campanha da legalidade - (vereador leonel brizola)

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  • 8/18/2019 Campanha da Legalidade - (Vereador Leonel Brizola)

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  • 8/18/2019 Campanha da Legalidade - (Vereador Leonel Brizola)

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    MANDATO VEREADOR LEONEL BRIZOLA - PSOL

    Câmara Municipal do Rio de JaneiroPraça Floriano, s/n - Cinelândia - Gabinete 806CEP: 20031-050Contato: (21) 3814-21 80 ou [email protected]/leonelbrizolaneto

      MANHà DE  25 DE  AGOSTO  DE  1961.  O presidente Jânio Quadros partic ipa das comemorações do dia do soldado em

    Brasília. Pouco antes das dez horas chega pela última vez ao Pa-

    lácio da Alvorada. Convoca seus assessores mais próximos, José

    Aparecido de Oliveira, Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro e o

    ministro da justiça Oscar Pedroso Horta. Solicita o comparecimen-

    to dos ministros militares: Odílio Denys do Exército, Sílvio Heck

    da Marinha e Grün Moss da Aeronáutica. Comunica sua renúncia.

    A decisão era irrevogável. Imediatamente decola para São Paulo e

    espera os desdobramentos políticos no aeroporto em Cumbica.

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      Assim que Oscar Pedroso Horta entrega o comunicado da

    renúncia ao presidente do Congresso, o senador Auro de Moura

    Andrade e; tão logo este anuncia ao plenário, a renúncia é aceita.

    Nessa hora Jânio se dá conta de que seu plano de retornar ao

    poder nos braços do povo com plenos poderes, o que equivalia

    não fazer concessão de nenhum tipo, foi um erro estratégico.

      No dia 25 de agosto de 1961, o jovem governador Leonel

    de Moura Brizola estava em frente a Escola de Cadetes em Porto

    Alegre assistindo a cerimônia militar de juramento à bandeira.

    Ainda no evento Hamilton Chaves, chefe da Assessoria de Im-

    prensa do governador, informa-o da renúncia de Jânio Quadros.

      No primeiro momento Brizola acredita que o presidente

     Jânio Quadros teria sido forçado a deixar o comando do país, o

    que conguraria um golpe de Estado. Tenta reiteradas vezes

    fazer contato telefônico com o aeroporto de Cumbica para saber

    exatamente o que aconteceu. Depois de muita insistência con-

    segue falar com Carlos Castelo Branco, assessor de comunicação

    de Jânio, hipotecando solidariedade ao pres idente e oferecendo o

    Rio Grande do Sul como base da resistência a um possível golpe.

    Ouviu de Castelo Branco que a renúncia foi de vontade própria do

    presidente e se convence de que se tratava de uma questão pes-

    soal.

      No Congresso Nacional, o presidente da Câmara Ranieri

    Mazzilli é empossado interinamente como presidente do Brasil,

    como mandava os trâmites legais da época, até que o vice-presi-

    dente João Goulart, que estava fora do país, retornasse e assumisse

    o cargo, conforme suas prerrogativas constitucionais. João Goulart

    que desde o início de agosto estava em missão diplomática no

    leste europeu comunista, no dia 25, se encontrava em Cingapura

    quando soube dos acontecimentos envolvendo o então ex-presi-

    dente Jânio Quadros.

      Os políticos do PTB que acompanhavam o vice-presidente

    na viagem começaram a comemorar o fato de um companheiro

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    passar a ocupar o posto máximo da política brasileira a partir

    daquele momento. Entretanto, João Goulart se mostrou apreensivo

    com os acontecimentos políticos, pois sabia por experiência feita

    e sentida das resistências que sua gura levantava nos meios con-

    servadores do país. Era o herdeiro do legado de Getúlio Vargas e

     Jango estava certo em sua apreensão.

      Em seu discurso como presidente interino Ranieri Mazzilli

    armou que defenderia a Constituição garantindo a posse do vice-

    presidente eleito. Entretanto, os ministros militares redigiram a

    seguinte comunicação que o Presidente Ranieri Mazzilli enviou

    ao Senador Auro de Moura Andrade: “Tenho a honra de comunicar

    a V. Exa. que, na apreciação da atual situação política criada pela

    renúncia do Presidente Jânio Quadros, os ministros militares, na

    qualidade de chefes das Forças Armadas responsáveis pela or-

    dem interna, manifestaram a absoluta inconveniência, por motivos

    de Segurança Nacional, do regresso ao País do vice-presidente da

    República João Belchior Marques Goulart”.

      Quando os ministros militares esboçaram resistência à

    posse de Jango surgiram reações de todos os espectros políticos

    representados no Congresso Nacional. Pronunciamentos são fei-

    tos a favor e contra os ministros. As reações não caram restritas

    aos limites políticos. No próprio interior das Forças Armadas ve-

    ricou-se oposição à tentativa de descumprimento constitucional.

    Um dos principais nomes do Exército, o marechal Henrique Teixei-

    ra Lott escreveu um manifesto em defesa de Jango e publicou nos

    principais meios de comunicação. O Marechal nesse texto tenta

    convencer Odílio Denys a respeitar a Carta Constitucional. O con-

    teúdo era o seguinte:

      “Tomei conhecimento, nesta data, da decisão do Sr. Ministro

    da Guerra, Marechal Odílio Denys, manifestada ao governador do

    Rio Grande do Sul, através do deputado Rui Ramos, no Palácio do

    Planalto, em Brasília, de não permitir que o atual presidente da

    República, dr. João Goulart, entre no exercício de suas funções e,

    ainda, de detê-lo no momento em que pise o território nacional.

    Mediante ligação telefônica, tentei demover aquele eminente co-

    lega da prática de semelhante violência, sem obter resultado.

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      Embora afastado das atividades militares, mantenho com-

    promisso de honra com a minha classe, com a minha pátria e com

    as instituições democráticas e constitucionais. E, por isso, sinto-

    me no indeclinável dever de manifestar o meu repúdio à solução

    anormal e arbitrária que se pretende impor à nação.  Dentro dessa orientação, conclamo todas as forças vivas da

    nação, as forças da produção e do pensamento, dos estudantes e

    intelectuais, operários e o povo em geral, para tomar posição deci-

    siva e enérgica pelo respeito à Constituição e preservação integral

    do regime democrático brasileiro, certo, ainda, de que os meus

    nobres camaradas das Forças Armadas saberão portar-se à altura

    das tradições legalistas que marcam a sua história nos destinos da

    pátria”.

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      No Rio Grande do Sul, base do PTB e do nacionalismo à

    época, o governador Leonel Brizola, iniciou movimentações em

    prol da posse de seu companheiro de partido e cunhado, João

    Goulart. Inclusive o manifesto do Marechal Lott foi lido nas rádios

    Gaúcha e Farroupilha – estávamos em 26 de agosto de 1961. Por

    ordem de Odílio Denys, Ministro da Guerra, os cristais de trans-

    missão das duas emissoras foram conscados pelo comando do

    III Exército sediado em Porto Alegre e os locais são lacrados. A

    única rádio que se manteve em funcionamento foi a Rádio Guaíba,

    pois tinha se recusado a transmitir a leitura do referido manifesto.

    Brizola, então, pediu ao seu Secretário de Justiça, dr. João Caruso,

    que redigisse um decreto requisitando a aparelhagem da rádio

    por motivo de interesse público. A idéia era ter a disposição um

    meio de comunicação que permitisse a resistência ao golpe que

    estava se congurando. Uma vez de posse dos equipamentos, Bri-

    zola chama Homero Carlos Simon, engenheiro elétrico que ocu-

    pava a Presidência do Conselho Estadual de Comunicações, para

    instalar a aparelhagem no porão do Palácio do Piratini, sede do

    governo do Rio Grande do Sul. Tem início no dia 27 de agosto a

    batalha épica da Campanha da Legalidade.

      Houve uma verdadeira comoção no Rio Grande do Sul.

    Milhares de cidadãos hipotecaram sua solidariedade ao cumpri-

    mento da constituição nacional. Em todo o Estado foram formados

    Comitês de Defesa Democrática. Esse movimento envolveu jor-

    nalistas, radialistas, políticos, estudantes, autoridades civis e re-

    ligiosas, artistas e o cidadão comum. Em frente ao Palácio Piratini

    foram montadas barricadas, transformando o local em verdadeira

    praça de guerra. O governador Brizola requisitou de uma empresa

    fabricante de armas revólveres e distribuiu aos que estavam den-

    tro e fora da sede do governo.

      A mobilização foi sem precedentes na história brasileira

    até então. Donos de hotéis ofereceram seus estabelecimentos

    para se tornarem hospital em caso de um conito armado. Postos

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    de gasolina disponibilizaram cupons para retirada de combustível,

    homens deixavam carros, caminhões para servir a causa da le-

    galidade. Tudo sob a liderança carismática de Leonel Brizola, que

    nesse episódio viria a se transformar no maior líder popular do

    país.

      A rádio começou a transmitir pronunciamentos de Brizo-

    la e as notícias sobre a situação política do país, conclamando o

    povo à resistência democrática. A Campanha da Legalidade que

    começou com uma rádio no nal do movimento contava com mais

    de cem espalhadas por todo o país retransmitindo a programação

    da Rede da Legalidade. A tensão era visível, pois ninguém sabia o

    que iria acontecer. Mas o momento mais crítico aconteceu quan-

    do um rádio-amador interceptou uma mensagem do Ministério

    da Guerra ao general Machado Lopes comandante do III Exército

    no dia 28 de agosto. A Mensagem dizia que o governador Leonel

    Brizola deveria ser silenciado a todo custo e; se fosse necessário,

    a Aeronáutica estaria à disposição para bombardear com aviões o

    Palácio Piratini.

      Essa informação chegou à sede do Governo gaúcho. O ner-

    vosismo atingiu o clímax quando o general Machado Lopes ligou

    para o governador solicitando uma audiência. Brizola marcou para

    as onze e meia da manhã o encontro e desceu ao porão do Palácio

    e fez um pronunciamento.

    Começou saudando o povo gaúcho e relatou que tinha

    sido interceptada uma mensagem do Ministério da Guerra ao III

    Exército determinando o ataque à sede do governo. Armou a dis-

    posição para o diálogo e asseverou que o Governo não daria o

    primeiro tiro, mas o segundo com certeza. Apelou para o general

    Machado Lopes aderir à Legalidade e desou ácidas críticas aos

    três ministros militares: Odílio Denys, Sílvio Heck e Grun Möss. Ao

    nal despediu-se do povo dizendo que aquela poderia ter sido a

    última vez que se dirigia aos gaúchos.

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      Terminado o pronunciamento, encaminhou-se ao gabinete

    à espera do general Machado Lopes. No horário combinado os

    carros do Exército aproximam-se do Palácio. Milhares de pessoas

    estavam no local. Bancos de praça foram arrancados para servir

    como obstáculos a um possível ataque. Quando o general e seus

    auxiliares desceram do carro, populares começaram a entoar o

    Hino Nacional. Todos cantaram. Os militares zeram continência

    e cantaram juntos. Logo após foram conduzidos à presença de

    Brizola. Machado Lopes disse ao governador que respondeu ao

    Ministério da Guerra que não via base constitucional para atacar o

    Palácio Piratini e; que daquele momento em diante, não receberia

    mais ordens do Ministro Odílio Denys. O III Exército, o maior e me-

    lhor equipado da época, tinha aderido à Legalidade. Brizola, então,

    entrega o comando das operações militares ao General Machado

    Lopes.

      Com a entrada do III Exército na Campanha da Legalidade

    e a rme determinação de Brizola e do povo - que já não era mais

    apenas o gaúcho, mas sim de todo o país - em resistir até as últimas

    conseqüências, instarou-se o impasse. Os ministros militares e os

    setores conservadores não aceitavam João Goulart na Presidência

    com todos os poderes constitucionais de direito e os aliados do

    presidente que não aceitam nenhuma solução que não seja a sua

    posse imediata e sem restrições.

      Outro episódio memorável foi a ação dos sargentos da

    Aeronáutica na base área de Canoas. Os ocias receberam ordens

    para equipar os aviões com bombas e dirigirem-se a Porto Alegre

    para atacar o Palácio Piratini. Vendo a movimentação dos ociais,

    os sargentos na madrugada esvaziaram os pneus dos aviões e reti-

    raram algumas peças o que impediu que o massacre acontecesse.

      Enquanto isso no parlamento começava a ser discutida

    uma saída ao impasse. Surgiu a idéia da implantação do parla-

    mentarismo no Brasil. Solução que, se não contentava de todo

    os setores conservadores, trazia a diminuição dos poderes presi-

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    denciais de Jango, já que um primeiro ministro iria ser o respon-

    sável pela operacionalização do Governo. Mas aí surgiu a questão:

     Jango aceitaria? Tem início uma difícil e delicada negociação com

    o Presidente.

      De Cingapura Jango foi para Paris e buscou mais notícias

    sobre a s ituação no Brasil. Políticos do PTB, aliados do presidente,

    viajaram à França para lhe dar detalhes das negociações que es-

    tavam acontecendo para possibilitar sua volta ao país e tomou co-

    nhecimento das ar ticulações sobre o parlamentarismo. A mudança

    de regime político foi apresentada como a única maneira de se

    evitar um banho de sangue no Brasil. Na Europa, como as ligações

    telefônicas na época eram difíceis, conversou muito pouco com

    Brizola. Não tinha, portanto, a dimensão exata das manifestações

    populares desencadeadas pela Campanha da Legalidade.

      Tendo todas as informações possíveis, dada a precariedade

    das comunicações, preparou sua volta ao Brasil. A rota deveria ser

    bem estudada para evitar qualquer voo com escala em determina-

    das cidades brasileiras, como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro,

    pois poderia ser preso. Jango entraria no país pelo Rio Grande do

    Sul. Então, no dia 30 de agosto chegou em Nova Iorque. Dos Es-

    tados Unidos embarcou para a Argentina, com escalas na América

    Central. Chega em Buenos Aires em 31 de agosto e no mesmo dia

    partiu para Montevidéu. No Uruguai estava marcada para o dia 1º

    de setembro a reunião de decidira o seu e o futuro do país. Iria

    encontrar-se com Tancredo Neves que foi escolhido para a mis-

    são de convencer João Goulart a aceitar a solução parlamentarista

    para pôr m ao dilema político brasileiro.

      A reunião durou horas. Tancredo Neves levou ao presidente

    as exigências dos ministros militares: aceitar o parlamentarismo

    com a conseqüente diminuição de seus poderes presidenciais; via-

    jar para Brasília sem passar por Porto Alegre e; principalmente,

    não poderia conversar com o Governador Leonel Brizola e nem

    este poderia ir à sua posse. Tancredo Neves arrematou a reunião

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    dizendo que Jango tinha duas opções: chegar a Presidência na paz

    e na negociação ou ter o caminho até o Palácio do Planalto man-

    chado de sangue.

     Jango se irrita com as exigências dos ministros militares.

    Aceitou o parlamentarismo dizendo que estava concordando em

    ter seus poderes mutilados para evitar uma guerra civil no Brasil,

    mas armou que não admitiria deixar de ir ao Rio Grande do Sul.

    Era o mínimo que poderia fazer para dar uma satisfação ao povo

    que durante aqueles dias o defendeu e estava disposto a lutar por

    ele. Tancredo Neves, então, consegue convencê-lo a não dar entre-

    vista e nem discursar enquanto estiver na capital gaúcha.

      Ao longo dessa reunião, três vezes Jango atende tele-

    fonemas de Brizola. O governador pediu para que o presidente

    não decidisse nada enquanto não chegasse em Porto Alegre.

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      Jango chegou a Porto Alegre no aeroporto Salgado Filho

    no dia 1º de setembro. Foi recepcionado na pista pelo governador

    Brizola, pelo general Machado Lopes e pelo presidente da Assem-

    bleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Hélio Carlomagno.

    A Rede Radiofônica da Legalidade anunciou que o Brasil

    tinha um presidente. Quando o carro que o levou o presidente

    e o governador chegou ao Palácio Piratini, imediatamente se di-

    rigiriam à sacada. Nesse instante Brizola aponta a multidão ao

    Presidente e diz: está vendo todo esse povo? Boa parte dele não

    votou em nós, mas estão dispostos a dar a vida pela nossa causa.

    Estão lutando com bravura em defesa do seu mandato.

    No gabinete de Brizola, na presença do general Machado

    Lopes, Jango diz que aceitou o parlamentarismo. Leonel Brizola

    não concorda com Jango. A sua proposta era que Jango marchasse

    até Brasília com o III Exército, dissolvesse o atual Congresso, con-

    vocasse novas eleições em 60 dias para a promulgação de uma

    nova Constituição. O general armou que qualquer que fosse a

    decisão de Jango estaria ao seu lado, mesmo que fosse para o

    conito armado.

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      Em Brasília, o Congresso Nacional em apenas um dia em

    sessão permanente muda o regime político brasileiro. No dia 2

    de setembro de 1961, a emenda do parlamentarismo foi aprovada

    para acomodar os interesses da elite política e econômica con-

    servadora do país. Um golpe branco. Novamente a direita venceu.

    E no dia 7 de setembro de 1961, João Belchior Marques Goulart

    tomou posse como presidente da República Federativa do Brasil.

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      A CAMPANHA  DA  LEGALIDADE  foi um dos mais im-portantes movimentos populares no Brasil. Indiscutivelmente,

    Leonel de Moura Brizola, então com 38 anos, surge no cenário

    nacional como o maior líder de massa do país. Sua administração

    à frente do Governo gaúcho foi uma das mais brilhantes que o Rio

    Grande do Sul já teve. Encampou as multinacionais norteameri-

    canas Bonde and Share e ITT, empresas de energia elétrica e tele-

    fonia, que prestavam péssimos serviços ao povo gaúcho. Em sua

    gestão foram construídas mais de 6.000 escolas em todo o Estado.

    Promoveu a primeira reforma agrária bem sucedida - em Sarandi.

    Ainda, criou um Banco do Estado para fornecer crédito no sentido

    de incrementar as atividades econômicas no Rio Grande do Sul.

      A liderança de Leonel Brizola e sua rme convicção em de-

    fesa da Constituição foram fundamentais para a mobilização de

    todos os setores sociais e políticos no sul e depois em todo o país.

    A Campanha da Legalidade mostrou que o povo brasileiro - se tiver

    uma liderança à altura das transformações históricas exigidas pe-

    las condições desiguais do país - é capaz de se mobilizar e chegar

    até às últimas conseqüências para promover a revolução social

    que garanta condições dignas de vida a todo o povo.

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