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2017 INSTITUTO DE OFTAlMOLOGIA DR. GAMA PINTO o V Relatórío de Ge,tão

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2017

INSTITUTO DE OFTAlMOLOGIADR. GAMA PINTO

o

V

Relatórío de Ge,tão

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 1 -

ÍNDICE

1. Mensagem da Presidente do Conselho Diretivo ............................................................................................. 5 2. Posicionamento estratégico .......................................................................................................................... 7

2.1. Missão/Visão/Valores .......................................................................................................................... 7 2.2. Enquadramento Histórico .................................................................................................................... 8 2.3. Organização ....................................................................................................................................... 9 2.4. Área de Influência Direta e Indireta e Acessibilidade .......................................................................... 12 2.5. Articulação com outras Instituições .................................................................................................... 16

3. Principais Ações Desenvolvidas .................................................................................................................. 19 3.1. Acreditação – Programa Nacional de Acreditação em Saúde ............................................................. 19 3.2. Reforma Hospitalar ........................................................................................................................... 21 3.3. Adequação da oferta de cuidados de saúde ....................................................................................... 23 3.4. Clinical Governance .......................................................................................................................... 23 3.5. Sustentabilidade Económico-Financeira ............................................................................................ 24 3.6. Proveitos extra subsídio à exploração ................................................................................................ 24 3.7. Sustentabilidade ambiental ................................................................................................................ 24

4. Atividade Assistencial ................................................................................................................................. 26 4.1. Consulta Externa .............................................................................................................................. 28 4.2. Urgência CHLN ................................................................................................................................. 35 4.3. Atividade Cirúrgica ............................................................................................................................ 36 4.4. Leitura de Retinografias .................................................................................................................... 39 4.5. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica ....................................................................... 40 4.6. Subespecialidade Baixa Visão ........................................................................................................... 44

5. Serviço de Enfermagem ............................................................................................................................. 50 5.1. Consulta Externa .............................................................................................................................. 50 5.2. Bloco Operatório e Central de Esterilização ....................................................................................... 53

6. Serviços de Apoio à Atividade Assistencial................................................................................................... 56 6.1. Serviço Social ................................................................................................................................... 56 6.2. Gabinete do Cidadão ........................................................................................................................ 57 6.3. Gabinete de Comunicação ................................................................................................................ 60 6.4. Serviços Farmacêuticos .................................................................................................................... 61

7. Gestão de Doentes .................................................................................................................................... 65 7.1. Orientações estratégicas: .................................................................................................................. 65 7.2. Perspetiva Aprendizado e Inovação ................................................................................................... 65 7.3. Perspetiva Mercado/Utentes.............................................................................................................. 66 7.4. Perspetiva Processos Internos .......................................................................................................... 66 7.5. Secretariado da Cirurgia e secretariado do Bloco Operatório .............................................................. 66 7.6. Admissão e BackOffice ..................................................................................................................... 67 7.7. Arquivo Clínico .................................................................................................................................. 67 7.8. Perspetiva Financeira........................................................................................................................ 68 7.9. ULGA (UHGIC e UHCTH) ................................................................................................................. 68

8. Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação ....................................................................................... 69 8.1. Segurança e Confidencialidade ......................................................................................................... 70 8.2. Processo Clínico Eletrónico ............................................................................................................... 71 8.3. Desenvolvimento/Implementação de novas aplicações – OftalOffice .................................................. 71 8.4. Prescrição Eletrónica de Medicamentos – RSP .................................................................................. 71 8.5. Renovação do Parque Informático ..................................................................................................... 72 8.6. Atualização do inventário .................................................................................................................. 72

9. Gestão de Recursos Humanos.................................................................................................................... 73 9.1. Introdução ........................................................................................................................................ 73 9.2. Recursos Humanos ........................................................................................................................... 75 9.3. Encargos .......................................................................................................................................... 78 9.4. Formação Profissional ....................................................................................................................... 79

10. Gestão de Compras e Logística .................................................................................................................. 81 10.1. Enquadramento ................................................................................................................................ 81 10.2. Análise da Atividade do Serviço de Gestão de Compras e Logística ................................................... 83 10.3. Gestão de stocks - Entrada e Consumo de Bens ............................................................................... 90 10.4. Indicadores de Desempenho ............................................................................................................. 99

11. Gestão Financeira .................................................................................................................................... 101 11.1. Resultados ..................................................................................................................................... 101 11.2. Proveitos ........................................................................................................................................ 102

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11.3. Decomposição das Contas .............................................................................................................. 104 11.4. Análise Financeira........................................................................................................................... 108

12. Gestão Hoteleira ...................................................................................................................................... 110 12.1. Evolução de Encargos .................................................................................................................... 111 12.2. Alimentação e Dietética ................................................................................................................... 112 12.3. Higiene, Limpeza e Desinfestação ................................................................................................... 112 12.4. Lavagem, Tratamento e Distribuição de Roupa ................................................................................ 112 12.5. Recolha e Tratamento de Resíduos Hospitalares ............................................................................. 113 12.6. Segurança e Vigilância .................................................................................................................... 113 12.7. Concessões de Natureza Hoteleira .................................................................................................. 114 12.8. Jardins............................................................................................................................................ 114

13. Gestão de Instalações e Equipamentos ..................................................................................................... 115 13.1. Evolução de Encargos .................................................................................................................... 116 13.2. Manutenções .................................................................................................................................. 116 13.3. Reorganização interna .................................................................................................................... 117 13.4. Reparações .................................................................................................................................... 118 13.5. Reparações – Mudança dos Filtros Absolutos e Medição das Condições Ambientais do Bloco

Operatório ...................................................................................................................................... 118 13.6. Reparações – Mudança do Óleo do Transformador ......................................................................... 119 13.7. Reparações – Lavagem dos Reservatórios e Tanques da Rede de Águas Prediais .......................... 119

14. Biblioteca e Museu ................................................................................................................................... 121 14.1. Biblioteca ........................................................................................................................................ 121 14.2. Museu ............................................................................................................................................ 122

15. Comissões ............................................................................................................................................... 123 15.1. Comissão de Qualidade e Segurança .............................................................................................. 123 15.2. Comissão de Ética para a Saúde ..................................................................................................... 124 15.3. GCL – PPCIRA ............................................................................................................................... 126 15.4. Comissão de Farmácia e Terapêutica .............................................................................................. 129 15.5. Comissão de Catástrofe e de Emergência Interna ............................................................................ 130

16. Atividades I&D ......................................................................................................................................... 131 16.1. Ensaios Clínicos ............................................................................................................................. 131 16.2. Atividade Científica ......................................................................................................................... 132 16.3. Atividades de Ensino ....................................................................................................................... 132

17. Desenvolvimento Estratégico e Atividade para 2018 ................................................................................... 134 17.1. Orientação Estratégica .................................................................................................................... 134 17.2. Linhas de Ação ............................................................................................................................... 134 17.3. Atividade Prevista ........................................................................................................................... 139 17.4. Infraestrutura .................................................................................................................................. 140 17.5. Considerações finais ....................................................................................................................... 141

18. Anexos .................................................................................................................................................... 142 18.1. Anexo 1 – Atividade Científica ......................................................................................................... 142

ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 – Consultas externas ........................................................................................................................ 28 Quadro 2 – Consultas de Oftalmologia /Período Homólogo ............................................................................... 30 Quadro 3 – Consultas Realizadas /Plano Desempenho 2017 ............................................................................ 30 Quadro 4 – Consultas Por subespecialidade .................................................................................................... 32 Quadro 5 – Tempos de resposta nas consultas realizadas, por prioridade na triagem ........................................ 33 Quadro 6 – Nº MCDT ....................................................................................................................................... 35 Quadro 7 – Atendimentos na urgência do CHLN pelos médicos do IOGP.......................................................... 36 Quadro 8 – Evolução Nº de Cirurgias ............................................................................................................... 36 Quadro 9 – Cirurgia Ambulatório ...................................................................................................................... 37 Quadro 10 – Indicadores LIC ........................................................................................................................... 38 Quadro 11 – LIC .............................................................................................................................................. 38 Quadro 12 – LIC / Tempo Adequado ................................................................................................................ 39 Quadro 13 – TME em LIC por prioridade .......................................................................................................... 39 Quadro 14 – Leitura de Retinografias ............................................................................................................... 40 Quadro 15 – Nº MCDT Segmento Anterior ....................................................................................................... 41 Quadro 16 – Nº MCDT Retina .......................................................................................................................... 42 Quadro 17 – Nº MCDT Estrabismo e Oftal. Pediátrica ....................................................................................... 43 Quadro 18 – Nº MCDT Glaucoma .................................................................................................................... 43

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 3 -

Quadro 19 – Atividades de Enfermagem .......................................................................................................... 50 Quadro 20 – Cirurgias canceladas/adiadas por motivo ...................................................................................... 54 Quadro 21 – RH – Efetivos .............................................................................................................................. 75 Quadro 22 – RH – prestadores de serviço ........................................................................................................ 76 Quadro 23 – RH – Efetivos .............................................................................................................................. 76 Quadro 24 – R H – Movimento de Pessoal ....................................................................................................... 77 Quadro 25 – Horas Normais Trabalhadas Por Grupo ........................................................................................ 77 Quadro 26 – R H – Encargos anuais com pessoal exceto prestadores de serviço .............................................. 78 Quadro 27 – R H – Encargos anuais com prestadores de serviço ..................................................................... 79 Quadro 28 – R H – Encargos anuais efetivos e prestadores de serviço ............................................................. 79 Quadro 29 - Processos de Aquisição – Número e Montante (€) - 2017 .............................................................. 84 Quadro 30 - Processos de Aquisição – Montante (€) – 2017/2016..................................................................... 84 Quadro 31 - Aquisição de Bens e Serviços por Tipo de Procedimento – 2017 ................................................... 85 Quadro 32 - Aquisição de Bens e Serviços, por Tipo de Procedimento, por Fontes de Consumo – 2017 ............ 85 Quadro 33 - Aquisição de Bens e Serviços, por Tipo de Procedimento, por Fontes de Consumo – 2017 ............ 87 Quadro 34 – Aquisição de Bens e Serviços por Natureza Económica ................................................................ 88 Quadro 35 - Aquisição de Bens e Serviços – 2016/2017 ................................................................................... 88 Quadro 36 - Aquisição de Serviços – Recursos Humanos - 2017 ...................................................................... 89 Quadro 37 - Aquisição de Equipamento Diverso - 2017 .................................................................................... 89 Quadro 38 - Valor total das Entradas, por armazém - 2017 ............................................................................... 90 Quadro 39 - Valor total do Consumo, por armazém – 2017 ............................................................................... 90 Quadro 40 - Resumo de Entradas e Consumos – 2016/2017 ............................................................................ 90 Quadro 41 - Entrada de Artigos 25 Mais – IOGP - 2017 .................................................................................... 91 Quadro 42 - Consumo Clínico .......................................................................................................................... 92 Quadro 43 - Medicamentos – 2017 - Análise ABC: Artigos da Classe A ............................................................ 97 Quadro 44 - Consumo Administrativo – 2017 - Análise ABC: Artigos da Classe A .............................................. 97 Quadro 45 - Inutilizações – 2017 ...................................................................................................................... 98 Quadro 46 - Artigos inutilizados, de maior peso financeiro em 2017 – Família 22 e 29 ....................................... 98 Quadro 47 - Indicadores de gestão por armazém – 2017 .................................................................................. 99 Quadro 48 – Evolução dos Proveitos.............................................................................................................. 102 Quadro 49 – Evolução dos Custos ................................................................................................................. 102 Quadro 50 – Evolução dos Consumos ........................................................................................................... 103 Quadro 51 – Receita das Prestações de Serviços .......................................................................................... 104 Quadro 52 – Evolução das Compras .............................................................................................................. 105 Quadro 53 – Evolução do Imobilizado ............................................................................................................ 106 Quadro 54 – Evolução dos Fornecimentos e Serviços .................................................................................... 106 Quadro 55 – Despesas com Pessoal.............................................................................................................. 107 Quadro 56 – Indicadores Financeiros ............................................................................................................. 109 Quadro 57 – Encargos com as Prestações de Serviços .................................................................................. 111 Quadro 58 – Tratamento de Roupa ................................................................................................................ 112 Quadro 59 – Recolha e Tratamento de Resíduos Hospitalares ....................................................................... 113 Quadro 60 – Investimento .............................................................................................................................. 116 Quadro 61 – Contratos Manutenção ............................................................................................................... 117 Quadro 62 – Requisições por Serviço ............................................................................................................ 118 Quadro 63 – Atividade Científica .................................................................................................................... 132 ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Nº de Consultas ............................................................................................................................. 29 Gráfico 2 – Percentagem de Consultas de Oftalmologia por Unidade Funcional ................................................ 31 Gráfico 3 – TME (dias) ..................................................................................................................................... 33 Gráfico 4 – Atividade Cirúrgica ......................................................................................................................... 37 Gráfico 5 – Consultas de Enfermagem ............................................................................................................. 53 Gráfico 6 – Cirurgias adiadas por Unidade Funcional ........................................................................................ 54 Gráfico 7 – Atendimentos dos Utentes ............................................................................................................. 56 Gráfico 8 – Proveniência do pedido .................................................................................................................. 57

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Gráfico 9 – Exposições tratadas no G.C. .......................................................................................................... 58 Gráfico 10 – Entrada de exposições ................................................................................................................. 58 Gráfico 11 – Reclamações por Área Funcional ................................................................................................. 59 Gráfico 12 – Elogios por Área Funcional ........................................................................................................... 60 Gráfico 13 - Análise ao Consumo das Lentes Intraoculares de Camara Anterior ................................................ 93 Gráfico 14 - Análise ao Consumo das Lentes Intraocular Monobloco – Tipo I .................................................... 94 Gráfico 15 - Análise ao Consumo das Lentes Intraocular Monobloco – Tipo II ................................................... 95 Gráfico 16 - Análise ao Consumo das Lentes Intraocular de 3 Peças ................................................................ 96 Gráfico 17 – Resultados................................................................................................................................. 101 Gráfico 18 – Despesa .................................................................................................................................... 105

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1. Mensagem da Presidente do Conselho Diretivo

2017 iniciou-se com a esperança de que finalmente o regime jurídico do IOGP seria

revisto permitindo uma renovação e um novo desenvolvimento, viabilizando uma melhor

resposta às necessidades de cuidados de oftalmologia na área de ARSLVT.

A visita e o discurso de Sua Exa. o Senhor Secretário de Estado da Saúde em outubro de

2016 no dia da comemoração dos 127 anos do IOGP, criou esta esperança e deu um

novo estímulo a todos os colaboradores. Foi solicitado num curtíssimo espaço de tempo

um plano de negócios que foi entregue em prazo record.

E assim em 2017 os resultados da produção refletiram essa motivação e no primeiro

semestre a produção cirúrgica aumentou 24% em relação ao ano anterior e as consultas

de CTH 43%. No entanto, os meses foram passando sem qualquer concretização e as

dificuldades inerentes ao subfinanciamento agudizaram-se porquanto o financiamento,

não sendo proporcional ao aumento de produção, teve como consequência que os

recursos disponíveis se esgotassem ainda mais precocemente.

Após inúmeros relatórios e pedidos de reforço orçamental, o mesmo foi autorizado já no

2º semestre ainda permitindo realizar alguma produção com incentivo às equipas.

Podemos afirmar que 2017 foi um excelente ano em termos de produção, verificando-se

em 31 de dezembro um aumento de 18% na atividade cirúrgica, de 15% no acesso às

primeiras consultas de CTH e de 107% na resposta à leitura de retinografias.

Mas se tudo o que até aqui foi dito poderia augurar que 2018 fosse também um bom ano,

não nos deixemos iludir. A longa espera de uma alteração ao regime jurídico do IOGP,

tem levado ao limite a resistência da equipa em acreditar que o esforço realizado será

reconhecido superiormente e que possa finalmente ter reflexo na melhoria de condições

de trabalho e de equipamento.

Neste momento, e provavelmente ainda durante mais alguns anos, a resposta do SNS às

necessidades de cuidados de oftalmologia da região de Lisboa passa por contar com a

capacidade instalada no IOGP.

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Para tal são necessários instrumentos para viabilizar uma resposta proporcional à

capacidade instalada no IOGP nomeadamente simplicidade na contratação de recursos

humanos e um financiamento pela produção como é a regra na quase totalidade das

unidades de saúde do SNS. Só mantendo a qualidade das condições de trabalho e de

equipamento, se conseguirá fixar os recursos humanos estancando a permanente sangria

para o sector privado e outros, por falta de perspectiva de futuro no IOGP.

Não podemos esquecer que o IOGP somos nós ... mas que o IOGP deve ser o que a

população de Lisboa e Vale do Tejo precisa que seja, para ser dada uma resposta

adequada às necessidades de quem procura cuidados de oftalmologia no SNS.

Luísa Coutinho Santos

Presidente do Conselho Diretivo

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 7 -

2. Posicionamento estratégico

O Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP) é uma instituição especializada do

Serviço Nacional de Saúde, que desempenha funções integradas de prestação de

cuidados, de ensino, de formação e de investigação no âmbito da Oftalmologia.

É o único Instituto de Oftalmologia público existente no país e a sua fundação remonta ao

século XIX. Já com quase 129 anos de história, a sua missão é continuar a prestar

serviços de saúde de qualidade no âmbito da Oftalmologia, constituindo-se como uma

referência técnica e científica nos cuidados que proporciona e nos campos da formação e

da investigação.

Situado no centro de Lisboa, num espaço nobre, o IOGP, acolhe mensalmente mais de

cinco mil utentes para consultas, exames, tratamentos e cirurgias.

As sucessivas renovações das instalações foram acompanhando as inovações

tecnológicas e científicas e, hoje em dia, assume-se como uma referência em medicina

oftalmológica no país e no estrangeiro, nas diferentes subespecialidades de Oftalmologia.

2.1. Missão/Visão/Valores

A Missão do IOGP consiste em prestar serviços de saúde de qualidade, relacionados

com a prevenção, diagnóstico, avaliação, terapêutica e investigação das doenças no

âmbito da Oftalmologia, designadamente através do desenvolvimento de técnicas

diferenciadas centradas na patologia ocular e visual, constituindo-se como uma referência

técnica e científica nos cuidados prestados e nos domínios da formação pré e pós-

graduada e na investigação, promovendo a motivação dos profissionais, adequando os

recursos disponíveis às necessidades da comunidade e cumprindo o Programa Nacional

para a Saúde da Visão na sua área de intervenção.

A Visão do IOGP consiste em constituir-se como instituição de referência para o

desenvolvimento da investigação, formação, diagnóstico e tratamento da patologia do

sistema visual, contribuindo para a disseminação do conhecimento e prestando um

serviço de excelência nestes domínios.

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Os Valores do IOGP são fundados numa cultura de qualidade e desempenho e centram-

se na orientação para o utente/comunidade, designadamente:

Integridade

Ética, inovação e decisão baseada em evidência constituem as linhas de orientação

nos serviços, garantindo a acessibilidade e a efetividade dos cuidados prestados ao

utente.

Organização e rigor

A dinâmica organizacional desenvolve-se numa abordagem de processos de

prestação de cuidados, afetação eficiente de recursos, gestão participada e melhoria

contínua do desempenho e das competências.

Ganhos em Saúde

O compromisso do IOGP perante a comunidade assenta na obtenção de resultados

em saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do cidadão.

Proficiência

O conhecimento, a prática, a experiência e empenho dos profissionais constituem o

ativo mais valioso do Instituto ao serviço das necessidades da comunidade.

2.2. Enquadramento Histórico

O Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto tem origem no longínquo ano de 1889,

quando, por decreto régio de 8 de agosto, foi estabelecido na cidade de Lisboa o curso

teórico e prático de patologia e clínica oftalmológica sendo confiada a sua direção a “um

nosso compatriota de reconhecida competência e notória reputação, que ocupa um lugar

distinto entre os mais acreditados especialistas da oculística, e exerce dignamente o

magistério numa universidade da Alemanha, o Dr. Gama Pinto”.

Desde então e até à atualidade muitas foram as reformas que lhe alteraram, tanto o

aspeto arquitetónico - de palacete adaptado a um pequeno hospital do princípio do século

XX, até ao edifício onde hoje funciona -, como os diferentes modelos de gestão por que

passou, incluindo a tutela a que esteve subordinado, que, em 1987, transitou do Ministério

da Educação para o Ministério da Saúde.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 9 -

Em 2007 iniciou uma parceria com o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, disponibilizando

médicos para participarem no Serviço de Urgência de Oftalmologia do Hospital de Santa

Maria.

Em janeiro de 2012, integrou o Centro Oftalmológico de Lisboa, Unidade Assistencial que

atuava na área clínica da especialidade de oftalmologia, tendo sido transferidos para o

IOGP as suas competências e recursos, numa perspetiva de integração de serviços

tendente à concentração, racionalização e maximização dos recursos disponíveis

(Portaria nº 20/2012 de 23 de Janeiro).

Em junho de 2012, encerrou o Serviço de Internamento e evoluiu para Centro de

Ambulatório em Oftalmologia, passo importante para o aumento da efetividade da

qualidade dos cuidados e da eficiência na organização hospitalar, que possibilita um

incremento da qualidade, a redução da lista de espera cirúrgica e ainda uma

racionalização da despesa em saúde e que acarreta múltiplas vantagens: menor taxa de

complicações pós-operatórias, criação de menos stress aos utentes, possibilidade de

recuperação no ambiente familiar, regresso precoce às suas atividades diárias e um

aumento da acessibilidade dos utentes à cirurgia.

Em 2016, o IOGP, através da Direção Geral de Saúde, foi Acreditado pelo modelo de

Acreditação do Ministério da Saúde - Modelo ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de

Andalucía).

2.3. Organização

O IOGP organiza-se em centros de custo, segundo uma matriz estruturada que abrange a

totalidade da sua atividade.

Integram a estrutura organizativa do Instituto:

Investigação e Ensino;

Serviços de Suporte Técnico à Prestação de Cuidados;

Serviços de Suporte Técnico e Logística;

Serviços de Apoio ao Conselho de Administração.

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A estrutura clínica do IOGP compreende as seguintes unidades funcionais:

Consulta Externa;

Bloco Operatório;

MCDT.

O Conselho de Diretivo do Instituto é composto por um presidente e por três vogais,

sendo um deles o diretor clínico e o outro a enfermeira diretora. Durante o ano de 2017,

foi constituído por:

Presidente - Maria Luísa Coutinho Pereira dos Santos

Vogal Executiva - Teresa Manuela Flores Machado Veríssimo

Diretor Clínico - Victor José Tavares dos Reis Ágoas

Enfermeira Diretora - Maria Cristina Correio Pires Carvalho

Os Serviços do IOGP estão organizados conforme o seguinte organograma:

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* ORGANIGRAMA

IOGP - CONSELHO DIRETIVO

COMISSÕES DE APOIO TÉCNICOAPOIO AO CD

SERVIÇOS DE SUPORTETÉCNICO E LOGÍSTICA

SERVIÇOS DE SUPORTE TÉCNICOÀ PRESTAÇÃO DE CUIDADOS

ESTERILIZAÇÃO

FARMÁCIA

SERVIÇO SOCIAL E GABINETE DO CIDADÃO

PSICOLOGIA CLÍNICA

GESTÃO DE COMPRAS LOGÍSTICA E

DISTRIBUIÇÃO

GESTÃO FINANCEIRA

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE

INFORMAÇÃO

GESTÃO DE DOENTES

GESTÃO HOTELEIRA

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

Consultadoria JurídicaPlaneamento e Controlo de GestãoComunicação e Imagem

Comissão Médica Comissão de Enfermagem Comissão de Farmácia e Terapêutica Comissão de Ética para a Saúde Comissão de Qualidade e SegurançaGrupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo

de Infeções e de Resistência aos AntimicrobianosComissão de Catástrofe e de Emergência interna Comissão de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações ConexasAUDITORIA

INTERNA

INVESTIGAÇÃO E ENSINO

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DIABETES OCULAR

OCULOPLÁSTICA

OFTALMOLOGIAGERAL

ANESTESIOLOGIA

CONTACTOLOGIA

CONSULTAEXTERNA

SUP. OCULAR EXTERNA

MÁCULA

OFTALM. PEDIÁTRICA

GLAUCOMA

CONSELHO CONSULTIVO

MEDICINAINTERNAOFTALMOLOGIA

CATARATA

ESTRABISMO

REFRACTIVA

RETINA

CIRURGIA REFRACTIVA

RETINA CIRÚRGICA

ESTRABISMO

RETINA MÉDICA

OFTALMOLOGIA GERAL

DIREÇÃO DO INTERNATO MÉDICO

Gab. de Codificaçãoe Auditoria Clínica

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2.4. Área de Influência Direta e Indireta e Acessibilidade

A oftalmologia é uma das especialidades com maior dificuldade de acesso a nível

nacional, tem a maior lista de espera para consulta hospitalar e de um modo geral as

instituições do SNS têm muita dificuldade em cumprir os tempos máximos de resposta

garantidos, definidos por lei para o nível de prioridade atribuído a cada pedido.

A área de influência direta do IOGP abrange uma população de 1.061.347 habitantes,

226.229 residentes na área de Lisboa Norte, 282.147 da região do Oeste e ainda 552.971

da área Amadora Sintra, estes últimos desde 2012.

Através da área de influência indireta o IOGP serve ainda uma população de 2.598.524

habitantes da Região de Lisboa e Vale do Tejo.

No total, a área de influência (direta e indireta) do Instituto corresponde à da Região de

Lisboa e Vale do Tejo, que engloba 3.659.871 habitantes.

Com a implementação do Despacho nº 6170-A/2016, de 9 de maio, que veio estabelecer

o princípio do Livre Acesso e Circulação (LAC) do cidadão no SNS, em 31 de dezembro

de 2017, encontravam-se em espera para uma primeira consulta de oftalmologia, 2.473

utentes provenientes de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) que não fazem

parte da rede de referência deste Instituto de um total de 8.586, evidenciando a sua

preferência em serem assistidos no IOGP. De salientar que mesmo antes da publicação

do normativo referido já o IOGP atraía população fora da sua rede de referenciação, quer

proveniente da Região de Lisboa e Vale do Tejo, quer de outras regiões.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 13 -

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA

A referenciação dos utentes para o IOGP através da Consulta a Tempo e Horas (CTH) é

proveniente dos seguintes ACES:

ACES Lisboa Norte:

UCSP Alvalade Ext Especialidades

USF do Parque

UCSP Benfica Ext Marechal Carmona

Ext Rodrigues Migueis

Ext Carnide

USF Rodrigues Miguéis

USF Carnide Quer

USF Gerações

USF Luz

UCSP Coração de Jesus

UCSP Coração Jesus - Ext. D Loulé

UCSP Lumiar

UCSP Charneca

UCSP Alto do Lumiar

USF Telheiras - SCML

USF das Conchas

UCSP Sete Rios Ext. Gulbenkian

Ext. Totta e Açores

USF Tílias

ACES Oeste Sul:

UCSP Torres Vedras Á-dos-Cunhados, Campelos, Carmões, Carvoeira, Dois Portos, Freiria, Maceira, Matacães, Maxial, Monte Redondo, Outeiro da Cabeça, Ponte Rol, Ramalhal, Runa, Silveira, Silveira, Turcifal, Ventosa, São Pedro da Cadeira

USF Gama

USF Arandis

UCSP Cadaval

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ACES Oeste Sul:

UCSP Cadaval - Barreiras Ext Chão de Sapo

UCSP Cadaval - Figueiros

UCSP Cadaval - Vermelha

UCSP Cadaval - Vilar

UCSP Cadaval - Painho

UCSP Lourinhã

UCSP Lourinhã - Moita Ferreiros

UCSP Lourinhã -Reguengo Grande

UCSP Lourinhã -Ribamar

USF D. Jordão

CS Mafra Ext. Azueira

Mafra Norte - Encarnação

UCSP Mafra Norte - Gradil Ext. Ericeira

Ext. Igreja Nova

Ext. Santo Isidoro

UCSP Mafra Norte - Sobral de Abelheira

UCSP Mafra Norte – V F Rosário

USF Andreas

USF Ouriceira

ACES Oeste Norte:

UCSP Litoral - Alfeizerão

UCSP Litoral - S. Martinho do Porto

USF Santa Maria

UCSP Bombarral Ext Po

UCSP Caldas da Rainha Ext. A-Dos-Francos

UCSP Caldas da Rainha - Alvorninha Ext Carvalhal Benfeito

UCSP Caldas da Rainha - Foz do Arelho

UCSP Caldas da Rainha - Santa Catarina

Ext. Vidais

UCSP Caldas da Rainha - Rostos Ext S Gregório

UCSP Caldas da Rainha - Salir de Matos

Ext Carreiros

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 15 -

ACES Oeste Norte:

USF da Tornada

USF Rainha Dona Leonor

USF Bordalo Pinheiro

USF Mar de Saúde

UCSP Óbidos

UCSP Óbidos - A-dos-Negros

UCSP Óbidos - Amoreira

UCSP Óbidos - Olho Marinho

UCSP Óbidos - Vau Ext Gaeiras

UCSP Peniche

UCSP Peniche - Atouguia - Atouguia Baleia

UCSP Dr. Renato Fortes - Serra del Rei

UCSP Dr. Renato Fortes - Ferrel

UCSP Dr. Renato Fortes - sede

UCSP Peniche Atouguia - Peniche

ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA

Fazem parte da área de Influência indireta do IOGP os restantes ACES da Região de

Lisboa e Vale do Tejo:

ACES População Residente

Almada-Seixal 332.299

Arco Ribeirinho 213.584

Arrábida 233.516

Cascais 206.479

Estuário do Tejo 244.377

Lezíria 196.620

Lisboa Central 265.138

Lisboa Ocidental e Oeiras 233.453

Loures-Odivelas 344.636

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Médio Tejo 228.007

Oeste Norte (14 ACES) 65.124

Oeste Sul 35.291

Total 2.598.524

Fonte: INE – Censos 2011

Os utentes referenciados via LAC, que se encontravam a aguardar consulta em 31

dezembro de 2017 (2.473), foram provenientes dos seguintes ACES:

ACES Alentejo Central (17)

ACES Algarve I - Central (7)

ACES Algarve II - Barlavento (11)

ACES Algarve III - Sotavento (5)

ACES Almada - Seixal (193)

ACES Arco Ribeirinho (564)

ACES Arrábida (40)

ACES Ave III - Famalicão (2)

ACES Baixo Mondego (1)

ACES Cascais (43)

ACES Cávado II - Gerês/Cabreira (1)

ACES Cávado III - Barcelos/Esposende (1)

ACES Cova da Beira (4)

ACES Douro I - Marão e Douro Norte (2)

ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte (1)

ACES Estuário do Tejo (103)

ACES Grande Porto VIII - Espinho/Gaia (1)

ACES Lezíria (175)

ACES Lisboa Central (478)

ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (343)

ACES Loures - Odivelas (372)

ACES Médio Tejo (18)

ACES Pinhal Interior Norte (3)

ACES Pinhal Litoral (1)

ULS da Guarda (4)

ULS de Castelo Branco, EPE (2)

ULS do Alto Minho, EPE (1)

ULS do Baixo Alentejo (7)

ULS do Nordeste (2)

ULS do Norte Alentejano (6)

ULS Litoral Alentejano (11)

Outros (54)

2.5. Articulação com outras Instituições

O IOGP tem um protocolo estabelecido com o CHLN desde 2007, no âmbito da Urgência

de Oftalmologia. Através do seu corpo clínico e dos seus internos, cada profissional

escalado, faculta ao Serviço de Urgência de Oftalmologia do Hospital de Santa Maria, 12

horas por semana do seu horário de trabalho, o que na totalidade corresponde a 4,1

oftalmologistas ETC por semana. De salientar que a atividade realizada no Serviço de

Urgência do CHLN não é refletida na produção do Instituto.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 17 -

Ao número de horas acima referido acresce o estágio de 12 horas semanais dos internos

(10) na urgência do CHLN (que equivale a 3 médicos ETC por semana).

Igualmente, desde 2012 e após o encerramento do serviço de internamento do IOGP, os

utentes que não reúnem critérios de elegibilidade para serem intervencionados em regime

ambulatório são referenciados para o Serviço de Oftalmologia daquele Centro Hospitalar.

Considerando a necessidade de se articularem esforços entre as entidades do SNS para

uma maior e melhor qualidade dos serviços prestados, garantindo assim o direito à

proteção da saúde, bem como a sustentabilidade económico-financeira do Serviço

Nacional de Saúde (SNS), o IOGP estabeleceu alguns protocolos de cooperação com

outras instituições, contribuindo assim para a obtenção de ganhos de eficácia dentro do

SNS.

Neste âmbito, o IOGP procurou rentabilizar a sua capacidade instalada, estando em 2017

em vigor os seguintes protocolos:

- Protocolo de colaboração com o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM), para

realização de consultas médicas, exames médicos, bem como as cirurgias que se

afigurem necessárias a doentes com idade igual ou superior a 12 anos que integram a

lista de espera do CHBM. Foram realizadas 89 cirurgias em 2016 e 147 cirurgias em

2017;

- Protocolo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)

para leitura e elaboração de relatório clínico consecutivo à execução das retinografias,

dos diabéticos rastreados no Programa Regional de Rastreio da Retinopatia Diabética

(área de influência da ARSLVT);

- Em 7 fevereiro foi assinado um Protocolo com o Centro Hospitalar do Oeste para a

prestação de cuidados de oftalmologia aos utentes daquela unidade;

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- Em setembro de 2017 foi celebrado um protocolo com a Direção-Geral de Reinserção e

Serviços Prisionais – Hospital Prisional de São João de Deus para a prestação de

cuidados de saúde na área da oftalmologia.

Importa ainda referir que, no âmbito do “Programa de Incentivo à Realização de Atividade

Cirúrgica no SNS” estabelecido na Circular Normativa da ACSS n.º 12/2016/DPS-UGA,

de 16 de maio, e na Portaria 207/2017 de 11 julho, que visa melhorar a capacidade de

resposta cirúrgica dos hospitais públicos, assente no princípio da Gestão Partilhada de

Recursos no SNS, o IOGP, em 2017, realizou em produção adicional interna 216

cirurgias, contribuindo para a concretização dos seguintes objetivos do referido Programa:

- Melhorar os tempos de resposta no acesso à cirurgia programada;

- Rentabilizar a capacidade cirúrgica instalada do Instituto;

- Criar mecanismos competitivos para realização de atividade cirúrgica no SNS;

- Aumentar a produtividade do Instituto.

O IOGP colabora igualmente com o Instituto Português de Reumatologia na prestação de

cuidados a doentes da subespecialidade de Inflamação Ocular.

A nível da comunidade o IOGP assegura a resposta a solicitações dos tribunais para

realização de perícias e juntas médicas.

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3. Principais Ações Desenvolvidas

Da atividade desenvolvida em 2017 destacam-se as principais ações:

3.1. Acreditação – Programa Nacional de Acreditação em Saúde

O IOGP foi acreditado pelo modelo nacional e oficial de Acreditação (modelo

desenvolvido pela Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía, ACSA), nos termos da

Resolução do Comité de Cerificação datada de 1 de julho de 2016, conforme consta do

certificado de Acreditação da Qualidade emitido pelo Departamento da Qualidade na

Saúde da Direção Geral da Saúde), entregue ao IOGP pelo então Secretário de Estado

da Saúde, Dr. Manuel Delgado, na cerimónia pública de comemoração dos 127 anos do

Instituto, no dia 13 de outubro de 2016, que contou, entre outros, com a presença do

Diretor do Departamento da Qualidade na Saúde da Direção Geral da Saúde, Dr. José

Alexandre Diniz.

Ficou assim confirmada pelo Ministério da Saúde, pela Agência da Qualidade Sanitária de

Andaluzia – ACSA e pela Internacional Society for Quality in Healthcare – ISQUA, a

qualidade e a segurança dos cuidados prestados pelo Instituto.

O período de validade do relatório de avaliação é de 5 anos conforme indicado no

certificado de Acreditação da Qualidade.

Obtida a certificação nos termos acima referidos, o IOGP entrou na fase de

acompanhamento que tem a duração de dois anos e meio, que culmina com a visita de

avaliação de acompanhamento a realizar pela Direção Geral da Saúde agendada para o

dia 1 de agosto de 2018.

Neste âmbito, em 2017 o Instituto prosseguiu a sua atividade de acompanhamento,

designadamente através de reuniões periódicas com os auto-avaliadores visando os

seguintes objetivos:

• Consolidação dos resultados obtidos com o processo de certificação e garantir

que o cumprimento dos standards se mantém ao longo dos cinco anos de vigência

do certificado;

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• Manutenção e desenvolvimento de ações de melhoria contínua através da

implementação de áreas de melhoria identificadas em diferentes sectores e da

oportunidade de identificação de novas áreas de melhoria.

Realização de auditorias internas.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 21 -

3.2. Reforma Hospitalar

A. AJUSTAMENTO DE RH

No seguimento da Resolução do Conselho de Ministros nº 32/2017, de 9 de

fevereiro, que determinou o início de um programa de regularização extraordinária

dos vínculos precários na administração pública (PREVPAP) e da publicação da

Portaria nº 150/2017 de 3 de maio, em reunião ocorrida em setembro de 2017, na

Comissão de Avaliação Bipartida (CAB), foram considerados elegíveis para

regularização 10 elementos no IOGP: 1 técnico superior, 1 técnico de informática, 1

ortoptista e 7 assistentes técnicos. A proposta da CAB foi homologada já em 2018.

Na sequência do Despacho nº 7541/2017, do Secretário de Estado da Saúde, de

18 de agosto, foi aberto procedimento concursal para um posto de trabalho de

assistente graduado sénior da carreira especial médica, na área hospitalar que veio

a concluir-se já em 2018.

Em 2017 procedeu-se ao recrutamento, através de diversas formas. Das 9

entradas, 3 foram por concurso (1 assistente operacional, 1 assistente técnico e 1

médico interno), 4 por mobilidade (3 técnicos superiores e 1 enfermeira), 1 por

cedência de interesse público (técnico superior) e 1 por prestação de serviços

(assistente técnico). Ocorreu ainda o regresso de um assistente técnico que saíra

por concurso e que desistiu no período experimental. Foi ainda nomeado, em

regime de substituição, um dirigente de 2º grau, chefe de divisão para os Serviços

Financeiros. Todavia, conforme se esclarece no ponto referente à “Gestão de

Recursos Humanos”, o total de colaboradores em 2017 acabou por ser inferior (-1)

ao ano anterior, impondo-se um continuado esforço no sentido do ajustamento de

recursos humanos, que se mantém insuficiente.

Procedeu-se à renovação da contratação de dois médicos aposentados,

aproveitando o regime mais favorável consagrado na lei do orçamento de estado

para 2017:

uma assistente graduada sénior de oftalmologia para a consulta de baixa-

visão para obviar os efeitos da saída por aposentação por limite de idade do

Responsável dessa consulta que ocorreu em julho de 2017;

um assistente graduado de anestesiologia, para reforço da equipa que

permitiu um melhor aproveitamento da capacidade instalada, que se veio a

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traduzir num aumento da atividade cirúrgica de 18,3% em 2017. De notar

que foi iniciado ainda em 2016 um procedimento concursal para assistente

desta especialidade que, concluído em janeiro de 2017, ficou deserto.

B. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Consolidação da Informatização do Processo Clínico Eletrónico (SClínico).

Ações desenvolvidas para garantia da segurança e confidencialidade dos

dados.

Desenvolvimento e avaliação de nova aplicação (OftalOffice) que acrescenta ao

SClinico algumas funcionalidades específicas da oftalmologia

Realizada uma ação de controlo à Integridade dos Dados Informáticos.

Continuidade do plano de renovação do parque informático.

C. QUALIDADE

Consolidação do processo de certificação da qualidade segundo o disposto e

em conformidade com o modelo ACSA, tendo sido acreditado por Resolução do

Comité de Cerificação datada de 1 de julho de 2016, conforme consta do

certificado de Acreditação da Qualidade emitido pelo Departamento da

Qualidade na Saúde.

Renovação da Certificação dos Serviços Farmacêuticos sendo que a profunda

revisão da Norma NP EN ISO 9001 em 2015, com aplicação obrigatória até

Setembro de 2018, obrigou ao planeamento das alterações introduzidas pela

nova versão da norma e à revisão/atualização de toda a informação

documentada inerente ao sistema de Gestão da Qualidade.

Realização das auditorias (interna e externa) nos Serviços Farmacêuticos em

abril que comprovaram a eficácia e adequabilidade do Sistema de Gestão da

Qualidade implementado, segundo os requisitos da Norma NP ISO 9001:2015.

Aquisição de Serviços de Saúde Ocupacional.

D. INOVAÇÃO E APRENDIZAGEM

Melhoria das competências dos profissionais – formação contínua.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 23 -

Reforço da inovação e do desenvolvimento tecnológico (novos equipamentos

para cirurgia de catarata e vitrectomia).

Atividade científica detalhada no ponto 16.2.

Formação e estágios diversos detalhados no ponto 16.3.

3.3. Adequação da oferta de cuidados de saúde

Promoção da oferta de cuidados diferenciados centrados na Saúde da Visão,

através da melhoria de cuidados no âmbito da diabetes com dinamização da

consulta de enfermagem/diabetes e medicina interna/diabetes em

complementaridade à consulta de retina/diabetes.

Monitorização da Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) com cumprimento dos

Tempos Máximos de Resposta Garantida (TMRG).

Aumento do número de primeiras consultas via CTH em 15,2% decorrente do

esforço acrescido no agendamento e na realização de consulta de primeira vez,

com vista à redução da LEC da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Aumento do número de cirurgias em 18,3% sendo de salientar a rentabilização

da capacidade cirúrgica instalada através da realização de 216 cirurgias

adicionais e do aumento do número de cirurgias intravítreas decorrente da

beneficiação da sala dedicada às mesmas.

Celebração de Protocolos com o Centro Hospitalar do Oeste e com a Direção-

Geral de Reinserção e Serviços Prisionais – Hospital Prisional de São João de

Deus para a prestação de cuidados de saúde na área da oftalmologia.

3.4. Clinical Governance

Compromisso com a gestão da qualidade, na consolidação dos resultados

obtidos no processo de acreditação.

Elaboração de normas e procedimentos.

Auditorias realizadas pela Comissão de Qualidade e Segurança.

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3.5. Sustentabilidade Económico-Financeira

Cumprimento das metas orçamentais:

Em 2017 o EBIDTA é de 82.449,77 €, revelando uma atividade operacional positiva,

embora com constrangimentos de financiamento que impediram a realização de

investimento para substituição de equipamento em estado inoperacional ou obsoleto.

3.6. Proveitos extra subsídio à exploração

No âmbito das transferências correntes, foi atribuída uma verba de 200.000€,

por despacho do Senhor Secretário de Estado da Saúde, de 28/06/2017, nos

termos do qual deve”… o mesmo ser consignado à realização de atividade

cirúrgica adicional, no âmbito do Programa de Incentivo à Realização de

Atividade Cirúrgica no SNS…”.

Por despacho do Senhor Secretário de Estado da Saúde, de 02/10/2017, foi

ainda atribuído um reforço em crédito especial no montante de 230.000 €, para

a atividade normal.

Contrato de cedência de espaço para a atividade de bar/refeitório para

fornecimento de alimentação a utentes e profissionais;

Contrato de cedência de espaço referente a quatro máquinas automáticas de

distribuição de produtos alimentares;

Faturação de atividade decorrente a outras Instituições do SNS e tribunais;

Valor das taxas moderadoras cobradas.

3.7. Sustentabilidade ambiental

O IOGP, no ano de 2017, manteve uma política de sustentabilidade ambiental traduzida

em várias atividades.

Para além de uma maior adequação de triagem e destino final dos resíduos hospitalares,

houve igualmente uma preocupação com os resíduos de outra natureza, como sejam

papel e cartão, plásticos, lâmpadas, monos, equipamentos específicos e resíduos de

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 25 -

consumíveis informáticos. Estes resíduos, quando produzidos, seguem as vias

adequadas de encaminhamento para centros adequados.

No âmbito da atividade da responsabilidade pelas instalações elétricas foi efetuada a

manutenção anual ao posto de transformação e apresentado o correspondente relatório à

Direção Geral de Energia e Geologia no qual se destaca não terem sido detetadas

quaisquer anomalias nos vários parâmetros em análise.

No desenvolver da atividade do Serviço de Gestão de Instalações e Equipamentos,

manteve-se a prática de mudança de lâmpadas por iluminação LED ou economizadoras,

visando a economia das fontes energéticas e respetivos consumos.

Como em todos os anos, foram revistos os planos de emergência para temperaturas

extremas, bem como o plano de emergência do IOGP, neste caso ainda com realização

de ações de formação (procedimentos de emergência, autoproteção e primeira

intervenção) e simulacro de incêndio para pôr em prática os conhecimentos adquiridos.

No âmbito do combate ao desperdício, continuou-se a política de maior racionalidade de

consumíveis administrativos e informáticos e uma maior utilização da desmaterialização

de documentos (evitando-se cópias em papel e privilegiando-se o arquivo digital). Como

objetivo de médio prazo mantém-se a conclusão da desmaterialização do processo

clínico.

Em dezembro de 2017 foi efetuada a mudança do óleo do transformador, no posto de

transformação, por empresa especializada, permitindo uma maior segurança e

operacionalidade deste equipamento.

Também em dezembro foi efetuada a limpeza e desinfeção dos reservatórios de água fria

e dos depósitos de água quente da rede de águas prediais, seguindo-se já em janeiro de

2018, as análises a parâmetros bacteriológicos, físico-químicos e à Legionella.

Finalmente, é de referir que na apresentação do plano de eficiência energética da RSLVT

o IOGP foi considerado o primeiro na eficiência hídrica.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 26 -

4. Atividade Assistencial

O perfil assistencial do IOGP compreende atividade de Consultas Externas, Cirurgia

Ambulatória, Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) e

Reabilitação de utentes com baixa visão.

As Consultas Externas subdividem-se em especialidades médicas, das quais fazem parte

a Oftalmologia, a Anestesiologia e a Medicina Interna e especialidades não médicas que

incluem consultas de Enfermagem e de Psicologia.

As consultas de oftalmologia são realizadas por equipas médicas especializadas e, para

além da consulta de oftalmologia geral, consulta de diagnóstico onde é definido o

seguimento a prestar ao doente, casa não haja alta, subdividem-se nas seguintes

subespecialidades:

O IOGP distingue-se no modo como gere a oferta de cuidados e o circuito do doente e

pelos protocolos existentes que ajudam à qualidade na prestação de serviços clínicos.

A maioria das consultas de subespecialidade corresponde a uma “Consulta de Alta

Resolução” evitando nova deslocação, uma vez que, embora só se registe uma consulta

Retina Cirúrgica

Retina Médica

Mácula

Diabetes Ocular

Cirurgia Refrativa

Contactologia

Superfície ocular externa

Inflamação Ocular

Sub-visão

Oftalmologia Pediatria

Estrabismo

Genética Ocular

Glaucoma

Oculoplástica

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 27 -

médica, o utente é visto uma primeira vez e, no mesmo dia, efetua todos os MCDT

necessários e volta a ser observado uma segunda vez para resultados de exames e

proposta terapêutica.

Embora, não seja considerada nem remunerada como tal, tem sido política do IOGP a

realização da “Consulta de Alta Resolução”, tomando o utente como o centro de todo o

processo e facilitando o seu relacionamento com a instituição.

Contribui-se assim, para a melhoria do bem-estar dos doentes e famílias, uma vez que se

reduz o número de deslocações ao hospital.

Assim, podemos afirmar que o número de consultas das subespecialidades se encontra

subvalorizado, uma vez que se fossem contabilizados todos os atos médicos ter-se-ia,

certamente, um número de consultas muito superior que ultrapassaria o número

contratualizado.

A área dos MCDT encontra-se dotada, com equipamento tecnológico sofisticado e

inovador, o que permite dar uma resposta de exceção. O elevado número de exames

realizados leva a um desgaste rápido destes equipamentos, necessitando alguns de

substituição e outros de atualização.

A cirurgia de ambulatório desenvolve-se, essencialmente, nas seguintes

subespecialidades: Oftalmologia Geral (Glaucoma, Oculoplástica, Vias Lacrimais, Córnea);

Cirurgia Refrativa;

Retina Cirúrgica;

Estrabismo;

Cirurgia de Catarata.

A Cirurgia Vítreo-retiniana, cirurgia de excelência dirigida às patologias que podem levar

rapidamente à cegueira, é executada por uma equipa cirúrgica, que responde,

atempadamente, a todas as situações clínicas que configuram verdadeiras urgências em

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Oftalmologia e que, por necessitarem de resposta imediata, são atribuídas as prioridades

“urgência diferida” e “muito prioritário”.

A Reabilitação Visual desenvolve um trabalho de investigação técnica e prática na área

da baixa-visão e da cegueira com vista à reabilitação e inclusão de pessoas com

deficiência visual no seu projeto de vida.

Relativamente à atividade assistencial desenvolvida no IOGP em 2017, apresentam-se os

resultados pelas seguintes linhas de produção: Consulta Externa, Cirurgia Ambulatória e

Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.

4.1. Consulta Externa

Em 2017, realizaram-se 56.960 consultas médicas, verificando-se um acréscimo de 2.604

consultas face ao período homólogo.

Do total, 55.874 consultas médicas foram realizadas a utentes do SNS, o que representa

98,1% da produção total de consultas médicas.

QUADRO 1 – CONSULTAS EXTERNAS

FONTE: SONHO- ESTATÍSTICA CON126, CON890

Indicadores 2015 2016 2017 Δ 15/16 Δ 16/17

Consultas Externas 56.345 58.141 61.811 3,19% 6,31%

Consultas não Médicas 3.397 3.785 4.851 11,42% 28,16%

Consultas Médicas 52.948 54.356 56.960 2,66% 4,79%

1as Consultas Médicas 26.553 24.073 24.161 -9,34% 0,37%

Consultas Subsequentes Médicas 26.395 30.283 32.799 14,73% 8,31%

% 1as consultas/total de consultas 50,15% 44,29% 42,42% -11,69% -4,22%

% Consultas Médicas SNS 99,5% 98,0% 98,1% -1,54% 0,10%

Consultas Médicas SNS 52.698 53.266 55.874 1,08% 4,90%

1as Consultas SNS 26.457 23.469 23.823 -11,29% 1,51%

Consultas Subsequentes SNS 26.241 29.797 32.051 13,55% 7,56%

% 1as Consultas SNS/Total de Consultas SNS 50,2% 44,1% 42,6% -12,24% -3,23%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 29 -

Em 2017 realizaram-se mais 2.141 consultas de oftalmologia do que em 2016 e mais

3.091 do que em 2015.

GRÁFICO 1 – Nº DE CONSULTAS

FONTE: SONHO ESTATÍSTICA CON126

Em 2017 regista-se um decréscimo de 2,0% no número total de consultas oftalmologia de

primeira vez face a 2016, no entanto as primeiras consultas referenciadas pelo CTH

aumentaram 15,2%.

Inversamente ao número de primeiras consultas de oftalmologia, o número de consultas

subsequentes de oftalmologia aumentou 8,6% face ao período homólogo.

Este acréscimo de consultas subsequentes de oftalmologia fica a dever-se

essencialmente, ao acréscimo de produção cirúrgica, uma vez que por cada cirurgia

realizada são efetuadas, no mínimo, 4 consultas subsequentes (pré-operatório, pós-

operatório do dia seguinte, pós-operatório de 1 semana e pós-operatório de 1 mês).

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QUADRO 2 – CONSULTAS DE OFTALMOLOGIA /PERÍODO HOMÓLOGO

FONTE: SONHO ESTATÍSTICA - CON126, ADWP1- 4.6) RELATÓRIO DO ACESSO - PRIMEIRAS CONSULTAS, SERVIÇO RH (MÉDICOS ETC)

O número de consultas médicas realizadas foi superior (3,3%), ao número total de

consultas propostas no Plano de Desempenho para 2017.

QUADRO 3 – CONSULTAS REALIZADAS /PLANO DESEMPENHO 2017

FONTE: SICA – P ESTRATÉGICO 2017, SONHO ESTATÍSTICA - CON126

Quanto às consultas não médicas (psicologia e enfermagem) verifica-se um aumento do

número de consultas de enfermagem (34,8%) e de psicologia (27,1%) face ao previsto no

plano de desempenho para 2017 relacionado com o aumento de atividade cirúrgica.

Em 2017 não se realizaram 5.765 consultas médicas, por ausência/falta do doente, o que

corresponde a uma taxa de absentismo de 10%.

Consultas de Oftalmologia 2015 2016 2017 Δ 16/17

Total de Consultas 50.242 51.192 53.333 4,2%

Primeiras Consultas 23.940 21.360 20.931 -2,0%

Primeiras s/ majoração 14.673 13.338 11.693 -12,3%

CTH 9.267 8.022 9.238 15,2%

Consultas Subsequentes 26.302 29.832 32.402 8,6%

% Primeiras Consultas 47,6% 41,7% 39,2% -2,5%

Consultas oftalmologia / Oft. ETC 1.564 1.811 2.052 13,3%

1as Consultas Consultas Subsequentes Total Consultas

Anestesiologia 2.917 3.183 29 3.212 10,1%

Medicina Interna 420 47 368 415 -1,2%

Oftalmologia 51.819 20.931 32.402 53.333 2,9%

Consultas Médicas 55.156 24.161 32.799 56.960 3,3%

Psicologia 310 - 394 394 27,1%

Consultas de Enfermagem 3.306 - 4.457 4.457 34,8%

Consultas Não Médicas 3.616 - 4.851 4.851 34,2%

TOTAL 58.772 24.161 37.650 61.811 5,2%

Consultas Externas Plano Desempenho (PD) 2017

Realizadas Δ PD / Realizado

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 31 -

CONSULTAS DE OFTALMOLOGIA – UNIDADES FUNCIONAIS

As consultas de oftalmologia distribuem-se pelas unidades funcionais conforme gráfico

seguinte:

GRÁFICO 2 – PERCENTAGEM DE CONSULTAS DE OFTALMOLOGIA POR UNIDADE FUNCIONAL

FONTE: SONHO ESTATÍSTICA - CON126

Conforme resulta do quadro 4 assinala-se a realização de mais 105 consultas na

subespecialidade Retina, de mais 160 consultas na subespecialidade Glaucoma e de

mais 2.238 consultas de Oftalmologia Geral.

O impacto da saída de um especialista ainda é evidente na subespecialidade de sub-

visão, onde se verifica uma diminuição de 236 consultas.

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QUADRO 4 – CONSULTAS POR SUBESPECIALIDADE

FONTE: SONHO ESTATÍSTICA - CON126

LISTA DE ESPERA PARA CONSULTAS – TME - CONSULTA A TEMPO E HORAS (CTH)

Apresenta-se no gráfico seguinte a distribuição do Tempo Médio de Espera (TME) por

mês, para primeira consulta (CTH), durante o ano de 2017:

Indicadores 2015 2016 2017 Δ 15/16 Δ 16/17

Total de Cons ultas 29.237 30.382 32.620 1.145 2.238

Primeira s Cons ultas 16.023 15.243 15.629 -780 386

Cons ultas Subs equentes 13.214 15.139 16.991 1.925 1.852

% Pri meiras Cons ul tas 54,80% 50,17% 47,91% -4,63% -2,26%

Total de Cons ultas 10.576 10.216 10.321 -360 105

Primeira s Cons ultas 1.952 1.180 721 -772 -459

Cons ultas Subs equentes 8.624 9.036 9.600 412 564

% Pri meiras Cons ul tas 18,46% 11,55% 6,99% -6,91% -4,56%

Total de Cons ultas 5.359 5.560 5.720 201 160

Primeira s Cons ultas 3.057 2.428 2.156 -629 -272

Cons ultas Subs equentes 2.302 3.132 3.564 830 432

% Pri meiras Cons ul tas 57,04% 43,67% 37,69% -13,38% -5,98%

Total de Cons ultas 3.052 2.790 2.768 -262 -22

Primeira s Cons ultas 2.128 1.728 1.771 -400 43

Cons ultas Subs equentes 924 1.062 997 138 -65

% Pri meiras Cons ul tas 69,72% 61,94% 63,98% -7,79% 2,05%

Total de Cons ultas 967 982 746 15 -236

Primeira s Cons ultas 444 388 351 -56 -37

Cons ultas Subs equentes 523 594 395 71 -199

% Pri meiras Cons ul tas 45,92% 39,51% 47,05% -6,40% 7,54%

Total de Cons ultas 1.051 1.262 1.158 211 -104

Primeira s Cons ultas 336 393 303 57 -90

Cons ultas Subs equentes 715 869 855 154 -14

% Pri meiras Cons ul tas 31,97% 31,14% 26,17% -4,98% -4,98%

Equipa de Oftalmologia Geral

Equipa de Retina

Equipa de Glaucoma

Equipa de Estrabismo/Genética/Oft. Pediátrica

Equipa de Sub-Visão

Equipa de Segmento Anterior

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 33 -

GRÁFICO 3 – TME (DIAS)

(Fonte: ADW-CTH, 4.6- Relatório do acesso - primeiras consultas)

Conforme resulta da leitura do gráfico acima, o TME para uma primeira consulta de

oftalmologia para utentes referenciados pela Consulta a Tempo e Horas (CTH) aumentou

131 dias de Janeiro a Dezembro de 2017.

Em 2017 foram realizadas 9.238 primeiras consultas de oftalmologia, com origem nos

CSP, referenciadas via CTH, verificando-se um acréscimo face a 2016, de +1.216,

primeiras consultas provenientes da CTH (+15,2%). As referidas consultas têm a seguinte

distribuição por prioridade:

QUADRO 5 – TEMPOS DE RESPOSTA NAS CONSULTAS REALIZADAS, POR PRIORIDADE NA TRIAGEM

(Fonte: ADW-CTH, 4.1) Tempos de resposta nas consultas realizadas, por prioridade na triagem)

Até 30 30 a 60 61 a 150 > a 150 Total Até 30 dias

30 a 60 dias

61 a 150 dias

> a 150 dias Total

Muito prioritário 5,7 0,0 0,0 0,0 5,7 1 0 0 0 1Prioritário 22,7 46,1 78,3 182,1 54,2 217 888 523 11 1.639Normal 17,7 45,2 101,6 202,7 138,9 221 257 3.986 3.134 7.598Total 20,1 45,9 98,9 202,7 123,9 439 1.145 4.509 3.145 9.238

Tempo médio de resposta ao pedido (dias) Consultas realizadas Tempos de resposta nas consultas realizadas, por prioridade na triagem - 2017

Prioridade

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Em 2017, para as consultas realizadas fora do TMRG (prioridade normal), o tempo

máximo de espera foi de 203 dias.

Da análise da Lista de Espera para consulta externa de doentes referenciados pelo CTH,

constata-se que, em dezembro de 2017 estavam 8.586 doentes referenciados pelos

Centros de Saúde a aguardar realização de consulta de primeira vez, prevendo-se que

irão aguardar em média 226 dias.

Comparando com dezembro de 2016 verifica-se um aumento da LEC de 157% decorrente

do princípio do Livre Acesso e Circulação (LAC) do cidadão no SNS na referenciação

para uma primeira consulta de oftalmologia por via da implementação do Despacho nº

6170-A/2016 de 9 de maio.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 35 -

MCDT REALIZADOS POR OFTALMOLOGISTAS

Em complemento às consultas das diversas especialidades, em 2017 foram realizados

por oftalmologistas os seguintes Meios Complementares:

QUADRO 6 – Nº MCDT

4.2. Urgência CHLN

Os Oftalmologistas do Instituto colaboram, semanalmente, no Serviço de Urgência do

Hospital de Santa Maria (CHLN). Cada oftalmologista do IOGP, que realiza urgência no

CHLN, tem alocadas 12 horas semanais a esse Serviço, o que na totalidade corresponde

a 4,1 oftalmologistas ETC por semana, acrescendo o descanso compensatório no horário

noturno.

Ao número de horas acima referido acresce o estágio de 12 horas semanais dos internos

(10) na urgência do CHLN (que equivale a 3 médicos ETC por semana) à semelhança do

ano anterior.

Código MCDT realizados por médico 2015 2016 2017

70.220 Oftalmoscopia indirecta com midriase faramacologica 1.859 1.078 442

70.360 Fotografia aspectos oculares externos 2 28 17

70.447 Terapia fotodinâmica macular (PDT) 58 59 115

70.448 Laser Yag 187 173 194

70.449 Laser Argon 377 298 262

70.456 Trabeculectomia laser 4 5 6

70.457 Trabeculoplastia laser 12 5 1

70.461 Iridotomia laser 18 16 15

70.462 Capsulotomia ND: Yag 54 32 23

70.463 Lise de bandas vitreas 4 1 1

70.465 Laser fototérmico 29 10 0

70.470 Prescrição e adaptação de próteses oculares 0 1 2

70.520 Ecograf ia oftalmica linear 37 86 102

70.530 Ecograf ia oftalmica bidimensional 167 128 97

70.590 Ecograf ia de alta definição (UBM) 87 58 58

70.605 Sondagem das vias lacrimais, com AL 1 5 0

70.607 Extracção de corpo estranho ocular superf icial 0 0 0

99.000 Exames Periciais 22 25 30

2.918 2.008 1.365Total

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A atividade realizada no Serviço de Urgência do CHLN não está refletida na produção do

Instituto e é contabilizada como produção do CHLN.

Como se pode verificar no quadro seguinte, durante 2017 os médicos do IOGP realizaram

6.251 atendimentos de oftalmologia na urgência do CHLN, representando um aumento de

19,6% (+1.025) face ao período homólogo.

QUADRO 7 – ATENDIMENTOS NA URGÊNCIA DO CHLN PELOS MÉDICOS DO IOGP

4.3. Atividade Cirúrgica

Em 2017 foram realizadas 5.334 cirurgias ambulatórias, das quais 216 cirurgias de

catarata realizada ao abrigo de produção adicional interna que o IOGP se propôs realizar

com o intuito de diminuição da lista de espera cirúrgica.

Verifica-se, assim, um aumento muito significativo do número de cirurgias realizadas, quer

face ao período homólogo (+825), quer face ao proposto no Plano de Desempenho para

2017 (+659).

QUADRO 8 – EVOLUÇÃO Nº DE CIRURGIAS

O aumento do número de cirurgias evidencia o esforço das equipas cirúrgicas com vista à

otimização de recursos e diminuição da lista de inscritos para cirurgia (LIC).

2016 2017 % absoluta

Atendimentos

Total 5.226 6.251 19,6% 1.025

Δ 16/17Urgência

Realizado

Cirurgias 2015 2016 2017 Δ 15/16 Δ 16/17 PD 2017 Δ 17/PD

Total 4.098 4.509 5.334 10,0% 18,3% 4.675 14,1%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 37 -

As cirurgias realizadas estão distribuídas pelas unidades funcionais de Catarata, Retina

Cirúrgica, Cirurgia Refrativa, Estrabismo e Cirurgia de Glaucoma e a Oculoplástica,

conforme Gráfico 6.

GRÁFICO 4 – ATIVIDADE CIRÚRGICA

No quadro seguinte apresenta-se a evolução da atividade cirúrgica pelas 5 unidades

funcionais no triénio 2015-2017:

QUADRO 9 – CIRURGIA AMBULATÓRIO

Refrativa 61 95 40 55,74% -57,89%

Estrabismo 252 215 181 -14,68% -15,81%

Catarata 2.348 2.550 2.990 8,60% 17,25%

Retina Cirúrgica 1081 1363 1691 26,09% 24,06%

Oftalmologia /Outras 356 286 432 -19,66% 51,05%

Total 4.098 4.509 5.334 10,03% 18,30%

Cirurgias 2015 2016 2017 Δ 15/16 Δ 16/17

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De salientar, mais uma vez, que as intervenções da unidade funcional “Retina Cirúrgica”

são verdadeiras urgências (descolamentos de retina e Degenerescência Macular Idade)

para as quais não existe lista de espera cirúrgica.

LISTA DE INSCRITOS PARA CIRURGIA (LIC)

O Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto tem desenvolvido um esforço crescente no

sentido de aumentar a capacidade de resposta aos doentes que aguardam cirurgia.

Em 2017 face ao período homólogo verifica-se:

Aumento dos utentes entrados em LIC;

Aumento do número de cirurgias realizadas;

Diminuição do número de doentes que aguardam cirurgia para além do

Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG).

QUADRO 10 – INDICADORES LIC

Conforme resulta da leitura do quadro antecedente o número de inscritos a aguardar

cirurgia em Dezembro de 2017 era de 1.508, com um tempo médio de espera (TME) de

68,5 dias.

QUADRO 11 – LIC

2017 Var. Hom. 2017 Var. Hom. 2017 Var. Hom. 2017 Var. Hom. 2017 Var. Hom.

6.245 25,8% 5.334 18,3% 1.508 41,2% 68,5 37,3% 0,1% -30,2%

Entradas N.º Operados LIC TME (dias) % LIC com tempo de espera > TMRG

SIGLIC IOGP 2017

<=6 6 - 9 9 - 12 >12

OFTALMOLOGIA 1.454 52 2 0 1.508 68,5Peso: 96,4% 3,4% 0,1% 0,0% 100,0%

LIC IOGP (31/12/2017)

Especialidades

Distribuição por Intervalos de Tempo (meses) LIC, por especialidade

(Episódios)

TME, por especialidade

(dias)

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 39 -

De referir que a 31 de dezembro de 2017, apenas dois doentes se encontravam em LIC

há mais de 9 meses, com cirurgia agendada para a 9 e 18 de Janeiro de 2018.

Os quadros seguintes apresentam o número de utentes em LIC dentro e fora do tempo

adequado e o tempo médio de espera para cirurgia por prioridade.

QUADRO 12 – LIC / TEMPO ADEQUADO

QUADRO 13 – TME EM LIC POR PRIORIDADE

Fonte: SIGIC

Da leitura do quadro antecedente, verifica-se que, em 31 de dezembro de 2017, se

encontravam inscritos 8 utentes em LIC com prioridade de “prioritário”, com um tempo

médio de espera de 21,8 dias.

4.4. Leitura de Retinografias

No âmbito do protocolo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

(ARSLVT) para leitura e elaboração de relatório clínico consecutivo à execução das

retinografias, dos diabéticos rastreados no Programa Regional de Rastreio da Retinopatia

Diabética (área de influência da ARSLVT) em 2017 foram realizadas 21.041 leituras de

retinografias representando um aumento de 107% face ao período homólogo.

Tota l

OFTALMOLOGIA 1.506 99,9% 2 0,1% 1.508

Total 1.506 99,9% 2 0,1% 1.508

EspecialidadesLIC dezembro (31/12/2017)

Dentro do Tempo Adequado

Fora do Tempo Adequado

Prioridade Tempo Média de Espera (dias) N.º inscritos LIC

Normal 68,7 1.500

Prioritário 21,8 8

Total Geral 68,5 1.508

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QUADRO 14 – LEITURA DE RETINOGRAFIAS

4.5. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

A área de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) é fundamental

para a atividade realizada no âmbito da especialidade de oftalmologia, sendo

maioritariamente efetuada por ortoptistas.

De forma a facilitar a leitura e apreciação dos resultados, a produção de MCDT é

apresentada por grupos de consultas às quais estão associados os respetivos exames.

PRÉ OPERATÓRIO E SEGMENTO ANTERIOR.

Neste grupo de consultas consideram-se para além das consultas de pré-operatório, as

consultas de córnea e cirurgia refrativa.

Mês 2016 2017Janeiro - 769Fevereiro 382 223Março 1.069 1.481Abril 915 1.393Maio 1.338 1.789Junho 1.242 1.726Julho 700 1.532Agosto 324 1.956Setembro 716 2.525Outubro 955 2.852Novembro 1.206 2.505Dezembro 1.335 2.290TOTAL 10.182 21.041

Leitura de Retinografias

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 41 -

QUADRO 15 – Nº MCDT SEGMENTO ANTERIOR

Os números de MCDT registam um acréscimo generalizado de todos os exames face ao

ano de 2016. Neste grupo de exames importa realçar a continuidade do crescimento da

consulta de adaptação de lentes de contacto, que começou a ser realizada com o apoio

dos Ortoptistas no decorrer do ano de 2015 e voltou a registar uma subida significativa

face ao ano anterior (+28,3%). A exceção ao crescimento generalizado foi a topografia

querática (-13,7%).

CONSULTAS DE RETINA.

Neste grupo de consultas consideram-se as consultas de Retina Médica, Retina Cirúrgica,

Diabetes Ocular, Mácula e Inflamação Ocular.

Código Pré-Operatório e Segmento Anterior 2016 2017 Valor % ∆ 16/17

70585 Bi ometria por l as er (IOL) 1.868 2.219 351 18,8%

70550 BIO+C. Lio 297 338 41 13,8%

70375 Bi omicros copia es pecul ar 2.742 3.276 534 19,5%

70428 Top. Queráti ca 307 265 -42 -13,7%

70278 Oct Seg. Ant. 31 40 9 29,0%

70560 Paquimetri a 2.434 2.440 6 0,2%

Adaptação Lentes Contacto 152 212 60 39,5%

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QUADRO 16 – Nº MCDT RETINA

Os MCDT realizados para este grupo de consultas registam de um modo global uma

quebra do número de exames. O OCT constitui uma das exceções com um aumento de

8,5% que representa mais 604 OCT realizados no ano de 2017 em relação a 2016. O

OCT-A, sem registo de exames realizados durante o ano de 2016, teve 59 exames

realizados. Destaca-se ainda a redução do número de angiografias fluoresceínicas, -

21,4%, angiografia com verde de indocianina, -35,0% e as retinografias, -34,2 %.

CONSULTAS DE ESTRABISMO E OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA

De salientar o aumento muito significativo do número de avaliações da visão binocular e

equilíbrio oculomotor, +380,3% e a continuidade do crescimento dos testes de visão

cromática, +35,3%. Em sentido contrário a quebra de acuidades visuais com técnicas

especiais, - 25,6% e as avaliações da visão binocular sem sinoptóforo, - 25,4%.

Código Retina 2016 2017 Valor % ∆ 16/17

70252 Ang. Fl uo 313 246 -67 -21,4%

70435 VIC 40 26 -14 -35,0%

70280 OCT - 3D 6.504 7.109 605 9,3%

70290 OCT - A 0 59 59 n.a.

70251 Retinografia 777 511 -266 -34,2%

70415 A.V. ETDRS 7.099 7.042 -57 -0,8%

63310 PEV flas h 16 19 3 18,8%

63310 PEV pattern 10 8 -2 -20,0%

70320 ERG flas h 27 45 18 66,7%

70320 ERG pattern 12 11 -1 -8,3%

70310 EOG 13 12 -1 -7,7%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 43 -

QUADRO 17 – Nº MCDT ESTRABISMO E OFTAL. PEDIÁTRICA

CONSULTA DE GLAUCOMA

Relativamente aos exames associados ao glaucoma, por se tratar de um MCDT que exige

mais tempo para a sua execução e por consequência absorve mais recursos humanos,

deve destacar-se o aumento do número de PEC, 177, um acréscimo de 6,5% face ao ano

anterior. Em sentido contrário a queda muito acentuada do número de GDX, que reflete o

progressivo abandono desta subespecialidade em relação a este MCDT, substituindo-o

progressivamente pelo OCT.

QUADRO 18 – Nº MCDT GLAUCOMA

Código Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica 2016 2017 Valor % ∆ 16/17

70414+70413A.V. Técni cas Es p. 741 551 -190 -25,6%

70416 A.V. Outras Técn. 815 897 82 10,1%

70085 AV. V. Bi n. S/ Sinop 1.468 1.095 -373 -25,4%

70080 Es tudo Bin. E Eq O M 76 365 289 380,3%

70094 Coordímetro 4 0 -4 -100,0%

70094 C. Hes s 37 45 8 21,6%

70090 T Ortóptica 9 6 -3 -33,3%

70340 Vis ão Cromática 51 69 18 35,3%

70412 Vi s ão Contras te 4 0 -4 -100,0%

Código Glaucoma 2016 2017 Valor % ∆ 16/17

70130 PEC 2.736 2.913 177 6,5%

70130 CV Goldmann 238 182 -56 -23,5%

70445 GDX 1.946 678 -1.268 -65,2%

70433 ORA 43 52 9 20,9%

70433 Med His teres is 100 74 -26 -26,0%

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PRÉ EXAME

Todos os doentes da consulta de Oftalmologia Geral passam no gabinete de pré exame.

São realizados auto-refractómetros, tonómetros de sopro e caso seja doente de 1ª vez

também se realiza frontofocómetros.

O número de consultas de Oftalmologia Geral em 2017 foi de 32.620 a que

corresponderam cerca de 75.026 MCDT realizados no pré exame.

4.6. Subespecialidade Baixa Visão

O ano de 2017 foi marcado pela alteração da dinâmica da área de Baixa Visão (BV) tendo

a sua Coordenadora investido num trabalho em equipa, acentuando a sua multi e

interdisciplinaridade, reforçando a coesão da equipa e a comunicação entre os diferentes

elementos que a integram:

Médica Oftalmologista, que orienta e coordena a equipa;

Técnica Superior de Edução Especial e Reabilitação, na área da orientação e

mobilidade;

Professora de ensino especial;

Psicólogo;

Técnicas de Ortóptica, para ensaio dos produtos de apoio.

Ao longo do ano de 2017, na CBV, foi visível o trabalho de equipa e o desempenho

profissional positivo, destacando-se as seguintes atividades:

Criação de um novo espaço de trabalho que, embora diminuto e por vezes a

exceder a sua capacidade, garante acesso a luz natural, permitindo que os utentes

com Baixa Visão sejam avaliados em ambiente natural, semelhante ao do seu dia-

a-dia.

Criação do laboratório de BV, ainda que relativamente deficitário;

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 45 -

Elaboração dos relatórios clínicos, requeridos pelos utentes, com conteúdo

abrangente e impressão em modelo próprio, onde constam identificados os

profissionais que constituem a equipa bem como as respectivas valências.

Trabalho conjunto e em articulação com as diferentes áreas de reabilitação

sempre que tal se justificou.

Os utentes que frequentaram a Consulta de Baixa Visão (CBV) e a quem foi

proposto ensaio de Produtos de Apoio, treino de Orientação e Mobilidade ou

Consulta de Psicologia, usufruíram dos serviços referidos dentro de um prazo

considerado aceitável com resultados visivelmente positivos, incluindo a satisfação

generalizada dos beneficiários.

Com a colaboração da Professora de Educação Especial, a relação CBV/Escola

ganhou mais visibilidade e começam a aparecer referências diretas das escolas

para a CBV. A relação de proximidade que se estabeleceu permite a discussão

articulada das necessidades do aluno e partilha de perspetivas relativamente às

respostas que melhor se lhe adequam. Como resultado, e quando a situação

assim o justifica, a escola desencadeia, junto do Centro Recursos Tecnologias

Informação e Comunicação, Ministério da Educação, o processo para atribuição

dos Produtos de Apoio tidos como ajustados ao perfil de funcionalidade do aluno

em causa.

Por diversas situações, foi solicitada a colaboração da Assistente Social, cuja

intervenção se revelou necessário ao processo de reabilitação/integração do

utente.

Em Junho, a Escola Superior de Tecnologias de Saúde - Curso Superior de

Ortóptica (Politécnico de Lisboa), convidou dois profissionais (médica e técnica de

ortóptica) da CBV, para lecionar o módulo DVR 1 (Deficiência Visual e

Reabilitação) durante uma semana na Universidade do Mindelo – Ilha de S.

Vicente – Cabo Verde.

Por convite da Dra. Fátima Alves (Locus Acessus), a CBV aderiu em agosto ao

projeto de sua autoria “Saídas Culturais dirigidas à pessoa Cega ou com BV”.

De Agosto a Dezembro 2017 efetuaram-se várias visitas. Nos poucos meses em

que a CBV esteve envolvida neste projeto, com satisfação se apercebeu do

interesse e crescente procura destas saídas.

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ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE

A Orientação/ Mobilidade tem vindo a crescer dentro do Instituto de Oftalmologia Dr.

Gama Pinto. Assim, o IOGP continua a ser o único hospital em todo o país a ter na sua

equipa de Baixa Visão um técnico especializado a trabalhar na área da

Orientação/Mobilidade.

A Orientação e Mobilidade é uma área de apoio relacionada com o ensino de conceitos,

capacidades e técnicas necessárias para a pessoa com Deficiência Visual poder

deslocar-se de uma forma segura, eficiente e graciosa em qualquer tipo de envolvimento

e em todas as situações com as quais se depara.

O acompanhamento destes utentes é feito dentro do próprio Instituto, no caso do treino

inicial de bengala, e posteriormente é feito no meio exterior, de acordo com as

necessidades de cada um. Podem ser treinados todo o tipo de percursos que façam parte

do quotidiano, dando ênfase aos sistemas de orientação, de transportes e de segurança.

A Orientação/Mobilidade permite que as pessoas com Deficiência Visual continuem a

viver, com a melhor qualidade de vida possível, dando-lhes uma autonomia que de outra

forma não seria possível e incluindo-os na sociedade de uma forma participativa.

A atividade desenvolvida em 2017 abrangeu:

Avaliação, prescrição e intervenção educativo-terapêutica, na área da

Habilitação e Reabilitação Psicomotora - Orientação/Mobilidade com crianças,

jovens e adultos portadores de Deficiência Visual (congénita ou adquirida) ou

com prognóstico negativo da evolução das suas patologias visuais (ambliopia

ou cegueira);

Treino de Orientação e Mobilidade para crianças, jovens e adultos com baixa-

visão ou cegos;

Apoio às consultas de Baixa Visão;

Acompanhamento de pais/família, educadores, professores e outros técnicos,

no sentido de se proporcionar um melhor apoio e potenciar a inclusão do utente

em todo o seu contexto ambiental;

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 47 -

Levantamento de todas as ajudas técnicas relacionadas com a Orientação/

Mobilidade (bengalas, marcadores, sistemas eletrónicos de orientação, etc.);

Em 2017 a área de Ajudas Técnicas/ Produtos de Apoio continuou a ser assegurada

integralmente pela Técnica de Orientação/ Mobilidade, por uma questão de

disponibilidade e por conhecer bem o processo e as próprias Ajudas Técnicas prescritas.

Neste contexto o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, prescreve os produtos

passiveis de serem prescritos, nos termos da legislação em vigor pelo médico

oftalmologista (óculos, ampliadores portáteis e de secretária, próteses oculares e bengala

branca).

O JARDIM SENSORIAL DO IOGP

O Jardim Sensorial do IOGP criado em Outubro de 2014 continuou a ser um espaço

privilegiado devidamente adaptado e dedicado à estimulação terapêutica dos sentidos das

pessoas com baixa-visão ou cegas, seguidas na consulta de Baixa Visão.

O Jardim Sensorial do IOGP apresenta uma estrutura com várias características de

grande importância para a estimulação dos sentidos (audição, olfato, tato palmar e

plantar) e para o trabalho da orientação e mobilidade.

PSICOLOGIA

A Consulta de Psicologia é uma das valências complementares ao atendimento médico

enquanto promotor da saúde visual. Nesta consulta é efetuado o acompanhando diário de

utentes com patologia visual, com diferentes graus de gravidade, bem como dos seus

familiares. Atuando em articulação com as consultas médicas do IOGP em geral e com a

de Baixa Visão muito em particular, esta consulta tem um papel fundamental como

complemento ao acompanhamento oftalmológico, sendo um espaço onde utentes e

famílias recebem ajuda especializada face a situações geradoras de forte sofrimento

psicológico, quer desencadeadas pelas perdas e constrangimentos que o quadro clínico

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oftalmológico do utente impõe, quer por outras situações de vida pré-existentes,

relativamente às quais aquele quadro potencia os seus efeitos negativos.

Em 2017 foram realizadas 394 consultas de psicologia, registado um aumento de 24%

face ao período homólogo resultante da necessidade de reforço da intervenção junto dos

utentes e famílias considerada como recurso imprescindível no apoio aos pacientes na

sua vida diária.

ÁREAS DE INTERVENÇÃO

A Consulta de Psicologia abrangeu diferentes problemáticas consoante cada grupo

populacional, nomeadamente: Crianças e jovens em contexto escolar, Adultos no ativo,

Seniores.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

O serviço prestado pelo IOGP no âmbito da educação especial tem como principais

destinatários crianças e jovens em idade escolar, abrangendo igualmente os alunos que

frequentam o ensino superior. Cabe à equipa de Baixa Visão a elaboração articulada de

avaliações de natureza diversificada, no sentido de melhor definir o perfil de

funcionalidade de cada utente. A referida equipa integra uma professora especializada em

educação especial, na área da deficiência visual que, a partir dos dados recolhidos na

avaliação clínica e da observação direta do desempenho do doente, procede a uma

avaliação da visão funcional, com o objetivo central de selecionar as respostas

pedagógicas que melhor atendam às suas necessidades em contexto escolar. Insiste-se,

sobretudo, nas competências da leitura e escrita (sendo que são estas a base de um

percurso académico regular), geralmente, através da aplicação de testes para o efeito,

bem como do ensaio de equipamentos de compensação.

A intervenção da educação especial pretende, assim, ser um contributo significativo na

construção de um conjunto de soluções “por medida”, ajustadas às características de

funcionalidade de cada aluno, com o propósito de garantir a igualdade no acesso efetivo a

todas as áreas que o meio escolar envolve. Importa sublinhar a importância do trabalho

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 49 -

de articulação entre o hospital e a escola e que resulta dos contactos sistemáticos entre a

professora de educação especial e os professores da mesma área que acompanham os

alunos diretamente nos estabelecimentos de ensino. As parcerias desenvolvidas

constituem uma mais-valia na delineação das orientações concretas a serem tidas em

conta no programa educativo individual dos alunos que se encontram ao abrigo do

Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de Janeiro.

A educação especial assume, ainda, como função, o levantamento e aconselhamento,

quer relativamente às opções de matrícula dos utentes nas escolas de referência para a

educação de alunos cegos e com baixa visão, onde as respostas educativas serão, à

partida, especificamente direcionadas para os mesmos, quer o encaminhamento para

outras instituições orientadas para a sua reabilitação.

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5. Serviço de Enfermagem

A atividade de enfermagem desenvolve-se, essencialmente, no Bloco Operatório e

Central de Esterilização, Consulta Externa e MCDT.

No ano de 2017 o funcionamento dos serviços de enfermagem foi assegurado com

especial enfoque nas seguintes vertentes:

Gestão de Recursos Humanos, comuns às diferentes unidades;

Gestão de Recursos Materiais, comuns às diferentes unidades;

Gestão de cuidados.

Na vertente de gestão de cuidados, as intervenções de enfermagem, possíveis de

contabilizar em 2017, constam discriminadas no quadro seguinte, e totalizaram 39.766 em

2016.

QUADRO 19 – ATIVIDADES DE ENFERMAGEM

5.1. Consulta Externa

A atividade no Serviço de Consulta Externa, compreende a Consulta Geral, Consulta de

Subespecialidades e MCDT. Assim:

Atividades de Enfermagem Número Atos

Midríases, pensos e outros 12.231

Acolhimento do utente cirúrgico (n.º de Utentes) 4709Intervenções de enfermagem no Intraoperatório (n.º de Utentes) 4.509

Registo de cirurgia Segura (n.º de Utentes) 4509Registo no sistema de Custeio (n. de Utentes) 4.509Consultas de enfermagem 3751Colaboração em MCDT 3.259

Avaliação não presencial no dia anterior à cirurgia 2289Total 39.766

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 51 -

a) CONSULTAS E MCDT

As intervenções interdependentes decorreram, em grande parte, da intervenção médica,

usualmente através da administração de terapêutica para permitir uma observação e

tratamento mais eficaz:

Nas primeiras consultas, a intervenção do enfermeiro ocorreu em 1/3 do total

de consultas gerais registadas no IOGP;

Nas consultas de subespecialidade os procedimentos encontram-se

protocolados para que a intervenção do enfermeiro preceda a intervenção

médica ou do ortoptista, por forma a assegurar a fluidez dos circuitos. Assim,

o enfermeiro interveio nas consultas de retina médica, controlo da mácula,

diabetes ocular, LASER, pré-operatório médico, retina cirúrgica (sem

protocolo), OCT, retinografias, electrofisiologia, angiografias fluoresceína,

angiografias verde indocianina e PDT.

Nos exames de Angiografia Fluoresceínica e Angiografia com Verde de Indocianina e

PDT, realizados em conjunto com o médico ou técnico de Ortóptica, o papel do

Enfermeiro é primordial, considerando ser necessária a administração de substâncias

endovenosas potenciadoras de situações que podem pôr em risco a segurança dos

utentes como a reação anafilática com eventual paragem cardiorrespiratória.

O enfermeiro na consulta realizou ainda procedimentos como:

Intervenções na administração de injeções subconjuntivais e aplicação tópica de

antibiótico /anti-inflamatório e/ou oclusão;

Colaboração na realização da consulta sempre que solicitado ou identificada essa

necessidade;

Intervenção em utentes em situação de urgência/emergência, que exigem a

disponibilidade de todos os recursos disponíveis para que a resposta seja o mais

célere e eficaz possível;

Orientação e encaminhamento do utente ao longo do circuito, para a realização de

consultas e ou exames, em vertentes diferentes.

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b) CONSULTA DE ENFERMAGEM DE PRÉ-OPERATÓRIO

A preparação e o encaminhamento dos utentes propostos para cirurgia constituem áreas

onde se verificou uma maior intervenção do enfermeiro e com carácter mais autónomo.

Nesta consulta, além das informações sobre o circuito operatório, medicação preparação

para cirurgia, prévia e em domicílio envolvendo o acompanhante/pessoa significativa nos

cuidados pós-cirurgia, entre outras indicações, é ainda efetuado o encaminhamento de

acordo com a situação identificada.

Em 2017 foram realizadas 5.334 cirurgias e 3.839 consultas de enfermagem de pré

operatório, o que representou uma percentagem de consultas, face ao total de cirurgias,

de 72%.

c) CONSULTA DE ENFERMAGEM À PESSOA COM DIABETES

A consulta de Diabetes mereceu-nos especial atenção no ano de 2017 tendo sido

realizadas 618 consultas de enfermagem à Pessoa com Diabetes.

É por todos reconhecido o interesse na aposta desta área de intervenção pelo aumento

da prevalência desta patologia, pela cronicidade da doença, pela complexidade da

mesma e pela necessidade de alteração de comportamentos que esta patologia exige,

para a melhoria das condições de vida dos utentes.

O desenvolvimento desta consulta foi resultado de uma reflexão na ação, projetando

intervenções mais estruturadas e oportunas. A abordagem à pessoa com diabetes é feita

pela equipa multidisciplinar, onde a intervenção do enfermeiro, tem especial foco na

Educação Terapêutica, com o objetivo de envolver, responsabilizar e capacitar os utentes

a gerir o controlo metabólico e a melhorar os valores de glicemia e de IMC.

O gráfico seguinte compara o número total de consultas de enfermagem realizadas em

2017 com os anos de 2016 e 2015.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 53 -

GRÁFICO 5 – CONSULTAS DE ENFERMAGEM

Em 2017 foram realizadas 3.468 Consultas de enfermagem, sendo 618 consultas de

enfermagem ao utente Diabético e 3.839 consultas de pré-operatório de enfermagem.

O gráfico coloca em evidência o incremento na consulta de diabetes e o aumento

significativo da consulta de pré-operatória.

5.2. Bloco Operatório e Central de Esterilização

O Bloco Operatório é constituído por uma Unidade de Cuidados Pós Anestésicos (UCPA),

quatro salas cirúrgicas, Sala de Acolhimento dos Utentes e Central de Esterilização, que

representam áreas de atividade de enfermagem fulcrais ao normal desenvolvimento da

atividade cirúrgica.

Durante o ano de 2017 verificaram-se cancelamentos de cirurgias, em diferentes tipos de

cirurgia conforme ilustrado no gráfico seguinte.

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GRÁFICO 6 – CIRURGIAS ADIADAS POR UNIDADE FUNCIONAL

Constatou-se igualmente que os motivos de cancelamento são diversificados,

encontrando-se elencados no quadro infra:

QUADRO 20 – CIRURGIAS CANCELADAS/ADIADAS POR MOTIVO

Fonte: SGD – secretariado clínico do Bloco Operatório

Da leitura do quadro antecedente, no que concerne ao adiamento de cirurgias, em 2017,

verificou-se que as causas identificadas, prenderam-se, maioritariamente, com utentes

que faltaram à cirurgia, greve, utentes que solicitam adiamento e utentes sem condições

clínicas.

Motivo adiamento/cancelamento Número Cirurgias Adiadas/Canceladas

Doente Faltou à Cirurgia 126Greve 68Doente solicita adiamento 67Doente com contra indicação oftalmológica 66Doente com contra indicação geral 49Falha técnica/instrumental/equipamentos 16Recusa do doente 14Alteração do plano/cirurgia urgente 10Atraso cirurgia anterior 10Doença subita do cirurgião 9Total 435

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 55 -

Concomitantemente a esta atividade e transversal à equipa de enfermagem, no âmbito

da acreditação, foi necessário implementar, auditar, controlar, redesenhar, consolidar e

aperfeiçoar processos de trabalho. Esta atividade foi realizada com particular empenho

pela equipa de enfermagem.

Por último, de referir que os enfermeiros procuraram também, atualizar os seus

conhecimentos fazendo uso da autoformação, assim como, mobilização de outras

estratégias que lhe permitiram ganho de competências e desenvolvimento de

competências e capacidades.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 56 -

6. Serviços de Apoio à Atividade Assistencial

6.1. Serviço Social

Atento o tipo de atividade assistencial de cariz ambulatório, prosseguida no Instituto, os

utentes do IOGP não estabelecem contactos frequentes com o Serviço Social,

determinando que a intervenção deste Serviço acabe por se revestir de carácter pontual,

centrada na resolução imediata do problema identificado pelo profissional de saúde ou

expresso pelo utente.

Em 2017, realizaram-se 138 atendimentos, dos quais 75 foram considerados de 1ª vez

por não haver registo de contacto anterior e 63 foram atendimentos subsequentes.

GRÁFICO 7 – ATENDIMENTOS DOS UTENTES

Ao analisar o gráfico acima verifica-se que em 2017, dos utentes que recorreram ao

Serviço Social pela 1ª vez, eram 28 homens e 46 mulheres. Nos atendimentos

subsequentes, 45 atendimentos respeitaram a mulheres e 18 a homens, podendo-se

concluir que o atendimento é essencialmente efetuado a mulheres, sendo também estas

as que têm mais atendimentos subsequentes.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 57 -

Dos utentes que em 2017 recorreram pela 1ª vez ao Serviço Social, 60 % (45) foram

encaminhados por profissional do IOGP, com maior expressão por médicos que

referenciaram 55% (41) do total, De notar que, uma parte significativa dos utentes foi

referenciada na consulta de Baixa-Visão. Os utentes que recorreram ao Serviço por

iniciativa própria representaram 20% (15).

GRÁFICO 8 – PROVENIÊNCIA DO PEDIDO

Quanto à tipologia do pedido, questões relacionadas com “orientações de transporte não

urgente”, “informação recebida diversa” e “processo internos” foram as áreas de maior

envolvência por parte do Serviço Social, tendo uma representação de 73%.

6.2. Gabinete do Cidadão

a) TRATAMENTO E MONITORIZAÇÃO DE EXPOSIÇÕES

Em 2017 deram entrada no Gabinete do Cidadão 83 exposições, as quais se traduziram

em: • 31 Elogios; • 52 Reclamações, destas uma foi anulada pelo exponente e as restantes

trabalhadas conforme o habitual procedimento.

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Este total é ligeiramente inferior ao do ano anterior que havia observado 85 exposições,

porém o número de reclamações em igual período observou um aumento de 10 exposições e o de elogios observou um decréscimo em 7.

GRÁFICO 9 – EXPOSIÇÕES TRATADAS NO G.C.

O SNS coloca ao dispor dos seus utentes uma variedade de meios para que possam

expressar a sua opinião, alguns dos quais permitem ao exponente não ter exposição

física, como é o caso da via on-line em que o utilizador se resguarda num espaço privado.

Com uma maior exposição física, pode usar os livros criados para o efeito e

disponibilizados nas próprias organizações.

No IOGP os utilizadores privilegiam o Livro de Reclamações para manifestar a sua

opinião, suporte com reconhecimento formal e institucional, bem como o Livro de Elogios,

suporte que, inversamente, não tendo um reconhecimento semelhante, é bastante

solicitado pelos utilizadores do IOGP, constituindo-se ambos os suportes como os

privilegiados pelos utilizadores do IOGP para expressar a sua opinião, conforme resulta

do gráfico seguinte:

GRÁFICO 10 – ENTRADA DE EXPOSIÇÕES

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 59 -

No que respeita às reclamações, à semelhança do que sucede com os elogios, são os momentos de contacto e a relação com o utente que dão origem à insatisfação, pelo que

a sua maioria ocorre em contexto de consulta externa, conforme se constata no gráfico seguinte:

GRÁFICO 11 – RECLAMAÇÕES POR ÁREA FUNCIONAL

Os utilizadores do IOGP, não manifestam apenas a sua insatisfação. Os utentes que

expressaram a sua opinião, manifestam o seu apreço para com a instituição e os seus

profissionais, em particular para com o atendimento na Consulta Externa (25) e na

Admissão/Gestão utentes (9).

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GRÁFICO 12 – ELOGIOS POR ÁREA FUNCIONAL

6.3. Gabinete de Comunicação

O Conselho Diretivo nomeou os elementos que integram o Gabinete de Comunicação e

Imagem conforme divulgado pela Circular Informativa nº 13 do Conselho Diretivo do IOGP

de 10 Maio de 2017.

Este grupo preparou o evento do dia do Instituto e dinamizou a festa do Natal de 2017. O

Gabinete pretende em 2018 desenvolver outras atividades, apesar das dificuldades de

disponibilidade de tempo dos seus membros, uma vez que nenhum deles se encontra

exclusivamente dedicado ao Gabinete.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 61 -

6.4. Serviços Farmacêuticos

Os Serviços Farmacêuticos do Instituto de

Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP) são um

serviço de apoio à ação médica com autonomia

técnica e científica.

São da sua competência o exercício das

atividades de farmácia hospitalar assegurando a

terapêutica medicamentosa aos utentes, a

qualidade, eficácia e segurança dos

medicamentos, a minimização do risco de erro, a

racionalização de custos e a prestação de

informação e de esclarecimentos na área do

medicamento aos profissionais do IOGP.

Para o efeito desenvolvem as seguintes atividades:

1. Gestão de medicamentos e produtos farmacêuticos

a. Seleção e aquisição: durante o ano de 2017 foram definidas e comunicadas as

necessidades anuais através das estimativas de consumo e foram efetuados os

pedidos de aquisição e de emissão de notas de encomenda em estreita

articulação com o serviço de aprovisionamento.

b. Gestão de stocks: foi feito um planeamento constante das necessidades com o

objetivo de evitar ruturas e dar resposta aos pedidos dos serviços utilizadores

sem a constituição de stocks superiores ao necessário.

Realizaram-se inventários bimestrais a todos os medicamentos e outros

produtos farmacêuticos da Classe A da análise ABC/valores e aos

estupefacientes e psicotrópicos e a respetiva verificação no programa de gestão

de stocks disponível nos Serviços Farmacêuticos (EK-stock). Todos os

resultados obtidos nestes inventários parcelares revelaram a total conformidade

das existências físicas com as informáticas quer no que respeita aos lotes quer

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no que respeita às validades. Em dezembro realizou-se o inventário anual a

todos os artigos existentes em armazém por registo direto das quantidades

inventariadas associadas aos respetivos lotes e prazos de validade nos leitores

ópticos tendo-se verificado a necessidade de abate de medicamentos num valor

correspondente a 0,001% do total de artigos movimentados.

Um apertado controlo dos prazos de validade realizado mensalmente permitiu a

minimização dos abates e a maximização da obtenção de notas de crédito.

c. Receção e armazenamento: todas as receções de medicamentos e de outros

produtos farmacêuticos foram precedidas de uma conferência qualitativa e

quantitativa conforme descrito na respetiva instrução de trabalho.

Simultaneamente foi feita a monitorização de fornecedores externos não se

tendo verificado nenhuma não conformidade. O armazenamento baseia-se em

critérios técnicos de estabilidade e segurança com controlo constante da

temperatura e humidade relativa e seguindo a metodologia FEFO (first expired,

first out). Na perspectiva da melhoria contínua e dando cumprimento às Normas

da Direção Geral de Saúde foram atualizadas as listagens dos medicamentos

LASA (look alike, sound alike) e dos medicamentos de alerta máximo.

2. Distribuição de medicamentos e produtos farmacêuticos

Foram revistos todos os stocks de medicamentos e produtos farmacêuticos existentes

nos serviços clínicos e a lista de medicamentos de requisição personalizada de acordo

com o definido nos respetivos procedimentos. Elaborou-se uma base de dados de

medicamentos que exigem uma monitorização mais apertada e que permite a

rastreabilidade particularmente útil no acaso de ocorrência de reações adversas a

medicamentos (RAM).

Cumpriram-se os requisitos legais no que respeita ao fornecimento de medicamentos

estupefacientes e psicotrópicos.

Foram atempadamente comunicados à tutela todos os consumos legalmente exigidos

de medicamentos e outros produtos farmacêuticos. Cumpriram-se os requisitos legais

no que respeita ao fornecimento de estupefacientes e psicotrópicos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 63 -

3. Informação

Com o objetivo de manter os profissionais do IOGP informados como suporte à

eficiência do serviço prestado, assente na integridade e na confidencialidade dos

dados, foi prestada informação ativa e passiva.

4. Participação em Comissões Técnicas e Grupos de Trabalho de apoio técnico ao

Conselho Diretivo

A farmacêutica do IOGP integrou durante o ano de 2017 as seguintes

Comissões/Grupos de Trabalho: Comissão de Farmácia e Terapêutica, Comissão de

Qualidade e Segurança, Comissão de Ética para a Saúde, GCLPPCIRA - Grupo

Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de

Resistência aos Antimicrobianos, Grupo da Acreditação e júris de concursos. As

atividades desenvolvidas encontram-se refletidas nos respetivos relatórios de

atividade.

5. Investigação e Ensino:

a) Ensaios Clínicos: Os Serviços Farmacêuticos participaram no ensaio clínico

realizado no IOGP cumprindo todos os requisitos legais e os constantes no

protocolo do estudo.

b) Formação: A farmacêutica fez formação aos assistentes técnicos e aos

assistentes operacionais no âmbito da prevenção e controlo das infecões

associadas aos cuidados de saúde e utilização de antimicrobianos e aos

médicos e outros técnicos superiores sobre ética e investigação clínica.

6. Qualidade

A renovação de um ciclo de Certificação dos Serviços Farmacêuticos e a profunda revisão

da Norma NP EN ISO 9001 em 2015, com aplicação obrigatória até Setembro de 2018,

obrigou ao planeamento das alterações introduzidas pela nova versão da norma e à

revisão/atualização de toda a informação documentada inerente ao sistema de Gestão da

Qualidade.

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As auditorias (interna e externa) efetuadas em abril comprovaram a eficácia e

adequabilidade do Sistema de Gestão da Qualidade implementado, segundo os requisitos

da Norma NP ISO 9001:2015, o que permitiu a renovação da Certificação dos Serviços

Farmacêuticos.

Paralelamente os Serviços Farmacêuticos colaboraram ativamente nos trabalhos

desenvolvidos no âmbito da Acreditação do IOGP (modelo ACSA) que se traduziram na

implementação de áreas de melhoria em diferentes sectores e na realização de auditorias

internas.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 65 -

7. Gestão de Doentes

O Serviço de Gestão de Doentes (SGD) centra os seus esforços de melhoria da qualidade

do atendimento ao utente, promovendo e solidificando o seu modo de atuação por forma

a identificar os problemas e aplicar medidas corretivas e/ou preventivas restruturando e

reorganizando o Serviço.

Em 2017, o, SGD orientou a sua atuação baseada nas quatro perspetivas estratégicas

sobre as quais assentam o modelo do Balanced Scorecard, desenvolvendo a sua ação

estruturada da seguinte forma:

7.1. Orientações estratégicas:

7.2. Perspetiva Aprendizado e Inovação

O Serviço de Gestão de Doentes foi promovendo ao longo do ano diversas reuniões nas

diversas áreas administrativas, por forma a colmatar lacunas identificadas no âmbito da

aplicação prática de normas e orientações internas e do Ministério da Saúde e atualização

de procedimentos e circuitos administrativos, em conformidade com as alterações

verificadas.

FINANCEIRAPara aumentar a % de

cobrança de taxas moderadoras que

procedimentos devem as colaboradoras adoptar?

PROCESSOS INTERNOSPara aumentar o nivel de satisfação dos utentes em quais processos devemos

sobressair?

APRENDIZADO E INOVAÇÃOPara sustentar a Visão do

IOGP em que devemos progredir?

MERCADO/UTENTEPara alcançar a Visão do IOGP, como devemos ser

vistos pelos nosso Utentes?

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A entrada de novos elementos e a reestruturação da área administrativa motivou uma

avaliação interna do SGD e dos vários secretariados, no sentido de validar procedimentos

e corrigir as desconformidades identificadas neste processo, dando origem a documentos

escritos e integrados nos processos de acreditação em execução.

7.3. Perspetiva Mercado/Utentes

Em 2017, com a ausência de colaborador para assegurar o posto de trabalho inerente ao

“Call Center”, e a saída da colaboradora afeta ao posto de trabalho de telefonista,

agravou-se a dificuldade na resposta aos contatos telefónicos dirigidos ao IOGP, tendo

sido desenvolvidos todos os esforços para encontrar alternativas, que culminou com a

aquisição de uma central telefónica automática no final do ano.

Foi dada continuidade ao registo das consultas sem presença do utente, atividade que

contribui para a redução de custos do utente e do IOGP, evitando a sua deslocação à

instituição para obter resultados de exames efetuados. Em 2017 foram realizadas 121

consultas sem presença do utente, com o respetivo seguimento/encaminhamento. No

âmbito da consulta de anestesia foi dinamizada a implementação do questionário pré-

anestésico e a realização de consulta sem presença com base nos exames e questionário

rececionado, tendo-se registado 373 consultas.

7.4. Perspetiva Processos Internos

Várias foram as ações desenvolvidas na reestruturação e adaptação de procedimentos na

sequência das novas orientações internas, nomeadamente com a implementação da LAC.

A continuidade da participação ativa e permanente dos vários colaboradores, na

manutenção e garantia do cumprimento dos requisitos dos standards estabelecidos no

processo de acreditação, foi uma constante ao longo do ano de 2017.

7.5. Secretariado da Cirurgia e secretariado do Bloco Operatório

De acordo com as orientações emanadas pela Unidade Regional de Gestão do Acesso

(URGA), manteve-se o procedimento de gestão semanal da Lista de Inscritos para

Cirurgia (LIC), atribuição de prioridades e pendências e controlo apertado do circuito do

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 67 -

doente na fase de pré-operatório, refletindo-se este procedimento na análise semestral

dos indicadores fornecidos pela URGA.

A substituição de um dos elementos deste secretariado, tornou oportuna a revisão de

circuitos e a validação de procedimentos durante o seu processo de integração.

7.6. Admissão e BackOffice

A atribuição de isenções, cobrança de taxas moderadoras, validação e identificação de

terceiros pagadores como subsistemas de faturação, foi um dos objetivos de qualidade

em que incidiu a auditoria interna aos procedimentos instituídos, com a consequente

análise, verificação e alteração de procedimentos.

Foram reestruturadas algumas agendas médicas e criadas novas, em conformidade com

alguns ajustes de plafonds e saída de médicos do IOGP.

Em abril de 2017 deu-se início a um protocolo com o Centro Hospitalar do Oeste (CHO)

para realização de primeira consulta de oftalmologia, que exigiu do SGD uma gestão dos

utentes provenientes desta unidade, com emissão de informação de retorno ao CHO de

todos os utentes atendidos neste âmbito. Até final de 2017, foram realizadas 145

consultas a doentes abrangidos pelo referido protocolo.

Em outubro de 2017 iniciou-se um protocolo com a Direção Geral de Reinserção e

Serviços Prisionais com vista à colaboração na realização de consultas médicas, exames

complementares de diagnóstico e cirurgia de ambulatório.

A colaboração com os tribunais na realização de juntas médicas e exames periciais a

sinistrados, manteve-se durante o ano de 2017, com a realização de 11 juntas médicas e

19 exames periciais.

7.7. Arquivo Clínico

Este secretariado foi renovado em termos de recursos humanos com a saída e posterior

entrada de dois novos elementos.

Com a implementação da nova plataforma de codificação SIMH, a inserção dos códigos

de diagnósticos e procedimentos passou a ser da responsabilidade do colaborador deste

secretariado, acrescendo às funções até então desempenhadas.

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7.8. Perspetiva Financeira

Com a entrada em funcionamento do SITAM foi possível a inclusão da referência

multibanco nas notas de débito, para pagamento das taxas moderadoras em dívida,

procedimento facilitador para os utentes, conducente a um pagamento menos deferido

dos valores em dívida.

Manteve-se o procedimento de verificação presencial e, em conjunto com o utente, dos

valores das taxas moderadoras consideradas em dívida. Procedeu-se à sua cobrança, ou

à sua isenção de acordo com a apresentação dos respetivos documentos comprovativos.

Mudou-se o procedimento de emissão de notas de débito, inserindo nas mesmas a

possibilidade do seu pagamento via multibanco, o que veio também contribuir para

melhorar a taxa de cobrança.

7.9. ULGA (UHGIC e UHCTH)

No âmbito da atividade desenvolvida pela Unidade Local de Gestão do Acesso (ULGA)

manteve-se o controlo e divulgação dos procedimentos inerentes às regras do SIGIC e da

CTH.

Foram analisados mensalmente os indicadores de cumprimento e a identificação de

desconformidades e tomadas as medidas preventivas e corretivas inerentes aos casos

identificados.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 69 -

8. Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação

Tal como vem acontecendo na última década, a evolução das novas tecnologias na Área

da Saúde é uma realidade que cresce de modo exponencial, tornando a Gestão de

Sistemas e Tecnologias de Informação (TI) muito mais abrangente do que os tradicionais

Serviços de Informática.

Está incluída nas atribuições da equipa de TI a atualização da informação disponibilizada

ao público através da manutenção da página do IOGP na internet assim como a

monitorização e as solicitações de atualização da informação relativa ao Instituto em sites

oficiais como o Portal SNS ou o Sistema Integrado de Informação de Prestadores.

Internamente, à tarefa de gerir os equipamentos informáticos – postos de trabalho,

servidores, datacenter, rede estruturada, sistemas e tecnologias de informação ou

comunicação por dados ou voz e, não raras vezes, os próprios equipamentos clínicos –

acresce a responsabilidade pela integridade dos dados informáticos.

Quando falamos de Segurança da Informação, há que realçar que 2017 foi

particularmente perigoso no que respeita a Ciberataques, tendo ocorrido vários, de alto

grau de periculosidade, a nível nacional e internacional. Estes colocam em grave risco o

sigilo e a integridade dos dados informáticos, com especial apetência pela informação

clínica e obrigaram à tomada de medidas de proteção excecionais.

Neste contexto, adquire particular importância a tarefa de zelar pelo adequado tratamento

de todos os dados informáticos de modo a garantir a segurança e confidencialidade dos

mesmos, implica que a equipa de TI se envolva, e seja envolvida, em todas as áreas de

atuação do IOGP. Do mesmo modo, o sucesso dessas tarefas implica o apoio/formação

dos utilizadores (que atualmente integram elementos de todos os grupos profissionais) de

modo a promover a sua autonomia responsável.

Tal como já havia ocorrido em 2016, a GSTI efetuou uma Ação de Controlo à Integridade

dos Dados Informáticos, cujo relatório segue anexo, com o objetivo de analisar a

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Fiabilidade e Precisão; Segurança e Confidencialidade; e Salvaguarda da informação

Digital da instituição.

Dessa ação de controlo resultou um relatório onde constam algumas conclusões e

consequentes recomendações que se pretende implementar em 2018.

Numa descrição sumária dos principais pontos de atuação em 2017 temos:

8.1. Segurança e Confidencialidade

A estrutura operacional da Active Directory (AD), serviço onde estão registados todos os

utilizadores, servidores e equipamentos, bem como o Fileshare, estrutura da área de

partilha de documentos estão bem concebidos, prevendo que o acesso à informação

apenas seja possível aos grupos a quem dizem diretamente respeito e existindo também

diversos níveis de acesso, que vão da leitura à escrita ou, em última instância à sua

eliminação. A correta implementação desse modelo permite a adequada confidencialidade

e integridade dos dados.

Na prática, os acessos a toda a infraestrutura são restritos a utilizadores autenticados na

AD, encontrando-se esses utilizadores incluídos como membros de Grupos de Segurança

(GS).

A criação dos GS, a definição dos seus acessos e a gestão dos seus membros foi feita

por indicação dos responsáveis de cada área.

As pastas departamentais e suas subpastas também são criadas a pedido dos

responsáveis, que simultaneamente definem o nível de permissões atribuídos aos seus

GS, garantindo que o seu conteúdo é apenas acedido pelos seus membros e,

consequentemente, o adequado nível de confidencialidade da informação na sua área.

O controlo de potenciais ameaças (adware, vírus informáticos e outras) é efetuado pela

utilização de adequado Software Anti-vírus gerido por políticas implementadas através da

consola de gestão.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 71 -

8.2. Processo Clínico Eletrónico

Com o amadurecimento da utilização do SClínico, introduzido em 2014, foi possível em

janeiro de 2016 proceder à total desmaterialização dos novos Processos Clínicos,

(n.º 16000001 em diante) passando a digitais todas as informações neles registadas por

médicos, técnicos de ortóptica, enfermeiros ou administrativos.

Esse avanço exigiu um grande esforço de adaptação por parte de todos os profissionais

envolvidos e foi “ponto de honra” dos elementos da equipa de TI prestar todo o apoio

necessário para minimizar o impacto negativo dessa alteração na atividade de cada um

desses profissionais.

Salientamos que, embora a aplicação base do Processo Clínico Eletrónico seja o

SClínico, a total desmaterialização implica a utilização de outros recursos informáticos de

recolha e tratamento de informação, tais como a digitalização, disponibilização e consulta

dos resultados de exames.

8.3. Desenvolvimento/Implementação de novas aplicações – OftalOffice

Fruto da necessidade de acrescentar ao SClínico algumas funcionalidades essenciais à

área da Oftalmologia, está em fase de avaliação a aplicação OftalOffice, criada

especificamente para esta área e atualmente a ser adaptada ao ambiente hospitalar,

sendo o objetivo o desenvolvimento de uma interface entre esta aplicação e o SClínico.

As funcionalidades específicas de que falamos, incluem por exemplo, a receita digital de

óculos ou lentes de contacto, o registo informático da refração dos utentes ou a

comparação dos resultados de exames de um doente, mostrando a sua evolução no

tempo.

8.4. Prescrição Eletrónica de Medicamentos – RSP

Está totalmente implementada a Prescrição Eletrónica de Medicamentos, sendo apenas

desejável a redução da impressão de Guias de Tratamento.

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8.5. Renovação do Parque Informático

Deu-se continuidade à renovação do nosso parque informático, tendo sido adquiridos 15

novos computadores com características avançadas e otimizados os postos que não

puderam ser substituídos, nomeadamente pela formatação dos discos rígidos e

atualização do Sistema Operativo e drivers.

8.6. Atualização do inventário

Dada a importância de manter um inventário completo e atualizado de todo o

equipamento, em especial o informático, aproveitamos a oportunidade da instalação dos

novos computadores para, em colaboração com os Serviços Financeiros, fazer um

levantamento exaustivo de todo o parque informático, procedendo seguidamente à

atualização do inventário.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 73 -

9. Gestão de Recursos Humanos

9.1. Introdução

Ao Serviço de Gestão de Recursos Humanos (SGRH) cabe a implementação e

desenvolvimento de políticas, normas e procedimentos para a definição das necessidades

em recursos humanos, a sua seleção e recrutamento, a disciplina, a formação e bem-

estar dos colaboradores do IOGP, contribuindo desta forma para um adequado clima

organizacional.

Em 2017, a atividade do Serviço foi marcada pelo recrutamento, através de diversas

formas. Das 9 entradas, 3 foram por concurso (1 assistente operacional, 1 assistente

técnico e 1 médico interno), 4 por mobilidade (3 técnicos superiores e 1 enfermeira), 1 por

cedência de interesse público (técnico superior) e 1 por prestação de serviços (assistente

técnico). Ocorreu ainda o regresso de um assistente técnico que saíra por concurso e que

desistiu no período experimental. Foi ainda nomeado, em regime de substituição, um

dirigente de 2º grau, chefe de divisão para os Serviços Financeiros.

Na sequência do Despacho nº 7541/2017 do Secretário de Estado da Saúde, de 18 de

agosto, foi aberto procedimento concursal para 1 posto de trabalho de assistente

graduado sénior da carreira especial médica, na área hospitalar. Este concurso já foi

concluído em 2018.

De salientar a Resolução do Conselho de Ministros nº 32/2017, de 9 de fevereiro, que

determinou o início de um programa de regularização extraordinária dos vínculos

precários na administração pública (PREVPAP), seguida em 3 de maio da publicação da

Portaria nº 150/2017, com os procedimentos de avaliação das situações a submeter ao

PREVPAP.

Assim, neste âmbito, em reunião, ocorrida em setembro de 2017, na Comissão de

Avaliação Bipartida, foram considerados elegíveis para regularização 10 elementos no

IOGP: 1 técnico superior, 1 técnico de informática, 1 ortoptista e 7 assistentes técnicos. A

proposta da CAB foi homologada em 2018.

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Relativamente às atividades desenvolvidas em 2017, e em cumprimento do Plano de

Gestão de Risco de Corrupção e Infrações Conexas para 2017, a área de recrutamento

foi alvo de maior acompanhamento, tendo-se garantido que os membros dos Júris

possuem a informação legal relevante em matéria de procedimento concursal, permitindo

não só uma condução mais eficiente dos procedimentos concursais, bem como assegurar

o interesse público da escolha do melhor candidato de forma transparente e em

obediência aos preceitos legais.

Também por referência ao Plano de Gestão do Risco acima mencionado, em 2017

procedeu-se, à semelhança do verificado em 2016, a uma ação de controlo à verificação

da fundamentação material e legal prévia ao processamento dos abonos a qual foi

alargada a duas novas áreas: ao controlo, pelo SGRH, da validação da assiduidade pelas

chefias, em particular as ausências e à obrigatoriedade de verificação médica nas

situações por baixa por doença nos períodos superiores a 5 dias úteis.

Em 2017 manteve-se o combate ao recurso a trabalho extraordinário, tendo sido

realizadas, um número de horas que se pode considerar insignificante: 140.00 horas no

total do ano e que correspondem na sua quase totalidade à atividade do grupo

profissional médico no serviço de urgência. Embora se registe uma subida face a 2016,

ainda assim o valor não tem expressão.

O trabalho suplementar só é efetuado após autorização prévia e devidamente

fundamentada, evitando-se o recurso a trabalho suplementar como forma de suprir

necessidades permanentes do serviço.

Em 2017 verificaram-se 9 saídas: 3 por aposentação, 2 por procedimento concursal para

outra instituição, 2 por mobilidade, 1 por conclusão do internato médico e 1 por cessação

de contrato de prestação de serviços.

Finalmente é de referir que em 2017 foi instaurado 1 Processo Disciplinar.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 75 -

9.2. Recursos Humanos

O Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto integra o Sector Público Administrativo, e em

consequência do seu regime jurídico advêm dificuldades acrescidas na captação de

recursos humanos, por se encontrar sujeito à Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas

(LGTFP), regulada e publicada em anexo à Lei nº 35/2014, de 20 de Junho. Assim, o

recrutamento, independentemente da sua forma, é sempre moroso pelo que, e sempre

que possível, o IOGP socorreu-se também de outras formas de contratação como as

prestações de serviços. A registar um contrato emprego-inserção alocado à área da

informática e que cessou em julho de 2017.

Analisando o número de efetivos do mapa de pessoal no triénio em análise, expresso no

quadro infra, verifica-se um aumento em 2016 de 8 elementos, número que se manteve

inalterado em 2017.

O acréscimo mais elevado ocorreu nos médicos, seguindo-se a enfermagem e finalmente

um assistente operacional, conforme se observa no quadro infra.

QUADRO 21 – RH – EFETIVOS

Fonte: Mapa de efetivos – RH - 2015, 2016, 2017 (Base: RHV)

As outras contratações, apresentam-se no quadro seguinte:

Carreira / Categoria 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17Conselho Diretivo 4 4 4 0,0% 0Administração Hospitalar 2 1 1 0,0% 0Médica 38 44 43 -2,3% -1Téc. Sup. Saúde 1 1 1 0,0% 0Técnica Superior 5 5 8 60,0% 3Enfermagem 22 24 24 0,0% 0TDT 10 10 10 0,0% 0Técnica de Informática 1 1 1 0,0% 0Assistente Técnico 19 19 18 -5,3% -1Assistente Operacional 15 16 15 -6,3% -1Total 117 125 125 0,0% 0

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QUADRO 22 – RH – PRESTADORES DE SERVIÇO

Fonte: Mapa de efetivos – RH - 2015, 2016, 2017 (Base: RHV)

Da análise dos quadros antecedentes verificam-se movimentos nas prestações de

serviços através de pessoa coletiva e nas outras situações. O total de efetivos do mapa

pessoal, apesar de várias alterações ocorridas em diversas categorias, manteve-se

estável. A variação no total geral de efetivos refletiu a saída de uma administradora

hospitalar e de um assistente operacional. Encerrou-se o ano de 2017 com um total de

142 efetivos ao serviço do IOGP, menos 2 do que no ano anterior.

QUADRO 23 – RH – EFETIVOS

Fonte: Mapa de efetivos – RH - 2015, 2016, 2017 (Base: RHV)

Coerentemente, no movimento de pessoal, o saldo é idêntico ao da variação de efetivos

do mapa de pessoal, já que para as 9 entradas ocorreram 9 saídas, saldando-se num

resultado nulo, conforme resulta da leitura do quadro abaixo. Os motivos mais relevantes

no movimento de pessoal são os concursos, nas entradas, e as aposentações, nas

saídas.

Prestações de Serviços 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17

Médicos 4 3 3 0,0% 0Técnica Superior 0 1 1 0,0% 0TDT 0 2 1 -50,0% -1Assistente Técnico 5 5 7 40,0% 2Assistente Operacional 1 1 0 -100,0% -1Sub-Total 10 12 12 0,0% 0

Técnico Superior 3 1 1 0,0% 0Médico 1 1 1 0,0% 0Administração Hospitalar 1 1 0 -100,0% -1Informática 1 1 1 0,0% 0Electricista 1 1 1 0,0% 0Codificação Clínica 1 1 1 0,0% 0Sub-Total 8 6 5 -16,7% -1Sub-Total Prestações Serviços 18 18 17 -5,6% -1

Outras Situações 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17Assistente Técnico 0 0 0 n.a. 0Assistente Operacional 1 1 0 -100,0% -1Sub-Total 1 1 0 -100,0% -1

Em nome individual

Pessoa Colectiva

Total Efectivos 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17Total Geral 136 144 142 -1,4% -2

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 77 -

QUADRO 24 – R H – MOVIMENTO DE PESSOAL

Fonte: Mapa de efetivos – RH - 2015, 2016, 2017

Analisando de seguida o número total de horas trabalhadas, registou-se uma ligeira

diminuição face ao ano anterior. Note-se que em julho de 2016 aos trabalhadores com

relação jurídica de emprego público foi reposto o horário de 35h/semanais, o que teve

impacto sobretudo face a 2015. Mas conjugando este mapa com o Quadro 23 com o total

de Efetivos verifica-se que, apesar de uma diminuição em 2 profissionais, a quebra no

número de horas trabalhadas foi de apenas 0,6%, inferior a 1 posto de trabalho. Isto

justifica-se por terem entrado 4 novos profissionais da carreira especial médica no horário

semanal de 40h, 1 técnico superior em CIT que está em cedência de interesse público

com horário de 40h e finalmente uma prestação de serviços de 1 assistente técnico

também a 40h. Donde se conclui que, em parte, se procurou matizar as saídas com o

aumento das cargas horárias contratadas.

QUADRO 25 – HORAS NORMAIS TRABALHADAS POR GRUPO

Fonte: Balanço Social - Quadro 1.2: 2015, 2016, 2017

Motivo 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17Entradas 19 13 9 -30,8% -4

Concurso 15 10 3 -70,0% -7Outros Motivos 4 3 6 100,0% 3

Saídas 18 5 9 80,0% 4Aposentação 7 2 3 50,0% 1Outros Motivos 11 3 6 100,0% 3

Grupo Profissional 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17Dirigente Superior 8.160 6.528 6.972 7% 444Dirigente Intermédio 0 0 1.743 n.a. 1.743Técnico Superior 13.512 11.514 12.471 8% 958Assistente Técnico 45.312 42.648 41.822 -2% -826Assistente Operacional (Auxiliar de Acção Médica) 11.080 9.410 23.016 145% 13.606Assistente Operacional (Operário) 2.040 1.882 1.882 0% 0Assistente Operacional (Outros) 17.528 19.870 1.743 -91% -18.127Informático 2.040 1.882 1.743 -7% -139Médico 67.674 70.157 73.915 5% 3.759Enfermeiro 39.756 42.401 41.115 -3% -1.287Técnico Superior de Saúde 2.040 1.882 1.743 -7% -139Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 21.270 18.048 18.426 2% 378Total 230.412 226.221 226.591 0% 370

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Em 2017 o absentismo atingiu 3.287 dias, um aumento significativo face a 2016, que

registou 2306 dias de ausência. As causas prenderam-se essencialmente com ausências

por doença e com ausências por parentalidade.

Para uma potencialidade de 36.288 dias de trabalho, o absentismo representou 9,05%,

sendo um valor a ser melhorado. Razão pela qual, e no seu combate, no caso das

ausências por doença, em 2017 houve o particular cuidado de se proceder à verificação

domiciliária da doença, tendo as situações sido confirmadas pelas visitas efetuadas e

mesmo pela Junta Médica, quando a ela houve lugar.

9.3. Encargos

No período em análise, verifica-se um acréscimo dos encargos com efetivos, motivado em

parte pela reposição de salários e pela contratação de profissionais de carreiras e

categorias de valor mais elevado, conforme resulta da leitura do quadro seguinte:

QUADRO 26 – R H – ENCARGOS ANUAIS COM PESSOAL EXCETO PRESTADORES DE SERVIÇO

Os grupos profissionais que registaram maior subida foram, e por ordem decrescente de

valor, o grupo profissional médico, o grupo de enfermagem, o grupo dos técnicos de

diagnóstico e terapêutica e o grupo de técnicos superiores. De referir ainda a nomeação

de um dirigente intermédio, cujo lugar não estava contemplado em mapa de pessoal de

anos anteriores.

Grupo Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017

Dirigente Superior 256.757,55 281.850,12 301.490,89

Dirigente Intermédio 49.259,14

Técnico Superior 201.409,45 157.048,25 185.937,08

Assistente Técnico 268.097,57 283.579,01 263.685,94

Assistente Operacional 166.457,89 170.872,41 163.889,39

Informático 31.713,32 32.249,56 32.599,17

Médico 1.348.987,96 1.459.380,24 1.659.442,17

Enfermeiro 462.778,53 536.520,35 595.739,07

Técnico Superior Saúde 44.313,61 45.421,99 46.372,88

Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 224.056,65 184.425,86 219.703,74

Total 3.004.572,53 3.151.347,79 3.518.119,47

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 79 -

Continua a verificar-se que o grupo profissional médico representa a maior fatia dos

encargos, sendo o grupo com maior número de profissionais e de horas normais

trabalhadas, bem como o único com trabalho suplementar significativo.

De seguida apresenta-se o encargo de pessoal referente apenas aos prestadores de

serviços:

QUADRO 27 – R H – ENCARGOS ANUAIS COM PRESTADORES DE SERVIÇO

Verifica-se assim uma significativa redução no valor dos encargos referentes a

prestadores de serviço, traduzindo o esforço do hospital na redução deste tipo de

contratação.

Analisando o total de encargos com pessoal, efetivos e prestadores de serviço, verifica-

se, uma diminuição de 8,9%, conforme resulta da leitura do quadro seguinte:

QUADRO 28 – R H – ENCARGOS ANUAIS EFETIVOS E PRESTADORES DE SERVIÇO

9.4. Formação Profissional

Em 2017 verificaram-se 189 participações em ações de formação externas, num total de

2.542 horas.

2016

Valor Anual ** Nº Prof. Valor Anual

Pessoal Médico* 75.052,62 5 64.205,83Pessoal Técnico 145.214,40 4 59.751,66Pessoal Administrativo 88.188,76 7 106.801,60

Total anual 308.455,78 16 230.759,09

* Inclui uma médica codificadora

2017

** Só a parir de abril de 2016 é que os prestadores foram incluídos no RHV, pelo que o total de 2016 inclui também informação disponibilizada pelos Serviços Financeiros referente aos meses de janeiro a março de 2016

Grupo

Anos 2016 2017 %

TOTAL 3.459.803,57 3.748.878,56 8,4%

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As ações de formação internas contaram com 984 participações, destacando-se as 38

reuniões clínicas com 880 participações e as restantes 104 participações em 29 ações de

diversas outras áreas. Esta atividade formativa versou um universo de 107 trabalhadores,

totalizando 988 horas.

Apesar dos constrangimentos financeiros, ainda assim pode considerar-se um esforço

significativo o realizado pelo IOGP no âmbito da formação profissional e que representou

uma subida muito significativa face a 2016.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 81 -

10. Gestão de Compras e Logística

10.1. Enquadramento

O ano de 2017 foi também ele e à semelhança dos anos transatos, caraterizado por

subfinanciamento e constrangimentos de natureza financeira, que condicionaram a

dinâmica das aquisições, as quais continuaram a pautar-se por uma política de redução

de stocks.

O Plano Anual de Aquisições inicial, que já refletia reduções significativas em algumas

famílias de artigos foi cumprido, sendo no entanto necessário reforço orçamental para

garantir a prossecução e execução da cirurgia programada, assim como da cirurgia

adicional proposta para o 2.º semestre do ano. Estas contingências implicaram a abertura

de novos procedimentos de aquisições, que duplicaram todo o procedimento

administrativo.

As celebrações ou renovações de alguns contratos de aquisição de serviços continuaram

à mercê de longos períodos de espera de autorização, fruto da exigência de parecer

prévio vinculativo do Ministério das Finanças.

No caso dos contratos, concernentes à aquisição de serviços de recursos humanos,

necessários para garantir a aquisição de bens de consumo e prestação dos serviços de

suporte à atividade clinica, em quantidade, qualidade e oportunidade, aos utentes do

IOGP, nos termos da atividade contratualizada com o Ministério da Saúde, os mesmos

vieram a ser compreendidos no âmbito do despacho genérico com parecer favorável

concedido por Despacho de 27/12/2017 da Secretária de Estado da Saúde comunicado a

este Instituto pela ARSLVT em 2 de janeiro de 2018.

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Durante o ano de 2017 continuou-se o trabalho de consolidação e otimização do sistema

de gestão de stocks (EKStock), implementado no IOGP no final de 2015.

No entanto, as alterações introduzidas pelo Código dos Contratos Públicos (CCP) após a

sua revisão pelo Decreto-Lei nº 111-B/2017, de 31 de agosto, assim como o novo

Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP)

implicaram que no último trimestre de 2017, houvesse adaptação de todas as aplicações

envolvidas, quer no Serviço de Aprovisionamento, quer no Serviço Financeiro. Assim,

encontramo-nos numa nova fase de consolidação, com a implementação das alterações e

melhorias, em particular no que concerne aos diferentes documentos que fazem parte dos

processos de aquisições, e dos conteúdos e tratamento da informação, dos respetivos

mapas gerados e partilhados com os Serviços Financeiros, visando acima de tudo, a

eficiência na gestão compras e de stocks, bem como a obtenção de informação objetiva

de qualidade, para apoio e sustentação à gestão, em termos globais.

Foi criado um novo armazém avançado específico para os dispositivos médicos

adquiridos através de requisição própria, que não fazem parte do stock dos armazéns

centrais, de forma a apoiar a monitorização do circuito dos mesmos, desde o início da

requisição.

Continua a ser manifestamente insuficiente o número de elementos adstrito à equipa da

gestão de compras, logística e distribuição. Pelo que, para colmatar as lacunas

existentes, o Serviço conta com dois elementos em regime de prestação de serviços,

sendo fundamental a sua colaboração, essencial à aquisição, em tempo oportuno, dos

bens e serviços necessários e indispensáveis à prossecução da atividade do Instituto.

Mantiveram-se as contingências no fluxo da distribuição, fruto da existência de apenas um

assistente operacional na logística, com funções direcionadas para a distribuição dos

artigos de consumo clínico, administrativo, hoteleiro e medicamentos a todo o Instituto.

Acresce a este facto a necessidade de alguns artigos necessitarem ser embalados em

unidoses, ou divididos em unidades mais pequenas, atividade bastante morosa.

No âmbito do processo de acreditação do Instituto, ao longo de 2017 prosseguiu-se no

caminho de melhoria contínua, com novos projetos direcionados para a avaliação dos

fornecedores. O Serviço de Aprovisionamento tentou estar mais próximo de todos os

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 83 -

colaboradores, informando-os do ponto de situação dos processos referentes aos artigos

fundamentais à prossecução da sua atividade, de forma a existir uma maior eficiência e

articulação e acima de tudo veiculação de informação, entre todos os serviços do IOGP.

10.2. Análise da Atividade do Serviço de Gestão de Compras e Logística

a) FONTE DOS DADOS

A informação de base a este relatório é proveniente das listagens extraídas das

aplicações EKStock e SINGAP - Quidgest, entre os meses Janeiro e Março de 2018,

nomeadamente 18/1/2018 e 13/3/2018, referentes à atividade do ano económico de 2017.

b) PROCESSOS DE AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

O Plano Anual da Aquisição de Bens de Consumo tem início na gestão de stocks, que

tendo como suporte o histórico do consumo, elabora uma estimativa inicial de aquisição a

realizar, que é comparada com as previsões propostas pelos responsáveis dos serviços

utilizadores, sendo posteriormente revista pela responsável do serviço e gestão de stocks

e ajustada à disponibilidade financeira, por rubrica orçamental.

Com base nesta informação, foram formalizados os procedimentos de aquisição, por

lotes, grandes rubricas, ou por artigos/serviços de catálogo ou acordo de quadro, para

2018. Manteve-se a contingência inicial, à semelhança dos anos transatos, de não ser

possível abarcar em todos os processos inicialmente abertos para 2017, a totalidade da

previsão, como consequência da falta de cabimento orçamental.

Esta fragilidade tem como consequência a fragmentação das aquisições, as quais são

efetuadas em dois momentos do ano: um no primeiro semestre e o outro no segundo,

implicando a abertura de novos procedimentos para adquirir as quantidades dos bens de

consumo em falta, em risco de rutura, ou os estritamente necessários para garantir a

continuidade da prestação de cuidados de saúde, com a qualidade que carateriza a

prestação do IOGP. Foi objetivo do Serviço de Aprovisionamento aumentar o volume

financeiro das aquisições através da SPMS, ou utilizando o procedimento Concurso

Público.

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Assim, em 2017, elaboram-se e concluíram-se 903 processos de aquisição (Quadro 29)

que totalizaram o montante de 2.281.760 € (IVA incluído), do qual 63% é referente a bens,

e 37% referente a serviços, representando em termos de número de processos uma

percentagem igual.

QUADRO 29 - PROCESSOS DE AQUISIÇÃO – NÚMERO E MONTANTE (€) - 2017

Designação N.º de Processos

Montante s/ IVA (€)

Montante c/IVA (€)

% n.º Processos Total

% Montante Total

Bens 571 1.254.589 1.445.177 63% 63% Serviços 332 713.873 836.583 37% 37%

Total Geral 903 1.968.462 2.281.760 100% 100%

QUADRO 30 - PROCESSOS DE AQUISIÇÃO – MONTANTE (€) – 2017/2016

Comparando em termos globais as aquisições com o período homólogo, verifica-se um

aumento de 16% na aquisição de bens, a que corresponde o montante de 197.378€, que

é consequência do aumento da produção verificada em 2017.

No Quadro 31 - Aquisição de Bens e Serviços por Tipo de Procedimento, estão ilustradas

as aquisições por tipo de procedimento. As referidas aquisições foram realizadas em

conformidade com as regras do Código da Contratação Pública e demais legislação

aplicável. Constata-se assim que foram realizados 809 ajustes diretos, no montante total

de 1.185.412 €, dos quais 49 processos, a que corresponde o montante de 259.090 €,

foram fundamentados em motivos técnicos ou direitos exclusivos. As aquisições ao abrigo

do Catálogo de Aprovisionamento Público da Saúde e dos Acordos Quadro totalizaram

395.829€ (20% do montante total s/IVA).

Designação Montante c/IVA 2016

Montante c/IVA 2017

Diferença 2017-2016

Var 2017/2016

Bens 1.247.799 1.445.177 197.378 16% Serviços 846.593 836.583 -10.010 -1%

Total Geral 2.094.392 2.281.760 187.368 9%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 85 -

QUADRO 31 - AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS POR TIPO DE PROCEDIMENTO – 2017

QUADRO 32 - AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS, POR TIPO DE PROCEDIMENTO, POR FONTES DE CONSUMO – 2017

DesignaçãoN.º Total Processos

Montante Total s/IVA (€)

% N.º Processos

Total

Montante Total s/IVA (€)

Catalogo de Aprov Púb . Saúde (SPMS) 31 173.946 3,40% 8,80%

Ajuste Direto - Simplificado 449 286.403 49,70% 14,50%

Ajuste Direto - Normal 298 612.120 33,00% 31,10%

Ajuste Direto - Acordo Quadro 3 19.766 0,30% 1,00%

Ajuste Direto - Art.º 24 59 267.123 6,50% 13,60%

Acordo Quadro 55 202.116 6,10% 10,30%

Contratação Excluida 5 37.779 0,60% 1,90%

Concurso Público 3 369.209 0,30% 18,80%

Total 903 1.968.462 1 1

2017

2016 2017 Var. Diferença €

Valor total de Aquisições s/IVA 1.781.213 1.968.462 0 187.249

N.º Total de Processos 677 903 33% 226

Cat Aprov publico + Acordos de Quadro 446.497 376.063 0 -70.434

N.º de Processos 91 86 -5% -5

Concursos Públicos 203.897 369.209 1 165.312

N.º de Processos 2 3 50% 1

Ajustes Diretos 1.125.944 1.185.412 0 59.468

N.º de Processos 583 809 39% 226

Contratação Excluída 4.875 37.779 7 32.904

N.º de Processos 1 5 400% 4

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Analisando o quadro 4 é possível verificar que apesar de se ter aumentado apenas em

um, o número de concursos públicos de 2016 para 2017, o montante envolvido é

significativo (165.312€). As aquisições através dos Acordos de Quadro (ESPAP) e

Catálogo de Aprovisionamento Público (SPMS), sofreram uma redução de 70.434,46€, no

volume total de aquisições, o que correspondeu a menos cinco processos de aquisição.

O aumento do valor dos ajustes diretos decorre das aquisições dos serviços de

Segurança e Limpeza pelo IOGP até conclusão do procedimento pelos SPMS, sendo que,

o procedimento de aquisição dos serviços de limpeza não chegou a ser concluído pelos

SPMS, que acabaram, tardiamente, por autorizar o IOGP a desenvolver o processo de

forma autónoma até 31/12/2017. No período homólogo estes procedimentos foram

desenvolvidos ao abrigo dos Acordos Quadro da ESPAP.

As despesas com bens de consumo clínico, medicamentos e outros produtos

farmacêuticos representaram 57,1% do valor total de aquisições, conforme se pode

verificar no quadro e gráficos seguintes.

São os produtos farmacêuticos que apresentam maior valor de aquisição relativamente a

Acordos Quadro e aquisições através de Catalogo de Aprovisionamento Público da

Saúde, representando cerca de 9,5% do montante total de aquisições e 58,75% do

montante de aquisições de produtos farmacêuticos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 87 -

QUADRO 33 - AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS, POR TIPO DE PROCEDIMENTO, POR FONTES DE CONSUMO – 2017

O Quadro 34 indica o número e valor de processos de aquisição de bens e serviços

elaborados, por natureza económica, assim como a sua evolução no período 2015/2017.

Pode verificar-se o acréscimo em consumo Clinico e Medicamentos e o decréscimo

acentuado na aquisição de imobilizado desde 2015.

Tipo de procedimento N.º Processos Montante c/IVA

Ajuste Direto 30 94.771

Ajuste Direto - Exclusivo 20 39.587

Ajusto Direto Simplificado 43 17.741

Acordo de Quadro - SPMS 54 216.579

Total 147 368.677

Produtos Farmacêuticos

Tipo de procedimento N.º Processos Montante c/IVA

Ajuste Direto 71 146.609

Ajuste Direto - Exclusivo 38 276.306

Ajusto Direto Simplificado 132 69.995

Acordo de Quadro - SPMS 18 10.099

Concurso Público 3 431.212

Total 262 934.221

Consumo Clínico

Tipo de procedimento N.º Processos Montante c/IVA

Ajuste Direto 5 12.196

Ajuste Direto - Exclusivo

Ajusto Direto Simplificado 2 1.075

Acordo de Quadro - SPMS 3 3.061

Total 10 16.332

Consumo Administrativo

Tipo de procedimento N.º Processos Montante c/IVA

Ajuste Direto

Ajuste Direto - Exclusivo 1 139

Ajusto Direto Simplificado 11 5.241

Acordo de Quadro - SPMS

Total 12 5.380

Consumo Hoteleiro

Tipo de procedimento N.º Processos Montante c/IVA

Ajuste Direto 6 18.844

Ajuste Direto - Exclusivo

Ajusto Direto Simplificado 24 13.407

Acordo de Quadro - SPMS 3 11.292

Total 33 43.543

Imobilizado e material de desgaste rápido

Tipo de procedimento N.º Processos Montante c/IVA

Ajuste Direto 195 642.633

Ajuste Direto - Exclusivo

Ajusto Direto Simplificado 239 236.025

Acordo de Quadro - SPMS

Contratação excluída 5 39.813

Total 439 918.471

Bens e Serviços

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QUADRO 34 – AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS POR NATUREZA ECONÓMICA

Dos diversos tipos de bens de consumo adquiridos, o material de consumo clínico, os

medicamentos e outros produtos farmacêuticos são os que apresentam o maior peso

percentual. No que concerne à aquisição de bens e serviços e atenta a sua natureza

económica, as contas referentes a aquisição de bens e serviços representaram 40,3% da

totalidade das aquisições, atendendo ao montante total dos processos de aquisição.

Globalmente verifica-se um aumento de 8,9% a que corresponde o montante de

187.368€. A contribuir para este aumento encontra-se o aumento da atividade devido à

realização de cirurgia adicional.

Relativamente à aquisição de fornecimentos e serviços, no Quadro 35 infra, verifica-se

que 30% (271.530€) do montante total despendido em serviços (918.471€) corresponde

às prestações de serviços de recursos humanos.

QUADRO 35 - AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS – 2016/2017

Analisando com mais detalhe as prestações de serviços relativas a aquisição de serviços

de recursos humanos o maior peso percentual correspondeu a serviços de apoio técnico.

Bens e Serviços 835.026 915.573 918.471 9,65% 0,32% 40,25%Consumo Clínico 611.836 727.355 934.221 18,88% 28,44% 40,94%Medicamentos e Outros Produtos Farmacêuticos 373.659 328.814 368.677 -12,00% 12,12% 16,16%Imobil izado 212.685 75.652 16.707 -64,43% -77,92% 0,73%Consumo Administrativo 22.120 22.878 16.332 3,43% -28,61% 0,72%Material Desgaste Rápido 18.489 16.846 21.972 -8,89% 30,43% 0,96%Consumo Hoteleiro 7.831 7.274 5.380 -7,11% -26,04% 0,24%Total 2.081.646 2.094.392 2.281.760 0,6% 8,9% 1

% face total 2017

DesignaçãoMontante c/ IVA (€)

2015

Montante c/ IVA (€)

2016

Var. 2017/2016

Montante c/ IVA (€)

2017

Var. 2016/2015

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 89 -

Os prestadores médicos representam 37% da verba total, a que corresponde o montante

de 101.653€.

QUADRO 36 - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS – RECURSOS HUMANOS - 2017

QUADRO 37 - AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO DIVERSO - 2017

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10.3. Gestão de stocks - Entrada e Consumo de Bens

O montante da compra acrescido do valor das regularizações de existências representa o

valor de entradas em armazém, e o montante do consumo acrescido do valor das

regularizações de existências representa o valor das saídas de armazém, para imputação

de consumo a um centro de custo e/ou doente.

Considerando a entrada efetiva dos bens em armazém, no Quadro 10 é possível observar

uma prevalência do peso relativo, em particular dos bens de consumo clínico seguidos

dos medicamentos e outros produtos farmacêuticos face à totalidade de bens adquiridos,

que perfazem o valor de 1.390.710€.

QUADRO 38 - VALOR TOTAL DAS ENTRADAS, POR

ARMAZÉM - 2017 QUADRO 39 - VALOR TOTAL DO CONSUMO, POR

ARMAZÉM – 2017

No Quadro 40 é possível verificar o peso do Bloco Operatório, quer em termos do

consumo de material clínico, quer de produtos de farmácia.

QUADRO 40 - RESUMO DE ENTRADAS E CONSUMOS – 2016/2017

Consumo

2016 (€) Consumo

2017 (€) Entradas 2016 (€)

Entradas (2017 (€)

Total 1.080.544 1.196.109 1.087.854 1.390.710

Entradas por Armazém Soma de Valor IVA

Armazém avançado CC 0

Armazém avançado F 0

Consumo Clínico 990.990

Farmácia 378.319

Fornecimentos e Serviços 127

Material administrativo 16.067

Material Hoteleiro 5.207Total Geral 1.390.710

Consumo Armazém Valor IVA

Armazém avançado CC 594.203

Armazém avançado F 160.374

Consumo Clínico 190.939

Farmácia 226.636

Fornecimentos e Serviços 34

Material administrativo 18.504

Material Hoteleiro 5.420Total Geral 1.196.109

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 91 -

Entradas de Bens

No Quadro 41, analisam-se os Artigos 25 mais do IOGP, ou seja, os artigos cujo valor de

entrada tem o peso mais significativo. Os Packs para a cirurgia de Facoemulsificação

ocupam a posição cimeira no caso dos artigos de consumo clínico, e a Verteporfina 15mg,

ocupa a terceira posição desta lista e primeira da Farmácia.

QUADRO 41 - ENTRADA DE ARTIGOS 25 MAIS – IOGP - 2017

Verifica-se assim, que os 25+ Artigos em termos de entradas, correspondem a 73% do

valor total (1.390.710€), que representa 1.017.012€.

Para possuirmos uma análise mais detalhada dos padrões de consumo no IOGP,

elaboraram-se análises ABC, por armazém/família, com o objetivo de aferir a importância

relativa de cada bem baseado no seu valor.

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Análise ABC: Artigos da Classe A

QUADRO 42 - CONSUMO CLÍNICO

De realçar a importância dos implantes não absorvíveis de drenagem, para cirurgia de

glaucoma que ocupam a 2.ª posição.

Para se perceber a tendência de consumo nas lentes efetuou-se a análise por tipologia de

lente utilizada.

Em 2017, foram implantadas 33 lentes de Camara Anterior, que representaram um

consumo de 1.737,29€. No Gráfico 13 é possível verificar a tendência de consumo por

dioptria, estando as lentes de 20 Dp em 1.º lugar, seguidas das lentes de 22 Dp.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 93 -

GRÁFICO 13 - ANÁLISE AO CONSUMO DAS LENTES INTRAOCULARES DE CAMARA ANTERIOR

Efetuou-se a mesma análise relativamente às lentes monobloco. No que concerne às

Lentes Intraoculares Monobloco Tipo I, foram implantadas 2259 unidades, a que

corresponde o montante de 105.573,41€, sendo que as de maior consumo são as lentes

com 21 Dp, 22 Dp e 23 Dp, conforme se pode verificar no Gráfico 14.

No Gráfico 15, pode ser analisada a tendência de consumo das Lentes Intraoculares

Monobloco Tipo II, a qual é muito idêntica às anteriores, tendo sido implantadas 442

unidades, no montante de 20.114,26€.

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GRÁFICO 14 - ANÁLISE AO CONSUMO DAS LENTES INTRAOCULAR MONOBLOCO – TIPO I

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 95 -

GRÁFICO 15 - ANÁLISE AO CONSUMO DAS LENTES INTRAOCULAR MONOBLOCO – TIPO II

Por fim no Gráfico 16, analisam-se o consumo das Lentes Intraoculares de 3 Peças.

Foram implantadas 322, a que corresponde o valor de 14.959,29€, e a tendência em

termos das dioptrias é idêntica às anteriores.

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GRÁFICO 16 - ANÁLISE AO CONSUMO DAS LENTES INTRAOCULAR DE 3 PEÇAS

No Quadro 43 podemos analisar o consumo de medicamentos, da Farmácia. O

medicamento com maior peso, representando 21,3% do valor total de consumo (82.624€)

são a Verteporfina 15 mg Pó sol inj IV.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 97 -

QUADRO 43 - MEDICAMENTOS – 2017 - ANÁLISE ABC: ARTIGOS DA CLASSE A

QUADRO 44 - CONSUMO ADMINISTRATIVO – 2017 - ANÁLISE ABC: ARTIGOS DA CLASSE A

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Política de controlo de Stocks

No Quadro 45, podemos analisar a evolução das inutilizações devido a inutilizações por

fora de prazo. De 2016 para 2017 verifica-se um aumento significativo, causado pela

avaria do equipamento Laser Excimer, sendo que os seus consumíveis entretanto

expiraram.

QUADRO 45 - INUTILIZAÇÕES – 2017

QUADRO 46 - ARTIGOS INUTILIZADOS, DE MAIOR PESO FINANCEIRO EM 2017 – FAMÍLIA 22 E 29

2016 2017Armazém avançado CC 1.179,77 4.571,57 287%

22 127,15 3.796,67 2886%23 321,18 0,00 -100%24 616,23 0,00 -100%29 115,22 774,90 573%

Armazém avançado F 88,98 0,00 0%10 88,98 0,00 -100%

Consumo Clínico 2.466,61 2.017,32 -18%22 80,44 351,33 337%23 1.010,89 1.270,41 26%24 410,82 0,00 -100%26 80,52 247,98 208%29 883,94 147,60 -83%

Farmácia 1.131,46 2.475,21 119%10 1.094,37 1.497,10 37%11 37,08 978,10 2537%

Total Geral 4.866,82 9.064,10 86%

Soma de Valor (c/IVA)Tx var.

Código Artigo Quant Valor (€)

221.113 Sutura natural, n/ absorvível multi filamentos 8/0 c/ agulha 3/8c micro-ponto 6,0mm, 30cm

22 420

221.123 Sutura Sintética absorvível, multifi lamentar entrançado ácido poliglicólico, 10/0, cor violeta c/ agulha dupla 3/8c espat. micro-ponto 6,0mm, 8cm25 287

221.619 Cabeça/Lâmina Esterilizada Descartável 130ug p/ EXIMER 7 611

221.629 Cabeçote One Use-Plus 130 com anel (0) + tubo de aspiração 5 729

221.629 Cabeçote One Use-Plus 130 com anel (0) + tubo de aspiração 7 1.020

221.630 Cabeçote One Use-Plus 130 com anel (-1) + tubo de aspiração 5 729

295.563 Sistema de Iluminação Chandelier ref. 8065751577 6 775

Total 4.57269%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 99 -

10.4. Indicadores de Desempenho

Os indicadores de gestão têm como objetivo medir a eficiência da utilização de um stock,

recorrendo a análises de relação entre consumo e stock médio. A gestão económica dos

stocks pretende garantir o abastecimento dos utilizadores ao menor custo total, através da

minimização dos custos de posse e de passagem, da redução dos obsoletos e da

redução das ruturas, avaliando a eficiência das decisões na gestão dos recursos

aplicados. QUADRO 47 - INDICADORES DE GESTÃO POR ARMAZÉM – 2017

Como se pode verificar do quadro supra, a taxa de rotação nos armazéns avançados é

elevada, ou seja os artigos não permanecem muito tempo neste armazém.

A taxa de cobertura média do stock, traduz o número de meses assegurado pelo stock

médio. Obviamente que no caso do Armazém de Consumo Clinico, nem todos os artigos

possuem a mesma taxa de cobertura, mas globalmente apresenta uma boa taxa. A taxa

de cobertura dos Armazéns Avançados, em particular no caso da Farmácia, acaba por ser

um pouco desfasada da realidade, devido ao fornecimento diário de alguns artigos.

Naturalmente com uma taxa de cobertura de 54%, teríamos ruturas, e tal situação não se

verifica.

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ANÁLISE SWOT DO SERVIÇO DE APROVISIONAMENTO - 2017 – 2018

Serviço com nível de informatização elevado; Existência de hardware e sistemas de informação básicos fundamentais ao desenvolvimento da atividade Colaboradores com estrutura etária equilibrada, com capacidade de aquisição de conhecimentos Recetividade e abertura à mudança, por parte dos profissionais do Serviço. Colaboradores com conhecimentos do Código da Contratação Pública. Capacidade de resposta em momentos de pressão. Gestão de proximidade com Conselho Diretivo e Financeiros.

Exploração das potencialidades das novas TIC.

ELEVADO NÚMERO DE FORMAÇÕES E INFORMAÇÕES SOBRE

CONTRATAÇÃO PÚBLICA POR INSTITUIÇÕES DO

SETOR.

Existência de sistemas diferenciados de vínculo contratual dos profissionais; Serviço, em particular a Logística, com carência de Recursos Humanos; Níveis de conhecimento de aplicações informáticas diferentes, por parte dos colaboradores, com elevada necessidade de formação interna. Processualmente muito burocrático e com dificuldades na desmaterialização do papel. Aquisição fracionada de bens de consumo, com dois momentos distintos de aquisições, em virtude da insuficiência orçamental.

Dificuldades na contratação de colaboradores para o IOGP Contexto económico e político nacional e internacional, que também afeta as politicas e estratégias dos fornecedores, aumentando a dificuldade de entrega em prazos mais reduzidos. Subfinanciamento e constrangimentos de natureza financeira.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 101 -

11. Gestão Financeira

11.1. Resultados

A análise económica e financeira que adiante se apresenta revela os resultados do ano

2017, em comparação com os dois exercícios anteriores.

GRÁFICO 17 – RESULTADOS

Os resultados negativos apresentados em 2017 derivam sobretudo do aumento da

atividade assistencial e dos custos associados.

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11.2. Proveitos

Nos proveitos totais realça-se o forte peso do subsídio de exploração na estrutura do

financiamento.

De referir que a quase totalidade da atividade do IOGP é realizada a doentes do SNS. QUADRO 48 – EVOLUÇÃO DOS PROVEITOS

A verba atribuída ao IOGP para 2017, no valor de 4.759 276 € foi insuficiente para fazer

face aos custos operacionais, tendo sido necessário recorrer a um reforço de

financiamento, para a atividade programada, no valor de 230.000 €. Foi também atribuída

uma verba de 200.000 € consignada à cirurgia adicional.

Em 2017 os custos totais registaram um aumento de 7,29% face ao período homólogo,

resultado do aumento, com maior significado, nos custos com pessoal. Os custos

operacionais sofreram também um acréscimo de 7,6%.

QUADRO 49 – EVOLUÇÃO DOS CUSTOS

2015 2016 2017 Δ 17/16

Subsídio de Exploração 4.677.717 4.677.717 4.759.276 1,74%

Reforço Financiamento 240.357 478.899 430.000 -10,21%

Financiamento de Ajudas Técnicas 66.855 0 54.610 n.a.

Prestação de Serviços 297.965 384.435 382.880 -0,40%

Outros Proveitos Operacionais e Financeiros 126.060 138.456 182.282 31,65%

Proveitos Extraordinários 84.600 54.352 93.766 72,52%

Total de Proveitos 5.493.553 5.733.859 5.902.814 2,95%

2015 2016 2017 Δ 17/16

Custos Totais 5.212.464 5.511.917 5.913.652 7,29%

Custos Operacionais 5.158.984 5.436.308 5.850.863 7,63%

Custos Financeiros e Extraordinários 52.840 75.609 62.789 -16,96%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 103 -

O aumento do material de consumo clínico e dos medicamentos e outros produtos

farmacêuticos de 8,5% decorre do acréscimo da produção cirúrgica face ao ano anterior.

QUADRO 50 – EVOLUÇÃO DOS CONSUMOS

2015 2016 2017 Δ 17/16

Produtos Farmacêuticos 252.279 315.988 341.878 8,2%

Material Consumo Clínico 625.474 718.844 784.808 9,2%

Material Consumo Hoteleiro 7.882 6.656 5.754 -13,6%

Material Consumo Administrativo 23.694 19.204 18.523 -3,5%

Outro Material de Consumo 35 27 14 -48,1%

TOTAL 909.363 1.060.719 1.150.977 8,5%

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11.3. Decomposição das Contas

RECEITA

Em 2017 a receita proveniente das taxas moderadoras é 263.061€, cerca de 68,7% do

total de proveitos de prestações de serviços, verificando-se uma diminuição de 1,8% em

relação ao período homólogo, decorrente da alteração da legislação, que veio atribuir

dispensa de pagamento de taxas moderadoras a um maior número de situações.

QUADRO 51 – RECEITA DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

DESPESA

O valor da despesa aumentou na rubrica de pessoal por via do aumento do número de

colaboradores e das compras, pelos motivos já referidos anteriormente.

Verifica-se uma ligeira diminuição nos fornecimentos e serviços externos, sendo a

diminuição no imobilizado notória, que é praticamente inexistente.

2015 2016 2017 Δ 17/16

Consulta Externa 310 26.164 13.196 -49,56%

MCDT 15.217 28.381 19.443 -31,49%

Taxas Moderadoras 277.646 267.909 263.061 -1,81%

Outros 4.792 61.982 87.180 40,65%

TOTAL 297.965 384.436 382.880 -0,4%

Nota: Em “Outros” estão incluídos tribunal do trabalho e cirurgia de ambulatório

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 105 -

GRÁFICO 18 – DESPESA

a) COMPRAS

Quando analisadas as compras realizadas em 2017 verifica-se um aumento de 16% face

a 2016, essencialmente relacionadas com o aumento de compras em Material de

Consumo Clinico.

QUADRO 52 – EVOLUÇÃO DAS COMPRAS

b) IMOBILIZADO

Em 2017 verifica-se uma diminuição no valor do imobilizado de 78,4% face a 2016,e as

aquisições efetuadas foram, essencialmente, de substituição de material informático.

2015 2016 2017 Δ 17/16

Produtos Farmacêuticos 296.890 326.042 358.366 9,9%

Material Consumo Clínico 584.697 711.673 860.540 20,9%

Material Consumo Hoteleiro 7.831 6.468 5.017 -22,4%

Material Consumo Administrativo+manut 22.226 22.846 16.137 -29,4%

TOTAL 911.644 1.067.029 1.240.060 16,2%

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QUADRO 53 – EVOLUÇÃO DO IMOBILIZADO

c) FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

O valor de FSE apresenta uma diminuição de 4,6% face ao ano anterior, essencialmente na

rubrica Fornecimentos e Serviços III, decorrente designadamente de diminuição de custos

na aquisição de serviços de limpeza e segurança através da SPMS e da redução de

prestadores de serviços.

Em 2017 o aumento verificado em “Outros Fornecimentos e Serviços”, face a 2016, é deve-

se na sua quase totalidade ao financiamento para aquisição de Ajudas Técnicas que não

existiu no ano anterior.

QUADRO 54 – EVOLUÇÃO DOS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS

2015 2016 2017 Δ 17/16

Edifício e outras construções 46.004 0 0 n.a.

Equipamento básico 117.748 21.646 3.629 -83,2%Equipamento informático eadmnistrativo 34.270 54.867 11.242 -79,5%

Outro imobilizado 14.663 931 1.836 97,2%

TOTAL 212.685 77.444 16.707 -78,4%

2015 2016 2017 Δ 17/16

Fornecimento Serviços I 202.383 163.420 158.642 -2,9%

Fornecimentos e Serviços II 130.543 190.897 197.854 3,6%

Fornecimento e Serviços III 565.534 572.976 478.868 -16,4%

Outros Fornecimentos e Serviços 74.357 12.936 61.476 375,2%

TOTAL 972.817 940.229 896.840 -4,6%

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 107 -

d) DESPESAS COM PESSOAL

Em 2017 os custos com pessoal registaram um aumento de 11,1% em relação ao período

homólogo por aumento do nº de profissionais, conforme resulta do quadro seguinte e de

acordo com o que se encontra descrito no capítulo relativo à gestão de recursos

humanos.

QUADRO 55 – DESPESAS COM PESSOAL

2015 2016 2017 Δ 17/16

Órgãos de Direcção 141.867 163.020 244.330 49,9%

Pessoal dirigente 48.911 49.514 72.779 47,0%

Medico 1.048.861 979.042 1.066.394 8,9%

Enfermagem 357.612 353.248 371.467 5,2%

Técnico Diag. Terapêutica 171.358 131.301 142.634 8,6%

Técnico Superior 144.450 121.015 136.084 12,5%

Assistente Técnico 196.112 179.156 169.635 -5,3%

Assistente Operacional 118.500 109.653 104.258 -4,9%

Pessoal de informática 24.285 21.195 21.421 1,1%

Outras Despesas 781.805 1.158.832 1.298.343 12,0%

TOTAL 3.033.761 3.265.976 3.627.345 11,1%

Nota: Nas “outras Despesas” estão incluídos: Subsídios de férias e natal, despesas

de representação, suplementos, prestações sociais diretas, pensões, encargos sobre

remunerações (ISS e CGA), encargos sociais voluntários e outros custos com

pessoal.

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11.4. Análise Financeira

BALANÇO a) ATIVO

IMOBILIZADO O aumento em imobilizado deve-se à aquisição de equipamento médico/cirúrgico e à

aquisição de equipamento informático de substituição.

As amortizações foram calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as

taxas específicas indicadas no classificador geral do CIBE – Cadastro e Inventário dos

Bens do Estado.

EXISTÊNCIAS

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio

de aquisição.

DÍVIDAS DE TERCEIROS E PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS Na evolução de dívidas de terceiros verifica-se um aumento em 2017.

b) PASSIVO DÍVIDAS A TERCEIROS E PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS O Instituto apresenta um prazo médio de pagamento de 32 dias.

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 2017 observa-se um aumento de custos em relação ao período homólogo, devido ao

aumento de pessoal, o que afeta a especialização dos custos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 109 -

EVOLUÇÃO DE PRINCIPAIS INDICADORES DE FINANCIAMENTO E LIQUIDEZ

O Instituto apresenta uma boa capacidade para satisfazer o pagamento das dívidas.

QUADRO 56 – INDICADORES FINANCEIROS

Os indicadores apresentados evidenciam uma situação equilibrada, que traduz a

existência de uma capacidade de cumprir os compromissos assumidos.

Rácios Diversos 2017

De LiquidezGeral 5,4Reduzida 4,9

De Actividade (Dias)Prazo Médio Pagamento Ponderado 32Período Rotação Stocks (Dias) 132

De Rentabilidade Da Margem Bruta (%) -0,2%

Autonomia Financeira 5,8%

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12. Gestão Hoteleira

Na Gestão Hoteleira inserem-se os sectores que promovem a satisfação das

necessidades dos utentes e dos profissionais em matéria de conforto e bem-estar.

Abrange diversos sectores: Alimentação e Dietética; Higiene, Limpeza e Desinfestação;

Lavagem, Tratamento e Distribuição de Roupa; Recolha e Tratamento de Resíduos

Hospitalares; Segurança e Vigilância e Jardins. Inclui, ainda a monitorização das

máquinas de venda automática de bebidas e alimentos sólidos e líquidos. Por último,

integra também a comissão GCL-PPCIRA, que dá um importante apoio na análise de

normas, com particular destaque para as do sector de Higiene, Limpeza e Desinfestação.

Todas as atividades desenvolvidas pelos diversos sectores da Gestão Hoteleira são

executadas por entidades exteriores ao IOGP, nuns casos em outsourcing e noutro em

parceria com a Junta de Freguesia (o caso do jardim).

Em 2017 manteve-se a política de racionalização das atividades hoteleiras, contenção de

custos e controle na eliminação de desperdícios e, no âmbito do processo de Acreditação,

a preocupação da padronização dos procedimentos.

Continua uma preocupação do serviço desenvolver e manter atualizados os instrumentos

de monitorização das suas diversas atividades, em particular a atualização permanente

dos mapas de controlo dos consumos e conferência das respetivas faturas.

Continuou-se o plano de medidas de combate à corrupção existente e ampliou-se,

introduzindo o controlo dos produtos de higiene e limpeza. Em cada sector será

apresentada a medida respetiva.

Dada a escassez de recursos humanos, as atividades internas de controlo na Gestão

Hoteleira são exercidas em parceria com os serviços utilizadores, para além de uma mera

atitude destes como clientes internos. Destaca-se e agradece-se o apoio que nesta área é

dado pelas chefias de enfermagem, em particular no que concerne à higiene, limpeza e

desinfestação, à lavagem, tratamento e distribuição de roupa e à recolha e tratamento dos

resíduos hospitalares.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 111 -

12.1. Evolução de Encargos

Comparando a evolução de encargos no triénio 2015 – 2017, verifica-se uma subida de

encargos significativa 9,74% no total das prestações de serviços da Gestão Hoteleira.

Em 2017 os encargos totais com as prestações de serviços da Gestão Hoteleira atingiram

170.316,96€, destacando-se como principais rúbricas a limpeza, com 88.781,92€ e a

segurança, com 62.991,71€. A subida de encargos no sector da limpeza tem vindo a

registar-se em todos os anos do triénio, mas tendo sido bastante acentuada em 2017

devido a nova subida do preço/hora dos trabalhadores deste sector determinada em sede

de Acordo Coletivo de Trabalho, ao aumento do consumo de produtos de higiene e

limpeza e à necessidade de horas suplementares por força do programa de cirurgia

adicional. No caso da segurança, verificou-se uma descida de 4,57% face ao ano anterior.

O processo de aquisição destes serviços ocorreu pela SPMS, sendo que o processo de

aquisição de serviços de limpeza da SPMS não chegou a ser concluído pela SPMS

devido a constrangimentos processuais, tendo o IOGP sido incumbido por aquela

entidade para desenvolver este procedimento de forma autónoma.

O crescimento de encargos resulta também de 2017 ter sido um ano em que a

generalidade dos fornecedores apresentou aumento de preços, por atualização de

salários, etc., após um período de estagnação de preços verificado nos últimos anos.

QUADRO 57 – ENCARGOS COM AS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

Analisemos agora a atividade por sector.

Sector 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17 €

Alimentação 8.224 7.655 7.498 -2,0% -157Limpeza 66.967 71.990 88.782 23,3% 16.792Segurança 68.368 66.006 62.992 -4,6% -3.014Tratamento de Roupa 6.832 5.717 7.183 25,6% 1.466Resíduos 3.335 3.164 3.862 22,1% 698Total Encargos 153.726 154.532 170.317 10,2% 15.785

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12.2. Alimentação e Dietética

Manteve-se a exploração do Bar / Refeitório, com maior variedade de menus e alimentos

disponíveis e consequente maior ocupação do espaço, por profissionais e utentes, reflexo

das características do concessionário com uma relação mais próxima e personalizada e

um serviço mais aproximado e adaptado às necessidades dos profissionais e utentes.

Este concessionário é também o fornecedor dos suplementos ao Bloco Operatório, que se

mantiveram nos termos do ano anterior.

Tal como nos anos anteriores foi organizado no jardim o almoço do dia do Instituto e o

almoço de Natal, este no Auditório Sousa Aguiar, no qual se homenagearam os

trabalhadores que neste ano saíram da Instituição.

12.3. Higiene, Limpeza e Desinfestação

As condições do Sector de Higiene e Limpeza mantiveram-se inalteradas, beneficiando de

melhorias nas instalações executadas em anos anteriores. Ainda assim, sentiu-se a

necessidade de reforço das horas de limpeza a adquirir, o que foi previsto para 2017 com

mais 20h semanais, para um posto de trabalho de encarregada residente.

12.4. Lavagem, Tratamento e Distribuição de Roupa

As condições neste sector mantiveram-se, no essencial, inalteradas durante o período,

sendo o Bloco Operatório o serviço consumidor de roupa tratada.

QUADRO 58 – TRATAMENTO DE ROUPA

O aumento significativo de quilos de roupa tratada deveu-se ao crescimento da produção

cirúrgica.

Roupa 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17 €

Kgs de Roupa 7.758 7.136 7.585 6,3% 449Peças de Roupa 19.420 19.867 20.617 3,8% 750

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 113 -

O volume de roupa tratada é diminuto pois o IOGP é hoje um centro de ambulatório. O

prestador do serviço tem-se mantido estável e com cumprimento das exigências do

contrato, de forma bastante satisfatória.

12.5. Recolha e Tratamento de Resíduos Hospitalares

Neste sector, refira-se o esforço permanente e contínuo na separação de resíduos, para

diminuição do número de quilos de resíduos tratados tendo em vista a diminuição dos

encargos.

No ano de 2017 manteve-se a tendência de diminuição na produção de resíduos do grupo

IV, fruto de uma continuada preocupação com a triagem dos resíduos no global.

QUADRO 59 – RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS HOSPITALARES

A subida global na produção e resíduos deve-se essencialmente ao aumento dos do

grupo III, num crescimento resultante do aumento da atividade cirúrgica. Dado que o valor

do tratamento de Kg de resíduos é diferente consoante seja do grupo III ou do grupo IV

(este mais elevado) o aumento dos encargos verificado em 2017 não é proporcional ao

aumento da produção e resíduos.

De referir que no ano transato entrou em vigor um valor base por contentor de resíduos

recolhido, considerando-se sempre um mínimo de 4Kgs por contentor. Assim, ocorreram

meses em que os valores cobrados por contentor foram superiores aos que seriam se

incidissem apenas sobre os quilos efetivos do contentor recolhido.

12.6. Segurança e Vigilância

Neste sector manteve-se a Securitas com uma prestação muito positiva do serviço. A

aquisição do serviço foi efetuada, pela primeira vez, através de procedimento na SPMS

Resíduos Hospitalares 2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17 €

Resíduos III 3.510 4.087 4.296 5,1% 209Resíduos IV 578 417 412 -1,2% -5Total de Resíduos 4.089 4.503 4.708 4,5% 204

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que veio diminuir o encargo em 4,57%. Mantiveram-se as exigências dos anos anteriores

e a revisão do caderno de encargos centrou-se na melhoria de condições já aí previstas.

Aperfeiçoaram-se procedimentos, destacando-se o controlo mais apertado por quem

pretende aceder ao IOGP. No final do ano, no âmbito do plano de combate aos riscos de

corrupção, foi apresentado à autorização superior um procedimento para controlo e

disponibilização de chaves, reforçando o controlo referido.

De novo o elemento colocado no posto da Admissão de Doentes foi, por diversas vezes,

alvo de elogios expressos por utentes que entenderam tornar patente a sua satisfação

com a forma como foram atendidos e apoiados por este elemento.

12.7. Concessões de Natureza Hoteleira

Estas respeitam às máquinas de venda automática de alimentos e bebidas existentes na

sala de espera do Piso 1 e na do Piso 3. A maior preocupação da Gestão Hoteleira, para

além do controlo dos alimentos aí disponibilizados, é a da variedade dos mesmos e o

cumprimento do Despacho nº 7516-A/2016, de 2 de Junho que, como promotor de uma

alimentação saudável, veio impedir que se disponibilizassem nestas máquinas

determinados alimentos como sejam, a pastelaria, bolos com creme, fritos, refrigerantes

mas, também, estabelecer limites às dimensões de alguns dos produtos ali

disponibilizados.

Apesar da resistência inicial, tem-se a perceção de uma maior adesão dos utentes aos

alimentos ali disponibilizados.

12.8. Jardins

No que se refere aos Jardins, a atuação da

Gestão Hoteleira manteve-se no

acompanhamento da sua conservação (com

rega, corte e poda das árvores e arbustos ali

existentes e ainda recolha dos resíduos dessa

atividade) que se encontra a cargo da Junta de

Freguesia.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 115 -

13. Gestão de Instalações e Equipamentos

À Gestão de Instalações e Equipamentos, cabe zelar pela adequação das instalações e

dos equipamentos ao serviço do IOGP, contribuindo, para uma adequada manutenção

designadamente, para o prolongamento da vida útil, em condições económicas

favoráveis, dos recursos materiais aplicados no desempenho institucional.

A atividade do serviço, no ano de 2017, foi marcada pela atividade de manutenção dos

equipamentos e o sedimentar de algumas medidas de reorganização interna.

No que se refere ao combate à corrupção, manteve-se a preocupação com a má

utilização dos ativos (potenciando a diminuição do seu ciclo de vida) e com o acesso

indevido a espaços (potenciando desvios ou prejuízos) e equipamentos.

Assim, realizou-se uma ação de controlo interno aos contratos de manutenção e à forma

como os mesmos são controlados pela Gestão de Instalações e Equipamentos.

Foram ainda elaborados dois procedimentos: um em conjunto com a Gestão Hoteleira,

procedimento para controlo e disponibilização de chaves e o outro estabelecendo o

circuito da cedência temporária de equipamentos ao IOGP.

Os serviços continuaram a sua participação nos processos de manutenção dos

equipamentos a seu cargo, colaborando em todo o processo de aquisição do serviço de

manutenção, mas também pela participação direta no circuito de reparações, utilizando

um portal web específico.

O portal das requisições de reparação de instalações e equipamentos revelou-se um

instrumento fundamental para acompanhar os pedidos dos serviços e conseguir uma

melhor resposta às necessidades dos serviços.

No que concerne aos recursos humanos, manteve-se a colaboração de uma assistente

técnica, de um técnico de apoio às instalações e equipamentos e de um técnico de

emergência e segurança. A exploração das instalações elétricas (nos termos do DL nº

517/80 e do Decreto Regulamentar nº 3/83) e o Gestor Local de Energia e Carbono (nos

termos do Despacho nº 8662/2012), continuam atribuídas a dois técnicos, ambos

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pertencentes ao quadro do SUCH, entidade, da qual o IOGP é associado desde 2016.

Estes técnicos têm sido um importante apoio para suprir dificuldades técnicas, nas

respetivas áreas, por falta de recursos internos no IOGP.

13.1. Evolução de Encargos

Observe-se agora a evolução dos encargos no triénio 2015 / 2017:

QUADRO 60 – INVESTIMENTO

A descida substancial no encargo total, refletiu por um lado a ausência de empreitadas e

de aquisição de equipamentos e por outro a diminuição na rúbrica das reparações, que

em 2017 se centraram num reduzido número de equipamentos.

Conforme resulta da leitura do quadro acima, a evolução dos encargos com as

manutenções sofreu uma subida face ao ano anterior (7.,90%), que ficou a dever-se,

essencialmente, a atualizações de alguns preços.

Em 2017 as reparações centraram-se fundamentalmente em equipamentos (elevadores e

AVAC) e ainda na lavagem e desinfeção dos tanques e reservatórios da rede de águas

prediais do IOGP.

13.2. Manutenções

As manutenções, apresentadas abaixo por ordem decrescente do valor do respetivo

encargo, têm-se mantido estáveis nos últimos anos, permitindo assegurar as perfeitas

condições de funcionamento dos principais equipamentos. São ainda efetuados testes

periódicos, como é o caso da ligação da central de incêndio aos bombeiros e à empresa

de segurança para garantir a operacionalidade dos mesmos.

2015 2016 2017 Δ 16/17 % Δ 16/17 €Manutenções 50.305 45.425 48.995 7,9% 3.569Equipamentos 3.884 0 0 n.a. 0Empreitadas 46.004 0 0 n.a. 0Reparações 79.730 102.250 33.592 -67,1% -68.658Total Encargos 179.923 147.675 82.586 -44,1% -65.089

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 117 -

QUADRO 61 – CONTRATOS MANUTENÇÃO

Manteve-se a exigência a cada fornecedor do plano anual com os procedimentos

principais a efetuar em cada visita, bem como a respetiva periodicidade de intervenção.

De cada manutenção é apresentado relatório, apreciado pelo serviço, introduzindo-se

ações corretivas sempre que necessário ou fazendo investimentos considerados

importantes para a manutenção dos equipamentos e o prolongar da sua vida útil. Ao

responsável de cada equipamento é enviado o respetivo relatório de manutenção

digitalizado.

O arquivo desta documentação está desmaterializado, numa política de sustentabilidade

ambiental, economia de espaço e simplificação.

13.3. Reorganização interna

O portal de requisições, em funcionamento desde 2016, ligado aos módulos de

manutenção e de aprovisionamento provou ser estratégia adequada. De utilização

intuitiva, permite aos serviços a requisição online de reparações de equipamentos ou

instalações e é visualizado de imediato pelo Serviço de Gestão de Instalações e

Equipamentos, que efetua análise diária às requisições, aprecia a situação em concreto e

decide se a reparação terá que ser feita por empresa exterior, caso em que, de forma

automatizada, é emitida a proposta de aquisição, a que o Serviço de Aprovisionamento

acede também de forma imediata e direta. Verifica-se assim, uma significativa economia

nos dados a introduzir, através da rentabilização o trabalho e da diminuição do risco de

erro. Ao longo de todo o processo até à sua reparação, o serviço requisitante tem acesso

permanente e atualizado à situação do pedido.

Contratos de Manutenção Prestador 2017 PeriodicidadeManutenção AVAC ATM MensalManutenção Equip. PRIMUS/Ventiladores Dräger Portugal AnualManutenção Lavadora Ferros (Steris) Vitatec SemestralManutenção Unidade Electrofisiologia, Laser Diodo José Cotta SemestralAssistência Técnica Central Térmica Termibérica MensalAssistência Técnica Sistemas elevatórios Schmitt-Sohn MensalAssist Téc. Sistema de Detecção de Incêndios ExpressoFogo AnualAssistência Técnica Fotocopiadoras Beltrão Coelho TrimestralLigação SADI aos Bombeiros Stamp Star AnualManutenção equip. de combate a incêndios ExpressoFogo Anual

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Em foram emitidas 201 requisições, estando todas encerradas.

Observando esta atividade por serviço requisitante, e por ordem decrescente, verifica-se

serem os serviços clínicos os principais consumidores, conforme refletido no quadro

seguinte: QUADRO 62 – REQUISIÇÕES POR SERVIÇO

13.4. Reparações

Em 2017 as reparações cingiram-se a equipamentos.

São de destacar, no entanto, as intervenções no sistema de AVAC das salas do Bloco

Operatório, para mudança de filtros absolutos e medição da qualidade do ar interior, a

mudança do óleo do transformador, no posto de transformação e ainda a lavagem dos

reservatórios de água fria e dos tanques de água quente, da rede de águas prediais do

IOGP, seguidos de análises à qualidade da água, em particular para deteção da bactéria

legionella.

13.5. Reparações – Mudança dos Filtros Absolutos e Medição das Condições Ambientais do Bloco Operatório

No âmbito da manutenção ao AVAC, procedeu-se à mudança dos filtros absolutos das

salas do Bloco Operatório, tendo-se seguido a medição das condições ambientais das

mesmas.

Os métodos de ensaio utilizados foram os estipulados pela ISO 14644, medindo a

velocidade e caudal do ar, diferenciais de pressão com espaços adjacentes, temperatura

e humidade relativa.

Serviços Requisitantes RequisiçõesConsulta Externa 68Bloco Operatório 82Esterilização 16MCDT 17Recursos Humanos 9Aprovisionamento 2GIE 7Total 201

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 119 -

Do relatório concluiu-se a necessidade de melhorar as renovações de ar em algumas das

salas.

13.6. Reparações – Mudança do Óleo do Transformador

O óleo do transformador do posto de Transformação do IOGP havia apresentado em

análises recentes a presença de PBCA, pelo que havia que proceder à sua substituição, o

que foi feito em dezembro de 2017.

Utilizou-se um sistema em circuito fechado, com filtragem mecânica e secagem por

aquecimento e vácuo, tendo todo o óleo sido forçado a completar diversos ciclos

completos.

Foi ainda efetuada limpeza aos isoladores e restante equipamento acoplado ao

transformador, seguido de pesquisa de eventuais fugas.

Finalmente analisou-se o equipamento de proteção de Média Tensão e na conclusão dos

trabalhos o equipamento foi colocado em tensão e observados os seus valores nominais

de funcionamento.

No final foi entregue certificado ao IOGP considerando o fluido dieléctrico livre de PBCA.

13.7. Reparações – Lavagem dos Reservatórios e Tanques da Rede de Águas Prediais

Tendo em vista assegurar uma boa qualidade da água da rede de águas prediais do

IOGP foi efetuada uma lavagem e desinfeção dos reservatórios de água fria, situados no

piso técnico e dos tanques de água quente localizados na sub-estação térmica no piso 0.

Os produtos utilizados foram de acordo com as instruções da DGS e o processo teve o

acompanhamento informal da Sra. Engª Carla Barreiros, Engenheira Sanitarista da

ARSLVT.

Porque a rede de águas não podia ser desligada, a intervenção foi faseada, iniciando-se

pela lavagem e desinfeção de um reservatório de água fria e um tanque de água quente

de cada vez.

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Concluída cada fase de lavagem e desinfeção foram efetuadas análises de controlo antes

de ligar o reservatório e o tanque à rede de águas prediais. Só após se verificar a

conformidade de cada equipamento se passou à fase seguinte.

No final do processo efetuaram-se análises bioquímicas e bacteriológicas, pelo INSA, à

qualidade da água com particular destaque para a pesquisa e deteção da presença de

legionella.

As análises, concluídas em 2018, vieram indicar a inexistência da bactéria legionella na

rede de águas prediais do IOGP.

De referir nesta matéria que internamente o IOGP aprovou uma norma técnica com

procedimentos diversos, destacando-se a realização de purgas periódicas ao sistema de

água e ainda a medição semanal das temperaturas nos tanques de água quente, para

assegurar que a temperatura se encontra acima dos 60º, conforme preconizado.

Finalmente é de referir que o relatório final recomendou uma intervenção nos

reservatórios de água fria no sentido de melhorar a circulação interior da água evitando o

eventual aparecimento de biofilme, sendo que esta intervenção está prevista para 2018.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 121 -

14. Biblioteca e Museu

14.1. Biblioteca

O IOGP dispõe de uma Biblioteca,

aberta ao exterior, especializada em

oftalmologia, sendo a única em Lisboa e

a mais antiga do país nesta

especialidade. Neste momento, após a

aposentação da bibliotecária no final de

2016 e mercê das restrições orçamentais

que não permitiram ainda a sua

substituição, o acesso à mesma

encontra-se limitado.

Assim, a Biblioteca esteve praticamente inativada em 2017, não cumprindo com a sua

missão de garantir a todos os utilizadores, o acesso à informação, pertinente e atualizada,

para suporte do seu desempenho assistencial, para formação, ensino e investigação, de

modo a assegurar a qualidade dos cuidados de saúde e a satisfação dos utentes dos

serviços de saúde.

Em 2017, a atualização do fundo documental, traduziu-se pela aquisição dos volumes

revistos e alterados da Enciclopédia da Academia Americana de Oftalmologia “American

Academy of Ophthalmology Basic and Clinical Science Course” (3 monografias).

Biblioteca

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14.2. Museu

Na sequência da publicação do despacho de 7 de Setembro de 2016 do Senhor Ministro

da Saúde, através do qual foi dado início ao Inventário do Património Museológico da

Saúde, e, em cumprimento do mencionado despacho, o IOGP procedeu, à identificação e

inventariação de peças consideradas de valor histórico-cultural, tendo para o efeito

procedido ao preenchimento das respetivas fichas de inventário (uma por cada peça

inventariada), com vista ao levantamento do Património Museológico da Saúde, tendo as

mesmas sido enviadas dentro do prazo estipulado, ao Museu da Saúde (INSA).

Ao nível da atividade do Museu o IOGP, à

semelhança do verificado em anos

anteriores, prosseguiu com as tarefas de

pesquisa, seleção e recolha de informação

sobre nomenclatura e função das peças

existentes, quer no Museu da instituição,

quer em diversos espaços do Instituto,

procedendo à sua comparação com a

realidade existente, recorrendo a alguns sites

de Museus para confirmação de alguns elementos e datação.

Conforme acima referido a Bibliotecária afeta à Biblioteca e ao Museu saiu por

aposentação no final de 2016, carecendo o IOGP de proceder ao preenchimento deste

posto de trabalho, que se encontra ainda vago à data da elaboração do presente

Relatório. O não preenchimento deste posto, além de inviabilizar o apoio necessário aos

vários grupos profissionais do Instituto, designadamente nas áreas de estudo e

investigação, colocará em risco as atividades de registo, inventariação e classificação do

acervo afeto ao museu conforme preconizado no despacho acima referido, aplicável com

as necessárias adaptações ao património arquivístico e bibliográfico da Saúde. No

entanto, não obstante as restrições orçamentais existentes, o IOGP continuará a

desenvolver esforços para que o mencionado lugar venha a ser preenchido em 2018 por

profissional com o necessário perfil para esta função.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 123 -

15. Comissões

15.1. Comissão de Qualidade e Segurança

Em 2017 foram realizadas 10 reuniões de trabalho ordinárias para avaliação das

atividades propostas, as quais foram cumpridas na totalidade até ao final do ano.

Foram delineadas estratégias de trabalho no âmbito do Despacho n.º 1400-A/2015, que

define o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020. Este documento visa,

principalmente, apoiar os gestores e os clínicos do Serviço Nacional de Saúde na

aplicação de métodos e na procura de objetivos e metas que melhorem a gestão dos

riscos associados à prestação de cuidados de saúde, uma vez que a melhoria da

segurança dos doentes é uma responsabilidade de equipa, que mobiliza as competências

individuais de cada um dos seus elementos e implica a gestão sistémica de todas as

atividades.

A Comissão de Qualidade e Segurança (CQS) trabalhou sobre os principais objetivos

traçados no Plano Nacional para a Segurança dos Doentes, as áreas priorizadas pela

DGS para apresentação dos Planos de Ação da CQS e as recomendações relativas ao

processo de Acreditação. Nas atividades propostas estiveram envolvidos todos os

elementos da Comissão, outros elementos da equipa de enfermagem e do GCL -

PPCIRA.

As atividades desenvolvidas foram as seguintes:

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- 124 -

No âmbito do processo de acreditação foram desenvolvidas as seguintes ações:

Destas auditorias resultaram várias ações de formação aos colaboradores, assim como

alterações a procedimentos.

15.2. Comissão de Ética para a Saúde

À Comissão de Ética para a Saúde (CES) compete zelar pela observância de padrões de

ética no exercício das ciências médicas, por forma a proteger e garantir a dignidade e

integridade humanas, procedendo à análise e reflexão sobre temas da prática médica que

envolvam questões de ética.

PLANO NACIONAL PARA A SEGURANÇA DOS DOENTES 2015-2020

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Aumentar a segurança da comunicaçãoAuditoria - Consentimento Informado - documentos/ procedimentos

Aumentar a segurança cirúrgica Auditoria - Cirurgia Segura – procedimentos de registo

Aumentar a segurança na utilização da medicação

Auditorias - Prática segura do medicamento – identificação inequívoca do doente em situação de administração terapêutica - Medicamentos LASA / Medicamentos de ALERTA MÁXIMO

Assegurar a identificação inequívoca dos doentes Auditoria - Identificação Inequívoca do Doente no Bloco Operatório

Prevenir a ocorrência de quedasImplementação de medidas preventivas/corretivas - Ex. Reforço da sinalização e sinalética interna; Aquisição de novas cadeiras para uma das salas de espera

Prevenir a ocorrência de úlceras de pressão Não se aplica

Assegurar a prática sistemática de notificação, análise e prevenção de incidentes

5 registos no “notific@”

Prevenir e controlar as infeções e as resistências aos antimicrobianos.

Auditoria - Controlo das IACS e utilização dos antimicrobianos

PROCESSO DE ACREDITAÇÃO / INICIATIVAS CQS AÇÕES DESENVOLVIDAS

Higiene das Mãos Auditoria

Registo de Eventos Adversos – conhecimento do instrumento de registo Auditoria

Processo Clínico·  Registos·  Prevenção da ocorrência de processos clínicos em duplicado 

Auditoria

Aplicação da Lei de Proteção de Dados – princípios de confidencialidade e medidas de segurança implementadas

Auditoria

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 125 -

No ano de 2017 foram realizadas 14 reuniões de trabalho, para resposta às solicitações

efetuadas e análise de Normas provenientes da Direção Geral da Saúde.

Neste sentido foram produzidos os seguintes documentos:

1. Revisão do “Regulamento Interno” na sequência da nomeação da nova

composição da CES. Dando cumprimento ao estipulado no artº 11º do Decreto

Lei nº 97/95 de 10 maio foi aprovado a 23 de fevereiro e enviado ao Conselho

Diretivo, para conhecimento.

2. Elaboração do “Procedimento Interno – Estudos Clínicos” com o objectivo de

definir o procedimento para apreciação e pedido de emissão de parecer da

CES. Este procedimento foi aprovado pelo Conselho Diretivo e divulgado em

reunião clínica.

3. Elaboração dos formulários “Estudos Clínicos sem intervenção – Pronúncia “ e

“Estudos Clínicos com intervenção – Pronúncia” para apreciação dos estudos

clínicos. Estes formulários incluem os parâmetros referidos no art.º 16, nº 6 e

nºs 6 e 7, respetivamente, da lei nº 21/2014 de 16 de abril (lei da investigação

clínica) sobre os quais a Comissão de Ética competente (CEC) se deve

obrigatoriamente pronunciar.

Em 2017, foram solicitados à Comissão de Ética do IOGP, parecer sobre os seguintes

trabalhos:

1. Influência do astigmatismo nos valores medidos por tonometria de aplanação

de Goldman;

2. Genotipagem de doentes e familiares com distrofias corio-retinianas (parecer

condicionado ao cumprimento de requisitos prévios);

3. Vascularização da camada de fibras nervosas peripapilar no síndrome

pseudoesfoliativo (parecer condicionado ao cumprimento de requisitos prévios);

4. Testes de validação do sistema PerceptWalk .

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- 126 -

Foi solicitado parecer à CES para a realização de outros estudos clínicos que não foi

emitido por ausência de toda a documentação necessária. Foram alertados para esse

facto todos os investigadores principais dos diversos estudos clínicos.

Foram, ainda, desenvolvidas as seguintes atividades:

1. Consentimento informados – apreciação dos modelos em vigor no IOGP. Todos

foram considerados conforme os requisitos da Norma nº 015/2013 da Direção

Geral da Saúde com exceção do Lasik que deverá ser revisto quando reiniciar a

cirurgia refractiva.

2. Auditorias internas - no âmbito das competências da CES, três dos seus membros

realizaram duas auditorias internas: “Consentimento informado – documentos e

procedimentos” e “Aplicação da Lei de proteção de dados – princípios da

confidencialidade e medidas de segurança implementadas”.

3. Realização de uma formação sobre “Ética e Investigação Clínica”.

4. A CES tomou conhecimento do despacho do Conselho Diretivo ao pedido do

Gabinete de baixa visão ao projeto de visitas orientadas a museus e eventos

culturais dirigido a pessoas com acessibilidade reduzida.

15.3. GCL – PPCIRA

Em 2016 o Grupo Coordenador Local - Programa de Prevenção e Controle de Infeções e

Resistência Antimicrobiana (GCL – PPCIRA) do IOGP realizou 12 reuniões, em que se

debateram e realizaram atividades, centradas em 5 áreas:

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 127 -

A) ATIVIDADE EPIDEMIOLÓGICA

1. Vigilância Epidemiológica com implementação do mecanismo de deteção,

análise, notificação e controlo de casos de Endoftalmite.

2. Elaboração de manual prático com organização em pasta própria, composta

por circuito de notificação de Endoftalmites e norma de preparação dos

colírios fortificados.

3. Perante o surto de Sarampo verificado em maio de 2017, seguindo as

recomendações da DGS, foi feita uma ação de sensibilização aos

profissionais de saúde e utentes do IOGP.

4. Destacou-se a preocupação recorrente do GCL-PPCIRA do IOGP com a

qualidade da água disponível na rede interna e em particular o despiste de

Legionella, tendo sido preparada uma ação de sensibilização a efetuar junto

dos profissionais de saúde e utentes do IOGP, com adaptação de texto da

DGS sobre a Legionella em caixas de texto a utilizar na televisão da

principal sala de espera, pretendendo-se com esta divulgar a mensagem

junto dos utentes.

B) ELABORAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS 1. Foi elaborada, apresentada e aprovada superiormente uma Norma Técnica:

Norma Interna para Injeções Intra-vítreas.

2. Pese embora em fase de conclusão, ainda não foram apresentadas à

aprovação superior. Foram elas:

a. Norma de preparação de antibióticos intra-vítreos;

b. Medidas Preventivas do Aparecimento de Legionella na rede de

águas prediais.

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- 128 -

C) ELABORAÇÃO DE PARECERES

1. O grupo elaborou um parecer, relativo à utilização de

hidroxipropilmetilcelulose para lubrificação da córnea na cirurgia

vitreoretiniana.

2. Por solicitação de uma profissional médica, o grupo debruçou-se sobre a problemática das temperaturas na sala dedicada às injeções intravítreas (IIV).

3. Tal como em anos prévios, o grupo participou, através de alguns dos seus membros, na revisão das Condições Técnicas Especiais da aquisição da prestação de serviços de limpeza, em colaboração com o Serviço de Gestão Hoteleira.

D) FORMAÇÃO

Na temática das boas práticas na higienização das mãos, foram efetuadas

várias ações formativas dirigidas aos diferentes grupos profissionais:

A 11 de maio aos Assistentes Operacionais;

A 25 de maio aos Assistentes Técnicos;

A 14 de junho às funcionárias da Empresa de Limpeza,

A 29 de setembro, apresentação numa sessão clinica aos profissionais do corpo clinico.

E) AUDITORIAS Em estreita colaboração com a Comissão de Qualidade e Segurança

realizaram-se duas auditorias cujos instrumentos foram elaborados pelos

GCL-PPCIRA.

1. “Boa Prática na Higienização das mãos no Bloco Operatório”, que decorreu

de 23 e 30 de novembro, no bloco operatório.

2. “Controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde e utilização dos

antimicrobianos”, a 20 e 24 de novembro, abrangendo todos os grupos

profissionais.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 129 -

15.4. Comissão de Farmácia e Terapêutica

A Comissão de Farmácia e Terapêutica é um órgão consultivo (constituída por dois

elementos, uma farmacêutica e o Diretor Clínico), que preside

que colabora com o Conselho Diretivo nas matérias da sua competência, por sua

iniciativa ou a pedido daquele.

A Comissão de Farmácia e Terapêutica do IOGP no ano de 2017 realizou quatro reuniões

e desenvolveu as seguintes atividades:

Supervisão de todas as políticas e práticas de utilização de medicamentos de

forma a assegurar os melhores resultados clínicos com um risco potencial mínimo;

Recolha de informação sobre a utilização dos medicamentos tendo em vista a

eficácia e a segurança do tratamento do doente assegurando a sustentabilidade da

despesa com medicamentos;

Promoção de estratégias efectivas na utilização racional de medicamentos

nomeadamente através da obrigatoriedade de justificação clínica personalizada

para medicamentos com elevado peso económico;

Controlo dos dados resultantes da utilização de medicamentos;

Colaboração com o Monitor da Prescrição Médica na monitorização da prescrição

de medicamentos e no envio de relatórios trimestrais à ACSS dando cumprimento

ao estipulado no Despacho nº 1706972011 de 21 de dezembro;

Elaboração das previsões de consumo para medicamentos sujeitos a Autorização

de Utilização Excepcional (AUE) tendo enviado ao Infarmed, em Setembro

conforme definido pela Circular Informativa nº 107/CD/100.20.200 de 29/08/2017,

os pedidos de Dantroleno 20 mg pó para solução injectável, Fenilefrina 2,5%

colírio em monodoses, Glicopirrolato 0,2 mg/ 1 ml solução injectável, Isoprenalina

0,2 mg/ 1 ml solução injectável, Oxibuprocaina 0,4% colírio em monodoses e

Pilocarpina 2% colírio em monodoses.

Tomou conhecimento da legislação publicada no âmbito da competência das

Comissões de Farmácia e Terapêutica bemcomo de Circulares Informativas,

Comunicados, Normas e Orientações aplicáveis no Instituto de Oftalmologia Dr.

Gama Pinto.

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- 130 -

15.5. Comissão de Catástrofe e de Emergência Interna

Durante o ano de 2017 no âmbito das suas atribuições, foram realizadas as seguintes

ações:

No decorrer do ano de 2017, foram realizadas as seguintes ações:

Instalação de sirenes SADI – reforço do sinal acústico de alarme de incêndio;

Avaliações de risco de incêndio a todos os pisos;

Monitorização das condições de segurança;

Atualização dos Procedimentos de Exploração e Utilização das Instalações

Técnicas:

o Ascensores

o Grupo Eletrógeno de Emergência

o Armazenamento de Líquidos Combustíveis

o Evacuação de Efluentes de Combustão

Formação dos procedimentos de emergência;

Formação de sensibilização às medidas de autoproteção;

Formação de primeira intervenção;

Atualização do cálculo de lotação – Portaria 1532/2008, Artigo 51.º (necessário

apos realização de obras);

Avaliação das necessidades de investimento para 2018;

Formação para Delegada de Segurança;

Formação para Equipa de Segurança;

Apoio ao processo de acreditação;

Apoio técnico às obras de remodelação;

Atualização da base de arquitetura dos locais remodelados;

Atualização das medidas de SCI às remodelações efetuadas;

Elaboração de pareceres técnicos de SCI;

Atualização do documento de gestão de espaços;

Acompanhamento logístico dos processos de manutenção relacionados com a SCI.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 131 -

16. Atividades I&D

O Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto continuou a apostar na investigação científica, quer a nível de ensaios clínicos multicêntricos, quer na elaboração de protocolos de investigação. No âmbito da investigação clínica os diversos grupos profissionais apresentaram em reuniões/seminários/cursos nacionais e internacionais trabalhos científicos dentro das suas áreas profissionais, destacando-se a publicação de vários artigos em revistas nacionais e internacionais.

16.1. Ensaios Clínicos

O IOGP está certificado e integra desde 2009 uma rede europeia de investigação de

excelência em ensaios clínicos, European Vision Institute Clinical Research Network

(EVICR.net), participando em diversos

ensaios clínicos multicêntricos.

De salientar que o IOGP se encontra

certificado como centro de excelência em

ensaios clínicos no EVICR.net até janeiro

de 2019.

Em Julho de 2012 recebeu a classificação de EVI. CT.SE (European Vision Institute.

Clinical Trials. Sites of Excellence) Member Certificate Nº 28/2012. O Instituto obteve a sua 4ª certificação no âmbito do European Vision Institute Clinical Trials Sites of Excellence. Desde 2016 participa com um doente em estudo ensaio clínico multicêntrico:

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"A Randomized, Double-masked, Sham-controlled Phase 4 Study of the Efficacy, Safety,

and Tolerability of Intravitreal Aflibercept Monotherapy Compared to Aflibercept With

Adjunctive Photodynamic Therapy in patients with Polypoidal Choroidal Vasculopathy".

Protocolo ECR-AMD-2015-09

16.2. Atividade Científica

A atividade científica continuou a ser incentivada, tendo-se produzido os seguintes trabalhos constantes do quadro infra e detalhados em anexo (Anexo 1):

QUADRO 63 – ATIVIDADE CIENTÍFICA

Em 2017, iniciou-se um projeto de estudo clínico e colaboração cientifca de genotipagem

de doentes com distrofia cório-retiniana, que tem cumprido os objetivos fixados.

Trata-se de uma parceria intenacional que envolve a consulta de genética ocular do

IOGP, o departamento de genética computacional da Universidade de Lausanne e o

serviço de genetica médica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, e visa a genotipagem

dos doentes e familiatres com distrofias cório-retinianas herditárias.

16.3. Atividades de Ensino

Desenvolveram-se diversas atividades de ensino e formação no âmbito de Oftalmologia,

Anestesiologia, e de Gestão e Saúde, seguidamente identificadas:

RESUMO DAS ATIVIDADES CIENTIFICAS NACIONAIS INTERNACIONAISCOMUNICAÇÕES 19 8

COMUNICAÇÕES GERAIS 5 8COMUNICAÇÕES SPO 13 0COMUNICAÇÕES GRUPO PORTUGUÊS DE INFLAMAÇÃO OCULAR E GLAUCOMA

1 0

REUNIÕES CLÍNICAS NO IOGP 34 -PUBLICAÇÕES 2 3POSTERS 7 10CAPÍTULOS DE LIVROS 5 1PRÉMIOS 3 -ENSAIOS CLÍNICOS - 1PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO - 1

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 133 -

Formação a alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa no âmbito Tronco

Opcional - cadeiras optativas e estágios de verão;

Formação a internos de oftalmologia de outros hospitais para competências

específicas;

Formação a internos de anestesiologia dentro da valência de oftalmologia;

Estágio de Genética Ocular a Interna de Genética Médica do CHLC;

Estágios de jovens especialistas de outros países ao abrigo de acordo com a

Sociedade Europeia de Oftalmologia (Rússia e Roménia);

Estágios a alunos de Universidades de outros países – Erasmus;

Estágios para alunos da licenciatura de Ortóptica da Escola Superior de

Tecnologias de Lisboa;

Estágio para alunos da licenciatura de Ortóptica da Superior de Ortóptica de

Verona (Erasmus);

Estágio de Exercício Profissional de aluno do Curso de Especialização em

Administração Hospitalar da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade

Nova de Lisboa;

Colaboração com a Faculdade de Arquitetura para desenvolvimento de

estudos/investigação. Protocolo para a execução de tese de Doutoramento com o

tema “Percept Walk”.

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17. Desenvolvimento Estratégico e Atividade para 2018

17.1. Orientação Estratégica

Face à elevada prevalência de doenças oftalmológicas em Portugal, muitas delas

decorrentes do envelhecimento da população, a estratégia de atuação do Instituto de

Oftalmologia Dr. Gama Pinto para os próximos anos passa por reforçar e implementar

boas práticas assistenciais e organizacionais investindo na oferta de cuidados agudos e

crónicos, visando simultaneamente a sustentabilidade económico-financeira do Instituto.

Neste âmbito, a alteração do estatuto jurídico do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto

para Entidade Pública Empresarial, constitui um elemento essencial na modernização dos

processos de gestão e financiamento, na continuidade das modificações há muito

verificadas nos demais hospitais do SNS. A adoção de um modelo de financiamento

idêntico ao dos restantes hospitais EPE, constitui o elemento chave de mudança interna

na organização.

17.2. Linhas de Ação

O presente Plano de Ação pretende refletir soluções estratégicas consolidadas,

adequando o nível dos serviços de saúde do IOGP às necessidades de saúde da

população, promovendo a melhoria da saúde da visão e contribuindo para a

sustentabilidade do sistema de saúde, de acordo com o estabelecido no Plano Nacional

de Saúde e em conformidade com os objetivos do Ministério da Saúde nesta área.

Desde logo, o IOGP pretende aumentar a sua resposta às necessidades da população,

contribuindo para reduzir as consequências das patologias associadas à falta de visão,

uma vez que dispõe de capacidade instalada, infraestruturas e diferenciação técnica.

De acordo com esta estratégia de atuação estabeleceram-se como prioritárias as

seguintes linhas de ação e respetivas medidas dentro de cada ponto:

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 135 -

I - REFORMA HOSPITALAR

AÇÃO I – AJUSTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

Ajustamento do mapa de pessoal à carteira de serviços e produção prevista para o

próximo ano, de forma a desenvolver uma resposta hospitalar adequada às

necessidades da população da ARSLVT e mesmo de outras regiões que procuram

o Instituto, sobretudo após a instituição do princípio do Livre Acesso e Circulação.

Conversão em relação jurídica de emprego público de algumas situações

contratuais que, correspondendo a necessidades permanentes e efetivas dos

serviços, foram alvo de formação e desempenham funções imprescindíveis ao

normal funcionamento da instituição, tendo por finalidade a fixação recursos

humanos.

AÇÃO II – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Total desmaterialização do processo clínico, através da utilização exclusiva do

SClínico no Bloco operatório, prevista para o segundo semestre de 2017, mas

adiada para 2018 por condicionantes do desenvolvimento pelo SPMS;

Finalização da fase de avaliação do software clínico Oftaloffice e da sua adaptação

ao ambiente hospitalar, de modo a conseguir junto à SPMS uma melhor interação

com o SClínico, o que permitirá com a otimização das funcionalidades de ambas as

aplicações, poupar tempo aos profissionais de saúde, melhorar a recolha e partilha

da informação clínica e, consequentemente, melhorar os cuidados prestados aos

utentes;

Continuação da renovação do parque informático e atualização dos Sistemas

Operativos, de modo a otimizar a performance das aplicações e a segurança da

informação;

Operacionalização do sistema de custeio ao doente;

Reformulação do conteúdo do site institucional;

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Elaboração de normas e procedimentos e adoção de medidas de

formação/sensibilização que potencializem práticas de uso seguro dos sistemas de

informação, com vista à melhor comunicação interna e implementação de uma

Cultura de Segurança e Boas Práticas entre os colaboradores.

AÇÃO III – QUALIDADE

Consolidação do processo de Acreditação, designadamente através da verificação

do cumprimento dos standards e, no âmbito do processo de acompanhamento,

aplicação de medidas de melhoria em conformidade com as recomendações

resultantes das auditorias realizadas;

Realização das auditorias propostas no plano de ação da Comissão de Qualidade

e Segurança e no âmbito do processo de acompanhamento do processo de

acreditação;

AÇÃO IV – MODELO DE GOVERNAÇÃO

Alteração do estatuto jurídico do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto para

Entidade Pública Empresarial (EPE), enquadrado dentro do setor empresarial do

Estado. Em dezembro de 2016, o IOGP em colaboração com a Administração

Regional de Saúde de Lisboa e a Administração Central do Sistema de Saúde

elaboraram um plano de negócios e análise custo-benefício integrados num estudo

demonstrativo do interesse e viabilidade da alteração do estatuto do Instituto, o

qual foi enviado em 24 de janeiro de 2017 ao Ministério da Saúde. A preconizada

alteração do estatuto, com a adoção de um modelo de financiamento similar ao dos

hospitais EPE constitui um elemento chave para um processo de mudança interna

na organização. Tendo por base a análise de custo benefício efetuada no âmbito

do estudo, a alteração do estatuto jurídico do IOGP do setor público administrativo

para o setor empresarial do estado apresenta-se como indispensável para a

constituição de uma alternativa ao modelo burocrático administrativo atual, que

permitirá ao Instituto uma maior autonomia de gestão, capacitando-o para uma

efetiva modernização dos processos de gestão e para um melhor aproveitamento

da capacidade técnica instalada.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 137 -

II – ADEQUAÇÃO DA OFERTA DE CUIDADOS DE SAÚDE ÀS NECESSIDADES DAS POPULAÇÕES

AÇÃO I – PROGRAMA DE INCENTIVO À REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE CIRÚRGICA NO SNS

Continuar a colaborar para a redução das Listas de Inscritos para Cirurgia da

Região de Lisboa e Vale do Tejo no âmbito do “Programa de Incentivo à

Realização de Atividade Cirúrgica no SNS” que visa melhorar a capacidade de

resposta cirúrgica dos hospitais públicos, assente no princípio da Gestão Partilhada

de Recursos no SNS.

Realizar cirurgia adicional nos termos da Portaria nº 207/2017 de 11 de julho.

AÇÃO II – PROTOCOLOS

Manter o Protocolo de Cooperação com o Hospital Prisional de São João de Deus

em Caxias.

Manter Protocolo de cedência de córneas para transplante com o Hospital Garcia

de Orta.

Manter Protocolo com o Centro Hospitalar do Oeste para realização de primeiras

consultas e subsequentes cirurgias aos doentes com indicação cirúrgica.

Manter e ampliar o protocolo com a ARSLVT para leitura de Retinografias, com o

objetivo de detetar precocemente a retinopatia diabética.

Manter o Protocolo de Colaboração com o CHLN nas equipas de urgência de

oftalmologia.

Reativar o protocolo de cooperação com o Centro Helen Keller para avaliação

funcional de crianças com baixa visão.

Celebrar Protocolo com a ARSLVT, no âmbito do Programa de Saúde Visual e

Infantil, para rastreio de saúde visual e infantil.

AÇÃO III – PROMOVER A ARTICULAÇÃO COM AS REDES DE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Promover a articulação com os ACES que referenciam para o IOGP.

Encaminhar os doentes diabéticos detetados internamente para o respetivo médico

de família.

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III – METODOLOGIA DE CONTRATUALIZAÇÃO INTERNA

AÇÃO I – NEGOCIAÇÃO INTERNA

Continuar e reforçar os mecanismos de contratualização interna correlacionando

produtividade, qualidade e objetivos, reforçando a autonomia e responsabilidade

dos profissionais e das equipas numa ótica de melhoria contínua:

Negociar com as equipas cirúrgicas as metas da produção a realizar e a

constar do contrato-programa.

Divulgar aos profissionais a monitorização mensal referente ao desempenho

assistencial do Instituto.

AÇÃO II – ALINHAMENTO AOS OBJETIVOS E METAS CONTRATUALIZADOS

Alinhamento da produção médico/ETC com a produção contratada e com os

objetivos de qualidade e eficiência que vierem a ser estabelecidos no contrato-

programa.

Realizar auditorias clínicas numa ótica de melhoria continua.

IV – SUSTENTABILIDADE ECONÓMICO-FINANCEIRA

AÇÃO I - MODELO DE FINANCIAMENTO

Alteração do modelo de financiamento através do pagamento da produção

realizada, decorrente da alteração do estatuto para hospital EPE, ainda a aguardar

decisão do Ministério da Saúde;

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 139 -

AÇÃO II - CUMPRIMENTO DAS REGRAS E METAS ORÇAMENTAIS.

AÇÃO III - CUMPRIMENTO DOS OBJETIVOS ECONÓMICO-FINANCEIROS DO CONTRATO-PROGRAMA.

AÇÃO IV – RECEITAS EXTRA SUBSÍDIO À EXPLORAÇÃO

Aumento das receitas extra contrato-programa decorrentes da realização de

atividade cirúrgica no âmbito da Gestão Partilhada de Recursos e dos Protocolos

em vigor com outros hospitais do SNS.

17.3. Atividade Prevista

A atividade prevista para 2018, que de seguida se apresenta, é a que consta do

Memorando assinado em 26 de março entre a ACSS a ARSLVT e o IOGP, que tem como

pressuposto base dotar o IOGP dos recursos necessários e destinados ao pagamento

das despesas com pessoal, material de consumo clínico e farmacêutico, bem como de

reparações e substituições de material cirúrgico.

QUADRO 62 – ATIVIDADE PREVISTA PARA 2018

Adicionalmente e na sequência das orientações recebidas do Senhor Ministro da Saúde,

após reunião com o Conselho Diretivo do IOGP e com os Conselhos Diretivos da ACSS e

da ARSLVT, tendo por objetivo aumentar a atividade assistencial na consulta externa e

cirurgia, com vista a otimizar a capacidade de resolução das listas de espera na

especialidade de oftalmologia na Região, foi contratualizada a seguinte produção a

efetuar em regime adicional, nos termos da Portaria nº 147/2017 de 27 de abril:

Total consultas oftalmologia Número Var. 2018/2017 %

1.ª Consultas CTH (origem nos CSP) 9.300 0,7

1.ª Consultas intra e inter hosp. (sem majoração) 10.327 -9,6

Total cirurgias

Cirurgia Programadas Ambulatório - GDH 4.975 -2,8

Atividade Normal Programada

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QUADRO 62 – ATIVIDADE ADICIONAL PARA 2018

Assim, tendo por base a totalidade da produção contratada (base e adicional) prevê-se

para 2018 o aumento do número de 1ªs consultas CTH em 39,6%, bem como o aumento

do número de cirurgias em 27%, face ao realizado no ano de 2017.

No entanto, e conforme acima referido, só será possível realizar o volume de atividade

contratualizada, caso venha ser cumprido o plano de reforço orçamental especificado no

cronograma constante do Anexo II ao Memorando assinado em 26 de março.

17.4. Infraestrutura

Importa, também, referir que a nível da infraestrutura, o edifício do Instituto carece de

algumas obras de manutenção/beneficiação, quer exterior, quer interiormente, algumas

de caráter urgente e inadiável que permitirão corrigir uma série de

deficiências/constrangimentos com impacto na organização e funcionamento da atividade.

Por outro lado, para enfrentar o desafio de incrementar a capacidade de resposta em

consulta, MCDT e cirurgia ambulatória, torna-se necessário reforçar a capacidade de

resposta nestas áreas funcionais, mediante a aquisição de equipamento tecnológico de

substituição e /ou inovação, adequado às atuais necessidades da população.

Finalmente, também ao nível dos sistemas de informação, dada a necessidade de

instalação de novos Sistemas Operativos, aplicações informáticas e solicitações do

Ministério da Saúde (que requerem cada vez maior performance de processamento e

capacidade de armazenagem), importa dar continuidade à atualização/renovação do

Total consultas oftalmologia Número1.ª Consultas CTH (origem nos CSP) 3.600

Total cirurgiasCirurgia Programadas Ambulatório - GDH 1.800

Atividade Programada Adicional em regime extraordinário

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 141 -

hardware existente compatibilizando-o com o software utilizado. De notar que a evolução

tecnológica do hardware também resulta em mais-valias importantes ao nível do aumento

de produção, da segurança da informação e da redução do consumo energético.

17.5. Considerações finais

O IOGP não pode deixar de insistir e manifestar a sua preocupação com o sistemático

subfinanciamento, particularmente desde o ano de 2012 até ao presente. De notar que

em 2017 o orçamento atribuído foi de 4.759.276 €, acrescido de dois reforços orçamentais

no valor total de 430.000 €, muito inferior ao valor que resultaria da faturação da produção

realizada em 2017, caso o modelo de financiamento fosse igual ao dos hospitais EPE,

que ascenderia a 8.942.085 €.

Conforme já referido, o IOGP encontra-se a aguardar a decisão do Ministério da Saúde

sobre o estudo que é demonstrativo do interesse e viabilidade da alteração do estatuto do

Instituto, elaborado em colaboração com a Administração Regional de Saúde de Lisboa,

IP e a Administração Central do Sistema de Saúde, IP, enviado pela ARSLVT em 24 de

janeiro de 2017 ao Gabinete do Senhor Ministro da Saúde, cujas conclusões se

encontram em detalhe na análise custo-benefício em anexo ao referido estudo.

A preconizada alteração da natureza jurídica do IOGP para Entidade Pública Empresarial

(EPE) e do seu sistema de financiamento, por forma ser remunerado pela produção

realizada, contribuiria para a diminuição dos constrangimentos decorrentes da escassez

de meios financeiros disponíveis e garantiria uma maior flexibilidade na gestão,

capacitando-o para uma efetiva modernização dos processos de gestão e para um melhor

aproveitamento da capacidade técnica instalada.

Sem prejuízo da decisão do Ministério da Saúde é imprescindível que a ACSS proceda à

revisão do orçamento a atribuir ao Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto de forma que

lhe permita assegurar o normal funcionamento da atividade assistencial e responder em

tempo útil e oportuno às necessidades da população, designadamente, à lista de espera

para realização de primeira consulta e de cirurgia.

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18. Anexos

18.1. Anexo 1 – Atividade Científica

COMUNICAÇÕES NACIONAIS

• Pedro Rodrigues, Rita Sousa e Silva, Joana Neves, Conceição Ornelas Quando é difícil abrir a

pestana – um caso clínico. Reunião Anual Internos Oftalmologia - RAIO, Julho de 2016, Aguieira

• Ana Veiga. “Diabetestop”. 13 º Congresso Português de Diabetes em Albufeira

• Ana Veiga. “Consulta de Enfermagem na Diabetes- Ganhos em Saúde”. Colóquios de Oftalmologia

na Quinta da Marinha

• Diogo Reis-Cabral; Manuel Marques; Cristina Santos; Raquel Seldon; Filipe Braz; Gabriela

Varandas Predictor Variables in the Neurotoxin Treatment of Esotropia. ESA 2017, Porto

• Diogo Reis-Cabral; Telmo Pereira; Pedro Rodrigues; Raquel Seldon; Filipe Braz; Gabriela

Varandas A software based measurement of horizontal muscles insertion. ESA 2017, Porto

COMUNICAÇÕES INTERNACIONAIS

• Rodrigues PF, Silva R, Frazão S, Cruz S, Marques M, Ornelas C, Rosa P How to predict success

of photodynamic therapy in central serous chorioretinopathy. XXXV Congress of the European

Society of Cataract & Refractive Surgeons, Outubro de 2017, Lisboa.

• Rodrigues PF; Silva R; Reis- Cabral D; Nogueira H; Loureiro C; Ribeiro D Does lasik surgery

influence macular sensitivity? XXXV Congress of the European Society of Cataract & Refractive

Surgeons, Outubro de 2017, Lisboa

• Diogo Reis-Cabral; Pedro Camacho; Rita Silva; Manuel Marques; Marta Vila-Franca; Paulo Rosa

Morpho-functional study of amblyopic eyes with unilateral High Myopia

• D. Cristóvão, M. Marques, S. Alves, J. M. Seco, A. F. Fonseca, H. Nogueira. Salzmann’s nodular

degeneration: is it still an idiopathic disease? - a case report. Reunião internacional XXXV ESCRS

2017.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 143 -

• Sara Frazão; Diana Cristóvão; Manuel Marques; Rita Silva; Hugo Nogueira Influência da

paquimetria nos resultados topográficos após crosslinking de colagénio no queratocone

progressivo - Reunião internacional XXXV ESCRS 2017.

• Rodrigues PF; Cruz, S.; Marques, M.; Nogueira H; Ornelas, C. Thin flaps help avoiding

overcorrection of myopia after LASIK surgery for myopia. XXXV Congress of the European Society

of Cataract & Refractive Surgeons,

• Nascimento J; Henriques J; Rosa P; Dias J; Rodrigues PF; Ágoas V One-Year Fluocinolone

Acetonide (FAc) Intravitreal Implant Results in the Treatment of Retinal Vascular Diseases. 8th

World Congress on Controversies in Ophthalmology

• Frazão S, Rodrigues PF, Cruz S, Carvalho AM, Maia Sêco J, Nogueira H The Influence of

Keratometry on Visual and Refractive Outcomes after Myopic LASER in Situ Keratomileusis. XXXV

Congress of the ESCRS

COMUNICAÇÕES SPO

60º CONGRESSO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE OFTALMOLOGIA DEZEMBRO 2017 – VILAMOURA

• Rita Silva, Pedro Camacho, Diogo Cabral, Sara Frazão, Manuel Marques, Joana Valadares, Marta

Vila Franca, Paulo Rosa Relação entre sensibilidade retiniana central e espessura coroideia em

doentes altos míopes

• Rita Silva; Pedro Rodrigues; Diogo Cabral; Diana Cristóvão; Joana Valadares, Cristina Santos;

Raquel Séldon; Gabriela Varandas Toxina botulínica no tratamento das distonias faciais - 15 anos

de experiência do iogp

• Sara Frazão; Rita Silva; Pedro Rodrigues; Pedro Camacho; Luís Salgueiro; Marta Vila Franca;

Paulo Rosa Sensibilidade macular e autofluorescência do fundo na degenerescência macular

ligada à idade intermédia

• Sara Frazão; Diana Cristóvão; Manuel Marques; Rita Silva; Hugo Nogueira Influência da

paquimetria nos resultados topográficos após crosslinking de colagénio na queratocone

progressivo

• Rodrigues PF, Frazão S, Silva R, Ornelas C, Nogueira H Indução de astigmatismo em olhos não

astigmáticos após cirurgia lasik para correção de miopia

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• Manuel Marques, Diogo Cabral, Pedro Camacho, Rita Silva, Paulo Rosa, Marta vila Franca,

Samuel Alves Estudo morfológico e funcional de olhos com ambliopia por alta miopia

• Diana Cristóvão, Ana Fernandes Fonseca, Sandra Barrão Retinopatia por valsalva: A propósito de

um caso clínico

• Diana Cristóvão, Ana Fernandes Fonseca, Nuno Alves, Vítor Maduro, João Feijão, Pedro

Candelária “A espessura do lentículo no DSAEK: Qual a sua importância para o resultado visual

final?”

• Liliana Páris Distrofia retiniana e infertilidade unidas por mutação em proteína ciliar e reprodução

do fenótipo em ratinho transgénico

• Rodrigues PF, Reis-Cabral D, Marques M, Rodrigues C, Camacho P, Pereira T, Coscas F, Ornelas

C, Vila-Franca M, Rosa P Comparação da análise fractal da vasculatura retiniana em indivíduos

saudáveis e pacientes hipertensos

• Reis-Cabral D, Pereira T, Rodrigues PF, Camacho P, Vila-Franca M, Santos C, Seldon R, Braz F,

Varandas G Tomografia de Coerência Óptica do Segmento Anterior Swept-Source na avaliação

pós-operatória de doentes com exotropia

• Reis-Cabral D, Coscas F, Pereira T, Rodrigues PF, Vila-Franca M, Rodrigues C, Rosa P, Coscas

G, Ágoas V. Parâmetros quantitativos na avaliação da resposta ao tratamento com anti-VEGF em

doentes com neovascularização secundária à DMI

• Silva R, Rodrigues PF, Reis-Cabral D, Cristóvão D, Valadares J, Santos C, Seldon R, Varandas G

Toxina botulínica no tratamento das distonias faciais – 15 anos de experiência do IOGP

COMUNICAÇÕES GRUPO PORTUGUÊS DE INFLAMAÇÃO OCULAR E GLAUCOMA

REUNIÃO ANUAL DO GRUPO PORTUGUÊS DE INFLAMAÇÃO OCULAR E GLAUCOMA - 12 MARÇO

• Diana Cristóvão, Liliana Páris, Ana Fernandes Fonseca, Vanda Nogueira - Sífilis ocular: Uma

forma rara de apresentação ocular num doente imunocompetente - A propósito de um caso

clínico

REUNIÕES CLÍNICAS NO IOGP

• Samuel Alves, Lentes Tóricas e multifocais

• Cristina Carvalho, Avaliação de riscos laborais e Plano de Prevenção no IOGP

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 145 -

• António Folgado, Pedro Rodrigues, Edema macular refratário - Caso Clínico

• Sara Frazão, Digo Cabral, Cristina Santos, Filipe Braz, Raquel Seldon, Gabriela Varandas,

Enfraquecimento Cirúrgico do Músculo Reto Externo no Tratamento da Exotropia Intermitente

em Idade Pediátrica

• Diogo Cabral, Joana Valadares, Carlos Perpetua, José Fernandes, Jorge Godinho, João

Segurado, Caracterização e seguimento perimétrico do glaucoma avançado

• Conceição Ornelas, Oftalmologia, visão e arte

• Pedro Rodrigues, Paulo Rosa, Angiografia na atualidade

• Silvestre Cruz, Sandra Barrão, Ana Fonseca, Retinopexia Pneumática

• Mafalda Antunes, Daniela Ribeiro, Marta Louro, Estado da arte: Contactologia no IOGP

• Samuel Alves, Maia Seco, Ana Silva, Hugo Nogueira, Lentes Intra-oculares Multifocais

• António Folgado, Sandra Barrão, Pedro Camacho, Retinopatia Diabética - Casos Clínicos

• Joana Valadares, Rita Silva, Carlos Perpétua, Jorge Godinho, João Segurado, Jose Fernandes

Apneia do sono: Factor de risco na prática clínica?

• Cristina Santos, Rita Silva, Raquel Seldon, Gabriela Varandas, Injecção de bupivacaína no

tratamento do estrabismo

• João Pedro Fonseca, Consulta de Psicologia: uma outra visão

• Diogo Cabral, Pedro Rodrigues, Frequency of Evidence-Based Screening for Retinopathy in

Type 1 Diabetes

• Irina Gomes, Vanda Nogueira, Conceição Ornelas, Manifestações oculares no Lúpus

Eritematoso Sistémico

• Irina Gomes, Hemovitreo – Causas e Abordagem Terapêutica

• Rita Silva, Paulo Rosa, Guidelines Oclusões Venosas da Retina

• Sara Frazão, Hugo Nogueira, Queratite a Virus Herpes Simplex

• Diana Cristóvão, Pedro Rodrigues, Carlos Pinto, Casos Clínicos na Retinopatia Diabética

• Gabinete de Estrabismo, Estrabismo restritivo miópico

• Fernanda Costa, Filipa Caetano, Susana Farinha, Identificação fidedigna do utente

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• António Folgado, As injeções intra-vitreas no IOGP”

• Salomé Gonçalves, Avaliação funcional na baixa visão

• Pedro Rodrigues, Conceição Ornelas, Paulo Rosa, Tratamento da Coriorretinopatia Serosa

Central

• Conceição Ornelas, Ana Ferreira, Helder Almeida, Cidália Raposo, Susana Farinha, Boas

Práticas na Higienização e Desinfeção Cirúrgica das Mãos

• Gabinete de Glaucoma, OCT-A em Glaucoma. O que há de novo?

• Vanda Nogueira, Borrelia e Rickettsia. Are they really among us?

• Ana Ferreira, Ética e Investigação Clínica”

• Teresa Almeida, Odete Afonso Incidentes. Conhecer para Prevenir

• Pedro Camacho, Estudo morfométrico da retina em doentes com formas precoces de

degenerescência macular da idade, integridade e quantificação das estruturas através da

tomografia de coerência ótica de domínio espectral

• Paulo Bernardo, SPMS - Desmaterialização total da RSP - eliminar 20% na emissão de Guia

de Tratamento - Serviço de Informática

• Conceição Ornelas, Ana Ferreira, Cidália Raposo, Helder Almeida, Susana Farinha, Prevenção

e controlo das IACS e da resistência aos antimicrobianos

• Manuel Marques, Pedro Rodrigues, Sara Frazão, Cristina Santos, Raquel Seldon, Gabriela

Varandas, Tratamento Cirúrgico da Exotropia Intermitente com padrão de insuficiência de

convergência – A Experiencia no IOGP

PUBLICAÇÕES NACIONAIS

• Rita Silva; Pedro Rodrigues; Diogo Cabral; Diana Cristóvão; Joana Valadares; Marta Vila

Franca. Ectrópion congénito do epitélio pigmentar da íris - “um nevus da íris que é outra coisa”

(Artigo aceite para publicação - Revista Sociedade Portuguesa de Oftalmologia)

• Rita Silva, Pedro Camacho, Diogo Cabral, Pedro Rodrigues, Sara Frazão, Joana Valadares,

Marta Vila Franca, Paulo Rosa. Variações regionais de espessura coroideia e sensibilidade

retiniana em doentes altos míopes (Artigo aceite para publicação - Revista Sociedade

Portuguesa de Oftalmologia)

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 147 -

• Nova era no diagnóstico e no seguimento das patologias oftálmicas. Barrão, S. Visão SPO N.º 22 |

Maio 2016

PUBLICAÇÕES INTERNACIONAIS

• J. Nascimento, J. Henriques, P. Rosa, J. Dias, P. Rodrigues, V. Ágoas One-year fluocinolone

acetonide (fac) intravitreal implant results in the treatment of retinal vascular diseases

• Camacho P., Medeiros M., Cabral D., Silva R. Outer retina and Choroidal thickness in

intermediate AMD: Reticular pseudodrusen findings Ophthalmic Research DOI:

10.1159/000484349

• Camacho P., Medeiros M., Páris L. Ganglion Cell Complex in Early and Intermediate Age-

Related Macular Degeneration: Evidence by SD-OCT Manual Segmentation Article in

Ophthalmologica 238(1-2) · DOI: 10.1159/000468965

POSTERS

• J. Nascimento, J. Henriques, P. Rosa, J. Dias, P. Rodrigues, V. Ágoas One-year fluocinolone

acetonide (fac) intravitreal implant results in the treatment of retinal vascular diseases.

• Diogo Cabral; Liliana Páris; Rita Silva; Vanda Nogueira; Marta Vila-Franca; Florence Coscas;

Paulo Rosa Periarterite com oclusão de artéria macular – caso clínico e imagiologia multimodal

Reunião dos Grupos Portugueses de Retina e Vítreo e Inflamação Ocular, Setembro de 2017,

Évora.

• Diogo Reis Cabral, Pedro Camacho, Manuel Marques, Rita Silva, Marta Vila Franca, Paulo

Rosa Estudo morfológico e funcional de olhos com ambliopia por alta miopia 2ª Reunião

Científica do GER, Março de 2017, Lisboa.

• Rita Silva, Diogo Cabral, Pedro Camacho, Sara Frazão, Pedro Rodrigues, Marta Vila Franca,

Joana Valadares Assessement of choroidal thickness and retinal sensitivity in postoperative

high myopic eyes XXXV Congress of the European Society of Cataract & Refractive Surgeons,

Outubro de 2017, Lisboa.

• Rita Silva Sara Frazão, Pedro Rodrigues, Diogo Cabral, Silvestre Cruz, Diana Cristóvão, Joana

Valadares Patient satisfaction in anesthetic choice and pain control after cataract surgery XXXV

Congress of the European Society of Cataract & Refractive Surgeons, Outubro de 2017,

Lisboa.

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• Rodrigues PF, Silva R, Frazão S, Ornelas C, Godinho J, Segurado J, Fernandes J The

influence of astigmatism in goldmann applanation tonometry 7TH WORLD GLAUCOMA

CONGRESS, Junho de 2017, Helsínquia.

• Diogo Cabral; Filipa Teixeira; Ana Fernandes Fonseca; Ana Cláudia Fonseca; Filomena Pinto.

Esclerite posterior - caso clinico Grupo Português de Orbita.

• D. Cristóvão, M. Marques, S. Alves, J. M. Seco, A. F. Fonseca, H. Nogueira. Salzmann’s

nodular degeneration: is it still an idiopathic disease? - a case report, apresentado na reunião

internacional XXXV ESCRS 2017.

• Diana Cristóvão, Liliana Páris, Ana Fernandes Fonseca, Vanda Nogueira Sífilis ocular: Uma

forma rara de apresentação ocular num doente imunocompetente - A propósito de um caso

clínico.

• Ana Veiga “ Educação terapêutica Integrada no Controlo da Diabetes Ocular” no Encontro

anual da associação Portuguesa de Enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários, no

auditório do museu Santos Rocha, na Figueira da Foz

• Ana Veiga. Educação Terapêutica integrada no Controlo da Diabetes Ocular” nas Xi Jornadas

de Endocrinologia e Diabetes Almada no Hotel do Mar em Sesimbra.

• Rodrigues PF, Frazão S, Cruz S, Cristóvão D, Marques M, Nogueira H, Ornelas C Thin flaps

help avoiding overcorrection after LASIK surgery for myopia. XXXV Congress of the ESCRS.

• Rodrigues PF; Nascimento J; Henriques J; Rosa P; Dias JA; Ágoas V Management of retinal

vascular diseases: outcomes of one-year treatment with Fluocinolone Acetonide (FAc)

intravitreal implant. 2ª Reunião do GER.

• Rodrigues PF; Reis- Cabral D; Marques M, Frazão S, Camacho P, Varandas G Measurement

of horizontal extraocular muscle insertion distance in anterior segment optical coherence

tomography. 39th Meeting of the European Strabismological Association.

• Nascimento J; Henriques J; Rosa P; Dias J; Rodrigues PF; Ágoas V Management of retinal

vascular diseases: outcomes of one-year treatment with Fluocinolone Acetonide (FAc)

intravitreal implant. 1ª Reunião Científica de Oftalmologia de Setúbal.

• Silva R, Frazão S, Rodrigues PF, Reis-Cabral D, Cruz S, Cristóvão D, Valadares J Patient

satisfaction in anesthetic choice and pain control after cataract surgery. XXXV Congress of the

ESCRS.

• Diogo Reis-Cabral; Marta Vila-Franca; Cristina Santos; Raquel Seldon; Filipe Braz; Gabriela

Varandas Neurotoxin outcomes comparison in the treatment of esotropia.

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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 - 149 -

CAPÍTULOS DE LIVROS

• Dias, J.; Henriques J.; Gomes, I.; Frazão, S.; Silva, R.; (2016) Chapter I-3 “LASER Emission

Modes” in Henriques, J., Duarte, A., Quintão T.; LASER Manual in Ophthalmology -

Fundamentals and Laser Clinical Practice, Lisbon: Théa.

• Ana Fernandes Fonseca, José Henriques “Qual a classificação do EMD?” capítulo 4 do livro 25

perguntas e respostas EMD Edema macular Diabético, livro editado pelo GER - Grupo de

Estudos da Retina, Portugal em setembro 2017.

• Ana Fernandes Fonseca, Mário Guitana, Paulo Caldeira Rosa, “Degenerescência macular da

idade precoce”. eBook Manuel de retina, no site GER www.ger-portugal.com, atualizado em

2017.

• Mário Guitana, Ana Fernandes Fonseca, Paulo Caldeira Rosa "Neovascularização Idiomática”.

eBook Manuel de retina, no site GER www.ger-portugal.com, atualizado em 2017.

• Sandra Barrão, Ana Fernandes Fonseca, José Henriques, Victor Ágoas, “Endolaser in

diabético retinopathy”., capitulo 47 do livro Laser Manual in Ophthalmology - Fundamentals and

laser clinicas practice, 1st edition - Jan 2017, editado por SPILM.

• Henriques J, Duarte A, Quintão T (eds.) LASER Manual in Ophthalmology-fundamentals and

laser clinical practice. Lisbon: SPILM Portuguese Medical Laser Society Publishing; 2017.

PRÉMIOS

• Reis-Cabral D, Pereira T, Rodrigues PF, Camacho P, Vila Franca M, Santos C, Seldon R, Braz

F, Varandas G Prize SPO I NOVARTIS – Best Work in Retina [60th meeting of the Portuguese

Ophthalmological Association (SPO)

• Reis-Cabral D, Pereira T, Rodrigues PF, Camacho P, Vila Franca M, Santos C, Seldon R, Braz

F, Varandas G Prize SPO I EDOL – Best Work in Paediatrics and Strabismus [60th meeting of

the Portuguese Ophthalmological Association (SPO)]

• Reis-Cabral D, Coscas F, Pereira T, Rodrigues PF, Vila Franca M, Rodrigues C, Rosa P,

Coscas G, Ágoas V Parâmetros quantitativos na avaliação da resposta ao tratamento com anti-

VEGF em doentes com neovascularização secundária à DMI