bacias hidrográficas 2

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Page 1: Bacias hidrográficas 2
Page 2: Bacias hidrográficas 2

Partilha das águas

Países que partilham recursos hídricos têm que planear e gerir

esses recursos de forma articulada.

Existe legislação internacional sobre esta matéria e, no caso de

Estados-Membros da UE, a DQA - Diretiva Quadro da Água - tem

que ser transposta para a legislação de cada país.

Para Portugal, a regulamentação e o cumprimento das normas

comunitárias e da Convenção Luso-Espanhola, relativamente à

partilha das bacias hidrográficas é fulcral pois, como estamos a

jusante, é ao território português que afluem as águas vindas de

Espanha.

Page 3: Bacias hidrográficas 2

❏ A poluição das águas espanholas;

❏ A construção de novas barragens ou a realização de transvases no

território espanhol;

❏ O agravamento de situações de cheia, quando as barragens

espanholas fazem descargas volumosas nos períodos de chuvas

abundantes;

❏ A redução dos caudais em tempo de seca;

São exemplos de questões a considerar tendo em conta que, cerca de

metade da fronteira entre Portugal e Espanha é definida por “linhas

húmidas”, isto é, cursos de rios e ribeiras (600 em 1200 Kms – aproximadamente).

Page 4: Bacias hidrográficas 2

As disponibilidades de água provenientes de Espanha têm

diminuído significativamente nos últimos anos, devido ao

crescimento da utilização de água, na parte espanhola, das bacias

hidrográficas.

Cerca de 50% dos recursos hídricos são gerados na parte

espanhola das bacias. Estes dois factos podem por em causa a:

segurança

garantia de acesso

qualidade da própria água.

Page 5: Bacias hidrográficas 2

Grandes impactos nas bacias comuns, tais como,

Diminuição acentuada de caudais.

Eutrofização das águas.

Redução de areias.

Destruição de flora e fauna.

são consequências de uma boa parte das mais de 2000 barragens

espanholas e do grande transvase Tejo-Segura (ver mapa).

Page 6: Bacias hidrográficas 2

Fonte – Semanário Expresso

Page 7: Bacias hidrográficas 2

Convenção luso-espanhola

A Convenção Luso-Espanhola foi aprovada, para ratificação, através

da Resolução da Assembleia da República nº 66/99 de 17 de Agosto,

tendo como objeto:

A definição do quadro de cooperação entre as Partes para a

protecção das águas superficiais e subterrâneas e dos

ecossistemas aquáticos e terrestres deles, directamente,

dependentes.

O aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias

hidrográficas comuns (Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana).

Page 8: Bacias hidrográficas 2

Portugal e Espanha relançam acordos de gestão conjunta das bacias hidrográficas

Foram retomadas e relançadas com sucesso as relações ibéricas para a

questão da água, lançando os compromissos de parceria estabelecidos

no 'Convenção de Albufeira' entre os dois países...

A Convenção sobre a Cooperação para a Proteção e Utilização

Sustentável da Água de Bacias Hidrográficas Hispano-Português -

Convenção de Albufeira -, foi assinada em Lisboa em 1998 e está em

vigor desde Janeiro de 2000.

Page 9: Bacias hidrográficas 2

Durante a reunião bilateral foram tratados diferentes aspetos da gestão

conjunta das bacias hidrográficas partilhadas, como sejam:

Os planos de gestão conjunta

A análise do processo atual

Situações de emergência hidrometeorológicas

Grupos de trabalho

Reservas naturais fluviais

A estratégia dos dois países sobre a água.

http://www.omirante.pt

15 julho 2014

Page 10: Bacias hidrográficas 2

Segundo Filipe Duarte Santos (investigador e membro do Conselho Nacional do Ambiente e

do Desenvolvimento Sustentável)

“os modelos projectam um forte agravamento, da assimetria sazonal e

espacial dos escoamentos. Dado que as tendências dos cenários são

semelhantes em Portugal e Espanha, a redução do escoamento na

parte espanhola nas bacias hidrográficas comuns, irá agravar a

projectada redução de recursos hídricos em Portugal até ao final do

Século. Portugal e Espanha enfrentam nos recursos hídricos riscos do

mesmo tipo e indissociáveis, pelo que há toda a vantagem em

incentivar a cooperação no estudo e planeamento e medidas de

adaptação”.http://icjp.pt/sites/default/files/papers/jorge_seguro_sanches.pdf