáriosfoi obrigada a recorrer ao remédio heróico da greve. Auniversidade brasileira, pelo seu corpo docente, está todaela em greve de protesto contra uma remuneração absolutamente injusta e contra o descaso, o desleixo e os descaminhos a que esta falta de governo conduziu o ensinono Brasil, No dia 25 do mês passado, nobre Deputado,cu trouxe ao conhecimento desta Casa que o HospitalEdgar Santos, da Universidade Federal da Bahia, a maisantiga escoia de Medicina do País, teve o seu hospital·escola fechado porque faltavam verbas para a manutenção e o pagamento ao pessoal de serviço, e os professores não tinham mais como continuar a ensinar e trabalhar com salários tão miseráveis. Presente à Casa o nobreLíder do partido do Governo, prometeu S. Ex' trazer aonosso e ao conhecimento da Cámara dos Deputados asrazões que levavam ao fechamento daquela casa, daquele hospital, daquela escola. Decorridos vários dias, dodia 25 do mês passado até hoje, o que me cabe, para reforçar as palavras de V. Ex', é comunicar que a Maternidade Climério de Oliveira, talvez o único hospital obstétrico daquela Capital, pertencente à Universidade Federal da Bahia, está sendo fechado. Esta, nobre Deputado,é uma medida que se insere neste processo geral de destruir a Naçào, destruir o ensino superior, o médio e oprimário. No ensino superior, a medida está sendo enormemente acelerada, e já se esgota a paciência do povobrasileiro de suportar isso que aí está. Eles querem, antesde terminar o Governo, destruir a universidade brasileira, cumprir o acordo MEC pela destruição da universidade brasileira, e um dos cmainhos é este: não remuneraro professor, o funcionário, pagar-lhe com níqueis, de talmodo que suas necessidades de viver, o seu padrão de vida, os obrigue - como já obrigou a muitos funeionários
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públicos - a abandonar a sua função e procurar outrotrabalho. V. Ex' está de parabéns por abordar este assunto,.
o SR,. FLORICENO PAIXÃO - Agradeço ao ilustrecolega o aparte, qu~ vem incorporar no meu discurso esses valiosos subsídios. Isto dá muito bem a idéia do queocorre no setor.
Ouço o nobre Deputado Osvaldo Nascimento.
o Sr. Osvaldo Nascimento - Excelência, estamos solicitando o aparte pnrque a Mesa nos informa que V. Ex'dispõe ainda de 15 minutos para concluir o seu discurso,profundo, importante, prático, como sói acontecer. Antes de entrar no mérito da nossa contribuição, gostaríamos de dizer que esta Casa e o Legislativo brasileiro, ostrabalhadores brasileiros, os funcionários públicos brasileiros devem muito a Floriceno Paixão, bravo Deputadoque faz parte da história construtiva deste Parlamentopelo seu trabalho incansável, pelo seu desejo dc buscarcom profundidade as causas dos problemas e viabilizarsua solução em projetos. Cumprimento-o pelo seu trabalho. V. Ex' é um bravo parlamentar que brilha no Congresso Nacional. Mas, ilustre Deputado Floriceno Paixão, a título de colaboração com o tema que está levantando, pois acompanha eonosco esta luta dos professores, dos médicos residentes e dos funcionários públicosfederais autárquicos e não-autárquicos, temos notícia deque, desde' 1979, a defasagem nos vencimentos do funcionário públieo federal já atingiu a faixa de 265%. Então, a reposição salarial deveria ser feita à base de 265%,porque esta é a percentagem que o funcionário públicoestá perdendo de lá até aqui. De maneira que o aumentopostulado não chega a ser nem a realidade do que ele jáperdeu. Ademais, os funcionários públicos federais são obaluarte da administração pública, são as peças motorasdesta máquina; são eles que fazem girar a administraçãopública no País. Se não fosse o funcionário público, temos certeza de que este País já teria parado há muitotempo, porque via de regra o Governo está viajando:para a China, para o Japão, para a África, para Angola,para toda parte do mundo, e quem fica sustentando estePaís é o funcionário público, que, embora mal pago, comespírito de renúncia, de sacrifício, está "segurando aspontas" desta Nação que espera por um presidente daRepública, por um governo que possa nortear a vidaeconômica, social e política deste País. Cumprimento V.Ex' pelo brilhantismo da colocação, da defesa da teseque vem fazendo, não somente hoje, mas desde quandoconhecemos V. EX' de quem, inclusive, fomos cabo eleitoral quando criou o 13'-salário para o trabalhador brasileiro. V. Ex', portanto, tcm o nosso respeito maior e odo nosso PDT, do qual V. Ex' faz parte brilhantemente.
O SR.. FLORICENO PAIXÃO - Agradeço a V. Ex'o aparte. Obrigado tam bém pelas referências, que nãomereço, que V. Ex' fez a meu respeito, sobre minhaatuação.
V. Ex' falou acerca da defasagem, do confisco salarialque sofreu ao longo do tempo o servidor público.
Acabo de receber da Presidência da Federação Gaúcha dos Servidores Públicos documento que espelha exatamente a realidade da grave situação por que atravessao funcionalismo. Trata-se de um ofício circular, subscrito por Joel Sarruá Rodrigues, Presidente da entidade, epela funcionária Antonieta Berta Lemos, do Comandode Paralisação da Previdência Social. O documento diz:
"Conforme estudo comparativo da evolução dosalário-mínimo, do índice de preços ao consumidorde Porto Alegre e do aumento do FuncionalismoPúblico Federal, elaborado por Professor de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,tomando como base a data de 19 de março de 1975,o aumento a ser concedído aos servidores federais,em novembro de 1983, para que seu poder de eom-
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pra fosse reposto, deveria ser de 347% em relação aosalário mínimo ou de 258% em relação ao índice depreços ao consumidor. Entretanto, o aumento concedido pelo Governo Federal, a partir de 19 de janeiro de 1984, foi de apenas 65%.
Como se verifica, os salários dos Servidores Federais vém sofrendo, há anos, uma grande defasagem em relação ao poder aquisitivo, chegando,atualmente, a níveis insuportáveis. Como exemplos,pode.se citar o caso de Técnicos de Administração(nível superior) em início de carreira, cujo vencimento equivalia, em 1975, a 7,80 salários mínimos- praticamente 8 salários mínimos, atualmentequase Cr$ 800.000,00 - e hoje equivale a 2,17 salários mínimos", ou seja, 200 e poucos mil cruzeiros."
O Sr. Osvaldo Nascimento - Isto .em decorrência daatuação do Fundo Monetário Internacional, que está determinando as coordenadas do nosso crescimento. Querdizer, cresce a nossa dívida externa e diminui, dia a dia, osalário do trabalhador.
O SR, FLORICENO PAIXÃO - Mas para outrasclasses isso não acontece. E acreseenta: " ... e em final decarreira, cujo vencimento equivalia, em 1975, a 14,8 salários mínimos" - que seriam cerca de I milhão e 300mil cruzeiros atualmente -"... e hoje equivale a 5,47 salários mínimos." Quer dizer, de 14 baixou para 5 saláriosmínimos. Isto em relação ao Técnico de Administração,nível superior. "E de Agentes Administrativos (nível média) em início de carreira, cujo vencimento equivalia, em1975, a 2,8 salários mínimos" .-:... é a classe que mais sofree que hoje está achatada, percebendo até menos de umsalário mínimo, conforme a categoria - ..... e hoje equivale a 1,18 salários mínimos..." - a redução tendo sidode 50% " ... e em final de carreira, cujo vencimento equivalia, em I975, a 6,11 salários mínimos e hoje equivale a2,45 salários mínimos. É o confisco salarial.
O Sr. Renato Vianna - Quero cumprimentá-lo, Deputado Floriceno Paixão, pelo oportuno pronunciamento que faz em defesa da laboriosa classe do servidorpúblico. Quero dizer que não só a conquista do 13' salário, mas, de imediato, talvez o direito à sindicalizaçãoseja o instrumento que o servidor público teria para en·frentar a pressão das autoridades constituídas contra omovimento legítimo em prol de um reajuste salarial condigno. "lornal do Brasil", do dia 21 de junho de 1984,
diz, textualmente:Anmento de servidores da
União será divulgadologo e deverá ser de 65%
Brasília - O reajuste salarial dos servidorespúblicos - civis e militares - só deverá ser divulgdo na segunda-feira e seu valor é de 65%. Esta informação foi dada ontem por um ministro e confirmada por pessoas com trânsito no Conselho de Segurança Nacional.
A decisão foi adotada pelo Presidente da República, com base em argumentação do MinistroDelfim Netto, segundo as quais um reajuste superior não estaria de acordo com as finanças do país.O índice de 65%, proposto e adotado pela SEPLAN,é inferior a todos os outros reajustes encaminhadosao Governo.
O estudo do D-ASP, visando ao reajuste salarialdo servidor civil, preconizava um índice de 67%, levando em consideração ter sido o INPC do semestreaté junho de 1984 de 66,2%. Ao mesmo tempo, oDASP, antecipadamente, tentava desfazer a idéia deque a despesa com o pessoal afetava substancialmente os cofres públicos, argumentando que em1983, em relação à despesa global do orçamento.geraI da União, a administração direta consumiu10,1 % (contra 11,3% em 1982).
É um verdadeiro absurdo. Dai a coerência do pronunciamento de V. Ex'. A eada ano que passa, o servidor
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pú blico recebe um salário mais miserável. o que demonstra a insensibilidade das autoridades constituidas paracom o servidor público. Basta dizer que os vencimentosde 12 categorias de nível médio foram achatados, nivelados de baixo para cima. com a vigência do último saláriomínimo. Agora, Deputado Floriceno Paixão, se não tornarmos por praxe a semestralidade tambêm para o salário do servidor público, em novembro este achatamento será maior; não mais somente 12, mas 18 categoriasserão niveladas de baixo para cima. Significa hoje - edigo isto com base em dados estatísticos e como Prcsidente da Comissão de Serviço Público - que 40% dosservidores públicos ganham o salário mínimo regional, e75% dos servidores públicos estão enquadrados numafaixa salarial de 100 a 300 mil cruzeiros mensais, o que
demonstra que eles não têm condições de viver, ou desobreviver com dignidade.
o SR, FLORICENO PAIXÃO - Muito obrigado,Deputado Renato Vianna. pelo alto grau de sensibilidade que V. Ex', como outros que me apartearam, demonstra em relação ao meu discurso.
Há muitas críticas, por parte: de certos setores, em relação ao procedimento do funcionário público que entraem greve e deixa de atender ao público que ocorre aosbalcões das repartições par" ser atendido. Então, Sr. Presidente, é de lamentar, claro, que o aposentado, o trabalhador, o próprio funcionário, enfim, o público em geraldeixe de ser atendido com a presteza habitual em verdade, quem carrega a máquina administrativa deste País,do Governo, é o próprio funcionário público. Ele cumpre com seu dever.
A título de curiosidade eu gostaria de ler aqui um folheto, para que se veja a que ponto chegou a situação, folheto esse que os funcionários públicos entregam àquelesque vão aos guichês, aos balcões das reparticões. Diz assim:
"Antes de nos criticar, o senhoria senhora analiseos dados abaixo;
1. 41 % dos funcionários públicos recebem complementação para atingir o salário-mínimo atual:Cr$ 97.176,00.
2. O funcionário que o atende no guichê. quc oencaminha ao médico ou prepara seu processo deaposentadoria ou auxilio-doença, passa pela seguinte situação:
2 litros de leite p/dia: Cr$ 680,00112 kg. pão PI dia: Cr$ 510,00112 kg. carne p/dia: Cr$ l.OOO,OO300 gr. arroz: Cr$ 250.004 passagens ônibus pI dia: CrJ 800,00
TOTAL POR DIA: Cr$ 3.240,00TOTAL POR MEs: CrS97.200,OO
Onde fica o aluguel (ou BNH)? O vestuário? Ocolégio dos filhos? A água? A Iuz? Os impostos?
Não pcdimos a sua consideração. Pedimos suacompreensão e apoio, pois, se temos que comprccnder o seu problema, o senhor ou a senhora já paroupara pensar no nosso?
Agradecemos seu apoio."
Veja a que ponto chegou a situação, Sr. Presidente.Quero concluir dizendo estão integralmente solidáriocom os grevistas de todo o País. notadamente os do RioGrande do Sul, que praticamente paralisaram toda aPrevidéncia Social e, tam bém, a Universidade Federaldo Rio Grande do Sul. Quero ainda declarar. alto e bomsom, que o pior patrão desta República se chama Governo Federal. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. ADAIL VETTORAZZO (PDS - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, os
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jornais de todo o Brasil deram dcstaquc a uma reuniãorealizada em São Paulo, da qual participaram nove Governadores do PMDB e o Governador do Rio de Janeiro, do PDT.
Reuniõcs são naturais. Reuniõcs, cvidcntemente, fazem parte dos debates políticos, mas é preciso que não seiluda mais a opinião pública. Não podemos continuarengana~do o trabalhador brasileiro. Não podemos continuar mentindo aos eleitores brasileiros. E vejam, Sr.Presidente e ilustres Parlamentares, o que foi o documento apresentado pelos Governadores da Oposição e oque foi a decisão desses mesmos. Ê uma obra-prima dcdesfaçatez esse documento; é uma obra-prima de engodo, é uma obra-prima de mistificação por parte dos Governadores Oposicionistas. E por que eu digo, isso, Sr.Presidente, ilustres Deputados? Essas afirmações quefaço são graves? Não o são. Estou apenas comcntando oque aconteceu. Nesta famosa reunião. os Governadoresda Oposição, examinando o conjunto da situação nacional. deliberaram:
I' - Reafirmar a importância histórica das eleiçõesdiretas para a Presidência da República;
2' - Para essa aprovação considero de importánciadecisiva a apresentação de um candidato único dasforças democráticas;
3' - Propor à sociedade civil, aos partidos de Oposição e ás demais correntes democráticas do País quepromovam já o lançamento de seu candidato único àseleições dirctas para a Presidência da Repllblica, comprometido com o programa básico;
4' - Sugerir os seguintes pontos para programa básico:
- Eleições diretas - já."Dcpois vem uma série de outros pontos relativos ã
economia do País, ao problema da questão trabalhista ereforma tributária.
Então, vou dar alguns destaques ao manifesto dos Governadores da Oposíção: "Propor à sociedade civil, aospartidos de oposição c às demais correntes democráticasdo País que promovam já o lançamcnto do seu candidato único ás eleições diretas para a Presidência da República". Outro item é eleições diretas-já.
Pois bem. aparentcmente. trata-se de um documentocoerente: a Oposição defende o lançamento de um candidato único para as eleições diretas-já. Como admiradorda coerêncià dos homcns públicos, eu poderia até aplaudir esse documento, porque a coerência deve ser respeitada por todos nós Parlamentares. Mas o documento não écoerente porque, no mesmo instante, na mesma hora emque divulga esse documento, lança-se também como candidato único dos Governadores oposicionistas o SI. Tancredo Neves. En tão é uma farsa, uma mentira, porquetodos sabem que se as diretas passarem o Sr. TancredoNeves não poderá ser candidato. Ele está incompatibilizado porque não se afastou do exercício das suas funçõesde Governador a 15 de maio do corrente. Qual é a coerência desses Governadores? Como podemos subir auma tribuna e defendê-los? Isto, Sr. Presidentc, realmente nos preocupa muito, porque há uma falta de sinceridade de propósitos. A Oposição defendeu em praças públicas as diretas-já. Ê uma tese com a qual a opinião pública concordou c aplaudiu em praça pública. Mas, na vcrdade, estes documentos e estas últimas decisões dos Governadores oposicionistas comprovam que O movimentopelas diretas-já até agora, pelo mcnos, foi uma farsa quese levantou para a opinião pública.
Ouço o Dcputado Virgildâsio de Senna.
O Sr. Virgildásio de Senna - PrImeiro, nobre Deputado, gostaria de fazer uma retificação. V. Ex' deve estartratando dos Governadores eleitos pelo povo, sob a legcnda da Oposição, que se reuniram em São Paulo cmdeterminado dia, para democraticamente tomar decisões. São Governadores eleitos pelo povo, Governadoresde Estado legitimos e eleitos pela legenda da Oposição.
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Em segundo lugar. parace-me ou que V. Ex' não acompanha os trabalhos desta Casa ou não tem conhecimentodas emendas constitucionais apresentadas. Uma das primeiras que esta Casa recebeu foi mudando os prazos dedesincompatibilização. Só assim, alterando esses prazos,os Governadores de Estado, necessariamente candidatosnatos à Presidência da República - desde que escolhidos pelos seus partidos, mas de qualquer maneira candidatos preferenciais - poderiam ser candidatos. Evidentemente que está no bojo desta reforma constitucional aeleição direta. E se tivermos força - e esperamos tê-la,inclusive com o voto de V. Ex', que declara ser favorávelàs eleições diretas - não sei por que procrastiná-la. SeV. Ex' concorda com elas, há de concordar em ue que venham o mais brcvc possívcl. Esc cssas forças democráticas têm suficiente respaldo para alterar a Constituição eacabar com a farsa, restaurar o voto popular na sua plenitude c dignidade, terá, por conseqüência, condições dealterar o prazo dc dcsincompatibilização. Não há ncnhuma incongruência. Há perfeita concordüncia, perfeitaidentidade nas duas proposições. Era o que eu queria,inicialmente, declarar a V. Ex': há total coerência,.nenhuma incoerência.
O SR. ADAIL VETTORAZZO - Agradeço o aparteao il ustre Deputado Virgildásio de Senna, nesta manhã,Lídcr do PMDB na Casa. Eu poderia rcspondcr a V. Ex'com minhas palavras, mas preferia fazê-lo, para darmaior autenticidade ao meu pronunciamento, usando asexpressões de um grande líder, ontem apenas um lídertrabalhista c hoje um grande líder político nacional Lula, Presidente nacional do PT. O que diz Luís Inácioda Silva, o Lula, comentando o manifesto dos 10 Governadores da Oposição? Diz o seguinte:
""O lançamento da candidatura do GovernadorTancredo Neves à Presidência da República, articulada pclos dcmais Governadores de Oposição, foiconsiderada ontem - estou lendo um jornal do dia21, portanto. declaração do dia 20 -: "pelo Presidente Nacional do PT, Luiz Inácio da Silva, umacortina de fumaça para levar o nome do Governador mineiro ao Colégio Eleitoral, à eleição indireta".
Diz mais Luís Inácio da Silva:
"Discurtir a candidatura Tancredo, objetivandoas eleições diretas: é não ter coragem de dizer que O
verdadeiro scntido dessa tcntativa é o de lancar onome no Colégio Eleitoral".
E prossegue ainda o Presidente do PT:
"O Presidente do PT lcmbrou, como já o fizcra oSenador Afonso Camargo.....
o Sr. Virgildásio de Senna - Parece que o Presidentedo PT é o autor, seguido de V. Ex'
o SR. ADAIL VETTORAZZO - O que disse V.Ex'?
O Sr. VirglIdáslo de Senna - O Presidente do PT passou a ser o autor, seguido de V. Ex~, o seu arrimo, o seuguru?
O SR. ADAIL VETTORAZZO - De fato. nobre Deputado Virgildásio de Senna, embora eu não concordecom as idéias de Luís Inácio da Silva, tenho por ele profunda admiração, por ser um trabalhista autêntico e umhomem que quer inovar dentro da política nacional.
Mas prossigo, Sr. Presidente, com as declarações deLula:
..... Iembrou. como já o fizera o Senador AfonsoCamargo Neto (PMDB - PR), que a aprovação dasubemenda das diretas-já no bojo da Emenda constitucional Leitão de Abreu, antecipando as diretas
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para 1984, da data de 15 de novembro, implicará naeliminação dos atuais governadores do rol de presidenciáveis, por não se terem desincompatibilizadoaté este momento, o que significa uma contradiçãona proposta feita há tcmpos pelo Governador Franco Montaro."
Em tom surpreso e irritado, Lula afirmou:
"Vamos mentir à opinião pública? As eleições em15 de novembro implicam a inclcgibilidadc de todosos atuais governadores. Ora, o lançamento de umacandidatura de governador agora só pode ser pelavia do Colégio Eleitoral."
E paro por aqui: depois continuaremos a citar o ilustreprcsidcnte do Partido Trabalhista. Concedo o aparte aoDeputado Mansucto de Lavor.
o Sr. Mansueto de Lavor - Nobre Deputado, alémdas retificações feitas pelo Deputado Virgildásio de Senna, que colocou os pontos nos ii acerca das considerações de V. Ex', cu gostaria de acrescentar que não houve lançamento do Governador Tancredo Neves. V. Ex'afirma que houve um lançamento. Mas não houve, opartido não o lançou. O que há é o reconhecimento deque Tancredo Neves ê, a esta altura dos acontecimentos,o candidato natural das oposições, inclusive havendouma ou outra resistência de grupos, que ele mesmo reconhece, mas que depois serão absorvidas. Agora, V. Ex'cobra a coerência dos governadores da Oposição, mas seesquece de que essa coerência é comum a todos e que oque há é um presidenciável que já se diz Presidente daRepública e que não quer ter a coerência de consultar sequer as bases do seu partido. Isto que é falta de coerência. E ainda mais: os Ministros da área econômica doGoverno de V. Ex', inclusive o Sr. Galvêas, andam chamando a inflação de 280 a 300% de imoral, de indecente.E ontem, pelos jornais, o Ministro Galvéas, antes de embarcar para Cartagena, dizia que não sabia mais a queatribuir a causa da inflação brasileira. Ora, se o partidode V. Ex' dá suporte a um sistema econômico, a umaeconomia dessas, com homens tão incapazes que nãotêm mais termos adequados para a economia e a inflação, chamando esta última de inflação sem-vergonha,de inflação imoral, que coerência tem ele ao manter essescondutores da economia do País, que infelicitam todo opovo e não têm sequer mais adjetivação para a triste economia brasileira? Eu gostaria, pois, que V. Ex' cobrassea coerência primeiramente da sua própria casa, para depois exigi-la dos outros.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - Agradeço a V. Ex'o aparte. Respondendo ao problema da coerência levantado pelo ilustre Deputado oposicionista...
o Sr. Mansueto de Lavor - V. Ex' o levantou primeiramente.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - Pois não. Então,fixado o problema da cocrência pelo ilustre Deputadooposicionista, quero dizer que S. Ex' evidentcmentc procurou sair do assunto e entrar no âmbito da política econômica. E eu diria a S. Ex' que nem eu reconheço nem amaioria do PDS se reconhcce como partido no Governo.Ninguém. Não somos o partido que está no Governo.
Pois bem, em termos de coerência existe um homem,sim, que V. Ex' citou, que já seria o futuro Presidente daRcpública. Este homem ê um dos mais coerentes destePaís. V. Ex' pode discordar de Colégio Elcitoral ou deeleições diretas: é um direito que assiste a V. Ex' Mas V.Ex' não pode discordar da coerência que existe em todosos atos até hoje praticados pelo Sr. Paulo Maluf, quesimplesmente acreditou no que estava escrito na nossaConstituição, que desenvolveu e vem desenvolvendo to-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
dos seus esforços no sentido dc chegar à Presidência daRel'ública através do que preceitua o tcxto constitucional.
Mas sobre lançamento ou não das candidaturas euainda me serviria - agora não mais de Lula - do jornalO Globo, de quarta-feira, dia 20 de junho de 1984, quando noticia o lançamento da candidatura de TancredoNeves como candidato único das oposições ã Presidénciada Rcpública, ontcm unanimemcnte apoiada pelos Governadores eleitos pelo PMDB e PDT, em São Paulo.
O que se nota é que não existe, por parte da Oposição,nenhum outro propósito a não ser chegar ao Govcrno dequalquer maneira, custe o que custar.
Concordo em que um partido político deve ter comometa alcançar a Presidência da República. Isso é absolutamente lógico. Com o que cu não concordo - cpermitam-me V. Ex's. que cu diseordc rcalmente - êque se procure enganar a opinião pública. O PMDB vaidisputar o Colégio Eleitoral e vai legitimar o ColégioEleitoral. Não enganem mais o povo, senhores representantes da Oposição.
Ouço o nobre Deputado Osvaldo Nascimento.
O Sr. Osvaldo Nascimento - Ilustre Deputado AdailVettorazzo, queremos dizer a V. E;<' que o Jornal deBrasilia traz nas suas folhas mais expressivas a informação do próprio Presidente da República de que Tancredo Neves ganhará a eleição e que ele passará a faixapresidcncial a Taneredo Neves. Quer dizer, não são simplesmente os dez Governadores 1 são cento e vinte rni~
lhões de brasileiros que disseram na praça pública quequerem um candidato vertical, de pé, limpo c enxuto, capaz, competente...
O SR. ADAIL VETTORAZZO - Coerente.
O Sr. Osvaldo Nascimento - ...um bom administrador para a Nação. A grande proposta da Nação, hoje,não é propriamente um nome a mais de candidato a Presidente da República; a grande proposta, hoje, do povosão as transformações sociais com mudanças para melhor. O povo não quer guerra, não quer brigar com ninguém, não quer aprofundar a crise econômica, não queraprofundar a críse social: o povo está querendo a trans·formação desse modelo econômico que está desgraçandoo País. Pelo amor de Deus, Deputado, quando a gasolinasobe apenas 35% na calada da noite, sem a mínima expli·cação ã Nação, quando o próprio Ministro das Minas cEnergia César Cals vem dizendo que a cada seis mesesdescobre-se um poço de petróleo e que a nossa produçãosubiu mais de quinhentos mil barris por dia, a gasolinasubindo de preço não tem explicação. O que o povo brasileiro quer é a transformação do modelo econômico quese implantou no País contra ele. Então, os dez Governadores da Oposição, a classe política, como a N ação brasileira, quer transformações, e o nome vertical, respeitável, de alto valor, de consenso nacional, sabe-se que éTancredo Neves. Não é do meu partido, mas tem todonosso respeito c o nosso respaldo político.
O SR. ADAIL VETTORAZZO - Agradeço a V. Ex'o aparte, que vem mais uma vez confirmar que a Oposição até hoje enganou o povo brasileiro, só pensou emenganar, porque desde o início poderia ter dito: vamostentar ganhar a Presidência da República com ou semeleições diretas. O que a Oposição pregou nas praçaspúblicas - e todos nós somos testemunhas porque osveículos de comunicação nos informaram - é que o único remédio soberano para todos os males e problemasbrasileiros seria a eleição direta já. Então, quando asoposições estavam na praça pública defendendo diretasjá como solução, não havia o que se criticar. O que criticamos é que se enganou o povo, que se mentiu ao povoem praça pública. Por que não continuam defendendo as
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eleições diretas já? Criou-se a figura do candidato ambivalente, que é o Sr. Taneredo Neves, o homem que tantodança com a música das diretas já como das indiretasagora.
De modo que, Sr. Presidente, há uma incoerência brutal, vergonhosa. O que estamos fazendo com este pronunciamento ê ama tentativa a mais de mostrar aos·olhos da Nação o comportamento da Oposição brasileira. E, evidentemente, a Nação e o povo vão saber julgar,mais cedo ou mais tarde. os homens que são coerentes ouaqueles que apenas se servem ou que se serviram das diretas já como trampolim de arregimentação popular, queé uma cortina de fumaça, como disse o próprio Lula,para enganar a opinião pública, para desviar a atençãoda opinião pública dos desgovernos estaduais da Oposição que aí estão com os Franco Montoro, de São Paulo, com 44 pontos negativos, e Leonel Brizola, do Rio deJaneiro, que não se elegeria sequer para vereador, comotantos outros Governadores oposicionistas, que prometeram o que não poderiam cumprir e que agora não sabem como resolver os problemas da Nação brasileira nosseus especifieos Estados.
O Sr. Fernando Santana - Permite-me um aparte, Deputado?
O SR. ADAIL VETTORAZZO - Eu só leria maisduas linhas das declarações de Luíz Ignácio da Silva,para depois conceder õ aparte a V. Ex'
"Qucr-se criar a política do fato consumado, atépara evitar uma disputa interna no PMDB, que é oresponsável pela iniciativa. Acho que devemos" diz Lula - "exigir mais honestidade dos políticoscom a opinião pública."
Tem V. Ex' o aparte.
O Sr. Fernando Santana - Inicialmente, gostaria decontestar V. Ex' a respeito do lançamento formal docandidato Tancredo Neves. V. Ex' lê artigo de O Globo,mas o importante não é O que diz esse jornal como noticiário próprio, mas o resultado da reunião que, segundodeclaração dos Govcrnadores, não há a indicação deTaneredo Neves. A preferência daqueles Governadorespor Taneredo é muito antiga; não foi resultado daquelareunião. V. Ex' fala também na incoerência da Oposição, quando fez uma campanha pró-dirctas e agora admite a possibilidade de ir ao Colégio Eleitoral. Ora, nacampanha de 1982 contestamos qualquer eleição futuraque não fosse pelo processo direto, inclusive para a Presidência da Rcpúbliea. Mas a grandc coerência da Oposição não está no que diz V. Ex' A nossa grande coerência é tentar as mudanças. Nós estamos dispostos a travaruma batalha em qualquer terreno, contanto que se mudeo que aí está. Seria incoerência, sim, se tivéssemos possibilidade aritmêtica de vcneer no Colégio Eleitoral c nãonos submetêssemos a elc pelo simples fato de o considerarmos ilcgítimo e espúrio. Mais ilegítimo c mais espúrioque o Colégio Eleitoral é a Constituição outorgada portrês Ministros Militares, pela qual estamos todos fazendo o jogo do sistema. Muito mais espúrio do que o Colégio Eleitoral ê a instituição brasileira através da suaConstituição. Estamos dentro dela, elegemo-nos assim,V. Ex' e eu. Quero chamar a atenção de V. Ex' para ofato dc que a Oposição só será coerente se atender ao clamor público pela mudança, ou pela direta, ou então noColégio Eleitoral, tivermos a certeza absoluta de que poderemos derrotar ó sistema no seu próprio covil. Esta é acoerência; não incoeréncia. Quanto à questão dos governadores, ê oresultado da situação geral do Pais. Nenhum Governador deste País dispõe de recursos. Os recursos estão todos acumulados no Poder Central e só amodificação do sistema tributário poderá permitir queesses governadores, que hoje estão abaixo de zero, pos-
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sam ganhar alguma coisa acima de zero. Como tambémestá o Poder Central, que dispõe de todos os recursos e éconsiderado pela opinião pública muitos e muitos números abaixo de zero.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - Nem precisaria fa·lar mais nada, pois o ilustre parteante, exatamente. eon·firmou ...
o Sr. Fernando Santana - A nossa coerência.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - ... a incoerência daOposição. Por que a Oposição, em praça pública. nãodisse ao povo que lutaria no Colégio? Por que a Oposição não chegou em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba e não pregou que lutaria por mudanças, quer no Colêgio Eleitoral, quer por meio de eleições diretas? Para enganar. mentiram ao povo. montaram uma farsa. e a opinião pública, cedo ou tarde, ficará plenamente esclarecida de que a Oposição enganou a gente brasileira empraça pública. A Oposição jamais conseguirá apagaressa imagem negaliva da memória da genle brasileira...
o Sr. Hélio Manhães- V. Ex' me permite um aparte?
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Não há maistempo para aparles, Deputado. O tempo do orador esláesgotado.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - ...a encenação quefez. a burla que lançou à opinião pública, a incoerênciaque cometeu e o seu desamor à causa pública. Esta a verdade, Sr. Presidenle.
o Sr. Virgildásio de Senna - A verdade foi relevada aV. Ex's. Em Santos, a Oposição deu a resposta a V. Ex's.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - A Oposição mentiu, a Oposição enganou, a Oposição deturpou. A Opa·sição serviu-se da bandeira das diretas já para apagar aimagem negativa dos seus Governadores, que se lornaram adminitradores. que prometeram tudo em 1982...
o Sr. Hélio Manhães - Mas não fizeram a crise vergonhosa em que o País se enconlra, Deputado.
o SR. ADAIL VETTORAZZO - Porlanto, só admiro na Oposição aqueles Deputados que assinaram o Manifesto de Só Diretas. Os demais membros da Oposiçãonão merecem mais o nosso respeito. (Muito bem!)
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Nada mais havendo a tratar. vou levantar a sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Pará
Dionísio Hage - PMDB; Gerson Peres - PDS.
Paraíba
Joacil Pereira - PDS.
Pernamhuco
Arnaldo Maciel - PMDB; Geraldo Melo - PDS.
Rio de Janeiro
Arildo Teles - PDT; JG de Araújo Jorge - PDT.
Minas Gerais
Luiz Leal - PMDB; Marcos Lima - PMDB.
São Paulo
Bele Mendes - PT; Estevam Galvão - PDS; Francisco Dias - PMDB; Samir Achôa - PMDB.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
Goiás
Joaquim Roriz - PMDB.
Mato Grosso
Márcio Lacerda - PMDB.
VI - Leranta-se a Sessão às /2 horas e 25 minutos.
SECRETARIA GERAL DA MESAResenha da Correspondência Expedida
Oficios n's
SGM-427, de 15-6·84 - Ao Gab. Civil da Preso da Repúbliea, solicitando retificação nos autógrafos do PL n'448/75, que "institui o Plano Nacional de Moradia PLAMO, destinado a atender as necessidades de moradia das pessoas de renda mensal regular atê 5 (cinco) salários mínimos e dá outras providências".
SGM-428, de 15-6-84 - Ao SF, encaminhando autógrafo do PL n' 448/75, que "institui o Plano nacional deMoradia - PLAMO, destinado a alender as necessidades de moradia das pessoa de renda mensal regular até 5(cinco) salários mínimos c dá outras providências", sancionado.
SGM-429 a 432, de 15-6-84 - Aos Srs. Manoel de Almeida, Rubem Ferreira Dias, Nelson Furtado de Azeve·do e Hermano Cesar Jordão Freire, convidando-os parafalar na Com. de Defesá do Consumidor.
SGM-433, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 272/79, que "institui o tombamento do sítio culturaldenominado Cinelándia, na Cidade do Rio de Janeiro, cdá outras providências".
SGM-434, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 305/75. que "allera a redação do art. 4' e acrescentadispositivos ao art. 5' da Lei 3.373, de 12 de março de1958, que dispõe sobre o Plano de Assistência ao Funcionário esua Farnflia, e dá outras provídências".
SGM-435. de 18-6-84 - Ao SF. encaminhando o PLn' 496/79, que "dispõe sobre a aplicação obrigatória dajornada-padrão de trabalho (arts. 58 e 61 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lein' 5.452, de I' de maio de 1943) aos vigilantes ou guardasde segurança em estabelecimentos de crédito~·.
SGM-436. de 18-6-84 - Ao SF. encaminhando o PLn' 2.742/76, que "introduz allerações na Lei n' 1.079, de10 de abril de 1950. que "defiue os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento",para o fim de compatibilizá-Ia integralmente com aConstituição em vigor".
SGM-437, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 1.608/79, que "disciplina o transporle de madeira cmtoros, por via fluvial".
SGM-438, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 2.770/83, que "dispõe sobre a atualização monetáriadas importâncias devidas pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judicial, simplifica trâmites processuaise dá outras providências".
SGM-439, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 2.951/76, que "Iorna obrigatória a criação, em todosos municípios brasileiros, de parques especificamentedestinados à preservação do meio-ambiente e dá outrasprovidências".
SGM-440, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 1.950/83. que "disPge sobre a criação e o funcionamento do Juizado Especial de pequenas Causas".
SGM-44I, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 148/79. que "dispõe sobre a comercialização de defensivos destinados à agropecuária, institui a obrigaloriedade de receituário agronômico c veterinário para a suaaquisição e dá oulras providências".
SGM-442, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 547/79, que "altera dispositivos da Consolidação dasLeis do Trabalho aprovada pelo Decreto-lei n' 5.452, deI' de maio de 1943, dispondo sobre o trabalho nolurno eo executado em condições de insalubridade".
Junho de 1984
SGM·443, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 1.593/79, que "mantém a denominação de Celso Suekow da Fonseca para o Cenlro Federal de EducaçãoTecnológica, 'com sede na cidade do Rio de Janeiro".
SGM-444, de 18-6-84 - Ao SF, encaminhando o PLn' 2.769/83, que "altera dispositivos do Decrelo-lei n'7.661, de 21 de junho de 1945, Lei de Falências".
SEÇÃO DE SINOPSE - CELArquivem-se, nos lermos do artigo 200 do Regimenlo
Interno, as seguinte proposições;Projetos de Lei
N' 378/71 (Alberto Lavinas) - Extingue em todo oterritório nacional o instituto da enfiteuse, aforamentoou emprazamenlo e dá oulras providências.
N' 942/72 (Senado Federal) - Aerescenla parágrafoao artigo 317 do Código Civil.
N' 6.021/82 (Osvaldo Melo) - Acrescenta dispositivoà Lei n' 6.969, de 10 de dezembro de 1981, que dispõesobre a aquisição, por usucapião especial, de imóveis rurais, allera a redação do § 2' do artigo 589 do Código Civil e dá outras providências.
N' 6.166/82 (Alberto Goldman) - Introduz modificações na Lei n' 3.071, de I' de janeiro de 1916 - (Código Civil) e na Lei n' 6.533, de 24 de maio de 1978 e delermina outras providências.
N' 93/83 (Lúcia Viveiros) - Estabelece igualdade dedireitos entre o homem e a mulher, alterando lodos osdispositivos do Código Civil, que discriminam a mulher.
N' 558/83 (Francisco Amaral) - Altera disposilivodo Código Civil, excluindo certos bens públicos da proteção da inalienabilidade: para o fim, de melhor garantiro pagamenIo de crêdilos de nalureza Irabalhisla.
N' 1.509/83 (Fernando Collor) - Dispõe sobre a ressocialização do individuo recluso e a reintegração doegresso na sociedade.
N' 1.817/83 (Irineu Colato) - Acrescenta parágrafoao art. 5' da Lei n' 6.969, de 10 dezembro de 1981, que'"dispõe sobre a aquisição, por usucapião especial, deimóveis rurais, altera a redação do § 2' do art. 589 do Código Civil c dá outras providências".
N' 2.073/83 (Carlos Vinagre) - Modifica o art. 1.150do Código Civil e o art. 35 da I,ei n' 3.365, de 21 de junho de 1941, assegurando o expropriado ou a seus herdeiros necessários o direito de reivindicar o imóvel ex~
propriado, na hipótese que menciona.N' 2.156/83 (Jorge Carone) - Acrescenta inciso ao
art. 1.503 do Código Civil.N' 2.465/83 (João Batista Fagundes)- Modifiea a re
dação dos arls. 9' e 10 da Lei n' 6.001, de 19 de dezembrode 1973 - dispõe sobre o Estatuto do Indio.
N' 2.470/83 (Henrique Eduardo Alves) - Altera disposilivo do Código Civil, de modo a possibilitar que pessoas com vida em comum, há mais de cinco anos, também possam adotar filhos.
N' 2.512/83 (Henrique Eduardo Alves) - Altera odispositivo do Código Civil - Lei n' 3.071, de I' dejaneiro de 1916.
N' 2.614/83 (Lúcia Viveiros) - Acrescenta parágrafoao art. 160 do Código Civil, considerando ato ilícito opraticado dolosamente por desportista ou atlela que, durante a partida provocar lesão corporal contra seu adversário.
N' 2.687/83 (Antônio Pontes) - Altera a redação esuprime dispositivos do Código Civil Brasileiro, e dá outras providências.
N' 2.962/83 (Siqucira Campos) - Modifica dispositivo do Código Civil, para mandar reverter ao proprietário O imóvel desapropriado, desde que não ulilizado nafinalidade declarada.
N' 3.190/84 (Cássio Gonçalves) - Modifica a redação do artigo 362, do Código Civil.
N' 3.191/84 (Cássio Gonçalves) - Altera disposiçãodo Código Civil e do Código de Processo Civil, para dispensar reconhecimento de firma em mandato judicial edá outras providências.
Junho de 1984
N9 3.192/84 - (Cássio Gonçalves) - Modifica a redação do item I do § ]9 do artigo 99 do Código Civil.
No 3.495/84 (Paulo Lustosa) - Acrescenta parágrafoúnico ao artigo 1.103 do Código Civil Brasileiro - Lcin9 3.071, de 19 de janeiro de 1916.
Arquivem-se, nos termos do artigo 117 do RegimentoInterno, as seguintes proposições:
Projetos de LeiN9 854/83 (Léo Simões) - Proíbe aos Cursos de
Línguas Estrangeiras a adoção de livros impressos no exterior.
N9 858/83 (Moacir Franco) - Modifica a redação daalíne~ "a" do ar!. 35 da Lei n9 5.991, de 17 de dezembrode 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comér~
cio de drogas, medicamentos, insumos farmacéuticos ecorrelatos, e dá outras providências. (Anexo o PL n9
1.282/83 ).N" 1.067/83 (Horácio Ortiz) - Estabelece percentuais
de aplicação dos reeursos financeiros dos estabelecimentos particulares de ensino superior.
N9 1.282/83 (Denisar Arneiro) - Altera dispositivoda Lei n" 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõesobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, ínsumos farmacêuticos e correlatos. (Anexadoao PL n9 858/83).
N9 l.391/83 (Siqueira Campos) - Inclui a a práticada hipnose entre as atribuições de psicólogo.
N" 1.554/83 (Jorge Arbage) - Institui o Dia do Artesão.
N9 1.702/83 (Joaquim Roriz) - Obriga os estabelecimcntos particulares dc ensino a indenizarem os alunospelas aulas não ministradas.
N" 2.010/83 (Sérgio Ferrara) - Equipara o Jogo dedamas a modalidade desportiva, para efeito de suaabrangência pcla legislação que disciplina os desportosno País.
N" 2.223/83 (Francisco Dias) - Altera a redação doart. 29 da Lei n9 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, quetrata da assistência judiciária aos necessitados, e dá outras providências.
N9 2.659/83 (Frimcisco Amaral) - Altera a redaçãode dispositivos da Lei n9 6.354, de 02 de setembro de1976, que dispõe sobre as relações de trabalho do atletaprofissional de futebol.
Projeto de ResoluçíioN9 65/83 (Siegfried Heuser) - Permite opção de fun
~ionário requisitado, pelo cargo ou função de efetivoexercício.
ATAS DAS COMISSOES
COMISSÃO DE AGRICULTURAE POLfTlCA RURAL
19' Reunlíio Ordinária, realizadaem 6 de junho de 1984
(Comparecimento do Dr. Glauco Olinger, Presidente da EMBRATER e do Engenheiro AgrônomoFrancisco Franco de Abreu Pereira, Diretor de Irrigação do DNOCS)
Às dez horas e cinco minutos do dia seis de junho dehum mil e novecentos e oitenta e quatro, reuniu-se, emsua sala, no Anexo" da Câmara dos Deputados, a Comissão de Agricultura e Política Rural, sob a presidênciado Senhor Deputado Ivo Vanderlinde (Presidente). Estiveram presentes os Senhores Dcputados Geraldo Flcming, Vice-Presidente, Iturival Nascimento, Alcides Lima, Osvaldo Nascimento, Marcondes Pereira, AntônioGomes, Wildy Vianna, Geovani Borges, Fernando Gomes, Harry Amorim, Hélio Dantas, Saramago Pinheiro,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Santinho Furtado, Assis Canuto, AroldQ Moletta, JonasPinheiro, Antônio Câmara, Reinhold Stephanes, Cristina Cortes, Márcio Lacerda, Francisco Sales, Celso Carvalho, Sérgio Lomba, Agenor Maria, Humberto Souto,Juarez Batista e Oswaldo Trevisan. Havendo número regimental, o Senhor Presidente abriu os trabalhos, determinando a leitura da Ata da reunião anterior, que foidispensada e dada como lida e aprovada, a requerimentodo Senhor Deputado Alcides Lima. Ê determinada emseguida a leitura do seguinte expediente: I) Documentoda Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais - ABIOVE, alertando para a necessidade de ser assegurada a liberdade ampla de mercado para o setor, única maneira de ser evitada iminente situação critica epedindo o apoio da Comissão; 2) Telex da CENTRALSUL encaminhando cópia da. "Carta de Carazinho", documento que leva a assinatura de 68 Cooperativas, sobrea situação por que passa a CENTRALSUL a ela hipotecando apoio e solidariedade; 3) Telex do Ministério daJustiça e Secretaria Especial do Meio Ambiente formulando convite para as solenidades comemorativas da Semana Nacional do Meio Ambiente; 4) Tclex do Presidente da COMBRACER, Dr. Haroldo Heredia, cumprimentando pela criação da Subcomissão da Pesca e augurando votos de pleno êxito; 5) Convite e programa parao 19 Seminário de Política Agrícola de Santa Catarina,promovido pela Sociedade Brasileira de Economia Rural- Núcleo de Santa Catarina, a ter lugar em Florianópolis, em 25 e 26 do corrente. Concluída a leitura do expediente, o Senhor Presidente deu início imediatamente aostrabalhos, convidando para tomarem lugar à mesa doDr. Glauco Olinger, Presidente da EMBRATER e o Engenheiro Agrônomo Francisco Franco de Abreu Pereira,Diretor de Irrigação do DNOCS e esclarecendo a finalidade da reunião, que consistiria numa exposição pelosilustres convidados - ausente o representante da CODEVASF, que sequer se dignou dar uma resposta por escrito sobre as razões de sua não participação -, sobre"A questão da irrigação (Dec. n989.496, de 39 de marçode 1984)", seguida de debates e interpelações dos Senhores Deputados. Antes de conceder a palavra aos ilustrespalestrantes, o Senhor Presidente submeteu a apreciaçãoe votos os seguintes requerimentos, que foram, à unanimidade, aprovados: 1) da Presidência, propondo fosscconvidado o Dr. Raul Agostini, Presidente do BNCC(Banco Nacional de Crédito Cooperativo) para comparecer à Comissão, na próxima quartafeira, dia 13 do corrente para falar e expor aos Senhorcs Deputados sobre"O Resultado das sindicâncias e auditorias sobre os negócios do BNCC" e "As propostas da atual administração para o soerguimento do Banco"; 2) do SenhorDeputado Alcides Lima para que fosse enviado telex aosSenhores Ministros Delfim Netto e Nestor Jost, emnome da Comissão, pleiteando a liberação de maior volume de recursos financeiros destinados à conservaçãodo solo, no orçamento de 1985, objetivando, assim, assegurar o cumprimento das metas estabelecidas no PROSOLO: 3) do Senhor Deputado Santinho Furtado, paraque fosse convidado o Embaixador Octávio Rainha,Presidente do IBC, a comparecer à comissão, no próximo dia 20 -, adiando-se o compromisso já programadopara aquela data (Comparecimento do Dr. Mário Augusto Pinto da Cunha, Chefe do Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura da EMBRAPA, naBahia) - para que aquela autoridade venha expor aosSenhores Deputados os seguintes tcmas; "Mudança noconfisco cambial do café e Critérios adotados para a distribuição das Cotas de Exportação do cafê". É dada emseguida a palavra ao primeiro palestrante, Dr. GlaucoOlinger e. após, ao Engenheiro Francisco Franco deAbreu Coutinho, os quais, utilizando-se dc retroprojctores e projetores de .lIdes expuseram aos Senhores Deputados os vários aspectos dos trabalhos que desenvolveme as implicações do Decreto que disciplinou a irrigação
Sábado 23 6361
no Brasil. Encerradas as exposições, debateram o assunto os Senhores Deputados Fernando Gomes (Autor dorequerimento de convite), Humberto Souto, rturivalNascimento. Alcides Lima, Harry Amorim, ReinholdStcphanes c novamente Harry Amorim. Os trabalhos foram inteiramente gravados e uma vez traduzidos pelaTaquigrafia integrarão a presente Ata que, para constar,eu José Maria de Andrade Córdova, Secretário, lavrei,quando, as treze horas e cinco minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos. A Ata, uma vez lida c aprovada, será assinada peloSenhor Presidente e encaminhada à publicaçãb. Deputado Ivo Vanderlinde, Presidente,
20' Reunlio Ordinária, realizadaem 13 de junho de 1984.
Às dez horas e quarenta minutos do dia treze de junhode hum mil e novecentos e oitenta e quatro, em sua salano Anexo II da Câmara dos Deputados, reúne-se a Comissão de Agricultura e Política Rural sob a Presidênciado Senhor José Mcndonça de Morais, Alcides Lima, /turival Nascimento, Manoel Costa Júnior, Ayrton Sandoval, Jorge Vianna, Celso Carvalho, Adauto Pereira, Saramago Pinheiro, Juarez Batista, Reinhold Stephanes,Carlos Vinagre, Oswaldo Nascimento, Wildy Vianna,Marcondes Pereira,' Mário Juruna, Juàrez Bernardes,Santinho Furtado, Aroldo Moletta, Melo Freire, Gerardo Renault, Oswaldo Trevisan, Frnacisco Sales, SérgioLomba, Márcio Laccrda, Maçao Tadano, Jonas Pinheiro, Hélio Dantas, Emidio Perondi, Antônio Câmara,Lélio Souza, Balthazar de Bem e Canto e Assis Canuto.Havendo número regimental, o Senhor Presidente abriuos trcbalhos e determinou a leitura da Ata da reunião anterior, que foi dispensada e dada como lida e aprovada.Em seguida, determinou o Senhor o Presidente a leiturado seguinte EXPEDIENTE: I) Ofício n9 1.244, do Senhor Prcsidente da Câmara, autorizando a reunião e comunicando que o Senhor Ministro Nestor .Iost, será convidado a comparecer à Comissão em data a ser definida,conforme solicitado pelo Or. n? 66, desta Presidência; 2)Ofício n9 1.248, do Senhor Presidente da Câmara, comunicando que, em atenção ao Of. n965, desta Comissão, oSenhor Governador dna Bahia, Dr. João Durval Carneiro, será convidado para, em data de sua escolha, comparecer à Comissão; 3) Oficio n9 1.254, do Senhor Presidente da Câmara, autorizando o comparecimento e a participação do Sr. Raul Agostini, Presidente do BNCC, emreunião desta Comissão, em atenção a requerimentoaprovado me reunião anterior, no dia 13 de junho corrente; 4) Ofício n? 1.256, do Senhor Presidente da Câmara autorizando a realização de reunião com a participação do Dr. Octávio Rainha, Pre,5idente do IBC, nareunião de 20 de junho próximo, 5) Ofícios n9s 219 e 221,do Senhor Líder do PDS, Deputado Nelson Marchezan,comunicando o dcsligamento desta Camissão, do ScnhorDeputado Carlos Eloy, e, igualmente, do Senhor Deputado Amilcar de Queiroz, substituído pelo Senhor Deputado Francisco Erse; 6) Telex da COOPAVEL, Cooperativa Agropecuária Cascavel, de Cascavel, no Paraná, cncaminhando texto de documento enviado aos SenhoresMinistros da Fazenda, do Planejamento, da Agriculturae aos Presidente do Banco do Brasil e do Banco Central,em defesa de imediatas medidas <lestinadas ao saneamento e à retomada das atividades do BNCC; Expediente do Scnhor Secretário Especial para os assuntos doNordeste, do Ministério da Agricultura, encaminhandoexemplar do "Projeto Algaroba", 7) Documento encaminhado pelo Senhor Deputado Carlos Vinagre, relativos ao desenvolvimcnto da tecnologia para extração deálcool da madeira, de interesse do Estado do Pará e solicitando à Comissão que se dirija à Presidência daCOALBRA - Coque e Álcool da Madeira SIA, a fim
6362 Sábado 23
de solicitar àquela Empresa o Relatório da avaliação tccnológica da Hidrólise Ácida, que vem sendo empregadapela COALBRA na usina de madeira, de Uberlândia,em Minas Gerais. Feita a leitura do EXPEDIENTE, oSenhor Presidente anunciou que a vinda do Scnhor Presidente do BNCC, marcada para a presentc data, foraadiada sine die ! por motivo de força maior; comunicouainda o adiamento da vinda do Embaixador OctávioRainha, para o segundo semestre, em face de compromissos já assumidos por aquela autoridade devendo emseu lugar comparecerem na data de 20 do correntc, osSenhores Dr. Hans Jorge Zippel, Diretor de Exportaçãoc Presidente em exercício do mc: Dr. Ivan Figueiredo eainda, Dr. José de Paula Motta Filho, Diretor de Produção do \BC; Submeteu ainda à apreciação e votação,proposição do Senhor Deputado Oswaldo Nascimento,no sentido de que a Comissão se posicionasse, cobrandoas autoridades federais, providências, diante dos prejuízos que vêm sofrendo os produtores gaúchos em face dasenchentes que assolam o Rio Grande do Sul; a proposição foi aprovada, tcndo sido rejeitada proposta de convite aos Ministros Nestor Jost e Cloraldino Severo paracomparecimento à Comissão a fim de falarem sobre o assunto, naquilo que o problema tem a ver com as pastasque dirigem: manifcstaram-se contrária e energicamenteà segunda parte da proposta do Senhor Oswaldo Nascimento os Senhores Deputados Saramago Pinheiro e Reinhold Stephanes. Passando à apreciação da Pauta, o Senhor Presidente submeteu à apreciação e votos os scguintes Projetos de Lei: I) PL n' 1.768/83 (Mensagem n.293/83), do Poder Executivo, que "autoriza a permutados terrenos que menciona, situados no Município deFoz do Iguaçu, Estado do Parana". A Comissão opinoupela aprovação do Projeto, nos termos do Parecer, favorável, do Relator, Deputado Reinhold Stephanes, comvoto em separado, o Senhor Aroldo Moletta; o Projetovai à Comissão de Finanças; 2) PL n9 1.193/83, do Senhor Freitas Nobre, que "Dispõe sobre a organizaçãodas cooperativas de consumo em cmprcsas com mais de20Q (duzentos) empregados". A Comissão opinou pelaaprovação do Projeto, nos termos do Parecer favorável,com Substitutivo, do Relator, Deputado Ivo Vanderlinde. O Projcto vai à Comissão dc Finanças; (durante adiscussão e votação do Projeto n9 1.193/83, assumiu aPresidência, em obediência ao Regimento, o Senhor Deputado Saramago Pinheiro, de conformidade com o disposto no art. 79 combinado com o art. 761n fine, do RI).Esgotada a pauta, tendo reassumido suas funções o Senhor Deputado Ivo Vanderlinde, foi franqueada a palavra e dela fez O uso O Senhor Alcides Lima, que solicitouà Presidência fosse enviado ofício ao Senhor Governador dc Roraima, informando do adiamento da viagem àquela unidade da Federação para os dias 16, 17, 18 e 19de agosto, tendo em vista motivos supervenientcs. Àsonze horas, pontualmente, nada mais havendo a tratar,após fazer os avisos e a convocação de praxe, o SenhorPresidente encerrou os trabalhos e, para constar, eu JoséMaria de Andrade Córdova, Secretário, lavrei a prcsenteAta, a qual, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e encaminhada à publicação. DeputadoIvo Vanderlinde, Presidente.
21' Reunião Ordinária, realizadaem 14 de junho de 1984
Às onze horas do dia catoze dejunho de hum mil e novecentos e oitenta c quatro, em sua sala, no Anexo 11 daCâmara dos Deputados, reúne-se a Comissão de Agricultura e Política Rural, sob a presidência do Senhor Deputado Ivo Vanderlindc, Presidentc. Estiveram presentesos seguintes Senhores Deputados: Iturival Nascimento,António Gomes, Wildy Vianna, Alcides Lima, Marcondes Pereira, Renato Cordeiro, Celso Carvalho, PedroCeolin, Reinhold Stephanes, Gerardo Renault, Oswaldo
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Trevisan, Juarez Bernardes, Melo Freire, Saramago Pinheiro, Juarez Batista, Carlos Vinagre, Adauto Pereira,Márcio Lacerda, José Mendonça dc Morais, AyrlonSandoval, Santinho Furtado, Francisco Sales, MaçaoTadano, Sérgio Lomba, Oswaldo Nascimento, EmídioPerondi c Lélio Souza. Havendo númcro regimetnal, oSenhor Presidente abriu os trabalhos, determinando aleitura da Ata da reunião anterior, que foi dispensada,tendo sido dada como lida e aprovada. Não havendo expediente, o Senhor Presidente passou imediatamente àapreciação da matéria constante da pauta e que era a seguinte: I) PL n. 1.274/83, do Sr. Saulo Queiroz, que"cria o Fundo para investigação AgropecuáriosFINAGRO". A Comissão opinou pela aprovação doProjeto, nos termos do parecer favorável do Relator, Deputado Francisco Sales. O Projeto vai à Comissão deEconomia, Indústria e Comércio; 2) PL n. 1.492/83, doSr. Aldo Pinto, que "autoriza o Poder Executivo a instituir o Programa Nacional de Erva-mate, Pró-mate e dáoutras providências." Comissão opinou pela aprovação,ã unanimidade, do Projeto, nos termos do parecer favorável do Relator, Deputado Francisco Sales. O Projetovai à Comissão de Finanças; 3) PL n9 2.104/83, do Sr.Jorge Carone, que "cria Programa de Fomento à Produção Agrícola para incentivar o plantio dc arroz, feijão,milho e trigo e dá outras providências". A Comissão opinou, à unanimidade, pela aprovação do Projeto, nos termos do pareccr favorável, com Substitutivo, do Relator,Deputudo Pedro Ceolin; o Projeto vai à Comissão de Finanças; 4) PL n" 2.119/83, do Sr. José Luiz Maia, que"altcra a redação dos artigos 29 e 39 da Lei n96.746, de 10de dezembro de 1979, que alterou dispositivos do Estatuto da terra". A Comissão opinou, unanimementc, pelaaprovação do Projeto, nos termos do parecer favoráveldo Relator. Deputado Aroldo Moletta; o Projeto vai àComissão de Finanças. Esgotada a Pauta, às onze borase dez minutos, como ninguém quisesse fazer uso da palavra, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos, após a convocação de praxe para apróxima quarta-feira, dia vinte, quando, em substituiçãoao Embaixador Octávio Rainha, Presidente do \BC, .estarão comparecendo os Senhores Dr, Hans Jorge Zippel,Diretor de Exportação; Ivan Figueiredo, Chefe do Departamento de Comcrcializa·ção c José de Paula MottaFilho, Diretor dc Produção, todos do !BC, que falarãosobre "mudança no Confisco Cambial do Café" e "critérios adotados para a distribuição das Cotas de Exportação de Café", atendendo a requerimento de autoria doSenhor Deputado Saotinho Furtado. E, para constar, euJosé Maria de Andrade Córdova, Secretário, lavrei a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada peloSenhor Presidente e encaminhada à publicação. Deputado Ivo Vanderlinde, Presidente.
COMISSÃO DE D~FESA AO CONSUMIDOR
Distribuição n9 12(84
Efetuada pelo Senhor Presidente Deputado FrançaTeixeiraEm 2Q-ó-84
Ao Senhor Deputado Samir Achoa:I. Projeto dc Lci n9 1.364/83 - "dispõe sobre a re
marcação de preços de mercadoria com preço nacional".Autor: Dep. Salvador JulianelliBrasília, 20 de junho de 1984. - Maria Júlia RabeIlo
de Moura, Secretária.
COMISSÃO DE ECONOMIAINDÚSTRIA E COM);;RCIO
11< Reunião Ordinária realizadaem 12 de junho de 1984
Aos doze dias do mês de junho de mil novecentos e oitenta e quatro, às dez horas e trinta minutos, realizou-se,na sala própria de seus trabalhos, a décima primeira reu-
Junho de 1984
mao ordinária da Comissão de Economia, Indústria eComércio, presidida pelo seu Presidente, Deputado Genebaldo Correia. Compareceram os Senhores Deputados Siegfried Heuser, Vicc-Presidente; Pratini de Morais,Segundo-Vice-presidente; Herbert Levy, Israel PinheiroFilho. Oscar Corrêa, Antonio Osório, Antonio Farias,Celso Sabóia, Luiz Fayet, Saulo Queiroz, Osvaldo Trevisan, José Ulisses, Alencar Furtado, Fernando Carvalho,Etelvir Dantas, Gustavo de Faria, José Thomaz Nonô,Celso Barros, José Jorge, Bocayuva Cunha, João Agripino, Alberto Goldman, José Moura e Irajá Rodrigues.Ata: Foi aprovada a ata da reunião anterior. A seguir,foram aprovadas as seguintcs proposiçõcs: I) Projeto deLei n9 2.239/83, que "estabelece a obrigatoriedade de osestabelecimentos bancários fornecerem aos clientes oselementos que especifica, e dá outras providências". Autor: Deputado Siqueira Campos. Relator: Deputado Oswaldo Trevisan. Voto do Relator: Favorável, nos termosdo Substitutivo que apresenta. Aprovado, contra o Votodo Scnhor Deputado Oscar Corrêa e abstenção do Senhor Deputado Herbert Levy, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 2) Projeto de Lei n. 1.730/83, que"altera a rcdação da Lei n9 6.463, de 9 de novcmbro de1977, para tornar obrigatória a declaração da taxa efetiva de juros anual nas vendas a prestação". Autor: Deputado Paulo Lustosa. Relator: Deputado Oswaldo Trevisan. Voto do Relator: Favorávcl. O Senhor DeputadoHerbert Levy solicita vista da proposição, sendo atendido pelo Senhor Presidente. 3) Projeto de Lei n9 1.917/83,que "veda a formação de contrato de locação com valorestipulado em moeda cstrangeira". Autor: DeputadoFrancisco Amaral. Relutar: Deputado Alencar Furtado.Voto do Relator: Favorável. Aprovado por unanimidade, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 4)
Projeto de Lci n9 615/83, que "dispensa a hipoteca debens reais em financiamentos aos pequenos e médiosprodutores". Autor: Deputado Jorge Arbage. Relator:Deputado Darcy Passos. Voto do Relator: Favorável,nos termos do Substitutivo apresentado. Aprovado, contra os votos dos Senhores Deputados Siegfried Heuser eHerbert Levy, vai à Coordenação de Comissões Permancntes. 5) Projeto de Lei n9 1.283/83, que "estabeleceisenções para gratificação espontaneamente paga pelaempresa ao empregado demitido". Autor: DeputadoFrancisco Amaral. Relator: Dcputado Eduardo Matarazzo Suplicy. Voto do Relator: Favorável. Foi concedida vista ao Senhor Deputado Siegfried Heuser que, apresentou uma emenda. Foi aprovado o Parecer do Relatorcom a emenda. A matéria següe à Comissão de Finanças.6) Projeto de Lei n. 2.335/83, que "altera a redação doArt. 3. da Lei n' 6.717, de 12 de novembro de 1979, queautoriza a rcalização da LOTO, tornando obrigatória aidentificação do apostador". Autor: Deputado BentoCordeiro. Relator: Deputado João Alberto. Voto do Relator: Favorável. Rejeitado. O Senhor Presidente designao Deputado Celso Sabóia para redigir o Parecer Vencedor. 7) Projeto de Lei n9 1.149/83, que "dispõe sobre ocomércio de armas de fogo". Autor: Deputado JorgeLeite. Relator: Deputado Gustavo de Faria. Voto do Relator: Favorável. Rejeitado, O Senhor Presidente designao -Scnhor Deputado Siegfried Heuser para redigir o Parecer Vencedor. 8) Projeto de Lei n' 1.157/83, que "assegura a clubes, sociedades ou centros comunitários de moradores de conjuntos habitacionais a manutenção de possede área destinada ao lazer da comunidade". Autor: Deputado Dionísio Hage. Relator: Deputado Odilon Sal·moria. Voto do Relator: Favorável. Aprovado 'por unanimidade, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 9) Projeto de Lei n. 1.146/83, que "autoriza a realização de acordos para pagamento de débitos atrasadosdas municipalidades à Previdência Social, nas condiçõesque especifica". Autor: Deputado Francisco Amaral.Relator do Parecer Vencedor: Deputado AntonioOsório. Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado, contra o Voto em Separado do Depudato Coutinho Jorgc,
Junho de 1984
vai à Comissão de Finanças. 10) Projeto de Lei n'1.092/83, que "dispõe sobre a aplicação obrigatória e exclusiva da ·'tabela Price" aos contratos de financiamen~
tos realizados no Sistema Financeiro de Habitação".Autor: Deputado José Frejat. Relator do Parecer Vence·dor: Deputado Oscar Corrêa. Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado, contra o Voto do Senhor DeputadoIsrael Pinheiro, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 11) Projeto de Lei n' 602/83, que "institui, comocrime de usura, a cobrança de juros e comissões superio·res à taxa de 12% a.a., acima da correção monetária e aexigência de saldos médios ou sujeição a contratos de outra natureza, para concessão de empréstimos, modifican·do o art. 4', da Lei n' 1.521, de26 de dezembro de 1951".Autor: Deputado Gastone Righi. Relator do ParecerVencedor: Deputado Celso Sabóia. Voto do Relator:Pela rejeição. Aprovado, contra o Voto em Separado doDeputado Evandro Ayres de Moura, vai à Coordenaçãode Comissões Permanentes. 12) Projeto de Lei n'115/83,que "dispõe sobre a obrigat6ria indicação, nos extratosper6dicos das cadernetas de poupança, dos índices e basede cálculo que serviram aos lançamentos de juros e cor·reção monetária". Autor: Deputado Francisco Amaral.Relator do Parecer Vencedor: Deputado José Ulisses.Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado, contra o Votoem 'Separado do Deputado Gustavo de Faria, vai à Comissão de Finanças. 13) Projeto de Lei n' 766/83, que"Concede isenção de impostos federais na importação deinstrumentos musicais, nas condições que menciona".Autor: Deputado José Frejat. Relator do Parecer Vencedor: Deputado Alberto Goldman. Voto do Relator: PeJarejeição. Aprovado, contra o Voto em Separado do Deputado Antonio Osório, vai à Comissão de Fananças.14) Projcto de Lei n' 796/83, quc "proibc o abatc dc matrizes bovinas pelo prazo de 3 (três) anos e determina outras providências". Autor: Deputado Lêo Simões. Relator do Parecer Vencedor: Deputado Israel Pinheiro Filho. Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado, contra oVoto em Separado do Deputado Rubem Medina. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 15) Projeto deLei n' 425/83 que "isenta os avicultores da contribuiçãopara o FUNRURAL". Autor Deputado Borges da Silveira. Relator do parecer Vencedor: Deputado OswaldoTrevisan. Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado,contra o Voto em Separado do Deputado Odilon Samaria, vai à Coordenação de Comissões Permanentes.Nada mais havendo a tratar, às doie horas e vinte e cinco min utos, o Senhor Presidente encerra a reunião e,para constar, eu, Delzuile Macedo de Avelar, Secretária,lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente e por mim e irá à publicação.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA
O Sr. Presidente da Comissão de Educação c Cultura,Deputado Rómulo Galvão, fez, nesta data, a seguintedistribuição:
Ao Sr. Deputado Alvaro Valle:I) Substitutivo oferecido em Plenário ao Projeto de
Lei n' 609-C/75, (2' Discussão), do Sr. Jorge Paulo, que"Torna obrigat6rio a impressão da letra das músicasgravadas em discos e similares".
2) Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lein' 2.231-A/76, do Sr. Adhemar Ohisi, que "Acrescentadispositivo à Lei n' 5.988, de 14 de dezembro de 1973,que regula os direitos autorais'l.
3) Projeto de Lei n' 2.297/83, do Sr. José Jorge, que"Revoga as alíneas b efdo art. I' da Lei n' 6.503, de 13de dezembro de 1977, que "dispõe sobre a EducaçãoFísica em todos os graus e ramos do ensino".
4) Projeto de Lei n' 3.075/84, do Sr. Santinho Furtado, que "Fixa normas em defesa do património culturalbrasileiro, e dá outras providências".
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Ao Sr. Deputado Emílio Haddad:5) Projeto de Lei n' 1.150/83, do Sr. Ruben Figuei
ró, que "Proíbe o uso de barbarismo na publicidade oralc escrita, assim como nas denominações de estabelecimentos comerciais",
6) Projeto de Lei n' 3.199/84, do Sr. José Eudes,"Torna facultativa, como disciplina e como prática educativa, a Educação Morai e Cívica, nas escolas de todosos graus e modalidades, dos sistemas de ensino no País".
7) Projeto de Lei nº 3.219/84, do Sr. Francisco Amaral, que "Inclui o Direito Previdenciário Brasileiro comodisciplina autônoma, c obrigatória no currículo das Faculdades de Direito".
Ao Sr. Deputado Jônathas Nunes:8) Projeto de Lei n' 2.690/83, do Sr. Francisco Dias
que, "Proíbe a cobrança de taxa de matrícula nos estabelecimentos de ensino superior de todo o País".
9) Projeto de Lei n' 2.956/83, do Sr. Siqueira Campos, que "Dispõe sobre a criação da Escola Agrícola Federal de Miranorte, Estado de Goiás".
10) Projeto de Lei n" 2.959/83, do Sr. Siqueira Campos, que "Dispõe sobre a criação da Escola Agrícola Federal de Tocantinópolis, Estado de Goiás".
Ao Sr. Deputado Carlos Sant'Anna:I I) Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei
n' 267-B/75, que "Dispõe sobre registro provisório decurso superior, autorizado ou reconhecido por decretodo Governo Federal, para exercício de profissão, e dáoutras providências".
12) Projeto de Lei n' 3.091/84, do Sr. Alencar Furtado, que "Autoriza o Poder Executivo a conceder incentivos fiscais às empresas que especifica".
Ao Sr. Deputado Celso Peçanha:13) Projeto de Lei n' 2.417/83, do Sr. Ivo Vanderlin
de, que "Autoriza o Poder Executivo a criar a EscolaAgrotécnica de Tubarão, no Estado de Santa Catarina, edá outras providências".
14) Projeto de Lei n' 3.147/84, do Sr. Geovani Borges, que "A utoriza o Poder Executivo a criar uma EscolaAgrícola de nível médio no Município de Mazagão, Território Federal do Amapá.
Ao Sr. Deputado Francisco Dias:15) Projeto de Lei n' 1.133/83, do Sr. Múcio Athay
de, que "Institui o "Dia Nacional de Combate ao Cáncer'\ e determina outras providências".
16) Projeto de Lei n' 2.408/83, da Sr' Rita Furtado,que "Autoriza o Poder Executivo a instituir a Faculdadede Agronomia de Cacoal, no Estado de Rondônia, e dáoutras providências".
Ao Sr. Deputado Darcílio Ayres:17) Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei
n' 633-A/79, que "Disciplina propaganda comercial, norádio e na televisão, de brinquedos que lembrem armasde fogo".
À Sr' Deputada Irma Passoni:18) Projeto de Lei n' 2.331/83, do Sr. Adhemar Ohi
si, que "Dispõe sobre a unificação das férias escolaresem todo o País".
Ao Sr. Deputado Márcio Braga:19) Projeto de Lei n' 2.452/83, do Sr. Celso Peçanha,
que "Dispõe sobre Auto Escolas".Ao Sr. Deputado Eraldo Tinoco:20) Projeto de Lei n' 2.507/83, do Sr. Francisco Sa
les, que 'Torna obrigatória a inclusão da disciplina "Direito Agrário", nas faculdades de Direito de todo oPaís".
Ao Sr. Deputado Victor Faccioni:21) Projeto de Lei n' 2.521/83, do Sr. Hugo Mardini,
que "Autoriza o Governo Federal a instituir a FundaçãoUniversidade Federal do Planalto Médio, com sede noMunicípio de Cruz Alta-RS, e determina outras providências".
Sábado 23 6363
Ao Sr. Deputado João Herculino: ,22) Projeto de Lei n" 2.525/83, do Sr. Siqueira Cam
pos, que "Introduz modificações na Lei n' 5.889, de 8 dejunho de 1973, que estatui normas reguladoras do trabalho rural".
Ao Sr. Deputado Hermes Zaneti:23) Projeto de Lei n' 2.562/83, do Sr. Francisco
Dias, que uFixa 08 critérios para o reajuste das anuida~
des escolares".Ao Sr. Deputado Oly Fachin:24) Projeto de Lei n' 2.572/83, do Sr. Ademir An
drade, que "Repassa aos respectivos Governos, 50% darenda líquida apurada do total bruto arrecadado emcada Estado, Território e Distrito Federal, obtido com aexploração das Loterias Federais, em qualquer de suasmodalidades e Loteria Esportiva Federal".
Ao Sr. Deputado João Bastos:25) Projeto de Lei n' 2.631/83, do Sr. Francisco
Amaral, que "Erige em monumento nacional o túmulode Carlos Gomes, na cidade de Campinas, Estado de SãoPaulo".
Ao Sr. Deputado Arildo Teles:26) Projeto de Lei n' 2.906/83, do Sr. Floriceno Pai
xào, que "Dispõe sobre a remuneração mínima dos profissionais portadores de diploma de curso de grau superior".
Ao Sr. Deputado Dionísio Hage:27) Projeto de Lei n' 2.908/83, do Sr. Ronaldo Cam
pos, que "Dispõe sobre a criação da Escola AgrotécnicaFederal de Santarém, no Estado do Pará".
Ao Sr. Deputado Ferreira Martins:28) Projeto de Lei n' 3.028/84, do Sr. Léo Simões,
que "Acrescenta dispositivos à Lei n' 5.692, de li deagosto de 1971, que Fixa Diretrizes e Bases da educaçãode I' e 2' graus, visando determinar a adoção, a partir dadata que especifica, do sistema de eleição dos diretoresdos estabelecimentos de ensino".
Ao Sr. Deputado Stélio Dias:29) Projeto de Lei n' 3.089/84, do Sr. Francisco
Amaral, que "Acrescenta parágrafo ao art. 22, da Lei n"4.024, de 20 de dezembro de 1961, que fixa as diretrizes ebases da educação nacional".
Brasília, 15 de junho de 1984.
COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMODistribuição de Projeto n' 07/84
O Senhor Presidente da Comissão de Esporte e Turismo, Deputado Oly Fachin, fez, na presente data, a seguinte distribuição:
PL n' 2.839/83, do Sr. José Thomaz Nonô, que "Permite aos órgãos e entidades da administração federal direta e indireta a aquisição de passagens aéreas em agéncias de turismo, na condição que menciona".
Relator: Deputado José MouraBrasília, 19 dejunho de 1984. - Maria Linda M. de
Magalhães, Secretária.
20' Reunião Ordinária, realizadano dia 7 de junho de 1984
Às dez horas e quarenta minutos do dia sete de junhode um mil, novecentos e oitenta e quatro, realizou-se avigésima reunião ordinária da Comissão de Esporte eTurismo, na sala da própria Comissão. Havendo número legal, o Senhor Deputado Milton Reis, VicePresidente no exercício da Presidência, abriu os traba·lhos, com a dispensa da leitura da ata da reunião anterior, considerando-se a mesma aprovada. Compareceram os Senhores Deputados: Márcio Braga, Aécio deBorba, Ro berto Ro Ilemberg, Aloysio Teixeira, HélioManhães. João Bastos, José Carlos Martinez, HenriqueEduardo Alves, Bete Mendes, Manoel Affonso, JoséMoura, Luiz Henrique, Ciro Nogueira e FernandoCollor. Não havendo comunicação a fazer. passou-se àOrdem do Dia, com as seguintes matérias: I) Projeto deLei n' 1.469/83, do Senhor Léo Simões, que "Institui o
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Dia do Guia de Turismo". Relator: Deputado FernandoCollor. Parecer: favorável, aprovado por unanimidade.O Projeto vai à Coordenação de Comissões Permanentes; 2) Projeto de lei n9 2.399/83, do Senhor AntonioPontes, que "Submete os árbitros profissionais ao julgamento da Justiça Desportiva, e dá outras providências".Relator: Deputado Ciro Nogueira. Parecer: pela rejeição, aprovado por unanimidade. O Projeto vai àCoordenação de Comissões Permanentes; 3) Projeto deLei n. 2.468/83, do Senhor Florieeno Paixão, que "Dispõe sobre a autonomia administrativa e financeira doSuperior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), do Tribunal Especial (TE) e dos Tribunais de Justiça Desportiva (TJD) c dá outras providências". Relator: DeputadoRoberto Rollemberg. Parecer: favorável, adiada a discussão e a votação para reexame da matéria. 4) Projetode Lei n' 2.700/83, do Senhor França Tcixeira, que "Dánova redação ao disposto no ar!. 19 da Lei n. 6.25 I, de 8de outubro de 1975, incluindo o Presidente e o VicePresidente de associações desportivas nas restrições queespecifica". Relator: Deputado José Moura. Parecer: favorável. A Comissão rejeitou o Parecer do Senhor Deputado José Moura, designando Relator do vencedor o Senhor Deputado Aécio de Borba, que se manifestou pelarejeição do Projeto. O Parecer do Senhor Deputado JoséMoura passa a constituir voto ,em separado. O Projetovai à Coordenação de Comissões Permanentes. Finda aOrdem do Dia, encerrou-se a reunião às onze horas equinze minutos, convocando-se outra para o dia quatorze do corrente, à qual deverá comparecer, como convidado, o Senhor Carlos Augusto Guimarães Filho, Presidente da Associação Brasilcira dos Transportadores Exclusivos de Turismo - ABRATT, para prestar depoimento sobre "O transporte rodoviário turístico". E, paraconstar, eu, Maria Linda Moraes de Magalhães Secretária, lavrei a presente Ata que, após aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente em exercício, DeputadoMilton Reis.
COMISSÃO DE; FINANÇAS5' Reunião Ordinária, realizada
no dia treze de junho de 1984
Às dez horas do dia treze de junho de 1984, na Sala n'16 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Deputado Luiz Leal, presentes os DeputadosAgnaldo Timóteo e Aécio de Borba, Vice-Presidentes;Irajá Rodrigues, Fernando Magalhães, Ibsen de Castro,Jayme Santana, Christovam Chiaradia, José Carlos Fagundes, Vicente Guabiroba, Mendonça Falcão, MoysésPimentel, Sérgio Cruz, Nyder Barbosa c Renato Johnsson, reuniu-se a Comissão de Finanças. A Ata da reunião anterior foi aprovado por unanimidade. Ordem doDia: I) Projeto de Lei Complementar n. 15/83 - do Sr.Inocêncio Oliveira - que "concede pensão às viúvas detrabalhadores rurais falecidos antes de 1. de janeiro de1972, e dá outras providências". Relator: Deputado LuizBaccarini. Parecer: Favorável, nos termos do substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e da subemenda da Comissão de Trabalho e Legislação Social. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 2)Projeto de Lei n9 62/83 - do Sr. Adhemar Ghisi - que"acrescenta dispositivo à Lei n' 5.107, de 13 de setembrode 1966, que institui o Fundo de Garantia de Tempo deServiço". Relator: Deputado Walmor de Luca. Parecer:Favorável, nos termos do substitutivo da Comissão deConstituição e Justiça. Em votação, foi aprovado, porunanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenaçãode Comissões Permanentes. 3) Projeto de Lei Complementar n' JOI/83 - do Sr. Santinho Furtado - que "altera a redação do ~ 39 do art. 91, da Lei n' 5.172, de 25 deoutubro de 1966 - Código Tributário Nacional". Relator: Deputado Walmor de Luca. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
4) Projeto de Lei n9 537/83 - do Sr. Freitas Nobre que "autoriza o Instituto Nacional do Livro a prepararedições, pelo métodO Braille, da Constituição Federal eCódigos vigentes no País". Relator: Deputado Luiz Baccarini. Parecer: Favorável, com adoção da emenda daComissão de Constituição e Justiça. Em votação, foiaprovado o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 5) Projeto de Lei n' 386/83 do Sr. Oscar Corrêa - que "determina a devolução aosmunicípios do montante das retenções efetuadas a titulode custeio do serviço de lançamento e arrecadação doImposto sobre a Propriedade Territorial Rural". Relator: Deputado Irajá Rodrigues. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenaçào de Comissões Permanentes. 6)Projeto de Lei n' 1.18 I/83 (anexo o Projeto de Lei n92.792/83) - do Sr. FernandQ Gomes - que "concedeisenção do Imposto sobre Produtos Industrializadospara veículos automotores com motor a álcool, quandoadquiridos pelos pequenos e médios agricultores". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado, por unanimidades, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 7)Projeto de Lei n' 1.194/83 - do Sr. Freitas Nobreque "dispõe sobre a exigéncia de receituário agronômico, para a finalidade que especifica". Relator: DeputadoWalmor de Luca. Parecer: Favorável, com substitutivo.Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecerdo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 8) Projeto de Lei n. 1.462/83 - do Sr. Osvaldo Melo- que "dispõe sobre abatimento do Imposto sobre Produtos Industrializados, no caso que menciona". Relator:Deputado Irajá Rodrigues. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprovado, por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 9)Projeto de Lei n' 1.537/83 - do Sr. Rubens Ardenghique "dispõe sobre habitação rural". Relator: DeputadoRenato Johnsson. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 10) Projeto deLei n' 1.594/83 (anexo o Projeto de Lei n' 2.203/83)do Sr. Oscar Alves - que "obriga a adição de 10%, nomínimo de farinha de milho na farinha de trigo e determina outras providências". Relator: Deputado Ibsen deCastro. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado,por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 11) Projeto de Lei n'1.606/83 - do Sr. Francisco Amral - que "introduzmodificação no Decreto-lei n9 999, de 21 de outubro de1969, que institui a Taxa Rodoviária Única, para o fimde isentar do tributo os veículos elétricos". Relator: Deputado Walmor de Luca. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 12)Projeto de Lei n' 1.631/83 - do Sr. Seixas Dória - que"autoriza a criação do Banco Nacional do Livro Didático na rede de ensino de I' c 29 graus do País e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Renato Johnsson. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 13) Projeto de Lei n. 2.045/83 do Sr. Francisco Dias - que "destina as importánciasnão pagas dos prêmios da Loteria Esportiva Federal eLoteria de Números (LOTO), aos municípios atingidospor desastres climáticos, econômicos ou ecológicos, e dáoutras providências". Relator: Deputado Ibsen de Castro. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprovado, porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 14) Projeto de Lei n' 2.251/83- do Sr. Sérgio Murilo - que "dispõe sobre a correçãomonetária de obrigação pecuniária estabelecida em pensão alimentícia". Relator: Deputado Luiz Baccarini. Parecer: Favorável, com adoção da emenda da Comissãode Constituição e Justiça. Em votação, foi aprovado, porunanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenaçãode Comissões Permanentes. 15) Projeto de Lei n'
Junho de 1984
3.004/76 - do Sr. Francisco Amaral- que "revoga o §2' do art. 457 da Consolidação das Leis do Trabalho".Relator: Deputado Floriccno Paixão. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 16) Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto deLei n' 3.013-A, de 1980, que "regulamenta o exercício daprofissão de desenhista e dá outras providéncias". Relator: Deputado Floriceno Paixão. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.17) Projeto de Lei n' 3.002/84 - do Poder Executivo(Mensagem n' 022/84) - que "altera vantagens dos cargos que especifica". Relator: Deputado josé Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado,por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 18) Projeto de Lei n'3.001/84 - do Poder Executivo (Mensagem n' 480/84)- que "autoriza a reversão ao Município de Ourinhos,Estado de São Paulo, do terreno que menciona". Relator: Deputado Mendonça Falcão. Parecer: Favorá'íel.Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecerdo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 19) Projeto de Lei n' 583/83 - do Sr. Leônidas Sampaio - que "dispõe sobre a gratuidade de ingresso de excombatentes em casas, centros de diversões públicas e estádios esportivos instalados em próprios da União, dosEstados e dos Municípios, e dá outras providências".Relator: Deputado Mendonça Falcão. Parecer: Favorável, com adoção da emenda da Comissão de Constituição c Justiça. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 20) Projeto de Lei n' 1.633/83 - doSr. Sérgio Ferrara - que "institui concessão obrigatóriade bolsas de estudo para o ensino de I. grau, c dá outrasprovidências". Relator:' Deputado Luiz Baccarini. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comis;sões Permanentes. 21) Projeto de Lei n' 795/83 - do Sr.José Frejat - que "determina que a instituição de pedágio nas rodovias, em todo o território nacional, dependerá de lei federal". Relator: Deputado Ruy Côdo. Parecer: Favorável. O Deputado Irajá Rodrigues, que pediraVista do processo, em 16-5-84, devolveu-o sem se manifestar. O parecer foi lido pelo Deputado José Carlos Fagundes. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 22) Projeto de Lei n9 1.949/83 - do PoderExecutivo (Mensagem n9312/83) - que "altera a estrutura e a denominaçào da categoria funcional de Técnicoem Reabilitação, do Grupo-Outras Atividades de nívelsuperior, e dá outras providências". Relator: DeputadoChristovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 23) EmendaOferecida em Plenário ao Projeto de Lei n' 3.055-A/80- que ~~autoriza o Poder Executivo a lotear e doar osterrenos dos aglomerados de palafitas, que integram a"região dos alagados", na cidade de Salvador, Estado daBahia". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 24) Proposição do Sr. Deputado LuizLeal. no sentido de promover-se uma primeira mesaredonda, a realizar-se no dia 13-6-84, às 14:00 horas, noPlenário da Comissão, para debater, com vistas ao aperfeiçoamento, o Projeto de Lei n. 3.473/84 e o Projeto deLei Complementar n. 154/84 - que tratam do "Estatuto da Microempresa" - os quais serão submetidos àapreciação da Comissão de Finanças. O Sr. DeputadoLuiz Leal, apresentou, a seguir, o seguinte temário e participantes para evento: a) Microempresa, base da Democracia; b) Aperfeiçoamento dos projetos; c) Vigênciaimediata; d) Regime fiscal, tributos e isenções tributárias; e) Vinculação da União; f) Apoio creditício; g)
Junho de 1984
Prestação de serviços; Expositores: João Geraldo PiquetCarneiro, Coordenador e Secretário Executivo do Programa Nacional de Desburocratização; João Sayad, Secretário de Fazenda do Estado de São Paulo; Luiz Rogério M. de Castro Leite, Sccretário de Fazenda do Estado de Minas Gerais; César Epitáeio Maia, Secretário deFazenda do Estado do Rio de Janeiro e Abram Szajman,Presidente da Federação de Comércio do Estado de SãoPaulo; Debatedores: Membros da Comissão de Finançasda Câmara dos Deputados; Membros da Comissão deFinanças do Senado Federal; Antônio Oliveira Soares,Presidente da Confederação Nacional do Comércio; Presidente das Federações de Comércio estaduais e do Distrito Federal; e Rosinethe Monteiro Soares, exprofessora da UNB e professora titular de Economia daAEUDF. A seguir, o Deputado Luiz Leal, após justificar, submete a sua decisão, ad referendum do Plenário doÓrgão, de autorizar a realização do evento. O DeputadoAgnaldo Timóteo assume a Presidência, submentendo àdiscussão e votação a proposição do Deputado LuizLeal, que é aprovada, por unanimidade. Em seguida, oDeputado Luiz Leal reassume a Presidência. Encerramento: nada mais havendo a tratar. foi encerrada a reunião l às doze horas c vinte cinco minutos, e, eu, JarbasLeal Viana, Secretário, lavrei a presente Ata que, depoisde aprovada será assinada pelo Sr. Presidente.
Sala da Comissão, 13 de junho de 1984. - DeputadoLuiz Lea!, Presidente.
O Senhor Deputado Luiz Lcal, Presidente da Comissão de Finanças, fez a seguinte distribuição
Em 18-6-84Ao Senhor Dcputado Irajá Rodrigues:Projeto de Lei n' 1.572/83 - do Sr. Júlio Costamilan
- quc "A utoriza o Poder Executivo a promover a construção do Hospital Regional dos Trabalhadores em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, e dá outrasprovidências" .
Projeto de Lei n' 1.626-C/75 - Substitutivo do Senado ao projeto de Lei n' 1.626-B, de 1975, que "permite adedução do imposto de renda de gastos com assistênciamédica, inclnsive radiografias, exames de laboratório ecirurgias, no caso e condições que especifica".
Ao Senhor Deputado José Carlos Pagundes:Projeto de Lei n' 3.006/84 - (Mensagem n' 055/84)
do Poder Executivo - que "Concede pensão especial aoFrei José Maria Carneiro de Lima. OSM.
Projeto de Lei n' 3.007/84 - (Mensagem n' 056/84)do Poder Executivo - que "Concedc pcnsão espccial aoFrei Peregrino Maria Carneiro Lima. OSM.
Projeto de Lei n' 3.013/84 - (Mensagem n' 068/84)do Poder Executivo - que "Concede pensão especial aInaldo Raul de Araújo e dá ontras providências".
Ao Senhor Deputado Moisês Pimentel:Projeto de Lei n' 1.288/75 - do Sr. Francisco Amaral
- que Determina o reajustamento dos benefícios concedidos pela Previdência Social, na forma que especifica, edá oulras providências".
Projeto de Lei n9 1.343/83 - da Sr' Cristina Tavares- que "Institui a contribuição previdenciária sobre a receita bruta, para a pcssoajurídica de fins econômicos e afirma individual".
Ao Senhor Deputado Walmor de Luca:Projeto de Lei n9 422/83 - do Sr. Borges da Sílveira
- que "Disciplina o reflorestamento com a utilização deerva-mate'",
Projeto de Lei n92.931/83 - do Sr. Francisco Diasque "Dá nova redação a dispositivo da Lei sobre desapropriação por utilidade pública".
Avocados pelo Senhor Presidente:Projeto de Lei n9 345/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira
- que Dispõe sobre os projetos de saneamento básicodos centros urbanos do País, desenvolvidos com assis
_ tência técnica e financeira de órgãos federais".
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Projeto de Lei n9686/83 - do Sr. Lúcio Alcântaraque "Confere direito real de uso sobre terra pública devoluta urbana a quem não tendo propriedade imóvel alguma, nela mantiver, por um ano, sua moradia, em barraco, favela ou outra construção".
Projeto de Lei n° 859/83 - do Sr. Jorge Carone que "Somente permite a elevação tarifária dos Transportes coletivos quando efetivada concomitantemente como reajuste dos salários' l
,
Projeto de Lei n' 2.534183 - do Sr. Paulo Mincarone- que "Concede anistia fiscal do imposto sobre Transporte Rodoviário, às Cooperativas de Transportes Rodoviários de Cargas".
Ao Senhor Deputado Ibsen de Castro:Projeto de Lei n9 1.721/83 - do Sr. Siqueira Campos
- que "inclui a rodovia que especifica no Sistema Rodoviário Nacional, do Plano Nacional de Viação".
Projelo de Lei n' 2.137/83 - do Sr. Augusto Treinquc "Obriga a adição de até 10% de farinha de trigomourisco ou sarraceno à farinha de trigo pura".
Sala da Comissão, 18 de junho de 1984. - Jarbas LealViana, Secretário.
COMISSÃO DO lNDIO16' Reunião, realizada a 7· de junho de 1984
Às dez horas do dia sete de junho de mil novecentos eoitenta e quatro, no Plenário da Comissão do Indio,Anexo 11 da Câmara dos Deputados, em Brasília,reuniu-se esta Comissão, sob a Presidência do SenhorDcputado Mário Juruna, Presidente. Presentes os Senhores Deputados Nosser Almeida, Márcio Santilli, Gilson de Barros, Eduardo Matarazzo Suplicy, Luiz Guedes Dante de Oliveira, membros efetivos e AlbinoCoimbra, Assis Canuto, Israel Dias-Novaes, França Teixeira, Abdias Nascimento e Domingos Leonelli, Suplentes. Presentes, eventnalmente, os Senhores DepntadosFernando Gomes, Fcliz Mcndonça e Francisco Dias.Verificada a existência de número regimental, iniciaramse os trabalhos destinados a ouvir o depoimento do Doutor Jurandyr Marcos da Fonseca, Presidente da Fundação Nacional do Indio - FUNAI, sobre os conflitosenvolvendo os índios Pataxó, no sul da Bahia. O SenhorPresidente, Depntado Mário JUrllna declarou aberta asessão e passou a Presidência ao Senhor Deputado Nosser Almeida, membro efetivo da Comissão. Dispensadaa leitura da Ata, foi considerada aprovada, sem restrições. Foi feita, pela Secretária a leitura do seguinte Expediente: Of. n' 523/Pres. - da Presidência da Fundação Nacional do Indio - "Cumprimentando V. Ex',cncaminho cópia do Telex dirigido ao Exmo. Sr. Deputado Siqneira Campos em decorrência de rcferênciascontidas no pronunciamento feito pelo ilustre Deputadona Sessão de 22-5-84 da Câmara dos Depntados. Naoportunidade, renovo a V. Ex' protestos de elevada estima c distinta consideraçào. Jurandyr Marcos da Fonseca- Presidente."; Telex n' 357/Pres. "A admiração, o respeito e a amizade que tenho por V. Ex' me impedem deconsiderar as referências contidas no pronnnciamentofeito pelo ilustre Deputado na Sessão de 22-5-84 da Câmara dos Deputados. Entretanto, para tranqiiilidade denossas consciências, minha e de V. Ex~, repudio com amais absoluta veemência as afirmações que caracterizamverdadeiro ato a de insuflamento às comunidades nãoíndias a fazerem jnstiça com as próprias mãos. Pelo queconheço do passado honrado de V. Ex' torna-se paramim muito dificil a comprcensão dessa atitude. Receba oilustre Deputado o abraço do amigo. Jurandy Marcos daFonseca, Presidente da FUNAI"; Discnrso: "O SenhorSiqueira Campos (PDS - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Senhor Presidente. Senhores Deputados, atéagora não tive conhecimento, por via direta ou indireta,de providência da FUNAI que assegurasse tranqiJilidadeàs popnlações de Tocantinópolis e Araguaiana, que estào sob constantes invasões de índios, comandados poragitadores que desejam levar o norte de Goiás e O País ao
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caos. O Senhor Jurandy Fonseca, desde que elevado àsfunções de Presidente da FUNAI, isolou-se dos representantes políticos das regiões que têm sérios problemasindígenas e das populações não-indígenas envolvidasnesses ·problemas. Será que Jurandy Fonsecatransformou-se em mais um desses muitos sujeitos bonzinhos, demagogos e, quanto às justas soluções dosproblemas nacionais, omissos e inconseqüentes? Tenhopaciência para esperar um pouco mais, mas temo que opovo dc Tocantinópolis, Araguaiana e outras comunidades já não a tcnha e procure fazer justiça com as própriasmãos. Era o que tinha a dizer". Convidado a fazer parteda Mesa, ao ser-lhe dada a palavra, o Senhor Presidenteda FUNAI indagou se poderia recorrer a sua Assessoriadurante as inquirições, tendo o Senhor Deputado NosserAlmeida respondido afirmativamente com base no art.63, § 29 do Regimento Interno. A seguir o Senhor Presidente da FUNAI discorreu sobre o assunto em pauta,em suscinta exposição, tecendo considerações sobre apolítica que adotará ã frente daquela Fundação. Finda aexposição. o Senhor Deputado Nosser Almeida esclareceu que seria concedido o prazo de três minutos a cadaParlamentar, para formulação das questões ao convidado e, comunicou o recebimento de Memorial dos fazendeiros da região em conflito na Bahia, submetendo aoPlcnário a conveniência de lê-lo on não, Em discussão aproposta da Mesa, usaram da palavra os Senhores Deputados Eduardo Matarazzo Suplicy, Fernando Gomes,Márcio Santilli e Gílson de Barros decidindo contrariamente à leitura do documento, tendo o Senhor Deputado Fernando Gomes discordado do resultado. Em seguida, o Senhor Prcsidente da FUNAI foi interpelado pelosSenhores Deputados Fernando Gomes, Israel DiasNovaes, Mário Juruna, Albino Coimbra, Eduardo Matarazzo Suplicy, Márcio Santilli, Gilson de Barros, FclixMendonça, Luis Guedes e França Teixeira. Ao responder as indagações, o convidado foi assessorado pela antropóloga Isa Maria Pacheco Rogedo e pelo advogadoGerardo Wilames Fonseca e Silva, da FUNA!. Às onzehoras e cinqüenta e cinco minutos, o Senhor DeputadoNosser Almeida passou a Presidéncia ao Senhor Depulado Assis Canuto. Usando da palavra. o Senhor Deputado Mário Juruna contestou a afirmação de que osíndios do snl da Bahia teriam abandonado suas terras dizendo que, na verdade, os índios sempre foram expulsosde suas terras. O Senhor Deputado Márcio Santilli apelou às partes ao entendimento, à negociação, como foifeita no Xingu tendo o Senhor Presidente da FUNAIafirmado que, naquela oportunidade, não houve nego·ciação e sim, desapropriação. Esclareceu ainda, que a ne~
gociação foi feita tão-somente entre o Governo e a comunidade indígena. O Senhor Deputado Gilson de Barros assumiu a Presidência às treze horas e trinta minutos.O Senhor Deputado França Teixeira fez acusações à antropóloga Maria Hilda Paraíso, que prestou depoimentonesta Comissão no dia trinta e um de maio passado,apresentando como testemunha de suas acnsações umex-Prefeito de Haju do Colônia, sendo advertido pelo Se·nhor Presidentc, Deputado Gilson de Barros quanto aoimpedimento rcgimental de chamar a depor pessoas nãoconvidadas. Insistiu o Senhor Deputado França Teixeirano encaminhamento do Memorial dos fazendeiros fazendo indagações consideradas não pertinentes pela Mesaeis que. de cunho subjetivo, tendo o Senhor DeputadoGilson de Barros o advertido novamente. Esclareceu oSenhor Presidente ao convidado a não obrigatoriedadeem responder as referidas qucstões tendo em vista o quepreceitua o art. 64 do Regimento Interno. Tendo o Senhor Presidente da FUNAI concordado em responder,disse que eram torpes as acusações feitas à antropólogaMaria Hilda. uma vez que a mesma só tem prestado relevantes serviços à causa indígena. A Presidência alertonos Senhores Deputados não ser permitido apartear oconvidado. O Senhor Deputado Luiz Guedes, disse quea vinda da antropóloga Maria Hilda Paraíso à Comissãofoi sumamente importante, não sendo justo ser acusada
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quando ausente. O Senhor Deputado França Teixeira,numa questão de ordem, protestou pelo não recebimentodas acusações contra Maria Hilda Paraíso, solicitando àMesa o encaminhamento das mesmas. A Mesa considerou não pertinente a questão de ordem, resolvendo-aconclusivamente, tendo o Senhor Deputado França Teixeira reclamado da decisão. Alertado pelo Senhor Presidente e insistindo em comentar a decisào da Mesa, foilhe cassada a palavra pelo Senhor Presidente, DeputadoGilson de Barros de acordo com o art. 77, IX do Regimento Interno, tendo o Senhor Deputado França Teixeira retirado-se do recinto. O Senhor Deputado MárcioSantilli solicitou aos Parlamentares que se ativessem àPauta dos trabalhos ou assuntos relevantes, evitandoacusações a convidados para que os mesmos não setransformassem em réus, tendo o Senhor Presidente esclarecido, mais uma vez, que o convidado não estavaobrigado a responder perguntas de ordem subjetiva. OSenhor Presidente da FUNAI foi interpelado, pela segunda vez, pelos Senhores Deputados Márcio Santilli,Fernando Gomes, Félix Mendonça e Luiz Guedes. O Senhor Deputado Márcio Santilli, com a aquiescência doconvidado indagou se o mesmo tinha conhecimento doProjeto n' 1.179/83 do Senhor Deputado Mozarildo Cavalcanti ao que o Senhor Presidente da FUNAI respondeu afirmativamente comprol!1.~tendo-se de enviar à Comissão subsídios da Assessoria Jurídica da FUNAI referentes ao Projeto. Ao final, o Senhor Presidente, Deputado Gilson de Barros teceu considerações sobre a reunião dizcndo ter se constrangido em cassar a palavra doSenhor Deputado França Teixeira, só o fazendo com ointuito de bem ordenar os trabalhos, no exercício dasatribuições conferidas ao Presidente pelo Regimento Interno da Casa. Disse, ainda, o Senhor Deputado que aPresidência acolhia o requerimento com as acusações àantropóloga Maria Hilda Paraíso, dando-lhe o devidoencaminhamento. Encerrando a sua participação nostrabalhos, o Senhor Prcsidcnte da FUNAI agradeceu atodos, colocando-se à disposição da Comissão, inclusivea Assessoria Jurídica daquela Fundação. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente ao encerrar a reunião às quatorze horas e cinqüenta minutos, agradeceu apresença do Senhor Presidente da FUNAI, Doutor Jurandy Marcos da Fonseca c seus assessores, a antropóloga Isa Maria Pacheco Rogedo, Gerardo Wilames Fonseca e Silva - advogado da FUNAI e Gerson da Silva Alves, Titular da Diretoria de Assistência ao Indio, convocando nova reunião a realizar-se no próximo dia quatorze às 9:30 horas para votação dos seguintes Projetos: Projeto de Lei n' 1.179/83 do Senhor Deputado Mozarildo Cavalcanti - trata de mineração em terra indígena- Serra de Surueucus - RR; - Projeto de Lei n'3.277/84 do Senhor Deputado Mário Juruna - dispõesobre sanções a funcionários da FUNAI que permitiremarrendamento ou invasão das terras indígenas. Os debates foram gravados. E, para constar, eu, Mariza da SilvaMata, Secretária, lavrei a presente Ata que lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Prcsidente. - Gilson deBarros, no exercício da Presidência.
PROJETO DE LEI N' 3.277, DE 1984
Parecer da Comissão
A Comissão do Indio, em reunião ordinária realizadahoje, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projetode Lei n' 3.277/84, nos termos do parecer do Relator Deputado Haroldo Lima.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: MárioJuruna, Presidente; Alcides Lima; I'-Vice-Presidente;Ricardo Ribeiro, 2'-Vice-Presidente; Mozarildo Cavalcanti, Domingos Leonelli, Octávio Cesário, Gilson deBarros, Aldo Arantes, Randolfo Bittencourt, IsraelDias-Novaes, Wildy Vianna, José Carlos Vasconcellos,Abdias Nascimento, Márcio Santilli, Dante de Oliveira,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Eduardo Matarazzo Suplicy, Albino Coimbra, OrestesMuniz, Nasser Almeida e Haroldo Lima.
Sala da Comissão, 14 de junho de 1984. - Aleides Lima, l'-Vice-Presidente - Haroldo Lima, Relator.
Termo de Reunião
Aos vintc dias do mês de junho de mil novecentes e oitenta e quatro a Comissão do Indio deixou de realizarreunião por falta de número regimental. Compareceramos Senhores Deputados: Mário Juruna, Presidente; Alcides Lima, lo Vice-Presidente; Aldo Arantes, RandolfoBitlencourt, Dante de Oliveira, Gilson de Barros, LuizGuedes e Márcio Santilli, membros efetivos. Eu, Marizada Silva Mata, Secretária, lavrei o presente tcrmo, quevai a publicação.
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
O Senhor Presidcnte da Comissão de Minas e Energia,Deputado Prisco Viana, fez, nesta data, a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Manoel Costa:Projeto de Lei n' 3.177/84. que "Autoriza o Poder
Executivo a encampar bens e instalações vinculados aosscrviços públicos de energia elétrica explorados pelaCompanhia Força e Luz Cataguases Leopoldina, transferindo sua administração à CEMIG".
Autor: Dep. Jorge Carone-PMDB/MGBrasília, 15 de junho de 1984. - Prisco Viana, Presi
dente.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUltRITO
Destinada a examinar a utilização dos recursoshidricos no Brasil.
14' Reunião, realizada a 7 de junho de 1984
Às nove horas e quarenta e cinco minutos do dia setede junho de mil novecentos e oitenta e quatro, presentesos Senhores Deputados: Osvaldo Coelho, Presidente;Coutinho Jorge, Relator; Evandro Ayres dc Moura, Antônio Florêncio, Etelvir Dantas, Fernando Santana,membros efctivos da Comissão; Antônio Gomes, Suplente, e, ainda, Epitácio Bittencourt e Ãngelo Magalhães, presenças eventuais, reuniu-se no Plenário da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, em Brasília, a Comissão de Inquérito destinada aexaminar a utilizaÇ<.1.o dos recursos hídricos no Brasil,para a tomada de depoimento dos Senhores José Ubirajara Coelho de Souza Timm, Superintendentc da SUDEPE e Laurentino Fernandes Batista, Coordenador dosRecursos Naturais do CNPq. Ata: Dispensada a leitura,foi considerada aprovada a reunião anterior. O SenhorPresidente fez a apresentação dos Depoentcs que, havendo prestado o compromisso na forma da lei, discorreramsobre o assunto em pauta. Finda a exposição, o SenhorPresidcntc passou a Presidência ao Senhor DeputadoAntônio Florêncio. Os Senhores depoentes foram interrogados pelos Senhores Deputados Coutinho Jorge, Relator; Antônio Florêncio que, de acordo com o Rcgimento, passou a Presidência ao Scnhor Deputado FerTJando Santana, reassumindo-a em seguida; Etelvir Dantas, Ãngelo Magalhães e Fernando Santana. Após responderem às inquirições e não havendo mais inscritos,os Senhores Depoentes agradeceram a atenção a eles dispensad~. O depoimento c as inquirições foram gravadosc, após taquigrafados, decifrados e datilografados, serãoanexados am; autos do presente inquérito. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a prcsençados Depoentes e dos demais, marcou a próxima reuniãopara quatorze de junho, encerrando esta, às treze horas.E, para ..constar, eu Nelma Cavalcanti Bonifácio, Secretária, lavrei a presente Ata, que depois de lida, se aprovada. scrá assinada pelo Senhor Prcsidentc.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQultRITO
Destinada a investigar em toda a sua plenitude eeonseqüências as atividades do grupo CAPEMI.
29. Reunião, realizada em 13 de junho de 1984
Às dez horas c dez minutos do dia treze de junho demil novecentos e oitenta e quatro, no Plenário das Comissões Parlamentares de Inquérito, Anexo 11 da Cámara dos Deputados, em Brasília, presentes os DeputadosLéo Simões - Presidente; Matheus Schimidt - Relator;Farabulini Júnior, Israel Pinheiro, Israel Dias-Novaes,Tidei de Lima e Cid Carvalho, membros da Comissão; e,ainda, os Deputados Nilson Gibson e Eduardo Matarazzo Suplicy, reuniu-se esta Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar em toda a sua plenitude econseqüências as atividades do Grupo CAPEMI. Finalidade da reunião: tomada de depoimento do Sr. AntônioChagas Meirelles, ex-Diretor do Banco Central do Brasil. Havendo número regimental foram iniciados os trabalhos. Ata: lida, discutida e aprovada a da reunião anterior. Expedientc: lido telex do Deputado Farabulini·Júnior, congratulando-se com a CPI pela aprovação daconvocação do General Newton de Oliveira e Cruz, eOfício do Sr. Carlos Langoni, justificando sua ausência àComissão. O Relator. usando da palavra, disse que aCPI tem o dever moral de tomar as medidas legais contrao Sr. Carlos Langoni uma vez que não há mais prazopara ouvi-lo na Comissão. Discutiram o assunto também os Deputados Tidei de Lima, Farabulini Júnior, Israel Pinheiro, Nilson Gibson c Israel Dias-Novaes, quelevantou uma Questão de Ordem no sentido de o Presidente da Comissão, através do Presidente da Câmara,oficiar a CEPAL, em Santiago para liberar o SI. CarlosLangoni para vir depor na CPI. Posta em votação a matéria foi aprovada. O Deputado Nilson Gibson pediu verificação de votação, mas o Deputado Israel DiasNovaes retirou sua proposta. O Depoente foi convidadoa tomar parte da Mesa, prestou o compromisso legal eapós a leitura do seu currículo. iniciou o seu depoimento,sendo inquirido pelos Deputados Matheus Schmidt Relator, Farabulini Júnior. Tidei de Lima, Cid Carvalho, Eduardo Matarazzo Suplicy e Nilson Gibson. O Deputado Matheus Schmidt invocou sua condição de Relator para tomar medidas judiciais junto à ProcuradoriaGeral da República junto ao Distrito Federal contra oSr. Carlos Langoni. O Deputado Tidei de Lima indagousobre a audiência da Comissão de Constituição e Justiça,que ainda não decidiu sobre o pedido do Deputado Siqueira Campos. Nada mais havendo a tratar o Presidente encerrou a reunião, às treze horas e quinze minutos,convocando outra secreta, para tomada de depoimentodo Sr. General Newton de Oliveira e Cruz, ex-Chefe daAgência Central do SNI. O depoimento foi gravado e depois de traduzido e datilografado será anexado ao presente inquérito. E, para constar, cu Márcia de AndradePereira, Secretária, lavrei a presente Ata que depois delida, discutida e aprovada será assinada pelo Presidente.
GRUPO PARLAMENTAR BRASIL - AUSTRÁLIA
Reunião realizada em 10 de maio de 1984
Aos dez dias do mês de maio do ano hum mil novecentos e oitenta e quatro, presentes os Senhores Deputados:Flávio Mareílio, Josê Carlos Vasconcelos, Hélio Duque,José Mendonça, Pedro Corrêa, Sarney Filho, MarceloLinhares, João Carlos de Carli, Ricardo Fiuza, CclsoPeçanha, Jorge Leite, Bete Mendes e Nadyr Rossetti, àsdez horas, reuniram-se com o fim de apreciar a seguintepauta da Ordem do Dia: I. constituição do Grupo Parlamentar Brasil-Austrália; 2. aprovação do Estatuto; 3.eleição da Comissão Diretora. Assumindo a Presidênciada reunião, o Deputado Hélio Duque convidou o Senhor
Junho de 1984
Pedro Corrêa para secretariá-la. O Senhor Presidentesu bmeteu à consideração dos presentes a criação doGrupo Parlamentar Brasil-Austrália, o que foi aprovadopor aclamação. Atendido o item 1 da pauta, passou-seao item 2. O Senhor Presidente submeteu a votos o projeto de Estatuto. Encaminhando a votação do projeto,falou o Senhor Deputado José Mendonça e, a seguir, oSenhor Presidente declarou o mesmo em votação.Verificando-se sua aprovação por unanimidade, o Estatuto ficou redigido da seguinte forma: Estatuto do Grupo Parlamentar Brasil-Austrália - Sede, Funcionamen·to, e Objetivos - "Art. 19 - O Grupo ParlamentarBrasil-Austrália, reconhecido como serviço de cooperação interparlamentar, tem sua sede em Brasília, Capital Federal, funcionando no Edifício do Congresso Nacional. Art. 2' - O Grupo tem por finalidade o intercâmbio de experiências parlamentares; a conservação,desenvolvimento e preservação de fontes culturais comuns; o aperfeiçoamento do uso da língua inglesa; c, oestudo de questões sócio-culturais de mútuo interesse.Parágrafo único - O Grupo não tem objetivo de ordempolítica. Composição - Arl. 39 - O Grupo é compostode parlamentares, membros do Congresso Nacional, quelhe derem sua adesão e a tiverem registrado em Ata. § l'- Ao filiar-se, o parlamentar se comprometerá a aceitaros termos do estipulado neste Estatuto para o Grupo. §2' - As Atas, bem como todos os atos e eventos oficiaisdo Grupo deverão ser publicados no "Diário do Congresso Nacional". Dos Órgãos - Arl. 49 - São órgãos:O Grupo e a Comissão Diretora. Art. 5' - No prazo dedois meses após o início de cada Legislatura, reunir-seão os membros efetivos do Grupo para eleger, em sessãoplenária, os integrantes da Comissão Diretora e um terçode suplentes para substituí-los em suas faltas ou impedimentos. Arl. 6' - A Comissão Diretora compõe-se deum Presidente de Honra, de Presidente, Vice-Presidente,Secretário-Geral Parlamentar e Tesoureiro. § l' - OPresidente de Honra será, sempre, escolhido entre o Presidente da Cámara dos Deputados ou o Presidente doSenado Federal. § 2' - O mandato dos membros da Comissão Diretora será de dois anos, permitida a reeleição,salvo quanto ao Presidente de Honra, cujo mandatocoincidirá com o que tiver na Mesa. § 3' - Em seuS impedimentos, o Presidente da Comissão Diretora serásubstituído pelo Vice-Presidente e, na falta deste, pelosdemais membros, desde que o assunto exija decisão decaráter urgente. § 4' - Se qualquer membro da Comissão Diretora deixar de fazer parte ou renunciar à mesma,proceder-se-á à escolha de seu sucessor, salvo se faJtaremmenos de seis meses para o término do mandato da Comissão. § 5' - Haverá um Secretário Administrativo deescolha da Comissão Diretora. Art. 7' - A convocaçãodo Grupo poderá ser feita, a qualquer tempo, pelo Presidente, por um terço dos membros da Comissão Diretora
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção [)
ou dois terços dos integrantes desse Grupo. Da Competência - Art. 8' - Compete ao Grupo: a) eleger a Comissão Diretora e escolher o Presidente de Honra; b) alterar o Estatuto; e) traçar as diretrizes e definir os princípios que nortearão as atividades a serem desenvolvidaspela Comissão Diretora; d) apreciar o relatório de atividad es e a prestação de contas das despesas realizadaspela Comissão Diretora, no ano anterior; e) aprovar areceita e a despesa constantes do orçamento anual. Art.9' - Compete à Comissão Diretora: a) propor a alteração do Estatuto; b) organizar o programa de atividades do Grupo; c) constituir delegações; d) promover oestudo e a apreciação de teses, pareceres e trabalhos a serem apresentados em confcrências internacionais; e) indicar, à admissão no Grupo, novos membros; Onomearobservadores parlamentares, sempre que necessário aobom desempenho e ação do Grupo; g) autorizar quaisqucr despcsas e aprovar créditos; h) aceitar, para o Grupo e em seu nome, a concessão de qualquer espécie dedoação, ajuda de custo ou representação; i) fixar, quando houver, a contribuição dos membros do Grupo;j) comunicar, para cumprimento dos termos estatuídos nosrespectivos Regimentos, à Presidéncia de cada Casa doCongresso Nacional, os nomes dos integrantes de delegação ou do de observadores parlamentares, bcm assimo de assessores e do sccrctário, que devam acompanharas delegações e representações a outros países; delegar,ao Presidente, quaisquer de suas competências; m) resolver os casos omissos porventura existentes neste Estatuto; n) escolher o Secretário Administrativo; o) determi·nar li competência do Secretário-Administrativo. Art. 10- A Comissão Diretora fixarâ, em reunião, a competência de cada um de seus membros, prevalecendo a anteriormente estabelecida, enquanto não modificada. Disposições Gerais e Transitórias - Art. II - São conside·rados países-membros, podendo assim constituir os respectivos Grupos Parlamentares, filiados ao Grupo Parlamentar Brasil-Austrália, além destes dois, a Tasmâniae a Nova Zelândia. Parágrafo único - Núcleos sócioculturais de língua inglesa, independentemente do paísem que se encontrem, poderão eleger e indicar delegados, fazendo-se representar nas atividades desenvolvidaspelo Grupo Parlamentar Brasil-Austrália. Art. 12 - Oatual mandato da Comissão Diretora, inclusive o do Presidente de Honra, terminará em 31 de janeiro de 1985.Art. 13 - O ano financeiro será de l' de janeiro a 31 dedezembro de cada ano". Passando ao item 3 da pauta,que trata da eleição da Comissão Diretora, informou oSenhor Presidente que o escrutínio seria secreto e levantou a sessão pejo prazo de trinta minutos, para que fossem confeccionadas as necessárias chapas. Reabertos ostrabalhos, foram os presentes chamados pela ordem deassinatura da lista de presença, para depositarem seusvotos na urna. Após o voto do Senhor Presidente, foi de-
SECRETARIA-GERAL DA MESA
I !J 8 3
REQ~ERIMENTOS DE INFORNnÇÕES ENCAMINHADOS
S,ibado 23 6367
darada encerrada a votação. O Senhor Presidente convi·dou para servirem de escrutuladores os Senhores Deputados Marcelo Linhares e José Carlos Vasconcelos.Aberta a urna, foi constatada coincidirem o número devotos com o de votantes e, apurada a votação, eleita a seguinte Comissão Diretora: Presidente de Honra, SenhorDeputado Flávio Marcílio; Presidente do Grupo Paria·men tar Brasil-Austrália, Deputado Hélio Duque; VicePresidente, Deputado José Mendonça; Secretário-GeralParlamentar, Deputado Pedro Corrêa; Tesoureiro, Deputado Sarney Filho. O Presidente eleito agradeceu, sensibilizado, a demonstração de confiança, de seus colegasparlamentares, depositada nele e em seus companheirosde chapa. Usou, igualmente, da palavr,a o Presidente deHonra, que augurou sucesso ao Grupo recém-criado,agradecendo, também, sua eleição. Aproveitando aoportunidade, em atendimento aos termos do estipuladono Estatuto, o Senhor Presidente designou, com aprovação geral, a Senhora Flávia Isa Obino Boeckel, paraatuar junto ao Grupo, na qualidade de Secretária Administrativa. Nada mais havendo a tratar, foi levantada areunião, da qual foi lavrada a presente Ata que, depoisde lida e achada conforme vai por mim (Flávia Isa ObinoBoeckel), Secretária, assinada e pelo Presidente.
Lista de Presença
Bete Mendes - Celso Peçanha - Flávio Marcílio Hélio Duque - Israel Dias-Novaes - João Carlos deCarli - Jorge Leite - José Carlos Vasconcelos - JoséMendonça - Marcelo Linhares - Nadyr Rossetti Pedro Corrêa - Ricardo Fiuza - Sarney Filho.
Posteriormente à constituição do Grupo ParlamentarBrasil-Austrália, passaram a integrá-lo os seguintes congressistas:Senador Álvaro Dias (PMDB - PR)Telefone: 224 9903Senador Marcondes Gadelha (PDS - PB)Telefone: 224 2009Senador Roberto Saturnino (PDT - RJ)Telefone: 226 4693Deputado Amaury Müller (PDT - RS)Telefone: 225 2960
SEÇÃO DE SINOPSE - CELERRATA
(Arquivamento)
Exclua-se por ter sido publicado indevidamente noDCN 15-9-83, pág. 9159, col. 01, a seguinte proposição:
Projeto de Lei n' 1.907/79 - (Benjamim Farah) Discrimina a obrigatoriedade às empresas de apresentarem documentação comprobatória referente a segurançae medicina do trabalho, por ocasião de concorrerem a licitações públicas, envolvendo obras de construção civil,reparos e serviços gerais.
119
2/83'
25/83
35/83
AUTOR
JoiIo HERCULINO
OSVALDO MELO
FERREIRA MARTINS
EMENTA
SoZiaita informações ã SEPLAN sobre oa aúmentoB
doe pre~oa doa derivado8 de petróleo.
SoZiaita informa~ãss ao MEC sobre 'as ob2'as do Pa
trimônio Histórico de Belém do Papá.
SoZiaita -informações ao Sr. MINISTRO EXTRAORDINÁRIO PARA ASSUNTOS FUNDIÁRIOS 8ob~e a arrecadação
DATA DA Hi.'-E3S.:" AO GA;I::E::~ CIZ:! .J.';PRESID~!JCIA DA RE.?ê3!.IC.';'
ar. SGM-20. de 09 ••03.83
Of. SGM-395, de 24.06.83
6368 Sábado 23
:J9 AUTOR
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
EMENTA
p~lo INCRA. nos s:spataios a. 1978 a 1982. do Imposto Territoriat Rurat.
Junho de 1984
DATA DA RE!ESSA AO GAiw:E:;E' CII'IL r;,;PRESID~lCIA DA R::P03LIC.~
FARABULINI. JONIOR
59/83
83/83
70/83
80/83
8J/83
83/83
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8S/83
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JOO/83
101/83
102/83
10~/83
109/8iS
112/83
WALL FERRAZ Soliaita informa~ões ao MIBISTtRIO DA AGRICULTURA
sobre a implanta~ão do Parque Nacional da Capivara, em são Raimundo Nonato, no Piaul.
FRANCISCO AMARAL Solicita informa~ões ao MINISTtRIO DA PREVID2NCIAE ASSISTENCIA SOCIAL sobre os dsbitos am atrasodas prsfeituras municipais e sobre aaordos parapagamanto' parCS lado.
,OtLIO DUQUE Soliaita informa~õss ã SECRETARIA DE PLANEJAMENTO
DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA. sobrs smpresas bras~
tairas aom ssda própria ou alugada no e~terior.
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY Soliaita informaçõss aO ~INISTtRIO DA FAZENDA e ã
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESID2NCIA DA'REP!BLICA, eobre facilidades de empristimos junto aoBanao d~ Brasi.l e a Caiza Eoonômica Federat. aoGpupo Coroa-Brastsl.
BRANDXO MONTEIRO Solioita informa~õe8 ao MINISTtRIO DAS MINAS E
ENERGIA. sobre a real situação do Garimpo deSerra Palada. no Estado do Pará.
FRANCISCO AMARAL Solioita informações ao MINISTtRIO DA PREVID2~
CIA E ASSISTENCIA SOCIAL. sobra dsbitos das pr~
feituras Munioipai,s;
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY Solicita informações ao MINIST2RIO DA FAZENDA.
sobr8 os oontratos assinados palas autoriadadssmonetárias do Governo brasileiro com, os Banoosor.dopes dP Brasil. 8m J982 e 1983.
FRANCISCO ilMARAL SoUoita informações ao MINISTtRIO DA JUSTIÇA s~
brs astudos daquela Pasta a raepaito da oriaçãods noVas Juntas de Con~itiação e JuZgamento emtodo o Pats.
AIRTON SOARES Solioita in/armações à SECRE~ARIA DE PLANEJAME!TO DA PRESID2NCIA DA REPOBLICA. sobre o pessoaZ
das Entidades Estatais.EDUARDO MATARAZZOSUPLICY Solicita informa~õas ao MINISTtRIO DA FAZENDA.
sobre a tiquid6a do Grupo Coroa-Braetel.
'FRANCISCO AMARAL Solicita informações aO DASP'sobre dsmissõesooorridas. ae 1982 a 1983, nos órgãos do gove~
no Federal situadoe nos Estados. T8rritórios s
Distrito· Fl/dIJraL
Solioita informaçõl/e' ã SEPLAN sobre prejuieos dsEmpresas Estataie nos últimos 5 ano••
MILTON REIS SoZioita informações ao MINTEH sobre o fundo de
Compensa~ão Salarial do BNH.
AMILCAR DE QUEIROZ Solicita informações ao DASP sobre o total de se~
vidores civis, qua após a aplioação das medidaede deoorrentes da Lei n9 6.445/70. retornaram àatividade.
SALLES LEITE Solioita "informações ao MME 80bre os SO maiOl'es a,
50 menores salários pagos aos funoionários da El!trobráe. Petrobráa. Intarbrás. Cia. Vala do Rio
Dooe; Nuotebrás a Itaipu Binaoional.
Of. SGM-828. de 04.10.83
Of. SGM-828, de 04.JO.83
Of. SGM-835. d8 0~.10.83
Of. SGM-l048. de U;11.83
0f.SGM-1049. ds 17.1J.85
Of. SGM-l0Sl, ds 17.11.83
Of. SGM-1052. ae 17.11.83
Of. SGM-l053. de 17.11.85
Of. SGM-ioS7. da 17.11.8~
Of. SGM-113S, dd 29.1J.'~
Of. SGM-1138. de 29.1J.83
Of. SGM-1139. de ~9.11.83
Of; SGM-1144. de 29.22.83
Of. SGM-1147, de 29.11.83
Junho de 1984 DIÂRIO DO CONGRESSO N ACTONAL (Seção I) Sábado 23 6369
:19 AUTOR
122/83 FRANCISCO AMARAL
126/85 SAMIR ACHtJA
228/83 SALLES LEITE
Dos 81'8. L-ídor682U/83 do' ENDB, PTB,
PD'l! .. ET.
lU/85 DJALNA FALClo
HO/83 AMAURY MULr;ER
139/85 EEDRO NOVAIS
EMENTA
Solicita info~ma~õ"8 ao MEAS 8ob~e ~ a~~ecadação
da ta.za de custéio de salário-famtUa..
Solioita informa~ões ao MINISTtRIO DA PAZENDA sobre a fiscalisação do Banco Central junto a enti
dades finanoeiras.
Solioita informações ao MINISTtRIO DA AERONAuTlCA sobrs infra-estrutura aeroportuária.
Solicita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA s~
bre cróditos obtidos ou uarantidos pelo Tesouro
Na(JionaZ.
Solioita info~mações' ao NRE sobre o dossiê deno
minado "Rel.atópio Sat"a'iva".
Solioita informações ao MEAS sobre a sitação
real das contas da E~evidênoia.
Solicita informações ao MINTER sobre reou~SOS doFINOR, aplioados na auropeouária s na indústria,
nos últimos 6 anDe.
DATA DA RE!·!ESSA AO GABI!.'E~E CII':L '::;.4PRESID~!ICIA DA R"::P;;BLIC.4
Of. SGM-1157, de 29;11.83
Of. SGM-1161, de 29.11.83
Of. SGM',]183, de 29,.11.83
Of. SGM-0021, de 15.03.84
Of. SGM-0023, de 13.05.84
Of. SGM-002?, de 15.03.84
Of. SGM-0028, de 13.05.84
141/83
151/83
152/83
153/8$
15?/83
PREITAS NOBRE
OSWALDO LINA PILHO
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY
FRANCISCO AMARAL
RAYMUNDO ASFORA
Solicita informações à SEELAN sobre os cortes nosinvestimentos do Sistema TelebráB.
Solicita inf~~mações ao MINIST2RIO DA MARINHA s~
b~e 08 oustos Qm cFuzsir08 6 em dólares da8 6~P!
dições brasilei~as à Antártida.
Solioita informa~ões ao MINIST2RIO DA FAZENDA e
a SEPLAN aoeroa do efeito ltquidb sob~e a reoei
.ta tributária do Governo: em deoorrênoia das me
didas contidas no Deorsto-lei n9 2.086.
Solioita info~ma~ões ao MINIST2RIO DO PRABALHO
sob~ .. a regulamentação da profissão de sociólogo.
Solioita informações ao MME sob~e as jazidas qus
se enoont~am em prooesso de lavra no Estado daPazaalba.
Of. SOM-0028, de 13.03.84
Of. SGM-0038. de· 13.03.84
Of. SGM-0039, d.. 13.P3.84
Of. SGM-p040, de 13.05.84
.Of. SGM-0044/83, d.. 13.03.8
159/83
"169/84
CHAGAS VASCONCELOS Solioita'info~mações ao TRIBUNAr; DE CONTAS DA
UNIÃO sob~e o repasss pelo Pode~ Ezeoutivo daspa~o.. las do IR e IPI'aoo Estados e Muniotpios.
AMILCAR DE QUEIROZ. Solioita info~mal'õe8' ac> MME eobre a const2'ul'ãode gasoduto ligando o Alto Amazonas à oidade desão Pauto.
Of. GP-0-364, ae 13.01.84
Of. SGM.101, de 28.03.84
1?0/84 COUTINHO JORGE Solioita informações ao MINISTtRIO DOS TRANSPOR
TES'o ã SEORETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDENCIA
DA REPt1BLICA, sob~e o projeto as "Enlusas de TuCUJlu{. Of. SGM-I12, de 28.05 ..84
172/84 THOMAZ Co"ELHO Solioita il'formações ao MINTER 80brQ projotos
ap~ovad08 pela SUDENE em 1983:
179/84 THOMAZ COELHO Solioita informações ao MINTER sobre a atul'ão do
DNOCS em 1983.
180/84 RAYMUNDO ASFORA SoUoita info~ma"ões ao MINISTtRIO DO TRABALHO
sob~e cón8t2'ução de p~édio para instalação de
Junta de Conoil~ação e Julgamento, em Campina
G~and...
1.81/84 CHAGAS VASCONCELOS 60 Zioita informações ao TCU 80bre transfe~sn-
Of. SGM-I03. de 28.03.84
Of. SGM-173, de 18.04.84
Of. SGM-l?4, de 18.04.84
6370 Sâbado 23
ri9' AUTOR
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
EMENTA
Muni~ipios rsfsrsnt.s a s.u Estado, no mês ds
mal'go d. 1984.
Junho de 1984
DATA DA- RE:·:ESSA AO GA3I:!E'::E CIV;r, D.';PRES19~!lCIA DA REP::"SLIC.';
Of. GP~O-801, de 23.04.84(~
184/84 FRANCISCO VIAS Soli~ita informaçõs4sobre a s~istinoia dsps. no Mini8ti~io.
ao MINISTISRIO·DA MARINHA,quadro d. capelães milita-
Of. SGM-l??, ds 18.04.84
186/84 .TOS2 TAVARES Solioita ~nformações ao MINIST2RIO DAS COMUNICAÇaEB sobl'e oritirios adotados para partioipaçãodali (J'!no6tJs1.()nárt1.aIJ no' a_nominado "Pe%"centua't"
anloa sobre Tl'áfego Mútuo". Of. SGM-l?8. ds 18.04.8~
18S/84 FRANCISCO AMARAL
%89/84· .TOSIS CARLOS'1'~Tr1?IRA
190/84 AMAURY MULLER
191/84 AMAURY M(lLL8R
192/84 .TOS2 TAVARES
lU/84 HeLIO DUQUE
194/84 ISRAEL VIAS-NOVAES
Solioita informações aO NHE sobre reaJustss dastarifas de energia elitrioa.
Solicita informações ao MINrST2RIO DA PAZENDA so
bre dtvida em dólar das emPl'esas·privadas.
Solioita informações ao MME sobrs e~ploração dsriqussas minerai4 por smpresas multina~ionais.
Soli~ita informações ao MME sobr.·o balanço de19P3 da P8TROBRXS.
Soti~it~ infol'maçõss ao GABINETE CIVIL DA PRES!DENCIA DA REPaBLicA, sobre as viagens do Prssidsnt. da Rspública ao Narrosos e a ~hina.
SoZi~ita infol'maçõ.. ao GABINETE CI.YIL DA PRES!
DENCIA DA REPaBLICA, sobre a v~agem do Prsside~
ts João Figueirsdo ao Japão e a China;
Sotisit;a informaçõss ao MINIST2RIO DAS COMfJNICr:.Ç~ES sobrs oo~oessão de oanais de radiodifusão" teZQviaão.
0f. SGM-l?9. de 18.04.84
Df. SGM-328, ds 28.~S.84
Df. SGM-329. de 28.0S.84
0(. SGM-Z30, de 28.05.84
Of. SGM-331. de 28.0S.84
Of. SGM-332, ds 28.0S.84
0f. SGM-333, de 28.0S.84
19S/84
19?/84
201/84
TIVEI D8 LIMA
HISLIO DUQUE
JOSIS EUDES
Solioita informações à SEPLAN e ao MINISTtRIO DAPAZENDA, sobps gastos oom viagens ao e~terior eobjetivos do oada v~agBm~
Soliaita informações ao Ministirio da AgriauZturasobre a exeaução dll obras na CIBRAZEM
Soliaitando informações ao MINIST2RIO DAS RELAÇ08SEXTERIORES, sobre quais as providênoias a serem t~
madas pslo GoVerno em relação aoe brasileiros de8Spa~8aid08 na .Apgentina.
Of. SGM-.34, de 29.0S.84
Df. SGM-Z81, de 01.08.84
0f. SGM-3BO, de 08.0S.84
MESA
Presidente:
Flá.vio Marcílio - PDS
1.°-Vice-Presidente:
Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS
2.°_Vice-Presidente:
Walber Guimarães - PMDB
LO-Secretário:
Fernando Lyra - PMDB
2.o-Secretário:
Ary Kffuri - PDS
3.0 -Secretário:
Francisco Studart - PTB
4.o-Secretário:
Amaury Müller - PDT
SUPLENTES
Osmar Leitão - PDS
Carneiro Arnaud - PMDB
José Eudes - PT
Antônio Morais - PMDB
PDS
Lider:
Nelson MarchezanVice-Líderes:
Alcides FranciscatoAmaral NettoDjaJma BessaEdison LobiíDGi61a Júnior
J oaeil PereiraJorge ArbageRicardo Fiuza
Siqueira CamposCelso Barros
Nilson GibsonJosé Lourenço
Francisco BenjamimAugusto Franco
José Carlos FonsecaSaramago Pinheiro
Otavio CesarioAdhemar GhisiAugusto TrelnAmaral Netto
PMDB
Lider:
Freitas Nobre
Vice-Líderes:
Egidio Ferreira LimaSinval Guazzelli
Francisco AmaralVirgUdãslo de senna
Ronaldo CamposDjalma FalcãoAmadeu GearaHaroldo LimaHélio Duque
Hélio Manhães
LIDERANÇASJoão Divino
José Maria MagalhãesTidei de Lima
João B8lStOSJosé Carlos Vasconcelos
Lélio de SouzaNelson ·Wedek1n
Raymundo AstoraDenisar Arneiro
Jorge ViannaRoberto Freire
José Mendonça; de MoraisArthur Virgilio Neto
WaJmor de LucaWalmor Giavarlna
PDT
Lider:
Brandão Monteiro
Vice-Lideres
Nadyr RossettlJG de Araújo JorgeOsvaldo Nascimento
Clemir Ramos
PTB
Lider:
Celso Peçanha
Vice-Lideres:
Mendes BotelhoRoberto Jefferiõon
PT
Lider:
Airton Soares
Vice-Lideres
Inna PassoniBete Mendes
COMISSÕES PERMANENTES1) COMISSAO DE AGRICULTURA E
POLITICA RURALPresidente: Ivo Vanderllnde - PMDB
Vice-Presidente: Geraldo Fleming - PMDBVice-Presidente: João Paganella - PDS
Titulares
PDS
DEPARTAMENTO DE COMISSÕESDiretor: Luiz Carlos Baby
Local: Anexo li - Telefone 224-2848Ramal 6278
Coordenação de Comissões PermanentesDiretora: Silvia Barroso Martins
Local: Anexo II - Telefone: 224-5179Ramais: 6285 e 6289
PMDB
Cardoso AlvesCarlos Vinagre
Olavo PiresOswaldo TrevisanPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul Ferraz2 vagas
PDT
Mário JurunaVago
PT
PTB
Pacheco Chaves
Suplentes
PDSJônathas NunesRubens Ardenghi
2) COMISSAO DE CII!NCIA ETECNOLOGIAPresidente: Jorge uequed - PMDB
Vice-Presidente: Fernando Cunha - PMDBVice-Presidente: Irlneu Colato - PDS
TituIaresPDS
Adall Vettorazzo Brasília CaladoAntônio Florênclo Vago
PMDBDirceu CarneiroJorge Vargas
Moacir Franco
João DivinoJorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de LavorNelson Aguiar
Arlldo Teles
Eduardo MatarazzoSu,pllcy
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - SaIa 11 - R.: 6293 e 6294Secretário: José Maria de Andrade C6rdova
Evaldo AmaralJoão Rebelo
Estevam GalvãoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOsvaldo CoelhoOtavio CesárloPedro GermanoPrisco VianaRubem MedinaSalles LeitesebiJ.stlão Curi6Vago
PT
Lélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireOswaldo Lima FilhoRaul Belém
.Santinho Furtado
PDT
Sérgio Lomba
PMDB
Del Bosco AmaralDoreto CampanariHélio DuqueIsrael Dlas-NovaesJoão Bastos
Airton Soares
Fernando GomesHarry AmorimIturlval NascimentoJorge ViannaJosé Mendonça de
MoraisJuarez BatistaJuarez Bernardes
Aldo PintoOsvaldo Nascimento
Suplentes
PDS
Afrlslo Vieira LimaAlceni Guerraantônio DiasAntônio FariasAntônio F1orêncioantônio Mazurek.AntÔnio UenoAssis CanutoCristlno CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc VieiraEpltãclo Bltteucourt
Alienar Mariaantônio CâmaraCarlos MosconiCasUdo MaldanerDante de Oliveira
Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarllJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeollmRelnhold StephanesRenato CordeiroSaramago PinheiroWlidy ViannaVago
Airton SandovalAntônio CâmaraAroldo Moletta
Adauto PereiraAlcides LimaAmilcar de QueirozBalthazar de Bem
e CantoBento PortoCarlos EloyCelso CarvalhoEmidio PerondiFabiano Braga CortesFrancisco SalesGeovani Borges
3) COMISSÃO DE COMU~ICAÇÃO
4) COMISSÃO DE CONSTITUIÇAO EJUSTiÇA
PTB
PT
PMDBMiguel ArraeaMúcio AthaydeNelson WedekiJl.Oswaldo Lima FilhoSebastião Rodrigues
JúniorSérgio MoreiraVirgildásio de Sennavago
Suplentes
PDSGerardo RenaultGerson PeresJosé BurnettJosé CamargoJosé Carlos MartinezJosé Luiz MalaNagib HaickelNylton VellosoOrlando BezerraRenato JohnssonVictor Trovão
Aldo Pinto
Ricardo Ribeiro
Presidente: Genebaldo Correia - PMDBVice-Presidente: Siegfrled Heuser - PMDBVice-Presidente: Pratlni de Morais - PDS
TitularesPDS
José LourençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar CorrêaPratini de MoraesRicardo FiuzaRubem MedinaSaulo QueirozSérgio Philomeno
PMDBJoão AgripinoJosé missesManoel AffonsoOdilon SalmoriaOswaldo TrevisanRalph BiasiSérgio ForeiraSiegfried Heuser
Presidente: Rômulo GaIvão - PDSVice.Presidente: Victor Faccioni - PDSVice-Presidente: Dionísio Hage - PMDB
TitularesPDS
Jonathas NunesOly FachinRita FurtadoSalvador Julianellistéllo Dias2 vagas
Antônio CâmaraCarlos WilsonCid CarvalhoHenrique Eduardo
AlvesIrajá RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo CordeiroMário Hato
Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e
CantoCarlos VirgllioDjalma BessaEduardo GalilEvandro Ayres de
MouraFelix MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Melo
Alencar FurtadoAlberto GoldmanArthur Virgllio NetoCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo FariaHaroldo LimaHélio Duque
7) COMISSAO DE EDUCAÇÃO ECULTURA
PDT
José GenoinoReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 hora"Local: Anexo li - Sala 4 - R.: 6314Secretária: Delzuite Macedo de Aj1;uiar
Sebastião Nery
6) COMISSÃO DE ECONOMIA,INDOSTRIA E COM~RCIO
Fernando CarvalhoPTB
PTEduardo Matarazzo
Su,pUcy
PDT
Amaral NettoAntônio FariasAntônio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando CollorHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé Jorge
Alvaro ValleDarcilio AyresEnúlioHaddadEraldo TinocoFlerreira MartinsJoão Faustino
Theodoro MendesValmor Giavarina
PDT
Paulo Lustosavago
PMDB
OUvir GabardoSamir Achôa
PTB
Mozarildo CavalcantiSérgio Philomeno2 vagas
PMDB
Renato BernardiRonaldo Camposvago
PMDB
Luiz HenriqueLuiz LealMárcio MacedoMilton ReisRoberto FreireWagner Lago7 vagas
PDT
Vago
PTB
PT
Reuniões
Titulares
PDS
Suplentes
PDS
Albino CoimbraFigueiredo Filho
Aurélio PeresJosé Carlos
VasconcellosMário Frota
Roberto Jefferson
Agenor MariaHélio Manhães
Aécio CunhaClãudio PhilomenoFigueiredo F'ilho
Nadir Rossetti
Amadeu GearaCardoso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio Souza
Celso Peçanha
Airton Soares
Nilton Alves
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo TI - Ramal: 63179Secretãria: Maria Júlio. Rabel10 de Moura
Gastone Righi
José Genoino
5) COMISSÃO DE DEFESA DOCONSUMIDOR
Celso Barros Lázaro CarvalhoDarcflio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGomes da Silva Osmar LeitáoGonzaga Vasconcelos Pedro ColinHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganella Ronaldo CanedoJosé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcfsio BuritlJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior
Suplentes
PDS
Terças, Quartas, Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 17 - Ramal 6308Secretário: Ruy Ornar Prudêncio da Silva
Presidente: França Teixeira - PDSVice-Prellidente: Florlceno Paixão - PDTVice-Presidente: Del Bosco Amaral - PMDB
PT
PDT
Matheus Schmidt Vago
PTB
Raimundo LeiteRaymundo As1'óraSérgio Murilo
Magno BacelarSiqueira CamposVieira da Silva
PDSJosé BurnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson GibsonOsvaldo MeloOctávio CesárioRondon Pacheco
PMDB
João CunhaJoão DiVinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé MeloPimenta da VeigaPlínio Martins
PTB
Pedro CeolimRômulo GalvãoSaulo QueirozVlngt Rosado
PMDB
Samir AchôaSérgio MuriloVago
PDT
PTB
PMDB
Sinval GuazzeIli1 vaga
Carneiro ArnaudHeráclito FortesMárcio BragaPaulo Zarzur
Sebastião nery
Afrfsio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroBonifácio de AndradaDjalma BessaEduardo GalUEmani SatyroGerson PeresGuido MoeschHamilton XavierJairo MagalhãesJ oacil PereiraJorll'p. Arbage
Ademir AndradeAluizio CamposAmadeu GearaArnaldo MacielBrabo de CarvalhoDjalma FalcãoEgídio Ferreira Lima
Alair FerreiraFernando CollorFrança TeixeiraManoel Ribeiro
Moacir Franco
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 6 - Ramais 6304 e 6300secretário: lole Lazzarini
Presidente: Anibal Teixeira - PMDBVice-Presidente: Nelson do Carmo - PTBVice-Presidente: BaIles Leite - PDS
Titulares
PDS
JG de Araújo JorgeSuplentes
PDS
Presidente: Leorne Belém - PDSVice-Presidente: Gorgônio Neto - PDSVice-Presidente: José Tavares - PMDB
Titulares
AntôniO Morais Ibsen PinheiroCarlos Wilson Marcelo MedeirosHenrique Eduardo Alves Thomaz Coelho
PDT
Carlos VirgílioGióia JúniorJaime CâmaraJosé Carlos Martinez
PMDB
1 vaga
1Uuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - Sala 3 - R.: 6295secretário: Luiz de Oliveira Pinto
Cristina TavaresHorácio OrtizManuel Viana
PTB
PT
PT
Brandão Monteiro
Mãrcio SantllliOrestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio Cruz
IPI'
Irineu ColatoJosé Mendonça Bezerra.Josué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy Vianna
PMDB
João HerrmannJosé Carlos Vasconcelo&Manoel Costa Jr.3 vagas
Suplentes
PDS
Aldo ArantesDante de OliveiraGilson de BarrosIbsen PinheiroLuiz Guedes
Eduardo MatarazzoSuplicy
Adhemar GhisiAlbino CoimbraAntonio MazurekAssis CanutoBento PortoFrança Teixeira
PDT
Abdias do Nascimento
PTBMendes Botelho
PT
Coutinho JorgeDomingos LeonelllFreitas NobreHaroldo LimaIsrael Dias-Novaes
Roberto Jefferson
Eduardo Matarazzo Suplicy
P.eunióes:
'I1erças-feiras, às 9,ro horasQuintas-feiras, às 9,30 horasLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoSecretária: Mariza da Silva Mota R.: 6391 e 6393
11) COMISSAO DO INDIOPresidente: Mário Juruna - PDT
Vice-Presidente: Alcides Lima - PDSVice-Presidente: Ricardo Ribeiro - PTB
Titulares
PDSJaime Câmara Nagib HaickelJoão Batista Fagundes Nosser AlmeidaJoão Paganella Paulo GuerraJosé Fernandes Rita FurtadoManoel Ribeiro Rubens ArdenghiMozarildo Cavalcante
PMDB
12) COMISSAO DO INTERiIORPresidente: Gilton Ga·rcia - PDS
Vice-Presidente: Assis Canuto - PDSVice-Presidente: :Raul Ferraz ---.: PMDB
TitularesPDS
Albérico Cordeiro Jutahy JúniorAngelo Magalhães Leur LomantoAntônio Mazurek Lúcia ViveirosAntônio Pontes Manoel GonçalvesAugusto Franco Manoel NovaesClarck Platon Milton BrandãoCristino Cortes Moza.rl1do CavalcanteEvandro Ayres de Nagib Haickel
Moura Nylton VellosoGeraldo Melo Orlando BezerraInocêncio Oliveira. Osvaldo CoelhoGilton Garcia Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Maia Victor TrovãoJosé Mendonça Bezerra Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley Mariz
PMDB
Aluizio campos José CarlosAJ:lindo Porto VasconcelosCarlos Alberto de Carli José MaranhãoCiro Nogueira Manoel Costa Jr.Dante de Oliveira Mansueto de LavorDomingos Leonelli Mário FrotaElquisson Soares Olavo PiresEpitácio Cafeteira Orestes MunizJorge Medauar Virgildásio de Senna
Humberto soutoJoão Alvesvago
Manoel NovaesMarcelo LinharesUbaldo BarémWilson Falcão
Siegfried Hemer2 vagas
PDT
Ulysses GuimarãesWilson Vaz
PDT
PTB
PTB
PMDB
PMDB
PMDB
Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca
PDT
PTB
PTB
PDT
Suplentes
PDS
Suplentes
PDS
J essé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz
PMDB
Nyder BarbosaRaul BelémWilson Vaz
Luiz BaccariniLuiz LealMoysés Pimentel
Mendonça Falcão
Mendonça Falcão
Délio dos Santos
Roberto JeffersonRoberto Rollemberg
Délio dos Santos
Ademir AndradeDomingos JuvenilLuiz Sed:airMarcos Lima
10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
Presidente: Geraldo Bulhões ~ PDSVice-Presidente: casrejon Branco - PDSVice-Presidente: João Herculino - PMDB
TituIares
PDS
Alvaro GaudêncioAugusto TreinFurtado LeiteHaroldo Sanford
Alencar FurtadoFrancisco Pinto
Nelson do Caxmo
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo n - Sala 16 - R.: 6322 e 6323Secretário: Jarbas Leal Viana
Aécio de BorbaAlvaro GaudêncioAmilcar de QueirozJorge ArbageJosué de Souza
Floriceno Paixão
9) COMISSÃO DE FINANÇASPresidente: Luiz Leal- PMDB
Vice-Presidente: Agnaldo Timóteo ~ PDTVice-Presidente: Aécio de Borba - PDS
TitularesPDS
Aécio de Borba Jayme SantanaChristóvam Chiaradia RenatoJohnssonFernando Magalhães Vicente GuabirobaIbsen de Castro
José Colagrossi
AngelO MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins
Ricardo Ribeiro
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo n - Sala 15 - R.: 6325secretário: Geraldo da Silva
PDTBocayuva Cunha
PTB
PT
PMDBNelson AguiarRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz
SuplentesPDB
NOl'ton MacedoOscar AlvesSimáo SessimVieira da Silva5 vagas
PMDBNyder Barbosa.Octacilio AlmeidaOlivir GabardoPaulo MarquesRaimundo AsforaVago
PDTAbdias do Nascimento·· Walter Casanova
PTB
Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo
Alves
Aldo ArantesCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiJoáo BastosMárcio Braga
SuplentesPDS
Aécio de Borba Léo SimõesAlbino Coimbra Marcelo LinharesArolde de Oliveira Simão SessimFrancisco Erse Siqueira CamposJoão Carlos de Carli Victor Faccioni
PMDBLeônidas SampaioLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto Rollemberg
PDT
Albérico CordeiroBrasillo CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur LomantoMagno Bacelar
Arildo Teles
Irma Passoni
Celso Peçanha
Aécio CunhaAlércio DiasFernando CollorFrança Teixeira
Mendonça Falcão
Bete MendesReuniões:
Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do
Consumidorsecretária: Maria Linda Morais de MagalhãesRamais: 6386 - 6387 e 6385
PDT
Luis DulciReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo n - Sala 21 - R.: 631&Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra
8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO
Presidente: Oly Fanchin - PDSVice-iPresidente: 'Milton Reis - PMDBVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB
Titular,l)8PDS
José Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa
P;MDBHeráclito FortesJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMilton Reis
Aloysio TeixeiraCiro NogueiraIbsen PinheiroJoão Bastos
Moacir Fra.nco
PTB
Agnaldo Timóteo
Ricardo Ribeiro
Carlos Sant'AnnaFrancisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJoão HerculinoMarcondes Pereira
13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Irm3J PassoniReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLooal: Anexo II - Sala 28 - R.: 6333seoretário: Benicio Mendes Teixeira
Presidente: Prisco Viana - PDSVice-Presidente: Jeão Batista Fagundes - PDSVice-Presidente: Fernando Santana - PMDB
Titulares
PDS
Miguel ArraesMilton ReisNyder BarbOSaOctacllio AlmeidaPaulo MarqUesRenato Loures BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues
Júnior
PT
JacqUes D'OrnellasSérgio Lomba
PTB
Luiz GuedesManoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon Salmoria.Orestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoRuy CôdoTheodoro MendesTobias AlvesUlysses GuimarãesVago
PDT
Joacll PereiraJoão AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJosé Thom.áz NonOLúcia ViveirosNasser AlmeidaOscar CorrêaOSvaldo MeloPaulo GuerraPaulo LustosaRaul BernardoSalvador JulianelliSaramago PinheiroSiqueira Camposvago
PMDB
PDSLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro Sampa.ioTapety Júniorli vagas
PMDBLeOnidas SampaioLuiz GuedesMax MauroOswaldo Trevisanvago
Irapuan Costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosJoão HerrmannJosé FogaçaJúnia MariseLuíz SefairMárcio MacedoMárcio Santilli
Armando PinheiroAugusto FrancoBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani SatyroFernando BastosFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGorgõnio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero Santosítalo ContiJaime CâmaraJayme Santana
Bocayuva CunhaJG de Araújo Jorge
Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionisio HageDjalma FalcãoGustavo FariaJackscn BarretoJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes
Fernando Carvalho
Albino Coimbra.Alceni GuerraJosé Lins de albu
querqueLeônldas RacIi1d
Ricardo Ribeiro
PDT
Abdias do Nascimento José FrejatClemír Ramos Nilton Alves
Presidente: Carlos Mosconi - PMDBVice-Presidente: Mário Hato - PMDBVice-Presidente: Oscar Alves - PDS
Titll1ues
PTJosé Eudes
16) COMISSÃO DE SAúDE
PTB
Suplentes
PDS
Bete Mendes
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocai: Anexo II - Sala 2 - R.: 6347 e 6343Secretária: Edna Medeiros Barreto
Vago
Anselmo PeraroBorges da Silveira.Carneiro ArnaudCarlos Sant'AnnaDoreto CampanariJosé Maria Magalhães
PDT
Oswaldo Lima FilhoRoberto FreireVirgildásio de sennaWalmor de Luca3 vagas
PT
P1'B
PDT
PMDBFlávio BierrenbachFreitas NobreFued DtoIram saraiva
SuplentesJosé LourençoJosé MachadoLevy DiasLuiz Antônio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco2 vagas
PMDB
Dilson FanchinPDT
Suplentes
PDS
Siqueira CamposVago
PMDB
José Carlos VasconcelosMário Hato
PDT
Alberto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeJoão HerrmannJorge CaroneJosé Tavares
Matheus Schm1dt
Moacir Franco
Adhemar GhisiAécio CunhaBento PortoClark PlatonHaroldo SanfordIrineu ColatoJoão Alberto SouzaJosé Fernandes
Joacil PereiraPrisco Viana
Sérgio Lomba
Aloysio Teixeira
Epitácio CafeteiraFreitas Nobre
Aluízio BezerraChagas Vasc<mcelosDaso CoimbraFernando Santana
José Genoino
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: AlUa Felicio Tobias
Bocayuva Cunha
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Saia 11 - R.: &341 e 6343Secretária:
15) COMISSÃO DE RELAÇOESEXTERIORES
Presidente: Pedro Colln - PDSVice-Presidente: Santos Filho - PDS •Vice-Presidente: José Carlos Teixeira - PMDB
Titll1ues
PD6
Adroaldo Campos Maluly NetoAntônio Ueno Marcelo LinharesDiogo Nomura Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoc Vieira Paulo MalU!Epitácio Bittencourt Rubens ArdenghiFrancisco Benjamin Sarney FilhoJessé Freire Tarcfsio BurltyJosé Camargo Thales RamalhoJosé Carlos Fonseca Theodorico FerraçoJosé Machado Ubaldo BarémJosé Penedo Wilson FalcãoJosé Ribamar Machado 2 vagasMagalhães Pinto
14) COMISSÃO DE REDAÇÃOPresidente: Daso Coimbra - PMDB
Vice-Presidente: Júnla Marise - PMDBVice-Presidente: Lúcia Viveiros - PDS
Titulares
PDSDjalma Bessa Rita FurtadoFrancisco Rollemberg
PMDB
Márcio LacerdaMilton FigueiredoPlinio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben Figueiró5 vagas
Hugo MardiniLéo SimõesMauricio CamposNelson CostaPaulo MelroWOlney Siqueiravago
Sinval GuazzelJiWagner Lagovago
PT
PDT
José Frejat
PTB
Vago
PT
PDT
Nadyr Ros&etti
PTB
João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar PallisVago
PMDB
PDT
PTB
PT
PMDB
Manoel CostaMarcelo CordeiroMárcio LacerdaMarcos LimaPimenta da VeigaVicente Queiroz
Suplentes
PDS
Jorge Cury
Mário Juruna
Aloysio TeiXeiraAluízio BezerraAluízio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar AmeiroFernando GomesHaroldo LimaHarry AmorimJoão HerrmannJoaquim RorizJosé MelloMarcelo Cordeiro
Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntOnio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErseFrancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo Mardinilbsen de Castro
DjaJma Bom
Délio dos Santos
Oswaldo MurtaPaulo BorgesRoberto FreireRonaldo Campos
Bayma JúniorCarlos EloyEmllio GalloEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosHorácio Matos
Celso Amaral
Ademir Andradecelso SabóiaCid CarvalhoFernando santanaDjalma FalcãoGenésio de BarrosJoão Agripino
Nadyr Rossetti
José Eudes
17} COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL
Suplentes
1'00
Vago
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 19 - R.: 6350 e 6352Secretária: Iná Fernandes Costa
Castejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio OliveiraJairo AziJosé Lins de
Albuquerque
Navarro Vieira FilhoPedro GermanoRaul BernardoRuy BacelarWilmar PallisVago
PMDB
PDT
Marcos LimaPaulo MinearoniPaulo ZarzurSérgio FerraraTidei de LimaVago
Suplentes
Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé FernandesLázaro CarvalhoManoel Ribeiro
Bete Mendes
Denisar ArneiroDi150n FanchinDomingos JuvenilFelipe CheiddeHorácio OrtizJoaquim RoriZ
José Colagrossi
Jorge UequedMoyses PimentelVago
OE>'mar LeitãoRonaldo CanedoVivaldo Frota4 vagas
Adhemar GhisiAlvaro GaudêncioAntônio AmaralFernando Bastos
Epitáclo CafeteiraFlreitas NobreGilson de Barros
Reuniões:
Quartas-feiras, às 10:00 horasLical: Anexo II - Sala. 15 - R.: 6360secretário: Oclair de Mattos Rezende
19) COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL
PMDB
Presidente: Luis Dulci - PTVice-Presidente: Cássio Gonçalves - PMDBVice-Presidente: Edme Tavares - PDS
Titula.res
PDS
Navarro Vieira FilhoPedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli2 vagas
PMDB
Renato Loures BuenoRosemburgo Romano6 vagas
PDT
Jorge ViannaLuiz GuedesMattos Leão
Suplentes
POOAntônio Pontes Milton BrandãoJosé Rlbamar Machado Vicente Guabiroba
Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: sebastião Curió - PDSVice-Presidente: Ruy Lino - PMDB
TituIa.res
PDS
1talo ContiNey Ferreira
Gilson de Barros
Jacques D'Ornellas
Farabulini Júnior
Flávio BierrenbachLuiz Baccarini
Sebastião Curió
PMDBRuben Figueiró
PDT
PTB
PMDB
José Tavares
Aurélio PeresFrancisco AmaralJúlio CostamilanLuiz Henrique
sebastião Ataide
Mendes Botelho
Antônio GomesErnilio Ga1l0Gióia JúniorMaluly NetoMário AssadNatal Gale
PMDB
Mário de OliveiraNelson WedekinSérgio Moreira2 vagas
PDT
PTB
Suplentes
1'00
Nelson C.ostaNilson GibsonPaulo MelroRelnhold Stephanes2 vagas
PMDB
AdaU VettorazzoAlcides FranciscatoAmaral NettoAugusto TrelnCarlos EloyEdme TavaresErnidio PerondiEraldo TinocoLeônidas Rachid
AirOOn SandovalDilson FanchinFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé UlissesJuarez Batista
BocayUva Cunha
POO
Maçao TadanoMauricio CamposOsmar LeitãoPaulo MalufSantos FilhoStélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueira
PMDB
Luiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores4 vagas
PDT
PTB
18) COMISSÃO DE SERVIÇOPOBLICO
Gastone Righi
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 13 - R.: 6355 e 6353Secretário: Walter Flores Figueira
Presidente: Renato Vianna - PMDBVice-Presidente: Myrthes Bevilacqua - PMDBVice-Presidente: Nosser de Almeida - 1'08
Titulares
1'00
Osvaldo Nascimento
Vago
PT
Mendes Botelho
COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPoRARIAS
Diretor: Walter Gouvêa Costa
Local: Anexo II - Tel: 226-2912Ramal: 6401
Seçáo de Oomissões Especiais
Chefe: Stella Prata da Silva Lopes
Local: Anexo II - Te!.: 223-3239Ramais: 6403 e 6409
Scção de Comissões Parlamentaresde Inquérito
Chefe: Luey Stumpf Alves de Souza
Local: Anexo II - Tel. 223-7280Ramal 6403
Reuniões:
Quartas e QUintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo n - Sala 24 - R.:6372 e 1>373Secretário: Carlos Brasil de Araújo
Darcy PozzaEurico Ribeiro
PT
Mlrthes Bevilac~ua
OUvir GabardoPacheco Chaves2 vagas
PDT
PTB
Jorge Cury
Brabo l;ie CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaIvo Vanderllnde
Floriceno Paixão
Presidente: Simão sesslm. - PDSVice-Presidente: Celso Amaral - PTBVice-Presidente: Carlos peçanha - PMDB
Titulares
1'00
20) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Djalma Bar..
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - R.: 6367Secretário: Agassis Nylander Brito
Alair FerreiraAlcides Francisca.toAlércio Dias
PDT
PI'B
:I vagas
PMDB
Paes de Andradevago
Suplentes-
PDS
Oly FachinWildy Vianna
Guldo MoeschHorácio Matos
Francisco PintoJorge Leite
Gomes da SilvaNosser Almeida
1) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXECUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL
PMDB
João Herrmann Pimenta da VeigaIsrael Dias-Novaes Tidei de LimaLuiz Dulci
PDT
Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibaI Teixeira
PMDB
Fernando SantanaHélio Duque
PDT
Afrísio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim
PMDB
Vago
Reunião:
Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan
2) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A INVESTIGAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQüêNCIAS AS ATIVIDAOES DO GRUPO CAPEMI
REQUERIMENTO N.o 9/83
Prazo: 18-5-83 a 18-6-84
Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos
Relator: Deputado Matheus Schmidt
Titulares
Presidente: Pimenta da Veiga - PMDBVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS
Relator-Geral: Ernani Satyro - PDS
Relatores Parciais:Dep. Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pessoas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro IT - ParteEspecial - Atividade NegociaiDep. Afrísio Vieira Lima --,- Livro ITI - ParteEspecial - CoisasDop. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDop. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar
Titulares
PDS
Flávio BierrenbachJosé FogaçaJoão Cunha
Pratini de Mo-raesRicardo Fiuza
PDT
PTB
Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho
Randolfo Blttencourl;Fernando SantanaVago
PDT
Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão
PMDB
PMDB
PMDB
Cardoso AlvesVagoVago
PDT
Titulares
1'08
Suplente5
1'08
Suplentes
1'08
DjaIma FalcãoEduardo Matarazzo
Suplicy
Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir !DantasEvandro Ayres de
Moura
Coutinho JorgeJorge VargasMarcelo Cordeiro
Aldo Pinto
sebastião Nery
Jacques D'Ornellas
Reuniões:
5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQueRITO DESTINADA A EXAMINARA UTILlZAÇAO DOS RECURSOS HfDRICOS NO BRASIL
Osvaldo Nascimento
Antonio GomesJessé FreireJosias LeiteManoel Novaes
Mendes Botelho
Vago
REQUERIMENTO N.o 12/83
Prazo: 27-9-83 a 20-6-84
Presidente: Deputado Osvaldo CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho
Relator: Deputado Coutinho Jorge
PI'B
Antonio MazurekLuiz Antonio FayetLúcio Alcântara
Terças-feiras, às 9 :30 horasLocal: Plenário da Comissão de EconGmiaSecretária: Marci Ferreira BorgesRamal: 6406
Reuniões: Quintas-feiras, às 9:30 horas
Local: Plenário das CPIs - Anexo ITSecretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo IT - Tel.: 213-6410
Geraldo FlemingPaulo MarquesTidei de Lima.
Márcio BragaRuben Figueiró
Octávio CesárioPedro Colin
PDT
Gustavo FariaIrajá RodriguesIrma Passani (PT),
Adhemar GhisiJorge ArbageJosé Camargo
3) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A INVESTIGAR OS EPISóDIOS QUE ENVOLVERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO
Suplentes
1'08
Jorge Arbage José FernandesRenato Johnsson Jairo MagalhãesJoão Batista Fagundes
PMDB
REQUERIMENTO N,o 08/83
Prazo: 16-8-83 a 10-9-84
Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-Presidente: sebastião Nery - 1'DT/RJ
Relator: sebastião Nery - PDT/RJ
Titulares
PDS
4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQO!NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTERNO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇOES COM"O FUNDOMONETARIO INTERNACIONAL
REQUERIMENTO N." 10/83
Prazo: 17-8-83 a 6-9-84
Presidente: Paulo MinearoneVice-Presidente: Bocayuva Cunha
Relator: Alberto Goldmam
Titulares
1'08
João Alves Augusto TreinAlcides Franciscato Nasser AImeidaJosé Carlos Fonseca
1'MDB
Arthur Virgflio Neto Sérgio FerraraNelson Wedekin
Reuniões:
Quintas-feiras, às 10:03 horas
Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito - Anexo IT
Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407
Nilton Alves
Reuniões:
Quintas-feiras, às 9:00 horas
Local: Plenário das CPIs
Secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405
Sérgio Lomba
PDS
Sebastião Curió
Joacil PereiraMaçao Tadano
PDT
PMDB
Airton Soares (PI')Orestes Muniz
PDT
Rõberto Freire
PDT
Suplentes
1'08
Guido MoeschJorge ArbageVago
PMDB
Arnaldo MacielDjaIma Falcão
Suplentes
CPDS
Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo
Cristina TavaresIsrael Dlas-Novaes
Brandão Monteiro
Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto
Ademir AndrllldeCid CarvalhoFarabulini Júnior
Israel Pinheu'oSarney Filho
Antônio AmaralBento P.artoEdison Lobão
DIARID DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)
Seção I (CAmara dos Deputados)
Via-Superfície.
SemestreAnoExemplar avulso
SemestreAnoExemplar avulso
... Cr$
... Cr$Cr$
Seção 11 (Senado Federal)
Via-Superfície
Cr$. Cr$
..... Cr$
3000.006000.00
50.00
3000.006000.00
50.00
Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado. pagáveis em Brasília ou
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Centro Gráfico do Senado Federal
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LEGISLAÇÃO ELEITORALE PARTIDÁRIA
(4~ edição - 1982)Leis e Instruções que regularão as eleições de 1982
Textos atualizados, consolidados, anotados e indexados:
- Código Eleitoral- Lei Orgânica dos Partidos Políticos- Lei das Inelegibilidades- Lei de Transporte e Alimentação- Lei das Sublegendas
Legislação alteradora e correlata.Instruções do Tribunal Superior Eleitoral.
À venda na Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal (229 andar do Anexo I)
Brasília, DF - CEP 70160, ou mediante vale postalou cheque visado pagável em Brasília (a favor daSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.
VOTO DISTRITAL
o nQ 78 da Revista de Informação Legislativa, com 464 páginas, é dedicado ao estudo do voto
distrital, contendo os seguintes artigos:
COLABORAÇÃO
Voto distrital ri poder econômico - Senador Tarso
Dutra
Inadequação e inoportunidade do voto distntal - Jo
saphat Marinho
Ontem e hoje - o voto distrital no Brasil - Rosah Rus
somano
O voto distrital e suas implicações Jurídico-políticas
A. Machado Pauperro
A representação política e o sistema distrrtal misto
Manoel Gonçalves Ferreira Filho
o voto distrrtal e a reabertura - Paulo Bonavrdes
Teoria e prática do voto distrital - José Alfredo de Oliveira Baracho
Eleições e sistemas eleitorais - Nelson de Sousa Sam
paIO
Sistemas eleitorais - i-fermann M. Górgen
Simulações de divisões dlstrrtals dos Estados brasilei
ros para as eleições federaiS de 1978 - David V.
Fleischer e Sérgio de Orero Ribeiro.
DOCUMENTAÇÃOVoto distrital: depoimento - Manoel de Oliveira Franco
Sobrinho Voto distrital - Sara Ramos de Figuerrêdo
Preço do exemplar: Cr$ 1.000,00
Assinatura para 1983 - Cr$ 4.000,00 (n9s 77 a 80)
Encomendas mediante vale postal ou cheque visado la favorda Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal),
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SENADO FEDERAL
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
QUADRO COMPARATIVO
(41;1 edição)
Texto constitucional vigent~ (incluindo a EmendaConstitucional n9 22/82) comparado à Constituição promulgada em 1967 e à Carta de 1946.
152 notas explicativas, contendo os textos dos AtosInstitucionais e das Emendas à Constituição de 1946.
lndice temático do texto constitucional vigente.
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CÓDIGO PENAL
Parte GeralProjeto de Lei nl? 1.656, de 1983
Quadro Comparativo: - Projeto de Lei nl? 1.656/83- Anteprojeto de 1981- Código Penal vigente
Notas explicativas
Preço: Cr$ 800,00
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EDIÇÃO DE HOJE: 48 PÁGINAS
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IPREÇO DESTE EXEMPLAR: Cr$ 50,00 I