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Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de Risco de Inundações Março de 2019

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Relatório Participação Pública

da Avaliação Preliminar de Risco de Inundações

Março de 2019

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FICHA TÉCNICA

Título: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de Risco de Inundações

Editor: Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.

Coordenação: Departamento de Recursos Hídricos

Data de edição: Março de 2019

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Índice

1. Consulta Pública 5

1.1 – Metodologia de Análise da Participação 7

1.2 Análise das participações/sugestões 8

1.2.1 - Região Hidrográfica 1 – Minho e Lima ........................................................................................... 8

1.2.2 - Região Hidrográfica 2 – Cávado, Ave e Leça .................................................................................. 9

1.2.3 - Região Hidrográfica 3 – Douro ..................................................................................................... 11

1.2.4 - Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis ......................................................................... 13

1.2.5 - Região Hidrográfica 5A – Tejo e Ribeiras do Oeste ...................................................................... 21

1.2.6 - Região Hidrográfica 6 – Sado........................................................................................................ 25

1.2.7 - Região Hidrográfica 7 - Guadiana ................................................................................................. 26

1.2.8 - Região Hidrográfica 8 – Ribeiras do Algarve ................................................................................ 28

1.2.9 – Contributos de âmbito Nacional .................................................................................................. 33

2 – Conclusão 38

2.1 Áreas de Risco Potencial Significativo de Inundações 39

2.1.1 Região Hidrográfica 1 – Minho e Lima – ARPSI .............................................................................. 39

2.1.2 Região Hidrográfica 2 – Cávado – ARPSI......................................................................................... 39

2.1.3 Região Hidrográfica 3 – Douro – ARPSI .......................................................................................... 40

2.1.4 Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis – ARPSI .............................................................. 40

2.1.5 Região Hidrográfica 5A – Tejo e Ribeiras do Oeste – ARPSI ........................................................... 41

2.1.6 Região Hidrográfica 6 – Sado – ARPSI............................................................................................. 41

2.1.7 Região Hidrográfica 7 – Guadiana – ARPSI ..................................................................................... 42

2.1.8 Região Hidrográfica 8 – Ribeiras do Algarve – ARPSI ..................................................................... 42

ANEXO 1 45

ANEXO 2 50

Contributos Região Hidrográfica 1 – Minho e Lima ................................................................................ 50

Contributos Região Hidrográfica 2 – Cávado, Ave e Leça ........................................................................ 52

Contributos Região Hidrográfica 3 – Douro ............................................................................................ 54

Contributos Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis................................................................. 62

Contributos Região Hidrográfica 5A – Tejo e Ribeiras do Oeste ............................................................. 72

Contributos Região Hidrográfica 7 – Guadiana ....................................................................................... 73

Contributos Região Hidrográfica 8 – Ribeiras do Algarve ....................................................................... 74

Contributos de âmbito nacional .............................................................................................................. 78

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Índice de Figuras

Figura 1 – Participações públicas por Região Hidrográfica ................................................................................ 5

Figura 2 - Participações por entidade ................................................................................................................ 6

Figura 3 - Participações de Câmaras Municipais por Região Hidrográfica ......................................................... 6

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Temas das participações/sugestões ................................................................................................. 6

Tabela 2 – Classificação das participações ....................................................................................................... 38

Tabela 3 - Análise das participações ................................................................................................................ 38

Tabela 4 – Alterações nas ARPSI ...................................................................................................................... 38

Tabela 5 - Lista de ARPSI para a RH1 ................................................................................................................ 39

Tabela 6 - Lista de ARPSI para a RH2 ................................................................................................................ 39

Tabela 7 - Lista de ARPSI para a RH3 ................................................................................................................ 40

Tabela 8 - Lista de ARPSI para a RH4A.............................................................................................................. 40

Tabela 9 - Lista de ARPSI para a RH5A.............................................................................................................. 41

Tabela 10 - Lista de ARPSI para a RH6 .............................................................................................................. 42

Tabela 11 - Lista de ARPSI para a RH7 .............................................................................................................. 42

Tabela 12 - Lista de ARPSI para a RH8 .............................................................................................................. 42

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1. Consulta Pública

O presente relatório formaliza a ponderação do processo de participação pública da proposta sobre a

Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos a riscos

significativos associados a eventos de inundação, para as oito Regiões Hidrográficas do Continente.

Nos termos do estabelecido no nº 2, do artigo 10º, da Diretiva 2007/60/CE, deve ser incentivada a

participação de todos os interessados, no reexame, na elaboração e na atualização dos planos de gestão dos

riscos de inundações.

Pretendeu-se com este processo promover uma participação ativa dos municípios, da academia e dos

cidadãos, tendo a APRI estado disponível para consulta e participação durante um período de 30 dias, entre

26-11-2018 a 26-12-2018. A divulgação dos relatórios sobre a APRI foi realizada por diferentes fóruns:

1 – Portal Participa – portal dedicado à consulta e participação de processos, acessível a todos;

2 – Portal da Agência Portuguesa do Ambiente. I.P. (APA);

3 – Sessões públicas - Apresentação da APRI nas sessões do Conselho de Região Hidrográfica (CRH),

onde estiveram presentes para além dos conselheiros da região hidrográfica, também

representantes dos municípios mais afetados por eventos de inundação.

A receção das participações foi possível através de email do Sistema Nacional de Informação de Recursos

Hídricos (SNIRH), Portal Participa, através do formulário de caracterização de eventos e email da APA.

Foram recebidas e ponderadas 22 participações/sugestões, com a distribuição por Região Hidrográfica

presente nos gráficos da Figura 1.

Figura 1 – Participações públicas por Região Hidrográfica

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As entidades que apresentaram participações/sugestões foram na sua maioria Câmaras Municipais, onde se

destaca a participação dos Municípios da Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis, como se pode

observar nas Figura 2 e Figura 3.

Figura 2 - Participações por entidade

Figura 3 - Participações de Câmaras Municipais por Região Hidrográfica

As participações/sugestões apresentadas dividem-se em quatro temas principais, apresentados na Tabela 1,

sendo o tema “Novas Áreas de Risco Potencial Significativo de inundação (ARPSI)” o mais comum.

Tabela 1 – Temas das participações/sugestões

0 2 4 6 8 10 12 14

Particular

Municipios

Comunidade Intermunicipal

ONG

Confederação

Universidades

Nº de Participantes

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Temas N.º de

participações Novas ARPSI 14

Suplementação de Informação 6

Sugestões sobre gestão de cheias 3

1.1 – Metodologia de Análise da Participação

A classificação das participações/sugestões apresentadas foi organizada em três níveis:

(i) Dentro do âmbito, quando o conteúdo se enquadrava no âmbito da APRI;

(ii) Parcialmente dentro do âmbito, quando só uma parte do conteúdo se enquadrava no âmbito da

APRI;

(iii) Fora do âmbito, quando o conteúdo estava fora do âmbito de APRI.

No processo de análise das participações/sugestões recebidas, foram adotados os seguintes critérios:

a) No tema “Nova ARPSI” – foi analisada a informação de suporte à nova ARPSI, ou seja, caracterização dos

impactos de eventos de inundação ocorridos no período de dezembro de 2011 até 2018, aos quais foi

aplicado o critério definido no ponto “2.3.2. Critério para análise dos eventos de inundação”.

b) No tema “Suplementação de Informação” – após análise da informação enviada, quando esta reportava

eventos de inundação, optou-se por inserir a informação no formulário apresentado no ponto “2.3.1.

Processo de recolha de informação, critérios e classificação”. A restante foi arquivada para eventual

utilização na fase de elaboração de cartografia de áreas inundáveis e de risco de inundação.

c) Nos temas “Sugestões sobre gestão de cheias” e “Inclusão de Cenários de Rotura de Barragens” – foi

analisada a pertinência da informação enviada.

Após esta análise foi atribuída uma ponderação à participação/sugestão com a classificação de

“Considerado”; “Parcialmente Considerado” e “Não Considerado”.

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1.2 Análise das participações/sugestões

1.2.1 - Região Hidrográfica 1 – Minho e Lima

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5566

A Câmara Municipal de Viana do Castelo solicita a incorporação de uma lista

de eventos no relatório da APRI da RH1. Referem a existência de

vulnerabilidade da zona estuarina e de algumas ribeiras costeiras e de

tributários dos rios Lima, Neiva e Âncora. Enviam ainda a identificação de

troços da orla costeira onde houve danos acusados pela tempestade Hércules

Dentro do Âmbito

Análise Resultado

Os eventos de inundação, com origem fluvial, reportados pela Câmara não

estão caracterizados conforme era solicitado no formulário apresentado

“2.3.1. Processo de recolha de informação, critérios e classificação”. A

informação enviada é uma lista de registo de alertas recebidos pelos

Bombeiros de Viana do Castelo, não contendo informação que permita a

avaliação segundo os critérios estabelecidos em 2.3.2. Critério para análise

dos eventos de inundação”.

A área proposta para ARPSI costeira cumpre com os critérios estabelecidos no

ponto 2.4.2 do relatório de APRI - RH1 para definição de zona critica Costeira,

pelo que se identifica o troço Amorosa - Castelo do Neiva como ARPSI.

Parcialmente Considerado

CONCLUSÃO

Não há alterações nas ARPSI de origem pluvial/fluvial inicialmente propostas, mas há a identificação de duas novas ARPSI de origem costeira - Amorosa - Castelo do Neiva.

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1.2.2 - Região Hidrográfica 2 – Cávado, Ave e Leça

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5535

No âmbito do processo de consulta pública da APRI da Região

Hidrográfica do Cávado, Ave e Leça vimos solicitar que reconsiderem a

área inundável da Ribeira do Vale do Roque, no concelho da Trofa, como

uma área de risco potencial significativo de inundação. No relatório

apresentado apenas consta um dos eventos reportados (13/02/16)

quando efetivamente existem evidências de mais 6 eventos no período

em análise – 14/12/12, 29/03/13, 2/01/14, 15/9/15, 4/1/16 e 10/1/16

(anexo). A área atravessada pela bacia da ribeira de Vale de Roque

sofreu, ao longo dos anos, uma intervenção ao nível da construção, de

tal forma massiva, que o próprio curso da linha de água foi alterado.

Reflexo desta profunda alteração da linha de água e da pressão

urbanística na zona envolvente à EN14, toda ela situada numa zona

plana e aluvionar (lugar das Pateiras), em períodos de chuva intensa

verificam-se níveis de cheia bastante elevados, o que obriga ao corte do

trânsito automóvel desta via e provocam prejuízos avultados a

munícipes e à autarquia. A EN14, considerada uma das estradas com

maiores índices de tráfego, neste ponto em concreto apresenta um

TMDA entre 15 e 30 mil veículos motorizados, sendo que 6% são

pesados, para os quais não existem percursos alternativos. Considerando

que estes eventos implicam um corte de estrada com uma duração entre

12h a 1 dia, o impacto socioeconómico causado sobre a população e

empresas/serviços, bem como sobre os movimentos pendulares é

extremamente negativo.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

A APRI tem como objetivo identificar as áreas mais vulneráveis a eventos

de inundação cujos impactos significativos na população, no ambiente,

nas atividades económicas e património tenham sido significativos e

recorrentes

Os eventos de inundação apresentados pelo Município da Trofa têm

origem num problema conhecido e amplamente descrito na

documentação enviada por este Município. Refere-se a um problema de

deficiente drenagem. A ribeira do Vale do Roque encontra-se

totalmente canalizada, o seu curso natural foi alterado e face a pressão

urbanística que se verifica nesta área este sistema apresenta problemas

diversos de drenagem. Não foram enviados elementos que permitam

aplicar a metodologia definida para a APRI.

A Câmara Municipal da Trofa enviou um projeto de intervenção nesta

ribeira, com a identificação dos problemas existentes e os trabalhos

necessários para a sua resolução. Foi igualmente enviada uma proposta

para a execução desta intervenção.

Não

Considerado

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Tema Id Comentário Classificação

Face ao exposto, considera-se que está apresentada a fundamentação

necessária para a execução da obra, e até da obtenção de um eventual

financiamento da mesma.

Apesar da Diretiva das Inundações, no nº 1 do artº 2, prever a exclusão

de inundações com origem em problemas de deficiente drenagem, não

foram reunidos os elementos que satisfizessem os critérios definidos

para a identificação de ARPSI neste 2.º ciclo. Acresce que a intervenção

a realizar irá permitir ultrapassar esta situação.

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5546

A Câmara Municipal de Esposende sugere duas ARPSI costeiras em

Belinho e Rio de Moinhos.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

As áreas propostas, pelo município de Esposende, para ARPSI de origem

costeira – Belinho e Rio Moinhos, apresentam um registo de eventos

com impactos em campos agrícolas. Conforme descrito no ponto 2.4.2

do Relatório de APRI RH2, os impactos em áreas agrícolas não fazem

parte dos critérios que permitam identificar, neste ciclo, as referidas

áreas como zonas ARPSI. O critério considerado para a identificação das

zonas críticas foi a “Existência de aglomerado urbano/área

predominantemente artificializada”. No próximo ciclo de planeamento

será novamente analisada e ponderada a identificação destas zonas

como críticas.

A identificação, como zonas críticas, de áreas agrícolas afetadas por

fenómenos de galgamento e inundação costeira necessita de uma

caracterização mais pormenorizada relativa aos valores a preservar e

impactos na produção e/ou serviços prestados. Neste sentido, a

necessária análise e ponderação será incluída no próximo ciclo de

planeamento.

Não

Considerado

CONCLUSÃO:

Não há alterações nas ARPSI inicialmente propostas.

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1.2.3 - Região Hidrográfica 3 – Douro

Tema Id Comentário Classificação

Sugestões 5537

A presente apreciação refere-se à revisão da APRI - RH3 Douro. De acordo

com as ARPSI identificadas, os tipos de inundações que podem ocorrer são

de origem fluvial, cheias repentinas pluviais e inundações marítimas em

zonas costeiras. Contudo, no que concerne às barragens, a avaliação dos

riscos potenciais não analisa adequadamente a perda das condições de

cobertura vegetal, a qual agrava a ocorrência de inundações em contexto

de condições meteorológicas extremas. A alteração das condições de

cobertura vegetal é um indicador essencial, em sede de revisão e

atualização das zonas críticas, desde logo na sequência dos incêndios

florestais. Ao destruírem o coberto vegetal, interferem fortemente com o

ramo terrestre do ciclo hidrológico, contribuindo, assim, para o aumento

do escoamento superficial em detrimento da infiltração, o que se traduz na

potenciação do aumento das inundações e seus efeitos prejudiciais para a

saúde humana, o ambiente, o património cultural e a economia. Há, ainda,

a necessidade de incluir riscos não previstos desencadeados pelas

inundações, bem como o impacto das alterações climáticas. De acordo com

a Diretiva 2007/60/CE e com a lei nacional, é obrigatória a inclusão de

todos os riscos potenciais significativos, lembrando-se que, em sede de

responsabilidade pública, há precedentes judiciais que sustentam a

condenação do Estado por danos provocados por inundações, desde logo

roturas (Proc.: 00007/04.9BECBR, TCA-N, 25/06/2009, condenação do

INAG).

Dentro do Âmbito

Análise Resultado

A APRI tem como objetivo identificar as áreas mais vulneráveis a eventos

de inundação cujos impactos significativos na população, no ambiente, nas

atividades económicas e património tenham sido significativos e

recorrentes. Esta análise incide sobre eventos identificados e devidamente

caracterizados, conforme se descreve no capítulo 2.3. O critério para a

seleção das ARPSI incidiu unicamente nos impactos, não houve seleção de

ARPSI pela origem da inundação.

Relativamente ao impacto dos incêndios no escoamento superficial, na

interceção da precipitação e na infiltração serão elementos a considerar na

fase de modelação.

Não Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Suplementa

ção de

Informação

5560

A Câmara Municipal de Amarante no seu parecer sobre a APRI, identifica

alguns erros na tabela de eventos, nomeadamente a entidade que fez o

reporte; propõe de ARPSI que tenham em conta os incêndios ocorridos nas

sub-bacias do Tâmega (Ovelha, Fornelo, Marão e Odres); por fim, solicita o

acompanhamento dos trabalhos de delimitação da ARPSI de Amarante.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

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Os erros detetados na tabela de eventos reportados foram corrigidos ainda

durante o período de Consulta Pública pela APA, tendo sido efetuada a

atualização dos documentos disponíveis no Portal do PARTICIPA.

A identificação das ARPSI assenta na análise de eventos reportados e

devidamente caracterizados, conforme se descreve no capítulo 2.3. Uma

vez que nas sub-bacias referidas não foram identificados eventos, não

existe suporte para a inclusão de novas ARPSI.

O processo de elaboração da cartografia de áreas inundáveis e de risco de

inundação será realizado em estreita colaboração com os Municípios que

intersectam a ARPSI. Esta colaboração é essencial para uma caracterização

completa do território e dos seus elementos expostos. Acresce, ainda, que

a cartografia será igualmente objeto de um processo de Consulta Pública,

pelo que será possível a participação dos Municípios em vários momentos

no decorrer do ano de 2019 e início de 2020.

Parcialmente

Considerado

CONCLUSÃO

Não há alterações às ARPSI inicialmente propostas. As informações enviadas e a proposta de colaboração

na fase de elaboração da cartografia foram registadas.

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1.2.4 - Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5330

Na sequência do período de discussão pública da Avaliação Preliminar de

Riscos de Inundação (APRI) - RH4A - a Comunidade Intermunicipal da Região

de Coimbra vem apresentar a sua discordância relativamente à não integração

das zonas críticas sujeitas a inundações do município de Soure nas Áreas de

Risco Potencial Significativo de Inundação, conforme documento em anexo.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

Conforme descrito no relatório colocado à consulta pública –

“RH4A_Avaliação Preliminar de Risco de Inundação”, no capítulo 3.6, a Área

de Risco Potencial Significativo de Inundações (ARPSI) designada como

Montemor-o-Velho e com o número 23, é uma área contínua, desde a ARPSI

de Coimbra até à ARPSI de Estuário do Mondego, ou seja, o município de Soure

está incluído nestas ARPSI. Aliás esta informação foi também transmitida na

sessão realizada no CRH do Centro, em S. Pedro do Sul no dia 7 de dezembro

de 2018.

Relativamente às ocorrências reportadas pelo Município de Soure, à data de

25 de maio de 2018, importa referir que estas não continham a informação

pedida no formulário disponibilizado pela Comissão Nacional de Gestão dos

Riscos de Inundações (CNGRI) para o reporte de eventos de inundação.

Constava apenas de uma tabela de com registo de ocorrências de diversos

tipos (inundação, patrulhamento, entre outras), esta informação não era

suficiente para a aplicação do critério estabelecido pela CNGRI para a

definição das ARPSI.

Em suma, o município de Soure está incluído nas ARPSI apresentadas no

relatório referido anteriormente, pelo que não há qualquer alteração às zonas

inicialmente propostas.

Foi adicionada ao formulário a informação remetida sobre os eventos

ocorridos em Soure.

Parcialmente

Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5540

O Município da Batalha presta diversas informações entre as quais o reporte

um evento através do formulário, com envio de informação alfanumérica e

geográfica; correções na caracterização da população do Município da

Batalha; pedido de informação sobre articulação dos PGRI e dos Planos

Diretores Municipais.

Dentro do

âmbito

Análise Resultado

O Município da Batalha reportou um evento, através do formulário, que foi

incluído na lista de eventos reportados. Os impactos associados a este evento

Parcialmente

Considerado

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14

não sustentam a inclusão desta zona como ARPSI. A informação alfanumérica

e geográfica enviada foi integrada na plataforma de eventos de inundação.

A caracterização da população associada ao Município da Batalha foi corrigida

no Relatório da APRI.

O Plano de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) constitui um plano setorial

e, simultaneamente, específico para inundações. A escala geográfica utilizada

nestes planos para a elaboração da cartografia é adaptada a instrumentos de

planeamento nacional e regional. Nos PDM a escala é necessariamente

superior, pelo que para conciliar este dois instrumentos de planeamento, será

necessário uma análise local, com os pressupostos publicados nos PGRI.

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5542

Não é feita no documento em causa qualquer referência ao concelho de

Cantanhede, no que diz respeito ao n.º de ocorrências verificadas de cheias e

inundações nem ao seu impacto na população, atividades económicas e

infraestruturas. O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de

Cantanhede identifica e caracteriza o Risco de Cheias e Inundações no

concelho, no qual têm uma probabilidade de ocorrência média-alta. A

gravidade é reduzida para a população, reduzida para a sócio economia e

reduzida para o ambiente, sendo que no total, o risco é considerado elevado.

Solicitamos a reapreciação dos documentos, no sentido de considerar a

inclusão e análise das ocorrências verificadas no concelho de Cantanhede

(PMEPCC, informação APA e informação CDOS Coimbra e ANPC).

Dentro do

âmbito

Análise Resultado

O Município de Cantanhede enviou, no âmbito da participação pública, dois

extratos do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC), que

contém a indicação do número de eventos ocorridos entre 2006 e julho de

2011, que não corresponde ao período definido pela Comissão Europeia para

análise de eventos no 2.º ciclo de implementação. Por outro lado, tal como o

município informa o seus impactos são reduzidos recetores – População,

Ambiente e Socioeconómica, pelo que não tinham sido valorizados para

constituir uma ARPSI.

Não

considerado

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5543

A C.M.Leiria enviou parecer relativo à RH4A, com uma análise Técnico-Jurídica

que aborda diferentes aspetos da implementação da Diretiva, entre eles:

Indicadores considerados no critério para a seleção das ARPSI

- Análise de risco simultânea de inundações fluviais e sobrelevações marítimas

- Caraterização biofísica e social.

- Instalações PCIP

- “Das propostas constantes dos documentos agora em consulta pública,

considera-se claramente insuficiente a análise e considerações efetuadas para

Dentro do

âmbito

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15

o concelho de Leiria, mormente ao nível das ARPSI identificadas e os eventos

considerados para o efeito de origem fluvial e pluvial.”

Análise Resultado

A estratégia definida pela Comissão Europeia para a implementação das

diversas diretivas nos Estados Membros, passa pela criação de Grupos de

Trabalho de implementação comum das diferentes diretivas. Os grupos e sub-

grupos de trabalho, dos quais a APA faz parte, coordenados pela Comissão

Europeia, reúnem periodicamente, avaliando os guias e procedimentos

comuns de implementação das diretivas e, apoiando o desenvolvimento das

plataformas de reporte da informação gerada em cada país para cumprimento

das obrigações comunitárias, propostos pela Comissão.

Na sequência de várias reuniões promovidas pela Comissão em 2017 e 2108,

o guia de implementação da Diretiva das Inundações, para o 2º ciclo de

planeamento foi objeto de múltiplas atualizações. O documento referido no

parecer da Câmara Municipal de Leiria - “Flood risk assessment and flood risk

management; An introduction and guidance based on experiences and

findings of FLOODsite” não constitui o Guia de implementação da diretiva das

inundações estabelecido pela Comissão Europeia.

Importa, pois, esclarecer quais os procedimentos e os entregáveis de cada

uma das três fases da diretiva – Avaliação Preliminar do Risco de Inundações

(APRI), Cartografia de Áreas Inundáveis e de Risco de Inundação (CAIRI) e

Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI).

1.ª Fase - Os trabalhos desenvolvidos no âmbito da APRI devem resultar na

identificação das Áreas de Risco Potencial Significativo de Inundações (ARPSI),

de acordo com o critério que cada Estado Membro define. Conforme se

descreve no ponto 2.3.1, do Relatório da APRI-RH4A. A origem da inundação

não faz parte da lista de indicadores para a definição das ARPSI, uma vez que

é um parâmetro de caracterização do evento. Posteriormente e no âmbito das

fases subsequentes todos os parâmetros de caraterização dos eventos serão

devidamente integrados.

Tendo por base a lista de indicadores definidos no guia de implementação

comum e considerando a informação que disponível nos diferentes

organismos envolvidos foram considerados os seguintes para a avaliação de

impactos significativos:

• Número de residentes potencialmente afetados pela extensão da cheia

na planície de inundação

• Potenciais danos em infraestruturas

• Potenciais impactos em massas de água

• Potenciais impactos em indústrias que possam causar acidentes de

poluição

• Potenciais impactos em campos agrícolas

• Potenciais impactos em atividades económicas

• Potenciais impactos em patrimónios ou áreas protegidas

• Período de recorrência

• Se as cheias ocorreram no passado

Parcialmente

Considerado

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16

Assim ao considerar a população afetada à partida estão a ser incluídos todos

os equipamentos urbanos, mesmo os mais sensíveis. Acresce que no processo

subsequente de elaboração de cartografia de risco todos os elementos

expostos serão devidamente caracterizados.

Acresce que para além de todas as análises que se possam fazer, e que são

referidas no documento enviado não se deve perder o foco dos objetivos e da

metodologia subjacente a esta diretiva. Em primeiro lugar e o aspeto mais

relevante é a ocorrência de eventos. Depois é necessário caracterizá-los bem

e avaliar os seus impactes na população, nas infraestruturas nas atividades

económicas e no ambiente. Depois verificar a recorrência destes eventos e o

possível agravamento no âmbito dos efeitos dos cenários de alteração

climática. Não são os mesmos critérios utilizados noutros instrumentos de

gestão territorial, dado que tem especificidades próprias.

A seleção dos indicadores para a identificação das ARPSI, estava condicionada

pela existência de informação sobre os mesmos, conforme já referido

anteriormente. A APA possui na base de dados do Sistema Nacional de

Informação Geográfica (SNIRH) o registo de eventos de cheias. Contudo os

impactos associados aos eventos é uma informação a que a APA não tem

acesso direto. Por este motivo, foi desenvolvida uma plataforma para reporte

desta informação, conforme se descreve no ponto “2.3.1. Processo de recolha

de informação, critérios e classificação”, tendo sido solicitada aos Municípios

a colaboração na sistematização da informação.

Após a validação dos eventos reportados pelos municípios foram selecionados

os indicadores que se apresentavam mais completos, com informação

relevante para a formulação do critério de classificação da severidade dos

impactos. Não poderiam ser utilizados indicadores para os quais não existia

informação.

O Município de Leiria não reportou eventos de inundação através da

plataforma desenvolvida para o efeito. Enviou uma lista de eventos sem

informação sobre os impactos na população, no ambiente, atividades

económicas e turismo. Acresce que a maioria dos eventos da lista enviada

ocorreram fora do período definido pela Comissão Europeia para o 2º ciclo -

dezembro de 2011 a 2018. Foi definida uma ARPSI no Município de Leiria com

origem na informação que a APA possuía na base de dados do SNIRH.

Acrescente-se ainda que, a origem da inundação não faz parte da lista de

indicadores constantes do Guia de Implementação da Diretiva para seleção de

ARPSI, este é um parâmetro de caracterização dos eventos de inundação.

A representação cartográfica das ARPSI, nesta fase, não resulta de modelação

hidrológica e hidráulica, mas sim de informação recolhida sobre os eventos.

Deste modo, a sua representação cartográfica pode ser apenas por um ponto,

uma linha ou uma área, não representando por isso a área inundada.

2.ª Fase – Elaboração da cartografia de áreas inundáveis de risco de inundação

Nesta fase, as ARPSI identificadas na 1.ª fase serão objeto de modelação

hidrológica e hidráulica com o objetivo de obter cartas de área inundável,

velocidade do escoamento, altura de água, cartas consequências, de

perigosidade e de risco.

Page 17: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

17

Os indicadores vulnerabilidade, resiliência, suscetibilidade, magnitude,

consequências entre outros, estão associados à determinação do risco, é pois

nesta 2.ª fase que serão integrados estes indicadores.

A determinação da Consequência será realizada pela identificação dos

elementos expostos na área inundável. A cartografia de consequências será

realizada com recurso à COS 2015, COS2010, bases de dados cartográficas da

APA, do Património, da DGADR, dos municípios, entre outras para que as

consequências sejam determinadas com rigor e com informação atualizada.

Por último, e sobre as alterações climáticas, foi analisada a informação

disponível para a avaliação de áreas onde os eventos que provocam

inundações possam ou não ser agravados ou devido aos efeitos das alterações

climáticas.

Para todas as regiões hidrográficas foram avaliados os eventos de origem

costeira registados pela APA e reportados por entidades parceiras nesta

matéria, incluindo os municípios. As ARPSI identificadas resultam da

identificação destes eventos e da sua caracterização em termos de impactes

na população, nas infraestruturas, nas atividades económicas e no ambiente,

considerando a informação disponível.

Na bacia do Lis foi identificada uma ARPSI que tem por base os eventos

reportados.

Os estudos enviados pelo município, bem como o Plano Municipal de Proteção

Civil, poderão eventualmente conter informação relevante na elaboração da

cartografia.

Acresce que cada ciclo de planeamento é revisto de seis em seis anos.

Tema Id Comentário Classificação

Sugestões 5563

No âmbito do 2º ciclo de avaliação preliminar do risco de inundação, da

revisão/elaboração de cartografia de risco de inundação e da revisão dos PGRI,

apresento as seguintes sugestões: 1) Manutenção periódica e contínua da rede

de monitorização hidrométrica e meteorológica da APA, e disponibilização em

tempo real dos dados hidrométricos e meteorológicos através do SNIRH; 2)

Atualização das curvas de vazão das estações hidrométricas da rede da APA;

3) Melhorar a qualidade dos dados de input a disponibilizar para os modelos

hidrológicos e hidráulicos de inundações (e.g. topografia, batimetria,

coeficiente de resistência, CN) para permitir uma adequada calibração e

validação dos modelos. Seleção do modelo hidrológico e hidráulico de

inundações baseado num estudo de Benchmarking; 4) Integração da

vulnerabilidade na avaliação do Risco de Inundação; 5) Desenvolvimento de

Sistemas de Previsão e Alerta de Inundações que permita a previsão em tempo

real da evolução espacial e temporal da onda de cheia e a disponibilização

desta informação aos residentes nas “Áreas de Risco Potencial Significativo de

Inundação” (ARPSI) e à Proteção Civil Municipal, Distrital e Nacional; 6)

Promover a integração do conhecimento científico produzido nas Instituições

de Ensino Superior e Centros de Investigação, na cartografia de risco de

inundação e nos PGRI.

Parcialmente

Dentro do

âmbito

Page 18: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

18

Análise Resultado

A APA considera da maior importância os aspetos mencionados nas sugestões

apresentadas. As redes de monitorização hidrometeorológica constituem a

informação de base para a gestão de recursos hídricos, quer em secas quer

em cheias. Estão em curso a implementação/atualização de ferramentas de

análise de dados hidrométricos e meteorológicos que permitirão incrementar

a fiabilidade dos dados e simultaneamente proceder a suplementação dos

mesmos.

A atualização das curvas de vazão são uma prioridade da APA. A única equipa

de hidrometria, composta por 3 pessoas desloca-se semanalmente ao campo

para realizar quer ações de manutenção, quer de medição de caudal, que se

articula com dois técnicos que apoiam os trabalhos no gabinete. Em breve será

possível ter apoio externo através e contratualização o que permitirá

incrementar estes trabalhos, permitindo atualizar diversas curvas de vazão até

ao final do corrente ano hidrológico.

A APA fez um investimento recente numa plataforma de modelação

hidrológica e hidráulica, a sua seleção resultou da experiência com a aplicação

de diferentes plataformas. Esta ferramenta será utilizada na 2.ª fase de

implementação da diretiva, a elaboração da cartografia de áreas inundáveis

de e de risco de inundação.

A APA possui um Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH),

que permite realizar a gestão de eventos de cheias em tempo-real. Este

sistema está disponível na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), nos

Centros Distritais de Operação e Socorro (CDOS) e nos Serviços Municipais de

Proteção Civil. Esta plataforma agrega informação das redes

hidrometerológicas da APA, integra dados das Confederações Hidrográficas

espanholas, para os rios internacionais e dados das barragens geridas pelos

concessionários.

Acrescente-se, ainda, que se prevê a atualização deste sistema para

incorporar informação que resulta da modelação e dos trabalhos

desenvolvidos no âmbito da Diretiva das Inundações.

Por fim, e sobre a integração do conhecimento científico, informa-se que a

APA é parceira de diversas instituições de investigação em projetos

relacionados com a temática das inundações, entre outros.

Não

Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5572

À APA, em anexo remetemos o contributo da Câmara Municipal de Coimbra

ao processo de consulta pública do documento de “Avaliação Preliminar do

Risco de Inundações da Região Hidrográfica 4 - Vouga, Mondego e Lis”. Com

os melhores cumprimentos Divisão de Ambiente/CMC

Parcialmente

do âmbito

Análise Resultado

Page 19: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

19

A participação pública do Município de Coimbra assenta em 17 pontos que

abarcam múltiplos assuntos, alguns dos quais se encontram fora do âmbito da

presente consulta pública e por este motivo não são objeto de análise.

Informa-se, ainda, que a numeração dos pontos aqui comentados

corresponde à numeração dos pontos apresentada na conclusão do parecer

da Município de Coimbra.

Ponto 1 - Na Relatório de Avaliação Preliminar de Risco de Inundação da RH4A

no capítulo “4. Síntese” é referido a criação de uma nova ARPSI:

“Relativamente às zonas críticas identificadas no 1.º ciclo, todas foram

mantidas, sendo que se vai promover a extensão da zona de Coimbra até à

zona Estuário do Mondego, passando a englobar a área entre as duas zonas

críticas identificadas no 1.º ciclo, embora ainda representadas como três

ARPSI;” pelo que a proposta apresentada pelo Município já se encontrava

identificada.

Ponto 2 e 3 - A ARPSI de Coimbra, identificada no 1.º ciclo de implementação

da diretiva, conforme se esclarece no ponto anterior via integrar a ARPSI de

Coimbra até ao Estuário do Mondego. Deste modo, na 2.ª fase de

implementação da diretiva, elaboração da cartografia de área inundáveis e de

risco de inundação, serão objeto de nova modelação hidrológica e hidráulica,

com definição de condições de fronteira quer para montante, quer para

jusante, as áreas inundáveis serão delimitadas de acordo com os resultados

dessa modelação. Não é nesta fase que se definem os limites das áreas pelo

que as sugestões de extensão da Zona Crítica de Coimbra será apenas avaliada

na 2.ª fase de planeamento do 2.º ciclo de planeamento, esperando então

poder obter junto da CM Coimbra a informação geográfica necessária para o

efeito.

Ponto 4 – Fora do âmbito da 1.ª fase da diretiva. A representação geográfica

dos eventos não corresponde à delimitação de áreas inundáveis.

Ponto 5 – O impacto provável das alterações climáticas nas inundações será

na sua magnitude e frequência, por este motivo a União Europeia espera que

com as revisões regulares das avaliações dos riscos de inundação, mapas e

planos permitam a adaptação a este fenómeno.

Os cenários climáticos apresentam projeções para 50 e 100 anos, com um grau

de incerteza significativo. Acresce que não há informação sobre projeções do

uso do solo a longo prazo, bem como para alterações demográficas de longo

prazo. A Comissão Europeia pretende assim, com a APRI, sistematizar os

eventos de cheia que vão ocorrendo ao longo dos ciclos de implementação da

diretiva, para permitir a deteção de tendências em extremos hidrológicos e de

padrão das inundações.

Por outro lado, pretende-se, ainda, com tratamento e análise dos dados

hidrometeorológicas, nomeadamente a sua homogeneização das séries de

precipitação e de escoamentos, melhorar as metodologias de deteção de

tendências.

Assim, no 1.º ciclo de implementação foram sistematizados e analisados os

eventos ocorridos até dezembro de 2011. No ciclo, agora em curso, foram

analisados os eventos ocorridos no período de dezembro de 2011 a dezembro

de 2018. A sistematização da informação permitiu avaliar eventuais mudanças

de padrão nas inundações e esta análise está refletiva nas ARPSI selecionadas.

Ponto 6., 7., 8, 9., 10., 11., 12., 13., 14., 15., 16, 17 – Fora do âmbito da

presente consulta pública

Parcialmente

Considerado

Page 20: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

20

CONCLUSÕES

Não há alterações às ARPSI inicialmente propostas.

Page 21: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

21

1.2.5 - Região Hidrográfica 5A – Tejo e Ribeiras do Oeste

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5249

Tendo em conta os riscos há muito conhecidos de erosão costeira na

zona da Lagoa de Albufeira Mar, com consequências para os níveis de

água na praia balnear e recreativa interior penso que era de acautelar

aqui riscos de inundação sobre as infraestruturas recentemente

construídas pela Câmara: parques de estacionamento, concessões de

apoios de praia e outras infra-estruturas contíguas à linha de água da

praia da laguna.

Dentro do

âmbito

Análise Resultado

Conforme descrito no relatório colocado à consulta pública –

“RH5A_Avaliação Preliminar de Risco de Inundação”, no capítulo 2.4.2,

o critério definido pela Comissão Nacional de Gestão dos Riscos de

Inundações (CNGRI) para a seleção das Área de Risco Potencial

Significativo de Inundações (ARPSI) de origem costeira, inclui a

verificação de parâmetros como “n.º de ocorrências”, “Existência de

aglomerados urbano/área predominantemente artificializada” entre

outros. Ora, para a área referida, Lagoa de Albufeira Mar, não existem

eventos reportados que verifiquem o critério estabelecido e aplicada a

todos os eventos reportados. Deste modo, a proposta apresentada não

reúne as condições necessárias para a designação de ARPSI, neste ciclo

de implementação da Diretiva das Inundações.

Não

Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Suplementação

de Informação

Estive a analisar os dados que me enviou e de facto confirma-se que

existem dados que não estão corretos. Selecionando os dados

referentes ao município de Montemor-o-Novo do ficheiro (Cópia de

cimac_report.xlsx), constata-se que existe um registo de um evento

ocorrido a 17-11-2012 que afetou os municípios de “Estremoz, Évora,

Montemor, Vila Viçosa, Borba e Arraiolos” em que o número de pessoas

afetadas foi superior a 100. Embora me pareça que este número se

possa referir à totalidade das pessoas afetadas no conjunto dos

municípios, isolei os dados enviados pela CIMAC referentes a este dia e

constatei que o Município de Montemor-o-Novo não tem registada

qualquer ocorrência, facto que confirmei com o Serviço Municipal de

Proteção Civil. Os dados enviados pela CIMAC referentes a este dia

constam do ficheiro anexo (cheias_2012.xlsx) e referem-se a Estremoz,

Évora e Vila Viçosa, não tendo contabilizado o número de pessoas

afetadas nem os prejuízos, pelo que se desconhece a origem desses

dados.

Relativamente aos restantes dados, verifica-se que a contabilização das

pessoas afetadas por vezes engloba dados de mais que um município, o

que pode por vezes induzir em erro e alterar os resultados.

Dentro do

Âmbito

Page 22: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

22

Se de facto a razão de Montemor-o-Novo aparecer nos estudos da

“Avaliação Preliminar de Riscos de Inundação em Portugal Continental”

é da aplicação da query a casos em que há registos de mais de cem

pessoas afetadas, então não faz sentido.

Análise Resultado

A informação enviada conduziu a uma reavaliação dos eventos

enviados; após a aplicação do critério de seleção descrito no ponto 2.3,

estes eventos não passaram na query, pelo que as ARPSI de Estremoz,

Évora e Montemor-o-Novo foram retiradas da lista de ARPSI.

Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5541

A Associação Vamos Salvar o Jamor (AVSJ), é uma associação sem fins

lucrativos, que tem como principal objetivo a defesa do rio Jamor, em

especial do seu vale, da sua foz e de toda a zona envolvente,

promovendo a liberdade de utilização de todo o vale do Jamor pelas

populações numa perspetiva cultural, desportiva ou de lazer. No âmbito

da participação pública na reavaliação das ARPSI referente à Região

Hidrográfica do Tejo e Ribeiras do Oeste – RH5A, constatamos com

enorme apreensão que o vale do Jamor, a sua foz e a zona costeira

limítrofe, integrados na RH5A, não foi considerada uma área com risco

potencial significativo de inundação (ARPSI). Pelos motivos que

expomos no documento em anexo, questionamos a não integração da

foz do Jamor, do seu vale e da zona costeira limítrofe, como área com

risco potencial significativo de inundação (ARPSI), e solicitamos a

reavaliação da zona em apreço para uma futura integração na lista das

ARPSI.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

Conforme descrito no relatório colocado à consulta pública –

“RH5A_Avaliação Preliminar de Risco de Inundação”, no capítulo 2.3.1,

foi definido pela Comissão Nacional de Gestão dos Riscos de

Inundações (CNGRI), um critério para a seleção das Áreas de Risco

Potencial Significativo de Inundações (ARPSI), este critério foi aplicada

aos eventos reportados para o período de 2011 – 2018. Ora, para o local

proposto – Vale do Jamor - não existe informação de eventos de

inundação no período em análise e com impactos significativos que

verifiquem o critério definido para a definição de ARPSI.

Não

Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI SNIRH

-1

(…)

As ocorrências observadas num intervalo temporal suficientemente

longo, que permita assegurar uma análise com abrangência histórica

consentânea com a determinação do impacto nefasto das inundações,

considerando as variáveis da diretiva, com probabilidades adequadas à

elaboração de cartas de inundação e de riscos de inundações (artigo 6º

Dentro do

Âmbito

Page 23: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

23

da diretiva); O período de referência utilizado pela APA para a

caracterização de eventos de inundações (dezembro de 2011 até 2018)

será pois insuficiente para uma análise de risco das inundações, em

regiões onde é característico existirem períodos frequente e longos de

seca, alternados com períodos muito chuvosos e médios e muito

diferente no território português (norte, centro, sul e regiões

autónomas). Assim, o período selecionado para a avaliação poderá não

incorporar as características hidrológicas próprias das bacias

hidrográficas nacionais (magnitude e frequência, adequado às

diferentes regiões de Portugal) na avaliação preliminar, não incluindo

eventos de inundações relevantes.

? Os impactos nos campos agrícolas deverá considerar as perdas da

agricultura, logo, as perdas associadas aos potenciais prejuízos na

produção agrícola e pecuária, nos fatores de produção, nas

infraestruturas agrícolas (sistemas de adução e distribuição de água,

sistemas de rega, drenagem, armazéns, etc.) e nos equipamentos e

máquinas agrícolas. Assim, deverá ser considerada o impacto na

totalidade da atividade económica da agricultura.

? A zona do aproveitamento hidroagrícola de Cela (localizado na bacia

hidrográfica do rio Alcova, a jusante de Alcobaça e a montante da

cidade de Nazaré) foi atingida por inundações no período entre 2011 e

2015, com impactos negativos significativos na zona agrícola do

aproveitamento e em diversas infraestruturas, afetando a normal

atividade da população. Assim sendo, seria prudente considerar esta

zona como ARPSI.

(…)

Análise Resultado

A APA possui pleno conhecimento da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de

outubro, quer das fragilidades do 1º ciclo de implementação em

Portugal, quer das mais recentes orientações da Comissão para o 2.º

ciclo de implementação.

A estratégia definida pela Comissão Europeia para a implementação

das diversas diretivas nos Estados Membros, passa pela criação de

Grupos e subgrupos de trabalho por diretiva. Estes grupos de trabalho

reúnem periodicamente para apoiar na implementação das diretivas,

fornecer uma plataforma para o intercâmbio de informações e tomada

de decisão sobre procedimentos a adotar.

Através do grupo de trabalho da Diretiva das Inundações ficou

estabelecido que para o 2.º Ciclo de implementação o período de

análise de eventos de inundações deveria de dezembro de 2011 a 2018.

O período de referência foi decisão da Comissão seguida por todos os

estados membros. Esta definição resulta de no 1.º ciclo de

implementação da diretiva terem sido avaliados os eventos ocorridos

até 2011, supõe-se que cada Estado Membro tenha analisado

Não

Considerado

Page 24: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

24

exaustivamente esses eventos e que as ARPSI de 1º ciclo reflitam o

resultado dessa análise.

Neste novo ciclo de implementação da diretiva, a APA tem vindo a

implementar melhorias significativas relativamente ao ciclo anterior,

nomeadamente na inclusão de todos os eventos no período em análise,

na sua caracterização, na definição do critério para a seleção das ARPSI

e, por fim, na fundamentação da inclusão ou exclusão de uma área.

Relativamente à medição dos impactos nos quatro recetores

considerados na diretiva – População, Ambiente, Atividades

Económicas e Património, a APA desenvolveu para o efeito uma

plataforma que permitiu o levantamento dos impactos, bem como de

outras informações relevantes na caracterização dos eventos de cheias.

Este foi um importante salto qualitativo relativamente aos

procedimentos adotados no 1.º ciclo.

Esclarece-se ainda, sobre a esta matéria, que para a avaliação no

âmbito do art.º 4.º, da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de outubro, foram

analisados os prejuízos financeiros totais, por atividade económica,

sendo depois agregados num parâmetro único.

A zona que propõe como ARPSI está integrada na ARPSI identificada no

ponto 3.6. Resultados e proposta de atualização das áreas com risco

potencial significativo de inundação, do presente relatório e

identificada como “Alcobaça”. Os eventos ocorridos no período em

análise foram reportados pela Câmara Municipal de Alcobaça,

conforme pode constatar nos quadros 18 do ponto “3.3.Eventos

reportados 2011-2018”.

Informa-se, ainda, que aquando da elaboração da Cartografia de Áreas

Inundáveis e de Risco de Inundação serão identificados os elementos

que se localizam na área de inundação. Se forem identificadas

infraestruturas agrícolas serão desenvolvidos contactos com a entidade

responsável pela infraestrutura para a definição de eventuais medidas

de mitigação do risco.

Face ao exposto, a proposta não é considerada uma vez que a zona

referida já está integrada na ARPSI de Alcobaça.

CONCLUSÕES

As ARPSI de Montemor-o-Novo, Estremoz e Évora foram retiradas face à informação enviada. S. Martinho

do Porto fluvial foi retirada por não cumprir com o critério para a seleção das ARPSI.

Page 25: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

25

1.2.6 - Região Hidrográfica 6 – Sado

Não houve contributos para a Região Hidrográfica 6 – Sado.

Page 26: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

26

1.2.7 - Região Hidrográfica 7 - Guadiana

Tema Id Comentário Classificação

Nova ARPSI 5240

Venho propor englobar os pontos abaixo referidos: a) Mértola; b)

Alcoutim Os motivos são: 1, Tratam-se de pontos do Guadiana que

são conhecidos pela ocorrência de cheias. Ocorreram episódios em

1997 e, após Alqueva há registos de eventos mais pequenos em

2006 e 2013. 2. A bacia tem um período estival com carência de

chuva. Em média 80% da precipitação ocorre no período Outono-

Abril, existindo uma irregularidade no comportamento do rio, com

frequentes secas, muitas vezes interrompidas por grandes cheias.

3. A existência de Alqueva não pode servir de justificação, pois em

situações de total armazenamento é relevante, especialmente

quando o Chanza pode debitar mais de 1000 m3/s em cheia. 4. O

risco de cheias é reconhecida em Mértola, com referencia no

regulamento de Urbanização do Município, onde é criada uma

servidão de não construção abaixo da cota 22, cota que é referida

como alterável pelo Estado, via melhor informação. Ainda sobre

Mértola destaca-se a existência a cotas baixas, facilmente

inundáveis, de ocupação humana sensível sobre a forma de um Lar

para a 3ª idade e um equipamento escolar. 5. Para VRSA p retorno

da cheia estudada pelos Espanhóis é de 100 anos o que coloca essa

cheia equivalente a 1947, portanto com consequências em

Mértola e Alcoutim. Ou seja, ir-se-á estudar VRSA para um cenário

que causa problemas em Mértola e Alcoutim, locais estes que por

sua vez não foram considerados.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

Conforme descrito no relatório colocado à consulta pública –

“RH7_Avaliação Preliminar de Risco de Inundação”, no capítulo

2.3.1, foi definido pela Comissão Nacional de Gestão dos Riscos de

Inundações (CNGRI), um critério para a seleção das Áreas de Risco

Potencial Significativo de Inundações (ARPSI), este critério foi

aplicada aos eventos reportados para o período de 2011 – 2018.

Ora, para os locais propostos - Mértola e Pomarão - não existe

informação de eventos de inundação no período em análise. As

zonas propostas resultam de um cenário meramente teórico, sem

elementos que sustentem a sua inclusão como um cenário a

estudar.

Relativamente à ARPSI designada por Espanha, junto a Vila Real

de Santo António e à cheia de 1947, relembra-se que a construção

de Alqueva alterou significativamente o regime de caudais nesta

bacia hidrográfica, pelo que esta informação não pode servir como

base para sustentar a inclusão destas zonas como ARPSI.

Face ao exposto, a proposta apresentada não reúne as condições

necessárias para a inclusão de Mértola e Alcoutim como ARPSI.

Considerado

Page 27: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

27

Tema Id Comentário Classificação

Suplementação

de Informação

email

APA

Estive a analisar os dados que me enviou e de facto confirma-se

que existem dados que não estão corretos. Selecionando os dados

referentes ao município de Montemor-o-Novo do ficheiro (Cópia

de cimac_report.xlsx), constata-se que existe um registo de um

evento ocorrido a 17-11-2012 que afetou os municípios de

“Estremoz, Évora, Montemor, Vila Viçosa, Borba e Arraiolos” em

que o número de pessoas afetadas foi superior a 100. Embora me

pareça que este número se possa referir à totalidade das pessoas

afetadas no conjunto dos municípios, isolei os dados enviados pela

CIMAC referentes a este dia e constatei que o Município de

Montemor-o-Novo não tem registada qualquer ocorrência, facto

que confirmei com o Serviço Municipal de Proteção Civil. Os dados

enviados pela CIMAC referentes a este dia constam do ficheiro

anexo (cheias_2012.xlsx) e referem-se a Estremoz, Évora e Vila

Viçosa, não tendo contabilizado o número de pessoas afetadas

nem os prejuízos, pelo que se desconhece a origem desses dados.

Relativamente aos restantes dados, verifica-se que a

contabilização das pessoas afetadas por vezes engloba dados de

mais que um município, o que pode por vezes induzir em erro e

alterar os resultados.

Se de facto a razão de Montemor-o-Novo aparecer nos estudos da

“Avaliação Preliminar de Riscos de Inundação em Portugal

Continental” é da aplicação da query a casos em que há registos

de mais de cem pessoas afetadas, então não faz sentido.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

A informação enviada conduziu a uma reavaliação dos eventos

enviados; após a aplicação do critério de seleção descrito no ponto

2.3, estes eventos não passaram na query, pelo que as ARPSI de

Alandroal foi retirada da lista de ARPSI.

Considerado

CONCLUSÕES

As ARPSI de Alandroal e Vila Real de Santo António foram retiradas, face à informação enviada.

Page 28: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

28

1.2.8 - Região Hidrográfica 8 – Ribeiras do Algarve

Tema Id Comentário Classificação

Novas

ARPSI 5573

Avaliação Preliminar dos Riscos de Inundações em Portugal Continental -

Participação do Município de Loulé no âmbito do período de Consulta

Pública No âmbito do período de consulta pública da Avaliação Preliminar

dos Riscos de Inundações (APRI) em Portugal Continental (Diretiva n.º

2007/60/CE, de 23 de outubro / Decreto-lei n.º 115/2010, de 22 de

outubro), relatório que representa o cumprimento da APRI, primeira etapa

de implementação do segundo ciclo da Diretiva n.º 2007/60/CE, de 23 de

outubro, incluindo a APRI da Região Hidrográfica do Algarve - RH8, vem o

município de Loulé pronunciar-se sobre os mesmos, após consulta do leque

de informação documental disponível no sítio eletrónico

http://participa.pt/. O parecer do Município de Loulé sobre a Avaliação

Preliminar dos Riscos de Inundações em Portugal Continental é

apresentado no documento

"Parecer_Municipio_Loulé_Avaliacao_Preliminar_Risco_Inundacoes_Fina

l.pdf", que se encontra em anexo. Face ao aí exposto, contributo que se

espera ver vertido da versão final do documento agora em consulta

pública, o Município de Loulé continuará disponível e interessado em

acompanhar e em participar ativamente neste processo, entendendo este

momento como crucial para a identificação das áreas a nível nacional mais

vulneráveis ao risco dos vários tipos de inundação, no âmbito da qual

devem ser tidas não só as ocorrências mais recentes, mas também a

Influência das alterações climáticas sobre o risco de inundações.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

A Comissão Nacional de Gestão do Risco de Inundações no âmbito do 2.º

ciclo de implementação da diretiva das inundações considerou muito

relevante promover ainda mais o envolvimento dos Municípios neste 2.º

ciclo. Efetuou diversos contactos com as Comunidades Intermunicipais,

realizou sessões públicas nas Regiões Hidrográficas com o objetivo dar a

conhecer os trabalhos de levantamento dos eventos de inundação

ocorridos

O Município de Loulé solicitou a inclusão de um evento de galgamento

costeiro, que foi integrado na lista de eventos. Apresenta ainda uma lista

com registo de ocorrências da Proteção Civil com indicação das ações

realizadas; esta lista não contém a informação necessária para efetuar a

Avaliação Preliminar de Risco de Inundações (APRI).

Relativamente ao evento causado pela tempestade Emma, em Almancil,

este não cumpre com o critério estabelecido para a definição de ARPSI

costeira. Foram considerados dois novos troços costeiros “Quarteira –

Vale de Lobo” e “Armação de Pêra” face aos eventos reportados pela C.

Municipal de Loulé.

Parcialmente

Considerado

Page 29: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

29

No Município de Loulé face a eventos reportados será considerado de

origem fluvial as ARPSI’s de Boliqueime, Almancil e Quarteira.

Tema Id Comentário Classificação

Nova

ARPSI SNIRH 1

(…)

As ocorrências observadas num intervalo temporal suficientemente longo,

que permita assegurar uma análise com abrangência histórica

consentânea com a determinação do impacto nefasto das inundações,

considerando as variáveis da diretiva, com probabilidades adequadas à

elaboração de cartas de inundação e de riscos de inundações (artigo 6º da

diretiva); O período de referência utilizado pela APA para a caracterização

de eventos de inundações (dezembro de 2011 até 2018) será pois

insuficiente para uma análise de risco das inundações, em regiões onde é

característico existirem períodos frequente e longos de seca, alternados

com períodos muito chuvosos e médios e muito diferente no território

português (norte, centro, sul e regiões autónomas). Assim, o período

selecionado para a avaliação poderá não incorporar as características

hidrológicas próprias das bacias hidrográficas nacionais (magnitude e

frequência, adequado às diferentes regiões de Portugal) na avaliação

preliminar, não incluindo eventos de inundações relevantes.

? Os impactos nos campos agrícolas deverá considerar as perdas da

agricultura, logo, as perdas associadas aos potenciais prejuízos na

produção agrícola e pecuária, nos fatores de produção, nas infraestruturas

agrícolas (sistemas de adução e distribuição de água, sistemas de rega,

drenagem, armazéns, etc.) e nos equipamentos e máquinas agrícolas.

Assim, deverá ser considerada o impacto na totalidade da atividade

económica da agricultura.

(…)

A zona do aproveitamento hidroagrícola do Alvor (localizado na bacia

hidrográfica da ribeira de Odiáxere) situada na parte jusante e próxima do

Alvor está ocupada por numerosas habitações e outras utilizações

(empreendimentos turísticos, golfe e alguma agricultura), que estarão

potencialmente em área exposta a inundações, decorrentes da

combinação entre as cheias da ribeira Torre e do mar. Assim sendo, seria

prudente considerar esta zona como ARPSI.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

A APA possui pleno conhecimento da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de

outubro, quer das fragilidades do 1.º ciclo de implementação em Portugal,

quer das mais recentes orientações da Comissão para o 2.º ciclo de

implementação.

A estratégia definida pela Comissão Europeia para a implementação das

diversas diretivas nos Estados Membros, passa pela criação de Grupos de

Trabalho de implementação comum das diferentes diretivas. Os grupos e

sub-grupos de trabalho, coordenados pela Comissão Europeia, reúnem

periodicamente, avaliando os guias e procedimentos comuns de

Não

Considerado

Page 30: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

30

implementação das diretivas e, apoiando o desenvolvimento das

plataformas de reporte da informação gerada em cada país para

cumprimento das obrigações comunitárias, propostos pela Comissão.

Através do grupo de trabalho da Diretiva das Inundações ficou

estabelecido que para o 2.º Ciclo de implementação o período de análise

de Avaliação Preliminar de Risco de Inundação seria entre dezembro de

2011 a 2017. O período de referência foi decisão da Comissão seguida por

todos os estados membros. Esta definição resulta de no 1.º ciclo de

implementação da diretiva terem sido avaliados os eventos ocorridos até

2011, supõe-se que cada Estado Membro tenha analisado exaustivamente

esses eventos e que as ARPSI de 1.º ciclo reflitam o resultado dessa

análise.

Neste novo ciclo de implementação da diretiva, a APA tem vindo a

implementar melhorias significativas relativamente ao ciclo anterior,

nomeadamente na inclusão de todos os eventos no período em análise,

na sua caracterização, na definição do critério para a seleção das ARPSI e,

por fim, na fundamentação da inclusão ou exclusão de uma área.

Relativamente à medição dos impactos nos quatro recetores

considerados na diretiva – População, Ambiente, Atividades Económicas

e Património, a APA desenvolveu para o efeito uma plataforma que

permitiu o levantamento dos impactos, bem como de outras informações

relevantes na caracterização dos eventos de cheias. Este foi um

importante salto qualitativo relativamente aos procedimentos adotados

no 1º ciclo.

Esclarece-se ainda, sobre a esta matéria, que para a avaliação no âmbito

do art.º 4.º, da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de outubro, foram analisados

os prejuízos financeiros totais, por atividade económica, sendo depois

agregados num parâmetro único.

Informa-se, ainda, que aquando da elaboração da Cartografia de Áreas

Inundáveis e de Risco de Inundação serão identificados os elementos que

se localizam na área de inundação. Se forem identificadas infraestruturas

agrícolas serão desenvolvidos contactos com a entidade responsável pela

infraestrutura para a definição de eventuais medidas de mitigação do

risco.

A designação de uma zona como ARPSI obedece ao critério definido no

ponto 2.3.2, deste relatório. Sendo a identificação de eventos com

impactos significativos no passado a base de todo o processo de APRI. Ora

para a área que refere não existem registos de eventos de inundações que

tenham originado impactos elevados. Por outro lado, o aproveitamento

hidroagrícola que refere possui diversas infraestruturas de defesa contra

as cheias quer de origem marítima, quer fluviais (Valado de defesa, Dique

da Torre, muro de defesa), pelo que não há fundamento para a inclusão

desta zona como ARPSI.

Page 31: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

31

Tema Id Comentário Classificação

Nova

ARPSI Algarve

Armação de Pêra - Zona de litoral baixo e arenoso, limitada por sistemas

dunares com grande vulnerabilidade e menor robustez morfológica

associado a zonas urbanas. Os estudos de caracterização do Programa da

Orla Costeira Odeceixe/Vilamoura, que classificam esta área como Faixa

de litoral baixo e arenoso, consideraram fatores climáticos e físicos

relevantes para os riscos costeiros de Portugal Continental, como também

os aspetos dinâmicos da vulnerabilidade costeira

Toda a zona baixa de Armação de Pêra está sujeita a inundações

frequentes, resultantes da conjugação de fatores de origem costeira,

fluvial e pluvial.

A foz da Ribeira de Alcantarilha não tem ligação permanente ao mar,

formando-se uma lagoa costeira cujo nível de água condiciona fortemente

o escoamento das águas pluviais da zona urbana. Em situação de

precipitação intensa/tempestade, com a foz da lagoa fechada, o aumento

do nível da água na lagoa tem origem no escoamento da ribeira de

Alcantarilha e na entrada de água do mar, por galgamento do cordão

arenoso que se forma na foz e que impede a descarga para o mar, com o

consequente risco de inundação da zona urbana mais baixa de Armação

Pêra. Assim, o risco de inundação de Armação de Pêra está fortemente

dependente da cota da lagoa e esta das condições de colmatação da sua

foz por influência de fenómenos costeiros, sobrepondo-se os fatores de

origem costeira aos de origem fluvial.

Dentro do

âmbito

Análise Resultado

São consideradas duas novas ARPSI – Armação de Pêra Costeira e Fluvial Considerado

Tema Id Comentário Classificação

Suplem

entação

de

Informa

ção

Algarve

Inatel- Albufeira – Considera-se ser de retirar a origem costeira. Os eventos

costeiros não são galgamentos, mas sim processos de dinâmica

sedimentar e afetação de estruturas em situação de tempestade, como

acontece na maioria das praias do litoral do barlavento. Ocorrem sim, com

frequência, cheias na ribeira do Inatel, pelo que se propõe a sua inclusão

na zona crítica de Albufeira, de origem pluvial/fluvial (ver abaixo). Esta foi

também a abordagem do Plano Geral de Drenagem de Albufeira, que

caracteriza a situação de referência e identifica os diferentes tipos de

medidas para mitigar o risco. Este Plano Geral foi sujeito a Avaliação

Ambiental Estratégica (enviamos o Plano e AAE posteriormente)

Dentro do

âmbito

Análise Resultado

Face aos elementos enviados será retirada a ARPSI costeira Inatel-

Albufeira. Considerado

Page 32: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

32

CONCLUSÕES

Face às participações enviadas, na Região Hidrográfica 8 foram efetuadas as seguintes alterações:

1 - Retirar

a) ARPSI Inatel-Albufeira (origem costeira);

b) ARPSI Quarteira (origem pluvial/fluvial);

c) ARPSI Quarteira-Vale de Lobo (origem pluvial/fluvial).

2 - Incluir

a) ARPSI Quarteira-Vale de Lobo (origem costeira);

b) ARPSI Silves (Armação de Pêra) (origem costeira);

c) ARPSI Armação de Pêra (Ribeira Alcantarilha) (origem pluvial/fluvial).

3 - Extensão de ARPSI

a) Loulé (Boliqueime, Almancil, Quarteira)

Page 33: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

33

1.2.9 – Contributos de âmbito Nacional

Tema Id Comentário Classificação

Sugestões 5564

No âmbito do 2.º ciclo de avaliação preliminar do risco de

inundação, da revisão/elaboração de cartografia de risco de

inundação e da revisão dos PGRI, apresento as seguintes

sugestões: 1) Manutenção periódica e contínua da rede de

monitorização hidrométrica e meteorológica da APA, e

disponibilização em tempo real dos dados hidrométricos e

meteorológicos através do SNIRH. 2) Atualização das curvas de

vazão das estações hidrométricas da rede da APA. 3) Melhorar a

qualidade dos dados de input a disponibilizar para os modelos

hidrológicos e hidráulicos de inundações (e.g. topografia,

batimetria, coeficiente de resistência, CN) para permitir uma

adequada calibração e validação dos modelos. Seleção do modelo

hidrológico e hidráulico de inundações baseado num estudo de

Benchmarking. 4) Integração da vulnerabilidade na avaliação do

Risco de Inundação. 5) Desenvolvimento de Sistemas de Previsão e

Alerta de Inundações que permita a previsão em tempo real da

evolução espacial e temporal da onda de cheia e a disponibilização

desta informação aos residentes nas “Áreas de Risco Potencial

Significativo de Inundação” (ARPSI) e à Proteção Civil Municipal,

Distrital e Nacional. 6) Promover a integração do conhecimento

científico produzido nas Instituições de Ensino Superior e Centros

de Investigação, na cartografia de risco de inundação e nos PGRI.

Dentro do

Âmbito

Análise Resultado

A APA considera da maior importância os aspetos mencionados

nas sugestões apresentadas. As redes de monitorização

hidrometeorológica constituem a informação de base para a

gestão de recursos hídricos, quer em secas quer em cheias. Estão

em curso a implementação/atualização de ferramentas de análise

de dados hidrométricos e meteorológicos que permitirão

incrementar a fiabilidade dos dados e simultaneamente proceder

a suplementação dos mesmos.

A atualização das curvas de vazão são uma prioridade da APA. A

única equipa de hidrometria, composta por 3 pessoas, desloca-se

semanalmente ao campo para realizar quer ações de manutenção,

quer de medição de caudal, que se articula com dois técnicos que

apoiam os trabalhos no gabinete. Em breve será possível ter apoio

externo através de contratualização o que permitirá incrementar

estes trabalhos, permitindo atualizar diversas curvas de vazão até

ao final do corrente ano hidrológico.

A APA fez um investimento recente numa plataforma de

modelação hidrológica e hidráulica, e a sua seleção resultou da

experiência com a aplicação de diferentes plataformas. Esta

ferramenta será utilizada na 2.ª fase de implementação da

Não

Considerado

Page 34: Relatório Participação Pública da Avaliação Preliminar de ...€¦ · Avaliação Preliminar da Riscos de Inundações (APRI), com a identificação dos locais mais expostos

34

diretiva, a elaboração da cartografia de áreas inundáveis e de risco

de inundação.

A APA possui um Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos

Hídricos (SVARH), que permite realizar a gestão de eventos de

cheias em tempo-real. Este sistema está disponível na Autoridade

Nacional de Proteção Civil (ANPC), nos Centros Distritais de

Operação e Socorro (CDOS) e nos Serviços Municipais de Proteção

Civil. Esta plataforma agrega informação das redes

hidrometerológicas da APA, integra dados das Confederações

Hidrográficas espanholas, para os rios internacionais, e dados das

barragens geridas pelos concessionários.

Acrescente-se, ainda, que se prevê a atualização deste sistema

para incorporar informação que resulta da modelação e dos

trabalhos desenvolvidos no âmbito da Diretiva das Inundações.

Por fim, e sobre a integração do conhecimento científico, informa-

se que a APA é parceira de diversas instituições de investigação

em projetos relacionados com a temática das inundações, entre

outros.

Tema Id Comentário Classificação

Suplementação

de Informação 5545

Junto se enviam os contributos da CAP - Confederação dos

Agricultores de Portugal - para a consulta pública sobre a revisão

da Avaliação Preliminar de Riscos de Inundação (APRI), no âmbito

do 2º ciclo de implementação da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de

Outubro, para a avaliação e gestão dos riscos de inundações.

Parcialmente

dentro Âmbito

Análise Resultado

A participação pública da Confederação de Agricultores de

Portugal (CAP) assenta em 7 pontos que abarcam múltiplos

assuntos, alguns dos quais se encontram fora do âmbito da

presente consulta pública e por este motivo não são objeto de

análise. Informa-se, ainda, que a numeração dos pontos aqui

comentados corresponde à numeração dos pontos apresentada

na conclusão do parecer da CAP.

Ponto 1. Esclarece-se que a Comissão Europeia (CE) não

estabeleceu uma escala de relevância sobre a origem de cheias.

Cada estado membro deve determinar o grau de significância dos

eventos, relativamente ao risco de cheia e assim definir as ARPSI.

A origem da cheia não faz parte da lista de parâmetros possíveis

para a definição de ARPSI.

As alterações climáticas deverão ser avaliadas no âmbito da

Avaliação Preliminar dos Riscos de Inundações (APRI), sendo que

qualquer estado membro pode decidir não considerar alterações

climáticas na sua avaliação, desde que fundamentada a sua

decisão.

Não

Considerado

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35

O impacto provável das alterações climáticas nas inundações será

na sua magnitude e frequência, por este motivo a União Europeia

espera que as revisões regulares da avaliação do risco de

inundação, mapas e planos permitam a adaptação a este

fenómeno.

Os cenários climáticos apresentam projeções para 50 e 100 anos,

com um grau de incerteza significativo. Acresce que não há

informação sobre projeções do uso do solo a longo prazo, bem

como para alterações demográficas de longo prazo. A Comissão

Europeia pretende assim, com a APRI, sistematizar os eventos de

cheia que vão ocorrendo ao longo dos ciclos de implementação da

diretiva, para permitir a deteção de tendências em extremos

hidrológicos e de padrão das inundações.

Por outro lado, pretende-se, ainda, com tratamento e análise dos

dados hidrometeorológicas, nomeadamente a sua

homogeneização das séries de precipitação e de escoamentos,

melhorar as metodologias de deteção de tendências.

Assim, no 1º ciclo de implementação foram sistematizados e

analisados os eventos ocorridos até dezembro de 2011. No 2.º

ciclo, agora em curso, foram analisados os eventos ocorridos no

período de dezembro de 2011 a dezembro de 2018. A

sistematização da informação permitiu avaliar eventuais

mudanças de padrão nas inundações e esta análise está refletiva

nas ARPSI selecionadas.

Ponto 2. Relativamente à medição dos impactos nos quatro

recetores considerados na diretiva – População, Ambiente,

Atividades Económicas e Património - a APA desenvolveu para o

efeito uma plataforma que permitiu o levantamento dos

impactos, bem como de outras informações relevantes na

caracterização dos eventos de cheias. Este foi um importante salto

qualitativo relativamente aos procedimentos adotados no 1.º

ciclo.

Esclarece-se ainda, sobre a esta matéria, que para a avaliação no

âmbito do art.º 4.º, da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de outubro,

foram analisados os prejuízos financeiros totais, por atividade

económica, sendo depois agregados num parâmetro único.

Ponto 3. A transposição da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de outubro,

para o quadro legal nacional através do Decreto-lei 115/2010, de

22 de outubro, estabeleceu a formação da Comissão Nacional de

Gestão dos Riscos de Inundações (CNGRI), a qual inclui as

seguintes entidades – APA, APA (ARH), Direção Geral do Território,

Autoridade Nacional de Proteção Civil, Associação Nacional dos

Municípios Portugueses. Desde o início da implementação da

diretiva que se privilegiou o envolvimento de diferentes

entidades.

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36

Na fase de elaboração de cartografia serão envolvidas as

entidades relevantes no que respeita à identificação dos

elementos expostos na área inundável.

Ponto 4. A APA disponibilizou uma plataforma para reporte e

caracterização de eventos, conforme se descreve no ponto “2.3.1.

Processo de recolha de informação, critérios e classificação”. Esta

plataforma continua disponível para o reporte de eventos de

cheias.

Relativamente ao evento que causou prejuízos elevados em

Monte Real, este deu origem à definição da ARPSI de Leiria,

conforme consta do relatório “RH4A_avaliação_preliminar de

Risco_de_Inundação”. Acrescente-se que, após a apresentação

pública dos resultados da avaliação preliminar de risco de

inundações, foi dada oportunidade de reporte de eventos de

inundações às entidades que manifestaram esse interesse.

Ponto 5. Relativamente às infraestruturas hidráulicas, importa

esclarecer os seguintes aspetos:

1 – As infraestruturas hidráulicas não são referidas como

potenciais causadoras de cheias. Existe apenas uma referência a

registo de evento de cheias cuja causa foi, entre outras, descargas

de barragens quer portuguesas, quer espanholas. Este é um

parâmetro de caracterização do evento, tal como é indicado no

documento guia de implementação comum.

2 – No ponto “Cheias”, do capítulo “3.1. Caraterização da Região

Hidrográfica” é feita referência à importância que as barragens

têm na laminação dos caudais de ponta de cheias, e isto quer para

as barragens espanholas quer para as portuguesas.

As afirmações feitas pela CAP resultam de uma

descontextualização de algumas referências e de uma análise

superficial dos 8 relatórios colocados a consulta.

Ponto 6. A Convenção de Albufeira está fora do âmbito da

presente consulta.

Indicadores para a avaliação de impactos – A C.E. disponibilizou

no guia de implementação comum da diretiva das inundações a

lista de indicadores possíveis para definição do critério de ARPSI.

Estes parâmetros foram facilmente preenchidos e entendidos

pelas entidades que reportaram eventos de inundação e

permitiram uma identificação das ARPSI.

Relativamente à pergunta “Que espécie de “patrimónios” se

pretende referenciar?”. Informa-se que este é um dos recetores

considerados pela diretiva e refere-se a Património Cultural

Classificado. Este recetor já foi avaliado no 1.º ciclo de

implementação.

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37

Relativamente ao comentário sobre “Prioridade estratégica nacional”, no relatório de APRI são referidos os instrumentos de política pública que sustentam a opção.

Como está patente nos oito relatórios de APRI, foi dada igual relevância aos quatro recetores previstos na diretiva – população, ambiente, atividades económicas e património. Acrescente-se ainda que, na fase de elaboração da cartografia serão considerados aspetos de ocupação do solo, orografia, entre outros.

CONCLUSÕES

Das participações enviadas de âmbito nacional não resultam alterações às ARPSI identificadas.

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2 – Conclusão

As participações enviadas contribuíram para a clarificar, suplementar e completar a informação recolhida

sobre os eventos ocorridos no período em análise – dezembro 2011 a 2018 – sendo que 90% dos contributos

estavam “Dentro do âmbito” – Tabela 2.

Tabela 2 – Classificação das participações

Classificação Nº Participações

Dentro do Âmbito 20

Parcialmente dentro do Âmbito 3

Fora do Âmbito 0

As participações recebidas permitiram aferir as informações reportadas sobre os eventos e simultaneamente

a inclusão de eventos, não reportados e com impactos negativos significativos. Cerca de 48 % dos contributos

não foram considerados e 21% foram totalmente considerados - Tabela 3.

Tabela 3 - Análise das participações

Classificação Nº Participações

Considerado 5

Parcialmente Considerado 7

Não Considerado 11

Tabela 4 – Alterações nas ARPSI

Região

Hidrográfica ARPSI Relatório ARPSI - Após Consulta

Fluvial Costeira Fluvial Costeira

RH1 7 7 2

RH2 5 1 5 1

RH3 8 2 7 2

RH4 7 4 5 4

RH5 14 2 10 3

RH6 3 0 3 0

RH7 2 1 1 0

RH8 9 2 9 3

Total 55 12 47 15

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39

2.1 Áreas de Risco Potencial Significativo de Inundações

2.1.1 Região Hidrográfica 1 – Minho e Lima – ARPSI

Nesta região hidrográfica houve alterações resultantes da consulta pública. As ARPSI apresentadas no

Relatório APRI – RH1 designadas Ponte da Barca e Arcos de Valdevez correspondem a uma única ARPSI

designada agora por Ponte da Barca – Vez. Há a identificação de duas novas ARPSI de origem costeira –

“Amorosa” e “Castelo do Neiva”.

Tabela 5 - Lista de ARPSI para a RH1

Designação 1.º Ciclo Participa Transfronteiriça Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Monção X X 1

Valença X X 2

Caminha X 3

Ponte da Barca - Vez X X 4

Ponte de Lima X X 5

Amorosa Nova X 6

Castelo do Neiva Nova X 7

2.1.2 Região Hidrográfica 2 – Cávado – ARPSI

Nesta região hidrográfica não houve alterações resultantes da consulta pública, tendo-se mantido as ARPSI

inicialmente identificadas.

Tabela 6 - Lista de ARPSI para a RH2

Designação 1.º Ciclo Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Braga Padim da Graça X 9

Ofir Apúlia X 11

Braga Este X 10

Esposende X X 8

Póvoa de Varzim X 12

Santo Tirso X 13

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2.1.3 Região Hidrográfica 3 – Douro – ARPSI

Nesta região hidrográfica não houve alterações resultantes da consulta pública. As ARPSI apresentadas no

Relatório APRI – RH3 designadas Chaves e Chaves TR correspondem a uma única ARPSI designada agora por

Chaves TR – Chaves.

Tabela 7 - Lista de ARPSI para a RH3

Designação 1.º Ciclo Transfronteiriça Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Chaves TR - Chaves X X X 14

Mirandela X 15

Lousada X 16

Amarante X 19

Baião X 20

Régua X X 21

Porto – Foz X 17

Porto (Vila Nova de Gaia) X X 18

Espinho-Esmoriz X 22

2.1.4 Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis – ARPSI

Nesta região hidrográfica não houve alterações resultantes da consulta pública. As ARPSI apresentadas no

Relatório APRI – RH4A designadas por Coimbra, Montemor-o-Velho e Estuário do Mondego correspondem a

uma única ARSPI designada agora por Coimbra – estuário do Mondego, conforme já se indicava no capítulo

4. Síntese, do referido relatório.

Tabela 8 - Lista de ARPSI para a RH4A

Designação 1.º Ciclo Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Esmoriz-Torreira X 23

Aveiro X X 24

Águeda X X 25

Cova Mira X 26

Tamargueira X 27

Coimbra - Estuário do Mondego X X 28

Cova Gala Leirosa X 29

Pombal X X 30

Leiria X 31

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41

2.1.5 Região Hidrográfica 5A – Tejo e Ribeiras do Oeste – ARPSI

Nesta região hidrográfica houve alterações resultantes da consulta pública. As ARPSI de “Montemor-o-

Novo”, “Estremoz” e “Évora”, todas de origem fluvial/pluvial e “São Martinho do Porto “, de origem costeira

foram retiradas face à informação enviada.

As ARPSI apresentadas no Relatório APRI – RH5A designadas por: Torres Vedras e Dois Portos correspondem

a uma única ARPSI designada agora por Torres Vedras – Dois Portos; Abrantes, Santarém, V.F. Xira e Samora

Correia correspondem a uma única ARPSI designada agora por Abrantes – Estuário do Tejo.

Tabela 9 - Lista de ARPSI para a RH5A

Designação 1.º Ciclo Participa Transfronteiriça Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Abrantes - Estuário do Tejo X X 39

Alcobaça X 33

Alcobaça (Benedita) X 35

Alenquer X 42

Areia Branca X 37

Caldas da Rainha X 36

Coruche X 43

Cova do Vapor – Fonte da

Telha

X 45

Estremoz Retirada X

Évora Retirada X

Montemor-o-Novo Retirada X

Loures e Odivelas X 44

Lourinhã X 38

São Martinho do Porto Retirada X

São Martinho do Porto 34

Seixal X 46

Tomar X 32

Vimeiro X 40

Torres Vedras – Dois Portos X x 41

2.1.6 Região Hidrográfica 6 – Sado – ARPSI

Não foi recebido qualquer contributo no âmbito da participação pública para esta bacia, pelo que após

reanálise dos elementos disponíveis mantêm-se as ARPSI inicialmente identificadas.

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Tabela 10 - Lista de ARPSI para a RH6

Designação 1.º Ciclo Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Setúbal X X 47

Alcácer do Sal X X 48

Santiago do Cacém X X 49

2.1.7 Região Hidrográfica 7 – Guadiana – ARPSI

Nesta região hidrográfica houve alterações resultantes da consulta pública, tendo sido retiradas as ARPSI

identificadas como “Alandroal”, de origem fluvial e “Vila Real de Santo António”, de origem costeira, pelos

motivos apresentados no capítulo 1.

Tabela 11 - Lista de ARPSI para a RH7

Designação 1.º Ciclo

Participa Transfronteiriça Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Alandroal Retirada

Vila Real de Santo António X X 50

Vila Real de Santo António Retirada X

2.1.8 Região Hidrográfica 8 – Ribeiras do Algarve – ARPSI

Nesta região hidrográfica houve alterações resultantes da consulta pública, tendo sido retiradas as ARPSI

identificadas como “Inatel-Albufeira” de origem costeira e “Quarteira” de origem costeira, tendo sido

incluídas duas novas ARPSI atendendo aos dados remetidos que após avaliação reuniam as condições

definidas na metodologia aplicada para serem identificadas como tal.

Tabela 12 - Lista de ARPSI para a RH8

Designação 1.º Ciclo Participa Origem

Número Costeira Pluvial/Fluvial

Albufeira X 56

Aljezur X X 51

Faro X X 61

Faro-Mar X 59

Inatel-Albufeira Retirada X

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43

Monchique X X 52

Quarteira Vale de Lobo Retirada X

Quarteira Vale de Lobo Nova X 58

Loulé Boliqueime Nova X 57

Loulé Almancil Nova X 60

Silves X X 53

Armação de Pêra (Alcantarilha) Nova X 54

Armação de Pêra Nova X 55

Tavira X X 62

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44

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45

ANEXO 1 Reuniões dos Conselhos de Região Hidrográfica

REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO MINHO E LIMA, DO CÁVADO, AVE E LEÇA E DO DOURO

Na VII Reunião do Conselho de Região Hidrográfica do Norte estiveram presentes 56 participantes.

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REGIÃO HIDROGRÁFICA DO VOUGA, MONDEGO E LIS

CRH do Centro

IX Reunião, 7 de dezembro 2018, Balneário Rainha D. Amélia – Termas de São Pedro do Sul

Agenda:

14.30 – Abertura da IX Reunião do CRH

14.45 – Votação da Ata da reunião anterior

15.00 – Atividades em curso na ARH do Centro

15.15 – Apresentação dos resultados da avaliação intercalar da implementação das medidas do 2º ciclo dos

PGRH

Engª. Fernanda Gomes, Chefe de Divião de Planeamento e Gestão da Água

15.45 – Avaliação preliminar dos riscos de inundações nas RH4 - 2º ciclo de Planeamento da Diretiva

Inundações

Engª. Felisbina Quadrado, Diretora do Departamento de Recursos Hídricos

16.30 – Outros assuntos

17.00 – Encerramento

Presenças: Total 44

Administração

Central e

Regional

Administração

Local

(Autarquias e

CIM)

Universidade Empresa

Privada

Associação de

desenvolvimento

local/regional e

ONGA

N.º

Participantes

15 17 6 1 5

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47

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE

O 8.º Conselho de Região Hidrográfica da RH5 teve lugar em 5 de dezembro de 2018, no Observatório do

Sobreiro e da Cortiça às 14h30, tendo, nesta reunião, sido sujeito a discussão e pronúncia do CRH, o trabalho

efetuado, de revisão e atualização das áreas potenciais de risco de inundações (ARPSI), no âmbito do 2º ciclo

de planeamento da Diretiva Inundações - Plano de Gestão de Risco de Inundações.

Em seguida, é apresentada a agenda da reunião, bem como, a lista dos conselheiros participantes. Salienta-

se que, para além dos Conselheiros, foram ainda convidados a estar presentes na sessão representantes das

Comunidades Intermunicipais abrangidas pela área de jurisdição da ARHTO, bem como as Câmaras

Municipais nomeados como vogais suplentes no CRH, tendo sido o número total de presenças de 60 pessoas.

Agenda da Reunião:

1. Ordem de trabalhos

2. Aprovação da ata da reunião anterior

3. Avaliação intercalar da implementação das medidas do PGRH Tejo e Oeste - 2º ciclo

4. Avaliação preliminar dos riscos de inundações na RH5 - Diretiva Inundações - 2º ciclo

5. Desafios para a Agricultura na Região do Tejo no contexto das Alterações Climáticas

6. Outros assuntos

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REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO SADO E MIRA E DO GUADIANA

Na VIII Reunião do Conselho de Região Hidrográfica do Alentejo estiveram presentes 25 participantes.

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REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS RIBEIRAS DO ALGARVE

7ª Reunião do Conselho da Região Hidrográfica da RH8 – Ribeiras do Algarve

Faro, 31 de novembro 2018

Ordem de Trabalhos

1. Abertura do Conselho

2. Aprovação da Ata da VI Reunião do CRH Algarve

3. Informação prévia: situação quantitativa dos recursos hídricos/Intervenções em Monchique na

sequência dos incêndios

4. Comunicações:

Apresentação do Projeto Life Volunteers Escapes - Eng.ª Paula Vaz (APA/ARH Algarve)

Resultados da avaliação intercalar da implementação das medidas do 2º ciclo dos PGRH – Eng.ª

Fernanda Gomes, Chefe de Divisão de Planeamento e Gestão da Água/DRH/APA

Avaliação preliminar dos riscos de inundações na RH8 – 2º ciclo de Planeamento da Diretiva

Inundações – Eng.ª Maria Felisbina Quadrado- Diretora do Departamento de Recursos

Hídricos/APA

Estiveram presentes 18 Conselheiros e mais 10 participantes, tendo sido convidados técnicos dos

Municípios e de outras entidades para assistir à apresentação da “Avaliação preliminar dos riscos de

inundações na RH8 – 2º ciclo de Planeamento da Diretiva Inundações”.

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ANEXO 2

Contributos recebidos

Contributos Região Hidrográfica 1 – Minho e Lima

Câmara Municipal de Viana do Castelo

Relativamente à proposta de Avaliação Preliminar dos Riscos de Inundações vimos aportar os seguintes

contributos:

1 - Considerando que o objetivo deste relatório em discussão pública, para além de um modelo de avaliação

visa, também, apresentar a reavaliação das Áreas de Risco Potencial Significativo de Inundação no âmbito do

2.º ciclo de implementação (2018-2022) deve ser solicitada a incorporação no presente relatório dos eventos,

oportunamente, reportados pela Câmara Municipal;

2 - Tendo em consideração a origem das inundações sublinha-se que toda a orla costeira vianense, com a

exceção de pequenos segmentos alcantilados (dependendo da altura da onda) é extremamente vulnerável a

galgamentos e inundações costeiras em episódios de maior agitação marítima, aliás tal facto é reconhecido

no POC recentemente em discussão pública;

3 - Ainda no âmbito das inundações costeiras recorda-se a vulnerabilidade da orla costeira vianense em caso

de marmotos e neste contexto anexou-se um trabalho publicado recentemente sobre esta mesma matéria no

litoral minhoto;

4 - No âmbito das inundações fluviais releva-se a vulnerabilidade de toda a área estuarina do rio Lima,

particularmente, da parte baixa da cidade de Viana do Castelo e da Vila de Darque em episódios de maior

precipitação e ou de descarga das barragens do Alto Lindoso e Touvedo. Situação que pode ser agravada se

coincidir com um episódio de grande agitação marítima em período de maré cheia;

5 - Entende-se que devem também ser considerados os diversos cenários de inundação fluvial em caso de

aberturas não programadas das barragens do Alto Lindoso e Touvedo e no caso extremo de rotura de uma

delas ou das duas barragens;

6 - Recorda-se a singularidade das chamadas ribeiras costeiras atlânticas, com comportamentos torrenciais,

sendo bem conhecidos, desde pelo menos o século XIX, diversos episódios de inundação no último terço da

bacia hidrográfica dos rios Âncora, Afife, Pego, Rodanho e Neiva;

7 - Com o mesmo comportamento recordamos diversos episódios registados em tributários dos rios Lima,

Neiva e Âncora.

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Anexa-se informação enviada em 30-4-2018 consistindo de eventos reportados pelos Bombeiros Municipais

de Viana do Castelo e levantamento de danos ocorridos devido a tempestade 4-7 de janeiro de 2014.

Nota: Foram enviados diversos anexos que se encontram disponíveis para consulta na APA.

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Contributos Região Hidrográfica 2 – Cávado, Ave e Leça

Câmara Municipal de Trofa

No âmbito do processo de consulta pública da APRI da Região Hidrográfica do Cávado, Ave e Leça vimos

solicitar que reconsiderem a área inundável da Ribeira do Vale do Roque, no concelho da Trofa, como uma área

de risco potencial significativo de inundação. No relatório apresentado apenas consta um dos eventos

reportados (13/02/16) quando efetivamente existem evidências de mais 6 eventos no período em análise –

14/12/12, 29/03/13, 2/01/14, 15/9/15, 4/1/16 e 10/1/16 (anexo). A área atravessada pela bacia da ribeira de

Vale de Roque sofreu, ao longo dos anos, uma intervenção ao nível da construção, de tal forma massiva, que

o próprio curso da linha de água foi alterado. Reflexo desta profunda alteração da linha de água e da pressão

urbanística na zona envolvente à EN14, toda ela situada numa zona plana e aluvionar (lugar das Pateiras), em

períodos de chuva intensa verificam-se níveis de cheia bastante elevados, o que obriga ao corte do trânsito

automóvel desta via e provocam prejuízos avultados a munícipes e à autarquia. A EN14, considerada uma das

estradas com maiores índices de tráfego, neste ponto em concreto apresenta um TMDA entre 15 e 30 mil

veículos motorizados, sendo que 6% são pesados, para os quais não existem percursos alternativos.

Considerando que estes eventos implicam um corte de estrada com uma duração entre 12h a 1 dia, o impacto

socioeconómico causado sobre a população e empresas/serviços, bem como sobre os movimentos pendulares

é extremamente negativo.

Nota: Foram enviados diversos anexos que se encontram disponíveis para consulta na APA.

Câmara Municipal de Esposende

Avaliação Preliminar dos Riscos de Inundação Região Hidrográfica do Cávado, Ave e Leça (RH2)

Da análise do documento relativo à Consulta Pública da Avaliação Preliminar dos Riscos de

Inundações na Região Hidrográfica do Cávado, Ave e Leça – RH2, e na medida em que se trata de

uma avaliação intermédia do ciclo de planeamento e onde não existem grandes modificações de

fundo, não existem considerações de maior a apresentar. Não obstante, importa salientar que a

zona ribeirinha de Esposende se mantém como ARPSI (Área de Risco Potencial Significativo de

Inundação), estando agora também prevista/proposta a identificação de uma nova ARPSI no

concelho de Esposende, relativa ao troço costeiro entre Ofir e Apúlia (em concordância com o

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53

proposto no POC CE). Porém, a delimitação desta área não é traduzida em planta, pelo que não se

percebe claramente qual a sua extensão ou abrangência. Por outro lado, face aos episódios de

galgamentos ou pré-galgamentos oceânicos que se verificam frequentemente em Belinho e em Rio

de Moinhos, seria pertinente avaliar a conveniência de se propor a inclusão destas zonas, apesar de

não existirem infraestruturas ou núcleos habitacionais em risco, mas sim campos agrícolas de

grande produtividade e importância sob o ponto de vista económico. Para além destas notas, deverá

ser corrigida a menção efetuada à ETAR de Esposende, na figura 15, página 45 do documento, uma

vez que aparece legendada como sendo uma ETAR com capacidade de tratamento inferior a 15.000

e.p., e a capacidade de tratamento da ETAR, após as obras realizadas recentemente, é superior aos

15.000 e.p. Esposende, 23 de dezembro de 2018.

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Contributos Região Hidrográfica 3 – Douro

CEDOUA - Centro de Estudos de Direito do Urbanismo e do Ambiente

A presente apreciação refere-se à revisão da APRI - RH3 Douro. De acordo com as ARPSI identificadas,

os tipos de inundações que podem ocorrer são de origem fluvial, cheias repentinas pluviais e

inundações marítimas em zonas costeiras. Contudo, no que concerne às barragens, a avaliação dos

riscos potenciais não analisa adequadamente a perda das condições de cobertura vegetal, a qual

agrava a ocorrência de inundações em contexto de condições meteorológicas extremas. A alteração

das condições de cobertura vegetal é um indicador essencial, em sede de revisão e atualização das

zonas críticas, desde logo na sequência dos incêndios florestais. Ao destruírem o coberto vegetal,

interferem fortemente com o ramo terrestre do ciclo hidrológico, contribuindo, assim, para o aumento

do escoamento superficial em detrimento da infiltração, o que se traduz na potenciação do aumento

das inundações e seus efeitos prejudiciais para a saúde humana, o ambiente, o património cultural e

a economia. Há, ainda, a necessidade de incluir riscos não previstos desencadeados pelas inundações,

bem como o impacto das alterações climáticas. De acordo com a Diretiva 2007/60/CE e com a lei

nacional, é obrigatória a inclusão de todos os riscos potenciais significativos, lembrando-se que, em

sede de responsabilidade pública, há precedentes judiciais que sustentam a condenação do Estado

por danos provocados por inundações, desde logo roturas (Proc.: 00007/04.9BECBR, TCA-N,

25/06/2009, condenação do INAG).

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Câmara Municipal de Amarante

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Contributos Região Hidrográfica 4A – Vouga, Mondego e Lis

Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra

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Nota: Foram enviados diversos anexos que se encontram disponíveis para consulta na APA.

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Câmara Municipal da Batalha

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Câmara Municipal de Cantanhede – Gabinete de Recursos Naturais

Não é feita no documento em causa qualquer referência ao concelho de Cantanhede, no que diz

respeito ao n.º de ocorrências verificadas de cheias e inundações nem ao seu impacto na população,

atividades económicas e infraestruturas. O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de

Cantanhede identifica e caracteriza o Risco de Cheias e Inundações no concelho, no qual têm uma

probabilidade de ocorrência média-alta. A gravidade é reduzida para a população, reduzida para a

sócio economia e reduzida para o ambiente, sendo que no total, o risco é considerado elevado.

Solicitamos a reapreciação dos documentos, no sentido de considerar a inclusão e análise das

ocorrências verificadas no concelho de Cantanhede (PMEPCC, informação APA e informação CDOS

Coimbra e ANPC).

Nota: Foram enviados diversos anexos que se encontram disponíveis para consulta na APA

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Câmara Municipal de Leiria

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Nota: Foram enviados diversos anexos que se encontram disponíveis para consulta na APA

Particular

No âmbito do 2º ciclo de avaliação preliminar do risco de inundação, da revisão/elaboração de

cartografia de risco de inundação e da revisão dos PGRI, apresento as seguintes sugestões: 1)

Manutenção periódica e contínua da rede de monitorização hidrométrica e meteorológica da APA, e

disponibilização em tempo real dos dados hidrométricos e meteorológicos através do SNIRH; 2)

Atualização das curvas de vazão das estações hidrométricas da rede da APA; 3) Melhorar a qualidade

dos dados de input a disponibilizar para os modelos hidrológicos e hidráulicos de inundações (e.g.

topografia, batimetria, coeficiente de resistência, CN) para permitir uma adequada calibração e

validação dos modelos. Seleção do modelo hidrológico e hidráulico de inundações baseado num

estudo de Benchmarking; 4) Integração da vulnerabilidade na avaliação do Risco de Inundação; 5)

Desenvolvimento de Sistemas de Previsão e Alerta de Inundações que permita a previsão em tempo

real da evolução espacial e temporal da onda de cheia e a disponibilização desta informação aos

residentes nas “Áreas de Risco Potencial Significativo de Inundação” (ARPSI) e à Proteção Civil

Municipal, Distrital e Nacional; 6) Promover a integração do conhecimento científico produzido nas

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Instituições de Ensino Superior e Centros de Investigação, na cartografia de risco de inundação e nos

PGRI.

Câmara Municipal de Coimbra

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Contributos Região Hidrográfica 5A – Tejo e Ribeiras do Oeste

Particular

Bom dia Tendo em conta os riscos há muito conhecidos de erosão costeira na zona da Lagoa de Albufeira Mar,

com consequências para os níveis de água na praia balnear e recreativa interior penso que era de acautelar

aqui riscos de inundação sobre as infraestruturas recentemente construídas pela Câmara: parques de

estacionamento, concessões de apoios de praia e outras infraestruturas contíguas à linha de água da praia da

laguna.

Associação vamos salvar o Jamor

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Contributos Região Hidrográfica 7 – Guadiana

Particular

RH - GUADIANA Proposta de adição de pontos Exmos Srs. Venho propor englobar os pontos abaixo referidos:

a) Mértola; b) Alcoutim Os motivos são: 1, Tratam-se de pontos do Guadiana que são conhecidos pela

ocorrência de cheias. Ocorreram episódios em 1997 e, após Alqueva há registos de eventos mais pequenos

em 2006 e 2013. 2. A bacia tem um período estival com carência de chuva. Em média 80% da precipitação

ocorre no período Outono-Abril, existindo uma irregularidade no comportamento do rio, com frequentes

secas, muitas vezes interrompidas por grandes cheias. 3. A existência de Alqueva não pode servir de

justificação, pois em situações de total armazenamento é relevante, especialmente quando o Chanza pode

debitar mais de 1000 m3/s em cheia. 4. O risco de cheias é reconhecida em Mértola, com referencia no

regulamento de Urbanização do Município, onde é criada uma servidão de não construção abaixo da cota 22,

cota que é referida como alterável pelo Estado, via melhor informação. Ainda sobre Mértola destaca-se a

existência a cotas baixas, facilmente inundáveis, de ocupação humana sensível sobre a forma de um Lar para

a 3ª idade e um equipamento escolar. 5. Para VRSA p retorno da cheia estudado pelos Espanhóis é de 100

anos o que coloca essa cheia equivalente a 1947, portanto com consequências em Mértola e Alcoutim. Ou

seja, irá-se estudar VRSA para um cenário que causa problemas em Mértola e Alcoutim, locais estes que por

sua vez não foram considerados.

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Contributos Região Hidrográfica 8 – Ribeiras do Algarve

Câmara Municipal de Loulé

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Nota: Foram enviados diversos anexos que se encontram disponíveis para consulta na APA.

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Contributos de âmbito nacional

Confederação de Agricultores Portugueses

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Particular

No âmbito do 2º ciclo de avaliação preliminar do risco de inundação, da revisão/elaboração de cartografia de

risco de inundação e da revisão dos PGRI, apresento as seguintes sugestões: 1) Manutenção periódica e

contínua da rede de monitorização hidrométrica e meteorológica da APA, e disponibilização em tempo real

dos dados hidrométricos e meteorológicos através do SNIRH. 2) Atualização das curvas de vazão das estações

hidrométricas da rede da APA. 3) Melhorar a qualidade dos dados de input a disponibilizar para os modelos

hidrológicos e hidráulicos de inundações (e.g. topografia, batimetria, coeficiente de resistência, CN) para

permitir uma adequada calibração e validação dos modelos. Seleção do modelo hidrológico e hidráulico de

inundações baseado num estudo de Benchmarking. 4) Integração da vulnerabilidade na avaliação do Risco de

Inundação. 5) Desenvolvimento de Sistemas de Previsão e Alerta de Inundações que permita a previsão em

tempo real da evolução espacial e temporal da onda de cheia e a disponibilização desta informação aos

residentes nas “Áreas de Risco Potencial Significativo de Inundação” (ARPSI) e à Proteção Civil Municipal,

Distrital e Nacional. 6) Promover a integração do conhecimento científico produzido nas Instituições de Ensino

Superior e Centros de Investigação, na cartografia de risco de inundação e nos PGRI.