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continua na página 2... o ANo de 2018 proporcionou uma oportunidade para a região da SADC reflectir sobre a longa jornada rumo a uma comunidade partilhada e para consolidar os ganhos da integração regional através da aceleração do desenvolvimento de infraestruturas transfronteiriças e mpoderamento da juventude. A Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, organizada pela Namíbia em Agosto, lembrou os Estados Membros da importância fundamental da infraestrutura na ligação dos 16 países que compõem a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O tema da Cimeira foi o mais apropriado - Promoção do Desenvolvimento de Infraestruturas e Empoderamento da Juventude para o Desenvolvimento Sustentável. O objectivo era incentivar os Estados Membros a priorizar o desenvolvimento de infra-estruturas como factor essencial para a industrialização, o comércio e a integração regional, como previsto há 26 anos, quando a decisão foi tomada na mesma cidade de Windhoek, na Namíbia, em 1992, para unir a região através de instituições e regras comuns. Muitas realizações foram registadas desde a histórica Cimeira que transformou a SADC de uma Conferência de Coordenação do Desenvolvimento para uma Comunidade para o Desenvolvimento através do Tratado e da Declaração da SADC. Mais de 30 instrumentos legais já foram assinados, muitos deles já em vigor. A filiação na organização aumentou para 16 Países com um mercado combinado de mais de 300 milhões de pessoas. No entanto, muitos desafios continuam a confrontar a região. Entre eles está o desemprego. Os jovens, que representam mais de 60% da população da região, não têm empregos e oportunidades suficientes para enfrentar um futuro incerto. O empoderamento da juventude, portanto, liderou a agenda de 2018 com o compromisso regional de aproveitar as fortes ligações entre desenvolvimento de infra-estruturas e empoderamento dos jovens, conforme demonstrado pela decisão dos líderes da Cimeira em aprovar a operacionalização da Universidade de Transformação da SADC. SADC 2018 Integração regional fortalecida através do compromisso de alto nível INFRAESTRUTURA TRANSFRONTEIRIÇA E EMPODERAMENTO DA JUVENTUDE SADC Hoje Vol. 21 No. 1 Dezembro 2018 POLÍTICA 3 ESTATÍSTICAS 4 LIDERANÇA 5 GESTÃO DE DESASTRES 6 INFRAESTRUCTURA 7 ENERGIA 8-9 COOPERAÇÃO 10 ECONOMIA AZUL 11 PAZ E SEGURANÇA 12-13 GÉNERO 14 EVENT0S 15 HISTÓRIA HOJE 16 Africa Austral HOJE

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o ANo de 2018 proporcionou umaoportunidade para a região da SADC reflectirsobre a longa jornada rumo a umacomunidade partilhada e para consolidar osganhos da integração regional através daaceleração do desenvolvimento deinfraestruturas transfronteiriças empoderamento da juventude.

A Cimeira dos Chefes de Estado e deGoverno, organizada pela Namíbia emAgosto, lembrou os Estados Membros daimportância fundamental da infraestruturana ligação dos 16 países que compõem aComunidade de Desenvolvimento da ÁfricaAustral (SADC).

O tema da Cimeira foi o mais apropriado- Promoção do Desenvolvimento deInfraestruturas e Empoderamento daJuventude para o DesenvolvimentoSustentável.

O objectivo era incentivar os EstadosMembros a priorizar o desenvolvimento deinfra-estruturas como factor essencial para aindustrialização, o comércio e a integraçãoregional, como previsto há 26 anos, quando adecisão foi tomada na mesma cidade deWindhoek, na Namíbia, em 1992, para unir aregião através de instituições e regras comuns.

Muitas realizações foram registadasdesde a histórica Cimeira que transformoua SADC de uma Conferência deCoordenação do Desenvolvimento parauma Comunidade para o Desenvolvimentoatravés do Tratado e da Declaração daSADC.

Mais de 30 instrumentos legais já foramassinados, muitos deles já em vigor. Afiliação na organização aumentou para 16Países com um mercado combinado de maisde 300 milhões de pessoas.

No entanto, muitos desafios continuama confrontar a região. Entre eles está odesemprego. Os jovens, que representammais de 60% da população daregião, não têm empregos eoportunidades suficientes para enfrentarum futuro incerto.

O empoderamento da juventude,portanto, liderou a agenda de 2018 com ocompromisso regional de aproveitar asfortes ligações entre desenvolvimento deinfra-estruturas e empoderamento dosjovens, conforme demonstradopela decisão dos líderes da Cimeira emaprovar a operacionalização daUniversidade de Transformação da SADC.

SADC 2018

Integração regional fortalecida através do compromisso de alto nível

INFRAESTRUTURA TRANSFRONTEIRIÇA EEMPODERAMENTO DA JUVENTUDE

SADC Hoje Vol. 21 No. 1 Dezembro 2018

POLÍTICA 3

ESTATÍSTICAS 4

LIDERANÇA 5

GESTÃO DE DESASTRES 6

INFRAESTRUCTURA 7

ENERGIA 8-9

COOPERAÇÃO 10

ECONOMIA AZUL 11

PAZ E SEGURANÇA 12-13

GÉNERO 14

EVENT0S 15

HISTÓRIA HOJE 16

Africa Austral HOJE

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2 ÁFrICA AUSTrAl Hoje, Dezembro 2018

da SADC para operacionalizar oComité Regional de Gás da SADC,e apelou aos Estados Membros paraque nomeassem representantes paraparticiparem na comissão.

Os esforços para aproveitar asvastas reservas de gás vêm nasequência de recentes descobertasde gás natural em Moçambique,Namíbia, Tanzânia e Zimbabwe.No que diz respeito aodesenvolvimento financeiro, aregião expandiu o número demoedas utilizadas para transacçõesno Sistema Integrado de LiquidaçãoElectrónica Regional da SADC(SIRESS).

O SIRESS é um sistema depagamento electrónico regionaldesenvolvido pelos EstadosMembros da SADC para liquidar astransacções transfronteiras maisrapidamente sem ter que dependerde bancos intermediários de fora daregião.

Enquanto anteriormente todasas transações eram denominadaspelo Rand da África do Sul, houveuma decisão neste ano de incluiroutras moedas na cesta, começandocom o dólar dos Estados Unidos.

O SIRESS foi estabelecido emJulho de 2013 e testado em quatropaíses, Eswatini, Lesotho, Namíbiae África do Sul, mas está agoraoperacional em 14 EstadosMembros da SADC, exceptoMadagáscar e as Comores.

O Secretariado da SADC iniciouo processo durante o ano paradesenvolver um instrumento legalque irá melhorar o ambiente políticopara o desenvolvimento industrial.

Espera-se que o Protocolo daIndústria da SADC reforce aseconomias dos Estados Membros daSADC e assegure que estas sejamimpulsionadas pelodesenvolvimento industrial e nãobaseadas nas exportações derecursos brutos. Espera-se que aproposta final do protocolo estejapronta para aprovação em 2019.

Intimamente ligada a isto, aSADC iniciou o processo de revisãodo progresso para a implementaçãodo RISDP Revisto 2015-2020.

Espera-se que a revisão informea estratégia de integração regional

para a SADC quando o actual planode desenvolvimento terminar em2020.A nível político, a SADC continuoua desfrutar de um ambientegeralmente pacífico e estável, comum total de quatro países a realizareleições.

Estes foram Madagáscar,Moçambique, Eswatini eZimbabwe. No entanto,Madagascar estava pronto parauma segunda volta a 19 deDezembro, depois de nenhumcandidato presidencial teracumulado votos suficientes paraser declarado vencedor absolutoapós as eleições realizadas no iníciode Novembro.

O quinto País, a RepúblicaDemocrática do Congo, previarealizar as suas eleições a 23 deDezembro.

Durante o ano, a SADC fechouoficialmente a sua MissãoPreventiva no Lesotho, após umamelhoria significativa no ambientepolítico naquele País.

Outro destaque do ano foi aSADC conduzir com sucesso umexercício regional de manutenção dapaz no Malawi, baptizado porExercício UMODZI, em preparaçãopara assumir as suasresponsabilidades de manutençãoda paz no âmbito da Força deProntidão Africana (ASF) em Janeirode 2019.

A ASF é uma ferramentaimportante da arquitetura africanade paz e segurança para aprevenção, gestão e resolução deconflitos no continente.

Durante o ano, seismovimentos de libertação deAngola, Moçambique, Namíbia,África do Sul, Tanzânia eZimbabwe lançaram a Escola deLiderança Mwalimu Nyerere emhomenagem ao falecido presidentefundador e ex-presidente dosEstados da linha de frente.

A escola oferecerá treinamentoem habilidades de liderança eprincípios políticos com o objectivode fortalecer a união e acooperação para o próximo grandedesafio da região, a libertaçãoeconómica. r

C O N T I N U A Ç Ã O D A P Ã G I N A 1

foi revisto para alinhá-locom as disposições deoutros instrumentos comoos Objetivos deDesenvolvimentoSustentável (ODS) daONU, a Agenda 2063 daUnião Africana e aEstratégia e Roteiro deIndustrialização da SADC2015-2063.

O ano viu a SADC testemunharuma época de agricultura moderadaque produziu uma baixa colheitacausada pela má distribuição daschuvas.

No entanto, o impacto dacolheita inferior à esperada naregião foi compensado porimportantes reservas em algunsEstados-Membros, como a África doSul, a Zâmbia e o Zimbabwe.

Intimamente relacionado a isso,as vozes pela reforma agráriaficaram mais barulhentas na região,com países como a Namíbia e aÁfrica do Sul assumindocompromissos para lidar compolíticas e desequilíbrios injustos daterra colonial.

A agricultura e outros meios deprodução baseados na terracontinuam a ser os meios desubsistência primários para amaioria das pessoas na SADC,particularmente os cidadãos rurais,e continuarão a sê-lo até que ossectores industrial e de serviçospossam oferecer oportunidadesalternativas, particularmente para amaioria dos cidadãos nas áreasrurais.

Países como Moçambique,Tanzânia e Zimbabwe adoptaramabordagens algo singulares emrelação à administração fundiária eà reforma agrária, que já começam adar frutos em termos deempoderamento maioritário eredução da pobreza.

No desenvolvimento de energia,o ano de 2018 testemunhou olançamento oficial do Centro para aEnergia Renovável e EficiênciaEnergética da SADC (SACREEE)em Outubro em Windhoek.

O SACREEE deve liderar apromoção do desenvolvimento deenergias renováveis na região.Outro grande desenvolvimento nosector de energia foi a decisão dosministros responsáveis pela energiade estabelecer um comité regionalde gás e desenvolver um planodiretor que guie a exploração dosvastos recursos de gás natural naregião.

Para o efeito, o Conselho deMinistros mandatou o Secretariado

A Secretário Executiva daSADC disse que a universidadeserá uma “instituição regionalessencial para formar jovens ecidadãos em inovação eempreendedorismo como partedos esforços para transformar aÁfrica Austral numa regiãoindustrializada”.

Falando durante a 38ª Cimeirada SADC, em Windhoek, oPresidente da Namíbia, HageGeingob, aceitou presidir ainstituição regional até Agosto de2019, prometendo facilitar acooperação regional na área dedesenvolvimento de infra-estruturas, aproveitando o potencialdas mulheres e jovens da ÁfricaAustral.

“O desenvolvimento deinfraestruturas é um catalisadorpara o empoderamento dos jovens ea criação de empregos. É uma dasvias através das quais podemosabordar a questão do desempregojuvenil na região ”, disse opresidente da SADC.

Igualmente assustador para aÁfrica Austral tem sido a tarefa deaumentar o ritmo deimplementação de políticasregionais domésticas a nívelnacional. Este tem sido um elo fracona implementação de políticasregionais.

Surgiu assim como uma lufadade ar fresco em 2018, quando aliderança política da região ofereceuum apoio de alto nível semprecedentes à proposta de criaçãode um parlamento regional - umainstituição representativa integralpara os cidadãos da SADC.

Uma vez estabelecido, oParlamento da SADC asseguraria aharmonização prevista dosinstrumentos legais regionaisatravés da sua tradução em políticasnacionais e quadros legislativos.

O Executivo já é o principalimpulsionador da integraçãoregional através de instituiçõesintergovernamentais a nível de altosfuncionários, ministros ou Chefes deEstado e de governo.O Judiciário foi previamenterepresentado pelo agora suspenso,mas logo será reconstituído Tribunalda SADC.

Em termos de promoção daequidade e igualdade de género, oProtocolo Revisto da SADC sobre oGénero e Desenvolvimento foiadoptado e entrou em vigor em2018.

O acordo que altera umprotocolo regional foi assinado porum total de 12 Estados Membros e

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SADC e Interpol analisam Acordo de Cooperação

O Papel da SARPCCO

P O L Í T I C A

ÁFrICA AUSTrAl Hoje 3

Austral para a Interpol, MubitaNawa, em Harare, Zimbabwe.Stock participou viateleconferência a partir da sededa Interpol em Lyon, na França.A reunião registou osprogressos feitos no sentido dafinalização da revisão doAcordo-Quadro entre a SADC ea Interpol, que deverá estarpronto em Março de 2019.

"O quadro visa forneceruma plataforma de cooperaçãogeral entre as duas partes", dissea SADC num comunicado apósa reunião.

Espera-se que forneça eestabeleça um quadro decooperação policial operacionalentre a SADC e a Interpol edetermine as funções dosecretariado que podem serprestadas em nome da SADC àOrganização Regional deCooperação dos Chefes dasPolícias da África Austral(SARPCCO) pela Interpol,através do seu departamentoregional em Harare.

Nos termos do acordoexistente, que foi assinado em2011, o Bureau Regional daInterpol tem prestado assistênciana coordenação de operaçõesconjuntas da SARPCCO,investigações conjuntas e outrasactividades destinadas àprevenção e combate ao crime.

Além disso, o escritórioregional facilita a troca oportunade informação policial entre osescritórios nacionais da Interpolnos Estados Membros da SADCe o Secretariado da Interpol,incluindo outras agênciasregionais fora de Harare.

Durante a reunião, a Dra.Tax anunciou que uma novaunidade foi incluída na novaestrutura do Secretariado daSADC para facilitar acooperação e comunicaçãoefectiva entre o Secretariado e oBureau Regional da Interpol,entre outras actividades.

Está em curso orecrutamento do chefe daunidade que poderá assumir assuas funções até Fevereiro de2019.

O acordo de cooperaçãoSADC-Interpol foi assinado em2011.

A secretária Executivaelogiou a Repartição Regionalda Interpol pelos avançosalcançados na implementaçãoda cooperação regional emmatéria de gestão dacriminalidade e prometeu apoiocontinuo que atinja os seusobjetivos.

Ela observou que ocibercrime e o contraterrorismorepresentam uma séria ameaça

à paz e segurança na SADC eoutras regiões.

A reunião sublinhou aimportância do planeamentoconjunto, coordenação,implementação e monitoria deactividades entre o EscritórioRegional da Interpol e a SADC. r

A SADC e a OrganizaçãoInternacional da Polícia estão arever um acordo assinado hávários anos para fortalecer acooperação entre as duasorganizações em áreas deaplicação da lei e justiçacriminal.

O facto foi revelado emNovembro durante umareunião tripartida entre aSecretária Executiva da SADC,Dra. Stergomena Lawrence Tax,Secretário Geral da Interpol,Jurgen Stock, e o chefe doBureau Regional da África

A orGANIzAÇÃo Regionalde Cooperação dos Chefes dasPolícias da África Austral(SARPCCO) é a principaliniciativa na África Austral paraa prevenção e combate dacriminalidade transfronteiriça.

Ela foi formada em 1995 noZimbabwe e estabeleceu-sefirmemente como umareferência para a cooperaçãopolicial internacional, apoiadapelo Escritório Regional daInterpol em Harare, quecoordena as suas actividades eprogramas.

A SARPCCO tem seteobjetivos que estão sujeitos àlegislação interna e obrigaçõesinternacionais dos EstadosMembros:• Promoção e reforço da

cooperação edesenvolvimento deestratégias conjuntas para agestão de crimestransfronteiriços comimplicações regionais;

• Elaboração e divulgação deinformações relevantes sobreactividades criminosas;

• Realizar revisões regularesdas estratégias de gestãoconjunta da criminalidade,tendo em vista a mudançadas necessidades eprioridades nacionais eregionais;

• Garantir o funcionamento e a

gestão eficientes dos registoscriminais e a monitoriaconjunta e eficaz dacriminalidadetransfronteiriça, tirando omáximo partido dasinstalações relevantesdisponíveis através daInterpol;

• Fazer recomendações aosgovernos dos Paísesmembros em relação aquestões que afetam opoliciamento efetivo naÁfrica Austral;

• Formulação de políticas eestratégias sistemáticas deformação regional; e

• Realizar acções e estratégiasapropriadas para promover acooperação e colaboraçãoregional da polícia.

Os crimes prioritários quesão tratados pela SARPCCOincluem o terrorismo; roubo deveículos motorizados;medicamentos e produtosfarmacêuticos falsificados;crimes económicos e comerciais;armas de fogo e explosivos;tráfico de ouro, diamantes eoutras pedras e metaispreciosos; crimes contramulheres e crianças; imigrantesilegais e documentos de viagemroubados e perdidos; crime devida selvagem e espéciesameaçadas de extinção; e tráficode seres humanos. r

A SADC desenvolveu e adoptouum Plano de Implementação dasua estratégia regional denutrição.

O plano identifica as áreasprioritárias que precisam de serimplementadas para abordar osindicadores nutricionais que estãotendo um desempenho mau nosEstados Membros.

As áreas prioritárias incluem:v Desenvolvimento de padrões

mínimos regionais para afortificação de micronutrientesde alimentos. Espera-se queisso trate da questão ligada aosaltos níveis de anemia emmulheres em idadereprodutiva e crianças,melhorando a nutrição para apopulação em geral;

v Desenvolvimento de umaestratégia regional decomunicação para mudança decomportamento para melhoraras práticas de alimentação debebês e crianças. Espera-se queisso trate dos váriosindicadores sobre nutrição,incluindo sobrepeso eobesidade, perda de peso,nanismo, amamentaçãoexclusiva e deficiência demicronutrientes;

v Desenvolvimento dediretrizes regionais sobresistemas de informaçãonutricional que fortaleçam acapacidade dos EstadosMembros de monitorar oprogresso em relação aosobjectivos da AssembleiaMundial da Saúde. r

Adoptado Plano deimplementação da Estratégia da SADCsobre a Nutrição

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4 ÁFrICA AUSTrAl Hoje, Dezembro 2018

AS ASPIrAÇÕeS da ÁfricaAustral são uma região unida,próspera e integrada, livre dapobreza e da fome. No entanto, alcançar essasmetas é ilusório se a região nãogerar informações adequadas parasustentar os processos efetivos detomada de decisão. Isto foi enfatizado por DuncanSamikwa, Gestor de ServiçosTécnicos da SADC para oPrograma Regional de Avaliação eAnálise da Vulnerabilidade(RVAA), num seminário de gestãode dados e informação, realizadode 19 a 22 de Novembro emJoanesburgo, África do Sul. “Um dos principais obstáculospara projetar e implementarmelhores as políticas eintervenções na região é a falta deinformações confiáveis e precisas. "O desafio para nós é produzira informação certa no momentocerto e comunicá-la às pessoascertas da maneira certa", disseSamikwa. Ele disse que é, portanto,importante todas as partesinteressadas na SADC trabalharemjuntas para melhorar a produção e

a recolha de informação por partede políticos e dos responsáveis pelatomada de decisão para assegurarque a agenda de integraçãoregional seja concretizada. O acesso à informação permiteque os cidadãos da SADCapreciem os benefícios eoportunidades, bem como osdesafios de pertencer a umacomunidade partilhada na ÁfricaAustral, promovendo assim umsentido de apropriação dasactividades, programas eprojectos regionais. Isto está em linha com oTratado da SADC e com aEstratégia de Comunicação ePromoção da SADC. Esta última afirma claramenteque “sem uma comunicaçãoeficaz, a SADC continuará a sermal interpretada. As suasrealizações continuarãoinvisíveis e a organização nãorealizará plenamente o seuobjectivo de desenvolvimentopara erradicar a pobreza naregião da SADC, sendo os seuscidadãos os principaisimpulsionadores da integraçãoregional.” r

A informação é fundamental para o desenvolvimento sustentável

o DeSeNVolVImeNTo de uminstrumento regional pararegulamentar as actividadesdestinadas a recolher informaçãoestatística regional oportuna eprecisa é crucial para aformulação eficaz de políticas eimplementação da agenda deintegração da SADC. Actualmente, a maior parteda informação estatística éproduzida e divulgada pelossistemas estatísticos nacionais emvários Estados-Membros,principalmente para osrespectivos requisitos deinformação. Embora esta informaçãoestatística nacional sejaimportante e alimente a produçãode estatísticas regionais quesustentam as políticas, estratégiase planos de implementação aonível da SADC, as variações entreos sistemas estatísticos nacionais,tanto em termos de cobertura dedados como de métodosestatísticos, representam um sériodesafio para a consolidação equalidade da informaçãoregional. A fim de enfrentar estedesafio, a África Austral iniciouum processo para desenvolverum Sistema Estatístico Regionalcoordenado e regulado da SADC(SRSS). O objectivo primordial doSRSS é apoiar a integraçãoregional, disponibilizandoinformações estatísticasregionais relevantes, oportunas eprecisas a serem usadas paraformulação de políticas,planeamento e monitoria deprotocolos e tomada de decisões. “O instrumento é necessáriopara assegurar que os arranjosinstitucionais para recolha,processamento e disseminação deestatísticas regionais sejamformalizados e adequadamentecapacitados”, de acordo com umdocumento produzido peloSecretariado da SADC.

Espera-se que o SRSS seja umdos resultados do propostoProtocolo da SADC sobreEstatística. “Guiado pelos princípios daCarta Africana de Estatística, oprotocolo previsto deve tambémfornecer um enquadramento paraimpor o cumprimento de normasmínimas para estatísticas dequalidade e para o Secretariadoconseguir recolher estatísticas dosEstados-Membros.” Prevê-se que o protocoloproposto melhore o nível dedesenvolvimento estatístico tantonacional como regional e facilite“a busca de monitoria e mediçãodo progresso das agendas dedesenvolvimento a níveisnacional, regional, continental eglobal”. A assinatura e ratificação doprotocolo será uma demonstraçãodo compromisso dos EstadosMembros com os objectivos geraisdo desenvolvimento estatístico. Além disso, o protocolo éconcebido como um instrumentovinculativo que entrincheirará edará efeito jurídico às funçõesestatísticas na região da SADC edeverá dar mandato legal aoSecretariado da SADC paracoordenar e supervisionar aimplementação dos SRSS. O protocolo será alinhado como Plano Estratégico Indicativo deDesenvolvimento Regional Revisto(RISDP) e outros protocolosrelevantes da SADC existentes, deacordo com o documento. O RISDP Revisto reconhece asestatísticas como uma das áreasde intervenção prioritáriastransversais. De facto, o modelode desenvolvimento regionalreconhece que a ausência de umarcabouço legal de estatísticasregionais é uma grande limitaçãopara o Secretariado na execuçãode seu trabalho. O RISDP revisto identificaquatro áreas principais deintervenção na área de estatística

E S T A T Í S T I C A S

que precisam ser abordadas.Essas são:• Desenvolvimento de um

quadro legal em estatística;• Harmonização das estatísticas

na região, incluindoclassificação e metodologiapadronizadas para odesenvolvimento deestatísticas a níveis nacional eregional; e

• Fornecimento de estatísticasrelevantes para a integraçãoregional. Isto incluiu odesenvolvimento demecanismos de troca deinformação entre oSecretariado da SADC e osprodutores nos Estados

M e m b r o s , e odesenvolvimento de uma basede dados integrada deestatísticas regionais.

O RISDP é um planoestratégico de 15 anos aprovadopelos líderes da SADC em 2003como um modelo para aintegração e desenvolvimentoregional. O plano estratégico foi revistoem 2015 para realinhar a agendade desenvolvimento da regiãocom as dinâmicas emergentesregionais, continentais e globais,como a necessidade de antecipar aindustrialização nas aspirações dedesenvolvimento da ÁfricaAustral. r

SADC prepara Protocolo sobre Estatísticas

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com o apoio da China. OGoverno da Tanzâniadisponibilizou terreno.

O Presidente John PombeMagufuli lançou a primeirapedra para a construção docolégio com o Chefe dasRelações Internacionais doPartido Comunista da China(PCC), Song Tao.

O falecido Nyerere iniciourelações com a RepúblicaPopular da China através doprimeiro primeiro-ministro,Zhou Enlai, logo após aindependência da Tanzânia em1961, apenas 12 anos após alibertação da China.

Esta relação levou ao apoioda China para a libertação daÁfrica Austral do domíniocolonial e do apartheid.

O Presidente Magufuli citoua necessidade de uma liderançaforte na região “que obedeça àética da liderança e seja capazde levar o desenvolvimentoeconómico ao povo”.

A Escola de LiderançaMwalimu Nyerere oferecerátreinamento em habilidades deliderança e princípios políticoscom o objectivo de fortalecer aunião e a cooperação nalibertação das economiasafricanas.

O projecto será executadocom apoio financeiro da Chinae construído nos próximos doisanos pela Companhia deEngenharia Ferroviária

Jianchang da China (CRJE) aum custo estimado de 45milhões de dólares norte-americanos.

Esta é a mesma empresaque fez parceria com aconstrução da ferroviaestratégica Tanzânia-Zâmbia(TAZARA) concluída em 1976para reduzir a dependência dasrotas do sul através da Rodésiae da África do Sul do apartheid,e considerada um símbolo daamizade China-África.

As relaçõescontemporâneas continuam aser fortalecidas através doFórum sobre a CooperaçãoChina-África (FOCAC)estabelecido pela África e pelaChina no ano 2000, queforneceu uma plataforma maisestruturada para aprofundar oslaços entre a China e a Áfricanum amplo espectro de áreaspolíticas e económicas.

A Escola de LiderançaMwalimu Nyerere procuraalcançar uma liderançatransformadora, oferecendocursos educacionais deliderança que atendam ànecessidade de melhorar aspreocupações regionais e aintegração.

Este projecto surge comoum marco significativo naregião da SADC, em honra erecordação de Mwalimu, que éconhecido por partilhar osvalores de integridade e

compromisso na liderança e arealização da libertação daregião.

O projecto surge como umforte gesto no sentido de elevaruma geração jovem beminformada e preparada paraposições influentes deliderança, rumo a um futurocomum baseado nodesenvolvimento regional.

Espera-se que a Escola deLiderança Mwalimu Nyererefortaleça as relaçõesdiplomáticas regionais emelhore os rendimentos daintegração regional, acelerandoo desenvolvimento económicoatravés de currículosinformados e discussões epalestras interativas.

O projecto responde ànecessidade expressa peloslíderes da SADC em honrar olendário trabalho de MwalimuJulius Nyerere, que resultou nanomeação, em sua homenagem,ao Edifício da Paz e Segurançada União Africana na sua sedeem Adis Abeba.

Julius Kambarage Nyererenasceu em Butiama, no norte daTanzânia, a 13 de Abril de 1922e morreu a 14 de Outubro de1999. Muitos visitantes daregião e de outros lugaresfazem a viagem a Butiama paravisitar seu túmulo e lembrarcomo ele usou a sua vida paratransformar a África Oriental eAustral. sardc.net r

L I D E R A N Ç A

ÁFrICA AUSTrAl Hoje 5

Escola de Liderança Mwalimu Nyererepor Raymond Ndhlovu

A eSColA de LiderançaMwalimo Nyerere está sendocriada na Tanzânia para servir aÁfrica Austral em homenagemao falecido Presidente fundadore ex-Presidente dos Estados daLinha de Frente.

O colégio de liderança é umesforço conjunto de seismovimentos de libertação daSADC, que são agora partidosno poder, e cujos paísesconquistaram a suaindependência com o apoio doNyerere e do Comité deLibertação da Organização daUnidade Africana (OAU) quefoi acolhido pela RepúblicaUnida da Tanzânia.

Os seis partidos domovimento de libertação sãoChama Cha Mapinduzi (CCM)da Tanzânia, CongressoNacional Africano (ANC) daÁfrica do Sul, MovimentoPopular para a Libertação deAngola (MPLA) e Organizaçãodo Povo do Sudoeste Africano(SWAPO) da Namíbia, a FrentePatriótica da União NacionalAfricana do Zimbabwe(ZANU-PF) e a Frente deLibertação de Moçambique(FRELIMO).

Uma cerimônia inovadora ecolorida para a construção daescola foi realizadarecentemente em Kibaha, regiãocosteira, perto de Dar es Salaam.Os Partidos foramrepresentados pelos seusrespectivos secretários-geraisque pegaram pás para prepararo terreno.

Eles trabalharão juntos paraestabelecer a Escola deLiderança Mwalimu Nyerere,

mWAlImU jUlIUS Kambarage Nyerere foi o pai da libertação da África Austral e um dosfundadores da SADC. Sua busca por uma sociedade socioeconómica equitativa através daautossuficiência coletiva era mais difícil do que ele imaginava, e ele disse uma vez que “somosmuito bons em partilhar a riqueza na Tanzânia, mas eu gostaria que tivéssemos mais riquezaspara partilhar. Mwalimu costumava dizer que a sua geração alcançou pelo menos um objectivo,o da libertação política da África, e que as próximas gerações devem seguir os próximos objectivosde desenvolvimento económico e prosperidade. r

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6 ÁFrICA AUSTrAl Hoje, Dezembro 2018

Fases do Programa RVAA

Fase 1 (2005- 2011)

• VACs criados• Metodologia e

ferramentas VAAdesenvolvidas

• O programasustentouabordagens maisamplas paracombater ainsegurançaalimentar, incluindoredes de segurança eprotecção social

Fase 2 (2012 – 2016)

• Escopo do VAA foi expandido paraincluir áreas urbanas e problemascrónicos de vulnerabilidade, comogénero, HIV / SIDA e nutrição

• Diretrizes para integração davulnerabilidade urbana; nutrição,género e HIV; e mercados em VAAforam desenvolvidos e pilotados

• Grandes avanços foram feitos parainfluenciar políticas e programasatravés de produtos e resultadosde VAC.

Fase 3 (2017-2021)

• Focado em sustentar a qualidade eampliar o VAA para cobrirvulnerabilidades crónicas, contribuirpara meios de subsistência resilientes aoclima e enfrentar os desafios deinstitucionalização e desenvolvimentode capacidade dos NVACs.

• As três principais áreas de foco- Institucionalização e desenvolvimento

de capacidades;- Fortalecimento de abordagens e

ferramentas; e- Advocacia e desenvolvimento de

liderança

Fonte: Brochura do Programa RVAA

por Kizito Sikuka

“NÃo PoDemoS Parar osdesastres naturais, mas podemosnos munir de conhecimento paraque não haja perca de vidashumanas se estivermosdevidamente preparados paraenfrentar os desastres.”

Estas palavras são de PetraNěmcová - uma das filantropasmais famosas que fundou umaorganização que ajuda as vítimasde desastres naturais areconstruir as suas vidas -lembram que é possível que acomunidade global enfrente osenormes desafios impostos pelosdesastres naturais.

A SADC tem enfrentado aolongo das últimas décadas umafrequência crescente e severidadede secas associadas as mudançase variabilidade climáticas,resultando em situações deinsegurança alimentar. A regiãosofreu a pior seca em 35 anosdurante a campanha agrícola2015/16.

As secas frequentes viram onúmero de pessoas situação deinsegurança alimentar na regiãoa estar acima de 22 milhões porano desde 2010, de acordo com oSecretariado da SADC.

Então, o que é que os EstadosMembros da SADC estão a fazerpara fortalecer a sua capacidadede lidar com desastres naturaiscomo cheias e secas, cujoaumento da frequência emagnitude ameaçamdesestabilizar a região?

“Colocámos em prática umasérie de medidas, tanto a nívelnacional como regional, paralidar com o impacto dosdesastres naturais na ÁfricaAustral,” disse RachelNandelenga, oficial decomunicação e advocacia doPrograma Regional de Avaliaçãoe Análise da Vulnerabilidade daSADC (RVAA). num seminárioregional de comunicação eadvocacia, realizado emJoanesburgo, África do Sul, nofinal de Novembro.

Uma dessas estratégias é oestabelecimento do sistema de

Análise e Avaliação daVulnerabilidade (VAA) em 1999,que procura monitorar acapacidade das famílias nosEstados Membros da SADC paralidarem com perigos externos.

Alguns dos elementos críticosdo VAA incluem previsõesmeteorológicas e de produçãoagrícola, análises económicasdomésticas e inquéritos desegurança alimentar enutricional.

Por exemplo, a cada ano, umrelatório que fornece uma visãogeral da situação da segurançaalimentar e dos meios desubsistência na região éproduzido e disseminado para aspartes interessadas, incluindoformuladores de políticas, parapermitir que planeiem e sepreparem antes da ocorrência deum desastre natural.

O sistema VAA éimplementado através de comitésde avaliação de vulnerabilidadesnacionais multissetoriais queconsistem em ministériosgovernamentais relevantes,organizações não-governamentais e parceirosinternacionais de cooperação.

Actualmente 14 EstadosMembros da SADC têm comitésde avaliação de vulnerabilidadetotalmente funcionais. Espera-seque os dois países restantes, aUnião de Comores e asMaurícias, estabeleçam os

comités em breve. Comores é omais novo Estado membro daSADC.

Para complementar oscomités nacionais de avaliação, aSADC estabeleceu o ComitéRegional de Avaliações deVulnerabilidade (RVAC) em 2000para conduzir e coordenar aimplementação do sistema VAAa nível nacional e regional.

O RVAC criou agora umprograma RVAA, que visafortalecer a capacidade dosEstados Membros para realizar eutilizar avaliações devulnerabilidade para sustentar aformulação de políticas,programas de desenvolvimento eintervenções de emergência quelevam a uma redução davulnerabilidade na região.

Coordenado pela Unidade deRedução do Risco de Desastres(DRRU) no Secretariado daSADC, o programa, a serimplementado em três fases (veras várias fases na tabela), visaintegrar os sistemas VAA nasestruturas administrativas efinanceiras dos Estados Membrospara assegurar a implementaçãoo programa.

Desde a sua criação, em 2006,o programa RVAA deu passossignificativos no fornecimento deinformação oportuna e credívelque influenciou as políticas, e osseus produtos são agora umponto de referência vital para os

responsáveis pela tomada dedecisão em questões de segurançaalimentar e nutricional.

No entanto, especialistas emcomunicação reunidos emJoanesburgo para discutir o RVAAda SADC disseram que énecessário desenvolver umaestratégia de comunicação eficazcom vista a criar uma maiorcompreensão do programa e dosseus produtos.

Para este fim, um Plano deComunicação e Advocacia,cobrindo o período 2018-2021, foielaborado para mobilizar apoio erecursos, bem como para criar umambiente propício para aimplementação das actividades daVAA e melhorar a produção,globalização, disseminação eutilização de Produtos VAA.

O projecto de Plano deComunicação e Advocacia propõeuma série de estratégias, incluindoa necessidade de ter comunicaçãoRVAC e pontos focais deadvocacia a nível dos Estados-Membros.

O seminário de comunicação eadvocacia do SADC RVAA,realizado de 19 a 21 de Novembro,reviu o projecto de Plano deComunicação e Advocacia doPrograma RVAA e proporcionouuma oportunidade às pessoas decomunicação para se equiparemcom habilidades para comunicar edisseminar eficazmente osprodutos VAA. sardc.net r

Aproveitando o papel da informação na Gestão do Risco de Desastres

G E S T Ã O D E D E S A S T R E S

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garantir uma infraestruturaeficiente de gestão edesenvolvimento”, diz ocomunicado.

A reunião recomendou oestabelecimento de grupos detrabalho específicos para projectosdo PIDA para se concentrar natransparência e disseminação dedados; trabalho de advocacia;desenvolvimento de projecto;revisão e financiamento; parcerias ecapacitação.

Os parceiros de cooperação,incluindo a Comissão da UniãoAfricana (CUA), a AgênciaNEPAD, o Banco Africano deDesenvolvimento e a ComissãoEconómica para África (CEA),prometeram continuar a trabalharem conjunto para criar mecanismosde capacitação sustentável para osprincipais sectores deinfraestruturas do continente. einvestir em esforços para acelerar odesenvolvimento de projetosfundamentais de infraestrutura.

Os parceiros prometeram lançare usar o Kit de Ferramentas deCriação de Emprego do PIDA comoparte do pacote e meios para atraire convencer as principais partesinteressadas, incluindofinanciadores e parceiros dedesenvolvimento, sobre osbenefícios dos projetos prioritáriosdo PIDA na fase de construção.

Recomendou-se também que oPlano de Acção Prioritário (2020-2030) do PIDA se baseie noprocesso de revisão e consulta emcurso e garanta que ele tenha umalista realista de projectos que

devem incluir todos os sectores.Intervindo na reunião, o

Ministro de Estado do Zimbabwepara a província de MatabelelandNorth, Richard Moyo, disse que énecessário que a África acelere aimplementação dos projectos doPIDA.

“Isso nos permitirá adicionarímpeto ao processo de integraçãodo continente. Precisamos ter acombinação certa deinfraestruturas e alinhar os nossosprojectos nacionais deinfraestruturas ao programa PIDApara obter ganhos coletivos ”, disseele, acrescentando que nada seriaimpossível se a África se unisse eficasse focada no que teriaconcordado.

O Diretor Executivo daNEPAD, Ibrahim Mayaki,concordou, dizendo que é precisoque o continente acelere a entregade projectos de infraestruturacomo um só.

“Precisamos continuarpossibilitando um diálogoconstrutivo com todos os parceiros,incluindo o sector privado, paraque possamos realizarconcretamente”, disse ele.

É fundamental que os paísesafricanos promovam e adiram àboa governação para atrairpotenciais financiadores e garantiro desenvolvimento sustentável nocontinente.

A 4ª Semana do PIDA decorreusob o lema “Realizando aIntegração da África através deInfraestruturas Inteligentes e BoaGovernação”. r

juntar-se ao governo nodesenvolvimento de infraestruturano continente.

"Criar estruturas e mecanismosde boa governança para osprojectos de infraestruturas deÁfrica não só aumentará aconfiança dos investidores, comotambém garantirá a entregaatempada de projetos dentro doorçamento e da especificação",disseram eles.

É também importante que ocontinente desenvolva umainfraestrutura flexível e inteligente,com orientação transfronteiriça,para impulsionar o crescimentosocioeconómico no continente.

"O risco de projectos énecessário e crítico para assegurarque eles sejam lucrativos para atraircapital que continua praticamenteilusório", diz o comunicado.

As infraestruturas,concordaram os delegados, nãodevem continuar no domínio dosector público, com os governossendo instados a envolver o sectorprivado em projectos de longoprazo.

A reunião enfatizou aimportância de instituições fortesno desenvolvimento deinfraestruturas de África.

“As instituições relevantesdevem facilitar a capacitação emáreas importantes dedesenvolvimento deinfraestruturas no continente. Issoimpulsionará a capacidade técnicae as habilidades a todos os níveisdo ciclo de vida do projecto, bemcomo instituições relevantes para

reDUzIr A falta deinfraestruturas continua a ser umimperativo que os governosafricanos devem considerarseriamente caso queiram que ocontinente concretize as aspiraçõesdo seu povo, conforme consagradono seu plano de desenvolvimento,Agenda 2063 e a agenda globalpara o desenvolvimentosustentável.

Especialistas em infraestruturasque estiveram reunidos na 4ªConferência da Semana doPrograma para o Desenvolvimentode Infraestruturas em África(PIDA), realizada em Novembroem Victoria Falls, Zimbabwe,concordaram que há necessidadede um compromisso político paradesenvolver projectos deinfraestruturas transfronteiriçasque integrem o continente ebeneficiem os seus cidadãos.

“Dada as limitadas deinfraestruturas no continente,temos que manter os esforços paraacelerar o desenvolvimento deprojetos importantes deinfraestruturas”, refere umcomunicado emitido após areunião.

Os especialistas observaramque os projectos do PIDA,especialmente projectos deinfraestruturas transfronteiriças,têm a capacidade de reforçar aintegração regional "e são um pré-requisito para liberar o potencial decrescimento da África".

O PIDA é um modelo para atransformação das infraestruturasafricanas para o período 2012-2040.

O programa foi adoptado porlíderes africanos em Janeiro de 2012e fornece uma estrutura estratégicapara projectos prioritários deinfraestruturas que devemtransformar o continente numaregião interligada e integrada.

A reunião observou que a Áfricaprecisa de melhorar a taxa deimplementação dos seus projectosprioritários de infraestruturas queestão sendo construídas, dosactuais 32% para mais de 50%, paraalcançar as suas aspirações dedesenvolvimento.

Além disso, os especialistaspediram a criação de um ambientepropício para o sector privado

I N F R A E S T R U C T U R A S

Compromisso político é fundamental para o sucesso dos projectos de infraestruturas do PIDA

Estágio do Projecto Continental AMU COMESA EAC ECCAS ECOWAS IGAD SADC TOTAL

S1:Definição do Projecto 2 2 13 3 9 4 13 46S2A:Pre-vibilibilidade 4 5 6 12 1 2 8 38S2B: Viabilidade 4 5 4 7 7 27S3A: Estruturação do Projecto 1 2 11 2 5 2 8 31S3B: Apoio a transição e enceramento financeiro 1 9 2 1 4 17S4A: Concurso 9 5 1 4 1 20S4B: Estrutura 1 1 4 19 19 22 2 12 80S4C: Operação 1 4 7 19 2 15 1 8 57Total 2 13 33 87 45 64 12 60 316

Situação dos Projectos do PIDA

Fonte: PIDA

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o eSTAbeleCImeNTo DE um CentroRegional de Energia Renovável na ÁfricaAustral deverá percorrer um longo caminhopara assegurar a harmonização de normasnuma região inundada por um influxo devários produtos e tecnologias solares.

Este foi um dos principais sentimentosexpressos durante o lançamento oficial doCentro para a Energia Renovável e EficiênciaEnergética da SADC (SACREEE) emWindhoek, Namíbia, no dia 24 de Outubro.A maioria dos palestrantes durante a cerimóniadisse que o SACREEE deve actuar como uma“câmara de compensação” para estabelecerpadrões no sector de energia renovável daSADC.

Os intervenientes do sector estãoactualmente autorizados a importar quaisquerprodutos e tecnologias de energia renovávelsem aderir a nenhum padrão definido.

De acordo com o Ministro dos RecursosMinerais, Tecnologia Verde e SegurançaEnergética do Botswana, Eric Molale, a regiãotem importado produtos e tecnologias que nãoforam concebidos para as condições locais.

Ele narrou um incidente no qual um de seusfuncionários comprou painéis solares de umdistribuidor de Botswana, mas os produtosderretiam em poucos dias porque não eramfeitos para as condições locais.

"O SACREEE deve, portanto, ser o nossoinstrumento para garantir que as tecnologiasque importadas sejam adequadas às nossascondições climáticas", disse Molale.

O Ministro de Minas e Energia da Namíbia,Tom Alweendo, disse que além de ser umacâmara de compensação para os padrões dosector, o estabelecimento do SACREEE ocorrenuma altura em que o cenário global de energiarenovável está mudando rapidamente emtermos de desenvolvimento de novastecnologias.

“As tecnologias de energia renovável estãomudando rapidamente e precisamos sercapazes de nos mover com as mudanças.Acreditamos que o SACREEE poderia nosajudar nesse sentido”, disse Alweendo.

O SACREEE deve liderar a promoção dodesenvolvimento de energias renováveis naregião, entre outras actividades.

Espera-se que contribua substancialmentepara o desenvolvimento de mercados regionaisprósperos de energia renovável e eficiênciaenergética através da partilha deconhecimentos e assessoria técnica nosdomínios da política e regulamentação,cooperação tecnológica, desenvolvimento decapacidades, bem como promoção deinvestimentos.

Foi acordado que o centro deve ser umainstituição independente da SADC que deveser propriedade e apoiada pelos EstadosMembros para fins de sustentabilidade.

Tal desenvolvimento daria ao centro maisautoridade para liderar os esforços paraaumentar a captação de fontes de energiarenováveis na região.

A SADC está a trabalhar em estreitacolaboração com a Organização das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento Industrial(UNIDO) e a Agência de DesenvolvimentoAustríaca (ADA) para acelerar aimplementação.

O Director-Geral da ADA, Martin Ledolter,disse que o SACREEE ajudaria a SADC aatingir o Objectivo de DesenvolvimentoSustentável 7 sobre o acesso universal aserviços de energia sustentáveis até 2030.

“A nossa parceria com a UNIDO na redeglobal de centros de energia sustentável - dosquais o SACREEE é membro - é um exemplosignificativo de como estamos juntando osesforços globais para tornar o SDG7 umarealidade para todos”, disse Ledolter.

SADC lança Centro de Energia Renovável De acordo com a Secretária Executiva daSADC, Dra. Stergomena Lawrence Tax, cerca de61 por cento dos mais de 300 milhões de pessoasna África Austral recebem “as suas necessidadesdiárias de energia para aquecimento de espaçose cozinha recolhendo lenha, resíduos agrícolase resíduos animais”.

“As iniciativas em curso a nível nacional quesão estimuladas por meio do comprometimentoregional resultaram no aumento da médiaponderada no acesso à electricidade de 36%, emJunho de 2013, para 48%, em Junho de 2018”,disse a Dra. Tax num discurso lido em seu nomepelo Dr. Domingos Gove, Director de SegurançaAlimentar, Agricultura e Recursos Naturais doSecretariado da SADC.

A ADA apoia sete centros de energiarenovável em todo o mundo. O primeiro centroregional de energia renovável e eficiênciaenergética foi inaugurado em 2010 na ÁfricaOcidental.

Outros cinco foram criados na ÁfricaOriental, na África Austral, nas Caraíbas, naregião do Pacífico e na América Central. Umoutro centro está no estágio de planeamento noHimalaia.

O lançamento oficial do SACREEE faz parteda Primeira Fase Operacional do centro, durantea qual se concentrou principalmente nodesenvolvimento de programas de energiarenovável para a região e na mobilização derecursos.

Inicialmente definida para funcionar entre2014 e 2017, a fase atrasou a conclusão em umano.

A Segunda Fase Operacional, de 2018-2021,se concentrará em actividades para garantir asustentabilidade do centro após a saída deparceiros internacionais de cooperação.

De acordo com o Banco Africano deDesenvolvimento, a África Austral tem opotencial para se tornar uma “mina de ouro”para energias renováveis devido aosabundantes recursos solares e eólicos que são

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Central de Batoka vai iluminar a África AustralA zÂmbIA E o Zimbabwe retomaram as consul-tas sobre um projecto para construir a há muitoesperada central hidroeléctrica de Batoka Gorge.

O desfiladeiro de Batoka está localizado acerca de 50 quilómetros a jusante das imponentesCataratas Vitória, que são partilhadas pelos doispaíses.

Quando estiver operacional, a central, avaliadaem 5,2 biliões de dólares norte-americanos, terácapacidade para produzir até 1.600 megawatts(MW), energia suficiente para dar uma con-tribuição significativa para ajudar tanto os doispaíses como toda a região da SADC a suprir assuas necessidades energéticas.

O presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnan-gagwa, disse que as discussões com a Zâmbiaforam retomadas para garantir que a construçãoda hidroeléctrica comece em breve.

“Escrevi ao presidente Edgar Lungu, da Zâm-bia, propondo que um consórcio de Energia daChina e da General Electric fosse contratado paratrabalhar no projecto, que tem sido excelentedesde 1972, quando foi proposto pela primeiravez.”

Mnangagwa disse que "o consórcio estápreparado para fazer uma apresentação" sobre oplano de implementação do projeto.

A Autoridade do Rio Zambeze (ZRA), quegere o rio Zambeze, onde será construída a centraleléctrica de Batoka Gorge, aprovou o projecto háalguns anos.

As especificações do projecto pela ZRA in-dicam que o projecto será realizado numa base deconstrução, operação e transferência a montantedo sistema hidroelétrico da barragem de Kariba.

O sistema terá duas estações de energia sub-terrâneas em cada lado do rio Zambeze que terãoquatro turbinas de 200MW, produzindo um totalde 1.600 MW para a central.

A central hidroeléctrica de Batoka foi identifi-cada como um dos projectos energéticos maisatractivos da região, com potencial para ajudar aÁfrica Austral a explorar o enorme potencial hí-drico do rio Zambeze.

Financiamento limitado foi identificado comoum dos principais obstáculos para tornar a usinaBatoka Gorge uma realidade.

No entanto, ambos os países estão determina-dos a resolver os desafios e aproveitar a energiahídrica do rio Zambeze.

A estação hidroeléctrica de Batoka Gorge, queestá projectada há muitos anos, deve ser concluídadentro de cinco a seis anos. r

o PlANo recentemente adoptado do Grupo deEmpresas de Electricidade da África Austral(SAPP) tem a capacidade de aumentar o comér-cio de energia dentro da SADC e reduzir o custodo fornecimento de energia na região.

Especialistas em energia que se reuniram nofinal de Novembro num seminário de Dissemi-nação do Plano do SAPP, na África do Sul, dis-seram que o plano aproveita acomplementaridade dos diversos recursos en-ergéticos regionais para aumentar o acesso, re-duzir a carga e proporcionar uma melhorqualidade de serviço na região.

Abrangendo o período 2017-2040, o Plano doSAPP pretende identificar um conjunto básicode investimentos de produção e transmissão deimportância regional que possam assegurar ofornecimento adequado de electricidade à regiãode maneira eficiente, económica e social e ambi-entalmente sustentável.

O plano prevê, entre outros benefícios no sec-tor eléctrico, que as energias renováveis, espe-cialmente a produção de energia hidráulica e degás, atenderão a um componente substancial-mente maior da capacidade geral de produçãona região.

"Agora registamos a energia eólica em 4% ea energia solar em 3% da oferta e recebemos asconcessionárias e o sector privado para impul-sionar coletivamente a agenda para produzir en-ergia mais limpa para nosso povo", disse oGestor do Centro de Coordenação do SAPP,Stephen Dihwa.

Ele disse que o SAPP comprometeu recursospara continuar actualizado as premissas deplaneamento no Plano do SAPP de forma a as-segurar que ele reflita o ambiente regional emrápida mudança e os avanços tecnológicos nosector de energia.

O SAPP é um órgão regional que coordena oplaneamento, a produção e a transmissão deelectricidade em nome das empresas públicosdos Estados membros na África Austral.

As empresas de electricidade nos Estados-Membros da SADC continental, com excepçãode Angola, Malawi e República Unida da Tanzâ-nia, estão interligadas através do SAPP, per-mitindo-lhes vender electricidade entre siatravés de um mercado competitivo. ESI

Plano regional de energiavai impulsionar o comérciode energia dentro da SADC

agora muito procurados pelos investidoresinternacionais na busca de energia limpa.

Por exemplo, o potencial global de energiahidroeléctrica na SADC é estimado em cerca de1.080 terawatts-hora por ano (TWh / ano), masa capacidade actualmente utilizada é de poucomenos de 31 TWh / ano. Um terawatt é igual aum milhão de megawatts.

A região da SADC é também imensamentedotada de cursos de água como o Congo e oZambeze, com a Barragem de Inga situada no

Rio Congo a ter o potencial para produzir cercade 40.000 megawatts (MW) de electricidade, deacordo com o Grupo de Empresas deElectricidade da África Austral.

No que diz respeito à energia geotérmica, oFundo das Nações Unidas para o MeioAmbiente e o Fundo Mundial para o MeioAmbiente estimam que cerca de 4.000 MW deelectricidade estão disponíveis ao longo do Valedo Rift na Tanzânia, Malawi e Moçambique.sardc.net r

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C O O P E R A Ç Ã O

10 ÁFrICA AUSTrAl Hoje, Dezembro 2018

A SADC assinou um programade 18,7 milhões de Euros com aUnião Europeia e a Alemanha,com o objectivo de fortalecer aimplementação da Agenda deIntegração Regional.

O Secretariado da SADC, aDelegação da União Europeia, noBotswana, a SADC e a Alemanhalançaram o Programa Integradode Capacitação Institucional daSADC (IICB) em Gaborone,Botswana, no dia 23 deNovembro.

O IICB visa reforçar acapacidade do Secretariado e dasestruturas nacionais nos EstadosMembros da SADC para facilitare coordenar a implementação dosprogramas regionais conformeidentificados no PlanoEstratégico Indicativo deDesenvolvimento Regional daSADC, um quadro dedesenvolvimento eimplementação que orienta aagenda de integração regional daSADC.

A Secretária Executiva daSADC, Dra. StergomenaLawrence Tax, disse que o IICBincidirá em actividades comimpacto em estruturasde coordenação sectoriaisnas áreas de industrialização,

agricultura e desenvolvimento deinfraestruturas.

O Chefe da Delegação daUnião Europeia no Botswana e naSADC, Jan Sadek disse que asrelações entre a UE e a SADCforam muito positivas na últimadécada e indicou que a UEprocura intensificar as relaçõesexistentes e envolvê-las “rumo auma verdadeira parceria deigualdade, uma parceria baseadaem interesses e valores

A SADC e as Nações Unidasacordaram em reforçar acooperação e parceriasestratégicas na área da política,paz e segurança.

Falando durante uma visitaao Secretariado pelo Secretário-Geral Adjunto da ONU para osAssuntos Políticos, Tayé-BrookeZerihoun em Outubro, aSecretária Executiva da SADC,Dra. Stergomena Lawrence Taxagradeceu o apoio prestadopelas agências da ONU à regiãoda SADC.

Ela citou o papel das NaçõesUnidas no apoio efinanciamento de actividadescríticas relacionadas com o

Projecto do Diálogo Nacional deEstabilização do Lesotho, bemcomo compromissos decolaboração da SADC, UA(União Africana) e enviadosespeciais da ONU em relação aoapoio a Madagáscar paraalcançar progressos na suapolítica de estabilização.

A SADC, a UA e a ONUtiveram que intervir emMadagáscar no início deste ano,após violentos protestos entre opartido no poder e as forças daoposição.

Os ex-Presidentes MarcRavalomanana e AndyRajoelina opuseram-se aalgumas das leis eleitorais

propostas pelo actual PresidenteHery Rajaonarimampianina,argumentando que as novas leisvisam impedir que participemdas eleições que forammarcadas para Novembro.

A SADC respondeuenviando o antigo lídermoçambicano JoaquimChissano para facilitar umdiálogo nacional destinado aresolver as tensões políticas echegar a um consenso sobre oprocesso eleitoral noMadagáscar.

A mediação culminou com arealização das eleiçõespresidenciais a 7 de Novembro,que não resultou em um

vencedor absoluto e viuRavalomanana e Rajoelina aparticiparem numa segundavolta a 19 de Dezembro.

A Dra. Tax agradeceu acolaboração com a ONUatravés da Missão deEstabilização da Organizaçãodas Nações Unidas naRepública Democrática doCongo (MONUSCO) onde aSADC enviou tropas para aMONUSCO.

Durante a reunião, os doisdiscutiram várias questões,incluindo a necessidade defortalecer a cooperação e asparcerias estratégicas entre asduas organizações. r

SADC e ONU fortalecem cooperação política

estratégicos comuns e avançadaatravés do diálogo político ”.

Nos próximos quatro anos, oapoio da UE à SADC deveráatingir mais de 150 milhões deEuros, dos quais cerca de 80milhões serão geridosdirectamente pela SADC.

O embaixador da Alemanhano Botswana e na SADC, RalfAndreas Breth, disse que olançamento do IICB refletee reforça a crença da Alemanha

de partilhar as experiênciaseuropeias e ofereceroportunidades para a SADC eoutras organizações regionais.

O IICB é co-financiado pelaUE e pelo governo da Alemanha.A UE está a fornecer um total de13,2 milhões de Euros, enquantoa Alemanha irá fornecer 5,5milhões de Euros através doMinistério Federal Alemão para aCooperação e DesenvolvimentoEconómico. r

A SADC e a Rússia assinaramum acordo de cinco anos sobreos Princípios Básicos deRelações e Cooperação, que visafornecer um quadro decooperação.

O acordo foi assinado em 23de Outubro em Moscovo,Rússia, pela SecretáriaExecutiva da SADC, Dra.Stergomena Lawrence Tax, epelo Ministro dos NegóciosEstrangeiros Russo, SergeyLavrov.

Lavrov disse que aassinatura do Memorando deEntendimento marca o começo

de um capítulo importante naconsolidação das relações entrea SADC e a Federação Russa.Ele disse que a Rússiaintensificou os esforços parafortalecer as suas relaçõesmutuamente benéficas com aÁfrica, acrescentando que seupaís continua a apoiar váriasiniciativas no continente,incluindo a manutenção da paze o desenvolvimento deinfraestruturas.

Para fortalecer as relações,ele disse que a Rússia está sepreparando para convocar umaCimeira Rússia-África em 2019,

que reunirá Chefes de Estado eGoverno da África e da Rússia.

A Dra. Tax disse que aassinatura do memorando deentendimento foi um passogigantesco no sentido de forjaruma cooperação mais estreitaentre a SADC e a FederaçãoRussa em benefício dos povosda África Austral e da Rússia.

Ela disse que o Secretariadoda SADC ajudará os seusEstados Membros adesenvolver e implementarprogramas e projectosestratégicos com parceiros daFederação Russa.

SADC e Rússia assinam acordo de cooperação

Programa de apoio à implementação da Agenda Regional

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ÁFrICA AUSTrAl Hoje 11

Economia Azul A “nova fronteira do renascimento africano”

E C O N O M I A A Z U L

Para conseguir isso, os governos, osector privado e a sociedade civil secomprometeram a promover umaEconomia Azul sustentável emvários campos, incluindo protecçãomarinha, plásticos e gestão deresíduos, desenvolvimento dapesca, financiamento,infraestruturas e biodiversidade emudanças climáticas.

A República Unida da Tanzâniaestá comprometida com aintegração da Economia Azul,incluindo as mudanças climáticas ea sustentabilidade ambiental, noseu planeamento dedesenvolvimento, de acordo com oPresidente Ali Mohamed Shein, deZanzibar, que falou na conferência.

Para os países insulares, comoas Ilhas Maurícias, os recifes decoral fornecem habitat paradiversas espécies aquáticas eactuam como barreira natural paraproteger as cidades ecomunidades costeiras das cheias.

Como observado pelo Ministroda Economia do Oceano, PremdutKoonjoo, a ilha está empenhadaem restaurar os recifes de coraldegradados aumentando onúmero de viveiros de corais de 18para 30, realizando umlevantamento de recursosmarinhos para identificar novasespécies e as suas potenciaisreservas, e monitorando erestaurando as plantas do mar.

Da mesma forma, a Política eEstratégia do Mar de Moçambiquede 2017 inclui medidas pararestaurar 5.000 hectares demangais até 2023, bem como oestabelecimento de umobservatório da Economia Azulpara coordenar, harmonizar emaximizar o uso do mar e acçõespara combater o lixo marinho.

A Estratégia da Economia Azulda Namíbia 2017-2022 abordaa mineração marinha, odesenvolvimento do turismo, ainfraestrutura e os serviçosportuários, e erradica a pescailegal, não declarada e nãoregulamentada, entre outrasquestões. O país está empenhadoem promover a cadeia de valorazul, incorporando os sectores depesca e turismo e já está semovendo em direção à

dessalinização da água do marpara agricultura, uso doméstico eindustrial. A Namíbia deve alocar5 milhões de dólares norte-americanos para protecção epesquisa marinha.

A Comunidade para oDesenvolvimento da África Austral(SADC), um dos pilares daproposta da ComunidadeEconómica Africana, já está a tomarmedidas para promover odesenvolvimento da sua EconomiaAzul.

Nove Estados Membros daSADC são costeiros e possuem umenorme potencial de EconomiaAzul - Angola, União das Comores,Madagáscar, Maurícias,Moçambique, Namíbia, Seychelles,África do Sul e Tanzânia.

Entre as oportunidades daEconomia Azul na região daSADC estão os vastos recursosrenováveis, como energia dasmarés, correntes oceânicas econversão de energia térmicaoceânica, bem como a segurançaalimentar e nutricional da pesca eda aquacultura.

Outras oportunidades para aregião incluem turismo marinho ecosteiro, navegação, mineração eserviços ecossistémicos, como acaptura de carbono, filtração deágua, regulação atmosférica e detemperatura e protecção contraerosão e eventos climáticosextremos.

Para explorar plenamente a suaEconomia Azul, a SADC está aavançar para uma estratégia paradesenvolver uma economiamarítima próspera e aproveitartodo o potencial das actividadesmarítimas de uma formaambientalmente sustentável.

Vários documentos regionais,incluindo o Plano EstratégicoIndicativo de DesenvolvimentoRegional Revisto da SADC (2015-2020) e a Estratégia e Roteiro deIndustrialização da SADC (2015-2063), identificam a Economia Azulcomo uma área potencial para ocrescimento sustentável na região.

A estratégia deindustrialização, por exemplo,exige que a iniciativa daEconomia Azul seja incorporadaao desenvolvimento da

por Admire Ndhlovu

A reCeNTe conferência globalsobre a “Economia Azul” foi umdesenvolvimento bem-vindo queproporcionou uma oportunidadepara a África destravar o seupotencial e alcançar odesenvolvimento sustentável.

Reunida em Nairobi, Quênia,de 26 a 28 de Novembro, para aConferência sobre a EconomiaAzul, a comunidade globalanalisou como alcançar o usosustentável e a conservação dosrecursos aquáticos para melhoraro bem-estar humano, a equidadesocial e os ecossistemas saudáveis.

Economia azul é um termousado para se referir ao usosustentável de recursos oceânicospara o crescimento económico,melhores meios de subsistência eempregos, preservando a saúdedo ecossistema oceânico.

Os maiores sectores daeconomia aquática e oceânicaafricana são a pesca, a aquicultura,o turismo, os transportes, os portos,a mineração costeira e a energia.

A União Africana denominouagora a Economia Azul como a“Nova Fronteira do RenascimentoAfricano”.

Dos 54 países da África, 38 sãocosteiros, e mais de 90% dasimportações e exportações nocontinente são realizadas por viamarítima - ressaltando aimportância da Economia Azul naagenda de desenvolvimento docontinente.

Com o tema “Economia Azul eAgenda 2030 para oDesenvolvimento Sustentável”, aConferência da Economia Azuldiscutiu novas tecnologias e formasinovadoras de aproveitar todo opotencial dos oceanos, mares, lagose rios em África, bem como osdesafios, potenciais oportunidades,prioridades e parcerias.

No seu discurso de abertura, aSecretária do Gabinete Quenianopara o Ministério das RelaçõesExteriores, Mônica Juma, disse queos oceanos, mares, lagos e riospossuem capital natural quepoderia ser usado para acelerar ocrescimento económico, criandoemprego e reduzindo a pobreza.

infraestrutura necessária paraacelerar a industrialização.

Vários Estados membros daSADC, como as Maurícias, aNamíbia, as Seychelles e a Áfricado Sul, já desenvolveramestratégias de Economia Azul emecanismos institucionais a nívelnacional.

A iniciativa da Economia Azulé, portanto, oportuna para a regiãoda SADC, que testemunhoudescobertas significativas degrandes reservas de petróleo e gásnatural em países comoMoçambique, Namíbia e Tanzânianos últimos anos, indicando umenorme potencial para exploraçãodo recurso na região. .

A este respeito, é fundamentalque a SADC e o resto docontinente africano desenvolvamuma estratégia integrada deEconomia Azul.

O conceito de Economia Azultem sido debatido em váriosfóruns. Ele foi destaque durante aCimeira Rio + 20 realizada noBrasil em 2012, cujos resultadosprovaram ser um forte catalisadorpara impulsionar novos esforçospara a implementação decompromissos anteriores e novosem águas oceânicas e interiores.

A nível africano, a EconomiaAzul é encapsulada na EstratégiaMarítima Integrada Africana daUA 2050 (AU 2050 AIMS), e é umaparte central da Agenda 2063 daUA, onde é reconhecida como umcatalisador para a transformaçãosocioeconómica.

Em Julho de 2015, a UA lançouo Dia Africano (25 de Julho) e aDécada dos Mares e Oceanos2015–2025 para promover a acçãona Economia Azul.

A conferência inaugural daEconomia Azul em Nairobi reuniuquase 19.000 participantes de 184países, incluindo sete Chefes deEstado e Governo e 84 Ministros.

Vários líderes da SADC,incluindo os Presidentes FilipeJacinto Nyusi de Moçambique eDanny Faure das Seychelles, bemcomo o Primeiro Ministro SaaraKuugongelwa-Amadhila, daNamíbia, participaram. sardc.netr

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12 ÁFrICA AUSTrAl Hoje, Dezembro 2018

P A Z E S E G U R A N Ç A

A DeSIGNAÇÃo usada para o exercícioregional de manutenção da paz realizado noMalawi incorpora perfeitamente o que a Áfricavem procurando - um continente integrado,próspero e pacífico. O exercício UMODZI, que na línguaindígena do Malawi chiChewa significa“solidariedade, parceria e unidade”,procurou preparar militares, polícias e civisda SADC para desempenharem eficazmenteas suas obrigações de manutenção da paz emÁfrica. De acordo com o Secretariado da SADC,espera-se que a África Austral assuma as suasresponsabilidades de manutenção da paz a nívelcontinental no âmbito da Força de ProntidãoAfricana (ASF) em Janeiro de 2019. A Comunidade Económica dos Estados daÁfrica Ocidental (CEDEAO) é o actual líder daASF. A ASF é uma ferramenta importante daarquitetura africana de paz e segurança para aprevenção, gestão e resolução de conflitos nocontinente. É uma força multidisciplinar de manutençãoda paz composta por contingentes militares,policiais e civis destacados para responderrapidamente a uma crise sem qualquerinterferência política e burocracia pesada. A ASF, que se tornou totalmente operacionalem 2016, baseia-se em arranjos de prontidãoentre as cinco sub-regiões da África: África doNorte, África Oriental, África Central, ÁfricaOcidental e África Austral. A este respeito, foi acordado que as váriasComunidades Económicas Regionais ouMecanismos Regionais sejam colocadas numabase rotativa semestral para liderar a ASF. Assim, a oportunidade para a SADCassumir as suas funções de liderança da ASFterá início a1 de Janeiro de 2019 até 30 de Junhode 2019. A Força de Prontidão da SADC, ouBrigada, foi criada através de um Memorandode Entendimento (MoU) assinado pelosChefes de Estado e de Governo da SADC emLusaka, Zâmbia em 2007. A força da SADC funciona como umaferramenta do Órgão de Cooperação Política,Defesa e de Segurança da SADC e recebe a suaorientação do Comité de Chefes de Defesa daSADC e do Comité de Chefes de Polícia daSADC para providenciar esforços deconstrução da paz na região. Esses esforços de construção da paz

incluem desarmamento e desmobilização pós-conflito e assistência humanitária em áreas deconflito e áreas afectadas por grandesdesastres naturais, como secas e cheias. A formação do pessoal é principalmenteconduzida pelo Centro Regional de Formaçãode Manutenção da Paz da SADC, localizado emHarare, Zimbabwe, bem como outrasinstituições nacionais de formação em apoio dapaz. Em preparação para assumir as suasfunções de manutenção da paz a nívelcontinental, a SADC esteve envolvida emvários exercícios militares, sendo o maisrecente o Exercício UMODZI. O Exercício UMODZI foi realizado de 1 a17 de Outubro no Malawi. A Secretária Executiva da SADC, Dra.Stergomena Lawrence Tax, disse que oexercício visava reforçar as capacidades deresolução de conflitos da região e docontinente em cumprimento parcial daaspiração da UA para Calar as Armas até 2020. Ela disse que a paz e a estabilidade são umcanal essencial para o desenvolvimentosustentável e para a integração regional, porisso é necessário que todos os países exibam oespírito da UMODZI, que são solidariedade,parceria e unidade para lidar e gerir quaisquerconflitos na SADC e em África. “A paz e a segurança continuam a ser umdos ingredientes importantes para odesenvolvimento socioeconómico sustentávelda região da SADC.”

Os participantes do Exercício UMODZI,realizado na Faculdade de Forças Armadas doMalawí, em Salima, foram expostos a váriostreinamentos, incluindo as complexidadesmodernas associadas às operações demanutenção da paz. O grupo de participantes que incluíamilitares, polícias e civis dos diferentes EstadosMembros também trocaram ideias eaprendizagens entre si. Essa exposição e o trabalho conjunto éfundamental, uma vez que as complexidadesem constante mudança na natureza dosconflitos se transformaram a tradicionalsimples operação de manutenção da paz emmissões multidimensionais e altamentecomplexas. A este respeito, é necessário que asoperações de apoio à paz a nível regional,continental e internacional sejam bemcoordenadas, harmonizadas e integradas paraassegurar uma coesão efetiva na execução dediferentes tarefas de manutenção da paz. A SADC realizou com sucesso uma série deexercícios militares na região. Estes incluem oExercício inaugural do Blue Hungwe que foirealizado em 1997 no Zimbabwe. Outros exercícios notáveis são o Blue Crane,realizado na África do Sul em 1999, e oTanzanite, realizado na Tanzânia em 2002, bemcomo o Exercício Thokgamo, quedecorreu em 2005 no Botswana, e o ExercícioGolfinho, realizado na África do Sul em 2009.sardc.net r

SADC prepara-se para liderar tarefas de manutenção da paz em África

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ÁFrICA AUSTrAl Hoje 13

A SADC expressou solidariedade com o povoda República Democrática do Congo enquantose prepara para realizar eleições gerais a 23 deDezembro. Isto ocorreu após a destruição inesperada demateriais eleitorais por um incêndio no dia 13de Dezembro num dos armazéns centrais daComissão Nacional Eleitoral Independente(CENI), em Kinshasa. O Presidente da SADC, Presidente HageGeingob, da Namíbia, disse que todas as partesinteressadas devem procurar promover umacultura de tolerância e contenção e garantir queas eleições não sejam apenas bem-sucedidas,mas também pacíficas e transparentes. “A SADC deseja enfatizar ainda mais que aspróximas eleições representam um marco im-portante na história da RDC e são fundamentaispara o estabelecimento de uma paz sustentávele estabilidade política”, disse o Dr. Geingobnum comunicado. A SADC tem se preocupado com a situaçãopolítica e eleitoral na RDC desde 1998, quandoo País aderiu à SADC. Segundo a CENI, um total de 21 candidatosparticipará das eleições presidenciais, enquantomais de 15 mil candidatos disputarão aseleições parlamentares. Alguns dos principais candidatos àpresidência incluem o ex-Ministro do Interior,Emmanuel Shadary, que conta com o apoio doactual Presidente, Joseph Kabila. Outros são Felix Tshisekedi, presidente doprincipal partido de oposição, União para aDemocracia e o Progresso Social; e VitalKamerhe da União para a Nação Congolesa queficou em terceiro lugar na última eleição real-izada em 2011. As eleições na RDC tinham sido inicial-mente marcadas para 2016, quando o segundoe último mandato do Presidente Kabila termi-nou. No entanto, vários desafios, incluindo a in-stabilidade interna e o conflito no leste do país,bem como a falta de capacidade da comissãoeleitoral, impediram a realização das eleiçõesnessa altura. Ao abrigo da constituição da RDC, Kabilanão é elegível para concorrer nas próximaseleições.

P A Z E S E G U R A N Ç A

Eleições na RDC marcadas para23 de Dezembro

lÍDereS PolÍTICoS e outras partesinteressadas do Reino do Lesotho assumiram ocompromisso de trabalhar juntos para encontraruma solução duradoura para os desafios que oPaís enfrenta. O compromisso foi assumido durante umhistórico diálogo nacional multissectorialrealizado no final de Novembro como parte deplanos mais amplos para implementar o Roteirode Reformas do Lesotho. O Roteiro das Reformas do Lesotho, que estáem consonância com as recomendações feitaspela SADC em 2014 ao governo do Lesotho, éum plano de reformas multissectoriais queprocura identificar soluções imediatas e a longoprazo para alcançar a estabilidade política e desegurança. Reunidos em Maseru nos dias 26 e 28 deNovembro, os líderes políticos e outras partesinteressadas concordaram com medidasamplas, incluindo a necessidade de concluir asreformas constitucionais e do sector desegurança até Maio de 2019. De acordo com o roteiro de reformas, asreformas constitucionais e do sector desegurança são um dos principais pontos dediscórdia que foram necessários devido à “faltade consenso sobre como governar o Lesotho,incluindo como o poder deve ser dividido”. Além disso, o sector de segurança tem sidoresponsável por uma "parte substancial daculpa pela instabilidade política cíclica no país". Por exemplo, o assassinato do Chefe doEstado Maior das Forças de Defesa do Lesotho(LDF), Khoantle Motsomotso, em Setembro de2017, ameaçou os esforços para promover eencontrar uma solução duradoura para asituação política no país. De facto, um incidente semelhante de umsuposto golpe em Junho de 2015, liderado peloex-Chefe do Exército, o General MaaparankoeMahao mergulhou o País numa crise. A este respeito, para ajudar a resolver osdesafios políticos no Lesotho, a SADC enviouuma força de interposição em Setembro de 2017para monitorar a situação no País.Além disso, foi criado um Comité de Supervisãoda SADC para actuarcomo um mecanismo deaviso prévio para asituação política noLesotho. O comitémonitorou e ajudou oreino a implementar asdecisões da SADC. Estes esforçosregionais da SADC

foram um desenvolvimento bem-vindo para oPaís, e a reunião de diálogo em Novembroprometeu a sua “aceitação total eincondicional das Decisões e Recomendaçõesda SADC”. “Enfatizamos os nossos compromissos coma Missão de Observadores da SADC noRelatório Lesotho de SOMILES de 2014 e oRoteiro das Reformas do Lesotho que fezrecomendações para uma solução a longo prazopara alcançar a estabilidade política e desegurança”, diz parte do comunicado divulgadoapós o diálogo. “Apoiamos a adopção do roteiro parareformas e relembramos a recomendação daSADC de priorizar as reformas constitucionaise do sector de segurança que devem serconcluídas até Maio de 2019.” Os líderes políticos e outras partesinteressadas adotaram os Termos de Referênciae a nomeação dos membros do Comité Nacionalde Planeamento do Diálogo do Lesotho(NDPC). O NDPC irá, entre outras assuntos,“desenvolver um documento que reflita asquestões identificadas que devem serapresentadas para discussão e consulta ao povodo Lesotho”, de acordo com o comunicado. Outra actividade importante para o comitéé rever e consolidar vários relatórios de reuniõese desenvolver propostas para consideração edecisão pelo segundo plenário do segundodiálogo que se concentrará na Legislação eReformas Constitucionais. O diálogo nacional multilateral do Lesothofoi realizado sob o lema “O Lesotho quequeremos: Reformas Nacionais Integrais”. Lesotho viveu instabilidade políticarecorrente desde sua independência emOutubro de 1966. Os problemas políticosforçaram o País realizar três eleições nacionaisdurante os últimos seis anos. O recente compromisso dos líderes políticose outras partes interessadas é, portanto, umdesenvolvimento positivo no sentido deencontrar uma solução duradoura para osdesafios políticos no País.r

A mISSÃo Preventiva da SADC no Lesotho (SAPMIL) foi oficial-mente encerrada após melhorias significativas no ambiente político noPaís. A SAPMIL foi lançada em Novembro de 2017 para facilitar umambiente seguro, estável, pacífico e propício para a implementação devárias decisões regionais, incluindo reformas do sector de segurança.Notando o progresso constante em direção à paz e estabilidade, aSADC encerrou a missão a 20 de Novembro.

Rumo a estabilidade no Lesotho

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Segurança dá a devida atenção ànecessidade de incluir asmulheres nas instituições eprocessos do sector desegurança nacional e anecessidade de combaterquaisquer violações dos direitoshumanos de mulheres e criançascom ênfase no combate à VBGsexual.

A Estratégia Regional deViolência Baseada no Género daSADC foi desenvolvida paraassegurar a implementaçãoefectiva e eficiente do ProtocoloRevisto da SADC sobre Géneroe Desenvolvimento, com umfoco específico nos Artigos queabordam a GBV.

A SADC tambémdesenvolveu o Plano Estratégicode Acção de 10 Anos para oCombate ao Tráfico de Pessoas(TIP), especialmente Mulheres eCrianças (2009 - 2019).

A VBG é usada paramanipular e controlar mulheres,homens, rapazes e raparigas quesão vítimas de tráfico depessoas. O TIP afectou umnúmero de pessoas na SADC,com vítimas, principalmentemulheres e crianças, sujeitas aexploraçãao sexual, trabalhoforçado, escravatura ou mesmoa remoção de órgãos do corpo.

De acordo com oSecretariado, estas medidas,juntamente com outros esforços,continuam a produzir resultadospositivos na abordagem daGVB.

“Na última década, vimos aquestão da VBG saindo dassombras para o primeiro planodos compromissos e acçõespara alcançar odesenvolvimento sustentável”,disse a Dra. Tax.

“Acções globais como aCampanha dos 16 Dias são

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Segurança, consideram a GBVuma área crítica depreocupação.

De facto, esses documentosregionais afirmam claramente osprincípios do empoderamentodas mulheres e da igualdade degénero, e reconhecem aprevenção e a redução da VBGcomo catalisadores para aobtenção de um ambientepropício à paz e à segurança.

O Protocolo Revisto daSADC sobre o Género eDesenvolvimento identifica aGBV como uma área depreocupação e propõe váriasabordagens para lidar com estapandemia.

O Protocolo Revisto daSADC sobre Género e Desenvolvimento prevê oempoderamento das mulheres,a eliminação da discriminação ea obtenção da igualdade eigualdade de género através dapromulgação de legislaçãosensível ao género eimplementação de políticas,programas e projectos.

O protocolo foi revisto em2016 para alinhar as disposiçõescom questões emergentes, comoas mudanças climáticas ecasamentos infantis, bem comovárias metas e instrumentosglobais, como os Objectivos deDesenvolvimento Sustentável, aAgenda 2063 e a Estratégia eRoteiro de Industrialização daSADC 2015-2063.

Segundo a Dra. Tax, paraintensificar a luta contra a VBG,a região pôs em prática outrosquadros legais como a EstratégiaRegional de VBG 2018-2030 e oseu Quadro de Acção e aEstratégia Regional da SADCsobre Mulheres, Paz e Segurança2018-2022. A Estratégia Regionalda SADC sobre Mulheres, Paz e

A VIolÊNCIA contra mulherese raparigas é uma pandemia naÁfrica Austral e um obstáculo àigualdade, desenvolvimento,paz e direitos humanos.

Esta é a mensagem daSecretária Executiva da SADC,Dra. Stergomena Lawrence Tax,na sua contribuição para os 16dias de Activismo contra aViolência Baseada no Género(VBG).

Os 16 Dias de Activismocontra a VBG é uma campanhaglobal anual dedicada àconsciencialização e defesa paraacabar com a violência contramulheres e raparigas.

A campanha decorre todos osanos a partir de 25 deNovembro, que marca o DiaInternacional para a Eliminaçãoda Violência contra as Mulheresa 10 de Dezembro, que édedicado aos Direitos Humanos."Como região, não podemosficar calados e inativos perante aVBG ", disse a Dra. Tax,acrescentando que "o silêncio eo estigma permitiram que aviolência contra as mulheresalcançasse proporçõespandêmicas".

Ela disse que "ao perceberque a violência contra mulherese raparigas continua a ser umobstáculo para alcançar aigualdade, o desenvolvimento, apaz e o cumprimento dosdireitos humanos de mulheres emeninas", a região apresentouvárias medidas para enfrentareste desafio.

Por exemplo, váriosdocumentos e estruturasestratégicas regionais, incluindoo Plano Estratégico Indicativode Desenvolvimento RegionalRevisto, e o Plano IndicativoEstratégico para o Órgão deCooperação Política, Defesa e

G É N E R O

algumas das iniciativas quecontinuam a proporcionar umaoportunidade para mobilizaracções globais, regionais enacionais contra a VBG.”

Ela instou os EstadosMembros a intensificar as acçõesvoltadas para a prevenção daVBG e para fortalecer osserviços relacionados, bemcomo “criar plataformas paradar voz aos que não têm voz,inclusive para permitir relatosseguros, provisões de abrigos elocais de segurança para vítimase sobreviventes da GBV. ”

A Subsecretária-Geral dasNações Unidas (ONU) eDiretora Executiva da ONUMulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, acrescentou a sua voz,dizendo que ainda não está claroquanto à extensão da violênciacontra as mulheres, já que amaioria teme represálias.

Mlambo-Ngcuka disse queexiste um estigma associado àVBG e isto tem silenciado asvítimas de relatar tais casos, porisso é fundamental para acomunidade global desmascarara verdadeira extensão destasexperiências horríveiscontinuadas.

Os 16 Dias de Activismodeste ano contra a VBG visamincentivar as pessoas a falar eagir contra a VBG. sardc.net r

SADC empenhada em reduzir a violência baseada no género

SADC Executive Secretary, Dr Stergomena Lawrence Tax

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ÁFrICA AUSTrAl Hoje 15

Dezembro de 2018 – Fevereiro de 2019

Dezembro 2018 2-14, Polonia UNFCCC COP 24

A 24ª sessão da Conferência das Partes (COP24) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC)reúne líderes globais para continuar as negociações para umconsenso global sobre as formas de lidar com o impacto dasmudanças climáticas.

3-5, Ruanda Conferência Económica Africana A conferência constitui uma oportunidade para investigadores,formuladores de políticas e profissionais de desenvolvimentodebater e construir conhecimento sobre soluções para aintegração continental. O tema deste ano é “Integração Regionale Continental para o Desenvolvimento da África”.

5-7, Botswana Reunião do Subcomité das Finanças da SADC A reunião do subcomité é uma das primeiras séries de reuniõesrealizadas antes do Conselho de Ministros da SADC, marcadaspara o início de 2019. A reunião irá rever e preparar documentosda Comissão de Finanças para aprovação pelo Conselho.

19, Madagascar Segunda volta de eleições Presidenciais Madagáscar está pronta para uma segunda volta de eleições a 19de Dezembro, depois que nenhum candidato presidencial teracumulado votos suficientes para ser declarado vencedorabsoluto após as eleições realizadas no início de Novembro. Asegunda volta será disputada por dois ex-presidentes, AndryRajoelina e Marc Ravalomanana, que lideraram as eleiçõespresidenciais da primeira volta.

23, RDC Eleições gerais na RDCA República Democrática do Congo realizará as tão esperadaseleições gerais a 23 de Dezembro. Um total de 21 candidatosparticipará das eleições presidenciais, enquanto mais de 15.000candidatos disputarão as eleições parlamentares. O vencedorsubstituirá o Presidente Joseph Kabila, que cumpriu todos os seusmandatos.

Janeiro 2019 14-17, Abu Dhabi Cimeira Mundial sobre Energia do Futuro

A Cimeira será dedicada a sustentar o consenso de energia limpa,bem como promover e capacitar novos actores no sector. ACimeira apresenta às partes interessadas de energia umaoportunidade única para trocar tecnologia e partilhar as melhorespráticas.

Por indicar, Egipto 32ª Sessão Ordinária da Assembleia da UAChefes de Estado e de Governo africanos vão se reunir na sua 32ªAssembleia da União Africana, que será precedida por reuniõesministeriais e técnicas. O tema da UA para 2019 será “Ano dosRefugiados, Retornados e Deslocados Internos em África: Rumoa Soluções Duradouras para o Deslocamento Forçado”.

Fevereiro2, Global Dia Mundial das Zonas húmidas

O Dia Mundial das Zonas húmidas foi celebrado pela primeiravez em 1997. Desde então, agências governamentais,organizações não-governamentais e grupos comunitárioscelebram o Dia Mundial das Zonas Húmidas, realizando acçõespara consciencializar o público sobre os valores e benefícios dasáreas húmidas e promover a conservação e o uso racional dasáreas húmidas.

19-20, África do Sul Feira de Energia IndabaO Indaba reunirá especialistas internacionais e continentais parapartilhar ideias e soluções para os desafios energéticos em África,enquanto simultaneamente exploram as vastas oportunidades dedesenvolvimento energético oferecidas pelo continente.

E V E N T 0 SÁFRICAAUSTRALHOJE

SADC HOJE VOL 21 NO 1 DEZEMBRO 2018

AFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House, Private Bag 0095,

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ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentaçãoe Pesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone,

Botswana, como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimentoregional. Os artigos podem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação

social e outras entidades, citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIALJoseph Ngwawi, Kizito Sikuka, Egline Tauya, Admire Ndhlovu,

Phyllis Johnson, Danai Majaha, Kumbirai Nhongo, Tariro Sasa, Nyarai Kampilipili,Tanaka Chitsa, Lynette Chitambo, Tonderai Mpofu,

Monica Mutero, Raymond Ndhlovu, Pedzisayi Munyoro, Thenjiwe Ngwenya

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE conta com o apoio da Agência Austríaca para oDesenvolvimento, que assiste o Grupo Temático de Energia da SADC co-presidido pela

Áustria.© SADC, SARDC, 2018

ÁFRICA AUSTRAL HOJE acolhe as contribuições individuais e de organizações dentroda região da SADC em forma de artigos, fotografias, artigos noticiosos e comentários, e

também artigos relevantes de fora da região. Os editores reservam-se o direito deseleccionar ou rejeitar artigos, e editar para se ajustar ao espaço disponível. O conteúdonão reflecte necessariamente o posicionamento oficial ou opiniões da SADC ou SARDC.

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado em Inglês, Português e Francês, e estádisponível num formato digital no Portal de Internet www.sardc.net Conhecimento

para o Desenvolvimento, ligado a www.sadc.int

COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃOTonely Ngwenya, Anisha Madanhi

FOTOS E ILUSTRAÇÕESP1 neweralive.com, thisisafrica.com, cobbresearchlab.com, undp.org,

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Um futuro partilhado no seio da Comunidade Regional

H I S T Ó R I A H O J E

1 Dezembro Aniversario do Profeta Comores8 Dezembro Imaculada da Conceição Seychelles9 Dezembro Dia da Independência Tanzânia10 Dezembro Dia Internacional dos Direitos Humanos Namíbia16 Dezembro Dia da Reconciliação África do Sul 22 Dezembro Dia da Unidade Nacional Zimbabwe25 Dezembro Dia do Natal Todos os Países da SADC, excepto Botswana, Malawi, Zâmbia Dia da Família Angola, Moçambique26 Dezembro Dia do Boxe Lesotho, Swazilândia, Tanzânia, Zimbabwe28 Dezembro Dia do Incwala Swazilândia

1 Janeiro Dia do Ano Novo SADC4 Janeiro Dia dos Mártires RDC12 Janeiro Dia da Revolução de Zanzibar Tanzânia15 Janeiro Dia de John Chilembwe Malawi16 Janeiro Dia dos Heróis (Laurent Kabila) RDC17 Janeiro Dia doa Heróis (Patrice Lumumba) RDC21 Janeiro Thaipoosam Cavadee Maurícias

1 Fevereiro Abolição da Escravatura Maurícias 3 Fevereiro Dia dos Heróis Moçambique4 Fevereiro Dia Nacional da Luta Armada Angola5 Fevereiro Festival da Primavera Chinesa Maurícias

TrINTA ANoS se passaram desde a assinatura histórica de umacordo de paz entre Angola, Cuba e África do Sul, que abriu ocaminho para a eventual independência da Namíbia e da África doSul pós-apartheid.

O envolvimento militar do apartheid sul-africano em Angolacomeçou em Agosto de 1975, antes da independência de Angola emNovembro daquele ano.

Desde 1978, a África do Sul fez várias incursões militares emterritório angolano e intensificou-as em 1981 em retaliação à políticade Angola de acolher forças nacionalistas da África do Sul e da vizinhaNamíbia que lutavam pela independência do domínio sul-africano.

O ponto de viragem foi uma batalha massiva no final de 1987/88.Cuito Cuanavale, uma pequena cidade no remoto canto sudeste deAngola, cuja importância estratégica como pista de aterragem e seuuso como base aérea de defesa aérea para o sul de Angola tornou-seo campo de batalha para um teste militar de vontades.

A Força de Defesa da África do Sul mobilizou mais de 9.000soldados, incluindo unidades namibianas, e usou o seu equipamentomilitar mais sofisticado de artilharia de longo alcance, tanques, carrosblindados e cobertura maciça da força aérea.

Em resposta a essa forte concentração militar, tropas cubanasenvolveram-se nos combates no sul de Angola pela primeira vez em11 anos.

Anteriormente, os cubanos faziam apenas guarnição, mantendoinstalações importantes na retaguarda e treinando os soldados dogoverno.

A disputa entre a agressão sul-africana e a capacidade angolana dese defender resultou em graves baixas e perda de equipamentos emambos os lados, mas a cidade fortemente fortificada foi conquistada.Este encontro histórico assinalou o início de sérias negociações,embora os combates continuassem.

As conversações foram realizadas por Cuba e Angola, de um lado,e a África do Sul, de outro, em Londres, em Maio de 1988, mediadaspelos Estados Unidos.

Isto foi seguido de uma reunião entre as duas superpotências, osEUA e a União Soviética, em Lisboa, Portugal, onde um plano de pazdelineava a retirada das forças cubanas e sul-africanas dentro de umano.

Uma série de consultas exploratórias continuaram.A 22 de Dezembro de 1988, Angola, Cuba e África do Sul assinaram

um acordo de paz tripartido em Nova York.Segundo o acordo, o processo de independência da Namíbia

deveria começar a 01 de Abril de 1989.A retirada gradual de cerca de 50 mil soldados cubanos deveria

ocorrer até Julho de 1991; prisioneiros de guerra seriam trocados; euma exigência adicional foi a saída de cerca de 6.000 quadros doCongresso Nacional Africano de Angola.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a formaçãoda Missão de Verificação da ONU em Angola (UNAVEM) paramonitorar a retirada das tropas cubanas.

O acordo delicadamente entrelaçou interesses entre os três partidose encerrou dois conflitos de longa duração: os 13 anos de hostilidadesentre a África do Sul e Angola, apoiados pelas forças cubanas, e umaguerra de 22 anos entre combatentes Organização da liberdade dopovo do Sudoeste Africano (SWAPO) e forças sul-africanas.r

30 Anos Desde a Paz em Cuito Cuanavale

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCDezembro de 2018 – Fevereiro de 2019

30 Anos

jÁ Se passaram 25 anos desde a assinatura histórica de uma Con-stituição provisória que sinalizou o fim do sistema racista deapartheid na África do Sul.

Três anos de negociações levaram a um acordo sobre uma Con-stituição provisória entre o governo da minoria sul-africana, lider-ado pelo Partido Nacional, seu adversário histórico, o CongressoNacional Africano (ANC) e 18 outros partidos a 18 de Novembrode 1993.

A Constituição provisória foi aprovada pelo último Parlamentoracial da África do Sul a 22 de Dezembro de 1993, exactamente cincoanos após o acordo de paz Cuito Cuanavale.

A Constituição provisória entrou em vigor a 27 de Abril de 1994.Foi substituída pela Constituição final a 4 de Fevereiro de 1997 comoa Constituição da República da África do Sul.

A Declaração de Harare do Comitê Ad Hoc sobre a África Aus-tral da então Organização da Unidade Africana, em Agosto de 1989,pôs em marcha a transição democrática da África do Sul.Entre outras coisas, a declaração exigia a formação de um sistemapolítico que proporcionasse a todos os homens e mulheres o direitoe o dever de participar no seu próprio governo como membrosiguais da sociedade.

Negociações formais para uma Constituição provisória sul-africana começaram em Dezembro de 1991 na Convenção para umaÁfrica do Sul Democrática.r

Histórica Constituição provisória sul-africana