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Relatório de Sustentabilidade 2013/2014

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Relatório de Sustentabilidade2013/2014

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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014

3

ÍND

ICE

6 A BIOSEV

24 GOVERNANÇA CORPORATIVA

31 DESEMPENHO ECONÔMICO

39 DESEMPENHO SOCIAL

50 GESTÃO DE PESSOAS

59 GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

71 SUMÁRIO REMISSIVO GRI

75 INFORMAÇÕES CORPORATIVAS

5 Mensagem da administração

12 Reconhecimento15 Sobre o relatório 16 Engajamento e materialidade19 Estratégia e visão de futuro 22 Vantagens competitivas

27 Comportamento ético30 Gestão de riscos

32 Desempenho operacional35 Desempenho financeiro 38 Mercado de capitais

40 Relacionamento com fornecedores 43 Relacionamento com a comunidade47 Clientes e consumidores

51 Força de trabalho 53 Saúde do trabalhador 56 Remuneração e benefícios57 Treinamento e educação

62 Consumo de recursos65 Biodiversidade67 Emissões68 Efluentes e resíduos

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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014

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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃOGRI 1.1, 1.2

Evolução e sustentabilidade resumem o desempenho da Biosev no ano-safra 2013/2014. Somos uma empresa ancorada no conceito de sustentabilidade, no tripé econômico-social-ambiental, e integramos uma indústria com tecnologia genuinamente nacional, sustentável e altamente inclusiva.

Nossa matéria-prima é a cana-de-açúcar, que não consome nada além de carbono, oxigênio e hidrogênio e, em seu processo produtivo, é transformada em alimento, combustível e energia. O setor demanda muita mão de obra e tem proporcionado nos últimos anos uma acelerada qualificação para a operação de sofisticados equipamentos de plantio e colheita que usam GPS e piloto automático.

Apoiados nas características inerentes do negócio, avançamos em todas as dimensões. Este foi o primeiro ano da Biosev como empresa de capital aberto, listada na Bolsa de Valores, em um processo que nos permitiu captar recursos de R$ 700 milhões. Apesar de um ciclo muito desafiador para a indústria, evoluímos de forma importante nos aspectos econômicos.

Atingimos nossa meta e moemos 30 milhões de toneladas de cana, o maior volume dos últimos três anos, e alcançamos receita de R$ 4,3 bilhões, 3% acima da safra anterior. A cogeração de energia para venda foi 15% maior, proporcionando crescimento de 28% na receita líquida desse produto. Para a próxima safra, nossa meta é moer entre 29 e 31,5 milhões de toneladas.

Temos o desafio de ganhos de eficiência. Elaboramos um Plano de Negócios para o período 2014-2018, tendo como principal objetivo atingir geração de caixa livre positiva, de forma sustentável, já a partir da safra 2014/2015. Para isso, reorganizamos as operações em quatro polos agroindustriais, buscando desenvolver o sentimento de dono, de empresariamento

RUI CHAMMASDIRETOR-PRESIDENTE

Temos no Brasil uma plataforma estabelecida e competitiva e vamos priorizar o aumento da produtividade e a eficiência operacional dessa estrutura, ancorados no tripé econômico-social-ambiental.”

A EMPRESA

pleno, em uma mudança de estrutura que descentralizou a tomada de decisões operacionais e tornou a organização mais ágil, com um menor número de níveis hierárquicos e otimização de logística. Decidimos manter os investimentos em plantio, tratos e manutenção industrial nos mesmos patamares das safras passadas, o que permitirá sustentarmos os resultados planejados.

Água é um insumo estratégico em nossa operação. Na safra, realizamos investimentos em tecnologia para recirculação de água e, consequentemente, redução de consumo. Projeto para o aproveitamento máximo do recurso está em andamento, buscando otimizar o volume captado, reduzir perdas no processo e melhorar nossos indicadores ambientais.

Ao analisarmos o cenário setorial e a viabilidade econômica de nossas usinas, optamos pela hibernação de Jardest, em Jardinópolis (SP), cujos ativos biológicos passaram a ser utilizados por outras unidades da região de Ribeirão Preto. Para amenizar o impacto social da decisão, conduzimos todo o processo de maneira cuidadosa, dialogamos com a prefeitura do município e reabsorvemos a maior parte dos colaboradores em outras unidades.

Essa atitude reflete nossa crença de que nossa indústria é inclusiva. Investimos em treinamento de nossos empregados e trabalhamos para elevar o setor da cana-de-açúcar a outro patamar. Também estamos levando mais conhecimento técnico aos nossos fornecedores, por meio do programa Mais Cana. Procuramos manter uma relação de diálogo aberto com as comunidades e dedicamos atenção especial ao programa Liga pela Paz, dedicado a estimular a não violência, o respeito às diferenças e a solidariedade entre crianças e jovens.

Sabemos que ainda temos muitos desafios pela frente: precisamos aprimorar a plena utilização de nossos ativos, sejam biológicos ou industriais e estamos conscientes de que o nosso setor está em plena transformação. Dessa forma, seguimos comprometidos com o desenvolvimento sustentável de nosso negócio e com a criação de valor para todos os nossos públicos de relacionamento.

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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014

6

Companhia é a segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo e atua com 11 unidades industriais localizadas nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil

A B

IOSE

V

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Açúcar

Etanol

Energia

Outros produtos

Segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, a origem da Biosev data de

2000, quando a Usina Cresciumal foi adquirida pelo Grupo Louis Dreyfus Commodities, acionista controlador da companhia. Atua com uma matriz na cidade de São Paulo, 11 unidades agroindustriais distribuídas em quatro polos localizados nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil e um terminal no Porto de Santos (SP). GRI 2.1, 2.6

Gerenciando 340 mil hectares de terras e com capacidade para moer 36,4 milhões de toneladas por ano e gerar 1.346 GWh de energia elétrica proveniente da biomassa, a Biosev possui um portfólio diversificado de produtos comercializados em todo o Brasil e em outros 40 países.

Produz diferentes linhas de açúcar e etanol, além de melaço em pó, levedura e ração para uso animal, que são comercializados com indústrias do setor de alimentos, distribuidoras de combustíveis e empresas comerciais. No mercado interno, comercializa açúcar com as marcas Estrela e Dumel, sendo a Estrela líder do mercado de açúcar cristal na Região Nordeste, de acordo com dados Nielsen. Todas as unidades são autossuficientes em energia, sendo que nove delas produzem energia excedente que é comercializada. GRI 2.2, 2.3, 2.5, 2.7

A companhia encerrou a safra 2013/2014 com 16.124 empregados. No período, a receita líquida totalizou R$ 4,3 bilhões, a geração de caixa, pelo conceito EBITDA, foi de R$ 1,1 bilhão e o lucro bruto atingiu R$ 560,4 milhões. GRI 2.8

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PRINCIPAIS PRODUTOS GRI 2.2

• Açúcar cristal

• Açúcar refinado

• Açúcar líquido (solução de sacarose líquida de alta pureza)

• Açúcar líquido invertido (solução de sacarose, glicose e frutose)

• Açúcar VHP

• Açúcar GC (cristais de sacarose com granulometria controlada)

• Álcool hidratado (combustível com 94,5% de pureza)

• Álcool anidro (combustível com 99,3% de pureza)

• Álcool neutro ou industrial

• Geração a partir do bagaço da cana

• Levedura seca• Melaço em pó (suplemento energético)• Melaço em pó (MBS)• Ração para produção animal

A BIOSEV

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A Biosev tem capacidade anual de processamento de

36,4

milhões

de toneladas de cana-de-açúcar 1

A empresa opera

11 unidades

agroindustriaisem três regiões do País

PRESENÇA DA BIOSEVGRI 2.3, 2.5

Cresciumal – Leme (SP)Continental – Colômbia (SP)Vale do Rosário – Morro Agudo (SP)MB – Morro Agudo (SP)Santa Elisa – Sertãozinho (SP)Jardest – Jardinópolis (SP) (em hibernação)

Lagoa da Prata – Lagoa da Prata (MG) Passa Tempo – Rio Brilhante (MS)Rio Brilhante – Rio Brilhante (MS)Maracaju – Maracaju (MS) Estivas – Arez (RN) Giasa – Pedra do Fogo (PB)

1 Não considera a capacidade da unidade Jardest, que foi colocada em hibernação na safra 2013/2014

A BIOSEV

www.biosev.com08009409199

109

2 365

1

7

12

11

84

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1 A Biosev optou por usar dados atuais, considerando que este relatório foi concluído em dezembro de 20142 A unidade Jardest foi colocada em hibernação na safra 2013/2014 e, por essa razão, os dados consolidados de capacidade instalada não consideram essa usina GRI 2.9, 3.10

Capacity

Flexibilidade máxima em 2013/2014 ProdutosUnidade

Processamentode cana (t)

Armazenamento(mil t)

Tancagem (mil m3)

Energia (MW)

POLO AGROINDUSTRIAL RIBEIRÃO PRETO

Santa Elisa (SEL)SERTÃOZINHO (SP)

6,1 milhões 90 126 58 55,6% etanol e 53,9% açúcar

Açúcar cristal, açúcar líquido, açúcar VHP, álcool anidro, álcool hidratado, álcool neutro, energia, melaço em pó (MBS e suplemento energético), suplemento animal

Vale do Rosário (VRO)MORRO AGUDO (SP)

6,5 milhões 80 120 97 46,3% etanol e 57,8% açúcar

Açúcar VHP, álcool anidro, álcool hidratado, energia

MB (UMB)MORRO AGUDO (SP)

2,8 milhões 73 80 16 62,3% etanol e 51,2% açúcar

Açúcar cristal, açúcar VHP, álcool anidro, álcool hidratado, energia

Continental (CTN)COLÔMBIA (SP)

2,6 milhões 32 39 8 52,7% etanol e 59,3% açúcar

Açúcar VHP, álcool hidratado

Jaboticabal - 47 21 - - -

Jardest (JDT)JARDINÓPOLIS (SP) 2

- 22 40 - - -

POLO AGROINDUSTRIAL LEME/LAGOA DA PRATA

Cresciumal (LEM)LEME (SP)

2,1 milhões 6 48 36 51% etanol e 63,9% açúcar

Açúcar cristal, álcool anidro, álcool hidratado, energia, levedura seca

Lagoa da Prata (LPT)LAGOA DA PRATA (MG)

3,2 milhões 77 87 85 84,1% etanol e 63,2% açúcar

Açúcar cristal, açúcar VHP, álcool anidro, álcool hidratado, energia

POLO AGROINDUSTRIAL MATO GROSSO DO SUL

Passa Tempo (PST)RIO BRILHANTE (MS)

3,3 milhões 49 66 78 66% etanol e 49,7% açúcar

Açúcar cristal, álcool anidro, álcool hidratado

Rio Brilhante (RBR)RIO BRILHANTE (MS)

5 milhões 200 80 90 46,8% etanol e 66,1% açúcar

Álcool anidro, álcool hidratado, energia

Maracaju (MAR)MARACAJU (MS)

1,8 milhão 29 46 12 46,5% etanol e 60,6% açúcar

Açúcar cristal, álcool hidratado

POLO AGROINDUSTRIAL NORDESTE

Estivas (EST)AREZ (RN)

1,8 milhão 49 22 21 24,6% etanol e 78% açúcar

Açúcar cristal, açúcar refinado, açúcar VHP, álcool anidro, álcool hidratado, energia

Giasa (GIA)PEDRA DO FOGO (PB)

1,2 milhão - 54 30 100% etanol Álcool neutro, álcool anidro, álcool hidratado, energia

PERFIL DAS UNIDADES OPERACIONAIS1

A BIOSEV

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A unidade MB, em Morro Agudo (SP), tem capacidade de processamento de

2,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

A BIOSEV

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DESTINO DAS EXPORTAÇÕES

Os produtos sãocomercializados no Brasil e em cerca de outros

40 países

ÁFRICAÁfrica do SulArgélia Angola BeninCamarõesCosta do MarfimEgitoGâmbiaGanaGuinéLibériaMadagascarMarrocosMauritâniaNigériaSenegalSerra LeoaTanzâniaTogoZimbábue

ÁSIABangladeshChinaCoréia do SulFilipinasÍndiaIndonésiaMalásiaVietnãSri LankaUzbequistão

OCEANIAAustráliaIlhas Salomão

AMÉRICA DO NORTECanadá

EUROPABulgáriaCroáciaEspanhaGeórgiaGréciaHolandaItáliaLituâniaMontenegroPolôniaPortugalRomêniaRússiaTurquia

ORIENTE MÉDIOEmirados Árabes UnidosIêmenIrãIsraelJordâniaSíria

A BIOSEV

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RECONHECIMENTOGRI 2.10

No exercício, a Biosev obteve dois reconhecimentos e quatro de suas unidades

receberam certificações:

• As 20 empresas do agronegócio que mais empregam: em 2013, a Biosev foi listada na publicação anual da revista Exame, em que ocupou a 12ª colocação.

• Prêmio Visão da Agroindústria: na edição de 2013 do prêmio, a companhia fez parte do ranking As Maiores e Melhores em Operações de Vendas.

CERTIFICAÇÕES

Certificação/Registro Escopo

Bonsucro EU Production Standard

Santa Elisa: A Bonsucro é uma associação multistakeholder criada com o objetivo de reduzir os impactos ambientais e sociais da produção de cana-de-açúcar, por meio de um padrão que incorpora um conjunto de princípios, critérios e indicadores. A certificação de etanol (anidro, hidratado, neutro) e açúcar (cristal e VHP) abrange a cadeia de custódia, incluindo unidade industrial, fazendas próprias e arrendadas. Em 2013, a certificação foi ampliada até o porto.

RFS2 e LCFS Vale do Rosário, MB, Santa Elisa, Cresciumal e Giasa: A Biosev é uma das poucas empresas do setor que produzem etanol combustível registrado no Programa RFS2 (Renewable Fuel Standard 2 – Padrão de Combustível Renovável), pela Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), para comercialização nos Estados Unidos. São homologadas as usinas Vale do Rosário, MB, Santa Elisa, Cresciumal e Giasa. Para o Estado da Califórnia, a companhia conta com o registro no Programa LCFS (Low Fuel Carbon Standard – Padrão de Combustível de Baixo Carbono), da Câmara de Recursos Atmosféricos da Califórnia (Carb), sendo homologadas as usinas Vale do Rosário, MB, Santa Elisa e Cresciumal.

NBR ISO 9001:2008 Santa Elisa: Produção e venda de açúcar (cristal, líquido, líquido invertido), álcool (anidro, hidratado, extraneutro, refinado, destilado alcoólico) e energia elétrica.

MB: Colheita, carregamento, transporte de cana, produção e venda de açúcar cristal, álcool anidro, álcool hidratado e energia elétrica.

Vale do Rosário: Produção e venda de açúcar cristal, álcool anidro, álcool hidratado e energia elétrica.

NBR ISO 22000:2005 Santa Elisa: Fabricação de açúcar (líquido, líquido invertido e cristal), desde o recebimento da matéria-prima até a expedição dos produtos finais; Fabricação de açúcar cristal desde o recebimento da matéria-prima até a expedição dos produtos finais.

Certificação Kosher Santa Elisa, MB e Vale do Rosário: Produção de açúcar e álcool das unidades atende aos critérios da comunidade judaica.

A Biosev tem capacidade anual de cogeração de

461,1 MW

de energia

A BIOSEV

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PRINCIPAIS INDICADORES GRI 2.8

2011/2012 2012/2013 2013/2014 Var. 12/13 X 13/14 (%)

FINANCEIROS

Receita líquida (R$ milhões) 3.402,9 4.152,2 4.267,5 2,8%

Lucro bruto (R$ milhões) 457,3 390,5 560,4 43,5%

EBITDA ajustado (R$ milhões) 1.134,6 1.286,0 1.147,8 -10,7%

Margem EBITDA ajustada 33,3% 31,0% 26,9% - 4,1 p.p.

Resultado líquido (R$ milhões) (279,5) (619,6) (1.466,8) -

Dívida líquida ajustada (R$ milhões) 3.845 3.660 3.302 -9,8%

PATRIMONIAIS

Ativo total (R$ milhões) 9.717 9.737 9.529 - 2,1%

Patrimônio líquido 2.471 2.457 1.529 - 37,8%

AÇÕES 1

Nº de ações (ON) - - 206.810.613 -

Cotação em 31/3 (R$/ação) - - 8,50 -

Valor de mercado (R$ milhões) - - 1.758 -

Volume financeiro médio diário (R$ mil) - - 472 -

OPERACIONAIS

Moagem (mil toneladas) 27.514 29.533 30.009 1,6%

Própria 17.286 18.515 17.623 -4,8%

Terceiros 10.228 11.018 12.386 12,4%

Utilização da capacidade instalada (%) 68,7% 73,8% 79,2% 1,6%

Produção (mil t ATR Produto) 2 3.636 3.860 3.767 -2,4

Açúcar (mil t) 1.963 2.136 1.723 -19,3%

Etanol (mil m3) 928 952 1.150 20,7%

Mecanização da colheita 89% 93% 94,7% 1,7 p.p.

Cogeração de energia para venda (GWh) 571 619 712 15,0%

SOCIOAMBIENTAIS

Total de colaboradores 15.322 16.450 16.124 -2,0%

Consumo de água/tonelada de cana processada (m3/tc) 1,19 1,34 1,37 2,2%

Consumo de energia indireta (GJ/tc) 3 ND 0,0033 0,0029 - 12,1%

1 As ações da Biosev começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo em 19 de abril de 2013 | 2 ATR = Açúcar Total Recuperável | 3 tc = tonelada de cana

A BIOSEV

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Abertura de capital, com Oferta Pública Inicial de Ações (IPO), passando a negociar papéis no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa

DESTAQUES DA SAFRA 2013/2014

Aumento de 2,8% da receita líquida, que somou

R$ 4,3 bilhões

Moagem de cana de

30 milhões de toneladas, a maior dos últimos três anos

Aumento de 13,2% de eficiência da cogeração, que

atingiu 23,7 kWh/ tonelada moída

Melhoria na utilização de capacidade, que

atingiu 79,2%

Investimentos de:

R$ 417 mil na comunidade

R$ 9,4 milhões em iniciativas ambientais

R$ 13,6 milhõesem saúde e segurança

Alienação do ativo biológico da unidade

industrial São Carlos e descontinuação de sua

atividade GRI 2.9

Redução de R$ 358 milhões no endividamento líquido ajustado

Reestruturação das unidades em quatro polos agroindustriais GRI 2.9

Revisão do Plano de Negócios, que resultou na hibernação da unidade Jardest e realocação de seus ativos biológicos para as usinas próximas

Crescimento de 28% na receita líquida de energia, que atingiu 23,7 kWh/tonelada moída

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SOBRE O RELATÓRIO

A Biosev apresenta pelo terceiro ano seu Relatório de Sustentabilidade com o objetivo

de manter a transparência diante de seus públicos sobre os princípios e compromissos que orientam seus negócios, bem como seu desempenho no exercício. O relatório refere-se à safra 2013/2014, compreendendo o período de 1º de abril de 2013 a 31 de março de 2014.

Para a construção deste documento, a companhia adotou as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), na sua versão G3.1, um padrão global e multissetorial que orienta empresas para o uso de indicadores e princípios para o relato de suas atividades. GRI 3.1

Com 46 indicadores de desempenho, ante 36 no relatório anterior, o documento apresenta informações econômicas, ambientais, sociais e setoriais das 11 usinas em operação na safra 2013/2014, localizadas nas Regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, e de sua controlada Biosev Bioenergia S.A. Os indicadores financeiros seguem os padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) e foram auditados pela Deloitte Touche Tohmatsu. Os dados socioambientais são referenciados em normas trabalhistas brasileiras e nas certificações ISO 9001, ISO 22000 e Bonsucro. GRI 3.6, 3.7, 3.9

Além da Biosev S.A. e de sua controlada Biosev Bioenergia S.A., os indicadores de desempenho econômico incluem os dados das

empresas que fazem parte do grupo: Biosev Bioenergia Internacional S.A.; Biosev Bioenergia Ltda.; Bioenergia Finance International B.V.; Biosev Bioenergia S.A.; Biosev Terminais Portuários e Participações Ltda.; Biosev Passatempo Bioenergia S.A.; Crystalsev Comércio e Representações Ltda.; Sociedade Operadora Portuária de São Paulo Ltda.; Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá Ltda. (Teag); Crystalsev Participações Ltda.; Crystalsev Internacional S.A.; Crystalsev Fomento Ltda.; Crystalsev Serviços de Intermediação de Negócios Ltda.; Crystalsev Bioenergia Ltda.; Indumel – Indústria e Comércio de Melaço Ltda.; e Agrícola e Comercial MB Ltda. GRI 3.8

Dados consolidados de capacidade instalada de 2013/2014 não consideram a unidade Jardest, colocada em hibernação durante a safra. Outras alterações de informações publicadas em relatórios anteriores, como emissões atmosféricas, devem-se a aperfeiçoamento em métodos de medição e são referenciadas ao longo do documento. GRI 3.10, 3.11

NÍVEIS DE APLICAÇÃOA Biosev declara que este relatório cumpre as exigências do Nível B de aplicação das diretrizes GRI G3.1, tendo, para isso, atendido aos requisitos apontados no quadro a seguir:

C C+ B B+ A A+

Perfil da G3.1 Responder aos itens: 1.1; 2.1 a 2.10; 3.1 a 3.8;3.10 a 3.12; 4.1 a 4.4;4.14 a 4.15

Com

ver

ifica

ção

exte

rna

Responder a todos os critérios elencados para o Nível C mais: 1.2; 3.9, 3.13; 4.5 a 4.13;4.16 a 4.17

Com

ver

ifica

ção

exte

rna

O mesmo exigido para o nível B

Com

ver

ifica

ção

exte

rna

Informações sobre a forma de gestão da G3.1

Não exigido Informações sobre a Forma de Gestão para cada Categoria de Indicador

Forma de Gestão divulgada para cada Categoria de Indicador

Indicadores de Desempenho G3.1 & Indicadores de Desempenho do Suplemento Setorial

Responder a um mínimo de 10 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: social, econômico e ambiental.

Responder a um mínimo de 20 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: econômico, ambiental, direitos humanos, práticas trabalhistas, sociedade, responsabilidade pelo produto.

Responder a cada Indicador essencial da G3 e do Suplemento Setorial* com a devida consideração ao Princípio da materialidade de uma das seguintes formas: a) respondendo ao indicador ou b) explicando o motivo da omissão.

*Suplemento setorial em sua versão final

A BIOSEV

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16

ENGAJAMENTO E MATERIALIDADE GRI 3.5, 4.14, 4.15, 4.16

Para a definição do conteúdo deste relatório, a companhia realizou uma atualização indireta dos

aspectos relevantes apontados no ciclo de 2011/2012, quando, com o apoio de consultoria especializada, foi realizado o levantamento de interesses e expectativas dos públicos considerados estratégicos.

Esses públicos foram definidos a partir da análise tanto dos impactos e das influências que eles exercem sobre os negócios da companhia como daqueles decorrentes das atividades da Biosev e compreendem: colaboradores, fornecedores de cana, clientes, acionistas e investidores, comunidades, prefeituras, organizações não governamentais do entorno das operações e imprensa.

A atualização de temas compreendeu consulta a pontos focais internos que se relacionam mais fortemente com as partes interessadas estratégicas. A revisão contempla ainda análise de aspectos abordados prioritariamente por empresas e entidades do setor e estudos sobre as preocupações socioambientais de clientes e instituições financeiras, expressas em seus questionários, sites, políticas e estratégias de relacionamento.

Com isso, houve adequação e foi introduzido um tópico sobre impactos ambientais do negócio. Os temas mais relevantes identificados por esse processo foram validados pela alta administração da companhia. Nem todos os indicadores relativos

TEMAS MAIS RELEVANTES GRI 4.17

1ª materialidadeAtualização da materialidade

Indicadores GRI relacionados

Força de trabalho;

Saúde do trabalhador;

Liberdade de associação;

Respeito à negociação sindical;

Condições da força de trabalho e liberdade de associação.

LA7, LA8, HR5, LA1

Eventuais riscos de ocorrência de trabalho infantil e/ou análogo ao escravo;

Eventuais riscos de ocorrência de trabalho infantil e/ou análogo ao escravo na cadeia de fornecimento.

HR6,HR7

Comunidade local;

Transferência de tecnologia agrícola;

Relacionamento com comunidades vizinhas e tradicionais. Desenvolvimento local

SO1, EC6, EC7, EC9

Mudanças climáticas; Mudanças climáticas e impactos no setor sucroenergético.

EC2

Presença no mercado;

Equilíbrio econômico-financeiro;

Governança Corporativa;

Governança corporativa. EC1, SO7

Alimentos saudáveis;

Rotulagem de produtos e serviços;

Qualidade e responsabilidade sobre os produtos.

PR1, PR2, PR3, FP5, FP8

- Impactos ambientais do negócio (uso da água, produção de energia, biodiversidade, emissões, efluentes e resíduos).

EN3 a EN7

EN8 a EN10

EN11 a EN15

EN16 a EN24

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aos assuntos considerados relevantes estão contemplados neste documento, mas a Biosev assume o compromisso de publicar as informações no próximo relatório.

AÇÕES DE RELACIONAMENTO

As atividades de engajamento com os públicos estratégicos são pontuais, ocorrendo em encontros, reuniões de negócios, seminários, apresentação de resultados, entre outras, e são identificadas mudanças no mercado e nas operações que possam resultar em impactos.

• Acionistas e investidores – Reuniões periódicas, teleconferências trimestrais para apresentação de resultados, participação em eventos, quando são abordados temas relacionados a indicadores operacionais e financeiros.

• Clientes – Comunicação permanente por meio das áreas Comercial e de Qualidade, incluindo visitas técnicas proativas. Para as marcas comercializadas no varejo (Estrela e Dumel), é mantido um serviço de atendimento por meio de telefone 0800. Os tópicos de maior relevância abrangem qualidade de produto, aspectos comerciais e de logística.

• Comunidades, prefeituras, ONGs – É mantida uma área de Responsabilidade Social, Relacionamento com Comunidades e Investimento Social Privado, que entra em contato por meio dos projetos sociais desenvolvidos em conjunto com ONGs, prefeituras e associações comunitárias, assim como por telefone e e-mail, sem periodicidade definida. Os temas recorrentes envolvem proteção, preservação e educação ambiental, capacitação de mão de obra e desenvolvimento social.

• Colaboradores – Contato permanente por meio de intranet, e-mail, reuniões de áreas, envolvendo

aspectos de remuneração, saúde e segurança, treinamento e capacitação.

• Fornecedores – Além de contatos pontuais realizados por meio da área de Originação, há encontros anuais realizados por usina ou polo regionais, quando são discutidos itens relacionados à produção, produtividade e práticas trabalhistas.

• Imprensa – Atividades sem periodicidade definida são realizadas por meio da assessoria de imprensa, por meio do envio de notícias, comunicados, atendimento a demandas e agendamento de entrevistas com executivos, envolvendo temas econômicos, sociais e ambientais.

Atividades com públicos de relacionamento da companhia

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ENTIDADES GRI 4.13

A fim de defender os interesses do setor sucroenergético e contribuir para que as atividades sejam exercidas de forma sustentável, a Biosev participa de entidades representativas, como:

Unica – É a maior organização representativa do setor sucroenergético, na qual a companhia possui assento no conselho e contribui para o desenvolvimento de projetos ambientais, como o Programa Etanol Verde, idealizado para incentivar a produção sustentável de biocombustível a partir da cana-de-açúcar.

Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) – Ao participar da entidade, a Biosev procura acompanhar e apoiar o desenvolvimento do setor sucroenergético e sua interação com a sociedade. Adicionalmente, a associação é responsável pela organização de comitês técnicos, cuja finalidade é desenvolver soluções para o setor.

Sindálcool – Participação no Sindicato da Indústria de Produção do Álcool do Estado da Paraíba.

Siamig – Entidade que reúne a Associação das Indústrias Sucroenergéticas e os sindicatos da Indústria de Fabricação do Álcool e da Indústria do Açúcar de Minas Gerais.

Comitês de Bacias Hidrográficas – Integra as bacias da Paraíba, Litoral Sul e dos Afluentes do Alto São Francisco.

COMPROMISSOS GRI 4.12

A Biosev subscreveu iniciativas alinhadas a avanços no desempenho sustentável de suas atividades, destacando-se:

Protocolo Agroambiental – Todas as unidades da companhia localizadas no Estado de São Paulo são signatárias da iniciativa do governo estadual que visa reconhecer as boas práticas ambientais do setor sucroenergético por meio de um certificado de conformidade, renovado anualmente. Essa iniciativa foi criada a partir de um entendimento entre governo, usinas e fornecedores de cana-de-açúcar sobre os programas RFS2 (Renewable Fuel Standard 2), da Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), e LCFS (Low Fuel Carbon Standard – Padrão de Combustível de Baixo Carbono), da Câmara de Recursos Atmosféricos da Califórnia (Carb), e a necessidade de organizar a atividade agrícola e industrial de modo a promover a adequação ambiental e minimizar, consequentemente, os impactos sobre o meio ambiente e a sociedade. As unidades Santa Elisa, MB, Continental e Vale do Rosário subscreveram o protocolo em 2007 e a unidade Leme, em 2008.

Madeira Legal – O Selo Verde representa a reposição florestal, que é concedida pela Secretaria de Meio Ambiente para empresas que cumprirem adequadamente com a reposição de árvores em volume equivalente ao de produtos ou subprodutos florestais explorados, utilizados ou transformados no último ano. Nas unidades da Biosev, é utilizada madeira de eucalipto para partida e repartida das caldeiras industriais. As unidades Santa Elisa, MB, Continental, Vale do Rosário e Leme mantêm essa prática.

Companhia assumiu compromissos sociais e ambientais

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ESTRATÉGIA E VISÃO DE FUTURO GRI 1.2

A Biosev busca fortalecer sua posição de liderança no setor sucroalcooleiro brasileiro e

internacional, de forma rentável e sustentável, a fim de gerar valor para todos os públicos de relacionamento. A companhia atua de forma verticalmente integrada, participando de todas as etapas de produção, desde o plantio, a colheita e o processamento da cana-de-açúcar até a armazenagem, logística e comercialização da gama de produtos, no mercado brasileiro e internacional.

A organização de ativos em polos agroindustriais, medida adotada na safra 2013/2014, possibilita obter ganhos de escala e reduzir custos com produção, compra e logística da cana-de-açúcar, assegurando a gestão eficiente do desempenho econômico e a criação de valor para todos os públicos de relacionamento.

A atuação se apoia em quatro pilares estratégicos:

OTIMIZAÇÃO DE ATIVOS

Ampliar a produção de cana-de-açúcar própria e a aquisição de cana-de-açúcar por terceiros. Em sua cadeia produtiva, como estímulo aos fornecedores, mantém o Projeto Mais Cana, que visa atrair a parceria de produtores mediante o oferecimento de pacote de benefícios que contempla insumos, transferência de tecnologia, linhas de crédito, entre outros, de forma a proporcionar o

incremento do uso da capacidade instalada nas unidades, maximizando a diluição dos custos fixos de produção e a margem de produtos.

Para reduzir os custos, aumentar a escala e melhorar a eficiência, a companhia procura reforçar as operações dos polos, por meio de:• Investimentos adicionais em

mecanização das atividades agrícolas e em tecnologias agrícolas, industriais e da informação;

• Aperfeiçoamento da estrutura logística (portos, terminais, armazéns e transporte);

• Investimento em tecnologias que permitam maior flexibilidade e otimização do mix de produção de açúcar e etanol, de forma a garantir um equilíbrio sobre as oscilações dos preços de mercado;

• Obtenção dos melhores indicadores de desempenho industriais e agrícolas do mercado;

• Uso de combustíveis complementares, como a palha de cana-de-açúcar, nas unidades industriais com ativos de cogeração de energia elétrica.

CRESCIMENTO POR MEIO DE BROWNFIELDS E COGERAÇÃO

Expandir a capacidade de processamento de cana-de-açúcar em suas unidades, de forma a maximizar o potencial dos ativos instalados. Os projetos de expansão (brownfields) seguem critérios de eficiência operacional e logística para assegurar significativos ganhos de margem, produtividade e escala, bem como aumentar a capacidade de cogeração e exportação de energia elétrica, que deverá receber investimentos em tecnologia.

PILARESFocada em produção de açúcar, álcool e energia elétrica, companhia definiu pontos-chave para assegurar a posição de liderança em um modelo de atuação rentável e sustentável.

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METAS

Meta 2013/2014 Realizado

Meta 2014/2015

Moagem de cana (milhões de toneladas) 28,7 - 30,1 30 29,0-31,5

ATR cana (Kg/t) 125,0 - 131,0 124,9 128,0-134,0

ATR produto (milhões de toneladas) 1 3,6 - 3,9 3,7 3,7-4,21 ATR = Açúcar Total Recuperável

MUDANÇAS ESTRATÉGICASGRI 2.9

A safra 2013/2014 foi marcada por grandes desafios climáticos e macroeconômicos. Para enfrentar esse cenário, a Biosev reorganizou sua estrutura operacional, com a criação de quatro polos agroindustriais

e a diminuição de camadas hierárquicas, o que implicou a

redução de 20% no número de diretores e gerentes.

NOVA ESTRUTURA OPERACIONAL

A reorganização teve como premissa o aumento da competitividade dos ativos já instalados e a elevação da produtividade e eficiência operacional. Para consolidá-la, a Biosev analisou detalhadamente a viabilidade econômica de suas usinas, decidindo pela hibernação da unidade Jardest, em Jardinópolis (SP).

Ficam mantidos o ativo biológico da unidade e o fornecimento de cana de seus parceiros, que na safra 2014/2015 será utilizado por outras unidades da região de Ribeirão Preto, o que elevará a eficiência operacional.

Os primeiros resultados das medidas foram apresentados já no final da safra. Apesar de eventos climáticos desfavoráveis no período, marcado por seca, o volume de moagem totalizou R$ 30 milhões de toneladas, o maior volume dos últimos três anos, e a melhoria da taxa de utilização de capacidade, que atingiu 79,2% – ante 73,8% na safra anterior.

Polo Nordeste: Unidades

Giasa (PB) e Estivas (RN)

Polo Leme-Lagoa:

Unidades Leme (SP) e Lagoa da Prata

(MG)

Polo Ribeirão Preto:

Unidades Santa Elisa (SP), MB (SP), Vale do Rosário (SP) e Continental (SP)

Polo Mato Grosso do Sul:

Unidades Rio Brilhante (MS),

Passa Tempo (MS) e Maracaju (MS)

EXPLORAÇÃO DE PRODUTOS E MERCADOS

Aproveitar a flexibilidade no mix de produção de açúcar e etanol e suas diversas formas, o acesso ao mercado internacional, as marcas fortes da companhia e os canais de comercialização abrangentes para garantir agilidade e flexibilidade em três dimensões: 1) produto e sua qualidade; 2) mercado da comercialização; e 3) momento certo da concretização da operação. Além disso, a Biosev se prepara para possíveis oportunidades, como:

• Exportação de açúcar e etanol em médio e longo prazos, em razão da liberação das restrições ao comércio e importação que atualmente limitam o acesso a alguns grandes mercados;

• Crescimento da demanda por etanol combustível no Brasil;

• A atual tendência em diversos países de buscar fontes de energia renováveis e menos poluentes, tais como o etanol limpo;

• Crescimento da demanda de etanol para outros fins, como produção de bioplásticos, bebidas e indústrias farmacêuticas e de cosméticos.

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INTELIGÊNCIA AGRÍCOLAA safra 2013/2014 teve como premissa o aumento da competitividade dos ativos já instalados, a introdução de um novo perfil varietal mais adequado para explorar o potencial de sacarose, menor incidência de doenças e melhoria da produtividade e eficiência operacional.

Para garantir o aprimoramento de processos que envolvem tecnologia, a Biosev mantém parcerias com instituições como o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a Ridesa Agro e o Instituto Agronômico Campinas (IAC). O CTC e o IAC, por exemplo, possuem um programa de melhoramento para diferentes ambientes de produção, sendo observado o desempenho de variedades em todas as unidades da Biosev.

Por meio de um convênio de cooperação técnica com essas instituições, a Biosev participa ativamente do desenvolvimento de novos cultivares, fornecendo suporte técnico e áreas de plantio com o propósito de selecionar as variedades com os melhores desempenhos. Após a etapa de seleção, visando obter o máximo potencial produtivo, os materiais finais são distribuídos conforme suas características específicas para as unidades da Biosev.

TECNOLOGIA DE PLANTIO

Desde 2011, a companhia adota a prática do plantio alternado, com um espaçamento entre as linhas de cana que visa à otimização das atividades e o aumento de produção. Com esse recurso, duas linhas de cana são plantadas a 90 centímetros de distância uma da outra, com espaçamento da entrelinha de 1,6 metro. O plantio tradicional mantém distância uniforme de 1,5 metro a cada linha. Com isso, a área de plantio passa de 6,7 mil para 8 mil metros lineares por hectare, o que proporciona aumento da produção na mesma área.

O plantio alternado usa equipamentos que operam com piloto automático. Na safra, esse sistema foi implantado em 100% do plantio no Polo MS e iniciado nos Polos Ribeirão Preto e Leme/Lagoa da Prata. No Polo MS teve ainda início o mapeamento de soqueira para colheita da próxima safra.

O piloto automático permite um plantio com alta qualidade no paralelismo e espaçamento das linhas de cana, resultando no maior aproveitamento da área. As linhas de cana são georreferenciadas e armazenadas para posterior utilização nas demais operações agrícolas, que são diretamente beneficiadas. O nivelamento de sulcos e cultivo, por exemplo, é realizado sem danos ou até mesmo arranque da soqueira. Já na colheita, há redução de perdas de matéria-prima e pisoteio da soqueira. Os principais objetivos do piloto automático são:

1) redução do pisoteio na fileira, evitando a redução da produtividade nos cortes subsequentes e proporcionando maior longevidade do canavial;

2) redução de perdas de matéria-prima, pois a colhedora fica centralizada na linha da cultura;

3) aproveitamento integral da área cultivada em razão do correto paralelismo e da uniformidade entre fileiras.

COMPUTADOR DE BORDOHoje todas as colhedoras são monitoradas a distância, por computador de bordo, o que também resulta em maior produtividade.

MELHORIA GENÉTICAA variedade pode resultar na alavancagem da produtividade, em função do material genético que apresenta. Para a próxima safra, a Biosev deve obter variedades competitivas no mercado, provenientes de um tratamento adequado para uma lavoura de alto padrão, livre de doenças.

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VANTAGENS COMPETITIVAS

Em seus quase 15 anos de história, a Biosev construiu diferenciais, que colaboram para o seu

crescimento.

Localização estratégica – Os ativos da Biosev são divididos em quatro polos (São Paulo-Sul, São Paulo-Norte, Mato Grosso do Sul e Nordeste) estrategicamente localizados em regiões com condições climáticas favoráveis à produção de cana-de-açúcar, o que garante a mitigação de riscos relacionados a clima, geração de fluxo de caixa e otimização da logística. A divisão em polos, baseada na proximidade entre as unidades da companhia, também permite obter ganhos de escala, otimizar a administração de estoques e a divisão de mão de obra especializada, aperfeiçoar a distribuição de matéria-prima, reduzir custos de transporte e condições mais favoráveis para aquisição de cana-de-açúcar, entre outros benefícios.

Eficiência operacional, agrícola e industrial – A companhia conta com uma plataforma de produção integrada e flexível, que inclui desde o plantio da cana-de-açúcar até a venda de açúcar no varejo. Em razão das peculiaridades regionais, esse modelo permite:

• Incorporar as margens de rentabilidade normalmente associadas à produção agrícola de cana-de-açúcar;

• Minimizar o risco de insuficiência de matéria-prima e garantir maior qualidade nesses insumos, uma vez que conta com recursos tecnológicos de difícil acesso a pequenas empresas e produtores;

• Compartilhar os riscos de produção e de preços com os fornecedores de cana-de-açúcar.

Além disso, as atividades agrícolas da companhia contam com alto grau de mecanização – desde o plantio (63,5%) até tratos culturais (100%) e colheita (84%), fruto dos investimentos que resultam na redução de custos de produção e da dependência de mão de obra. O índice de mecanização da colheita própria, por exemplo, atingiu 94,7% no fechamento da safra 2013/2014, 1,7 ponto percentual superior à safra 2012/2013.

Alta capacidade de processamento – A média mensal de capacidade de processamento da Biosev ultrapassa o total de 3 milhões de toneladas, o que contribui para a diluição dos custos fixos. Adicionalmente, com alta flexibilidade de mix de produção nas unidades é possível ajustar a produção de acordo com as margens de cada produto, em função das oportunidades de mercado. Outros fatores são a estrutura de armazenagem, com capacidade para estocagem de 754 mil toneladas de açúcar e 829 mil metros cúbicos de etanol – o que permite controlar a oferta de produtos no mercado e o melhor momento para a sua venda – e a joint venture no Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá (Teag), que propicia o escoamento da produção para o mercado externo a custos competitivos.

Produtos com valor agregado e acesso a mercados rentáveis – Além do açúcar VHP (produto bruto para exportação) e do etanol combustível, a Biosev também produz açúcar cristal, açúcar GC (cristais de sacarose com granulometria controlada), açúcar líquido, açúcar líquido invertido,

DIFERENCIAISUm conjunto de atributos confere à companhia capacidade de atuar de forma mais competitiva no mercado, diferenciando-se de concorrentes e assegurando o crescimento sustentável dos negócios.

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INVESTIMENTOS (R$ MILHÕES)

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Expansão 173 189 54

Manutenção 1.163 1.156 1.152

TOTAL 1.336 1.345 1.206

açúcar refinado, etanol industrial e etanol neutro, que contribuem para a ampliação da base de clientes. No mercado doméstico de açúcar, são comercializados produtos com as marcas próprias Estrela e Dumel. Já no mercado de etanol, possui registro para comercializar o produto nos Estados Unidos. Na cogeração de energia, mantém contratos de compra e venda com preços atrativos que contribuem para o desempenho financeiro.

Integração com o Grupo Louis Dreyfus Commodities – O Grupo tem mais de 160 anos de história no mercado global de commodities e sucroalcooleiro no Brasil. Além de ser um dos principais clientes da companhia, responsável pela compra de parte do açúcar direcionado ao mercado externo, o Grupo proporciona à Biosev acesso a informações sobre oferta e demanda de açúcar que auxiliam no planejamento comercial e na política de gestão de riscos financeiros e de mercado.

Capacidade de crescimento – Desde 2000, a Biosev adquiriu 13 unidades industriais, pertencentes a cinco grupos, com presença em diferentes regiões do País, o que garante uma posição mais vantajosa em um setor ainda consideravelmente fragmentado. Atualmente, 11 unidades estão em operação – São Carlos, em Jaboticabal (SP), foi desativada em 2012, e a unidade Jardest, em Jardinópolis (SP), entrou em hibernação em 2013. As aquisições, somadas ao crescimento orgânico das unidades, proporcionaram a posição atual de maior competidor global do setor, de acordo com o Anuário da Cana 2012, com um salto em capacidade industrial de processamento de 900 mil toneladas/ano em 2000 para 36,4 milhões de toneladas/ano em 31 de março de 2014.

INVESTIMENTOSA Biosev construiu uma plataforma competitiva de ativos ao longo dos últimos anos, resultado de um ciclo de expansão de investimentos realizado com disciplina de capital. A partir dessa plataforma, a Biosev projetará o seu crescimento baseado em aumento de produtividade e eficiência. Nesse contexto, a companhia seguirá mantendo os investimentos em plantio, tratos e manutenção industrial em linha com as safras anteriores, reduzindo de forma importante os investimentos em expansão.

Os investimentos na safra encerrada 13/14 totalizaram R$ 1,2 bilhão, redução de 10,3% em relação à safra anterior. O principal fator na redução do montante de investimento entre os períodos foi a redução dos gastos com expansão, devido à conclusão do projeto de cogeração de Passa Tempo (MS), que entrou em operação em maio de 2013. Como consequência, a capacidade de cogeração da empresa passou de 973 GWh, em 2010, para os atuais 1.346 GWh.

Produtos de valor agregado e acesso a mercados rentáveis

A BIOSEV

INVESTIMENTOS(R$ MIL)

1.336

2011/2012

1.345

2012/2013

1.206

2013/2014

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Listada no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), a companhia adota práticas diferenciadas de governança corporativa e assegura direitos iguais a todos os seus acionistas

GO

VER

NA

A

CO

RPO

RATI

VA

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Com base nas melhores práticas de governança, os negócios são conduzidos por um Conselho

de Administração e uma Diretoria-Executiva. O Estatuto Social prevê um Conselho Fiscal de caráter não permanente, responsável por fiscalizar as atividades da administração e analisar as demonstrações financeiras. Atualmente, a empresa não possui um Conselho Fiscal instalado. GRI 4.1

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Estatuto Social define que o Conselho de Administração, o mais alto órgão de governança da companhia, é responsável por estabelecer políticas e diretrizes gerais do negócio, incluindo a estratégia de longo prazo, o controle e a fiscalização do desempenho da companhia, assim como pela supervisão da gestão e aderência a normas e regulamentos.

As reuniões do Conselho ocorrem pelo menos uma vez a cada trimestre, para a análise de aspectos relacionados a desempenho econômico, social e ambiental. A Diretoria-Executiva, nomeada pelo Conselho, supervisiona os riscos incorridos e a conformidade a normas internas, leis e regulamentos externos, assim como a condução dos negócios na busca do melhor desempenho econômico, ambiental e social. GRI 4.9

O Conselho é composto por nove membros, sendo quatro independentes e nenhum executivo, e eleito em Assembleia Geral, com mandato unificado de dois anos, sendo permitida a reeleição. O conceito de independente é o mesmo adotado pelo regulamento do Novo Mercado da BM&FBovespa, caracterizando-se especialmente por

não manter qualquer vínculo com a companhia, exceto participação de capital. Todos são homens, brancos, sendo 44,5% com idade entre 30 e 50 anos e 55,5% com mais de 50 anos. O presidente do Conselho não exerce função de Diretoria, mas é executivo do grupo controlador. GRI 4.3, LA13, 4.2

Três comitês atuam no apoio ao Conselho de Administração: GRI 4.1

Comitê Estratégico – É responsável por revisar propostas de orçamento e seus ajustes, o plano de negócios, a política de gestão de riscos, projetos de investimentos relevantes, projetos de fusões e aquisições, formação de joint ventures e associações que envolvam a companhia, suas subsidiárias e sociedades controladas.

Comitê de Auditoria – Revisa as demonstrações financeiras; analisa a Política de Transações entre Partes Relacionadas e sugere ao CA possíveis adequações acerca de transações; revisa a proposta de honorários de contratação do auditor independente e as políticas e práticas de compliance adotadas pela companhia; analisa risco de fraudes e atende a atribuições eventualmente determinadas pelo presidente do CA.

Comitê de Recursos Humanos – É responsável por revisar as políticas

Conselho é responsável por controlar e fiscalizar o desempenho da companhia

GOVERNANÇA CORPORATIVA

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e os planos de remuneração e benefícios dos colaboradores, inclusive dos administradores, e por buscar informações sobre as condições de mercado de remuneração e recomendar modificações acerca dessas políticas.

DIRETORIA

Responsável por coordenar e supervisionar as atividades da Companhia, a Diretoria era composta por 16 membros no encerramento da safra 2013/2014, sendo cinco deles da Diretoria Estatutária. Dos 16 diretores, 2 (12,5%) são mulheres. Todos são brancos e 56,2% têm idade entre 30 e 50 anos e 43,8% mais de 50 anos. Na Diretoria Estatutária, 100% dos integrantes têm entre 30 e 50 anos. Cumprem mandato de um ano e possuem a experiência necessária para gerir a Biosev e executar sua estratégia. GRI LA13

COMUNICAÇÃO GRI 4.4

A Assembleia Geral Ordinária é o principal canal de comunicação para que os acionistas deliberem sobre os assuntos da companhia, tendo como tema prioritário o seu desempenho econômico-financeiro. Convocada pelo presidente do Conselho de Administração ou pelos acionistas, ocorre ordinariamente uma vez ao ano, no prazo de quatro meses após o encerramento do exercício social e, extraordinariamente, sempre que exigido, de acordo com os interesses da companhia.

A área de Relações com Investidores também propicia comunicação indireta com o Conselho de Administração, por meio de e-mail e telefone, e os acionistas e/ou seus representantes têm acesso aos comitês administrativos da companhia.

Está em processo de revisão o funcionamento de Comissões Internas de Colaboradores (CIC), criadas com o objetivo de sanar dúvidas em relação a questões de recursos humanos, segurança, prestadores de serviços,

qualidade, etc., bem como ouvir sugestões e reclamações. As informações posteriormente são direcionadas à administração para análise e adoção de eventuais providências. Na safra 2013/2014, essas comissões não se reuniram nas unidades do Nordeste e em Santa Elisa.

REMUNERAÇÃO GRI 4.5

As políticas de remuneração para os diretores e Conselho de Administração visam essencialmente atrair, motivar e reter profissionais de alta competência, com experiência e capacidade para criar e implementar as estratégias do negócio, gerar valor aos acionistas e promover resultados baseados em crescimento sustentável de curto, médio e longo prazos.

A remuneração total dos diretores é composta por remuneração fixa e variável. A referência para análise de valores é pesquisa de mercado efetuada por consultoria independente. A remuneração variável é dividida em remuneração de curto (50%) e longo prazo (50%), considerando o desempenho e a estratégia de crescimento sustentável do negócio.

Para garantir o alinhamento e a consistência dos resultados de longo prazo, a Biosev utiliza o modelo de remuneração variável de longo prazo diferida, com carência de quatro anos para o resgate total dos valores (4 X 25%), alinhado ao crescimento do negócio em cada ano de atuação.

CONFLITOS DE INTERESSE GRI 4.6

A Biosev adota regras e práticas para a identificação e gestão de conflitos de interesse previstas na Lei das Sociedades por Ações e no regulamento do Novo Mercado da BM&FBovespa. Além disso, há a Política de Transações com Partes Relacionadas, revista e aprovada em setembro de 2013, que estabelece regras para a contratação de transações dessa natureza, de forma a preservar e proteger os interesses da empresa.

ALINHAMENTORemuneração variável dos diretores é vinculada ao desempenho, à sustentabilidade e à estratégia de crescimento do negócio

GOVERNANÇA CORPORATIVA

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COMPORTAMENTO ÉTICOGRI 4.4, 4.8

Para desenvolver seu negócio, a Biosev se apoia em quatro valores: comprometimento,

empreendedorismo, humildade e diversidade. Eles são divulgados na integração de novos colaboradores, nos veículos de comunicação da empresa (murais, intranet e rádio Conexão Cana) e em comunicações visuais na matriz e nas unidades.

COMPROMETIMENTO

Construímos relações com base na confiança, por meio de uma conduta ética pessoal consistente. Temos satisfação em servir bem os nossos parceiros, em desenvolver as pessoas e em oferecer resultados superiores aos nossos acionistas. Temos determinação inabalável para alcançar a excelência em tudo o que fazemos, respeitando a lei e as comunidades nas localidades.

EMPREENDEDORISMO

Somos empreendedores. Tomamos decisões rápidas e claras no limite da nossa autoridade e usamos argumentos embasados para assumir riscos mensurados e controlados. Agimos com iniciativa e criatividade, porque temos um comportamento repleto de energia e entusiasmo.

HUMILDADE

O ciclo não é eterno. Criamos e incentivamos uma cultura de confiança para gerar crescimento e estabilidade no longo prazo. Aprendemos por meio de questionamentos e críticas construtivas. Ainda que reconheçamos que a maneira de fazer as coisas possa ser boa, esforçamo-nos constantemente para aprender uns com os outros e encontrar melhores soluções.

DIVERSIDADE

Respeitamos cada indivíduo. Respeitamos as várias abordagens para a resolução de problemas e a comunicação honesta entre colaboradores de diversas regiões, culturas e atividades, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades onde atuamos.

Valores sólidos para a sustentabilidade do negócio

VALORES GRI 4.8

GOVERNANÇA CORPORATIVA

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CONDUTACom o objetivo de nortear seu negócio em linha com fatores ambientais, econômicos e sociais, a Biosev possui políticas internas que seguem as seguintes premissas:

• Todos os acidentes e prejuízos aos colaboradores, terceiros, visitantes, instalações e ao meio ambiente podem ser evitados e cabe à companhia adotar as devidas providências para mitigá-los;

• Cada membro da empresa deve estar dedicado a realizar quaisquer atividades de forma a estimular atitudes e práticas corretas, preocupando-se ao máximo com a segurança e a saúde das pessoas, bem como com o meio ambiente;

• Todos devem participar ativamente dos programas de segurança, das auditorias e inspeções, e buscar atender ou superar todas as normas e regulamentações aplicáveis à segurança, à saúde e ao meio ambiente;

• Reduzir os impactos ambientais das atividades, tomando medidas para prevenir a poluição e promover a sustentabilidade dos recursos naturais utilizados;

• Fabricar produtos de forma competitiva de acordo com os padrões de qualidade, de segurança do alimento e dos requisitos legais aplicáveis;

• Monitorar e promover a melhoria contínua do sistema de Gestão da Qualidade e Segurança do Alimento, necessária ao desenvolvimento dos negócios;

• Proporcionar qualidade das relações, estimulando a comunicação, a participação e o desenvolvimento dos colaboradores.

Fabricação de produtos com padrões de qualidade e segurança dos alimentos

GOVERNANÇA CORPORATIVA

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COLABORADORES TREINADOS NO CÓDIGO DE CONDUTA GRI SO3

2011/2012 2012/2013 2013/2014

EMPREGADOS NÃO GESTORES

Nº de empregados treinados 14.249 16.328 15.997

Percentual sobre o total de empregados 94,68% 100% 100%

EMPREGADOS GESTORES

Nº de empregados treinados 1.483 121 127

Percentual sobre o total de empregados 83,36% 100% 100%

COMBATE À CORRUPÇÃO GRI SO3, SO4

Práticas anticompetitivas ou que envolvam corrupção não são toleradas pela Biosev. Além de constar no Código de Conduta, o tema é tratado por meio de mecanismos de prevenção.

Há uma matriz de riscos na Auditoria Interna, a fim de garantir que todos os processos e unidades verificáveis sejam auditados pelo menos uma vez a cada cinco anos. Na safra 2013/2014, 100% das unidades de negócios e operação foram avaliadas em relação a riscos de corrupção. O resultado das auditorias é encaminhado ao Comitê Executivo e ao Comitê de Auditoria do Grupo Louis Dreyfus, que poderão adotar providências para reduzir ou eliminar riscos de corrupção, além de realizar melhorias. GRI SO2

A Auditoria Interna também é responsável pelo recebimento de denúncias referentes a desvios éticos, incluindo casos de corrupção, que são apurados e podem resultar em medidas e penalidades aos envolvidos, como rompimento do contrato e/ou demissão. Além de receberem treinamento sobre ética na integração, durante a abordagem do Código de Conduta da empresa, todos os colaboradores contratados são retreinados anualmente sobre o tema após o retorno das férias. No ano-safra, não houve casos de corrupção registrados.

CANAIS DE COMUNICAÇÃONo ano-safra 2013/2014, a Biosev ampliou seus canais de comunicação por meio da consolidação de um 0800 (número 0800 9409-199) para atender a sugestões, opiniões, críticas e dúvidas sobre a companhia. O foco recai sobre assuntos de saúde, segurança de consumidores, trabalhadores e comunidades, meio ambiente, responsabilidade social e clientes. O serviço é terceirizado e o sistema é automatizado, com atendimento das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira.

Um Código de Conduta estabelece princípios e normas que norteiam as atitudes diárias e a postura pessoal de conselheiros de administração, diretores e demais colaboradores. O Código de Conduta e o conjunto de normas internas constituem parte fundamental da governança da companhia, e a Diretoria-Executiva estabelece processos internos, comitês e quadros funcionais a fim de assegurar o seu cumprimento.

O documento institui diretrizes para conduta ética, assim como normas, limites e condições específicas que visam prevenir o risco de corrupção. O texto aborda temas como discriminação, assédio moral ou sexual, segurança no trabalho, conflito de interesse, trabalho infantil ou análogo ao escravo e questões indígenas.

O conteúdo está disponível no site institucional e de Relações com Investidores e na intranet, sendo que todos os novos colaboradores recebem o Código no momento da integração, tomando conhecimento dos temas nele descritos.

Para as denúncias relacionadas ao descumprimento dos princípios do Código, a empresa conta com um canal de comunicação específico, o Linha Ética. Todos os casos recebidos são registrados e apresentados ao Comitê de Auditoria, que, após análise da Auditoria Interna, define as medidas cabíveis e eventuais penalidades.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

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GESTÃO DE RISCOSGRI 1.2

Para identificar e monitorar continuamente os fatores de riscos aos quais está exposta

e que podem afetar diretamente a sustentabilidade do negócio, a Biosev possui um sistema de gestão integrado. Nele é definida a aplicação de técnicas de análise de aspectos/impactos de todas as atividades da companhia e, por meio do cruzamento de dados de probabilidade versus consequência (matriz de risco), bem como a análise de dados históricos e discussões em comitês multidisciplinares, é possível avaliar os impactos de processos ou produtos.

O Conselho de Administração aprovou, em setembro de 2013, uma Política Financeira e de Gestão de Riscos que estabelece parâmetros prudentes e orientações transparentes para todos os públicos de relacionamento da companhia. Determina, por exemplo, como objetivo de médio prazo, atingir limites de alavancagem, com dívida líquida de no máximo 2,5 vezes o EBITDA ajustado; e índice de liquidez corrente no mínimo de 1,1. Define também diretrizes mínimas de estrutura de dívida, gestão de riscos cambiais e de preços. A política pode ser consultada na Central de Downloads da página de RI (Relações com Investidores) na internet (www.biosev.com/ri).

Nos aspectos ambientais, a companhia utiliza o princípio da precaução, segundo o qual, quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis,

a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. Comitês de sustentabilidade monitoram o consumo de água, de emissões atmosféricas, de áreas de preservação permanente e em recuperação. Para cada um desses aspectos são adotadas medidas de redução de impactos. As iniciativas incluem estudos para otimizar o transporte de matéria-prima e produtos consumidos. GRI 4.11

Por meio do Departamento de Gestão de Riscos e Compliance, subordinado à Diretoria Financeira, são realizados o cálculo, a mensuração, a análise, a mitigação e o monitoramento de exposição aos fatores de risco, o que permite a tomada de ações corretivas. Esse processo é amparado pelos seguintes programas:

Programa Nice – Visa garantir a confiabilidade na preparação das demonstrações financeiras e assegurar o atendimento aos requerimentos da Instrução CVM Nº 480, de 7 de dezembro de 2009, aplicável às empresas de capital aberto na BM&FBovespa.

Projeto Axia – Tem como intuito unificar a gestão orçamentária, com a redefinição de seus processos e de projeção de resultados da companhia, por meio da participação das áreas operacionais com o processamento de dados SAP/BPC.

SOB CONTROLESistema integrado de gestão de riscos permite monitorar os principais fatores que podem ter impacto sobre o desempenho dos negócios e decidir por ações corretivas e de mitigação.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

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Com a moagem de 30 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o maior volume dos últimos anos, a companhia registrou 79% de utilização de capacidade de suas usinas na safra 2013/2014

DES

EMPE

NH

O

ECO

MIC

O

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DESEMPENHO OPERACIONAL

A moagem na safra 2013/2014 atingiu 30 milhões de toneladas, o maior volume dos últimos

três anos. A parcela de cana própria foi de 58,7% ante 62,7% na safra anterior. Essa variação decorreu principalmente da venda do ativo biológico da Usina São Carlos, ocorrida em 2013, o que implicou a conversão de cerca de 900 mil toneladas de cana própria em cana de terceiros, e na consequente redução do percentual de cana própria. Adicionalmente, o impacto na geada no Mato Grosso do Sul, que afetou majoritariamente os canaviais próprios, também contribuiu para esse mix.

A Biosev prosseguiu com a melhoria da sua eficiência operacional e a taxa de utilização de capacidade evoluiu de 73,8% para 79,2% entre as safras. Destaque para o polo de Ribeirão Preto, onde a taxa de utilização alcançou 87,4%. O resultado reflete a melhoria de produtividade nos canaviais próprios combinada ao aumento do fornecimento de cana de terceiros.

O índice de mecanização da colheita própria atingiu 94,7% no fechamento da safra 2013/2014, 1,7 ponto percentual superior à safra 2012/2013, resultado dos investimentos realizados ao longo dos últimos anos visando ao aumento da tecnologia na colheita.

Colheita mecanizada: índice de 94,7% em áreas próprias

DESEMPENHO ECONÔMICO

MOAGEM DE CANA

2011/2012

2012/2013

2013/2014

27.51429.533 30.009

Moagem (mil toneladas)Capacidade utilizada (%)

68,7%73,8%

79,2%

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PRODUTIVIDADE

A produtividade dos canaviais medida pelo índice Tonelada de Cana por Hectare (TCH) se manteve em linha com a da safra 2012/2013, atingindo 71,0 t/ha, em desempenho fortemente impactado pelas geadas ocorridas no Polo Agroindustrial do Mato Grosso do Sul durante o segundo trimestre.

O aumento de produtividade dos canaviais da região de Ribeirão Preto contribuiu para a manutenção do TCH em bases consolidadas nos mesmos patamares da safra passada, mesmo com a ocorrência da geada. Esse desempenho deve-se principalmente à utilização da tecnologia de plantio com espaçamento duplo alternado e à evolução no manejo da lavoura, com adequação da idade do canavial, varietais (tipos de cana) e planejamento da colheita (mais informações em Inteligência Agrícola). O TCH aumentou 6,6%, de 78,1 t/ha para 83,3 t/ha, no Polo Agroindustrial de Ribeirão Preto.

O teor de Açúcar Total Recuperável (ATR) diminuiu 6,1% em relação à safra 12/13, em 124,9 kg/t. Essa variação é resultante principalmente das condições climáticas adversas, com destaque para a geada no Polo do MS.

PRODUÇÃO

A produção em toneladas de ATR produto foi de 3,7 milhões de toneladas, redução de 2,4% em relação à safra 12/13, reflexo principalmente da queda do teor de ATR Cana em 6,1%. Essa queda foi parcialmente compensada pelo aumento da moagem em 1,6% e pelo aumento da eficiência no processo industrial. O mix da safra foi equilibrado, com 51% da produção direcionada ao açúcar, ante 61% na safra anterior. Esse resultado reflete a flexibilidade operacional da Biosev, o que se constitui em uma importante vantagem competitiva.

Eficiência na capacidade operacional

DESEMPENHO ECONÔMICO

1.963

2011/2012

2.136

2012/2013

1.723

2013/2014

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR (MIL T)

PRODUÇÃO DE ETANOL (MIL m3)

928

2011/2012

952

2012/2013

1.150

2013/2014

TONELADAS DE CANA POR HECTARE (TCH)

69,0

2011/2012

71,1

2012/2013

71,0

2013/2014

AÇÚCAR TOTAL RECUPERÁVEL (ATR)

132,7

2011/2012

133,0

2012/2013

124,9

2013/2014

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Energia sustentável com cogeraçãoO bagaço de cana-de-açúcar, que é o resíduo resultante do processo de moagem, move as 11 usinas da Biosev, que não necessitam comprar energia para seu processo industrial. Em nove dessas unidades, a tecnologia de cogeração produz mais energia do que elas precisam para funcionar. Assim, elas exportam esse “excesso” para o Sistema Interligado Nacional, responsável pela produção e transmissão de energia elétrica para todo o Brasil.

A cogeração destinada à venda aumentou 15,0% na safra 2013/2014, atingindo 712 GWh, resultado da maior disponibilidade de energia para venda, decorrente dos investimentos em capacidade adicional de exportação nas usinas Lagoa da Prata (LPT), concluída em julho 2012, e Passa Tempo (PTP), concluída em maio de 2013, e também do aumento da produtividade nas unidades de cogeração. A produtividade aumentou 13,2%, passando de 21,0 kWh/t de cana moída para 23,7 kWh/t, como resultado de entrada em operação das novas unidades, que dispõem de caldeiras a vapor com nova tecnologia.

Ao deixar de utilizar combustíveis de fontes não renováveis, como petróleo, carvão e gás natural, a Biosev garante um processo autossustentável, econômico do ponto de vista financeiro e amigável ao meio ambiente, já que a energia gerada não é poluente. Outra vantagem é que a cogeração contribui com algumas regiões onde a Biosev atua: quando não está chovendo e as hidrelétricas estão com pouca água, a energia produzida supre a necessidade da população.

Energia limpa: 9 das 11 usinas são autossuficientes

DESEMPENHO ECONÔMICO

ENERGIA EXCEDENTE VENDIDA (GWH)

571

2011/2012

619

2012/2013

712

2013/2014

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DESEMPENHO FINANCEIRO EC1, EC2

RECEITA LÍQUIDA

A receita líquida totalizou R$ 4,3 bilhões na safra 2013/2014, 2,8% superior ao registrado na safra

2012/2013. O desempenho é resultado do aumento do volume de vendas do etanol e da receita de cogeração, que evoluiu 28% comparativamente à safra anterior.

Açúcar – A receita líquida foi de R$ 2,2 bilhões, queda de 7,7% em relação à safra anterior. Essa redução está diretamente ligada à mudança do mix, com produção mais orientada ao etanol. O preço médio de açúcar da Biosev na safra 2013/2014 foi 1,2% superior. A apreciação do dólar médio em cerca de 8% compensou a queda de aproximadamente 20% dos preços médios no mercado internacional.

Etanol – A receita líquida foi de R$1,7 bilhão, acréscimo de 11,1% em relação à safra 2012/2013. Esse aumento é decorrente do direcionamento para a produção de etanol em razão da maior rentabilidade observada no mercado doméstico. Os preços médios evoluíram 6,7%, com destaque para o aumento de 9,9% no mercado interno. A demanda cerca de 10% maior por etanol anidro no mercado interno também contribuiu para o aumento da receita.

Energia – A receita líquida com a venda de energia excedente foi de R$ 243

milhões. Esse aumento de 28% sobre a safra anterior é decorrente de: (i) maior volume de energia cogerada pela entrada em operação da usina de Passa Tempo; (ii) cogeração adicional de energia por meio de biomassa adquirida no mercado; (iii) maiores preços de energia no mercado spot, que atingiram o teto de R$ 823/MWh.

Outros produtos – A receita foi de R$ 138 milhões, 141,5% superior à obtida na safra passada. Na linha de Outros Produtos, são contabilizadas as receitas com levedura seca, melaço em pó, bagaço cru e hidrolisado para ração animal, entre outras.

RECEITA LÍQUIDA (R$ MILHÕES)

RECEITA LÍQUIDA POR PRODUTOSAFRA 2013/2014

RECEITA POR TIPO DE AÇÚCAR SAFRA 2013/2014

RECEITA LÍQUIDA POR MERCADOSAFRA 2013/2014

RECEITA POR TIPO DE ETANOLSAFRA 2013/2014

Açúcar 52,0%

Etanol 39,1%

Energia 5,7%

Outros 3,2%

VHP 75,2%

Cristal 20,3%

Refinado 4,5%

Externo 56,0%

Interno 44,0%

Anidro 51,2%

Hidratado 43,0%

Neutro 5,8%

3.403

2011/2012

4.152

2012/2013

4.268

2013/2014

DESEMPENHO ECONÔMICO

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CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)

O CPV total da safra, de R$ 3,7 bilhões, foi 1,5% inferior ao registrado em 2012/2013. Excluindo efeitos não caixa, houve aumento de 2,7%. Os principais fatores que impactaram o custo foram o acréscimo de 3,5% em matéria-prima, pelo aumento da proporção de cana de terceiros, e a redução de 14,3% nos gastos com insumos industriais decorrente do decréscimo de 20% na produção de açúcar e, por consequência, menores custos com embalagens.

LUCRO BRUTO

O lucro bruto caixa totalizou R$ 1,6 bilhão, redução de 11,2% em relação ao ano anterior. Essa queda decorre do aumento de 14% no custo de produtos vendidos (CPV) caixa decorrente em especial da perda de 6,1% do teor de ATR na cana, essencialmente pelos eventos climáticos da safra.

EBITDA

O EBITDA ajustado foi de R$ 1,1 bilhão, redução de 10,7% em relação ao fechamento da safra anterior. A margem EBITDA ajustada foi de 26,9%, queda de 4,1 pontos percentuais. Os principais fatores que contribuíram para esse resultado foram: (i) aumento de 14% no custo dos produtos vendidos (CPV) caixa; (ii) impacto positivo da provisão para baixa de ativos e de gastos com reestruturação organizacional. Excluindo-se os efeitos da revenda, a margem EBITDA ajustada foi de 31,7% na safra 2013/2014, em comparação a 35,3% da safra anterior.

IMPACTO DO CLIMA GRI EC2

Eventos climáticos adversos afetaram negativamente os resultados da Biosev. O montante desse impacto foi estimado em R$ 328 milhões, antes dos impostos, para o ano-safra 2013/2014. Severas geadas atingiram o Estado do Mato Grosso do Sul, onde estão localizados os canaviais da companhia que alimentam as três unidades industriais (Maracaju, Passa Tempo e Rio Brilhante) que compõem esse polo agroindustrial. As temperaturas caíram abaixo de 0ºC e esse aspecto terá influência sobre o crescimento dos canaviais atingidos, com potencial redução da moagem das unidades industriais da região.A geada provocou redução de 6,1% no teor de Açúcar Total Recuperável (ATR), que encerrou a safra em 124,9 kg/t de cana moída.

LUCRO BRUTO (R$ MILHÕES)

EBITDA E MARGEM EBITDA

1.600

2011/2012

1.848

2012/2013

1.641

2013/2014

1.135

2011/2012

1.286

2012/2013

1.148

2013/2014

33,3% 31,3%

26,9%

Impacto de mudanças climáticas foi avaliado em

R$328

milhões

especialmente por efeito de geadas

DESEMPENHO ECONÔMICO

EBITDA (R$ milhões)Margem EBITDA

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HEDGE

A Biosev possui uma política de hedge que tem como objetivo principal a proteção do seu fluxo de caixa futuro. Como parte dessa política, faz uso de mecanismos de hedge por meio de contratos futuros e outros derivativos de taxa de câmbio, açúcar, etanol e taxa de juros, incluindo operações nos mercados de derivativos no Brasil e no exterior, que visam proteger os resultados de parte das eventuais variações nas taxas de câmbio, nos preços do açúcar e do etanol e nas taxas de juros.

RESULTADO DO EXERCÍCIO

O resultado da safra 2013/2014 foi de R$ 1,5 bilhão negativo. Além dos fatores que influenciaram o lucro bruto e a geração de caixa, houve impacto negativo da provisão de R$ 467 milhões referentes a baixa de imposto de renda ativo diferido. Excluindo-se efeitos não recorrentes provenientes, o resultado foi de R$725 milhões negativos, o que se compara aos R$ 620 milhões apresentados na safra anterior.

ENDIVIDAMENTO

A dívida líquida ajustada totalizou R$ 3,3 bilhões, 9,8% abaixo da safra anterior. Os principais fatores que impactaram nessa diminuição foram: (i) utilização dos recursos do IPO, em oferta de R$ 700 milhões; (ii) amortização de adiantamentos de contratos de câmbio (ACCs) e outros financiamentos internacionais, parcialmente compensadas por novas captações; (iii) redução das necessidades de capital de giro em R$171 milhões.

Do total do endividamento ao final da safra 2013/2014, cerca de 70% correspondiam a empréstimos e financiamentos em dólares norte-americanos, dos quais 48,1% estavam naturalmente protegidos (hedge) pelos fluxos de exportações futuras.

ENDIVIDAMENTO GRI 2.8

31/3/2014 31/3/2013 Var. %

Dívida bruta (5.322) (5.222) 1,9%

Curto prazo (1.907) (1.254) 52,0%

Longo prazo (3.415) (3.967) -13,9%

Caixa e aplicações financeiras 1.848 1.364 35,5%

Dívida líquida (3.474) (3.858) -10,0%

Estoques de alta liquidez disponíveis para venda

172 198 -13,4%

Dívida líquida ajustada (3.302) (3.660) -9,8%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) GRI EC1

Composição do Valor Adicionado (R$/Mil) 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Valor Econômico Direto Gerado (VEG) 3.974.627 4.995.067 4.912.511

1) Receitas 3.686.780 4.785.813 4.712.543

2) Valor recebido em transferência 287.847 209.254 199.968

Valor Econômico Distribuído (VED) 3.974.627 4.995.067 4.912.511

2) Custos Operacionais 2.669.576 3.769.756 4.069.085

3) Colaboradores (salários e benefícios) 547.882 553.638 586.994

4) Provedores de capital 850.563 641.920 -322.963

4.1) Remuneração de capitais de terceiros 1.130.016 1.261.478 1.143.836

4.2) Remuneração de capitais próprios -279.453 -619.558 -1.466.799

5) Governo e sociedade (impostos, taxas e contribuições)

-93.394 29.753 579.395

Dívida líquida ajustada registrou redução de

9,8%

comparativamente ao ano-safra anterior

DESEMPENHO ECONÔMICO

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MERCADO DE CAPITAIS

A Biosev abriu seu capital em abril de 2013, quando suas ações passaram a ser

negociadas no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, sob o código BSEV3.

Os papéis integram as carteiras dos índices de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), das empresas que fazem parte do Novo Mercado (IGCNM) e das que oferecem tag along (Itag) – mecanismo pelo qual, no caso de venda ou transferência de controle da companhia, os acionistas minoritários têm os mesmos direitos dos acionistas controladores.

A oferta pública inicial de ações (IPO) compreendeu 46.666.667 ações ON e 37.406.609 opções de venda (put options). As opções de venda têm data de vencimento em 21 de julho de 2014 e o preço de exercício é R$ 16,57 por opção, sendo a contraparte o acionista controlador, o Grupo Louis Dreyfus Commodities. Desde a listagem, o volume financeiro médio diário da BSEV3 foi de R$ 427 mil.

O gráfico ao lado representa o desempenho da ação da companhia, desde o seu IPO até o fechamento do ano-safra:

OPÇÕES DE AÇÕES1

A Biosev tornou-se uma empresa de capital aberto em 16 de abril de 2013, com a captação de R$ 700 milhões por meio da emissão de 46.666.667 ações na BM&FBovespa.Na mesma oferta, 37.406.609 opções de vendas foram adquiridas por alguns acionistas, ao preço de R$ 0,25 por opção. Os acionistas que adquiriram as opções tinham o direito de exercê-las contra a Hédera Investimentos e Participações (subsidiária do controlador da Biosev Grupo LDCH) em 21 de Julho de 2014, ao preço de R$ 16,57 por ação. Em 21 de Julho de 2014, 37.402.763 opções de venda foram exercidas, representando 99,9% das opções pendentes. GRI 2.6

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA EM 31/3/2014

AcionistaQuantidade

de açõesParticipação

acionária

Sugar Holding B.V. 103.126.446 49,87%

NL Participações Holdings 2 B.V. 8.919.302 4,31%

NL Participações Holdings 4 B.V. 8.919.302 4,31%

Hédera Investimentos e Participações Ltda. 37.402.763 18,09%

Santelisa Participações S.A. 12.094.232 5,85%

Outros 36.348.568 17,58%

TOTAL 206.810.613 100,00%

EVOLUÇÃO BSEV3 x IBOVESPA

abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14

20%

10%

0

-10

-20%

-30%

-40%

-50%

IBOV BSEV3

50.414

8,50

-6,5%

-33,9%

1 Considerando que este Relatório, excepcionalmente, foi concluído e publicado em dezembro de 2014, e sendo essa uma informação relevante ao mercado, A Biosev optou por informar o tema atualizado conforme a ocorrências dos fatos.

DESEMPENHO ECONÔMICO

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Relacionamento da Biosev com fornecedores, clientes, comunidades das áreas de atuação e sociedade em geral é pautado pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável

DES

EMPE

NH

O

SOC

IAL

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RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES

Forte elo da cadeia de valor da Biosev, os fornecedores de cana-de-açúcar respondem por cerca

de 40% da matéria-prima processada pela companhia. Em sua estratégia de geração de valor sustentado, busca construir relacionamentos sólidos, éticos e transparentes com seus fornecedores e incentiva a adoção de boas práticas.

MAIS CANA

Para reforçar esse relacionamento, a companhia criou o programa Mais Cana, integrado por uma série de ferramentas que buscam promover maior sinergia e fidelizar fornecedores e parceiros agrícolas. Com foco no incremento da produtividade e redução de custos, o programa traz benefícios para a Biosev e para os fornecedores e parceiros e se aplicam a todas as unidades operacionais. As iniciativas compreendem:

Repasse de áreas para plantio de cana-de-açúcar: Áreas da Biosev são repassadas para parceiros e fornecedores baseando-se em critérios como capacidade e eficiência de produção. O objetivo é a redução de custos tanto para o fornecedor quanto para a companhia, com aumento na produtividade e fidelização de novos volumes de cana.

Repasse de áreas para plantio de cereais: A Biosev repassa áreas para que fornecedores selecionados plantem

outras culturas na entressafra da cana, com o benefício de renda extra no período. Para a companhia, significa economia de recursos no preparo do solo para o plantio da cana, uma vez que esse preparo é realizado pelo fornecedor após a colheita do cereal de entressafra. Além disso, a rotação de cultura deixa vários nutrientes no solo que serão consumidos pela cana.

Venda de fazendas da companhia: A Biosev prioriza a oferta de terras próprias aos seus potenciais fornecedores que podem agregar novos volumes de cana. Essa ferramenta possibilitou agregar 1,3 milhão de toneladas de cana nos últimos cinco anos. Na safra 2013/2014 foram vendidos 1.755,92 hectares, como parte da estratégia de melhor uso dos ativos e redução de endividamento bancário.

Programa Mais Cana: iniciativas que buscam promover maior sinergia com os fornecedores

DESEMPENHO SOCIAL

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Compra de ICMS: A Biosev adquire créditos de ICMS de fornecedores do Estado de São Paulo, abrangendo saldos referentes à compra de insumos e diesel. Na safra 2013/2014, a aquisição foi de R$ 1,3 milhão em créditos de ICMS.

Plantio: A renovação/reforma dos canaviais dos fornecedores e parceiros é incentivada com a concessão de crédito ou antecipação de valores para compra de insumos e mudas de cana-de-açúcar. O prazo de pagamento é de três safras.

Mudas de cana-de-açúcar: A Biosev possui viveiros de mudas para a multiplicação de novas variedades de cana para seu uso e também dos fornecedores, para quem é feita a venda em condições especiais.

Crédito: Adiantamento de recursos financeiros para compra de cana, parceria agrícola e compra de soqueira. Além de fidelizar fornecedores, a finalidade é criar novas parcerias e investir na qualidade dos canaviais.

Vantagens com mais ração A Biosev aumentou em 70% a capacidade de produção de alimento animal com a inauguração de sua terceira fábrica de ração animal anexa à Usina de Lagoa da Prata (MG). Produzida a partir de subprodutos – principalmente bagaço de cana, melaço e levedura –, a ração permite à Biosev criar um diferencial na negociação e fidelização com produtores que também tenham gado, além de ser uma opção mais econômica e eficiente para os pecuaristas.

Foram investidos R$ 5,3 milhões na fábrica, que tem capacidade para 35 mil toneladas de ração, elevando a capacidade total da Biosev para 85 mil toneladas/ano. A companhia também possui fábricas de ração anexas às Usinas Vale do Rosário e MB, ambas em Morro Agudo (SP).

Segundo Regina Margarido, gerente de zootecnia da Biosev, o ganho de peso por animal é, em média, de 1,6 quilo por dia, sendo que o preço por tonelada da ração é cerca de R$ 100 menor que o de rações comuns. Como 80% do alimento é feito a partir dos subprodutos da extração de açúcar e álcool da cana, seu custo de produção é menor, e isso é repassado aos pecuaristas.

O principal ganho no uso da ração de bagaço de cana é a redução de custos. Os produtores não precisam produzir a forragem para seus animais, o que elimina gastos com instalação e manutenção de silos e com a mão de obra necessária para operar esses equipamentos. Há também a possibilidade de liberar área agricultável para outras culturas mais rentáveis – como a cana-de-açúcar.

Nutrição animal: diferencial na fidelização dos produtores rurais

DESEMPENHO SOCIAL

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Transferência de tecnologia: Ciclos de palestras técnicas promovem a integração e a transferência de tecnologia para parceiros e fornecedores de cana. São escolhidos temas com maior relevância para a safra em andamento. No período coberto por este relatório, foram abordados controle de pragas, nutrição de plantas, aplicação de defensivos agrícolas, mecanização no setor e iniciativas de mercado.

Compra de insumos agrícolas: Em parceria com a Coopercitrus, a Biosev compra defensivos e fertilizantes mais baratos em virtude da larga escala e vende aos fornecedores com o desconto obtido.

Ração para pecuária: A ração produzida em três unidades da companhia é fornecida a preço de custo para parceiros e fornecedores de cana. A medida auxilia na redução de custos de produção; na diversificação e otimização da propriedade; e na disponibilidade de alimento no período seco. Fornecedores possuem direito a uma cota de 1% do volume da cana entregue na última safra.

DIREITOS HUMANOS NOS CONTRATOS 1 GRI HR2

2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Nº total de fornecedores e outros parceiros de negócio

1.286 2.337 8.024 3.586

Nº de contratos com cláusulas de direitos humanos 2

1.710 4.149 5.587 6.816

Nº de auditorias e inspeções com critérios de direitos humanos

158 241 151 2

Contratos com cláusulas de direitos humanos

100% 93,38% 100% 100%

CONTRATOS RECUSADOS 0% 0% 0% 0%1 Inclui fornecedores de cana e de demais suprimentos2 Um mesmo fornecedor pode ter mais de um contrato

SELEÇÃO GRI HR2, HR6, HR7

As decisões de compra e a seleção de fornecedores levam em consideração fatores econômicos, qualitativos e de conformidade legal. Os principais itens avaliados em conformidade legal são os relativos a riscos de ocorrência de trabalho infantil e forçado ou análogo à escravidão. Assim, 100% dos contratos possuem cláusulas de direitos humanos, que expressam o repúdio a essas práticas e preveem distrato em caso de ocorrência. As operações de plantio e colheita manual são passíveis desse risco, mas não houve identificação de casos dessa natureza durante a safra, quando foram realizadas duas auditorias em fornecedores de cana, que são aqueles considerados significativos pela empresa.

Além da cláusula presente nos contratos firmados com os fornecedores, a empresa procura mecanizar o maior número possível de operações. Em 2013/2014, 94,7% da colheita foi mecanizada. A medida visa obter maior eficiência e um ambiente de trabalho mais adequado e especializado, minimizando assim os riscos de trabalho infantil ou forçado. Também foi entregue aos fornecedores uma cartilha com orientações sobre boas práticas trabalhistas. Esse material está disponível na internet (http://www.biosev.com.br/cartilha/).

DESEMPENHO SOCIAL

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RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADEGRI SO1

Atuando em um dos negócios mais inclusivos do Brasil, capaz de desenvolver

empregos no campo, em regiões em desenvolvimento longe das grandes cidades, a Biosev busca garantir a sustentabilidade priorizando o relacionamento com a comunidade. Tem como premissa cumprir e seguir a legislação, as normas técnicas e as boas práticas, o que a leva a ter uma gestão bem organizada. Possui uma área especialmente dedicada à aproximação com as populações do entorno das unidades, a área Responsabilidade Social Corporativa, que também gerencia esse relacionamento e o investimento social.

Dessa forma, relaciona-se ativamente com órgãos públicos das três esferas, associações e ONGs e mantém abertos canais de comunicação como endereço de e-mail e telefone 0800-9409-199. Tanto que, em setembro de 2013, o 0800 antes disponível apenas para consumidores do açúcar Estrela passou a ser o canal de contato para outros assuntos como sugestões, opiniões, críticas e dúvidas referentes a segurança, saúde, meio ambiente e responsabilidade social corporativa das usinas da empresa.

A interface com as prefeituras municipais dos municípios onde há unidades geralmente acontece por meio das secretarias de meio ambiente ou desenvolvimento social.

Ênfase à educação no relacionamento com as comunidades

DESEMPENHO SOCIAL

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Já por meio de associações de classe e setoriais como Siamig-MG, Biosul-MS, Sindálcool-PB e Unica, a empresa define as áreas prioritárias de suas linhas de investimento. Frequentemente, tais associações buscam parcerias para programas de grande relevância ou influência no setor sucroenergético, como educação ambiental e formação e capacitação técnica de mão de obra em virtude do fechamento de postos de trabalho com a mecanização no campo.

As questões socioambientais de relevância para a comunidade do entorno das unidades operacionais estiveram entre as principais preocupações dos públicos que mais se relacionaram com a área ao longo da safra. No período coberto por este relatório, os temas reciclagem, biomas brasileiros, conservação do solo e da água e doação de mudas foram abordados com as comunidades das unidades Lagoa da Prata, Estivas, Giasa, Maracaju, Passa Tempo e Ribeirão Preto.

Todos os projetos de responsabilidade social estão relacionados aos impactos sociais, econômicos e ambientais da companhia. No quadro ao lado são apresentados os potencias e reais impactos identificados relacionados com os projetos investidos que visam mitigá-los:

GESTÃO DE IMPACTOS

Impactos potenciais ou reais Ações mitigadoras

Degradação das Áreas de Preservação Permanente (APPs)

Viveiro de mudas

Programa APProximar (Estivas e Giasa)

Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prads)

Mata da Bela (Estivas)

Programa de Educação Ambiental ASF (Lagoa da Prata)

Poluição do ar pela queima de cana e do bagaço

Protocolo Agroambiental – Certificação Etanol Verde

Investimentos em sistema de lavagem de gases

Contaminação do solo Centrais de resíduos (Corporativo)

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (Corporativo)

Programa APProximar (Estivas e Giasa)

Programa Cidade Limpa – Prefeitura Municipal de Colômbia e Cooperativa de Reciclagem Coopercolômbia (Continental)

Treinamentos e campanhas educacionais (Corporativo)

Estação de Reciclagem (Santa Elisa)

Contaminação e consumo excessivo da água

Investimento em:

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

ETA – Estação de Tratamento de Água

ETAR – Estação de Tratamento de Água para Reúso

Decantador de fuligem

Torres de resfriamento

Redução da contratação de colaboradores em decorrência da mecanização

Programa APProximar (Estivas e Giasa)

Inchaço do sistema público municipal de saúde

Campanhas de vacinação

Treinamentos e campanhas internas de prevenção a doenças

Estrutura de Saúde Ocupacional com médicos e enfermeiros do trabalho

Convênios médicos e odontológicos oferecidos a todos os colaboradores

DESEMPENHO SOCIAL

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LIGA PELA PAZ

Em 2013, a Biosev completou o quarto ano de apoio ao programa Liga pela Paz, criado pela organização não governamental Inteligência Relacional. Desenvolvido em parceria com as secretarias de educação dos municípios onde há unidades da empresa, o projeto tem o objetivo de fomentar a cultura de paz, respeito às diferenças, não violência, compreensão, compaixão e solidariedade entre os alunos do ensino fundamental por meio de material distribuído aos estudantes da rede pública desses municípios. O material consiste em CDs com canções, livros digitais, guias de orientação, vídeos formativos, além de ferramentas para formação continuada, avaliação de resultados, entre outros.

O Sistema de Educação Liga pela Paz também utiliza processo de avaliação que mensura o desenvolvimento dos comportamentos habilidosos dos educandos (alunos) por meio da percepção dos educadores (professores). Nesse processo de avaliação, aplica-se um pré-teste no início do ano e um pós-teste ao final do ano letivo. Os dados de cada aplicação são comparados e o desenvolvimento de habilidades sociais gerais, de empatia, de assertividade, de autocontrole e de participação pela criança é mensurado.

Depois de terem apresentado melhora significativa em 2011 e 2012 – aprendendo a lidar com suas emoções e a conviver melhor com os colegas, professores e familiares – em 2013 os resultados do processo de avaliação também foram excelentes: os educandos passaram a identificar, compreender e lidar melhor com as emoções, construindo relações mais harmônicas em busca de uma convivência pacífica.

PROGRAMA LIGA PELA PAZ

Município Nº de escolas Nº de educadoresNº de

educandos

Colômbia/SP 3 14 239

Jardinópolis/SP 9 64 1.306

Morro Agudo/SP 6 56 1.189

Viradouro/SP 3 24 615

Lagoa da Prata/MG 6 37 730

Rio Brilhante/MS 6 40 874

Maracaju/MS 9 62 1.484

Arez/RN 2 15 366

Goianinha/RN 1 9 200

Pedras de Fogo/PB 16 65 1.234

TOTAL 61 386 8.237

EVOLUÇÃO DO LIGA PELA PAZ

AVALIAÇÃO DE HABILIDADES SOCIAIS E EMOCIONAISMÉDIA GERAL

3.041

58,8%67,9% 66,6%

76,3%64,7%

81,9%

143

12

7.283 376

13

8.237386 10

12.164 525

10

Educandos

2011 2012 2013

2011

Pré-teste

2012

Pós-teste

2013 2014

Educadores Municípios

DESEMPENHO SOCIAL

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PROGRAMA APPROXIMAR

Criado em 2012 com o objetivo de estabelecer ações que contribuam com o desenvolvimento sustentável das comunidades locais vizinhas às unidades Estivas (RN) e Giasa (PB), o Programa APProximar (Preservação de Matas Nativas e Áreas de Preservação Permanentes – APPs – do Nordeste) – desenvolveu em 2013 sua segunda fase, a de execução do Plano de Ação em comunidades identificadas como prioritárias na primeira fase do projeto.

Foi realizado um circuito de 12 oficinas na comunidade de Imbiribeira/Riacho do Salto, no município de Pedras de Fogo (PB). Realizadas em parceria com a Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane) e o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), as oficinas reuniram dezenas de pessoas para tratar temas como Agroecologia e Conservação da Biodiversidade, Educação Ambiental e Cidadania, Agroecologia e Repartição dos benefícios da biodiversidade da Mata Atlântica. Durante os encontros, os presentes têm a oportunidade de participar de atividades lúdicas e educativas, como palestras, exibição de vídeos temáticos e até mesmo de uma apresentação teatral, que sensibiliza o espectador a proteger a floresta.

Também está dentro do cronograma de ação o início dos cursos práticos de viveiristas florestais, a construção de um viveiro (50 mil mudas/ano) e a realização de um evento sociocultural na comunidade.

MUSEU NACIONALDO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL

Desde dezembro de 2013, os colaboradores da unidade Santa Elisa e da comunidade de Pontal (SP) podem usufruir um espaço marcado pela memória industrial da cana-de-açúcar. Trata-se do Museu Nacional do Açúcar e do Álcool, localizado no município de Pontal (SP), construído sobre as antigas instalações do Engenho Central, que produzia açúcar no século 20. Patrocinado pela Biosev, o acervo do museu possui objetos históricos e equipamentos raros, como uma maquinaria escocesa dos anos 1880, composta por moenda, cozedores, cristalizadores, entre outros. Curiosamente, todos eles estão dispostos em suas posições originais dentro da linha de produção do engenho. Tudo para preservar cada lembrança do lugar, como era do gosto da família Biagi quando idealizou a criação do museu. Fica aberto à visitação pública de terça a domingo, das 10h às 16h, com entrada gratuita.

Maquinário exposto no Museu do Açúcar e do Álcool, em Pontal (SP)

Acervo Museu Nacional do Açúcar e do Álcool

DESEMPENHO SOCIAL

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CLIENTES E CONSUMIDORES

A Biosev possui uma base de clientes ampla e distribuída nos mercados de açúcar e etanol,

realizando vendas tanto no Brasil como nos mercados internacionais.

A carteira de clientes de açúcar no mercado interno inclui redes atacadistas e varejistas, fabricantes de alimentos e bebidas. No varejo, comercializa seus produtos sob as marcas próprias Estrela e Dumel, sendo a marca Estrela, conforme dados divulgados pela Nielsen do Brasil Ltda., a líder no mercado de açúcar cristal no Nordeste brasileiro.

Já as exportações destinam-se a diversas regiões do mundo, principalmente China, Sudeste Asiático, Rússia, União Europeia, norte e oeste da África e Oriente Médio, sendo majoritariamente por meio de transações com tradings internacionais.

No etanol, o mercado brasileiro é o destino de mais de dois terços do produto e os clientes nacionais de etanol combustível e etanol industrial são principalmente distribuidores de combustíveis, indústrias alimentícias, farmacêuticas e de bebidas. Com relação ao mercado externo, o etanol é exportado diretamente a clientes finais ou via tradings internacionais, sendo que as vendas externas destinam-se principalmente aos Estados Unidos, ao Japão, à Grécia e à Suíça.

Os clientes, conforme especificidade de contrato, recebem visitas técnicas que buscam interação e identificação

de suas necessidades. As melhorias discutidas e acordadas com os clientes são monitoradas em planos de ação gerenciados pela Gestão da Qualidade Corporativa, que participa ativamente das reuniões e de workshops promovidos pelos clientes para divulgação das demandas relacionadas à Segurança de Alimentos (Responsible Sourcing) e apresentação do ranking de fornecedores.

A execução do processo de tratativa de solicitações e reclamações e o monitoramento contínuo de ações oriundas desses processos possibilitam que a Biosev atenda às demandas dos clientes em tempo hábil para garantir a sua satisfação.

Além disso, o nível de satisfação é medido por meio de pesquisa realizada anualmente. As informações obtidas neste processo também permitem que a Biosev defina ações para promover a melhoria contínua de seus processos. GRI PR5

Vista aérea do Terminal de Exportação do Guarujá, no Porto de Santos

DESEMPENHO SOCIAL

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QUALIDADE DO PRODUTO

As 11 unidades operacionais da Biosev fabricam produtos seguindo as boas práticas de fabricação, baseadas em requisitos regulamentares nacionais (RDC 275 – Anvisa) que contam com a verificação de itens relevantes para o sistema de gestão de segurança do alimento.

O gerenciamento dos requisitos regulamentares aplicáveis aos negócios da companhia é realizado em todas as unidades por meio do software CAL, da Ius Natura. As especificações técnicas de produtos comercializados são atualizadas e monitoradas pela Gestão da Qualidade Corporativa de acordo com a necessidade e legislação e contemplam análises físico-químicas, microbiológicas, metais pesados, pesticidas e informações de uso, manuseio, transporte e data de validade.

Já a verificação da aderência das unidades aos requisitos normativos das certificações de qualidade, que possuem validade de três anos, é realizada por meio de auditorias internas e externas (empresa terceirizada – SGS).

As unidades Santa Elisa, Vale do Rosário e MB possuem certificação externa por normas internacionalmente reconhecidas de Sistema de Gestão de Qualidade NBR ISO 9001, conforme escopos específicos por unidade. Contudo, apenas a unidade Santa Elisa possui certificação externa da norma internacional NBR ISO 22000 – Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos para a fabricação de açúcar líquido e açúcar líquido invertido, desde o recebimento da matéria-prima até a expedição dos produtos finais e fabricação.

No período coberto pelo relatório, a unidade Santa Elisa produziu 416.707,815 toneladas de açúcar, sendo 81% de açúcar cristal – 335.486,09 toneladas ou 6.709.721 sacas de 50 quilos – e 19% (81.221,72 toneladas) de açúcar líquido/líquido invertido (AL/ALI). A produção da unidade correspondeu a 11,06% do volume total de açúcar produzido pela Biosev no ano-safra. GRI FP5

ROTULAGEM

Os rótulos das embalagens dos produtos comercializados para o varejo – as marcas próprias de açúcar Estrela e Dumel – atendem aos requisitos regulamentares nacionais. A regulamentação determina a publicação de informações nutricionais, dados de produção (tipo de produto, lote de fabricação, data de fabricação, validade, safra, nº sequencial de produção, quantidade) para rastreabilidade; orientações sobre a conservação e a origem do produto (unidade produtora). GRI PR3, FP8

A Biosev, porém, não possui política de comunicações, marketing e propaganda nem política ou programa que contemple a divulgação das informações nutricionais dos produtos na comunidade.

Considerado como um alergênico em potencial, o sulfito presente no açúcar é monitorado durante as etapas de produção e no produto final. Os valores considerados são os permitidos pelo Codex Alimentarius. Já o glúten, também considerado alergênico, não faz parte da composição do açúcar – que traz essa informação em sua embalagem no varejo. As embalagens para o varejo contemplam ainda receitas culinárias para aplicação do açúcar.

Açúcar certificado pela norma ISO 22000 correspondeu a

11%

da produção total da safra 2013/2014

DESEMPENHO SOCIAL

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Avanços em Minas Gerais O novo Código Florestal, a prática de compensação ambiental e os cuidados com a responsabilidade civil ambiental foram discutidos no Seminário Ambiental Avanços do Setor Sucroenergético em Minas Gerais, que aconteceu em junho de 2013 em Lagoa da Prata, que fica a 203 quilômetros de Belo Horizonte.

Promovido pela Biosev, que possui unidade operacional no município, o evento teve foco na produção sucroalcooleira, uma das principais atividades econômicas da Lagoa da Prata. Reuniu toda a cadeia produtiva, de agricultores a representantes

Seminário discutiu o Código Florestal na produção sucroalcooleira

governamentais, órgãos de fiscalização, universidades e a comunidade em geral.

O objetivo foi apresentar informações, promover o debate e esclarecer dúvidas sobre temas importantes para as atividades agrícolas e que contribuíssem para o desenvolvimento econômico e ambiental da região.

Pesquisadores e profissionais da Biosev também esclareceram os principais mitos envolvendo a lavoura de cana-de-açúcar.

Avan

ços d

o Setor Sucroenergético em

MG

Sem

inário Ambiental

Lâmina C

DESEMPENHO SOCIAL

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A Biosev contribui para criar empregos de qualidade, treina e capacita colaboradores para o uso de novas tecnologias e estimula atitudes e práticas para a saúde e a segurança das pessoas

GES

TÃO

DE

PESS

OA

S

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FORÇA DE TRABALHO

A Biosev está ciente de que, com a mecanização da lavoura, tem papel importante na geração

de empregos de qualidade, nos quais estudo e conhecimento são necessários. A partir disso, iniciou um processo de internalização da mão de obra e parte dos colaboradores de manutenção, antes terceirizados, passaram a ser empregados próprios na safra 2013/2014.

Entretanto, o número de colaboradores apresentou redução de 2% nessa safra devido à reestruturação operacional e consequente hibernação da unidade Jardest, em Jardinópolis (SP). Parte do quadro foi realocado em outras unidades e a Biosev encerrou a safra com 16.124 empregados próprios. GRI LA1, 3.10

No exercício, 100% dos colaboradores da Biosev eram abrangidos por acordos de negociação coletiva e não há na empresa qualquer risco inerente à liberdade de associação desse tipo, já que são permitidas as associações e a participação sindical. A companhia também possibilita que os sindicatos exerçam seu papel plenamente e no término da safra 2013/2014 se relacionava com 47 entidades. GRI LA4, HR5

TOTAL DE EMPREGADOS GRI LA1

3.409

380

3.02978

2.500

655

9.482

Centro-Oeste

Nordeste Sudeste

2.578

10.137

Homens Mulheres

Compromissos com a geração de empregos com qualidade

GESTÃO DE PESSOAS

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ROTATIVIDADE GRI LA2

Média de empregados no ano

Média de admissões

Média de desligamentos

Taxa de admissões

Taxa de desligamento

Rotatividade (turnover)

POR GÊNERO 16.124 765 484 4,74% 3,00% 3,87%

Masculino 15.011 718 452 4,78% 3,01% 3,90%

Feminino 1.113 47 33 4,22% 2,92% 3,57%

POR IDADE 16.124 765 484 4,74% 3,00% 3,87%

18 a 25 anos 2.714 234 119 8,61% 4,38% 6,50%

26 a 30 anos 3.197 161 107 5,02% 3,34% 4,18%

31 a 40 anos 5.273 217 152 4,11% 2,88% 3,49%

41 a 50 anos 3.289 107 71 3,26% 2,16% 2,71%

51 a 60 anos 1.464 43 30 2,90% 2,07% 2,48%

Mais de 60 anos 186 4 5 2,28% 2,86% 2,57%

POR REGIÃO 16.124 765 484 4,74% 3,00% 3,87%

Centro-Oeste 3.409 129 103 3,79% 3,02% 3,41%

Nordeste 2.578 165 58 6,41% 2,25% 4,33%

Sudeste 10.137 470 323 4,64% 3,19% 3,91%

EMPREGADOS POR REGIÃO GRI LA1

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

Centro-Oeste 3.001 351 3.352 3.194 379 3.573 3.029 380 3.409

Nordeste 2.532 86 2.618 2.628 82 2.710 2.500 78 2.578

Sudeste 8.904 666 9.570 9.540 627 10.167 9.482 655 10.137

TOTAL 14.437 1.103 15.540 15.362 1.088 16.450 15.011 1.113 16.124

EMPREGADOS POR TIPO E CONTRATO DE TRABALHO 1 GRI LA1

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

Tempo determinado 1.359 15 1.374 2.894 73 2.967 2.892 99 2.991

Tempo indeterminado 13.078 1.088 14.166 12.468 1.015 13.483 12.119 1.014 13.133

Subtotal 14.437 1.103 15.540 15.362 1.088 16.450 15.011 1.113 16.124

1 Todos os empregados são contratados em tempo integral, inclusive aqueles que trabalham em regime de escala

Na safra 2013/2014 a Biosev alterou a forma de reportar “Rotatividade” para melhor refletir a realidade da companhia. Agora ,o cálculo tem como base a média do número de empregados (admitidos e demitidos) do período de abril de 2013 a março de 2014, de forma a seguir a mesma premissa já utilizada para calcular o número de colaboradores, o qual também compõe a fórmula do índice de rotatividade. A fórmula é ((média admitidos + média demitidos)/2)/HC. Média HC = média de colaboradores, exceto estagiários e afastados, no período de março de 2013 a abril de 2014.

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SAÚDE DO TRABALHADOR

Com uma política de desenvolvimento sustentável fundamentada nos pilares

pessoas, meio ambiente, comunidade e parceiros, o sistema de gestão de segurança, saúde e meio ambiente da Biosev funciona desde 2010 como base de aplicação dessa estratégia.

Apoiado em padrões de gestão com eficácia internacionalmente reconhecida, o sistema tem como principais objetivos não causar prejuízo às pessoas, ao patrimônio da empresa e ao meio ambiente; atender ou superar normas e regulamentações aplicáveis; reduzir impactos ambientais, adotar medidas para prevenir a poluição e promover a sustentabilidade dos recursos naturais utilizados.

Realizada pelo departamento de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (Safety, Health and Environment – SHE), a gestão de segurança do trabalho conta com o apoio de comitês de segurança que representam 100% dos colaboradores. Presentes em todas as unidades da Biosev, os comitês garantem o atendimento dessa política. São as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas), com membros da área industrial e administrativa; as CipaTRs, com membros da área agrícola e administrativa; os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e o Comitê SHE. GRI LA6

Já as informações sobre acidentes são repassadas semanalmente pelos pontos focais dos polos agroindustriais à área

COMITÊS DE SEGURANÇA

Número de membros 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Cipas 387 360 358

Comitês locais (NR10 e outros) 408 378 410

corporativa de SHE para que os dados sejam avaliados, discutidos e medidas de controle sejam apresentadas à gerência. O fechamento do controle estatístico de acidentes é mensal, quando é controlada a classificação de acidentes (fatal, gravíssimo, grave, leve e sem afastamento), tempo perdido, quase acidentes e números de acidentes (tanto para colaboradores próprios quanto para terceiros). Nesse fechamento, a Taxa de Frequência e Gravidade é calculada de acordo com a NBR 14280 e todas as informações são avaliadas e aprovadas pelos engenheiros de cada unidade e pelo Gerente de SHE do polo, antes de serem reportadas para consolidação.

REDUÇÃO

A padronização de processo nas unidades do grupo tem contribuído positivamente para a gestão SHE e a Biosev teve uma redução de 20% nos acidentes na safra 2013/2014 em relação à safra anterior. A taxa de frequência e gravidade dos acidentes ocorridos no grupo teve queda de 28% e 54%, respectivamente. Porém, ocorreu um óbito na unidade Santa Elisa decorrente de um acidente envolvendo funcionário próprio da área industrial da moenda.

Programas apoiam a melhoria da cultura de saúde e segurança

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2012/2013 2013/2014

Homens Mulheres Homens Mulheres

Centro-Oeste 20,0 19,0 19,41 -

Nordeste 9,0 6,0 - -

Sudeste 35,0 17,0 16,37 13,45

Além da gestão controlada, os programas comportamentais aplicados na empresa colaboraram para a melhoria na cultura de segurança, entre eles destaca-se o BBS – Behavior Based Safety (Segurança Baseada em Comportamento). Em sua primeira fase, em 2011, trabalhou na sensibilização e no treinamento de colaboradores na identificação de perigos e riscos, formando multiplicadores. Já durante a safra 2013/2014, o programa atuou na formação de líderes operacionais como observadores e facilitadores da mudança do comportamento.

PIRÂMIDE SHE

Outra iniciativa importante que começou a ser desenvolvida nesta safra foi a Pirâmide SHE, um projeto para registrar e informar possíveis irregularidades em segurança, saúde e meio ambiente. A intenção da Pirâmide SHE é comunicar desvios, tanto comportamentais como os relacionados às condições do ambiente de trabalho, que possibilitem a tomada de medidas adequadas para prevenir problemas, evitando acidentes. Os registros de irregularidades são feitos por meio de um bloco de anotações, que pode ser retirado pelos colaboradores no setor de Segurança do Trabalho. Depois de preencher o material, basta depositar em uma das urnas espalhadas na unidade. O gestor responsável pelo setor recolhe o material e fica encarregado de dar um retorno para o colaborador.

Já o Programa de Segurança Veicular tem o objetivo de disseminar a importância do comportamento seguro na direção para eliminar os acidentes ocorridos com veículos leves e reduzir as multas por excesso de velocidade. A cada safra, o programa vem se mostrando mais satisfatório, como resultado dos esforços desempenhado pela área de Segurança do Trabalho. No exercício, houve redução de 87% nas multas de trânsito por excesso de velocidade (15 multas em 2013 e 2 em 2014) e zero acidentes com veículos leves em 2014.

QUALIDADE DE VIDA GRI LA8

A criação dos polos agroindustriais ocorrida na safra também refletiu na estrutura da área de saúde da companhia. Agora, as equipes da área de saúde nas unidades são coordenadas pelo médico do trabalho local, que se reporta diretamente para o gerente de SHE do polo correspondente. Entretanto, as diretrizes da área são definidas globalmente, pelo SHE normativo, e os resultados são analisados e discutidos juntamente com a Gerência de SHE.

Todas as unidades da Biosev têm acordos coletivos firmados com os sindicatos locais que são renegociados anualmente. Abrangentes, esses acordos contemplam cláusulas específicas de saúde e segurança como a gratuidade do ferramental de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPI); regras sobre a constituição de Cipa/CipaTR, instalações sanitárias adequadas e fornecimento de água para área agrícola e auxílio em medicamentos. GRI LA9

INDICADORES DE SEGURANÇA GRI LA7

2012/2013 2013/2014

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

NÚMERO DE ACIDENTES SEM AFASTAMENTO

Centro-Oeste 78 11 89 73 9 82

Nordeste 54 2 56 37 1 38

Sudeste 295 9 304 230 11 241

Total 427 22 449 340 21 361

NÚMERO DE ACIDENTES COM AFASTAMENTO

Centro-Oeste 112 12 124 34 3 37

Nordeste 58 - 58 13 - 13

Sudeste 102 2 104 75 5 80

Total 272 14 286 122 8 130

TAXA DE FREQUÊNCIA, INCLUINDO ACIDENTES COM PRIMEIROS SOCORROS (%)

Padronização de processo permitiu reduzir em

20%o número de acidentes na safra

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Conscientizados da importância de se trabalhar em um local seguro e saudável, os colaboradores da Biosev têm participado ativamente das campanhas programadas anualmente pela área de Saúde Corporativa. Tanto as palestras quanto os materiais informativos entregues aos colaboradores ajudam a abordar tais temas dentro das unidades e com os seus familiares e comunidade.

INDÚSTRIA SAUDÁVEL

Na unidade de Leme, por exemplo, o Programa Indústria Saudável, realizado em parceria com o Sesi, inclui serviços integrados de promoção da saúde e da qualidade de vida do trabalhador. O objetivo é criar um ambiente de trabalho que permita a adoção de estilo de vida seguro, saudável e produtivo,

Iniciativas buscam criar ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo

que contribua eficazmente para elevar a produtividade e a competitividade.

Durante o programa, é feito ainda um diagnóstico para auxiliar a empresa a identificar as condições de qualidade de vida de seus trabalhadores mensurando variáveis que influenciam diretamente na produtividade, como: qualidade no trabalho, saúde e estilo de vida, levantamento das condições do ambiente de trabalho e clima organizacional.

Desde 2010, todas as unidades da Biosev possuem o selo de certificação relacionado ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, uma iniciativa tripartite que envolve representação das agroindústrias, dos trabalhadores rurais e do governo federal.

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REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS

A Biosev realizou pesquisa salarial em 2012 com o objetivo de se manter alinhada às melhores

práticas de mercado, bem como atender às necessidades e expectativas de seus colaboradores conforme a região e a função exercida.

O pacote de benefícios da companhia possui assistência médica, vacinas, subsídio para despesas com farmácia, transporte fretado, vale-transporte, pagamento de remuneração variável de acordo com o Programa de Participação nos Resultados (PPR), subsídio para educação e cursos de idiomas, vale-refeição, cesta básica e previdência privada. GRI LA3

Na safra 2013/2014, o piso médio negociado com os sindicatos foi de R$ 868,80, considerando o total de 220 horas/mês, ou seja, o valor médio por hora de R$ 3,95 para profissionais operacionais. Em média, esses pisos salariais estão 120% acima do salário mínimo regional.

A menor média do piso negociado é a da unidade de Estivas, onde o salário médio foi de R$ 688 (101% do salário

mínimo nacional, de R$ 678). Já a maior média é da unidade de Leme, com o salário de R$ 1.049,18 (155% do salário mínimo). GRI EC5

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

A Biosev possui duas formas de avaliação de desempenho, uma destinada aos gestores e outra ao contingente operacional e ambas estão atreladas a remunerações variáveis.

A avaliação de desempenho de diretores, gerentes, supervisores, coordenadores e especialistas, um universo de cerca de 500 pessoas, acontece por meio da ferramenta de gestão de performance alinhada às práticas de mercado e utiliza a metodologia Nine Box, mundialmente conhecida.

Em um sistema eletrônico, cada avaliado – junto com o seu gestor – elabora e faz revisões semestrais em seu Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). Nesse ambiente, constam feedback, metas quantitativas e análises qualitativas sobre as competências comportamentais definidas pela empresa. O cumprimento das metas individuais define o pagamento dos bônus anuais, juntamente com o resultado da área e da empresa.

Os colaboradores não abrangidos por essa metodologia são avaliados por metas coletivas definidas anualmente com os diferentes sindicatos, pois interferem diretamente no pagamento do PPR.

Os controles são feitos no próprio sistema e metas coletivas são registradas em planilhas por áreas e centralizadas nos Recursos Humanos, que acompanha todo o processo e faz a gestão das metas coletivas. Os resultados das avaliações definem o recebimento do PPR e balizam anualmente as progressões salariais dos avaliados.

COLABORADORES AVALIADOS1 GRI LA12

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Masculino 945 6,55% 295 1,92% 307 2,05%

Feminino 259 23,48% 44 4,04% 54 4,85%

TOTAL 2 1.204 7,89% 339 2,06% 361 2,24%1 Não considera afastados e estagiários.2 A partir da safra 2012/2013, o sistema de avaliação foi reestruturado de maneira a considerar público elegível a bônus

MERITOCRACIA A Biosev utiliza modelo de bonificação atrelado a resultados operacionais e avaliação de desempenho, em linha com as melhores práticas do mercado. Conceito mais transparente e que valoriza o mérito.

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TREINAMENTO E EDUCAÇÃOGRI LA11

A Biosev busca por meio da formação e capacitação de seus colaboradores o aumento da

eficiência operacional. Para eliminar e reduzir as lacunas de conhecimento das equipes, mantém o Programa Anual de Treinamento, que consiste na realização de cursos para promover a conscientização sobre atitudes seguras, qualidade, capacitação técnica para atividades específicas e a aquisição de conhecimento visando à evolução de carreira.

Além disso, há diversos treinamentos para os níveis operacionais que visam principalmente o cumprimento de normas e a operacionalização de máquinas. Na safra 2013/2014, o total de horas de treinamento foi de 512.789 horas, com média de 32 horas por empregado.

A empresa também oferece ajuda financeira para a formação em nível técnico, superior, pós-graduação e para cursos do idioma inglês. Regras como tempo de empresa, avaliação de desempenho e função realizada, assim como questões orçamentárias, definem quem pode usufruir o benefício.

Há ainda parcerias com diferentes instituições. Sete colaboradores da unidade de Estivas (RN), por exemplo, se formaram em julho de 2013 no curso de Aprendizagem Industrial e Habilitação Técnica após dois anos de formação graças à bolsa de estudos oferecida em parceria com o

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Uma novidade na área de treinamentos desta safra foi o início do chamado Mapeamento de Prontidão, que é a identificação de aspectos técnicos e comportamentais que podem aprimorar as habilidades de liderança de gestores em cargos atuais. Cerca de 185 lideranças em níveis acima da coordenação participaram do projeto.

PROJETO FORMAR

O Projeto Formar tem o objetivo de qualificar colaboradores que trabalham diretamente no campo nas funções de operadores de máquinas e motoristas. As aulas acontecem em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Cerca de 150 colaboradores da unidade Estivas foram qualificados em treinamento que aconteceu de abril a julho de 2013. Além do curso de operador de máquinas, os alunos passaram por módulos de Relações Humanas, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho. O Pronatec é uma iniciativa do governo federal, em parceria com os governos estaduais e

MÉDIA DE HORAS DE TREINAMENTO GRI LA10

Homens Mulheres

Cargos gerenciais 12 3

Cargos com nível superior 27 19

Cargos sem nível superior 33 23

MÉDIA TOTAL 32

São considerados todos os treinamentos, incluindo as horas-aula de inglês. Não foram consideradas as horas de treinamento dos estagiários.

INVESTIMENTO EM TREINAMENTO (R$)

Tipo Total

Subsídio educação 500.604

Subsídio idiomas 160.259

Treinamentos técnicos 1.342.410

Treinamentos comportamentais 1.342.410

TOTAL 3.345.683

Na safra 2013/2014, treinamento totalizou

32

horas em média por colaborador

GESTÃO DE PESSOAS

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municipais, cujo objetivo é oferecer bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional.

PROGRAMA OPERADOR MANTENEDOR

Iniciado na safra 2013/2014 como piloto em uma frente de trabalho da unidade Rio Brilhante (MS), o Programa Operador Mantenedor tem como objetivo capacitar os operadores de colhedora, desenvolvendo as competências necessárias para manutenção básica em colhedoras de cana, visando melhores resultados na atividade de colheita e manutenção (safra e entressafra).

Funcionou com 20 colaboradores (operadores e líderes) e foi muito bem-sucedido, de forma que deverá ser

expandido para as demais unidades do Polo MS e dos outros polos. Com o programa, houve ganho em indicadores como tempo médio de reparo (MTTR), tempo médio entre falhas (MTBF) e consumo de óleo diesel e hidráulico.

INCLUSÃO DIGITAL

Em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e a Prefeitura de Pedras de Fogo, a Biosev iniciou um Programa de Inclusão Digital na unidade Giasa (PB). Destinado a colaboradores e seus dependentes, consiste em aulas de informática básica e acesso à internet. Os 168 alunos das 12 primeiras turmas concluíram o curso com duração de 90 horas/aula em dezembro de 2013. O projeto é uma oportunidade de adquirir conhecimento e qualificação e trabalha com os alunos a importância do acesso à tecnologia nos dias de hoje.

PROGRAMA DE TRAINEE

Lançado em junho de 2013, o Programa de Trainee possui dois anos de duração, tempo em que os jovens recém-formados conhecerão os diversos processos da companhia e se especializarão nas suas respectivas áreas.

A seleção foi dividida em três fases (avaliação online, dinâmicas de grupos e painéis com os gestores), o processo seletivo contou com mais de 17 mil inscritos e ocorreu em quatro cidades: São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (MG). Foram selecionados 19 jovens que vão atuar nas áreas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (Safety, Health and Environment – SHE), Finanças, Comercial, Recursos Humanos, Agrícola e Industrial.

Operadores estão sendo capacitados para a manutenção dos equipamentos de colheita

GESTÃO DE PESSOAS

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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014

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A atuação da Biosev é conduzida por políticas e programas de monitoramento e gestão de impactos, assim como por iniciativas de educação ambiental de colaboradores, fornecedores e comunidades

GES

TÃO

D

E M

EIO

AM

BIEN

TE

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As questões socioambientais de relevância para as comunidades vizinhas às operações estiveram

entre as principais preocupações dos públicos que mais se relacionaram com a Biosev ao longo da safra 2013/2014. No período, os temas reciclagem, biomas brasileiros, conservação do solo e da água e doação de mudas foram abordados com as comunidades das unidades Lagoa da Prata, Estivas, Giasa, Maracaju, Passa Tempo e no Polo de Ribeirão Preto.

A Biosev realiza frequentemente monitoramentos ambientais qualitativos e quantitativos de recursos hídricos e emissões atmosféricas frequentes, que permitem estudos de engenharia que refletem na instalação de sistemas e equipamentos para mitigar os impactos ambientais mais significativos das suas atividades. O monitoramento é feito da seguinte forma:

• Recursos hídricos: por meio de análises laboratoriais, instalação de sistema de medidores automáticos, fechamento de circuito nos processos industriais (com metas anuais de eficiência de redução em m³/tc) e aplicação de seus efluentes após análise de aspectos como fertirrigação das lavouras de cana-de-açúcar conforme normas estabelecidas por agências ambientais;

• Emissões atmosféricas: via coleta por laboratórios especializados, com emissão de certificados analíticos para a realização de manutenções e regulagens periódicas nos sistemas de captação dos particulados.

Viveiros próprios produzem mudas nativas para o reflorestamento

GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

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GESTÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS GRI EN26

Impacto Ação mitigadora

Consumo de água Investimento em tecnologias de reúso e recirculação de água no processo

Geração de resíduos Treinamento e capacitação das principais áreas geradoras, criação de portal para difusão de boas práticas com foco nos 3R´s – reduzir, reutilizar e reciclar – e treinamento e capacitação da equipe responsável pela gestão do processo

Emissões atmosféricas Investimento em tecnologias para tratamento das emissões atmosféricas, que contemplam programas de manutenção preventiva dos equipamentos de lavagem dos gases

Efluentes industriais Investimento em melhorias nas redes de canais e adutoras, travessias de rios e tanques de armazenamento, bem como realização de estudos em fase piloto de automação de todo o processo

Incêndios florestais Treinamento das equipes de brigada, realização de simuladores e investimento em tecnologias antichamas nos equipamentos de colheita mecanizada

Áreas de Preservação Permanente

Reforma e ampliação dos viveiros de mudas nativas, treinamento e capacitação para os responsáveis pelos viveiros, desenvolvimento de pesquisas, recuperação de áreas degradadas com uso de novas tecnologias – tubetes, gel para retenção de umidade nas mudas, entre outras – e investimentos em programas de educação ambiental em comunidades no entorno das usinas

A seguir são apresentados os principais impactos ambientais da companhia e as ações mitigadoras realizadas no período:

Já a redução dos impactos ocasionados pela geração de resíduos do processo de fabricação industrial ocorre com a utilização de torta de filtro e fuligem como fonte de matéria orgânica para lavoura. Os demais resíduos são segregados e armazenados nas Centrais de Resíduos das unidades até o momento de sua destinação ou comercialização com empresas licenciadas em agências ambientais ou por meio do Gerenciamento Integrado de Resíduos, implantado em algumas unidades desde 2011. GRI EN26

Como medidas de precaução, a Biosev realizou investimentos na ordem de R$ 16 milhões, que contemplaram a instalação de torres de resfriamento para o fechamento dos circuitos, a fim de minimizar os volumes captados; decantadores de fuligem, para promover melhorias na eficiência do reúso de água; lavadores de gases modernos para atendimento aos padrões de emissões e centrais de resíduos para seu gerenciamento; impermeabilização de tanques de armazenamento de efluente industriais; Estação de Tratamento de Água Residuária (ETAR) e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE); construção de depósito de produtos químicos e adequação de casa de bombeamento de efluentes.

No exercício, foram investidos R$ 9,2 milhões em melhorias de processo e aplicação de tecnologias para minimizar os impactos ambientais de suas atividades. Apesar dos esforços, alguns impactos, como os incêndios florestais que afetam todo o setor sucroenergético e as comunidades do entorno, ainda precisam de mais estudos para a busca de soluções efetivas.

Adicionalmente, por meio do dashboard (painel de controle), os analistas ambientais das unidades acompanham os resultados de consumo de água, energia, geração de efluentes, resíduos, energia e emissões.

Tecnologia para tratamento e verificação das emissões atmosféricas

GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

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CONSUMO DE RECURSOS

ÁGUA

O consumo de água nas unidades da Biosev aumentou 9,4% na safra 2013/2014 em relação à anterior, totalizando 40.994.993 metros cúbicos. Isso se deve a algumas falhas operacionais que já foram sanadas, adotando-se maior rigor no monitoramento do consumo.

A companhia deu continuidade ao seu plano de ações para reduzir o consumo de água, e continuou o investimento em treinamento e capacitação de seus profissionais de meio ambiente, promovendo cursos internos e externos com especialistas de diversas áreas, entre elas a de gestão de águas e efluentes.

Foram instalados novos equipamentos que possibilitaram ampliar a recirculação de água no processo industrial e a instalação de sistemas de monitoramento remoto interligados aos Centros de Controle Operacional (COEs) das unidades industriais também avançou, visto que seu uso possibilita a interação com outros sistemas que integram o controle de fluxo para gerenciamento de riscos ambientais.

Além disso, aconteceram medidas específicas nas usinas para aprimorar essa gestão. A unidade Rio Brilhante, por exemplo, recebeu sistema de filtragem da água de lavagem das telas do filtro prensa para utilizar na embebição da moenda. Na unidade Leme, houve melhoria do sistema de drenagem do chorume de bagaço de cana. Já as unidades Estivas e

TOTAL DE ÁGUA RETIRADO POR FONTE GRI EN8

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Captação Volume (m3) m3/tc Volume (m3) m3/tc Volume (m3) m3/tc*

Subterrânea 4.005,8 0,15 5.604,2 0,19 5.512,8 0,18

Superfície 28.687,6 1,05 33.757,5 1,15 35.482,2 1,18

TOTAL 32.693,4 1,19 39.361,7 1,34 40.995,0 1,37

tc = total de toneladas de cana moída referente ao ano-safra

FONTES HÍDRICAS AFETADAS GRI EN9

2012/2013 2013/2014

Unidades Principais fontes DescriçãoVolume

(m3/h) DescriçãoVolume

(m3/h)

Rio Brilhante Guarani (Botucatu) subterrânea 760,0 subterrânea 760,0

Lagoa da Prata

Rio São Francisco superficial 3.525 superficial 3.525

Vale do Rosário

Formação Serra Geral/Guarani (Botucatu)

subterrânea 169,53 subterrânea 169,53

Santa Elisa Formação Serra Geral/Guarani (Botucatu)

subterrânea 435 subterrânea 435

Jardest Guarani (Botucatu) subterrânea 220 subterrânea 220

TOTAL 5.190,62 5.190,62

*As unidades não listadas não possuem fontes significativamente afetadas por retirada de água

ÁGUA RECICLADA E REUTILIZADA GRI EN10

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Efluentes reutilizados em outras instalações da organização (m3)

35.920.774,31 38.189.830,87 41.796.086,74

Percentual de água reciclada/reutilizada 96,97% 98,12% 101,95%

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Giasa reforçaram investimentos em controles ambientais: foi feita a impermeabilização de dois tanques para armazenamento de efluentes industriais em Estivas e a instalação de um sistema para controle de ruptura em Giasa.

Essas melhorias permitiram reduzir a geração de água residuária (proveniente de sistemas de lavagem de cana, de resfriamento e efluentes que passaram por estações de tratamento ou das caixas separadoras de água e óleo) em cerca de 4 milhões de litros (volume equivalente a 172 piscinas olímpicas). Ao mesmo tempo, houve maior geração de vinhaça, o que ocorreu principalmente devido ao aumento do mix de produção para etanol durante a safra. Dessa forma, o volume de reaproveitamento de água superou os 100% do total captado, uma vez que o cálculo desse valor considera a soma do volume da vinhaça com a água residuária dividido pelo total de água retirado da fonte. GRI EN26

ENERGIA

A Biosev registrou consumo de energia de 84.952.773,34 gigajoules (GJ) no ano-safra 2013/2014, sendo 84.864.909,84 GJ de energia direta e 87.863,5 GJ de energia indireta. Os dados não são comparáveis aos da safra anterior, pois o cálculo passou a incluir o bagaço comprado e o etanol produzido como fontes de energia renovável, e mudança na metodologia de cálculo de energia direta produzida de fonte renovável. GRI 3.10

Até a safra 2012/2013, era considerada como energia direta produzida de fonte renovável exclusivamente a energia elétrica produzida a partir da queima do bagaço. A partir da safra 2013/2014, o cálculo passou a abranger toda a energia disponível no bagaço para a queima (levando em conta o poder calorífico desse material da mesma forma como é feito para diesel, etanol e madeira), o que explica a diferença significativa entre os valores de uma safra e outra.

CONSUMO DE ENERGIA DIRETA (GJ) GRI EN3

Uso 2012/2013 1 2013/2014

FONTES RENOVÁVEIS - PRODUÇÃO PRÓPRIA

Etanol Veículos - 91.746,75

Biocombustíveis (bagaço de cana) Caldeira 4.430.142,79 77.703.423,12

FONTES RENOVÁVEIS - ENERGIA COMPRADA

Biocombustíveis (bagaço, madeira) Caldeira 74.493,92 5.956.956,40

FONTES NÃO RENOVÁVEIS - ENERGIA COMPRADA

Gasolina Veículos 5.537,71 2.135,51

Diesel Maquinário agrícola

3.939.599,38 4.043.933,01

Gás Liquefeito de Petróleo – GLP Carregadeiras - 27.335,44

ENERGIA DIRETA VENDIDA DE FONTE RENOVÁVEL

Bagaço - - 402.916,40

Biocombustíveis - 2.249.367,23 2.555.713

CONSUMO TOTAL DE ENERGIA DIRETA

Renovável - 2.255/269,48 80.791.505.88

Não renovável - 3.945.137,09 4.073.403.96

TOTAL 6.200.400,60 84/864.909,84

CONSUMO DE ENERGIA INDIRETA1 GRI EN4

2012/2013 2013/2014

GJ GJ/tc2 GJ GJ/tc

Energia elétrica 3 96.529,3 0,0033 87.863,5 0,00291 Energia consumida para abastecimento de necessidades de energia intermediária (como eletricidade, aquecimento e refrigeração).2 tc = total de toneladas de cana moída referente ao ano-safra.3 A energia consumida é proveniente do Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o Balanço Energético Nacional 2014, com base em dados de 2013, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a matriz energética brasileira teve 79,3% de participação de fontes renováveis, com predominância de energia hidrelétrica (70,6%).

Fechamento de circuitos hídricosO caso de sucesso na redução do consumo de água mais emblemático da safra foi o da unidade MB, onde investimentos feitos em dois processos que envolvem circuitos hídricos representaram redução de 821 m³ por hora na captação de água.

As melhorias ocorreram por meio do fechamento do circuito hídrico de resfriamento de água da fabricação de açúcar e fechamento do circuito hídrico de água de lavagem de gases de combustão da caldeira. GRI EN26

1 Os dados da safra 2012/2013 não incluem etanol produzido e bagaço de cana adquirido de terceiros.

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A nova metodologia também passou a considerar nos cálculos de energia comprada renovável e energia vendida renovável o bagaço de cana e o seu respectivo poder calorífico. Para a energia cogerada vendida, foi considerada a energia elétrica vendida ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O início da substituição da frota de automóveis da Biosev para veículos flex, para uso de etanol como principal combustível, levou à redução de 60% na compra de gasolina na safra e à inclusão do etanol, de produção própria, entre os combustíveis consumidos, medida que tem também efeito para reduzir emissões de gases de efeito estufa. Ainda a partir desta safra, a empresa passou a considerar o consumo de GLP utilizado pelas empilhadeiras. GRI EN26

Diversos outros investimentos realizados na safra foram destinados a melhorar o desempenho de equipamentos e, consequentemente, reduzir o consumo de energia. Entre as ações destacam-se aquelas destinadas à melhoria da eficiência das moendas, como a instalação de regeneradores caldo/condensado nas unidades de Lagoa da Prata e Maracaju, a instalação de turbinas mais eficientes (condensação) na unidade Lagoa da Prata e outras adequações e manutenções dos sistemas de geração de vapor (caldeiras, tratamento de água, etc.) com foco em redução da umidade do bagaço.

Na unidade Passa Tempo foi implantada a cogeração, com as caldeiras de menor pressão e eficiência sendo substituídas por uma de maior pressão e eficiência. Houve substituição dos acionamentos da moenda de turbina para motor elétrico, muito mais eficiente, e substituição das turbinas dos geradores por novas mais eficientes.

O redesenho do processo contou ainda com a substituição de equipamento de aquecimento e evaporação utilizando materiais mais nobres e reduzindo o consumo de vapor. A estratégia

contou com maximização da geração de energia, com a operação da termoelétrica em períodos de paradas de moagem, o que aumenta o consumo global de energia em momentos sem processamento de cana e impacta diretamente nos índices de consumo específico.

Houve otimização também de fornecedores e parceiros. Todos os motores novos são comprados do fabricante WEG, de alta eficiência e com menor consumo de energia. Já a limpeza de evaporação está mais intensa a fim de melhorar a eficiência de troca térmica nos mesmos e reduzir o consumo de vapor.

Outro ponto que colaborou na busca da máxima eficiência foi o treinamento destinado aos colaboradores da operação, supervisão e coordenação da geração de vapor e energia, a fim de trabalharem sempre com a melhor configuração de combinação de equipamentos.

Um comitê de energia se reúne semanalmente para analisar os resultados e propor ações corretivas, assim como atuar nos pilares de exportação de energia a fim de maximizá-la. Reuniões diárias são

ENERGIA ECONOMIZADA (GJ) GRI EN5

Melhorias de conservação e eficiência 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Conversão e retrofitting de equipamentos

42.140,00 52.081.173,16 32.870.942

Mudança de comportamento dos colaboradores

63.211,00 34.720.782,10 43.827.922

Redesenho do processo 316.053,00 260.405.865,78 142.449.747

TOTAL 421.404,00 347.207.821,04 219.139.61

CONSUMO DE ENERGIA

Evolução 2012/2013 2013/2014

Consumo de vapor (toneladas) 13.946.514 15.124.913

Consumo específico de vapor (Kg/tc) 506,67 504,01

Consumo de energia elétrica (MWh) 625.414 674.741

Consumo específico de energia elétrica (kWh/tc) 21,33 22,48

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HABITATS PROTEGIDOS E RESTAURADOS GRI EN13

2012/2013 2013/2014

Habitats protegidos (ha) 14.557,07 15.820,67

Habitats restaurados (ha) 81,63 18,00

realizadas com todos os supervisores de geração de energia das unidades, onde são analisados indicadores reativos e proativos e planos de ação são traçados para tratar desvios existentes. Foram inseridos na gestão da rotina das unidades novos indicadores proativos de energia, também a fim de maximizar o foco e os resultados.

Entretanto, não houve redução maior do consumo devido ao alto índice pluviométrico e às necessidades de partidas e paradas do processo, que levam a um consumo maior de vapor e energia para liquidação e start muito alto.

BIODIVERSIDADENa safra 2013/2014, a Biosev continuou investindo em novas tecnologias ambientais, na preservação ambiental de suas áreas de cultivo, na produção de mudas de espécies florestais nativas para a proteção de matas ciliares, nascentes e áreas de preservação permanente, bem como em treinamento e capacitação dos profissionais que atuam em seus viveiros. Ações de educação ambiental, promoção de eventos para discussão de temas importantes da legislação ambiental brasileira e doação de mudas de árvores para escolas públicas, prefeituras municipais e produtores rurais também fizeram parte das ações realizadas no período.

Houve acréscimo de 1.263 hectares (8,68%) de áreas protegidas nesta safra em relação à anterior, com destaque para a unidade Giasa, que intensificou suas ações de proteção de mananciais e matas ciliares. Já as unidades Estivas e UMB totalizaram 81,63 hectares de áreas nativas restauradas no período. A restauração que se iniciou em 2013 segue por pelo menos dois anos e meio para garantir que as espécies nativas plantadas atinjam porte suficiente para resistência.

Essas áreas foram recuperadas em razão de danos causados por incêndios de origem desconhecida, provocados por fatores como condições climáticas

Controle de áreas protegidas para assegurar a preservação da biodiversidade

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desfavoráveis e proximidade com áreas urbanas ou rodovias. Além disso, o acréscimo de áreas em Vale do Rosário, Santa Elisa e Continental se devem ao fato destas unidades estarem prosseguindo com o processo de regularização de suas reservas legais com o órgão competente.

QUEIMADAS

O alto índice de queimadas de origem desconhecida tem causado danos a áreas de preservação ambiental sob a tutela da Biosev. Preocupada com o tema, a empresa vem buscando soluções para minimizar o impacto gerado pelas queimadas, como a criação de indicadores ambientais específicos.

Entre as ações desenvolvidas, destacam-se treinamento e formação de brigadas florestais, criação de procedimentos internos para inspeção e manutenção de equipamentos e veículos utilizados em situações de emergência e simuladores de incêndio, integrados com a participação de empresas e entidades filiadas ao Plano de Atendimento Mútuo (Pame).

TECNOLOGIAS

O Etanol Verde é um importante projeto de tecnologia agrícola para a preservação da biodiversidade. A adesão ao programa prevê antecipar para 2014 a eliminação da queima de palha da cana-de-açúcar em áreas mecanizáveis e para 2017 em áreas não mecanizáveis, nas usinas do Estado de São Paulo. Pela lei estadual, os prazos são, respectivamente, 2021 e 2031.

O gráfico ao lado mostra a comparação do Protocolo Agroambiental Projeto Etanol Verde e a Lei Estadual nº 11.241/02.

Viveiros para restauraçãoA Biosev vem se dedicando à produção de mudas para restauração florestal nas regiões em que atua, tanto em áreas próprias como de parceiros, e para doação às comunidades. Os viveiros das unidades Vale do Rosário (SP), Continental (SP), Santa Elisa (SP), Lagoa da Prata (MG), Giasa (PB) e Estivas (RN) possuem capacidade de produção anual de 410 mil mudas nativas. A produção inclui várias espécies dos biomas da Mata Atlântica e Cerrado, como açoita-cavalo, angico, jatobá, cedro, paineira, ingazeiro e ipês, entre outras.

A unidade Vale do Rosário mantém parceria com a Escola de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba. Já a unidade Estivas atua com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), que ajuda no fornecimento de mudas de seu viveiro e oferece capacitação aos colaboradores, aperfeiçoando as metodologias utilizadas para a produção de mudas e práticas de plantio. A unidade Continental aderiu ao Programa Semear, que tem por objetivo a ressocialização de detentos que produzem mudas nativas em penitenciárias do Estado de São Paulo.

Em parceria com a Biosev, a Associação Ambientalista do Alto São Francisco (ASF) e o Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto São Francisco (CBHSF1) doaram cerca de 900 mudas de árvores urbanas e frutíferas à comunidade do bairro Sol Nascente, em Lagoa da Prata, em janeiro de 2014. A iniciativa, que contou com o apoio da Polícia Ambiental e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tinha como objetivo incentivar o plantio e promover a conscientização ambiental dos moradores. GRI EN13

PRAZO PARA A ELIMINAÇÃO DA QUEIMA DE PALHA NO ESTADO DE SÃO PAULO

ÁREAS MECANIZÁVEIS%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2006 2010 2011 2014 2016 2021

ÁREAS NÃO MECANIZÁVEIS%0

102030405060708090

100

2007 2010 2011 2016 2017 2021 2026 2031

Protocolo agroambiental

Lei Estadual nº 11.241/02

Nota: Os pontos destacados nas linhas dos gráficos mostram os anos específicos citados na Lei ou no Protocolo. Elaborado pela Unica.

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de cogeração a partir da queima de biomassa (bagaço) da usina Passa Tempo, com capacidade instalada de 77,8 MW.

Durante a revisão dos dados da safra 2013/2014, foi identificado um erro no cálculo de emissões indiretas no aspecto de transportes de colaboradores que ocorria também para o inventário de 2012/2013. Em razão disso, foram corrigidos os valores reportados no relatório anterior, incluindo também o cálculo de emissões pelo transporte rodoviário de insumos agrícolas. GRI 3.10

Reduzir os impactos ambientais de suas atividades é uma grande preocupação da Biosev. Para isso, a empresa investe em ações e tecnologias que contribuem para o desenvolvimento sustentável de suas atividades. As principais ações na safra 2013/2014 relacionadas a transporte e emissões envolveram: GRI EN18, EN26

• Otimização da logística de transporte de cana – A iniciativa abrangeu o uso de imagens de satélite e ferramentas de mapeamento de rodovias e possibilitou realizar um amplo estudo nas unidades do Polo Ribeirão Preto, com o objetivo de melhorar o transporte de cana,

EMISSÕESAs emissões de gases de efeito estufa (GEE) totalizaram 8.672.363 toneladas de carbono equivalente. O inventário tem como base a metodologia internacional GHG Protocol e a norma ABNT NBR ISO 14.064-1 e considera todas as unidades operacionais.

As emissões renováveis representaram 85,18% das totais, em comparação a 84,74% na safra 2012/2013, mantendo-se estáveis em 0,23 tCO2e por tonelada de cana produzida. Essas emissões refletem o carbono recentemente sequestrado da atmosfera, não contribuindo, portanto, para o aumento da concentração de GEE.

As emissões não renováveis reduziram-se de 0,41 tCO2e por tonelada de cana moída para 0,40 tCO2e em razão de: crescimento da queima de bagaço nas caldeiras, maior emissão de CO2 nas dornas (tanques) de fermentação em decorrência do aumento do mix de etanol, ampliação da frota de automóveis usando etanol como principal combustível e acréscimo da fração de biodiesel em equipamentos diesel.

Outra forma de contribuição para o aumento de emissões renováveis foi o início da operação da nova unidade

EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA GRI EN16, EN17

Emissões consideradas

2012/2013 2013/2014 Variação

tCo2e tCO2e/tc tCo2e tCO2e/tc tCO2e/tc

Escopo 1 425.415 0,014 489.554 0,017 - 14,48%

Escopo 2 3.568 0,0001 3.348 0,0001 4,87%

Escopo 3 779.272 0,026 721.524 0,024 6,30%

TOTAL 1.208.255 0,040 1.214.426 0,041 - 2.08%

Fontes renováveis

Escopo 1 6.932.483 0,2310 6.736.458 0,2281 1,28%

Escopo 2 - 0 0 0,0 -

Escopo 3 9.501 0,0003 7.341 0,0002 27,38%

TOTAL 6.941.985 0,23 6.743.798 0,23 1,30%

EMISSÕES TOTAIS (consideradas mais renováveis)

8.150.240 0,27 7.958.225 0,27 0,79%

Obs.: Os dados da safra 2012/2013 foram revistos em razão de aperfeiçoamento de medição GRI 3.10Escopo1: emissões diretas | Escopo 2: emissões de energia comprada | Escopo 3: emissões indiretas

Emissões atmosféricas são inventariadas com base na metodologia GHG Protocol

GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

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considerando fatores como distância, capacidade da usina, condições das vias e restrições dos municípios.

• Otimização da logística de transporte de produto acabado – Investimento no uso de transporte multimodal para distribuição de seus produtos acabados (açúcar e álcool), sendo utilizado transporte rodoviário até local de transbordo para transporte ferroviário, sendo este mais limpo e eficiente.

• Utilização de etanol na frota de veículos leves – A empresa vem ao longo dos últimos anos substituindo sua frota de veículos leves, utilizados em atividades administrativas e de apoio agrícola e industrial, por veículos flex (que usam etanol e gasolina). O abastecimento desses veículos é feito nas próprias usinas com o etanol produzido internamente.

• Tecnologias de plantio e colheita – Outro importante avanço em fase experimental é o uso de tecnologias de plantio e colheita com uso de sistemas de navegação via satélite. Com sistemas interligados de forma eletrônica aos equipamentos, é possível realizar com alta precisão as operações de plantio, adubação, aplicação de agroquímicos e colheita da cana, o que possibilita reduzir do processo e, consequentemente, otimizar o consumo de combustível.

EFLUENTES E RESÍDUOSA Biosev mantém um processo de melhoria contínua do controle de efluentes e resíduos por meio do compartilhamento de boas práticas desenvolvidas internamente pelos próprios funcionários. Chamado de águas residuárias, o efluente gerado nas usinas é proveniente de vários setores do processo (lavagem de cana, resfriamento, efluente final das estações de tratamento, efluente final das caixas separadoras de água e óleo, etc.).

Esse efluente é misturado à vinhaça, um subproduto do processo industrial, e todo esse volume é usado na fertirrigação do solo. Em 2012, foi criado o Plano Diretor de Vinhaça, um diagnóstico técnico de toda a estrutura para tratamento, transporte e disposição final de efluentes industriais que auxilia na tomada de decisões e na definição de prioridades que impulsionem resultados do controle de efluentes.

Na safra, foram desenvolvidas diversas ações para controlar melhor essa gestão e reduzir os riscos ambientais. A unidade Giasa passou a operar com um sistema automático de controle de ruptura em adutoras que impede o vazamento acidental de efluentes por meio de controles automatizados interligados ao sistema de bombeamento da usina.

A unidade Estivas recebeu o mesmo controle automático, além de melhorias no sistema de bombeamento de efluentes industriais, permitindo maior eficiência no processo, reduzindo o tempo gasto nessas operações e ampliando as proteções de segurança desses equipamentos. Na unidade Leme foi construído um novo sistema para a captação do efluente gerado na pilha zde bagaço, o que permitiu a destinação adequada desse efluente. GRI EN21

MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DESCARTADOS GRI EN22

Tipo de resíduos Total gerado (t) Reciclagem (t) Reutilização (t)1 Rejeito (t)2

2012/2013

2013/2014

2012/2013

2013/2014

2012/2013

2013/2014

2012/2013

2013/2014

Resíduos Classe I 1.194 1.024 505 156 297 457 392 410

Resíduos Classe II 11.952 9.813 10.098 7.692 50 487 1.803 1.628

TOTAL 13.146 10.837 10.603 7.848 348 944 2.195 2.0381 Resíduos destinados a coprocessamento e rerrefino2 Resíduos destinados a aterro industrial e sanitário

Geração total de resíduos registrou redução de

18%em comparação à safra anterior

EFLUENTES 1 GRI EN21

2012/2013 2013/2014

Geração (m³) m³/tc

AR + vinhaça (m3/tc) Geração (m³) m³/tc

AR + vinhaça (m3/tc)

Água residuária 26.433.829,97 0,901,34

26.429.829,79 0,881,39

Vinhaça 13.074.174,63 0,44 15.366.256,95 0,511 100% dos efluentes são aplicados na irrigação do solo1100% dos efluentes são aplicados na irrigação do solo; tc = toneladas de cana

GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

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No período, o total de resíduos gerados foi 17,6% menor do que na safra anterior: 10.837 toneladas, em comparação a 13.146 toneladas.

COLETA SELETIVA

Na gestão de resíduos, coletores seletivos a partir de tambores reutilizados, recipientes para armazenamento de lâmpadas feitos de embalagens de equipamentos (caixas de madeira), bacias de contenção para armazenar resíduos de óleo e graxa construídas com sucata, estantes para armazenagem de pneus, também de sucata, são exemplos de boas práticas compartilhadas e multiplicadas.

A Biosev dispõe de modernas centrais de armazenamento temporário de resíduos dotadas de prensas hidráulicas e paleteiras elétricas para enfardamento e transporte de resíduos, o que auxilia a reduzir os riscos ergonômicos dessas atividades.

Apoio à reciclagemA Biosev, por meio da unidade Continental, doa materiais recicláveis, como papelão, plásticos e big bags, à Cooperativa Coopercolômbia, formada por famílias de catadores de papelão do município de Colômbia (SP). O projeto, além de agregar valor financeiro à associação – com o lucro da venda desses materiais às empresas de reciclagem sendo repassado aos cooperados –, é ambientalmente responsável, pois garante a destinação correta dos materiais.

Outro ponto do projeto é a distribuição de ecobags (sacolas ecológicas) confeccionadas pela cooperativa aos moradores do município, para acondicionamento de materiais recicláveis. A iniciativa contribui com o Projeto Cidade Limpa, da Prefeitura de Colômbia, que mantém caçambas para descarte de entulhos de construção e podas de árvores, entre outros.

Unidade Santa Elisa recebeu o piloto da Estação de Reciclagem

GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

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A empresa também promoveu treinamentos e realizou controles efetivos de todos os resíduos gerados em seus processos agrícolas e industriais, ampliando oportunidades de reduzir ou reciclar os resíduos.

Colaboradores da área de Oficina Automotiva de todas as unidades receberam treinamento de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, atividade que abrangeu 212 participantes. A parceria entre Agrícola e SHE permitiu orientar sobre as formas adequadas de segregação, acondicionamento e armazenamento de resíduos sólidos. Essas iniciativas resultam na menor geração de resíduos, proporcionando ganhos ambientais, econômicos e sociais. Durante o treinamento também foram abordadas as Boas Práticas SHE, mostrando exemplos de sugestões já adotadas.

ESTAÇÃO DE RECICLAGEM

A unidade Santa Elisa lançou em julho de 2013 o projeto-piloto de consciência ambiental Estação de Reciclagem, para que os colaboradores depositem resíduos recicláveis de suas residências. Os coletores ficam no estacionamento do prédio central e recebem itens como papel, papelão, plásticos e embalagens, alumínio, vidro, lâmpadas e eletrônicos. Por esse meio, em 2013 foram coletados e enviados para reciclagem 23.680 quilos de resíduos.

Coleta seletiva de lixo estimula boas práticas entre os colaboradores

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Para lembrar e reforçar o Dia Mundial do Meio Ambiente, a equipe de SHE realizou intensa programação em todas as unidades durante a semana de 5 de junho. Resíduos foi o tema central da campanha 2013 de conscientização dos colaboradores e das comunidades. O objetivo foi que todos percebessem a importância em reduzir, reutilizar e reciclar todos os tipos de resíduos, seja em casa, seja no local de trabalho ou na comunidade. A identidade visual da campanha foi marcada pelo selo Usina Limpa, movimento para estimular essa atitude entre os colaboradores.

Grandes lixeiras adesivadas foram espalhadas pelas unidades para chamar a atenção de todos para o tema. Além disto, parcerias com o Sesi/Senai viabilizaram diversas oficinas de reciclagem. Nas unidades SP Norte e Sul, os colaboradores puderam pintar telas feitas a partir do reaproveitamento de big bags de açúcar. A agenda da semana comemorativa também contou com distribuição de cartilhas educativas sobre resíduos em escolas dos 12 municípios onde há unidades; a realização de um Seminário Ambiental, na cidade de Lagoa da Prata (MG), e Simulados de Emergências Químicas nas unidades Estivas (RN), Rio Brilhante (MS) e Jardest (SP).

GESTÃO DE MEIO AMBIENTE

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Página/Comentário Nível de relato

ESTRATÉGIA E ANÁLISE

1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na Organização sobre a relevância da Sustentabilidade para a Organização e sua estratégia

5 Parcial

1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 5, 19, 30 Parcial

PERFIL ORGANIZACIONAL

2.1 Nome da organização 7 Completo

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 7 Completo

2.3 Estrutura operacional, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures 7, 8 Completo

2.4 Localização da sede 75 Completo

2.5 Número de países em que a Organização opera e nome dos países em que suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório

7, 8 Completo

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 7 Completo

2.7 Mercados atendidos (regiões, setores e tipos de clientes/beneficiários) 7, 38 Completo

2.8 Porte da organização 7, 13, 37 Completo

2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária

9, 14, 20 Completo

2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório 12 Completo

PERFIL DO RELATÓRIO

3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas 15 Completo

3.2 Data do relatório anterior mais recente 2012/2013 Completo

3.3 Ciclo de emissão de relatórios Anual Completo

3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo 75 Completo

3.5 Processo para definição do conteúdo do relatório 16-17 Parcial

3.6 Limite do relatório (países, divisões, subsidiárias, fornecedores) 15 Completo

3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório 15 Completo

3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações

15 Completo

3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos 15 Completo

3.10 Consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações

9, 15, 51, 63, 67 Completo

3.11 Mudanças significativas em comparação a anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório

15 Completo

3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório 71 Completo

3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório Não houve verificação externa na safra 2013/2014.

Completo

GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO

4.1 Estrutura de governança da organização 25 Completo

4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja diretor 25 Completo

4.3 Membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança 25 Completo

4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança

26, 27 Parcial

4.5 Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria-executiva e demais executivos (incluindo acordos rescisórios) e o desempenho da Organização

26 Completo

4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados

26 Completo

SUMÁRIO REMISSIVO GRIGRI 3.12

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Página/Comentário Nível de relato

4.7 Processo para determinada composição, das qualificações e do conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da Organização

Não há processo estruturado. Os conselheiros devem zelar pela fiel observância das normas legais e regulamentares pertinentes às atividades da companhia e de suas subsidiárias, possuindo reputação ilibada e não sendo eleitos aqueles impedidos em virtude de lei ou de condenação judicial.

Completo

4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação

27 Completo

4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da Organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios

25 Completo

4.10 Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social

A empresa não possui processo estruturado de autoavaliação do Conselho de Administração, apenas análise de desempenho de diretores, gerentes, supervisores, coordenadores e especialistas.

Completo

4.11 Explicação de como a organização aplica o princípio da precaução 30 Parcial

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a Organização subscreve ou endossa

18 Completo

4.13 Participação em associações e/ou organismos nacionais/internacionais de defesa 18 Completo

4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela Organização 16 Completo

4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar 16 Completo

4.16 Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a frequência do engajamento por tipo e por grupos de stakeholders

16 Completo

4.17 Principais temas e preocupações levantados por meio do engajamento dos stakeholders e que medidas a Empresa tem adotado para tratá-los

16 Parcial

INDICADORES DE DESEMPENHO Página/Comentário Nível de relato

DESEMPENHO ECONÔMICO

Forma de gestão 19-23, 30, 35-37 Parcial

EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído 35 Completo

EC2 Implicações financeiras, riscos e oportunidades para as atividades da Organização devido a mudanças climáticas

35, 36 Completo

EC5 Salário mais baixo, por gênero, comparado ao salário mínimo local 56 Completo

EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais A empresa está aperfeiçoando a gestão dese tema material e os dados deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

EC7 Procedimentos para contratação local A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e os dados deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos

A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e as informações deverão estar disponíveis em 2014/2015.

Não informado

DESEMPENHO AMBIENTAL

Forma de gestão 60-70 Parcial

EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária 63 Completo

EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária 63 Completo

EN5 Energia economizada, devido a melhorias em conservação e eficiência 64 Completo

EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e as informações deverão estar disponíveis em 2014/2015.

Não informado

EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas Não informado

EN8 Total de retirada de água por fonte 62 Completo

EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 62 Completo

EN10 Porcentagem e volume total de água reciclada e reutilizada 62 Completo

SUMÁRIO REMISSIVO GRI

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Página/Comentário Nível de relato

EN11 Localização e tamanho da área da empresa em áreas protegidas ou alta biodiversidade A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e os dados deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

EN12 Descrição de impactos significativos sobre a biodiversidade Não informado

EN13 Habitats protegidos ou restaurados 65, 66 Parcial

EN14 Gestão de impactos na biodiversidade A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e os dados deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação Não informado

EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores de efeito estufa, por peso 67 Completo

EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases causadores de efeito estufa, por peso 67 Completo

EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas 67 Parcial

EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e os dados deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso Não informado

EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação 68 Completo

EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 68 Parcial

EN23 Número e volume total de derramamentos significativos A empresa está aperfeiçoando a gestão desses temas materiais e os dados deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

EN24 Peso de resíduos perigosos transportados, importados, exportados ou tratados Não informado

EN25 Biodiversidade de corpos d’água e habitats afetados por descartes de água e drenagem Não informado

EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos

61, 63, 64, 67 Parcial

PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE

Forma de gestão 51, 53-58 Completo

LA1 Trabalhadores por tipo de emprego contrato de trabalho e região 51, 52 Completo

LA2 Número total de empregados que deixaram o emprego e de novos contratados durante o período e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região

52 Completo

LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período

56 Completo

LA4 Porcentagem de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva 51 Completo

LA6 Porcentagem dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional

53 Completo

LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região

54 Parcial

LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves

54-55 Parcial

LA9 Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos 54 Completo

LA10 Média de horas de treinamento por ano, por empregado, por categoria funcional 57 Completo

LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira

57 (Não há programas para gerenciamento de fim de carreira)

Completo

LA12 Porcentagem de empregados que recebem regularmente análises de desempenho 56 Completo

LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade

25, 26 Parcial

DIREITOS HUMANOS

Forma de gestão 27-29, 42 Parcial

HR2 Porcentagem de fornecedores significativos, contratados e parceiros de negócios que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas

42 Completo

HR5 Operações e fornecedores significativos identificados em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar sendo violado ou correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito

51 Completo

HR6 Operações e fornecedores significativos identificados como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil

42 Completo

HR7 Operações e fornecedores significativos identificados como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo

42 Completo

SUMÁRIO REMISSIVO GRI

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Página/Comentário Nível de relato

SOCIEDADE

Forma de gestão 43-46 Parcial

SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída

43-46 Completo

SO1 (G3.1)

Porcentagem de operações nas quais foram implementadas práticas de engajamento com a comunidade, avaliação de impactos e desenvolvimento de programas

100% Completo

FP4 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas que promovam acesso a estilos de vida saudáveis

Não possui programas ou práticas que promovam acesso a estilos de vida saudáveis ou para conscientizar a respeito do consumo de açúcar.

Completo

SO2 Porcentagem e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados à corrupção

29 Completo

SO3 Porcentagem de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da Organização 29 Completo

SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção 29 Completo

SO7 Ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio - Não informado

SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos

No período, houve um total de dez sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos. A soma das multas significativas foi de R$ 336.605,88.

Completo

RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO

Forma de gestão 47-48 Completo

PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que são avaliados impactos de saúde e segurança A empresa está aperfeiçoando a gestão desse tema material e as informações deverão estar disponíveis na safra 2014/2015.

Não informado

PR2 Conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos à saúde e segurança Não informado

PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem 48 Parcial

FP5 Percentual do volume de produção em unidades certificadas – segurança de alimentos 48 Completo

FP8 Comunicação aos consumidores sobre ingredientes e informações nutricionais 48 Completo

PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação

47 Parcial

PR6 Programas de adesão a leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio

A Biosev comercializa as marcas próprias Estrela e Dumel no mercado regional de varejo e não há política de comunicações de marketing e propaganda para essas marcas.

Completo

PR7 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado

Não foram registrados. Completo

PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e à perda de dados de Clientes

Não foram registrados. Completo

SUMÁRIO REMISSIVO GRI

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CRÉDITOS

Coordenação-geral e conteúdo GRIGerência de SHE – Segurança, Saúde e Meio AmbienteGerência de Comunicação Corporativa

Redação e ediçãoEditora Contadino

Projeto gráfico e diagramaçãoMulti Design

FotografiasBanco de imagens Biosev

A elaboração deste Relatório de Sustentabilidade é o resultado do esforço de toda a equipe Biosev. Solicitações de esclarecimentos sobre o conteúdo desta publicação podem ser feitas pelo e-mail [email protected] GRI 3.4

INFORMAÇÕESCORPORATIVAS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOClaude Pierre EhlingerPRESIDENTE Adrien Dominique Lucien TardyVICE-PRESIDENTE

André RothCONSELHEIRO

Antonio Delfim NettoCONSELHEIRO INDEPENDENTE

Ciro EchesortuCONSELHEIRO

Cristiano BiagiCONSELHEIRO

Ian Clive BarnardCONSELHEIRO INDEPENDENTE

Philippe Jean Henri DelleurCONSELHEIRO INDEPENDENTE

Ricardo Barbosa LeonardosCONSELHEIRO INDEPENDENTE

DIRETORIARui ChammasDIRETOR-PRESIDENTE (CHIEF EXECUTIVE OFFICER – CEO)

Carlos Alberto Ribeiro Campos GradimDIRETOR TESOURARIA

Daniel Schmidt PittaDIRETOR JURÍDICO

Dante Lanza dos SantosDIRETOR-ADJUNTO ORIGINACÃO

Eduardo Lemes Das NevesDIRETOR COMPETITIVIDADE

Enrico BiancheriDIRETOR COMERCIAL

Evandro Schmidt PauseDIRETOR-GERAL OPERAÇÕES

Luiz Henrique Cerqueira ValverdeDIRETOR- EXECUTIVO RELAÇÕES COM INVESTIDORES

Manoel de Moura Silva FilhoDIRETOR CONTROLADORIA E FP&A

Marcel Resende PortoDIRETOR INVESTIMENTO

Maria Paula Ferreira CurtoDIRETORA RECURSOS HUMANOS

Mauro Sergio Gines MartinsDIRETOR ENGENHARIA

Patrick Julien TreuerDIRETOR ESTRATÉGIA

Paulo PrignolatoDIRETOR FINANCEIRO E DE RELAÇÕES

COM INVESTIDORES

Tereza Cristina PeixotoDIRETORA AGRÍCOLA

Walter Biagi BeckerDIRETOR NACIONAL DE ORIGINACÃO

SEDE GRI 2.4

Biosev A Louis Dreyfus Commodities CompanyAv. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 - 11° andar São Paulo/SP | CEP 01452-919Telefone: (11) 3092-5200

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