religioes mundiais aula 3

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Spiritual


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Tem sido sugerido que o termo "religiões abraâmicas", significasimplesmente que partilham uma fonte espiritual comum. Os cristãosreferem-se a Abraão como o "pai na fé". Há um termo religiosoislâmico, Millat Ibrahim (fé de Ibrahim) que indica que o Islão vê-se a simesmo como tendo práticas ligadas às Tradições de Abraão. A tradiçãojudaica reivindica descendência direta de Abraão, e os fiéis seguem assuas práticas e ideais, sendo Abraão o primeiro dos "pais espirituais",ou Patriarcas Biblicos: Abraão, Isaac e Jacob.Todas as grandes religiões abraâmicas, reivindicam descendência diretade Abraão:

•Abraão está registado na Torah como o antepassado dos israelitas, através dofilho Isaac, nascido de Sara, devido a uma promessa feita no Génesis (Gen17:16). Todas as variantes do Judaísmo, surgidas ao longo do início do século XX(profética, rabínica, reformista e conservadora) foram fundadas pordescendentes israelitas.

•O texto sagrado do cristianismo é a Bíblia Cristã, em que a primeira parte, oAntigo Testamento, é derivado da Bíblia Hebraica. O que leva a umareivindicação semelhante à do Judaísmo, apesar da maioria dos cristãos seremgentios (tradicionalmente, descendentes de Shem - um dos filhos de Noé)considerando-se assim ligados à árvore familiar através da Nova Aliança.

A tradição islâmica, por sua vez, afirma que Maomé, como Árabe, é descendente do filho de Abraão, Ismael. O judaísmo também equaciona que os descendentes de Ismael, os ismaelitas (os árabes), sendo os descendentes de Isaac através de Jacob, por mais tarde vir a ser conhecido como Israel, sejam os israelitas.

Período Inter-bíblico

• Império Persa (até 333 a.C.)– Período calmo

– Povo passa a ser conhecido como “judeus”

– Aparecimento de sinagogas

– Aparecimento dos escribas

– Formação do sinédrio, com 70 anciãos

– Importância política do sumo sacerdote

– Aramaico passa a ser a língua do povo

Período Inter-bíblico

• Império Grego (332 - 315 a.C.)

– Gregos venceram os persas entre 333-330

– Alexandre o Grande conquista Egito, constrói Alexandria; judeus ocupam 2 dos 5 distritos da cidade.

– Maior numero de judeus no Egito do que na Palestina. Dispersão por toda África do Norte.

– Alexandre morre em 323 aos 32 anos

– Em 315 o império é dividido em 4 partes; Palestina fica sob domínio dos Ptolomeus.

Período Inter-bíblico

• Dominação dos Ptolomeus (315 - 198 a.C.)

– Palestina governada por Ptolomeus do Egito

– Período de paz

– Septuaginta em Alexandria (285-247 a.C.)

– Estabelecimento de 10 cidades gregas (Decápolis)

– Divisão dos judeus em helenistas e separatistas

Período Inter-bíblico

• Dominação de Seleucidas (198 - 166 a.C.)

– Em 198 Antiocus III (o grande) invade a Palestina pelo norte.

– Em 175 Antiocus IV (Epifane) sobe ao poder.

– Em 167 a religião judaica é declarada ilegal, o Templo é saqueado, uma imagem de Zeus é erguida no Templo, um porco é sacrificado no altar (sacrilégio).

Período Inter-bíblico

• Período dos Macabeus (166-63 a.C.)

– Revolta dos Asmoneanos ou Macabeus com a conquista do poder.

– Em 165 os Sírios são expulsos e o Templo purificado. Festa da Dedicação (João 10:22)

– Mudança na família de sumo sacerdotes (fim da linhagem de Zadoque). Cargo passa a ser político.

– Divisões entre os judeus se intensificam.

– Guerra civil entre 69-63.

Período Inter-bíblico

• Império Romano (à partir de 63 a.C.)

– Em 63 o general Pompeu invade Jerusalém depois de cerco de 3 meses, penetra o Santo dos Santos; 12.000 pessoas são massacradas.

– Herodes (O Grande) é nomeado governador da Galiléia em 44 e “rei dos judeus” em 37.

– Em 19 começa a reconstruir (reformar) o Templo.

– Em 6 a.C., nascimento de Cristo

– Em 4 a.C., morte de Herodes

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Não constituíam um partido político, mas eram membros de uma “corporação de profissionais”.

• Eram, antes de mais nada, os copistas da Lei.

• Inicialmente, os escribas eram sacerdotes (Esdras foi sacerdote e escriba).

• Considerados autoridades quanto às Escrituras Sagradas, exerciam função de ensino.

OS ESCRIBAS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

A origem dos escribas remonta à época de instalação dos reinados, onde escriba primeiramente era uma espécie de secretário do rei, encarregado de reduzir a termo suas ordens e depois dá-las a conhecer aos generais, sacerdotes, enfim a todo o povo em geral. Posteriormente, os escribas passaram a assumir funções dentro da religião judaica, como forma de registro das doutrinas dos fariseus e dos saduceus e posteriormente, como mestres do povo.

OS ESCRIBAS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

Os escribas têm o perfil variado, de acordo com a seita que escolhem. Via de regra são orgulhosos de seus conhecimentos e evitam reparti-los por insegurança. São submissos com seus superiores e arrogantes com os subordinados. A preocupação com a profissão, com a materialidade, é o seu traço que mais marcante.

OS ESCRIBAS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Sua linha de pensamento era semelhante à dos fariseus, com quem aparecem associados frequentemente nas páginas do Novo Testamento.

• O valor do seu trabalho está na preservação dos escritos divinos, bem como na defesa dos princípios da Lei.

• Por outro lado, quando passaram a defender a lei oral os escribas atribuíam a si mesmos uma tríplice missão:

OS ESCRIBAS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

a) definir e aperfeiçoar os princípios legais decorrentes da Torah. - Os interpretes da Lei.

b) ensinar não somente a lei escrita mas, também, a lei oral, ou “tradição dos anciãos”.Por meio da memorização e repetição. A redação final de todo esse código de jurisprudência recebeu o nome de Mishnah.

c) realizar a aplicação da justiça aplicando os princípios da lei oral.

OS ESCRIBAS

• Os fariseus, ou os separados (ou "separatistas").

• Estes judeus são mencionados pela primeira vez durante o Período Macabeu.

• Procuravam separar-se da influência helênica.

• Buscavam zelar pela prática da Lei. • Sustentavam a doutrina da imortalidade

da alma, na ressurreição do corpo e na existência do espírito, bem como de anjos.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUS

Tinham a reputação de grande saber, e a autoridade reconhecida em matéria de Halachá, isto é, em tudo o que diz respeito à maneira de cumprir os mandamentos divinos prescritos na Torá. Eles também influíam, não só sobre o povo, que lhes dava preferência, mas também sobre os saduceus, que embora professando opiniões diferentes, se sentiam coagidos a seguir a corrente majoritáriaquando oficiavam no Templo.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Esperavam a vinda de um Messias. • Também criam nas recompensas e

castigos da vida futura. • Sustentavam que a graça divina era

derramada somente sobre aqueles que faziam o que a Lei manda.

• Sua religião enfatizava a observância de atos externos, em detrimento das disposições do coração

OS FARISEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

Eis alguns pontos de conflito entre o Mestre e os fariseus:

1 - sua tradição (lei oral), com a qual invalidavam a Lei - Mc 7.9;2 - sua falta de compreensão quanto à guarda do sábado - Mt 12.1-14;3 - a questão das impurezas - Mc 7.18-23;4 - a questão da hipocrisia - Mt 23.13;5 - a falta de humildade - Lc 18.9-14. 6 – a questão da não aceitação dos samaritanos, dos gentios e dos “pecadores”

OS FARISEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

Faziam da imortalidade da alma um elemento essencial de sua doutrina. Associavam-lhe os princípios da retribuição: recompensas e castigos eram repartidos de maneira justa após a morte, se não o fossem durante da vida. Esse princípio tem um pressuposto: o livre-arbítrio. Os fariseus afirmavam então, que o homem é livre em suas decisões, o que naturalmente, não questionava em absoluto o princípio fundamental da onisciência divina. Eles conciliavam livre-arbítrio e providência: “Tudo é previsto, mas a escolha é dada”.

OS FARISEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

Hilel foi o primeiro dos rabinos fariseus, nasceu na Babilônia durante o século I A.E.C., mudou-se para a Judéia com 14 anos. Passou alguns anos em Jerusalém e depois se mudou para a Galiléia. Os ensinamentos dele se encontram relatados no Pirkei Avot (a ética dos pais), escrito na Babilônia e depois acrescidos de outros ensinamentos, sendo adicionados ao Talmud. Nessa época, houve uma grande disseminação do Talmud, que tornou os eruditos da Mishná os verdadeiros líderes religiosos do povo, os chamados Tanaim (de Taná, em aramaico, significa aquele que estuda, repetindo e transmitindo os ensinamentos de seus mestres).

OS FARISEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUSSeus ensinamentos eram muitas vezes opostos aos ensinamentos de Shamai. Dizem que o Talmud registra 300 discordâncias entre eles, mas esse número inclui as discordâncias entre seus discípulos, uma vez que ambos criaram escolas rabínicas. Como já citado, Hilel era um homem de paz, humilde e respondia a todas as perguntas que lhe eram feitas, mesmo as constrangedoras. Ao contrário de Shamai, Hilel tinha alunos não-judeus.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUS

Ele estimulava, nos homens, a auto-estimacom seu pensamento mais famoso: “Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim? E, se somente por mim, o que eu sou? E, se não for agora, quando?”. E com outro: “Aquele que tenta engrandecer seu nome o destrói; aquele que não aumenta seu conhecimento o diminui e aquele que não estuda merece morrer”.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUSShammai, assim como Hilel, era um judeu nascido no século 1 A.E.C., um líder religioso importante e grande na literatura rabínica, na Mishnah (primeira discussão feita a partir da Torá que vai para o Talmud). Ele era o “adversário” de Hilel, sendo sempre mencionado junto a ele.Diferentemente de Hilel, Shammai era um homem rígido, justo e sem paciência.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUS

Entretanto, eram avarentos (Lc 16.14) e,em suas orações, gostavam de sevangloriar de seus atributos morais (Lc18:11,12).

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS FARISEUS

A vida para eles, portanto, se resumia ao aqui eagora, sobre a qual Deus não tinha nenhumainterferência.Quanto a esse grupo, Jesus disse aos seus discípulospara tomarem cuidado com o seu “fermento” (Mt16.6), símbolo do mal e da corrupção.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Sua origem foi na época da invasão grega.• O partido dos saduceus mostrou-se

aberto às influências estrangeiras, procurando conciliar o judaísmo com o helenismo, a teologia hebraica com a filosofia grega.

• Este partido, composto por gente abastada, teve grande aceitação entre os sacerdotes.

OS SADUCEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Nos dias do Senhor Jesus, formavam o partido da aristocracia de Jerusalém, vivendo separados das massas e dos sacerdotes mais pobres (muitos destes, eram fariseus). Eram impopulares.

• Viviam de bem com os governantes e ocupavam posições de destaque na sociedade.

• Controlavam a administração do Templo (At 4.1).

OS SADUCEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Apesar de serem numericamente poucos, tinham maioria no Sinédrio.

• Eram os liberais da época. Não criam na ressurreição do corpo, em anjos, em espírito (At 23.8. Ver também Lc 20.27-33).

• Eram defensores do "livre arbítrio", não aceitando a soberania de Deus.

• Quase não tinham esperanças messiânicas.

• Negavam autoridade à “Tradição” e olhavam com suspeita para qualquer revelação que fosse posterior à Lei de Moisés.

OS SADUCEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Desprezavam as paixões nacionalistas e o entusiasmo religioso. A única coisa que tinham em comum com os escribas e fariseus foi seu antagonismo à Pessoa do Senhor Jesus.

• Desempenharam papel importante na política até a revolta judaica do ano 66.

• Desapareceram da História a partir da destruição de Jerusalém, no ano 70.

OS SADUCEUS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS ESSÊNIOS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS ESSÊNIOS Quem quer que desejasse entrar na seita,

estava na verdade sujeito a três anos de postulado. No primeiro ano esforçava-se por imitar o tipo de vida dos essênios, dos quais adotava a vestimenta branca, bem como a tanga de linho para os banhos rituais. Ao final desse período, seguia mais de perto sua regra e tinha direito às águas mais puras para as abluções. Mas ainda eram necessários dois anos para ser aceito na comunidade.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

Os juramentos requeridos são: ser pio, justo, não prejudicar ninguém, nem por própriainiciativa nem por ordem de outrem; odiar os maus e lutar ao lado dos justos; ser leal para com todos e sobretudo para com aqueles a quem Deus confiou o poder; não abusar do poder se vier a detê-lo e não ostentar sua superioridade social com símbolos externos; amar a verdade, desmascarar a mentira; guardar-se do roubo, bem como do lucro ímpio; nada ocultar dos outros membros da seita e nada revelar ao exterior; defender a doutrina e proteger os livros sagrados.

OS ESSÊNIOS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Estudavam as Escrituras e outros livros religiosos, e davam atenção à oração e às lavagens cerimoniais.

• Possuíam o seu próprio calendário religioso e regras rituais de purificação.

• Eram conhecidos por sua laboriosidade epiedade. Repudiavam a guerra e a escravidão.

• Aguardavam ansiosamente a vinda do Messias, e se consideravam o único Israel verdadeiro, para o qual Ele viria.

OS ESSÊNIOS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Estavam convencidos de que todas as profecias do Velho Testamento estavam sedo cumpridas em seus dias, de modo que aguardavam o fim iminente dos tempos.

• Apesar de o ascetismo e o monasticismo terem conquistado adeptos dentre os cristãos desde cedo, o Cristianismo não é um movimento asceta.

• O Senhor Jesus ministrou à gente comum, na maior parte do tempo. À gente que era rejeitada tanto pelos fariseus, quanto pelos saduceus, quanto pelos essênios: gente que vivia o dia a dia.

• Os essênios foram aniquilados em 68 d.C.pelos romanos.

OS ESSÊNIOS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Militantes patriotas judeus, que criam ser justificável a violência, se esta libertasse a nação dos opressores estrangeiros.

• Surgiram durante o governo de Quirino (próximo, ou na mesma época do nascimento do Senhor Jesus) como um partido clandestino, que fazia oposição a Roma.

• Eram também conhecidos como sicários, pelo fato de levarem um punhal escondido, com o qual atacavam os inimigos.

• Inicialmente, atuaram mais na Galiléia, porém na Guerra Judaica (66 a 70 d.C.) tiveram atuação destacada na Judéia.

• Respeitavam o Templo e a Lei. Opunham-se ao pagamento de impostos a Roma e ao uso da língua grega.

OS ZELOTES

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Acreditavam no Messias que, segundo eles, deveria ser um líder político que libertasse Israel da ocupação romana.

• Seu desejo intenso por uma nação livre e independente poderá ter atraído alguns de seus militantes ao Senhor Jesus.

• Pelo menos um deles tornou-se discípulo (Lc 6.15; At 1.13).

• Em seu extremismo, acabaram por provocar e encabeçar a guerra contra Roma no ano 66, que culminou com a destruição completa de Jerusalém no ano 70, a dissolução do “estado” judeu e a dispersão de seu povo.

OS ZELOTES

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“Simão o Zelote” (Mt 10.4):1 – o nome Simão é derivado de Simeão, cujo significado é “Ouvidode Deus”.

2- Interessante observarmos alguns prováveis contrastes entre ele eo Senhor:

2.1 - Simão defendia a rebeldia contra Roma; Jesus, longe de estimular a rebeldia, ordenava: “Daí a César o que é de César” (Mt 22.21).

2.2 – Simão confiava na espada; o Senhor Jesus afirmava que “todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão” (Mt26.52).

3 – Sendo um zelote, podemos deduzir que Simão fosse zeloso no que fazia, fervoroso em suas convicções, devotado aos seus objetivos, ardoroso em seu amor pela causa que defendia. Jesus te-lo-ía chamado também porque desejava esse zelo ardente em Seu grupo, e o transformaria num “revolucionário” espiritual!

OS ZELOTES

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

OS HERODIANOS

• Partido político formado por judeus (funcionários e soldados da corte herodiana, alguns proprietários de terras e também por alguns comerciantes) que criam que os melhores interesses do Judaísmo estavam na cooperação com os romanos.

• Seu nome foi tirado de Herodes, o Grande, que, em sua época, tentou romanizar a Palestina.

• Mostraram forte hostilidade para com o Senhor Jesus (Mt 22.16; Mc 3.6). Como os saduceus, não criam na ressurreição.

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Descendentes da união de colonos trazidos para a Palestina por Sargão, com judeuspobres que permaneceram após a queda do Reino do Norte.

• A Samaria era parte da região que constituía o Reino do Norte, também chamado de Israel, após a divisão da nação, nos dias de Roboão, e que foi tomado pelos assírios em 722 a.C.

OS SAMARITANOS

Seitas Político-Religiosas do Judaísmo

• Por algum tempo, cultuaram num templo erguido no Monte Gerizim, baseando sua religião numa tradução própria do Pentateuco (2 Rs 17).

• Os samaritanos eram monoteístas, observavam a Lei, guardavam as festas judaicas, e esperavam um Messias. Os judeus não se davam com os samaritanos (Ne 4.1,2; Jo 4.8).

OS SAMARITANOS

ORIGENS DO ESTADO ÁRABE

• Foi na Península arábica, onde 5/6 do território equivale a áreas desérticas, que a civilização islâmica teve suas origens. O clima é extremamente quente e seco.

• Seus habitantes são de origem semita, viviam em tribos, mas estas não eram unidas politicamente. Eram aproximadamente 300 tribos divididas entre beduínos e tribos urbanas .

Tribo beduínos: eram seminômades que vagavam pelo deserto em busca de um oásis para seus animais. Viviam em constantes guerras, fazendo dos saques um dos recursos de sua sobrevivência.

Tribo urbana: estabeleceram-se na faixa costeira do Mar Vermelho e sul da Península, onde o clima era mais favorável para sobreviverem. Dedicavam-se ao comércio e tinham as caravanas de camelos, que transportavam produtos do Oriente para regiões do Mar Mediterrâneo.

União árabe - século VII – teve por base a religião. Maomé fundou o Islamismo e usou as guerras santas para expandir as fronteiras do império.

Podemos dividir a história árabe em 2 etapas:

Arábia pré- islâmica: época antes do islamismo.

Arábia islâmica: época durante o islamismo.

PERÍODO PRÉ-ISLÂMICO

• Foi nessa época que habitavam na península arábica, tanto os árabes beduínos como os árabes urbanos.•Na região dos árabes urbanos,

surgiram cidades como MECA e IATREB(MEDINA), que se tornaram grandes centros comerciais.

Até o século VII, os árabes não eram unidos politicamente, mas tinham pontos em comum, Por exemplo: o idioma árabe e as crenças religiosas. Nesse período eles eram politeístas, tendo umas 360 divindades.Mas para unir as várias tribos , em

Meca foi construído um templo religioso, a Caaba ( casa de Deus), com as principais divindades.

PERÍODO ISLÂMICO

• Começou com Maomé (570-632), fundador do islamismo,ou religião mulçumana ou maometana.

• Maomé era membro da tribo coraixita,defamília pobre, nasceu em Meca e desde jovem participava nas caravanas comerciais pelo deserto, com tudo isso, ele teve contato com as várias crenças religiosas da região além do judaísmo e do cristianismo, ambas monoteístas.

• Em suas pregações, Maomé condenou os ídolos da Caaba, pois havia somente um único deus . Isso não agradou nenhum pouco os sacerdotes da Caaba, que logo trataram de persegui-lo, obrigando Maomé a fugir para Iatreb ( Medina), em 622.

• Essa fuga ficou conhecida comohégira, e marca o início do calendário mulçumano.

• Em Iatreb ( Medina) Maomé se popularizou e organizou um exército que conquistou Meca e destruiu os ídolos da Caaba, em 630.

•A Caaba foi convertida em centro de orações e a crença politeísta foi proibida.

•Depois disso , Maomé, espalhou o Islamismo por toda a Arábia, unificando as tribos pela religião.

Islã ou Islão

O Islão (português europeu) ou Islã(português brasileiro) (do árabe ,اإلسالمtransl. al-Islām) é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.

Alfabeto Árabe

O Alfabeto árabe é o principal alfabeto usado para representar a língua árabe, além de outros idiomas como o persa e línguas berberes. Até 1923, era usado também para escrever o turco, quando foi substituído pelo alfabeto latino.

A sua grande

difusão deve-se

principalmente ao

fato de o Alcorão

o livro sagrado do

Islã, estar escrito

em alfabeto

árabe.

Esse alfabeto é

escrito da direita

para a esquerda,

assim como o

alfabeto hebraico.

1.Crer que só Alá é Deus e Maomé é o seu profeta;

2. Orar cinco vezes ao dia voltado para Meca;

3. Dar esmolas conforme as posses;

4. Jejuar no mês de Ramadã;

5. Fazer a Jihad - esforço, difusão da religião islâmica. Entendido sempre como guerra santa.

Alcorão

Alcorão ou Corão (em árabe قرآن, transl. al-qur’ān, "a recitação") é o livro sagrado do islamismo. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e dois anos.

Sunitas

Os sunitas (سنة) formam o maior ramo do Islão, ao qual no ano de 2006 pertenciam 84% do total dos muçulmanos. A maioria dos sunitas acredita que o nome deriva da palavra Suna (Sunna), que se refere aos preceitos estabelecidos no século VIII baseados nos ensinamentos de Maomé

Xiitas

Os xiitas (em árabe العربية, Shiat Ali, "partido de Ali") são o segundo maior ramo de crentes do Islão, constituindo 16% do total dos muçulmanos (o maior ramo é o dos muçulmanos sunitas, que são 84% da totalidade dos muçulmanos).

Os xiitas consideram Ali, o genro e primo do profeta Maomé, como o seu sucessor

Judaísmo Cristianismo Islamismo

Princípios

Deus é único, eterno e abstracto. O seu povo é o povo de Israel e,

no final dos tempos, o messias libertá-lo-á da opressão. Existe vida

para além da morte, com uma recompensa para os judeus e um

castigo para os pecadores.

Deus é uno e trino (Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus Cristo

é seu filho e fez-se Homem para redimir a Humanidade.

Existe uma vida para além da morte e, depois do juízo final,

justos e pecadores serão separados para a eternidade.

Só há um Deus e Maomé é o seu último Profeta. É necessário rezar

na direcção de Meca, praticar a caridade, jejuar no mês de Ramadão

e peregrinar uma vez na vida à cidade santa de Meca.

FundadorAbraão, no ano 1800 a.c., mais tarde, no século XIII a.c., Deus

(Javé) confiou a Moisés as tábuas da lei.

Jesus Cristo. Nasceu em Belém, no ano 5 ou 6 antes do que

designamos de Era Cristã, e morreu crucificado, em

Jerusalém, 33 anos depois.

Maomé. Nasceu em Meca. A sua hégira (fuga) para Meca, em 622,

marca o início do calendário muçulmano e indica a passagem de uma

comunidade pagã para uma comunidade que vive segundo os

preceitos do islão.

Texto sagradoA Tora (os cinco primeiros livros da Bíblia), escrita cerca de 500

a.C.

A Bíblia é o livro fundamental da fé cristã. Composta por

uma parte comum a judeus e cristãos (parte do Antigo

Testamento), e outra apenas para os cristãos: o Novo

Testamento (os quatros Evangelhos, os Actos dos Apóstolos,

Epistolas e o Apocalipse de João).

O Corão é a compilação dos versos recitados pelo Profeta, depois de

os mesmos lhe terem sido ditados por Alá (Deus) através do Anjo

Gabriel. É o livro sagrado que constitui o fundamento sobre o qual

assenta toda a estrutura da religião islâmica.

Cidade SagradaJerusalém, a cidade onde o rei Salomão construiu o seu templo.

Jerusalém, a cidade onde Jesus Cristo foi crucificado e, três

dias após a morte, ressuscitou.Meca, Medina e Jerusalém, cidades onde, respectivamente, Maomé

nasceu, foi sepultado e subiu aos céus.

Crentes15 milhões. Concentram-se sobretudo em Israel e nos EUA.

2.100 milhões. Divididos em diversos credos. Os principais

ramos são o católico, o protestante e o ortodoxo. Estão

espalhados por todos os continentes.

1.360 milhões. Divididos em diversos ramos, sendo os principais o

sunita e o xiita. Encontram-se espalhados por todo o mundo, embora

maioritariamente na África e na Ásia.

Templo

Sinagoga. Templo sem imagens e objectos no altar. Tem como

foco principal a arca, espécie de armário, situado na parede

oriental, em direcção a Jerusalém, onde se guardam os Rolos da

Tora.

Igreja. Principal local de culto dos cristãos, tradicionalmente

construído em forma de cruz. Os maiores templos da

cristandade são as basílicas e os mais pequenos as capelas.

Mesquita. O local de adoração, estudo, actividades legais e judiciais,

consultas, pregação, educação e preparação. A Mesquita é “o coração

da sociedade muçulmana”. Os muçulmanos ali devem orar,

especialmente às sextas-feiras, o dia santo muçulmano.

ImagemO judaísmo não presta culto a qualquer imagem. Deus é puramente

espiritual e não admite qualquer atributo humano.

Para além da representação de Cristo – do nascimento à

morte e ressurreição -, as imagens são um dos factores de

divisão entre os vários ramos cristãos. Ao contrário dos

católicos e ortodoxos, os protestantes, não prestam culto a

outras imagens.

O Islamismo não venera imagens, embora admita representações da

vida do Profeta. Todavia, segundo a tradição islâmica, não se deve

representar o rosto de Maomé.

Símbolo

Estrela de DAVID. Símbolo que se

supõe ter pertencido ao emblema do rei

Davi, o qual terá sido escolhido por

Deus, para corrigir

Cruz. Símbolo da crucifixão

de Jesus, representa o seu

amor pela Humanidade ao

morrer pelos seus pecados.

HILAL. Também designado

decrescente, radica na tradição da

realeza árabe e está ligado ao

calendário lunar, que governa a vida

religiosa islâmica.

Cristianismo Islamismo Judaísmo

Fundação Data 33 d.C. 622 d.C. 1500-2000 a.C.

Fundação Local Médio Oriente -Palestina

Arábia Saudita Médio Oriente -Palestina

Fundador Jesus Mohammad (Abraão) Hebreus Moisés Fundador

Linguagem original Aramaico Árabe Hebreu

Escrituras Sagradas Bíblia Velho e Novo Testamento

Alcorão Tanakh e Tora

Autoridade Padres, Pastores , Bispos Imames Rabis

Templos Igrejas , Catedrais e capelas.

Mesquitas Sinagogas

Dia de veneração Domingo Sexta Sábado

Trindade Sagrada Pai , Filho e Espirito Santo

Não aceite Não aceite ou Não esclarece

Cristianismo Islamismo Judaísmo

Tipo de teísmo Monoteísmo Monoteísmo Monoteísmo

Nome de Deus Jeová Eloim Alá Jeová Eloim

Ultima Realidade Um Deus Um Deus Um Deus

Relação com Deus Eu e Deus Eu e Deus Eu e Deus

Outros seres Superiores

Anjos / Demónios Anjos/Demónios ejins.(Génios)

Anjos /Demónios

Humanos Revenerados

Santos , profetas Profetas e Imames Profetas

Identidade de Jesus O Filho de Deus , Deusincarnado , e o salvador do mundo.

Verdadeiro profeta de Deus ,cuja mensagem foi corrompida

Falso profeta

Nascimento de Jesus Nasceu de uma Virgem Nasceu de uma virgem Nascimentonormal

Morte de jesus Morreu na cruz Não morreu ,mas ascendeu ao céu e umdiscípulo tomou o seu lugar na cruz.

Morreu na cruz

Cristianismo Islamismo Judaísmo

Ressurreição Afirmada Negada Negada

2ª vinda de jesus Afirmada Afirmada Negada

Divina revelação Por profetas e por jesus (encarnação de Deus) gravado na Bíblia

Por Mohamed , gravado no Alcorão.

Por profetas , gravado na Tora.

Situação / Naturezahumana

Pecado Original , a queda do paraíso tendência para fazer o mal .

Igual habilidade para fazer o bem ou o mal.

Dois impulsos iguais , um bom outro mau.

Propósito de vida do ser humano.

Redimir todos os pecados e procurar de novo a comunhão com Deus

Seres humanos tem que se submeter a Deus ,de forma a obter o paraíso na próxima vida.

Obedecer os comandos de Deus ,viver eticamente focado nesta vida e não na próxima .

Salvação Crença correta , boas ações , sacramentos e féem Cristo

Crença correta , boas ações e os 5 pilares

Crença em Deus , e boas ações

Papel de Deus na Salvação

Predestinação , e outras várias formas de obter a graça divina.

Predestinação Divina revelação e pela misericórdia e perdão

Cristianismo Islamismo Judaísmo

Dia do Julgamento Na 2º vinda de Cristo serão Julgados os vivos eos mortos

Todos serão individualmente julgados com base nas suas ações.

O Messias Virá e os mortos serão ressuscitados

Vida para além da Morte

Eterno céu ou eterno inferno --purgatório temporário--

Paraíso ou Inferno Ou não há , ou será eterno céu ou inferno .

Karma Não explicito Não Explicito Não explicito

Reincarnação Não existe Não existe Não Existe

Práticas obrigatórias Páscoa/Liturgia/Oração Os 5 Pilares Shabath /

Cristianismo Islamismo Judaísmo

Principais Divisões Católicos Ortodoxos 1054 d.C.Protestantes 1500d.C:

XiitasZunis

ConservadoresReformistasOrtodoxos

Visão sobre as restantes religiõesabraâmicas

Judaísmo é uma religião verdadeira , mas comrevelação incompleta , Islamismo é uma falsa religião.

Judeus e Cristãos são respeitados como povo de Deus , mas tem crenças erradas e apenas parte da revelação.

Cristianismo e islamismo são falsas interpretações e extensões do judaísmo.

Algumas Instituições e Grupos Importantes dos Dias do Senhor Jesus

Nos dia de Jesus a Palestina estava:

1. Confusa religiosamente,

2. Subjugada pelos romanos,

3. Dividida pelos partidos políticos e religiosos,

4. Em pobreza e sob injustiça Social.

Algumas Instituições e Grupos Importantes dos Dias do Senhor Jesus

• Surgiu com os Judeus da dispersão durante o Exílio Babilônico

• onde quer que houvesse 10 famílias judias, estas deveriam unir-se e fundar uma sinagoga!).

• Tornou-se local de reunião para oração e estudo da Escritura e centro da vida dos judeus, após a destruição do Templo em 586 a.C.

SINAGOGA

Algumas Instituições e Grupos Importantes dos Dias do Senhor Jesus

Nos dias do Senhor Jesus, a sinagoga tinhaquatro funções básicas:

1. Escola para crianças, onde eram ensinadas a Lei e as tradições religiosas dos judeus;

2. Local de ensino e instrução, onde as Escrituras eram lidas, expostas, e se faziam orações;

3. Conselho comunitário, onde questões civis e religiosas eram decididas;

4. Local de interação social, onde eram realizados diversos tipos de reuniões.

SINAGOGA

• Era a suprema corte dos judeus.

• É de origem incerta. A primeira

referência documentada, vem do

Período dos Selêucidas.

• Só podiam fazer parte dele judeus de

nascimento.

• Seus 71 membros exerciam mandato

vitalício.

• Era presidido pelo sumo sacerdote,

que, nos dias de Jesus, era nomeado

pelo governador romano.

2. SINÉDRIO/ Assembléia:

• Era presidido pelo sumo sacerdote, que, nos dias de

Jesus, era nomeado pelo governador romano.

• A jurisdição do Sinédrio limitava-se à Judéia.

• Dava a palavra final nos assuntos de interpretação da Lei.

• Tomava decisões em questões criminais, sujeitando-as à

aprovação do governo romano.

• O Senhor Jesus foi levado perante o Sinédrio (Mc 14. 53-

55), assim como também os apóstolos (At 4.15-18; 22.30).

2. SINÉDRIO