relevo e bacias hidrogrÁficas do brasil

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RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL Os estudos geomorfológicos necessitam de sistematizações e classificações que contribuam para a compreensão de fenômenos e eventos que atuam em escalas regionais ou até mesmo continentais. Diante de tal necessidade, muitos pesquisadores se empenharam em criar classificações para o relevo brasileiro, que apresenta uma grande diversidade de feições, tornando difícil este tipo de trabalho.

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Page 1: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Os estudos geomorfológicos necessitam de sistematizações e

classificações que contribuam para a compreensão de fenômenos e

eventos que atuam em escalas regionais ou até mesmo continentais.

Diante de tal necessidade, muitos pesquisadores se empenharam em

criar classificações para o relevo brasileiro, que apresenta uma

grande diversidade de feições, tornando difícil este tipo de trabalho.

Page 2: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Em 1940, o professor Aroldo de

Azevedo criou a primeira

classificação do relevo

brasileiro, que dividia o Brasil

em oito unidades de relevo.

Esta classificação baseou-se

apenas nas altitudes dos

terrenos, e subdividia nosso

território em Planaltos e

Planícies. Eram considerados

planaltos as áreas acidentadas

com altitudes superiores a

200m, e as planícies eram as

superfícies planas com altitudes

inferiores a 200m.

Classificação do Relevo por Aroldo de Azevedo

Page 3: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Em 1958, o professor Aziz Ab’Saber propôs algumas alterações nos

critérios elaborados pelo professor Aroldo de Azevedo, criando então

uma nova classificação para o relevo brasileiro. Em sua proposta, o

relevo brasileiro seria dividido em dez unidades, ou seja, duas

unidades a mais que a classificação anterior. Nos seus critérios de

classificação foram considerados os processos geomorfológicos

predominantes, e não somente as cotas altimétricas dos terrenos. Os

planaltos foram considerados os terrenos onde os processos de erosão

superam os processos de sedimentação, e as planícies eram as áreas

onde os processos de sedimentação superam os de erosão,

independente da cota altimétrica.

Page 4: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Classificação do Relevo por Ab’Saber

Page 5: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

A modernização das técnicas dos mapeamentos, assim como o aprimoramento técnico dos levantamentos geológicos, geomorfológicos, pedológicos, hidrográficos e de vegetação, possibilitou o maior detalhamento de relevo brasileiro, tornando possível uma classificação que nos aproximasse ainda mais da nossa realidade. Em 1989 o professor Jurandyr Ross propôs uma nova divisão do relevo brasileiro.

Ross propôs uma subdivisão baseada em níveis hierárquicos, chamados em sua metodologia por táxons. No primeiro momento, ou no primeiro táxon, o relevo do Brasil é dividido segundo as suas planícies, planaltos e depressões. Os planaltos nesta classificação são as formas residuais do relevo, ou seja, são feições que oferecem maior resistência ao processo erosivo e por isso permaneceram na paisagem. As depressões são as áreas rebaixadas por processos erosivos, e as planícies são as superfícies essencialmente planas onde o processo de deposição supera o de erosão.

No segundo momento, ou seja, no segundo táxon, o relevo é divido de acordo com a sua estrutura geológica. Os planaltos, por exemplo, foram divididos em planaltos em bacias sedimentares, em cinturões orogenéticos, em núcleos cristalinos arqueados e em intrusões e coberturas residuais de plataforma. Já no terceiro e último táxon, foram levadas em conta as unidades morfoesculturais, que usaram os nomes locais ou regionais para sua classificação.

Page 6: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Classificação do Relevo por Jurandir RossPLANALTOS:1. Amazônia Oriental 2. Planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba3. Planaltos e chapadas da Bacia do Paraná 4. Planalto e chapada dos Parecis 5. Planaltos residuais norte-amazônicos 6. Planaltos residuais sul-amazônicos 7. Planaltos e serras de leste-sudeste 8. Planaltos e serras de Goiás-Minas 9. Planaltos e serras residuais do alto Paraguai 10. Borborema 11. Sul-Rio-Grandense.

DEPRESSÕES:12. Amazônia Ocidental13. Norte-Amazônica14. Sul-Amazônica15. Araguaia-Tocantins16. Cuiabana17. Alto Paraguai-Guaporé 18. Miranda 19.Sertaneja-São Francisco20. Tocantins21. Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná22. Periférica Sul-Rio-Grandense.

PLANÍCIES:23. Rio Amazonas 24. Rio Araguaia 25. Pantanal do Rio Guaporé 26.Pantanal Mato-Grossense 27. Lagoas dos Patos e Mirim28. Planícies e tabuleiros litorâneos.

Page 7: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

BACIAS HIDROGRÁFICAS

A variação da declividade do relevo exerce sobre as águas uma ação gravitacional, obrigando os fluxos a seguirem sempre pelas zonas mais baixas.

As nascentes destes rios estarão situadas em terras mais altas, conforme seu posicionamento, e têm suas águas escoadas para direções diversas, drenando em direção oposta às terras altas

Formam-se assim os rios, que são cursos d’água canalizados que drenam uma dada região chamada de bacia de drenagem ou bacia hidrográfica.

Page 8: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

A bacia de drenagem de um rio é separada de suas bacias vizinhas por divisores de água ou interflúvios, que são áreas mais elevadas no terreno ou seus limites, onde ocorrem modificações sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou diminuindo a área da bacia.

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BACIAS HIDROGRÁFICASBRASILEIRAS

Page 11: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacia Amazônica: A maior rede hidrográfica do planeta, ocupando uma área total de 6.925.000 km2 que vai da Cordilheira dos Andes, onde estão localizadas suas nascentes, até o oceano Atlântico, com sua foz ao norte do Brasil, abrangendo territórios de sete países sul-americanos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela.

A BACIA AMAZÔNICA

Page 12: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacia do Tocantins: A bacia hidrográfica do Rio Tocantins ocupa aproximadamente uma área de 813.674 km2, abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Maranhão e pequena parte do Distrito Federal. A maior parte desta Bacia situa-se na região Centro-Oeste do país, onde estão as nascentes dos rios Araguaia e Tocantins. A partir da confluência dos rios Araguaia e Tocantins a bacia entra na Região Norte do Brasil.

A BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA

1 – Araguaia 2 - Tocantins

Page 13: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacias do Atlântico – Trecho Norte/Nordeste: A Bacia do Atlântico, no trecho norte/nordeste, está compreendida em áreas dos estados do Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, e parte dos estados da Paraíba, Pernambuco, Pará e Alagoas.

Page 14: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacias do Atlântico – Trecho Leste: Esta bacia compreende a área de drenagem dos rios que deságuam no Atlântico, entre a foz do rio São Francisco, ao norte, e a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, ao sul. Abrange partes dos territórios dos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e os territórios dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Page 15: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacia do São Francisco: A área da bacia em questão está inserida no território dos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Alagoas. O Rio São Francisco é o mais importante da bacia, com uma extensão de 2.700 km. O Velho Chico, como é carinhosamente conhecido o Rio São Francisco, tem suas nascentes na Serra da Canastra, em Minas Gerais.

A BACIA DO SÃO FRANCISCO

Page 16: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacia do Atlântico Sul – Trecho Sudeste: A bacia do Atlântico Sul, no trecho sudeste, possui uma área de drenagem de 224.000 km2, e banha extensas áreas do Estado do Rio Grande do Sul e parte dos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Page 17: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Bacia do Paraná-Paraguai: A bacia dos rios Paraná e Paraguai se configura no mais importante sistema hidrográfico da Bacia do Prata. O rio Paraná ganha maior destaque nesta bacia, devido à magnitude de sua descarga, à extensão de sua área tributária, à extensão de seu curso e diversos outros aspectos dimensionais que caracterizam sua bacia fluvial.

A BACIA DO PARANÁ-PARAGUAI

Page 18: RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

Rio ParaguaiRio Paraná

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Bacia do Uruguai: A bacia do Uruguai tem seus limites ao norte e nordeste na Serra Geral, ao sul pela fronteira com a República Oriental do Uruguai, a leste pela Depressão Central Riograndense e a oeste pelo território argentino. A bacia do rio Uruguai abrange uma área de aproximadamente 384.000 km2, dos quais 176.000 km2 situam-se em território nacional. Compreende os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.