organizações de bacias hidrográficas

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Sobre Como Usar Glossário Documentos Imagens Mapas Google Earth Favor fornecer feedback! Clique para detalhes Você está aqui: Início >A Governância da Água >Actores da Governação > Organizações de Bacias Hidrográficas Organizações de Bacias Hidrográficas A gestão integrada de bacias hidrográficas coordena a gestão dos recursos hídricos e da terra para múltiplos fins e pode ser considerada uma aplicação da gestão integrada de recursos hídricos a escala da bacia (Hooper 2008). Uma questão crítica é a coordenação da gestão levando em conta diversos sectores, diferentes disciplinas e diversos grupos. Para gerir os recursos hídricos e da terra utilizando esta abordagem integrada, muitos actores devem coordenar as operações a diferentes escalas (Hooper 2008). Os actores incluem utilizadores individuais da água, agências governamentais, indústria, Organizações Não- Governamentais (ONGs) e quaisquer outros actores que estejam directa ou indirectamente envolvidos na gestão transfronteiriça da água. Grupos de actores podem ser encontrados em diferentes locais espaciais e níveis de governo, e podem mudar com o passar do tempo (Sadoffet al. 2008). A GIRH tem lugar desde a escala local até a internacional, mas à escala da bacia as decisões para a gestão da bacia hidrográfica ocorre nas escalas macro e meso. A gestão de bacias hidrográficas exige papéis claros para as agências governamentais, o sector privado, as organizações não- governamentais e os outros actores. Os procedimentos de planificação da bacia hidrográfica envolvem a alocação dos recursos hídricos e da terra para optimizar investimentos nacionais (ou internacionais) e resultam num plano ou estratégia para a gestão da bacia, suportado por legislação e política da água dentro dos países que partilham a bacia (Hooper 2008). As organizações de bacias hidrográficas transfronteiriças normalmente são estabelecidas para garantir a gestão coordenada dos recursos hídricos entre os países que partilham um curso de água (muitas vezes referidos como comissões) ou para tornar possível o desenvolvimento e gestão conjunta de infra- estruturas hídricas entre dois ou mais países. Estas organizações evoluem com o passar do tempo e são estabelecidos por acordo ou tratado entre partes cooperantes. Onde existentes, estes acordos fornecem o regime legal e mandato para o funcionamento destas organizações e provêm a delegação de funções e poderes. Os ministérios nacionais dos recursos hídricos envolvem- se com estas instituições para promover interesses estratégicas nacionais. Para mais informações sobre as principais funções das Organizações de Bacias Hidrográficasvide a secção sobre as Organizações de Bacias Hidrográficas . Escala de Bacias Hidrográficas Internacionais A nível da bacia, o Botsuana, Moçambique, África do Sul e Zimbabué são membros da Comissão do Curso de Água do Limpopo (LIMCOM). Os objectivos da LIMCOM são de assessorar aos países que partilham a bacia e fornecer recomendações sobre a protecção, preservação e gestão do rio Limpopo.O acordo reconhece o “espírito, valor e objectivos do Protocolo Revisto sobre Cursos de Água Partilhados na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral”. A LIMCOM é uma organização muito nova que ainda está a evoluir. Cooperação Bilateral As nações da bacia do rio Limpopodemonstraram o seu espírito cooperativo através de inúmeros Acordos Bilaterais ,Regionais e de Bacia . Vide abaixo um resumo dos acordos bilaterais entre o Botsuana, Moçambique, África do Sul e Zimbabué: O Comité Técnico Conjunto Permanente de Recursos Hídricos (JPTC) entre o Botsuana e África do Sul (1987); Um Acordo entre o Botsuana e a África do Sul para a transferência da água da Barragem de Molatedi no rio Marico, um afluente do Limpopona África do Sul,para Gaborone no Botsuana (1988);

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Page 1: Organizações de Bacias Hidrográficas

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Você está aqui: Início>A Governância da Água >Actores da Governação >Organizações de Bacias Hidrográficas

Organizações de Bacias Hidrográficas A gestão integrada de bacias hidrográficas coordena a gestão dos recursos hídricos e da terra para múltiplos fins e pode ser considerada uma aplicação da gestão integrada de recursos hídricos a escala da bacia (Hooper 2008). Uma questão crítica é a coordenação da gestão levando em conta diversos sectores, diferentes disciplinas e diversos grupos. Para gerir os recursos hídricos e da terra utilizando esta abordagem integrada, muitos actores devem coordenar as operações a diferentes escalas (Hooper 2008). Os actores incluem utilizadores individuais da água, agências governamentais, indústria, Organizações Não- Governamentais (ONGs) e quaisquer outros actores que estejam directa ou indirectamente envolvidos na gestão transfronteiriça da água. Grupos de actores podem ser encontrados em diferentes locais espaciais e níveis de governo, e podem mudar com o passar do tempo (Sadoffet al. 2008). A GIRH tem lugar desde a escala local até a internacional, mas à escala da bacia as decisões para a gestão da bacia hidrográfica ocorre nas escalas macro e meso. A gestão de bacias hidrográficas exige papéis claros para as agências governamentais, o sector privado, as organizações não- governamentais e os outros actores. Os procedimentos de planificação da bacia hidrográfica envolvem a alocação dos recursos hídricos e da terra para optimizar investimentos nacionais (ou internacionais) e resultam num plano ou estratégia para a gestão da bacia, suportado por legislação e política da água dentro dos países que partilham a bacia (Hooper 2008). As organizações de bacias hidrográficas transfronteiriças normalmente são estabelecidas para garantir a gestão coordenada dos recursos hídricos entre os países que partilham um curso de água (muitas vezes referidos como comissões) ou para tornar possível o desenvolvimento e gestão conjunta de infra- estruturas hídricas entre dois ou mais países. Estas organizações evoluem com o passar do tempo e são estabelecidos por acordo ou tratado entre partes cooperantes. Onde existentes, estes acordos fornecem o regime legal e mandato para o funcionamento destas organizações e provêm a delegação de funções e poderes. Os ministérios nacionais dos recursos hídricos envolvem- se com estas instituições para promover interesses estratégicas nacionais. Para mais informações sobre as principais funções das Organizações de Bacias Hidrográficasvide a secção sobre as  Organizações de Bacias Hidrográficas .

Escala de Bacias Hidrográficas Internacionais A nível da bacia, o Botsuana, Moçambique, África do Sul e Zimbabué são membros da Comissão do Curso de Água do Limpopo (LIMCOM). Os objectivos da LIMCOM são de assessorar aos países que partilham a bacia e fornecer recomendações sobre a protecção, preservação e gestão do rio Limpopo.O acordo reconhece o “espírito, valor e objectivos do Protocolo Revisto sobre Cursos de Água Partilhados na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral”. A LIMCOM é uma organização muito nova que ainda está a evoluir. Cooperação Bilateral As nações da bacia do rio Limpopodemonstraram o seu espírito cooperativo através de inúmeros  Acordos Bilaterais ,Regionais e de Bacia. Vide abaixo um resumo dos acordos bilaterais entre o Botsuana, Moçambique, África do Sul e Zimbabué:

O Comité Técnico Conjunto Permanente de Recursos Hídricos (JPTC) entre o Botsuana e África do Sul (1987); Um Acordo entre o Botsuana e a África do Sul para a transferência da água daBarragem de Molatedi no rio Marico, um afluente do Limpopona África do Sul,para Gaborone no Botsuana (1988);

Page 2: Organizações de Bacias Hidrográficas

Marico, um afluente do Limpopona África do Sul,para Gaborone no Botsuana (1988); Comissão Conjunta de Recursos Hídricos entre Moçambique e a África do Sul (1996); e Comissão Conjunta de Recursos Hídricos entre Moçambique e Zimbabué para responder às questões relativas aos cursos de água transfronteiriços, incluindo as bacias dos rios Púngue, Búzi e Save (2002).

Sr. Sitoe da LIMCOM fala com um dos actores da bacia em Moçambique.Fonte: Qwist- Hoffmann 2010

( clique para ampliar )  

Actores de Organizações de Bacias Hidrográficas Escala Continental O Conselho Ministerial Africano de Água (African Ministerial Council on Water – AMCOW), estabelecido em 2002, opera em todo o continente e é o órgão político mais elevado para a gestão da água em África. Programaticamente, o AMCOW está estreitamente ligado à NEPAD ( ORASECOM 2007c). Estão a ser finalizadas recomendações para se transformar o AMCOW num Comité Técnico Especializado da União Africana (AMCOW 2008). Escala Regional Regionalmente, a Divisão de Águas da SADCfoi encarregue da criação de um ambiente facilitador para a gestão integrada dos cursos de água partilhados. O Protocolo Revisto sobre Cursos de Água Partilhados e o Plano de Acção Estratégico Regional suportam esta abordagem integrada.   Próxima: Governos Nacionais