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1 Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico: SETEMBRO-DEZEMBRO 2010 Daniel Bueno B. Tojeiro Adriana Maria Dassie RIO DE JANEIRO

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Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro

do Setor de Energia Elétrica

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

SETEMBRO-DEZEMBRO 2010

Daniel Bueno B. Tojeiro Adriana Maria Dassie

RIO DE JANEIRO

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ÍNDICE ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................... 3 ÍNDICE DE GRÁFICOS......................................................................... 4 SUMÁRIO EXECUTIVO........................................................................ 5 INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO............................................. 8

1 CAPACIDADE INSTALADA............................................................................... 8 2 MATRIZ ELETRICA .......................................................................................... 16 3 LEILOES ............................................................................................................. 19

3.1 Leilões de Geração ........................................................................................ 19 3.1.1 Leilão de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Empreendimentos de Geração Existentes .............................................................................................. 19 3.1.2 Leilão de Energia Nova A-5 ....................................................................... 19 3.2 Leilão de Transmissão ................................................................................... 21

4 – GERAÇÃO ....................................................................................................... 23 4.1 – Geração Hídrica.......................................................................................... 23 4.2 – Geração Térmica ........................................................................................ 25 4.3 – Geração Nuclear ......................................................................................... 27 4.4 – Itaipu .......................................................................................................... 29

5 – FLUXOS DE ENERGIA................................................................................... 31 5.1 – Geração de Energia pelo Sistema Interligado Nacional ............................... 31

6 – NÍVEIS DOS RESERVATÓRIOS .................................................................... 34 6.1 – Energia armazenada por subsistema............................................................ 34 6.2 – Energia natural afluente por subsistema ...................................................... 36

7 – Carga de Energia no Sistema Interconectado ..................................................... 38 8 CONSUMO ......................................................................................................... 41

8.1 Evolução do Consumo Total.......................................................................... 41 8.2 Consumo Faturado por Classe ....................................................................... 45 8.2.1 Consumo Faturado - Janeiro a Dezembro.................................................... 45 8.3 Consumo Faturado por Região....................................................................... 49 8.3.1 Consumo Faturado na Região Sudeste ........................................................ 49 8.3.2 Consumo Faturado na Região Sul ............................................................... 51 8.3.3Consumo Faturado na Região Nordeste ....................................................... 53 8.3.4 Consumo Faturado na Região Norte ........................................................... 55 8.3.5 Consumo Faturado na Região Centro Oeste ................................................ 56

9 MERCADO SPOT............................................................................................... 59 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.................................................. 62 GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS.......................................... 64

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em MW)................................................................................................................................... 10 Tabela 2: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009*............... 12 (número índice 1990 = 100) ........................................................................................ 12 Tabela 3: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em %) .. 13 Tabela 4: Matriz de Energia Elétrica, março de 2011 (em kW).................................... 17 Tabela 5: Resultado do 11º Leilão de Energia Nova A-5 ............................................. 20 Tabela 6:..................................................................................................................... 24 Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2008 a Dez-2010................. 24 (em GWh)................................................................................................................... 24 Tabela 7:..................................................................................................................... 26 Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Dez-2010................ 26 (em GWh)................................................................................................................... 26 Tabela 8:..................................................................................................................... 28 Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2010......................................... 28 (em GWh)................................................................................................................... 28 Tabela 9:..................................................................................................................... 30 Brasil. Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Dez-2010. .......... 30 (em GWh)................................................................................................................... 30 Tabela 10: ................................................................................................................... 32 Energia gerada pelo Sistema Interligado Nacional por fonte de energia. Jan-2008 a Dez-2010 (em GWh) .......................................................................................................... 32 Tabela 11: ................................................................................................................... 35 Brasil. Armazenamento mensal de energia por subsistema. Jan-2008 a Dez-2010. ...... 35 (em GWh)................................................................................................................... 35 Tabela 12: ................................................................................................................... 37 Brasil. Energia Natural Afluente por Região. Jan-2008 a Dez-2010............................. 37 (em MW médios) ........................................................................................................ 37 Tabela 13: ................................................................................................................... 39 Brasil. Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Dez-2010.................................................................................................................................... 39 (em GWh)................................................................................................................... 39 Tabela 14: Consumo Faturado no Brasil (jan-dez 2009 e 2010), em GWh................... 42 Tabela 15: Consumo Faturado pó Classe, Janeiro a Dezembro de 2010 (GWh) ........... 47 Tabela 16: Consumo Faturado por Classe, Janeiro a Dezembro 2009 e 2010 em (%) .. 48 Tabela 17: Consumo Faturado na Região Sudeste, 2009 e 2010 (em GWh)................. 50 Tabela 18: Consumo Faturado na Região Sul, 2009 e 2010 (em GWh)........................ 53 Tabela 19: Consumo Faturado na Região Nordeste, 2009 e 2010 (em GWh) ............... 54 Tabela 20: Consumo Faturado na Região Norte, 2009 e 2010 (em GWh) .................... 56 Tabela 21: Consumo Faturado na Região Centro Oeste, 2009 e 2010 (em GWh)......... 58 Tabela 22: Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Janeiro de 2008 a Dezembro de 2010 (em R$/MWh) .............................................................................. 61

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Oferta Interna de Eletricidade por Fonte, 2009 ............................................. 8 Gráfico 2: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento de Serviço Público e/ou Produtores Independentes por Fonte de Geração, 2009 (em %)............................ 14 Gráfico 3: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento dos Autoprodutores. por Fonte de Geração, 2009 (em %) ............................................................................ 15 Gráfico 4:.................................................................................................................... 25 Geração de energia hídrica por subsistema. Jan-2000 a Dez-2010. .............................. 25 (em GWh)................................................................................................................... 25 Gráfico 5:.................................................................................................................... 27 Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Dez-2010. ............................. 27 (em GWh)................................................................................................................... 27 Gráfico 6:.................................................................................................................... 29 Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2010. .................................................... 29 (em GWh)................................................................................................................... 29 Gráfico 7:.................................................................................................................... 30 Brasil. Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Dez-2010.............................. 30 (em GWh).................................................................................................................. 30 Gráfico 8:.................................................................................................................... 33 Energia Gerada pelo SIN por tipo de geração. Jan-2000 a Dez-2010. .......................... 33 (em GWh)................................................................................................................... 33 Gráfico 9:.................................................................................................................... 36 Brasil. Armazenamento de energia mensal por subsistema. Jan- 2000 a Dez-2010. ..... 36 (em GWh)................................................................................................................... 36 Gráfico 10:.................................................................................................................. 38 Brasil. Energia Natural Afluente por Região. Maio-2001 a Dez-2010.......................... 38 (em MW médios) ........................................................................................................ 38 Gráfico 11:.................................................................................................................. 40 Brasil. Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Dez-2010.................................................................................................................................... 40 (em GWh)................................................................................................................... 40 Gráfico 12: Evolução do Consumo Total Anual, 2000 a 2010 (GWh) ......................... 41 Gráfico 13: Consumo Total por Segmento, 2009 e 2010 (em GWh) ............................ 43 Gráfico 14: Participação do Consumo de Cada Região no total do Brasil, 2010 (%) .... 44 Gráfico 15: Participação do Consumo de Cada Região no Consumo Total do Brasil de Setembro a Dezembro de 2010 (em %) ....................................................................... 45 Gráfico 16: Participação de cada Classe de Consumo no Consumo Total do Brasil, Janeiro a Dezembro de 2010 (em %)........................................................................... 46 Gráfico 17: Consumo Total na Região Sudeste, por classe, 2009 e 2010 (em GWh) .... 51 Gráfico 18: Consumo Total da Região Sul e por Classe, 2009 e 2010 (em GWh) ........ 52 Gráfico 19: Consumo Total na Região, por classe, 2009 e 2010 (em GWh)................. 54 Gráfico 20: Consumo Total na Região Norte, 2009 e 2010 (em GWh) ........................ 55 Gráfico 21: Consumo Total na Região Centro Oeste e por Classe, 2009 e 2010 (em GWh).......................................................................................................................... 57 Gráfico 22: Evolução do Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Maio de 2003 a Dezembro de 2010 (em R$/MWh) ................................................................... 59

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SUMÁRIO EXECUTIVO

Este relatório tem como objetivo central sistematizar e analisar os principais

indicadores do setor elétrico brasileiro. Foram selecionados o que a literatura

especializada no setor considera como os principais e mais importantes dados e

indicadores. Este conjunto de informações está apresentado no formato de tabelas e

gráficos.

A estrutura do relatório Indicadores Nacionais do Setor Elétrico está dividida em

nove seções: Capacidade Instalada; Matriz Energética; Leilões; Geração; Fluxo de

Energia; Nível dos Reservatórios; Carga de Energia; Consumo Faturado e Mercado

Spot. Em cada seção são apresentadas as análises dos principais resultados verificados

no setor elétrico brasileiro, no período que abrange os meses de setembro a dezembro de

2010, comparando com o período homólogo dos anos anteriores.

O primeiro item, sobre Capacidade Instalada, trata da capacidade total de energia

instalada, assim como o número de usinas térmicas, hídricas, nucleares ou de outras

fontes de energia.

Já a seção Matriz Energética apresenta um quadro geral dos empreendimentos

que estão em operação. Estão disponibilizados dados sobre a capacidade total de

geração das unidades em operação, e a participação de cada fonte de energia no total.

A terceira seção analisa os Leilões de Energia, com especial atenção aos Leilões

de Fontes Alternativas, nas modalidades A-3 e de Reserva, abrangendo fontes eólicas,

de biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), leilão de geração A-1, realizado

em 10 de dezembro e A-5, realizado no dia 17 de dezembro.

A quarta e quinta seções analisam o volume de energia gerado no Sistema

Interligado Nacional, provenientes das principais fontes de energia no país: Hídricas,

Térmicas e Nucleares. Os dados apresentados também contemplam de que forma os

subsistemas (Sudeste/Centro-Oeste; Sul; Norte e Nordeste) participam do volume total

de energia geral e os resultados dos intercâmbios de energia realizados entre eles. Pela

importância no quadro geral do SIN, a Hidrelétrica Binacional de Itaipu será tratada

individualmente em uma das subseções.

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O comportamento dos reservatórios das hidrelétricas que compõem o sistema

elétrico brasileiro será tratado na sexta seção. Estão disponíveis dados sobre

armazenamento total de energia nos reservatórios por subsistema; percentual de

capacidade máxima dos reservatórios; energia natural afluente por subsistema.

A carga de energia, registrada no Sistema Interligado Nacional, é importante

indicador sobre a demanda de energia elétrica no país e, está na sétima seção do

presente relatório.

O oitavo tópico do relatório é referente ao consumo faturado por classes de

consumo e por subsistemas.

Já a última seção apresenta os preços médios mensais da energia comercializada

no mercado spot nos quatro subsistemas do SIN.

O Setor Elétrico Brasileiro apresentava, em fins de 2008, capacidade geradora

instalada de 103.961 MW, de acordo com os dados do Balanço Energético Nacional

2009 (BEN), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com a

Tabela 1, a capacidade instalada cresceu a uma taxa média de 3,49% na década dos 90 e

de 4,53% entre 2000 e 2008. A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2009

em uma taxa média anual de 3,83%.

O Brasil detinha, até março de 2011, 2.368 usinas, de diferentes fontes de

energia. A energia hidrelétrica representava 66,27% do total do país, com uma

capacidade total de geração de aproximadamente 80.940.657 KW. O gás natural

participava com 10,74% do total. As usinas abastecidas por biomassa participavam com

6,54% e eólica com 0,76%.

Em termos de geração, o volume total de energia gerado no Sistema Interligado

Nacional durante o ano de 2010 foi de 476.062,3 GWh, sendo que as fontes hídricas,

representando 88,8% do total. A geração térmica no segundo quadrimestre de 2010 foi

responsável por apenas 7,9% de energia gerada. Já a geração nuclear foi responsável por

3,3% do total gerado no SIN.

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O montante de energia armazenada no SIN durante o ano de 2010, totalizou

1.573.838,4 GWh, o que representou variação negativa de 12,8% em relação ao mesmo

período de 2009. Já a energia afluente registrada nos rios com hidroelétricas do Sistema

Interligado Nacional, durante o ano, totalizou 681.869,4 MW médios. Neste caso, houve

forte retração de 11,3% em relação à energia afluente registrada no período homônimo

de 2009, por conta da forte estiagem que impactou as regiões Sudeste, Norte e Nordeste.

A Carga de Energia demandada no âmbito do Sistema Interligado Nacional

durante o ano de 2010 alcançou o patamar de 487.630,6 GWh, o que representou

aumento de 10,0% em relação ao mesmo quadrimestre do ano de 2009.

O consumo faturado de energia no Brasil durante o ano de 2010 foi de 419.016

GWh, o que representou aumento de 7,8% em relação ao mesmo período do ano de

2009 (388,204 GWh). A região Sudeste foi responsável pela maior parcela do consumo,

detendo quase 53,7% (419.017 GWh) do total consumido durante 2010, uma expansão

de 7,8% em comparação com o montante consumido pelo subsistema no mesmo

período de 2009. (Ver Seção 8.1 e 8.2).

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INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO 1 CAPACIDADE INSTALADA

Segundo dados do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2010, a oferta total

interna de energia elétrica (importações somadas a geração interna) em 2009 chegou ao

patamar de 506,1 TWh, o que representou um acréscimo de 0,2% em relação ao

montante de eletricidade ofertado no país durante o ano de 2008[2] (505,3 TWh).

Do total da eletricidade ofertada internamente (sem importação), pouco mais de

82% da energia foi proveniente de fontes renováveis, dentre as quais estão incluídas:

hidráulica, biomassa e eólica. As fontes não-renováveis (gás natural, derivados de

petróleo, carvão e derivados e nuclear) foram responsáveis por 9% e as importações

pelos 8% restantes da oferta interna de energia elétrica. Em função do elevado nível

observado nos reservatórios das hidrelétricas, principalmente no segundo semestre de

2009, houve significativa redução de 53,7% (em relação a 2008) na geração térmica a

gás natural. Além dos recuos de 19% na geração por derivados do petróleo e de 16% na

geração por carvão mineral. O Gráfico 1 a seguir apresenta a estrutura da oferta interna

de eletricidade, no Brasil em 2009.

Gráfico 1: Oferta Interna de Eletricidade por Fonte, 2009

77%

8%5%0%3%3%3%1%

HidráulicaImportaçãoBiomassa (2)EólicaGás naturalDerivados do petróleoNuclearCarvão e derivados (1)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010 (1) Inclui gás de coqueria. (2) Biomassa inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações.

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No caso da biomassa o destaque fica pelo aumento da geração a bagaço de cana.

De acordo com o BEN, o setor sucroalcoleiro gerou 14.1 TWh em 2009, sendo 5,9 TWh

destinados ao mercado e 8,2 TWh destinados ao consumo próprio. Em 2008 a geração

do setor tinha sido12 TWh e, apenas 4,4 TWh destinados ao mercado. A geração eólica

passou de 1.183 GWh em 2008 para 1.238 GWh em 2009, crescimento de 4,7%.

A Tabela 1 apresenta a evolução da capacidade instalada de geração elétrica no

Brasil no período de 1974 a 2009. A tabela desagrega a capacidade geradora por fonte

hídrica, térmica e nuclear. Além disso, dentro de cada tipo de fonte os empreendimentos

instalados estão divididos em serviço público e/ou produtores independentes e

autoprodutores. Pode-se verificar que a capacidade instalada no Brasil teve um aumento

de aproximadamente 486% nesse período, crescendo a uma média de 5,3% a.a. no

período em questão.

Na matriz elétrica brasileira, no que se refere à participação das diversas fontes

de geração de energia, as usinas hidrelétricas são as que têm participação majoritárias

entre os empreendimentos em operação. Em 2009 mais de 74% da energia gerada no

país era proveniente de fonte hidráulica (ver Tabela 3). Neste mesmo ano a capacidade

instalada de geração em território brasileiro era de 106.215 MW (ver Tabela1), deste

total 79.291 MW era de fonte hídrica.

Em relação à fonte térmica as usinas em operação em 2009 correspondiam a

pouco menos de 27.000 MW, sendo a segunda maior fonte de geração de energia

elétrica do país. Em 2000 a fonte térmica respondia com menos de 15% das fontes de

geração no país, em 2009 a participação foi de aproximadamente 23%. Este crescimento

ocorreu principalmente em razão do aumento de usinas térmicas a base de combustíveis

fósseis (gás natural) e biomassa.

A energia eólica somente entrou na matriz elétrica brasileira em 2005 (29 MW).

Em 2009, a potencia instalada para geração eólica no país aumentou 45,3%. De acordo

com o BEN o parque eólico nacional cresceu 187,8 MW, em decorrência da

inauguração de três parques eólicos, todos no estado do Ceará.

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Tabela 1: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em MW) NUCLEAR

SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE TOTAL1974 13.224 500 13.724 2.489 1.920 4.409 - - - - 15.713 2.420 18.1331975 15.815 501 16.316 2.436 2.216 4.652 - - - - 18.251 2.717 20.9681976 17.343 561 17.904 2.457 2.223 4.680 - - - - 19.800 2.784 22.5841977 18.835 561 19.396 2.729 2.214 4.943 - - - - 21.564 2.775 24.3391978 21.104 561 21.665 3.048 2.259 5.307 - - - - 24.152 2.820 26.9721979 23.667 568 24.235 3.573 2.411 5.984 - - - - 27.240 2.979 30.2191980 27.081 568 27.649 3.484 2.339 5.823 - - - - 30.565 2.907 33.4721981 30.596 577 31.173 3.655 2.441 6.096 - - - - 34.251 3.018 37.2691982 32.542 614 33.156 3.687 2.503 6.190 - - - - 36.229 3.117 39.3461983 33.556 622 34.178 3.641 2.547 6.188 - - - - 37.197 3.169 40.3661984 34.301 622 34.923 3.626 2.547 6.173 - - - - 37.927 3.169 41.0961985 36.453 624 37.077 3.708 2.665 6.373 - - - 657 40.818 3.289 44.1071986 37.162 624 37.786 3.845 2.665 6.510 - - - 657 41.664 3.289 44.9531987 39.693 636 40.329 3.910 2.665 6.575 - - - 657 44.260 3.301 47.5611988 41.583 645 42.228 4.025 2.665 6.690 - - - 657 46.265 3.310 49.5751989 44.172 624 44.796 4.007 2.665 6.672 - - - 657 48.836 3.289 52.1251990 44.934 624 45.558 4.170 2.665 6.835 - - - 657 49.761 3.289 53.0501991 45.992 624 46.616 4.203 2.665 6.868 - - - 657 50.852 3.289 54.1411992 47.085 624 47.709 4.018 2.665 6.683 - - - 657 51.760 3.289 55.0491993 47.967 624 48.591 4.127 2.847 6.974 - - - 657 52.751 3.471 56.2221994 49.297 624 49.921 4.151 2.900 7.051 - - - 657 54.105 3.524 57.6291995 50.680 687 51.367 4.197 2.900 7.097 - - - 657 55.534 3.587 59.1211996 52.432 687 53.119 4.105 2.920 7.025 - - - 657 57.194 3.607 60.8011997 53.987 902 54.889 4.506 2.920 7.426 - - - 657 59.150 3.822 62.9721998 55.857 902 56.759 4.798 2.995 7.793 - - - 657 61.312 3.897 65.2091999 58.085 912 58.997 5.217 3.309 8.526 - - - 657 63.959 4.221 68.1802000 60.095 968 61.063 6.567 4.075 10.642 - - - 2.007 68.669 5.043 73.7122001 61.551 972 62.523 7.559 4.166 11.725 - - - 2.007 71.117 5.138 76.2552002 64.146 1.165 65.311 10.654 4.486 15.140 - - - 2.007 76.807 5.651 82.4582003 66.587 1.206 67.793 11.693 5.012 16.705 - - - 2.007 80.287 6.218 86.5052004 67.572 1.427 68.999 14.529 5.198 19.727 - - - 2.007 84.108 6.625 90.7332005 69.274 1.583 70.857 14.992 5.272 20.264 27 2 29 2.007 86.300 6.857 93.1572006 71.767 1.666 73.433 14.285 6.672 20.957 235 2 237 2.007 88.294 8.340 96.6342007 73.622 3.249 76.871 14.270 7.055 21.325 245 2 247 2.007 90.144 10.306 100.4502008 74.546 3.742 78.288 15.291 7.961 23.252 413 1 414 2.007 92.257 11.704 103.9612009 75.501 3.790 79.291 15.611 8.704 24.315 600 2 602 2.007 93.720 12.496 106.215

TOTAISANO

EÓLICAHIDRO TERMO

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010 SP – Serviço Público PIE – Produtores Independentes APE - Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu

A tendência de crescimento da participação do segmento da autoprodução,

especialmente com relação à energia hidroelétrica foi mantida. Esta modalidade de

produção vem crescendo significativamente desde 2001. Deste ano até 2009, houve

aumento de 143% no total instalado proveniente de autoprodução. A geração própria

respondia em 2007 por 35,4 TWh do consumo. Em 2012 deve alcançar 63,8% e até

2017, 102,3%. Com isso a velocidade de crescimento será de 11,2% TWh por ano nessa

década, contra 8% ao ano no período 1991-2006[3].

De 2008 para 2009, houve aumento de 1,28% no total de capacidade instalada de

empreendimentos de autoprodução no Brasil utilizando fontes hídricas, inferior ao

verificado no período 2007/2008 que havia sido de 15,7%. O mesmo crescimento de

1,28% foi verificado nos empreendimentos de serviço público. Na análise de todas as

fontes agregadas, houve aumento 6,8% da capacidade dos empreendimentos de

autoprodução, enquanto que os serviços públicos e/ou produtores independentes tiveram

aumento bem inferior, de 1,6%.

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11

A Tabela 2 apresenta a evolução da capacidade geradora instalada em número-

índice, partindo-se de 1990 como ano-base. A utilização deste índice oferece uma

melhor dimensão do crescimento da capacidade instalada, que passou de 100, em 1990,

para 200,2 em 2009, o que significou crescimento de 100,2% no total de capacidade

nesse período. A capacidade de energia hidroelétrica instalada total atinge 174 em 2009,

o que representou crescimento de 74% frente ao ano de 1990.

Já a capacidade de energia termoelétrica instalada partindo do mesmo patamar

cronológico atingiu 355,7 em 2009, um expressivo crescimento de 255,7% do total

térmico instalado no Brasil entre 1990 e 2009.

As fontes nucleares, representadas pelas Usinas de Angra 1 e 2, apresentam

estabilidade no total de capacidade instalada desde 2000, quando houve a última

expansão de capacidade nas usinas e significou acréscimo de 205,5% em relação ao

instalado desde 1985.

A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2009 em uma taxa média

anual de 3,83%. Para uma análise histórica, na década de 1970, no período entre 1974 e

1980, o crescimento foi de 10,76% a.a. e na década de 1980 foi de 4,0% a.a. O resultado

da década de 1990 aponta crescimento médio anual de 3,49%.

A participação da Autoprodução no total de capacidade instalada no país

alcançou 11,73% em 2009, apresentando pequena variação positiva relação ao ano de

2008, cuja participação foi de 11,3%.

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12

Tabela 2: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (número índice 1990 = 100)

NUCLEAR

SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE TOTAL1974 29,4 80,1 30,1 59,7 72,0 64,5 - 31,6 73,6 34,2

1975 35,2 80,3 35,8 58,4 83,2 68,1 - 36,7 82,6 39,51976 38,6 89,9 39,3 58,9 83,4 68,5 - 39,8 84,6 42,6

1977 41,9 89,9 42,6 65,4 83,1 72,3 - 43,3 84,4 45,9

1978 47,0 89,9 47,6 73,1 84,8 77,6 - 48,5 85,7 50,81979 52,7 91,0 53,2 85,7 90,5 87,5 - 54,7 90,6 57,0

1980 60,3 91,0 60,7 83,5 87,8 85,2 - 61,4 88,4 63,1

1981 68,1 92,5 68,4 87,6 91,6 89,2 - 68,8 91,8 70,31982 72,4 98,4 72,8 88,4 93,9 90,6 - 72,8 94,8 74,2

1983 74,7 99,7 75,0 87,3 95,6 90,5 - 74,8 96,4 76,11984 76,3 99,7 76,7 87,0 95,6 90,3 - 76,2 96,4 77,5

1985 81,1 100,0 81,4 88,9 100,0 93,2 100,0 82,0 100,0 83,1

1986 82,7 100,0 82,9 92,2 100,0 95,2 100,0 83,7 100,0 84,71987 88,3 101,9 88,5 93,8 100,0 96,2 100,0 88,9 100,4 89,7

1988 92,5 103,4 92,7 96,5 100,0 97,9 100,0 93,0 100,6 93,4

1989 98,3 100,0 98,3 96,1 100,0 97,6 100,0 98,1 100,0 98,31990 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1991 102,4 100,0 102,3 100,8 100,0 100,5 100,0 102,2 100,0 102,11992 104,8 100,0 104,7 96,4 100,0 97,8 100,0 104,0 100,0 103,8

1993 106,7 100,0 106,7 99,0 106,8 102,0 100,0 106,0 105,5 106,0

1994 109,7 100,0 109,6 99,5 108,8 103,2 100,0 108,7 107,1 108,61995 112,8 110,1 112,8 100,6 108,8 103,8 100,0 111,6 109,1 111,4

1996 116,7 110,1 116,6 98,4 109,6 102,8 100,0 114,9 109,7 114,61997 120,1 144,6 120,5 108,1 109,6 108,6 100,0 118,9 116,2 118,7

1998 124,3 144,6 124,6 115,1 112,4 114,0 100,0 123,2 118,5 122,9

1999 129,3 146,2 129,5 125,1 124,2 124,7 100,0 128,5 128,3 128,52000 133,7 155,1 134,0 157,5 152,9 155,7 305,5 138,0 153,3 138,9

2001 137,0 155,8 137,2 181,3 156,3 171,5 305,5 142,9 156,2 143,7

2002 142,8 186,7 143,4 255,5 168,3 221,5 305,5 154,4 171,8 155,42003 148,2 193,3 148,8 280,4 188,1 244,4 305,5 161,3 189,1 163,1

2004 150,4 228,7 151,5 348,4 195,0 288,6 305,5 169,0 201,4 171,02005 154,2 253,7 155,5 359,5 197,8 296,5 305,5 173,4 208,5 175,6

2006 159,7 267,0 161,2 342,6 250,4 306,6 305,5 177,4 253,6 182,2

2007 163,8 520,7 168,7 342,2 264,7 312,0 305,5 181,2 313,3 189,32008 165,9 599,7 171,8 366,7 298,7 340,2 305,5 185,4 355,9 196,02009 168,0 607,4 174,0 374,4 326,6 355,7 305,5 188,3 379,9 200,2

TOTAISANO

HIDRO TERMO

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do BEN 2010 SP – Serviço Público PIE – Produtores Independentes APE - Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu

A Tabela 3 apresenta a participação percentual por tipo de fonte no total da

capacidade instalada. Destaca-se a diminuição gradativa da participação da capacidade

instalada de hidrelétricas desde 1996, quando esta fonte representava 87,4% do total

instalado no país. Segundo dados do ano de 2009 (BEN 2010), a participação hídrica é

de 74,7%. A partir do racionamento, ocorrido em 2001, a participação hídrica na matriz

elétrica brasileira vem diminuindo, isto porque vem ocorrendo uma diversificação na

matriz. A diversificação acontece para diminuir o risco de novos racionamentos, já que

as novas usinas hidrelétricas, que estão sendo construídas, já não podem ter grandes

reservatórios, o que diminui a sua capacidade de armazenamento de água

comprometendo sua capacidade de gerar nos períodos secos.

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13

Tabela 3: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em %)

Hidro Term o Eólica Nuclear Hidro Termo Eólica Hidro Termo Eólica Nuclear1974 84,2 15,8 - - 20,7 79,3 - 75,7 24,3 - -

1975 86,7 13,3 - - 18,4 81,6 - 77,8 22,2 - -1976 87,6 12,4 - - 20,2 79,8 - 79,3 20,7 - -

1977 87,3 12,7 - - 20,2 79,8 - 79,7 20,3 - -1978 87,4 12,6 - - 19,9 80,1 - 80,3 19,7 - -

1979 86,9 13,1 - - 19,1 80,9 - 80,2 19,8 - -

1980 88,6 11,4 - - 19,5 80,5 - 82,6 17,4 - -1981 89,3 10,7 - - 19,1 80,9 - 83,6 16,4 - -

1982 89,8 10,2 - - 19,7 80,3 - 84,3 15,7 - -1983 90,2 9,8 - - 19,6 80,4 - 84,7 15,3 - -

1984 90,4 9,6 - - 19,6 80,4 - 85,0 15,0 - -

1985 89,3 9,1 - 1,6 19,0 81,0 - 84,1 14,4 - 1,51986 89,2 9,2 - 1,6 19,0 81,0 - 84,1 14,5 - 1,5

1987 89,7 8,8 - 1,5 19,3 80,7 - 84,8 13,8 - 1,41988 89,9 8,7 - 1,4 19,5 80,5 - 85,2 13,5 - 1,31989 90,4 8,2 - 1,3 19,0 81,0 - 85,9 12,8 - 1,3

1990 90,3 8,4 - 1,3 19,0 81,0 - 85,9 12,9 - 1,21991 90,4 8,3 - 1,3 19,0 81,0 - 86,1 12,7 - 1,2

1992 91,0 7,8 - 1,3 19,0 81,0 - 86,7 12,1 - 1,21993 90,9 7,8 - 1,2 18,0 82,0 - 86,4 12,4 - 1,21994 91,1 7,7 - 1,2 17,7 82,3 - 86,6 12,2 - 1,1

1995 91,3 7,6 - 1,2 19,2 80,8 - 86,9 12,0 - 1,1

1996 91,7 7,2 - 1,1 19,0 81,0 - 87,4 11,6 - 1,11997 91,3 7,6 - 1,1 23,6 76,4 - 87,2 11,8 - 1,01998 91,1 7,8 - 1,1 23,1 76,9 - 87,0 12,0 - 1,01999 90,8 8,2 - 1,0 21,6 78,4 - 86,5 12,5 - 1,0

2000 87,5 9,6 - 2,9 19,2 80,8 - 82,8 14,4 - 2,7

2001 86,5 10,6 - 2,8 18,9 81,1 - 82,0 15,4 - 2,62002 83,5 13,9 - 2,6 20,6 79,4 - 79,2 18,4 - 2,42003 82,9 14,6 - 2,5 19,4 80,6 - 78,4 19,3 - 2,3

2004 80,3 17,3 - 2,4 21,5 78,5 - 76,0 21,7 - 2,22005 80,3 17,4 0,0 2,3 23,1 76,9 0,0 76,1 21,8 0,0 2,2

2006 81,3 16,2 0,3 2,3 20,0 80,0 0,0 76,0 21,7 0,2 2,12007 81,7 15,8 0,3 2,2 31,5 68,5 0,0 76,5 21,2 0,2 2,02008 80,8 16,6 0,4 2,2 32,0 68,0 0,0 75,3 22,4 0,4 1,9

2009 80,6 16,7 0,6 2,1 30,3 69,7 0,0 74,7 22,9 0,6 1,9

ANOSP e/ou PIE APE TOTAIS

Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do BEN 2010 SP - Serviço Público PIE - Produtor Independente APE – Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu

Por outro lado, ocupando a maior parte desta participação perdida pelas fontes

hídricas, as usinas térmicas registraram acréscimo expressivo na participação da

capacidade instalada total do país de 2001 para o atual ano. Em 2001, estas fontes

registraram 15,4% do total instalado. Já em 2009, as usinas térmicas representaram

22,9% do total instalado no Brasil, o que significa um aumento acumulado de 7,5

pontos percentuais. Comparando com a participação de 1996, quando a parcela térmica

instalada era relativa a 11,6%, houve aumento ainda mais expressivo, de 11,3 pontos

percentuais. As fontes nucleares são responsáveis por 1,9% do total instalado, enquanto

que as usinas eólicas representam 0,6%.

Na análise do segmento de serviço público e/ou produtores independentes, há

uma maciça participação de fontes hídricas, com 80,6% do total instalado em 2009,

enquanto que as térmicas representam 16,7% e as nucleares participam com 2,1%. Já as

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usinas eólicas tiveram participação de apenas 0,6% no mesmo ano, conforme observado

no Gráfico 2.

Gráfico 2: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento de Serviço Público e/ou Produtores Independentes por Fonte de Geração, 2009 (em %)

80,6%

16,7% 0,6

%2,1

%

Hidro

Termo

Eólica

Nuclear

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010

Houve ligeiro decréscimo da participação hídrica neste segmento, saindo de uma

parcela de 80,8% em 2008 para o atual nível de 80,6% em 2009. Coube às fontes

térmicas ocupar a maior parte deste nicho deixado pelas hídricas, indo de uma

participação de 16,6% em 2008 para 16,7% em 2009. As eólicas saíram do patamar zero

em 2005 para 0,6% em 2009.

O decréscimo da participação hídrica também ocorreu entre os autoprodutores,

cuja participação em 2009 foi de 30,3%. As fontes térmicas mantiveram a liderança

neste segmento, com 69,7% e a fonte eólica continua com participação de zero,

conforme o Gráfico 3.

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15

Gráfico 3: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento dos Autoprodutores. por Fonte de Geração, 2009 (em %)

30,3%

0,0%

69,7%

Hidro

Termo

Eólica

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010

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16

2 MATRIZ ELETRICA

O Brasil possuía, até 15 de março de 2011, 2.368 usinas em operação totalizando

uma capacidade instalada de aproximadamente 122.133.992 kW, segundo dados da

ANEEL para todo o sistema elétrico nacional, incluindo o Sistema Interligado Nacional

e os Sistemas Isolados.

Observa-se um aumento de 3,01%, ou 3.572.224 kW em número absoluto, no

volume total de potência instalada em operação no país entre março de 2011, quando

comparado com a matriz energética de setembro de 2010, quando a capacidade

instalada em operação registrada foi de 118.561.768 kW. Houve o acréscimo de 96

novas usinas na matriz brasileira.

As usinas instaladas no Brasil são responsáveis por 93,31% do total da potência

em operação na matriz energética, somando aproximadamente 113.963.992 kW. O

montante de potência restante que compõe a matriz energética, 8.170.000 kW,

representa 6,69% do total e é importada de países vizinhos da América do Sul

(Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela).

A potência instalada proveniente de fontes hídricas representa 66,27% do total

do país, somando aproximadamente 80.940.657 kW. As usinas abastecidas por gás

representam 10,74% do total, subdividido em gás natural (9,28% do total da matriz

energética) e processado (1,46% também do total da matriz). A energia nuclear

representa 1,64% da matriz energética brasileira, com duas usinas instaladas (Angra 1 e

2), conforme a Tabela 4. A biomassa registra participação de 6,54%, enquanto que as

Eólicas correspondem a 0,76% da potência instalada no país. As fontes mais poluentes,

petróleo e carvão, registram, respectivamente, 5,76% e 1,59% da capacidade instalada,

em março de 2011.

Em comparação com a Matriz Energética de setembro de 2010, observa-se a

inserção de 31 novos empreendimentos de fontes hídricas representando um acréscimo

de 1.151.271 kW de capacidade instalada em operação. Houve, portanto, um pequeno

aumento de 1,4% da potência instalada referente às fontes hídricas. A participação dos

empreendimentos de fonte hídrica na matriz nacional datado de março de 2011 registrou

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um decréscimo de 1,03 pontos percentual em comparação com a matriz apresentada em

setembro do ano anterior.

O segmento de gás manteve estável sua participação da matriz brasileira, com

uma variação positiva de 0,7 pontos percentual na participação da capacidade instalada

total do país. Houve a inserção de quatro novas unidades de geração, duas por gás de

processo e duas por gás natural.

Tabela 4: Matriz de Energia Elétrica, março de 2011 (em kW)

N.° de Usinas (kW) Hidro 897 80.940.657 66,27

Natural 95 11.329.994 9,28Processo 36 1.781.283 1,46

Total 131 13.111.277 10,74Óleo Diesel 845 3.912.230 3,20

Óleo Residual 32 3.132.207 2,56

Total 887 7.044.437 5,76Bagaço de

Cana 324 6.305.956 5,16

Licor Negro 14 1.228.898 1,01Madeira 41 359.527 0,29Biogás 13 69 .942 0,06

Casca de Arroz 6 18 .908 0,02

Total 398 7.983.231 6,54 Nuclear 2 2.007.000 1,64

 Carvão Mineral 10 1.944.054 1,59 Eólica 51 928.986 0,76

Paraguai 5.650.000 5,46Argentina 2.250.000 2,17Venezuela 200.000 0,19

Uruguai 70 .000 0,07Total 8.170.000 7,89

2.368 122.133.992 100

Empreendimentos em Operação

Tipo Capacidade Instalada Participação em (%)

Total

 Gás

 Petróleo

 Biomassa

Importação

Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados da ANEEL [5]

As usinas movidas à biomassa e eólicas representaram, respectivamente, 6,54%

e 0,76% do montante total de potência instalada. As usinas à biomassa registraram

aumento de 0,34 pontos percentuais na participação da matriz energética em março de

2011 na comparação com setembro do ano anterior. Já as eólicas apresentaram ligeira

elevação na participação entre setembro de 2010 e março de 2011 (0,06 %).

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Em números absolutos, foram instaladas 21 novas usinas movidas à biomassa,

totalizando 647.290 kW de nova capacidade instalada. Com esta inserção, estão em

operação 398 usinas à biomassa, que representam capacidade instalada total de

7.983.231 kW. Entre as principais fontes de biomassa, destacaram-se as usinas movidas

à bagaço de cana, com entrada em operação de 16 novas unidades geradoras,

totalizando 618.510 kW de potência nova instalada. A participação desse tipo de fonte

subiu de 4,8% em setembro de 2010 para 5,16% em março de 2011.

As fontes de energia abastecidas por carvão mineral e por petróleo correspondia,

respectivamente, a 1,59% (1.944.054 kW) e 5,76% (7.044.437 kW) da matriz energética

brasileira, em março de 2011. De setembro de 2010 a março de 2011, 41 novas

unidades geradoras movidas a petróleo e uma a carvão mineral foram adicionadas a

matriz elétrica brasileira

No segmento de petróleo, houve crescimento de 508.197 kW de capacidade

instalada em operação na comparação com a matriz apresentada em setembro de 2010.

Deste total, foram inseridas 28 novas usinas movidas à óleo diesel, além do aumento da

capacidade instalada das usinas abastecidas por óleo residual, três novas unidades,

embora nenhuma usina desta fonte tenha entrado em operação. Com esses resultados, o

óleo diesel é responsável por 3,20% (3.912.230 kW) do total da matriz energética

brasileira, enquanto que o óleo residual possui 2,56% (3.132.207 kW) do montante da

potência instalada e em operação do país.

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3 LEILOES

É por meio de licitação na modalidade de leilões que as concessionárias, as

permissionárias e as autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica do

Sistema Interligado Nacional (SIN), devem garantir o atendimento a totalidade de seu

mercado no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), de acordo com o Decreto nº

5.163/2004, artigo 11º e Lei nº 10.848/2004, artigo 2º.

3.1 Leilões de Geração

3.1.1 Leilão de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Empreendimentos de Geração Existentes

No dia 10 de dezembro de 2010, foi realizado o 9º Leilão de Compra de Energia

Elétrica Proveniente de Empreendimentos de Geração Existentes (A-1). Foram leiloados

lotes de energia de 1,0 MW médios para suprimento entre 1º de janeiro de 2011 a 31 de

dezembro de 2013, provenientes de usinas já construídas, para atender a demanda

prevista e informada pelas distribuidoras.

No leilão foram comercializados 98 lotes de 1 MW médios de energia, o que

corresponde a aproximadamente 2,58 mil MWh ao longo de três anos de suprimento. A

maior parte da energia foi comercializada na modalidade de quantidade de energia. O

preço médio ponderado foi de R$ 105,04/MWh.

A energia comercializada na modalidade de quantidade de energia elétrica será

suprida pela Chesf, único proponente vendedor nessa modalidade. A energia

comercializada na modalidade de disponibilidade de energia elétrica será suprida pela

usina termelétrica a biomassa da Destilaria Vale Paracatu Agroenergia Ltda, localizada

no estado de Minas Gerais.

3.1.2 Leilão de Energia Nova A-5

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No dia 17 de dezembro de 2010, a ANEEL organizou o 11º Leilão de Energia

Nova, na modalidade A-5, para a compra de energia proveniente de novos

empreendimentos hídricos, incluindo também PCHs, com início de operação previsto

para 1º de janeiro de 2015, com contratos de duração de 30 anos.

Participaram do leilão três usinas hidrelétricas: Teles Pires, Estreito e Cachoeira.

O Edital previa outras duas usinas hidrelétricas, Sinop e Ribeirão Gonçalves, que não

foram licitadas porque não tiveram suas Licenças Prévias (LP) expedidas pelos

respectivos órgãos ambientais estaduais. Além destas três usinas, outras 17 PCHs e a

hidrelétrica Santo Antonio do Jarí também participaram do leilão.

O edital do leilão trouxe a novidade de aumento da participação obrigatória do

destino da energia elétrica ao mercado regulado para 85%, frente aos 70%

habitualmente utilizados. Isso revela maior preocupação quanto ao atendimento ao

consumidor cativo, como também reduz o subsídio que o ACL vem proporcionando ao

ACR, de forma clara nos leilões dos projetos do rio Madeira. Entretanto, contrariando a

expectativa, a redução de participação do ACL não resultou em menor deságio, tanto

que a UHE Teles Pires foi licitada com deságio de 33% e valor de apenas R$

58,35/MWh.

Neste leilão foram contratados 968 MW médios de energia elétrica aportados

por duas usinas hidrelétricas (Tele Pires e Santo Antonio do Jarí). As duas usinas

agregarão 2.120 MW de potencia instalada ao sistema (ver Tabela 5).

Tabela 5: Resultado do 11º Leilão de Energia Nova A-5

Empreendimento UF Potencia

Garantia Física

(MWmed)

Energia Contratada

(lotes)

Preço de Lance

(R$/MWh)

Preço de Venda

(R$/MWh)

Santo Antonio Jarí AP 300,00 196,10 190,00 104,00 104,00

Teles Pires MT 1.820,00 915,40 778,00 58,36 58,35

Total 2.120,00 1.111,50 968,00 Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados da ANEEL

A usina hidrelétrica de Tele Pires foi arrematada pelo Consorcio Teles Pires

Energia Eficiente (CTPEE) composto por Furnas (24,5%), Eletrosul (24,5%),

Neoenergia (50,1%) e Odebrecht (0,9%). O consorcio Amapá Energia (CAE) vendeu

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97% da energia assegurada da usina hidrelétrica de Santo Antonio do Jarí. O preço de

venda foi igual ao Preço de Referencia (R$ 104,00/MWh).

De acordo com a EPE o preço médio de venda ficou em R$ 67,31/MWh, o mais

baixo já atingido nos leilões organizados pela ANEEL para compra e venda de energia.

O investimento na construção das hidrelétricas foi estimado em R$ 4,8 bilhões. Do

volume total, R$ 3,3 bilhões serão investidos em Teles Pires e R$ 1,5 bilhão em Santo

Antonio do Jarí.

Nenhuma das 17 PCHs aptas a ofertar energia ofereceu lance igual ou inferior ao

Preço de Referencia (R$ 142/MWh).

3.2 Leilão de Transmissão

O terceiro e último Leilão de Transmissão de energia de 2010 foi realizado no

dia 9 de dezembro marcado por altos deságios e pela ausência de grandes disputas.

Chineses e espanhóis estão entre os vencedores e apresentaram os maiores deságios.

Foram licitados pela ANEEL 555 km de linhas de transmissão, com investimentos totais

de R$ 785,8 milhões.

O consorcio Procable/CEE-GT/Insigma foi o vencedor do lote A, o maior

ofertado no leilão. A RAP proposta foi de R$ 19,9 milhões, deságio de 46,11% ante o

valor estipulado de R$ 37,1 milhões. O consorcio tem entre seus participantes a chinesa

Zhejiang Insigma United Engineering, com 40% de participação. O lote A corresponde

a cinco linhas de transmissão que totalizam 192 km e quatro subestações localizadas no

Rio Grande do Sul. O prazo para início das operações é de 24 meses.

O lote B correspondia à subestação Foz do Chapecó, no Rio Grande do Sul,

com RAP de R$ 3,1 milhões e prazo de 20 meses. A vencedora foi a empresa de

Transmissão de Energia do Rio Grande do Sul (RS Energia), que ofereceu RAP de R$

1,86 milhão, deságio de 39,94%.

O lote C correspondia à subestação Corumbá, em Goiás, com RAP de R$ 4,1

milhões e prazo de 20 meses. O consórcio Caldas Novas, formado por Furnas, Desenvix

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Energias Renováveis, Santa Rita Comércio e Instalações e CEL Engenharia, ofereceu

deságio de 20% ante RAP estabelecida de R$ 3,2 milhões e foi vencedor.

Já o lote E não recebeu ofertas de empresas ou consórcios interessados. O item

correspondia a uma linha de transmissão de 50 km em Goiás, com RAP estabelecida de

R$ 2,7 milhões e prazo de 18 meses para o início das operações.

O lote F, que recebeu três propostas, foi vencido pela Eletronorte que ofereceu

deságio de 35,03% ante RAP estabelecida de R$ 2,9 milhões. O lote correspondia a uma

subestação em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, com prazo de 24 meses.

O lote G, que foi o mais concorrido ao contar com oito proponentes, foi vencido

pela Elecnor Transmissão de Energia, que ofereceu deságio de 49,98% em relação à

RAP de R$ 33,2 milhões, a segunda maior do leilão. O lote correspondia a uma linha de

transmissão de 295 km e uma subestação no Mato Grosso do Sul. O prazo é de 24

meses.

O lote H do leilão correspondia a uma subestação de energia em Sete Lagoas

(MG) com prazo estabelecido de 24 meses para o início das operações. A espanhola

Cobra Instalações e Serviços foi a vencedora do lote, propondo deságio de 45,08% ante

RAP estipulada de R$ 7,05 milhões.

O lote I, o último do certame, correspondia a uma linha de transmissão no Pará

com 108 km de extensão. A RAP era de R$ 5,5 milhões, com prazo de 18 meses. A

vencedora foi a Abengoa Concessões Brasil Holding, que ofereceu deságio de 11,85%.

O lote D, que correspondia a uma linha de transmissão e uma subestação no

Paraná foi retirado do leilão no dia 30 de novembro, 10 dias antes da realização do

mesmo.

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4 – GERAÇÃO

A presente Seção apresenta o quadro geral de Geração de Energia no Sistema

Interligado Nacional desde o ano 2000, para se ter um panorama de como se comportou

o sistema frente a crise energética de 2001 e se já houve a recuperação dos níveis de

geração registrados no período anterior a crise. Neste relatório, em especial, a análise

será centrada no período de Janeiro a Dezembro de 2010.

Esta seção está dividida em quatro tópicos com dados sobre o volume de energia

gerado pelas fontes: Hídricas, Térmicas e Nucleares, além da energia proveniente da

Usina Binacional de Itaipu. Quando possível, os dados serão apresentados para cada

subsistema (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste).

O Sistema Interligado Nacional (SIN) gerou 476.062,3 GWh de energia elétrica

entre Janeiro e Dezembro de 2010. Este volume de energia representou expansão de

6,9% em relação ao montante gerado no SIN no mesmo período de 2009, quando o

volume de energia foi de 444.950,8 GWH. A energia hídrica foi responsável por 88,8%

do total gerado no âmbito do SIN no decorrer de 2010. Já as fontes térmicas foram

responsáveis por 7,9% do total gerado, enquanto que as fontes nucleares representaram

3,3% do volume gerado no sistema interligado. Em relação aos dados do ano anterior,

houve retração de aproximadamente 4,6 pontos percentuais da participação das fontes

hídricas no total de energia gerado no âmbito do SIN. Em contrapartida, as fontes

térmicas tiveram crescimento de 4,1 pontos percentuais, pois registraram participação

de 3,8% do total gerado. Já as fontes nucleares tiveram aumento de 0,4 ponto percentual

em relação à 2009, quando a parcela foi de 2,9%.

4.1 – Geração Hídrica

O SIN gerou 422.893,6 GWh de energia hídrica de Janeiro a Dezembro de 2010,

conforme a Tabela 6. O montante representou avanço de 1,8% em relação ao total

gerado no mesmo período de 2009, quando o montante total foi de 415.685,4 GWh. Na

comparação com o ano de 2008, o volume gerado em 2010 foi 6,3% superior.

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O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 43,7% do volume total

de energia hídrica gerada no SIN entre Janeiro e Dezembro de 2010. O montante de

184.773,2 GWh foi 2,9% superior ao registrado em 2009, quando foi registrada geração

de 179.620,3 GWh. Em relação ao ano de 2008 (171.496,3 GWh), se observou

crescimento ainda maior, na ordem de 7,7%.

Já o Subsistema Sul teve participação de 17,9% do total gerado por fontes

hídricas durante o ano de 2010. Esta foi a maior participação do subsistema no volume

de energia gerada no âmbito do Sistema Interligado desde 2005. O volume de 75.896,6

GWh representou expressivo aumento de 30,8% em relação ao total gerado pelo

subsistema em 2009, quando a geração alcançou 58.009,2 GWh. Em comparação com o

montante de energia gerada em 2008 (60.094,2 GWh), também houve avanço de 26,3%.

Tabela 6: Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2008 a Dez-2010.

(em GWh)

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010Janeiro 14.438,8 14.760,9 17.714,4 5.723,8 5.056,0 6.201,4 2.660,1 3.705,3 3.965,9 2.849,8 3.346,5 4.256,5 32.988,1 33.428,9 37.586,5

Fevereiro 13.045,7 14.735,6 15.691,8 4.831,8 3.452,3 6.217,8 4.036,7 3.993,0 4.367,1 2.393,7 3.534,0 4.036,0 30.905,8 32.374,2 35.431,9

Março 15.717,6 16.320,1 17.120,2 3.130,5 3.466,5 6.572,7 4.718,8 5.056,2 5.400,0 2.698,9 4.052,7 4.257,5 33.831,6 36.724,7 39.299,2

Abril 15.497,7 15.737,1 15.773,1 2.473,7 2.123,3 6.003,2 4.726,3 4.361,1 5.034,1 3.061,1 3.972,2 3.505,3 33.205,3 33.722,8 36.035,1

Maio 14.624,2 14.939,0 14.573,6 3.658,1 1.386,1 6.709,2 4.924,4 4.667,6 4.489,1 3.027,9 5.080,2 3.506,1 33.842,8 32.879,2 35.750,9

Junho 14.369,9 14.024,0 13.244,3 5.155,7 1.378,9 6.928,7 3.145,2 4.665,0 2.964,0 3.066,4 4.474,7 3.090,5 33.278,7 31.430,6 33.115,4

Julho 14.446,3 14.250,0 14.729,6 5.734,9 3.981,4 7.216,8 2.596,1 3.384,3 2.678,5 3.307,2 4.716,1 3.481,6 33.237,6 34.111,6 35.346,3

Agosto 14.788,0 13.458,0 14.229,4 4.689,9 7.545,2 6.986,7 2.174,9 2.722,6 2.357,9 4.294,7 4.354,3 3.364,6 34.105,8 35.524,8 33.902,3

Setembro 14.393,5 13.837,4 14.692,3 5.625,7 7.732,2 5.660,7 2.038,3 2.077,7 1.909,9 4.120,4 4.135,3 3.622,1 32.954,1 34.795,0 32.438,2

Outubro 14.349,3 14.682,4 14.935,9 6.107,5 7.970,9 6.106,1 1.944,4 1.755,3 1.508,8 4.865,2 4.761,5 4.255,9 34.885,6 36.134,9 34.026,5

Novembro 12.618,2 16.350,6 15.812,2 7.385,6 7.379,7 5.019,7 1.633,6 1.906,3 1.596,3 4.593,9 5.082,2 3.781,1 32.992,1 37.787,1 33.564,2

Dezembro 13.207,1 16.525,2 16.256,4 5.577,0 6.536,9 6.273,8 2.060,6 3.102,6 1.803,0 3.978,5 4.523,1 4.505,3 31.474,2 36.772,3 36.396,9

Total 171.496,3 179.620,3 184.773,2 60.094,2 58.009,2 75.896,6 36.659,2 41.397,0 38.074,5 42.257,6 52.032,8 45.662,4 397.701,7 415.686,2 422.893,4

Nordeste SINMês

Sudeste / Centro-Oeste Sul Norte

Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O Nordeste gerou 45.662,4 GWh durante o ano de 2010. Este montante foi

12,2% inferior ao total gerado no ano anterior. Por conta desta forte retração,

ocasionada pela forte estiagem na região, a participação do total gerado pelo subsistema

no âmbito do SIN caiu de 12,5% em 2009 para 10,8% em 2010.

A análise dos resultados do Subsistema Norte, entre Janeiro e Dezembro de 2010

mostra retração de 8,0% em relação ao mesmo período do ano passado. O Norte gerou

38.074,5 GWh, o que representou participação de 10,9% do total produzido no SIN,

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25

conforme o Gráfico 4. Em relação ao ano de 2008, o volume de energia gerada pela

região Norte registrou crescimento de 3,8%.

Gráfico 4: Geração de energia hídrica por subsistema. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Por fim, a usina Binacional de Itaipu foi responsável por 18,6% do total de

energia hídrica gerada no âmbito do SIN em 2010. A usina gerou 78.487,1 GWh de

energia no período, o que representou decréscimo de 7,3% em comparação o período

homólogo do ano anterior, quando foi gerado um volume de 84.626,1 GWh. Houve

forte retração da participação de Itaipu no total gerado pelo SIN, saindo de 20,3% de

2009 para 18,5% em 2009.

4.2 – Geração Térmica

O Sistema Interligado Nacional gerou 36.671,7 GWh de energia térmica ao

longo do ano de 2010, o que representou forte crescimento de 124,9% em comparação

com o mesmo período de 2009. O aumento é conseqüência da estiagem registrada nos

principais subsistemas, o que influiu na capacidade de geração hídrica no período e

tornou necessária a geração térmica para garantir o suprimento de energia no país.

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26

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 60,9% de toda a energia

térmica gerada durante 2010. O subsistema registrou geração de 22.348,3 GWh, um

expressivo avanço de 188,5% em relação ao mesmo período de 2009, quando foram

gerados 7.747,0 GWh de energia térmica, conforme a Tabela 7.

Tabela 7: Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Dez-2010.

(em GWh)

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010Janeiro 1.677,2 866,4 666,4 992,7 540,4 397,4 824,8 201,2 97,4 3.494,7 1.607,9 1.163,2

Fevereiro 2.244,6 571,1 1.006,3 913,8 600,7 429,4 763,8 53,8 112,5 3.922,2 1.225,5 1.556,9

Março 2.348,3 955,7 898,4 839,2 640,5 459,3 615,5 74,9 64,4 3.803,1 1.671,0 1.422,0

Abril 2.086,0 573,6 573,7 602,0 561,4 392,5 288,4 91,5 343,5 2.976,4 1.226,5 1.309,6

Maio 1.871,3 1.455,8 1.189,8 762,1 902,6 462,5 309,7 29,5 441,8 2.943,1 2.387,9 2.094,1

Junho 1.955,8 947,4 1.776,6 835,5 861,4 607,5 324,9 255,7 725,4 3.116,2 2.064,6 3.109,5

Julho 1.930,9 386,7 1.746,2 601,9 541,1 507,2 152,9 345,1 726,7 2.685,6 1.272,9 2.980,2

Agosto 2.036,6 380,6 2.925,2 675,0 437,4 1.007,0 135,7 196,7 0,0 2.847,3 1.014,6 4.744,8

Setembro 2.077,4 262,7 3.290,4 452,5 305,8 1.059,3 117,9 304,8 1.116,4 2.647,8 873,4 5.466,1

Outubro 2.166,7 367,7 2.892,3 645,2 391,3 896,3 152,2 225,3 1.100,1 2.964,2 984,3 4.890,2

Novembro 1.774,8 477,6 3.186,7 288,9 380,7 960,5 166,2 107,5 1.095,5 2.229,9 965,8 5.243,1

Dezembro 2.024,3 501,8 2.196,3 651,2 384,3 692,1 183,6 126,9 629,0 2.859,0 1.012,9 3.517,3

Total 24.193,8 7.747,0 22.348,3 8.260,0 6.547,5 7.870,9 4.035,5 2.013,0 6.452,5 36.489,3 16.307,5 37.496,9

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Nordeste SIN

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O subsistema Sul gerou 7.870,9 GWh entre Janeiro e Dezembro de 2010. Este

volume representou uma participação de 21,5% do total gerado por fontes térmicas ao

longo de 2010. Houve retração na participação deste subsistema em relação a 2009,

quando a parcela ficou em apenas 40,1%, conforme o Gráfico 5. O volume de energia

térmica produzida significou aumento de 20,2% em comparação com o ano de 2009.

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27

Gráfico 5: Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O Nordeste registrou forte expansão de 220,5% no montante de energia elétrica

gerada entre Janeiro e Dezembro de 2010 na comparação com o período homólogo do

ano anterior. O volume total de energia gerada pelo subsistema foi de 6.452,5 GWh.

Este volume representou 17,6% do total de energia térmica gerada no SIN, o que

também representou avanço frente à parcela do Nordeste registrada durante o ano de

2009, de 12,3%.

4.3 – Geração Nuclear

O Setor Nuclear Brasileiro possui duas Usinas em operação atualmente, as

usinas de Angra 1 (657 MW) e Angra 2 (1.350 MW), ambas localizadas na região

Sudeste, no município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. A Usina de

Angra 3 começou a ser construída em 2010, o que aumentará a capacidade instalada

nuclear brasileira para 3.412 MW de potência.

As duas usinas nucleares já instaladas e em operação produziram 15.671,9 GWh

entre Janeiro e Dezembro de 2010, conforme a Tabela 8. Este montante significou 3,3%

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28

de toda a energia gerada no SIN durante o ano de 2010 e representou aumento de 20,9%

em comparação com o total gerado no período homônimo de 2009, quando foram

gerados 12.957,1 GWh de energia em Angra.

Tabela 8:

Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2010. (em GWh)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Janeiro 418,6 993,3 1.268,0 1.174,4 1.359,8 364,6 325,6 1.001,4 1.302,2 1266,7 1463,7

Fevereiro 400,6 1.116,3 1.204,5 1.070,5 1.140,6 360,4 884,4 726,8 1.121,9 904,2 1279,7

Março 400,2 1.265,7 642,0 1.182,4 730,7 0,5 1.275,5 688,9 998,4 997,8 1464,7

Abril 358,9 825,3 1.146,8 737,9 895,1 834,3 1.179,2 577,6 1.089,8 951,1 1130,3

Maio - 788,7 1.370,7 985,8 698,4 1.169,7 1.130,6 1.077,6 737,2 1004,1 1275,0

Junho 0,0 1.170,4 1.308,1 1.326,1 888,2 1.221,8 1.005,8 977,2 567,5 1259,1 1424,9

Julho 67,9 1.433,5 1.215,9 1.378,4 884,1 1.039,6 1.322,5 993,3 1.459,6 1346,6 1222,7

Agosto 672,4 1.414,4 963,5 1.089,0 1.049,9 1.188,6 1.328,8 1.321,3 1.367,8 484,6 1072,7

Setembro 781,2 1.401,3 1.157,3 976,8 1.323,1 1.207,7 1.323,8 1.205,5 1.345,0 1162,1 1332,3

Outubro 537,5 1.430,4 1.191,6 823,8 1.108,5 1.171,5 1.362,0 1.217,8 1.360,2 1069,9 1125,4

Novembro 1.121,2 1.070,0 1.139,9 1.227,4 1.107,8 965,4 1.253,2 1.295,5 1.314,7 1178,7 434,4

Dezembro 1.221,3 1.369,5 1.241,2 1.385,6 396,6 331,2 1.361,9 1.223,6 1.342,3 1332,2 1289,3

Total 5.979,6 14.278,7 13.849,5 13.357,9 11.582,6 9.855,2 13.753,3 12.306,5 14.006,3 12.957,1 14.515,1

MêsSistema Interligado Nacional

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Através do Gráfico 6 observa-se que a geração de energia nuclear em Angra

apresenta oscilação constante, A exceção fica por conta dos períodos nos quais existem

eventos extraordinários, como a necessidade do desligamento das usinas para troca de

reatores ou então para troca das pastilhas de urânio, que servem como combustível.

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29

Gráfico 6: Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

4.4 – Itaipu

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior hidrelétrica em operação no mundo, é

um empreendimento binacional desenvolvido em conjunto pelo Brasil e pelo Paraguai.

A capacidade instalada da usina é de 14.000 MW, com 20 unidades geradoras de 700

MW cada.

A Hidrelétrica de Itaipu gerou 78.487,1 GWh de energia hídrica durante o

período de Janeiro a Dezembro de 2010, como observado na Tabela 9, o que

representou 18,5% do total de energia hídrica gerada no SIN no período de análise. O

volume foi 7,3% inferior ao total gerado no mesmo período de 2009, quando as usinas

de Itaipu registraram geração de 84.626,1 GWh.

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30

Tabela 9: Brasil. Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Janeiro 6.523,8 6.936,2 6.574,8 6.898,4 6.957,8 7.435,1 7.676,3 7.572,6 7.315,7 6.560,3 5.448,3

Fevereiro 6.362,8 6.360,8 5.188,2 6.555,4 6.381,0 6.603,8 6.745,7 6.341,6 6.597,9 6.659,3 5.119,2

Março 7.593,3 6.952,5 6.741,3 6.216,8 6.953,0 7.166,1 7.303,4 7.627,4 7.565,8 7.829,3 5.948,8

Abril 7.128,3 6.897,1 7.076,8 7.011,8 6.590,4 7.365,8 7.034,4 7.294,9 7.446,5 7.529,0 5.719,6

Maio 6.815,0 6.814,0 6.987,3 7.048,1 7.240,5 6.940,9 7.237,3 6.414,8 7.608,2 6.806,3 6.473,0

Junho 6.928,0 5.590,6 6.319,2 6.713,5 7.172,0 6.351,0 7.058,1 6.415,3 7.541,5 6.887,7 6.888,0

Julho 7.423,1 5.592,8 5.927,3 6.698,8 7.165,4 6.601,5 7.346,0 6.954,1 7.153,1 7.779,7 7.239,9

Agosto 7.431,3 4.881,7 6.310,4 6.672,1 6.943,8 6.624,9 7.275,5 6.894,7 8.158,4 7.444,3 6.963,8

Setembro 8.093,2 5.146,9 6.231,3 6.733,9 6.638,0 6.159,3 6.873,2 6.825,0 6.776,2 7.012,5 6.553,5

Outubro 7.495,7 5.737,5 6.518,3 7.484,8 6.996,3 6.672,2 6.940,1 6.843,9 7.619,2 6.964,9 7.219,8

Novembro 7.448,2 5.741,9 6.426,2 7.211,5 7.105,6 6.471,4 6.912,4 7.084,2 6.760,8 7.068,3 7.354,9

Dezembro 7.787,4 6.082,1 6.598,8 7.762,1 7.644,6 7.330,2 7.198,3 7.055,3 6.651,1 6.084,6 7.558,4

Total 87.030,2 72.733,9 76.899,8 83.007,2 83.788,3 81.722,2 85.600,8 83.323,8 87.194,5 84.626,1 78.487,1

MêsSistema Interligado Nacional

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

No Gráfico 7 pode-se observar a evolução do montante de energia gerada na

Usina Binacional de Itaipu a partir de Janeiro de 2000 até o mês de Dezembro de 2010.

Gráfico 7: Brasil. Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

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31

5 – FLUXOS DE ENERGIA

A presente seção pretende analisar participação das fontes de energia no Sistema

Interligado Nacional, ou seja, o quanto de energia hídrica, térmica e nuclear são

gerados. Como se comportaram essas fontes de energia no período compreendido entre

Janeiro de 2000 e Agosto de 2010, e qual o percentual de participação de cada uma no

SIN.

O segundo tópico presente nesta seção trata do intercâmbio de energia existente

entre os subsistemas que compõem o Sistema Interligado Nacional. A análise

compreenderá o período de Janeiro a Dezembro de 2010, em comparação com os

períodos homólogos dos anos anteriores.

Deve-se ressaltar que as comparações são realizadas frente períodos homólogos

de anos passados em virtude da sazonalidade existente no regime de chuvas no país, o

que contribui para que determinadas regiões registrem períodos de maior umidade

enquanto que outras passam por um regime pluviométrico mais seco. Desta forma, não

se pode fazer comparações entre meses ou quadrimestres sucessivos, pois os dados

podem ser prejudicados pela sazonalidade.

5.1 – Geração de Energia pelo Sistema Interligado Nacional

O Sistema Interligado Nacional gerou 476.062,3 GWh em energia elétrica entre

Janeiro a Dezembro de 2010, conforme observado na Tabela 10. Houve expansão de

7,0% no total de energia gerado pelo SIN, quando comparando com o resultado do

mesmo período de 2009, quando a geração totalizou 444.950,8 GWh. Este avanço

redução se deve principalmente pela expansão da atividade econômica, em especial por

conta da atividade industrial brasileira.

Do volume total de energia gerada no SIN ao longo do ano de 2010, as usinas de

fontes hídricas tiveram uma parcela de 88,8%, referente a uma geração total de

422.893,4 GWh, o que representou crescimento de 1,7% em relação ao total gerado

durante o mesmo período de 2009, quando o volume produzido foi de 415.686,2 GWh.

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32

Tabela 10: Energia gerada pelo Sistema Interligado Nacional por fonte de energia. Jan-2008 a Dez-

2010 (em GWh)

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010Janeiro 32.988,1 33.428,9 37.586,5 3.494,7 1.607,9 1.163,2 1.302,2 1.266,7 1.463,7

Fevereiro 30.905,8 32.374,2 35.431,9 3.922,2 1.225,5 1.556,9 1.121,9 904,2 1.279,7

Março 33.831,6 36.724,7 39.299,2 3.803,1 1.671,0 1.422,0 998,4 997,8 1.464,7

Abril 33.205,3 33.722,8 36.035,1 2.976,4 1.226,5 1.309,6 1.089,8 951,1 1.130,3

Maio 33.842,8 32.879,2 35.750,9 2.943,1 2.387,9 2.094,1 737,2 1.004,1 1.275,0

Junho 33.278,7 31.430,6 33.115,4 3.116,2 2.064,6 3.109,5 567,5 1.259,1 1.424,9

Julho 33.237,6 34.111,6 35.346,3 2.685,6 1.272,9 2.980,2 1.459,6 1.346,6 1.222,7

Agosto 34.105,8 35.524,8 33.902,3 2.847,3 1.014,6 4.744,8 1.367,8 484,6 1.072,7

Setembro 32.954,1 34.795,0 32.438,2 2.647,8 873,4 5.466,1 1.345,0 1.162,1 1.463,7

Outubro 34.885,6 36.134,9 34.026,5 2.964,2 984,3 4.890,2 1.360,2 1.069,9 1.279,7

Novembro 32.992,1 37.787,1 33.564,2 2.229,9 965,8 5.243,1 1.314,7 1.178,7 1.464,7

Dezembro 31.474,2 36.772,3 36.396,9 2.859,0 1.012,9 3.517,3 1.342,3 1.332,2 1.130,3

Total 397.701,7 415.686,2 422.893,4 36.489,3 16.307,5 37.496,9 14.006,3 12.957,1 15.671,9

MêsGeração Hidráulica Geração Térmica Geração Nuclear

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Houve retração da participação das fontes hídricas no volume de energia total

gerado no âmbito do SIN na comparação com 2009, passando de 93,4% para 88,8%.

A geração térmica foi responsável por 7,9% da energia total produzida no

sistema interligado de Janeiro a Dezembro de 2010, o que representou avanço de 4,2

pontos percentuais com relação à parcela de energia gerada por tais fontes durante o

período homônimo do ano passado (3,7%). Este acréscimo na participação das fontes

térmicas foi alicerçado por uma geração total de 37.496,9 GWh, um aumento de

129,9% frente o total gerado em 2009 (16.307,5 GWh).

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33

Gráfico 8: Energia Gerada pelo SIN por tipo de geração. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

No período de Janeiro a Dezembro de 2010, o Complexo Nuclear de Angra dos

Reis totalizou geração de 15.671,9 GWh. Este montante foi 20,9% superior ao gerado

no ano anterior, quando as duas usinas somaram 12.957,1 GWh. A participação das

fontes nucleares também registrou aumento, saindo de 2,9% em 2009 para 3,3% no

atual ano.

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34

6 – NÍVEIS DOS RESERVATÓRIOS

Este tópico aborda a evolução das condições dos reservatórios das hidrelétricas

do sistema hidrelétrico brasileiro no período de Janeiro a Dezembro de 2010,

desagregando-os pelos quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e

Nordeste.

Esses indicadores visam oferecer elementos para a análise da disponibilidade de

energia nos reservatórios e do nível máximo possível em cada subsistema. A partir

destes dados, pode-se avaliar, com mais precisão, para o curto e médio prazo, a

capacidade de geração de energia das hidrelétricas nacionais.

6.1 – Energia armazenada por subsistema

A energia armazenada é a valoração energética do volume armazenado de água

em um reservatório pela produtividade das usinas hidrelétricas localizadas à sua jusante.

A importância deste dado é a possibilidade de analisar a capacidade de geração em um

determinado subsistema.

O total de energia armazenada no Sistema Interligado Nacional durante o ano de

2010 foi de 1.573.838,4 GWh, conforme a Tabela 11. Este montante representou

retração de 12,8% em comparação com o período homônimo do ano de 2009, quando o

SIN registrou 1.805.577,8 GWh de energia total armazenada.

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou 1.094.142,9 GWh de energia

armazenada entre Janeiro e Dezembro de 2010, ou 69,5% do total armazenado no SIN,

o que significou uma queda de 13,2% em relação ao armazenamento de energia em

2009.

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35

Tabela 11: Brasil. Armazenamento mensal de energia por subsistema. Jan-2008 a Dez-2010.

(em GWh)

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010Janeiro 71.823,0 93.768,55 109.307,74 8.681,0 8.333,54 13.200,79 2.769,0 3.724,46 8.253,94 11.780,0 24.197,86 27.490,06

Fevereiro 86.796,0 97.411,78 100.279,20 6.124,0 6.694,46 12.058,37 3.838,0 4.858,56 8.201,09 17.369,0 26.827,58 23.550,24

Março 103.918,0 114.503,09 117.850,34 5.484,0 6.489,17 12.695,62 7.466,0 8.538,14 9.134,09 23.832,0 32.800,73 28.074,84

Abril 108.826,0 118.517,71 112.900,32 6.245,0 5.284,63 12.279,72 8.201,0 9.074,57 8.879,04 29.456,0 37.926,89 28.738,80

Maio 117.227,0 116.592,98 112.137,17 8.862,0 5.216,93 13.101,84 8.825,0 9.114,74 9.167,57 31.588,0 37.696,99 28.293,58

Junho 112.547,9 111.568,75 104.294,88 9.410,1 5.921,50 11.992,32 8.387,1 8.966,69 8.136,00 30.220,5 35.862,29 26.114,40

Julho 103.376,6 108.015,41 98.348,62 7.679,6 9.251,64 12.221,69 7.187,0 7.805,30 7.015,18 28.185,0 32.652,67 24.419,57

Agosto 93.864,5 102.701,02 86.120,98 8.499,5 11.615,33 10.932,34 5.860,5 6.185,62 5.480,30 24.747,7 29.629,06 21.570,05

Setembro 81.793,9 99.615,65 70.138,80 7.387,2 12.942,62 8.546,40 4.368,8 4.937,18 4.049,28 21.201,0 26.582,38 17.991,36

Outubro 73.505,7 97.972,72 61.305,84 12.511,4 13.094,63 6.885,36 2.985,4 4.343,58 3.226,32 16.783,6 24.280,50 14.927,76

Novembro 70.417,4 95.850,26 57.814,56 12.815,4 13.418,78 5.373,36 2.302,7 4.579,32 2.800,80 13.991,7 23.708,30 14.804,64

Dezembro 79.184,7 102.945,79 63.644,40 10.227,8 13.317,60 9.600,48 3.221,5 5.037,62 3.618,72 17.136,6 25.202,26 16.869,60

Total 1.103.280,6 1.259.463,7 1.094.142,9 103.926,9 111.580,8 128.888,3 65.412,0 77.165,8 77.962,3 266.291,0 357.367,5 272.844,9

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

O Subsistema Sul registrou em seus reservatórios, em 2010, o total de 128.888,3

GWh em energia, mantendo o 3º maior volume armazenado do país com 8,2% do total,

o que significou a maior parcela do subsistema nos últimos quatro anos, além de ter

representado um grande avanço frente o ano anterior, quando a participação ficou em

6,2%. Este volume armazenado apresentou um aumento de 15,5% em comparação com

o total armazenado em 2009.

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36

Gráfico 9: Brasil. Armazenamento de energia mensal por subsistema. Jan- 2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

O Nordeste, por exemplo, foi responsável por 17,3% do total armazenado, com

um volume de energia total de 272.844,9 GWh, entre Janeiro e Dezembro de 2010.

Com este montante, que representou o 2º maior volume de energia armazenada no

âmbito do SIN, houve queda de 23,7% em comparação com a energia armazenada nos

reservatórios da região durante o ano de 2009. A participação do subsistema também

sofreu uma queda, visto que em 2009 o Nordeste foi responsável por 19,9%.

No subsistema Norte, o volume de energia armazenada em 2010 totalizou

77.962,3 GWh, representando 4,9% do total armazenado no país. Em comparação com

o ano anterior, que registrou armazenamento total de 77.165,8 GWh, houve variação

positiva de 1,3%.

6.2 – Energia natural afluente por subsistema

O conceito de Energia Natural Afluente se refere à energia que se obtém quando

a vazão natural afluente a um ponto de observação é turbinada nas usinas situadas à

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37

jusante do ponto. A energia natural afluente a uma bacia é a soma das energias naturais

afluentes a todos os pontos de observação existentes na bacia.

Entre os meses de Janeiro e Dezembro de 2010, o Sistema Interligado Nacional

registrou energia natural afluente total da ordem de 681.869,4 MW Médios, conforme a

Tabela 12, o que representou redução de 11,3% em comparação com o mesmo período

de 2009 (768.823,1 MW Médios). Na comparação com o ano de 2008, quando a energia

afluente totalizou 637.482,4 MW Médios, houve crescimento de 6,9%.

Durante os doze meses do ano, a região Sudeste registrou uma forte variação

negativa de 14,0% em relação ao ano anterior. O montante de energia afluente totalizou

410.343,3 MW Médios. A participação da região em relação ao total afluente no país foi

de 60,2%.

Entre Janeiro e Dezembro do ano corrente, o Sul registrou energia natural

afluente total de 136.382,5 MW Médios, o que significou avanço de 19,9% em relação

ao mesmo período de 2009. A participação da região saiu de 14,8% no ano passado para

uma parcela de 20,0% no ano corrente.

Tabela 12: Brasil. Energia Natural Afluente por Região. Jan-2008 a Dez-2010.

(em MW médios)

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010

Janeiro 35.285,3 52.078,0 68.114,0 6.178,0 4.470,9 14.754,0 3.710,1 6.420,9 9.901,0 5.493,4 16.191,4 10.401,0

Fevereiro 60.319,6 63.115,1 55.109,8 4.105,6 3.911,4 13.444,0 8.301,3 9.062,4 10.258,9 11.243,3 14.533,9 5.713,9

Março 60.959,0 45.433,6 51.983,0 3.574,0 3.594,5 8.895,0 12.128,0 11.291,3 10.454,0 12.645,0 10.115,7 7.742,0

Abril 49.297,6 46.142,3 42.538,5 4.758,5 1.521,3 17.759,6 14.578,5 13.687,3 13.325,1 14.613,5 13.548,4 8.330,9

Maio 34.970,8 29.672,5 27.593,2 8.114,4 2.151,2 21.395,5 10.181,7 16.615,8 5.751,4 6.062,2 8.536,2 3.634,7

Junho 27.197,9 24.698,3 22.815,5 8.138,7 3.256,2 9.696,7 3.721,4 7.166,4 2.656,6 3.404,8 4.636,9 3.057,3

Julho 20.276,1 27.191,3 20.069,4 5.705,2 10.341,7 10.295,7 1.915,1 2.957,2 1.526,5 2.896,0 3.825,4 2.607,5

Agosto 21.855,4 23.592,0 15.562,8 7.735,6 15.449,0 8.261,9 1.213,3 1.693,0 1.059,9 2.459,8 3.189,0 2.138,2

Setembro 15.596,0 30.724,0 13.650,3 6.750,6 24.803,0 5.962,0 929,3 1.389,0 1.784,4 2.114,1 3.248,0 1.784,4

Outubro 20.244,2 36.397,9 21.537,0 18.258,8 21.493,3 6.001,2 926,4 1.713,7 2.242,4 2.221,0 4.079,0 2.242,4

Novembro 25.113,0 35.882,4 28.495,0 16.381,5 12.452,6 5.002,8 1.369,3 3.394,9 5.227,0 2.600,3 7.956,3 5.227,0

Dezembro 36.358,0 62.197,9 42.874,9 4.165,0 10.342,0 14.914,1 4.359,0 5.317,9 9.038,6 7.057,0 7.340,8 9.038,6

Total 407.473,1 477.125,2 410.343,3 93.865,7 113.787,0 136.382,5 63.333,4 80.709,9 73.225,9 72.810,2 97.201,0 61.917,8

MêsSudeste Sul Norte Nordeste

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

Entre Janeiro e Dezembro do atual ano o Norte registrou 73.225,9 MW Médios

de energia afluente. Este total foi 9,3% inferior ao registrado no mesmo período de 2009

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38

e significou uma parcela de 10,7%, o que foi superior à participação do ano anterior,

que ficou em 10,5%.

Gráfico 10:

Brasil. Energia Natural Afluente por Região. Maio-2001 a Dez-2010. (em MW médios)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

Por último, o Nordeste registrou um forte decréscimo de 36,3% de 2009 para

2010, ao registrar um montante de energia afluente de 61.917,8 MW Médios durante os

doze meses do ano de análise. Por conta deste volume, a região foi responsável por

9,1% do total.

7 – Carga de Energia no Sistema Interconectado

A Carga de Energia refere-se à quantidade de energia requisitada pelo Sistema

num determinado período de tempo. A carga de energia do Sistema Interligado

Nacional registrou, entre Janeiro e Dezembro de 2010, 487.630,6 GWh, o que

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39

representou um aumento de 10,0 % em comparação com o mesmo período de 2009,

quando a carga de energia do SIN foi de 443.359,6 GWh, conforme a Tabela 13.

Por conta do avanço da demanda de energia no âmbito do SIN e o regime

hidrológico desfavorável, com um período seco marcado por uma forte estiagem, houve

a necessidade de avanço da geração térmica.

Tabela 13: Brasil. Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010Janeiro 23.205,6 22.005,0 24.979,6 6.513,4 6.208,6 6.616,2 2.580,0 2.655,8 2.762,9 5.561,5 5.438,3 5.942,1 37.860,5 36.307,7 40.300,8

Fevereiro 21.957,7 21.081,7 23.750,3 6.275,8 6.012,2 6.478,6 2.462,7 2.344,9 2.562,0 5.234,7 4.967,9 5.588,8 35.930,9 34.406,7 38.379,6

Março 23.959,5 24.014,8 25.962,6 6.524,6 6.767,0 7.030,7 2.646,4 2.656,2 2.907,2 5.501,8 5.674,5 6.394,0 38.632,2 39.112,5 42.294,5

Abril 23.221,8 21.726,8 23.662,2 6.146,8 6.147,1 6.207,6 2.596,2 2.557,9 2.764,5 5.387,2 5.302,4 5.896,5 37.352,1 35.734,2 38.530,9

Maio 22.939,5 22.156,7 23.983,8 5.958,4 6.100,4 6.128,3 2.709,6 2.633,4 2.892,3 5.559,6 5.310,8 6.195,4 37.167,2 36.201,2 39.199,8

Junho 22.479,3 20.928,2 22.961,7 5.960,5 5.948,8 6.096,3 2.616,3 2.608,9 2.730,5 5.204,1 5.119,8 5.777,0 36.260,2 34.605,7 37.565,5

Julho 23.313,4 22.401,3 24.130,2 6.230,1 6.100,5 6.389,1 2.696,7 2.654,9 2.810,1 5.327,7 5.377,5 5.843,8 37.567,8 36.534,2 39.173,2

Agosto 24.045,8 22.836,9 24.393,0 6.130,2 5.940,5 6.393,5 2.748,0 2.668,9 2.872,8 5.485,1 5.463,3 5.763,0 38.409,1 36.909,6 39.422,3

Setembro 23.102,9 23.028,6 24.504,3 5.932,5 5.793,3 6.189,1 2.693,9 2.617,4 5.761,0 5.517,4 5.586,5 5.761,0 37.246,7 37.025,9 39.289,8

Outubro 24.480,1 23.750,1 24.670,0 6.198,0 6.081,3 6.344,9 2.785,8 2.685,7 6.220,0 5.814,3 5.914,3 6.220,0 39.278,2 38.431,4 40.134,3

Novembro 22.273,1 24.219,8 24.068,2 6.014,0 6.281,3 6.531,5 2.658,4 2.629,2 5.991,7 5.649,4 5.741,4 5.991,7 36.594,9 38.871,7 39.401,4

Dezembro 21.461,2 24.148,3 25.663,3 6.136,9 6.384,5 6.796,6 2.692,6 2.723,2 6.025,4 5.482,5 5.962,9 6.025,4 35.773,1 39.218,9 41.351,0

Total 276.439,7 272.298,2 292.729,2 74.021,3 73.765,5 77.202,3 31.886,6 31.436,3 46.300,4 65.725,3 65.859,6 71.398,6 448.072,9 443.359,6 475.043,0

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste SIN

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou uma carga de energia de

292.729,2 GWh em 2010, o que representou aumento de 7,5% em relação ao período

homônimo de 2009, quando a carga ficou em 272.298,2 GWh. A participação da região

na carga total do SIN ficou em 60,0%, uma leve retração frente a participação registrada

no ano anterior (61,4%).

Já o Subsistema Sul fechou 2010 com uma carga de energia de 77.202,3 GWh,

um crescimento de 4,7% em relação ao período homólogo de 2009, quando a carga total

foi de 73.765,5 GWh. A parcela da região em relação ao SIN foi de 15,8%.

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40

Gráfico 11: Brasil. Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Dez-2010.

(em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

No Nordeste, a carga de energia entre Janeiro e Dezembro de 2010 ficou em

71.398,6 GWh, o que significou um avanço de 8,4% em comparação com o mesmo

período do ano anterior. A carga registrada representou participação de 14,6% do total

do SIN.

Na região Norte houve aumento de 47,3% da carga de energia no ano de 2010

em comparação com o período homólogo do ano anterior. A carga de 46.300,4 GWh

registrada no ano corrente significou uma parcela de 9,5% do total.

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41

8 CONSUMO

A importância deste indicador, que mede o consumo faturado por classe e por

região, está na possibilidade de uma análise mais desagregada das tendências e

características do consumo de energia elétrica no Brasil. Ele também indica as

necessidades de investimentos. Este tópico está organizado da seguinte forma: primeiro,

serão apresentadas as tabelas e gráficos de consumo faturado total e por classe. Em

segundo lugar, serão apresentadas as tabelas de consumo faturado por região; seguidas

de seus gráficos.

8.1 Evolução do Consumo Total

O consumo faturado de energia elétrica no Brasil, no ano de 2010, totalizou

419.016 GWh. Este volume representou aumento de 7,8% em relação ao ano anterior,

quando o consumo faturado total foi de 388.204 GWh, conforme pode ser observado no

Gráfico 12. Na comparação com o consumo faturado registrado em 2008, que somou

392.687 GWh, o consumo em 2010 teve crescimento de 6,7%.

Gráfico 12: Evolução do Consumo Total Anual, 2000 a 2010 (GWh)

307.529 283.257 290.405 300.645 320.952 334.564 357.529 378.362 392.687 388.204419.016

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

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42

O avanço significativo do nível de consumo faturado no país durante o ano de

2010 é a confirmação da recuperação da economia brasileira, principalmente do setor

industrial, após o baixo resultado registrado no ano de 2009, quando o consumo foi

bastante afetado pelos impactos negativos da crise. Os dados de consumo funcionam

como um importante indicador da atividade econômica do país, especialmente do

segmento industrial.

Através da Tabela 14, é possível analisar a evolução do consumo faturado por

classe de consumo no Brasil, nos anos de 2009 e 2010. O segmento industrial que havia

sido o segmento mais afetado pela crise econômica, ao registrar forte retração do

consumo faturado nos oito primeiros meses de análise de 2009, voltou a registrar

expansão em 2010. Os demais segmentos também apresentaram expansão do consumo

para o mesmo período de comparação.

Tabela 14: Consumo Faturado no Brasil (jan-dez 2009 e 2010), em GWh

2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. %

Jan 30.919 33.718 9,1 8.140 8.591 5,5 12.165 14.261 17,2 5.247 5.404 3,0 4.672 4.758 1,8

Fev 30.776 34.066 10,7 7.965 8.137 2,2 12.622 14.343 13,6 5.215 5.475 5,0 4.601 4.542 -1,3

Mar 32.317 35.314 9,3 7.693 8.490 10,4 13.389 14.930 11,5 5.266 5.689 8,0 4.552 4.740 4,1

Abr 32.402 35.366 9,1 7.751 8.472 9,3 13.559 14.802 9,2 5.233 5.686 8,7 4.495 4.685 4,2

Mai 31.326 34.605 10,5 7.912 8.188 3,5 13.357 15.087 13,0 5.119 5.248 2,5 4.513 4.533 0,4

Jun 31.104 34.570 11,1 7.621 7.909 3,8 13.606 15.122 11,1 4.829 5.031 4,2 4.512 4.558 1,0

Jul 31.712 34.382 8,4 7.654 8.106 5,9 13.998 15.562 11,2 4.791 4.997 4,3 4.552 4.612 1,3

Ago 32.677 35.006 7,1 7.881 8.403 6,6 14.477 15.852 9,5 4.984 5.128 2,9 4.737 4.669 -1,4

Set 33.100 35.466 7,1 8.417 8.904 5,8 14.611 15.786 8,0 5.304 5.643 6,4 4.769 5.134 7,7

Out 33.832 35.505 4,9 8.526 8.944 4,9 14.964 15.833 5,8 5.493 5.705 3,8 4.849 5.024 3,6

Nov 34.013 35.378 4,0 8.636 8.971 3,9 14.811 15.726 6,2 5.764 5.823 1,0 4.802 4.859 1,2

Dez 34.498 36.187 4,9 8.877 9.288 4,6 14.604 15.524 6,3 6.095 6.276 3,0 4.923 5.098 3,5

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

Na análise do período com os dados agregados, o consumo faturado no setor

Industrial registrou, em 2010, expressivo aumento de 6,76% em relação ao ano anterior.

Já o segmento Residencial registrou crescimento de 5,94%, conforme os dados do

Gráfico 13, onde estão os resultados do consumo faturado no Brasil durante os anos de

2009 e 2010, por segmentos. O segmento Comercial também registrou crescimento de

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43

5,02%. Já a categoria Outros apresentou pequena variação positiva de 1,5% também no

mesmo período de comparação.

Gráfico 13: Consumo Total por Segmento, 2009 e 2010 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

Já na análise do 3º quadrimestre, o volume consumido no segmento industrial

entre setembro e dezembro de 2010 foi de 62.869 GWh, enquanto que no mesmo

período em 2009 o setor consumiu um total de 58.828 GWh, o que representou

crescimento de 6,87%, na comparação dos dois períodos. No segmento residencial, o

consumo no período totalizou 36.107 GWh, um aumento de 4,79% em relação ao

mesmo período de 2009, quando o consumo faturado total foi de 34.456 GWh. O

segmento comercial registrou consumo de 23.447 GWh no mesmo período em 2010, o

que significou avanço de 3,14% frente ao período homônimo de 2009, enquanto que a

classe outros registrou consumo faturado total de 20.115 GWh entre setembro e

dezembro de 2010, o que representou aumento de 3,79% frente o ano anterior. O total

consumido no país durante o 3º quadrimestre foi de 142.536 GWh, um aumento de

5,27% frente o consumo faturado de 135.399 GWh registrado no mesmo período de

2009.

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44

No tocante às regiões do país, o Sudeste foi responsável por 53,7% do total

consumido no país ao longo de todo o ano de 2010, conforme o Gráfico 14. Este

percentual significou 419.017 GWh de energia faturada no período de análise, o que

representou expansão de 7,8% em comparação com o ano anterior, quando o consumo

faturado foi de 388.689 GWh.

Gráfico 14: Participação do Consumo de Cada Região no total do Brasil, 2010 (%)

53,7%

16,9%

16,9%

6,3% 6,2%

Sudeste

SulNordesteCentro-OesteNorte

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

As regiões Sul e Nordeste foram responsáveis por 16,9%, cada uma, do consumo

faturado total do país em 2010. O consumo registrado na região Sul foi de 70.803 GWh,

o que representou aumento de 6,1% na comparação com o total consumido em 2009

(66.729 GWh). No caso da região Nordeste, foi registrado crescimento de 8,8% no

consumo faturado em 2010 na comparação com o ano anterior. O Nordeste consumiu

70.993 GWh em 2010, enquanto que no ano anterior o total foi de 65.244 GWh.

O consumo da região Norte representou 6,2% do total faturado no país durante o

ano de 2010. A região registrou consumo de 25.914 GWh, o que significou aumento de

7,6% em comparação com o ano anterior, quando o total de consumo faturado na região

foi de 24.083 GWh.

O consumo na região Centro-Oeste apresentou crescimento de 5,2% durante o

ano de 2010 na comparação com o período homônimo de 2009. O consumo foi de

26.199 GWh e significou participação de 6,3%, deixando o Centro-Oeste como o quarto

maior consumidor do país.

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45

No 3º quadrimestre de 2010, a região Sudeste totalizou 76.867 GWh, o que

representou avanço de 5,5% em relação ao mesmo quadrimestre de 2009, cujo consumo

foi de 72.859. O Sul registrou consumo faturado total de 23.337 GWh, Centro Oeste

9.024 GWh, Norte 9.070 GWh e Nordeste 24.240 GWh. O Gráfico 15 apresenta a

participação de cada região no consumo total de setembro a outubro de 2010.

Gráfico 15: Participação do Consumo de Cada Região no Consumo Total do Brasil de Setembro a Dezembro de 2010 (em %)

53,93%

16,37%

6,33%

6,36%

17,01%

SudesteSulCentro Oeste

NorteNordeste

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O Nordeste registrou 17,0% do consumo faturado total do país entre setembro e

dezembro de 2010. No 3º quadrimestre de 2010 o consumo faturado da região Nordeste

ultrapassou o consumo faturado da região Sul e, passou a ocupar a 3ª colocação na

participação do consumo faturado do país.

8.2 Consumo Faturado por Classe

Este tópico diz respeito ao crescimento do consumo de energia elétrica por

classe de consumo (Residencial, Industrial, Comercial e Outros) durante o período de

janeiro a dezembro dos anos de 2009 e 2010. Além da análise do consumo nacional,

também será analisado o consumo por classe de cada uma das cinco regiões do país

(Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste).

8.2.1 Consumo Faturado - Janeiro a Dezembro

A classe Residencial registrou consumo faturado total de 107.159 GWh entre

janeiro e dezembro de 2010, o que representou uma participação de 25,6% no consumo

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46

faturado total do Brasil no período de análise, conforme observado no Gráfico 16. A

Indústria foi responsável pela maior participação, com 43,9% do total consumido no

país, em função do consumo faturado de 183.744 GWh.

Gráfico 16: Participação de cada Classe de Consumo no Consumo Total do Brasil, Janeiro a Dezembro de 2010 (em %)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A classe Comercial registrou consumo faturado total de 69.087 GWh durante o

ano de 2010, o que significou participação de 16,5%. Já a categoria Outros, que engloba

o consumo rural, do poder público, iluminação pública e serviço público, registrou

consumo relativo a 14,1% do total faturado no país, relativo a um consumo faturado de

59.028 GWh entre janeiro e dezembro de 2010.

O segmento Residencial obteve crescimento de 6,3% em comparação com o

período homônimo de 2009, conforme a Tabela 15.

Na região Sudeste, o consumo faturado deste segmento totalizou 56.781 GWh, o

que significou crescimento de 4,3% na comparação com o ano anterior, quando o

consumo faturado foi de 54.415 GWh. A região foi responsável, portanto, por 53% do

total consumido no segmento Residencial durante os oito meses iniciais de 2010.

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47

A região Nordeste foi responsável pela segunda parcela de consumo no

segmento Residencial, totalizando 19.280 GWh, o que significou participação de 18%

do consumo faturado residencial do Brasil. Este montante representou aumento de 12%

em relação ao ano anterior, quando o consumo foi de 17.220 GWh

Tabela 15: Consumo Faturado pó Classe, Janeiro a Dezembro de 2010 (GWh)

2009 2010 Var.% 2009 2010 Var.% 2009 2010 Var.% 2009 2010 Var.% 2009 2010 Var.%

Sudeste 207.737 225.108 8,4 54.415 56.781 4,3 91.715 103.731 13,1 36.381 38.118 4,8 25.225 26.478 5,0

Sul 66.729 70.803 6,1 16.310 17.079 4,7 28.164 30.884 9,7 11.093 11.723 5,7 11.162 11.117 -0,4

Nordeste 65.244 70.993 8,8 17.220 19.280 12,0 27.489 29.422 7,0 9.448 10.286 8,9 11.086 12.005 8,3

Centro-Oeste 24.896 26.199 5,2 7.573 8.101 7,0 6.443 6.638 3,0 5.188 5.471 5,5 5.692 5.990 5,2

Norte 24.083 25.914 7,6 5.257 5.918 12,6 12.370 13.069 5,7 3.145 3.489 10,9 3.311 3.438 3,8

Brasil 388.689 419.017 7,8 100.775 107.159 6,3 166.181 183.744 10,6 65.255 69.087 5,9 56.476 59.028 4,5

Comercial OutrosRegião

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

Na região Sul, foi registrada a terceira maior participação do consumo do

segmento Residencial, totalizando 17.079 GWh, ou 15,9% do total. O aumento do

consumo nessa região foi de 4,7%. A região Centro-Oeste registrou crescimento de

7,0% no consumo faturado em 2010 na comparação com o ano anterior, com um

volume total de 8.101 GWh, o que significou 7,6% do total consumido no Brasil.

Na região Norte, a classe Residencial, consumiu 5.918 GWh entre janeiro e

dgosto de 2010, um crescimento de 12.6% em relação a 2009. A participação da região

no total consumido pelo país alcançou 5,5%.

O segmento Industrial registrou expressivo crescimento de 11,8% no período de

janeiro a dezembro do ano de 2010 em comparação com o consumo faturado aferido no

ano anterior.

A região Sudeste foi responsável por 53,7% do total consumido pelo segmento

industrial em 2010. O total consumido foi de 103.731 GWh, o que representou

expansão de 13,1% em relação ao período homólogo de 2009, quando o consumo

faturado foi de 91.715 GWh.

A região Sul registrou crescimento expressivo de 9,7% no consumo industrial ao

longo do ano de 2010 na comparação com a mesma base do ano anterior. O consumo

industrial saiu de 28.164 GWh registrados em 2009 para 30.884 GWh em 2010. A

participação da região no total do consumo faturado do país foi de 16,9%.

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48

O consumo faturado das indústrias na região Nordeste somou 29.422, ou 16,5%

(Tabela 16) do total durante o ano. O volume consumido foi 7,0% superior ao registrado

em 2009, quando totalizou 27.489 GWh.

Tabela 16: Consumo Faturado por Classe, Janeiro a Dezembro 2009 e 2010 em (%)

2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010

Sudeste 53,4 53,7 54,0 53,0 55,2 56,5 55,8 55,2 44,7 44,9

Sul 17,2 16,9 16,2 15,9 16,9 16,8 17,0 17,0 19,8 18,8

Nordeste 16,8 16,9 17,1 18,0 16,5 16,0 14,5 14,9 19,6 20,3

Centro-Oeste 6,4 6,3 7,5 7,6 3,9 3,6 8,0 7,9 10,1 10,1

Norte 6,2 6,2 5,2 5,5 7,4 7,1 4,8 5,1 5,9 5,8

Brasil 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Comercial OutrosRegiões

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A região Centro-Oeste, mais voltada para a pecuária e agricultura, registrou

consumo industrial de 6.638 GWh de janeiro a dezembro de 2010, um aumento de 3,0%

em relação ao mesmo período de 2009. A participação da região foi de apenas 3,6%.

No Norte, o consumo industrial totalizou 13.069 GWh, o que significou avanço

de 5,7% em relação ao ano anterior. Este montante levou a região a ter uma parcela de

7,1% do consumo total no segmento no período de janeiro a dezembro de 2010.

O segmento Comercial registrou consumo faturado total de 69.087 GWh durante

de 2010, o que representou crescimento de 5,9% na comparação com o ano anterior, que

teve consumo de 65.255 GWh.

A região Sudeste registrou 55,2% do consumo faturado total no segmento

comercial no período de análise, conforme a Tabela 8.3. O consumo totalizou 38.118

GWh, o que significou crescimento de 4,8% em relação ao consumido durante o ano de

2009.

O Sul registrou a segunda maior parcela, com 17,% do total, relativo a um

consumo de 11.723 GWh e que representou crescimento de 5,7% frente ao mesmo

período de 2009, quando o consumo ficou em 11.093 GWh. Já a região Nordeste

registrou parcela de 14,9% do total consumido, o que significou aumento em relação ao

ano anterior, quando a participação ficou em 14,5%. O total consumo foi de 10.286

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49

GWh, o que representou aumento de 8,9%. As regiões Norte e Centro-Oeste registraram

participação de 5,1% e 7,9%, respectivamente.

O consumo total neste segmento Outros durante o ano de 2010 foi de 59.028

GWh. Houve crescimento de 4,5% na comparação entre 2009 e 2010.

A região Sudeste registrou 44,9% do consumo total neste segmento durante

2010. O montante consumido pela região foi de 26.478 GWh, o que significou aumento

de 5,0% em relação ao ano anterior. A região Sul teve ligeira retração de 0,4% e saiu de

uma participação de 19,8% em 2009 para 18,8% em 2010. A região Nordeste cresceu

8,3% em comparação com o registrado em 2009, sendo assim a maior variação do

período. Desta forma, a região ficou com a 2ª maior parcela no período, com 20,3% do

total. O Norte e o Centro-Oeste registraram participação de 5,8% e 10,1%.

8.3 Consumo Faturado por Região

Nesta seção serão apresentados os dados de consumo faturado referentes aos

meses de janeiro a dezembro nas cinco regiões (Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro-

Oeste) por classe de consumo.

8.3.1 Consumo Faturado na Região Sudeste

O consumo faturado registrado na Região Sudeste totalizou 225.108 GWh ao

longo do ano de 2010, o que representou aumento de 8,4% em relação ao total

consumido na região durante o ano anterior, quando o consumo registrado foi 207.737

GWh, como observado no Gráfico 17.

A classe Residencial foi responsável por um consumo faturado total de 56.781

GWh na região Sudeste, o que representou 25,2% do total consumido na região. O

montante foi 4,3% superior ao consumo faturado do ano anterior (54.415 GWh).

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50

Tabela 17: Consumo Faturado na Região Sudeste, 2009 e 2010 (em GWh)

2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. %

Jan 16.346 17.950 9,8 4.639 4.941 6,5 6.625 7.596 14,7 3.026 3.290 8,7 2.057 2.122 3,2

Fev 16.417 18.424 12,2 4.415 4.844 9,7 6.953 8.159 17,3 3.083 3.293 6,8 1.967 2.129 8,2

Mar 17.162 18.648 8,7 4.667 4.849 3,9 7.170 8.228 14,8 3.230 3.408 5,5 2.094 2.163 3,3

Abr 17.283 19.169 10,9 4.574 4.877 6,6 7.456 8.731 17,1 3.167 3.348 5,7 2.085 2.213 6,1

Mai 16.781 18.542 10,5 4.466 4.600 3,0 7.324 8.646 18,1 2.929 3.116 6,4 2.062 2.180 5,7

Jun 16.620 18.615 12,0 4.263 4.525 6,1 7.470 8.965 20,0 2.783 2.949 6,0 2.104 2.176 3,4

Jul 16.936 18.474 9,1 4.390 4.391 0,0 7.672 9.076 18,3 2.759 2.818 2,1 2.115 2.189 3,5

Ago 17.470 18.958 8,5 4.521 4.680 3,5 8.035 9.002 12,0 2.817 2.997 6,4 2.096 2.280 8,8

Set 17.867 19.244 7,7 4.516 4.720 4,5 8.228 9.006 9,5 2.974 3.112 4,6 2.148 2.405 12,0

Out 18.111 19.072 5,3 4.587 4.728 3,1 8.242 8.933 8,4 3.092 3.128 1,2 2.190 2.283 4,2

Nov 18.388 18.970 3,2 4.586 4.677 2,0 8.403 8.989 7,0 3.256 3.170 -2,6 2.143 2.133 -0,5

Dez 18.493 19.581 5,9 4.769 4.948 3,8 8.113 8.890 9,6 3.444 3.519 2,2 2.166 2.223 2,6

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

No segmento Industrial, o Sudeste registrou consumo de 68.403 GWh entre

janeiro e dezembro de 2010, o que representou crescimento de 16,5% em comparação

com o período homônimo do ano de 2009. Este segmento representou 45,8% do total

consumido pela região.

O Gráfico 17 apresenta os resultados do consumo faturado na Região Sudeste

durante os anos de 2009 e 2010, em cada um dos segmentos de consumo: consumo

total, residencial, industrial, comercial e outros, respectivamente.

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51

Gráfico 17: Consumo Total na Região Sudeste, por classe, 2009 e 2010 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O segmento Comercial registrou consumo de 38.118 GWh, o que representou

aumento de 4,3% em comparação com o ano de 2009. A participação ficou em 16,91%.

A categoria Outros foi responsável por 11,74% do total consumido pelo Sudeste durante

o ano de 2010. O montante de 26.478 GWh de energia consumida foi 5,0 % superior

aos 25.225 GWh registrados em 2009.

8.3.2 Consumo Faturado na Região Sul

O Subsistema Sul registrou consumo de 70.803 GWh no ano de 2010, o que

representou avanço de 6,1% na comparação com o ano anterior, quando o consumo

faturado foi de 66.729 GWh.

Na classe Residencial, o consumo faturado totalizou 17.079 GWh, o que

representou avanço de 4,9% em relação ao total consumido em 2009, conforme o

Gráfico 18. O segmento representou participação de 24,12% do total consumido na

região durante o ano de 2010. No ano anterior, a parcela da região ficou em 24,41%.

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52

Gráfico 18: Consumo Total da Região Sul e por Classe, 2009 e 2010 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

No segmento Industrial, o consumo durante o ano de 2010 totalizou 30.895

GWh de energia. Este montante representou aumento de 9,6% em comparação com o

mesmo período com o ano anterior, quando o consumo faturado totalizou 28.182 GWh,

conforme a Tabela 18. A participação no consumo total da região Sul foi de 43,63% em

2010, um avanço de 1,4 ponto percentual em relação à participação da região em 2009

(42,24%).

O segmento Comercial registrou consumo de 11.708 GWh durante o ano de

2010. Este montante representou avanço de 5,5% em relação ao ano anterior, e teve

participação de 16,54% do total consumido na região.

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53

Tabela 18: Consumo Faturado na Região Sul, 2009 e 2010 (em GWh)

2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. %

Jan 5.343 5.911 10,6 1.416 1.573 11,1 1.888 2.222 17,7 941 1.048 11,4 1.099 1.068 -2,8

Fev 5.559 6.071 9,2 1.351 1.486 10,0 2.185 2.464 12,8 972 1.061 9,2 1.051 1.060 0,9

Mar 5.852 6.296 7,6 1.397 1.484 6,2 2.379 2.604 9,5 1.015 1.091 7,5 1.061 1.116 5,2

Abr 5.776 6.041 4,6 1.389 1.438 3,5 2.363 2.588 9,5 1.017 1.044 2,7 1.007 970 -3,7

Mai 5.366 5.819 8,4 1.300 1.344 3,4 2.257 2.653 17,5 897 928 3,5 912 894 -2,0

Jun 5.360 5.727 6,8 1.300 1.382 6,3 2.358 2.603 10,4 846 894 5,7 856 847 -1,1

Jul 5.421 5.768 6,4 1.339 1.388 3,7 2.413 2.665 10,4 833 888 6,6 836 827 -1,1

Ago 5.496 5.834 6,1 1.381 1.450 5,0 2.428 2.660 9,6 847 912 7,7 841 812 -3,4

Set 5.461 5.758 5,4 1.332 1.397 4,9 2.431 2.584 6,3 858 936 9,1 840 841 0,1

Out 5.547 5.701 2,8 1.315 1.353 2,9 2.512 2.612 4,0 878 914 4,1 842 822 -2,4

Nov 5.692 5.799 1,9 1.374 1.366 -0,6 2.471 2.616 5,9 959 960 0,1 887 857 -3,4

Dez 5.843 6.079 4,0 1.392 1.418 1,9 2.497 2.624 5,1 1.035 1.032 -0,3 919 1.004 9,2

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A categoria Outros registrou consumo de 11.118 GWh, o que representou queda

de 0,3% frente ao consumo aferido em 2009, que totalizou 11.151 GWh. A participação

saiu de 16,71% no ano de 2009 para 15,7% no ano de 2010, visto que foi o único

segmento a registrar queda no volume consumido na comparação entre os dois anos.

8.3.3Consumo Faturado na Região Nordeste

A Região Nordeste totalizou 70.997 GWh em consumo faturado no ano de 2010,

o que representou crescimento de 8,7% em comparação com o ano anterior, quando o

consumo foi de 65.291 GWh, conforme o Gráfico 19.

O Nordeste registrou consumo Residencial de 19.285 GWh em 2010, o que

representou aumento de 11,9% em comparação com o ano anterior. O volume

consumido representou 27,16% do total.

O segmento Industrial registrou consumo faturado de 29.418 GWh durante o ano

de 2010. Este montante representou aumento de 7,0% em relação ao ano anterior. A

classe Industrial teve participação de 41,44% do total consumido.

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54

Gráfico 19: Consumo Total na Região, por classe, 2009 e 2010 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O consumo faturado no segmento Comercial teve crescimento de 8,8% de 2009

para 2010. O consumo totalizou 10.289 GWh durante ano, representando 14,49% do

total.

Tabela 19: Consumo Faturado na Região Nordeste, 2009 e 2010 (em GWh)

2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. %

Jan 5.340 5.734 7,4 1.448 1.577 8,9 2.189 2.388 9,1 775 834 7,6 928 935 0,8

Fev 5.102 5.577 9,3 1.369 1.521 11,1 2.104 2.308 9,7 762 817 7,2 867 931 7,4

Mar 5.391 6.091 13,0 1.414 1.671 18,2 2.316 2.519 8,8 780 907 16,3 881 994 12,8

Abr 5.308 5.858 10,4 1.455 1.660 14,1 2.197 2.388 8,7 797 861 8,0 858 949 10,6

Mai 5.190 5.946 14,6 1.389 1.616 16,3 2.226 2.483 11,5 749 875 16,8 825 972 17,8

Jun 5.122 5.897 15,1 1.340 1.602 19,6 2.201 2.468 12,1 741 843 13,8 840 984 17,1

Jul 5.257 5.832 10,9 1.354 1.543 14,0 2.289 2.516 9,9 739 805 8,9 875 969 10,7

Ago 5.501 5.822 5,8 1.426 1.513 6,1 2.381 2.492 4,7 769 809 5,2 925 1.008 9,0

Set 5.580 5.883 5,4 1.438 1.551 7,9 2.387 2.478 3,8 780 823 5,5 975 1.031 5,7

Out 5.779 6.118 5,9 1.489 1.609 8,1 2.449 2.570 4,9 825 868 5,2 1.016 1.071 5,4

Nov 5.758 6.128 6,4 1.536 1.702 10,8 2.348 2.449 4,3 840 909 8,2 1.034 1.067 3,2

Dez 5.963 6.111 2,5 1.576 1.720 9,1 2.412 2.359 -2,2 896 938 4,7 1.079 1.093 1,3

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

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55

A categoria Outros registrou aumento de 8,1% ao registrar um consumo faturado

total de 12.004 GWh. Esta categoria foi responsável por 16,91% do consumo total na

região Nordeste em 2010.

8.3.4 Consumo Faturado na Região Norte

O consumo faturado na Região Norte durante o ano de 2010 foi de 25.917 GWh,

o que significou crescimento de 7,9% em relação ao total consumido durante o ano de

2009, que registrou consumo faturado total de 24.010 GWh.

O segmento industrial registrou a maior participação do total consumido na

região Norte, com 50,42% do total. O segmento teve consumo total de 13.068 GWh no

ano, o que significou avanço de 5,7% na comparação com o período homônimo de

2009, conforme o Gráfico 20.

Gráfico 20: Consumo Total na Região Norte, 2009 e 2010 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O consumo Residencial totalizou 5.920 GWh em 2010, o que representou

crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior, quando foi registrado consumo de

5.258 GWh. A participação foi de 22,84%, o que levou a um aumento frente o ano

passado, quando a parcela ficou em 21,9%.

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56

A Região Norte também registrou crescimento de 11,1% no consumo Comercial

durante ano, totalizando 3.492 GWh de consumo, quando comparado com o mesmo

período do ano de 2009, conforme a Tabela 20. O montante representou 13,47% do

consumo total na região.

Tabela 20: Consumo Faturado na Região Norte, 2009 e 2010 (em GWh)

2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. %

Jan 1.972 2.053 4,1 438 461 5,3 1.038 1.053 1,4 249 268 7,6 247 271 9,7

Fev 1.796 1.953 8,7 401 442 10,2 913 991 8,5 238 259 8,8 244 261 7,0

Mar 1.882 2.101 11,6 393 467 18,8 995 1.091 9,6 236 277 17,4 258 267 3,5

Abr 1.919 2.137 11,4 413 487 17,9 1.004 1.075 7,1 242 286 18,2 260 286 10,0

Mai 1.923 2.128 10,7 407 479 17,7 1.010 1.079 6,8 245 285 16,3 263 285 8,4

Jun 1.994 2.152 7,9 411 497 20,9 1.055 1.065 0,9 255 295 15,7 272 295 8,5

Jul 2.024 2.145 6,0 429 490 14,2 1.059 1.083 2,3 261 287 10,0 273 286 4,8

Ago 2.075 2.178 5,0 454 492 8,4 1.068 1.107 3,7 271 294 8,5 283 286 1,1

Set 2.073 2.279 9,9 476 530 11,3 1.032 1.139 10,4 283 311 9,9 283 299 5,7

Out 2.118 2.316 9,3 473 541 14,4 1.073 1.153 7,5 283 317 12,0 289 305 5,5

Nov 2.122 2.253 6,2 484 525 8,5 1.062 1.123 5,7 288 308 6,9 287 297 3,5

Dez 2.112 2.222 5,2 479 509 6,3 1.051 1.109 5,5 292 305 4,5 290 299 3,1

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

No segmento “Outros”, o Norte teve consumo de 3.437 GWh em 2010, o que

representou crescimento de 5,8% em comparação com o período de 2009. O segmento

foi responsável por 13,26% de toda a energia consumida pela região.

8.3.5 Consumo Faturado na Região Centro Oeste

O consumo faturado registrado entre Janeiro e Agosto de 2010 na região Centro-

Oeste alcançou o montante de 26.200 GWh. Houve crescimento de 5,9% em

comparação com o volume de energia consumido no ano anterior, como observado no

Gráfico 21.

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57

Gráfico 21: Consumo Total na Região Centro Oeste e por Classe, 2009 e 2010 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A classe Residencial registrou consumo de 8.102 GWh, o que representou

crescimento de 6,9% na comparação com o ano anterior, quando o total consumido foi

de 7.578 GWh. Este segmento teve participação de 30,92% do total consumido pela

região Centro-Oeste

A classe Industrial registrou consumo de 6.638 GWh em 2010, o que

correspondeu a 25,34% do consumo faturado total na região e representou avanço de

5,9% em relação ao ano anterior.

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58

Tabela 21: Consumo Faturado na Região Centro Oeste, 2009 e 2010 (em GWh)

2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. % 2009 2010 Var. %

Jan 1.917 2.070 8,0 651 685 5,2 426 514 20,7 413 436 5,6 427 436 2,1

Fev 1.901 2.041 7,4 601 640 6,5 468 517 10,5 420 441 5,0 413 443 7,3

Mar 2.030 2.178 7,3 619 681 10,0 528 558 5,7 436 472 8,3 446 468 4,9

Abr 2.117 2.161 2,1 640 666 4,1 539 545 1,1 463 472 1,9 475 479 0,8

Mai 2.065 2.169 5,0 626 680 8,6 541 550 1,7 428 457 6,8 472 483 2,3

Jun 2.008 2.180 8,6 595 657 10,4 522 556 6,5 406 442 8,9 484 525 8,5

Jul 2.073 2.163 4,3 592 637 7,6 563 576 2,3 405 421 4,0 512 529 3,3

Ago 2.135 2.214 3,7 620 647 4,4 565 590 4,4 426 433 1,6 524 543 3,6

Set 2.137 2.301 7,7 649 705 8,6 544 578 6,3 432 461 6,7 511 557 9,0

Out 2.168 2.299 6,0 665 712 7,1 546 564 3,3 441 478 8,4 516 544 5,4

Nov 2.118 2.229 5,2 666 700 5,1 528 549 4,0 439 476 8,4 486 505 3,9

Dez 2.070 2.195 6,0 654 692 5,8 497 541 8,9 438 483 10,3 480 479 -0,2

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A classe Comercial registrou consumo total 5.472 GWh, o que representou

crescimento de 6,3% em comparação com o consumo registrado no ano anterior (5.147

GWh). A participação no total consumido pela região foi de 20,89%.

O consumo da categoria “Outros” representou participação de 22,87%, por conta

de um consumo total de 5.991 GWh. Houve crescimento de 4,3% na comparação com o

consumo total do segmento no ano de 2009.

A região Centro-Oeste apresenta um perfil de consumo bem distinto das demais

regiões, com predominância do consumo Residencial e praticamente uma divisão bem

linear entre os outros três segmentos.

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59

9 MERCADO SPOT

O cálculo da média mensal do preço MAE por submercado considera os preços

semanais por patamar de carga leve, médio e pesado, ponderado pelo número de horas

em cada patamar e em cada semana do mês.

Durante o segundo quadrimestre de 2010, os preços da energia do Mercado Spot

registraram forte aceleração em todos os submercados, principalmente a partir do mês

de Maio, como observado no Gráfico 22, ultrapassando o patamar de preços registrado

no mesmo período de 2008, quando houve o último pico de aumento dos preços médios

no Mercado Spot.

Gráfico 22: Evolução do Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Maio de

2003 a Dezembro de 2010 (em R$/MWh)

0

100

200

300

400

500

600

mai

oju

nho

julh

oag

osto

sete

mbr

oou

tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

jane

irofe

vere

irom

arço

abril

mai

oju

nho

julh

oag

osto

sete

mbr

oou

tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

jane

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vere

irom

arço

abril

mai

oju

nho

julh

oag

osto

sete

mbr

oou

tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

jane

irofe

vere

irom

arço

abril

mai

oju

nho

julh

oag

osto

sete

mbr

oou

tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

jane

irofe

vere

irom

arço

abril

mai

oju

nho

julh

oag

osto

sete

mbr

oou

tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

jane

irofe

vere

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arço

abril

mai

oju

nho

julh

oag

osto

sete

mbr

oou

tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

jane

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vere

irom

arço

abril

mai

oju

nho

julh

oag

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sete

mbr

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mbr

jane

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irom

arço

abril

mai

oju

nho

julh

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sete

mbr

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tubr

ono

vem

bro

deze

mbr

Sudeste/Centro Oeste Sul Nordeste Norte

Fonte: Gesel-IE-UFRJ, com base nos dados da CCEE

No submercado Sudeste/Centro-Oeste, por exemplo, o preço spot da energia

comercializada em setembro foi R$ 132,10 por MWh, o que se situou muito acima dos

preços médios praticados no mês de setembro dos dois anos anteriores. Porém,

diferentemente dos meses homônimos de 2008 e 2009, em setembro de 2010, houve

avanço dos preços spot em relação ao mês imediatamente anterior. Já nos anos

anteriores, havia ocorrido forte retração durante o quinto mês do ano. Desta forma, já se

delineava uma mudança de comportamento dos preços deste mercado, por conta dos

impactos da queda da energia afluente nos reservatórios e da capacidade de geração

hídrica no Sistema Interligado Nacional.

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Confirmando tal mudança, em agosto de 2010, ainda usando o subsistema

Sudeste/Centro-Oeste como base para a análise, o preço médio do mercado spot subiu

aproximadamente 30,23% frente o mês anterior, alcançando o patamar de R$ 116,66

por MWh. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação foi muito mais

considerável, com aumento de 615,27%. Já em relação ao ano de 2008, o incremento

(13,49%) não foi tão significativo quanto o de 2009, visto que neste ano também houve

forte estiagem neste período do ano.

O crescimento dos preços do Sudeste/Centro-Oeste persistiu até novembro,

quando começou a apresentar ligeira queda. Em setembro, o preço ficou em R$ 132,10

por MWh, o que significou avanço de 709,1% frente o mês homônimo de 2009.

No mesmo período de 2009, houve retração de 58% no preço spot médio,

embora tenha sido um período anormal, com um regime hidrológico bastante favorável,

não característico do período seco que abrange as principais regiões do país. Fazendo

uma comparação com o ano de 2008, quando houve a ocorrência de uma estiagem

bastante severa, o avanço foi inferior, com variação positiva de 222%.

Além disso, o preço spot registrado em dois dos quatro subsistemas durante o

mês de setembro (2010) só fica abaixo do preço médio ocorrido entre setembro de 2007

e fevereiro de 2008, quando houve a grande última crise hidrológica, por conta de uma

fortíssima estiagem que assolou o país a partir do final do período seco e abrangendo

uma parte significativa do período úmido, conforme o Gráfico 22.

A tendência de crescimento foi verificada nos quatro subsistemas que compõem

o Sistema Interligado Nacional e fornecem energia para negociação no mercado spot

organizado pela CCEE, conforme observado na Tabela 21.

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Tabela 22: Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Janeiro de 2008 a Dezembro de 2010 (em R$/MWh)

Mês/Ano Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte

jan-08 502,45 502,45 497,61 502,45fev-08 200,42 200,65 214,37 200,43mar-08 124,70 127,41 123,24 117,67abr-08 68,80 72,12 71,92 50,97mai-08 34,18 34,19 34,42 27,61jun-08 76,20 76,20 75,34 75,34jul-08 108,42 108,42 108,42 108,42

ago-08 109,93 109,40 109,91 109,93set-08 109,93 109,40 109,91 109,93out-08 92,43 92,17 92,43 92,43nov-08 106,14 93,77 106,14 106,14dez-08 96,97 96,93 96,97 96,97jan-09 83,64 83,66 77,77 77,82fev-09 52,08 66,15 27,41 27,41mar-09 90,87 91,28 84,25 24,96abr-09 46,46 48,73 27,79 16,31mai-09 39,00 39,10 30,17 16,31jun-09 40,84 40,84 30,00 23,14jul-09 30,43 30,43 25,55 25,55

ago-09 16,31 16,31 16,31 16,31set-09 16,31 16,31 16,31 16,31out-09 16,31 16,31 16,31 16,31nov-09 16,31 16,31 16,31 16,31dez-09 16,31 16,31 16,31 16,31jan-10 12,91 12,91 12,91 12,91fev-10 13,85 13,85 16,06 13,85mar-10 27,74 27,74 30,19 27,56abr-10 21,59 21,59 24,96 21,58mai-10 32,45 30,25 34,60 32,45jun-10 67,99 67,99 69,70 69,70jul-10 89,58 89,58 95,30 95,30

ago-10 116,66 116,66 123,56 123,55set-10 132,10 131,78 189,37 189,37out-10 137,78 137,78 232,48 232,48nov-10 116,68 116,68 115,05 116,68dez-10 71,62 71,62 68,69 71,62

Fonte: Gesel-IE-UFRJ, com base nos dados da CCEE

A partir da última semana de novembro o PLD começou a apresentar queda nos

quatro submercados de eletricidade. Isso ocorreu em razão das chuvas previstas para a

região Nordeste que aumentou a exportação de energia para as demais regiões e a

utilização de uma função de custo futuro, também mais favorável, levou a esta queda

dos preços da energia no mercado de curto prazo. A tendência de queda se manteve no

mês de dezembro com os preços ficando abaixo dos R$ 75,00/MWh em todos os

submercados, com inicio do período chuvoso em quase todo o país.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS https://ben.epe.gov.br/

http://www.joinville.ifsc.edu.br/~roberto.sales/EFE/Aula%202%20-%20BEN%20-

%202009/Resenha_Energetica_2009_-_PRELIMINAR.pdf

http://www.ecuacier.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7829:migrado7829&catid=73

:noticiasregion&Itemid=120

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110215_comunicadoip

ea77.pdf

http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.asp

http://www.acendebrasil.com.br/archives/files/20101217_AnalisePos_A_5_Rev2.pdf

http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=53

http://www.acendebrasil.com.br/site/paginas/leiloes.asp

http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/editais_geracao/documentos/Edital_09_2010.pdf

http://www.acendebrasil.com.br/archives/files/20101210_AnalisePos_EnergiaExistente

_009_2010_Rev0.pdf

http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=54

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil). Banco de Informações de

Geração. Disponível em http://www.aneel.gov.br/15.htm. Acessado em Setembro de

2010.

______ - Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil). Disponível em

http://www.aneel.gov.br. Acessado em Setembro de 2010.

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EPE – Empresa de Pesquisa Energética. Disponível em http://www.epe.gov.br.

Acessado em Setembro de 2010.

ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico. Disponível em http://www.ons.org.br.

Acessado em Setembro de 2010.

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GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS

Abrate – Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de

Energia Elétrica

Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica

Carga de um Sistema Elétrica - Montante total dos requisitos de demanda de

potência associados a uma empresa ou subsistema em determinado instante.

Carga Própria de Demanda - Montante total dos requisitos de demanda de

potência associados a uma empresa ou subsistema integralizada em um período

predeterminado.

Carga Própria de Energia - Montante total de energia requisitado por uma

empresa ou subsistema em determinado período.

EAR - Energia Armazenada do Sistema (em % da capacidade máxima de

armazenamento).

ENA - Energia Natural Afluente (em % da média do registro histórico para o

mês).

Energia Armazenada - Valoração energética do volume armazenado em um

reservatório pela produtividade das usinas hidroelétricas à sua jusante.

Energia Natural Afluente - Valoração energética da afluência natural a um

reservatório pela produtividade das usinas hidroelétricas à jusante.

GW - Gigawatt = 109 watts (Potência ativa).

GWh - Gigawatt Hora = 109 watts por hora (Energia).

Hz - Hertz (Freqüência).

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Instalações - Usinas, subestações e linhas de transmissão.

Intercâmbio - Fluxo de energia elétrica entre áreas do sistema, quando não

explicitado refere-se a energia ativa.

kV - Quilovolt = 103 volts (Tensão).

Limite de Confiabilidade - Valor de uma ou mais grandezas a partir do qual

estão esgotados todos os recursos para atendimento com segurança, do sistema ou de

uma área.

MLT - Média de Longo Termo.

MVA - Megavolt Ampère (Potência aparente).

Mvar - Megavar (Potência reativa).

MW - Megawatt = 106 watts (Potência Ativa).

MWh - Megawatt Hora = 106 watts x hora (Energia).

MWh/h - Megawatt Hora por Hora (Potência média na hora).

MWmed - Megawatt Médio : 1 MWmed-ano = 8.760 MWh/ano (Energia média

no intervalo de tempo considerado).

MWmês - Megawatt Mês : 1 MW mês =730 MWh/mês (Medida de

armazenamento).

Operador - Designação genérica dos operadores de sistema e de instalações.

ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Ponta de Carga - Valor máximo de carga durante um intervalo de tempo

especificado.

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Produção Hidráulica/Térmica - Total de energia elétrica gerada (hidráulica,

térmica ou ambas), medida nas saídas dos geradores de uma usina, durante um intervalo

de tempo especificado.

Rede Básica - Instalações pertencentes ao Sistema Interligado identificadas

segundo regras e condições estabelecidas pela ANEEL.

Rede Complementar - Rede fora dos limites da rede básica, cujos fenômenos

que nela ocorrem têm influência significativa na rede básica.

Rede de Operação - União da rede básica com a rede complementar e as Usinas

Integradas, em que o ONS exerce a coordenação, a supervisão e o controle da operação

dos Sistemas interligados Brasileiros, atuando diretamente através de um dos Centros de

Operação, ou via Centro da empresa proprietária das instalações.

Reservatório Equivalente - Agregação da capacidade de armazenamento de

todos os reservatórios de uma região.

SIN - Sistema Interligado Nacional.

Sistema Interligado - Instalações responsáveis pelo suprimento de energia

elétrica a todas as regiões do país eletricamente interligadas.

Unidade Geradora Hidráulica (UGE) - Cada um dos grupos geradores

constituídos pelo conjunto dos equipamentos e dos componentes existentes entre a

tomada de água e o tubo de sucção e entre o gerador e a bucha de baixa

tensão(exclusive) do transformador elevador.

Unidade Geradora Térmica (UGT) - Cada um dos grupos geradores

constituídos pelo conjunto dos equipamentos e dos componentes existentes entre o

sistema de suprimento de combustível e a bucha de baixa tensão (exclusive) do

transformador elevador.

Usina Hidrelétrica - Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por

conversão da energia gravitacional da água.

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Usina Termelétrica - Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por

conversão de energia térmica.

Vazão Afluente - Vazão que chega a um reservatório, em um determinado

intervalo de tempo.