república federativa do brasil diÁrio do congresso...

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DIÁRIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I. -,_"::-,,, ... ANO XLV - N 9 41 CAPITAL FEDERAL TERÇA.FEIRA, OS DE MAIO DE 1990 CONGRESSO NACIONAL (*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso 1, da Constituição. e eu, Alexandre Costa, 2\' Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO 3, DE 1990 Aprova o texto da Convenção 139, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, sobre a prevenção e o controle de riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cam'''- rígenos. Art. É aprovado o texto da Convenção n\' 139, adotado na 59" Reunião da Organização Internacional do Trabalho - OIT, realizada em Genebra, no ano de 1974. que dispõe sobre a prevenção e o controle ,3,:, riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cancerígenos. Art. 2 9 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 7 de maio de 1990. - Senador Alexandre Costa, 2\' Vice-Presidente, no exercício da Presidência. . (*) O texto da Convenção acompanha a publicação no DCN (seção lI). de 8-5-90 *** (*) Faço saber que o Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, e eu, Alexandre Costa, 2 9 Vice-Presidente do Senado Federal. no exercício da Presidência, promulgo o segui/lÍt- DECRETO 4, DE 1990 Aprova o texto do Acordo Constitutivo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - Flacso. Art. 1\' É aprovado o texto do Acordo Constitutivo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - Flacso a que o Brasil aderiu em 19 de julho de 1988. . Art. 2 9 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em de maio de 1990. - Senador Alexandre Costa, 2\' Vice-Presidente, no exercício da Presidência. (*) O texto deste Acordo acompanha a publicação DCN (seção lI); de 8-5-90 * ** (*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, e eu, Alexandre Costa, 2 9 Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, promulgo o segui!lít:"

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DIÁRIORepública Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALiiil~·.· SEÇÃO I.-,_"::-,,,...,,~~7S.- •

ANO XLV - N9 41 CAPITAL FEDERAL TERÇA.FEIRA, OS DE MAIO DE 1990

CONGRESSO NACIONAL(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso 1, da Constituição.

e eu, Alexandre Costa, 2\' Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO N~ 3, DE 1990

Aprova o texto da Convenção n~ 139, da Organização Internacional do Trabalho - OIT,sobre a prevenção e o controle de riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cam'''­rígenos.

Art. 1~ É aprovado o texto da Convenção n\' 139, adotado na 59" Reunião da Organização Internacionaldo Trabalho - OIT, realizada em Genebra, no ano de 1974. que dispõe sobre a prevenção e o controle ,3,:,riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cancerígenos.

Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, 7 de maio de 1990. - Senador Alexandre Costa, 2\' Vice-Presidente, no exercício

da Presidência. .(*) O texto da Convenção acompanha a publicação no DCN (seção lI). de 8-5-90

* * *(*) Faço saber que o Con~resso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição,

e eu, Alexandre Costa, 29 Vice-Presidente do Senado Federal. no exercício da Presidência, promulgo o segui/lÍt-

DECRETO LEGISLATIVO'N~4, DE 1990

Aprova o texto do Acordo Constitutivo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - Flacso.

Art. 1\' É aprovado o texto do Acordo Constitutivo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais- Flacso a que o Brasil aderiu em 19 de julho de 1988.

. Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, em de maio de 1990. - Senador Alexandre Costa, 2\' Vice-Presidente, no exercício

da Presidência.(*) O texto deste Acordo acompanha a publicação DCN (seção lI); de 8-5-90

* * *(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição,

e eu, Alexandre Costa, 29 Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, promulgo o segui!lít:"

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3888 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

DECRETO LEGISLATIVO N9 5, DEl990

Aprova o texto do Acordo Comercial assinado entre o Governo da República Federativa do Brasile o Governo da República do Zimbábue, em Harare, em 20 de junho de 1988.

Art. 1\' É aprovado o texto do Acordo Comercial assinado entre o Governo da República Federativado Brasil e o Governo da República do Zimbábue, em Harare, em 20 de junho de 1988.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultarem revIsão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares ao mesmo.

Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.Senado FederaL 7 de maio de 1990. - Senador Alexandre Costa, 2~ Vice-Presidente, no exercú:i'_'

da Presidência.

C*) O texto déste Acordo acompanha a publicação no DCN (seção 11), de 7-5-90

CÂMARA DOS DEPUTADOSSUMÁRIO

1- ATA DA 47' SESSÁÓ DA 4' SES­SÁO LEGISLATIVA DA 48- LEGISLA­TURA EM i DE MÁIO DE 1990

I - Abertura da SessãoII - Leitura e assinatura da ata da ses­

são anteriorIII- Leitura do Expediente

OFÍCIo"N" 54/90'- Do Senhor Depl,ltado CHA­

GAS NETO. comunicando sua filiaçãoao PTB.

.REQUERIMENTODo' Senhor Deputado UBIRATAN

AGUIAR, solicitando que seja subme­tido ao Pl,enário o parecer proferido noPL'n' 3.742/89.

COMUNICAÇÃO

,DO' Senhor Deputad~ ASSIS CANU:T.o, comunicando sua ~iliação ao PTR. '

, REQUERIMENTO DE'CONVOCAÇÃO

Requerimento de n" 57/90 (do Sr. De­putado Tidei de Lima), solicita seja con­vocado o Ministro da Infra-estrutura, Se­nhor Ozires Silva, pará prestar esclareci­mentos sobre' a reforma administrativa ea privaÜzaçáó de empresas estatais, "

PROPOSTA DE EMENDAÀ CONSTITUIÇÃO

Proposta Ide Emenda à Constituição n'35, de 19.89 (do Sr. Nyder Barbosa), dánova redação ao artigo 228 da Constitui­ção,Federal.

PROJETOS A IMPRIMIR

Projeto ç1e Lei n"I-207~A, de 1988 (1qSr. Adhemar de Barros Filho), altera a

redação do parágrafo único do artigo 513da Consolidação das Leis do Trabalho;tendo pareceres: da Comissão de Consti­tuição e Justiça e de Redação, pela consti­tucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa; e, da Comissão de Trabalho, deAdministração e .de 'Serviço Público, pelaaprovação. , '

Projeto de Lei,n" 3.2~3-A, dç 1989 (doSr. Samir Achôa) - In5tit\li o Código Na­cional de Porte e Uso de Armas; tendo'pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça e de Redação, pela constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislati­va; e, da Comissão de Defesa Nacional,pela aprovação, com emendas.

PROJETOS' APRESENTAbOS

Prokto'de Decreto Legislativo n'179,de 1990 (da Comissão de Relações Exte­riores) -:- Mensagem n" 67/90 - Aprovao texto do Ajuste Complementar entreo Governo da República Federativa doBrasil e o Governo da República do Para­guai sobre a constituição de uín Programade Cooperação Técnica, assinado em As­sunção, em 10 de novembro de 1989.

Projeto de Decreto Legislativo n' 180,de 199'0 (da Comissão de Relações .Exte­riores) - Mensagem n" 68/90 --,- Aprovao texto do Acordo de Cooperação Cultu­ral e Educacional entre o Governo da Re­pública Federativa do Brasil e o Governoda República do Equador, celebrado emQuito, em 26 de outubro de 1989.

Porjeto de Decreto Legislativo n' 181,de 1990 (da Comissão de Relações Exte-,riores) - Mensagem n" 114/90 --,- Aprovao texto do Acordo, por Troca de Notas,sobre Concessão de um empréstimo peloJapão, nos termos do Plano de Recicla­gem Financeira, celebrado entre o Go­verno da República Federativa do Brasil

e o Governo do Japão, em Brasília; a 10de novembro de 1989.

Projeto de Lei Complementar n" 229,de 1990 (do Sr. Tarso Genro) - Dispõesobre a relevância e a urgência previstano artigo 62 da Constituição Federal edá outras providências.

Projeto de Lei Complementar n\' 230,de' 1990 (do Sr.Gastone Righi) .:- Fixaindenização por tempo de'setviçp e aviso'prévio de três meses. no caso de despe'-dida sein justa causa. ' , . "

Projeto de Lei n" 4.736: de 1990 (doSr. Gandi Jamil), - Proíbe à dispensade trabalhadores, candidatos a cargos dedireção sindical, inclusivé rurais e de colô­nias de pescadores, até um ano depàisde cumprido o mandato Cart. 8", incisoVIII', e' parágrafo único 'da Constituição,Federal). " ., ".

Projeto de Lei n' 4.889, de 1990 (<;ioSr. Eraldo Trindade) - Dispõe ,sobre tra~

tamento preferencial para as empresasempregadoras de deficientes físicos.

Projeto de Lei n" '4.890, de 1990 (doSr. Eraldo Trindade) ~Dispõe sobre otratamento a ser dado aos procuradores,públicos dos ex-territórios do Amapá eR.oraima:

ProjetO de Lei n" 4.891, de 1990 (doSr. Nilson Gibson) -Dispõe sobre'a isen­ção de multa prevista pelo artigo 8' daLei n" 4.737, de 15 de julho de 1965, queinstitui o Código Eleitoral.

Projeto de Lei n' 4.892, de 1990 (doSr. Osvaldo Bender) - Dispõe sobre aconversão de multas.

Projeto de Lei n' 4.893,- de 1990 (doSr. Lélio Souza) - Autoriza a emissãode uma série especial de selos, comemo­rativa do centenário do Diário Popularde Pelotas.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3889

(Não há oradores .inscritos.)

PEDRO CANEDO (Pela ordem) ­Repúdio contra impedimento,- por parteda Presidência da Assembléia Legislativade GOIânia, de utiiização do plenário daCasa para lánçamento de candidaturas acargos eletivos." .

VI - Grande Expediente

NEY LOPES - Necessidade de ulti­mação, pelo Congresso Nacional, da ela­boração das leis complementares sobreregime único de trabalho dos funcionáriospúblicos e do Plano de Benefícios e Cus­teio da Previdência Social.

AMARAL NETTO (Pela ordem) ­Necessidade de jndicação, pelo PMDB,dos integrantes do partido na comissãoespecial que apreciará a proposta deemenda constitucional de autoria 'do ora­dor sobre plebiscito para instituição dapená de morte nq País. .

AMAURY MULLER (Pela ordem)­Tramitação de projetos nas Comissões.

JOFRAN FREJAT - Deficiências enecessidades do sistema de saúde no País.

JOSÉ CARL.OS COUTINHO (Pelaordem) - Importância do prosseguimen­to da tramitação de emenda sobre separa­ção do Estado do Rio de Janeiro. Institui­ção, pelo Congresso Nacional, de comis­são de redivisão territorial.

ADOLFO OLIVEIRA (Pela ordem)- Injúria ao Congresso Nacional em ma­téria publicada pela revista Veja.

ROBERTO BALESTRA - Incentivoà produção alcooleira como solução paraa crise energética do País.

EUNICE MICHILES - Defesa do Po­der Legislativo e dos funcionários públi­cos federais.

ERRATA

ANTÔNIO DE JESUS - Realizaçãode convenção do PMDB no Estado deGoiás.

IVO VANDERLINDE - Necessida­de de liberação de recursos para os peque­nos e médios agricutores.

ERICO PEGARORO - Conveniên­cia de correção nos financiamentos conce­didos pelo Banco do Brasil a agricultoresgaúchos. Necessidade de conclusão, peloGoverno Federal, da Usina Jacuí I, Esta­do do Rio Grande do Sul.

NILSON GIBSON - Instalação deposto telefônicos do Distrito de Encruzi­lhada, Município de Lagoa dos Santos,Estado de Pernambuco.

PEDRO CANEDO - Suspeita de adi-(Republica-se e~ virtude de novo des- ção de ó!e~ di.esel à gasolina. Nec~s~id~~e

pacho do Sr. Presidente) . de providencias,. por parte do MI.mstenoNa ementa, onde se lê: da Infra-Estrutura, para solucIOnar aProjeto de Lei n" 41.803, de 1990 (Do questão. _

Sr. Daso Coimbra) -Isenta da contri- ATILA L!RA.-=-.Tran~formaçaodobuição previdenciária as empresas que Ca~pu~ Umversltano Reis Vellos~ n~

contratarem deficientes físicos. Umversldade Federal do Norte do Piam.(Apense-se ao Projeto de Lei n' 3.641, .

de 1989). V - Comunicação de Lideranças

Projeto de Lei n" 4.917, de 1990 (doTribunal Superior do Trabalho) - Criaa 19' Região da Justiça do Trabalho, orespectivo Tribunal Regional e dá outrasprovidências.

Projeto de Lei n° 4.918, de 1990 (doTribunal Superior do Trabalho) - Criaa 20' Região da Justiça do Trabalho, orespectivo Tribunal Regional e dá outrasprovidênci*. . .

Projeto de Lei n" 4.919, de 199.0 (doTribun;;1 Superior do Trabalho) - Criaa 21' Região da Justiça do Trabalho, orespectivo Tribunal Regional e dá outrasprovidências.

Projeto de Lei n" 4.894, de 1990 (doSr. Jofran Frejat) - Dispõe sobre a alie­nação de imóveis r.::sidenciais no DistritoFederal.'. Projeto de Lei n° 4.896, de 1990 (doSr. Euclides Scalco) - Altera a legislaçãode benefícios e custeio da Previdência So­cial.

Projeto de Lei n" 4.897, de 1990 (doSr. Antonio Carlos Mendes Thame) ­Cria o Conselho Nacional'çle Engenhariade Segurança e Medicina do Trabalho-:­CONEMT, e dá outras providências.

Projeto de Lei n" 4.898, de 1990 (doSr. Saulo Queiroz) - Autoriza o PoderExecutivo a assegurar abs tomadores deempréstimos lastreados com recursos daCaderneta de Poupança Rural indeniza­ção da diferença de correção monetáriae dá outras providências.. Projeto de Lei n" 4.899, de 1990 (doSr. Adolfo Oliveira) - Dispõe sobre aembalagem e rotulação dos produtos delimpeza doméstica, higiene e beleza.

Projeto de Lei n' 4.902, de 1990 (doSenado Federal) - (PLS n" 263/89) -Dispõe sobre a fixação de datas comemo- Leia.se:rativas de alta significação para os seg- Projeto de Lei n' 4.803, de 1990 (Domentos éticos nacionais e dá outras provi- Sr. Dasó Coimbra) Isenta da constribui-dências. . ção' previdenciária as empresas que con-

Projeto de Lei n° 4:905, de ~990. (do tratarem deficientes físicos.Sr~ Benito Gama) - Dispõe sobre o PIa- (Às Comissões' de Constituição e lus-no Nacional de Informática e Automaç,ão tiça e de Redação (ADM); de Economia,Planin, Indústria eComércio; e de Finimças e Tri-

'Projeto de Lei n' 4.906, de 1990 (do butação - Art. 24, 11)Sr. Amaury Müller) - Cria linha de cré- IV -'-'Pequeno Expedientedito' junto aos bancos comerciais, públicos EGÍDIO FERREIRA LIMA - Apeloe privados, para atender as empresas com ao Presidente da República, em favor dodificuldades dé pagamento das folhas de afastamento' de General Pedro Luiz desalário. .. Araújo Braga do Camando Militar do Su-

Projeto de Lei n° 4.907, de 199q (do deste.Sr. Ubiratan Spinelli) - Dispõe ,sobr~ o MIRALDO GOMES - Discordâncialançamento do Bônus do Tesouro N~ClO- do orador relativamen'te à anunciada pre-nal de Investimentos - BTN!. tensão do Deputado Ulysses Guimarães

Projeto de Lei n° 4.908, de 1990 (do de coordenar, no COngresso Nacional,Si. José Santana de Vasconcellos) - Au- ação antimedidas provisórias.toriza o Poder Executivo a instituir a Es- RUY NEDEL (Pela ordem) - Con-cola Técnica Federal de Mineralogia, Si-' sulta à Mesa sobre necessidades de envio,derurgia e Metalurgia de João Monleva- pelo orador, de requerimento de informa-de, no Estado de Minas Gerais., " ções ao Ministério da Econômia, referen-

Projeto de Lei n' 4.909, de 1990 (do te à'liberação dos cruzàdos novos rétidos,Sr. José Santana de Vasconcellos)-.Au- dás cooperativas de trabalho inédico,toriza a conversão de cruzados novos·reti- PRESIDENTE: .(Ni1so'nGibsoiI) -dos no Banco Central para a subscrição Resposta ao Deputado Ruy Nedel.de capital de empresas privadas. ' ANTÔNIO BRITTO - Importância

Projeto de Lei n' 4.912, de 1990 (do do prosseguimento das obras da Termoe-Sr. Daso Coimbra) - Dispõe sobre publi- létrica Jucuí I, Considerações sóbre a pri-cidade de órgãos públicos. vatização da Termoelétrica e da empresa

Projeto de Lei n' 4.915, de 1990 (do Aços Finos Piratini, Estado do Rio Gran-Senado Federal) - (PLS n" 229/89) - de do Sul.Dá nova redação ao artigo 125 da Lei GERSON PERES - Críticas do ora-n' 5.108, de 21 de setembro de 1966 (CÓ- dor ao denominado "governo paralelo",digo Nacional de Trânsito), ins.tituído pelo Partido dos Trabalhado-

Projeto de Lei n.' 4.916, de 1990 (do res.Senado Federal) - (PLS n' 110/89) - ASSIS CANUTO - DisciplinamentoDispõe sobre a mineração em terras indí- da garimpagem de cassiterita em Rondô-genas e dá outras Providências. -- nia.

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3890 Terça-feira 8•

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS- Potencialidades do Estado do Tocan­tins, com vistas ao futuro Brasil novo.

VII - Comunicações Parlamentares

VICTOR FACCIONI - Valorizaçãodo setor carbonífero nacional.

FERNANDO GASPARIAM - Reti­rado pelo orador para revisão - Regula­mentação de dispositivo constitucional so­bre Iimitaçao de juros bancários.

MENDES BOTELHO - Impossibili­dade de pagamento, pela Rede Ferroviá-

ria Federal S/A, dos salários do mês deabril aos ferroviários, em face do PlanoBrasil Novo.

JOSÉ FERNANDES - Aplausos aosparticipantes da Convenção Nacional doPartido Social Trabalhista. Agradecimen­tos à Mesa Diretora da Câmara dos Depu­tados pela cessão das instalações da Casapara a realização da referida Convençãoe ao Sr. Ministro da Justiça, BernardoCabral, pelo apoio..

JESUALDO CAVALCANTI - Im­portância da urgente instalação do Tribu-

nal R'egional do Trabalho do Estado doPiauí.

VIII - Encerramento

2 - ARQUIVAMENTOSeção de Sinopse3 - MESA (Relação dos membros)

4 - LÍDERES E VICE-LÍDERES (Re­lação dos membros)

5.,.... COMISSÕES TÉCNICAS (Rela­ção dos membros)

Ata da 47~ Sessão, em 7 de maio de 1990Presidência dos Srs.,: EgidiQ Ferreira Lima e Nilson Gibson

§ 29 do a;rt. 18 do Regimento Interno

ÀS 13H30MIN HORAS COMPARECEMOS SENHORES:

Ruberval Pilotto

Amazonas

Antar Albuquerque - PMDB; Beth Azize- PDT; Eunice Michiles - PDC; José Fer­nandes - PST.

Rondônia

Arnaldo Martins - PSDB; Assis Canuto- PL; Francisco Sales - PRN.

Pará

Aloysio Chaves - PFL; Domingos Juvenil- PMDB; Eliel Rodrigues '-- PMDB; Ger­son Peres - PDS; Manoel Ribeiro ­PMDB; Paulo Roberto -'PL.

Tocantins

Eduardo Siqueira Campos - PDC.

Maranhão

Eliézer Moreira - PFL; Enoc Vieira ­PFL; Eurico Ribeiro - PRN; Vieira da Silva-PDS.

Piauí

Átila Lira - PFL; Jesualdo Cavalcanti ­PFL.

Ceará

Expedito Machado - PST; Mauro Sam­paio-PMDB.

Rio Grande do Norte

Antônio Câmara - PRN; Ney Lopes ­PFL.

Paraíba

Edivaldo Motta - PMDJ;l.

Pernambuco

Egídio Ferreira Lima - PSDB; NilsonGibson - PMDB.

Alagoas.

AJosé Costa - PSDB ..

. Bahia

Ângelo Magalhães - PFL; Carlos San­ta'Anna - PMDB; Miraldo Gomes - PDC;Prisco Viana - PMDB.

Rio de Janeiro

Adolfo OÍiveira- 'PFL; Amaral Netto -PDS. ' ,

Goiás

Antonio de Jesus - PMDB; 'Pedro Canedo- PRN; Roberto Balestra - PDC.

Distrito Federal

Jofran Frejat - PFL; Márcia Kubitschek- PRN; Sigmaringa Seixas~ PSDB.

Paraná

Santinho Furtado - PMDB.

Santa Catarina

Ivo Vanderlinde - PMDB; Walmor deLuca-PMDB.

Rio Grande do Sul

í\maury Müller - PDT; Antônio Britto- PMDB; Arnaldo Prieto - PFL; Erico Pe­goraro - PFL; Ruy Nedel - PSDB; VictorFaccioni - PDS.

Amapá

Geovani Borges - PRN.

I - ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Egídio Ferreira Li­ma) - A lista de presença registra o compa­recimento de 51 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do

Povo Brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata

da sessão anterior.

11 - LEITURA DA ATA

O SR. ASSIS CANUTO, servindo como 2"secretário, procede à leitura da atada sessãoantecedente, a qual é, sem observações,aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Egídio Ferreita Li­ma) - Passa-se à leitura do expediente.

111 - EXPEDIENTE

OFÍCIO

Do Sr. deputado €hagas Netto, nos seguin­tes termos:

Brasília, de abril e 1990Ofício n" 054/90A Sua Excelência o SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Tenho a satisfação de comunicar a Vossa

Excelência, para os devidos fins e efeitos le­gais, que filiei-me à legenda do Partido Tra­balhista Brasileiro - PTB, passando, conse­qüentemente, a integrar a sua Bancada nestaCasa.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3891

Na oportunidade, revogá a Vossa Exce­lência os meus protestos da mais alta estimae consideração. - Chagas Neto, DeputadoFederal - Gastoni Righi, Líder do PTB.

REQUERIMENTO

Do Sr, Deputado Ubiratan Aguiar, nos seguin­tes termos:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmarados Deputados,

Requeiro, nos termos do art. 54, § 1", doRegimento Interno, que seja submetido aoPlenário o parecer proferido no Projeto n"3.742/89, de minha autoria, tendo em vistaque ele não está fixando o plano de carreirado magistério público, mas sim fixando asdiretrizes para a elaboração do plano.

Brasília, 3 de maio de 1990. - UbiratanAguiar - Henrique Eduardo Alves - Expe­dito Machado - Franscisco Diógenes ­João Paulo - Raimundo Bezerra - LézioSathler - Haroldo Sabóia - Enoc Vieira- Mauro Sampaio - Aécio de Borba ­Antônio Ferreira - Jorge Viana - AbgailFeitosa - Osmir Lima - Victor Faccioni- Lúcia Vania - Salatiel Carvalho - PauloMicarone - Antônio Câmara - GenebaldoCorrêia -Marcelo Cordeiro~ Evaldo Gon­çalves - Geraldo Fleming - Rita Furtado- José Costa - Plínio Martins - Luis Alber­to Rodrigues -João Carlos Bacelar - PriscoViana - João Alves ~ Paulo Mimcarini ­Aristides Cunha -Egídio Ferreira Lima ­Paulo Ramos - Domingos Leoneli - Ma­guito Vilela - Paulo Delgado - Gumer­cindo Milhomem - Virgílio Guimarães ­Fernando Santana - Virgildásio de Senna- Luis Eduardo -.Adylson Motta- JoséGenoíno - Murilo Leite - Miro Texeira- Amaral Netto - 'Carlos Cotta - JairoCarnelro'- Jaime Paliadn - Euclides Scalco- Paulo Roberto -.:. Jofran Frejat - NyderBarbosa.

Submeta-se ao Plenário, na forma do art.54, §, 1, I do Regimento Interno. Em 7-5-90.- Paes de Andrade, Presidente.

COMUNICAÇÃO'

Do Sr. Deputado Assis Canuto, nos seguintestermos.

Brasília, 7 de maio de 1990.Excelentíssimo Senhor,Deputado Paes de AndradeDD. Presidente.da Câmara dos DeputadosBrasília - DF •Senhor Presidente,

Comunico minha filiação ao PTR - Parti­do Trabalhita Renovador, desde 30-3-90,conforme certidão de Cartório Eleitoral da3' Zona Eleitoral de JiParaná, Estado deRondônia, em anexo.

Atenciosamente, Deputado Assis Canuto.

Certidão

Certifico e dou fé, atendimento verbal daparte interessada, revenda arquivos e livros'deste Cartório da 3' Zona Eleitoral da Co­marca de Jí-Panará/RO, consta como filiadoao Partido Trabalhista Renovador - PTR,o senhor Assis Canuto, Título Eleitoral n"8506923113 seção 72', data da conferência daficha pelo cartório 30-3-90.

O referido é verdade, dou fé.Ji-Parná, 19-4-90 - Dulce Maria Rocha de

Neiva Barriviera, Escrivã Eleitoral.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESCONVOCAÇÃO

N' 57/90

(Ao Deputado Tidei de Lima)

Solicita seja convocada o Ministro daInfra·Estrutura, Senhor Ozires Silva, pa­ra prestar esclarecimentos sobre a refor­ma administrativa e a privatização de em­presas estatais.

De conformidade com o artigo 50 da Cons­tituição Federal, solicitamos a Convovaçãodo Senhor Ozires Silva, Digníssimo Ministrode Estado da Infra-Estrutura, para prestarinformações e esclarecimentos sobre a refor-'ma administrativa e a privatização de empre­sas estatais ligadas a sua Pasta.

Acrescemos à solicitação em epígrafe a ne­cessidade da Urgência em atender tal convo­cação, dada a velocidade com que os fatosestão acontecendo ou não estão acontecendo.

No aguardo de deferimento do presente,subscrevemos, atenciosamente.

Brasília-DF, 3 de maio de 1990. - Tideide Lima, Deputado Federal. .

PROPOSTA DE EMENDA ÀCONSTITUIÇÃO N' 35, DE 1989

(Do Sr. Nyder Barbosa)

Dá nova redação ao artigo 228 da Cons­tituição Federal.

(Apense-se à proposta de emenda àConstituição n" 11, de 1989.)

Dá-se ao Artigo 228 da Constituição Fede­ral, a seguinte redação.

Art. São penalmente inimputáveis'osmenores de dezesseis anos, sujeitos às nor­mas da legislação especial.

Justificação

A Constituição outorgou aos maiores dedezesseis anos e menores de dezoito anos odireito de votar e ser votado, mas não osimputou penalmente segundo a legislação emvigor, o que dá margem ao crescimento in­controlável do alto índice de criminalidadeque ora assola o nosso País.

O legislador de 1940, ao elaborar o CódigoPenal (Decreto-Lei n' 2.848, de 7.12.1940)fixou a idade de dezoito anos para o início

.da responsabilidade penal.

Temos a considerar, entretanto, que de lápara cá decorreu quase meio século, com pro­fundas modificações científicas e sociais, comtodas as suas metamorfoses, fazendo com quemercê da evolução dos meios de comunica­ção, o individuo, aos dez anos já tenha conhe­cimentoS" muito mais amplos dos aconteci­mentos do que uma pessoa que vivia naquelaépoca. Assim, entendemos que o cidadão,a partir dos dezesseis anos, podendo perfeita­mente participar da vida pública, poderá,também, arcar com a responsabilidade penal,eis que tem condições plenas dt" discernimen­to para saber o que é lícito e o que é ilícito.

Atos da vida civil podem ser praticadosao atingir ele os dezesseis anos: ser testemu­nha, mandatário e, assistido, até mesmo pra­ticar atso de maior amplitude o casamento.

A experiência permite-nos concluir que,com o extraordinário progresso dos meios decomunicação, com a televisão chegando a to­dos os recantos do território nacional, o cida­dão ao atingir a idade de dezesseis anos, jáestá completamente integrado à vida pública,participa ativamente de todos os debates, po­dendo perfeitamente arcar com os seus ônus.

Para enriquecer a justificativa transcrevo,na íntegra, a reportagem "Sou de menor"do exímio jornalista Adolpho Bloch. RevistaManchete de 22 de abril do corrente ano,por julgá-lo bastante elucidativa e um autên­tico espelho ~a realidade nacional. Adolphodemonstra profundo conhecimento do temain foco: .

"Sou de menor. Não me bate! Possomatar. Posso roubar. Posso votar. Possoestuprar. Meu nome só tem iniciais. Nofim do ano, faço 18 anos. A vida t;stápara mim. Não tenho flagrante. A cidademe pertence.

Este é o retrato fiel do jovem deli­qüente, que se envolve em todo o País,num progressão alarmante. Todos osdias, os jornais trazem histõrias terríveisde violência praticada por menores, cu­jos nomes são escondidos por iniciais erostos tarjados de preto, na -altura dosolhos, para não prejudicá-los. Essa boa!

A delinqüência viiou profissão prote­gida e amparada. Quando o menor é pe­go em flagrante e levado à delegacia,ao entrar já vai gritando: "Sou de me­nor." O seu habeas corpus é a certidãode nascimento de idade, muitas vezesfalsificada, mas sempre guardada no bol­so. A partir daí, o infrator é levado àDelegacia de Menores onde um juiz,promotor ou curador o encaminha a umainstituição especializada. Lá, o menor fi­ca sub judice e passa por exames médicose avaliação psicológica. Disso vai resul­tar um relatório, que levará o curadora decidir sobre o tempo de internamentonecessário à reeducação da criança. Sóque o Código de Menores está antiquadoe não evolui, acompanhado o aumentoda criminalidade. Ele está inadequado,pois estabelece nomras para uma situa­ção que vigorava em outros tempos.

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3892 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

A grande quantidade de monores in­fratores tornará dentro em breve atémesmo inviável a existência dasinstituiu­ções que pretendem resgatá-los da mar­ginalidade. Nessas casas, os rapazes emoças internos vivem em regime de hos­pedagem. Têm funcionários para cuidardeles, e por isso não fazem as camas on­dem dormes, não limpam as instalaçõessanitárias que utilizem, não preparam se­quer o alimento, Tudo lhes é dado comose estivesse num hotel de algumas estre­las, eles ainda têm quadras de esporte,TVe outras amenoidades. Recebem cal­çado, tratamento de saúde e ainda têma chance de aprender uma profissão. Asoportunidades e tratamentos oferecidosao menor delinqüente são maiores e me­lhores que os dados dos filhos dos traba­lhadores honestos que fazem o Brasilprosperar.1

Mas ninguém pode esquecer quem portrás de cada menor infrator, há um adul­to, que fornece a arma para os assaltose crimes, e a droga, que torna o jovemdependente e auxiliar no tráfico. Muitasvezes as gangues de drogas invadem osdentros de recolhimento de menores pa­ra soltar aqueles são importantes parao funcionamento da quadrilha. Semperspectiva de trabalho, sem lar estávele forçado a não abandonar os compa­nheiros C1e crime, o menor raramentetem chance de nudar de vida. O caminhoda recuperação é quase impossível. Anormalidade é a rua; a marginalidadeé a forma de sobrevivência.

Os atos' de violência cometidos pelomenor ganharam graves dimensõesquando ele passou a conhecer seus direi­tos. O menor é inimputável: a lei o livradas conseqüências penais dos atos crimi­nosos que ele comete. A criança, aban­donada à propria sorte, aprende inclu­sive a tirar partido desta situação. Elasabe que, quando a coisa fica preta, podecontar com a instituição de proteção, pa­ra ni!ü morrer de fome. O garoto cometeum pequeno delito para ser preso e inter­nado. Ele volta a comer, refaZ as ener­gias e a saúde, e quando já está nova­mente em forma dá um jeito de fugir.Muitos se fazem apanhar na sexta-feirta,para comer a "penosa" Servida no fimde semana. Na segunda, eles arranjamum modo de voltar à rua.

Isso tudo é muito triste. Tem que exis­tir uma solução. Para resolvermos esseproblema, temos antes de mais nada derever seriamente a legislação protetorade menor à luz dos problemas sociaisbrasileiros de agora. A sociedade mudae as leis devem acompanhar essa evolu­ção, para ser eficiente e realmente ofere­cer proteção a toda a população - adul­tos e crianças. PAra tornar realmentepossível o processo de salvação, reedu­cação e reinserção do menor delinqüentena sociedade, temos também de reava­liar o tipo de assistência prestada pelas .-

instituições especializadas. Talvez a coi­sa mais fácil e oportuna seja a criaçãode colônias agrícolas, situadas no inte­rior, não dentro ou na imediata periferiadas grandes cidades. Desse modo, os me­nores ficariam livres da sanha das quadri­lhas, que invadem os centros de reabili­tação em busca de reforços para suasatividades criminosas, e os próprios jo­vens não se sentiram tão atraídos pelavida fácil na grande cidade. O relativoisolamento tornaria a fuga uma emprei­tada inútil. Nessas colônias, os menoresaprenderiam o real sentido da responsa­bilidade através do trabalho. Ao invésde serem servidos, como agora acontece,boa parte da manutenção da casa corre­ria por conta dos internos. Eles levanta­riam cedo, trabalhariam no campo,aprenderiam uma profissão numa dasoficinas montadas e acabariam incorpo­rando as regras da vida em comunidade.

O menor já tem, a a partir dos 16 anos,o direito de poder votar. Mesmo assim,ele continua menor. Já existe tambéma intenção de dar a esse mesmo jovemde 16 anos uma carteira de habilitação.Se a coisa for aprovada, em breve osmenores também estarão legalmente ha­bilitados a dirigir carro roubado.

O resultado disso tudo está na explo­são das estatísticas de violência nas gran­des cidades. Na verdade, todos nós so­mos responsáveis. Viveremos na omis­são. Providências urgentes devem ser to­madas. É hora de refletir sobre estagran­de tragédia brasileira."

Diante do exposto, é facil concluir que osmaiores de dezesseis anos e menores de 18anos sabem perfeitamente o que é lícito eo que é iI cito, e se perfilha o caminho docrime, não é por falta de esclarecimentos arespeito de sua ilicitude. O que não é possiveladmitir-se é que esse jovem permaneça naimpunidade a praticar atos lesivos à socie­dllde pela benevolênci~da lei vigente.

Não tenho a menor dúvida de que os com­panheiros saberão ser sensíveis a esse proble­ma e emprestarão'o seu apoio para a aprova­ção deste Projeto de Lei, como uma das pro­vidências que visam a diminuir o alto índicede criminalidade violenta que assola o País.

Sala das Sessões, - Deputado Ny-der Barbosa.

Lézio Sathler - Stélio Dias - DionísoDal Prá - João de Deus Antunes -CostaFerreira - Antônio de Jesus - Salatiel Car­valho - Ruberval Pilotto - Pedro Canedo- Claúdio Ávila - Francisco Carneiro ­Rosa Prata - Osmundo Rebouças - JoséEgreja - José Dutra - Marcos Queiroz- Marcos Formiga - Silvio Abreu - PauloRoberto - Alysson Paulinelli - Daso Coim­bra - José Thomaz Nonô - Nelton Frie­drich - Luiz Roberto Ponte - RaimundoRezende - Sérgio Brito - Eduardo SiqueiraCampos - Roberto Balestra - Gidel Dantas- César Cals Neto - Adolfo Oliveira - Ru­bem Branquinho - Marcos Lima - Délio

Braz - Paulo MiIÍ.carone - José Lins ­Pedro Ceolin - Milton Barbosa - MauroSampaio - Gerson Peres - Milton Lima- José Viana - Raul Ferraz - SérgioSpada - Osvaldo Lima Filho - Firmo deCastro - Valmir Campelo - SigmaringaSeixas - Paes Landim - Gabriel Guerreiro-Antônio Britto-Antônio Ueno- Rena­to Johnsso - Rospide Netto - Adauto Pe­reira - Eurico Ribeiro - Saiu - Saiu ­Gastone Righi - Jorge Arbage - SoteroCunha - Mello Reis - Floriceno Paixão- Inocêncio de Oliveira- Arthur Lima Ca­

valcanti - Adroaldo Streck - Haroldo San­ford - Lúcio Alcântra - Hélio Rosas -

. Feres Nader - José Teixeira - Renato Via­nna - Fernando Santana - Naphtali Alvesde Souza - Jayme Paliarin - Elaias

.Murad - Mussas Demes - Jonas Pinheiro- Santinho Furtado - Eliézer Moreira -Orlando PAcheco - Mendes Botelho - .

Jalles Fontoura - Paulo Mourão - Jesual­doi Cavalcanti - Átila Lira - João Maia- Nelson Sabrá - Ziza Valadares - SólonBorges dos Reis - Dirce Tutu Quadros ­José Elias -Jofran Frejat--Freire Júnior- José Freire - Luiz Marques - GenésioBernardino - Carlos Alberto Caó - FaustoRocha'- Maria de Lourdes Abadia - Ma­noel Moreira - Jayme Campos - GeraldoAlckim Filho - Doutel de Andrade - Ma­guito Vilela - Ubiratan Spinelli - EtevaldoNogueira - Messias Soares - Oswaldo Ma­cedo - José Luiz de Sá - Messias - Góis- Aristides Cunha - Jovani Masini ­Albérico - Victor Fontona - Paulo Pimen­tel- Farabulini Júnior - Fernando BezerraColelho - Arolde de Olivbra - OsdmarLeit,ão - Leur Lomanto - Júlio Campos- Angelo Magalhães - Aécio de Borba ­Renato Bernardi - Vingt Rosado - EvaldoGonçalves - Israel Pinheiro - Antônio Gas­par - Furtado Leite - Cleonâncio Fonseca- Moisés Avelino - Antônio Carlos Men­des Thame - Iturival Nascimento - Edi­valdo Holanda - Roberto Torres - SérgioWernech - Genebaldo Correia - WaldyrPugliesi - Horácio Ferraz - Francisco Ro-

. Iim - Amaury Müller - Annibal Barcellos- Delfim Netto - Ottomar Pinto - Theo­doro Mendes - Arnold Fioravante - Tei­mo Kirst - Borges da Silveira - Raul Belém- Ivo Mainardi - José Ulisses de Oliveira- Edésio Farias - Francisco Sales - EraldoTinoco - Vinícius Cansação - Benito Gama,- Paulo 'Ramos - Gerson Marcondes­Paulo Macarioi - Rodrigues Palma- Ale­xandre Puzyna -:Ibrahim Abi-Ackel - Chi­co Humberto - José Luiz Maia - JonesSantos Neves - Oswaldo Almeida - Antô­nio Ferreira - Murilo Leite - José Tavares.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÁO DA REPÚBLICAFEDERETAVIA DO BRASIL- 1988

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3893

TíTULO VIIIDa Ordem Social

..................CAPfTÜLO ·vii··················Da Família, Da Criança,

Do Adolescente e do Idoso

Art. 228. São penalmente inimputáveisos menores de dezoito anos. sujeitos às nor­mas da legislação especial.

PROJETO DE LEIN' 1.207.A, DE 1988

,(Do Sr. Adhemar de Barros Filhos)

Altera a redação do parágrafo únicodo artigo 513 da Consolidação das Leisdo Trabalho; tendo pareceres: da Comis­são de Constituição e Justiça e de Reda· ,ção, pela constitucionalidade, juridicida·de e técnica legislativa; e, da Comissãode Trabalho, de Administração e de Ser·viço Público, pela aprovação.

Projeto de Lei n" 1.207. de 1988. aque se referem os pareceres.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1'.' Dê-se ao parágrafo único do art.

513 da Consolidação das Leis do Trabalho.a seguinte redação:

"Art. 513. . .Parágrafo único. Os 'sindicatos de

empregados terão ainda as prerrogativasde:

a) fundar e manter agência de coloca­ção; e

b) credenciar representantes junto àsempresas empregadoras, aos quais serágarantido livre acesso às suas dependên­cias para distribuição de material do Sin­dicato."

Art. 2\' Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação.

Art. 3" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

Cuida o projeto de criar uma nova prerro­gativa para os sindicatos de empregados: ade credenciar representantes junto às empre­sas empregadoras para a distribuição de ma­terial do Sindicato entre os seus associados.de acordo cbm as disposições do art. 8'.' daConstituição Federal, que regem a organi­zação sindical.

Sala das Sessões, 23 de novembro de 1988.- DeputadC> Adhemar de Barros Filho.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

DECRETO-LEI N" 5.452DE 19 MAIO DE 1943

Aprova a Consolidação das Leis doTrabalho

TíTULO VDa organização Sindical

CAPíTULO IDa instituição sindical

SEÇÃO IDa associação em sindicato

..............................................Art. 513. São prerrogativas do~'~i~d;~;­

tos:a) representar, perante as autoridades ad­

m~nistrativas e. judiciárias, os interesses ge­nus da respectiva categoria ou profissão libe­ralou os interesses individuais dos associadosrelativos à atividade ou profissão exercida;

b) celebrar convenções coletivas de traba­lho;

c) eleger ou designar os representantes darespectiva categoria ou profissão liberal;

•d). colaborar co~ o Estado. como órgãostecmcos e consultIvoS, no estudo e soluçãodos problemas que se relacionam com a res­pectiva categoria ou profissão liberal;

el. i~por contribuições a todos aqueles que~ar~Iclp~m das categorias econômicas ou pro­fiSSIOnaIs ou das profissões liberais represen­tadas.

. Parágrafo único. Os sindicatos de empre­gados terão, outrossim. a prerrogativa de fun­dar e manter agências de colocação.

PARECER DE COMISSÃO DECONSTITUiÇÃO E JUSTIÇA

E DE REDAÇÃO

I - Relatório

Com este projeto de lei, o Deputado Adhe­mar de Barros Filho pretende alterar a reda­ção do parágrafo único do artigo 513 da Con­solidação das Leis do Trabalho. ,

Justifiçando a medida. o ilustre Parlamen­tar ressalta a importâ!1cia de se criar umanova prerrogativa para os Sindicatos de em­pre~ados: a de credenciar representantes jun­to as empresas empregadoras para a distri­buição de material do Sindicato entre os seusassociados, cumprindo as disposições do art.8: da C:0n.stit~içãoFederal. que regem a orga­mzaçao smdIcal.

11 - Voto do Relator

Nos termos regimentais. compete a estaC?missão analisar a proposta quanto às preli­mmares de constitucionalidade. juridicidadee técnica legislativa, reservado o exame domérito às demais Comissões.

Nosso parecer é pela constituciooalidadejuridicidade e boa técnica legislativa do Pro~jeto de Lei n" 1.207/88.

Sala das Sessões, 29 de agosto de 1989.- Deputado José Genoíno, Relator

111 - Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça ede Redação. em reunião ordinária plenáriarealizada hoje, opinou unanimemente pelaconstitucionalidade. juridicidade e técnica le- -

gislativa do Projeto de Lei n'.' 1.207/88. nostermos do parecer do relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputa­dos:

Gerson Peres - Presidente em exercícioJoão Natal e Jorge Medauar - Vice-Presi~dentes. Carlos Vinagre. Harlan Gadelha, Hé­lio Manhães. José Dutra. Leopoldo Souza.Michel Temer. Aloysio Chaves. Costa Ferrei­ra. Eliézer Moreira, Evaldo Gonçalves, Fran­cisco Benjamim. Jorge Hage. Juarez Mar­ques Batista. Brandão Monteiro. BenedictoMonteiro, José Genoíno. José Maria Ev­mael. Marcos Formiga. Aldo Arantes. NilsónGibson. Osvaldo Macedo, Plínio Martins.~enato Vianna. Rosário Congro Neto. Sér­gIO Spada. Theodoro Mendes. Tito Costa.Mes~ias Gó~s, Ney.Lopes. Oscar Corrêa, Sig­mannga SeIxas. Vilson Souza. Ibrahim Abi­Ackel. Sílvio Abreu. Roberto Torres. AfrísioVieira Lima. Antônio Mariz, Jorge Arbage.Gonzaga Patriota, Roberto Jefferson. Fer­nando Santana e Jesus Tajra.

Sala da Comissão, 25 de outubro de 1989.- Deputado Gerson Peres, Presidente emexercício (art. 18. § 2". in fine, do R. I.) ­Oeputado José Genoíno, Relator.

PARECER DA COMISSÃO DETRABALHO, DE AD~INISTRAÇÃO

E SERVIÇO PUBLICO

,I - Relatól"Ío'

O atual parágrafo único do art. 513 da Con­soli~aç?o das Leis do trabalho' estatui queos smdIcatos. além das atribuições previstasno caput, têm, ainda, a prerrogativa de fun­dar e manter agências de colocação. O autordo presente projeto propõe nova redação pa­ra es.se ?ispositivo legal. acrescentando queaos smdlcatos caberá, também. credenciar re­presentantes junto às empresas empregado­ras, aos quais será garantido livre acesso àssuas dependências para distribuição de mate­rial do sindicato.

Em sua justificação. o autor alega que suaproposta possui o objetivo de atender o dis­P?st~ no art.8" da Constituição Federal, quedIspoe sobre a organização sindical.

Na Comissão de Constituição e Justiça ede Re~ação. acatou-se o parecer do Relator,que opmou pela liberação do projeto à trami­tação normal pela Casa. por considerá-loconstitucional, jurídico e de boa técnica legis­lativa.

11 - Voto do Relator

A manifestação da douta Comissão deConstituição e Justiça e de Redação sobrea matéria, além de consagrar a sua confor­midade com os preceitos relati:vos ao elencode competência daquele Órgão Técnico, pos­s~i. também. o condão de confirmar a alega­çao do autor, segundo a qual a medida porele proposta constitui providência já autori­zada pelo texto do art. 8" da ConstituiçãoFederal. Em sendo assim. entendemos quea iniciativa é salutar, vez que apresenta oalto objetivo de adequar a legislação ordiná­ria às disposições da Carta Magna.

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3894 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

imediata ao juiz competente, remetendo-lhejuntamente, uma cópia do auto lavrado e orespectivo auto nos cinco dias seguintes.

Parágrafo único. Nos casos em que nãoocorrer prisão em flagrante, o prazo para re­messa dos autos de inquérito a juízo será dedez dias.,

Art. 14. Recebidos os autos em juízo, se­rá aberta vista dos autos ao Ministério Públi­co para, no prazo de três dias, oferecer de­núncia, arrolar testemunhas até o máximode cinco e requerer as diligências que enten­der necessárias.

Art. 15. Recebida a denúncia, o juiz, em. vinte e quatro horas, ordenará a citação ou

requisição do réu e designará dia e hora parao interrogatório, que será realizado dentrodos cinco dias seguintes.

Art. 16. Se o réu não for encontrado nosendereços constantes dos autos, o juiz orde­nará sua citação por edital, com prazo decinco dias, após o qual decretará sua revelia.Nesse caso, os prazos correrão independen­temente de intimação.

Art. 17. Inteirogado o réu, será abertavista dos autos à defesa para, no prazo dé3 dias, oferecer alegações preliminares, arro­lar testemunhas até o máximo de cinco erequerer as diligências que entender neces­sárias.

Art. 18. Findo o prazo do artigo ante­rior, o juiz designará, para um dos 8 diasseguintes, audiência de instrução e julgamen­to, notificando-se o réu e as testemunhas quenela devam prestar depoimento, intimando­se o defensor e o Ministério Público.

Art. 19. Na audiência, após a inquiriçãodas testemunhas, será dada a palavra, sucessi­vamente, ao órgão do Ministério Público, eao defensor do réu, pelo tempo de vinte mi­nutos para cada um, prorrogável por maisdez, a critério do juiz que, em seguida, profe­rirá sentença.

Art. 20. Se o juiz não se sentir habilitadoa julgar de imediato a causa, ordenará queos autos lhe sejam conclusos para, no prazo

. de cinco dias, proferir sentença.Art. 21. A fiança, quando cabível, so­

mente poderá ser prestada em juízo.Art. 22. O réu condenado à pena de re­

clusão não poderá apelar sem recolher-se àprisão, mesmo que primário e de bons antece­dentes.

Art. 23. Fica revogado o art. 19 do De­creto-Lei n" 3.688, de' 3 de outubro de 1941(Lei das Contravenções Penais).

Art. 24. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 25. Revogam-se as disposições emcontrário.

Ante o exposto, opinamos pela aprovaçãodo Projeto de Lei n" 1.207/88.

Sala da Comissão. de de 1990.- DEputado Osvaldo Sobrinho.

111 - Parecer da Comissão

A Comissão de Trabalho, Administraçãoe Serviço Público, em reunião ordinária, rea­lizada em 18-4-90, opinoui unanimemente,pela aprovação do Projeto de Lei n" 1.207/88,nos termos do Parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputa­dos: Amaury Müller, Presidente, OsvaldoSobrinho, Relator, Carlos Alberto Caó, Joséda Conceição, Eurico Ribeiro, Mauro Sam­paio, Eraldo Trindade, José Lins, José Men­donça Bezerra, Luiz Marques, Célio de Cas­tro, Edmilson Valentim, Augusto Carvalho,Aristides Cunha, Geraldo Campos, Nelt6nFriedrich, Lysâneas Maciel, Mendes Botelhoe Irma Passoni.

Sala da Comissão, 18 de abril de 1990. ­Deputado Amaury Müller, Presidente - De­putado Osvaldo Sobrinho, Relator.

PROJETO DE LEIN' 3.223-A, DE 1989

(Do Sr. Samir Achôa)

Institui o Código Nacional de Portee Uso de Armas; tendo pareceres: da Co­missão de Constituição e Justiça e de Re­dação, pela constitucionalidade, juridici.dade e técnica legislativa; e, da Comissãode Defesa Nacional, pela aprovação, comemendas.

(Projeto de Lei n' 3.223, de 1989, a quese referem os Pareceres.)

.Congreso Nacional decreta:Art. l' Este Código dispõe sobre a aqui­

sição, porte e uso de armas.Art. 2' A aquisição e a alienação de ar­

mas, de uso permitido a civis, seus acessórios,petrechos e munições obedecerão ao controledas Secretari,as de Segurança Pública.

Art. 3' As Secretarias de Segurança PÚ­blica compete:

I -cadastrar as casas comerciais que ope­rem com a compra e venda de armas;

II - cadastrar as armas vendidas nas casascomerciais com o nome, a indentidade e oendereço dos respectivos compradores;

1I1 - registrar as armas de fogo de uso per­mitido a civis;

IV - expedir autorização para o porte dearma de fogo;

V - expedir autorização prévia para aqui­sição ou transferência de armas de fogo;

VI - efetuar a apreensão de armas em cir­culação, que desacompanhadas de documen­tação legal;

VII - manter o registro dos colecionado­res de armas;

Art. 4' Nenhum registro ou porte de ar­ma de fogo será concedido sem a observânciados seguintes requisitos:

I - carteira de identidade;lI-CPF;IH - atestado de bons antecedentes;

IV - certificado de propriedade de arma;V - certidão negativa, quanto a processo

criminal, expedida pelas justiças comum, fe­deral e militar, bem como quanto a inquéritoadministrativo, quando se trata de servidorpúblico;

VI - prova de ser maior de vinte e umanos de idade;

VII - atestado de residência;VIII - atestado de· boa conduta passado

por duas pessoas idôneas;

IX - assinatura de termo de responsabi­lidade e de compromisso de não alienaçãoou transferência de artnas sem comunicação,no prazo de cinco dias, à repartição compe­tente, com a indicação do nome, residênciae identidade do adquirente.

Art. 5' O desaparecimento de arma defogo, por qualquer motivo, deverá ser comu­nicado, no prazo de cinco dias, à repartiçãocompetente, sob pena de cancelamento doporte de arma.

Art. 6' Nenhum estabelecimento comer­cial poderá vender arma de fogo, petrechose munições, sem que o adquirente apresenteautorização expedida pela autoridade policialcompetente.

Parágrafo único. A infração ao dispostoneste artigo será punida com a pena de multaequivalente a vinte Obrigações Reajustáveisdo Tesouro Nacional.

Art. 7' O porte de arma será suspenso,enquanto o seu detentor estiver respondendoa processo criminal decorrente de violênciaou grave ameaça contra a pessoa e, cassado,quando de decisão condenatória irrecorrível.

Art. 8' A autoridade policial controlaráas entradas, saídas e os estoques de armade fogo de uso permitido, petrechos e muni­ções dos estabelecimentos comerciais atravésde fiscalização mensal.

Art. 9' Constitui crime trazer consigo ar­ma fora de casa ou de dependência desta,sem licença da autoridade:

Pena - reclusão de 2 a 8 anos ou multade vinte a trezentos e sessenta dias-multa.

§ l' Não será concedido fiança aos quetiverem antecedentes criminais.

§ 2' Provados os bons antecedentes e aprimariedade, poderá o juiz aplicar tão-so­mente a pena de multa.

§ 3' Em caso de reincidência em crimedoloso contra a vida, os costumes ou contrao patrimônio, a pena será reclusão de,.3 a10 anos e multa de cem a 360 dias-multa.

Art. 10. O valor do dia-multa será fixadopelo juiz, não podendo ser inferior a um trigé­simo do maior salário mínimo mensal vigenteao tempo do fato, nem superior a cinco vezesesse salário.

Art. 11. O valor da multa será atualiza- Justificaçãodo, quando da execução, pelos índices de cor- No estágio atual da legislação repressiva,reção monetária. o porte ilegal de arma é mera contravenção

Art. 12. O procedimento criminal reger- penal, apenada de forma a incentivar o portese-á pelo disposto neste código, aplicando-se ilegal de todos os tipos de armas.subsidiariamente o Código de Processo Pe- Ninguém, portanto, vai para a cadeia pelonal. fato de portar armas de qualquer espécie e

Art. 13. Ocorrendo prisão em flagrante, .- sem autorização, de vez que o art. -19 da Leia autoridade policial dela fará comunicação das Contravenções Penais é de uma brandura

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)• 1

Terça-feira 8 3895

inconcebível, ao fixar a pena mínima de 15dias de prisão simples e, conseqüentementeafiançável, ou uma irrisória multa.

Tal fato tem incentivado os delinqüentesmais violentos a portarem os mais variadostipos de armas, sem qualquer reprimenda.

O objetivo de nossa iniciativa é estabelecerum mecanismo na legislação que impeça, pre­ventivamente, que os delinqüentes de todaa espécie portem impunemente armas e façacom que o cidadão comum, para portá-Ia.tenha que ser submetido aos ditames de umalegislação regulamentadora mais rígida.

Acreditamos que uma legislação mais ser­vera, evidentemente acoplada a uma açãopreventiva enérgica da Polícia e uma atuaçãorigorosa da Justiça; poderá fazer com que,preventivamente, sejam evitados os delitosviolentos que inundam os noticiários dosmeios de comunicações, principalmente osassaltos e latrocínios de toda a espécie.

Através desta proposição, o porte ilegalde arma deia de ser mera contravenção paraconstituir crime, punível com pena de doisa oito anos de reclusão, ou multa de valorrazoável, de tal forma que a Polícia, que de­verá ter sempre o cuidado de manter equipespara verificação junto aos cidadãos, princi­palmente suspeitos. poderá deter quem esti­ver portlIJldo arma ilegalmente, autuá-lo emflagrante, remetê-lo à prisão e submetê-lo aojulgamento da justiça.

Atualmente, ninguém tem medo de andararmado, principalmente os delinqüentes. Acada dia que passa aumentam as vítimas doscrimes violentos, como os assaltos com estu­pros e homicídios com roubo (latrocínio), ca­da vez mais constantes em nosso País.

Atravessamos uma fase difícil no que dizrespeito ao aumento da crimilidade (que po­de, em parte, ser fr~to de problema social), mas, muito pior do que isso, verifica-se oaumento da violência que se transforma embestialidade.

Maior rigor se estabeleceu para os reinci­dentes em crimes dolosos contra o patrimônioou a vida, ou seja, pena de 3 a 10 anos dereclusão, sanção que impede os benefíciosque favorecem os acusados primários e debons antecedentes, como a fiança e a suspen­são condicional da pena.

Por outro lado, trata-se com menor rigoro cidadão comum, chefe de família, de bonsantecedenh~s, sobre o qual recairá tão-so­mente a pena de multa.

A par de sanções mais rigorosas para oporte ilegal de arma, o projeto de lei estabe­lece uma série de requisitos que devem serobservados para a concessão de registro ede porte de arma, objetivando-se maior sele­ção quanto aos usuários.

Deferindo-se às Secretarias de SegurançaPública o controle rigoroso de armas, petre­chos e munições, com uma fiscalização atuan­te das casas comerciais, coíbe-se o grandeabuso existente no comércio de ~rmas, total­mente desconttolado pelos poderes públicos.

Para maior celeridade na apuração de cri­me de porte de arma, e sua conseqüente puni­.~ão, traz este Código as normas processuais

que deverão ser observadas, de tal forma quehaja uma Justiça mais rápida.

Sala das Sessões, de 1989. - Deputa-doSamir Achôa

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

.DECRETO-LEI N9 3.688,DE 3 DE OUTUBRO DE 1941

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 180 daConstituição decreta:

PARTE ESPECIALCAPÍTULO I

Das Contravenções Referentes à Pessoa

Art. 19. Trazer consigo arma fora de ca­sa ou de dependência desta, sem licença deautoridade: .

Pena - prisão simples, de' quinze dias aseis meses, ou multa, de quatrocentos cruzei­ros a seis mil cruzeiros, ou ambas cumulati­vamente.

§ 1· A pena é aumentada de um terçoaté metade, se o agente já foi condenado,em sentença irrecorrível, por violência contrapessoa.

§ 29 Incorre na pena de prisão simples,de quinze dias a três meses, ou multa, dequatrocentos cruzeiros a dois mil cruzeiros,quem possuindo arma ou munição:

a) deixa de fazer comunicação ou entregaà autoridade quando a lei o determina;

b) permite que alienado, menor de 18 anosou pessoa inexperiente no manejo de armaa tenha consigo;

c) omite as cautelas necessárias para impe­dir que dela se apodere facilmente alienado,menor de 18 anos ou pessoa inexperiente emmanejá-Ia.

Anúncio de Meio abortivo ou Anticoncep­cional

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA E REDAÇÃO

I e 11 - Relatório e Voto do Relator

O projeto estabelece normas regulamen- ­tadoras a respeito de aquisição, porte e usode armas. Fixa competência das Secretariasde Segurança para controlar a aquisição ealienação de armas permitidas ao uso de civis,seus acessórios, petrechos e munições.

A proposição inclusive diz ser crime o portede arma sem licença da autoridade e fixa penade reclusão de 2 a 8 anos ou multa de vintea trezentos e sessenta dias-multa a essa trans­gressão à norma penal. Propõe ainda normasprocessuais para aplicação da legislação aoscontroventores.

O projeto é constitucional, jurídico e con­cebido dentro da técnica legislativa. Seu mé-

rito é da apreciação da Comissão de DefesaNacional.

Sala das Sessões. 9 de outubro de 1989.- DeputadoPlínio Martins.

li - Parecer da comissão

A Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, em reunião ordinária plenáriarealizada hoje, opinou unanimemente pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica le­gislativa do Projeto 'de Lei n" 3.223/89, nostermos do parecer do relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputa­dos:

Nelson Jobim - Presidente, João Natal- Vice-Presidente, Arnaldo Moraes, CarlosVinagre, Harlan Gadelha, Hélio Manhães,José Dutra, Leopoldo Souza, Mendes Ribei­ro, Michel Temer, Aloysio Chaves, DionísioHage, Eliézer Moreira. Francisco Benjamim,

. Horácio Ferraz, Jorge Hage, Gerson Peres,Doutel de Andrade, Benedicto Monteiro, Jo­sé Genoíno, José Maria Eymael, Marcos For­miga, Aldo Arantes, Roberto Freita, NilsonGibson, Osvaldo Macedo, Plínio Martins,Renato Vianna, Rosário Congro Neto, Sér­gio Spada, Theodoro Mendes, Tito Costa,Messias Góis, Ney Lopes, Oscar Corrêa, Jua­n::z Marques Batista. Sigmaringa Seixas,Ibrahim Abi-Achel, Sílvio Abreu, RobertoTorres, Afrísio Vieiera Lima. Aluízio Cam­pos, Alcides Lima, Adylson Motta, JesusTajra, Rodrigues Palma e Gonzaga Patriota.

Sala da Comissão, 29 de novembro de1989. - Deputado Nelson Jobim, Presidente,Deputado Plínio MartinsRelator.

PARECER DA COMISSÃO DEDEFESA NACIONAL

I - Relatório

Com o presente Projeto de Lei, o Sr. Depu­tado Samir Achoa pretende reestruturar edar um tratamento mais rigoroso à questãodo porte de armas de uso permitido a civis.

Todos nós sabemos que a segurança públi­ca representa hoje um dos maiores desafios,posto que, em decorrência do nosso modelo

. de sociedade, que estabelece conflitos de to­da a natureza, pois, além de promover gritan­tes constrates sociais, ainda faz da impuni­dade o estímulo a todo o tipo de prática deli­tuosa. Não há, portanto, a menor dúvidaquanto a oportunidade e a urgência de secriar mecanismos rigorosos de controle davenda de armas, do seu porte e da sua transfe­rência, sendo da maior conveniência o esta­belecimento de penas rígidas para o porteilegal e outras infrações decorrentes.

Com toda a certeza as normas propostasno Projeto do Sr. Deputado Samir Achoacontribuirão para o desarmamento da popu­lação e certamente, para a diminuição dosíndices de criminalidade, ficando a esperançana construção de uma sociedade mais justa,mais humana e mais solidária, para que aspessoas possam ter acesso às necessidadesmais gerais e possam, sem cQnfrontos, semviolência e sem as competições hoje verifica­das, ter acesso à felicidade. Entretanto, daanálise detalhada do Projeto em tela, dois

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3896 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de lY90

aspectos merecem uma consideração espe­cial: o primeiro relativo à atribuição da res­ponsabilidad~ prevista no Art. 2''', visto queno Estado do Rio de Janeiro, por exemplo,não há na sua organização administrativa afigura da Secretaria de Segurança Pública.

O segundo esta contido no Parágrafo únicodo Art. 6', que prevê pena pecuniária combase nas obrigações reajustáveis do TesouroNaçional, hoje extintos.

E o relat6rio.

11 - Voto do Relator

Pelo exposto no relatório, voto pela apro­vação do Projeto de Lei n' 3.223, com a ado·ção das Emendas em anexo.

Sala da Comissão, 4 de abril de 1990. ­Deputado Paulo Ramos, Relator.

EMENDAN"1(Ao Projeto de Lei n' 3.223/89)

Ao Art. 2° deve ser dada a seguinte reda­ção: A aquisição e a alienação de armas deuso privativo a civis, seus acess6rios, petre­chos e munição obedecerão ao controle dasSecretarias de Segurança Pública ou, na suainexistência, ao 6rgão correspondente, pordeterminação do Governo Estadual ou Dis­trital.

Sala da Comissão, 4 de abril de 1990. ­Deputado Paulo Ramos; Relator.

EMENDAN"2(Ao Projeto de Lei nU 3.223/89)

Art. 6' .Parágrafo único. A infração ao disposto

neste Artigo será punida com pena de 1.000(mil) B.T.Ns.

Sala da Comissão, 4 de abril de 1990. ­Deputado Paulo Ramos, Relator.

EMENDAN"3(Ao Projeto de Lei n' 3.223/89)

Acresnte-se no caput do Art. 3' o seguinte:

"Art. 3' Compete às Secretarias de Se·gurança Pública, ou na sua existência, ao 6r­gão competente:1- .Sala da Comissão, 4 de abril de 1990. ­

Deputado Paulo Ramos.

111 - Parecer da Comissão

A Comissão de Defesa Nacional, em reu­nIão ordinária plenária realizada hoje, opi­nou, por unanimidade, pela aprovação doProjeto de Lei n' 3.223/89, nos termos doparecer do Relator, com três emendas.

Estiveram presentes os Senhores Deputa­dos:

Osmar Leitão - Presidente, Paulo Ramos,Osvaldo Bender, Farabulini Júnior, João deDeus, Annibal Barcellos, Oswaldo Alemei·da, Ismael Wanderley, Leonel Júnior, HélioRosas, Ottomar Pinto, Sadie Hauache, Ge­raldo Campos, Daso Coimbra, Paes Landim,Mello Reis.

Sala da Comissão, 18 de abril de 1990. ­Deputado Osmar Leitão, Presidente ~ De­putado Paulo Ramos, Relator.

EMENDAS ADOTADAS PELA COMIS­SÃO

Ao Art. 2' deve ser dada a seguinte reda­ção: A aquisição e a alienação de armas deuso privativo a civis, seus acessórios,petre­chos e munições obedecerão ao controle dasSecretarias de Segurança Pública ou, na suainexistência, ao 6rgão correspondente, pordeterminação do Governo Estadual ou Dis·trital.

Sala da Comissão, 18 de abril de 1990. ­Deputado Paulo Ramos, Relator - Depu­tado Osmar Leitão, Presidente.

Art. 6' .Parágrafo único. A infração ao disposto

neste Artigo será punida com pena de 1.00(mil) B.T.Ns.

Sala da Comissão, 18 de abril de 1990. ­Deputado Paulo Ramos, Relator - Depu­tado Osmar Leitão, Presidente.

Acrescente-se no caput do Art. 3" o se­guinte:

"Art. 3. Compete às Secretarias de Se­gurança Pública, ou na sua existência, ao 6r­gão competente:1- .Sala da Comissão, 18 de abril de 1990. ­

Deputado Paulo Ramos, Relator - Depu­tado Osmar Leitão, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON° 179, DE 1990

(Da Comissão de Relações ExterioresMENSAGEM N" 067/90

Aprova o texto do Ajuste Complemen­tar entre o Governo da República Federa­tiva do Brasil e o Governo da Repúblicado Paraguai sobre a constituição de umPrograma de Cooperação Técnica, assi­nado em Assuncão, em 10 de novembrode 1989.

(À Comissão de Constituição e Justiçae de Redação)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" É aprovado o texto do Ajuste

Complementar entre o Governo da Repú­blica Federativa do Brasil e o Governo daRepública do Paraguai sobre a constituiçãode um Programa de Cooperação Técnica, as­sinado em Assuncão. em 10 de novembrode 1989.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à apro­vação do Senado Federal. nos termos do inci­so V, do art. 52. da Constituição Federal,quaisquer acordos ou empréstimos a seremfirmados pelo Grupo de Trabalho de Coope­racão Técnica Binacional mencionado noA{uste Complementar referido no caput.

Art. 2" Este Decreto-Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

Sala das Comissões. 25 de abril de 1990.- Deputado Caso Coimbra, Vice-Presidenteno exercício da Presidência - Deputado Joãode Deus Antunes, Relator.

LEG~LAÇÃO(1TADA,ANEXADA

PELA COORDENAÇÃO DASCOMISSOES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

1988

TíTULO IV

Da Organização dos Poderes

Capítulo IDo Poder Legislativo

SEÇÃO IVDo Senado Federal

Art. 52. Compete privativamente ao Se­nado Federal:

V - autorizar operações externas de natu­reza financeira. de interesse da União, dosEstados. do Distrito Federal. dos Territ6riose dos Municípios:

PARECER DA COMISSÃO DERELAÇÕES EXTERIORES

I - Relatório

O Senhor Presidente da República encami­nhou a esta Casa. em 13 de fevereiro de 1990,a Mensagem n" 067, de 1990. submetendoà consideração do Congresso Nacional o tex­to do Ajuste Complementar entre o governobrasileiro e o Governo da República do Para­guai sobre a constituição de um Programade Cooperação Técnica. assinado em Assun­ção. em 10 de novembro de 1989, por ocasiãode visita presidencial aquele País.

Acompanham a Mensagem n· 067, de 1990,exposição de Motivos do Senhor Ministro deEstado das Relações Exteriores e c6pia doreferido Ajuste Complementar.

Na Exposição de Motivos acima referidajustifica-se o Ajuste Complementar celebra­do entre os dois governos como um instru­mento "para a elaboração de diagn6sticosglobais e setoriais representativos das neces­sidades de cooperação técnica de ambos ospaíses, visando à identificação de projetosespecíficos a serem desenvolvidos".

II - Voto do Relator

Aceitamos os argumentos do Senhor Mi­nistro das Relações Exteriores no sentido deque o presente Ajuste Complementar reve­la-se de importância para a ampliação dasatividades de Cooperação Técnica entre oBrasil e o Paraguai. este último. como sabe­mos, um país prioritário em nossa políticade relacionamento externo e integração naAmérica Latina.

Registramos que o Acordo de CooperaçãoTécnica celebrado entre o Governo da Repú­blica Federativa do Brasil e o governo daRepública do Paraguai, em 27 de outubrode 1987. a que se refere o presente AjusteComplementar. foi aprovado pelo DecretoLegislativo n" 068, de 9 de novembro de 1989.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3897

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON° 181, DE 1990

(Da Comissão de Relações Exteriores)MENSAGEM N" 114/90 ,

Art. 2" São sujeitos à aprovação do Con­gresso Nacional quaisquer atos que possamresultar em revisão do referido Acordo bemcomo aqueles que se destinem a estabele­cer-lhe ajustes complementares.

Art. 3'.' Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Eduardo Bomfim.

Aprova o texto do Acordo, por Trocade Notas, sobre Concessão de um Em­préstimo pelo Japão, nos termos do Planode Reciclagem Financeira, celebrado en­tre o Governo da República Federativado Brasil e o Governo do Japão, em Brasí­lia, a 10 de novembro de 1989.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação; e de Finanças e Tribu­tação.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I" É aprovado o texto do Acordo,

por Troca de Notas, sobre Concessão de umEmpréstimo pelo Japão nos termos do Planode Reciclagem Financeira, celebrado entreo Governo da República Federativa do Brasile o Governo do Japão, em BrasI1ia, a 10 denovemhro de 1989.

III - Parecer da Comissão

A Comissã(jl de Relações Exteriores, emreunião realizada hoje, aprovou, por unani­midade, o parecer do Relator, DeputadoEduardo Bomfim, favorável à Mensagem n'

. 068/90, do Poder Executivo, nos termos doProjeto de Decreto Legislativo que apresen­ta.

Estiveram presentes os Deputados: DasoCoimbra-Vice-Presidente no exercício daPresidência, Eduardo Bomfim-Relator,Enoc Vieira, João de Deus Antunes, AluizioCampos, Maria de Lourdes Abadia, AloysioChaves, Francisco Benjamim, Egídio Ferrei­ra Lima, Virgildásio de Senna, Marcos Lima,Leur Lomanto, Antonio Mariz, José Tinoco,Hermes Zaneti, Maurílio Ferreira Lima, Só­lon Borges dos Reis, Matheus Iensen e Do­mingos Leonelli.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Daso Coimbra, Vice-Presidente noexercício da Presidência - Deputado Edu­rado Bomfim, R,elator.

11 - Voto do Relator

PARECER DA COMISSÃO DERELAÇÕES EXTERIORES

I - Relatório

O Senhor Presidente da República subme-'te à apreciação do Congresso Nacional, atra­vés da Mensagem n" 068, de 1990, o textodo Acordo de Cooperação Cultura e Educa­cional entre o Brasil e Equador.

Acompanham a mensagem presidencial aExposição de Motivos do Sr. Ministro de Re­lações Exteriores e Cópia do Acordo.

O presente Acordo de Cooperação obje­tiva reger todas as iniciativas e atividades decaráter cultural, acadêmico, educativo e des­portivo por qualquer de uma das partes con­tratantes no território da outra. O intercâm­bio e a cooperação bilateral será feita nasseguintes modalidades: intercãmbio de inte­lectuais, artistas, professores, educadores,.estudantes e desportistas; intercâmbio, tra­dução e publicação de obras literárias; proje­tos e realizações culturais.

O Acordo determina a concessãode "ma­trículas de cortesia, independentemente devaga, com a isenção de concurso vestibular,a estudantes de ambos os países dependentesde funcionários da outra Parte que figuremna respectiva lista diplomática ou consular".

O Brasil e o Equador criam, pelo Acordo,uma Comissão Mista Cultural, com a incum­bência de: "a) elaborar os programas bia­nuais de intercâmbio cultural, educacional eesportivo e velar pelo seu desenvolvimentoe pelo da cooperação nestas matérias; b) pro­por medidas para o aperfeiçoamento da exe­cução do presente acordo".

Estatui ainda o Acordo que "qualquer dasParies poderá, a qualquer tempo dar o pre­sente Acordo por terminado, prova diplo­mática e com seis meses de antecedência".

É o relatório.

Art. 2" São sujeitos à aprovação do Con­g'resso Nacional quaisquer atos que possamresultar em revisão do referido Acordo, bemcomo aqueles que se destinem a estabele­cer-lhe ajustes complementares.

Art. 3" Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

Sala de Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Daso Coimbra, Vice-Presidente noexercício da Presidência - Deputado Eduar­do Bomfim, Relator.

Considerado a importância para o Brasilda ratificação do mencionado Acordo, vota-mos pela aprovação do texto encaminhado ,Parágrafo único. Quaisquer atos ou ajus-pelo Poder Executivo, nos termos do Projeto tes complementares de que possa resultar ade Decreto Legislativo que apresentamos. revisão ou modificação do presente docu-

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. _ mento ficam sujeitos à aprovação do Con-Deputado Eduardo Bomfim, Relator. gresso Nacional.

O Congresso Nacional decreta: Art. 2" Cada um dos acordos de emprés-Art. l' É aprovado o texto do Acordo timo a serem firmados entre os mutuários

de Cooperação Cultural e Educacional entre brasileiros e o Fundo de Cooperação Econô-o Governo da República Federativa do Brasil mica Ultramarina são sujeitos à aprovaçãoe o Governo da República do Equador, cele- - do Senado Federal, nos termos do inciso Vbrado em Quito em 26 de outubro de 1989. do art. 52.da Constituição Federal.

Votamos. pois, pela aprovação do textodo Ajuste Complementar encaminhado peloPoder Executivo nos termos do Projeto deDecreto Legislativo em anexo.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado João de Deus Autunes, Relator.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" É aprovado o texto do Ajuste

Complementar entre o Governo da Rqiú­blica Federativa do Brasil e o Governo daRepública do Paraguai sobre a constituiçãode um Programa de Cooperação Técnica assi­nado em Assunção, em 10 de novembro de1989.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à apro­vação do Senado Federal, nos termos do inci­so V, do art. 52, da Constituição Federal,quaisquer acordos ou empréstimos a seremfirmados pelo Grupo de Trabalho de Coope­ração TéCflica Binacional mencionado noAjuste Complementar referido no caput.

Art. 2" Este decreto legislativo entre emvigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado João de Deus Antunes, Relator.

IH - Parecer da Comissão

A Comissão de Relações Exteriores, emreunião realizada hoje, aprovou. por unani­midade, o parecer do Relator, DeputadoJoão de Deus Antunes, favorável à Mensa­gem n" 067/90, do Poder Executivo, nos ter­mos do Projeto de Decreto Legislativo queapresenta.

Estiveram presentes os Deputados: DasoCoimbra Vice-Presidente no exercício da Re­pública, João de Deus Antunes-Relator,Enoc Vieira, Aluizio Campos, Maria deLourdes Abadia, Aloysio Chaves, FranciscoBenjamim, Eduardo Bomfin, Egídio FerreiraLima, Virgildásio de Senna, Marcos Lima,Leur Lomato, Antonio Mariz, José Tinoco,Hermes Zaneti, Maurílio Ferreira Lima, Só­lon Borges dos Reis, Matheus Iensen e Do­mingos Leonelli.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Daso Coimbra, Vice-Presidente noexercício da Presidência - Deputado Joãode Deus Antunes, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON' 180, DE 1990

(Da Comissão de Relações Exteriores)MENSAGEM N' 068/90

Aprova o texto do Acordo de Coope·ração Cultural e Educacional entre o Go· 'verno da República Federativa do Brasile o Governo da República do Equador,celebrado em Quito, em 26 de outubrode 19890.

(À Comissão de Constituição e Justiçae de Redação.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I' É aprovado o texto do Acordo

de Cooperação Cultural e Educacional entreo Governo da República Federativa do Brasile o Governo da República do Equador, cele­brado em Quito, em 26 de outubro de 1989. -

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3898 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

1 - Projeto de Irrigação do Nordeste .2 - Projeto de Irrigação do Jaíba (lI) : ..3 - Projeto de Eletrificação Rural do Estado de Goiás .4 - Projeto de Desenvolvimento do Porto de Santos .

Art. 3" Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Daso Coimbra, Vice-Presidente noexercício da Presidência - Deputado MarcosLima, Relator.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL - 1988

Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO IDo Poder Legislativo

SEÇÃO IV(Do Senado Federal

Art. 52. Compete privativamente ao Se­nado Federal:

V - autorizar operações externas de natu­reza financeira, de interesse da União, dosEstados, do Distrito Federal, dos Territóriose dos Municípios;

O Acordo prevê, ainda, a garantia daUnião para a amortização do principal dosempréstimos concedidos para os projetos den's 2, 3 e 4 da lista, assim como o pagamentode juros a eles relativos; a isenção para oFundo de todos os impostos ou taxas cobra­dos no Brasil com relação ao empréstimo eaos juros dele decorrentes; e a concessão detodas as facilidades necessárias à entrada epermanência no Brasil de cidadãos japonesescujos serviços possam vir a ser necessáriosno contexto de fornecimento de produtos e/ou serviços.

II - Voto do Relator

O Acordo por Troca de Notas tem todasas características necessárias ao conceito detratado internacional, pois é resultante da li­vre manifestação do consentimento das par­tes, é formal, concluído entre sujeitos de di­reito internacional público e destinado a pro­duzir efeitos jurídicos, gerando obrigações eprerrogativas. É do Congresso Nacional,pois, a competência exclusiva de resolver de­finitivamente sobre o mesmo.

Tratando-se, no entanto, de acordo sobrea concessão de empréstimo externo, compe­tirá ao Senado Federal autorizar cada umadas operações externas de natureza financei­ra inerente ao mesmo para tornar disponíveis

PARECER DA COMISSÃO DERELAÇÕES EXTERIORES

I '- Relatório

Em conformidade com as diretrizes consti­tucionais o Presidente da República, atravésda Mensagem n" 114, de 1990, submete àconsideração do Congresso Nacional o textodo Acordo, por Troca de Notas, sobre Con­cessão de um Empréstimo pelo Japão, nostermos do Plano de Reciclagem Financeira,celebrado entre o Governo da República Fe­derativa do Brasil e o Governo do Japão,em Brasília, a 10 de novembro de 1989.

Referido Acordo trata de um empréstimode até sessenta e quatro bilhões e cinqüentae sete milhões de ienes, que será concedidoà República Federativa do Brasil, ao Estadode Minas Gerais, às Centrais Elétricas deGoiás S.A. - CELG e à Empresa de Portosdo Brasil S.A. - Portobrás pelo Fundo deCooperação Econômica Ultramarina, o de­nominado "Fundo Nakasone".

O empréstimo, no entanto, será tornadodisponível mediante acordos de empréstimoa serem firmados entre os mutuários brasi­leiros e o Fundo; vale dizer, entre o Estadode Minas Gerais, as Centrais Elétricas deGoiás S.A. - CELG, a Portobrás, a Uniãoe o Fundo, vez que os recursos estarão desti­nados aos seguintes projetos:

(em milhões de ienes)

7.59614.74012.83228.889

os recursos emprestados. Somos, pois, pelaaprovação do texto do Acordo, nos termosdo Projeto de Decreto Legislativo que apre­sentamos em anexo.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Marcos Lima, Relator.

Art. 1\' É aprovado o texto do Acordo,por Troca de Notas, sobre Concessão de umEmpréstimo pelo Japão, nos termos do Planode Reciclagem Financeira, celebrado entreo Governo da República Federativa do Brasile o Governo do Japão, em Brasília, a 10 denovembro de 1989.

Parágrafo único. Quaisquer atos ou ajus­tes complementares de que possa resultar arevisão ou modificação do presente docu­mento ficam sujeitos à aprovação do Con­gresso Nacional.

Art. 2\' Cada um dos acordos de emprés­timo a serem firmados entre os mutuáriosbrasileiros e o Fundo de Cooperação Ultra­marina são sujeitos à aprovação do SenadoFederal, nos termos do inciso V do' art. 52da Constituição Federal.

Art. 3' Este Decreto Legislativa entraem vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Marcos Lima, Relator.

11I - Parecer da Comissão

A Comissão de Relações Exteriores, emreunião realizada hoje, aprovou, por unani­midade, o parecer do Relator, DeputadoMarcos Lima, favorável à Mensagem n"114/90, do Poder Executivo, nos termos doProjeto de Decreto Legislativo que apresen­ta.

Estiveram presentes os Deputados: DasoCoimbra, Vice-Presidente no exercício daPresidência; Marcos Lima, Relator; EnocVieira, João de Deus Antunes, Aluizio Cam­pos, Maria de Lourdes Abadia, Aloysio Cha­ves, Francisco Benjamim, Eduardo Bomfim,Egídio Ferreira Lima, Virgildásio de Senna,Leur Lomanto, Antonio Mariz, José Tinoco,Hermes Zaneti, Maurílio Ferreira Lima, Só­lon Borges dos Reis, Matheus Iensen e Do­mingos Leonelli.

Sala da Comissão, 25 de abril de 1990. ­Deputado Daso Coimbra, Vice-Presidente noexercício da Presidência - Deputado MarcosLima, Relator.

PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN' 229, DE 1990

(Do Sr. Tarso Genro)

Dispõe sobre a relevância e a urgênciaprevista no art. 62 da Constituição Fede­ral, e dá outras providências.

(Apense-se ao Projeto de Lei Comple­mentar n" 223, de 1990.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I" São considerados casos urgentes

e relevantes, que autorizam a adoção de Me­didas Provisórias, os que podem proporcio­nar danos irreparáveis à economia nacional,ameaçar a existência da União e a forma fede­rativa do Estado.

Art. 2" O Presidente da República nãopoderá adotar Medidas Provisó'rias que cons­tituam situações definitivas, em face dos efei­tos jurídicos e factuais irreversíveis que elasproporcionam.

Parágrafo único. Na hipótese de se confi­gurar o previsto no caput deste artigo e rejei­tada a Medida Provisória, conforme o art.4', parágrafo 1\', a Comissão de Constituiçãoe Justiça da Cãmara dos Deputados emitiráparecer para os efeitos do arts. 85 e 136 daConstituição Federal.

Art. 3\' A adoção da Medida Provisóriadeverá ser acompanhada de exposição de mo­tivos circurn;tanciada e preliminar das razõesque justifiquem a relevância e urgência, bemcomo as conseqüências decorrentes da omis­são presidencial, caso não utilize as prerro­gativas inscritas no art. 62 da ConstituiçãoFederal.

Art. 4' Nos primeiros cinco dias do prazoprevisto no art. 62, parágrafo único da Cons­tituição Federal, o Congresso Nacional apre­ciará e votará, preliminarmente, sem prejuí­zo da apresentação de emendas, o reconhe­cimento, ou não, da urgência e relevância.

Parágrafo único. Se a urgência e a rele­vância não forem aprovadas, a Medida Provi­sória será tida como rejeitada, baixando o

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3899

Presidente do Congresso Nacional ato, decla­rando insubsistente a Medida, feita a devidacomunicação ao Presidente da República.

Art. 5" Esta lei entrará em vigor na datada sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Justificação

O presente projeto tem por meta vincula!'a urgência e a relevância, previstas na ConstI­tuição Federal para a edição de Medidas Pro­visórias, a determinadas situações que ele es-pecifica. .

A aparente liberdade qu~ tem o ~X~cutIvO,

em face da omissão da leI, de defmIr a seujuízo as situações previstas no t~x~o constit~­

cional, perverte o Estado de DIreIto e pOS~I­

bilita a invasão das prerrogativas do LegIS­lativo.

O esmaecimento das fronteiras, no casodas Medidas Provisórias, entre os poderesda Presidência e as prerrogativas do Congres­so, pode levar à instabilidade instituci?nal,ofensiva à harmonia entre os poderes, mman­do a estrutura constitucional.

A necessidade de que o Congresso inter­fira, num prazo curto, sobre a formação deum "juízo de valor" político e jurídico porparte do Executivo, no que se refe~e. à. a~e­quação das medidas que ele teve a Imc~atlva

de editar, é que inspira a regulament~çao deuma manifestação prévia de reconheCImentoda urgência. e da relevância. ": .p~rtir da~ ~

responsabilidade passa a ser dIvIdIda, politi­camente, entre o Congresso e o Presidente.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Tarso Genro, PT/RS.

LEGISLAÇÃO CITADA, Jj.NEXADAPELA COORDENAÇAO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL-1988

............................................ : .

TÍTULO IVDa Organização dos Poderes

CAPÍTULO IDo Poder Legislativo

.... ~ ..........................SEÇÃO VIII

Do Processo Legislativo

SUBSEÇÃO IIIDas Leis

...........................···A;t.. ·6i'.···E~·~~~~·de relevância e urgên-cia o Presidente da República poderá adotarmedidas provisórias, com força de lei, deven­do suemetê-las de imediato ao Congresso Na­cional que, estando em recesso, será c~nvo­

cado extraordinariamente para se reumr noprazo de cinco dias. . . , .

Parágrafo único. As medI.d~s provl~onas

perderão eficácia, desd: a edIçao, se na~ fo­rem convertidas em leI no prazo de tnntadias, a partir de sua publicação, devendo o

Congresso Nacional disciplinar as relações ju­rídicas delas decorrentes.

CAPÍTULO IIDo Poder Executivo

SEÇÃO IIIDa Responsabilidade do Presidente da Repú­

blica

Art. 85. São crimes de responsabilidadeos atos do Presidente da República que aten­tem contra a Constituição Federal e, especial­mente, contra:

I - a existência da União;II - o Livre exercício do Poder Legisla­

tivo, do Poder Judiciário, do Ministério PÚ­blico e dos Poderes constitucionais das unida­des da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, in-dividuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;V - a probidade na administração;VI - a lei orçamentária;VII - o cumprimento das leis e das deci-

sões judiciais. . _ .Parágrafo único. Esses cnmes serao defi­

nidos em lei especial, que estabelecerá as nor­mas de processo e julgamento.

Art. 86. Admitida a acusação contra oPresidente da República, por dois terços daCâmara dos Deputados, será ele submetidoa julgamento perante o Supremo Tribuna Fe­deral, nas infrações penais comuns, ou peran­te o Senado Federal, nos crimes de responsa­bilidade.

§ 1" O Presidente ficará suspenso de suasfunções:

I - nas infrações penais comuns, se rece­bida a denúncia ou queixa-crime pelo Supre­mo Tribunal Federal;

II - nos crimes de responsabilidade, apósa instauração do processo pelo Senado Fe­deral.

§ 2" Se decorrido o prazo de cento e oi­tenta dias, o julgamento não estiver concluí­do, cessará o afastamento do Presidente, semprejuízo do regular prosseguimento do pro­cesso .

§ 3" Enquanto não sobrevier sentenç~

condenatória, nas infrações comuns, o PreSI­dente da República não estará sujeito a pri­são.

§ 4" O presidente da República, na vi­gência de seu mandato, não pode ser r~~pon­

sabilizado por atos estranhos ao exerClCIO desuas funções.

•••••••••••••••••!" ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN' 230, DE 1990

(Do Sr. Gastone Righi)

Fixa indenização por tempo de serviçoe aviso prévio de três meses, no caso dedespedida sem justa causa.

(Apense-se ao Projeto de Lei Comple­mentar n' 31, de 1988.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" No caso de despedida sem justa

causa, o empregado téra direito, além doFGTS, de receber indenização por tempo deserviço correspondente a um salário por anode serviço prestado ou fração.

Art. 2" Até 30 de setembro de 1991, oprazo d~ aviso prévio para despedida de em­pregado com mais de um ano de tempo deserviço será de três meses.

Art. 3" Ficam revogadas as disposiçõesem contrário.

Art. 4' Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, aplicando-se imediata­mente seus efeitos aos casos de aviso prévioem curso.

Justificação

O Art. 7", inciso I da Constituição Federaldeve ser regulamentado por lei complemen­tar quanto à indenização por tempo de ser­v~o. .

Nesta oportunidade, com o Plano BrasilNovo, quando a expectativa é de recessãoe desemprego, torna-se inadiável a legislaçã?impeditiva ou desincentivadora das despedI­das imotivadas.

É premente e necessário protegermos ostrabalhadores assalariados e mantermos o ní­vel de empregos para que a economia nãodescambe para a depressão.

Os empregados de uma empresa deveriamser considerados como seu maior patrimônio.A solução de dispensa em massa como formade se superar dificuldades econômicas, alémde odiosa é indesejável.

Daí estarmos propondo uma indenizaçãomais justa para os empregados e um prazode aviso prévio de três meses até setembrode 1991, quando se expira o prazo de ~8 me­ses, estabelecido pelo plano econômICO doGoverno, para a retenção de grande massade recursos e meios de pagamento que foramcongelados.

'Por sua oportunidade e correta procedên­cia, esperamos que a presente ~ropositura

seja acolhida pelos Srs. CongreSSIstas e con­vertida em lei, fazendo justiça a nossa sofridaclasse operária. - Deputado Gastone Righi,PTB-SP.

LEGISLAÇÃO CITADA, Jj.NEXADAPELA COORDENAÇAO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL - 1988

TÍTULonDos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO IIDos Direitos Sociais

Art. 7" São direitos dos trabalhadoresurbanos e rurais, além de outros que visemà melhoria de sua condição social:

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3900 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

I - relação de emprego protegida contradespedida arpitrária ou sem justa causa, nostermos da lei complementar, que preverá in­denização compensatória, dentre oustros di­reitos;

PROJETO DE LEI N' 4.736, DE 1990(Do Sr. Gandi Jamil)

Proíbe a dispensa de trabalhadores,candidatos a cargos de direção sindical,inclusive rurais e de colônias de pesca·dores, até um ano depois de cumpridoo mandato (Art. 8", inciso VIII e pará.grafo único da Constituição Federa!.)

(Apense-se ao Projeto de Lei n" 1.52R,de 1989.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Nenhum empregado' sindicaliza­

do, urbano ou rural, poderá ser dispensadoa partir do registro da candidatura a cargode direção ou representação sindical e eleito.mesmo suplente, gozará de efetividade notrabalho até o final do mandato, salvo se co­meter falta grave.

Parágrafo único. Consideram-se faltasgraves, para os efeitos deste artigo, aquelasapuradas em inquérito, com ampla defesa erecurso judicial, que contrariem os interesseseconômicos da empresa, ressalvado o direitode greve, ou perturbem o anda~ento dos tra­balhos, a ordem interna e a segurança dostrabalhadores.

Art. 2" As disposições desta lei aplicam­se aos representantes eleitos dos sindicatosrurais e colônias de pescadores, nas mesmascondições de legislação pertinente aos assala­riados urbanos.

Art. 3" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

Trata-se de garantia reconhecida, há decê­nios, pela Organização Internacional do Tra­balho, já incorporada à legislação brasileira,como instituto assecuratório da plenitude daliberdade sindica!.

O maior cuidado precisa ser dado à defini­ção de falta grave, preferível sua apuraçãoem inquérito, com recurso judicial.

Sala das Sessões, ~ Gandi Jamil.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL -198R

.. ... ... TíTuLo'ii' " .Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO IIDos Direitos Sociais

Art. 8" É livre a associação profissionalou sindical, observado o seguinte:

VIII - é vedada a dispensa do empregadosindicalizado a partir do registro de candida­tura a cargo de direção ou representação sin­dical e, se eleito, ainda que suplente, até umano após o final do mandato, salvo se cometerfalta grave, nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste ar­tigo aplicam-se à organização de sindicatosrurais e de colônias de pescadores, atendidasàs condições que a lei estabelecer.

PROJETO DE LEI N" 4.889, DE 1.990(Do Sr. Eraldo Trindade)

Dispõe sobre tratamento preferencialpara as empresas empregadoras de defi·cientes físicos.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); e de Traba­lho, de Administração e Serviço Público- Art. 24, 11)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Na concessão de financiamento

e na aquisição de bens e serviços, o PoderPúblico dará tratamento preferencial às em­presas que mantiverem em seus quadros fun­cionais pelo menos 2% (dois por cento) dedeficientes físicos.

Art. 2" O Poder Executivo regulamenta­rá esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias desua publicação.

Art. 3,' Esta lei entra em vigor na dataem que for publicada.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrárió

Justificação

Este projeto de lei encontra-se em conso­nância com os vários dispositivos constitu­cionais que tratam dos cidadãos portadoresde deficiência. Reconhencendo sua especifi­cidade, a Constituição buscou definir direitose princípios de proteção e integração do defi­ciente na vida nacional.

Nosso objetivo é, através de medidas con­cretas, ampliar o mercado de trabalho dessesegmento social. Assim é que estamos pro­pando tratamento preferencial, por parte doSetor Publico, às empresas que mantenhampelo menos 2% de deficientes em seus qua­dros permanentes.

Esperamos, com isso, sensibilizar nossosempresários para o grave problema de em-'prego, enfrentado pelos deficientes do País,estimulando sua contratação.

Sala das Sessões, de de 1990. -Deputado Eraldo Trindade.

PROJETO DE LEI N" 4.890, de 1990

(Do Sr. Eraldo Trindade)

Dispõe sobre o tratamento a ser dadoaos procuradores públicos dos ex·terri·tórios de Amapá e Roraima.

(Apense-se ao Projeto de Lei n" 4.759,de 1990.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Os procuradores públicos dos ex­

territórios de Amapá e Roraima, admitidosantes da promulgação da Constituição, pas­sam a integrar a Advocacia Geral da União,facultando o direito de opção.. Art. 2" Esta lei entra em vigor na data

de sua publicação.Art. 3' Revogam-se as disposições em I

contrário.

JustificaçãoCom a transformação dos ex-territórios de

Amapá e Roraima em Estados, criou-se certaindefinição quanto as atividades desenvolvi­das pelos profissionais da Procuradoria Ge­ral, sendo contratados pela União à dispo­sição dos-Estados recém-criados. Os profis­sionais em questão ressentem-se do mesmotratamento dispensado aos demais incluídosno processo em outras unidades da federa­ção.

Os novos estados deverão constituir seustribunais, sendo necessária a formação deseus procuradores, através de concurso públi­co, ficando dessa maneira os atuais contra­tados pelo poder federal, antes da prolT)ul­gação da Constituição, como advogados daUnião, dentro do processo do direito adqui­rido constante da nova Carta magna do País.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Eraldo Trindade.

PROJETO DE LEI N° 4.891, DE 1990(Do Sr. Nilson Gibson)

Dispõe sobre a isenção da multa pre·vista pelo artigo 80 da Lei n' 4.737, de15 de julho de 1965, que instituiu o Códi·go Eleitora!.

(Apense-se ao Projeto de Lein" 4.26Y,de 19R9.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I'! Não se aplicará a multa previstà

no art. R" da Lei n" 4.737, de 15 de julhode 1965 (Código Eleitoral), aos que se inscre­verem, até a data do encerramento do prazode alistamento para as eleições de 1990.

Art. 2" Esta lei entrará em vigor na data. de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.Brasília, 12" de abril de 1990. - Deputado

Nilson Gibson, (PMDB-PE).

Justificação

É sempre uma medida posta em práticaa isenção da multa prevista no Código Eleito­ral (art. 8") aos alistandos que excedem oprazo. Portanto, nada mais correto e justoda concessão da isenção aos alistandos atrasa­dos para o pleito eleitoral do corrente ano.

Brasília, 19 de abril de 1990. - DeputadoNilson Gibson, (PMDB-PE).

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA CQORDENAÇÃO DASCOMISSOES PERMANENTES

LEI N" 4.737DE 15 DE JULHO DE 1965

Instiui o Código Eleitoral

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3901

PARTE PRIMEIRAIntrodução

Art. 8" O brasileiro nato que não se alis­tar até os dezenove anos ou naturalizado quenão se alistar até um ano depois de adquiridaa nacionalidade brasileira incorrerá na multade três a dez por cento sobre o valor do salá­rio-mínimo da região, imposta pelo juiz e co­brada no ato da inscrição eleitoral atravésde selo federal inutilizado no próprio requeri­mento. (Lei n" 4.961, art. 3")

Parágrafo único. O processo de inscriçãonão terá andamento enquanto não for pagaa multa e, se o alistando se recusar a pagarno ato, ou não a fizer no prazo de 30 (trinta)

. dias será cobrada na forma prevista no art.367.

PROJETO DE LEI N" 4.892, DE 1990(Do Sr. Osvaldo Bender)

Dispõe sobre a conversão de multas.(Às Comissões de Constituição e Jus­

tiça e de Redação (ADM); de Finançase Tributação; e de Agricultura e PolíticaRural - art. 24, lI)

O Congresso Nacional decreta:Art. I" As multas decorrentes dos paga­

mentos em atraso·de impostos, taxas, tarifas,contribuições e outros tributos, serão destina­dos ao Ministério da Agricultura que os con­verterá em investimento na área rural.

Art. 2" O Poder Executivo regulamenta­rá esta lei em 60 (sessenta) dias.

Art. 3' Revogam-se as disposições emcontrário.

Art. 4' Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Justifícação

Apresento este projeto de lei para que asaplicações dos recursos. provenientes das mul­tas, decorrentes do atraso no pagamento detributos, sejam investidas no desenvolvimen­to do meio rural.

Os recursos serão empregados no aumentoda produção agrícola; na abertura de estradasviscinais; na construção de escolas de 1" graue técnicas; na irrigação; na melhoria dos siste­mas elétricos e de telefonia; na recupeaçãodo solo e micro-bacias; na saúde; na constru­ção de mOI adias, pequenas vilas e centroscomunitários.

É necessário que voltemos nossas atençõesao homem do campo, pois a miséria e a po­breza existentes são uma vergonha nacional.

Este projeto é a oportunidade de canali­zarmos recúrsos para reerguér a imagem doBrasil interior.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Osvaldo Bender.

PROJETO DE LEI N" 4.1193, DE 1990(Do Sr. Lélio Souza)

Autoriza a emissão de um série especialde selos, comemorativa do centenário doDiário Popular de Pelotas.

(Às'Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM), e de Ciênciae Tecnologia, Comunicação e Informá­tica - art. 24, lI.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Fica o Poder Executivo autori­

zado a emitir uma série especial de selosco­memorativa do centenário do Diário Popularde Pelotas.

Art. 2" O Poder Executivo regulamenta­rá esta lei no prazo de 30 (trinta) dias a contarde sua publicação.

Art. 3" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O Diário Popular é o mais antigo jornaldiário do Rio Grande do Sul e também umdos mais antigos do País, com circulação pra­ticamente ininterrupta.

Fundado em 27 de agosto de 1890. porTheodósio Menezes, com o apoio de um gru­po de jovens republicanos daquela cidade,foi, em sua primeira fase, de 1890 a 1938,como órgão do Partido Republicano Rio­grandense, um jornal eminentemente polí­tico, tendo contribuído decididamente paraa consolidação do novo regime em sua difíciletapa inicial, sustentando três principais re­fregas políticas do período ~ as Revoluçõesde 1893, de 1923 e de 1930, esta coroadade êxito com a ascenção de Getúlio Vargasà Presidência da República.

Por imposição do Estado Novo, que extin­guiu os partidos políticos, deixou de ter vincu­lação partidária, ficando impedido de circularpor dois meses e vinte dias. Teve, então, seuacervo adquirido por um grupo de membrosda Associação Comercial de Pelotas quecriou a empresa Gráfica Diário Popular Ltda.Ressurgiu como "órgão dos interesses ge­rais", definição até pouco tempo contida emseu cabeçalho.

No editorial de seu relançamento, a 20 dejunho de 1983, lia-se que ressurgia "não maiscomo porta-voz de corrente política, mas co­mo jornal noticioso independente, adquirdoe financiado por esforçados membros do altocomércio local". Sua finalidade, assinalavatambém aquele editorial, "será concorrer pa­ra o desenvolvimento econômico e cultural doRio Grande do Sul, notadamente da Zona Suldo Estado, por onde, como é natural, irá termaior circulação".

Revigorado com a aquisição de novas má­quinas, a admissão de profissionais experi­mentados e uma orientação mais dinâmica,o jornal assumiu aspecto moderno e se desen­volveu, liderando campanhas comunitárias econsolidando seu conceito público.

Em 1984 encetou plano de atualização tec­nológico, adquirindo uma impressora rota-

tiva offset, de fabricação norte-americana,transformilndo o antigo formato standardem tablóide. Essa mudança, paralelamenteà reformulação editorial e gráfica, propor­ciona um novo visual ao veículo, com plenaaprovação de seus leitores e da comunidadeem geral.

Em 1987 implementa mais uma etapa deseu plano de modernização, a dotando siste­ma de composição. eletrônica. E no decursodo ano passado, evoluiu para I) sistema defotocomposição, operando equipamentos deúltima geração e de alta capacidade produ­tora. Essa última etapa coincidiu cof1l com­pleto replanejamento gráfico e editorial.

No ano de seu centenário vem publicandoedições especiais trimestrais, focalizando as­pectos característicos da Zona Sul.

Certamente poucos jornais brasileiros po­dem exigir um passado como o do Diário Po­pular de Pelotas, de luta pelos ideiais republi­canos.

Em face dos fatos expostos, entendef1losque a passagem do centenário de fundaçãodo Diário Popular de Pelotas mereça ser mar­cada pelo lançamento de uma série especialde selos, razão por que submetemos à elevadaconsideração dos nobres Pares o presenteprojeto de lei.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Lélio Souza.

PROJETO DE LEI N" 4.894, DE 1990(Do Sr. Jofran Frejat)

Dispõe sobre a alienação de imóveis re·sidenciaisno Distrito Federal.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação, de Trabalho, de Ad­ministração e Serviço Público, e de .Fi­nanças e Tributação - art. 24. lI.) U

O Congresso Nacional decIeta:Art. l' A alienação de imóveis residen­

ciais localizados no Distrito Federal, de pro­priedade da União, vinculados ou não aoFundo Rotativo Habitacional de Brasília­FRHB, administrados pela.Secretaria da Ad­ministração Federal, reger-se-á pelo dispostonesta lei.

Art. 2" Os imóveis mencionados no arti­go anterior serão alienados ao seu legítimoocupante, no prazo de 180 (cento e oitenta)dias, prorrogável por igual período, a partirda data da publicação desta lei, desde queatenda aos següintes requisitos:

I - ocupe regularmente o imóvel;II - ele, seu cônjuge. ou companheira(o)

não sejam ou não tenham sido, nos 5 (cinco)anos imediatamente anteriores à data da pu­blicação desta lei, propnetários promitentescompradores, cessionários ou promitentes­cessionários de imóvel residencial no DistritoFederal;

III - detenha cargo efetivo ou empregopermanente em órgãos ou entidades da Ad­ministração Pública Federal.no Distrito Fede­ral, ou do governo do Distrito Federal;

IV - esteja quite com o pagamento dosencargos relativos à ocupação.

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3902 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

§ l'e O servidor casado não poderá fazera aquisição regulada por esta lei, se o cônjugeou companheira(o) já a houver realizado.

§ 2" Desde que atendida a exigência con­tida no inciso IV do a*003 caput deste artigo,o direito à aquisição é extensivo ao aposen­tado ou disponível que, no momento da apo­sentadoria ou disponibilidade, ocupava regu­larmente o imóvel, ainda que já rescindidoadministrativamente o respectivo termo deocupação.

§ 3" O direito à aquisição do imóvel éextensivo, ainda, por superveniência de viu­vez, ao cônjuge ou companheira, amparadapela Constituição de servidor que, ao falecer,ocupava regularmente o imóvel, preenchidoo requisito constante do inciso IV do caputdeste artigo.

Art. 3" Não serão objeto de alienação osimóveis residenciais:

I - administrados pelas Forças Armadas,e destinados à ocupação por militares;

H - destinados a funcionários do ServiçoExterior, de que trata a Lei n'.' 7.501, de 27de junho de 1986;

IH - ocupados por Membros do PoderLegislativo;. IV - ocupados por Ministros do Supremo

Tribunal Federal, dos Tribunanis Superiorese do Tribunal de Contas da União; pelo Pro­curador-Geral da República, pelos Subpro­curadores Gerais da República, pelos Procu­radores Gerais da Justiça Militar, do Traba­lho, do Tribunal de Contas da União e respec­tivos Subprocuradores Gerais, salvo sua es­pressa manifestação em contrário, no prazode trinta dias a contar da vigência desta lei;

V - destinados aos ocupantes de cargosou funções de confiança, considerados indis­pensáveis ao serviço público pelo Poder Exe­cutivo.

§ 2" Os imóveis referidos no inciso V des­te artigo serão escolhidos dentre aqueles queestiverem vagos à data da vigência desta leiou que vierem a vagar por devolução espon­tânea do respectivo ocupante ou em decor­rência de decisão judicial.

Art. 4\' Os processos de venda dos imó­veis referidos no artigo l' serão instruídospela Secretaria da Administração Federal pa­Ta posterior remessa à Caixa Econômica Fe·deral, à qual, mediante convênio a ser cele­brado com a União, caberá a efetivação davenda e a administração dos contratos, obe·decidas as normas desta lei.

Art. 5" O produto da alienação será re­passado ao Tesouro Nacional e aplicado,obrigatoriamente em programas habitacio­nais de caráter social, no Distrito Federal.

Art. 6' O preço de venda dos imóveisfuncionais será fixado com base em laudode avaliação, a ser efetivado pela Caixa Eco­nômica Federal, contendo os seguintes com­ponentes:

I - custo de reprodução;II - fator de depreciação; eIII - fração ideal do terreno.§ 1" O custo de reprodução selá estabe­

lecido a partir de metodologia utilizada pelaengenharia de avalação, a fim de se deter- -

minar o valor'atual do imóvel, tendo em contaentrei outros, os seguintes elementos:

I - especificações básicas do projeto deengenharia;

II - área real de construção:In - custo unitário básico, descrito em

memória de cálculo e determinado em funçãodos custos de mão-de-obra e de material, pormetro quadrado, dos padrões de acabamentoe da qualidade do material empregado;

IV - despesas complementares relativasa custo de projetos (arquitetônico, estrutural,hidráulico, de eletricidade etc.), instalaçõesprovisórias, equipamentos mecánicos (eleva­dores. compactadores. exaustores ·etc.) e ou­tros correlatos.

§ 2" O fator de depreciação será fixadoem função da idade do imóvel, à razão de2% (dois por cento) para cada ano completo:e em função do tempo de uso da unidadefuncional, igualmente à razão de 2% (doispor cento) para cada ano completo, comodepreciação adicional por utilização do imó­vel, até o limite de 50% (cinqüenta por cen­to).

§ 3'" A fração ideal do terreno correspon­derá a percentuais variáveis de quinze a vintee cinco por cento sobre o custo de reproduçãocorrigido pelo fator de depreciação, conside­rando-se, para esse fim, a localização do imó­vel.

§ 4" O valor correspondente às benfei-.torias, comprovadamente realizadas no imó­vel funcional pelo legítimo ocupante, não se­rá computado no preço de venda.

Art. 7" O preço de venda do imóvel seráreajustado pro rata tempore, pelo índice devariação do Bônus do Tesouro Nacional(BTN), verificado entre a data da publicaçãodo laudo de avaliação e a da aquisição.

Art. 8" A venda será efetuada à vista oua prazo, mediante contrato particular e. nasegunda hipótese, com cláusula de atualiza­ção de valor, em conformidade com o dispos­to nesta lei.

Parágrafo único. A amortização da dívi­da será no prazo desejado pelo promitente­comprador, não excedente a 30 (trinta) anos,passível de prorrogação até 113 (um terço)do prazo original, observado o limite de idadeprevisto na Apólice Compreensiva do Siste­ma Financeiro da Habitação ao término docontrato.

Art. 9' Na venda a prazo, o pagamentodo preço será feito em prestações mensaise sucessivas, compreendendo as cotas deamortização e juros calculados a taxas iguaisàs pagas pelas Cadernetas de Poupança.

Art. 10. O pagamento mensal das pres­tações, abrangendo cotas de amortização ejuros. será acrescido de:

I - prêmio de seguro, previsto na ApóliceCompreensiva do Sistema Financeiro da Ha­bitação: e '

II - um por cento, a título de taxa deadministração do contrato.

§ l' O pagamento das prestações men­sais será feito, sempre que possível, mediantecOIlsignação em folha.

§ 2" Oco~rendo impontualidade no paga­mento, o promitente-comprador ficará sujei­to a juros moratórios de O,33'7r (trinta e trêsmilésimos por cento) por dia de atraso, sobreo valor da prestação, corrigido monetaria­mente, a partir de seu vencimento. até a datado efetivo pagamento.

Art. 11. Para efeito de aplicação da atua­lização do valor, as prestações mensais seráoreajustadas nas épocas e no mesmo percen­tual do aumento de vencimento ou saláriodo servidor, e no mês seguinte à sua vigência.

§ 1\' O primeiro reajustamento far-se-áde acordo com a variação percentual verifi­cada entre a data da assinatura do contrato

. e a do primeiro aumento de vencimento ousalário do promitente-comprador, adotando­se, em cada um dos subseqüentes reajusta­mentos, a variação percentual ocorrida a par­tir do aumento do vencimento ou salário ime­diatamente anterior.

§ 2' O valor da prestação mio poderá sersuperior a 35o/c (trinta e cinco por cento) daremuneração mensal ou da renda familiar dopromitente-comprador.

§ 3" Considera-se renda familiar, para fi­xação do limite estabelecido no parágrafo an­terior, a soma da remuneração percebida pe­lo promitente-comprador com a do cónjugeou companheira(o) e a de descendentes quecom ele vivam.

§ 4" A Secretaria da Administração Fe­deral, caso haja disponibilidade, poderá pro­mover a permuta de imóveis entre ocupantes,de modo a compatibilizar o padrão da unida­de residencial com o nível funcional do servi­dor.

Art. 12. O contrato de promessa de com­pra e venda será rescindido, de pleno direito,independentemente de interpelação judicialou extrajudicial, nos seguintes casos:

I - falta de pagamento de 3 (três) presta­ções mensais e sucessivas;

11 - falsidade de qualquer declaração feitapelo promitente-comprador na Ficha Sócio­Econômica, o no processo de venda; e

IH - infração a qualquer cláusula do con­. trato de promessa de compra e venda.

§ 1" No caso de rescisão de contrato per­derá o promitente-comprador as benfeitoriasrealizadas no imóvel, mesmo que úteis e ne­cessárias, não lhe cabendo nenhum direitoà indenização, reposição ou retenção a quetítulo for, salvo a devolução do total pagoreferente à amortização e aos juros. deduzidaa taxa de ocupação correspondente ao pe­ríodo.

§ 2" A taxa de ocupação referida no pará­grafo anterior não será inferior a 1/1000 (ummilésimo) do valor atualizado do imóvel,apurado em avaliação feita pela Caixa Econô­mica Federal, reajustável pelo índice de va·riação do Bônus do Tesouro Nacional (BTN).

Art. 13. O saldo devedor do preço daalienação será corrigido nas épocas e no mes­mo percentual do aumento de vencimentoou salário do ser.vidor.

Parágrafo único. Para efeito de quitaçãoantecipada do débito, o saldo devedor exis­tente será corrigido pro rata tempore.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3903

Institui o regime jurídico dos funcio­nários do Seniço Exterior e dá outrasprovidências.

cios funcionais encontram-se em situaçãobastante precária;

b) sejam estabelecidas regras para a pro­messa de compra e venda, de forma a possibi­litar a compra do imóvel pelo seu ocupante,pois a União quer se desfazer desses imóveis,mas a venda não deve ter fim especulativo;

c) não deverá ser exigido do servidor qual­quer pagamento a título de poupança ou en­trada, tendo em vista que no próprio SistemaFinanceiro da Habitação a poupança só ê de­vida em se tratando de imóveis novos.

d} a União não será lesada em seu patrimô­nio, pois receberá o que gastou acrescido dejuros e correção.

O projeto permite que o servidor que sejaproprietário de imóvel residencial, em outraUnidade de Federação, ofereça-o para paga­mento do valor da venda ou para reduzir sal­do devedor.

Tal proposta tem também como objetivopossibilitar a compra do Imóvel Funcional,pelo servidor, já que, com a redução drásticade dinheiro circulante no País, em face dasrecentes medidas econômicas baixadas pelogoverno, não poderia ele (servidor) levantarrecursos, mediante a alienação do bem desua propriedade, para se habilitar à comprado imóvel funcional respectivo.

Sala das Sessões, 18 de abril de 1990. ­Deputado Jofran Frejat.

LEGISLAÇÃO CITADA, {1NEXADAPELA COORDENAÇAO DASCOMISSÕES PERMANENTES

LEI N" 7.501, DE 27 DEJUNHO DE 1986

Art. 14. As· despesas exigidas pelo con- Justificação

trato ou dele decorrentes, tais como quita- A venda dos imóiveis funcionais como foições, certidôes, impostos, registros, averba- proposta pelo Executivo, e aprovada peloções e outras, correrão por conta do compra- Congresso Nacional, inviabiliza a sua aqui-dor ou do promitente-comprador. sição pela quase totalidade dos servidores pú-

Art. 15. O comprador e o promitente- blícos que os ocupam, pelas seguintes razões.comprador, regidos pela Consolidação das l-preço do imóvel proihitivo ao servidor,Leis do Trabalho, poderão utilizar os respec- já que o mercado imobiliário de Brasl1ia étivos depósitos do Fundo de Garantia do altamente especulativo. A Caixa EconõmicaTempo de Serviço para pagamento integral Federal se baseia, em suas avaliações no pre-ou parcial do valor da compra do imóvel. ço de mercado;ou para amortização de prestações mensais 2 - dificuldades de obtenção de financia-e redução do saldo devedor, na hipótese de mento junto aos Agentes do Sistema Finan-venda a prazo. ceiro da Habitação, em face da grande quan-

Parágrafo único. O servidor poderá, ain- tidade de imóveis que serão postos à venda;da, oferecer, como pagamento do valor da 3 - inviabilidade de se obter financiamen­venda ou para redução do saldo devedor, to caso o Sistema Financeiro daHabitaçãoimóvel residencial de sua propriedade locali- nüo esteja financiando imóveis usados,zado nas demais unidades da Federação, ob- 4 - impossibilidade de assumir 20% (vinteservados os seguintes procedimentos por par- por cento) do preço do imóvel, tendo emte da Caixa Econômica Federal: vista que o financiamento pelo Sistema Fi-

nanceiro da Habitação só corresponde à 80%I - procederá à avaliação do imóvel de (oitenta por cento) desse valor;

propriedade do servidor, em se tratando de .imóvel em condições de habitabilidade ven- 5 - prestações também proibitivas ao ser-dável no mercado imobiliário local. tomando vidor público, pois, dependendo do prazo doas medidas legais cabíveis à sua transferência financiamento, essas prestações terão um va-ao patrimônio da União; lor bastante elevado, não sendo compatíveis

com a renda mensal do servidor.II - incorporado ao patrimônio da União,

promoverá a alienação do imóvel, mediante Será criado um problema social sem prece-licitação pública, repassando o valor apurado dentes. Há servidores que residem nessesao Tesouro Nacional. para efeito do que dis- imóveis há mais de vinte anos, com a expec-põe o art. 5" desta lei. tativa de adquirí-Ios, tendo em vista que o

Governo Federal sempre alienou seus imó-Art. 16. Os atuais ocupantes de imóveis veis funcionais aos respectivos ocupantes.

funcionais que não os adquirirem por desinte-resse ou por não atenderem às condições esta- Grande parte dos servidores gastaram suasbelecidas no artigo 2" desta lei, terão o prazo parcas poupanças procurando dar condiçõesde 180 (cento e oitenta) dias para desocu- de habitabílídade aos imóveis que ocupam,pá-los. cuidando do patrimônio público como se fos­

se seu. Essas benfeitorias, conseqüentemen-Art. 17. A alienação dos imóveis funcio- te, serão usufruídas por aqueles que adqui-

nais desocupados, ou dos que venham a ser rirem os imóveis através do leilão, o que nãodesocupados, far-se-á mediante leilão públi- é justo.co, ressalvados aqueles referidos no art. 3". PROJETO DE LEI N' 4.896, DE 1990

§ I" Na hipótese de que trata este artigo, Dez mil servidores ficarão sem moradia,;o valor a que se refere o art. 6" corresponderá já que não há imóveis vagos em Brasília sufi- ( Do Sr. Euclides Scalco)ao preço inicial de venda. no leilão. cientes para atender a essa grande demanda. Altera a legislação de benefícios e cus-

§ 2" Os imóveis alienados mediante lei- Inúmeras ações serão ajuizadas pelos ocu- teio da Previdência Social.lão público só poderão ser adquiridos por pantes dos imóveis, o que crianí sérios pro- (Às Comissões de Constituição e Ius-pessoa física, observado o limite de um imó- blemas à alienação através de leilão. tiça e de Redação (ADM), de Seguri-vel para cada arrematante. A União já incorporou esses imóveis ao dade Social e Família, e de Finanças e

§ 3' O adquirente do imóvel ressarcirá seu patrimônio, tendo despendido, à época, Tributação - art 24, 11.)o servidor ocupante das benfeitorias por ele recursos para sua aquisição ou construção. O Congresso Nacional decreta:comprovadamente realizadas. Por essa razão, não é justo que o ocupante Art. I" Os benefícios da Previdência So-

§ 4" A remuneração do leiloeiro oficial do imóvel vá em buscá de um financiamento cial de auxílio-reclusão; pensão por morte,não poderá ser superior a meio por cento (inviável, por sinal), se a União poderá lhe pelo seu valor global; aposentadorias; e auxí-do valor da venda. vender o respectivo imóvel diretamente, me- lo-doença não poderão ser inferiores ao salá-

§ 5" É facultado à Ordem dos Advogados diante promessa de compra e venda, forma rio-mínimo, a partir de I'" de maio de 1990.do Brasil (OAB) designar um representante pela qual sempre foram alienados os imóveis Art. 2" Ao segurado e dependentes da

funcionais em Brasília. A Caixa Econômica'para acompanhar os procedimentos de alie-.. Federal representará a União e ~dministrará Previdência Social que, durante o ano, rece-nação de que trata este artigo. beram auxílio-doença, aposentadoria, pen-

Art. 18. As entidades da Administração os contratos, repassando o produto da venda são ou auxílio-reclusão será devido abonoFederal Indireta poderão alienar os imóveis ou da promessa de compra e venda ao Tesou- anual, tendo por base o valor dós proventos

ro Nacional. .residenciais de sua propriedade, situados no do mês de dezembro e calculado da mesmaDistrito Federal aos seus legítimos ocupan- Para viabilizar a aquisição pelo servidor forma que a gratificação de natal dos traba-tes, em consonância com as normas estipu- . é preciso: Ihadores, no que couber.ladas nesta lei. a) sejam estabelecidas normas para a ava- Art. 3° Todos os salários de contribuição

Art. 19. Esta lei entra em vigor na data Iiação, com aplicação de índices razoáveis de computados no cálculo do valor do benefíciode sua publicação revogadas todas as dispo-._ depreciação, com o objetivo de se alcançar _. serão autorizados monetariamente mês asições em contrário. um preço justo, tendo em vista que os edifí- mês, de acordo com a variação do índice ofi-

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3904 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

cial de inflação aplicável aos salários, de mo­do a preservar os seus valores reais.

Parágrafo único. As aposentadorias e­pensões concedidas a partir de 5 de outubrode 1989 serão revistas pela Previdência So­cial, no prazo máximo de 180 (cento e oiten­ta) dias para adaptar seu valor ao cálculoprevisto no caput, que será devido. a partirda data de promulgação desta Lei.

Art. 4" O valor do benefício será reajus­tado com a mesma periodicidade do reajusta­mento do salário mínimo, segundo a variaçãodo índice oficial de custo de vida utilizadopara reajuste de salários.

§ 1" A qualquer tempo em que se veri-­ficar desvios do índice oficial de custo de vida,em relação a variação real da capacidadeaquisitiva da moeda, o Conselho Nacionalde Seguridade Social determinará reajusteadicional compensatório dos benefícios, demodo a restituir-lhes o valor real anterior.

§ 2'- O primeiro reajuste do valor do be­nefício, após a sua concessão, referir-se-á aoperíodo entre o início do benefício e o mêsimediatamente anterior ao reajustamento.

Art. 5" É criado o Conselho Nacional daSeguridade Social, órgão superior de delibe­ração colegiada, com a participação daUnião, dos Estados, do Distrito Federal, dosMunicípios e de representantes da sociedadecivil.

§ 1" O Conselho Nacional da SeguridadeSocial terá como membros:

r-4 (quatro) representantes do GovernoFederal, dentre os quais, obrigatoriamente.1 (um) da área de saúde, 1 (um) da áreade previdência social e 1 (um) da área deassistência social,

II - 1 (um) representante dos governosestaduais e 1 (um) as prefeituras municipais,indicados pelas entidades representativasdessas esferas de governo;

IH - 6 (seis) representantes da sociedadecivil:

a) 3 (três) trabalhadores, sendo 1 (um)deles representante dos aposentados; eb) 3 (três) empresários.

IV - 3 (três) representantes dos conselhossetoriais, sendo um de cada área da Seguri­dade Social, conforme o disposto nas leis es­pecíficas ou no Regimento do Conselho Na­cional da Seguridade Social.

§ 2" O Conselho Nacional da SeguridadeSocial será presidido por um dos integrantesdo mesmo a ser designado pelo Presidenteda República e disporá de uma SecretariaExecutiva, que se articulará com os conselhossetoriais de cada área.

§ 3" Os representantes dos trabalhado­res, dos empresários e seus respectivos su­plentes serão indicados pelas respectivas cen­trais sindicais e confederações nacionais e te­rão mandato de 2 (dois) anos, podendo serreconduzidos uma única vez.

§ 4" As áreas de saúde, previdência so­cial e assistência social organizar-se-ão emConselhos setoriais de cada área, com repre­sentantes da União dos Estados, do DistritoFederal, dos Municípios e da Sociedade Civil,

sendo sua atribuições estabelecidas no Regi­mento do Conselho Nacional da SeguridadeSocial.

§ 5" Todos os membros do Conselho Na­cional da Seguridade Social serão nomeadospelo Presidente da República.

§ 6" O Conselho Nacional da SeguridadeSocial reunir-se-á ordinariamente a cada tri­mestre por convocação de seu presidente ouextraordinariamete por convocação de seupresidente ou por um terço de seus membros.

§" As despesas porventura exigidas parao comparecimento às reuniões o conselhoconstituirão ônus das respectivas entidadesrepresentadas.

Art. 6" Compete ao Conselho Nacionalda Seguridade Social.

I - estabelecer as diretrizes gerais e aspolíticas de integração entre as áreas, obser­vado o disposto no inciso VII do artigo 194da Constituição federal;

II - acompanhar e avaliar a gestão econô­mica financeira e social dos recursos e o de­sempenho dos programas realizados;

III - apreciar e aprovar os termos dosconvênios firmados entre a Seguridade Sociale a rede bancária para a prestação de serviços;

IV - apreciar e aprovar os programasanuais e plurianuais da Seguridade Social;

V - propor ao Presidente da Repúblicao orçamento da Seguridade Social; e

VI - elaborar o seu regimento interno.-Art. 7" As despesas da Previdência So­

cial decorrentes desta Lei serão custeadas pe­lo Orçamento da Seguridade Social, ficandoa alíquota da contribuição para o Finsocialmajorada para 1,8% (um inteiro e oito déci­mos por cento).

Art. 8" Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação revogadas as disposiçõesem contrário.

Justifiçação

A Constituição Federal de 1988 outorgou aostrabalhadores e segurados da Previdência So­cial novos direitos e aperfeiçoou outros jáexistentes, detacando-se:

i) piso do valor dos benefícios em um salá­rio mínimo, inclusive para os beneficiáriosrurais que recebem hoje -meio salário míni­mo;

ii) equiparação dos regimes previdenciá­rios urbano e rural;

iii) correção monetária de todos os saláriosque são computados para efeito de cálculodos benefícios (os últimos doze não são corri­gidos hoje);

iv) cálculo do abono anual com base nosproventos de dezembro.

Entretanto, estas melhorias, essenciais pa­ra os aposentados e pensionistas, e outros,passados dezoito meses da promulgação daConstituição ainda são letra morta.

O parágrafo único do artigo 59 do Ato dasDisposições Transitórias da Constituição es­tabelece que os planos de benefícios e decusteio da seguridade social decorrentes daConstituição seriam implantados progressi­vamente em dezoito meses que se seguiriamaos prazos de tramitação dos projetos. Esses

prazos foram estabelecidos no caput do artigo59 em seis meses para o Executivo enviaros projetos ao Congresso, que teria seis mesespara apreciá-los. Portanto, tais projetos jádeveriam estar promulgados deste outubrode 1989 com conseqüente efetivação dos no­vos direitos dos segurados.

Ocorre que sua tramitação no Congressoesá atrasada criando-se, assim, graves prejui­zos para pessoas extremamente necessitadas.Tratando-se, ademais de projetos complexose polêmicos, é previsível que sua aprovaçãofinal ainda demandará tempo, especialmentenum ano em que se realizarão eleições gerais.

O projeto de lei que apresentamos visa adar eficácia imediata aos principais benefíciosintroduzidos na nova constituição em relaçãoa aposentadorias e pensões pata evitar quecontinue esta grave frustração dos beneficiá­rios. Destacamos as mudanças constitucio­nais mais importantes sobre cujo entendi­mento e possibilidade de eficácia imediatanão pairam dúvidas.

Adicionalmente, introduziu-se aumento dacontribuição do Finsocial, com o objetivo deaumentar a receita previdenciária é permitiro custeio adicional previsto. -Deputado Eu­clides Scalco, Líder do PSDB.

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELA CQORDENAÇÃO DASCOMISSOES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

TÍTULO VIIIDa Ordem Social

CAPÍTULO HDa Seguridade Social

SEÇÃO IDisposições Gerais

Art. 194. A seguridade social compreen­de um conjunto integrado de ações de inicia­tiva dos Poderes Públicos e da sociedade, des­tinadas a assegurar os direitos relativos àsaú­de, à previdência e à assistência social.

Panigrafo único. Competé ao Poder PÚ­blico, nos termos da lei, organizar a seguri­dade social, com base nos seguintes objeti­vos:

I - universalidade da cobertura e do aten­dimento;

II - uniformidade e equivalência dos be­nefícios e serviços às populações urbanas erurais;

UI - seletividade e distributividade naprestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos bene­fícios;

V - eqüidade na forma de participaçãono custeio;

VI - diversidade da base de financiamen­to;

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Maiodeb~~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3905

VII - caráter demo'crático e descentra­lizado da gestão administrativa, com a partici­pação da comunidade, em especial de traba­lhadores, empresários e aposentados.

Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias

Art. 59. Os projetos de lei relativos à ar·ganização da seguridade social e aos planosde custeio e de benefício serão apresentadosno prazo máximo de seis meses da promul­gação da Constituição ao Congresso Nacio­nal, que terá seis meses para apreciá-los.

Parágrafo único. Aprovados pelo Con­gresso Nacional, os planos serão implantadosprogressivamente nos dezoito meses seguin­tes.

PROJETO DE LEI N" 4.897, DE 1990

(Do Sr. Antônio Carlos Mendes Thame)

Cria o Conselho Nacional de Engenha­ria de Segurança e Medicina do Trabalho- Conemt, e dá outras providências.

(Apense-se ao Projeto de Lei n" 2.091'.de 1989).

O Congresso NaCional decreta:Art. 1"· Fica criado o Conselho Nacional

de Engenharia de Segurança e Medicina doTrabalho'-Conemt, vinculado ao Ministériodo Trabalho, côm sede em Brasília.

§ 1" O Conselho Nacional de Engenhariade Segurança do Trabalho - Conemt, seráformado por representantes do governo, dostrabaihadores ede' empregadores, com cará­ter e composição tripartite sob a presidênciado Ministro do Trabalho.

§2" Compete ao Conemt:a) definir a Política Nacional de Engenha­

ria de Segurança, Higiene e Medicina do Tra­balho;

b) aprovar as normas relativas à aplicaçãodos preceitos de engenharia de segurança,

. higiene e·medicina do Trabalho, elaboradospelos órgãos técnicos do Ministério do Tra­balho;

c) conhe'cer, em última instância, dos re­cursos voluntários ou de ofício, das decisõesproferidas pelos órgãos regionais, em matéria

Ide engenharia de segurança, higie\le e medi-cina do trabalho;

d) as demais atribuições serão estabeleci­das em Regimento do Conemt.

§ 1" As atividades exercidas pelos mem­bros do Conselho Nacional de Engenhariade Segurança e Medicina do Trabalho serãoconsideradas de caráter relevante, já que nãoimplicarão remuneração de qualquer espécie,tendo suas despesas custeadas pelo Ministé­rio do Trabalho.

Art. 3" No prazo de 90 dias contados davigência desta Lei, o Ministério do Trabalhoaprovará o Regimento do Conemt.

Art. 4" Esta Lei entrará em vigor ná datade sua publicação.

Art. 5" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

A criação do Conemt - Conselho Nacio­nal de Engenharia de Segurança e MediCinado Trabalho, dará para a sociedade o poderde elaborar, aprovar e decidir quais os passosque devem ser tomados para melhorar a si­tuação do trabalhador, estabelecendo dire­trizes e objetivos a curto, médio e longo pra­zos. - Antonio Carlos Mendes Thame.

PROJETO DE LEI N" 4.898, DE 1990(Do Sr. Saulo Queiroz)

Autoriza o Poder Executivo a assegu­rar aos tomadores de empréstimos las­treados com recursos da Caderneta dePoupança Rural indenização da diferen­ça de correção monetária e dá outras pro­vidências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (C.A); de Finançase Tributação; e de Agricultura e PolíticaRural - art. 24, 11).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Fica o Poder Executivo autori­

zado a assegurar aos tomadores de emprés-.timos lastreados com recursos da Caderneta,de Poupança Rurál a indenização do ônusdecorrente da diferença, apurada durante oano de 1990, entre a aplicação do reajustemonetário dos depósitos de poupança e o ín­dice de atualizaçãql aplicado aos preços míni­mos de produtos lagropecuários, bem comoabrir ao Orçament\J da União crédito especialaté o limite dessa obrigação em favor de En-

cargos Financeiros, utilizando-se dos recur­sos da arrecadação do Imposto sobre Opera­ções Financeiras.

Art. 2" A indenização de que trata o arti­go 1" desta lei, somente será concedida nocaso de empréstimos cujos pagamentos te­nham ocorrido a partir de 1,' de abril de 1990ou que venham a ocorrer até 45 dias apósa pu1;>licação desta lei ou até o vencimentocontratual, quando de prazo superior.

Parágrafo único. Na hipótese de emprés­timos enquadadros no art. 4", § Parágrafoúnico, da Lei n" 7.843, de 18-10-89, a indeni­zação será concedida até 30 dias após a publi­cação desta lei, no caso de empréstimos vin-cendos. .

Art. 3" Esta lei e,ntra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O Plano Collor poderá ocasion8r enormesprejuízos à agricultura brasileira caso não se­jam tomadas as providências corretivas deque trata o presente projeto de lei.

O impasse originou-se na diferença entrea correção imposta aos empréstimos contraí­dos com recursos originários de depósitos emCaderneta de Poupança Rural, a correçãodos preços mínimos e a posição de mercado.

Enquanto que os referidos empréstimos ti­veram os seus saldos devedores corrigidos em1"-4-90 pela variação do IPC do mês de mar­ço, de 84,32%, os preços mínimos deverãoser corrigidos pela variação do BTN no mes-mo período, de 41,28%. .

Por outro lado, não houve aumento subs­tancial da cotação em mercado dos principaisprodutos agrícolas 'durante o mês de março,principalmente porque houve forte depressãodos preços após a:edição do plano.

Vale lembrar, elm primeiro lugar, que nãohá perspectiva iIf\l::diata de recuperação dospreços pela próptia depressão do mercadoe em segundo lugàr que, mesmo que houvesseessa perspectiva, o próprio Governo utilizariatodos os meios para desestimulá-Ia pelos pre­juízos que poderia provocar ao plano econô­mico.

Anexos, apresentamos três quadros quedemonstram os prejuízos do setor agrícola,baseados em estudos comparativos de trêsculturas tradicionais: algodão, milho e soja.

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VJ-.oo0\

-~QUADRO NQ 01 - Posição em 15.03.90 I~

~

RA PRODUTIVIDADE PREÇOS DOS PRODUTOS (1) *SALDOS DEVEDORES DOS FINANC.(2) QUANTIDADE DE PRODUTOS I~( por ha.)(por ha.) COBRIR FINANCIAMENTOSMínimo Merc~do

Base p. M~n. Base p. MeALGOOAO 110 arr. 160 240 19.860 124 arr. 83 arr.MILHO 60 ses~ 198' 290 10.947 55 ses. 38 ses.

I~SOJA 35 ses. 238 460 11.021 46 ses. 24 scs. .....

Ot:lQUADRO NQ 02 - Posição em 01.04.90 OnOALGODAO 228 210 27.753 121.arr. 132 arr; Z

110 arr.OMILHO 60 ses. 280 260 15.298 (3) 55 ses. 59 ses. :;dt!:IrJ:J

SOJA 35 ses. 337 370 15.401 46 ses. 42 ses. rJ:JO

QUADRO NQ 03 Posiç~o em 15.04.90 I~-().....OZAL.GOOAO 110 arr. 228 220 29.812 131 arr. 135 arr. :;J>l'MIL.HO 60 ses. 280 270 16.238 (3) 58 ses. 60 ses. ,-.,.rJ:J(1)

SOJA 35 ses. 337 440 16.646 49 ses. 38 ses. .....,Ill.o.....'-'

(1) Em 15.03.90 Valores em Cruzados Novos, Em 01.04.90 e 15.04.90 Valores em Cruzeiros.

(2) Financiamentos de 100% do VBC, Contratado em 15.11.89, com juros médios.de 1,80%a.m para Algodão, 1,48%G.m para Milho e 1,.96" a.m para Soja.

~3) A diferença entre os saldos devedores em 01.Q4.90 e 15.04.90, deve-se ao débito de juros e adicionaldo PROAGRO. ~

1:1.o.o­(l).....8

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3907

A análise dos quadros transparece a exatadimensão do problema que atingiu a agri­cultura.

Enquanto os preços de mercado dos produ­tos, durante o mês de março, não sofreramalteração substancial, principalmente emconseqüência da depressão dos preços apósa edição do plano, houve expressivo aumentodos saldos devedores em função da correçãode 84,26% aplicada em 1"-4-90. Por outrolado, mesmo que confirmado o aumento nospreços mínimos em 41,28%, ainda ocorreráimportante perda no poder de troca do agri­cultor.

Como se vê, em 15 de março, o agricultorcobriria seu débito com o financiamento decusteio com 70% de uma produção normal,a preço de mercado. Já em 1" de abril a 15de abril tornou-se necessário, em média,110% da produção para liquidar os financia­mentos.

Vale ressaltar, ainda, que o valor do VBCnão cobre os custos totais de produção namaioria das culturas de verão, com destaquepara as lavouras de soja e algodão.

As cotações de mercado expressas nos qua­dros, referem-se a preços pagos, descontadosimpostos e taxas, nas principais Praças deMato Grosso do Sul, produto posto pelo agri­cultor nas indústrias ou cooperativas.

A nível nacional, estes preços aumentamou diminuem em função da distância entreas regiõ,es produtoras e os principais centrosexportadores/consumidores.

Assim, por exemplo, a soja, em 16-4, foicotada em Cr$ 440,00, em Dourados - MS;Cr$ 480,00 em Ponta Grossa - PR; e Cr$360,00 em Diamantino - MT.

Quanto mais distante, portanto, a regiãode produção dos centros consumido­res/exportadores, mais dramática a situaçãodos agricultores.

Por outro lado, em função principalmentedos altos juros cobrados, os preços mínimos,a cada mês, mais se distanciam dos custosde produção.

Não é solução para o problema o aumentodos preços mínimos na mesma proporção dacorreção dos financiamentos de custeio, por­que implicaria em transformar o Governo noúnico comprador da produção agrícola, vistoque a maioria dos produtos agrícolas, exceçãoda soja, já está com os preços de mercadoem níveis dos preços mínimos.

Aliás, a solução por esse caminho é mesmoimpossível, e seguramente avessa aos inte­resses do Governo. Impossível porque nãohá disponibilidade no orçamento, na rubricapreços mínimos, para empreitada de tal en­vergadura e ave'ssa aos interesses do governo,porque,além de desorganizar o mercado, pu­xaria fortemente os preços dos produtos paracima, comprometendo a axecução do PlanoBrasil Novo.

O que parece claro é que o agricultor nãopode pagar essa conta que lhe passou o PlanoBrasil Novo, por duas razões: primeiro por­que não auferirá resultado para tanto e depoisporque significará descabida transferência derenda do produtor para'o poupador.

o presente projeto de lei oferece a únicasolução' possível para o problema, qual sejaa absorção pelo Tesouro Nacional da dife­rença entre as correções.

Não há porque duvidar que o desinteressedo Congresso e do Governo poderá provocaro colapso definitivo da agricultura, que jávem mal das pernas. Haverá retardamentona comercialização da safra, desvio de produ­ção para fugir ao pagamento dos financia­mentos e conseqüentemente, por quebra dofluxo, falta de recursos para atender a novasafra de verão.

Por outro lado, solucionado o problema,haverá fluidez na comercialização e retornoágil do valores emprestados aos agentes fi­nanceiros, porque o projeto de lei prevê quea indenização só se concretizará com o paga­mento do débito dentro do prazo contratual.

Vale ressaltar ainda, que o ajuste sugeridonão representa, sequer, uma novidade, vistoque quando do Plano Verão, por interferên­cia do Congresso, adotou-se solução idênticaà presente proposta. .

Finalmente, não cabe aqui falar em subsí­dio, porque decididamente não é o caso. Nãose pleiteia a sustentação, via Governo, dasexpectativas de preço de mercado. Pleiteia­se, apenas, a justiça de não se aplicar índicesdiferentes na correção de duas variáveis fun­damentais para o equilíbrio da agricultura.Os empréstimos rurais e os preços mínimos.

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSOES PERMANENTES

LEI N" 7.843.DE 18 DE OUTUBRO DE 1989

Dispõe sobre a atualização monetáriadas obrigações que menciona e dá outrasprovidências.

O Presidente da República, faço saber queo Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte lei: .

Art. 1" As obrigações que vencerem apartir da dltta da publicação desta lei, decor­rentes de contratos celebrados até 15 de ja­neiro de 1989; vinculados à variação da OTNfiscal, e não regidos pelo art. 170 da Lei n"7.774, de 8 de junho de 1989, serão atuali­zadas:

I - até 31 de janeiro de 1989, pela OTNfiscal de NCz$ 6,92, multiplicada por 1,1483;

II - de 1" de fevereiro aI" de julho de1989, pela variação do Bônus do Tesouro Na­cional - BTN;

III - a partir de 1" de julho de 1989, pelavariação do BTN fiscal.

Parágrafo único. Se o contrato previr ín­dice substitutivoà OTN fiscal, prevalecerá,a partir de 16 de janeiro de 1989, o conve­cionado..

Art. 2" Os valores expressos em quanti­dade de Salário Mínimo de Referência ­SMR, na legislação em vigor, ou a ele vincula­dos, passaJ:ll a ser calculados em função doBônus do Te&ouro Nacional, à razão de 40BTN para cada SMR.

Parágrafo único. Até 31 de julho de 1989,são mantidos inalterados os valores resultan­tes dos cálculos efetuados com base nos fato­res vigentes em 3 de julho de 1989.

Art. 3" As contraprestações, o valor resi­dual e o preço de compra, oriundos de contra­to de arrendamento mercantil sob a formade leasing, em moeda nacional, que estipulemcqndição de flutuação de taxa ou de substi­tuição da correção monetária da Obrigaçãodo Tesouro Nacional"":"" OTN, ou da OTNfiscal, por outra forma alternativa de cálculodos encargos financeiros, firmados até 15 dejaneiro de 1989, serão reajustados de acordocom as bases pactuadas, observado o dispostonos parágrafos 1" e 2" deste artigo.

§ 1" No caso de contratos vinculados àOTN, o reajuste, a partir de janeiro de 1989,ficará limitado:

a) nas obrigações vencidas de 15 de janeirode 1989 a 30 de junho de 1989, a 80% doÍndice utilizado, no período de fevereiro de1989 ao mês seguinte ao do vencimento daobrigação, para, atualização dos saldos dasCadernetas de Poupança;

b) nas obrigação vbncidas a partir de I-de julho de 1989, ao produto cumulativo; .

1) o índice utilizado no período de feve­reiro a julho de 1989, para atualização dossaldos das Cadernetas de Poupança, com

2) o Índice de variação do Bônus do Te­souro Na~ional - BTN, a partir d~ 1- dejulho de 1989, acrescido dos Juros previstoscontratualmente.

§ 2" No caso de contratos vinculados àOTN fiscal, o reajuste, a partir de janeirode 1989, ficará limitado:

a) nas obrigações vencidas de 15 de janeirode 1989 a 30 de junho de 1989, a 80% doproduto cumulativo:

1) do índice utilizado em fevereiro de 1989para atualização dos saldos das Cadernetasde Poupança, calculado pro rata diede 15 dejaneiro de 1989 até o dia, em janeiro, corres­pondente ao do vencimento das contrapres­tações contratuais, com

2) o índice utilizadp para atualização dossaldos das Cadernetas de Poupança, no perío­do de IParço de 1989 até o mês seguinte aodo vencimento da obrigação.

b) nas obrigações com vencimento, a par­tir de 1- de julho de 1989, ao produto cumu­lativo:

1) do índice utilizado em fevereiro de 1989para atualização dos saldos das Cadernetasde Poupança, calculado pro rata die de 15de janeiro de 1989 até o dia, em janeiro,correspondente ao do vencimento das contra­prestações contratuais, com

2) o Índice utilizado para atualização dossaldos das Cadernetas de Poupança, no perío­do de março a julho de 1989, com

3) o Índice de variação do BTN fiscal, veri­ficado desde o dia, no mês de julho, corres­pondente ao do vencimentu das contrapres­tações, até a data do vencimento da obriga­ção, acrescido dos juros previstos contratual­mente.

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3908 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

§ 3" No caso dos contratos que estipulemcondições de flutuação de taxa, o reajusteficará limitado:

a} nas obrigações vencidas de 15 de janeirode 1989 a 30 de junho de 1989, a 80% doÍndice utilizado, no período de fevereiro de

• 1989 ao mês seguinte ao do vencimento daobrigação, para atualização dos saldos das.Cadernetas de Poupança;

b) nas obrigações vencidas a partir de 1"de julho de 1989, ao produto cumulativo:

1 - do índice utilizado no período de feve­reiro a julho de 1989, para atualização dossaldos das Cadernetas de Poupança, com

2 - as taxas de flutuação e de variação dosíndices alternativos dos encargos previstoscontratualmente, a partir de 1'" de julho de1989.

§ 4" As diferenças eventualmente exis­tentes entre os valores devidos nos termosdeste artigo e os efetivamente pagos serãocapitalizados pelas taxas de juros previstascontratualmente, e reajustadas pelos índicesde que,tratam a letra b do § 1", letra b, do§ 2" ou letra b do parágrafo 3", conformeo tipo do contrato, desde a sua apuração atéa sua liquidação, e pagas em até doze presta­ções mensais, acrescidas ao prazo original docontrato, que será automaticamente prorro­gado.

Art. 4" As obriga:ções decorrentes deoperações de crédito rural celebradas até 15de janeiro de 1989, e relativas aos contratosde valor inferior a 2.500 OTN nessa data,vencidas ou a se vencerem, vinculadas à va­riação da OTN ou OTN fiscal, serão atuali­zadas:

I - até 31 de janeiro de 1989, pela OTNde 6,92;

lI-de I' de fevereiro de 1989 até 1" dejulho de 1989, pela variação do Bônus doTesouro Nacional - BTN;

UI -a partir de I" de julho de 1989, pelavariação do BTN fiscal.

Parágrafo único. Fica assegurada a pror­rogação dos vencimentos de operações ru­rais, obedecidos os encargos vigentes, quan­do o rendimento propiciado pela atividadeobjeto de financiamento for insuficiente parao resgate da dívida, ou a falta de pagamentotenha decorrido de frustração de safras, faltade mercado para os produtos ou outros moti­vos alheios à vontade e diligência do devedor,assegurada a mesma fonte de recursos do cré­dito original.

Art. 5' O anexo 11 da Lei n" 7.774, de8 de junho de 1989, alterado pela Lei n"7.801,de 11 de julho de 1989, fica substituído peloAnexo a esta lei. .

Art. 6" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 7" Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, 18 de outubro de 1989; 168' daIndependência e 101" da Repúbli~a.- JOSÉSARNEY - Maílson Ferreira da Nóbrega ­João Batista de Abreu.

PROJETO DE LEI N' 4.899, DE 1990(Do SI. Adolfo Oliveira)

Dispõe sobre a embalagem e rotulaçãodos produtos de limpeza doméstica, higie·ne e beleza.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); Defesa doConsumidor, Meio Ambiente e Mino­rias; e de Economia, Indústria e Comér­cio - Art. 24, lI).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1'" A comercialização de produtos

de limpeza doméstica, tais como sabões emtodas as formas de apresentação, detergen­tes, amaciantes de roupas, águas sanitárias.sapólios e assemelhados, bem como os produ­tos de higiene e toucador. tais como xampus,cremes rinse, tinturas, sabonetes, cremes emascáras faciais, loções e assemelhadas deve­rão obedecer às prescrições desta lei no to­cante a apresenta.ção de suas embalagens ourótulos.

Art. 2" Nas embalagens ou rótulos dosprodutos mencionados no artigo primeirodesta lei deverão constar as seguintes infor­mações:

aI relação completa dos ingredientes utili­zados na fabricação do produto;

b) advertência sobre possíveis contra-indi­cações;

c) nome e registro profissional do [arma::...cêutico ou químico responsável;

d) razão social, marca de fantasia, ende­reço e inscrição no Cadastro Geral de Contri­buintes do fabricante.

Parágrafo único. Caberá ao Ministério daSaúde determinar a necessidade da inclusãoda advertência sobre possíveis contra-indica­ções nas embalagens e rótulos mencionados.

Art. 3" O Poder Executivo regulamenta­rá a presente lei, indicando os órgãos respon­sáveis pela fiscalização e cumprimento dasnormas previstas, no prazo de 120 (cento evinte) dias a partir da sua publicaçãO.

Art. 4" A presente lei entrará em vigorna data de sua publicação, ressalvado o dispo­to no art. 3"

Art. 5" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

Tomando como parâmetros as embalagensdos produtos mencionados nos Estados Uni­dos da América, é notório que o consumidornorte-americano dispõe de maior volume dedados sobre os artigos de que trata este proje­to de lei. Assim sendo, os riscos de má utiliza­ção dos produtos decrescem considera­velmente. No Brasil, as embalagens dos pro­dutos de limpeza doméstica, bem como osprodutos de beleza e higiene pessoal não tra­zem grandes informações sobre sua formu­lação. Considerando que o respeito ao consu­midor implica práticas comerciais transparen­tes, estamos propondo a presente iniciativa,visando, sobretudo, obter os aperfeiçoamen­tos necessários em forma de emendas e suges­tões dos colegas parlamentares, bem como

dos órgãos do Governo le da sociedade quetenham interesse na questão.

Sala das Sessões, abril de 1990. -Deputado Adolfo Oliveira.

PROJETO DE LEI N' 4.902, DE 1990(Do Senado Federal)

Dispõe sobre a fixação de datas come·morativas de alta significação para os seg­mentos étnicos nacionais e dá outras pro­vidências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação; de Educação, Culturae Desporto; e de Defesa do Consumidor,Meio Ambiente e Minorias; apense-seao PL n" 1.429188 - art. 24, II).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" A União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, em colaboração coma sociedade, comemorarão, através de even­tos específicos, as datas de alta significaçãopara os diferentes segmentos étnicos nacio­nais que habitam os seus respectivos terri­tórios.

Art. 2" Os calendários anuais comemo­rativos de datas de alta significação étnicaserão elaborados segundo a história, os valo­res e a realidade étnica de cada comunidade,a partir da inclusão das seglfintes datas:

I -19 de abril, "Dia do Indio", destinadaa celebrar a presença de habitante autótocnena História do Brasil e sua contribuição àCultura Brasileira;

II -22 de abril, "Descobrimento do Bra­sil", destinada a celebrar o início da presençaportuguesa em terras brasileiras, e a contri­buição luso-ibérica à Cultura Brasileira;

UI -13 de maio, "Abolição da Escrava­tura" e, 20 de novembro, "Morte de Zumbir,Rei dos Palmares", destinadas a celebrar apresença do negro na História do Brasil esua contribuição à Cultura Brasileira;

IV -22 de agosto, "Dia Nacional do Fol­clore", destinada à divulgação e compreen­são da importância do nosso patrimônio fol­clórico como expressão verdadeira e perma­nente da criatividade popular e síntese étnicamais expressiva da nacionalidade, represen­tativa da nossa história, realidade e perma­nência culturais.

Art. 3" Dos programas das instituiçõesculturais do Poder Público ou por ele manti­das, e das escolas dos sistemas de ensino pú­blico e privado constarão, obrigatoriamente,como atividádes regulares, as datas tratadasno artigo anterior, cujas comemorações deve­rão ter as seguintes características:

I - motivação cívico-social e participaçãocriativa da comunidade, na qual está inseridoo promotor da comemoração, no planeja­mento e realização dos eventos;

II - adequação do calendário básico esta­belecido no art. 2' à realidade étnica da comu­nidade, acrescentando-se, quando for o caso,outrasdatas de alta significação étnica, pecu­liares a cada comunidade;

III - natureza e objetivos culturais e edu­cativos das comemorações, procurando-se in­formar sobre a trajetória e a contribuição de

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Maio de 1990 DIÁRIO=])O CONGRESSO~ACIONAL (Seção!) Terça-feira 8 3909

cada entidade étnIca ao País, com vistas aoconhecimento crítico e à consciência históri­co-cultural de cada indivíduo de seu grupo;

IV - presença imparcial e insubstituívelde bases reconhecidamente científicas nosconteúdos das mensagens difundidas duranteas comemorações;

V - repúdio a qualquer notícia ou consi­deração que sugira superioridade de valor deuma etnia sobre outra, suscite preconceito,exclusão, menosprezo, redução ou discrimi­nação de elemento étnico constitutivo da Cul­tura Brasileira;

VI -compreensão sócio-antropológica ehistórica dos fatos étnicos, sua individuali­dade e valorização no processo cultural brasi­leiro;

VII - inteligência do lugar e da funçãocontemporânea dos segmentos étnicos na vi­da do País;

VIII -- integração e colaboração sócio-cul­tural, entre os segmentos, levando-os à reali­zação de ,ações cívicas solidárias, respeitadaa individualidade de cada etnia;

IX - análise da atual situação jurídica ediscussão de temas de interesse dos diferentessegmentos étnicos nacionais, quanto aos di­reitos e garantias fundamentais estabelecidosna Constituição Federal e legislação comple­mentar pertinente.

Parágrafo único. Os conteúdos das datasde alta significação para os diferen tes gruposétnicos nacionais, e as características de suacomemÇ>ração estabelecidas nos artigos ante­riores, 'integrarão os currículos das escolasdas redes pública e particular de ensino.

Art. 4" As comemorações de datas de al­ta significação para os diferentes grupos étni­cos nacionais são considt;radas atividadespróprias da Cultura Brasileira, incluídas asoperações feitas a seu favor pelo contribuintedo Imposto de Renda entre aquelas que po­dem receber os benefícios da Lei n" 7.505,de 2 de julho de 1986.

Art. 5" Os Conselhos de Cultura~ fede­ral, estadual e municipal - nas suas respec­tivas jurisdições, expedirão, quando solicita­dos, instruções referentes à correta interpre­tação e à plena aplicabilidade desta Lei.

Art. 6" Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 7" Revogam-se as disposições emcontrário.

Senado Federal, 17 de abril de 1990. ­Senador Nelson Carneiro, Presidente.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

LEI N° 7.505, DE 2 DEJULHO DE 1986

Dispõe sobre benefícios fiscais na áreado Imposto de Renda concedidos a opera·ções de caráter cultural ou artístico.

SINOPSEPROJETO DE LEI DO SENA.DO

N" 263, DE 1989

Dispõe sobre a fixação de datas come­morativas de alta significação para os seg­mentos étnicos nacionais e dá outras pro­vidências.

Apresentado pelo SenadOl' Maurício Cor·rêa.

Lido no expediente da Sessão de 6-9-g9e publicado no DCN (Seção II) de 7-9-lN.Despachado à Comissão de Educação. ondcpoderá receber emendas, pelo prazo de 5dias.

Em 26-3-90 é lido o Parecer n" 56/90, daComissão de Educação, relatado pelo Sena­dor Meira Filho. favorável ao Projeto. A Pre­sidência comunica ao Plenário o recebimentodo Ofício n'" 3/90, do Presidente da CE, comu­nicando a aprovação da matéria na reuniãode 21-3-90. Abertura de prazo de 5 dias parainterposição de recurso, por um décimo dacomposição da Casa, para que o Projeto sejaapreciado pelo Plenário.

Em 4-4-90 a Presidência comunica ao Ple­nário o término do prazo sem apresentaçãodo recurso previsto no art. 91, § 4'" do Regi­mento lnterno para que a matéria seja apre­cia~a pelo Plenário.

A Câmara dos Deputados com o OfícioSM-N" 87, de 17-4-90.

SMIN' 87Em 17 de abril de 1990

Senhor Primeiro Secretário,Tenho a honra de encaminhar a Vossa Ex­

celência, a fim de ser submetido à revisãoda Câmara dos Deputados, nos termos doart. 65 da Constituição Federal, o Projetode Lei n" 263, de 1999, constante dos autó­grafos juntos, que "dispõe sobre a fixaçãode datas comemorativas de alta significaçãopara os segmentos étnicos nacionais e d,j ou­tras providências".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de minha ele­vada estima e mais distinta consideração. ­Senador Pompeu de Sousa, Primeiro Secre­tário, em exercício.

PROJETO DE LEI lIl" 4.'l05, DE 19~O

(Do Sr. Benito Gama)

Dispõe sobre o Plano r~2cional de In·formática e Automação - Fl3nin.

(Apense-se ao Projeto de Lei n" 4.779.de 1990).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" É prorrogada por seis meses a vi­

gência do I Plano Nacional de Informáticae Automação - Planin.

Art. 2" Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação. ~

Art. 3" Revogam-se as disposir;<'ies emcontrário.

JJ!]s~nfk!'}ç8![]l

Urna vez mais, e por razões mais do quejustificáveis. nos aproximamos da data limite

para a aprovação do PLANIN n sem queo Congresso Nacional tenha podido comple­tar sua análise detalhada e. portanto, mani­festar-se ponderantemente a respeito.

As condições atuais, dc profunda reformu­lação político/econômica do nosso País, re­presentam diferenciado e complexo cenárioque precisa ser devidamente entendido e ab·sorvido em sua plenitude para que possa ser·vir de base parada planejamentos consisten­tes. em qualquer setor. E isto. convenhamos.há de nos tomar ainda algum tempo.

Assim. re'lder-se ao prazo previsto paraa aprovação do que pretende ser o principalimtrumento de orientação de urna políticatão importante quanto a da informática e au­tomação. iieria, nestas condições. absoluta­mente inconsequente. Afinal, tantas são asnovas variáveis impostas pela realidade atualque. forçosamente. - assim entendo-o pre­cisaremos revisitar cuidadosamente este as­sunto. de forma a viabilizarmos uma aprecia­ção compatível com a importância que é defi­nir um plano. para setor tão importante, porum prazo de 3 (três) anos.

Desta forma. somos pela aprovação aquiproposta.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Benito Gam!il.

PROJETO DE LEI N" '1.906, DE !9'l1l(Do Sr. Amaury Müller)

Cri~ linha de crédito junto aos bancoscomerciais, públicos e privados, paraatender as empresas com dificuldades depagamento das folhas de salário.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADIVI); Economia,Indústria e Comércio: e de Finanças eTributação - art. 24. n.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Os bancos comerciais. estatais e

privados ficam obrigados a criar linha de cré­dito específico para o atendimento a empre­sas que. comprovadamente. tenham sidoatingidas pela Medida Provisória de n" 168na sna capacidade de atendimento aos salá­rios.

Art. 2" As taxas de juros reais a seremcobrados pelas instituições, de que trata oartigo anterior. não poderão superar 12%(doze por cento) ao ano. conforme estabeleceo art. 192, § 3'''. da Constituição Federal.

Parágrafo único. O Poder Executivo es­tabelecerá faixas de juros cuja variação seprocessará na razão direta da dimensão daempresa tomadora do crédito.

Art. 3" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Ar-t. 4" Revogam-se as disposições emcontnirio.

Justificação

Com a edição da Medida Provisória n'! 168,numerosas empresas passaram a enfrentar se­ríissimas dificuldades financeiras, até mesmopHa efetuar o pagamento dos salários de seusempregados. Parece que t:e pretendeu curaro ma! com a morte do doente.

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3910 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

É inquestionável que o bloqueio de ativosfinanceiros, da forma indiscriminada com queprocedeu o governo federal, poderá asfixiaras empresas e induzir-se a um inexorável pro­cesso de quebradeira generalizada, com de­semprego em massa e todas as mazelas delecorrentes. As linhas de crédito, até aqui ofe­reci~as pelo governo, não atendem às neces­sidaqes ocorrentes, eis que, como regra, vi­sam á casos específicos e revelam um perfilaltamente seletivo.

O presente projeto de lei tem a intençãode corrigir essa deformações, eliminaI1do oatendimento excessivamente particularizadoque as autoridades econômicas vêm dandoao problema. Não me parece justo e tam­pouco saudável que, além de criar séria con­juntura de dificuldades financeiras indiscri­minadas, o governo federal - que se propõea combater institucionalmente a corrupção- tenha a veleidade de colocar-se acima dobem e do mal, pretendendo tornar a negocia­ção dos ativos retidos um assunto particular,examinando caso a caso, como se todos osseus assessores de confiança possam ser rigo­rosamente refratários a qualquer ato ilícitoou a eventuais deslizes ético-morais. de resto,convém salientar que o presidente Collor esua equipe não são semi-deuses e tampoucogozam de infalibilidade papal. o

A fórmula governamental está restrita, atéaqui, a !:Jcterminadas linhas de crédito e à!liberaçãQ de um certo valor dos ativos finan­ceiros pata o atendimento de probiemas espe­cíficos. Insisto em assinalar que a providênciaé demasiadamente parcial e particularizada,faltando-lhe, pois, amplitude e abrangênciapara satisfazer a um sistema acometido deprofunda incerteza face à densidade dos pro­blemas criados pelo progrema de estabiliza­ção econômica do governo, cuja detonaçãoera necessária, embora sem o direito de equi­vocada aplicação.

Ademais, importa ressaltar que a presenteproposição encontra eco e apoio nas própriasmanifestações de amplos setores empresa­riais e tr~balhistas, duramente atingidos peloexcessivlj> aperto de Iiquidez, aos quais com­pete primordialmente manter a malha produ­tiva em funcionamento, sem perigosos hiatos,até mesmo para que a outra face do PlanoCollor - o crescimento econômico - se tor­ne viável.

Ninguém enxuga o sistema monetário pelosimples prazer de enxugar, mas pela razãoprecípua de que a inflação é prejudicial àexpansão econômica e injusta na redistribui­ção da riqueza que ocultamente promove.

As linhas específicas de crédito propostassugerem uma terapêutica para a vida, propor­cionando a indispensável oxigenação do uni­verso empresarial brasileiro, tão dura e injus­tamente penalizado pelo caráter autoritárioda Medida Provisória n" 168.

Reconheço, por derradeiro, que o presenteprojeto de lei não é uma fórmula ideal. Re­presenta, apenas a tão-somente, uma modes­ta contribuição à tentativa, já manifestada

por diversas correntes do pensamento nacio­nal, de evitar que o remédio mate o doente.-- Deputado Amaury Müller, PDT.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

TÍTULO VIIDa Ordem Econômica e Financeira

............................................................

CAPÍTULO IVDo Sistema Financeiro Nacional

Art. 192. O Sistema Financeiro Nacio­nal, estruturado de forma a promover o de­senvolvimento.equilibrado do País e a serviraos interesses da coletividade, será reguladoem lei complementar, que disporá, inclusive,sobre:

§ 3" As taxas de juros reais, nelas incluí­das comissões e quaisquer outras remunera­ções direta ou indiretamente referidas à con­cessão de crédito não poderão ser superioresa doze por cento ao ano; a cobrança acimadeste limite será conceituada como crime deusura, punido, em todas as suas modalidades,nos termos que a lei determinar.

MEDIDA PROVISÓRIA N" 168,DE 15 DE MARÇO DE 1990 o

Institui o cruzeiro, dispõe sobre a Iiqui­dez dos ativos financeiros e dá outras pro­vidências.

O Presidente da República, no uso da atri­buição que lhe confere o art. 62 da Consti­tuição, adota a seguinte medida provisória,com força de lei:

Art. 1" Passa a denominar-se cruzeiro amoeda nacional, configurando a unidade dosistema monetário brasileiro.

§ I" Fica mantido o centavo para desig­nar a centésima parte da nova moeda.

§ 2" Um cruzeiro corresponde a um cru­zado novo.

§ 3" As quantias em dinheiro serão escri­tas precedidas do símbolo Cr$.

Art. 2" O Banco Central do Brasil provi­dencia~á a aquisição de cédulas e moedas emcruzados novos, bem come;> ferá imprimir asnovas cédulas em cruzeiros, na quantidadeindispensável à substituição do meio circu­lante.

§ 1" As' cédulas e moedas em cruzadosnovos circularão simultaneamente ao cruzei­ro, de acordo com a paridade estabelecidano § 2" do art. l'

§ 2~ As cédulas e moedas em cruzadosnovos perderão poder liberatório e não mais

terão curso legal nos prazos estabelecidos pe­lo Banco Central do Brasil.

§ 3" As cédulas e moedas em cruzeiroemitidas anteriormente à vigência desta me­dida provisória perdem, nesta data, o valorIiberatório, e não mais terão curso legal.

Art. 3'.' Serão expressos em cruzeiros,doravante, todos os valores constantes de de­monstrações contábeis e financeiras, baçan­ços, cheques, títulos, preços, precatórios,contratos e todas as expressões pecuniáriasque se possam traduzir em moeda nacional.

Art. 4\' Os cheques emitidos em cruzadosnovos e ainda não depositados junto ao siste­ma bancário serão aceitos somente para efei­to de compensação e crédito a favor da contado detentor do cheque, em cruzados novos,até data a ser fixada pelo Banco Central doBrasil.

Parágrafo único. Nos casos em que o de­tentor do cheque não for titular de conta ban­cária, o Banco Central estabelecerá limite,em cruzados novos, que poderá ser sacadoimediatamente em cruzeiros.

Art. 5" Os saldos dos depósitos à vistaserão convertidos em cruzeiros, segundo aparidade estabelecida no parágrafo 2' do arti­go 1', obedecido o limite de NCz$ 50.000,00(cincoenta mil cruzados novos).

§ I" As quantias que excederem o limitefixado no "caput" deste artigo serão conver­tidas, a partir de 16 de setembro de 1991,em doze parcelas mensais iguais e sucessivas.

§ 2" As quantias mencionadas no pará-o grafo anterior serão atualizadas monetaria­

mente pela variação do BTN Fiscal, verifi­cada entre o dia 19 de março de 1990 e adata da conversão, acrescida de juros equiva­lente a 6% (seis por cento) ao ano ou fraçãopro rata.

§ 3" As reservas compulsórias em espéciesobre depósitos à vista, mantidas pelo sistemabancário junto ao Banco Central do Brasilserão convertidas e ajustadas conforme regu­lamentação a ser haixada pelo Banco Centraldo Brasil.

Art. 6" Os saldos das cadernetas de pou­pança serão convertidos em cruzeiros na datado próximo crédito de rendimento, segundoa paridade estabelecida no parágrafo 2" doartigo 1", observado o limite de NCz$50.000,00 (cincoenta mil cruzados novos).

§ 1" As quantias que excederem p limitefixado no "caput" deste artigo, serão conver­tidas a partir de 16 de setembro de 1991em doze parcelas mensais iguais e sucessivas:

§ 2" As quantias mencionadas no pará­grafo anterior serão atualizadas monetaria­mente pela variação do BTN Fiscal, verifi­cada entre a data do próximo crédito de ren-

, dimentos a data da conversão, acrescidas dejuros equivalentes a 6% (seis por cento) aoano ou fração pro rata.

§ 3" Os depósitos compulsórios e volun­tários mantidos junto ao Banco Central doBrasil, com recursos originários da captaçãode cadernetas de poupança, serão converti-

_ dos e ajustados conforme regulamentação aser baixada pelo Banco Central do Brasil.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRES~ONACION~L (Seção I) Terça-feira 8 3911

Art. 7" Os depósitos. a prazo fixo, comou sem emissão de certificado, as letras decâmbio, os depósitos interfinanceiros, as de­bêntures e os demais ativos financeiros bemcomo os recursos captados pelas instituiçõesfinanceiras por meio de operações compro­missadas serão convertidos em cruzeiros, se­gundo a paridade estabelecida no parágrafo2" do artigo 1\', observado o seguinte:

I - para as operações compromissadas, nadata de vencimento do prazo original da apli­cação, serão convertidos NCz$ 25.000,00(vinte e cinco mil cruzados novos) ou 20%(vinte por cento) do valor de resgate da ope­ração, prevalecendo o que for maior;

II - para os demais ativos e aplicações,excluídos os depósitos interfinanceiros, serãoconvertidos, na data de vencimento de prazooriginal dos títulos, 20% (vinte por cento)do valor de resgate.

§ I" As quantias que excederem os limi­tes fixados nos itens I e lI, deste artigo serãoconvertidas, a partir de 16 de setembro de1991, em doze parcelas mensais iguais e su-cessivas. '

§ 2" As quantias mencionadas no pará­grafo anterior serão atualizadas monetaria­mente pela variação do BTN Fiscal, verifi­cada entre a data de vencimento do prazooriginal do título e a data da conversão, acres­cida de jUros equivalentes a 6% (seis por cen­to) ao ano ou fração pro rata.

§ 3" Os tqulos mencionados no caputdeste artigo cujas datas de vencimento sejamposteriores ao dia 16 de setembro de 1991serão convertidos em cruzeiros, integralmen­te na data de seus vencimentos.

Art. 8" Para efeito do cálculo dos limitesde conversão estabelecidos nos artigos 5\', 6"e 7'.', considerar-se-á o total das conversõesefetuadas em nome de um único titular emuma mesma instituição financeira.

Art. 9\' Serão transferidos ao Banco Cen­tral do Brasil os saldos emcruzados novosnão convertidos na forma dos artigos 5", 6"e 7\', que serão mantidos em contas individua­lizadas em nome da instituição financeira de­positante.

§ 1" As instituições financeiras deverãomanter cadastro dos ativos financeiros deno­minados em cruzados novos, individualizadasem nome do titular de cada operação, o qualdeverá ser exibido à fiscalização do BancoCentral'do Brasil, sempre que exigido.

§ 2" Quando a transferência de que tratao artigo imediatamente anterior ocorrer emtítulos públicos, providenciará o Banco Cen­trai do Brasil a sua respectiva troca por novasobrigações emitidas pelo Tesouro Nacionalou pelos Estados e Municípios, se aplicável,com prazo e rendimento iguais aos da contacriada pelo Banco Central do Brasil.

§ 3" No caso de operações compromis­sadas com títulos públicos, estes serão trans­feridôs ao Banco Central do Brasil, devendoseus emissores providenciar sua substituiçãopor novo título em cruzados novos com valor,prazo e rendimento idênticos aos dos dep.ó­sitos originários das operações compromIs­sadas.

Art: 10. As quotas dos fundos de renda da política monetárí'a e da necessidade defixa e dos fundos de curto prazo serão conver- liquidez da economia.tidas em cruzeiros na forma do art. 7\', obser- Art. 19. O Banco Central do Brasil sub-vado que o percentual de conversão poderá meterá à aprovação do Ministro da Econo-ser inferior ao estabelecido no art. 7\' se o mia, Fazenda e Planejamento, no prazo defundo não dispuser de liquidez suficiente em trinta dias a contar da publicação desta Medi-cruzados novos. da, metas trimestrais de expansão monetária,

Art. 11. Os recursos, em cruzados no- em cruzeiros, para os próximos doze meses,vos, dos Tesouros Federal, Estaduais e Muni- explicitando meios e instrumentos de viabili­cipais, bem como os da Previdência Social, zação destas metas, inclusive através de lei­serão convertidos,' integralmente no venci- lões de conversão antecipada de cruzados no-mento das aplicações, não se lhes aplicando vos em cruzeiros.o disposto nos artigos 5".6\' e 7\' desta Medida Art. 20. O Banco Central do Brasil. noProvisória. uso das atribuições estabelecidas pela Lei n"

Art. 12. As obrigações comprovada- 4.595 e legislação complementar, expedirámente contraídas anteriormente a 15 de mar- regras destinadas a adaptar as normas disci­ço de 1990 e vencíveis até 180 (cento e oiten- plinadoras do mercado financeiro e de, capi­ta) dias a contar da publicação desta medida tais, bem como do Sistema Financeiro de Ha­provisória podem ser extintas, a, critério do bitação, ao disposto nesta Medida Provisória.devedor, mediante transferência, de sua con- Art. 21. Na forma de regulamentação ata para a do credor, dos cruzados novos cor- ser baixada pelo Ministro da Economia, Fa­respondentes. zenda e Planejamento poderão ser admitidas

§ I" Para efeito de comprovação das conversões em cruzeiros de recursos em cru­obrigações valem os meios de prova admi- zados novos em montantes e percentuais dis­tidos em direito, exceto a testemunhal. tintos aos estabelecidos nesta Medida Provi­

§ 2" O Banco Central do Brasil definirá sória, desde que o beneficiário seja pessoao instrumento de transferência da titularida- física que perceba exclusivamente rendimen­de dos depósitos. tos provenientes de, pensões e aposentado-

Art. 13. O pagamento de taxas, impos- rias.t?S, contribuições e ?bri~aç.ões I?revidencia-~- Parágrafo único. O Ministro da Econo­na.s. resulta na autonzaçao Imedla~a e auto- mia, Fazenda e Planejamento fixará limitematlca para se promov:r a conversa0 de ~ru- para cada beneficiário, das conversões efe­zados novos em cruzeIros de valor eqUlva- tuadas de acordo com o disposto neste artigo.lente ao crédito do ente governamental, na Art. 22. O valor nominal do Bônus dorespectiva data de vencimento da obrigação, Tesouro Nacional- BTN será atualizado ca­nos próximos 60 dias.. da mês por índice calculado com a mesma. Art. 14, Os praz.os mel)clOnados nos ar- metodologia utilizada para o índice referidott~os .1~ .e 13 poderao. ser aumentados p~lo no artigo 2\', parárgrafo 5", da Medida Provi­Mmslteno da EconomIa, Fa~enda e PlaneJ~- sória n" 154, desta data. refletindo a variação~ento em f~~ção .de neceSSIdades das poll- de preço entre o dia 15 daquele mês e o diatlcas monetana e fIscal. 15 do mês anterior.

Art. 15, O Banco Ce~tral do Brasil defi- Parágrafo único. Excepcionalmente o va-nirá normas para o fechamento do balanço lar nominal do BTN no mês de abril de 1990patrimonial das instituições financeiras deno- será igual ao valor do BTN Fiscal no dia 1"minado em cruzados novos, em 15 de março de abril de 1990. .de 1990, bem como para a abertura de novos A 73 O d "t m po pança rea-, ,. d 'd rt. ~. s eposl oseu,balanços patnmomal,S, enomma os em cru- "1' d . d d 19 28-3-90 l'nclusl've' . d d lza os no peno o e a -, ,zelros, a partir esta ata. . serão atualizados, nos respectivos aniversá-

Art. 16. O Banco Central do BrasJ1 pO-. I . - d BTN FI'scal verificadad • . I' - d d "t . t nos pe a vanaçao oera autonzar a rea Izaçao e eposl os m er- " d d 'd d d' do d po'sito inf" d d' - no peno o ecom o o la e ,-mancelros, em cruza o novo nas con lçoes I' d' d 'd't de re dimentosue estabelecer. c USIV~, ao la o cre I o n ,

q A 17 O B C t I B '1 tT . excluslve, na forma a ser regulamentada pelort.. anco en ra rasl u I Izar~ Banco Central do Brasil.

os recursos em cruzados ~oyos nele deposl- Art 24, A artir de maio de 1990. ostados para fornecer emprestImos para fman- Id' d t p d P pança sera-o atuall'-, d -' d . t't' sa os as con as e oucmmento as operaçoes attvas as ms I UI- di' - d BTN {rma divulções financeiras contratadas em cruzados no- zados pe

laBvanaçaCo °t I do'Bnraasol'l -

. d b I ,. I ~ ga a pe o anco en ra .vos, registra as no a anço patnmoma re,e- , A '5 O I d" 'o do BTN Fiscal.d tiS ' rt. - . va ar lan

n ~a~~g~~f~ ti~ic?,. As taxas de juros e os " ~er: ~;~~fad;oPe~~n~;~a~'~~~~~~:n~:f~~prazos dos emprestImos por parte do .Banco ~ ed . fi P _JCentral do Brasil serão compatíveIS com taxa em açao. . ' ..aqueles constantes-das operações ativas men- Art. 26. Esta medIda p:ovl~ona entracionadas neste artigo. em vigor na data de sua pubhc~çao.. _

Art. 18. O Ministro da Economia. Fa- Ali. 27. Revogam-se as dlSposlçoes emzenda e Planejamento poderá alterar os pra- contrário, ,zos e limites estabelecidos nos artigos 5", 6" BrasI1ia, 15 de março de 1990; 168" da Inde­e 7" ou autorizar leilões de conversão anteci- pendência e 102" da República. - FERNA:~­

pada de direitos em cruzados novos detidoií- DO COLLOR - Bernardo Cabral - Zeltapor ~arte do público, em função dos objetivos ' Cardoso de Mello.

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3912 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

............................................. .,. .,

cado, através de uma pólítica de financia­mento de longo prazo.

A proposta que ora levamos à consideraçãodo Congresso Nacional objetiva exatamentecriar uma alternativa para que os detentoresde cruzados novos retidos no Banco Centraldo Brasil utilizem esses recursos na aplicaçãoem atividade produtiva. através da aquisiçãodo Bônus do Tesouro Nacional de Investi­mento (BTNI).

Dada a relevância da proposta, esperamoscontar com.o apoio dos Parlamentares na suaaprovação.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Ubiratan Spinelli.

LEGISLAÇÃO CITADA. ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

MEDIDA PROVISÓRIA N" 168,DE 15 DE MARÇO DE 1990

Institui o cruzeiro, dispõe sobre a liqui.dez dos-ativos financeiros e dá outras pro·vidências.

vade integra a região denominada Vale doAço.

O território do município tem área de106,7knr e população de 80 mil habitantes.

Cidade dinâmica oferecendo ótima infra·estrutura para seus habitantes, o municípiode João Monlevade tem sua história na funda­ção da Companhia Siderúrgica Belgo Minei·ra, ali instalada.

A cidade é conhecida pelo trabalho e oconstante funcionamento dos altos-fornos dasiderúrgica.

Toneladas de aço são produzidas e comer­cializadas, o que demanda um alto índice deemprego e arrecadação de impostos.

Aliadqs às atividades da sidêrurgia, prolife·ram as indústrias extrativas minerais e vege·tais, quando o município abre espaço paraa implantação de novas indústrias.

No Município de João Monlevade, a prin·cipal atividade econômica é a indústria side·rúrgica, extrativa e de transformação.

Na produção industrial destaca-se a Com-panhia Siderúrgica Belgo-Mineira, com amaior Usina de Carvão Vegetal do mundo.

Além da linha de produção. a Companhiaatua no Comércio local, na medida em queemprega quase a metade da mão-de-obra es·pecializada, o que implica em maior demandacomercial, transportes. empregos diretos eindiretos, quer na construção civil. quet tmoutros ramos de desenvolvimento.

Quanto à extração vegetal, a CompanhiaAgrícola e F1orestamento Santa Bárbara ·su·pervisiona o município o fornecimento decarvão.

A extensão de 180 mil hectares de reflores­tamento permite a produção de milhares detoneladas de carvão.

É fundamental. para o desenvolvimentosócio-econômico e cultural do País. o estabe·lecimento de escolas técnico e cultural doPaís, o estabele~imento de escolas técnicasde nível médio, responsáveis pela formaçãode profissionais especializados de que hágrande carência na região.

A criação de uma Escola Técnica Federalpara formação de técnicos em mineralogia,siderurgia e metalurgia, não somente se tra·duz um anseio de toda a comunidade de joãoMonlevade e cidades que compõem o deno­minado Vale do Aço. como acima de tudo,significa medida de caráter desenvolvimen·lista regional, sintonizada com a necessidadede se desacelarar o crescimento do ensinosuperior, em favor de pessoal técnico de nívelmédio.

O município de João Monlevade, graçasà sua situação geográfica e à sua posição comopolo de desenvolvimento de uma vasta re·gião, oferece todos os requisitos necessáriose indispensáveis para a i~'-plantação de umaEscola Técnica Federal.

-'--pelosãSp;;'etos sociais, educacionais e eco-Justiflcaçao_- nômicos de que se reveste a medida. espera-

Situado na zona metalúrgica do Estado de mos que o projeto de lei que ora submetemosMinas Gerais. o Município de João Monle· à apreciação do Congresso Nacional. venha

PROJETO DE LEI N' 4.908, DE 1990(Do Sr. José Santana de Vasconcellos)

Autoriza o Poder Executivo ai instituira Escola Técnié8 Federillde Mineralogia,Siderurgia e Metalorgia de João Monle·vade, no Estado de Minas Gerais.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Finançase Tributação (ADM); e de Educação.Cultura e Desporto - art. 24, lI,)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Fica o Poder Executivo autori·

zado a instituir'a Escola Técnica Federal deMineralogia; Siderurgia e Metalurgia de JoãoMonlevade, localizada no município' do mes­mo nome, no Estado de Minas Gerais.

Art. 2" A Escola Técnica Federal de Mi·neralogia, Siderurgia e Metalurgia de JoãoMonlevade, subordinada ao Ministério daEducação, destina-se a ministrar c.ursos detécnicas mineralógicas. siderúrgicas e meta·lúrgicas, de nível médio.

Art. 3" As despesas decorrentesda insta­lação e funcionamento da Escola Técnica Fe­deral de Mineralogia. Siderurgia e Metalur­gia de João Monlevade correrão por contade dotações específicas consignadas no·Orça­mento da União para os exercícios seguintesà aprovação da presente lei.

Art. 4" O Poder Executivo, ouvido o Mi­nistério da Educação, regulamentará esta leino prazo de 90 (noventa) dias. contados apartir de sua vigência.

Art. 5" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 6" Revogam-se as disposições emcontrário.

PROJETO DE LEI N° 4.907, DE 1990(Do Sr. Ubiratan Spinelli)

Dispõe sobre o lançamento do Bônusdo Tesouro Nacional de Investimento ­BTNI.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); e de Finançase Tributação - art. 24, li).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" É instituído o Bônus do Tesouro

Nacional de Investimento (BTNI) que pode­rá ser adquirido pelos detentores de cruzadosnovos retidos no Banco Central do Brasil.

§ 1" A remuneração mínima, as condi­ções de comercialização no mercado e os pra­zos de resgate serão definidos em regulamen­to, pelo Banco Central do Brasil.

§ 2" O BTNI poderá, também, ser"con­vertido em ações. cotas ou títulos represen­tativos de capital de empreendimentos de na­tureza produtiva.

§ 3" O volume do BTNI a ser lançadono. mercado será' determinado pelo BancoCentral do Brasil, em função da política glo­bal de investimentÇl.

Art. 2,' O Poder Executivo, ouvido oBanco Central do Brasil, regulamentará estalei no prazo de 90 (noventa) dias contadosde sua publicação.

Art. 3" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O Plano de Estabilização Econômica ­Plano Brasil Novo - lançado pelo GovernoFederal tem um objetivo básico definido:conter o processo inflacionário.

É, sem sombra de dúvida, inadiável o com­bate à inflação e à especulação com vistasà superação da crise econômico-social quese instalou na'sociedade. .

Por outro lado, é importante salientar quesem a retomada do processo de desenvol­vimento dificilmente a inflação será contida.

O Plano de Estabilização Econômica pecapor não explicitar, no su bojo, a forma deretomada dos investimentos de forma a asse­gurar um crescimento auto-sustentável e ga·rantir a participação de toda a sociedade nosfrutos do desenvolvimento. .

Dadas as restrições hoje existentes de ex­pandir o volume de recursos oriundos de cap­tação externa, é necessário dar atenção à efi·ciência na alocação dos recursos. disponíveisinternamente.

Nos termos da Medida Provisória n" 168,de 15 de março de 1990, foi retido no BancoCentral do Brasil um volume çonsiderávelde recursos das pessoas que operavam, cominstituições financeiras, em conta corrente ouatravés de aplicações remuneradas. E essesrecursos ou continuam esterelizados no Ban­co Central ou retornam ao mercado sem crité­rios para sua aplicação. E aí está a nossapreocupação básica: definir critérios transpa­rentes para o retorno desses recursos ao mer-

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3913

Art. 2'.' O Poder Executivo regulamenta­rá esta Lei no prazo de sessenta dias.

Art. 3". Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.

Senado Federal, em 17 de abril de 1990.- Senador Nelson Carneiro, Presidente.

SINOPSEPROJETO DE LEI DO SENADO

N" 229, DE 1989Dá nova redação ao art. 125 da Lei

n' 5.108, de 21 de &etembro de 1966 (Có­digo Nacional de Trãnsito).

Apresentado pelo Senador LourembergNunes Rocha.

Lido no expediente da Sessão de 17-8-89e publicado no DCN (Seção 11) de 18-8-89.DespachaQ.o à Comissão de Educação. ondepoderá rec~e:remendas,pelo prazo de 5 diasúteis.

.............. 'CApíTuLO'xiii·················Das Disposições Gerais e Transitórias

PROJETO DE LEI N' 4.915, DE 1990(Do Senado Federal)

PLS N" 229/89Dá nova redação ao artigo 125 da Lei

n' 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Có­digo Nacional de Trânsito).

(Ás Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Educação,Cultura e Desporto; e de Viação e Trans­portes, Desenvolvimento Urbano e Inte­rior - Art. 24, lI)

tando os infratores, conseqüentemente, àspenas da lei.

Sala das Sessões, 4 de abril de 1990. ­Deputado Daso Coimbra.

Art. 125. O Ministério da Educação eCultura promoverá a divulgação de noçõesde trânsito nas escolas primárias e médiasdo País, segundo programa estabelecido deacordo com o Conselho Nacional de Trânsito.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" O art. 125 do Código Nacional

de Trânsito passa a vigorar com a seguinteredação:

"Art. 125. O Ministério da Educa­ção incluirá. nos currículos escolares deprimeiro e segundo graus, conteúdos deeducação para o trânsito. segundo pro­grama estabelecido de acordo com oConselho Nacional de Trânsito."

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

LEI N" 5.108, DE 21 DESETEMBRO DE 1966

Institui o Código Nacional de Trânsito.

Justificação

A Constituição dispõe no art. 37, § 1":

"Art. 37 .

PROJETO DE LEI N' 4.912, DE 1990(Do Sr. Daso Coimbra)

Dispõe sobre publicidade de órg~os pú­blicos.

(Apense-se ao Projeto de Lei n" 4.205,de 1989.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" A publicidade dos atos, progra­

mas, obras, serviços e campanhas dos orgãospúblicos deverá ter caráter educativo, infor­mativo ou de orientação social, dela não po­dendo contar nomes, símbolos ou imagensque caracterizem promoção pessoal de auto­ridades ou servidores públicos, nem corres­ponder a dispêndio superior a um por centoda receita do respectivo órgão realizada noano anterior.

Art. 2" O descumprimento do dispostonesta lei será considerado cometimento defalta grave.

Art. 3" Esta lei entra em vigor. na datade sua publicação.

. vestimentos produtivos, de modo a elevar aoferta e a criar novos empregos. Adicional­mente, encaminha-se a delicada questão dossaldos bancários retidos ao permitir aos legíti­mos titulares das contas a liberação de seusrecursos para a subscrição de capital. Destaforma, o elevado volume de moeda que cons­tituía até então iminente ameaça à precáriaestabilidade da atividade econômica pode re­tornar à circulação desde que direcionado ex­clusivamente à atividade produtiva.

Por último, em seu art. 4" a proposiçãotraça diretriz à capitalização das empresasmultinacionais no País, condicionando oaporte de capital nacional à entrada de igualvolume em moeda internacional.

Convencidos da oportunidade e conve­niência de nossa proposta, esperamos'contarcom o elevado espírito público dos 'ilustrepares na apreciação e final aprovação do pre­sente projeto.

Sala das Sessões, de de1990..- DeputadoJosé Santana de Vascon­celos.

(*) Republícada conforme determinação contida noartigo 2" da Medida Provisória n" 172, de 17 demarço de 1990.

a merecer de nossos dignos' Pares a devidaaprovação.

Sala das Sessões, de de 1990. -Deputado José Santana de Vasconcelos.

PROJETO DE LEI N' 4.909, DE 1990(Do Sr. José Santana de Vasconcelos)

Autoriza a conversão de cruzados no­vos retidos no Banco Ceutral para a subs­crição de capital de empresas privadas.(Às Comissões de Contituição e Justiçae de Redação (ADM); de Economia, In­dústria li Co'mércio; e de Finanças e Tri­butação - Art. 24, 11)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1'·' Os saldos em cruzados novos reti­

dos no Banco Central do Brasil poderão serconvertidos em cruzeiros para utilização, pe­los respectivos titulares, na subscrição deações e outros títulos representativos da cons­tituição de capital de empresas privadas ouna aquisição de ações de empresas estataisem processo de privatização.

Parágrafo único. Os recursos referidosno caput deste artigo serão aplicados exclusi­vamente na implantação de novos projetosou na expansão de projetos em curso.

Art. 2" A liberação dos recursos referi­dos no art. 1\' fica subordinada à política deexpansão monetária do Poder Executivo edependerá da aprovação da CVM - Comis­são de Valores Mobiliários.

Art.' 3" As ações e outros títulos repre­sentativos de capital subscrito na forma destalei são inegociáveis por prazo de 12 (doze)meses a contar da data da liberação dos cor­respondentes recursos.

Art. 4" A liberação de recursos parasubscrição de capital observará os seguinteslimites:1- áté 80% (oitenta por cento) do valor

global do projeto de implantação ou expan­são, quando se tratar de empresa brasileirade capital nacional, inclusive de privatizaçãode estatais;

11 - até 50% (cinqüenta por cento) nosdemais casos, obrigando-se a empresa recep­tora a complementar o valor global do proje­to com recursos trazidos do exterior.

Art. 5" O BNDES fica incumbido da ges­tão dos recursos de que trata esta Lei, osquais ser-lhe-ão transferidos pelo Banco Cen­tral do Brasil, observado o disposto no art.2'

Art. 6" Esta Lei entrará em vigor na datade sua publicação.

Art. 7" Revogam-se as disposições emcontrário.

§ I'! A publicidade dos atos, progra­mas, obras, serviços e campanhas dosórgãos públicos deverá ter caráter educa­tivo, informativo ou de orientação so~

daI, dela não podendo constar nomes,símbolos ou imagens que caracterizam

Justificação promoção pessoal de autoridades ou ser-A presente proposição legislativa visa aper- vidores públicos. "

feiçoar e ~nriquecer as medidas recém-ado- Norma altamente moralizadora carece, en-tadas pelo Poder Executivo no contexto do tretanto, de disciplinação legal que estabe­Plano Brasil Novo. leça penalidades pela sua inobservância que

'Pretendemos suprir o setor privado de ca- deve ser, conforme consta do presente proje­pital novo que possibilite a retomada dos in- __ to, equiparada à prática de falta grave sujei-

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3914 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

Em 23-3-89, é lido oParecer N" S1I90, daComissão de Educação, relatado pelo SenhorMárcio Lacerda, pela aprovação do Projeto.A Presidência comunica ao Plenário o recebi­mento do Ofício n" 1190, do Presidente daCE, comunicando a aprovação da matériana reunião de 14-3-90. É aberto o prazo deS dias para interposição de recurso, por umdécimo da composição da Casa, para que oProjeto seja apreciado pelo Plenário.

Em 30-3-90, a Presidência comunica aoPlenário o término do prazo sem apresen­tação do recurso previsto no art. 91, § 4',do Regimento Interno, para que a matériaseja apreciada pelo Plenário.

Á Câmara dos Deputados com o OfícioSM-NI' 86, de 17-4-90SM/N"86

Em 17 de abril de 1990. Senhor Primeiro Secretário,

Tenho a honra de encaminhar a Vossa Ex­celência, a fim de ser submetido à revisãoda Câmara dos Deputados,' nos' termos doart. 6S da Constituição Federál, o Projetode Lei n" 229, de 1989, constante dos autó­grafos juntos, que "dá nova reéIação ao art.125 da Lei n"S.108, de 21 de 'setembro de1966 (Código Nacional de Trânsito)".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de minha ele­vada estima e mais distinta consideração. ­Senador Pompeu de Sousa, Primeiro Secre­tário, em exercício.

PROJETO DE LEI N° 4.916, DE 1990

(Do Senado Federal)PLS n' 110/89 '

Dispõe sobre a mineração em terrasindí~enas e dá outras providências.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Minas eEnergia; e de Defesa do Consumidor,Meio Ambiente e Minorias - Art. 24,11 - ápense-se a este o PL n' 1.561189e seus anexos.)

O Congresso Nácional decreta:Art. l' Os recursos minerais, em lavra

ou não, existentes em terras tradicionalmenteocupadas pelos índios, são considerados re­servas nacionais e somente poderão ser pes­quisados e lavrados de acordo com os proce­dimentos previstos nesta Lei, sem prejuízodas limitações contantes em outros disposi­tivos legais.

§ I" A União, por seu órgão competente,procederá levantamento geológico das terrasreferidas no caput deste artigo, objetivandocaracterizar sua potencialidade em termos derecursos minerais.

§ 2" A pesquisa e a lavra de qualquersubstância mineral em terras tradicionalmen­te ocupadas pelos índios poderão ser feitasquando verificada a sua essencialidade equando as reservas conhecidas e exploráveisdessa substância, em outras partes do terri­tório nacional, forem insuficientes para oatendimento das necessidades do'país.

Art. 2" Verificadas as condições estabe­lecidas no § 2" do art. anterior, atestadas por

declarações formal do Ministério da Infra-Es­trutura, este solicitará aos órgãos competen­tes laudo antropológico e estudo prévio deimpacto ambiental, visando a abertura deprocesso licitório para a pesquisa mineral emdeterminada área indígena-

§ l' Publicado o edital de abertura doprocesso licitório, brasileiro ou empresas bra­sileiras de capital nacional poderão apresen­tar propostas que deverão conter a progra­mação dos trabalhos de pesquisa, cronogra­ma físico e financeiro e a especificação dastécnicas a serem adotadas, bem como as pro­vidências necessárias à preservação ambien­tal e à prevenção do impacto sobre'as comuni­dades indígenas.

§ 2" Cada uma das propostas apresenta­das recebe á parecer dos órgãos minerários,de proteção ambiental e de assistência aosíndios.

Art. 3' Concluída a licitação, o Ministé­rio da Inf~a,-Estr,utura"atendendo ao pispostono inciso XVI do art .. 49 da Constituição,solicitará o envio de exposição de, motivosao Congresso Nacional, acompanhadqs dosautos do processo.

§ I" Ao receber a exposição de motivosprevista no caput, o Congresso Nacional aanalisará e, ouvida a comunidade indígenaafetada, conforme estabelece o § 3" do art.231 da Constituição, poderão aprovar a auto-rização de pesquisa., "

§ 2" AaudiêncÍada comunidade afetadaserá relaizada in loco e' dela participará o Mi­nistério Público, que dará parecer sobre amanifestação de voto dos índios. .

§ 3" A decisão do Congresos Nacionalsobre a autorização solicitada serâ formali­zada através de Decreto Legislativo.

§ 4" Autorizada a pesquisa pelo Congres­so Nacional,o. Mimstéiio da Infra-Estruturaexpedirá o respectivo alvará.

Art. 4" Realizada a. pesquisa e compro­vada a existência de, jazida" a empresa quea houvecefetuado poderá solicitar, atnwésdo Minstério da Infra-Estrurura, a autoriza­ção do Congresso Nacional para a realizaçãoda lavra.

§ 1" Da solicitação da autorização de li­vra deverão constar:

I - plano de aproveitamento econômicoda jazida; .

II - estudo de viabilidade econômica doempreedimento;

III -laudo antopológico especificando asimplicações sócio-econômico-culturais para acomunidade indígena; e

IV - relatório de impacto ambiental in­cluindo plano de recuperação do meio am­biente degradado.

§ 2" A solicitação de autorização de lavrareceberá pareceres dos órgãos minerários deproteção ambiental e de assistência aos ín­dios.

Art. 5" Ao receber a solicitação de auto­rização para a lavra mineral, o CongressoNacional procederá na forma prevista nos §§lI', 2' e 3" do art. 3" e poderá deferi-la ouindeferi-Ia.

§ 1\' Caso o Congresso Nacional não au­torize a lavra em decorrência das suas conse­qüências para a comunidade afetada ou para

o meio ambiente, o processo será devolvidoao Ministério da Infra-Estrutura e arquivado.

§ 2\' No caso previsto no parágrafo ante­rior, a União ressarcirá o, solicitante pelo in­vestimento realizado na pesquisa.

§ 3" Caso o Congresso Nacional não au­torize a lavra por considerar inadaqueda asua realização pelo solicitante, o Ministérioda Infra-Estrutura poderá promover novoprocesso licitório, atendendo às condiçõesprevistas no parágrafo único do art. 4'

§ 4" No caso previsto no parágrafo ante­rior, o Ministério da Infra-Estrutura 'enviaráos autos ,do processo licitório ao CongressoNacional, que procederá na forma previstano art. 3" eseus parágrafos.

§ S" Caso o Congresso Nacional autorizea lavra após procedimento estabelecido no§ 2" deste art. o titular desta autorização res­sarcirá a empresa que houver efetuado a pes­quisa mineral na área em questão, pelo seuinvestimento.

Art. 6" Autorizada a lavra pelo Congres­so Nacional, o Presidente da República expe­dirá o respectivo decreto de lavra e a subor­dinará a contrato escrito entre a empresa ea comunidade indígena, assistida,pelo' Minis-tério Público. .. § ·1" O contato deverá especificar os' per­

centuais de participaçãO d'as comunidades in­dígenas nos resultados da lavra, que não se­rão inferiores a cinco por cento do valor.brutodo minério extraído. . ..

§ 2" Do contrato deverão constar as ga­rantias de sua fiscalização por parte da comu­nidade indígena.

Art. 7" A qualquer tempo, em face donão cumprimento das condições estábeleci­das pór esta Lei'. por outros dispositivos legaispertinentes ou pelo contrato finrtado' entreas partes, o Congresso Nacional poderá sus­pender ou cessar a autorização de pesquisaou de lavra, por iniciativa própria ou por pro­vocação do Minsitério Público, dos órgãosminerários, de proteção ao meio ambientee de assitência aos índios, da comunidadeindígena afetada ouda empresa autorizada.

Art. 8" O Minstério da Infra~Estrutura,

através de seu órgão competente, procederáao levantamento dos alvarás de pesquisa econcessão de lavra em vigor em terras tradi­cionalmente ocupadas pelos índios, concedi­dos até a data de promulgação da constitui­ção, tomando medidas para que se adaptemàs exigencias desta lei.

§ I" Ao Congresso Nacional cabe a deci­são final sobre o disposto no caput deste ar­tigo.

§ 2" São anulados todos os requeriemn­tos de pesquisa protolocados antes da data

, de promulgação desta Lei.Art. 9" Esta Lei entra em vigor na data

de sua publicação.Art. 10. Revogam-se as disposições em

contrário.Senado Federal, 2S de abril de 1990. ­

Senador Nelson Carneiro, Presidente.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3915

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÓES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL -1988

·····················:ríTULO·ÍV····················Da Organização dos Poderes

........ CAP"{-iüLo·i···················Do Poder Legislativo

SEÇÃO IIDas Atribuições do Congresso Nacional

..........................................................Art. 49. É da competência exclusiva do

Congresso Nacional:

XVI - autorizar, em terras indígenas, aexploração e o aproveitamento de recursoshidricos e'a pesquisa e lavra de riquezas mine­rais;.............: .

TÍTULO VIIIDa Ordem Social

..........................................................CAPÍTULO VIII

Dos ÍndiosArt. 231. São reconhecidas aos indios

sua organização social,' costumes, linguas,crenças e tradições, e os direitos originariassobre as terras que tradicionalmente ocupam,competindo à União demarcá-las, protegere fazer respeitar todos os seus bens;

§ 39 O aproveitamento dos recursos hí­dricos incluem os potenciais energéticos apesquisa e a lavra das riquesas minerais emterras indigenas só podem ser efetivadas comautorização do Congresso Nacional, ouvidasas comunidades afetadas, ficando-lhes asse­gurada participação nos resultados da lavra,na forma da lei.

SINOPSE

PROJETO DE LEI DO SENADON9 110, DE 1989

Dispõe sobre a mineração em terras,indígenas e dá outras providências.

Apresentado pelo Senador Severo Gomes.Lido no expediente da Sessão de 16-5-89,

e publicado no DCN (Seção lI) de 17-5-89.À Comissão de Serviços de Infra-Estrutura(decisão termninativa).

Em 6-4-90, é lido o parecer n' 76/90 ­CI, relatado pelo SenadorJoão Castelo, favo­rável ao Projeto. É aberto prazo de 5 diaspara interposição de recurso para que o Pro­jeto seja apreciado pelo Plenário.

Em 16-4-90, a Presidência comunica o pro­jeto seja discutido e votado pelo Plenário.À Câmara dos Deputados, com o Ofício SM/N" 91 de 25-4-90.SM/N' 91

Em 25 de abril de 1990Senhor Primeiro Secretário,Tenho a honra de encaminhar a Vossa Ex­

çelência,a fim de ser submetido à revisão da

Câmara dos Deputados, nos termos do art.65 da Constituição Federal, o Projeto de Lein" 110, de 1989, constante dos autógrafos jun­tos, que "dispõe sobre a mineração em terrasindígenas e dá outras providências".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de minha ele­vada estima e mais distinta consideração. ­Senador Pompeu de Sousa, Primeiro Secre­tário, em exercício .

PROJETO DE LEI N' 4.917, DE 1990(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Cria a 19' Região da Justiça do Trabla­ho, o respectivo Tribunal Regional e dáoutras providências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM): de Finançase Tributação (ADM)'; e de Trabalho deAdministração e Serviço Público).

O,Presidente da República, faço saber queo Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte lei:

Art. 1" Fica criado o Tribunal Regionaldo Trabalho da 19' Região, que terá sedeem Maceió-AL, com jurisdição em todo oterritório do Estado de Alagoas.

Art. 2" O Tribunal Regional do Traba­lho da 19' Região será composto de seis (6)juízes, com vencimentos e vantagens previs­tos na legislação em vigor, sendO quatro (4)togados, de investidura vitalícia, e dois(2)classistas, de investidura temporária, repre­sentantes, respectivamente, dos empregado­res e dos empregados.

Parágrafo único. Haverá um (1) suplentepara cada juiz classista.

Art. 3" Os juízes togados serão nomea­dos pelo Presidente da República, sendo:

I - Dois (2) dentre Juízes do TrabalhoPresidentes de Juntas de Conciliação e Julga­mento, por antigüidade e 'por merecimento,alternadamente, assegurada precedêcia à re­moção dos atuais Juízes do Tribunal Regionaldo Trabalho da 6' Região, oriundos da car­reira de magistrado;

11 - Um (1) dentre integrantes do Minis­tério Público do Trabalho, com mais de (10)ano de carreira; .

III - Um (1) dentre advogados de notóriosaber jurídico e de reputação ilibada, commais de (10) anos de efetiva atividade profis­sional.

§ l' A remoção prevista no inciso I desteartigo deverá ser requerida no prazo de vinte(20) dias, contados da vigência desta lei, aoPresidente do Tribunal Regional do Trabalhoda 6' Região, que emitirá o competente atode provimento.

§ 2' Decorrido o prazo previsto no pará­grafo anterior, o Tribunal Regional do Traba­lho da 6' Região pro,moverá, na forma dalei, as medidas necessárias ao preenchimen­to, concomitante, dos cargos que se verifi­carem vagos na sua composição, bem comoaqueles ainda vagos na 19' Região, por mo­tivo da remoção tratada no inciso I deste arti­go, concorrendo, em ambas situações, simul­taneamente, os Juízes do Trabalho Presiden-

tes de Juntas de Conciliação e Julgamentosediados nos Estados de Pernambuco e Ala­goas.

§ 3" No curso de dez (10) dias, contadosapós expirado o prazo do § 1" deste artigo,.o Tribunal Regional do Trabalho da 6' Regiãoelaborará lista tríplice, visando ao preenchi­mento, por merecimento, de vaga de juiz to­gado reservada a magistrado de carreira, queserá encaminhada ao Poder Executivo, ob­servados a exigência do exercício da Presi­dência de Junta por dois (2) anos e estaremos condidatos na primeira quinta parte dalista de antiguidade.

§ 4" Em idêntico prazo. o Tribunal pro­cederá à indicação do juiz que preencheráa vaga pertinente à antigüidade.

Art. 4" .Os Juízes classistas serão nomea­dos pelo Presidente da República, na formaprevista no art. 684 da Consolidação das Leisdo Trabalho e inciso III do parágrafo únicodo art. 115 dá Constituição Federal, dentrenomes constantes de listas tríplices organi­zadas pelas diretorias das Federações e dosSindicatos, inorganizados em Federações,com base territorial no Estado de Alagoas.

Parágrafo único. O Presidente do Tribu­nal Regional do Trabalho da 6" Região, den­tro de dez (10) dias, contados da publicaçãodesta lei, convocará, por edital, as associa­ções sindicais mencionadas neste artigo, paraque apresentem, no prazo de trinta (30) dias,listas tríplices, que serão encaminhadas peloTribunal Superior do Trabalho ao Poder Exe­cutivo.

Art. 5" Os Juízes do Trbalho Presidentede Juntas, que tenham, na data da publicaçãodesta lei, jurisdição sobre o território da 19'Região, poderão opta.r por sua permanência,conforme o caso, no quadro da 6' Região.

§ 1" A opção prevista neste artigo senímanifestada por escrito, dentro de trinta (30)dias, contados da publicação desta lei, ao Pre­sidente do' Tribunal Regional do Trabalhoda 6' Região e terá caráter irretratável.

§ 2" Os Juízes do Trabalho Presidentesde Juntas que optarem pela 6' Região perme­necerão servindo na Região desmembrada,garantidos os seus direitos à remoção e pro­moção, à medida que ocorrerem vagas noQuadro da 6' Região, observados os critérioslegais de preenchimento.

§ 3" Na hipótese de ocorrência de' vagade Juiz Presidente de Junta, na região des­membrada, no período compreendido entrea vigência deste lei e a instalação do novoTribunal, o preenchimento será feito median­te promoção de Juiz que integre os Quadrosdo 6' e do 19' Região, observada a legislaçãoem vigor.

Art. 6' O Tribunal Regional do Trabalhoda 19' Região terá a mesma competência atri­buída aos Tribunais do Trabalho pela legisla­ção em vigor.

Art. 7" Até a posse do Presidente e doVice-Presidente, eleitos na lei, o novo Tribu­nal será instalado e presidido:

I - pelo juiz mais antigo, removido doTribunal Regional do Trabalho da 6' Região,considerada a antigüidade neste último ou;

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3916 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

n - inexistente a remoção, pelo juiz toga- constantes do Ânexo I, os cargos efetivosdo mais antigo, oriundo da carreira de juiz constantes do Anexo II e a Tabela de Gratifi-do trabalho, levando em consideração a anti- cação de Representação de Gabinete, inte-güidade de classe de Juiz Presidente de Junta grada por funções de Chefia e Assistência,de Conciliação e Julgamento, e observados constantes do Anexo In desta lei.os critérios fixados no.inciso I do art. 3" desta § 1" Os cargos e as funções, constantes,lei. . respectivamente, dos anexos I e In desta lei

Parágrafo único. O novo Tribunal apro- serão providos após a instalação do Tribunalvará o respectivo Regimento Interno dentro Regional do Trabalho da 19' Região, comde (30) dias, contados da data de sua insta- sede em Maceió, no Estado de Alagoas, noslação. termos da legislação em vigor.

Art. 8" Uma vez aprovado e publicado § 2" Os valores das funções da Tabela deo Regimento Interno. na sessão que se seguir, Gratificação de Representação de Gabineteo Tribunal elegerá o Presidente e o Vice-Pre- do Tribunal Regional do Trabalho da 19' Re-sidente, de conformidade com as normas le- gião são idênticos aos da mesma Tabela dogais vigentes. Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 9" Até a data de instalação do Tri- § 3" Ato interno do Tribunal Regionalbunal Regional do Trabalho da 19' Região, do Trabalho da 19' Região estabelecerá asfica mantida a atual competência do Tribunal atribuições das funções consantes do AnexoRegional do Trabalho da 6' Região. III desta lei.

§ 1" Instalado o Tribunal Regional do Art. 13. O Tribunal Regional do Traba-Trabalho da 19' Região, o Presidente do Tri- lho da 19' Região, 'dentro do prázode noventabunal Regional do Trabalho da 6' Região re- (90) dias, contados da instalação, abrirá con-meterclhe-á todos os processos oriundos do curso público de provas e títulos para preen-território sob jurisdição do novo Tribunal, chimento das vagas de juiz do. trabalho substi-que não tenham recebido "visto" do relator.' tuto, depois de satisfeito o disposto no art.

§ 2" Os processos que já tenham rece- 5" desta lei.bido "visto" do Relator serão julgados pelo Art. 14. Os servidores atualmente lota-Tribunal Regional do Trabalho da 6' Região. dos nas Juntas de Conciliação e Julgamento,

Art. 10. As Juntas de Conciliação e Jul- com jurisdição no território da 19' Regiãogamento sediados no Estado de Alagoas fi- da Justiça do Trabalho, poderão permanecercam transferidas, com os respectivos servi- no Quadro de Pessoal da 6' Região, mediantedores e acervo material, para o Tribunal Re- opção escrita' e irretratável, manifestada aogional do Trabalho da 19' Região, sem pre- Presidente do Tribunal respectivo, dentro dojuízo dos direitos adquiridos e respeitadas as prazo de trinta (30) dias, contados da publi-situações pessoais de juízes, vogais e servi- cação desta lei.dores. Art. 15. Os juízes nomeados na forma

§ 1\' Os cargos existentes na lotação do do art. 3" desta lei tomarão posse peranteTribunal Regional do Trabalho da 6' Região, o Presidente do Tribunal Superior do Tra-a que se refere este artigo, ficam transferidos balho.para o Tribunal Regional do Trabalho da 19' Parágrafo úl\i~o.·. A, Rosse dos juízes ref~·,

Região. ridos neste artigo deverá realizar-se dentro§ 2" Os juízes, vogais e servidores trans- de 30 (trinta) dias, contados da nomeação,

feridos na forma deste artigo continuarão a .. prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, emperceber vencimentos e vantagens pelo Tri- caso de força maior, a juízo' do Presidente·bunal Regional do Trabalho da 6' Região, do Tribunal Superior do Trabalho.at~ qU,eo orçamç~to consigne, ao Trib?~al . Art. 16. Compete ao Tribunal Superiorcnado por esta lei, os recursos necessanos do Trabalho, mediante Ato do Presidente,ao respectivo pagamento; , tomar todas as medidas de natureza adminis-

§ 3" A investidura no Quadro Permanen- trativa para instalação e funcionamento dote de Pessoal da Secretaria do Tribunal Re- Tribunal Regional do Trabalho da 19' Re-gional do Trabalho da 19' Região depende gião.de aprovação em concurso público de provas Art. 17, O Poder Executivo fica autori-o~ de provas e títulos. re~salvadas as nomea- zado a abrir crédito especial até o limite deçoes para cargo em comissão declarada em Cr$ para atender às despesas iniciais .lei de livre nomeação e exoneração. de organização, instalação e funcionamento

Art. 11. Ficam criados no Quadro de do Tribunal Regional do Trabalho da 19' Re-Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho gião.da 19' Região, com retribuição pecuniária ' § 1'" O crédito a que, se refere este art.prevista na legislação em vigor, duas (2) fun- será consignado em favor do Tribunal Supe-ções de juiz classista e quatro (4) cargos de rior do Trabalho.juiz togado. § 2" Para atendimento das despesas de-

Art. 12. Além dos cargos e funções correntes da abertura do crédito especial au-transferidos ou criados na forma dos arts. torizado neste artigo, o Poder Executivo po-10 e 11 desta lei, ficam criados" no Quadro ,derá cancelar dotações consignadas no orça-Permanente de Pessoal da Secretaria do Tri- mento da 6' Região da Justiça do Trabalho,bunal Regional do Trabalho da 19' Região. destinadas às despesas que seriam realizadascom vencimentos e vantagens fixados pela pelas Juntas de Conciliação e Julgamentolegislação em vigor, quatro (4) cargos de juiz desmembradas, ou outras ditações orçamen-do trabalho substituto, os cargus em comissão tárias.

Art. 18. Não poderão ser nomeados, ad-'mitidos ou contratados, a qualquer título, pa­ra funções de gabinete, cargos em comissãoou funções gratificadas da administração doTribunal, parentes consangüíneos ou afins,até o terceiro grau, de juízes em atividadeou aposentados há menos de 5 (cinco) anos,exceto se integrantes do quadro funcionalmediente concurso público.

Art. 19. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 20. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, de de 1990; 168"da Independência e 101" da República.

LEGISLAÇÃO CITADA. ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES FERMANENTES

CONSTl'TurÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL 1988

TÍTULO IVDa Organizaçãll dos Poderes

...........................................................CAPÍTULO III

Do Poder Judiciário.......................................- .

SEÇÃO VDos Tribunais e Juízes do Trabalho

Art. 115. Os Tribunais Regionais doTrabalho serão composto de juízes nomeados

, pelo Presidente da República, sendo dois ter­ços de juízes togados vitalícios e um terçode juízes classistas temporários, observadaentre os juízes togados, a proporcionalidadeestabelecida no art. 111, § 1', I

Parágrafo único. Os magistrados dos Tri­bunais Regionais do Trabalho serão:

In - classistas indicados em listas tríplicespelas diretorias das federações e dos sindi­catos com base territorial na região.

......................................................., .

DECRETO-LEI N" 5.452DE 1" DE MAIO DE 1943

Aprova a Consolid,ação das Leis doTrabalho

TÍTULO VIIIDa Justiça do Trabalho

CAPÍTULOIVDo~ .,!ribunais Regionais do Trabalho

. .

SEÇÃO IVDos Juízes Representantes Classistas

dos Tribunais Regionais

Art. 684. Os juízes representantes clas­sistas dos Tribunais Regionais são designadospelo Presidente da República.

Parágrafo único. Aos juízese representan­tes classistas dos empregados e dos emprega.dores, nos Tribunais Regionais, aplicam-se asdisposições do art. 661.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) _ . Terça-feira 8 3917

LEI NlI ; de de de

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19- REGIXO

QUADRO 'PERMANENTE DE PESSOAL DA SECRETARIA

CARGOS EM COMISSXO

GRUPO NÚMERO DENOMINAÇ1l0 CÓDIGO

Direção e A!E, , 01 , Diretor-Geral da Secretaria TRT - 19~-DAS-I01.6

sessorarhento 01 Secretário-Geral da Presidência TRT - 19~-DAS-I01.6

Superiore;3 - 01 secretário do Tribunal Pleno TRT - 19~-DAS-I02.5

código - TRT 01 Diretor da Se'cretaria Administrativa TRT - 19~-DAS-I01. 5

- 19! - DAS- ". 01 Direto):' da Secretaria Judiciária TRT - 19~-DAS-101.5

100 'O- oa Diretor de Serviço TRT - 19~'-DAS-I01.4

, 06 Assessor de Juiz - Bacharel em Direito TRT. - 19~-DAS-I02.5

'11TRT

.r(03 Assessor - 19!-DAS-ID2.5

01 secretário da Corregedoria TRT - 19!-DAS-IOl.5

, ,

'\. /

ANEXO ·XI

. toEI nl de· de de. "" . L REGIONAL DO TRABAlHO DA 191' REGll\OOUADRn PERMANENTE DE P.E~50AL D~'5ECRET~a!~ 22 ~!~!lU~•••••~••••• •••••J •• •••••••••••

, ••••- ~.:--••• _• ..,.~-:••-: , .. , (Estado de Alagoas).

CATEGORIAS FUNCIONAIS NúMERO CÓDIGO CLASSES E REFERtNCIASGRUPO , ,

Atividades de A~io'JUdi- Técnico Judiciário 42 TRT-191-AJ-021 A NS-IO a N5-15(Nível superior) B N5-16 li NS-21

ciário - cÓdigo Ta': - 191 Especial NS-22 a NS-25

AJ-b20..

Ofi~ial de.Justiça Avaliador 07 TRT-i91-AJ-022 A NS-10 a NS-15(NIvel superior) B N5-16 li N5-21

Especial NS-22 a NS-25,

Auxiliar J~d~~iário 62 TRT-19 i -AJ-023 A N1-2'4' li ·N.1-27

cl ~Nível Intermedii B N1~28 li' N1-31rio) Especial N1-32.a. NI-35. ,

.11

(Segurança Judiciária 15 TRT-191-AJ-024 'A N1-24 li N1-27

Agente de (Nível 1ntermedià B N1-28 a N1-31

"l....",. ""'''01'

rio) Especial NI-32 a NI-35

30 TRT-191-AJ-025 A , NI-24 li N1-27(Nível lntermedii B Nl-28 a N1-31rio) Especial NI-32 a N1-35

, ,

. Outra. Ati lidad.... de Nível ' M~dico 02 TRT-191-NS-901 A NS-05 a NS-ll(Nível Superior) B NS-12 a N5-16

Sup.rior - .OOigo TRT-19· ' .C .NS-17 a NS-21

JlS - 900Especial NS-22 a NS-25

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3918 Terça-feira 8 DIÁRI~ DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

r~~ GRUPO H1lMERO CÓDIGO CLASS~S.~ R~Y~HENCIAU I~ . CATEGORIAS FUNCIONAIS. ...:..:,..

O<lvllt6lvyu Oi TIl'!'-1'lI -Nrl-'lO'l 1\ N!1-0r, " N~-I I(Nível Superior) Il N5-12 a NS-16

C N~-17 /I N~-21

Especial NS-22 a N5-25

Contador 07 TRT-19l-NS-924 A N5-0S a Ns-ll(Nível Superior) B NS-12 " NS-16

C NS-17 .. N5-21Especial N5-22 a N5-25

Engenhe'iro 01 TRT-191-NS-91G A 1'5-05 a NS-ll(Nível Superior) B NS-12 a NS-16

C NS-17 a NS-21Especial NS-22 a NS-25

d: Bibliotecário 02 TRT-19"-N5-932 . A N5-0S 1'1 N5-11, (Nível Superior) B NS-12 a NS-16~ C NS-17 a NS-21, Especial NS-22 a NS-25

''''',., A<i,..." ...'\J"~""EnferJ!l4gelll 03 TRT-191-NM-1001 A NI-17 li NI-23

vel Médio - código - (Nível IntermediÁ B NI-24 a NI-29TRT - 19l - NM·· 1000 rio) Especial 1'1-30 a 1'1-32

Telefon,;,sta 03 TRT-191-NM-1044 A 1'1'.-04 a NA-lI(Nível Auxiliar) B NA-12 a NA-16

E;,pecial NA-17 a NA-19

Auxiliar Operacional de ServiçosDiverso!! - Área de Limpeza " Con 19 TRT-191-NM-IOOG A NA-03 a NA-04servaçiio (Nível' Auxiliar) , B NA-OS a NA-lI

Ageote de VIgilâncie 08 TRT-191-NM-I045 '1'. NA-12 a NA-18(Nível AuxiÚar) B NA-19 11 NA-22

Zspec:ial NA-23 a NA-26

I

Art••anato - código ·'l'R'l'- ArdtiCl.• do Mooinlca 02 TRT-191-ART-702 Artltico NA-07 a"NA-12(Nívol Auxiliar " Artítice Eepuci~11z4do

191 - Aa-r - 700 IntumodiGrio) .. tll-11 n N1-16Contramestre,- NI-17 a NI-22Mestre NI-23 ti N1-27Especial NI-28 11 NI-30

lIrtffi, J de E1etrioidade • Co-'l'RT-191-ART-703 Artífice NA-07 a NA-12auoiceçõea 02(Nível Auxiliar • Artífice EspecializadoIntermediário) .. NI-13 11 N1-16

Contramestre., NI-l7 a NI-22Mestre NI-23 a NI-27Especial NI-28 a NI-30

-,

cÁ -Artífic. de Carpintaria • Mar~·

cenaria <li 02 TRT-191-ART-704 Artífice NA-07 a NA-l2~ (Nível Auxiliar • Artífice Especializado

~Inter..ediário) NI-13 a N1-l6

êõntra....tre

)"'''.. NI-17 li NI-22Mestre NI-23 a Nt-27Especial NI-28 .. NI-30.

"-de Artes Gráficas 02 TRT-l9"-ART-705 Artífice NA-07 a ijA-12

(Nível Auxiliar " Artífice EspecializadoIotermediário) .. NI-13 • 111-11

Contrameatre.. HI-17 • 111-22MeBtre IlI-23 • 111-21

-Especial 111-2' • 111-30

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Maio ,de 1290 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL1(Seção I)

. em ..

A N E X 0,_ 111

Terça-feira 8 3919·

LEI N2 , de de

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19C1 REGIÃO

TABELA DE GRATIFICAÇ~O DE REPRESENTAÇÃO DE GABINETE

GAB1NET.fi:

PRESIDÊNCIA

~CE-PRESIDÊNCIA

JUiZES

06(seis)

DIRETORIA-GERAL

FUNÇÕES

'Assistente-Secretário

Chefe de Serviço

Assistente Adrninistra~ivo

Secretário Especializado

Agente Expecializado

Auxiliar Especializado

Chefe de Serviço

Assiste~te Administrativo

Secretário Especializado

Agente Especializado

Auxiliar Especializado

Chefe de Serviço

Assistente Administrativo

Secretário Especiaiizado

, Agente Especializado

Auxiliar EspecializadoI

Chefe' de Serviço

Assistente Administrativo

Secretário Especializado

Agente Especializado

Auxiliar Especializado

ie

QUAN'l'IDADE

Q1(um)

01( tlIn)

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02' (dois)

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01 (um)

06 (seis)

06 (seis)

06 (seis)

06 (seis)

06 (seis)

01 (um)

02 (dois)

02 (dois)

01 (um)

02 (dois)

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3920 Terça-feira 8 DIÁRIO...?_O CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990._--_._~--_.-------......;:..-;;,,---------- ....__.....~--~-..-.,'

GABINETE

SECRETARIA DO

TRIBUNAL PLENO

SECRETARIA DA

CORREGEDORIA

SECRETARIA

ADMJ:NISTRATIVA

SECRETARIA

.~tiD~CI~RIA

8 (oito) DIRE­

TORIAS DE SER­

VIÇO

FUNÇÕES

Chefe de Serviço

Assistente Administrativo

Assistente Chefe

Chefe de Serviço

Assistente· Administrativo

Secretário Especializado

Auxiliar Especializado

Chefe de Serviço

Assistente Administrativo

Assistente Chefe

Secretário-Especializado

Auxiliar Especializado

Chefe de Serviço

Assistente Administrativo

Secretário Especializado

Auxiliar Especializado

Assistente Administrativo

Assistente Chefe

QUANTIDADE

01 (um)

01 (um)

03 (três)

01 (Uni)

01 (um)

01 (um)

01 (um)

01 (um).

01 (um)

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08 (oito)

24 (vinte e

quatro)

'JoO.D!1lll!!!.M. I!r;CI9I!1.L OO....J:!!M..l\Yl9 Da ~- I!lêGI~O• • • '. t .•

wwa nt!!SM. CQI1 PESSOaL

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ltD"I!Jlfx:IA UlITJ\luo ~

CN!JQS PE w,1Ull:ZA~ J!201- AAZ !lO '11UlJ.Jl:1Il.. . 164.~.16 06 1.105.'l!K.96

02- JUIZ SUIlSl'rn1lO . 164.176.28 • ~ 69.505.12

O!!OOS m 0:HIS$l (.) 1103- DIRrral GmAl- E 5EX:RETAAIQ GERAL lll\ mESIDt:OA lll\S-6 139.789,28 02 279.5'18,56

04- =AAIO 00 T!uww.L PUN:l. DIRE'IUllS DE SE-CRETARIAS (2). ASSESSCRES DE JUIZ (6). ASSES-!CP.ES (3) t =ÃRIO ~ CCIlREGElXIUA lll\S-5 133.479,40 13 1.7JS.232,20

p,.. D:oo:IalES DE 5mVlÇD lll\S-4 128.044,63 06 1.OU.357,Ot

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3921

D ~·.·o K I. A ç ~ o

~~ PfaWIDm: (•• )

06- Ttoi~C? ;JI!DICrAA10

07- CE"ICIAl: IJE JU5TI<;'>' 1.~

oe- AlJXILI.l\l<' JUDICrAA10

09- AGF.NT!: DE: smJRA.'IÇA JlJIJICIÁlUA

10- 1.nwEn:\'E JlJIJIClAAIO

11- MfulCO •

12- ax.WJÕrh;o13- cn."Í:AlXll\ '14- m:mülEIRO

15- BIBLIoID:AA:rO

16- MJJCII.:AR DE~

17- =ISfA

la,.I\I,lX1L~.OPER1O:CW\L .DE SERVIços DIvm05 (AAfADE LIMPEZA E ==V1lÇÃOl

19- N:>ENl'E DE VIG:irklcIA

20- AATtFlCE DE: MAcÂ/;ro.

21- AR'r:!nQ: DE ELE'IRICID/IDE E CO'UNIo.çk)

22- AAT:fFlCE DE CAR?:mrARI1. E MARCl'NARV.

23- AAT:!nCE DE .>.R'ffiS GlW'ICAS

P8IAA lE'OOTlFlC1dp IE~ lE G1lBprm;

24- 1.5SISTe'I'E-5EOlE.TÁRlo

25- CHEFE DE 5tRliIÇO

26- J\SSIS'ITh'l'E AI:X1lNIsrn.>.TIIIO

27- J\SSIS'lTh'I'E-CHEFE

28- SECRETAlno ESPEClJ\LIv.lX)

29- '-GimE' ESPEcIÍiLJ:ZAOO

30- l'J.!Xl4AA ESPECIALIZAOO

S' o 11 A

.mra.tJI mat r~ I ~

lt!nR!>cIA U<I'IMIO lmlSlIL

1!QN5-10 60.799.09 42 2.553.561.78

IlS-I0 60.799.09 07 ~.593.63

Nl-24 38.067.61 62 2.360.191.82

Nl-24 38.067.61 15 571.Cl4,15

Nl:-~4 38.067.61 30 1.142.C28,JO

NS-05 51.889.74 02 100.779.48

NS-05 51.889.74 01 51.889.74

IlS-OS 51.889.74 07 363.228.18

NS-05 51.889.74 01 5U89,74

'NS-05 51.889,74 02 103.779.48

Nl-17 31.441.47 03 94.324,41

m-12 22.590.45 03 67.m.35

m-03 18.589.39 19 353.196.41 .

. m~12' 22.590,45 08 l8J.723,6O

m-07 20.271,85 . 02 ~.543.70

NA-07 20.2'71.85 02 4:1.5430'70

.m-07 2O.271~8~ 02 40.543.70

NA 07 20.271.85 02 4'J.543.70

~

22.068.73 01 22.068,73

18.641.53 11 205.t>56.83

12.238.11 21 257.000.31

12.238.11 28 34:.667.08

7.787.92 12 93.(55.04

5.562.79 07 38.~39,53

5.562.79 12 6<.753.48

14.419.547,75

(.) INCLU:!D1.S 1.S GRATIFICAÇÕES JUD1C1ARIA (80\ s/NS-25), EXTRAORDINARIA (170\ s/NS-25l e'1,BONO (NCzS.1.B76,2Bl.

(.*~ INCL~1DA A GRATIF1CAÇXO EXrRAORD1NARIA '162,38\) .

8rasília-DP. em 16 de fevereiTo de 1990.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO ANTE­PROJETO DE CRIAÇÃO DO TRIBU­NAL REGIONAL DO TRABALHODO ESTADO DE ALOGOAS - DÉCI­MA NONA REGIÃO.

· 1. O encaminhamento do presente ante­projeto, de iniciativa do Tribunal Superior·do Trabalho face ao disposto no art. 96, inciso·II, letra c, da Constituição Federal e por esteaprovado - Resolução Administrativa n'110/89, resulta de provocação da AssembléiaEstadual do Estado de Alagoas mediante oOfício de n" 001/89, datado de 27 de marçode 1989, subscrito pelo Presidente à época,Deputado Francisco Mello. O pleito se fezà luz do disposto no art. 112 da ConstituiçãoF<:deral, segundo o qual haverá pelo menosum Tribunal Regional do Trabalho em cadaEstado e no Distrito Federal, e teve acolhi­mento face à sobrecarga que vem sendo su- .portada pelo Tribunal Regional do Trabalho

da sexta região, que até o momento, temjurisdição no referido Estado. Diante do dis­posto no mencionado art. 112 da Lei Básicaafasta-se a posssibilidade de se cogitar de au­mento de cortes regionais que hoje englobammais de um Estado. A não se entender destaforma, estar-se-á projetando, na verdade, aobservância da norma aludida.

2. No tocante aos cargos de Juiz, o ante­projeto homenageia a proporcionalidade deque cogita o art. 115 da Lei Fundamental.COIIl; os seis cargos previstos, ter-se-á dois .

.térçós de togados vitalícios e um terço deJuízes classistas temporários, respeitada a pa­ridade no tocante a estes últimos - um repre­sentante das categorias profissionais e outrodas categorias econômicas. O número de juí~

zes - seis - é o que milis se coaduna nãosó com a necessidade provocada pela deman­da de processo na região desmembrada, co­mo, também, com a existência constitucional.

alusiva à proporcionalidade. A exigência deum juiz togado egresso da classe dos advoga-

· ~os e outro originário do Ministério Público'visa atender à regra constitucional de partid-

·.pação das aludidas categorias e que está ins­çulpida no art. 94 da Constituição Federal.

3. Quanto aos cargos pertinentes à infra­estrutura, observou-se, na confecção do ante-

· projeto, o que tem sido aprovado pelo Con­gresso Nacional quando da criação de Tribu­nais Regionais do Trabalho, procurando-sedotar a futura Corte de quadro funcional in­dispensável ao funcionamento harmônico dosrespectivos serviços.

4. A aprovação do Projeto, observada aredação conferida por esta Corte, implica ho·

· menagem ao princípio da uniformidade e amelhor técnica passível de adoção diante dotexto constitucional, evitando a criação deCorte com número de Juízes muito além donecessário à entrega da prestação jurisdicio-

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3922 Terça-feira 8

nal de forma célere e econômica. A não seconsiderar a composição de seis Juízes, ter­se-á que caminhar para a criação de Tribunalcom doze Juízes, face à proporcionalidadereferida entre togados vitalícios e classistasde carreira, respeitado quanto a estes a pari­dade, número que o Tribunal Superior doTrabalho entende demasiado. I

Brasília-DF, 25 de abril de 1990. -MarcoAurélio Prates de Macedo, Ministro Presiden­t~ Q9 TJjpllJJ.al Superior do Trabalho.OF.STST.GDG.GP.N" 220/90

Brasília-DF, 25 de abril de 1990

Exm" Sr.Deputado Antônio Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosBrasília-DF

Senhor Presidente,Tenho a honra de encaminhar a V. Ex',

com exposição de motivos, o Anteprojeto emanexo e que, aprovado pelo Pleno desta Cor­te, objetiva a criação do Tribunal Regionaldo Trabalho do Estado de Alagoas, tudo co­mo previsto no art. 112 da Consti'tuição Fede­ral. Ressalto que a iniciativa ora verificadacabe a este Tribunal, a teor do disposto noart. 96, inciso lI, letra c, da referida Lei Bá­sica.

Outrossim, permito-me salientar junto aV. Ex' que o Projeto hoje em tramitação nes­sa Casa, de n" 2.455/89, teve iniciativa confli­tante com o aludido artigo o que atrai parasi, à primeira vista, a pecha de inconstitu­cional.

Nesta oportunidade, reitero a V. Ex' pro­testos de grande apreço e elevada conside­ração. - Marco Aurélio Prates de Macedo,Ministro Presidente do Tribunal Superior doTrabalho.

PROJETO DE LEI N' 4.918, DE 1990(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Cria a 20' Região da Justiça do Traba·lho, o respectivo Tribunal Regional e dáoutras providências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Finançase Tributação (ADM); e de Trabalho, deAdministração e Serviço Público.)

O Presidente da República" faço saber queo Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte lei:

Art. l' Fica criado o Tribunal Regionaldo Trabalho da 20' Região, que terá sedeem Aracaju-SE, com jurisdição em todo oterritório do Estado de Sergipe.

Art. 2' O Tribunal Regional do Traba­lho da 20> Região será composto de seis (6)juízes, com vencimentos e vantagens previs­tos na legislação em vigor, sendo quatro (4)togados, de investidura vitalícia, e dois (2)classistas, de investidura temporária, repre­sentantes, respectivamente, dos empregado­res e dos empregados.

Parágrafo único. Haverá um (1) suplentepara cada juiz classista.

Art. 3' Os juízes togados serão nomea­dos pelo Presidente da República, sendo:

I - dois (2) dentre Juízes do Trabalho Pre­sidentes de Juntas de Conciliação e Julga­mento, por antigüidade e por merecimento,alternadamente, assegurada precedência àremoção dos atuais Juízes do Tribunal Regio­nal do Trabalho da 5' Região, oriundos dacarreira de magistrado;

11 - um (1) dentre integrantes do Minis­tério Público do Trabalho, com mais de 10(dez) anos de carreira;

III - um (1) dentre advogados de notóriosaber jurídico e de reputação ilibada, commais de pez (10) anos de atividade profis­sional.

§ l' A remoção prevista no inciso I desteartigo deverá ser requerida no prazo de vinte(20) dias, contados da vigência desta lei, aoPresidente do Tribunal Regional do Trabalhoda 5' Região, que emitirá o competente atode provimento.

§ 2' pecorrido o prazo previsto no pará­grafo anterior, o Tribunal Regional do Traba­lho da 5' Região promoverá, na forma da:lei, as medidas necessárias ao preenchimen­to, concomitante, dos cargos que se verifi­carem vagos na sua composição, bem comoaqueles ainda vagos na 20' Região, por mo­tivo da remoção tratada no inciso I deste arti­go, concorrendo, em ambas situações, simul­taneamente, os Juízes do Trabalho Presiden­tes de Juntas de Conciliação e' Julgamentosediadas nos Estados da Bahia e Sergipe.

§ 3' No cutso de dez (10) dias, contadosapós expirado o prazo do § I" deste artigo,o Tribunal'Regional do Trabalho da 5' Regiãoelaborará lista tríplice, visando ao preenchi­mento por merecimento, de vaga de juiz toga­do reservada a magistrado de carreira, queserá encaminhada ao Poder Executivo, ob­servados a exigência do exercício da Presi­dência de Junta por dois (2) anos e estaremos candidatos ila primeira quinta parte dalista de antigüidade.

§ 4' ' Em idêntico prazo, o Tribunal pro­cederá 'à indicação do Juiz que preencheráa vaga pertinente à antigüidade.

Art. 4' Os juízes classistas serão nomea­dos pelo Presidente da República, na formaprevista no art. 684 da Consolidação das Leisdo Trabalho e inciso III do parágrafo únicodo art. 115 da Constituição Federal, dentrenomes constantes de listas tríplices organi­zadas pelas diretorias das Federações e dosSindicatos, inorganizados em Federações,com base territorial no Estado de Sergipe.

Parágrafo único. O Presidente do Tribu­nal Regional do Trabalho da 5' Região, den­tro de dez (10) dias, contados da publicaçãodesta lei, convocará, por edital, as associa­ções sindicais mencionadas neste artigo, paraque apresentem, no prazo de trinta (30) dias,listas tríplices, que serão encal!J.inhadas peloTribunal Superior do Trabalho ao Poder Exe­cutivo.

Art. 5' Os Juízes do Trabalho Presiden­tes de Juntas, que tenham, na data da publi­cação desta lei, jurisdição sobre o territórioda 20> Região, poderão optar por sua perma­nência, conforme o caso, no quadro da 5'

- Região.

Maio de 1990

§ l' A opção prevista neste artigo serámanifestada por escrito, dentro de trinta (30)dias, contados da publicação desta lei, ao Pre­sidente do Tribunal Regional do Trabalhoda 5' Região e terá caráter irretratável.

§ 2' Os Juízes do Trabalho Presidentesde Justas que optarem pela 5' Região perma­necerão servindo na Região desmembrada,garantidos os seus direitos a remoção e pro­moção, à medida que ocorrerem vagas noQuadro da 5' Região, observados os critérioslegais de preenchimento.

§ 3' Na hipótese de ocorrência de vagade Juiz Presidente de Junta, na Região des­membrada, no período compreendido entrea vigência desta lei e a instalação do novoTribunal, o preenchimento será feito median­te promoção de juiz que integre os Quadrosdo 5' e do 20<' Regional, observada a legisla­ção em vigor.

Art. 6' O Tribunal Regional do Traba­lho da 20' Região terá a mesma competênciaatribuída aos Tribunais do Trabalho pela le­gislação em vigor.

Art. 7' Até a posse do Presidente e doVice-Presidente, eleitos na forma da lei, onovo Tribunal será instadado e presidido:?e-pelo juiz mais antigo, removido do Tri­bunal Regional do Trabalho da 5' Região,considerada a antigüidade neste último ou;

11 - inexistente a remoção, pelo juiz toga­do mais antigo, oriundo da carreira de juizdo trabalho, levando em consideração a anti­güidade de classe de Juiz Presidente defuntas.de Conciliação e Julgamento, e observadosos critérios fixados no inciso I do art. 3' destalei.

Parágrafo único. O novo Tribunal apro­vará o respectivo Regimento Interno dentrode trinta (30) dias, contados da data de suainstalação.

Art. 8' Uma vez aprovado e publicadoo Regimento Interno, na sessão que se seguir,o Tribunal elegerá o Presidente e o Vice-Pre­sidente, de conformidade com as normas le­gais vigentes.

Art. 9' Até a data de instalação do Tri­bunal Regional do Trabalho da 20> Região,fica m.antida a atual competência do TribunalRegional do Trabalho da 5' Região.

§ l' Instaladb o Tribunal Regional doTrabalho da 20> Região, o Presidente do Tri­bunal Regional do Trabalho da 5' Região re­meter-lhe-á todos os processos oriundos doterritório sob jurisdição do novo Tribunal,que não tenham recebido "visto" do relator.

§ 2' Os processos que já tenham rece­bido "visto" do relator serão julgados peloTribunal Regional do Trabalho da 5' Região.

Art. 10. As Juntas de Conciliação'eJul­gamento sediadas no Estado de Sergipe, fi­cam transferidas, com os respectivos servi­dores e acervo material, para o Tribunal Re-

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONG~ESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3923

gional do Trabalho da 20' Região, sem pre­juízo dos direitos adquiridos e respeitadas assituações pessoais de juízes, vogais e servi­dores.

§ 19 Os cargos existentes na lotação doTribunal Regional do Trabalho da 5' Região,a que se refere este artigo, ficam transferidospara o Tribunal Regional do Trabalho da 20'Região.

§ 29 Os juízes, vogais e servidores trans­feridos na forma deste artigo continuarão aperceber vencimentos e vantagens pelo Tri­bunal Regional Trabalho da 5' Região, atéque o orçamento consigne, ao Tribunal cria­do por esta lei, os recursos necessários aorespectivo pagamento.

§ 39 A investidura no Quadro Permanen­te de Pessoal da Secretaria do Tribunal Re­gional do Trabalho da 20' Região dependede aprov~ção em concurso público de provasou de provas e títulos, ressalvadas as nomea­ções para o cargo em comissão declarado emlei, de livre nomeação e exoneração.

Art. 11. Ficam criados no Quadro dePessoal do Tribunal Regional do Trabalhoda 20' Região, com retribuição pecuniáriaprevista na legislação em vigor, duas (2) fun­ções de juiz classista e quatro (4) cargos dejuiz togado.

Art. 12. Além dos cargos e funçõestransferidos ou criados na forma dos arts.10 e 11 desta lei, ficam criados, no QuadroPermanente de Pessoal da Secretaria do Tri­bunal Regional do Trabalho da 20' Região,com' vencimentos e vantagens fixados pelalegislação em vigor, quatro (4) cargos de juizdo trabalho substituto, os cargos em comissãoconstantes do Anexo I, os cargos efetivosconstantes do Anexo H e a Tabela de Gratifi­cação de Representação de Gabinete, inte­grada por funções de Chefia e Assistência,constantes do Anexo IH, desta lei.

§ 19 Os cargos e as funções constantes,respectivamente, dos anexos I e HI desta leiserão providos ap6s a instalação do TribunalRegional do Trabalho da 20' Região, comsede em Aracaju, Estado de Sergipe, nos ter­mos da legislação em vigor.

§ 29 Os valores das funções da Tabela deGratificação de Representação de Gabinetedo Tribunal Regional do Trabalho da 20' Re­gião são idênticos aos da mesma Tabela doTribunal Sup'erior do.Trabalho.

§ 39 Ato Interno do Tribunal Regionaldo Trabalho da 20' Região estabelecerá asatribuiçãs das funções constantes do AnexoIII desta lei.

Art. 13. O Tribunal Regional do Traba­lho da 20' Região, dentro do prazo de noventa(90) dias, contados da instalação, abrirá con­curso público de provas e títulos para preen­chimento das vagas de juiz do trabalho substi­tuto, depois de satisfeito o disposto no art.59 desta lei.

Art. 14. Os servidores atualmente lota­dos nas Juntas de Conciliação e Julgamento,com jurisdição no territ6rio da 20' Regiãoda Justiça do Trabalho, poderão permanecerno Quadro de Pessoal da 5' Região, medianteopção escrita e irretratável, manifestada aoPresidente do Tribunal respectivo, dentro doprazo de trinta (30) dias, contados da publi­cação desta lei.

Art. 15. Os juízes nomeados na formado art. 39 desta lei tomarão posse peranteo Presidente do Tribunal Superior do Tra­balho.

Parágrafo único. A posse dos juízes refe­ridos neste artigo deverá realizar-se dentrode trinta (30) dias, contados da nomeação,prorrogáveis por mais trinta (30) dias, emcaso de força maior, a juízo do'Presidentedo Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 16. Compete ao Tribunal Superiordo Trabalho, mediante Ato do Presidente,tomar todas as medidas de natureza adminis­trativa para instalação e funcionamento do~r!bunal ~egional do Trabalho da ~O' Re­gmo.

Art. 17. O Poder Executivo fica autori­zado a abrir crédito especial até o limite deCr$ para atender às despesas iniciais de orga­nização, instalação e funcionamento do Tribunal Regional do Trabalho da 20' Região.

§ 19 O crédito a que se refere este artigoserá consignado em favor do Tribunal Supe­rior do Trabalho.

§ 29 Para atendimento das despesas de­correntes da abertura do crédito especial au­torizado neste artigo, o Poder Executivo po­derá cancelai dotações consignadas no orça­mento da 5' ;Região da Justiça do Trabalho,destinadas às depesas que seriam realizadaspelas Juntas de Conciliação e Julgamentodesmembradas, ou outras dotações orçamen­tárias.

Art. 18. Não poderão ser nomeados aqualquer título, para cargos em comissão doQuadro de Pessoal do Tribunal; parentesconsagüíneos ou afins, até o terceiro grau,de juízes em atividades ou aposentados hámenos de cinco (5) anos, exceto se integran­tes do quadro funcional mediante concursopúblico.

Art. 19. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 20. Revogam-se as disposições emcontrário.

BrasJ1ia-DF, de de 1990; 1699daIndependência e 1029da República.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL - 1988

TÍTULO IVDa Organização dos Poderes

..........................................................

CAPÍTULO IIIDo Poder Judiciário

..........................................................Seção V

Dos Tribunais e Juízes do Trabalho..........................................................

Art. 115. Os Trib~nais Regionais doTrabalho serão compostos de juízes nomea­dos pelo Presidente da República, sendo doisterços de juízes togados vitalícios e um terçode juízes classistas temporários, observada,entre os juízes, togados, a proporcionalidadeestabelecida no art. 111, § 19, L

Parágrafo único. Os magistrados dos Tri­bunais Regionais do Trabalho serão:····r·················································....

111 - classistas indiGados em listas tríplicespelas diretorias das federações e dos sindi­catos com base territorial na região.

DECRETO-LEI N9 5.452, .DE 19DE MAIO DE 1943

Aprova a Consolidação das Leis doTrabalho

TÍTULO VIIIDa Justiça do Trabalho

...............,. .

CAPÍTULO IVDos Tribunais Regionais do Trabalho

SEÇÃO IVDos Juízes Representantes Classistas

dos Tribunais RegionaisArt. 684. Os juízes representantes clas­

sistas dos Tribunais Regionais são designadospelo Presidente da República.

Parágrafo único. Aos juízes representan­tes classistas dos empregados e dos emprega­dores, uos Tribunais Regionais, aplicam-seas disposições do art. 661.. ...........................................................

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20~ REGI~O

QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL DA SECRETARIA

CARGOS EM COMISS~O

GRUPO NOMERO DENOMINAÇÃO CÓDIGO

Direção e A,::s. 01 Dir~tor-Geral da Secretaria TRT - 20e-DA~-101.6

sessoramento 01 Secretário-Geral da Presidência TRT - 20~-DAS-lOl.6

Supeçiores - 01 Secretário do Tribunal Pleno TRT - 20e-DAs-l02.S

código - 'FRT 01 Diretor da Secretaria Administrativa TRT - 20!-DAS-lOl.5

Diretor da Secretaria Judiciária,

- 20~ - DAS- 01 TRT - 20!-DAS-lOl.5

100 oa Diretor de Serviço, TRT - 40!-DAS-lOl.4

06 Assessor de Juiz'- Bacharel em Direito TR~ - 20!-DAS-102.5

03 Assessor TRT ~ 20!-DAS-I02.S

01 Secretário da Corregedoria TR~ ~ 20!-DAS-lCl.5

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Lei n 2

ANEXO 11

de de de

~õ'Q.f1)

.....'O'Oo

lemo.

QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL DA SECRETARIA no TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20a RF.GIAO_====a ========== ~= ======= == ======:=== == ======== ~======= == ======== == =~= z===~~

(Estado de Sergipe).

.-GRUPO CATEGORIAS FUNCIONAIS NÚMERO CÓDIGO CLASSES E REFBRÉNCIA

Atividades de Apoio Jy Técn~co Judiciário 42 TRT-20 a - AJ-02l A NS-IO a NS-15dic~ário - c9digo TRT- (Nível superior>

B NS-16 a NS-2l

20" - AJ - 020 - Especial _NS-22 a NS-25

-Oficial de Justiça Avaliador 07 TRT-20" - AJ-02-2 A NS-lO a NS-15

(Nível Superior) B NS-16 a NS-2l

Especial NS-22 a NS-25

Auxiliar Judiciário 62 TRT-20" --AJ-023 A lNI-24 !'l NI-27

~ (Nível Interme - B NI-28 a NI'-31diário).\ - Especial NI-32 a 1'11-35,;

~-

Agente pe -Segurança Judiciária 15 TRT-20a - AJ-024 A N1-24 a N1-27(Nível Interme - B NI-28 a 1'11-31- diário) •

~endente ündiciário

EspeCial NI-32'a 1'11-35

30 TRT-20e - AJ-025 A N1-24 a NI-27(Nível Interme -diário). B NI-28 a NI,,:3l

~,:~Especial 1'11-32 a 1'11-35

~Outras Atividades de Ni- - i~~I)vel Superior - código Médico

o~ ".02 TRT-20 D - NS-90l NS-05 a NS-llo"'~ ---.J' A

TRT-20D - Ns-900() '(>>>0('11)

(Nível Superior) B NS-12 a NS-16' ..

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I GRUPO CATEGORIAS FUNCIONAIS' NÚMERO CÓDIGO CLASSES E REFER~NCIAS 1Médico TRT-20C- NS-901 C NS-17 a NS-21

(Nível Superior) Especial N5-22 a NS-2S

Odontólogo 01 TRT-20 c - N5-909 A NS-OS a N5-11(Nível Superior)

B NS-12 a NS-l6-- ..C NS-17 a NS-21

- Especial NS-22 ,a NS-2S

Contador 07 TRT-20 c - 1'15-924 A 1'1S-OS a 1'1S-11(Nível Superior) B 1'15-12 a NS-16

C NS-17 'a NS-2I

- ' Especial NS-22 a NS-2S

cJ.Engenheiro 01 TRT-2Qc - NS-9l6 A NS-OS a 1'15-11

{Nível Superior~B NS-12 a NS-16

v -.. C N5-17,a N~-21

~Especial NS-22 a 'NS-25

Bi~liotecário 02 TRT-20c - 1'1S-932 A NS-OS a NS-ll(Nível Superior)

B NS-12 a NS-16

J C NS-17 a ,NS-21

Especial 1'15-22 a NS-ê5

Outras Atividades de Ní - Auxiliar de Enfermagem 03 TRT-20a - NM-IOOl A Nr-I7 a NI-23

vel Médio - código(Nível Intermédii B 1'11-24 a 1'11-29rio).

'TRT-20a - NM-IOOO

~~Especial NI-3D a NI-32

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. - ,GRUPO . - CATEGORIAS FUNCIONAIS NÚMERO CÓDIGO CLASSES E REFER~NCI~

!Telefonist.a 03 TRT-20a-NM-l044 A t\A- 04. a NA-lI

(Nível Auxiliar) B NII.-12 a NA-16

Especial NA-17 a NA-19

_Auxiliar Operacional de Serviços

Diversos - Área de Limpeza e Con

servação 19 TRT-20a-NM-lOOG A NA-03 a' NA-04(Nível Auxiliar)

B NA-05 a NA-ll

Agente de' Vigilância 08 TRT-20Q-NM-I045 A NA-12 a.NA-18(Nível Au'xiliar)

B NA-19 a NA-22" Especial NA-23 a NA-26

~Artesanato-código

\;Artífice de Mecânica 02 TRT-20Q-ART-702 Artífice NA-O? a NÀ-12

"TRT - 20Q -'ART-700 '~ (Nível Auxiliar Artífice ,Especializado

(e Intermediário) "" NI-13 a NI-16

Contramestre·. NI-17 a NI-22Mestre NI-23 a NI-27Especial NI-28 a NI~30

Artífice de Eletricidade e Comu-"__ o

. .

nicações 02 TRT-20Q-ART-703 Artífice NA-07 ~ NA-12(Nível Auxiliar Artífice" Especializadoe Intermediário) ·. Nr-I3 a NI-16

Contramestre·. NI-17 a NI-~2

"f" >••~~\ Mestre NI-23 a NI-27

~dEspecial NI-28 o NI-30

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GRUPO CATEGORIAS 'FUNCIONAIS NÚMERO CÓDIGO CLASSES E REFERE:NCIAS-"',

Artesanato - Código Artífice de Carpintaria e Marc~ Artífice NA-07 a NA-12

TRT - 20a - ART-700 naria 02 TRT-20 a-ART-704 Artífice Especializado, (Nível Auxiliar ·. NI-13 a NI-16

e Intermediário) Contramestre·. NI-l? a NI-22Mestre NI-23 a NI-27Especial NI-28 a NI-30

-Artífice de Ar~es Gráficas 02 TRT-20a-ART-70S Artífice NA-07 a NA-12

(Nível Auxiliar Artífice Especializadoe 'Intermediário) ·. NI-13 a NI-16

Contramestre·. NI-17 a NI-22Mestre NI-23 a NI":27

, Especial NI-28 a NI-30

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3929

LEI N2 de de

GABINETE FUNÇÕES QUANTIDADE

Assistente-Secretário 01 (um)

PRESIDil:NCIA Chefe de Serviço 01 (um)Assistente Administrativo 02 (dois)Secretário Especializado 02 (dois)Agente Especializado 01 (um)Auxiliar Especializado 02 (qois)

Chefe de Serviço 01 (um)Assistente Administrativo Ol.(um)

VICE-PRESIDÊNCIA Secretário Especializado 01 (um)Agente Especializado 01 (um)

~Auxiliar Especializado 01 (um)

""Chefe de serviço 06 (seis) ~

Assistente Administrativo 06 {seis}

~JUíZES secretário Especializado 06 (seis)

06(seis) Agente Especializado 06 (seis),Auxiliar Especializado 06 (seis)

\Chefe de Serviço 01 (um)Assistente Administrativo 02 (dois)

DIRETORIA-GERAL secretário Especializado 02 (dois)'Agente Especializado 01 (um)Auxiliar Especializado 02 (dois)

Chefe de Serviço 01 (um)SECRETARIA DO Assistente Admínistrativo 01 (um)TRIBUNAL PLENO Assistente Chefe 03 (três)

Chefe de Serviço 01 (um)

SECRE'fARIA DA Assistente Administrativo 01 (um)

CORREGEDORIA Secretá~io Especializado 01 (um)Auxiliar Especializado 01 (um)

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3930 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I),

Maio de 1990

GABINET~ FUNÇÕES QUANTIDADE

SECRETARIAADMINISTRATIVA

Chefe de ServiçoAssistente AdministrativoI<ssistente Chefesecretário Especiali~ado

Auxiliar especializado

0101010101

(um)(um)(um)(um)(um)

0824

Dl01Dl01

C~efe de ServiçoAssistente AdministrativoSecretário Especiali~ado

Auxiliar Especializado

Assistente AdministrativoAssistente Chefe

-----------------.&-\

(um) "(um) 1

l::::l+~'.(oito)(vinte equatro)

SECRETARIAJUDICIÁRIA

08 (oito) DIRETORIASDE SERVIÇO

!:I'J~J1'i~L_UU".'.'"'-J.'(l~_>Ü&Q..J" ~D').t!iIAº

1U.:.{'1 :'\JJ..:~,l~f.~~

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a::nr.s (3) I" SlDU..'TJi.RJo M O:.I';l!GU(:jUA

~ D='!S ti!: S>1!\")çu

Q;!:!ZL!QJ!.~"""'" lU)

0&-. 'lÚ)ilOO JUOIClAAJO

01- cnCJAt. OC JUSTJÇA AV'ALlAt'Ol.

08- 1<JXILlAA J\.<lIClAAJO

09- Iml'7E DE ~...çA J'UDICI1.RU

10- 1JD,",.>m: JUlIC1AA.JO

11- ..mrro12- croirou=13- O:Il'i'}.~

u- =lEIROISo- 1II!ll..1aru::AA10

1&- NJXIlJ1I.."t DE: Dif'ERiAGEM

17- mnullSrA

1&- N1XILIAA oPrn>o:Jcrro. DE 5rn\"1Ç'Cf; D.JVEROS (~"lEA

IJF. LJMPE:lA E CO:S"",>';"')

19- ~1'E oc \'lGnÂ~20- AA'I1nCE DE >l.\Ck<ICA

21- J.terlnCE D~ ElEIRJCID.'.OC E C'CI'U>"IC~

22- AATfF1CE DE CARPDlI:A.P..v. E MJ...qce;;,.~

23- l\!<T1na: DE "-= c!wlo,s

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24- ASSIS'IL~-.m:ro;rAA.10 •

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21- A.C:SI~~'TE-OiE:fE

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Zres!U.-DF.. ea 16 de fevereiJ'o de 1990.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3931

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO AN­TEPROJETO DE CRIAÇÃO DOTRIBUNAL REGIONAL DO TRA­BALHO DO ESTADO DE SERGIPE- VIGÉSIMA REGIÃO.

1. O encaminhamento do presente ante­projeto, de iniciativa do Tribunal Superior I

do Trabalho em face do disposto no artigo96, inciso 11,. letra c, da Constituição Federale por este aprovado - Resolução nO 110/89,resulta do disposto no artigo 112 da Consti­tuição Federal, segundo o qual haverá pelomenos um Tribunal Regional do Trabalhoem cada Estaao e no Distrito Federal, e teveacolhimento em decorrência da sobrecargaqUI( vem sendo suportada pelo Tribunal Re­gional do Trabalho da Quinta Região, que,até o mO,mento, tem jurisdição no referido,Estado. Diante do disposto no mencionadoartigo 112 da Lei Básica, afasta-se a possibi­lidade de se cogitar de aumento de Cortesregionais, que hoje englobam mais de umestado. A não se entender desta forma, estar­se-se-á, projetando, na verdade, a observân­cia da norma aludida.

2. No tocante aos cargos de Juiz, o ante­projeto homenageia a proporcionalidade deque cogita o artigo 115 da Lei Fundamental.Com os seis cargos previstos, a terce-se-á doisterços de togados vitalícios e um terço deJuíztis classistas temporários, respeitada a pa­ridade no tocante a estes últimos - um repre­sentante das categorias profissionais e outrodas categorias econômicas. O número de Juí­zes - seis - é o que mais se coaduna nãos6 com a necessidade provocada pela deman­da de processos na região desmembrada, co­mo, também, com a exigência constitucionalalusiva à proporcionalidade. A existência deum juiz togado egresso da classe dos advoga-

. dos e outro originário do Ministério Públicovisa atender à regra constitucional de partici­pação das aludidas categorias e que está ins­culpida no artigo 94 da Constituição Federal.

3. Quanto aos cargos pertinentes à infra­estrutura, observou-se, na confecção do ante­projeto, o que tem sido aprovado pelo Con­gresso Nacional quando da criação de Tribu­nais Regionais do Trabalho, procurando-sedotar a futura Corte de quadro funcional in­dispensável ao funcionamento harmônico dosrespectivos serviços.

4. A aprovação do Projeto, observada aredação conferida por esta Corte, implica ho­menagem ao princípio da uniformidade e amelhor técnica passível de adoção diante dotexto constitucional, evitando a criação deCorte com número de Juízes muito além donecessário à entrega da prestação jurisdicio­nal de forma célere e econômica. A não seconsiderar a composição de seis Juízes, ter­se~á que caminhar par,a a criação de Tribunalcom doze Juízes, face à proporcionalidadereferida entre togados vitalícios e classistasde carreira, repeitadl;> quanto a estes a parida­de, número que o Tribunal Súperior do Tra­balho entende demasiado. '

Brasília-DF, 25 de abril de 1990. -MarcoAurélio Prates de Macedo, Ministro Presiden­

_ te do Tribunal Superior do Trabalho.

OF. STST.GDG.GP. nO 221/90.Brasília-DF, 2.5 de abril de 1990.

Exmo SI.Deputado Antônio Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosBrasília-DF

Senhor Presidente,Tenho a honra de encaminhar a V. Ex'

com exposição de motivos, o Anteprojeto emanexo e que, aprovado pelo Pleno desta Cor­te, objetiva a criação do Tribunal Regionaldo Trabalho do Estado de Sergipe, tudo co­mo previsto no artigo 112 da ConstituiçãoFederal. Ressalto que a iniciativa ora verifi­cada cabe a este Tribunal, a teor do dispostono artigo 96, inciso lI, letra c, da referidaLei Básica.

Nesta oportunidade, reitero a V. Ex' pro­testos de grande apreço e elevada conside­ração. - Marco Aurélio Prates de Macedo,Ministro Presidente do Tribunal Superior doTrabalho.

PROJETO DE LEI N' 4.919, DE 1990

(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Cria a 21' Região da Justiça do Traba·lho, o respectivo Tribunal Regional, e dáoutras providências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Finançase Tributação (ADM); e de Trabalho, deAdministração e Serviço Público.)

O Presidente da República, faço saber queo Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte lei:

Art. I' Fica criado o Tribunal Regionaldo Trabalho da 21' Região, que terá sedeem Natal-RN, com jurisdição em todo o terri­t6rio do Estado do Rio Grande do Norte.

Art. 2' O Tribunal Regional do Traba­lho da 21' Região será composto de seis (06)juízes, com vencimentos e vantagens previs­tos na legislação em vigor, sendo quatro (04)togados, de investidura vitalícia, e dois (02)classistas, de investidura temporária, repre­sentantes, respectivamente, dos empregado­res e dos empregados.

Parágrafo único. Haverá um (01) suplen­te para cada juiz classista.

Art. 3' Os juízes togados serão nomea­dos pelo Presidente da República, sendo:

I -;- dois (02) dentre Juízes do trabalho Pre­sidentes de Juntas de Conciliação e Julga­mento, por antigüidade e por merecimento,alternadamente, assegurada precedência àremoção dos atuais Juízes do Tribunal Regio­nal do Trabalho da 13' Região, oriundos dacarreira de magistrado;

II - um (Ol) dentre integrantes do Minis­tério Público do Trabalho, com mais de (10)anos de carreira; .

III - um (01) dentre advogados de not6riosaber jurídico e de reputação ilibada, commais de dez (10) anos de efetiva atividadeprofissional.

§ l' A remoção prevista no inciso I desteartigo deverá ser requerida no prazo de vinte(20) dias, contados da vigência desta lei, ao

Presidente do Tribunal Regional do Trabalhoda '13' Região, que emitirá o competente atode provimento.

§ 2° Decorrido o prazo previsto no pará­grafo anterior, o Tribunal Regional do Traba­lho da 13' Região promoverá, na forma dalei, as medidas necessárias ao preenchimen­to, concomitante, dos cargos que se verifi­carem vagos na sua composição, bem comoaqueles ainda vagos na 21' Região, por mo­tivo da remoção tratada no inciso I deste arti­go, concorrendo, em ambas situações, simul­taneamente, os Juízes do Trabalho Presiden­tes de Juntas de Conciliação e Julgamentosediadas nos Estados da Paraíba e Rio Gran­de do Norte.

§ 30 No curso de dez (10) dias, contadosapós expirado o prazo do parágrafo 10 desteartigo, o Tribunal Regional do Trabalho da13' Região elaborará lista tríplict:, visandoao preenchimento, por merecimento, de vagade juiz togado reservada a magistrado de car­reira, que será encaminhada ao Poder Execu­tivo, observados a exigência do exercício daPresidência de Junta por dois (02) anos eestarem os candidatos na primeira quinta par­te da lista de antigüidade.

§ 4° Em idêntico prazo, o Tribunal procederá à indicação do juiz que preencheráa vaga pertinente à antigüidade.

Art. 40 Os juízes chissistas serão nomea­dos pelo Presidente da República, na formaprevista no art. 684 da Consolidação das Leisdo Trabalho e inciso III do parágrafo únicodo art. 115 da Constituição Federal, dentre

, nomes constantes de listas tríplices organi­zadas pelas diretorias das Federações e dosSindicatos, inorganizados em federações,com base territorial no Estado do Rio Grandedo Norte.

Parágrafo único. O Presidente do Tribu­nal Regional do Trabalho da 13' Região, den­tro de dez (10) dias, contados da publicaçãodesta lei, convocará, por edital, as associa­ções sindicais mencionadas neste artigo, paraque apresentem, no prazo de trinta (30) dias,listas tríplices, que serão encaminhadas peloTribunal Superior do Trabalho ao Poder Exe­c~tivo.

Art. 50 Os Juízes do Trabalho Presidentede Juntas, que tenham, na data da publicaçãodesta lei, jurisdição sobre o território da 21'Região, poderão optar por sua permanência;conforme o caso, no quadro da 13' Região.

§ 1\' A opção prevista neste artigo serámanifestada por escrito, dentro de trinta (30)-dias, contados da publicação desta lei, ao Pre­sidente do Tribunal Regional do Trabalhoda 13' Região e terá caráter irretratável.

§ 20 Os Juízes do Trabalho Presidentesde Juntas que optarem pela 13' Região per­manecerão servindo na Região desmembra­da, garantidos os.seus direitos a remoção epromoção, à medida que ocorrerem vagasno Quadro da 13' Região, observados os cri­térios legais de preenchimento.

§ 3" Na hipótese de ocorrência de vagade Juiz Presidente de Junta, na região i:les­membrada, no período compreendido entre,

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3932 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

a vigência desta lei e a instalação do novoTribunal, o preenchimento será feito median­te promoção de Juiz que integre os Quadrosdo 13" e do 21" Regional, observada a legisla­ção em vigor.

Art. 6" O Tribunal Regional do Traba­lho da 21' Região terá a mesma competênciaatribuída aos Tribunais do Trabalho pela le­gislação em vigor.

Art. 7v Até a posse do Presidente e doVice-Presidente, eleitos na forma da lei, onovo Tribunal será instalado e presidido:

I - pelo juiz mais antigo, removido do Tri­bunal Regional do Trabalho da 13' Região,considerada a antigüidade neste último ou;

11 - inexistente a remoção, pelo juiz toga­do mais antigo, oriundo da carreira de juizdo trabalho, levando em consideração a anti­güidade de classe de Juiz Presidente de Juntade Conciliação e Julgamento, e observadosos critérios fixados no inciso I do art. 3" destalei.

Parágrafo único. O novo Tribunal apro­vará o respectivo Regimento Interno dentrode trinta (30) dias, contados da data de suainstalação.

Art. 8' Uma vez aprovado e publicadoo Regimento Interno, na sessão que se seguir,o Tribunal elegerá o Presidente e o Vice-Pre­sidente, de conformidade com as normas le­gai~ vigentes.

Art. 9" Até a data de instalação do Tri­bunal Regional da 21' Região, fica mantidaa atual competência do Tribunal Regionaldo Trabalho da 13' Região.

§ Iv Instalado o Tribunal Regional doTrabalho da 21' Região, o Presidente do Tri­bunal Regional do Trabalho da 13' Regiãoremeter-lhe-á todos os processos oriundos doterritório sob jurisdição do novo Tribunal,que não tenham recebido "visto" do relator.

§ 2" Os processos que já tenham rece­bido "visto" do relator serão julgados peloTribunal Regional do Trabalho da 13' Re­gião.

Art. 10. As Juntas de Conciliação e Jul­gamento sediadas no Estado do Rio Grandedo Norte, ficam transferidas, com os respec­tivos servidores e acervo material, para o Tri­bunal Regional do Trabalho da 21' Região,sem prejuízos dos direitos adquiridos e res­peitadas as situações pessoais de juízes, vo­gais e servidores.

§. I' Os cargos existentes na lotação doTribunal Regional do Trabalho da 13' Re­gião, a que se refere este artigo, ficam transfe­ridos para o Tribunal Regional do Trabalhoda 21' Região.

§ 2' Os juízes, vogais e servidores trans­feridos na forma deste artigo continuarão aperceber vencimentos e vantagens pelo Tri­bunal Regional do Trabalho da 13' Região,até que o orçamento consigne, ao Tribunalcriado por esta lei, os recursos necessáriosào respectivo pagamento.

§ 3' A investidura no Quadro P~rmanen­

te de Pessoal da Secretaria do Tribunal Re-

gional do Trabalho da 21' Região dependede aprovação em concurso público de provasou de provas e títulos, ressalvadas as nomea-

ções para cargo em comissão declarado emlei de livre nomeação e exoneração. .

Art. 11. Ficam criados no Quadro dePessoal do Tribunal Regional do Trabalhoda 21' Região, com retribuição pecuniáriaprevista na legislação em vigor, duas (02) fun­ções de juiz classista e quatro (04) cargos·de juiz togado.

Art. 12. Além dos cargos e funçõestransferidos ou criados na forma dos arts.10 e 11 desta lei, ficam criados, no QuadroPermanente de Pessoal da Secretaria do Tri­bunal Regional do Trabalho da 21' Região,com vencimentos e vantagens fixados pelalegislação em vigor, quatro (04) cargos dejuiz do trabalho substituto, os cargos em co­missão constantes do Anexo I, os cargos efeti­vos constantes do Anexo 11 e a Tabela deGratificação de Representação de Gabinete,integrada por funções de Chefia e Assistên­cia, constantes do Anexo 111, desta Lei.

§ 1" Os cargos e as funções, constantes,respectivamente, dos anexos I e 111 desta leiserão providos após a instalação do TribunalRegional do Trabalho da 21' Região, comsede em Natal, Estado do Rio Grande doNorte, nos termos da legislação em vigor.

§ 2' Os valores das funções da Tabela deGratificação de Representação de Gabinetedo Tribunal Regional do Trabalho da 21' Re­gião são idênticos aos da mesma Tabela doTribunal Superior do Trabalho.

§ 3' Ato Interno do Tribunal Regionaldo Trabalho da 2' Região estabelecerá as atri­buições das funções constantes do Anexo lUdesta lei.

Art. 13. O Tribunal Regional do Traba­lho da21' Região, dentro do prazo de noventa(90) dias, contados da instalação, abrirá con­curso público de provas e títulos para preen­chimento das vagas de juiz do trabalho substi­tuto, depois de satisfeito o disposto na art.S' desta Lei. •

Art. 14. Os servidores atualmente lota­dos nas Juntas de Conciliação e Julgamento,com jurisdição no território da 21' Regiãoda Justiça do Trabalho, poderão permanecer.no Quadro de Pessoal da 13' Região, me­diante opção escrita e irretratável, manifes­tada ao Presidente do Tribunal respectivo,dentro do prazo de trinta (30) dias, contadosda publicação desta lei. '

Art. IS. Os juízes nomeados na formado art. 3' desta lei tomarão posse peranteo Presidente do Tribunal Superior do Tra­balho.

Parágrafo único. A posse dos juízes refe­ridos neste artigo deverá realizar-se dentrode trinta (30) dias, contados da nomeação,prorrogáveis por mais trinta (30) dias, emcaso de força maior, a juízo do Presidentedo Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 16. Compete ao Tribunal Superiordo Trabalho, mediante Ato do Presidente,

tomar todas as medidas de natureza adminis­trativa para instalação e funcionamento doTribunal Regional do Trabalho da 21' Re­gião.

Art. 17. O Poder Executivo fica autori­zado a abrir crédito especial até o limite deCr$ para atender às despesas iniciaisde organização, instalação e funcionamentodo Tribunal Regional do Trabalho da 21' Re­gião.

§ I' - O crédito' a que se refere este artigoserá consignado em favor do Tribunal Supe­rior do Trabalho.

§ 2' Para atendimento das despesas de­correntes da abertura do crédito especial au­torizado neste artigo, o Poder Executivo po­derá cancelar dotações consignadas no orça­mento da 13' Região da Justiça do Trabalho,destinadas às despesas que seriam realizadaspelas Juntas de Conciliação e julgamento des­membradas, ou outras dotações orçamentá­rias.

Art. 18. Não poderão ser nomeados, ad­mitidos ou contratados, a qualquer título, pa­ra funções de gabinete, cargos em comissãoou funções gratificadas de administração doTribunal, parentes consagüíneos ou afins, atéo terceiro grau, de juízes em atividade ouaposentados há menos de cinco (OS) anos,exceto se integrantes do quadro funcionalmediante concurso público.

Art. 19. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 20. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília-DF, de de 1990;169' da Independência e 102' da República.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUiÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL - 1988

TÍTULO IV

Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO III

Do Poder Judiciário

..........................................................

SEÇÃO V

Dos Tribunais e Juízes do Trabalho

Art. 11S. Os Tribunais Regionais doTrabalho serão compostos de juízes nomea-

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3933....,----===..=--''''''''''''''''~- ..-.---..- .....-...;::··---.-ii-·iiíi·-ii-ã··iii·iii-..iiiiiiiii .......--_....=-="-_..:........ == ..;. _

dos'pelo Presidente da República, sendo doisterços de juízes togados vitalícios e um terçode juízes classistas temporários, observada,entre os juízes togados, a proporcionalidadeestabelecida no art. 111, § 1", L

Parágrafo único. Os magistrados dos Tri­b).mais Regionais do Trabalho serão:

III - classistas indicados em listas tríplicespelas diretorias das federações e dos sindi­catos com base territorial na região.

DÉCRETO LEI N" 5.452,DE 1" DE MAIO DE 1943

Aprova a Consolidação das Leis doTrabalho

TÍTULO VIII

Da Justiça do Trabal,ho

CAPÍTULO IV

Dos Tribunais Regionais do Trabalho

SEÇÃO IV

Dos Juízes Representantes Classistasdos Tribunais Regionais

Art. 684. Os juízes representantes clas­sistas dos Tribunais Regionais são designadospelo Presidente da República.

Parágrafo único. Ãos juízes representan­tes classistas dos empregados e dos emprega­dores, nos Tribunais Regionais, aplicam-seas disposições do art. 661. I

, de de .se

TRIBUNAL IlEGIONAL DO TRABALHO DA 211 REGIltO

QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL DA ISECRETARIA

CARGOS EM COMISslIo

GRUPO 1I0l!ERO OENOMIIIAÇllo COOIGO

Di reção " A!. 01 J)ir..tor~Gerlll da Secret~ria TR1' - 21'·OAS-101.6

a~l!!Iscramento 01 secr~tário-Ceral da Presidência TR1' - 2l.':-OAS-I0l.6

Superiores - 01 Secre-tário do Tribunal Pleno 1'R1' - 2U-DAS-I02.S

código -: '1'RT fi. 01 Diretor ela Secretaria Administt'ative. 1'R1' - 211-0ASjl01.5

-21! • DAS- 4 01 Oir~tor da Secretaria Judiciá~la 1'R1' - 211-0AS-I01.5

100J

08 Diretor de Serviço 1'R~ - 211-0AS-101.4

( 06 AS".8l!10r de Juiz'" Bacharel em Direito TR'!' - 2l!-0~5-102. 5

D03 AaaeaBor 1'R1' - 211-0A5-102.5

01 ScctetSno da COHcQcdoda TRT - 211-DAS-I01.5

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ANEXO II

LEI N~ de

g~~~~ E~~~!~ ~~ E~~~g~ ~~ ~~ç~~~~J~ ~

de 11"

'!:~~~!!r!~!t ~~!g!!~!t t>g Te~f}1!:'Jg Ij~ ?l~ 1!~11~1

(Estado do Rio Grande do Norte)

V.J

~-1'0

~I'll,8'§'00

GRUPO CATEGORIAS FUNCIONAIS NÚMF:RO CÓPTGO rr.l\RRp.R ~ flp.pf:nF:lllrT l\R J~tividades de Apoio Judi- Técnico Judiciário 42 TRT-21~-AJ-021 A NS-IO a NS-15ciário - código TRT- 21~- - - (Nível ~uperior) B NS-16 a NS-21AJ-020 Especial NS-22 a NS-25

Oficial de Justiça Avaliador 07 TRT-21~-AJ-022 A NS-IO a 1\;"5-15(Nível Superior) B NS-16 a NS-21

Especial NS-22 a NS-25

Auxiliar Judiciário - 62 TRT-21~-AJ-023 A NI-24 a NI-27

~ (Nível Intermediá B NI-28 a NI-3lrio) - Especial NI-3~ a NI-J~

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([)g.n,. d. S.gurança Judieiári. . 15 TRT-210-AJ-024 A NI-24 a NI-27(Nível Intermediª B NI-28 a NI-31rio) Especial NT-32 a NI-35

tendente Judiciário 30 TRT-:nO-AJ-025 J\ NI-24 11 NI-27- (Nível Intermediª B NI-28 11 NI-31

rio)Eapeeia, "-32 • "-;J;

Outras Atividad~R de N{ -veI Superior - código Médico 02 TRT-21o-NS-90I A . NS-OS a NS-1 -:-TRT - 210 - NS-900 (Nível Superior) B NS-12 a NS-16

- c NH-17 n NH-:nEspecial NS_22 11 NS-25

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GRUPO CATEGORIAS FUNCIONAIS NÚMERO CÓDIGO CLASSES E REFERtNC1.l'.S,. 'h

Odontólogo 01 TRT-2Ift-NS-909 A NS-OS a NS-H(N:ível Superior) B NS-12 a NS-16

C' NS-17 a NS-21Especial NS-22 a NS-2S

Contador 07 TRT-21 a-NS-924 A KS-OS a NS-Íl(Nível Superior) B NS-12 a NS-16

C NS-17 a NS-2IEspecial NS-22 a NS-25

Engenheiro 01 TRT-2I ft -NS-9I6 A NS-OS a NS-l1(N:ível Superior) B NS-12 a NS-16

C NS-17 a NS-2IEspecial Ns-22 a NS-2S

Bibliotecário 02 TRT-2Ia-Ns-932 A NS-OS a NS-ll(N:ível Superior) B NS-12 a NS-IG

C , NS-17 a NS-2IEspecial NS-22'a NS-25 .

Outras Atividades de N:í -vel Médio - código TRT - Auxiliar de Enfermagem 03 TRT-21â-NM-IOOI A NI-17 a NI-23

211 - NM-IOOO(N:ível Intermedi~ B NI-24 a }H-29

o<rio) Especial NI-30 a NI-32

JV . Telefoniste 03 TRT-21a-NM-I044 A NA-04 a NA-Il

(- (Nível 'Auxiliar) B NA-12 a NA-16

Especial NA-17 a NA-l9

~Au,jjj,' 0,.",1,",] d' ""i-ças Diversos - Area dé Limpeza 19 TRT-21a-NM-IOO6 A NA-03 a'NA-04o Conuorvnçno (Nível Auxiliar) B NA-OS a NA-l1

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GRUPO CATEGORIAS FUNCIONAIS NúMERO CÓDIGO CLASSES E REFER~CIAS; \

Agente de Vigilância 08 TRT-2lQ-NM-l045 A NA-12 a NA-18(Nível Auxiliar) B NA-19 a NA-22

Especial NA-2J-a NA-26

Artesanato - código TRT-..,.,

210 - ART ... 700 Artífice de Mecânica 02 TRT-210-ART-702 Artífice NA-O? a NA-12(Nível Auxiliar e .Artífice EspecializadoIntermediário) ·. NI-13 a NI-16

Contramestre.. NI-17 a NI-22Mestre NI-23 a NI-27Especial NI-28 a NI-JO

Artífic e dE! Eletricidade e Comunicações - 02 TRT-210-ART-703 Artífice NA-07 a NA-12

(Nível Auxiliar e Artífice EspecializadoIntermediário) ·. NI-13 a NI-16

Contramestre

·. I NI-17.a NI-22Mestre NI-2J a NI-27Especial NI-28 a NI-3D

Artífice de Carpintaria e Marc~

naria 02 TRT-210-ART-704 Artífice NA-07 a NA-12. (Nívol Auxiliar c Artífico Enp~cialjzado

rÂIntermediário) .. NI-IJ a .NI-l6

Contramestrev ·. NI-17 a NI-22

,) Mestre NI-23 a NI-27

(Especial NI-28 a NI-30

J"""' ae Mt" OH;flc",02 'l'fl'l'- 21« -l\ll'I'-70~ Arllficd NA-07 d NA-12

(Nível Auxiliar e A:tífice Especializado!nterm"diário) NT-13 a N!-16

ConlralJ1eS Lce:: INI-17 <I NI-22

Mestre NI-2J a NI-27 )Especial NI-28 a NI-JO ~

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3937

LEI N!! # de de

GABINETE FUNÇÕES QUAllTIDADE

Assistente-Secretário 01 (um)

PRESIDÊNCIA Chefe de Serviço 01 (um)Assistente Administrativo 02 (dois)secretário Especializado 02 (dois)Agente Especializado 01 (um)Auxiliar Especializado 02 (dois)

Chefe de Serviço 01 (um)Assistente Administrativo 01 (um)

VICE-PRESIDÊNCIA Secretário Especializado 01 (um)Agente Especializado 01 (um)Auxiliar especializado '01 (um)

Chefe de Serviço 06 (seis)Assistente Administrativo 06 (seis)

JUíZES Secretário Especializado 06 (seis)"06(seis) Agente Especializado 06 (sf;is)

Auxiliar Especializado 06 (seis)

Chefe de Serviço 01 (um)

DIRETORIA-GERAL J. Assistentte Administrativo 02 (dois)Secretário Especializado 02 (dois)

<l Agente Especializado 01 (um)

~ Auxiliar Especializado 02 (dois)<I

01 (um)SECRETARIA DO 01 (um)

TRIBUNAL PLENO'03 (três)

Chefe de Serviço 01 (um)

SECRETARIA DA Assistente Administrativo 01 (um)Secretário Es~ecializado OI (um)

CORREGEDORIA Auxiliar Especializado 01 (um)

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3938 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

GABINETE FUNÇÕES' QUNATIDADE

SECRETARIA

ADMINISTRATIVA

Chefe de serviçoAssistente AdministrativoAssistente ChefeSecretário EspecializadoAuxiliar Especializado

01 (um)01 (WIll)01 (UIIl!)01 (um)01 (UI!J)

01 (UJIa)01 (WIII)01 (wm)01 (wn)

08 (oito)24 (vinte e

quatro)

Assistente AdministrativoAssistente Chefe

Chefe de ServiçoAssistente AdministrativoSecretário EspecializadoAuxiliar Especializado

(oito) DIRETORIASERVIÇO

r SECRETARIA

fr. JUDICIÁRIA'i

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l7'P"'c.I'!JD'.t~(,'03- oIRf1\1l cow.. r. ST:Olr.rAnICl cnU\!. nA. ntESlnl'»:l71.

04- Sf:Qlt"I'kHO 00 11UaINAL 1'l..DV. mR~ES Dl: SE;.Cfl:t1'AAIo\S (:;n. ASS&S5OO.ES Df' JUI1. (6). ASSES-s;:Iu::s (J) l SEOtM'huo DA. COOJW':;flXJU~

01.,- ['lIRPlt1tr.c: t'lf" Sfll\'IÇU

~J'~8'_~~(•• )00- ~lCO .JUDIClAAIO

01- CflCIAL DF JUST1ÇA "VAl.1AIX:fl'

OP- AIIXII.Jl\U .TlIUlnAAItl

D9- Al:Olr~: Df SEr.tIlv....,...... JUI1IC1AAJh

1{t- ,.mI'lJortt. J\1l11ClAAlO

11- "'.!11100

12- anm\tl....1'I

I')· C'f"t.,'Ti\J'lJ:!

14- E::J:;U~rr:1RO

1~· e1ULI~'O

16- AUXILIAR D&~

17- mnauST,\

l&- AUXILIAR OJ"DtAeJCfW. DE smVl~ OIvrnos (1.n1:ADf: LlMPf2I\ t ttJl.'õERWoÇJ.o)

1~- 1Cof.."\wrE DF VlGIlÁ'CtA

20- AA'rfncr DE HAr.JNIOo

2J" NrrfF'JCE Df' ElEtRICIDADE E ctMNJCAÇJc

2=" AAffncx DE' CARrurrARIA E' MAJ!l[]IAPIA

;Jl. ARTfnrr ()f Nrl'l:c:' c;pAnf'.J\."

m!~1)f: OtATIf'ICJ!C2q Df: RF3~?i!:.w tl": cNYt!!·;m24~ ....~I!mlo7E·.5f.O.{r,TAA10

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( •• , lNC'LUiDA A C:Rl\"lFJCAt~O n1"Rl\Olt.Dl"l.1tll\ tl1:12.'31\')

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Terça-feira 8 3939DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)----.:.-.::._-=-------------,-Maio de 1990

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO ANTE­PROJETO DE CRIAÇÃO DO TRIBU­NAL REGIONAL DO TRABALHODO ESTADO DO RIO GRANDE DONORTE - VIGÉSIMA PRIMEIRAREGIÃO.

1. O encaminhamento do presente ante­projeto, de iniciativa do Tribunal Superiordo Trabalho em face do disposto no art. 96,inciso lI, letra c, da Constituição Federal epor este aprovado - Resolução Administra- .tiva n" 110/89, resulta de solicitação do Exm"Sr. Governador do Estado do Rio Grandedo Norte mediante ofício s/n", de 19 de abrilde 1989. O pleito se fez à luz do dispostono art. 112 da Constituição Federal, segundoo qual haverá pelo menos um Tribunal Regio­nal do Trabalho em cada Estado e no DistritoFederal, e teve acolhimento em face da sobre­carga que vem sendo suportada pelo TribunalRegional do Trabalho da Décima TerceiraRegião que, até o momento, tem jurisdiçãono referido Estado. Diante do disposto nomencionado art. 112 da Lei Básica afasta-sea possibilidade de se cogitar de aumento deCortes regionais que hoje englobam mais deum Estado. A não se entender desta forma,estar-se-á projetando, na verdade, a obser­vância da norma aludida.

2. No tocante aos cargos de Juiz, o ante­projeto homenageia li proporcionalidade deque cogita o art. 115 da Lei Fundamental.Com os seis cargos previstos, ter-se-á doisterços de togados vitalícios e um terço deJuízes Classistas temporários, respeitada aparidade no tocante a estes últimos - umrepresentante das categorias profissionais eoutro das categorias econômicas. O númerode juízes - seis - é o que mais se coadunanão só com a necessidade provocada pela de­manda de processos na região desmembrada,como, também, com a exigência constitucio­nal alusiva à proporcionalidade. A existênciade um juiz togado egresso da classe dos advo­gados e outro originário do Ministério Públi­co visa atender à regra constitucional de parti­cipação das aludidas categorias e que estáinsculpida no art. 94 da Constituição Federlll.

3. Quanto aos cargos pertinentes à infiá­estrutura, observou-se, na confecção do ante­projeto, o que tem sido aprovado pelo Con­gresso Nacional quando da criação de Tribu­nais Region~is do Trabalho, procurando-sedotar a futura Corte de quadro funcional in­dispensável ao funcionamento harmônico dosrespectivos serviços.

4. A aprovação do Projeto, observada aredação conferida por esta Corte, implica ho­menagem ao princípio da uniformidade e a

.melhor técnica passível de adoção diante dotexto constitucional, evitando a criação deCorte com número de Juízes muito além donecessário à entrega da prestação jurisdicio­nal de forma célere e econômica. A não seconsiderar a composição de seis Juízes, ter­se-á que caminhar para a criação de Tribunalcom doze Juízes, em face da proporciona­lidade referida entre togados vitalícios e clas­sistas de carreira, respeitado quanto a estes

a paridade, número que o Tribunal Superiordo Trabalho, entende demasiado.

Brasília-DF, 25 de abril de 1990. - MarcoAurélio Pratas de Macedo, Ministro Presiden­te do Tribunal Superior do Trabalho.

OF. STST. GDG. GP. N" 222/90.Brasília, 25 de abril de 1990,

Exm" Sr.Deputado Antônio Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosBrasília-DF

Senhor Presidente,Tenho a honra de encaminhar a V. Ex',

com exposição de motivos, o Anteprojeto emanexo e que, aprovado pelo Pleno desta Cor­te, objetiva a criação do Tribunal Regionaldo Trabalho do Estado do Rio Grande doNorte, tudo como previsto no art. 112 daConstituição Federal. Ressalto que a inicia­tiva ora verificada cabe a este Tribunal, ateor do disposto no art. 96, inciso lI, letrac, da referida Lei Básica.

Nesta oportunidade, reitero a V. Ex' pro­testos de grande apreço e elevada conside­ração. - Marco Aurélio Prates de Macedo;Ministro-Presidente do Tribunal Superior doTrabalho.

Errata

(Republica-se em virtude de novo despachodo Sr. Presidente)

Na ementa, onde se lê:PROJETO DE LEI N' 4.803, DE 1990

(Do Sr. Daso Coimbra)

Isenta da contribuição previdenciá­ria as empresas que contratarem defi­cientes físicos.(Apense-se ao Projeto de Lei n" 3.641,de 1989)

Leia-se:PROJETO DE LEI N' 4.803, DE 1990

(Do Sr. Daso Coimbra)

Isenta da contribuição previden­ciária as empresas que contratarem defi­cientes físicos.(Às Comissões de Constituição e Justiçae de Redação (ADM, de Economia, In­dústria e Comércio; e de Finanças e Tri­.butação - ART. 24, lI)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" São isentas as empresas da contri­

buição previdenciária patronal relativa a em­pregados portadores de deficiência física.

Art.:}," Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Justificação

O presente projeto obedece a uma salutardiretriz traçada pela Constituição de 88 paraproteção dos deficientes, na medida em que,para facilitar sua contratação pelas empresasem geral, institui a isenção da contribuiçãopatronal para a Previdência Social.

Sala das Sessões, 21 de março de 1989.- DeputadoDaso Coimbra.

o Sr. Egídio Ferreira Lima - *2'do Artigo 18 do Regimento Interno, deixaa cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Nilson Gibson - § 2' do Artigo18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Finda a leitura do expediente, passa-se ao

IV - PEQUENO EXPEDIENTEO SR.PRE8IDENTE (Nilson Gibson) ­

Concedo a palavra ao nobre Deputado Egí­dio Ferreira Lima.

O SR. EGÍDIO FERREIRA LIMA (PSDB- PE) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputa­dos, ocupo a tribuna para fazer denúncia damaior gravidade. O Sr. Presidente da Repú­blica, com a Medida Provisória n" 150. extin­guiu o Serviço Nacional de Informações,transformando-o na Secretaria de AssuntosEstratégicos. Para o cargo, nomeou um civil,um empresário. Alguns militares que ocupa­vam cargos de confiança no Serviço Nacionalde Informações foram afastados de suas fun­ções, como é normal em um regime demo­crático.

Pois bem, Sr. Presidente, este fato, emborade maneira implícita, foi deflagrador de pro·nunciamento do Gen. Pedro Luís de AraújoBraga ao assilmir o Comando Militar do Su­doeste. Ao fazê-lo, S. Ex' feriu as regras disci­plinares da Arma a que serve e que integra,além de insurgir-se contra o Comandante Su­premo das Forças Armadas - o Presidenteda República. Em assim o fazendo, lesou asinstituições e, conseqüentemente, a Consti­tuição do País.

Fez o Gen. Pedro Bral!;a a defesa do Ser­viço Nacional de Informações extinto. Maisdo que isso, não fez distinção alguma entretodos os que serviram ao SNI. Foi mais além,reportou-se expressamente a todos aquelesque foram anistiados, aos civis, e disse queeles, militares, concederam a anistia e os be­neficiados, os anistiados, não lhes agradecemesse ato. Pelo menos implicitamente é issoque consta do seu Pronunciamento.

A Folha de S. Paulo, em matéria publicadasábado, dia 5 do corrente, um dia após opronunciamento do Gen. Braga, reportouque S. Ex' teria prevenido o Gen. Carlos Ti·noco, Ministro do Exército, de que faria umdesagravo aos companheiros do extinto SNI.O Comandante Militar do Sudoeste fez mais:segundo o ?omal, S. Ex' teria dado as costasàs outras autoridades e oficiais presentes e.dirigindo-se aos soldados; disse que não que­ria ser ap'enas comandante, mas líder dos seussoldados. Essa postura é fascista e autori­tária.~abemos como foi de triste memória o

comprometimento de setor das Forças Arma­das na repressão neste País; sabemos dos epi­sódios ocorridos no DOI-CODI, em todasas guarnições dos Estados da Federação.Quem não se lembra da morte de VladimirHerzog em São Paulo? Ele faleceu em25-10-75. Logo depois, em 17-01-76, era avez do operário Manoel Fiel.

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3940 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

Esses episódios são o retrato do que ocor­reu por todo este País. Esquecemo-nos deles,porque entendemos que a anistia apaga tudo,que a anistia iniciou uma nova época. Entre­tanto, lamentamos que um comandante deExército, no dia em que toma posse, esque­cendo que ele próprio foi anistiado pela mes·ma lei que anistiou os civis, venha dizer querecebemos a anistia como uma benesse. Essehomem revela um comportamento que se en·caixa na ala radical das Forças Armadas aque se reportava o Gen. Ernesto Geisel.

É lamentável que isso ocorra depois deuma eleição direta para Presidente da Repú­blica, em que os militares se comportaramde maneira louvável; é lamentável que issoocorra quando o Presidente da Repúblicachega ao cargo pelo voto popular e pela maio­ria absoluta dos brasileiros. Trata-se de umatentativa de quebrar o curso da democracia.

Sr. Presidente, não estaria referindo o epi­sódio nesta tribuna se o caso não tivesse con­seqüências muito graves. Não se trata apenasde uma infração disciplinar, mas de crimede responsabilidade. E, nesse caso, a soluçãoé política. O Sr. Presidente da República temo dever e a obrigação de demitir, de imediato,o Comandante Militar do Sudoeste, Gen. Pe­dro Luís de Araújo Braga. Se ainda não ofez e não o fizer, estará comprometendo alegitimidade política do mandato que recebeudo povo; poderá tornar-se um comandantefraco, sem voz e sem altivez, um governantesem vontade; jogará por terra toda aquelaenergia advinda da manifestação popular eque lhe deu poderes para editar o plano eco­nômico, plano duro, cruel e que atingiu amuitos. Nesta hora, essa autoridade estácomprometida.

Lembram-se todos e esta Casa de que, nomomento em que se constatou a morte o ope­rário Manoel Fiel, o Gen. Ernesto Geisel de·mitiu, sem delongas, o Comandante do 11Exército. O Gen. Figueiredo perdeu o co­mando da transição e a direção política doPaís na hora em que não demitiu o Gen.Gentil Marcondes Filho, Comandante do IExército, após o episódio do Riocentro.

Sexta-feira passada, a autoridade, a von·. tade política e a hierarquia foram quebradase o alvo maior dessa lesão foi o Presidenteda 'República. Ou S. Ex' demite o Coman­dante Militar do Sudoeste ou, a partir de ago·ra, terá sua autoridade comprometida e lesa­

,da, de maneira irremediável, o que é ruimpara todos nós, para a sociedade e, sobre­tudo, para as instituições.

Ainda há tempo. Desta tribuna apelo parao Presidente da República, no sentido de que,com a mesma coragem com que assinou oplano econômico, lesando direitos inclusivede pessoas humildes, demita o Gen. PedroLuís de Araújo Braga do Comando Militardo Sudoeste, a fim de restabelecer sua autori­dade de Chefe da Nação.

o SR. MIRALDO GOMES (PDC BA. Sem: revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"

e Srs. Deputados, traz-nos neste momento

à tribuna manchete sui generis do CorreioBraziliense, que nos chamou a atenção.

Diz a publicação:

"Ulysses quer coordenar ação antime­didas. São Paulo - O presidente nacio­nal do PMDB, Deputado Ulysses Gui­marães, considerou ontem nesta capitalque o Governo está abusando do usode medidas provisórias, afetando o pro­cesso democrático e o Congresso Nacio­nal. Por isso, anunciou, vai reunir-secom as lideranças de todos os partidosno Congresso, na próxima quinta-feira,para estabelecer não só uma pauta de43 temas a serem discutidos a partir deagora, como também uma fórmula quepossa conter a edição de medidas provi­sórias pelo Presidente Fernando Co­llor."

Sr. Presidente, não temos procuração doPresidente Fernando Collor para defendê-lo,e todos sabem quem é o Líder do Governonesta Casa. Mas não podemos aceitar queuma pessoa que representa até a própria his·tória política do período republicano tumul­tue o processo político-administrativo nacio­nal. O tetrapresidente Ulysses Guimarães éuma pessoa experiente, tendo acumulado, aolongo do tempo, as presidências do seu parti­do, da Câmara dos Deputados e da Assem­bléia Nacional Constituinte, às vezes assu­mindo a condição de Presidente da Repú'blica. Neste exato momento, o País precisarecuperar-se e está carente da autoridade depessoas que possam assumir seus atos.

Sr. Presidente, vamos relembrar aqui o quetodos sabem. A nova Constituição - partici­pamos da sua elaboração - promulgada em5 de outubro de 1988, diz, em seu art. 62:

"Em caso de relevância e urgência,o Presidente da República poderá adotarmedidas provisórias, com força de lei,devendo submetê-las de imediato aoCongresso Nacional, que, estando emrecesso, será convocado extraordinaria­mente para se reunir no prazo de cincodias."

"Parágrafo único. As medidas provi­sórias perderão eficácia, desde a edição,se não forem convertidas em lei no prazode trinta dias, a partir de sua publicação,devendo o Congresso Nacional discipli­nar,~s relações jurídicas delas decorren-­teso

Temos aqui fatos eminentemente subjeti­vos, relevância e urgência. Ora, quem podeavaliar a situação de urgçncia e relevância, .num contexto de voragem inflacionária emque se encontrava o País, é o Sr. Presidenteda República. E precisávamos de uma atitudecorajosa. Essa atitude foi tomada e, agora,o instrumento que substitui o nefando decre­to-lei é a medida provisória, que vale na Itáliae no Brasil não vale, simplesmente porqueestá sendo adotada na proporção em que asnecessidades, tanto quanto as relevâncias,

são consideragas por quem exerce o poderde Presidente da República.

Sr. Presidente, queremos, portanto, la­mentar que um político do quilate do Depu­tado Ulysses Guimarães possa iniciar um tra­balho que não será profícuo para nossa erra.Ainda mais quando S. Ex' diz que pretendever adotado o semiparlamentarismo no Bra­sil, corroborando a condição hermafrodita daConstituição que promulgamos em 5 de outu­bro.

Sr. Presidente, chamamos a atenção destaCasa e de nossos ilustres companheiros parao que poderá ocorrer a partir do embriãoque se estabelecerá pela convocação do De·putado Ulysses Guimarães na próxima quin­ta-feira.

O Sr. Ruy NedeI - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. RUY NEDEL (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, as coo­perativas de trabalho médico tiveram retidos,em cruzados novos, os valores da produçãode seus cooperativados. Esta produção resul­ta do trabalho. equivalendo, portanto, a salá­rio.

A liberação dos cruzados, transformadosem cruzeiros, foi feita considerando apenasa cooperativa, e não o número de coopera­tivados. No entanto, ca<la cooperativado temuma conta corrente na cooperativa.

Sr. Presidente, propomos a liberação doscruzeiros considerando-se o limite de cadacooperativado, mesmo que pelo sistema coo­perativo a produção do trabalho não seja de­nominada salário.

Sr. Presidente, é necessário formular umrequerimento de informações, ou nosso plei­to, nesta questão de ordem, é suficiente paraque a Casa leve o assunto ao conhecimentoda Ministra da Economia ou da AssessoriaParlamentar do Ministério da Economia?

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Sr. Deputado, acredito que será mais conve­niente V. Ex' formular um requerimento deinformações.

O SR. RUY NEDEL - Muito obrigado,Sr. Presidente.

Durante o discurso do Sr. Ruy Nedel,o Sr. Nilson Gibson - § 2" do Artigo18 do Regimento Interno, deixa a cadeirada presidência, que é ocupada pelo Sr.Egídio Ferreira Lima - § 2' do Artigo18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Egídio Ferreira Li­ma) - Concedo a palavra ao Sr. AntônioBritto.

O SR. ANTÔNIO BRITTo"(PMDB - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, na companhia de ou­'tros Parlamentares Federais de diversos par-otidos, estive, na manhã de hoje, em audiência'com o Ministro da Infra-Estrutura, Sr. Ozires_Silva. Levamos a S. Ex' um pleito que, creio.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3941

é de todo o Rio Grande do Sul, no sentidoda retomada das obras da Termoelétrica deJacuí-I, o maior investimento federal, hoje,naquele Estado. Praticamente sem recursosdesde o ano passado, isso vem provocandoa sucessão de fatos lamentáveis.

Vale ressaltar, primeiro, o desemprego dequase dois mil funcinários; segundo, a inter­rupção de obras, quando 65% dos investi­mentos e 90% das aquisições de equipamen­·tos já foram realizado,s; terceirID, o grave riscode, uma vez interrompida a obra, o Estadodo Rio Grande do Sul entrar em colapso ener­gético, num período de três anos, em parti­cular na parte industrializada do Estado, naCapital, Porto Aelgre, e na região metro­politana.

Em companhia de ilustres Deputados Fe­derais, repito, dentre eles o nobre colega RuyNedel, do PSDB, levamos nosso pleito aoSr. Ministro da Infra-Estrutura. E ouvimosde S. Ex' um relato franco das dificuldades.do Governo Federal. Mas supreendeu-nos asugestão de privatizar a Termoelétrica de Ja­cuí-I, obra que já consumiu 280 milhões dedólares em investimentos do Governo Fede­ral, faltando, agora, investimentos em tornode 120 a 150 milhões de dólares.

Ora, todos nós, governo ou oposição ­como é o meu caso - precisamos compreen­der as dificuldades por que passa o País eter bom senso para reconhecer que não de­vem ser iniciadas novas obras. Entretanto,a privatização não pode ser para o atual Go­verno uma fórmula mágica capaz de explicar,resolver ou desculpar tudo.

A privatização, no caso da TermoelétricaJacuí-I, evidentemente, é impossível. Seriaum crime contra o interesse público e contrao investimento já feito. Desejar a participa­ção do Governo do Estado, acordos com ainiciativa privada, quem sabe, chamando-aa antecipar recursos e receber créditos emenergia, isto tudo é perfeito, e o pr6prio Go­verno do Rio Grande do Sul já o vem fazen­do, embora à época houvesse cruzados, e nãobloqueios, como hoje. .

De qualquer forma, Sr. Presidente, creioque caiba registrar, de um lado, nossa concor­dância, sim, sob pena de absoluta demagogiae irresponsabilidade, com as dificuldades ex­postas por S. Ex' Mas há divergências e dúvi­das em relação à solução desejada por S. Ex"para a privatização da Termoelétrica Jacuí-I.

Na mesma audiência tratamos de outro as­sunto' igualmente significativo para o RioGrande do Sul: a questão da privatização daAços Finos Piratini, empresa estatal que rea­liza, ao longo dos anos, grande trabalho.Aqui, e para que fique à vontade até no exa­me da questão anteriOJ:, admite-se, sim, aprivatização. Mas apelamos para S. Ex' nosentido de que esta privatização não se faça,como ia ocorrendo no ano passado, à custados recursos públicos, com padrões de reali­zação absolutamente incoerentes por não res­peitar o investimento feito pela própriaUnião, pela própria sociedade brasileira e,mais do que isso, tendendo a ser privatizadapor quantias absolutamente insignificantes.

Era este, Sr. Presidente, o registro que pre­tendia fazer da audiência que tivemos hojecom o Minstro Ozires Silva. (Palmas.)

o SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, estamos assisntindo a mais umafantasia pregada com estardalhaço na im­prensa pelo Líder do Partido dos Trabalha­dores, o eminente companheiro DeputadoLuiz Inácio Lula da Silva: a criação de umgoverno paralelo. O que é governo paralelo?Será uma nova estratégia do PT para desesta­bilizar ou subverter a ordem constitucionale criar problemas ao governo democráticoeleito pelo povo brasileiro, recentemente? Opovo entende que governo é aquele que, ga­nhando as eleições, executa todas as tarefasem torno da administração, garantindo a es­tabilidade do Estado, das pessoas, a convi­vência social, enfim, é o responsável pelo des­tino da Nção. E governo paralelo, o que será?Também fará a mesma coisa? A colocaçãodos vocábulos "governo paralelo" tem a suti­leza de criar talvez uma confusão na cabeçado povo que não se liga muito à conceituaçãodessas expressões. Este é um ponto.

Acho que o Deputado Luiz Inácio Lulada Silva, que tem sido muito sincero nos seusposicionamentos nesta Casa, agora enveredapor caminho muito perigoso. Pensando emservir à democracia, talvez esteja criando umembaraço ao governo democrático. Por queS. Ex', em vez de usar a expressão "governoparalelo", não é mais sincero e diz que forma­rá um bloco de oposição ao governo democrá­tico? Que história é essa? O povo não elegeuo Sr. Luiz Inácio Lula da Silva para ser gover­no paralelo.

O ilustre Deputado Luiz Inácio Lula daSilva cria também um suspense. Vai abando­nar o Parlamento, que não lhe trouxe encan­tos. Vai para o mundo da sua fantasia, paraas portas das fábricas do ABC paulista, ondeé, realmente, um grande e respeitado líder..S. Ex', ao dizer isso ao País, quer ganharuma dimensão maior. Percorrerá todas as re­giões do Brasil e levará a mensagem a seupovo. E estará mais à vontade para exercersua atividade política. É o que declara à im­prensa. Ironiza, e aí peca, quando diz queteve 31 milhões de votos e, portanto, nãopode ficar, no Parlamento, nivelado a umdeputado do Amapá que teve 5 mil votos.Vai mais além: ironiza aquele que teve comolíder nesta Casa, durante o período da Consti­tuinte, Dr. Ulysses Guimarães. Indaga de S.Ex' se aceitaria proventura sua liderança noCongresso Nacional, apesar do número devotos que teve.

Ora, Sr. Presidente, isto é um procedimen­to antidemocrático, porque não engrandeceo líder que conhecemos, o amigo, o compa­nheiro sincero, correto, que é o Lula da nossaCasa.

O Deputado Luiz Inácio Lula da Silva con­. vidou o Senador Mário Covas para compa­recer a um seminário do PT, e este silenciou.Convidou o Sr. Leonel Brizola, e este, revol­tado, disse que não apareceria porque o PT

havia lançado um candidato para impedi-lode governar o Rio de Janeiro. Convidou tam­bém o Deputado Roberto Freire, e este disse:"Governo paralelo s6 no sistema parlamen­tarista." E aí o comunista Roberto Freire caiunuma aberrante contradição: não existe go­verno paralelo no sistema presidencialista enão pode existir no sistema parlamentarista,pois, "ambos democráticos, não admitiriamdois governos ao mesmo tempo. Ah! mas va­mos dizer "gabinete paralelo". concluindo,Sr. Presidente, gabinete paralelo, no sistemapresidencialista, é a mesma coisa que governoparalelo. E isso tudo é uma zorra de palavrascom a finalidade de criarem perturbação àordem constitucional vigente.

O Deputado Luiz Inácio Lula da Silva dis­põe de um poder de infiltração muito grandenos meiós de comunicação do Brasil. E nissoo PT é competente, assim como na sua orga­nização partidária, no acompanhamento e nadivulgação dos pontos básicos do programafeito pelos seus líderes. Na redação de cadagrande jornal há pelo menos duas dezenasde jornalistas com a estrela vermelha pendu­rada no peito, transmitindo mensagens, dan­do certa dimensão a ~ipos de procedimentosantidemocráticos, confundindo a opinião pú­blica, como se pudesse existir um candidatoderrotado presidindo um governo paralelo.

I Eu perguntaria: não estará o nosso eminenteLula vivendo num mundo de fantasia paraencobrir uma crise político-existencial, oca­sionada pela última e fragorosa derrota elei­

. toral? Programação de um governo paraleloé instilar psicologicamente a confusão na ca­beça do povo brasileiro, que só conhece umgoverno, o eleito. Que não se confunda omeu eminente amigo e ilustre líder Lula nemridicularize o seu partido. O ilustre líder polí­tico dos trabalhadores do ABC paulista temrealmente uma expressão nacional muitogrande. Daí por que, ao darmos importânciaà sua nova estratégia política 'no Brasil, ocu­pamos a tribuna para criticá-lo construtiva­mente. Ele tem grande respaldo popular paraconduzir um bloco de oposição sincera, cora­josa, dentro desta Casa, objetivando, de se­gunda a sexta~feira, como todo o seu exércitooposicionista, combater as medidas presiden­ciais e trazer soluções práticas, mas dentrodo espírito da oposição democrática.

Governo paralelo é um acinte à Consti­tuição, à manifestação do povo no últimopleito, é uma contestação à legitimidade doGoverno, que é incontestável quanto a isso,pois ganhou as eleições com mais de 35 mi­lhões de votos. Diante desse fato, apelariaao Lula, a quem respeito, estimo e tributoas minhas homenagens, para que adapte seusprincípios socialistas aos democráticos e ospratique sinceramente, não os encobrindocom a criação de um governo paralelo, defi­nindo-o e conceituando-o como governo decolaboração.

Com estas palavras, deixo min!la crítica aessa badalada instituição utópica e falsa, quenão se compatibiliza com o que pregam oslíderes do PT desta Casa, quando falam emliberdade, em defesa dos princípios da Cons-

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3942 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

ções de dar seqüência às suas atividades, fa­zendo a destoca, a calagem, ou seja, o prepa­ro do solo, e não têm, sobretudo, motivaçãopara continuar o desafio de produzir.

Reitero, aqui, mais uma vez, o apelo jáfeito ao Ministro da Agricultura e à própriaMinistra da Economia, para que encontremuma fórmula de devolver ao pequeno agri­cultor, que no nosso Estado é maioria, o estí­mulo, a motivação, liberando os seus recur­sos. Vendo o seu recurso bloqueado, 'o agri­cultor não tem segurança para ir ao bancobuscar outra moeda corrente, até por quetem dúvida a resPrito do retorno do seu di­nheiro.

É preciso que haja, por parte do Governo,este compromisso. O pequeno agricultor, oprodutor de alimentos não pode ser penali­zado, pelo contrário, precisa receber estímu­los. Por certo, o Presidente da República,que visitou neste final de semana o Sr. Olacyrde Moraes, deve ter ouvido também para opequeno agricultor. A fazenda do Sr. Olacyrde Moraes não é o melhor referencial nessemomento para se sentir a situação por quepassam os milhões de agricultores desse Páis.

É o apelo que faço desta tribuna, mais umavez. Que se criem mecanismos para o peque­no agricultor. Vamos ter falta de alimentosainda este ano e teremos muito mais no próxi­mo ano se, urgentemente, não for estabe­lecido um plano de benefícios para o nossopequeno e médio agricultores, que são os res­ponsáveis pela produção de alimentos nestePaís. .

impedir a ação dos garimpeiros e das coope­rativas de garimpeiros, terão, desde já, a nos­sa franca e altiva oposição.

tituição e criticam o Presidente porque bili­xou medidas provisórias que ferem a Consti­tuição. Neste caso, perdem-se quando dese­jam criar essa utopia que se chama governoparalelo.

O SR. ANTONIO DE JESUS (PMDB ­GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi-

O SR. ASSIS CANUTO (PL - RO. Sem dente, Sr" e Srs. Deputados, ontem foi umrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" dia de grandeza para o PMDB goiano, mar-e Srs. Deputados, mais uma vez queremos cado pela realização da renovação do seu Di-debater a questão da mineração e da garim- retário Regional, oportunidade em que de-pagem no Estado de Rondônia. mocraticamente foram apresentadas duas

Tomamos conhecimento de que no próxi- chapas para disputar o Diretório Nacional,mo dia 10 uma alta missão do Governo Fede- formadas pela ala que se intitula progressitaral estará dirigndo-se para o Estado de Ron- e por outra conhecida como moderada.dônia, mais precisamente ao Município de A ala moderada fez-se representar nesseAriquemes, a fim de verificar, in loco, as con- ato pelo SI. Íris Rezende Machado, que ini­dições do garimpo de cassiterita de Bom Fu- ciou sua vida pública em Goiás, como Verea­turo. Soubemos, também, que hoje se pro- dor, foi Deputado Estadual, Prefeito decessam reuniões no Ministério da Infra-Es- Goiânia, Governador do Estado e, posterior-trutura, com a participação de lideranças em- mente, Ministro da Agricultura. Mais umapresariais, de garimpeiros e das cooperativas vez S. Ex' deu provas de sua liderança quandodos garimpeiros daquele Estado, a fim de conseguiu obter quase 70% dos votos dosse encontrar um denominador comum para convencionais.a continuidade daquele garimpo. Vemos um gesto de grandeza quando os

É bem verdade, Sr. Presidente, Sr" e Srs. goianos reconhecem a figura de Íris RezendeDeputados, que aquele garimpo está funcio- como homem capaz de uni-los nos princípiosnando a despeito da Portaria n' 226/88, que de liberdade, de democracia e de justiça so­permitiu que garimpeiros se instalassem na- cial. Íris Rezende, após sua vitória, concordaquela área para explorar o estanho desde que ainda em que haja respeito à ala vencida novendessem o fruto do seu trabalho a uma Diretório, de forma a que possa participarempresa compradora e exploradora desse mi- democraticamente da Executiva do partido.nério. Insurgimo-nos contra essa portaria É mais um, exemplo de coerência e demo-desde o primeiro momento e conseguimos cracia que os goianos demonstram ao indicarfazer com que fosse adaptada, caindo por aquele co-estaduano para disputar as eleições

como candidato do PMDB, Estou certo deterra o monopólio por ela assegurado. Assim,os garimpeiros e as cooperativas dos garim- que dessa formação poderemos esperar um

. d' d h trabalho respeitoso, dinâmico e sobretudopelros po eoam ven er o seu estan o ea, . O SR. ERICO PEGORARO (PFL _ RS... I h democrátIco, para que possamos ter um partl-sua casslteota a qua quer empresa que se a- d d' d . 'd d A I Sem revI'sa-o do orador.) - Sr. Presl'dente,b'l' . I ' d r o Igno e sua representatIvI a e. . a a

Iltasse a compra- os, atraves a Ivre con- d' . , Sr" e Srs. Deputados, estou chegando do in-corrência. modera a respeita os extremistas, porem nãof está d.e acordo em que tenhamos essa filosofia terior do Rio Grande do Sul, Estado que

Entretanto, este assunto volta com orça tem sua economia embasada na atividadenesta semana, e lá em Rondônia, deverão dentro do partido. '.

Assim sendo, nesta hora, gostaria de deixar agrícola e pecuária, mais especificamente dosestar presentes quinta-feira, dois Ministros, . d d' ,. d PMDB A Munl'cI'pI'os de Arrol'o Grande, Jaguara-o e

D I d R T S '· E o registro a gran e vltooa o . cre-o e ega o omeu uma e o ecretaoo s- d' 'd' Ih Pedro Oso'rl'o, que pratl'cam a pecua'o'a e cul-, I d M' A b' D J ' L Ito que, no parti o, esse e o me ar nomepecla o elO m lente, r. ose utzen- , I' - tivam arroz e sOJ'a. .b que se apresentou para concorrer as e erçoes

erger. majoritárias do Estado. Na última sexta-feira fizemos uma reuniãoQueremos, desde já, firmar nossa posição: -. com os dirigentes da Superintendência do

apesar do apoio que temos dado ao Governo, O SR, IVO VANDERLINDE (PMDB - Banco do Brasil no Rio Grande do Sul. Onão podemos abrir mão de apoiar os garim- se. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi- banco está corrigindo os financiamentos à ba-peiros e as cooperativas de garimpeiros ali dente; Srs, Deputados, após ter percorrido, se de 84,86%, e o proc:Iuto, a41%. Portanto,instalados, Concordamos que há necessidade durante dez dias, as mais diversas regiões do a conta é muito evidente até para aquelesde disciplinar aquela atividade, inclusive para meu.Estado, participançlo de encontros com que se estão inciando 'na matemática: comoque ela se torne mais rentável para o garim- sindicatos rurais, com cooperativas, com lide- se pode pegar um financiamento com corre-peiro e mais produtiva para o Estado e para ranças agrícolas e políticas, retornamos a esta . ção de 84,86%, se o produto é corrigido aa Nação. Somos contra o contrabando de cas- Casa com angústias e demandas que servi,rão 41 %?siterita para a Bolívia, a degradação do meio de subsídios à nossa ação parlamentar. O que querem os pequenos e médios pro-ambiente, a poluição dos mananciais, o avil- Dentre as informações que pude colher, dutores dos Municípios de Arroio Grande,tamento de preços e o monopólio, porém so- destacaria a preocupação do pequeno produ- Jaguarão e Pedro Osório? Eles não queremmos a favor do garimpeiro, da cooperativa tor rural. O pequeno agricultor do nosso Es- pagar de novo, a conta do Banco do Brasil.de garimpeiros, de que o Estado coloque ali tado, que está ainda perplexo com as medidas Muito pelo contrário. Podem-se esvaziaruma administração para prestar assistência, do Plano Econômico, torce para que o mes- muitas das cidades que os campos haverãoprincipalmente na área de segurança, saúde mo dê certo, mas quer, também, ser respei- de continuar produzindo. Mas, bloqueando-e assistência social às famílias dos garimpei- tado, e não aceita que aqueles recursos pou- se os campos, poucas cidades vão sobreviver:ros. Somos a favor, também, de que a Receita pados a duras penas, ou que são o resultado Desejamos que os Srs. Deputados queFederal instale ali um posto de compra para, da sua safra de fumo, de arroz, de cebola compõem este Congresso Nacional se mani-no mínimo, fiscalizar os negócios ali realiza- ou da sua produão de leite permaneçam blo- festem junto ao Banco Central e ao Bancodos e buscar a produtividade e a boa conduta queados quando precisa deles apra dar conti- do Brasil, porque não se pode cobrar do pro-no garimpo, Depois disso, poderão as autori- nuidade às suas atividades. Muitos desses pe- dutor rural essa diferença de 43,86% do fi-dades contar com o nosso apoio. Mas, se essas _. quenos agricultores ficaram com o produto . nanciamento, Isso vai influir no resultado do,~~mas autoridades forem a Rondônia tentar -- de um ano de trabaho retido e não têm condi- pagamento da conta em mais de 113 da dívida

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Maio de 1990I

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3943

que não foi tomada, porque, se se tomoua 86% e se tem corrigido o produto disso

a 41 %, essa dívida não foi sacada contra.o banco. Não se pode querer, agora, queo produtor pague a conta. Esse é um dosmotivos pelos quais está diminuindo a nossaárea de produção, o que sem d.úvida contri­buirá para o desabastecimento de alimentos.O produtor, já descapitalizado, não tem co­1110 suportar o ônus advindo das dificuldadesde comercialização das safras de 1988 a 1989.

Eram essas as observações que gostaria deapresentar à direção do Banco do Brasil ~.

a nível nacional, à do Banco Central, maisuma vez lembrando que os produtores nãopodem, mais, pagar a conta.

Outro assunto me traz à tribuna, Sr. Presi­dente. Muito se tem assacado contra o Suldo País, principalmente o Estado do RioGrande do Sul. A Usina Jacuí-I, uma termoe­létrica de carvão, cuja construção foi inciadano município de Eldorado, em 1987, até hojeestá inacabada. O Governo Federal, face àpolítica de desprivatização, insiste em 'quenão tem recursos para concluir a obra. Ora,Sr. Deputado, esta é a maior obra da Uniãono Rio Grande do Sul, aliás, a única obrae a única Hsina geradora de energiaem condi­ções de operar até o final de 1992. O términoda construção da Usina Jacuí-I significará adiminuição da dependência energética do Es­tado num percentual equivalente a 20% dos42% atuais. Em termos de riqueza, repre­sentará uma injeção da ordem de 140 milhõesde dólares na economia gaúcha, 52 milhõesadvindos do consumo de carvão e 85 milhõesda produção de energia. A Usina Jacuí-I inje­tará na economia gaúcha, no decorrer de suavida útil, o correspondente a 4 bilhões e meiode dólares. Além disso, proporcionará 2.400empregos diretos e 6.000 indiretos na região. _

Sr. Presidente, SÍ"'s e Srs. Deputados, oRio Grande do Sul, que detém 70% da produ­ção nacional de carvão, não pode ficar nadependência de uma decisão, que a mim meparece retrógrada, quando a União diz queterá de abandonar essas obras porque nãodispõe de recursos. Não me lembro de terhavido outra época em que o Governo ,daUnião tenha arrecadado e sugado mais di-

-nheiro da sociedade como agora, consideran­do apenas os 8% de IOF cobrado das pou­panças e aplicações financeiras. Não vejo co­mo um Estado moderno possa fazer econo­mia em setores fundamentais como o da saú­de pública e o de geração de energia. Nãovejo como possa o Estado, da noite para odia, retirar-se dessas iniciativas como formade combater a inflação do País. Penso dife­rentemente. Entendo que o Estado deveria,sim, investir em setores fundamentais ao de­senvolvimento nacional.

A União não pode ficar de costas para oSul do País. A política da Petrobrás tem quese voltar para a integração do Rio Grandeaos outros Estados do Sul, porque ele existeaté porque existe o Brasil. Não podemos acei­tar argumentos de que a União não tem recur­sos para continuar uma usina, já que 90%do~ seus equipamentos se encontram no seu -

canteiro de obras. Não podemos aceitar, repi­to, que a União se recuse a concluir um em­preendimento quando 72% das obras físicasjá estão~concluídas.Penso que o Estado deve­ria ser o propulsor do progresso social, finan­ciando obras, principalmente como as da Usi­na de Jacuí-I, que representará fator de inde­pendênCia de um estado produtor, como oRio Grande.

Sr. Presidente, esse assunto é tão impor­tante para nós quanto são importantes tantasoutras hidrelétricas das demais regiões doPaís. Esta é uma usina termoelétrica cuja fon­te de riqueza está localizada no próprio Esta­do do Rio Grande do Sul, e a União, agora,interrompe suas obras, com o argumento fútil~ simplista de que não possui recursos e deque o Orçamento votado por esta Casa não~e adequa à nova realidade de um Estadoque não deseja intervir na livre iniciativa.Não sei se a venda de estatais justifica estaatitude, já que essas estatais que não conse­guem sair do banco dos réus, porque a União,lImitas vezes, assim o quis. A União dirigiuseus- investimentos para que elas tivessemuma imagem negativa aos olhos da popula-ção. .

Não vejo como benéfica a retirada do-Esta­do da construção da Usina Jacuí-I, que colo­caria o Rio Grande do Sul como iniciadorda integração do Cone Sul, com a Argentina,Uruguai e Paraguai. O Rio Grande do Sulé um Estado produtor, seu povo é trabalha­dor e não deseja depender sempre de SãoPaulo. Se não se construir a Usina Jacuí-I,por certo não teremos a nossa usina de metal­mecânica de Uruguaiana; se não se concluira Usina Jacuí-I, estaremos aqui dizendoamém à Petrobrás, que não deseja o gasodutode gás argentino colocado em Porto Alegre.Se o Ministro Osires Silva, que se'tem mos­trado um estadista, não der a sua palavrade contribuição a essa iniciativa do País edo Rio Grande, haverá de negar tudo aquiloque foi feito até aqui, não só por S. Ex' oMinistro, mas por todos os gaúchos que de­pendem muito da extração do carvão a c~u

aberto existente no Rio Grande do Sul.

o SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr'" e Srs. Deputados, volto a ocupara tribuna na sessão de hoje para registrarcom muita satisfação a instalação de umposto telefônico no Distrito de Encruzilhada,localizado no Município de Lagoa dos Gatos,em Pernambuco, através da Telpe, atenden­do nosso pleito. .

A Lei Estadual n"1.931, de 11 de setembrode 1928, criou o Município de Lagos dos Ga­tos (ex-Frei Caneca), com sede no Distrito

. de Frei Caneca, desmembrado do Municípiode Bonito, tendo sido instalado em 1" de ja­neiro de 1929. Atualmente compõem-se dosDistritos Lagoa dos Gatos, Entroncamento,Igarapeassu e Lagos de Souza. _

O Município está localizado na zona fisio­gráfica do agreste pernambucano e tem umaárea de 152 km2

, representando, 0,15% doEstado. Tem por limites, ao Norte, os Muni- -

cípios de Panelas, Cupira e Belém de Maria;ao Sul, Maraial, São Benedito do Sul e Pane­las; a Leste, Belém de Maria e a Oeste, Pane­las. O território municipal é drenado pelorio Una. Predomina o clima As', quente eúmido (Koppen). Predominam na estruturaeconômica do Município as atividades agro­pecuárias, absorvendo 96% da mão-de-obralocal. Esse setor, conforme o Censo Agrícolade 1985, empregava 10.161 pessoas, sendoa maioria de homens. O Município naqueleano dispunha de 3.377 estabelecimentos agrí­colas, cuja área total compreendia 21.385 ha,sendo que 2.969 estabelecimentos tinhammenos de 10 ha; 390 na faixa de 10 a 100ha; 16 entre 100 e menos de 1.000 ha e apenas2 com mais de 1.000 ha. Adiconalmente,constatou-se que, do total da área ocupada,7.335 ha destinavam-se a lavouras; 4.869 haa pastagens; 3.996 ha a matas e floretas; e3.636 ha são terras produtivas e utilizadaspelo trabalhador rural.

Sr. Presidente, S1'" e Srs. Deputados, dese­jo parabenizar o Prefeito Airton Correia deMelo pelo excelente trabalho e administraçãoque vem empreendendo no Município, desta­cando a eficaz colaboração dos vereadores,inclusive o bom relacionamento do Prefeitocom o Presidente do Deliberativo Municipal,Vereador José Fernando.

$ oportuno ressaltar que .a Telpe, atual­mente presidida pelo Dr. Frederico de Si­queira, vem conduzindo a empresa com bas­tante desenvoltura, com eficiência cada vezmaior na prestação dos serviços, a qual cons­titui organização ímpar pela sua excelente ge­rência.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, comorepresentante do povo de Lagoa dos Gatos,Pernambuco, no Congresso Nacional, agra­deço à direção da Telpe o atendimento domeu pleito, no sentido de implantar o sistemade telefonia no Distrito de Entroncamento,reivindicação do Prefeito Airton Correia deMelo. Agora está atendido o pedido: o Dis­trito de Entroncamento, em Lagoa dos Ga­tos, tem sua linha telefônica DDD.

Concluo, Sr. Presidente, Sr' e Srs. Deputa­dos, confiando em que a direção da Telpae seus servidores continuarão modernizandoos processos de comunicação através demeios eletrônicos, telefonia, telex, transmis­são de imagens, fazendo com que Pernam­buco esteja entre os Estados mais avançados'do País no que diz respeito ao seu sistemade comunicações.

O SR. PEDRO CANEDO (PRN - GO.Pronuncia o seguinte discur,o.) - Sr. Presi­dente, Sr'" e Srs. Deputados, além das cons­tantes crises no abastecimento do álcool, ou­tro problema surgiu no setor de combustíveis.Agora os proprietários de veículos movidosa gasolina estão sendo atormentados por fa­lhas no funcionamento dos motores e outrosdefeitos que não decorrem de'seu desgastenormal. A principal suspeita é a de que estáhavendo mistura de óleo diesel à gasolina,com sérios problemas não só para os usuários

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3944 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

como para as próprias concessiOl, árias e ofici-nas especializadas. I

Os donos dos carros sujeitam-se a custosque poderiam ser evitados, enquanto as ofici­nas não têm condições de oferecer serviçoscom a necessária margem de segurança, dian­te da falta de uniformidade na qualidade docombustível, sendo inúmeros os casos de tro­ca de velas, por exemplo, com apenas 600quilômetros de uso, quando normalmente de­veria ocorrer após cerca de 20 mil. Veículoscom apenas 6 mil quilômetros rodados apre­sentam dificuldades de funcionamento e ex­pelem muita fumaça, como se estivessemqueimando óleo, característica de carros mui­to usados. Um gerente de oficina mostrouo efeito poluidor do novo combustível, acele­rando um carro a gasolina com o escapamen­to voltado para o chão. Após três segundos,o piso de cimento ficou com uma manchade fuligem. Se o motor tivesse desgaste, oóleo que lubrifica as suas peças móveis teriasido consumido, o que não ocorreu. As sus­peitas, de acordo com a opinião de técnicosno assunto, poderiam ser confirmadas porlaboratórios especializados, após a análise deamostras do produto.

O problema teria começado em maio de1989 e aumentou nos últimos meses. O Con­selho Nacional do Petróleo autorizou o fimda mistura de álcool à gasolina na proporçãode 21 %, mas ninguém ficou sabendo que pro­duto está sendo utilizado em lugar do álcool.O certo e que têm aumentado as desregu­lagens, a carbonização de velas e a quanti­dade de fumaça expelida pelos escapamen­tos, indícios estes que podem levar mecânicosinexperientes a diagnosticar um desgaste demotor e a necessidade de retífica a um custoentre 30 e 50 mil cruzeiros.

Diante desses fatos, Sr. Presidente, Sr" eSrs. Deputados, apelamos ao Sr. Ministro daInfra-Estrutura no sentido de determinar aoDepartamento Nacional de Combustíveis aadoção de imediatas providências para solu­cionar a questão, principalmente quanto àanálise da gasolina posta à disposição do pú­blico e à recuperação de sua uniformidadequalitativa, medidas que virão em benefíciodos proprietários de veículos, das concessio­nárias e oficinas especializadas, bem comoda própria economia do País.

O SR, ÁTILA LIRA (PFL - PT. Pronun­cia' o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, o Brasil possui8.511.963 quilômetros quadrados de exten­são e úma população na casa dos 140 milõesde cidadãos. As disparidades sócio-econômi­cas entre as regiões deste acentuado estado­continente são aviltadas. Por conseguinte, so­mente através do crescimento e desenvolvi­mento do setor educacional poderá o Brasilatingir o estágio de nação desenvolvida e al­mejar melhores dias no seio da comunidadede Nações, mediante uma melhor eqüidadedas relações econômicas internacionais.

Fui Secretário Estadual de Educação noGoverno Hugo Napoleão. Criei a Universi­dade Estadual do Piauí. Sempre estive ~tentoaos reclamos da universidade Federal do .

Piauí, na qualidade de Deputado Federal,buscando assim, de forma serena e acima daslides partidárias, contribuir para o desenvol­vimento do setor educacional do meu Estado,evitando, por conseguinte, as evasões. e mi­grações, de piauienses , para os estados doSul. Parnaíba, localizada no norte do Estadodo Piauí, distante 350 quilômetros de Tere­sina, capital, é um pólo de crescimento e dedesenvolvimento, que congrega, em tomo doseu centro urbano, grande parte dos 27 muni­cípios que compõem a região norte do Esta­do. Dotada de um parque industrial em fran­ca expansão, destacando a bacia leiteira dodelta do rio Parnaíba, e de um comércio cres­cente, .incentivado cada vez mais pelo turis­mo, em face da proximidade com Luís Cor­reia, onde se localiza o litoral piauiense, Par­naíba requer a fixação de uma universidadefederal, aproveitando a estrutura existenteda Universidade Federal do Piauí, que possuium campus avançado, denominado CampusReis VeIloso. Neste citado campus funcio­nam vários cursos de graduação, a citar oscursos de economia e administraçáo de em­presas. Nesta cidade está localizado o CentroNacional de Irrigação da Embrapa. Portanto,faz jus à constituição de uma universidadefederal, que se chamaria Universidade Fede­ral do Norte do Piauí, atendendo assim aosreclamos e anseios dos piauienses do Nortedo Estado, descentralizando o ensino de ter­ceiro grau, consolidado o pólo de desenvol­vimento, embrionário, existente em Parnaí­ba.

Lanço a idéia da constituição da Univer­sidade Federal do Norte do Piauí, com sedena cidade de Parnaíba. Procurarei viabilizaresse projeto, conquanto ele é sumamente im­portante para que o Piauí possa sair do está­gio de subdesenvolvimento em que se encon­

.tra, atingindo as camadas mais adiantadas,desenvolvidas e ricas da sociedade piauiense.Somente com educação poder-se-á almejaressa fase adiantada da sociedade. O Piauímerece ter mais uma universidad<;: federal.A constituição da mesma não deve ser inter­pretada como uma dádiva, e sim no contextode uma política educacional voltada para oatendimento prioritário das áreas carentes doBrasil.

O Sr. Egídio Ferreira Lima - § 2?do artigo 18 do Regimento Interno, deixaa cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr~ Nilson Gibson - § 2' do artigo18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Vai-se passar ao horário destinado às

VI - COMUNICAÇÕES DELIDERANÇAS

Não há oradores inscritos.

OSr. PedroCanedo-Sr. Presidente, peçoa palavra, para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Antes de passar ao Grande Expediente, con-

cederei a palavra ao nobre Deputado PedroCanedo para uma questão de ordem.

O SR. PEDRO CANEDO (PFL - GO.'Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, no último dia 4 próxi·.mo passado o Partido da Reconstrução Na·cional promovia uma solenidade na Cidadede Goiânia, onde lançava o seu candidatoao Governo do Estado. Tomadas todas asprovidências, através do Deputado EstadualJorge Daze, solicitava à Presidência daquelaCasa a sessão no plenário para às 15h dodia 4, para que fosse feita a solenidade dolançamento da minha candidatura ao Gover­no do Estado de Goiás. Despachado pelogabinete da Presidência, com parecer favo­rável à nossa solicitação, ao chegarmos porvolta das 14h à Assembléia Legislativa, en­contramos o plenário daquela Casa fechadopor ordem da Presidência da Casa. Foi-nosdito que, por determinação da Presidência,a solenidade só poderia ser realizada no Au·ditório Costa Lima daquela Casa, com capa­cidade para apenas duzentas pessoas, sendoque o plenário da Casa comportaria, aproxi­madamente, de setecentos a mil pessoas. Emfunção do número elevado de companheirosdo interior do Estado, candidatos aos cargosde Deputado Federal e Estadual, que paralá acorreram, tivemos de improvisar, no pá­tio da Assembléia Legislativa, um palanquecom som, onde fizemos o lançamento da nos­sa candidatura ao Governo do Estado.

Deixo, aqui, meu veemente repúdio contraa atitude isolada da Presidência daquela casade impedir que convenções partidárias bemcomo quaisquer solenidade ou atos cívicossejam praticados naquela Casa do Povo. Façodaqui um apelo para que o seu Presidentevolte atrás na sua decisão, de forma a queos lançamentos de candidaturas, realizadosde forma pacífica, assim como conveções par­tidárias, principalmente num ano eleitoral co:mo este, em que todos os partidos políticoslançarão candidatos a Governador, Senadore Deputado Estadual e Federal, possam serrealizados no plenário da Assembléia. Queaquela Casa siga o exemplo da Câmara dosDeputados que, ao longo dos anos, tem per­mitido que os partidos políticos - os verda­deiros representantes dos anseios da socie­dade brasileira -:- utilizem o plenário pararealizar convenções, solenidades e atos cívi·coso

Não podemos, de forma alguma, acreditarque uma matéria veiculada pelo "Globo Re­pórter", há duas semanas, denunciando mor­domias na Assembléia Legislativa - sobrecujo mérito quero pronunciar-me - possater ensejado ao Presidente daquela Casa aadoção dessa medida de falsa austeridade,de fechar as portas da Assembléia Legislativado Estado de Goiás e impedir que o Partidoda Reconstrução Nacional, o partido do Pre­sidente da República, ali realizasse o lança­mento do seu candidato ao Governo do Es·tado.

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Maio de 1990 , DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3945

Era o que tinha dizer. agradecendo a aten­çaõ de V. Ex' e dos demais Deputados. (PaI·mas.)

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Passa-se ao

v- GRANDE EXPEDIENTE'

Tem a palavra o SI. Ney Lopes.

O SR. NEY LOPES (PFL - RN) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados: é consenso,nesta Casa, a necessidade de que sejam ur­gentemente tomadas medidas no sentido deapres~ar-se o processo legislativo em relaçãoao debate e à votação de projetos de lei emensagem governamentais, que aguardamesta oportunidade nas Comissões e no Ple­nário.

.Quero somar-me a todos quantos já desta­caram a absoluta necessidade da adoção des­sas medidas, o que, com certeza, a Mesa jáestá providenciando, pois temos de dar satis­fações à sociedade brasileira. Esta somenteadmitirá como resultado eficaz do trabalholegislativo a produção de leis e, conseqüente­mente, a aprovação das propostas legislativasem tramitação.

Sabemos que, com o novo Regimento In­terno, a tramitação de projetos e mensagensse torna mais rápida, na medida em que sejaassegurada às Comissões a decisão termina·tiva, salvo se interposto recurso ao Plenário.Dessa forma, a maneira mais efiaz - como devido respeito - de ter a sociedade brasi­leira conhecimento o mais rápido possível dasnovas proposições submetidas ao debate,nesta Casa, bem como de sua aprovação, seráatravés da Mesa - sim - mas, sobretudo,dos Presidentes da Comissões, desde queapressem a tramitação desses projetos de .Iei.

Nesse sentido, SI. Presidente, gostaria dedestacar a urgência, que se impõe com respei­to a proposições que estão no aguardo deapreciação nas Comissões e no Plenário, reia­tivas a interesses diretos do servidor público,dos aposentados e dos pensionistas brasilei­ros.

Evidentemente, poderia elencar várias ou­tras matérias que aguardam decisão desteParlamento, todas de natureza infraconstitu­cional, ou sejam, leis que virão complemen­tar a norma constitucional.

Contudo, nesta oportunidade, quero dardestaque a duas proposições: em primeirolugar, àquela que se refere à regulamentaçãodo art. 39 da Constituição Federal, cujo teoré o seguinte:

"A União, os Estados, o Distrito Fe­deral e os Municípios instituirão, no âm­bito da sua competência, regime jurídicoúnico e planos de carreira para os servi­dores da administração pública diretas,das autarquias e das fundações públi­cas."

Como se vê, trata-se da legislação ordináriaque irá regulamentar o plano de carreira e

o regime único dos servidores públicos brasi­leiros.

Outro aspecto que passo a abordar refe­re-se à legislação infraconstitucional previstano art. 59 das Disposições ConstitucionaisTransitórias, assim redigido:

."Os projetos de lei relativos à organi­zação da seguridade social e aos planosde custeio e de benefícios serão apresen­tados no prazo máximo de seis mesesda promulgação da Constituição ao Con­gresso Nacional, que terá seis meses paraapreciá-los. "

Com referência, Sr. Presidente, ao primei­ro aspecto suscitado, conforme já é do conhe­cimento da Casa, encontram-se nas Comis­sões os Projetos de Lei n" 4.059/89 e 4.058/89,ambos de iniciativa do Poder Executivo, en­viados a esta Casa através das Mensagensn'" 691 e 693, de 1989. Estes projetos de leidispõem sobre o regime jurídico único dosfuncionários públicos, ou seja, sobre um no­vo estatuto dos funcionários públicos daUnião, das autarquias e das fundações espe~

ciais federais - as Universidades - e tam­bém instituem o sistema de carreira do servi­dor civil da União, fixando suas diretrizes.

No meio universitário existe muita apreen­são. Muitos professores e servidores aguar­dam esta aprovação do Congresso Naciónal.

Sabemos, Sr. Presidente, que uma dasatrofias maiores existentes no serviço públicobrasileiro é a coéxistência, absurda e juridica­mente inexplicável, de dois regimes jurídicosantagônicos, disciplinando a ação e a ativi­dade do servidor. Refiro-me aos servidoresestatutários e celetistas. Trata-se de dois sis­temas jurídicos antagônicos pelo fato de queo Estatuto do Servidor Público está vinculadoao ramo do Direito Público, enquanto quaa Consolidação das Leis do Trabalho se rela­cinar ao ramo do Direito Privado. Portanto,'é tentar juntas azeita e água, gerando, emconseqüência, traumas e muitas injustiças nobojo do serviço público brasileiro.

Por exemplo, tenho conhecimento, comoprofessor e procurador Jurídico da Univer­sidade Federal do Rio Grande do Norte, deinjustiças perpetradas naquela instituição,como em tantas outas do País, sobre as quaisemiti.parecer, sem poder de nenhuma formacorrigí-las. É o caso de dois professores domesmo departamento, um celetista, o outro,estatutário, que vieram a falecer. A viúvado estatutário recebe a pensão integral, comose vivo fosse o seu esposo, em decorrênciade uma legislação específica do funcionáriopúblico regido pelo Estaduto, enquanto quea do celetista recebe uma quantia irrisória,dec6rrente da aplicação da lei pertinente, porter sido o seu esposo regido pela Consoli­dação das Leis do Trabalho, No entanto, am­bos tinham as mesmas funções e lecionavamno mesmo departamento. Portanto, deve·riam as suas situações jurídicas ser simulta·neamente apreciadas pelo texto da lei.

Por outro lado, SI. Presidente, outras in­justiças vêm-se perpetrando em razão da exis·tência desses dois sistemas jurídicos antagô-

nicos - o Celetista e o Estatutário - queainda hoje vigoram no direito brasileiro.

Desse modo, a aprovação do novo Estatutodo Servidor Público, consubstanciado no de­bate do Projeto de Lei n" 4059, é uma impo­sição de forma a que se implante, o maisrápido possível, o regime único do servidorpúblico brasileiro, permitindo, inclusive, quemuitos desses servidores possam dar cursoa seus planos de vida. Tenho conhecimentode colegàs que aguardam a aprovação dessalegislação, para requererem as suas aposen­tadorias.

Igualmente, a instituição do sistema de car­reira do servidor público da União, tambémexigido pela Constituição do Brasil, comple­mentado através de lei específica, é uma im­posição urgente de forma a permitir a implan­tação definitiva do sistema de carreira na Ad­ministração Pública Federal, organizando oscargos públicos de provimento efetivo emplano de carreira, fundamentado nos princí­pios da qualificação profissional e do desem­penho, com a finalidade de assegurar a conti­nuidade da ação, atendimento e eficiênciado serviço público. Este plano de carreira,objeto do Projeto de Lei n' 4.059, com certe­za, corrigirá também as injustiças que hojesobrevivem dentro do serviço público brasi­leiro.

Com relação ao segundo aspecto que susci­tei, devo destacar, com urgência também re­levante, a imperiosa necessidade de que alegislação que está tramitando nesta Casa,referente à oraganização da seguridade apro­vada através do aperfeiçoamento do Projetode Lei n' 2.570, de 1989. Todos os paísesdesenvolvidos do mundo adquiriram estacondição através do aperteiçoamento do seusistema de seguridade social. O pós~guerra

trouxe para a gestão estatal a seguridade so­cial como uma das funções precípuas do Es­tado.

Antes da Segunda Guerra Mundial, inclu­sive no Brasil, na época das famosas ligasoperárias da Primeira República, esta gestãoda seguridade social era no âmbito da inicia­tiva privada. Hoje, na época do Welfarestate,ou seja, do estado social, impõe-se que a se­guridade seja exercida legitimamente peloEstado, amparando os que trabalham, naépoca em que nã possam exercer suas fun­ções.

Diz a Constituição no art. 194:

"A seguridade social compreende umconjunto integrado de ações de iniciativados Poderes Públicos e da sociedade,destinadas a assegurar os direitos relati­vos à saúde, à previdência e à assistênciasocial. "

Ora, SI. Presidente, existema inúmerascontradif;ões no sistema de seguridade socialbrasileiro, tal como a falta de uniformidadee de equivalência dos benefícios e dos servi­ços prestados pela Previdência Social às po­pulações urbanas e rurais. A Constituição es­tabelece que esses sery,iços e benefícios sejam'prestados de forma igual, e, inclusive, queo trabalhador rural seja assegurada uma pen­são, pelo menos, de um salário mínimo. No

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entanto, nada disso está sendo obedecido,e até existema casos de trabalhadores urba­nos estarem percebendo como proventos deaposentadoria, ou, quando já falecido, suasesposas ou seus dependentes, através de pen­sões, quantias inferiores a um salário mínimo.Isso conspira contra o princípio da solidarie­dade social e do resgate da dívida social brasi­leira, uma das metas' do atual Governo doSr. Fernando Collor de Mello. Quando estaCasa aprovar essas proposições, esperamosque a sanção se faça com a máxima urgência,beneficiando os aposentados brasileiros eaperfeiçoando o sistemaa de seguridade so­cial no Brasil.

Por outro lado, Sr. Presidente, embora opróprio princípio das Disposições Constitu­cionais Transitórias, que estabelece a corre­ção das pensões e dos benefícios com baseno salário mínimo tenha sido anunciado noGoverno passado como cumprido', verdadei­ramente não o foi, porque as correções a essetítulo foram feitas não de acon;Io com o PisoNacional de Salários, mas com o salário dereferência, o que na verdade descumpriu aregra do art. 58 das Disposições Transitóriasda Constituição.

Portanto, Sr. Presidente, precisamos solu­cionar esses dois problemas ligados aos fun­cionários públicos, de forma a que tenhamo seu regime único, para que desapareça essadistinção hedionda de deveres eobrigaçõesiguais e remunerações diferentes. Não se tra­ta só de isonomia. O regime único vai muitoalém disso. Daí por que a Constituição Fede­ral estabelece, no caputdo art. 39, a exigênciade uma lei que discipline o regime único,e, no selJ § 1", estabelece a isonomia, quese refere especificamente a vencimentos. Maso regime único é muito mais amplo, é o esta­belecimento de princípios e diretrizes que as­segurem ao serviço público dos Três Poderes- Executivo, Legislativo e Judiciário - tra­tamento realmente jurídico e consentâneocom os princípio's constitucionais.

Em relação aos aposentados e pensionistasa legislação infraconstitucional' também éurna exigência, porque, como demonstrei,até o 13" salário está correndo o risco de nãoser pago - como não o foi - por falta delegislação adequada.

Sr. Presidente, este Parlamento tem cum­prido o seu dever. Portanto, quando faço esteapelo no sentido de as Comissões apressarema apreciação dessas matérias, não vai embu­tida nenhuma crítica a esta Casa, porque seido desvelo com que todos procuram desem­penhar suas funções e da incompreensão queexiste com respeito a uma pretensa ineficiên­cia do Parlamento. Trata-se apenas de umpedido de prioridade.

O SR. ERICO PEGORARO - Permite-meV. Ex' um aparte?

O SR. NEY LOPES - Concedo o aparteao nobre Deputado Érico Pegoraro.

O Sr.. Érico P~goraro - Deputado NeyLopes, venho acompanhando com atençãoo que V. Ex' vem dizendo, com muita razão.Gostaria, humildemente, apenas de apensar

ao pronunciamento de V. -Ex' o que diz oart. 202 da Constituição Federal, o qual seencaixa perfeitamente no que V. Ex' vemconsiderando. Ainda hoje os pequenos pro­dutores rurais, os meeiros, os parceiros, osassalariados rurais e as esposas destes sãoconsiderados meio cidadãos, pois, regidos~inda pelo sistemaa da legislação do Funruralde 25-5-72, recebem de aposentadoria meiosalário mínimo, quando a Constituição lhesassegura um salário integral e, mais ainda,a diminuição da idade para aposentadoria -'­de 65 para 60 anos - e inclui no bojo debenefícios a mulher rurícola. Queria, então,dar esta contribuição ao pronunciamento queV. Ex' faz com tanta seriedade. Ainda naárea rural, tentamos também conceder aospescadores os benefícios da seguridade so­cial. Hoje, o pequeno produtor rural, o pe­queno assalariado, o garimpeiro, o pescador,o meeiro não têm condições de sobrevivênciaao se inativar com apenas meio salário míni­mo. Então, a atenção que se quer dos nossosórgãos técnicos é que a Comissão de Econo­

. mia não demore muito na análise desse proje-to de seguridade social, dificultando assimque esses benefícios cheguem ao campo epossibilitando que esses cidadãos, já com tan­to tempo de trabalho e com tantas, contri­buições dadas ao desenvolvimento do' País,nele possamc:ontlriuar. Hoje o que se verificaé a tentativa do'Governo em não concederos benefícios inscritos na Constituição, demo­rando-se em emendas e em explicitai sua ad­missibilidade, dificultando a obtençãó des~es

benefícios pelo pequeno produtor. Cumpri­mento V. Ex', pois este é um assunto da maiorseriedade. Sinto-me impossibilitado - eacredito que isso também ocorra com V. Ex'- em justifiCar' para o eleitorado rural ésseatraso. O pequeno agricultor nãoentende es­se tipo de demora debilitado a problemas detécnica legislativa. O Poder ExeCutivo nãoestá contribuindo, eficientemente, para qlJeeste Congresso adquira respeitabilidade pe­rante a opinião pública. Acho que, de certaforma, nós, os 495 Deputados, estamos cola­borando com o Poder Executivo, que nãoquer despender recursos para a concessãodesses benefícios, que são um direito de pe­queno, do menos favorecido. Por isso mesmocumprimento V. Ex' pelo empenho, juntoàs Comissões desta Casa, para que se votemessas leis. Vendeu-se a idéia de que a Consti­tuição seria regulamentada, quando o espí­rito constituinte é o de que a Carta seja apli­cada de plano. Quiseram o Poder Executivoe a sociedade jurídica que ela permanecesseletra morta, a fim de que não sejam conce­didos os tão esperados e necessários bene­fícios ao aposentado, principalmente ao pe­queno agricultor deste País quando passa pa­ra a imaturidade. (Palmas.)

• O SR. NEY LOPES - Nobre DeputadoErico Pegoraro, agradeço a valiosa contri­buição de V. Ex' ao nosso modesto pronun­ciamento V. Ex' refere dados da maior valiae que justificam nossa apreensão quanto ànecessidade de que seja dada, realmente,prioridade n~mero um à tramitação dessa le-

gislação infraconstitucional, especialmenteno que se refere aos aposentados e pensio­nistas, bem como ao regime jurídico únicoe ao plano de carreira dos servidores públi­cos.

Concluindo, Sr. Presidente, deixamos re­gistrada a nossa plena confiança no sentidode que este Parlmanento continuará a desem­penhar seu papel. Sei que as críticas que nosfazem são muitas, mas recentemente varamosas madrugadas para cumprir 6 nosso deverde apreciar as medidas provisórias para aquienviadas pelo atual Governo. Sabemos tam­bém que o momento é pré-eleitoral, o quenaturalmente dificulta maior aglutinação decompanheiros neste plenário.

Entretanto, na medida em que seja dadaprioridade pela Mesa e pelos presidentes dascomissões, das duas uma: óu esses projetose propostas serão apróvados nas comissões,ou seus presidentes e 'integrantes enviarão,num acordo de Lideran'ças, essas proposiçõesao plenário, para que, em regime de urgênciaurgeritíssima, venham' a' voto e haja delibe-ração da Casa a este respeito. .

Posso afirmar que é. melhor corrermos orisco de aprovar algo com rapidez do. quenos omitirmos não ultimando essas propo­sições, eis que a sociedade brasileira exigee reclama de nós o cumprimento desta mis­são. (Palmas.)

. OSr.ÀmaraÍ Netto"-~r.Presiden~e;peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Deputados, queria deixar consignadoum fato de suma importância no terremo dasmanifestações políticas.

Ontem, em São Pauro~ um candidatá a Go­vernador, na convenção do seu'partido"has­teou a bandeira que venho empunhando há'dois anos: da instituição, no Brasil, da penade morte. O candidato pelo PMDB ao Go­verno de São Paulo, Sr. Luís Fleury Filho,fazendo isso, demonstrou coragem e, ao mes­mo tempo, respeito 'pela verdade,-'principal­mente levando-se em co'nta que seu partidoé o 'únicó que ainda não indicou seus 'repre­sentanteS para integrarem a comissão que de­verá decidir sobre o plebiscito em torno dapena de morte, por mim requerido.

Por isso acho que há mais um motivo paraque o PMDB"'e o meu querido amigo, o LíderIbsen Pinheiro, indiquem seus representantesna comissão, para que ela possa funcionar.Uma vez funcionando, essa comissão terá umprazo para aceitar ou não o projeto de emen­da constituciomil que apresentei. Urna vezaceito, ele virá a plenário. Se for aprovadona Câmara e no Senado, o assunto será deci­dido pelo povo. se este o fizer pela pena demorte, é ele quem manda. Portanto, não acei­to a tese daqueles que, embora amigos meus,dizem que não deixarão que o plebiscito serealize porque o povo vai optar pela penade morte. Ora, se o povo quiser, é ele quemsabe.

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Enquanto isso. Sr. Presidente, intensifica­se a prática dos crimes mais absurdos e odio­sos. O seqüestro. como acontecia antigamen­te na Itália, começa a ser uma indústria semlimites - um milhão de dólares por seqües­trado. A imprensa, o rádio, a televisão nãoatendem a apelo feito aqui várias vezes, deque seqüestros só deveriam ser anunciadosquando fracassassem quando os seqüestra­dores fossem presos ou mortos, já que o queestamos fazendo no Brasil é incentivar a in­dústria do seqüestro.

Por outro lado, as coisas se passam maisou menos assim: com a falta de exemplo decima, os de baixo pioram. Se tivéssemos apena de morte para os crimes de seqüestro,roubo e estupro seguidos de morte, natural­mente todos os demais, de gradação menor,tenderiam a diminuir.

Volto, pois, a dizer, Sr. Presidente: é horade este Congresso ouvir o povo, aprovandoa relaização desse plebiscito. e repito: feitoo plebiscito. se a pena de morte não for apro­vada, renuncio ao meu mandato. Na verdade,a meu ver, no Brasil a média mínima a favorda pena de morte para os casos citados éde pelo menos 75%.

Mais uma vez reclamo do PMDB a indica­ção de seus representantes na comissão doplebiscito. Neste sentido, lembro o exemplodo seu candidato a Governador de São Paulo,que empenhou a mesma bandeira que venhoempunhando, a da instituição da pena demorte para estupro, roubo e seqüestro segui­dos de morte.

Agradeço a V. Ex', Sr. Presidente, e aoPlenário a bondade de me ouvirem.

Insisto em que é hora de fazermos o queo povo quer. Para isso fomos eleitos. (Pal­mas. )

o Sr. Amaury Müller - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Tem V. Ex' a palavra, pela ordem.

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr~ e Srs. Deputados, atentO às consideraçõese ampla ponderação feitas há pouco pelo ilus­tre Deputado Ney Lopes, acerca dos projetosque tratam aa regulamentação do texto cons­titucional quanto à implantação do regimejurídico único e do plano de carreira do fun­cionalismo público, eu gostaria de oferecera S. Ex' um breve esclarecimento, na condi­ção de Presidente da Comissão de Trabalho,de Administração e Serviço Público.

Realmente, nobre Deputado Ney Lopes,o prazo constitucional para regulamentaçãodessa matéria já está, infelizmente, esgotado.Ocorre, porém, que o projeto que trata doregime jurídico único do funcionalismo conti­nua tramitando de forma até pachorrenta naComissão de Constituição. Justiça e de Reda­ção. embora seu Relator, o ilustre DeputadoSigmaringa Seixas, já tenha oferecido seu pa­recer.

Cobraria aqui do Presidente desse impor­tante órgão técnico, Deputado Theodoro

Mendes, a imediata votação do. parecer doDeputado Sigmaringa Seixas, a fim de queessa importante matéria tramite agora nascomissões de mérito, primeiramente na Co­missão de Finanças e Tributação e finalmentee na última e mais importante comissão demérito, que tenho a honra de presidir, a Co­missão do Trabalho, de Administração e Ser­viço Público.

Quanto ao outro projeto, que trata do sis­tema e plano de carreira, do funcionário pú­blico, está na Comissão de Finanças e Tribu­tação, e o Relator, o gaúcho Arnaldo da Cos­ta Prieto, parece já ter concluído seu parecer.Seria o caso também de exigirmos, com amesma veemência, que essa matéria tenhaurgente e rápida tramitação naquele órgãotécnico, a fim de que minha comissão possareceber simultaneamente ambos os projetos.

Embora estejamos na expectativa de queessas matérias sejam tratadas nas duas comis­sões a que me referi, a Comissão de Trabalho,de Administração e Serviço Público não estáindiferente nem omissa quanto ao problema.Tanto é assim que na próxima quarta ou quin­ta-feira estaremos promovendo audiência pú­blica com a presença das principais liderançasdo sindicalismo público do País, tratando exa­tamente da temática mais importante, queenvolve o regime jurídico único e o sistema

.e plano de carreira. Já poderemos até, a partirdaí, com esta visão universal das duas ques·tões, praticamente montar os pareceres, umavez que os relatores das comissões já estãoindicados: para o regime jurídico único o no­bre Deputado por Brasília Geraldo Campos,e para o plano e sistema de carreira o depu­tado fluminense Edmilson Valentim.

Também foi criada, nobre Deputado NeyLopes, uma subcomissão temporária paratratar especificamente do assunto, cuja presi­dência foi confiada ao ilustre Deputado deBrasília Augusto Carvalho. De modo que,no que concerne a essas questões, que consi­dero urgentes e vit.ais para um equaciona­menta da situação dos servidores públicos,tão ameaçados pelo autoritarismo do Presi­dente Collor de Mello, já estão elas encami­nhadas.

Uma palavra apenas; para encerrar, sobrea proposta que fiz ao Presidente Paes de An­drade e ao Líder do PMDB Ibsen Pinheiro,e que pretendo estender a outros partidos,como Presidente dá Comissão do Trabalho,acerca do plano de benefícios e custeio daPrevidência: está tudo pronto. Há óbices, di­ficuldades, diques quanto à questão do cus­teio. A proposta que faço, suprapartidária,para que não se dê enfase a q\lalquer partido,e para que nenhum deles assuma a paterni­dade da questão.e fature eleitoralmente, éde que costuremos' um grande acordo quenão envolva diretamente siglas, mas os inte­resses da Nação, a fim de que as gordurasque eventualmente existam no plano de cus­teio possam ser removidas, lipoaspiradas, demodo a viabilizar o plano de benefícios. Comisto estaríamos abrindo caminho para, afinal,reconhecer os direitos constitucionais de 12milhões de aposentados e pensionistas e con-

templar com prerrogativas de justiça socialos agricultores, que continuam sendo obriga­dos a viver 65 anos, num país cuja expectativamédia de vida no meio rural mal chega aos60 anos, para, ao cabo de tanto sofrimento,receber como provento de aposentadoria oinsulto de meio salário mínimo, e acabar coma discriminação odiosa, inaceitável e inconsti­tucional que prejudica a mulher que vive nomeio rural, que já teria a ter direito à sua·aposentadoria aos 55 anos, com pelo menosum salário mínimo.

Era isso, Sr. Presidente e nobre DeputadoNey Lopes, que gostaria de oferecer à refle­xão de V. Ex", como contribuição pessoale de meu partido ao equacionamento dessasquestões cruciais e importantes' que estão aexigir medidas mais do que urgentes, urgen­tíssimas.

Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao Sr. Jofran Frejat.

o SR. JOFRAN FREJAT (PFL-DF. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Deputados, a posse do Ministro AlceniGuerra no Ministério da Saúde trouxe a todosnós uma esperança nova no sentido de queo sistema de saúde hoje implantado no Paíssaia das grandes dificuldades em que se en­contra e possa oferecer um.atendimento maiscondigno à população, em particular ao pre­videnciário, que paga por essa assiscência mé­dica e can,ce de um mínimo de dignidadeno atendimento que lhe é prestado.

Sabemos que o Ministro Alceni Guerra en­contrará uma tarefa hercúlea pela frente. Asituação em que se encontram os hospitaispúblicos do Brasil, o descrédito em que caiua medicina brasileira, a desconfiança que foigerada na mente da população interessadalevou a um verdadeiro caos, a uma verdadeiradebâcle do sistema de atediinento à Saúdeno País. E o' Ministro não vai deparar-se ape­nas com um sistema caótiCo a ser reparado.·O diagnóstico já foi feito e o prognóstico ésombdo, se não dermos o tratamento a tempoe a hora. O Ministro, pretende dar o trata­mento adequado, mas para isso ocorrem al­guns óbices, Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Depu­tados. '

O INAMPS, que é o grande prestador deserviços médicos no País, hoje não Pt.l tencemais à Previdência Social, mas ao Ministérioda Saúde.

Há muito se discutia a tese dessa transfe­rência, para que só um ministério pudesseenglobar todas as ações de saúde, tanto pre­ventivas quanto curativas.

Ocorre, Sr. Presidente, que saúde não tempreço, mas um custo, e é alto. E o Ministérioda Saúde vai ficar agora com o INAMPS,na dependência da transferência de recursosdo Ministério da Previdência, que arrecadaeontribuiçães através do LAPAS, para oINAMPS.

Como ex-Secretário-Geral do Ministérioda Previdência e de ex-Secretário da Saúdede Brasília, tenho longa experiência nessasdificuldades de transferência de recursos. To-

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dos sabemos que a Previdência Social é per­manentemente deficitária, a não ser,que oProduto Interno Bruto, a oferta de empregose os salários estejam crescendo. No momentoem que caem os salários, o nível de empregoe o Produto Interno Bruto, a contribuiçãoà Previdências Social também cai, trazendopara esta conseqüências gravíssimas. Essaqueda leva, em termos percentuais, à perdade arrecadação de bilhões de cruzeiros.

Corno sabem V. Ex", a Previdência Socialé o segundo orçamento deste País, sendo oprimeiro o da União e o terceiro o de SãoPaulo. Ora, a Previdência Social sempre seutilizou do expediente de carrear seus recur·sos para pagar aquilo que era fundamental.impossível de ser postergado, ou seja, o paga­mento dos benefícios. Não se pode comp~imirnem reduzir o pagamento dos benefícios. Co·mo não é possível reduzir, e se paga até odescoberto, onde é que a Previdência Social,no momento em que estiver de caixa baixa,principalmente se houver recessão, se houverdesemprego, se houver a queda da PIB, sehouver achatamento salarial, vai comprimirseus gastos? Naturalmente, na saúde e naassistência social. Com sempre fez! Porquenão pode fazê-lo nos benefícios, ela o fazna saúde e na assistência social.

Pois bem, quando o INAMPS pertenciaao Ministério da Previdência e AssistênciaSocial a responsabilidade era maior, porqueera uma autarquia pertencente aó SINPAS,e, evidentemente, a Previdência Social nãopodia deixar de repassar recursos para umaautarquia dentro da sua própria estrutura.Mas, n.o momento em que o INAMPS setransfere para outro ministério, tenho minhasdúvidas com relação à automaticidade, regu­laridade e quantidade de recursos que serãorepassados para este órgão, porque isso acon­teceu no passado com o salário"educação. OMinistério da Previdência e Assistência So­cial arrecadava o salário-educaç"ãb e teria querepassá-lo para o Ministério da Educação epara as secretarias de educação. Quando aPrevidência Social estava de caixa baixa, esserecurso era repassado em conta-'gotas. Será'que isso não se repetirá agor~ que o INAMPSestá em outro Ministério? E uma perguntaque merece resposta imediata. ,

Tivemos o cuidado de alertar o Ministérioda Saúde, quando a Lei Orgânica de Saúdetramitava aqui, nesta Casa, no sentido de queesse repasse fosse automático, mas isso nãoresolve tudo, porque 30% de nada passadosà saúde, não é nada; 30% de mil é um valormuito maior, é um valor real. Evidentemen­te, se a Previdência Social arrecadar pouco,serão os 30% de pouco, se arrecadar muito,serão 30% de muito.

Então, aqui fica a minha preocupação eo alerta ao Sr. Ministro da Saúde: é precisoque S. Ex' tenha um grupo verificando o quese vai passar .no Ministério da Previdênciacom relação a essa transferência de rasuras,porque senão a área de saúde mais uma vezficará de chapéu na mão, pedindo de portaem porta que se lhe transfiram' recursos, afim de dar atenção' condigna à população.

Estou receoso, especialmente agora que sefala em aumento do desemprego e na possibi­lidade de recessão, de que isso atinja princi­palmente o grande desaguadouro de proble­mas sociais, que é a área de saúde neste País.

Aqui fica meu alerta para que o Ministroda Saúde se interesse e se preocupe em veri­ficar como será feito esse repasse, para quedepois o setor não venha sofrer grandes difi­culdades como as ocorridas em 1981, 1982e 1983, quando a exigüidade de recursos pro­vocou o início do sucateamento da rede hos­pitalar público no Brasil.

Ouço com prazer o nobre Deputado JoséCarlos Coutinho.

o Sr. José Carlos Coutinho~ Nobre De­putado Jofran Frejat, V, Ex' é uma das maio­res expressões que temos na Comissão deSaúde, Previdência e Assistência Social peloaltíssimo grau de conhecimento que tem dósproblemas dessa área a níveis de Brasília enacional. Faço minhas as palavras de V. EX'porque realmente fez uma radiografia da rea­lidade nacional, louvando a atitude do Minis­tro Alceni Guerra particularmente no nossoEstado, o Rio de Janeiro, onde jamais tive­mos um ministro de tanta ação. V. Ex', aocolocar o INAMPS no contexto do Ministérioda Saúde, fê-lo com muita c1aréza e discerni­mento. Tenho certeza de que não só as pala­vras comd as' áções de V. Ex' na Comissão.de Saúde farão coíIl que o Ministro da Saúdeleve em consideração o que V. Ex' aqui ex­põe. Parabéns pelo seu pronunciamento, queestá sendo de uma nitidez arge~tina.

o SR. JOFRAN FREJAT- Agradeço aonobre Deputado ,José Carlos Coutinho oaparte que enriquece o meu discurso. Sabe­mos da boa vontade'e do interesse do Minis­tro Alceni Guerra em resolver o problema,indo pessoalmente visitar os hospitais paraverificar in loco o que se passa e deparando-secom o grande óbice da falta de recurso. Tero diagnóstico sombrio, como estamos tendocom relação à saúde.

O mesmo acontece com as Secretarias deSaúde, que também estão à míngua de recur­sos. As Secretarias de Saúde hoje têm umaresponsabilidade muito maior, porque elasa~umiram o comando da saúde nos Estados.Não há mais aquela dicotomia do Inamps eSecretaria de Saúde, mas uma unificação.Aliás, queria mencionar a felicidade q~ tive­mos aqui no Distrito Federal ao fazer umsistema descentralizado, hierarquizado e re­gionalizado, cuja tese foi consagrada naConstituição. E hoje o Brasil inteiro, o Minis­tro da Saúde e todas as autoridades de saúdefalam que esta é a solução para o problemade saúde do País, ou seja, um sistema único,descentralizado, hierarquizado e regionaliza­do de saúde, para que ela chegue à popula­ção, próxima àquele que necessita, não exi­gindo o transporte difícil para transferênciacomplexa dos pacientes para hospitais longín­quos, quando se pode prestar assistência, co­mo outra qualquer estrutura de atendimento ..ao público, próximo à residência do paciente.

No entando, as Secretarias de Saúde tam­bém vão passar por dificuldades semelhantes,e o exemplo está aqui no Distrito Federal.Com a melhor rede física, a melhor estruturabásica de saúde do País, Brasília encontra-se'hoje sendo citada corno exemplo de falta deatendimento condigno à população. Porquê?Será que não temos profissionais competen­

.tes? Temos, e muitos; será que não temosequipamentos capazes de atender às necessi­dades dos profissionais de saúde? Ternos, evi­dentemente, mesmo porque grande' partedesse; equipamentos não' é nacional, vem doexterior e tem as mesmas características. En­tre um Raio-X instalado em São Paulo, ouno Rio de Janeiro, ou em Miami, ou em Mas­sachusetts ou na Alemanha, não há qualquerdiferença; o que há é que, para esses apare,lhos, a velocidade de reposição de peças ede medicamentos não tem sido ateridida namedida Que exige o atendimento seguro àpopulação. Isso leva ao desprestígio da classee a que 'se pense que o profissional de saúdeou os Secretádos de Sàúde não são compe­tentes.

Temos hoje aqui um Secretário deSaúde,Dr. José Richelieu de Andrade, que está lu­tando dia e noite para conseguir recursos,a fim de refazer a rede sucateadá, qu'e porsete anos, de 1983 para cá, sequer foi respostaou recondicionada.

Por isso os Secretários de Saúde tambémdevem se. preparar porque, se o Ministérioda Saúde não receber'recl\rsos, seguramenteeles também ficarão sem elementos súficien­tes para prestar um bom atendimento à popu­lação.

Sr. Presidente, comecei a falar em saúdee gostaria de ter a atenção de V. Ex' paraum aspecto que considerQ da maior impor­tâl)cia. ,Durante os trabaJhos da Constituintenesta C&sa, apresentei.uma emenda que ,davaaos profis,sionais ligad<;>s diJ;etamente. à saúdeo direito à aposentadoria integral aos trintae vinte cinco anos, respectivamente para ohomem e para a mulher. Baseava-me naequi­valência daquilo que foi concedida aos pro­fessores, aos jornalistas e aos juízes de Direi­to. Achaque essas categorias também mere­cem essa aposentadoria especial.

Durante os trabálhos da Constituinte nãoconsegui sensibilizar, para isso, este Plenário,porque diziam que a matéria não deveria ficarconsignada na Constituição, mas sim regu­lada através de uma lei complementar. Apre­sentamos uma lei complementar, relatamosali os inúmeros casos de profissionais de saú­de que esTão expostos diariamente a todo tipode doença, de mazela, como meningite,AIDS, sífilis, malária, todas as doenças infec­to-contagiosas. Temos aqui a relação de inú­meros profissionais de saúde de Brasília quefaleceram por doenças contraídas durante seutrabalho em hospitais. Mas não consegui sen­sibilizar meus colegas. Esse projeto de leiestá hoje na pauta para entrar na Ordem doDia.

Quinta-feria passada o Jornal do Brasil es­tampou, na primeira página, a notícia de mor­te de uma enfermeira .por men~ngite, apól

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o atendimento a uma~'criança com a mesmadoença no Rio de Janeiro. Isso exemplifica,espelha, de maneira meridianamente clara,o que acontece com os profissionais de saúdeneste País, expostos não só à crítica, mas aessas mazelas, a doenças -e muitos se recu­sam até a se encostar nos doentes por elasacometidas, com medo da sua virulência, damortandade que provocam, enquanto outrosas enfrentam no atendimento diário à popu­lação.

Concedo o aparte 'ao nobre Deputado Ân­gelo Magalhães.

Ó Sr. Ângelo Magalháes - Depútad'oJo­fran Frejat, o assunto que V. Ex' aborda éde transcendental importância. Não se podeentender que um profiSSional de saúde, comoàcontece no meu Estado, ganhe de cinco aquinze 'mil cruzeiros,' um salário de miséria,que sequer lhe oferece condiçoés mínimasde lbco'mo'ção decente para exe'rcer profissão,Um profissional' de nível universitário nãopode ganhar tim salário vil como esse. V.Ex' tem toda a razão. Estaremos sempre 'aquipara ápoiár as iniciátivas de V: Ex' que tam­bém abordou o problema de recursos: Másé'inérívef o que ocorreu no meu Estado du­ranteo Goverrio do Sr. Waldir Pires: A Se­cretarhíde Saúde -pas'mem, Srs. Deputados- devolveu recursos, não Os aplicou, de­monstrando muita incompetência. V. Ex' émédico e conhece bem os problemas da saú­de. ,Por isso, sabe que só um incompetentedevolveria verbas 'ao Ministério' da Saúde,Sem aplicá-las adequadamente.

o SR. JOFRAN FREJAT - Agradeço oaparte a V" Ex', Deputado Ângelo Maga­lhães.

Dizia: há pouco, que saúde não tem preço,ma~ tem um custo ,altíssimo., Não .se podedevolverrecursosda saúde, quando inúmeraspessoa~nesté País necessItam de um atendi­m~Í1io: médico, de 'cÍ;uáier preventivo, ~ura­tivo e de reabilitação.

'Por· isso, é inaceitável que um profissionalde sa:úae perceba dé dnco a quarenta milcruzeiros por mês, ó que é uma miséria, den­ira da menor faixa salarial do Brasil. E sãoeles profissionais lib'erais, com nível superior.Esta Casa ainda não entendeu que esses pro­fissionais merecem a aposentadoria especialpor tempo de serviço,' aos 30 e 25 anos, comofoi' concedida a outras categorias - é nãotenho nada contraó profe'ssor; o juiz, o forna­lista; mas não é justo que se {lê essa condiçãoespecial a esses profissionais e se reCllse ouse ignore a reivindicação dos profissionais dasaúde quanto a se aposentarem um poucomais 'cedo, mesmo porque estão expostos atlido o que há de mais degradante na vidªnacional, pois a saúde é o desaguardouro dosproblemas sociais. No hospital estão interna­dos os doentes, os miseráveis, os que' nãotêm casa, os que não podem' ir para casa,os que têm f{lme t. sede, enfim, todos os' pro­blemas ali se enCOl-Cram. E são esses profis­sionais relegados a segundo plano, não sócom relação ao baixo salário, como disse aome apartear o Deputado Ângelo Magalhães, '

como, seguramente, pelas c0ndições de tra­balho, sem a mínima proteção para que elespossam exercer seu mister com dignidade.

Sr.' Presidente, essas são questões funda­mentais a serem examinadas pela Casa. Pedi­mos às lideranças que, ao se reunirem ama­nhã para decidir quais os projetos que entra­rão na pauta da Ordem do Dia, que atentempara este projeto, da maior sensibilidade econsideração para com os profissionais dasaúde, que estão sendo execrados dos Paísinteiro. Ele também encontra-se na pauta pa­ra entrar na Ordem do Dia. Pois que sejaali colocado, e este Plenário decida se o aceitaou não, se o considera ou não, se respeitaou não os profissionais da saúde, porque édesse respeito que lá fora receberam que sairáa mesma consideração desses profissionaispara com os pacientes e para conosco tam­bém, os legisladores. ,

Estamos numa luta sem trégua, não parafaZer fávores nem gentilezas, tampouco paraconceder aquilo que não é concebível paraoutras categorias: mas para queseja dadoaquilo que, por direito epor Justiça, cabea essa classe laboriosa, dos profissionais desaúde, que têm lutado para dignificar estePaís e vêm lutando, apesar das péssimas con­dições de trabalho, para que a Medicina sub­sista num país de grande miséria e grandesdoenças, como o Brasil!

O Sr. José Carlos Coutinho ~ Sr. Presi­dente; peço a palavra, pela ordem., O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­

Tem V. Ex' a palavra. ,, O SR. JOSÉ CARLOS COUTINHO (PDT

- RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, gostaria de parabenizar esta Casa porter V. Ex' na PreSidência dos trabalhos. Eesta Casa o respeita como um dos Deputadosmais operosos. Não me refiro apenas ao de­sempenho do mandato deDeputado Federai,mas também à sua ação como Constituinte.Por isso, numa comparação', eu o classificariacomo a abelha rainha numa colmeia, pelaprodução e produtividade.

Sr.·Presidente, durante os trabalhos consti­tuintes, apresentamos uma emenda, a primei­ra de autoria do nobre Líder Adolfo Oliveira,acerca de um plebiscito a ser feito a respeitoda separação do Estado do Rio de Janeiroda cidade do mesmo nome.

O Presidente Ernesto Geisel, durante seugoverno, numa atitude arbitrária, da noiteparaodia, uniu os dois Estados, Rio de Janei­ro e Guanabara, e até hoje ambos passampelas vicissitudes que estão estampadas dia-riamente na imprensa. ,

Há pouco, conversando com o Deput~do

Adolfo Oliveira, S. Ex' me falava sobre oplebiscito aprovado pela Câmara dos Verea­dores do Rio de Janeiro, que, numa atitudebastante democrática, ouviu o povo sobre afusão, a qual, porém, só propiciou confusãono Estado e um péssimo atendimento ao povoem geral.

O Congresso Nacional instituiu uma comis­são de redivisão territorial que também dis­punha de prazo para considerar essas ques­tões. A nível nacional existem outros casos

semelhantes, além do Estado do Rio de Ja­neiro, como os do Triângulo Mineiro, Mara­nhão, Bahia e vários outros.

Gostaríamos de fazer um apelo à Casa nosentido de que desse andamento a esse traba­lho, para que a imagem divulgada hoje pelaimprensa a nosso respeito - em nossa opi­nião, falsa, pois, dada a operosidade com queesta Casa trabalha, vários colegas se dedicamdiuturnamente aos trabalhos das comissões,e por isso não podem comparecer às sessõesplenárias nem aparecem nas estações de rádioe de televisão seja mudada.

'O Sr. Ádolfo Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Tem V. Ex' a palavra.

O Sr. Adolfo Oliveira - (PFL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, trata-sede problema de ordem regimental.

V. Ex' e a Casa sabem que' o Congressotem sido muito criticado, atacado. Poucas ve­zes com razão e muitas vezes sem razão'algu­ma. Não podemos permitir que se divulguesem um protesto, sem uma estranheza o queestá estampado na ediçãO; distribuída hojeàs bancas, da revista Veja. Na pág. 35, amaté­ria, cujo título é "Arauto do Apocalipse",a propósito do ecologista José Lutzenberger,diz o seguinte:

"Em: sua pa~sage~ ,p.or Washingtonjantou com Thomas ~ov~joy: .. "

Thomas Lovejoy; uma vez, no -Brasil, de­clarou que estava pronto-para,ensinar o cami­nho da Amazônia aos Parlamentares brasi-leiros. .

E prossegue:

"diretor da Smithsonian Institution,entidade que patrocina, com generosassubvenções, movimentos ecológicos emtodQ 9' mundo e que; no Brasil, estendeessas benesses a Parlamentares, como oDeputado... "

Segue o nome,de um colega, que não voucitar porque tenho certez<). de que, é umaagressão gra.tuita. Mas peço à Mesa, atravésde V. Ex', que mande apurar essa matériae faça uma publicação oficial informando queos Parlamentares brasileiros não estão à ven­da e nem alugam as suas opiniões e o seuvoto a instituições estrangeiras ou de qual­quer espécie. Isso é um desafóro e não podeficar assim., " ' ,

Na Constituinte, havia um Corregedor.Agora, acho que esse tràbalho deve ser detoda a Mesa.' , '

Sr. Presidente, com o meu protesto - por­que sou o Presidente da ('omissão da Defesado Consumidor e do Meio Ambiente - enca­minho a a~sunto à consideração da Mesa.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Nobre Deputado Adolfo Oliveira, a Mesasolicita a V. Ex' que lhe encaminhe a denún­cia em que baseou sua questão de ordem,a fim de lhe dar a devida consideração.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson)­Concedo a palavra ao Sr. Roberto Balestra..

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3950 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção.!) Maio de 1990

o SR. ROBERTO BALESTRA (PDC - horas, apesar do fim do locaute, acabando-se com largo espaço à produção da soja e daGO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. os estoques de diesel e gasolina no fim da cana-de-açúcar.Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, o problema tarde, com os tanqueiros em greve, abaste- Sabe-se que essa descoberta vai provocarda crise energética no Brasil teve, recente- cidos apenas os' setores essenciais, como a uma reviravolta nos destinos do Proálcool,

. mente, seu aspecto mais contrangedor, do polícia e os hospitais. colm as maiores repercussões econômicas,ponto de vista político e administrativo, com Transtorno semelhante ocorria no Baixada ecológicas e sociais, desde que se trata do.a ameaça de locaute iniciada pelos donos dos Santista e no litoral, com graves problemas combustível menos poluente.5.600 postos de gasolina do Estado de São para os turistas, que não encontraram com- A PRESERVAÇÃO DOPROÁLCOOLPaulo: bustível ao longo das rodovias.

Já se pensava no seu enquadramento, Ameaçado o porto de Santos, providen- O desempenho do Proálcool vinha sendoquando surgiu uma séria dúvida de ordem ciou-se a solução dos problemas dos tanquei- satisfatório, até que surgiu uma crise de pro-jurídica: "Iocaute" é um movimento patronal ros.. Aquele ancoradouro consome de trezen- dução.em oposição à· greve dos trabalhadores ou tos mil litros de óleo diesel por dia. Na segun- Teria sido muito pior, por exemplo, separa previni-la. Evidentemente, prejudica o da-feira chegaram aos postos Santistas só 4 ocorresse um novo "boom" no preço interna-consumidor, mas não se dirige, propriamen- milhões e 200 mil litros de álcool. cional do petróleo,' com um acréscimo, porte, contra uma medida governamental. exemplo, de 50% na cotação internacional.

No caso paulista, a paralisação até contava A SOLUÇÃO DO PROÁLCOOL Só restaria à empresa procurar mais metanoIcom o apoio dos transportadores e dos fren- e importar mais álcool, até maio, quando serátistas em geral e poderia, no máximo, ser No meio da crise, alguns "xiitas" da Petro- processada a próxima safra alcooleira.um ato de oposição ao Governo,. dificilmente brás procuram culpar o Proálcool, por não O que tem havido, desde o início daqueleimputável como rebelião civil. ter previsto que um súbito encarecimento das plano, é uma reação crescente da Petrobrás,

Serviu, no entanto, a ameaça, para revelar cotações de cana-de-açúcar no mercado inter- que não deseja qualquer brecha no controlea agudização do problema e advertir, mais nacional, seguido de um acidente ecológico total dos combustíveis, que se tem promo-uma vez, o Governo de que há insuficiência qualquer, poderia provocar o desabasteci- vido, como se o monopólio estatal do petró-do abastecimento, enquanto o uso de sucedâ- mento, porque nossa gasolina é misturada leo significasse o domínio do uso de todosneos, afora o álcool, vem sendo repelido pe- com ele, enquanto a maior parte da frota os recursos naturais no campo energético.los desinformados ecologistas - com a pros- automobilística do País se abastece do álcool- Felizmente, o futuro Ministro da Infra-Es-crição do metanol, acalentada por um juiz, motor. trutura desautorizou os anúncios de extinçãosem prova nenhuma de que o álcool extraído Mas é preciso lembrar que essa solução do Proálcool ou sua interrupção, salientando'de outros vegetais seja mais pernicioso ao se originou com os dois choques provocados, que, no novo Governo, não há idéias precon-meio ambiente do que aquele produzido a no mercado internacional de petróleo, pela cebidas a respeito, mas apenas estudos isola-partir da cana-de-açúcar. Organização dos Países Exportadores de Pe- dos, por parte de órgãos e entidades capaci-

No momento, Sr. Presidente, os estoques tróleo, quando o preço do produto subiu de tadas a opinar sobre o assunto, a fim de defi-de álcool caíram para níveis críticos. O abas- dois para mais de trinta dólares, em inespe- nir-se um programa capaz de enfrentar a atualtecimento está precário em todo o País. E rada multiplicação por quinze, numa fase em e futuras necessidades.para aliviar o problema de escassez do álcool, que não produzíamos mais da metade do pe- Tais entidades são representativas dos pro-as destilarias decidiram antecipar a safra de tróleo de que carecíamos. dutores de cana, dos usineiros, da indústriamaio e junho para abril. No entanto, tal me- Implantado o Proálcool, graças à posição automobilística, das distribuidoras de com-dida não é a solução; apenas empurra o pro- vigorgsa assumida pelo Instituto do Açúcar bustíveis, do Conselho Nacional do Petróleoblema para o futuro. E não é por falta de e do Alcool, dentro de alguns anos estávamos e da Petrobrás.saliva que está faltando álcool. Nunca se dis- atendendo, com o incremento da produção Além de desmentir a notícia da concessãocutiu tanto, nunca se falou tanto na área do .nterna de óleo e o uso do álcool combustível, de subsídios, salientou que muitos dos remé-governo,. e nunca, também, as autoridades a mais de dois terços das nossas necessidades dios aplicados pelo futuro Governo vão gerarse desentenderam tanto em busca da solução no setor. descontentamentos.'p'ara um problema que, primeiro, não deveria Nunca devemos esquecer que o petróleo Já o Presidente do Conselho Nacional doter existido e, segundo, já deveria estar solu- é uma fonte de energia fóssil e esgotável, Petróleo, General Roberto França 'Domin-cionado. encontrando-se em jazidas cada vez mais pro- gues, afirmou ser impossível a extinção do

É bom lembrarmos, Sr. Presidente, que fundas, as maiores nas faixas continentais Proálcool, quando esse produto move umanão são .poucos os proprietários de carro a submarinas, e que o álcool é extraído de um frota de quatro e meio milhões de veículos,álcool. São 4,2 milhões de pessoas. E, para recurso natural renovável, desde a cana-de- enquanto o programa absorveu o equivalentedesespero destas, parece cada vez mais com- açúcar à beterraba, à mandioca, ao milho, a dez bilhões de dólares para ser instalado,plexa a situa'ção, pois são inúmeros os obstá- como da madeira se extrai o metanol, vesga- existindo uma indústria que depende dele,culos para a solução do problema. Esta é mente condenado pelos nossos ecologistas, como as fábricas de baterias e carburadores,a causa da ausência de uma solução, que po- sem o menor apoio científico, e considerado com excelente know-how, havendo, da plan-deria ter sido a utilização do metanol, depois a melhor solução do ponto de vista ecológico, tação da cana aos postos de gasolina, cercade uma campanha inteligente de esclareci- nos Estados Unidos. - de três milhões de trabalhadores direta ouII1entos que deveria abranger não só a popula- Adivirta-se que a pesquisa em torno do indiretamente engajados no processo produ-ção; mas também as autoridades e a área álcool, no Brasil, tem assumido aspectos de tivo.~dicial, ou ainda importação do álcool ani- verdadeira conquista científica. Ainda recen- Salientou que a única hipótese plausível

ro em tempo hábil. temente vimos o ex-Presidente José Sarney é a retirada do subsídio ao álcool, atualmenteEnquanto alguns fâmulos da Petrobrás se condecorar a cientista Johanna Dobereiner, pago pelo consumidor dos demais combus-

ouriçam, acusando o Proálcool de culpado alemã naturalizada brasileira, membro per- tíveis, o que forçará a readaptação da estru-pela crise de combustíveis, observa-se que manente da Academia de Ciências do Vati- tura instalada em função do Proálcool, rees-~as bombas também falta gasolina, verifican- cano e pesquisadora da Embrapa, com 252 truturando-se todo o plano nacional, com a

o-se, em São Paulo, que esta vem faltando trabalhos científicos, cuja significação econô- retirada do subsídio também ao gás de cozi­menos de doze horas depois de ausência da- mica representa, cada ano, o dobro do orça- nha e ao diesel, que passaria a custar quasequele. _ mento daquela instituição. Ultimamente, o dobro do preço da gasolina.

A situação é caótica em todo o País. No vêm obtendo grande repercussão suas pesqui- Os usineiros consideram a preservação dopenúltimo sábado, os 860 postos da. região sas com a bactéria que fixa o nitrogêneo no Proálcool rigorosamente necessária, lem-f!.e Campinas funcionaram durante po.ucas ar, dispensando a adubação nitrogenada,. brando que o preço do barril de álcool custa

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3951

24 d6lares, enquando o da gasolina alcançamais de 34 d6lares, incluídos os custos detransporte, de refino e a margem de lucroda Petrobrás.

Parece-lhes melhor admitir a reestrutura­ção do programa, como se fez no ano passa­do, fixada para até 1995 a elevação da produ­ção de 13,5 bilhões de litros/ano para 16 bi·lhões, que é, atualmente, a capacidade insta­lada do setor.

Concedo um aparte ao nobre DeputadoFernando Gasparian.

O Sr. Fernando Gasparian - Cumprimen­to V. Ex', nobre Deputado Roberto Balestra,pelo seu discurso. Julgo que o programa doálcool é uma experiência que realmente ma­ravilhou o mundo. Num momento em quenão havia fontes alternativas de energia, des­cobriu-se no Brasil uma fonte de energia queninguém imaginava possível. É uma expe­riência que não poderá ser abandonada. Em­bora seja da oposição gostaria de aproveitareste aparte ao importante discurso de V. Ex'para ressaltar a luta do Presidente Collor con­tra o oligop6lio da indústria automobilística,que, usando diversos estratagemas, quer con­testar a política de' combate à inflação, comojá ocorreu na época do Plano Bresser, derro­tado pelas multinacionais de autom6veis ins­taladas no Brasil, as quais não têm nenhuma I

simpatia pelo programa do álcool, nem porplano econômico algum. Se o Presidente Co­llor não conseguir o apoio deste Congressoe desta Nação, será derrotado por esses gru­pos, qu~ em abril quase nada produziam, por­que parijram as suas fábricas exatamente paracriar o ágio que está escandalizando o País.Evidentemente, se um 0lig9p6lio pára deproduzir durante um mês, o produto vem afaltar, por menos que ~eja procurado: E essasfábricas pararam para não diminuir o preçoe não aumentar o prazo de pagamento dasua produção, coisa que nenhuma outra in­dústria deste País fez. ÉimportantíssimoTes­saltar que, neste momento, o Presidente devereceber o apoio do Congresso para enfrentaro oligop6lio da indústria automobilística, queusa uma reserva de mercado que todos fin­gem combater, mas n,a verdade existe nestePaís. A indústria automobilística vende a suaprodução a preços altíssimos e está querendodesafiar o Governo mais uma vez, como jáo fez durante o Plano Bresser, reduzindo aprodução de autom6veis e própiciando a cria­ção do ágio para desmoralizar o plano decombate à inflação. Congratulo-me com V.Ex', ilustre Deputado. Realmente, o progra­ma do álcool tem de ser preservado. Trata-sede uma iniciativa brasileira que tem a admira­ção do mundo inteiro, inclusive porque foiimplantado muito rapidamente. Pode ser, nomomento, um programa um pouco antieco­nômico, porque talvez fosse mais barato im­portar petróleo, mas um país tem de preser­var a sua e,conomia. No caso específico, oprograma do álcool não pode ser abando­nado, porque poderá ser muito importanteno futuro, como já o foi no passado, para·a nossa economia.

O SR. ROBERTO BALESTRA - Agra­deço a V. Ex', nobre Deputado FernandoGasparian, o aparte. Fico muito feliz em sa­ber que V. Ex" tanto quanto n6s, preocu­pa-se com o sucesso do Plano Collor, queconsidero a salvação do nosso País. Todosos que defendemos a livre iniciativa, quandovemos o País ameaçhdo pelos monop6lios e0ligop6lios, ficamos realmente muito preocu­pados. Mas quando um Parlamentar da suaenvergadura, do seu quilate, mesmo sendoda oposição, reconhece os méritos do planodo Governo, ficamos muito mais animadosem lutar a favor deste plano:

Não se pretenda que a extinção do Institutodo Açúcar e do Álcool, na recente reformaadministrativa, signifique o abandono daque­le plano, que pode, perfeitamente, ser reo­rientado por outro 6rgão do Ministério daInfra-Estrutura, encarregado cje controlar to­do o ~etor energético.

Não se pode esquecer que, desde a décadade 30. no prime'iro Governo Vargas, aqueleinstituto foi criado justamente para contin­genciar a produção, tendo em vista a concor­rência de São Paulo e do Rio de Janeiro,considerada prejudicial à sobrevivência da in­dústria sucro-canavieira do Nordeste. Insti­tuiu-se um regime de cotas de produção, alémdo protecionismo de preços, a fim de queaquela região continuasse podendo enfrentara concorrência do Sul do País.

O fato da extinção do IAA não pode impli­car esquecimento dessa vitoriosa experiência,principalmente agora, quando foram elimina­dos todos os subsídios à Sudene. Conheceo Presidente Fernando Collor de Mello, ple­namente, por ter governado Alagoas, grandeprodutor de cana-de-açúcar, que milhões depessoas dependem, por empregos dirétos ouatividades complementares, dessa lavoura edessa indústria, cuja capacidade produtóra,por hectare, é, ainda hoje, inferior em 40%à de São Paulo.

O atendimento a essas finalidades pode dis­pensar um 6rgão que, atuando durante quasemeio século, desde quando foi dirigido porBarbosa Lima Sobrinho, pode ter envelhe­cido e perdido o seu élan, mas nem por issocessaram os objetivos da sua criação.

Por isso, estamos seguros de que o Go­verno continuará a prestar à lavoura cana­vieira e à produção sucro-alcooleira a atenção.que merecem, pela sua importância econô-mica e social. . .

É necessário registrar que a atual produçãode cana-de-açúcar no País é a mesma de 1975,enquanto, depois da instituição do Proálcool,cresceu enormemente a demanda interna docombustível dela extraído, indispensável oehcaminhamento de iniciativas e recursos dosetor privado e do Governo para que, emcurto prazo, como é P9ssível, a produçãoatenda, pelo menos, à demanda interna deuma frota de mais de cinco milhões de veícu­los, que não pode ser'substituída sem gravedano à economia nacional.

Eis, SI. Presidente, que, em defesa doProálcool, estamos apresentando emendas aombstitutivo ao Projeto de Lei n" 190, que

esperamos possa vir a solucionar tão angus­tiante problema.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson)Concedo a palavra à SI" Eunice Michiles.

A SRA. EUNICE MICHlLES (PDC ­AM. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi·dente. Sr~ e Srs. Deputados, há poucos minu·tos. o Deputado Adolfo Oliveira trouxe aoconhecimento desta Casa matéria absoluta­mente desabonadora, que atenta contra ahonra desta Casa.

O discurso que agora irei proferir persegueessa linha..

Duas categorias sociais vêm sendo tomadascomo bode expiat6rio numa campanha clara­mente orientada na imprensa, no rádio, natelevisão: os funcionários públicos e os Con­gressistas. parecendo que se procura desmo­ralizar o Poder Legislativo' e apequenar osfuncionários públicos. I

Assistirnos, no "Canal Livre'\ da TV Ban-, deirantes, no último dia 25, a um programa

degradante para o Congresso Nacional, ondeum senhor que se dizia advogado e professor,sob o sorriso complacente da apresentadora,procurava demonstrar que os parlamentaresfederais se constituem num clube de relapsos;irresponsáveis, despreparados. fisiologistas e

. promotores 'do ·nepotismo.Nessa oportunidade, o nosso companheiro

Samir Achôa, com a coragem cívica que nin­guém lhe pode negar. rebateu: "Pois eu ca­

I nheço advogados safados e muitos professo­res relapsos."

t Evidentemente essai classes não são julga.das nesses programas. E quanto aos nossossubsídios ficam abaixo do salário de qualquerbom executivo, muito abaixo do recebido pordesembargadores e ministros afins do PoderJudiciário.

Sr. Presidente. Sr' e Srs. Deputados, somosum Poder desarmado. E não tenho notíciade que, como instituição, tenha o Congressoprocessado os seus detratores. Por muito me­nos, desembargadores e ministros levariamàs barras dos tribunais apresentadores de te­levisão e radialistas.

Já é tempo de chamar à responsabilidadeesses agentes da difamação que usam prin<.<i­palmente o vídeo para, às vésperas de um I

pleito eleitoral, desmoralizar os que ocupamatualmente uma cadeira no Congresso, paraimpedir sua reeleição. Mas com que obje­tivo? Provavelmente para que aqui cheguemos que alimentam essa campanha desmora·lizadora.

Desmoralizado o Parlamento, perde a de­mocracia um ç1e seus principais esteios, po­dendo instalar-se no País uma nova ditaduraem lugar de um Brasil Novo. '

S~..Presidente, Sr" e Srs. Deputados, nãoapOieI a candidatura do atual Presidente daRepública, mas aqui tenho sido favorável atodas aquelas medidas provis6rias que con­sultam o interesse do País e conduzem à der·rota da inflação.

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3952 Terça-feira 8 I DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

Continuo entendendo que só um ato decoragem, de verdádeiro heroísmo poderia ar­rancar o Brasil do caos econômico; no parti·cular, louvamos a determinação do Presiden­te da República, que pode errar no varejo,mas acerta no.atacado.

Concordo em que a máquina do Governo 'precisa ser "enxugada" - para usar uma el(­pressão corrente - e que os tentáculos doEstado precisam ser reduzidos. Mas não sepode, Sr. Rresidente e Srs. Deputados, per-

.mitir que servidores públicos sejam tratadoscom a frieza dos números estatísticos, poisestes se referem a gente - tão brasileirosquanto qualquer brasileiro e a quem não cabea responsabilidade pelo mau funcionamentode suas repartições.

Ouço, com muito prazer, o nobre Depu­ta~o ~ernan.db Gasparian.' .

O Sr. Fernando Gasparian -, Nobre Depu­tada Eunice Michiles, como Deputados, nos­sa situação é muito difícil perante a opiniãopública. Infelizmente, nosso País tem um sa­lário mínimo que chega a ser cem vezes me·nor do que o'salário máximo. Na Inglaterra,onde morei durante dois ou três anos, o salá~

rio mínimo'era, no máximo, dez vezes infe­rior ao sa!ári.omais alto., É um país ondea democracia funciona por multos anos e,ao mesmo .tempo, um país desenyolvido. In­felizmente, pel,? fato de o ]3rasil ser pobree subdesenvolvido, o salário mínimo é muitobaixo, o que não coonestaa· idéia de queo subsídio de um Deputado, por exemplo,deva ser de' fome. Sou empresário e, comotantos outros Deputados, poderia nem rece­ber subsídio; S~ isso ocorresse; porém, tería·mos um Congresso de ricos ou de represen­iantes de empreiteiros e ,?~nq~eiros.

ASRA. EUNICE MICHILES - Ou daque­les que viriam·para aqui apenas para se enri·quecer. .

O Sr. Fernluldo Gasparian-'- Exatamente'.Paraser soberano, este CoIlgresso precisa pa·gar subsídios .que permitam a seus membrosserem independentes e ter sua casa em Brasí­lia, ou em sua cidade natal, onde fazem polí­tica, ou na capital do seu Estado, como ocorrecom tantos outros importantes Parlamenta­res. O Deputado Luiz Inácio Lula da Silva,por exemplo, Parlamentar atuante e líder sin­dical, não poderia viver sem o subsídio querecebe desta Casa. É impopular e difícil de­fender esta idéia m~m paísonde o salário mí­nimo é tão baixo. E para isso, contudo, quefomos eleitos: Temos de lutar para que o I

salário real cresça. Para termos essa Iiber·dade, é preciso que discursos como o de V.Ex' neste momento defendam a independên­cia deste -Congresso. Isto para que o Con·gresso Nacional deixe de' ser analisado sobuma óti"ca' deformada e desmoralizante e se I

,possa realmente trabalhar com independên­cia. Uma instituição fundamental, o PoderLegislativo, não pode tornar-se diminuída edesmoralizada perante a opinião pública.

A SRA. EUNICE MICHILES - Agradeçoao nobre Deputado Fernando Gasparian o

aparte. Ainda acrescentaria que, no meu Es·tado, somos, lamentavelmente, uma espéciede as~istentes sociais, dada a nossa pobrezae situação de calamidade. Não podemos dei,xar de repartir grande parte do nosso subsídiocom nossos eleitores.

Esperamos que um dia isso mude~ porquenão acredito que esse seja o caminho correto.Por outro lado, nossa situação de pessoas pri-.vilegiadas por um garfo bem maior obriga­nos, até por nossos sentimentos de humani­dade e .cri~tão~~ a atender a' essas pessoascom grande parte do nosso subsídio. Issoacontece todo rnês,'quando vou ao meu EstaC

do. E sempré digo, 'bfincando, que volto semsubsídio. ' ' "

Sei que essa não é a realidade de outroSEstados mais desenvolvidos, mas, lamenta­velmente, aindll é a de muitos Estados noBrasil. Tomara que um dia cheguemos à si­tuação da Inglaterra, onde a diferença entre

.o maior e o· menor salário não é mais doque dez·veze·s. Estamos' aqui para lutar poressa realidade. . ,

Agradeço novamente a, V. Ex' o apartecom que me brindou. . ,

Continuando" Sr. Presidente: esses funcio­nários são protegidos, inclusive, pelo textoconstitucional, que diz, em seu art. 19, dasDisposições Transitórias, que os servidorespúblicos civis da União, dos Estados, do Dis­trito Federal e dos Municípios, da adminis·tração direta, autárquica e dasfundaçõespú­blicas, em exercício na data da promulgaçãoda Constituição, há p~lo menos cinco anoscontinuados, e que não tenham sido admi·tidos na forma regulada no art ..37, da Consti·tuição, são considerados estáveis nó serviçopúblico.

Da interpretação fidedigna do texto consti­tucional depende a sorte de milhares de servi­dores públicos. E é preciso que o. Sr. J;'resi­dente da ,República determine que, mesmoque duras" as medidas sejam justas, pois ocrescimento e a moralização de nosso Paísnão se fará pelo aba~tardamento do seu fun­cionalismo e pela desmoralização dos seusParlamentares, classes colocadas hoje à exe·cração pública. Não, Sr. Presidente e Srs.Deputados, não é por ess.e caminho. (Pal-mas.) .

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao Sr. Eduardo SiqueiraCampos.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS(PDC - TO. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Présidente, Sf'I' e Srs. Deputados, ospartidos políticos com assento nesta Casa têm"discutido com profundidllde os reflexos so­ciais e econômicos do plano C?laborado e pos­to em execução pelo Governo do PresidenteCollor de Mello.

Os debates demonstram que, independen- .te do grau de adesão ou de oposição às medi-'das adotadas, há um consenso entre as forçaspolíticas de que o Brasil mudou e que cami­nhamos para transformações ·ainda mais pro-

fundas nas relações sociais e políticas em nos­so País.'

Muitos se preocuparam em dar ênfase aaspectos conjunturais do programa de recl,l­peração econômica, esquecendo-se de que asmedidas traziam e trazem mudanças de natu­reza estrutural e que, ao contrário do quealguns pensam, não se limitam ao combateà inflação, nem se encerram no simples con­trole monetário dos ativos financeiros.

O Governo Collor tem um. projeto. Háuma meta a ser alcançada e um programaa ser cumprido. Novas etapas virão e comelas novas transformações.

Controlado o processo, inflacionário e sa­neadas as finanças públicas, haveremos deretomar o crescimento econômico, com no­vos investimentos e prioridades bem defini·das.

Não mais conviveremos com os privilégiosdos cartéis e dos grupos sanguessugas quegravitavam em torno do Estado, sempre embusca das benesses do poder e do dinheirofácil.' , . I

Chegou.ao fim a era dós 'subsídios indiscri­minados e dos incentivos fiscais que fizerama riqueza de poucos, agravando e aprofun·dando a miséria de muitos;

Dinheiro público financiará obras públicas.Recursos do Estado deverão ser investidoscom critérios rígidos, em regiões que neces·sitam ainda 'da presença do Poder·Públicona impulsão do seu desenvolvimento: Há quese tornar realidade o'que é viável e não tentartornar viável o que sabemos ser um poço semfundo. '

'O Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste,esperamos, continuarão a ser regiões priori·tárias .para o investimento Fúblico. Nissoacreditamos e para isso lutaremos, fazendosoar alto a voz desse pedaço de Brasil pobree injustiçado.

'Mas, desta vez, não clamaremos pelo so­corro paternalista e corruptor. Deveremos in­cluir-nos dentro de uma visão estratética. dedesenvolvimento nacional, mostrando nossaspotencialidades e nossos méritos l sem pedirfavores, sem aceitar esmolas, ·repelindo aidéia distorcida de que algumas dessas regiões,possam ser um ":néargo para a Nação.

Fazemos essas considerações, SI. Presiden­te, para situar aposição do nosso Estado eda região que representamos no contexto des­

, se· novo Brasil que se anuncia.Não temos dúvidas de que os desdobra·

mentos do Plano Collor alcançarão o modelode desenvolvimento até hoje adotado noPaís, redirecionando os investimentos e bus­cando a eliminação gradativa das desigual­dades regionais.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. ,Deputados, vi;mos de um Estado recentemente criado. Eum Estado novo e ainda pobre que caminhaa passos largos rumo ao desynvolvimento eà modernidade.

O Estado do Tocantins é fruto de uma von­tade secular. É resultado da luta e do idealde· homens que anteviram a riqueza e o pro­gresso instalados no coração geográfico doBrasil, Várias gerações acalentaram esse so-

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3953

nho e, agora, cabe a nós a tarefa de 'tornarverdade a profecia histórica de Joaquim 'Teo­tônio Segurado.

A nossa história de lutas e de sacrifícios,Sr. Presidente, Srs. D,eputados,. não nos per­mitiria ocupar esta tribuna para simplesmen­te lamentar infortúnios. As dificuldades quetemos são infinitamente menores do que aspotencialidades e os recursos efetivos de que,dispomos. I

Parafraseando Jonh Kennedy, não pergun­tamos o que o Bn'\sil pode fazer por nós,mas oferecemos ao País uma opção viávele concreta de trabalho mútuo, onde a ajudaque chega e os recursos que aportam sãotranSformados em agentes irradiadores deprogresso e de desenvolvimento.

Produzimos arroz de sequeiro, arroz irriga­do, soja, ,milho, mandioca, banana, feijão,além dos cítricos, com um índice de produti­vidade, e incorporação tecnológica que noscolocará brevemente em condições de igual­da~e com os tradicionais centros pro'du.tores.

A vocação agrícola do Tocantins alia,se asua aptidão natural para a pecuária, com ex­tensa área de criação de bovinos no extremonorte e na região oeste do Estado.

Temós minérios; como o ouro, o diamante,o quartzo, o zinco, o manganês, o calcáreo,o amianto, a turmalina, entre outros de me­nor expressão.

Os recursosenerg~ticos, levantados estãoentre os maiores' do País, com um potencialcalculado de 7. 124,5MW, construída,sas usi­nas programadas. .

Somos mais de 1 milhão e 200 mil habi­tantes, ocupando uma área de mais de 286mil quilômetros quadrados.

Devemos dizer que, para esta Casa, os da­dos que apresentamos talvez não sejam novi­dades. Foi aqui, n~ste mesmo plenário, queo então Deputado Siqueira Campos, hojeGovernador do Tocantins, travou sua'incan­sável batalha e viu tornar-se realidade o so­nho tocantinense, em decisão memorável daAssembléia Nacional Constituinte.'

Ouço,com prazer o nobre Deputado Fer­nando Gasparian.

o Sr. Fernando Gasparian - Nobre Depu­tado, gostaria de dar uma contribuição aoexcelente discurso de V. Ex' Acho realmenteque não só o Estado do Tocantins, como ode Goiás e tantas outras áreas do Brasil têmuma extraordinária vocação agropecuária.No entanto, tenho receio de que a usura nestePaís, o custo financeiro e a desorganizaçãodo sistema inviabilizam ocrescimento naturaldessa vocação e de todas essas condições nãosó econômicas, mas também geográficas eclimáticas do Tocantins e de outros Estadosbrasileiros. Receio que a usura que existeneste País sobrecarregue de tal forma o custodos financiamentos da agricultura, que todaessa esperança implícita no discurso de V.Ex' e que temos no futuro deste País se frus­tre. É fundamental que este Congresso regu­lamente matéria que aprovou, quando Cons­tituinte, o limite de juros, para fazer comqwe a usura termine neste País. Há esforços,

por parte deste Governo, uq qIJa1 sou oposi­ção, no sentido de baixara taxa de jurose fazer~om que realmente o produtor se be­neficie, de parte do PIB brasileiro. A agricul­tura hoje fica com 12%, no passado, ficavacom 20%. O sistema financeiro de qualquerpaís organizado, como o Japão, que é muitomais organizado, fica com 3 a 4% do PIB.No caso do Brasil, este índice fica em tornode 6%, hoje, é mais de 15%, superior aode toda a agricultur~. Entã~, ;realm<;n,te, essesistema tem de ser modificado e. nada seráfeito sem, um gra!lde esforço. "o que não estáocorrendo, jnclu~ive, p,orque ,este Congressonão está ajudan~o., Aprova!,Ilo~ n~ Consti­tuinte o limite dos juros de 12% ao ano. Fazquase dois anos, e a Mesa da Câmara dosDeputados não ~olocou em pauta 9 'que foiaprovado, ou seja, que o limite dos jurostem de ser 12% ao ano. No fundo, o lobbydo sistema financeiro, que é o que o statusquo deseja que se ~antenha, impede que esseprogresso, esse futuro radioso do Estado deV. Ex' possà ocorrer, pois'de de'pende, basi­camente, do sistema financeiro, do sistemaag'rícola, inclusive de 'pesquisas, 'sementes eciência técnica, que são fundamentais paraque'haja o progresso agrícola,' que não é sóo financeiro, nem as potencialidades econô­micas da região. Por 'isso. eu' queria acres­centar ao seu discurso esta, preocupação.Acho que o seu Estado tem um grande futu­ro, dps maiores do País, porque realmenteestá numa situação bastante,inferiofo em rela­ção'ao'n'osso Produto Interno Bruto, Ele teráum Tadioso futiJro, na medida em que o Paísresolver um dos Seus problemas fundamen­tais ~'d siStema financeiro nacional.

o SR. EDUARDO SIQUEIRA' CAMPOS- Acolho com grande alegria o aparte deV. Ex' Acompanhei, como funcionário daCasa, a luta travada por V. Ex' em favordó tabelamento de juros e' desde já colocoli miIiha pOSição, como Líder do PDC, e dos·meus' pa'res favorável ao tabelamento, Queesta Casa exe'rça,.dentro do mais curto espaçode tempo pos'sível, o seu'papel de concretihraqude' sonho que' V: Ex' conseguiu ensejarà população brasileira, qual seja o de veros juros tabelados. Esta também é uma dasnossas preocupações.

Prossigo, Sr. Presidente.

Certamente, é importante registrar as con­quistas e os avanços que fizeram do Estadodú Tocantins muito mais do que uma pro­messa, muito mais do que a simples obstina­ção de um velho e aguerrido parlamentar.

Muitos, porém, são os desafios que aindase apresentam.' As rodovias - particular­mente a Belém - Brasília, BR 153 - recla­mam por reparos imediatos, sob pena de in­calculáveis prejuízos para a economia da re­gião.

A conservação e a ampliação da malha ro­doviária são necessidades inadiáveis que, se·jamos realistas, o Governo Estadual, sozi­nho, não poderá suprir.

Também dependemos do auxílio da Uniãopara a continuação dos projetos hidroviários

e ferroviários em andamento. Dentro disso,a conclusão das obras da ·Norte - Sul é defundamental importância para o Estado, fatoreconhecido pelo Governo Federal e de quemrecebemos sinais tranqüilizadores sobre are­tO)llada dos trabalhos em breve espaço detempo.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, oBrasil novo que s:lesponta não pode fecharos olhos ao que tem de mais promissor. Nestaregião, situada entre o Nordeste e a'Amazô­nia, amadurece um sentimento de moderni­d~de em perfeita sintonia com os'tempos quevirão.

Retomados os investimentos públicos. oGoverno da União encontrar,á no Tocantinso terreno fértil. já arado e preparado, paraplantar os projetos de infra~estrutura que per­mitirão a arrancada decisiva de toda uma re­gião rumo ~o dese'nvolvimento,

A posiçãO estratégica do Tocantins, seusrecursos naturais e humanos'e a determina­ção política' dos seus atuais 'dirigentes dãoao novo Estado as condições ideais de póloirradiador de desenvolvimento para as Re­giões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

, Nos divedos encontros que temos mantidocom os altos escàlões do Governo consta­tamos, com satisfação, que a nossa opiniãoê ~ompartilhada pelo Executivo.

Temos ouvido de.Ministros e de seus auxi­liares o interesse e a vontade política de darprioridade aos investimentos·federais naque-las regiões. '

Á ampliação da malha ferroviária, com aconclusão da' Norte-Sul, a recuperação dasestradas existe'ntes e a construção de novasrodovias, além de um programa de aproveita­mento dos recursos energéticos, são objetivosa curto e a médio prazos, do Governo Fede­ral, no Tocantins e regiões vizinhas.

Portanto, Sr. Presidente, Sr" e Srs. Depu­tados, é fundamental que obtenhamos suces­so na implantação e no gerenciamento doprograma de estabilização econômica, paraque possamos vencer etapas e ingressar,' omais rapidamente possível, no processo deretomada do crescimento econômico, comgeração de riqueza e distribuição mais equâ­nime da renda nacional entre as classes sociaise as diversas regiões do País.

. ,O aval da confiança que depositamos noPresidente Fernando Collor de Mello é a ca­pacidade empreendedora da gente laboriosado nosso querido Estado do Tocantins. Sabe­1)10s que do Governo Feceral não recebe­remos favores, flUIS o justo e merecido reco­phecimento, pois fomos capazes de constituirjlm Estado e muito mais capazes seremos dedar a nossa cota de trabalho e entusiasmoao desafio de restaurar a dignidade e o orgu­lho da Nação.

Era o que tinha a dizer, Sr:Presidente.

, O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­{Vai-se passar ao horário de

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3954 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

VIII - COMUNICAÇÕESPARLAMENTARES

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­COncedo a palavra ao nobre Deputado VictorFaccioni, pelo PDS.

O SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,SI"'" e Srs. Deputados, venho a tribuna parafazer um registro que considero importante,em função dos problemas que estamos atra­yessando no setor carbonífero nacional.

O carvão brasileiro tem sido o primo pobredas considerações de todos os Governos daRepública, o patinho feio da política energé­tica nacional, enquanto em outros países ocarvão é considerado devidamente e, inclu­sive, lidera, em alguns.deles, o próprio per­centual de investimentos no setor energétioo.

No caso do Brasil, o carvão está localizadono extremo sul - Rio Grande do Sul e SantaCatarina - e encontra-se mais ou menos es­quecido. Imaginava-se ser lembrado nos in­vestimentos do último Governo. Neste pre­tende-se que ainda o seja, em razão do Pro­grama 2.010 - Programa Nacional de Inves­timentos no Setor Energético, da Eletrobrás.Ocorre que o Programa 2.010 vai sendo em­purrado para a frente. Daqui: a pouco vaivirar 2.015, 2.020, 2.030, e o Brasil só teráuma solução para os problemas energéticosse apostar na pior hipótese: a recessão. Sehouver crescimento da demanda haverá, fa­talmente, daqui a dois anos, racionamentode energia elétrica em todo o País.

Sr. Presidente, venho a esta tribuna paradizer que na semana passada estivemos emaudiência com o Ministro Ozires Silva, acom­panhando os nobres Deputados Antônio Car­los Konder Reis e Ruberval Pilotto e Prefei­tos de Santa Catarina e do Rio Grande doSul, juntamente com o Presidente do Sindi­\:ato da Indústria Nacional do Carvão, CézarFarias.

Hoje, pela manhã, retornamos de uma no­va audiência com o Ministro Ozires Silva,tendo à frente o ex-Deputado Nélson Mar­chezan e o Ministro Carlos Chiarelli, junta·mente com os nobres Deputados Érico Pegoraro, Antônio Britto, Ruy Nedel e ArnaldoPrieto. Acompanhamos uma delegação dePrefeitos e Vereadores da região do carvãodo RS, que levaram aoMinistro Ozires Silvatrês documentos que consubstanciam preocu­pações com o problema do carvão e a produ­ção de energia elétrica, e especificamente aretomada das obras da Usina Termelétrica.Jacuí-I, em Eldorado do Sul, região metropo­litana de Porto Alegre, carbonífera por exce­lência, e que está com mais de 65% dos seusinvestimentos já realizados e as obras para­lisadas.

Em terceiro lugar, gostaríamos de obteruma definição do Governo com relação aAços Piratini e à regulamentação da Lei n'8.001, que define os percentuais de compen­sação financeira aos Estados e M\inicípios,de acordo com a Lei n" 7.990, de 28 de dezem­bro de 1989, que estabelece ·uma compen-

sação financeira aos Estados e Municípiosprodutores de energia elétrica, carvão mine­ral etc.

Portanto, Sr. Presidente, diante da impor­tância dos documentos, rogo a V. Ex' queeles façam parte integrante do meu pronun­ciamento, para que constem dos Anais destaCasa.. Trata-se de expedientes encaminhadospelas lideranças da região carbonífera do RioGrande do Sul ao Sr. Ministro Ozires Silva,os' quais tratam, respectivamente, da reto­mada das obras da usina Termoelétrica Jacuí­I, da política nacional para o carvão e deuma definição para os programas de investi­mentos, qúer em termos estatais: quer emtermos de privatização, para a Aços Piratini.

DOCUMENTOS A QUE SE REFE­REOORADOR:

Charqueadas, 4 de maio de 1990.

Exm" Sr.Dr. Ozires SilvaDD. Ministro da Infra-EstruturaBrasília-DF

Senhor Ministro:Lideranças desta região vêm à presença de

V. Ex', paia solicitar, de forma reiterada eenfática, a continuação e a conclusão, no me­nor espaço de tempo, da Usina TermoelétricaJacuí-I. Nossa preocupação fundamenta-senas seguintes considerações:

• está estimada em US$ 550 milhões, dosquais US$ 300 milhões já foram aplicados,faltando, portanto, menos da 'metade (US$250 milhões) para aconclusão e início de ope­ração, prevista para fins de 1992; .

• gerará 350MW émpotência máxima,operando em um fator de capacidade de 60%,'o RS imporia, hoje, cerca de 500MW, atravésdo sistema interligado Eletrobrás e, mesmocom a produção da Jacuí-I estaremos defasa­dos em mais de 150MW em 1992;

• consumirá 1.100.000 (um milhão e cemmil) toneladas/ano de' carvão CE 3.100, car­vão energético, cujo CUStO é de Cr$1.811,47/ton, preço este estabelecido pelaPortaria Interministerial n" 52, de 15-3-90 (có­pia anexa). O preço máximo é equivalentea 80% do preço de venda do óleo combustíveltipo l-A, considerada a equivalência térmicados produtos;

• a necessidade urgente de se aproveitara farta mão-de-obra disponível na região car­bonífera, desemprego este, agravado nos últi­mos anos pelo desestímulo ao consumo docarvão, e, agora, somado à paralização dasobras da Termoelétrica Jacuí-I, e à reduçãodas atividades da Aços Finos Piratini, geran­do, em conseqüência, grande tensão social.

Urge; portanto, Senhor Presidente, que secriem oportunidades de trabalho nesta re­gião, como a do reinício das obras de constru­ção da Termoelétrica Jacuí-I, justificado pelaameaça de colapso energético e pela necessi­dade de ser estimulado o consumo de carvão.

Certos de sua atenção, subscrevemo-nos,atenciosamente. - Reny Tavares de Andra·de, Presidente do PDS; Charqueadas - RS- Waldemar Gauss Filho, Presidente do

PFL; Charqueadas - RS - Ver. Elbio Sebo·nhofen, Líder da Bancada do PDS; Char­queadas - RS - Ver. José Francisco Silvada Silva, Presidente da Câmara; Charquea­das-RS.

Charqueadas, 4 de maio de 1990.

Exm" Sr.Dr. Ozires SilvaDD. Ministro da Infra-EstruturaBrasília - DF

Senhor Ministro:As jazidas carboníferas do RS contam com

uma reserva de aproximadamente 20 bilhõesde toneladas em suas jazidas de céu-abertoe de subsolo, exploradas por uma empresaestatal (CRM) e uma privada (COPELMI).Observa-se que esta quantidade de carvãoprospectada e sondada na época pelos órgãoscompetentes, tal como a Comissão do Planodo Carvão Nacional (CPCAN), Companhiae Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM),todos órgãos do Ministério de Minas e Ener­gia, atestam que é esta a maior reserva brasi­leira de carvão. Em percentuais, o Rio Gran­de do Sul conta com aproximadamente 90%das reservas brasileiras, mais especificamentedos três estados sulinos, Paraná, Santa Cata­rina e Rio Grande do Sul.

Temos consciência de que, devido ao altoíndice de cinzas neste carvão em sua formanatural, atingindo teores de até 60%, recebea classificação de "pobre" comparado comcarvões extraídos no Vale do Ruhr (Alema­nha). Portanto, é um carvão eminentementeenergético, utilizável basicamente na terme­letricidade, e, em alguns casos, é perfeita­mente adaptável na siderurgia, como é o casoda Aços Finos Piratini S/A - exemplo bempróximo a nós - que o utiliza como carvãosiderúrgico, sofrendo antes um processo delavagem, que através de um sistema de bene­ficiamento, reduz seu teor de cinzas de 60%(forma natural) para 35%, base seca, em suaUnidade de Redução Direta.

No caso específico de termeletricidade,que utiliza o carvão na sua forma natural,sofrendo apenas um processo de britagem,que o reduz a uma granulometria de 35mmde diâmetro (O), é sem dúvida nenhuma, con­siderado por muitos técnicos, como uma for­ma barata de aproveitamento desta riquezanatural e abundante, de geração de energiadesde que não sofra, o seu preço, acréscimoresultante de fretes. Logo, a instalação deusinas junto às mineradores é recomendável.

Considera-se, Senhor Ministro, que a ter­meletricidade, através da implantação de usi­nas, como a que está implantada em Char­queadas (Eletrosul), gerando 72MW, absor­ve mão-de-obra local.

O progresso e desenvolvimento desta re­gião dependerá do aumento da produção edo consumo do carvão. A situação dos últi·mos anos gerou alta taxa de desemprego, con-

seqüência do não incentivo ao seu consumo,cujos preços, por tonelada, hoje estabelecidopor Portaria Interministerial (cópia anexa).

A madeira, fonte energética natural, estásubstituindo o carvão em alguns casos, como,

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3955

por exemplo, nas indústrias de Santa Cruz(fiumo), guaíba (óleos vegetais) e nas caldei­ras das cooperativas de todo o Estado queaté bem pouco queimavam carvão. Outroexemplo é o da indústria cimenteira que estáoptando também pelo "fuil oil" em detrimen­to ao carvão.

É evidente que a opção pela madeira (le­nha), traz conseqüências desastrosas não sópara a nossa mão-de-obra carvoeira, comopara o meio ambiente, através da reduçãode nossas reservas florestais, já tão pequenas.

Além disso, os rejeitos do consumo do car­vão têm aplicação muito importante na indús­tria cerâmica (tijolos, azulejos, etc.), segun­do estudos e experiências já realizados peloCIENTEC - RS.

Desejamos reiterar o pedido de atençãopara o estudo da instalação do tão polêmicoPólo Carl:Joquímico, cuja localização apontapara o município de São Jerônimo. Diversasinvestidas foram feitas no sentido de atraira atenção das autoridades, como sendo umaalternativa para o aumento do consumo docarvão e para os problemas sociais da região,e resolvendo, em parte, os problemas deabastecimento de no'sso Estado quanto aossubprodutos gerados por esse Pólo.

Isso exposto, solicitamos de V. Ex' provi­dências desse Ministério, no sentido de viabi­lizar o incremento do consumo do carvão gaú­cho nas áreas discriminadas anteriormente,.0 que resultará num caminho social dedesen­volvimento desta região. - Reny Tavares deAndrade, Presidente do PDS: Charqueadas- RS ~ Ver. Elbio Schmonhofen, Líder daBancada do PDS; Charqueadas - RS ­Waldemar Gauss Filho, Presidente do PFL;Charqueadas - RS - Ver. José FranciscoSilva da Silva, Presidente da Câmara; Char­queadas - RS.

Charqueadas, 4 de maio de 1990.

Exm" SI.Dr. Ozires SilvaDD. Ministro da Infra-EstruturaBrasília - DF

.Senhor Ministro:Lideranças políticas desta região solicitam

providências de V. Ex', no sentido de equa-

donar a problemática de Aços Finos PiratirJiS/A, que está trazendo intranqüilidade e des­concertos sociais à comunidade charqueaden­se e gaúcha.

Temos a certeza de que V. Ex' é conhe·cedor, juntamente com as autoridades ligadasao setor de Metalurgia de seu Ministério, dohistórico e da importância que a referida Em­presa tem no contexto local e regional. quiçáinternacional, no que tange ao projeto deIntegração do Cone Sul.

Certos da atenção de V. Ex' , apresentamosnosso apreço e consideração. - Reny Tava.res de Andrade, Presidente do PDS;' Char­queadas - RS - WaIdemar Gauss Filho,Presidente do PFL, Charqueadas - RS ­Ver. Elbio Schonhofen, Líder da Bancada doPDS; Charqueadas - RS - Ver. José Fran·cisco Silva da Silva, Presidente da Câmara;Charqueadas - RS.

Anexo: Plano de RecuperaçãÓ Financeira-AFP.

MINISTÉRIO DA ECONOMIA,FAZENDA E PLANEJAMENTO

Gabinete do MinistroPortaria Interministerial N' 57/-A,

De 15 de março de 1990

A Ministra de Estado 'da Economia, Fazen- I

da e Planejamçnto e o Mini~tro de Estadoda Infra-Estrutura, no uso de suas atribuiçõeslegais, resolvem:

Art. 1" Fixar os valores para os parâme­tros das fórmulas de preços do c~rvão pré-la­vado (CPL) de Santa Catarina, na condiçãoCIF/Mina; em base seca:

Parâmetro "A" - Cr$ 5.451,51.Parâmetro "B" - Cr$ 1.904.03.Art. 2" Fixar os preços de venda dos ti·

pos de carvão mineral. de produção nacional,por tonelada, constantes da tabela em anexo.

Art. 3" Para os carvões energéticos co­mercializados pela Companhia Auxiliar deEmpresas Elétricas Brasileiras - CAEEBem seus entrepostos localizados nos Estadosde Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os

corre!>pondentes preços FOB/Mina. constan­tes da tabela em anexo serão acrescidos decusto de transporte até os aludidos entrepos­tos.

§ 1" Tratando-se de carvão energéticoproduzido no Lavador de Capivarí. SC, ocusto de transporte de que trata o presenteartig9 inclui, também, o proporcional custode transporte de carvão pré-lavado (CPL),entre a mina produtora e o citado Lavador.

§ 2' O somatório do custo FOB/Mina. edos custos de transporte referidos no presente I

artigo não poderá exceder o valor do corres­pondente custo CIF/entreposto constante databela em anexo.

Art. 4" Para os carvões adquiridos peloCAEEB. destinados a comercialização emseus entrepostos e pontos de transbordo rela­cionados na tabela em anexo, os preços devenda a que se .refere o art. 2" da presentePortaria. fixados na condição CIF/Mina eFOB/Capivarí, serão reduzidos de valor equi­valente a

Parágrafo único. As empresas Siderúrgicascontratantes dos serviços do Lavor de Capi­varí. SC, repassarão às empresas minerado­ras de carvão de Santa Catarina a reduçãode preços a que se refere o presente artigo,proporcionalmente às quantidades de carvãopré-lavado.

Art. t 5' Os preços de que trata a presentePortaria vigoram para os carvões metalúr­gicos, para os carvões destinados à geraçãoe distribuição de ener,gia termelétrica e paraos carvões comercializados pela CAEEB ­Companhia Auxiliar de Empresas .ElétricasBrasileiras; para os carvões destinados a ou­tros fins, prevalecem as condições e os preçosconstantes da Portaria CNP-Dipre-PC n9

37, de 2 de março de 1990.

Art. 6' A presente Portaria entrará emvigor na data de sua publicação, revogadas

as disposições em contrário. - Zélia MariaCardoso de Mello - Ozires Silva.

DEPARrAMENTO NACIONAL DE COMBUST%VEIS L%QUIDOS E GASOSOS

Tabela da Preços de Vunda 60 Consumidor

P;oduto : CARvAo MINERAL NACIONAL ENERGSTICO

ORIGEMESTIJJO/EMPRESA

RIO GRANOE DO SUL :- CRM, COPELMI, PALEIUIO- eRM, COPELfoIIJ, CNMC, PALERMO- CRM, COPELnI. PAIERMO, 'CNMC_ eRM, COPELMl, l'IIIJmMO, CNMC- CRM, COPEUII, I'IILElIlIlO, CNIIC

SANTA CATARINA :., "CAPIVAR%.. CAPIVAR%-'OUTROS PRODUTORESPARIINA :- eA.'lBu!- CAKBulaIO G~~OE DO SUL I- CAEEB (1)

TIPO / CONDICJ\O

CE 3.100 - FOO/MINACE 3.300 - FOD/MINACE 3.700 - Foa/MINACE 4;200 - FOU/MINIICE 4.7UO - Foa/MINA

ct 4.500 - FOU/CAPIVAR%eE ~.200 - POU/CAPIVAR%CE 5.200 - rOU/CAPIVAU%

C~·4.500 - roa/MINACE f.OOO - ron/MINA

CE 3.100 - CIF/E~rREPos'ro

CR$

1.911.47964,18

2.185,422.651,5"12.967,24

2.380,042.856,U52.6S6.US

2.455,253.887,37

1.3U6,07

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3956 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)1 ,

Maio de 1990

ORIGEMESTAlJO/EMPRESA

, - CAtEB III- CAtEB (1)- CAtEB I li.- CAEEB (1)

SNlTA ClITlIlUNI\ ,- ChEEB (lI- ClIEEB 111

TIPO I CONDICAo

CE 3.300·- CIF/ENTREPOSTOCE 3.700 _ CIF/ENTREPOSTOCE 4.200 - CIF/ENTREPOSTOCf: 4.700 - CIF/Ell'l'REI'OS'tO

".,.: ri. r, .. " _ t:TJ:oil':U"IU~I"()f,1'()

Cl:: ~,. 21111 - CU'/I:rrI'lml'OS'!'O

CR$

1. 480,031.757,201.973,382.207,~0

2.2UI,A r,

2.G·lfJ.IlU

.(11 PRECOS A SEREM OBSERVADOS NOS E:l'J'IlEPOSTOS E POlrrOS DE TRANSBORDODA COMPANHIA AUXILI1IR DE EMPRESAS ELeTRICAS DRlISILEIRAS _ CABEB •tiOS ESTADO!' DO rllRllNA IIlNTONItlA E 1Il1AUCARIl\I, sAo PAULO. RIO DEJAlltIRO. MINIIS Ct:IlIlIS. ESI'11UTO SIINTO, I, fiOS ENTREPOSTOS MP.ITIMOS DO NOnTE E NORDCSTE ro p1IIS. OS PIlEÇOS JA f;ST!,O CORllIGIDú1:'COM O FAT(.'R Ifel DE QUI; TRl\'I'A O 1111'1'. 19 011 l'OR'fARI1I CNI'-DII'U,N fi"'208. DE 28-11-85.

o SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao Sr. Fernando Gaspa­rian, pelo PMDB. :

DISCURSO DO SR. FERNANDOGASPA8./AN, QUE, ENTREGUE ÀREVISÃO DO ORADOR, SERÃ POS­TERIORMENTE PUBLICADO.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao Deputado Mendes Bo­telho, pelo PTB.

O SR. MENDES BOTELHO (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,ao final desta sessão ordinária, permita-nosregistrar a presença, na Casa, de vários repre­sentantes dos ferroviários da Rede Ferroviá­ria Federal S.A, que aqui comparecem maisuma vez na tentativa de encontrar'uma solu­ção para os graves problemas que enfrentamem todo o território nacional, pois até o mo­mento ainda não receberam seus salários deabril.

No mês passado, tentamos de todas as for­mas, junto ao Governo Federal, encontraruma solução para a questão, a fim de queos ferroviários tivessem os seus salários pagosem dia, como vinha ocorrendo desde a cria­ção da Rede Ferroviária Federal S.A, quandoos salários eram pagos no,último dia útil decada,mês. Lamentavelmente, com a implan­tação do plano econômico, a empresa teveparte das suas receitas, provenientes do trans­porte de mercadorias, bloqueado em cruza­dos novos, e até hoje ainda não foi feita aconversão em cruzeiros para pagamento dosseus funcionários. No mês de março, os ferro­viários somente receberam os pagamentos no

,dia 20 e até agora sequer têm uma informaçãoda empresa sobre quando serão pagos os salá­rios referentes ao mês de abril.

Estamos, inclusive, Sr. Presidente, com au­diência marcada hoje com o Ministro da Justi­ça, numa tentativa de levar o problema aoPresidente da República, pois iniciativa se­melhante já tivemos com o Ministro OziresSilva, da área, e com o Secretário Nacionaldos Transportes, Dr. Marcelo Ribeiro, naComissão de Viação e Transportes, Desen­volvimento Urbano e Interior, onde tivemosoportunidade de abordar esse problema dos

ferroviários. Lamentavelmente, ainda nãoencontramos uma solução. Portanto, nossapassagem por esta tribuna é para registrareste fato que está prejudicando os ferroviá­rios em todo o território nacional.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao Sr. José Fernandes,pelo PST.

O S.Jl. JOSÉ FERNANDES (PST - AM.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,ontem, 6 de maio de 1990, para satisfaçãode alguns companheiros que confiaram nagrandeza de um novo partido, na oportuni­dade de se constituir um grupo político, vimoso dealbar do Partido Social Trabalhista, emsua primeira convenção nacional, para aconstituição do diretório e da executiva na­cional.

Muitos foram os que contribuíram para ofato, como, por exemplo, o Ministro Ber­nardo Cabral, que estimulou não só o Parla­mentar, mas também o Presidente do Parti­do, o denodado advogado Marcílio DuarteLima, o companheiro e apresentador SílvioSantos, o candidato ao Governo da Bahia,Mário Kertz, o companheiro Mário Frota,do Amazonas, Heráclito Fortes, do Piauí, oex-Governador Cortez Pereira, o insigne Se­nador José Ignácio Ferreira e tantos outroshonrados .companheiros. A despeito das difi­culdades pelas quais passam as agremiaçõespartidárias no Brasil, queremos organizar umpartido forte, que não tenha os mesmos malesdas legendas de aluguel, que sirva de modelopara uma agremiação que não é grande pelaquantidade, mas expressiva pela qualidadede seus participantes.

Sr. Presidente, gostaria de deixar registra­do um voto de congratulação a todos os com­panheiros que participaram da jornada paraque fosse constituído o Partido Social Traba­lhista, em belíssima corwenção nacional reali­zaôa no Auditório Nereu Ramos.

Gostaria de agradecer também à direçãoda Cãsa que nos cedeu prontamente o auditó­rio, inclusive a parte referente ao serviço desom, para a realização do evento.

Quero agradecer ainda ao Ministro Ber­nardo Cabral e a todos que, no Governo,creram no partido e o ajudaram a dar os pri-

meiros passos para caminhar com altivez,com serenidade e com a respeitabilidade quehaverá de conquistar gloriosamente no cená­rio político nacional.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao Sr. Jesualdo Caval­canti, pelo PFL.

O SR. JESUALDO CAVALCANTI (PFL- PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, SI';; e Srs. Deputados, a propósito depronunciamento que fiz desta tribuna defen·dendo a criação do Tribunal Regional do Tra­balho do Piauí e a instalação de Juntas deConciliação e Julgantento em São RaimundoNonato, em Floriano, em Picos, em Bom Je­sus e em Correntes, registro com satisfaçãoas moções de apoiamento a mim endereçadaspela Associação Nacional dos Profissionaisda Administração Escolar, pela Ordem dosAdvogados do Brasil, Seção do Piauí, pela

,Associação Piauiense de Prefeitos Municipaise pelo Sindicato dos Telefônicos do Piauí.

Nossa Constituição é muito c1arra ao esta­belecer que haverá em cada estado um Tribu­nal Regional do Trabalho.

Esta Casa acaba de receber mensagens 00Tribunal Superior do Trabalho propondo acriação de Tribunais Regionais do Trabalhono Rio Grande do Norte, em Sergipe e emAlagoas. Se aprovadas, no Nordeste restaráapenas o Piauí. Por este movit.a; reitero meuapelo ao Presidente do Tribunal Superior doTrabalho, para que, sem delongas, envie aoCongresso Nacional projeto de criação doTribunal Regional do Trabalho do Piauí, jáque é de sua competência a iniciativa dessaproposição. Com renovação deste apelo, es­pero quê"S. Ex' considere não ser mais possí­vel manter a tranqüilidade e a calma diantede tanta demora no atendimento a um pre­ceito constitucional.

Era o que tinha a dizer.

x- ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­

Nada mais havendo a tratar, vou encerrara Sessão. '

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) -Comparecem mais os Srs.: '

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 83957

Acre

Francisco Diógenes - PDS.

Piauí

Paes Landim - PFL.

Paraíba

Antonio Mariz - PMDB.

Pernambuco

José Jorge - PFL; Oswaldo Lima Filho-PMDB.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PFL; Renan Calhei­ros-PRN.

Sergipe

Messias Góis - PFL.

Bahia

João Alves - PFL; Jorge Hage - PDT;Luiz Eduardo - PFL; Virgildásio de Senna- PSDB; Waldeck 0Télas - PFL.

Espírit? Santo

Nyder Barbosa - p'MDB; Stélio Dias­PFL.

Rio de Janeiro

Carlos Alberto Caó ~ PDT.

Minas Gerais

Carlos Cotta - PSDB; Mello Reis~PRS;Rosa Prata - PRS.

São Paulo

Fernando Gasparian - PMDB; GastoneRighi -PTB; Mendes Botelho -PTB; Ro­berto Rollemberg -PMDB.

Goiás

Maguito Vilela - PMDB.

Distrito Federal

Augusto Carvalho - PCB; Francisco Car­neiro -PM~B; Geraldo Campos -PSDB;.Valmir Campelo - PTB.

Santa Catarina

Antônio Carlos Konder ReIs - PDS;Francisco Küster - PSDB; Renato Vianna.- PMDB; Victor Fontana - PFL.

Rio Grande do Sul

Júlio Costamilan - PMDB; Mendes Ri­beiro - PMDB; Osvaldo Bender - PDS;Paulo Mincarone ~ PTB; Vicente Bogo -­PSDB.

Amapá

Annibal Barcellos - PFL; Raquel Capibe­ribe -PSB.

DEIXAM DE COMPARECER OS SE­/NHORES:

Acre

Alércio Dias - PFL; Geraldo Fleming ­PMDB; José Melo - PMDB; Maria Lúcia- PMDB; Narciso Mendes - PFL; OsmirLima - PMDB; Rubem Branquinho - PL.

Amazonas

Carrel Benevides - PTB; Ézio Ferreira- PFL; José Dutra - PMPB; Sadie Haua­che -PFL.

Rondônia

Chagas Neto - PL; José Guedes - PSDB;José Viana - PFL; Raquel Cândido - PDT;Rita Furtado - PFL.

Pará

Ademir Andrade - PSB; Amilcar Moreira- PMDB; Arnaldo Moraes':- PMDB; As­drubal Bentes - PMDB; Benedicto Mon­teiro - PTB; Carlos Vinagre - PMDB; Dio­nísio Hage - PRN; Fausto Fernandes ­PMDB; Fernando Velasco - PMDB; Ga­briel Guerreiro - PSDB; Jorge Arbage ­PDS.

Tocantins

Ary Valadão - PDS; Edmundo Galdino- PSDB; Freire Júnior - PRN; LeomarQuintanilha - PDC; Moisés Avelino ­PMDB; Paulo Mourão - PDCi Paulo Sidnei-PMDB. .

Maranhão

Albérico Filho - PFL; Antonio Gaspar- PMDB; Cid Carvalho - PMDB; CostaFerreira - PFL; Edivaldo Holanda - PCN;Francisco Coelho - PDC;' Haroldo Sabóia- PMDB; Jayme Santana - PSDB;. Joa­quim Haickel - PDC; José Carlos Sabóia-PSB; José Teixeira - PFL;'Sarney Filho- PFL; Victor Trovão - PFL; Wagner Lago-PDT.t

Piauí

Felipe Mende~ - PDS; Jesus Tajra ~PFL; José Luiz Maia - PDS; Manuel·Do­mingos - PC do B; Mussa Demes - PFL;Myriam Portella -,PSDB; Paulo Silva ­PSDB.

Ceará

Aécio de Borba -.PDS; Bezerra de Melo-PMDB; Carlos Benevides -PMDB; Car­los Virgílio -PDS; César Cals Neto -PSD;Etevaldo Nogueira""':' PFL; Firmo de Castro- PSDB; Furtado Leite - PFL; Gidel Dan­tas - PDC; Haroldo Sanford - PMDB; JoséLins - PFL; Lúc;io Alcântara - PDT; LuizMarques - PFL; Moema São Thiago ­PSDB; Moysés Pimentel - PDT; OrlandoBezerra - Pl"L; Osmundo Rebouças ­PMDB; Paes de Andrade - PMDB; Ra-i­mundo Bezerra - PMDB; Ubiratan Aguiar-PMDB.

Rio Grande do Norte

Flávio Rocha - PRN; Henrique EduardoAlves - PMDB; Iberê Ferreira - PFL; Is·

mael Wanderley - PTR; Marcos Formiga--,-- PST; Vingt Rosado - PMDB.

Paraíba

Adauto Pereira - PDS; Agassiz Almeirl- PMDB; AluíZIO Campos":- PMDB; EdméTavares - PFL; Evaldo Gonçalves - PFL;Francisco Rolim - PSC; João Agripino ­PMbB; João da Mata - PFL; José Mara­nhão - PMDB; Lucja Braga - PDT.

IPernambuco

Artur de Lima Cavalcanti - PDT; CristinaTavares - PDT Fernando Bezerra Coelho- PMDB; Fernando Lyra - PDT; GilsonMachado - PFL; Gonzaga Patriota - PDT;Harlan Gadelha - PMDB; Horácio Ferraz-PFL; Inocêncio Oliveira- PFL; José Car­los Vasconcelos - PRN; José Mendonça Be­zerra - PFL; José Moura - PFL; José Tino­co - PFL; Marcos Queiroz.- PMDB; Mau­n1io Ferreira Lima .- PMD13; Osvaldo Coe­lho - PFL; Paulo Marques -.: PFL; RicardoFiuza - PFL; Roberto Freire - PCB; Sala­tiel Carvalho - PFL; Wilson Campos ­PMDB.

Alagoas

Antonio Ferreira - PFL;·Eduardo Bonfim- PC do B; Geraldo Bulhões - PSC; JoséThomaz Nonô - PFL; Roberto Torres ­PTB; Vinicius Cansanção - PFL.

Sergipe

Acival Gomes - PSDB; Bosco França­PMDB; Cleonâncio Fonseca - PRN; DjenalGonçalves - PMDB; João Machado Ro·llemberg - PFL; José Queiroz - PFL; Leo­poldo Souza - PMDB.

Bahia

Abigail Feitosa - PSB; Benito Gama­PFL; Celso Dourado - PSDB; DomtngosLeonelli - PSB; Eraldo Tinoco - PFL; Fer­nando Santana - PCB; Francisco Benjamim...J PFL; Francisco Pinto - PMDB; Gene­baldo Correia - PMDB; Haroldo Lima­PC do B; Jairo Azi - PDC; Jairo Carneiro- PFL; Joaci Góes - PSDB; João CarlosBàcelar - PMDB; Jonival Lucas - PDC;Jorge Vianna - PMDB; José Lourenço ­PDS; Jutahy Júnior-PSDB; LeurLomanto- PFL; Lídice da Mata - PC do B; LuizVianna Neto - PMDB; Manoel Castro ­PFL; Marcelo Cordeiro - PMDB; Mário Li­ma - PMDB; Milton Barbosa - PFL; Mu­rílo Leite - PMDB; Nestor Duarte ­PMDB; Raul Ferraz - PMDB; Sérgio Brito­- PDC; Uldurico Pinto - PSB.

Espírito Santo

Hélio Manhães - PMDB; Jones SantosNeves - PL; Lezio Sathler - PSDB; Lurdi­nha Savignon - PT; Nelson Aguiar -,- PDT;Pedro Ceolin - PFL; Rita Camata.­

.PMDB; Rose de Freitas - PSDB.

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3Q58 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990,

Rio de Janeiro

Álvaro Valle - PL; Anna Maria Rattes- PSDB; Arolde de Oliveira - PFL; Arturda 'Távola - PSDB; Benedita da Silva ­PT; Bocayuva Cunha - PDT; Brandão Mon­teiro - PDT; César Maia - PDT; DasoCoimbra - PRN; Doutel de Andrade ­PDT; Edésio Frias - PDT; Edmilson Valen­tim - PC do B; Ernani Boldrim - PMDB;Fábio Raunheitti - PTB; Feres Nader ­PTB; Flávio Palmier da Veiga - PRN; Fran­cisco Dornelles - PFL; Jayme Campos ­PRN; Jorge Gama - PMDB; José CarlosCoutinho - PDT; José Luiz de Sá - PL;José Maurício - PDT; Luiz Salomão ­PDT; Lysâneas Maciel - PDT; Márcio Bra­ga - PDT; Messias Soares - PMDB; MiroTeixeira - PDT; Nelson Sabrá - PRN; Os­mar Leitão - PFL; Oswaldo Almeida"- PL;Paulo Ramos - PDT; Roberto Augusto ­PTB; Roberto D'Ávila-PDT; Ronaldo Ce,zar Coelho - PSDB; Rubem Medina ­PRN; Sandra Cavalcanti - PFL; Simã.o Ses­sim - PFL; Sotero Cunha - PDC; VIvaldoBarbosa - PDT; Vladimir Palmei'ra - PT;ALoysio Teixera

Minas GeraisAécio Neves - PSDB; Aloísio Vascon­

celos - PMDB; Álvaro Antônio - PRS;Alysson Paulinelli - PFL; Bonifácio' de An­drada - PDS; Carlos Mosconi - PSDB; Cé­lio de Castro - PSDB; Chico Humberto­PST; Christóvam Chiaradia - PFL; DáltonCanabrava - PMDB; Elias Murad:- PSDB;Genésio Bernardino - PMDB; Hélio Costa'- PRN; Humberto Souto - PFL; IbrahimAbi-Ackel - PDS; Israel Pinheiro - PRS;João Paulo - PT; José da Conceição - PRS;José Geraldo - PL; José Santana de Vascon­cellos - PFL; José Ulísses de Oliveira ­PMDB; Lael Varella - PFL; Leopoldo Bes­sone - PMDB; Luiz Alberto Rodrigues­PMDB; Luiz Leal - PMDB; Marcos Lima- PMDB' Mário Assad - PFL; Máriol deOliveira"":' PRN; Maurício Campos - PL;Mauro Campos - PSDB; Melo Freire'­PMDB; Milton Lima -PMDB; Milton Reis- Octávio Elísio - PSDB; Oscar Corrêa- PFL; Paulo Almada - PRS; Paulo Del-gado - PT; Raimundo Rezende - PMDB;Raul Belém - PTB; Roberto Brant - PRS;Roberto Vital - PRN; Ronaldo Carvalho- PSDB; Ronaro Corrêa - PFL; Saulo Coe­lho - PFL; Sérgio Naya - ;E'MDB; SérgioWerneck - PL; Sílvio Abreu - PDT; Virgí­lio Guimarães - PT; Ziza Valadares,-PSDB. I

São Paulo

Adhemar de Barros Filho - PRP; AfifDomingos - PL; Agripino de Oliveira Lima

- PFL; Airton Sandoval-PMDB; AntonioCarlos Mendes Thame - PSDB; AntônioPerosa - PSDB; Antônio Salim Curiati ­PDS; Aristides Cunha - PDC; Arnaldo Fa­ria de Sá - PRN; Arnold Fioravante - PDS;Bete Mendes'- PSDB; Caio Pompeu de To­ledo - PSDB; Cardoso Alves - PTB; Cu­nha Bueno - PDS; Del Bosco Amaral ­PMDB; Delfim Netto - PDS; Dirce TutuQuadros - PSDB; Doreto Campanari ­PMDB; Eduardo Jorge - PT; Fábio Feld­mann - PSDB; Farabulini Júnior - PTB;Fausto Rocha - PRN; Florestan Fernandes- PT; Francisco Amaral- PMDB; GeraldoAlckmiri Filho - PSDB; Gerson Marcondes- PMDB; Gumercindo Milhomem - PT;Hélio Rosas - PMDB; Irma Passoni - PT;Jayme Paliarin - PTB; João Cunha - PMN;João Herrmann Neto - PSB; João Rezek- PMDB; José Camargo - PFL; José CarlosGrecco '- PSDB; José Egreja - PTB; JoséGenoíno - PT; José Maria Eymael- PDC;José Serra - PSDB; Koyu Iha - PSDB;Leonel Júlio - PT do B; Luiz Gushiken ­PT; Luiz Inácio Lula da Silva - PT; MalulyNeto' - PFL; Manoel Moreira - PMDB;Nelson Seixas - PSDB; Paulo Zarzur ­PMDB; Plínio Arruda Sampaio - PT; RalphBiasi-PMDB; Ricardo Izar-PL; RobsonMarinho - PSDB; Samir Achôa - PMDB;Sólon Borges dos Reis -, PTB; TheodoroMendes - PMDB; Tidei de Lima - PMDB;Ulysses Guimarães - PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PC do B; Délio Braz­PMDB; Fernando Cunha - PMDB; IturivalNascimento - PMDB; Ja/es Fontoura ­PFL; João Natal - PMDB; José Freire ­PMDB; José Gomes - PRN; Lúcia Vânia-PMDB; Luiz Soyer-PMDB; Mauro Mi­randa - PMDB; Naphtali Alves de Souza-PMDB; Tarzan de Castro -PDT.

Distrito Federal

Maria de Lourdes Abadia - PSDB.

Mato Grosso,Antero de Barros - PT; Joaquim Sucena

~ PTB; Jonas Pinheiro - PFL; Júlio Cam­pos - PFL; Osvaldo Sobrinho - PTB; Perci­val Muniz - PMDB; Rodrigues Palma ­PTB; Ubiratan Spinelli - PLP.

Mato Grosso do Sul

Gandi Jamil - PDT; Ivo Cersósimo ­PMDB; José Elias - PTB; Levy Dias -

PST; Plínio Martins - PSDB; Rosário Con­gro Neto - PSDB; Saulo Queiroz - PSDB;Valter Pereira - PMDB.

Paraná

Airton Cordeiro - PFL; Alarico Abib ­PMDB; Antônio peno - PFL; Basilio VilJa­ni - PRN; Borges da Silveira - PDC; DarcyDeitos - PSDB; Dionísio Dal Prá - PFL;Ervin Bonkoski - f'TB; Euclides Scalco­PSDB; Gilberto Carvalho - PFL; Hélio Du­que - PDT; Jacy Scanagatta - PFL; JoséCarlos Martinez - PRN; José Tavares ­PMDB; Jovanni Masini - PMDB; MatheusIensen - PMDB; Mattos Leão - PMDB;Maurício Fruet - PMDB; Maurício Nasser- PTB; Max Rosenmann - PRN; NeltonFriedriéh - PDT; Nilso Sguarezi - PMDB;Osvaldo Macedo - PMDB; Paulo Pimentel-PFL; Renato Bernardi - PMDB; RenatoJohnsson - PRN; Sérgio Spada - PMDB;Tadeu França - PDT; Waldyr Pugliesi ­PMDB.

Santa Catarina

Alexandre Puzyna - PMDB; ArtenirWerner - PDS; Cláudio Avila - PFL;Eduardo Moreira - PMDB; Henrique Cór­dova - PDS; Luiz Henrique - PMDB; Or,lando Pacheco - PFL; Paulo Macarini ­PMDB; Vilson Souza - PSDB.

Rio Grande do Sul

Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta- PDS; Carlos Cardinal"':"" PDT; Darcy Poz­za - PDS; Floriceno Paixão - PDT; Hermes

,Zaneti - PSDB; Hilário Braun - PMDB;Ibsen Pinheiro - PMDB; Irajá Rodrigues- PMDB; Ivo Lech - PMDB; Ivo Mainardi- PMDB; João de Deus Antp?es - PDS;Jorge Uequed - PSDB; Leho Souza ­PMDB; Luís Roberto Ponte - PMDB; Nel­son Jobim - PMDB; Paulo Paim - PT; Ros­pide Netto - PMDB; Tarso Genro - PT;Telmo Kirst - PDS.

Amapá

Eraldo Trindade - PFL.

Roraima

Chagas Duarte - PDT; Marluce Pinto _PTB; Mozarildo Cavalcanti - PFL OttomarPinto -PDC.

o SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Encerro a Sessão, designando para Amanhã,dia terça-feira, dia 8, às 13:30 horas, a se­guinte.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESS~'NACIONAL(Seção I) Terça-feira 8 3959

ORDEM DO DIA

MATmIA SOBRE A MESA

RequerImento do Deputado Adhemar de B&rrOI Pilho IOIlcItando urat\lel&lJIIl& a tnmltaçIo do Projeto de Lei n,. 4.06II1ll. •

VRG~NCIA

Votação

PRo.mro Dl!: LEI N{' 4.352-B, DE 1911l(Do Poder :0xIcUllTO)

Votaçio, em dlacussllo 1lnIca. do !:'roJeto de Lei n.· 4.352-A, de 1999. que düp6e.sobre a pensA0 upecÚll aos ex~comb«tentes dl1 Segunda. Guerra MundJal e & .teUldependentes; tendo parecer da Comiss§.o de Defesa Nacional pela aprovaçio, comemenilu e. dos Relatores designados pela Mesa em substituição às ComlMõel: deConslItuJçIIo o Jusllç~ e de Redsçfio. pela conatltuclonalldade. jurldlcldade e tknlca1.atoloU•• doote e dos apensadOl; Ó de FlnanQ" e Trlbutaçlo, pela admlalbUldade.(Relatorea: Sro. Osmar Leltl\o. Nilson Olbron e Manoel C..tro).""_._eId. na CD: ~ 2'l-3-iO (art. M. 11 1.· e 2.· da CFl.

2

PROJETO DE DECRETO LEOISLATIVO N.· HIl-A, DE 1986(Da Comlsalio de RelaçÕCs Exterlorea)

V~, em d1scussA: ónlca, do Projeto de DeCreto LegJslatlvo n.o 146, de 1986,que aprot'a o texto do Conv~n1o de Defesa. PitossanitMla entre o Governo da.Reptlbllea hderatlva do Brasil e o Governo da Espa.nha. conc1uido em Madrid,• 12 de .brU de 1984, tendo pareceres: da Cotnlssão de ConstituJçIIo e Jusllça eIlcdaçio, pela constitucionalidade, Jurldlcldade e téonlca leglalatiTa (Rel&t<Jr: sr.JfJ.IA 01blon); e da com1ui.o de Agricultura e POUtlCIL ltural. pela aprO'f&ÇAoCReI&lor:'I!lr. Léllo _).

Regional de Sauldade Vegetal - C......, ...Iundo ..., v.onlllvidéu, a ~ de mo;.ç.,de 1989; tendo pareceres: do ComIMIIo de Constitulçllo e Jllltlça e Iledaçllo.pela. eonlStttuelon.~dade. jurldlcldade e técnica. legtaJaUYA (Relator: Sr. Ac!.JlaonMotta); e, da Coml!allo de Saude, 'Prevldmela e AI5III~nol& Social, pela lpro1'OÇIo(Relator: Sr, ElIu Murad),

Discussão

•PROJETO DE LEI N.· 602, DE 11183

(Do Sr. Oastone Righi)

DtscUSBlio únloa do Projeto de Lei n.. ~ de 1983, que InstltuJ, CilrnO crlmedfl usura, .. cobrança de juroa e cOtl}IS86es IUperior-es à taxa de 1~% ao ano, t.clmada eOm!Ç1Io monetárla e a exigência de saldos mMlos ou auJelçIIo a eontratoo deoutra nlltureza, para conoeM4o de emprbltimos, modificando o art. '-D da LeI. n..1.521, de :l6 de dezembro de 1951. Pendente de pareceres d&a eomlaiões de éODlll­tuJçIIo e J ....tlça e de Redaçio; e de Eeonoml&. IndÚllrla e Comércio.

AVISOS

I - COl\DSSIIO ESPECIAL INCUMBIDA DE APRECI4B O PROJETO DE LErN.· 1._/"'. QUE "INSTITUI NORMAS GER.US DE PROTEÇAO A INI'ANCl'A J:

li lUVENTUDE" E OUTltos QUI> CBJAl\[ o "ESTATUl'O DA.CBL\NÇA E DO ADOLl!SOENTE"

Presidente: Deputada Ilandra Canleanll _ PPL _ Il.J

1.· Vlee-PreJldente: Deputado AIrton Cordelro _ PPL _ PR

2.· Vlttl-Prelldente: Deputado Arlbur da 'NTo1& _ PSDB _ Jl.J

I.· Vlce-Pnlldtnte: Depy\&dO _to Monltlro _ P.l'B _ PA

• ReI&tor: I

I'ITULA&ES1'.

PllOJETO DE DECRETÓ LBOIll1!.ATIV.O N.· 159-A. DE 19Ba

(Da Comls.sllo de ~l.çõcs Exterlores)

TotaçlO, em dlseusslo \intCR., do Projeto de Decreto Legislativo n,0 15"'. da1..., que aut011za a adesAo do BrasU â Convenção sabre & ConscrvQçAo du FoeaaAntárticu'.adotada em Londres, otn. U de Junh<> d&.I=: IJIndoo pareceres daComlJll6o ele Constltulção e Justlça e. :ilodaçllo, pela constltuclonalldade, JurldlllJ,.dado e t6clllls-.JeglalatiTa IRelator: sr. Vilson souza); ~ do Comissão de Airtcnl~lura • POllUca Rural, pela aproYRçlo (Relator: sr. Antonio Marangon).

Akton Cordeiro - PR

P1lOJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.· 42-A, DE 1999

(Da Comissão de Relaçóe. Exterlores)

Vol&Çio, em dlscUSllIlo únlca. c1p. Projeto de Decreto Leglslallvo n.. ~. de 1999.que aprova o texto dp Acordo pata Cooperação Técnica com outros p9.Ú5efl daAnW1ca Latina e <la Arrl.. entre Bl'lll11 e a orr, concluJdi> em Genebra. em 29de JuJho de 1987; tendo pareeerca da ComisIio de COnItltuJçIIo e Justiça e Reda­çio, pela con.tltuclonalldade. JurldlCldade e técnica leglslalln (Relator: Sr. Fer·MIÍ1IlIo 1lmI1IAom&); o d.r. Comlaia di> 'l'ra/leIbQ. pelt. &prQYaÇio, DOm .-nd& IRe­I&tor: sr. LyaAneu V.a<;lell.

a

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.· 75-A, DE 1999

(Da Comissão de Relações Exteriores)

Votaçio, em dlscuulio única. do .ProJeto de Decreto Legislativo n.· 75. de 1989,que aprova o Texto da Alteração do Convênlo Constltutlvo do Banco Interame­ricano de DelenTolTlmento (BID), adotado pela Aazembléla dOi Oo""rnadoreo, • 24de.de8embro de liS.,. com voto favorável do iovernador brlU5l1elro. medllUlte Reao­luçlo n.o AQ..8187; \AInda pareceres da Comlnão de ConztttUlção e Justiça. e Reda­çio. pel. constitucionalidade. Jurldlcldade e técnlta legislativa (Relator: sr. Ad;tl­lOll Motta); e da clxnl..áo de Economia. Indústria e Comércio, pelo aprançio(Relator: Sr. ll:Ilo P"rrelro).

•PllOJETO DE Dll:CRETO LEGISLATIVO N.· I05-A, DIIl 1899

(Da ComlMio de Relaçi5es É:lterlores)

Votaçlo, em dI..u..io única. do Projeto de Decreto LeglalatlTo n.· 105. de 1989,que apt'on o teito do AOOrdo entre o O<>verno da República Federatlvl> do BraaUe o aoverrio da RepúbUca. do surtname, para a Prevenção, Controle e Repressioda Produçllo, Tráfico e Consumo Ulcltos de Entorpecentes e sub.Uncl.. Pslco­trõplcns; tendo pareceres: da Comll>Sio de ConstituIção 1& Justiça. O Redaçi.o, pelaeonstituelonalldsde, Jurldl.ldade e \é.nl.I> leglsloU.a (Relator: Sr. Jatro Carneiro);t da ComWáo.de Seúde, PrevIdêncIa e Asalsttlncla SocIal. pela aprovaçio <Relator:Sr. Bllu Murad).

.7

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.· 100-A, DIIl 19811

(Da ComIMáo de Relações Exterlores)

Votaçlo, em dlseusallo llnlca. do Projeto de Decreto Leglslllllvo n.. 10'1, deliBi, que aprova o texto do conv~nlo entre os GovemOli do. República FederatlY&

,do 13ruU. da. Rep6bllc& da. Arlentlna. da. República do ChUe, da Rep\\bllC& doParaguai e da República Orlental do UruglUol oabre a ConstltuJçIIo do Comltl

PSDB

PDS

P1'

BoDodIl&d&8Uno_Bol'

P8DB

Ro&4r!0~ Neto

l'D1I

l"l'

Page 74: República Federativa do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD08MAI1990.pdfdo Brasil e o Governo da República do Zimbábue, em Harare, em 20 de junho

3960 1;'erça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

NACIONAL

15:30 J~ oInolno16:0016:30

17:00

17:3~

11:00

---nora Nom..

14:30 Leomnr QuintRnl1ha·

15:00 Artur Lima C_..atcanU.

15:10 JOII6 Dutr.·

.l4:30 o.waldo Almeida

15:00 Gerson' Peres

la:30 Jo(\o I'nlllo

14:30 Marco< l'onnlg.15:00 Aécio d. Borb.15:30 1"ernando Guparlan

11:00 F.duardo Siqueira Campoa

11:30 A.lltDom~

12:00

12:30

13:00

13:30

15:30

18:(10

18:30

17:00

17:20

18:00

B:30 Waldeclc Oruél..

15:00 Aldo Arantes15:30 Antônto CAmara

11:30 Abigail FeitDl!a.

15:00 Jesualdo Cavalcanti15:30 Genebaldo Correia

U:30 W.lmor d. Luc.15:00 Ruy N_I

15:30 DarO)' Deito.

CONGRESSO

0011111101:11 IUITAII

" - OOlDs8AO MISTA DEB'I1NADA A ELAROltAK O PaOJKTO DE(JÓDlOO DII\ llD'tllA 00 t'UN8UMll)UR

.1'01' Foiaça' Joaci G6M

Jutab7~ An16n1o Britto

RU)' Bacelar Samir AcM.

Iram Baral,. Michel Temer

N~W_ Btlndra .éaYalcanl,l

0cIadr_ lI:IIescr MoreIra

JoeA AgrIpino GcraIdo Alckmin PIlho

Dlroeu Camelro Jorp Arbap

CUloa Patroclnlo ~CiIldIdo

21/5

D.ta DI. d. Boman.

2:1/5 3.·-ffllra

23/5 •.··I.Ir.

W5 5.··tolr.

25/5 e.·..tefra

2815 I."·folra

21/1 1..,·feJra

0bI.: (.) - ImcrIçOcJ tranalcrldas conforme o art. 82, VI do lU.

Ramalo: 7087 e 7088

Jayme PaUarln

secrelárlo: LulI Céaar LIma cooa

EunlC<l Mlchll..

Atll& LIr.

Tadeu Franl1&

_Ribeiro

RELACAO DOS DEPUTADOS INSCRITOS NO GRANDE EXPEDIENTE. MAIO/90

n.ta DlAdaStmaDa Hora Nome.

8/5 3."-felra a:30 Lurdlnh& savlgnon·

15:00 Vladlmlr P.lm.Ir.·15:30 Osvaldo LIma FIlho·

0/5 "'··folra H:30 Nel<on AiUlRr •

15:00 Moema B§.o Th1&1O.

15:30 Geraldo Campoa·

10/5 5.··felra 14:30 Jonea Santb8 Nefta

15:00 Mário Lbn.

15:30 Adolfo On,elra

Data DIA da SeJlWl& lIora Nom..

1111 ••• ..felrA 11:00

11:30

12:00

12:30

13:00

13:30

H/5 3."-felra 15:30 . NUBOIl GlbJon

18:00

16:3017:00- VlrB!lIo GubnRriea-17:30

11:00

J.1I1 I.··felra .14:30 Miraldo Gomei·

15:00 EdmIl<on Valentim·

15:20 Paes LandIm •

18/5 •.··felra !t:30 MAnoel Castro·

15:00 WllllOn C.mpoa·

15:30 Paes Landim •

1111 I."-folr... 14:30 HllrOldo Lbn.

15:00 J ••WI 'ralco.. 15:30 Domlnloo LeonoIII

, lI/I ••··felra 11:00

11:30

12:0012:3013:00

13:30

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3961

Mauro llorK.. J:Ilu Murad José Richa -SP PR

J06é Serr& -"-co SPRoberto campoo Gumercindo 1ll1homem Maria de Lourde. Abadia -CD DF'

IUPLBl'lTEa Saulo Queiroz -CO MS·

VirglldMlo de Benna -CD BA

Renan '1'110 Antônio CAmara Zlza Valadares -CD MO

Valdir, coJattoPDT

Oeroon Camata -CO RJCesar Mala

Joio LoLo Jorran l'reJat Gonzaga PatrJota -CD PE

Lúcio Alcftntara -CO CBPompeu do _ Anna Ilarla RattM Mário Mata -BF AC

Miro TeixeIra -CO :RJ

00mM~ PoUpe :vend.. l'D8

/I _ vnMIRRAn MIRTA lIIl OILÇAMf.NTOI)arcy Poztl\ -CD naFellpe Mendes -CO PI

rreoldenle: nelJ1ltado Cid Canalho (PMDIlIHA) Jorge Arbage ,...CD PA

Jao! Luls Mala -CO PI1.· Vue-Presldenle' S~ldor Joio LolJo (PFL'PI)

Roberlo CamJ>Oll -81' MT11.. VIce-l'r-..I4...te: Dopalad. ZI.. VllIaãr'N (PSDBlMG)

a•• VIce·PnoId....' De,,_ .Jeei LaIs Mala lPDIIIPl) B..nlo Vl11an1 -CO PR

Jo~é CarlOB vasconceUoa -CD PETlTULABU Jalio C...lelo - SP' MA

I'MDB Renato JohnlSAOll -CD PR

Cid Carvalho -CO MA PT1I

Domlni"" Ju..nU -CO PA Carrel Benevidea -CO AM

'Flnoo de CBllt:ro -CD CB FábIo Raunhelttl -CO :RJ

~n(lbfltdo correta -CO BA Lour~mberiNunes Rocha -BP MT

Henrlqu~ Eduardo Al_ -CO M Joio de Deu. -CO R8

lrnptl~ ellll!. Jónlor -:-81' 00 PT

111'...1 Plnbelro -,CD J(Q Irma Passoni -CD SPIvo Cenóa1Jno -co - JOio Paulo -CO MOJoio AgripIno -CO PB PLJoio Calmon -SP' EB

Jao! Lul. d. BáJoio CarIO/I B.icelar

-CO :RJ-CO BA

José aeraldo -CD MOJOtlÓ Dut:a -co .ui

PDCJao! Fogaça -81' RS Oldel Darita•. -CO CE.1056 Tayuea -CD PR

.z.eopoldo PeresLI\ol& Vania '- CO ao -SP AM

Roberto Balestra -CO 00Manoel Moreira -CO BP

PSIl!lanoueto de La_ -SP PE

Ablll.II, Fell<loaMárclQ Braga -CD RJ

-CO BAPC a. B

!lárclo;"cerda -SP MorManuel Domingos -CD PI

!lar... LIma -co MO

Habor Jdnlor - SP' AC SUPLENTEB

Nlder Barbosa -CO E8.PMDB

Renato VIanna -CO BCCid Sabóia de Carvalho -SP CB

Ronaldo Ar.llio - SP' RO Déllo Braz -CO 00Ronan 'I1to -SP' MO DJenal Gonçalves -CO SEROtlplde Netto -CO RS Haroldo Babóla -CO MA

RU1 RaoeIar -SP' BA. JOYBnnl M9.Blnt -CO PR

Bantlnho J'urtado -CO PR Mauro Benevides. -BP CE

'1'1del da LIma -CO 8P Neuto de Conlo -CO BC

'AIO -CO Nilson Oyboon -CO PE

'''iO -CO Ruy Nedel -CO RSBeTero Gomea -:-BP BP

.m. Ublrat.n AiUlar ":'co CE

Arnaldo PrietO -CO RS

Edison LobIio -SF MA Atlla Lyra -CO PI

Eraldo Tinoco"~'CD BA Jofrao Frejat r- CO Dl"

l'r.ncloco DOmeJltj: '-CO ,:RJ Jao! Que~ -CO SE

Humberto Souto -CO ' MO Le'Y DIu -CO' WI

Jofto Alv.. -CO BA OdBClr Boana -SP, RO'

Joio Lobo -BP PI

Joio Meu.... ~SP' 'PA'

JOI6 Jo.... -CD Plli

Lourival Ilaptllta -81' SB "na'"Luis Marqu,," .-CO CE

~va1do. C~lho':"'CO Plli Anna Marla Raltef -00 lU

Paes Landim -CO PI Pranc1lco ItUater -CO seBaàllel Carvalho -CD 'PE

Pompeu ileSO- -BP DPlllmio SeSlbn -CO :RJ

Victor Fontana '- CD BC mauna

Ttlmo~ -co R8Melo N\'ves -CO MO

Ohall" Rodrl.KUeI -SP PI

D.rcy Del"'" -co ,m 1'D'I'

DIrceu C.rnelro - SP' BC /34q10 CUYIIIbo -cD lU

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3962 Terça-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990 •

PM.

Pe1UNader

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l'1'".Vladlmlr Palmeira

Mtraldo aom..

Mauro 1lorllM

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Jt.mI1 Haddad

Btere<árla: H1lda de Bena Corroa Wlederheeblr

ED<Iereço: Sala 18 - Anexo n - Clmf.rt. doa~oa

l'on": 311-1938/8931/lllHO (Be<:rett.rla)I:I2I-:lllU lP_dente)

_: Dr. Lulo Vuconceloo (CO) - 311-8llll2

Dr. J"'" Catloe Ao St.nloa ISI') -- 311-331a

-co SP "

_·co RJ

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-SF RJ

CONTAS DO PRESmENTE DA JlEPllJlLlC...• (F...r~r~lo IIlllI)

Relator: Senador Lourlfll BapUllla

CRONOGRAMA

1. DlaLrlbutço.o do Parecer do 1talutor a do Paroc:ar do TCl1 ••••• 0 tO atA2. Apreenlaçlo. d1IcU8do • yotaçlo do Parecer do :Relator •". to ••••••

•• Publlcaçlo do Pareccr da ComIM1o (ProJelO de DecreIO Lec!Jl&t1YO)

•• Apr••enlllÇ'o de .mendu lo PDt. di~I. PubllCaçAo du emendu .8. Parecer do Relator às emend o... aW". D18cUllAo e l'otaçlo do parecer emend.. .••••••..•••••••••••••• .tf

8. Publlcaçio do parecer da Comlulío àa emendu .

8. Encaminhamento do PDt. • do Parecer da ComlM1o .. emendu para •Weoa do Benado Federal : .

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTAlUAS(PLN N." II»G)

Relator:CRONOGRAMA

1. Leitura em _ Conjunta .

2. DIstrlbulção de Aou!soJl ..

S. Apresentaçió de Emendu Da CMO· oa'" IH

t. D15trlbul9io de avuJBOIl da. em.ndu ; ..

6. DLacU55io e votação do projeto e das ~mend.. ap ntad.. ..li

I. Paiecer do CMO ao projeto e àa emendu ..1. Publlcaçio do par da eMO e d14trlbulçio de .._ .

( ") Art. IH, I :1." dt. ConatItulçl.o Federal.AtolIçio: A_ noa ae__lfIcoa dt. CAm...... " do Senado.

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ORDEM DO DIADAS COMISSÕES

I - COMISSÃO DE CONSTITUIÇ~OE JUSTIÇA E REDAÇAO

Relator: D,eputado Ney Lopes. de Desenvolvimento Florestal. a gratificação5) PROJETO DE LEI N° 4.647/90 - do instituída pelo Decreto-Lei n' 1.714, de 21

Sr. Francisco Bezerra Coelho - que "Disci- de novembro de 1979, e dá outras providên­plina, com base no interesse nacional, os in- cias.vestimentos de capital estrangeiro, incentiva 8.344/86 - (Senado Federal - Senador

AVISO os reinvestimentos e regula a rentessa de lu- JORGE KALUME) - Autoriza o Podercras". Executivo a estender ao~ servidores públicos

PARA RECEBIMENTO DE EMEN- Relator: Deputado Osvaldo Macedo. civis, aposentados por tempo de serviço eDAS NA COMISSÃO: B - DE ADMISSIBILIDADE E MÉRI- por invali,dez simples, o reposicionamento de

A - DE ADMISSIBILIDADE (constitu- TO. ' até doze referências. já deferido aos servi-cionalidade e juridicidade). Início do prazo: 3-5-90. dores em atividade.

Início do prazo: 3-5-90. Término do prazo: 9-5-90. 8.594/86 - (Senado Federal - SenadorJOÃO CALMON) - Autoriza o Poder Exe-

Término do prazo: 9-5-90.....··iYPROJETO DE LEI N' 4.654/90 - do cutivo a instituir adicional sobre o preço ao'1) PROJETO DE LEI N° 4.808/90 - do Sr. Nilson Gibson -que "Regula as locações consumidqr de cigarros, charutos e fumo para

Sr. Theodoro Mendes - que "Altera a legis- prediais urbanas e os procedimentos a elas cachimbo, revertendo o produto dessa arre-lação de contagem recíproca de tempo de pertinentes". cadação para o ensino de primeiro e segundoserviço para aposentadoria".' Relator: Deputado Horácio Ferraz. graus.

Relator: Deputado Rosário Congro Neto. (Encerra-se a Sessão às 16 horas e 33 0045/87 - (Dcpútado SOLON'BORGES2) PROJETO DE LEI N' 4.576/90 - do minutos.) DOS REIS) - Dispõe sobre a criação do

Senado Federal (PLS n' 59/88) - que "Dis- Instituto da Família.'põe sobre a prorrogação do prazo de vigência ARQUIVAMENTO 1.061188 - (Deputado JOSÉ YUNES) -dos incentivos fiscais para empreendimentos Dispõe sobre a inclusão da disciplina "Inte-instalados até 24 de dezembro de 1985, nas . Proposições sujeitas a arquivamento, nos gração Econômica, Social e Cultural dos Po-áreas de íltuação da Superintendência dq De- lermos do art. 54 § 20 (prazo para recursos vos da América Latina", nos currículos esco-senvolvimento da Amazônia -Sudam, e Su- _ art. 54, § \'). Sessões: de 30-4 a 7-5-90: lares de 2·-grau.perintendência do Desenvolvimento do Nor· 1.423/88 - (Deputado GONZAGA PA-deste - Sudene". (Apenso o PL n' 1.781/89) Projetos de Lei n% TRIOTA) - Fixa o prazo para liquidação

Relator: Deputado José Maria Eymael. 6.349/85 - (Senado Federal - Senador de débitos sem correção monetária e dá ou-3) PROJETO DE LEI N' 4.599/90 - do JORGE KALUME) -Dispõe sobre a reali· tras providências.

Sr. Gilson Machado -que "Extingue o Insti- zação de palestras, nos cursos de ).0 e 2' graus 1.467/89 - (Deputado FRANCISCOluto do Açúcar e do Álcool, reordena a inter- dos estabelecimentos de ensino do País, sobre AMARAL) - Acrescenta dispositivo à Leivenção estatal no setor sucro-alcooleiro e dá personalidades que se destacaram no plano n' 6.367, de 19 de outubro de 1976, que "dis-outras providências". nacional ou estadual e dá outras providên- põe sobre o seguro de acidentes do trabalho

Relator: Deputado Renato Vianna. cias. a cargo do INPS e dá outras providências".4) PROJETO DE LEI/No 4.604/90 - dd 8.343/86 - (Senado Federal - Senador 1.957/89 - (DepUtado HELIO ROSAS)

-St;Geraluo-]\\'c:kIrrin-FiHro-= 'que-'-'A1terir-NEI:S0N-C*RNElR0[=Estende aoS+nte--~Dispõe sobre o. abatimento no Impostoa legislação do Instituto de Previdência dos grantes da Categoria Funcional de Agente sobre a Renda, de despesas com medicamen-Congressistas". (Apenso o PL n' 4.659/90) de Defesa Florestal, do Instituto Brasileiro tos e determina outras providências.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 8 3963

2.032/89 - (Deputada RITA CAMATA)- Disciplina a cobrança do Imposto sobrea Renda e proventos de qualquer naturezadas pessoas físicas.

2.039/89 - (Deputado JOSÉ COSTA)­Estende aos oficiais da reserva os benefíciosconcedidos pela Emenda Constitucional n'26, de 27 de novembro de 1985.

2.230/89 - (Deputado RAUL FERRAZ)- Altera o regime jurídico da relação dotrabalho e remuneração a que se submetemos agentes do Fundo de Assistência ao Traba­lhador Rural - Funrural.

2.318/89 - (Deputado JUAREZ MAR­QUES BATISTA) - Concede benefício fis­cal a empresas rurais, nas condições que espe­cifica.

2.389/89 - (Deputado ULDURICO PIN­TO) - Dispõe sobre redução nas prestaçõesdo Si~tema Financeiro da Habitação do apo·sentado por invalidez, e determina outrasprovidências.

2.470/89 -(Deputado INOCÊNCIO OLI­VEIRA) - Isenda do Imposto sobre Circu­lação de Mercadorias - ICM, as operaçõescomerciais interestaduais entre pessoas jurí­dicas.

2.545/89.".... (Deputaçlo HÉLIO ROSAS)---,.Estende a concessão do auxílio-funeral aoscasos que especifica. (Concedendo o be~e­fício ao servidor por falecimento de depen­dente.)

2.548/89 - (Deputado HÉLIO ROSAS)- Acrescenta dispositivo à Lei Orgânica daPrevidência Social, determinando a não-inci·dênCia do Imposto de Renda sobre benefíciosprevidenciários.

2.802/89 - (Deputado GANDI JAMIL)- Determina a não-incidência de Impostosobre a Renda nos benefícios previdenciáriose determina outras providências.

2.808/89 - (Deputado AMAURY MÜ­LLER) - Disciplina a ação indenizatória porviolação de intimidade da vida privada, dahonra e da imagem das pessoas nos termosdo inciso X do artigo 5" da Constituição Fe­deral.

2.820/89 - (Deputado NELTON FRIE­DRICH) - (.:ria Junta de Conciliação e Jul-

gamento em Assis Chateaubriand, Estado doParaná.

2.834/89 - (Deputado JUAREZ MAR­QUES BATISTA) - Dispõe sobre a aposen­tadoria aos vinte e cinco anos de servlço paraopessoal que especifica. (Artigo 144 da Cons­tituição Federal).

2.907/89 - (Deputado VICTOR FAC­CIONI) - Cria o Conselho Deliberativo doSistema Nacional de Previdência e Assistên-'cia Social.

2.938/89 - (Deputado GANDI JAMIL)- Regula o artigo 170, inciso IX, da Consti­tuição Federal.

2.977/89 - Dispõe sobre o Plano de Car­reira do Magistério Público.

2.986/89 - (Deputado PEDRO CANE­DO) - Estabelece a opção dos servidorespúblicos, inclusive docentes, pelo regime ju-'rídico no qual serão enquadrados.

3.053/89 - (Deputado AGASSIS AL­MEIDA) - Dispõe sobre a adoção, nas esco­las de segundo grau. e cursos universitários,da disciplina "Direito Constitucional".

3.237/89 - (Deputado DASq COIM­BRA) - Assegura direitos aos inàtivos tioCorpo de Bombeiros e da Polícia Militar doantigo Distrito Federal e dá outras providên­cias.

3.383/89 - (Deputado JOSÉ CARLOSCOUTINHO) - Dispõe sobre abatimentono Imposto de Renda de Pessoa Física, dogasto com medicamentos comprovadamenteadquiridos sob receita médica.

3.390/89 - (Deputado GUMERCINDOMILHOMEM) - Dispõe sobre o plano decarreira do Magistério Público.

3.491/89 - (Deputado PAULO ZAR­ZUR) - Isenta o aposentado do pagamentode tarifa de água, esgoto e energia elétrica.

3.502/89 - (Deputado AGASSIS AL­MEIDA) - Regulamenta o auxílio de loco­moção para professores de primeiro e segun­do graus e de nível universitário.

3.536/89 - (Deputado CHICO HUM­BERTO) - Dispõe sobre a criação do BancoNacional da Seguridade Social - BNSS, nascondições que especifica e dá outras provi·dências.

3.542/89 - (Deputado FURTADO LEI­TE) ~ Disciplina a remarcação de preçosde produtos industrializados. (Obrigando ainclusão do valor dos impostos e do preçosugerido para o varejo na embalagem do pro­duto, ao sair da fábrica).,

3.545/89 - (Deputado PAULO ZAR­ZUR) - Concede licença ao servidor públicoque obtiver a guarda ou adotar menor desete anos.

3.561/89 - (Deputado ULDURICO PIN­TO) - Acrescenta dispositivo à Lei n" 6.813,de 10 de julho de 1980, dispondo sobre otransporte de derivados de petróleo.

3.578/89 - (Deputado ANTONIO SA­LIM CURIATI) - Dá nova redação ao arti­gq 11 da Lei n'" 7.787,'de 10 de junho de1989, para estender a Gratificação de Estí­mulo à Fiscalização e à Arrecadação - GE·FA, aos funcionários da Linha de Arn;ca­dação e Fiscalização do lapas - LAF.

3.601/89 - (Deputado GANpl JAMIL)- Dispõe sobre os planos de carreira parao magistério, de acordo com o artigo 206,inciso V, da Constituição Federal.

3.719/89 - (Deputada BETE MENDES)- Dispõe sobre a inclusão da disciplina His­tória e Cultura Musical nos currículos queespecifica.

3.742/89 - (Deputado UBIRATANAGUIAR) "":"'Fixa diretrizes para elaboraçãode Planos de Carreira do Magistério Público.

3.761/89 - (Deputado ALEXANDREPUZYNA) - Dispõe sobre o direito à inde­nização por dano material ou moral. (Decor·rentes da violação dos direitos concernentesà intimidade, à vida privada, à honra e à~magem das pessoas, nos termos do incisoX do artigo 59 da Nova Constituição Federal).

3.859/89 - (Deputado FRANCISCOAMARAL) - Dá nova redação ao artigo389 da Consolidação das Leis do Trabalho.

4.204/89 - (Deputado JOSÉ SANTANADE VASCONCELLOS) - Dispõe sobre aaposentadoria aos vinte e cinco anos de servi­ço para o pessoal que especifica (artigo 144da Constituição Federal).

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PÂGINÃ ORIGINAL EM BR"~O

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r--------------- MESA -----------'----------,Presidente:PAES DE ANDRADE (PMDB)

19 Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)

29 Vice-Presidente:WILSON CAMPOS (PMDB)

19 Secretário:LUIZ HENRIQUE (PMDB)

29 Secretário:EDME TAVARES (PFL)

39 Secretário:CARLO,S COTTA (PSDB)

49 Secretário:RUBERVAL PILOTTO (PDS)

Suplentes:

FERES NADER (PTB)

.FLORICENO PAIXÃO (PDT)

ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN)

JOSÉ MELO (PMDB)

LIDERANÇAS"PARTIDO DO MOVIMENTO

DEMOCRÁTICO BRASILEIRO

-PMDB-

PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA

-PDT-

LíderIBSEN: PINHEIRO

LíderDOUTEL DE ANDRADE

Vice-Úderes

Vice·Líderes

, LíderRICARDO FIUZA

PARTIDO DA FRENTE LIBERAL-PFL-

Lúcio AlcântaraBeth Azize

Hélio CostaBasílio VilIani "

PARTIDO DA RECONSTRUÇÃONACIONAL-'PRN-

LíderRENAN CALHEIROS

Vice-Líderes

Brandão MonteiroLysâneas MacielArtur Lima Cavalcante

Vice-Líderes

Arnaldo Faria de SáNelson Sabrá

Osmundo RebouçasRoberto RollembergTidei de LimaÚbiratan Aguiar

Genebaldo CorreiaJosé TavaresLuiz'Roberto PonteMaurilio "Ferreira Lima]'Ielson "Jobnif ""

Jesus TajraIberê FerreiraStélio DiasPaes LandimJosé LinsJofran Frejat

Erico PegoraroAnnibal BarcellosLuiz EduardoSandra CavalcantiOsvaldo CoelhoJosé Santana de Vasconcelos

PARTIDO DEMOCRÁTICO SOCIAL~PDS~

LíderAMARAL NETTO

Vice-Líderes

PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO

-PTB-.Líder

GASTONE RIGHI

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

-PSDB-

Líder,EUCUDES SCALCO

Vice-Líderes

Aécio de BorbaBonifácio de Andrada

Darcy PozzaGeron Peres

Vice-LíderesRo\1,,,n \1arinhoVirgikhísio de SennaJosé Costa

José GuedesMaria de Lourdes AbadiaElias Murad

Sólon Borges dos ReisRoberto Jefferson

Valmir CampeloOsvaldo Sobrinho

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PARTIDOS DOS TRABALHADORES'-PT-

PARTIDOSOCIALISTA CRISTÃO-PSC-

LíderGUMERCINDO MILHOMEM

PARTIDO DEMOCRÁTICO CRISTÃO-PDC-

LíderEDUARDO SIQUEIRA CAMPOS

Vice-Líderes

Benedita da SilvaFlorestam Fernandes

.JOSé Maria Eymael

Francisco Coe'lho

Vice-LíderesPaulo Paim

Jairo Azi

LíderFRANCISCO ROLIM

PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO-PSD-

I LíderCESAR CALS NETO

PARTIDO TRABALHISTARENOVADOR

-PTR-Líder

ISMAEL WANDERLEY

PARTIDO LIBERAL-PL-

LíderAFIF DOMINGOS

Vic~-Líderes

PARTIDO LIBERAL PROGRESSISTA-PLP-

Líder'UBIRATAN SPINELLI

José Geraldo Ricardo Izar

PARTIDO SOCIALISTABRA~JLEIRO

-PSB-Líder

JOSÉ' CARLOS SABÓIAVice-Líder

PARTIDO REPUBLICANOPROGRESSISTA

-PRP-

LíderADHEMAR DE BARROS FILHO

Ademir Andrade Célio de Castro

Chico Humberto

PARTIDO DAS REFORMAS SOCIAIS-PRS-

LíderMelo Reis

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL-'-- PC do B -,

i LíderHAROLDO LIMA

Vice-LíderAldo Arantes

PARTIDO SOCIAL TRABALHISTA-PST-

LíderJOSÉ FERNANDES

Vice-LíderI

PARTIDO COMUNISTABRASILEIRO

-PCB-

PARTIDO COMUNITÁRIO NACIONAL'

-PCN-Líder

EDIVA!LDO HOLANDA

PARTIDO MUNICIPALISTA NACIONAL

-PMN-

Líder

JOÃO CUNHA

LÍDER DO GOVERNO

Renan Calheiros

Vice·Líderes

LíderROBERTO FREIRE

Vice-LíderesFernando Santana Augusto Carvalho

AntoniocarlosKonder ReisHumberto Souto

Gidel Dantas

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COMISSÃO DE AGRICULTURA PDC

E POLÍTICA RURAL Paulo Mourão Roberto Balestra

Presidente: Humberto Souto - PFLVice-Presidentes: Vinicius Cansanção - PFL PSB

Vicente Bogo - PSDB José Carlos SabóiaJorge Vianna - PMDB

Titulares PCdoB

PMDB lIManuel Domingos

Del Bosco Amaral José Freire PLPDoreto Campanari José Mendonça de Morais Ubiratan SpinelliGeraldo Fleming Jovanni MasiniHilário Braun Rosa PrataIturival Nascimento· Rospide Netto ,Ivo Mainardi Santinho Furtado Suplent~sIvo Vanderlinde Sérgio SpadaJoqie Vianna PMDB

Alexandre Puzyna Maguito VilelaFausto Fernandes Melo Freire

PFL Genésio Benardino Nilson SguareziAlysson Paulinelli Jonas Pinheiro Jorge Vianna Nyder BarbosaDionisio Dal-Prá Narciso Mendes José Tavares Paulo MacariniIberê Ferreira Vict-or Fontona . Luiz Soyer Raul Ferraz

Jacy Scanagatta Vinicius Cansanção 2 vagas

PFLErico Pegoraro Leur Lomanto

PSDBJairo Carneiro Messias GóisJosé Moura Osvaldo Coelho

Adroaldo Streck Vicentl: Bogo Lael Varella Pedro CeolinCaio Pompeu Vilson SouzaNelton Friedrich PSDB

Carlos Mosconi Lézio SathlerCristina Tavares Saulo QueirozEdmundo Galdjno

PDT PDTCarlos Cardinal Tanzan de Castro Gonzaga Patrio.ta Silvio Àbreu1 vaga Nelson Aguiar

PDSAdylson Motta Osvaldo Bender

PDS PRNAdauto Pereira Delfim Netto José Gomes Freire Júnior

PTBJayme Paliarin Rodrigues Palma

PRNPLFrancisco Sales Raul Belém

Afif bomingos Maurício Campos

PTPaulo Paim 1 vaga

Jayme PaliarinPTB PDCJosé Egreja

Borges da Silveira Sérgio Brito

PSBJoão Herrmann Neto

PL' PCdoBOswaldo Almeida Ricardo Izar Aldo Arantes

SEM PARTIDOGandi Jamil

PTPlínio Arruda Sampaio 1 Vaga

Secretária: Mariza da Silva MataRamais: 6902 - 6903

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COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

Presidente: Antônio Britto - PMDBVice-Presidentes: Hélio Rosas - PMDB

Paulo Pimentel - PFLLysâneas Maciel - PDT

PDCLeomar Quintanilha

PSB, Uldurico Pinto

TitularesPMDE

Airton SandovalAloísio VasconcelosAntônio BrittoAntônio GasparDomingos JuvenilEliel RodriguesFernando Cunha

PFLÂngelo MagalhãesArolde de OliveiraJosé CamargoJosé Jorge

PSDBKayu IhaNelson -Seixas

PDTFernando LyraLysâneas Maciel

PDSAntônio Salim Curiati

PRNHélio Costa

PTBErvin Bonkoski

PL

Hélio RosasHenrique Eduardo AlvesIvo CersósimoLuiz LealMaurício FruetMaurílio Ferreira Lima

Maluly NetoPaulo PimentelPedro Ceolin

Paulo SilvaRobson Marinho

Vivaldo Barbosa

Arnold Fioravante

José Carlos Martinez

José Elias

Suplentes

PMDBAlarico AbibAmilcar MoreiraBete MendesBosco FrançaJorge LeiteFrancisco Amaral

. Manuel Viana

PFLÁtila LiraCláudio ÁvilaEraldo Trindade

-Narcísio Mendes

PSDBAcival GomesFábio Feldmann

PDTCarlos Alberto CaóCarlos Cardinal

PDSBonifácio de Andrada1 vaga

PRNJaime Campos

PTBFéres Nader

PLÁlvaro Valle

PTFlorestan Fernandes

PDCPaulo Mourão

PSBAbigail Feitosa

Secretária: Deuzuite M. A. do ValeRamal: 6906

Osmir LimaPercival MunizRalph BiasiRoberto RollembergTidei de Lima1 vaga

Humberto SoutoJalles FontouraPaulo MarquesPedro Canedo

Joaci GóesRose de Freitas

Luiz Salomão

Francisco Diógenes

Márcia Kubitschek

Gastone Righi

Ricardo Izar

Tarso Genro

Chagas Neto

PTIrma Passoni

Roberto Augusto

Paulo Delgado

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO. E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

Presidente: Theodoro Mendes - PMDBVice-Presidente: José Dutra - PMDB

Mário Assad - PFLBonifácio de Andrada - ,PDS

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Agassiz AlmeidaArnaldo MoraesCarlos VinagreHarlan GadelhaHélio ManhãesJoão NatalLéiíoSouzaJosé DutraLeopoldo Souza

TitulareS

PMDB

Mendes RibeiroMichel TemerNelson JobimNjls9iJ-{Jl6_~QÍIOsvaldo MacedoRenato ViannaTheodõro Mendes

Wàgner Lago

Aldo Arantes

Roberto Freire

PSB

PCdoB

PCB

PFLEliézer Moreira José Thomaz Nonô SuplentesEvaldo Gonçalves Mário AssadHorácio Ferraz Messias Góis PMDBJairo Carneiro Ney Lapes Antônió de Jesus José Mendonça de 'MoraesJosé Moura Paes Ladin Antônio Mariz Jovanni Masini

Fernando Velasco Lélio SouzaGenebaldo Correia Samir AchÔaIbsen Pinheiro ülií'ratân Aguiar

PSDB . Ivo Cersósimo 3 VagasArnaldo Martins Moema São Thiago José MeloJosé Guedes Plínio Martins PFLJutahy Júnior Sigmaringa Seixas Agripino de Oliveira Lima Jesualdo Cavalcanti

Aloysio Chaves Jesus TajraEraldo Tinoco Oscar Corrêa

PDT Etevaldo Nogueira Sarney Filho

Bete Azize Sílvio Abreu Francisco Benjamin Stélio Dias

Gonzaga Patriota PSDBAécio Neves Jorge UequedCaio Pompeu Ro~~ri~Congro Neto

PDSEgídio Ferreira Lima Vicente Bogo

Bonifácio de Andrada Ibrahin Abi-Ackel PDT

Gerson PeresBrandão MonteiroJorge Hage

Lysãneas Maciel

PDSPRN Adylson Motta José Luiz Maia

Dionísio Hage Nelson Sabrá Jorge ArbagePRN

Roberto Vital Rubem Medina

PTB PTB

Benedicto ,Monteiro Rodrigues PalmaGastone Righi Roberto Jefferson

PL

PLAdolfo Oliveira Chagas Neto

Ismael Wanderley Marcos Formiga PTPlínio Arruda Sampaio 1 Vaga

PDC'Francisco Coelho Roberto Balestra

PT PSB

José Genoíno Tarso Genro .1 vagaPCdoB

Haroldo LimaPCB

PDC Fernando Santana

Joaquim Haickel José Maria EymaelSecretário: Ruv Ornar Prudêncio da SilvaRamais: 6920 L 6921

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COMISSÃO DE DEFESADO CONSUMIDOR, MEIOAMBIENTE E MINORIAS

PSTJoáo Cunhà

Presidente: Adolfo Oliveira - PLVice-Presidentes: Raimundo Bezerra - PL

Geraldo Alckmin Filho - PSDBEunice Michilés - PFL

PCNEdivaldo Holanda

SEM PARTIDOTitulares

PMDBAntero de Barros

Bosco FrançaCid CarvalhoHélio DuqueIbsen PinheiroJorge Leite

Maria LúciaRaimundo BezerraRoberto RollembergSamir AchôaWaldir Pugliesi

SuplentesPMDB

Fernando CunhaHélio ManhãesIvo LechJos~,Freire

Raimundo RezendeSantinho furtadoWagner Lago3 Vagas

Alércio DiasEunice MichilesJúlio CamposSarney Filho

PFLSimáo SessimVictor Trovão

PFLJoão Machado RollembergJofran FrejatOrlando Pacheco

PSDBArtur da TávolaElias Murad

Ronaro CorrêaRicardo FiúzaSadie Hauache

Paulo Silva

COMISSÃO DEDEFESA NACIONAL

Presidente; Osmar Leitão - PFLVice-Presidentes: Furtado Leite - PFL

Sotero Cunha - PDCLúcia Vânia - PMDB

Cunha BuenoPDS

Gerson Peres

Raquel Cândido

PT

PSD

PTB

PL

PDC

SEM PARTIDO

PDT

PRN

Secretário: Jarbas Leal VianaRamais: 6930 - 6931

Art~r Lima Cavalcanti

César Cals Neto

Benedita da Silva

José Carlos Coutinho

Jairo Azi

Fausto Rocha

1 vaga

PSDBFábio Feldmann Joaci GóesGeraldo Alckmin Filho

PDTLúcia Braga Tadeu França

PDSCarlos Virgílio 1 vaga

PRNGeraldo Bulhões

PTBRoberto Torres

PLAdolfo Oliveira

PTLurdinha Savign0n

PDCMiraldo Gomes

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TitularesPMDB

PFLAlércio DiasAntônio VenoDionísio Dal-Prá

Furtado LeitePaes Landim1 vaga

IPFL

Anníbal Barcelos Orlando BezerraEnoc Vieira Osmar LeitãoMilton Barbosa Sadie Hauache

PSDBEuclides Scalco Ziza Valadares

1 vaga

PDTPaulo Ramos 1 vaga

PDSMelo Reis 1 vaga

PRNMário de Oliveira

COMlSSÃO DE ECO~OMIA,INDUSTRIA E COMERCIO

Presidente: Marcelo Cordeiro - PMDBVice-Presidentes: Fernando Gasparian - PMDB

Ezio Ferreira - PFLLuiz Salomão - PDT

Secretária: Marci Ferreira LopesRamais: 6998 - 7001

Felipe Mendes

Marcelo CordeiroMarcos QueirózNestor DuarteOsmundo RebouçasOswaldo Lima FilhoRalph Biasi

Geraldo Campos

Tarzan de Castro

PSDB

PDT

PDS

PL

PT

PDC

Amilcar MoreiraFernando GasparianFrancisco CarneiroGenebaldo CorreiaLúcia VâniaLuiz Roberto PontesLuiz Viana Neto

TitularesPMDB

Carlos Alberto Caó

Ottomar Pinto

Osvaldo Almeida ,

José Genoíno

Daso CoimbraPRN

PTBJoão de Deus Antunes

Carlos Virgílio

Dirce Tutu QuadrosMilton LimaRenato BernardiRonaldo Carvalho4 Vagas

PTB

Francisco PintoJosé Carlos VasconcelosMattos Leão

Farabulini Júnior

PLRubem Branquinho

PTGumercindo Milhómem

PFLAirton CordeiroÉzio FerreiraLevy DiasLuíz Eduardo

João Machado RollembergJosé TeixeiraStélio Dias

PDCSotero Cunha

..Leonel JÚlic·

PPB

PSDBDirce Tutu QuadrosJayme SantanaJosé Costa I

PDTArtur Lima CavalcantiLuiz Salomão

Ronaldo César CoelhoSaulo Coelho

Miro Teixeira

SEM PARTIDO

Geraldo FlemingHélio Rosas-- -

SuplentesPMDB 8 Vagas

PDSCunha Bueno Felipe Mendes

J--------

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PRN PSCRenato Johnsson Rubem Medina Aristides Cunha

Secretária: Ronaldo Alves da SilvaRamais: 7016 - 7019

PTBFábio Raunheitti Milton Reis •.

PLCOMISSÃO DE EDUCAÇÃO,

Afif Domingos Max Rosenmann CULTURA E DESPORTO

Presidente: Carlos Sant'Anna - PMDBVice-Presidentes: Antônio de Jesus -PMDB

PT Álvaro Valle - PLVladimir Palmeira Sérgio Brito - PDC

TitularesPDC PMDB

Ottomar Pinto

. Antônio de Jesus Maguito VilelaBete Mendes Paulo Almada

PSB Bezerra de Melo Paulo SidneyRaquel Capiberibe Carlos Sant'Ana lJEiratap Aguiar

. Délio Braz Valter PereiraFausto Fernandes I vaga - _.

PSCFrancisco Rolim

PFLSuplentes Agripino de Oliveira Lima João Alves

PMDB . Átila Lira José Queiroz

Aluizio Campos Luis Viana Neto Eraldo Tinoco Sandra Cavalcanti

Expedito Machado Manoel Moreira Jesualdo Cavalcanti

Irajá Rodrigues rãúioZarzurIvo Vanderlinde Roberto BrantJoão Carlos Bacelar Rosa Prata PSDBJosé-Maranhão 1 Vaga Anna Maria Rattes Celso DouradoJulio Costamilan Artur da Távola Hermes Zaneti

PFLBenito Gama Manoel CastroCosta Ferreira Victor Fontona

PDTFrancisco Dornelles 1 vagaJorge Hage Márcio BragaIberê Ferreira

PSDBDarci Deitos Koyu IhaJosé Carlos Grecco Virgildásio de Senna PDSJosé Serra Aécio Borba Telmo Kirst

PDTBocayuva Cunha SIlvio AbreuCésar Maia PRN

PDS Geovani Borges JaY!lle CamposAdauto Pereira Gerson Peres

PRNBasílio Villani Nelson Sabrá.

PTB PTB

Valmir Campelo I Vaga Sólon Borges dos Reis

PLJosé Geraldo. Sérgio Werneck

PT PLJoão Paulo Pires . ÁJvaro Valle

PDC,Ademir Andrade

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PTFlorestan Fernandes

PDC~rgio Brito

PCdoBUdic:e da Mata

COMISSÃO DE FINANÇAS

E TRIBUTAÇÃO

Presidente: Francisco Dornelles - PLFVice-Presidentes: Arnaldo Prieto - PFL

José Carlos Grecco - PSDBFenando Bezerra Coelho - PMDB

Titulares

PMDB

PTRIsmael Wanderley

PRPAdhemar de Barros. Filho .

Del Bosco AmaralEdivaldo MottaExpedito MachadoFernando Bezerra CoelhoFernando VelascoFlávio Palmier da VeigaIrajá Rodrigues

João Carlos BacelarJosé UlissesLuiz Alberto RodriguesLuiz SoyerPaulo ZarzurRoberto Brant

PFLArnaldo Prieto Manoel CastroBenito Gama Mussa DemesFrancisco Dornelles Oscar Corrêa

Suplentes . Gilson Machado Rita Furtado

PMDB

Djenal Gonçalves Henrique Eduardo Alves PSDBDoreto Campanari Mária Lúcia Edmundo Galdino Rose de FreitasFrancisco Carneiro Rita Camata José Carlos Grecco Saulo QueirozHarlan Gadelha 4 Vagas José Serra

PFLAirton Cordeiro . Enoc VieiraAlceni Guerra Ney Lopes PDT

. Christóvam Chiaradia Victor Trovão César Maia Moysés PimentelEliezer Moreira Chagas Duarte

PSDBOctávio Elísio Robson MarinhoPlínio Martins Ziza Valadares

PDT PDSLúcio Alcântara Tadeu França José Lourenço José Luiz Maia

PDSAdylson Motta

Arnold Fioravante PRNBasílio Villani Flávio Rocha

PRNJosé Carlos MartinezArnaldo Faria de Sá

PTBFábio Raunheitti PTB

PL Féres Nader Paulo MincaroneRoberto AugustoPT

~uloDelgadoPDC

Jonival Lucas PLPCdoB Sérgio Werneck

Eduardo BonfimPCN José Geraldo

Edivaldo Holanda

SEM PARTIDOAntero de Barros .

Se<ntária: Jussara Maria Goulart Brasil de Araújo.Ramais: 7010 - 7011 - 7012 - 7013

PTLuiz Gushiken

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PDCJonival Lucas

PSBSérgio Naya

PFLAlcides LimaChristóvam ChiaradiaEtevaldo NogueiraHumberto Souto

PSDB

Jalles FontouraJosé Santana de VasconcelosSalatiel Carvalho

COMISSÃO DE MINASE ENERGIA

Presidente: Gabriel Guerreiro -·PSDBVice-Presidentes: Mauro Campos - PSDB

Maurício Campos - PLVictor Faccioni - PDS

PDSVictor Faccioni 1 vaga

PRNJosé Gomes

PTBMarluce Pinto

PLMaurício Campos

PTVirgílio Guimarães

Albérico FilhopDC

PCdoB1 vaga

PCBFernando Santana

PSDCésar Cals Neto

Suplentes

PMDB.Arnaldo MoraesAsdrúbal BentesFernando GasparianFirmo de Castro

PFLAlysson PaulinelliAroldo de OliveiraJoão AlvesJosé Mendonça Bezerra

PSDBAdroaldo StrekGabriel GuerreiroJayme Santana

PDTArtur Lima CavalcantiMiro Teixeira

PDSArnold Fioravante

PRNFrancisco Sales

PTBJosé Elias

PLMax Rosenmann

PTVladimir Palmeira

PDCJosé Marial Eymael

PSB1 VagaSecretária: Maria Linda MagalhãesRamais: 6955 - 6959

TitularesPMDB

Ademir AndradeAldides SaldanhaÁlvaro AntônioCarlos BenevidesEduardo Moreira

José da ConceiçãoManoel RibeiroNelson Jobim6 Vagas

José TeixeiraSandra CavalcantiSimão SessimWaldeck Ornélas

José CostaRonaldo Cezar Coelho

Paulo Ramos

Victor Faccioni

Hélio Costa

:Joaquim Sucena

Paulo Roberto

Gerson MarcondesJoão RezekMurilo LeitePrisco VianaVingt Rosado1 Vaga

Antônio PerosaGabriel Guerreiro

PDTJosé Maurício

SEM PARTIDOGandi Jamil

Mauro CamposOctávio Elisio

Raquel Cândido

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SuplentesPMDB

Aloysio VasconcelosHilário BraunJosé Carlos SabóiaJoão AgripinoLeopoldo Bessone

PFLAlbérico CordeiroAntônio FerreiraCleonâncio FonsecaÉzio Ferreira

PSDBAntônio Carlos Mendes ThameArnaldo Martins

PDTBocayuva Cunha

PDSAécio de Borba

PRNGeovani Borges

PTBJosé Egreja

PLAssis Canuto

PTJosé Genoíno

PDC

Luiz Alberto RodriguesMarcos LimaMário LimaMaurício Fruet2 Vagas

Júlio CamposLuiz MarquesRita Furtado

Celso DouradoJutahy Júnior

Luiz Salomão

Bonifácip de Andrada

PFLAloysio ChavesAntônio UenoCláudio ÁvilaEnoc Vieira

PSDBAécio NevesEgídio Ferreira Lima

PDTBacayuva Cunha

PDSAdylson Motta

PRNDaso Coimbra

PTBCarrel Benevides

Francisco BenjaminJesus TajraLeur Lomanto

Maria de Lourdes AbadiaVirgildásio de Senna

Roberto D'Avila

Francisco Diógenes

Márcia Kubitschek

João d~ Deus Antunes

Gidel Dantas

Augustb Carvalho

João Cunha

Ubiratan Spinelli

PCB

PST

PLP

PLJones Santos Neves

PTLuiz Inácio Lula da Silva

Secretária: Maria Eunice Torres Vilas -BoasRamais: 6945 - 6946

COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES

Presidente: Márcia Kubitschek - PRNVice-Presidentes: Daso Coimbra - PRN

Antonio Mariz - PMDBEnoc Vieira - PFL

TitularesPMDB

PDCEduardo Siqueira Campos

PSBJoão Herrmann Neto

PCdoBEduardo Bonfim

SEM PAR'l'IDü

Aluízio CamposAntônio CâmaraAntonio MarizErnani BoldrinLe?poldo Be:s.!i0neMarcos Lima

Melo FreireNaphatali Alves de SouzaOsmir LimaPaulo MacariniPercival MunizUlysses Guimarães

SuplentesPMDB

Matheus IensenMaurício NasserMaurílio Ferreira LimaMauro Miranda

Michel TemerRenato BernardiWalmor de Luca4 Vagas

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Edmilson ValentimSecretária: Maria Inêz LinsRamal: 6914

COMISSÃO DE TRABALHO,DE ADMINISTRAÇÃOE SERVIÇO PÚBLICO

Antônio Salim Curiati

Dionísio Hage

Ervin Bonkoski

José Luiz de Sá

Eduardo Jorge

Miraldo Gomes

Raquel Capiberibe

PDS

PRN

PTB

PL

PT

PDC

PSB

PCdoB

Mello Reis

Mário de Oliveira

Farabulini Júnior

PTBGastone Righi

PLJosé Luiz de Sá

PTPaulo Paim

PDCFrancisco Coelho

PCBAugusto Carvalho

PSCAristides Cunha

Presidente: Amaury Müller - PDTVice-Presidentes: Carlos Alberto' Caó - PDT

José da Conceição - PMDBEurico Ribeiro - PRN

TitularesPMDB

Domingos LeonelliHaroldo SabóiaJosé da ConceiçãoJosé MeloJosé Tavares

PFLCosta FerreiraEraldo TrindadeJosé Lins

PSDBAntônio Carlos Mendes ThameCélio de Castro

PDTAmaury Müller

PDSOsvaldo Bender

PRNEurico Ribeiro

Manoel MoreiraMário LimaMauro SampaioTidei de Lima1 vaga

Luiz MarquesJosé Mendonça BezerraRicardo Fiúza

Francisco KüsterGeraldo Campos

Carlos Alberto Caó

Francisco AmaralOsmundo RebouçasUldurico Pinto.3 Vagas

Maluly NetoOsmar Leitão1 Vaga

Nelton FriedrichVilson Souza

Lisâneas Maciel

José Lourenço

Eduardo Siqueira Cam!?os

PCBRoberto Freire

PSCFrancisco Rolim

Secretario: José Roberto Nasser Silva

Ramais: 6989 - 6990

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COMISSÃO DE VIAÇÃO,TRANSPORTES,

DESENVOLVIMENTO ·URBANOE INTERIOR

·PCdoB: 1 vaga

SuplentesPMDB

Presidente: Jorge Arbage - PDSVice-Presidentes: Darcy Pozza - PDS

Chist6vam Chiaradia - PFLFirmo de Castro - PMDB

TitularesPMDB

Álvaro AntônioAntomo Britto

, Flávib Paimier da Veiga· iturivaTNasClmento

José UlissesMois'és Avelino

t

Paulo AlmadaPrisco VümaPaulo Sidney

.Vingt Rosado2 Vagas

Alexandre PuzynaAsdrubal BentesDalton CanabravaFirmo de CastroJorge GamaJosé Maranhão

Albérico CordeiroAntônio FerreiraEtevaldo NogueiraFurtado Leite

PFL

Júlio CostamilanManoel RibeiroMaurício NasserMauro MirandaNilson SguareziNyder Barbosa

t

José TinocoLael VarellaWaldeck Oméllas

PFLJacy ScanagattaJonas PinheiroJosé Santana de VascoAcelosLevy Dias

PSDI· Antônio Perosa-o Francisco Küster

PDlEdésio Frias

PDSJosé Luiz Maia

PRNEurico Ribeiro

Mário AssadMilton BarbosaMussa Demes

Mauro Campos ,Ruy Nedel

Lúcio Alcântara,

Telmo Kirst

Raul Belém

Composição

MEMBROS DO CONGRESSO

MEMBROS DO PODER EXECUTIVOCharles Curt Mucller Almir LaversveilerCesar Vieira de Rezende José Carlos MelloPedro José Xavier Matoso

1 - COMISSÃO DE ESTUDOS TERRITO-.RIA-IS (ART. 12 DO ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS).

PSDBAcival Gomes Lézio SathlerDarcy Pozza Myriam Portella

PDTBrandão Monteiro Edésio Frias

PDS.Darcy Pozza Jorge Arbage

PRNFreire Júnior Roberto Vital

PTBMendes Botelho Valmir Campelo

PLAssis Canuto Paulo Roberto

PTJoão Paulo

PDCGidel Dantas Jairo Azi

PTB

Marluce Pinto

PL

Ismael Wanderley

PTLurdinha Savignon

PDC· Leomar Quintanilha

PCdoB1 vagaSecretária: Iole Lazzanni

Ramais: 7005 - 7006

Senadores

Alfredo CamposChagas RodriguesJoão CasteloJoão MenezesNabor Júnior

Paulo Mjncarone

Marcos Formiga

Joaquim Haickelj

Deputados

Alcides LimaGabriel GuerreiroJosé Carlos VasconcelosJosé Carlos MelloJosé GuedesRenato Bernardi

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2 ~ COMISSÃO ESPECIAL INCUMBIDA DEAPRECIAR,O PROJETO DE LEI N9 1.506/89, QUE"INSTITUI NORMAS GERAIS DE PROTEÇÃOÀ INFÂNCIA E À JUV~NTUDE E OUTROS QUECRIAM O ESTATUTO DA ClUANÇA E DO ADO­LESCENTE".Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti - PFL - RJl' Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFL.- PR2" Vice-Presidente: Deputado Arthur da Távola - PSDB. -.RJ3' Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro -PIB ­PARelator: Deputado Hélio. Manhães - PMDB - ES

Aluizio bezerraFrancisco RollembergJoão CalmonJutahy Magalhães1 vaga

Edison LobãoJoão Lobo

Chagas RodriguesDirceu Carneiro

Mário Maia

Roberto Campos

João Castelo

SENADORES

TitularesPMDB

Nelson WedekinRonaldo AragãoRuy BacelarMansueto de Lavor

PFLJoão MenezesLourival Baptista

PSDBTeotônio Vilela Filho

PDT

PDS

PRN

PTBLouremberg Nunes Rocha

PDCLeopoldo Peres

José FogaçaMárcio Lacerda

Odacir Soares

Pompeu de Souza

Mauro Borges

Jamil Haddad

Suplentes

PMDBSevero Gomes

PFL'

PSDB

PDC

PSB

DEPUTADOS

TitularesPMQl;3.

PRNEurico Ribeiro

PTBJayme Paliarin

PTLuiz Eduardo Greenhalg

Secretário: Luiz César Lima CostaRamal: 7067 e 7066.

COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTOPresidente: Dep. Cid Carvalho - PMDB - MAVice-Presidentes: Seno João Lobo - PFL - PI

Dep. Ziza Valadares - PSDB - MGDep. José Luiz Maia - PDS - PI

Cid CarvalhoDomingos JuvenilFirmo de CastroGenebaldo CorreiaHenrique Eduardo AlvesIsrael PinheiroIvo CersásimoJoão AgripinoJoão Carlos Bacelar

.José Carlos VasconcellosJosé Dutra

Arnaldo PrietoEraldo TinocoFrancisco DornellesHumberto SoutoJoão AlvesJosé Jorge

PFL

José TavaresLúcia VâniàManoel MoreiraMarcos LimaNyder BarbosaRenato ViannaRospide NettoSantinho FurtadoTidei Lima2 vagas

Luiz MarquesOsvaldo CoelhoPaes LandimSalatiel CarvalhoSimão SessimVictor Fontana

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PSDB Haroldo Sabóia Ruy NedelAécio Neves Saulo Queiroz }ovanni Masini Ubiratan AguiarDarcy Deitos Virgildásio de SennaJosé Serra Ziza Valadares, PFLMaria de Lourdes Abadia Átila Lira José Queiroz

PDTJofram Frejat Levy Dias

César Maia Lúcio Alcântara PSDBGonzaga Patriota Miro Teixeira Anna maria Rattes Francisco Küster

PDS PDTDarcy Pozza Jorge Arbage Sérgio CarvalhoFelipe Mendes José tuiz Maia PDS

PRN Telmó KirstBasílio ViIlani Renato Johnsson PRNGeovani Borges

Fausto Rocha,PTB

PTBCarrel Benevides João de Deus AntumesFábeio Raunheitti Feres Nader

PL PL.

José Luiz de Sá José Geraldo 1 vaga

PT PT

Irma Passoni João Paulo Vladimir Palmeira

PDC PDC

Gidel Dantas Roberto Balestra Miraldo Gomes'

PSBAbigail' Feitosa

PCdoB Secretária; Hilda de Sena C. WiederheckerManuel Domingos Sala 16 -Anexo li - Câmara do,s Deputados

Suplentes Telefone?:, 3,11-6~~8, (S,eçretaria)'223-2945 (Presidente)

PMDB 311-6937Délio Braz Neuto de Conto 311-6942/43 (I" Vice-Presidente)Djenal Gonçalves Nilson Gibson 311-68-41 (Relator-Geral)

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PREÇO DE ASSI~ATURA

(Inclusas as .desp~sas de correio via terrestre)

SEÇÃO I' (em.rados Deputados)

!)~IIl~!;tréll ••••••••••••••••••••••••••••••••••

seçÃo 11 (Senado Federal)

Cr$ 1.069,00

!)~m~!;tréll.................................. . Cr$ 1.069.00

Os pedido!; d~v~1Il ser élcolllpanhéldo!; de cheque pélgável~m Brél!;íliél, Nom de ElIlp~nho ou Ord~1Il d~ Pélgéllll~nto p~lél

Caixél EconômicéI Federéll - Agênciél - PS·CEGRAF, conm cor·rent~n~ 920001·2,éI félvor do

CENTRO GRÁFIco DO SENADO FEDERALPraça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP: 70160.

Méliore!; informaçóe!; pelo!; t~l~fon~!; (061 ) :311·3738 ~ 311·3728~~ .!)upervi!;ão d~ ~!;Inéltura!; ~ Di!;trlbuição d~ PubHcaçóe!; -- Coord~naçáoele Atendlment() élO ·(J!;uárlo.

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Centro Gráfico do Senado. FederalCaixa Postal 07/1203

Brasília - DF

1EDIÇÃO DE HOJE:'.' PÁGINAS