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- 1 - RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO INQUÉRITO REALIZADO PELO PROGRAMA INTERGERAÇÕES – Março a Junho de 2012 OUTUBRO de 2012

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RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO DOS

RESULTADOS DO INQUÉRITO REALIZADO

PELO PROGRAMA INTERGERAÇÕES –

Março a Junho de 2012

OUTUBRO de 2012

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Ficha Técnica

Relatório de apresentação dos resultados do inquérito realizado pelo programa Intergerações

Produção:

Gabinete de Monitorização e Apoio à Gestão - GMAG

DASS/ SCML

Fontes de Informação:

Inquérito do Programa Intergerações

Realização:

Paulo Antunes Ferreira

Grafia:

Este texto não segue as normas do Acordo Ortográfico de 1990

- Outubro de 2012 –

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Índice

1. Sumário executivo .................................................................................................................................................................................. - 5 -

Taxa de cobertura do inquérito face à população de referência ................................................................................................................ - 5 -

Caracterização da população inquirida ....................................................................................................................................................... - 5 -

2. Nota introdutória .................................................................................................................................................................................... - 9 -

2.1. Sobre o programa Intergerações ......................................................................................................................................................... - 9 -

2.2. Sobre o relatório ................................................................................................................................................................................ - 10 -

3. Nota metodológica sobre a recolha e produção dos dados.................................................................................................................. - 10 -

3.1. Sobre a população-alvo ...................................................................................................................................................................... - 10 -

3.2. Sobre o processo de inquirição .......................................................................................................................................................... - 11 -

3.3. Sobre o questionário .......................................................................................................................................................................... - 11 -

3.4. Sobre o tratamento dos dados .......................................................................................................................................................... - 12 -

3.5. Sobre a construção do índice de isolamento ..................................................................................................................................... - 12 -

3.6. Sobre a taxa de cobertura do Inquérito: comparação com dados do Censos 2011 ........................................................................... - 13 -

4.Apresentação de resultados .................................................................................................................................................................. - 15 -

4.1. Variáveis de cruzamento .................................................................................................................................................................... - 15 -

4.2. Caracterização sociodemográfica ...................................................................................................................................................... - 17 -

4.3. Apoios institucionais .......................................................................................................................................................................... - 29 -

4.4. Ocupação do tempo ........................................................................................................................................................................... - 32 -

4.5. Dependência ...................................................................................................................................................................................... - 36 -

4.6. Problemas de saúde ........................................................................................................................................................................... - 45 -

4.7. Necessidades mais importantes......................................................................................................................................................... - 51 -

5. Notas Finais ........................................................................................................................................................................................... - 54 -

Anexo 1 ..................................................................................................................................................................................................... - 58 -

Anexo 2 ..................................................................................................................................................................................................... - 60 -

Anexo 3 ..................................................................................................................................................................................................... - 63 -

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Índice de quadros

TABELA 1 PERFIS SOCIODEMOGRÁFICOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA TOTAL E DOS INQUIRIDOS MAIS ISOLADOS ....................................................... - 6 -

TABELA 2 PERFIS DE RESPOSTA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA TOTAL E DOS INQUIRIDOS MAIS ISOLADOS ................................................................ - 7 -

TABELA 3 POPULAÇÃO RESIDENTE COM 65 E MAIS ANOS, SEGUNDO A DIASL ................................................................................................ - 13 -

TABELA 4 TAXA DE COBERTURA DO INQUÉRITO FACE À POPULAÇÃO RESIDENTE COM 65 E MAIS ANOS, SEGUNDO O SEXO E DIASL ........................... - 14 -

TABELA 5 POPULAÇÃO RESIDENTE COM 65 E MAIS ANOS, QUE VIVE SOZINHA OU COM OUTROS IDOSOS, SEGUNDO A DIASL ................................... - 14 -

TABELA 6 TAXA DE COBERTURA DO INQUÉRITO FACE À POPULAÇÃO RESIDENTE COM 65 E MAIS ANOS, ............................................................... - 14 -

TABELA 7 DISTRIBUIÇÃO DOS INQUIRIDOS, SEGUNDO A DIASL (N E %) ........................................................................................................ - 15 -

TABELA 8 TIPO DE HABITAÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA (N E %) .............................................................................................................. - 15 -

TABELA 9 TIPO DE HABITAÇÃO, SEGUNDO A DIASL (N E %) ....................................................................................................................... - 16 -

TABELA 10 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, POR COHABITAÇÃO (N E %) ......................................................................................... - 16 -

TABELA 11 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO.............................................................................. - 17 -

TABELA 12 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA POR SEXO (N E %) ...................................................................................................... - 17 -

TABELA 13 DISTRIBUIÇÃO POR SEXO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) .......................................................................... - 17 -

TABELA 14 COHABITAÇÃO, SEGUNDO O SEXO (N E %) .............................................................................................................................. - 18 -

TABELA 15 NÍVEIS DE ISOLAMENTO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO O SEXO (N E %) .............................................................................. - 18 -

TABELA 16 DISTRIBUIÇÃO POR SEXO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ................................................... - 18 -

TABELA 17 POPULAÇÃO INQUIRIDA, POR ESCALÕES ETÁRIOS (N E %) ........................................................................................................... - 19 -

TABELA 18 ESCALÕES ETÁRIOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) .................................................................................. - 19 -

TABELA 19 ESCALÕES ETÁRIOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ........................................................................ - 20 -

TABELA 20 COHABITAÇÃO DOS INQUIRIDOS, SEGUNDO OS ESCALÕES ETÁRIOS (N E %) .................................................................................... - 20 -

TABELA 21 NÍVEIS DE ISOLAMENTO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS ESCALÕES ETÁRIOS (N E %) ........................................................... - 20 -

TABELA 22 ESCALÕES ETÁRIOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E%) ............................................................ - 21 -

TABELA 23 ESCALÕES ETÁRIOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO O ÍNDICE DE ISOLAMENTO (MÉDIA) ........................................................... - 21 -

TABELA 24 DISTRIBUIÇÃO POR ESTADO CIVIL DA POPULAÇÃO INQUIRIDA (N E %) ........................................................................................... - 21 -

TABELA 25 ESTADO CIVIL DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ......................................................................................... - 22 -

TABELA 26 ESTADO CIVIL DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) .................................................................. - 22 -

TABELA 27 NÍVEIS DE ISOLAMENTO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO O ESTADO CIVIL (N E %) ................................................................... - 22 -

TABELA 28 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, POR COHABITAÇÃO (N E %) ......................................................................................... - 23 -

TABELA 29 NÚMERO DE IDOSOS NO AGREGADO, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ...................................................................................... - 23 -

TABELA 30 COMPOSIÇÃO DO AGREGADO DOMÉSTICO DOS INQUIRIDOS QUE VIVEM COM OUTRAS PESSOAS (N E %) .............................................. - 23 -

TABELA 31 COHABITAÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ........................................................................................ - 24 -

TABELA 32 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, POR NÚMERO DE FILHOS VIVOS (N E %) ......................................................................... - 24 -

TABELA 33 NÚMERO DE FILHOS VIVOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ........................................................................ - 24 -

TABELA 34 NÚMERO DE FILHOS VIVOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) .............................................................. - 25 -

TABELA 35 NÚMERO DE FILHOS VIVOS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ................................................. - 25 -

TABELA 36 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA POR DIMENSÃO DO AGREGADO FAMILIAR (N E %) ............................................................. - 26 -

TABELA 37 DIMENSÃO DO AGREGADO FAMILIAR DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ........................................................... - 26 -

TABELA 38 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA POR HABILITAÇÕES LITERÁRIAS (N E %) ........................................................................... - 26 -

TABELA 39 HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ......................................................................... - 27 -

TABELA 40 HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) .............................................................. - 28 -

TABELA 41 HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ................................................. - 28 -

TABELA 42 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA POR FONTES DE RENDIMENTO (N E %) ............................................................................ - 29 -

TABELA 43 FONTES DE RENDIMENTO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) .......................................................................... - 29 -

TABELA 44 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA POR BENEFÍCIO DE APOIO INSTITUCIONAL (N E %) ............................................................. - 30 -

TABELA 45 APOIO INSTITUCIONAL DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) .............................................................................. - 30 -

TABELA 46 APOIO INSTITUCIONAL DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) .................................................................... - 30 -

TABELA 47 APOIO INSTITUCIONAL DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ...................................................... - 30 -

TABELA 48 DISTRIBUIÇÃO POR INSTITUIÇÕES DE APOIO DA POPULAÇÃO QUE BENEFICIA DE APOIO INSTITUICONAL (N E %)...................................... - 31 -

TABELA 49 INSTITUIÇÕES DE APOIO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ............................................................................ - 31 -

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TABELA 50 INSTITUIÇÕES DE APOIO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) .................................................................. - 32 -

TABELA 51 INSTITUIÇÕES DE APOIO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ..................................................... - 32 -

TABELA 52 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO INQUIRIDA PELE FREQUÊNCIA DE SAÍDA DE CASA (N E %) ................................................................... - 32 -

TABELA 53 FREQUÊNCIA DE SAÍDA DE CASA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) .................................................................. - 33 -

TABELA 54 FREQUÊNCIA DE SAÍDA DE CASA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ........................................................ - 33 -

TABELA 55 FORMAS DE OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA (N E %) .................................................................................... - 34 -

TABELA 56 FORMAS DE OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ......................................................... - 34 -

TABELA 57 FORMAS DE OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ............................................... - 35 -

TABELA 58 FORMAS DE OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO A FREQUÊNCIA DE SAÍDA DE CASA (N E %) ......................... - 35 -

TABELA 59 FORMAS DE OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA DA POPULAÇÃO INQUIRIDA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %).................................. - 36 -

TABELA 60 TAREFAS QUOTIDIANAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA (N E %) .................................................................. - 37 -

TABELA 61 TAREFAS QUOTIDIANAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ....................................... - 37 -

TABELA 62 TAREFAS QUOTIDIANAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ............................. - 37 -

TABELA 63 TAREFAS QUOTIDIANAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ............... - 38 -

TABELA 64 ACTIVIDADES FÍSICAS DIÁRIAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA (N E %) .......................................................... - 38 -

TABELA 65 ACTIVIDADES FÍSICAS DIÁRIAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ..................... - 39 -

TABELA 66 ACTIVIDADES FÍSICAS DIÁRIAS PARA AS QUAIS NECESSITA DE APOIO DE OUTRA PESSOA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %)........ - 39 -

TABELA 67 AJUDA HABITUAL EM CASO DE NECESSIDADE (N E %)................................................................................................................. - 40 -

TABELA 68 AJUDA HABITUAL EM CASO DE NECESSIDADE, SEGUNDO O ESTADO CIVIL (N E %)............................................................................. - 40 -

TABELA 69 AJUDA HABITUAL EM CASO DE NECESSIDADE, SEGUNDO A DIASL (N E %) ..................................................................................... - 41 -

TABELA 70 AJUDA HABITUAL EM CASO DE NECESSIDADE, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ........................................................................... - 41 -

TABELA 71 AJUDA HABITUAL EM CASO DE NECESSIDADE, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) .............................................................. - 42 -

TABELA 72 UTILIZAÇÃO HABITUAL DE SERVIÇOS POR PARTE DA POPULAÇÃO INQUIRIDA (N E %) ........................................................................ - 42 -

TABELA 73 UTILIZAÇÃO HABITUAL DE SERVIÇOS, SEGUNDO A DIASL (N E %) ................................................................................................ - 43 -

TABELA 74 UTILIZAÇÃO HABITUAL DE SERVIÇOS, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ...................................................................................... - 43 -

TABELA 75 UTILIZAÇÃO HABITUAL DE SERVIÇOS, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ......................................................................... - 43 -

TABELA 76 RAZÕES APRESENTADAS PARA NÃO SE UTILIZAR O CENTRO DE DIA E O APOIO DOMICILIÁRIO (N E %) .................................................. - 44 -

TABELA 77 RAZÕES APRESENTADAS PARA NÃO SE UTILIZAR O CENTRO DE DIA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ................................. - 44 -

TABELA 78 RAZÕES APRESENTADAS PARA NÃO SE UTILIZAR O APOIO DOMICILIÁRIO, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) .......................... - 45 -

TABELA 79 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE (N E %) ......................................................................................................................... - 46 -

TABELA 80 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE, SEGUNDO A DIASL (N E %) .............................................................................................. - 46 -

TABELA 81 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE, SEGUNDO A COABITAÇÃO (N E %) ...................................................................................... - 46 -

TABELA 82 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ...................................................................... - 46 -

TABELA 83 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE CRÓNICOS (N E %) ........................................................................................................... - 47 -

TABELA 84 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE CRÓNICOS, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ..................................................................... - 47 -

TABELA 85 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE CRÓNICOS, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ........................................................ - 47 -

TABELA 86 EXISTÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE CRÓNICOS, SEGUNDO A DIASL (N E %) ............................................................................... - 47 -

TABELA 87 RECURSO A AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA (N E %) ................................................................................................................... - 48 -

TABELA 88 RECURSO A AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA, SEGUNDO A DIASL (N E %) ....................................................................................... - 48 -

TABELA 89 RECURSO A AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ............................................................................. - 48 -

TABELA 90 RECURSO A AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ................................................................ - 49 -

TABELA 91 RAZÕES PARA NÃO PROCURAR AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA ENTRE A POPULAÇÃO QUE NÃO A PROCURA (N E %) ................................ - 49 -

TABELA 92 RAZÕES PARA NÃO PROCURAR AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA ENTRE A POPULAÇÃO QUE NÃO A PROCURA, SEGUNDO A DIASL (N E %) .... - 50 -

TABELA 93 RAZÕES PARA NÃO PROCURAR AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA ENTRE A POPULAÇÃO QUE NÃO A PROCURA, .......................................... - 50 -

TABELA 94 RAZÕES PARA NÃO PROCURAR AJUDA MÉDICA ESPECIALIZADA ENTRE A POPULAÇÃO QUE NÃO A PROCURA, .......................................... - 51 -

TABELA 95 NECESSIDADES MAIS IMPORTANTES MANIFESTADAS PELA POPULAÇÃO INQUIRIDA (N E %) ................................................................ - 51 -

TABELA 96 NECESSIDADES MAIS IMPORTANTES, SEGUNDO A DIASL (N E %) ................................................................................................. - 52 -

TABELA 97 NECESSIDADES MAIS IMPORTANTES, SEGUNDO A COHABITAÇÃO (N E %) ....................................................................................... - 52 -

TABELA 98 NECESSIDADES MAIS IMPORTANTES, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ISOLAMENTO (N E %) ......................................................................... - 53 -

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1. Sumário executivo

Os dois objectivos principais deste relatório são caracterizar a população abrangida pelo programa e apresentar

informação relevante para a actividade da SCML.

Assim, tendo presente estes dois objectivos, e após uma análise exaustiva dos dados, foi elaborado um índice de

isolamento que, em nossa opinião, permite aprofundar a caracterização da população inquirida em função da missão

da SCML, tem valor acrescentado para analisar a informação deste inquérito e pode contribuir para o delinear de

futuras estratégias de acção induzidas pela análise dos resultados do inquérito.

Taxa de cobertura do inquérito face à população de referência

Constata-se uma grande regularidade da taxa de cobertura do inquérito face à população residente com 65 e mais

anos, vivendo sozinha ou com outros idosos, variando entre 24% e 29% nos diferentes territórios das DIASL,

podendo concluir-se que não houve zonas da cidade que tenham ficado prejudicadas na inquirição.

Caracterização da população inquirida

A base de dados final ficou fixada em 22.679 inquiridos. De um modo geral, no que respeita à caracterização

sociodemográfica, trata-se de uma população:

• Essencialmente feminina, em que mais de 2/3 dos inquiridos são do sexo feminino.

• Residente, na sua esmagadora maioria, em andares (86%).

• Vivendo, na sua maioria (66%), em companhia de outro idoso (sendo cerca de 1/3 os que vivem sozinhos), e

na qual o estado civil mais frequente (48%) é o da condição de casado, seguido pelos viúvos (37%).

• Em que a grande maioria (80%) possui filhos vivos.

• Em que mais de 60% possuem mais de 75 anos de idade.

• Com habilitações literárias pouco elevadas, dado que 1/4 da população inquirida não completou qualquer

nível de ensino (com saliência para os cerca de 12% que afirmam não saber ler nem escrever) e a habilitação

mais frequente é o 1º ciclo do ensino básico (a antiga instrução primária), possuído por 42% dos idosos

inquiridos. No pólo oposto, cerca de 9% afirmam possuir um curso superior.

• Com rendimentos provenientes, para a grande maioria (87%), da pensão de reforma.

A utilização do índice de isolamento permitiu encontrar dois sub-conjuntos de inquiridos mais marcados pelo

isolamento: os “muito isolados” (410 inquiridos) e os “isolados” (4256 inquiridos). O perfil sociodemográfico dos

inquiridos “muito isolados” é bastante distinto do perfil da população em geral:

• Os maiores níveis de isolamento estão associados a idades mais elevadas.

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• O índice de isolamento revela associação com o número de filhos ainda vivos que se possui, sendo que 41%

dos mais isolados não tem filhos vivos.

• O índice de isolamento revela associação com o nível de instrução, com 42% dos mais isolados a não terem

completado qualquer grau de ensino.

• O grupo dos inquiridos mais isolados é composto sobretudo por viúvos (66%) e por solteiros (21%).

Tabela 1 Perfis sociodemográficos da população inquirida total e dos inquiridos mais isolados

População inquirida total Inquiridos mais isolados

Idade Menos idosos

(85 e mais: 16%

65-74: 39%)

Mais idosos

(85 e mais: 31%

65-74: 19%)

Sexo Feminino (67%) Mais feminino (86%)

Estado civil Casados (48%) e Viúvos (37%) Viúvos (66%) e Solteiros (21%)

Nº de filhos vivos Mais filhos

(Nenhum: 19%

2 ou mais: 49%)

Menos filhos

(Nenhum: 41%

2 ou mais: 23%)

Nível de instrução Mais instruídos

(Não sabe ler nem escrever:12%

Não completou qualquer grau: 13%)

Menos instruídos

(Não sabe ler nem escrever: 21%

Não completou qualquer grau: 21%)

No que respeita aos comportamentos, opiniões e necessidades manifestadas a maioria da população inquirida

parece bastante autónoma:

• Maioritariamente não beneficia de apoio institucional.

• A razão para não beneficiar é o facto de não precisar, pois diz não ter qualquer necessidade especial, diz não

usar os serviços porque não precisa, diz não necessitar de ajuda para as tarefas diárias, revela um fraco grau

de dependência física ou cognitiva para as tarefas básicas quotidianas.

• Uma população que sai diariamente de casa e ocupa o seu dia-a-dia a ver televisão, ajudar a família ou fazer

trabalhos domésticos.

• Uma população que diz ter algum problema de saúde, e que procura ajuda médica especializada para

resolver os problemas de saúde graves.

No entanto, se estes são os traços principais, de forma sintética, para a população inquirida, quando utilizamos o

índice de isolamento construído encontramos um perfil bastante distinto para os inquiridos mais isolados:

• A maior parte deste grupo não tem qualquer pessoa que o ajude habitualmente e também talvez por isso

beneficie mais de apoio institucional do que a população total.

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• Trata-se de um grupo que na sua maioria parece revelar uma situação de dependência nas actividades

quotidianas, dizendo que necessita de ajuda de outras pessoas para a maior parte das actividades básicas

diárias, quer de cariz mais físico quer de natureza mais cognitiva.

• Trata-se de um grupo que precisaria de utilizar os centros de dia, não o fazendo por dificuldades de

locomoção.

• Trata-se de um grupo que manifesta como necessidade principal sobretudo a ajuda para as tarefas básicas

diárias e a companhia e conversa.

• Trata-se de um grupo que procura menos do que a população em geral a ajuda médica especializada quando

tem um problema grave de saúde, e que apresenta como principal razão para esse facto as dificuldades de

locomoção.

• Trata-se de um grupo que basicamente ocupa o seu dia-a-dia a ver televisão.

Tabela 2 Perfis de resposta da população inquirida total e dos inquiridos mais isolados

População total inquirida Inquiridos com maior nível de isolamento

APOIOS

Apoio habitual em caso de necessidade Filhos (43%) Ninguém (49%)

Tem apoio institucional 13% 33%

Tem apoio da SCML 6% 19%

OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA

Passear 39% 10%

Leitura 18% 7%

Ajudar a família 18% 1%

DEPENDÊNCIA

Menor dependência Maior dependência

Necessita ajuda para fazer compras 29% 61%

Necessita ajuda para ir ao médico 28% 57%

Necessita ajuda para lida da casa 32% 58%

Necessita ajuda para tratar documentos 31% 56%

Necessita ajuda para higiene pessoal 13% 38%

Necessita de ajuda para deslocar-se ao exterior 19% 52%

Necessita de ajuda para deslocar-se em casa 7% 20%

Necessita de ajuda para deslocar-se a alimentação 7% 24%

Necessita de ajuda para vestir-se/despir-se 9% 19%

SAÚDE

Afectada por problemas de saúde 87% 95%

Não procura ajuda médica especializada 8% 20%

Razões para não procurar ajuda médica Financeiras (42%) Dificuldades de locomoção (42%)

UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Utilização de apoio domiciliário 6% 23%

Utilização de centro de saúde 82% 70%

Razão para não usar o centro de dia - Não preciso - Não consigo deslocar-me

75% 6%

40% 30%

Razão para não usar o apoio domiciliário - Não preciso

84%

51%

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- É muito caro - Desconheço que exista ou onde encontrar

2% 3%

9% 12%

NECESSIDADES MAIS IMPORTANTES

- Nenhuma - Ajuda nas tarefas básicas diárias - Companhia/conversa - Ajuda para deslocar-se ao exterior

62% 9% 5% 3%

33% 21% 15% 7%

Assim, como conclusão principal, pensamos que a maior utilidade que este relatório poderá ter situa-se, mais do que

na identificação de temas concretos para novas estratégias ou campos de acção, na contribuição para a identificação

de um grupo específico de idosos, marcados pelo isolamento. O índice de isolamento revelou produzir diferenças

significativas em diversas dimensões da informação. Este índice poderá ainda ser mais afinado em função de futura

análise estatística e confrontação com situações concretas, com o objectivo de definir melhor a constituição do

grupo concreto para população-alvo de intervenção da SCML.

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2. Nota introdutória

2.1. Sobre o programa Intergerações

No presente relatório procurar-se-á apresentar os principais resultados do Inquérito realizado no âmbito do

Programa Intergerações.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) lançou em Março passado o programa Intergerações, integrado na

aposta na prevenção das situações de isolamento e solidão de idosos residentes na cidade de Lisboa, bem como no

apoio à satisfação de necessidades e resolução de problemas. De acordo com a Deliberação de Mesa de 3 de

Fevereiro de 2012 (Anexo 1 - DM nº 216), o objectivo do Programa era a “prevenção das situações de isolamento em

que se encontram muitos idosos residentes na cidade de Lisboa”. Por outro lado, o Documento Orientador (Anexo 2)

do Programa Intergerações apresentava o seguinte texto:

“O programa INTERGERAÇÕES nasce da necessidade de encontrar resposta ao número crescente de pessoas idosas

que se encontram isoladas, sem contacto com o mundo exterior, em situação de risco e auto-exclusão.”

“ (…) as equipas do Programa Intergerações irão percorrer rua-a-rua, prédio-a-prédio, sinalizando e identificando

todos quantos se encontram em situação de isolamento e solidão, no sentido de encontrar a melhor, mais célere e

necessária resposta social, de acordo com as necessidades detectadas.”

A operacionalização destes objectivos foi efectuada através das seguintes linhas de actuação:

• Constituição de equipas de rua;

• Transposição dos objectivos para as equipas de rua;

• Elaboração de instrumentos de recolha e registo de informação;

• Formação das equipas para aplicação dos questionários;

• Aplicação do questionário pelas equipas de rua, porta a porta;

• Sinalização às Direcções de Acção Social Local das situações com necessidade de apoio urgente;

Na transposição dos objectivos para as equipas de rua a Coordenação do Programa decidiu que não seriam

identificados apenas idosos com mais de 65 anos que vivessem sozinhos, mas que seriam igualmente identificados

idosos que vivessem com o cônjuge, pois a qualquer momento poderiam passar à condição de viver sós.

O objectivo da primeira fase do Programa foi realizar o levantamento e identificação das situações de pessoas idosas

que vivem isoladas e necessitam de algum tipo de apoio. As equipas de rua preparadas para o efeito percorreram

todas as freguesias da Cidade, rua a rua, porta a porta, entre Março e Julho passados, aplicando um questionário aos

idosos identificados e sinalizando para as Direcções de Acção Social Local (DIASL) os idosos que consideravam

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encontrar-se em situação de necessidade de apoio urgente, recorrendo se necessário a informações fornecidas pela

comunidade (por exemplo, o comércio local ou os vizinhos).

2.2. Sobre o relatório

O presente relatório pretende ser um relatório de apresentação dos resultados de uma actividade localizada num

momento único do tempo (neste caso um inquérito à população idosa identificada no âmbito do programa

Intergerações) e de exploração dos dados tendo em vista a missão da SCML. Não se trata assim de um relatório

científico de análise de dados de um estudo.

Os dois objectivos principais deste relatório, são:

• Caracterizar a população abrangida pelo programa;

• Apresentar informação relevante para a actividade da SCML.

Assim, os resultados apresentados aparecem sempre ventilados por três variáveis:

• Uma variável “organizacional”, a DIASL;

• Uma variável “coabitação”, que identifica se os inquiridos vivem sozinhos ou acompanhados;

• Um índice associado à condição de “isolamento” da população inquirida.

3. Nota metodológica sobre a recolha e produção dos dados

3.1. Sobre a população-alvo

Quando o questionário foi construído, inicialmente, era dirigido a uma população-alvo constituída por indivíduos

com mais de 65 anos, residentes no município de Lisboa, vivendo em agregados unifamiliares; ou seja, idosos

vivendo sozinhos na cidade de Lisboa.

A coordenação do projecto decidiu alargar a inquirição aos indivíduos idosos que residiam com outro idoso, fosse ele

cônjuge, familiar ou amigo, passando o questionário a incluir algumas perguntas ajustadas a essa situação.

De acordo com os dados do Censos 2011, no município de Lisboa existem 132054 pessoas com mais de 65 anos a

residir em alojamentos familiares (ou seja, este número não tem em conta os idosos que vivem em alojamentos

institucionais, como sejam os lares ou as pensões). Deste conjunto, 85508 vivem sozinhos ou com outros idosos,

dividindo-se entre 35470 que vivem sozinhos e 50038 que vivem com outros idosos. Estes últimos vivem, na sua

grande maioria, com apenas outro idoso, pois a média de idosos por alojamento é de 2,03.

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3.2. Sobre o processo de inquirição

As equipas de inquiridores percorreram todas as freguesias, rua a rua, prédio a prédio, porta a porta. Foram

efectuadas reuniões preparatórias em todas as Juntas de Freguesia, mas não foi efectuada qualquer pré-selecção

dos alojamentos nem construída qualquer amostra. Em cada rua percorrida, as equipas utilizavam todas as

informações obtidas através de fontes locais que lhes permitissem saber em que moradas residiam pessoas idosas a

viver sozinhas ou em companhia de outros idosos. Em quase todas as freguesias foram efectuadas repetições, ou

seja, novas tentativas de contacto quando a primeira tentativa não tinha sido bem sucedida.

3.3. Sobre o questionário

A construção do questionário respondeu a dois objectivos genéricos:

• Identificação e caracterização do idoso a nível demográfico;

• Identificação e caracterização do idoso em termos de problemas e necessidades.

Tendo em consideração as características do público-alvo do inquérito e o tempo total para o trabalho de campo, foi

definido um tempo máximo de aplicação de cada questionário (10 minutos), que condicionou a sua dimensão e a

correspondente escolha de perguntas. O questionário recolheu o parecer da Direcção de Acção Social e foi testado

num único momento, em que todos os entrevistadores aplicaram questionários a idosos encontrados na rua,

durante uma tarde.

Assim, o questionário procurou, para além de elementos de caracterização socio-demográfica, incluir

perguntas que proporcionassem informação sobre:

• O tipo de apoios de que se beneficiava, quer de instituições, quer de pessoas;

• A forma de ocupação do dia-a-dia e a frequência com que saíam de casa;

• O grau de dependência dos inquiridos, através da capacidade para realizar autonomamente um

conjunto de actividades e tarefas;

• O tipo de serviços que se costumava usar;

• A condição de saúde e a procura de ajuda médica;

• As necessidades mais sentidas.

Para além disto, o questionário era acompanhado por um documento de consentimento que permitia aos

inquiridos dar autorização para que os seus dados fossem georreferenciados, de modo a que a Santa Casa

pudesse, com facilidade, saber onde se encontram e como se distribuem pela cidade as diferentes

situações de vulnerabilidade caracterizadora da população idosa.

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3.4. Sobre o tratamento dos dados

Os dados foram submetidos a uma análise de consistência, que procurou incongruências no sentido de resposta dos

inquiridos, tendo sido corrigidas grande parte das inconsistências detectadas. Tendo em conta os objectivos do

Programa, deu-se particular atenção às variáveis de situação relacionadas com a questão do isolamento, ou seja, a

variável “vive só ou acompanhado” foi confrontada com as variáveis “dimensão do agregado”, “número de idosos no

agregado”, “situação conjugal”.

3.5. Sobre a construção do índice de isolamento

Tendo em conta que um dos objectivos do Programa era identificar e sinalizar idosos isolados que necessitassem de

ajuda e que foram inquiridos muito mais idosos do que apenas aqueles que vivem sozinhos, procurou construir-se

uma variável que de algum modo pudesse medir a condição de isolamento, de modo a perceber se existiriam perfis

de necessidades e problemas diferentes consoante o diferente grau de isolamento.

Após uma análise exaustiva dos dados, decidiu-se construir um índice de isolamento, que agrega informação de 4

variáveis:

Variáveis seleccionadas Valores atribuídos

Dimensão do agregado:

1 1

2 0,5

3 ou mais 0

Frequência de saída de casa:

Nunca ou quase nunca 1

1 vez por mês 0,66

1 vez por semana 0,33

diariamente 0

Pessoas a que se recorre em caso de necessidade:

Ninguém 1

Alguém 0

Ocupação do dia-a-dia:

Referir “sempre sozinho” como uma das 3 ocupações referidas 1

Nunca referir “sempre sozinho” 0

O índice pode variar entre 1 e 0, sendo 1 o valor mais alto de isolamento e 0 o valor mais baixo. Os níveis de

isolamento resultam da agregação dos valores do índice: a categoria “muito isolado” agrupa os inquiridos com valor

do índice entre 1 e 0,66; a categoria “isolado” agrupa os inquiridos com valor de índice entre 0,67 e 0,33; e a

categoria “pouco ou nada isolado” agrupa os inquiridos com valor de índice entre 0,34 e 0.

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A razão da escolha destas 4 variáveis para a construção do índice prende-se com a procura do isolamento, enquanto

conceito definido por se passar a maior parte do tempo sozinho e por não se ter ninguém a quem recorrer em caso

de necessidade, procurando assim ir de encontro a um dos objectivos do Programa.

É evidente que estas variáveis não traduzem a qualidade nem a intensidade das relações sociais que o idoso

estabelecerá no seu quadro de vida, e por essa razão é importante realçar que este índice não pretende medir o

isolamento social nem a solidão, tal como são definidos na literatura especializada. O inquérito não incluía

perguntas que permitissem construir um índice para medir essas realidades. Assim, o índice construído procurou

apenas e tão-somente utilizar a informação disponível para, de um modo grosseiro e exploratório, tentar explorar os

dados, procurando relações que a utilização de variáveis simples não faziam aparecer. Consideramos que este índice

poderá ainda ser afinado e melhorado, eventualmente com vista a uma utilização mais abrangente do que o cenário

do inquérito.

3.6. Sobre a taxa de cobertura do Inquérito: comparação com dados do Censos 2011

Tendo em consideração que não se seguiu qualquer procedimento amostral para selecção da população a inquirir,

procurou-se perceber como se situa a população inquirida face aos dados mais recentes para a população do

município de Lisboa, os dados do Censos de 2011 realizado pelo INE.

Assim, o quadro 3 mostra a população residente feminina e masculina com 65 e mais anos, distribuída pelos

territórios das quatro DIASL. O quadro 4 mostra a taxa de cobertura do inquérito, quer para a população masculina,

quer para a população feminina, confrontando o número de inquiridos com a população residente, permitindo

constatar uma apreciável regularidade na taxa de cobertura das populações das diferentes zonas de Lisboa, com

uma ligeira sobre-representação das mulheres face aos homens.

Tabela 3 População residente com 65 e mais anos, segundo a DIASL

População residente com 65 e mais anos *

DIASL H M T H (%) M (%)

Centro-Ocidental 15584 27233 42817 36,4% 63,6%

Norte 13079 19533 32612 40,1% 59,9%

Oriental 8969 13707 22676 39,6% 60,4%

Sul 12165 21784 33949 35,8% 64,2%

49797 82257 132054 37,7% 62,3%

*Fonte: Censos 2011, INE

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Tabela 4 Taxa de cobertura do Inquérito face à população residente com 65 e mais anos, segundo o sexo e DIASL

População residente com

65 e mais anos * Inquiridos com mais de 65

anos** Taxa de cobertura

DIASL H M T H M T H M T

Centro-Ocidental 15584 27233 42817 2009 4828 6837 12,89% 17,73% 15,97%

Norte 13079 19533 32612 1990 3916 5906 15,22% 20,05% 18,11%

Oriental 8969 13707 22676 1227 2700 3927 13,68% 19,70% 17,32%

Sul 12165 21784 33949 1757 4056 5813 14,44% 18,62% 17,12%

49797 82257 132054 6983 15500 22483 12,89% 17,73% 15,97%

*Fonte: Censos 2011, INE ** Inquérito Intergerações, 2012, SCML

Por seu turno, o quadro 5 mostra a população residente com 65 e mais anos que vive sozinha ou na companhia de

outros idosos, que poderia ser a população de referência do inquérito. O quadro 6 mostra-nos a taxa de cobertura

do inquérito, distribuída pelos territórios das 4 DIASL. Uma vez mais se constata a grande regularidade da taxa de

cobertura, variando entre 24% e 29% nos diferentes territórios das DIASL, podendo concluir-se que não houve zonas

da cidade que tenham ficado prejudicadas na inquirição.

Tabela 5 População residente com 65 e mais anos, que vive sozinha ou com outros idosos, segundo a DIASL

População residente com 65 e mais anos, que vive sozinha ou com outros idosos*

DIASL Vive só (%) Vive com outros

idosos (%) T

Centro-Ocidental 12240 43,0% 16210 57,0% 28450

Norte 7718 37,0% 13127 63,0% 20845

Oriental 4940 36,7% 8508 63,3% 13448

Sul 10572 46,4% 12193 53,6% 22765

35470 41,5% 50038 58,5% 85508

*Fonte: Censos 2011, INE

Tabela 6 Taxa de cobertura do Inquérito face à população residente com 65 e mais anos,

que vive sozinha ou com outros idosos, segundo a DIASL

População residente com 65 e mais anos, que vive

sozinha ou com outros idosos *

Inquiridos com mais de 65

anos**

Taxa de cobertura

DIASL T T T

Centro-Ocidental 28450 6837 24,03%

Norte 20845 5906 28,33%

Oriental 13448 3927 29,20%

Sul 22765 5813 25,53%

85508 22483 26,29%

*Fonte: Censos 2011, INE ** Inquérito Intergerações, 2012, SCML

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4.Apresentação de resultados

Neste ponto do relatório apresentam-se tabelas com os principais resultados do inquérito, fazendo-se uma discrição

sumária das tendências encontradas.

4.1. Variáveis de cruzamento

Começaremos por fazer uma descrição da distribuição da população inquirida pelas variáveis que ao longo do

relatório irão ser usadas sistematicamente como variáveis de cruzamento: a DIASL; a coabitação; e o índice de

isolamento e os níveis de isolamento.

4.1.1. Distribuição dos inquiridos pelas DIASL

Em termos de zona de residência na cidade de Lisboa, e utilizando como unidade de análise a DIASL, verifica-se que

foi na DIASL Centro-Ocidental que foram aplicados maior número de questionários, seguida da Norte e da Sul, e

aparecendo a Oriental como a DIASL em que foram inquiridas menos pessoas. No entanto, como se viu

anteriormente, esta distribuição desigual não significa que a taxa de cobertura face à população idosa residente,

vivendo sozinha ou em companhia de outros idosos, tenha sido desigual, bem pelo contrário.

Tabela 7 Distribuição dos inquiridos, segundo a DIASL (N e %)

DIASL N %

DIASL Sul 5869 25,9%

DIASL Centro-Ocidental 6891 30,4%

DIASL Oriental 3948 17,4%

DIASL Norte 5971 26,3%

Total Geral 22679 100,0%

A grande maioria dos inquiridos vive em andares, sendo apenas 12% os que vivem em casa térrea. Este dado não

revela associação com o facto de se viver sozinho nem com o índice de isolamento, e esta distribuição é igualmente

transversal às DIASL.

Tabela 8 Tipo de habitação da população inquirida (N e %)

Tipo de habitação N %

Casa Térrea 2727 12,02%

Andar 19430 85,67%

(em branco) 522 2,30%

Total Geral 22679 100,00%

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Tabela 9 Tipo de habitação, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Tipo de habitação N % N % N % N % N %

Casa Térrea 614 10,5% 839 12,2% 480 12,2% 794 13,3% 2727 12,0%

Andar 5190 88,4% 5903 85,7% 3254 82,4% 5083 85,1% 19430 85,7%

(em branco) 65 1,1% 149 2,2% 214 5,4% 94 1,6% 522 2,3%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

4.1.2. Distribuição dos inquiridos pela varável “coabitação”

Quando questionamos esta população inquirida sobre se vive só ou em companhia de outras pessoas, verifica-se que

a grande maioria (66%) vive com outras pessoas. Os que vivem sozinhos constituem 34% dos inquiridos,

correspondentes a 7791 idosos.

Tabela 10 Distribuição da população inquirida, por cohabitação (N e %)

Com quem vive N %

Vive só 7791 34,35%

Vive com outras pessoas 14888 65,65%

Total Geral 22679 100,00%

4.1.3. O índice de isolamento e a distribuição dos inquiridos pelos níveis de isolamento

O índice de isolamento é uma variável construída a partir da agregação de informação proveniente de quatro

variáveis do questionário: dimensão do agregado doméstico; frequência de saída de casa; pessoas a quem se recorre

habitualmente quando se necessita de ajuda; e um dos indicadores da ocupação do dia-a-dia (cf. Informação sobre a

construção do índice nas Notas metodológicas deste relatório).

O índice varia entre 1 e 0, sendo 1 o valor mais alto de isolamento e 0 o valor mais baixo. Os níveis de isolamento

resultam da agregação dos valores do índice: a categoria “muito isolado” agrupa os inquiridos com valor do índice

entre 1 e 0,66; a categoria “isolado” agrupa os inquiridos com valor de índice entre 0,67 e 0,33; e a categoria “pouco

ou nada isolado” agrupa os inquiridos com valor de índice entre 0,34 e 0.

Assim, os níveis de isolamento distribuem-se da seguinte forma pela população inquirida: a grande maioria (79%)

dos inquiridos situa-se no nível “pouco ou nada isolado”, enquanto 19% integram o nível “isolado” e cerca de 2%

caracterizam-se por uma situação de elevado grau de isolamento.

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Tabela 11 Distribuição da população inquirida segundo os níveis de isolamento

Níveis de isolamento N %

Muito isolados 410 1,8%

Isolados 4256 18,8%

Pouco ou nada isolados 18013 79,4%

Total Geral 22679 100,0%

4.2. Caracterização sociodemográfica

A população inquirida foi essencialmente feminina, pois mais de 2/3 dos inquiridos são mulheres. A distribuição

pelos territórios das DIASL revela uma apreciável homogeneidade, mostrando que por toda a cidade foram

inquiridos muito mais mulheres do que homens.

Tabela 12 Distribuição da população inquirida por sexo (N e %)

Sexo N %

Masculino 7038 31,03%

Feminino 15641 68,97%

Total Geral 22679 100,00%

Quando comparamos com os dados do Censos de 2011, respeitantes a população residente no município de Lisboa

com 65 e mais anos, verifica-se que a distribuição dos inquiridos por sexo neste inquérito Intergerações tem

ligeiramente sobre-representada a população feminina e sub-representada a masculina. Dois factos poderiam estar

associados a estes números: por um lado, a própria distribuição da população idosa residente, de acordo com o

Censos 2011, reflecte esta proporção entre homens e mulheres; por outro lado, se recordarmos que os inquéritos

eram realizados nas habitações dos inquiridos, estes números poderão significar que as mulheres idosas são mais

sedentárias do que os homens, que passarão mais tempo na rua.

Tabela 13 Distribuição por Sexo da População inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Sexo N % N % N % N % N %

Masculino 1775 30,2% 2027 29,4% 1232 31,2% 2004 33,6% 7038 31,0%

Feminino 4094 69,8% 4864 70,6% 2716 68,8% 3967 66,4% 15641 69,0%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Ao procurar analisar a relação dos homens e das mulheres idosas com situações de isolamento, e olhando em

primeiro lugar para a forma como cada sexo se distribui pelas situações de isolamento, verificamos que a grande

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maioria (82%) dos homens vive com outras pessoas, enquanto nas mulheres essa percentagem desce para 58%,

confirmando entre a população inquirida as tendências demográficas já conhecidas quanto à mortalidade feminina e

masculina.

Tabela 14 Cohabitação, segundo o sexo (N e %)

Masculino Feminino Total Total

Coabitação N % N % N %

Vive só 1292 18,4% 6499 41,6% 7791 34,4%

Vive com outras pessoas 5746 81,6% 9142 58,4% 14888 65,6%

Total Geral 7038 100,0% 15641 100,0% 22679 100,0%

Quando utilizamos o índice de isolamento para analisar a distribuição de cada sexo pelos níveis de isolamento,

verificamos que as diferenças são muito pequenas, sugerindo estes dados, tal como se verá a respeito de quase

todas as variáveis analisadas ao longo deste relatório, que o facto de viver sozinho não implica necessariamente que

se seja isolado.

Tabela 15 Níveis de isolamento da população inquirida, segundo o sexo (N e %)

Masculino Feminino Total Total

Níveis de isolamento N % N % N %

Muito isolados 57 0,8% 353 2,3% 410 1,8%

Isolados 1196 17,0% 3060 19,6% 4256 18,8%

Pouco ou nada isolados 5785 82,2% 12228 78,2% 18013 79,4%

Total Geral 7038 100,0% 15641 100,0% 22679 100,0%

No entanto, quando queremos ver se as situações de isolamento são mais caracterizadas por um ou outro sexo, o

que se verifica é que o grupo mais isolado tem uma proporção de mulheres significativamente superior à média, o

que aponta para que o isolamento seja uma situação mais associada ao sexo feminino.

Tabela 16 Distribuição por Sexo da População inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total

Sexo N % N % N % N %

Masculino 57 13,9% 1196 28,1% 5785 32,1% 7038 31,0%

Feminino 353 86,1% 3060 71,9% 12228 67,9% 15641 69,0%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

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Olhando agora para a distribuição etária da população inquirida, verifica-se que o escalão onde existem mais

inquiridos é o das idades entre os 75 e os 84 anos (44,6%), e que os “grandes idosos” (com mais de 85 anos)

constituem 16% dos inquiridos. Se adicionarmos os dois escalões mais idosos, verifica-se que cerca de 60% dos

inquiridos possuem mais de 75 anos.

Já o grupo dos chamados “jovens idosos”, ou seja dos idosos com idades entre os 65 e 74 anos, constitui cerca de

39% do total de sinalizados.

Entre a população inquirida menos de 1% tem idade abaixo dos 65 anos, não sendo considerados idosos pelo critério

da idade. Estes indivíduos terão eventualmente sido inquiridos por se considerar que estavam em situação de

particular fragilidade, mesmo que não sendo “idosos”.

Tabela 17 População inquirida, por escalões etários (N e %)

Idade N %

Menos de 65 anos 191 0,84%

Entre 65 e 74 anos 8735 38,52%

Entre 75 e 84 anos 10110 44,58%

85 e mais anos 3638 16,04%

Sem informação 1 0,00%

Casos inválidos 4 0,02%

Total Geral 22679 100,00%

Ao termos em conta os territórios das DIASL, verificamos que as DIASL Sul e Centro-Ocidental apresentam uma

população inquirida ligeiramente mais idosa dos que a Norte e a Oriental: enquanto a Sul e a Centro-Ocidental

registam uma percentagem superior à média de “grandes idosos”, as DIASL Norte e Oriental apresentam

percentagem superior à média de “jovens idosos” (entre 65 e 74 anos).

Tabela 18 Escalões etários da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-Ociden

tal DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Idade N % N % N % N % N %

85 e mais anos 1138 19,4% 1279 18,6% 466 11,8% 755 12,6% 3638 16,0%

Entre 75 e 84 anos 2644 45,1% 3115 45,2% 1773 44,9% 2578 43,2% 10110 44,6%

Entre 65 e 74 anos 2031 34,6% 2443 35,5% 1688 42,8% 2573 43,1% 8735 38,5%

Menos de 65 anos 55 0,9% 52 0,8% 21 0,5% 63 1,1% 191 0,8%

Casos inválidos 1 0,0% 2 0,0% 0,0% 1 0,0% 4 0,0%

Sem informação 0,0% 0,0% 0,0% 1 0,0% 1 0,0%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

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- 20 -

A idade revela igualmente associação com a situação de isolamento, seja qual a for a forma como é medida: entre os

que vivem sozinhos, 70% tem mais de 75 anos, enquanto entre os que vivem acompanhados essa percentagem é de

56%.

Tabela 19 Escalões etários da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total

Idade N % N % N %

85 e mais anos 1616 20,7% 2022 13,6% 3638 16,0%

Entre 75 e 84 anos 3833 49,2% 6277 42,2% 10110 44,6%

Entre 65 e 74 anos 2276 29,2% 6459 43,4% 8735 38,5%

Menos de 65 anos 65 0,8% 126 0,8% 191 0,8%

Sem informação 0,0% 1 0,0% 1 0,0%

Casos inválidos 1 0,0% 3 0,0% 4 0,0%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Tabela 20 Cohabitação dos inquiridos, segundo os escalões etários (N e %)

85 e mais anos

Entre 75 e 84 anos

Entre 65 e 74 anos

Menos de 65 anos Total Total

Cohabitação N % N % N % N % N %

1 - Vive só 1616 44,4% 3833 37,9% 2276 26,1% 65 34,0% 7791 34,4%

2 - Vive com outras pessoas 2022 55,6% 6277 62,1% 6459 73,9% 126 66,0% 14888 65,6%

Total Geral 3638 100,0% 10110 100,0% 8735 100,0% 191 100,0% 22679 100,0%

Quando se mede o isolamento através do índice de isolamento, é curioso ver que o grupo etário que apresenta

maior índice de isolamento é o grupo mais jovem, apontando estes dados para ser essa uma das razões que levaram

as equipas a entrevistar estes indivíduos não idosos (que, recorde-se, constituem menos de 1% da amostra). Se

exceptuarmos estes casos, então o índice de isolamento revela uma associação linear com a idade, aumentando à

medida que a idade aumenta.

Tabela 21 níveis de isolamento da população inquirida, segundo os escalões etários (N e %)

85 e mais anos

Entre 75 e 84 anos

Entre 65 e 74

anos

Menos de 65 anos Total Total

Níveis de isolamento N % N % N % N % N %

Muito isolados 127 3,5% 196 1,9% 78 0,9% 9 4,7% 410 1,8%

Isolados 980 26,9% 1960 19,4% 1259 14,4% 57 29,8% 4256 18,8%

Pouco ou nada isolados 2531 69,6% 7954 78,7% 7398 84,7% 125 65,4% 18013 79,4%

Total Geral 3638 100,0% 10110 100,0% 8735 100,0% 191 100,0% 22679 100,0%

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- 21 -

Tabela 22 Escalões etários da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e%)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total

Idade N % N % N % N %

85 e mais anos 127 31,0% 980 23,0% 2531 14,1% 3638 16,0%

Entre 75 e 84 anos 196 47,8% 1960 46,1% 7954 44,2% 10110 44,6%

Entre 65 e 74 anos 78 19,0% 1259 29,6% 7398 41,1% 8735 38,5%

Menos de 65 anos 9 2,2% 57 1,3% 125 0,7% 191 0,8%

Sem informação 0,0% 0,0% 1 0,0% 1 0,0%

Casos inválidos 0,0% 0,0% 4 0,0% 4 0,0%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

Tabela 23 Escalões etários da população inquirida, segundo o Índice de Isolamento (média)

Idade

Média de Índice de

Isolamento

85 e mais anos 0,278577515

Entre 75 e 84 anos 0,231707715

Entre 65 e 74 anos 0,188615627

Menos de 65 anos 0,268429319

Total Geral 0,222909189

Em termos de Estado civil, é possível ver que os casados ou em união de facto são o grupo mais representado (48%)

entre os inquiridos, seguidos pelos viúvos (37%) e cobrindo estas duas situações mais de 85% da população.

Tabela 24 Distribuição por estado civil da população inquirida (N e %)

Estado Civil N %

Solteiro 1767 7,79%

Casado/União de facto 10926 48,18%

Viúvo 8490 37,44%

Divorciado/Separado 1470 6,48%

(em branco) 26 0,11%

Total Geral 22679 100,00%

Os territórios das DIASL Sul e Centro-Ocidental são aqueles onde, comparativamente, se registam maiores

percentagens de idosos solteiros, enquanto nas DASL Norte e oriental encontramos maiores percentagens de idosos

casados ou em união de facto.

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Tabela 25 Estado civil da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-Ociden

tal

DIASL Orienta

l DIASL Norte Total Total

Estado Civil N % N % N % N % N %

Solteiro 635 10,8% 573 8,3% 185 4,7% 374 6,3% 1767 7,8% Casado/União de facto 2615 44,6% 3143 45,6% 2013 51,0% 3155 52,8% 10926 48,2%

Viúvo 2199 37,5% 2684 38,9% 1548 39,2% 2059 34,5% 8490 37,4% Divorciado/Separado 412 7,0% 489 7,1% 199 5,0% 370 6,2% 1470 6,5%

(em branco) 8 0,1% 2 0,0% 3 0,1% 13 0,2% 26 0,1%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Ao utilizar-se o índice de isolamento, verifica-se que entre os muito isolados a grande maioria são viúvos, seguido

pelos solteiros, enquanto entre os pouco isolados a maioria são casados ou vivendo em união de facto. No entanto,

a situação conjugal que tem maior frequência de isolados é a dos solteiros.

Tabela 26 Estado civil da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total

Estado Civil N % N % N % N %

Solteiro 85 20,7% 489 11,5% 1193 6,6% 1767 7,8%

Casado/União de facto 8 2,0% 1498 35,2% 9420 52,3% 10926 48,2%

Viúvo 272 66,3% 1904 44,7% 6314 35,1% 8490 37,4%

Divorciado/Separado 45 11,0% 352 8,3% 1073 6,0% 1470 6,5%

(em branco) 0,0% 13 0,3% 13 0,1% 26 0,1%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

Tabela 27 Níveis de isolamento da população inquirida, segundo o estado civil (N e %)

Solteiro

Casado/ União

de facto Viúvo Divorciado/

Separado (em

branco) Total Total

Níveis de isolamento N % N % N % N % N % N %

Muito isolados 85 4,8% 8 0,1% 272 3,2% 45 3,1% 0,0% 410 1,8%

Isolados 489 27,7% 1498 13,7% 1904 22,4% 352 23,9% 13 50,0% 4256 18,8% Pouco ou nada isolados 1193 67,5% 9420 86,2% 6314 74,4% 1073 73,0% 13 50,0% 18013 79,4%

Total Geral 1767 100,0% 10926 100,0% 8490 100,0% 1470 100,0% 26 100,0% 22679 100,0%

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- 23 -

Quando questionamos esta população inquirida sobre se vive só ou em companhia de outras pessoas, verifica-se que

a grande maioria (66%) vive com outras pessoas. Os que vivem sozinhos constituem 34% dos inquiridos,

correspondentes a 7791 idosos.

Tabela 28 Distribuição da população inquirida, por cohabitação (N e %)

Com quem vive N %

Vive só 7791 34,35%

Vive com outras pessoas 14888 65,65%

Total Geral 22679 100,00%

Estes idosos que vivem com outras pessoas fazem-no, na sua maioria (76%), com apenas 1 outra pessoa também

idosa a qual é o cônjuge, como se pode ver pelos quadros abaixo.

Tabela 29 Número de idosos no agregado, segundo a cohabitação (N e %)

Vive com outras pessoas

Número de idosos no agregado N %

0 12 0,1%

1 3808 25,6%

2 10618 71,3%

3 ou mais 369 2,5%

Sem informação 81 0,5%

Total Geral 14888 100,0%

Tabela 30 Composição do agregado doméstico dos inquiridos que vivem com outras pessoas (N e %)

Pessoas com que se vive* N %

Cônjuge 10673 71,69%

Filhos 3982 26,75%

Irmãos 467 3,14%

Outros familiares 1909 12,82%

Outros não familiares 624 4,19%

* O total é superior a 100% devido a ser pergunta de resposta múltipla

Ao analisarmos esta distribuição por DIASL da coabitação dos inquiridos, uma vez mais se confirma que as DIASL Sul

e Centro-Ocidental são as que apresentam, comparativamente com as outras, percentagens mais elevadas de idosos

a viverem sozinhos.

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Tabela 31 Cohabitação da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Cohabitação N % N % N % N % N %

Vive só 2393 40,8% 2582 37,5% 1147 29,1% 1669 28,0% 7791 34,4%

Vive com outras pessoas 3476 59,2% 4309 62,5% 2801 70,9% 4302 72,0% 14888 65,6%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Quando perguntada sobre o número de filhos ainda vivos, a população inquirida distribui-se por muitas situações: a

grande maioria (80%) diz ter filhos ainda vivos, distribuindo-se por 31% que dizem ter 1 filho vivo, 29% que dizem ter

2 filhos vivos e 20% que dizem ter 3 ou mais filhos vivos. Os restantes 19% afirmam não ter qualquer filho vivo. Esta

distribuição global divide-se em perfis de algum modo distintos ao olhar-se para os inquiridos em cada DIASL: desde

logo, a DIASL Sul distingue-se por apresentar mais de 1/4 dos seus inquiridos a dizer que não tem qualquer filho vivo

e a maior percentagem de inquiridos a dizer que possui apenas 1 filho vivo, o que aponta para uma população com

menores recursos familiares disponíveis; no extremo oposto, a diasl Oriental é a que apresenta maior percentagem

de inquiridos com 2 ou mais filhos, e sobretudo com 3 ou mais filhos ainda vivos, bem como a menor percentagem

de inquiridos sem filhos vivos.

Tabela 32 Distribuição da população inquirida, por número de filhos vivos (N e %)

Número de filhos vivos N %

1 7033 31,0%

2 6639 29,3%

3 ou mais 4558 20,1%

Nenhum 4372 19,3%

Sem informação 77 0,3%

Total Geral 22679 100,0%

Tabela 33 Número de filhos vivos da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Nº de filhos vivos N % N % N % N % N %

1 2037 34,7% 2264 32,9% 1071 27,1% 1661 27,8% 7033 31,0%

2 1533 26,1% 2063 29,9% 1195 30,3% 1848 30,9% 6639 29,3%

3 ou mais 679 11,6% 1123 16,3% 1223 31,0% 1533 25,7% 4558 20,1%

Nenhum 1589 27,1% 1422 20,6% 439 11,1% 922 15,4% 4372 19,3% Sem informação 31 0,5% 19 0,3% 20 0,5% 7 0,1% 77 0,3%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

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Entre os inquiridos que vivem sozinhos a percentagem dos que não tem qualquer filho vivo é muito maior do que

entre os inquiridos que vivem com outras pessoas, enquanto o inverso acontece com o facto de se ter 2 e 3 ou mais

filhos vivos. Mas é quando fazemos intervir o índice de isolamento que encontramos as maiores diferenças: entre os

inquiridos muito isolados a percentagem sem filhos vivos é de 41%, descendo para 30% entre os moderadamente

isolados e para 16% entre os pouco isolados; por outro lado, apenas 23% dos inquiridos mais isolados tem 2 ou mais

filhos vivos, enquanto essa percentagem aumenta para 52% entre os pouco isolados.

Tabela 34 Número de filhos vivos da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total

Nº de filhos vivos N % N % N %

1 2527 32,4% 4506 30,3% 7033 31,0%

2 1823 23,4% 4816 32,3% 6639 29,3%

3 ou mais 1126 14,5% 3432 23,1% 4558 20,1%

Nenhum 2284 29,3% 2088 14,0% 4372 19,3%

Sem informação 31 0,4% 46 0,3% 77 0,3%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Tabela 35 Número de filhos vivos da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada isolados Total Total

Nº de filhos vivos N % N % N % N %

1 143 34,9% 1313 30,9% 5577 31,0% 7033 31,0%

2 52 12,7% 997 23,4% 5590 31,0% 6639 29,3%

3 ou mais 42 10,2% 663 15,6% 3853 21,4% 4558 20,1%

Nenhum 169 41,2% 1268 29,8% 2935 16,3% 4372 19,3%

Sem informação 4 1,0% 15 0,4% 58 0,3% 77 0,3%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

Quando se analisa a dimensão do agregado, verifica-se que cerca de 50% dizem que o seu agregado é composto por

2 pessoas, enquanto mais de 1/3 dizem que são agregados unipessoais. Encontramos ainda cerca de 16% que dizem

viver num agregado composto por 3 ou mais pessoas.

Esta hierarquia de valores encontra-se em todas as DIASL, mas com algumas diferenças de dimensão relativa: assim,

as DIASL Sul e Centro-Ocidental revelam uma percentagem de agregados unipessoais superior à média, enquanto as

DIASL Oriental e Norte revelam maior peso face às outras de agregados de maior dimensão (3 ou mais pessoas).

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Tabela 36 Distribuição da população inquirida por dimensão do agregado familiar (N e %)

Dimensão do agregado N %

1 7829 34,5%

2 11286 49,8%

3 ou mais 3527 15,6%

Sem informação 37 0,2%

Total Geral 22679 100,0%

Tabela 37 Dimensão do agregado familiar da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Dimensão do agregado N % N % N % N % N %

1 2401 40,9% 2609 37,9% 1153 29,2% 1666 27,9% 7829 34,5%

2 2892 49,3% 3414 49,5% 1961 49,7% 3019 50,6% 11286 49,8%

3 ou mais 556 9,5% 856 12,4% 833 21,1% 1282 21,5% 3527 15,6%

Sem informação 20 0,3% 12 0,2% 1 0,0% 4 0,1% 37 0,2%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Olhando agora para as habilitações literárias, a população inquirida revela um nível de habilitações pouco elevado,

com saliência para os cerca de 12% que afirmam não saber ler nem escrever, aos quais se juntam 13% que apesar de

o saberem não completaram qualquer nível de ensino. Temos assim que ¼ da população inquirida não completou

qualquer nível de ensino. A habilitação mais frequente é o 1º ciclo do ensino básico (a antiga instrução primária),

possuído por 42% dos idosos inquiridos. No pólo oposto, cerca de 9% afirmam possuir um curso superior.

Tabela 38 Distribuição da população inquirida por habilitações literárias (N e %)

Nível de Instrução N %

Não sabe ler nem escrever 2631 11,60% Sabe ler e escrever sem ter completado qualquer nível de ensino 3004 13,25%

1º ciclo Ensino Básico 9515 41,96%

2º ciclo Ensino Básico 1343 5,92%

3º ciclo Ensino Básico 1499 6,61%

Ensino Secundário 1455 6,42%

Ensino Técnico-Profissional 1120 4,94%

Ensino Superior 1990 8,77%

(em branco) 122 0,54%

Total Geral 22679 100,00%

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- 27 -

Os territórios das DIASL revelam alguma diferença em termos das habilitações da população inquirida:

• a Oriental é a que regista maior percentagem (18%) de população analfabeta, com quase 1/3 (32%) da

população inquirida a não ter obtido qualquer grau de ensino, mas igualmente maior percentagem (15%) de

idosos com o 3º ciclo do ensino básico;

• a Centro-Ocidental é a que apresenta uma população com maiores níveis de escolaridade, possuindo 13% o

ensino superior e 9% o ensino secundário; 29% da população possui o ensino superior, ou o ensino

secundário ou o ensino técnico-profissional, contra apenas 18% de população sem qualquer nível de ensino.

Utilizando um ratio que divide a percentagem de população com os 3 níveis de ensino mais elevado pela

percentagem de população que não possui qualquer grau de ensino, obtemos uma hierarquia das DIASL, em que a

Centro-Ocidental aparece como a única em que o valor é positivo (1,58), seguida pela Sul e Norte com valores muito

semelhantes entre as duas (0,68 e 0,67), e terminando na Oriental, com o menor valor (0,36), indiciando o menor

nível de habilitações da população.

Tabela 39 Habilitações literárias da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Nível de instrução N % N % N % N % N %

Não sabe ler nem escrever 566 9,6% 481 7,0% 713 18,1% 871 14,6% 2631 11,6%

Sabe ler e escrever sem ter completado qualquer nível de ensino 825 14,1% 788 11,4% 564 14,3% 827 13,9% 3004 13,2%

1º ciclo Ensino Básico 2796 47,6% 2818 40,9% 1363 34,5% 2538 42,5% 9515 42,0%

2º ciclo Ensino Básico 270 4,6% 253 3,7% 600 15,2% 220 3,7% 1343 5,9%

3º ciclo Ensino Básico 421 7,2% 536 7,8% 220 5,6% 322 5,4% 1499 6,6%

Ensino Secundário 346 5,9% 613 8,9% 173 4,4% 323 5,4% 1455 6,4% Ensino Técnico-Profissional 236 4,0% 472 6,8% 114 2,9% 298 5,0% 1120 4,9%

Ensino Superior 353 6,0% 919 13,3% 178 4,5% 540 9,0% 1990 8,8%

(em branco) 56 1,0% 11 0,2% 23 0,6% 32 0,5% 122 0,5%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Curiosamente, o facto de se viver sozinho ou com outras pessoas não induz diferenças entre os níveis de

habilitações, mas o caso muda substancialmente quando se analisa os dados em termos de níveis de isolamento,

pois, de um modo geral, é possível verificar que o isolamento diminui à medida que o nível de instrução aumenta:

entre os muito isolados, existem 21% que não sabem ler nem escrever e outros 21% que não possuem qualquer

nível de ensino; no extremo oposto, entre os pouco isolados essas percentagens descem para 11% e 13%,

respectivamente. Utilizando o ratio referido anteriormente, verifica-se que entre os Muito isolados ele é de 0,16,

entre os isolados de 0,64 e entre os pouco isolados de 0,88.

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Tabela 40 Habilitações literárias da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total

Nível de instrução N % N % N %

Não sabe ler nem escrever 973 12,5% 1658 11,1% 2631 11,6% Sabe ler e escrever sem ter completado qualquer nível de ensino 1195 15,3% 1809 12,2% 3004 13,2%

1º ciclo Ensino Básico 3169 40,7% 6346 42,6% 9515 42,0%

2º ciclo Ensino Básico 406 5,2% 937 6,3% 1343 5,9%

3º ciclo Ensino Básico 498 6,4% 1001 6,7% 1499 6,6%

Ensino Secundário 521 6,7% 934 6,3% 1455 6,4%

Ensino Técnico-Profissional 343 4,4% 777 5,2% 1120 4,9%

Ensino Superior 647 8,3% 1343 9,0% 1990 8,8%

(em branco) 39 0,5% 83 0,6% 122 0,5%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Tabela 41 Habilitações literárias da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total

Nível de instrução N % N % N % N %

Não sabe ler nem escrever 85 20,7% 566 13,3% 1980 11,0% 2631 11,6% Sabe ler e escrever sem ter completado qualquer nível de ensino 86 21,0% 603 14,2% 2315 12,9% 3004 13,2%

1º ciclo Ensino Básico 171 41,7% 1856 43,6% 7488 41,6% 9515 42,0% 2º ciclo Ensino Básico 15 3,7% 198 4,7% 1130 6,3% 1343 5,9% 3º ciclo Ensino Básico 22 5,4% 251 5,9% 1226 6,8% 1499 6,6%

Ensino Secundário 8 2,0% 252 5,9% 1195 6,6% 1455 6,4% Ensino Técnico-Profissional 10 2,4% 211 5,0% 899 5,0% 1120 4,9%

Ensino Superior 9 2,2% 287 6,7% 1694 9,4% 1990 8,8%

(em branco) 4 1,0% 32 0,8% 86 0,5% 122 0,5%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

Por último, uma pergunta do questionário perguntava quais as fontes de rendimento dos inquiridos, não tendo sido

perguntado o montante dos rendimentos. Verifica-se que uma grande maioria (87%) dos inquiridos afirma ter

rendimentos provenientes da “Reforma”, enquanto 17% diz ter rendimentos provenientes de outro tipo de pensões.

Todas as outras fontes de rendimento apresentam valores ínfimos, destacando-se o facto de apenas 1% dos

inquiridos dizer que beneficia do complemento solidário para idosos. Não é possível saber se este dado corresponde

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à realidade ou se alguns inquiridos não saberão identificar este tipo de complemento específico. Esta distribuição

não sofre alterações significativas entre os inquiridos das diferentes DIASL.

Tabela 42 Distribuição da população inquirida por fontes de rendimento (N e %)

Fontes de Rendimento Sim %

Pensão/Pensões 3941 17,38%

Reforma 19684 86,79%

Outros rendimentos 984 4,34%

Ajuda de familiares 395 1,74%

Ajuda de vizinhos 20 0,09%

Ajuda de amigos 22 0,10%

Complemento Solidário Idosos 273 1,20%

Rendimentos de trabalho 346 1,53%

Tabela 43 Fontes de rendimento da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL

Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total

Fontes de Rendimento N % N % N % N % N %

Pensão/Pensões 1018 17,35% 1122 16,28% 582 14,74% 1219 20,42% 3941 17,38%

Reforma 5176 88,19% 5847 84,85% 3542 89,72% 5119 85,73% 19684 86,79%

Outros rendimentos 275 4,69% 340 4,93% 96 2,43% 273 4,57% 984 4,34%

Ajuda de familiares 113 1,93% 136 1,97% 68 1,72% 78 1,31% 395 1,74%

Ajuda de vizinhos 7 0,12% 5 0,07% 4 0,10% 4 0,07% 20 0,09%

Ajuda de amigos 7 0,12% 8 0,12% 3 0,08% 4 0,07% 22 0,10%

Complemento Solidário Idosos

88 1,50% 66 0,96% 34 0,86% 85 1,42% 273 1,20%

Rendimentos de trabalho

129 2,20% 95 1,38% 35 0,89% 87 1,46% 346 1,53%

4.3. Apoios institucionais

Uma das perguntas do inquérito permitia perceber se os inquiridos já beneficiavam de apoio de alguma instituição e,

em caso positivo, de que instituição. No total da população inquirida verifica-se que apenas cerca de 13% dizem ter

apoio de alguma instituição, contra os 87% que dizem não ter qualquer tipo de apoio institucional. Estes números

não apresentam grande variação entre as DIASL, com a DIASL Sul a revelar uma percentagem de população com

apoio (17%) ligeiramente superior à outras.

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Tabela 44 Distribuição da população inquirida por benefício de apoio institucional (N e %)

Tem apoio de alguma Instituição N %

Sim 2851 12,6%

Não 19828 87,4%

Total Geral 22679 100,0%

Tabela 45 Apoio institucional da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Tem apoio de alguma Instituição N % N % N % N % N %

Sim 998 17,0% 635 9,2% 567 14,4% 651 10,9% 2851 12,6%

Não 4871 83,0% 6256 90,8% 3381 85,6% 5320 89,1% 19828 87,4%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

O facto de se viver sozinho ou acompanhado traduz alguma diferença entre o nível de apoio de que se usufrui

(respectivamente 16% e 11%) mas, uma vez mais, é o nível de isolamento que induz maior variação nas

percentagens de população com apoio: 33% dos muito isolados beneficiam de algum tipo de apoio, enquanto entre

os pouco isolados essa percentagem desce para 10%.

Tabela 46 Apoio institucional da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total

Tem apoio de alguma Instituição N % N % N %

Sim 1243 16,0% 1608 10,8% 2851 12,6%

Não 6548 84,0% 13280 89,2% 19828 87,4%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Tabela 47 Apoio institucional da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total Tem apoio de alguma Instituição N % N % N % N %

Sim 137 33,4% 843 19,8% 1871 10,4% 2851 12,6%

Não 273 66,6% 3413 80,2% 16142 89,6% 19828 87,4%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

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Para os que já beneficiam de algum tipo de apoio, a instituição mais referida é a SCML: quase metade dos idosos que

afirmam ter apoio institucional dizem que esse apoio é dado pela SCML. Se olharmos para o quadro abaixo, é

possível verificar que a segunda instituição mais referida é a Igreja, através das suas paróquias, mas ainda assim com

uma percentagem significativamente menor (16,4%).

Tabela 48 Distribuição por Instituições de apoio da população que beneficia de apoio instituiconal (N e %)

Instituições de apoio N % do total da pop.

inquirida % dos inquiridos que têm

apoio

SCML 1397 6,16% 49,00%

Paróquia 466 2,05% 16,35%

Instituição de Solidariedade 386 1,70% 13,54%

Junta de Freguesia 234 1,03% 8,21%

Outra instituição 484 2,13% 16,98%

A análise por território das DIASL não revela grandes variações, embora a Oriental seja aquela com percentagem

mais elevada (9,6%) de inquiridos que já beneficiam de apoio da SCML.

Tabela 49 Instituições de apoio da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL

Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total

Instituições de apoio N % N % N % N % N %

SCML 429 7,31% 280 4,06% 380 9,63% 308 5,16% 1397 6,16%

Paróquia 215 3,66% 109 1,58% 67 1,70% 75 1,26% 466 2,05%

Instituição de Solidariedade

152 2,59% 79 1,15% 54 1,37% 101 1,69% 386 1,70%

Junta de Freguesia 138 2,35% 50 0,73% 7 0,18% 39 0,65% 234 1,03%

Outra instituição 139 2,37% 140 2,03% 64 1,62% 141 2,36% 484 2,13%

Uma vez mais, o facto de viver sozinho tem uma ligeira influência no facto de se beneficiar de apoio, mas é o nível de

isolamento que induz as maiores diferenças: 18,6% dos muito isolados usufruem de apoio da SCML, descendo essa

percentagem para 4,8% entre os pouco isolados. De um modo geral, a percentagem de apoio por qualquer

instituição aumenta à medida que aumenta o grau de isolamento.

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Tabela 50 Instituições de apoio da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só Vive com outras

pessoas Total

N % N % N %

SCML 541 6,94% 856 5,75% 1397 6,16%

Paróquia 222 2,85% 224 1,64% 466 2,05%

Junta de Freguesia 110 1,41% 124 0,83% 234 1,03%

Instituição de Solidariedade 206 2,64% 180 1,21% 386 1,70%

Outra instituição 198 2,54% 286 1,92% 484 2,13%

Tabela 51 Instituições de apoio da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados

Isolados Pouco

ou nada isolados

Total Total

Instituições de apoio N % N % N % N %

SCML 76 18,54% 461 10,83% 860 4,77% 1397 6,16%

Paróquia 25 6,10% 133 3,13% 308 1,71% 466 2,05%

Instituição de Solidariedade

10 2,44% 106 2,49% 270 1,50% 386 1,70%

Junta de Freguesia 11 2,68% 55 1,29% 168 0,93% 234 1,03%

Outra instituição 19 4,63% 124 2,91% 341 1,89% 484 2,13%

4.4. Ocupação do tempo

Neste ponto do relatório abordamos 2 perguntas do questionário que de algum modo revelam formas de ocupação

do tempo: a frequência com que os inquiridos saem de casa para o exterior, e as formas de ocupação do dia-a-dia.

No que respeita à frequência com que os inquiridos saem de casa, é possível verificar que a grande maioria (78,7%)

sai diariamente ou quase todos os dias, e apenas cerca de 11% afirma nunca ou quase nunca sair de casa, ocupando

por isso o seu tempo dentro de casa. Se acrescentarmos os inquiridos que saem de casa mais ou menos uma vez por

semana ou uma vez por mês, encontramos que mais de 20% dos inquiridos apenas sai de casa 1 vez por semana ou

menos.

Tabela 52 Distribuição da população inquirida pele frequência de saída de casa (N e %)

Frequência de saída de casa N %

Nunca ou quase nunca 2486 10,96%

1 vez por mês 518 2,28%

1 vez por semana 1835 8,09%

Diariamente ou quase todos os dias 17836 78,65%

(em branco) 4 0,02%

Total Geral 22679 100,00%

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A distribuição por DIASL não revela diferenças significativas, nem o facto de viver sozinho ou acompanhado. O

cruzamento com o índice de isolamento não se justifica, dado que uma das variáveis que compõe o índice é

exactamente a frequência de saída de casa, sendo por isso natural a interferência entre as duas variáveis.

Tabela 53 Frequência de saída de casa da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Frequência de saída de casa N % N % N % N % N %

Nunca ou quase nunca 646 11,0% 728 10,6% 448 11,3% 664 11,1% 2486 11,0%

1 vez por mês 164 2,8% 196 2,8% 69 1,7% 89 1,5% 518 2,3%

1 vez por semana 486 8,3% 651 9,4% 347 8,8% 351 5,9% 1835 8,1% Diariamente ou quase todos os dias 4573 77,9% 5312 77,1% 3084 78,1% 4867 81,5% 17836 78,6%

(em branco) 0,0% 4 0,1% 0,0% 0,0% 4 0,0%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Tabela 54 Frequência de saída de casa da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só Vive com outras

pessoas Total Total

Frequência de saída de casa N % N % N %

Nunca ou quase nunca 758 9,7% 1728 11,6% 2486 11,0%

1 vez por mês 182 2,3% 336 2,3% 518 2,3%

1 vez por semana 678 8,7% 1157 7,8% 1835 8,1%

Diariamente ou quase todos os dias 6171 79,2% 11665 78,4% 17836 78,6%

(em branco) 2 0,0% 2 0,0% 4 0,0%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Por outro lado, o inquérito questionava as três formas como se ocupava o dia-a-dia, verificando-se que as

actividades que recolhem maior adesão entre os inquiridos são o “ver televisão/ouvir rádio” (68%), os “trabalhos

domésticos” (57%) e os passeios (39%).

Outras formas de ocupar o tempo diário que recolhem menos adesão (entre 18% e 9%) vão desde a leitura ao

convívio e jogos, passando por actividades de ajuda à família ou pela costura/bricolage/jardinagem.

Como actividades menos referidas, recolhendo qualquer uma delas menos de 5% de adesão por parte dos

inquiridos, aparecem actividades como as actividades religiosas, a frequência do Centro de Dia, a prática de

desporto, os lazeres culturais como o cinema, o apoio voluntário ou as visitas a colectividades.

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Tabela 55 Formas de ocupação do dia-a-dia da população inquirida (N e %)

Formas de ocupação do dia-a-dia N %

Ver televisão/ouvir rádio 15446 68,1%

Trabalhos domésticos 12998 57,3%

Passear 8757 38,6%

Leitura 4076 18,0%

Auxiliar a família 3714 16,4%

Costura/Bricolage/Jardinagem 2320 10,2%

Convívio e jogos 2063 9,1%

Igreja/actividades religiosas 1055 4,7%

Sempre sozinho 1017 4,5%

Vai para Centro de Dia da sua zona 804 3,5%

Prática de Desporto 761 3,4%

Lazeres culturais (cinema, concertos, exposições...) 610 2,7%

Apoio Voluntário 307 1,4%

Visita a colectividades 266 1,2%

Outras ocupações (especifique abaixo) 3986 17,6%

* a soma é superior a 100% pois trata-se de uma pergunta de resposta múltipla, podendo ser assinaladas até 3 actividades

Os territórios das DIASL não alteram significativamente, de um modo geral, esta hierarquia, embora algumas

diferenças surjam quanto a algumas actividades em concreto. Assim, a população inquirida na DIASL Oriental adere

um pouco mais do que a média a ver televisão, aos trabalhos domésticos e às tarefas de auxílio à família e à

costura/bricolage/jardinagem; por seu turno, os inquiridos na DIASL Centro-Ocidental aderem significativamente

mais do que a média às actividades de leitura, enquanto os inquiridos da Sul referem mais do que a média que

passam o seu tempo quotidiano sempre sozinhos.

Tabela 56 Formas de ocupação do dia-a-dia da população inquirida, segundo a DIASL (N e %)

DIASL

Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total

Formas de ocupação do dia-a-dia N % N % N % N % N %

Ver televisão/ouvir rádio 4169 71,0% 4585 66,5% 3063 77,6% 3629 60,8% 15446 68,1% Trabalhos domésticos 3205 54,6% 4116 59,7% 2479 62,8% 3198 53,6% 12998 57,3% Passear 2310 39,4% 2624 38,1% 1503 38,1% 2320 38,9% 8757 38,6% Leitura 952 16,2% 1684 24,4% 566 14,3% 874 14,6% 4076 18,0% Auxiliar a família 718 12,2% 1110 16,1% 835 21,1% 1051 17,6% 3714 16,4% Costura/Bricolage/Jardinagem 521 8,9% 707 10,3% 540 13,7% 552 9,2% 2320 10,2% Convívio e jogos 589 10,0% 554 8,0% 369 9,3% 551 9,2% 2063 9,1% Igreja/actividades religiosas 270 4,6% 321 4,7% 230 5,8% 234 3,9% 1055 4,7% Sempre sozinho 576 9,8% 169 2,5% 123 3,1% 149 2,5% 1017 4,5% Vai para Centro de Dia da sua zona 196 3,3% 158 2,3% 163 4,1% 287 4,8% 804 3,5% Prática de Desporto 172 2,9% 301 4,4% 96 2,4% 192 3,2% 761 3,4% Lazeres culturais (cinema, concertos, exposições...) 136 2,3% 231 3,4% 58 1,5% 185 3,1% 610 2,7% Apoio Voluntário 83 1,4% 108 1,6% 34 0,9% 82 1,4% 307 1,4% Visita a colectividades 56 1,0% 69 1,0% 28 0,7% 113 1,9% 266 1,2% Outras ocupações (especifique abaixo) 1413 24,1% 1125 16,3% 614 15,6% 834 14,0% 3986 17,6%

Total Geral

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O facto de se viver sozinho ou com outras pessoas influencia a forma como se passa o dia-a-dia. Assim, os inquiridos

que vivem sozinhos envolvem-se mais do que os outros em trabalhos domésticos e, num menor grau, em

actividades religiosas ou no Centro de Dia. Referem também, como é natural, passar muito mais vezes o seu dia-a-

dia sempre sozinhos. Por seu turno, os inquiridos que vivem com outras pessoas ocupam o seu dia-a-dia, muito mais

frequentemente do que quem vive só, com tarefas de auxílio à família.

Tabela 57 Formas de ocupação do dia-a-dia da população inquirida, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só Vive com outras pessoas Total

Formas de ocupação do dia-a-dia N % N % %

Ver televisão/ouvir rádio 5299 68,01% 10147 68,16% 68,11% Trabalhos domésticos 5018 64,41% 7980 53,60% 57,31% Passear 2945 37,80% 5812 39,04% 38,61% Leitura 1384 17,76% 2692 18,08% 17,97% Auxiliar a família 519 6,66% 3195 21,46% 16,38% Costura/Bricolage/Jardinagem 889 11,41% 1431 9,61% 10,23% Convívio e jogos 743 9,54% 1320 8,87% 9,10% Igreja/actividades religiosas 474 6,08% 581 3,90% 4,65% Sempre sozinho 739 9,49% 278 1,87% 4,48% Vai para Centro de Dia da sua zona 456 5,85% 348 2,34% 3,55% Prática de Desporto 270 3,47% 491 3,30% 3,36% Lazeres culturais (cinema, concertos, exposições...)

241 3,09% 369 2,48% 2,69%

Apoio Voluntário 116 1,49% 191 1,28% 1,35% Visita a colectividades 93 1,19% 173 1,16% 1,17% Outras ocupações (especifique abaixo) 1285 16,49% 2701 18,14% 17,58%

Tabela 58 Formas de ocupação do dia-a-dia da população inquirida, segundo a frequência de saída de casa (N e %)

Nunca ou quase nunca

1 vez por mês

1 vez por semana

Diariamente ou quase todos os

dias

(em branco)

Total

Formas de ocupação do dia-a-dia

Ver televisão/ouvir rádio 1744 70,2% 432 83,4% 1522 82,9% 11744 65,8% 4 100,0% 15446 68,1% Trabalhos domésticos 839 33,7% 239 46,1% 1164 63,4% 10754 60,3% 2 50,0% 12998 57,3% Passear 194 7,8% 25 4,8% 249 13,6% 8289 46,5% 0 0,0% 8757 38,6% Leitura 331 13,3% 109 21,0% 364 19,8% 3271 18,3% 1 25,0% 4076 18,0% Auxiliar a família 220 8,8% 55 10,6% 274 14,9% 3165 17,7% 0 0,0% 3714 16,4% Costura/Bricolage/Jardinagem 178 7,2% 65 12,5% 252 13,7% 1825 10,2% 0 0,0% 2320 10,2% Convívio e jogos 64 2,6% 9 1,7% 73 4,0% 1917 10,7% 0 0,0% 2063 9,1% Igreja/actividades religiosas 70 2,8% 14 2,7% 83 4,5% 888 5,0% 0 0,0% 1055 4,7% Sempre sozinho 325 13,1% 70 13,5% 181 9,9% 441 2,5% 0 0,0% 1017 4,5% Vai para Centro de Dia da sua zona 12 0,5% 3 0,6% 12 0,7% 777 4,4% 0 0,0% 804 3,5% Prática de Desporto 11 0,4% 1 0,2% 9 0,5% 740 4,1% 0 0,0% 761 3,4% Lazeres culturais (cinema, concertos, exposições...) 23 0,9% 1 0,2% 15 0,8% 571 3,2% 0 0,0% 610 2,7% Apoio Voluntário 8 0,3% 3 0,6% 3 0,2% 293 1,6% 0 0,0% 307 1,4% Visita a colectividades 5 0,2% 0 0,0% 2 0,1% 259 1,5% 0 0,0% 266 1,2% Outras ocupações (especifique abaixo) 600 24,1% 105 20,3% 299 16,3% 2982 16,7% 0 0,0% 3986 17,6%

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A adesão a quase todas as actividades de ocupação do dia-a-dia diminui regularmente com o índice de isolamento:

os mais isolados aderem muito menos a qualquer actividade do que os isolados, e estes por sua vez aderem muito

menos do que os pouco isolados. A única excepção é a televisão, que parece ser uma forma transversal aos

diferentes grupos de ocupar o quotidiano. Assim, enquanto os inquiridos menos marcados pelo isolamento revelam

uma maior diversidade de formas de ocupar o seu dia-a-dia, os inquiridos mais isolados parecem ocupar os seus dias

em companhia da televisão ou a realizar trabalhos domésticos.

Tabela 59 Formas de ocupação do dia-a-dia da população inquirida, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito

isolados Isolados Pouco ou nada

isolados Total Total

Formas de ocupação do dia-a-dia N % N % N % N %

Ver televisão/ouvir rádio 281 68,5% 2868 67,4% 12297 68,3% 15446 68,1% Trabalhos domésticos 183 44,6% 2159 50,7% 10656 59,2% 12998 57,3% Passear 42 10,2% 1050 24,7% 7665 42,6% 8757 38,6% Leitura 28 6,8% 627 14,7% 3421 19,0% 4076 18,0% Auxiliar a família 5 1,2% 433 10,2% 3276 18,2% 3714 16,4% Costura/Bricolage/Jardinagem 13 3,2% 350 8,2% 1957 10,9% 2320 10,2% Convívio e jogos 7 1,7% 271 6,4% 1785 9,9% 2063 9,1% Igreja/actividades religiosas 6 1,5% 169 4,0% 880 4,9% 1055 4,7% Sempre sozinho* 370 90,2% 626 14,7% 21 0,1% 1017 4,5% Vai para Centro de Dia da sua zona 7 1,7% 130 3,1% 667 3,7% 804 3,5% Prática de Desporto 1 0,2% 102 2,4% 658 3,7% 761 3,4% Lazeres culturais (cinema, concertos, exposições...) 2 0,5% 79 1,9% 529 2,9% 610 2,7% Apoio Voluntário 0 0,0% 57 1,3% 250 1,4% 307 1,4% Visita a colectividades 1 0,2% 36 0,8% 229 1,3% 266 1,2% Outras ocupações (especifique abaixo) 59 14,4% 873 20,5% 3054 17,0% 3986 17,6%

* Não se analisa este item por ele integrar o próprio índice

4.5. Dependência

4.5.1. Tarefas quotidianas para as quais necessita de apoio de outra pessoa

Algumas das perguntas do inquérito permitem um retrato do grau de dependência quotidiana dos inquiridos. É

possível dividi-las, para efeito de análise, em tarefas quotidianas que fazem apelo a capacidades cognitivas ou de

ocupação do tempo, e actividades diárias indispensáveis que fazem apelo a capacidades físicas.

A maioria dos inquiridos diz não necessitar de ajuda de outras pessoas para qualquer uma das tarefas apresentadas

no inquérito, salientando-se os quase 90% que dizem ser independentes para fazer telefonemas ou tomar a sua

medicação. As tarefas que apresentam uma maior percentagem de inquiridos a dizer que precisam de ajuda para as

realizar são a lida da casa (32%), os pagamentos de despesas ou tratamento de documentos (31%), a realização das

compras (29%) e as idas ao médico (28%).

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Tabela 60 Tarefas quotidianas para as quais necessita de apoio de outra pessoa (N e %)

Tarefas quotidianas Necessita de apoio %

Não necessita de apoio %

Lida da casa 7215 31,81% 15393 67,87%

Fazer telefonemas 2200 9,70% 20400 89,95%

Toma da medicação 2366 10,43% 20232 89,21%

Fazer as compras 6565 28,95% 16035 70,70%

Ida ao médico 6448 28,43% 16146 71,19%

Tratar de documentos/pagamentos 6964 30,71% 15628 68,91%

Este cenário quase não revela alterações entre os inquiridos nas diferentes DIASL, com a Centro-Ocidental a revelar

uma população um pouco menos dependente do que as outras. Por outro lado, este cenário igualmente não revela

diferenças significativas quando se compara os inquiridos que vivem sozinhos com os que vivem acompanhados,

sendo curioso que as pequenas diferenças apontem para uma ligeira maior dependência entre os que vivem

acompanhados.

Tabela 61 Tarefas quotidianas para as quais necessita de apoio de outra pessoa, segundo a DIASL (N e %)

DIASL

Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Tarefas quotidianas N % N % N % N % N %

Lida da casa 2053 35,0% 2246 32,6% 1091 27,6% 1825 30,6 7215 0,318136

Fazer telefonemas 545 9,3% 404 5,9% 510 12,9% 741 12,4 2200 0,097006

Toma da medicação 618 10,5% 439 6,4% 515 13,0% 794 13,3 2366 0,104326

Fazer as compras 1755 29,9% 1868 27,1% 1123 28,4% 1819 30,5 6565 0,289475

Ida ao médico 1766 30,1% 1709 24,8% 1148 29,1% 1825 30,6 6448 0,284316 Tratar de documentos/pagamentos 1961 33,4% 1690 24,5% 1262 32,0% 2051 34,3 6964 0,307068

Tabela 62 Tarefas quotidianas para as quais necessita de apoio de outra pessoa, segundo a cohabitação (N e %)

Vive Só

Vive com outras pessoas

Total Total

Tarefas quotidianas N % N % N %

Lida da casa 2549 32,7% 4666 31,3% 7215 31,8%

Fazer telefonemas 465 6,0% 1735 11,7% 2200 9,7%

Toma da medicação 538 6,9% 1828 12,3% 2366 10,4%

Fazer as compras 2165 27,8% 4400 29,6% 6565 28,9%

Ida ao médico 2100 27,0% 4348 29,2% 6448 28,4%

Tratar de documentos/pagamentos 2295 29,5% 4669 31,4% 6964 30,7%

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No entanto, quando utilizamos o índice de isolamento, o retrato global separa-se em componentes

substancialmente distintas, aumentando o grau de dependência à medida que aumenta o índice de isolamento.

Assim, mais de metade dos inquiridos “muito isolados” diz necessitar de ajuda de outras pessoas para fazer as

compras (61%), para a lida da casa (58%) e para as idas ao médico ou para tratar de documentos/pagamentos (56%),

verificando-se ainda que 1 em cada 5 dizem necessitar de ajuda para a toma da sua medicação. Por seu turno, entre

os inquiridos isolados, as percentagens dos que necessitam de ajuda de outras pessoas para fazer as compras, para a

lida da casa e para as idas ao médico ou para tratar de documentos/pagamentos, continuam a ser elevadas,

andando entre os 40% e 45%.

Tabela 63 Tarefas quotidianas para as quais necessita de apoio de outra pessoa, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados

Isolados Pouco

ou nada isolados

Total Total

Tarefas quotidianas N % N % N % N %

Lida da casa 238 58,0% 1930 45,3% 5047 28,0% 7215 31,8%

Fazer telefonemas 68 16,6% 771 18,1% 1361 7,6% 2200 9,7%

Toma da medicação 82 20,0% 835 19,6% 1449 8,0% 2366 10,4%

Fazer as compras 249 60,7% 1819 42,7% 4497 25,0% 6565 28,9%

Ida ao médico 232 56,6% 1718 40,4% 4498 25,0% 6448 28,4% Tratar de documentos/pagamentos 231 56,3% 1759 41,3% 4974 27,6% 6964 30,7%

4.5.2. Actividades físicas diárias para as quais necessita de apoio de outra pessoa

Olhando agora para as actividades que se aproximam das integrantes do índice de Katz, índice que mede a

dependência entre os idosos para as actividades da vida diária, verificamos que, entre a população inquirida, a

esmagadora maioria diz não necessitar de ajuda para qualquer uma delas. As únicas actividades que aparecem com

expressão superior a 10% são a deslocação para o exterior (19%) e a higiene pessoal (13%). Este panorama não se

altera substancialmente quando analisamos os inquiridos em cada DIASL, nem quando comparamos os inquiridos

que vivem sozinhos com aqueles que vivem acompanhados, embora uma vez mais se possa constatar que existem

mais idosos dependentes entre os que vivem com outras pessoas.

Tabela 64 Actividades físicas diárias para as quais necessita de apoio de outra pessoa (N e %)

Actividades físicas Necessita de

ajuda % Não necessita de

ajuda %

Vestir-se/despir-se 1974 8,70% 20628 90,96%

Alimentação 1651 7,28% 20952 92,39%

Eliminação (ir à casa de banho) 1248 5,50% 21295 93,90%

Higiene pessoal 2984 13,16% 19619 86,51%

Deitar-se/Levantar-se 1519 6,70% 21084 92,97%

Deslocar-se em casa 1617 7,13% 20984 92,53%

Deslocar-se para o exterior 4382 19,32% 18194 80,22%

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Tabela 65 Actividades físicas diárias para as quais necessita de apoio de outra pessoa, segundo a cohabitação (N e %)

Vive Só

Vive com outras pessoas

Total Total

Actividades físicas N % N % N %

Vestir-se/despir-se 407 5,2% 1567 10,5% 1974 8,7%

Alimentação 535 6,9% 1116 7,5% 1651 7,3%

Eliminação (ir à casa de banho) 241 3,1% 1007 6,8% 1248 5,5%

Higiene pessoal 878 11,3% 2106 14,1% 2984 13,2%

Deitar-se/Levantar-se 302 3,9% 1217 8,2% 1519 6,7%

Deslocar-se em casa 388 5,0% 1229 8,3% 1617 7,1%

Deslocar-se para o exterior 1421 18,2% 2961 19,9% 4382 19,3%

As maiores diferenças surgem ao analisarmos através do índice de isolamento, verificando-se que a maioria (52%)

dos inquiridos com maior grau de isolamento dizem necessitar de ajuda para se deslocarem ao exterior e mais de

1/3 dizem precisar de ajuda para a higiene pessoal (38%). Verificamos ainda que quase ¼ destes inquiridos precisam

de ajuda para a sua alimentação, e que cerca de 1 em cada 5 necessita auxílio para deslocar-se em casa ou para

vestir-se e despir-se. Este cenário, de um modo geral, é semelhante ao que encontramos entre os inquiridos

moderadamente isolados, apenas um pouco menos dependentes quanto às deslocações para o exterior ou à

alimentação.

Tabela 66 Actividades físicas diárias para as quais necessita de apoio de outra pessoa, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados

Isolados Pouco ou nada

isolados Total Total

Actividades físicas N % N % N % N %

Vestir-se/despir-se 77 18,8% 772 18,1% 1125 6,2% 1974 8,7%

Alimentação 99 24,1% 695 16,3% 857 4,8% 1651 7,3% Eliminação (ir à casa de banho) 48 11,7% 582 13,7% 618 3,4% 1248 5,5%

Higiene pessoal 157 38,3% 1089 25,6% 1738 9,6% 2984 13,2%

Deitar-se/Levantar-se 57 13,9% 652 15,3% 810 4,5% 1519 6,7%

Deslocar-se em casa 80 19,5% 680 16,0% 857 4,8% 1617 7,1% Deslocar-se para o exterior 214 52,2% 1529 35,9% 2639 14,7% 4382 19,3%

4.5.3. Ajuda a que se recorre em caso de necessidade

O inquérito questionava ainda a quem se recorria habitualmente quando se tinha necessidade de ajuda, sendo

possível verificar que é a família a instituição de eleição dos inquiridos: 43% dizem que é aos filhos que recorrem, e

23% dizem que quem os ajuda é o seu cônjuge. Acrescente-se ainda que 7% dizem recorrer a outros familiares e 3%

a irmãos ou irmãs. No total, a família é a quem mais de ¾ dos inquiridos recorrem quando necessitam de ajuda.

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Saliente-se que uma percentagem apreciável (9%) diz que não recorrem a qualquer pessoa quando necessitam de

ajuda, muito provavelmente por não terem a quem recorrer. No extremo oposto, como pessoas a quem os idosos

recorrem habitualmente encontramos, com percentagens muito menores, os vizinhos (5%), os amigos (3%), os

empregados (2%) e, no fim da hierarquia, as instituições de apoio social (1,6%).

Tabela 67 Ajuda habitual em caso de necessidade (N e %)

Ajuda habitual em caso de necessidade N %

Filhos/Filhas 9814 43,27%

Cônjuge 5398 23,80%

Ninguém 2119 9,34%

Outros familiares 1575 6,94%

Vizinhos 1112 4,90%

Amigos 631 2,78%

Irmãos/irmãs 628 2,77%

Empregado(a) 529 2,33%

Apoio social/instituições 360 1,59%

Outras pessoas 275 1,21%

(em branco) 238 1,05%

Total Geral 22679 100,00%

Este recurso aos filhos como a ajuda habitual em caso de necessidade é maioritário entre os inquiridos viúvos (60%)

e os divorciados ou separados (50%), e mesmo entre os casados tem um peso muito importante (34%). Os inquiridos

solteiros revelam um perfil muito diferente, constituindo 18% os que dizem não recorrer a qualquer pessoa e

distribuindo-se a ajuda por distintas categorias de pessoas, com saliência para os “outros familiares” (19%) e os

irmãos ou irmãs (16%)

Tabela 68 Ajuda habitual em caso de necessidade, segundo o estado civil (N e %)

Solteiro

Casado /União

de facto Viúvo

Divorciado /Separado

(em branco) Total Total

Ajuda habitual … N % N % N % N % N % N %

Cônjuge 16 0,9% 5285 48,4% 68 0,8% 23 1,6% 6 23,1% 5398 23,8%

Outras pessoas 54 3,1% 60 0,5% 130 1,5% 31 2,1% 0,0% 275 1,2%

Filhos/ Filhas 257 14,5% 3722 34,1% 5092 60,0% 735 50,0% 8 30,8% 9814 43,3%

Irmãos/ irmãs 263 14,9% 82 0,8% 216 2,5% 65 4,4% 2 7,7% 628 2,8%

Outros familiares 338 19,1% 311 2,8% 826 9,7% 98 6,7% 2 7,7% 1575 6,9%

Empregado 71 4,0% 172 1,6% 255 3,0% 31 2,1% 0,0% 529 2,3%

Amigos 171 9,7% 73 0,7% 284 3,3% 102 6,9% 1 3,8% 631 2,8%

Vizinhos 193 10,9% 239 2,2% 575 6,8% 105 7,1% 0,0% 1112 4,9%

Apoio social/ instituições 62 3,5% 105 1,0% 157 1,8% 36 2,4% 0,0% 360 1,6%

Ninguém 322 18,2% 768 7,0% 800 9,4% 227 15,4% 2 7,7% 2119 9,3%

(em branco) 20 1,1% 109 1,0% 87 1,0% 17 1,2% 5 19,2% 238 1,0%

Total Geral 1767 100,0% 10926 100,0% 8490 100,0% 1470 100,0% 26 100,0% 22679 100,0%

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A análise dos dados em cada DIASL revela que esta hierarquia se mantém, registando-se algumas diferenças:

• os inquiridos das DIASL Norte e Oriental recorrem um pouco mais do que os das outras aos filhos e filhas;

• a população da DIASL Sul é aquela que mais se diferencia, recorrendo menos do que as outras aos filhos e

aos cônjuges, tendo mais ajuda de instituições de apoio social e revelando maior percentagem (14%) de

inquiridos que afirmam não recorrer a ninguém.

Tabela 69 Ajuda habitual em caso de necessidade, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Ajuda habitual em caso de necessidade N % N % N % N % N %

Filhos/Filhas 2242 38,2% 2833 41,1% 1947 49,3% 2792 46,8% 9814 43,3%

Cônjuge 1159 19,7% 1664 24,1% 1048 26,5% 1527 25,6% 5398 23,8%

Ninguém 808 13,8% 588 8,5% 224 5,7% 499 8,4% 2119 9,3%

Outros familiares 467 8,0% 504 7,3% 209 5,3% 395 6,6% 1575 6,9%

Vizinhos 341 5,8% 298 4,3% 229 5,8% 244 4,1% 1112 4,9%

Amigos 218 3,7% 203 2,9% 61 1,5% 149 2,5% 631 2,8%

Irmãos/irmãs 225 3,8% 196 2,8% 77 2,0% 130 2,2% 628 2,8%

Empregado(a) 97 1,7% 282 4,1% 34 0,9% 116 1,9% 529 2,3% Apoio social/ instituições 162 2,8% 74 1,1% 56 1,4% 68 1,1% 360 1,6%

Outras pessoas 126 2,1% 76 1,1% 37 0,9% 36 0,6% 275 1,2%

(em branco) 24 0,4% 173 2,5% 26 0,7% 15 0,3% 238 1,0%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Ao cruzarmos informação com a situação de viver sozinho ou acompanhado constata-se que o aspecto que mais

diferencia os dois grupos é o recurso ao cônjuge, que é quase exclusivo dos que vivem acompanhados. Em

comparação com estes, os inquiridos que vivem sozinhos recorrem mais à ajuda de outros familiares, de vizinhos, de

amigos ou de irmãos, ou até de instituições sociais. Por outro lado, entre os que vivem sozinhos a percentagem que

afirma não ter ninguém a quem recorrer em caso de necessidade é o dobro (14%) da que se regista entre os que

vivem acompanhados (7%).

Tabela 70 Ajuda habitual em caso de necessidade, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só Vive com outras

pessoas Total Total

Ajuda habitual em caso de necessidade N % N % N %

Filhos/Filhas 3644 46,8% 6170 41,4% 9814 43,3%

Cônjuge 46 0,6% 5352 35,9% 5398 23,8%

Ninguém 1055 13,5% 1064 7,1% 2119 9,3%

Outros familiares 804 10,3% 771 5,2% 1575 6,9%

Vizinhos 789 10,1% 323 2,2% 1112 4,9%

Amigos 463 5,9% 168 1,1% 631 2,8%

Irmãos/irmãs 303 3,9% 325 2,2% 628 2,8%

Empregado(a) 235 3,0% 294 2,0% 529 2,3%

Apoio social/instituições 210 2,7% 150 1,0% 360 1,6%

Outras pessoas 146 1,9% 129 0,9% 275 1,2%

(em branco) 96 1,2% 142 1,0% 238 1,0%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

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Ao utilizarmos o índice de isolamento constatamos que o apoio por parte dos filhos, apesar de importante, diminui à

medida que se é mais isolado, aumentando o apoio por parte de vizinhos, amigos e instituições sociais. Já o apoio do

cônjuge é quase inexistente entre os isolados, enquanto representa 27% entre os pouco isolados.

Tabela 71 Ajuda habitual em caso de necessidade, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada isolados Total Total

Ajuda habitual em caso de necessidade N % N % N % N %

Filhos/Filhas 78 19,0% 993 23,3% 8743 48,5% 9814 43,3%

Cônjuge 1 0,2% 473 11,1% 4924 27,3% 5398 23,8%

Outros familiares 23 5,6% 247 5,8% 1305 7,2% 1575 6,9%

Ninguém 200 48,8% 1725 40,5% 194 1,1% 2119 9,3%

Vizinhos 33 8,0% 172 4,0% 907 5,0% 1112 4,9%

Amigos 24 5,9% 81 1,9% 526 2,9% 631 2,8%

Irmãos/irmãs 4 1,0% 63 1,5% 561 3,1% 628 2,8%

Empregado(a) 5 1,2% 82 1,9% 442 2,5% 529 2,3%

Apoio social/instituições 34 8,3% 215 5,1% 111 0,6% 360 1,6%

Outras pessoas 7 1,7% 56 1,3% 212 1,2% 275 1,2%

(em branco) 1 0,2% 149 3,5% 88 0,5% 238 1,0%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

4.5.4. Utilização de Serviços

Com o objectivo de tentar saber a que tipo de serviços os idosos mais recorrem, uma questão do inquérito

procurava saber que serviços os inquiridos costumam usar habitualmente. A tabela 80 mostra que o único serviço

que a grande maioria (82%) dos inquiridos diz utilizar é o Centro de Saúde, aparecendo a grande distância os serviços

da Igreja ou de associações religiosas (27%) e os serviços das juntas de freguesia (21%). Como serviços menos

utilizados surgem os Centros de Dia (8%) e o Apoio Domiciliário (6%). Esta distribuição global não sofre grandes

alterações quando se analisam as diferentes DIASL, com excepção do facto dos inquiridos da Oriental dizerem muito

mais do que os restantes que utilizam os serviços da Igreja ou associações religiosas (42%).

Tabela 72 Utilização habitual de serviços por parte da população inquirida (N e %)

Serviços que costuma usar Usufrui % Não usufrui %

Centro de Saúde 18664 82,30% 3933 17,34%

Apoio domiciliário 1348 5,94% 21234 93,63%

Centro de Dia/convívio 1718 7,58% 20864 92,00%

Junta de Freguesia 4731 20,86% 17845 78,69%

Serviços de Associação Religiosa 6118 26,98% 16435 72,47%

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Tabela 73 Utilização habitual de serviços, segundo a DIASL (N e %)

DIASL

Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total

Serviços que costuma usar N % N % N % N % N %

Centro de Saúde 4792 81,6% 5434 78,9% 3340 84,6% 5098 85,4% 18664 82,3%

Apoio domiciliário 457 7,8% 293 4,3% 237 6,0% 361 6,0% 1348 5,9%

Centro de Dia/convívio 459 7,8% 445 6,5% 280 7,1% 534 8,9% 1718 7,6%

Junta de Freguesia 1471 25,1% 1388 20,1% 802 20,3% 1070 17,9% 4731 20,9%

Serviços de Associação Religiosa 1369 23,3% 1645 23,9% 1651 41,8% 1453 24,3% 6118 27,0%

Outra 90 1,5% 89 1,3% 64 1,6% 198 3,3% 441 1,9%

O facto de se viver sozinho contribui para aumentar a frequência dos Centros de Dia e para se utilizar um pouco mais

os serviços da Igreja, enquanto o nível de isolamento faz diminuir a frequência do Centro de Saúde e aumentar a

utilização dos serviços de apoio domiciliário: cerca de 1/4 dos inquiridos mais isolados utiliza o apoio domiciliário,

contra menos de 4% dos pouco isolados.

Tabela 74 Utilização habitual de serviços, segundo a cohabitação (N e %)

Vive Só Vive com

outras pessoas Total Total

Serviços que costuma usar N % N % N %

Centro de Saúde 6340 81,38% 12324 82,78% 18664 82,30%

Apoio domiciliário 529 6,79% 819 5,50% 1348 5,90%

Centro de Dia/convívio 932 11,96% 786 5,28% 1718 7,60%

Junta de Freguesia 1866 23,95% 2865 19,24% 4731 20,90%

Serviços de Associação Religiosa 2374 30,47% 3744 25,15% 6118 27,00%

Outra 157 2,02% 284 1,91% 441 1,90%

Tabela 75 Utilização habitual de serviços, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados

Isolados Pouco

ou nada isolados

Total Total

Serviços que costuma usar N % N % N % N %

Centro de Saúde 287 70,0% 3260 76,6% 15117 83,9% 18664 82,3%

Apoio domiciliário 95 23,2% 559 13,1% 694 3,9% 1348 5,9%

Centro de Dia/convívio 23 5,6% 335 7,9% 1360 7,6% 1718 7,6%

Junta de Freguesia 93 22,7% 859 20,2% 3779 21,0% 4731 20,9%

Serviços de Associação Religiosa 86 21,0% 1031 24,2% 5001 27,8% 6118 27,0%

Outra 7 1,7% 86 2,0% 348 1,9% 441 1,9%

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Quando se indaga as razões para não usar estes serviços, e centrando a nossa análise nos dois serviços directamente

proporcionados pela SCML (o Centro de Dia e o Apoio Domiciliário), verifica-se que a razão mais apresentada pelos

inquiridos é o facto de não precisarem dos serviços (75% para o Centro de Dia e 84% para o Apoio Domiciliário). Em

ambos os serviços parece que este afastamento não se deve a desconhecimento, pois apenas cerca de 1% dos

inquiridos diz que não usa por desconhecer que eles existam ou não saber como os encontrar. No caso dos centros

de dia, existem ainda 12% de inquiridos que dizem não os usar porque não respondem às suas necessidades e 6%

que justificam o facto de não usar dizendo que não conseguem deslocar-se até eles. Já no caso do apoio domiciliário,

a única outra razão com expressão acima dos 2% é o facto de não responder às necessidades (8%).

Tabela 76 Razões apresentadas para não se utilizar o Centro de Dia e o Apoio Domiciliário (N e %)

Razão para não usar o Centro

de Dia

Razão para não usar o apoio domiciliário

N % N %

Desconheço que exista 153 0,7% 233 1,1%

Desconheço onde os encontrar 234 1,1% 351 1,7%

Não consigo deslocar-me até eles 1130 5,5% 319 1,5%

Não tenho recursos para os pagar/são muito caros 174 0,9% 425 2,0%

Não responde às minhas necessidades 2506 12,3% 1551 7,5%

Não são para pessoas do meu meio 220 1,1% 21 0,1%

Experimentei e não gostei 256 1,3% 49 0,2%

Não preciso do serviço 15384 75,3% 17450 83,9%

Outra 379 1,9% 393 1,9%

Total Geral 20436 100,0% 20792 100,0%

Esta distribuição de respostas sofre alterações importantes quando analisamos os dados utilizando o índice de

isolamento: assim, entre os inquiridos mais isolados que não usam os centros de dia, emerge como segunda razão

mais referida (30%) o facto de não conseguirem deslocar-se até eles, sendo apenas 40% os que dizem não precisar

do serviço. Estes dados poderão apontar para que uma grande parte dos inquiridos mais isolados passasse a

frequentar os centros de dia caso recebessem algum tipo de apoio de modo a ultrapassar as dificuldades.

Tabela 77 Razões apresentadas para não se utilizar o Centro de Dia, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total

Razão para não usar o Centro de Dia N % N % N % N %

Desconheço que exista 8 2,1% 49 1,4% 96 0,6% 153 0,7%

Desconheço onde os encontrar 10 2,6% 56 1,5% 168 1,0% 234 1,1%

Não consigo deslocar-me até eles 115 30,3% 524 14,5% 491 3,0% 1130 5,5% Não tenho recursos para os pagar/são muito caros 7 1,8% 51 1,4% 116 0,7% 174 0,9% Não responde às minhas necessidades 59 15,5% 514 14,2% 1933 11,8% 2506 12,3% Não são para pessoas do meu meio 5 1,3% 53 1,5% 162 1,0% 220 1,1%

Experimentei e não gostei 7 1,8% 50 1,4% 199 1,2% 256 1,3% Não preciso do serviço 154 40,5% 2229 61,5% 13001 79,1% 15384 75,3%

Outra 15 3,9% 96 2,7% 268 1,6% 379 1,9%

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Total Geral 380 100,0% 3622 100,0% 16434 100,0% 20436 100,0%

Já no que respeita ao Apoio Domiciliário, entre os inquiridos muito isolados que não usam o serviço a razão mais

apresentada é o facto de não precisarem dele (51%), mas existem cerca de 12% que não o usam porque

desconhecimento sobre ele, 9% a referir que não o usam por ser muito caro e 7% a dizer que não o usam porque

não conseguem deslocar-se. Os dados parecem uma vez mais apontar para a existência de uma percentagem

apreciável dos inquiridos mais isolados que gostariam de beneficiar do apoio domiciliário, caso dispusessem da

informação correcta e de apoios para ultrapassar outro tipo de dificuldades.

Tabela 78 Razões apresentadas para não se utilizar o Apoio Domiciliário, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total Razão para não usar o apoio domiciliário N % N % N % N %

Desconheço que exista 14 4,5% 87 2,6% 132 0,8% 233 1,1%

Desconheço onde os encontrar 22 7,1% 100 2,9% 229 1,3% 351 1,7%

Não consigo deslocar-me até eles 22 7,1% 144 4,2% 153 0,9% 319 1,5%

Não tenho recursos para os pagar/são muito caros 29 9,3% 137 4,0% 259 1,5% 425 2,0% Não responde às minhas necessidades 39 12,5% 313 9,2% 1199 7,0% 1551 7,5% Não são para pessoas do meu meio 1 0,3% 4 0,1% 16 0,1% 21 0,1%

Experimentei e não gostei 2 0,6% 20 0,6% 27 0,2% 49 0,2%

Não preciso do serviço 159 51,1% 2453 72,3% 14838 86,8% 17450 83,9%

Outra 23 7,4% 137 4,0% 233 1,4% 393 1,9%

Total Geral 311 100,0% 3395 100,0% 17086 100,0% 20792 100,0%

4.6. Problemas de saúde

A grande maioria (87%) dos inquiridos diz ter algum problema de saúde. Esta pergunta não nos proporciona grande

informação, pois não se sabe a gravidade ou o tipo de problema de saúde. A única pergunta que o inquérito

continha de caracterização deste problema de saúde era sobre se os inquiridos consideravam que ele era crónico ou

não, verificando-se que mais de 3/4 dos inquiridos afirmam ter um problema de saúde crónico.

Curiosamente, variáveis como a idade ou o facto de se viver sozinho não introduzem variação significativa na

afirmação de que se possui um problema de saúde nem de que ele é crónico. Uma vez mais, a variável que introduz

maior variação é o índice de isolamento, com a quase totalidade (95%) dos mais isolados a declararem que possuem

um problema de saúde e cerca de 83% a dizer que o seu problema de saúde é crónico.

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Tabela 79 Existência de problemas de saúde (N e %)

Tem algum problema de saúde? N %

Sim 19840 87,48%

Não 2698 11,90%

Não sabe 88 0,39%

(em branco) 53 0,23%

Total Geral 22679 100,00%

Tabela 80 Existência de problemas de saúde, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Tem algum problema de saúde? N % N % N % N % N %

Sim 5152 87,8% 5917 85,9% 3483 88,2% 5288 88,6% 19840 87,5%

Não 672 11,4% 942 13,7% 445 11,3% 639 10,7% 2698 11,9%

Não sabe 36 0,6% 8 0,1% 12 0,3% 32 0,5% 88 0,4%

(em branco) 9 0,2% 24 0,3% 8 0,2% 12 0,2% 53 0,2%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Tabela 81 Existência de problemas de saúde, segundo a coabitação (N e %)

Vive só Vive com

outras pessoas Total Total Tem algum problema de saúde? N % N % N %

Sim 6930 88,9% 12910 86,7% 19840 87,5%

Não 813 10,4% 1885 12,7% 2698 11,9%

Não sabe 27 0,3% 61 0,4% 88 0,4%

(em branco) 21 0,3% 32 0,2% 53 0,2%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Tabela 82 Existência de problemas de saúde, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada isolados Total Total

Tem algum problema de saúde? N % N % N % N %

Sim 388 94,6% 3783 88,9% 15669 87,0% 19840 87,5%

Não 19 4,6% 420 9,9% 2259 12,5% 2698 11,9%

Não sabe 3 0,7% 23 0,5% 62 0,3% 88 0,4%

(em branco) 0,0% 30 0,7% 23 0,1% 53 0,2%

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Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

Tabela 83 Existência de problemas de saúde crónicos (N e %)

No caso de ter problema de saúde, ele é crónico? N %

Sim 17291 76,24%

Não 4149 18,29%

Não sabe 285 1,26%

(em branco) 954 4,21%

Total Geral 22679 100,00%

Tabela 84 Existência de problemas de saúde crónicos, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total No caso de ter problema de saúde, ele é crónico? N % N % N %

Sim 6012 77,2% 11279 75,8% 17291 76,2%

Não 1360 17,5% 2789 18,7% 4149 18,3%

Não sabe 112 1,4% 173 1,2% 285 1,3%

(em branco) 307 3,9% 647 4,3% 954 4,2%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

Tabela 85 Existência de problemas de saúde crónicos, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada isolados Total Total

No caso de ter problema de saúde, ele é crónico? N % N % N % N %

Sim 340 82,9% 3299 77,5% 13652 75,8% 17291 76,2%

Não 41 10,0% 617 14,5% 3491 19,4% 4149 18,3%

Não sabe 14 3,4% 71 1,7% 200 1,1% 285 1,3%

(em branco) 15 3,7% 269 6,3% 670 3,7% 954 4,2%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

Tabela 86 Existência de problemas de saúde crónicos, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

No caso de ter problema de saúde, ele é crónico? N % N % N % N % N %

Sim 4471 76,2% 5034 73,1% 3133 79,4% 4653 77,9% 17291 76,2%

Não 901 15,4% 1633 23,7% 508 12,9% 1107 18,5% 4149 18,3%

Não sabe 127 2,2% 46 0,7% 38 1,0% 74 1,2% 285 1,3%

(em branco) 370 6,3% 178 2,6% 269 6,8% 137 2,3% 954 4,2%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

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Será que quando têm um problema grave de saúde os inquiridos procuram ajuda médica especializada, ou tentarão

resolver o problema por si mesmos, sem recurso aos serviços médicos? E, no caso de não procurarem, qual será a

razão: dificuldades físicas, dificuldades financeiras, desconhecimento?

Mais de 90% dos inquiridos afirma que procura ajuda médica especializada quando tem um problema de saúde

grave. Estes números mantêm-se constantes por toda a cidade, com uma ligeira diminuição na DIASL Centro-

Ocidental, onde se regista 15% de inquiridos que dizem não recorrer a ajuda médica especializada.

Tabela 87 Recurso a ajuda médica especializada (N e %)

Quando tem problema de saúde, procura ajuda especializada? N %

Sim 20868 92,01%

Não 1811 7,99%

Total Geral 22679 100,00%

Tabela 88 Recurso a ajuda médica especializada, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Quando tem problema de saúde, procura ajuda especializada? N % N % N % N % N %

Sim 5495 93,6% 5865 85,1% 3685 93,3% 5823 97,5% 20868 92,0%

Não 374 6,4% 1026 14,9% 263 6,7% 148 2,5% 1811 8,0%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

O facto de se viver sozinho ou acompanhado não revela influência neste comportamento, mas o índice de

isolamento volta a revelar o seu poder: entre os inquiridos mais isolados 1 em cada 5 diz não recorrer a ajuda

médica, diminuindo regularmente a procura de ajuda médica à medida que o índice de isolamento aumenta.

Tabela 89 Recurso a ajuda médica especializada, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só Vive com outras

pessoas Total Total Quando tem problema de saúde, procura ajuda especializada? N % N % N %

Sim 7036 90,3% 13832 92,9% 20868 92,0%

Não 755 9,7% 1056 7,1% 1811 8,0%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

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Tabela 90 Recurso a ajuda médica especializada, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total Quando tem problema de saúde, procura ajuda especializada? N % N % N % N %

Sim 327 79,8% 3710 87,2% 16831 93,4% 20868 92,0%

Não 83 20,2% 546 12,8% 1182 6,6% 1811 8,0%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

De acordo com o inquérito, parece não ser por desconhecimento que não se procura ajuda médica especializada

quando se tem um problema grave de saúde. Entre os inquiridos que não procuram ajuda médica a razão mais

apontada é a falta de recursos financeiros. Em seguida, cerca de 1/4 dos inquiridos justificam a sua não procura de

ajuda médica especializada dizendo que ela não responde às suas necessidades (17%) ou que resolve o problema de

saúde sozinho (10%). Os que dizem não a procurar devido a dificuldades de natureza física, ou seja, por não

conseguirem deslocar-se até ela constituem cerca de 9%.

Tabela 91 Razões para não procurar ajuda médica especializada entre a população que não a procura (N e %)

Razão para não procurar ajuda médica especializada Total Total

Não tem recursos para pagar/é muito cara 626 34,57% Não responde às suas necessidades 299 16,51%

Não preciso, resolve sozinho(a) 182 10,05%

Não consegue deslocar-se até eles 159 8,78%

Não sabe onde encontrar 18 0,99%

Outra 98 5,41%

(em branco) 429 23,69%

Total Geral 1811 100,00%

De forma inesperada, quando se analisa os resultados em cada DIASL encontram-se situações muito distintas nas

razões apresentadas pelos inquiridos que não procuram ajuda médica: para os inquiridos da DIASL Sul, as razões

financeira apenas aparecem em 4º lugar (com 12%), depois da afirmação de que a ajuda médica especializada não

responde necessidades (21%), da impossibilidade de deslocação (19%) ou da capacidade para resolver os problemas

sozinho (17%); Na DIASL Centro-Ocidental, a razão financeira é apresentada como justificação por quase metade dos

inquiridos; os inquiridos da DIASL Norte são os que mais referem que não procuram ajuda médica especializada

devido a dificuldades de deslocação ou devido a resolverem o problema de saúde sozinhos (ambas com 24%). Estes

dados necessitam de alguma explicação mais relacionada com o nível local, eventualmente ao nível da freguesia,

pois as diferenças são muito significativas.

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Tabela 92 Razões para não procurar ajuda médica especializada entre a população que não a procura, segundo a DIASL (N e %)

Sul Centro-

Ocidental Oriental Norte Total Total Razão para não procurar ajuda médica especializada N % N % N % N % N %

Não tem recursos para pagar/é muito cara 44 11,8% 481 46,9% 89 33,8% 12 8,1% 626 34,6%

Não responde às suas necessidades 77 20,6% 185 18,0% 29 11,0% 8 5,4% 299 16,5%

Não preciso, resolve sozinho(a) 65 17,4% 44 4,3% 37 14,1% 36 24,3% 182 10,0%

Não consegue deslocar-se até eles 70 18,7% 30 2,9% 24 9,1% 35 23,6% 159 8,8%

Não sabe onde encontrar 10 2,7% 3 0,3% 3 1,1% 2 1,4% 18 1,0%

Outra 35 9,4% 23 2,2% 25 9,5% 15 10,1% 98 5,4%

(em branco) 73 19,5% 260 25,3% 56 21,3% 40 27,0% 429 23,7%

Total Geral 374 100,0% 1026 100,0% 263 100,0% 148 100,0% 1811 100,0%

O facto de se viver sozinho ou acompanhado, bem como a idade dos inquiridos, não tem influência significativa na

adesão às diferentes razões para não se procurar ajuda médica em caso de necessidade, mantendo-se de modo

geral a hierarquia referida para o total da população.

No entanto, o índice de isolamento revela uma vez mais uma variação regular com algumas das razões, induzindo

perfis diferentes consoante os níveis de isolamento: à medida que o isolamento aumenta, as dificuldades

económicas diminuem de peso, sendo substituídas pelas dificuldades em deslocar-se para procurar ajuda médica,

com os inquiridos mais isolados a referirem sobretudo (42%) estas dificuldades físicas. Dito de outro modo, para os

pouco ou nada isolados, a razão principal que os faz não procurar ajuda médica é dificuldade financeira, enquanto

para os muito isolados a razão principal é a dificuldade de locomoção.

Tabela 93 Razões para não procurar ajuda médica especializada entre a população que não a procura,

segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total Razão para não procurar ajuda médica especializada N % N % N %

Não tem recursos para pagar/é muito cara 284 37,6% 342 32,4% 626 34,6%

Não responde às suas necessidades 107 14,2% 192 18,2% 299 16,5%

Não preciso, resolve sozinho(a) 70 9,3% 112 10,6% 182 10,0%

Não consegue deslocar-se até eles 74 9,8% 85 8,0% 159 8,8%

Não sabe onde encontrar 11 1,5% 7 0,7% 18 1,0%

Outra 41 5,4% 57 5,4% 98 5,4%

(em branco) 168 22,3% 261 24,7% 429 23,7%

Total Geral 755 100,0% 1056 100,0% 1811 100,0%

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Tabela 94 Razões para não procurar ajuda médica especializada entre a população que não a procura,

segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados Isolados

Pouco ou nada isolados Total Total

Razão para não procurar ajuda médica especializada N % N % N % N %

Não tem recursos para pagar/é muito cara 14 16,9% 111 20,3% 501 42,4% 626 34,6%

Não responde às suas necessidades 3 3,6% 56 10,3% 240 20,3% 299 16,5%

Não preciso, resolve sozinho(a) 5 6,0% 45 8,2% 132 11,2% 182 10,0%

Não consegue deslocar-se até eles 35 42,2% 74 13,6% 50 4,2% 159 8,8%

Não sabe onde encontrar 3 3,6% 5 0,9% 10 0,8% 18 1,0%

Outra 4 4,8% 27 4,9% 67 5,7% 98 5,4%

(em branco) 19 22,9% 228 41,8% 182 15,4% 429 23,7%

Total Geral 83 100,0% 546 100,0% 1182 100,0% 1811 100,0%

4.7. Necessidades mais importantes

Quando se pergunta aos inquiridos qual a necessidade mais importante que sente, verificamos que a grande maioria

(62%) diz não necessitar de nada. A necessidade mais referida é a ajuda para as tarefas básicas do dia-a-dia (lida da

casa, refeições, etc.), manifestada por cerca de 9% dos inquiridos. Esta distribuição mantém-se em todas as DIASL,

merecendo apenas referência o facto dos inquiridos da Sul referirem mais (5%) do que os outros a necessidade de

melhores condições de habitação.

Tabela 95 Necessidades mais importantes manifestadas pela população inquirida (N e %)

Necessidade mais importante N %

Ajuda para as tarefas básicas (lida da casa, refeições, etc.) 2126 9,37%

Companhia/conversa 1221 5,38%

Melhores condições de habitação 674 2,97%

Ajuda para deslocar-se ao exterior 590 2,60%

Formas de ocupar o tempo fora de casa 304 1,34%

Nenhuma 13985 61,66%

Outra 3185 14,04%

(em branco) 594 2,62%

Total Geral 22679 100,00%

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Tabela 96 Necessidades mais importantes, segundo a DIASL (N e %)

DIASL Sul

DIASL Centro-

Ocidental DIASL

Oriental DIASL Norte Total Total

Necessidade mais importante N % N % N % N % N %

Companhia/conversa 314 5,4% 392 5,7% 220 5,6% 295 4,9% 1221 5,4% Formas de ocupar o tempo fora de casa 51 0,9% 69 1,0% 42 1,1% 142 2,4% 304 1,3%

Melhores condições de habitação 298 5,1% 224 3,3% 55 1,4% 97 1,6% 674 3,0% Ajuda para deslocar-se ao exterior 159 2,7% 181 2,6% 112 2,8% 138 2,3% 590 2,6% Ajuda para as tarefas básicas (lida da casa, refeições, etc.) 606 10,3% 716 10,4% 296 7,5% 508 8,5% 2126 9,4%

Nenhuma 3649 62,2% 3997 58,0% 2601 65,9% 3738 62,6% 13985 61,7%

Outra 751 12,8% 816 11,8% 582 14,7% 1036 17,4% 3185 14,0%

(em branco) 41 0,7% 496 7,2% 40 1,0% 17 0,3% 594 2,6%

Total Geral 5869 100,0% 6891 100,0% 3948 100,0% 5971 100,0% 22679 100,0%

Os inquiridos que vivem sozinhos referem bastante mais (10%) do que os outros que sentem necessidade de

companhia/conversa, sendo esta a necessidade mais referida, a par da ajuda para as tarefas básicas do dia-a-dia. O

índice de isolamento revela um perfil dos inquiridos mais isolados bastante diferente dos restantes: por um lado,

apenas 1/3 afirma não ter qualquer necessidade, enquanto entre os pouco isolados esta percentagem é de 66%; por

outro lado, mais de 1 em cada 5 diz necessitar de ajuda para as tarefas básicas quotidianas e cerca de 15% diz que a

sua necessidade principal é companhia e conversa.

Tabela 97 Necessidades mais importantes, segundo a cohabitação (N e %)

Vive só

Vive com outras

pessoas Total Total

Necessidade mais importante N % N % N %

Companhia/conversa 803 10,3% 418 2,8% 1221 5,4%

Formas de ocupar o tempo fora de casa 98 1,3% 206 1,4% 304 1,3%

Melhores condições de habitação 260 3,3% 414 2,8% 674 3,0%

Ajuda para deslocar-se ao exterior 221 2,8% 369 2,5% 590 2,6%

Ajuda para as tarefas básicas (lida da casa, refeições, etc.) 806 10,3% 1320 8,9% 2126 9,4%

Nenhuma 4466 57,3% 9519 63,9% 13985 61,7%

Outra 909 11,7% 2276 15,3% 3185 14,0%

(em branco) 228 2,9% 366 2,5% 594 2,6%

Total Geral 7791 100,0% 14888 100,0% 22679 100,0%

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Tabela 98 Necessidades mais importantes, segundo os níveis de isolamento (N e %)

Muito isolados

Isolados

Pouco ou nada

isolados Total Total

Necessidade mais importante N % N % N % N %

Companhia/conversa 61 14,9% 311 7,3% 849 4,7% 1221 5,4% Formas de ocupar o tempo fora de casa 3 0,7% 45 1,1% 256 1,4% 304 1,3% Melhores condições de habitação 15 3,7% 134 3,1% 525 2,9% 674 3,0%

Ajuda para deslocar-se ao exterior 28 6,8% 188 4,4% 374 2,1% 590 2,6% Ajuda para as tarefas básicas (lida da casa, refeições, etc.) 85 20,7% 517 12,1% 1524 8,5% 2126 9,4%

Nenhuma 135 32,9% 1916 45,0% 11934 66,3% 13985 61,7% Outra 67 16,3% 722 17,0% 2396 13,3% 3185 14,0% (em branco) 16 3,9% 423 9,9% 155 0,9% 594 2,6%

Total Geral 410 100,0% 4256 100,0% 18013 100,0% 22679 100,0%

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5. Notas Finais

Sobre as mais-valias do Inquérito realizado

O Inquérito realizado constitui um diagnóstico da população residente no município de Lisboa com 65 e mais anos,

vivendo sozinha ou em companhia de outros idosos. A regularidade e a dimensão (entre 24 e 29%) da taxa de

cobertura do inquérito face à população de referência das diferentes zonas de Lisboa (delimitadas pelos territórios

das DIASL) proporcionam credibilidade ao processo de inquirição e permitem com alguma segurança a extrapolação

dos resultados obtidos para a população de referência.

Entre as mais-valias do inquérito existe uma variável (que não foi analisada neste relatório por não ser esse o seu

objectivo) que constitui informação preciosa: a georreferenciação dos questionários aplicados, através da recolha

das moradas e identificação dos inquiridos que deram o seu consentimento.

Outra das mais-valias principais do inquérito foi recolher informação que possibilitou a construção de uma variável

de caracterização (o índice de isolamento), a partir da agregação de distintas variáveis. Assim, através deste índice

de isolamento é possível delimitar um sub-conjunto da população inquirida que poderá constituir uma população-

alvo de intervenção prioritária. Este índice necessita ainda ser mais afinado, em função de testes estatísticos

adicionais e de confrontação com a realidade concreta, de modo a poder ser usado operativamente. A título de

exemplo, a divisão da distribuição do índice em 2, 3 ou 4 níveis terá com consequência uma dimensão diferente para

cada um dos grupos. Ora, como se sabe, para o planeamento de estratégias de actuação a dimensão do público-alvo

constitui uma informação crucial.

Sobre os resultados

No que respeita aos principais resultados do Inquérito, em termos de comportamentos, opiniões e necessidades

manifestadas, a maioria da população inquirida parece bastante autónoma:

• Maioritariamente não beneficia de apoio institucional.

• A razão para não beneficiar é o facto de não precisar, pois diz não ter qualquer necessidade especial, diz não

usar os serviços porque não precisa, diz não necessitar de ajuda para as tarefas diárias, revela um fraco grau

de dependência física ou cognitiva para as tarefas básicas quotidianas.

• Uma população que sai diariamente de casa e ocupa o seu dia-a-dia a ver televisão, ajudar a família ou fazer

trabalhos domésticos.

• Uma população que diz ter algum problema de saúde, e que procura ajuda médica especializada para

resolver os problemas de saúde graves.

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No entanto, se estes são os traços principais, de forma sintética, para a população inquirida, quando utilizamos o

índice de isolamento construído encontramos um perfil bastante distinto para os inquiridos mais isolados:

• A maior parte deste grupo não tem qualquer pessoa que o ajude habitualmente e também talvez por isso

beneficie mais de apoio institucional do que a população total.

• Trata-se de um grupo que na sua maioria parece revelar uma situação de dependência nas actividades

quotidianas, dizendo que necessita de ajuda de outras pessoas para a maior parte das actividades básicas

diárias, quer de cariz mais físico quer de natureza mais cognitiva.

• Trata-se de um grupo que poderia beneficiar da resposta dos centros de dia, não o fazendo por dificuldades

de locomoção.

• Trata-se de um grupo que manifesta como necessidade principal sobretudo a ajuda para as tarefas básicas

diárias e a companhia e conversa.

• Trata-se de um grupo que procura menos do que a população em geral a ajuda médica especializada quando

tem um problema grave de saúde, e que apresenta como principal razão para esse facto as dificuldades de

locomoção.

• Trata-se de um grupo que basicamente ocupa o seu dia-a-dia a ver televisão.

Tabela 1 Perfis socio-demográficos

População inquirida total Inquiridos mais isolados

Idade Menos idosos

(85 e mais: 16%

65-74: 39%)

Mais idosos

(85 e mais: 31%

65-74: 19%)

Sexo Feminino (67%) Mais feminino (86%)

Estado civil Casados (48%) e Viúvos (37%) Viúvos (66%) e Solteiros (21%)

Nº de filhos vivos Mais filhos

(Nenhum: 19%

2 ou mais: 49%)

Menos filhos

(Nenhum: 41%

2 ou mais: 23%)

Nível de instrução Mais instruídos

(Não sabe ler nem escrever:12%

Não completou qualquer grau: 13%)

Menos instruídos

(Não sabe ler nem escrever: 21%

Não completou qualquer grau: 21%)

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Tabela 2 Perfis de resposta

População total inquirida Inquiridos com maior nível de isolamento

APOIOS

Apoio habitual em caso de necessidade Filhos (43%) Ninguém (49%)

Tem apoio institucional 13% 33%

Tem apoio da SCML 6% 19%

OCUPAÇÃO DO DIA-A-DIA

Passear 39% 10%

Leitura 18% 7%

Ajudar a família 18% 1%

DEPENDÊNCIA

Menor dependência Maior dependência

Necessita ajuda para fazer compras 29% 61%

Necessita ajuda para ir ao médico 28% 57%

Necessita ajuda para lida da casa 32% 58%

Necessita ajuda para tratar documentos 31% 56%

Necessita ajuda para higiene pessoal 13% 38%

Necessita de ajuda para deslocar-se ao exterior 19% 52%

Necessita de ajuda para deslocar-se em casa 7% 20%

Necessita de ajuda para deslocar-se a alimentação 7% 24%

Necessita de ajuda para vestir-se/despir-se 9% 19%

SAÚDE

Afectada por problemas de saúde 87% 95%

Não procura ajuda médica especializada 8% 20%

Razões para não procurar ajuda médica Financeiras (42%) Dificuldades de locomoção (42%)

UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Utilização de apoio domiciliário 6% 23%

Utilização de centro de saúde 82% 70%

Razão para não usar o centro de dia - Não preciso - Não consigo deslocar-me

75% 6%

40% 30%

Razão para não usar o apoio domiciliário - Não preciso - É muito caro - Desconheço que exista ou onde encontrar

84% 2% 3%

51% 9%

12%

NECESSIDADES MAIS IMPORTANTES

- Nenhuma - Ajuda nas tarefas básicas diárias - Companhia/conversa - Ajuda para deslocar-se ao exterior

62% 9% 5% 3%

33% 21% 15% 7%

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Anexo 1

Deliberação de Mesa nº 216 – Programa Inter-Gerações, de 3 de

Fevereiro de 2012

Fevereiro e 2012

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Anexo 2

Sem Título (extracto do “Documento orientador do programa

Inter-Gerações”)

Fevereiro e 2012

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Anexo 3

Questionário aplicado pelo programa Inter-Gerações)

Fevereiro de 2012

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Caracterização Pessoal e Familiar dos Inquiridos

Nº de questionário:

Nome da Equipa:

Inquirido (nome): _____________________________________________________________________________________

1. Sexo: Masculino 1 Feminino 2

2. Que Idade tem: _________________

3. Qual o seu estado civil? (Assinalar apenas 1 resposta)

� Solteiro(a) 1 � Viúvo (a) 3

� Casado(a)/União de Facto 2 � Divorciado (a) /Separado (a) 4

4. Quantos filhos (ainda vivos) tem? ___________

5. Por favor, diga-me se vive sozinho ou com outras pessoas? (Assinalar apenas 1 resposta) Vive só 1 Vive com outras pessoas 2

FILTRO: Se o inquirido respondeu Vive Só, passar à pergunta 10.

6. Com quem vive? (Assinalar todas as respostas que o inquirido referir)

Com cônjuge 1 Com filho (s) 2 Com

irmão/irmã 3 Com outro

familiar 4 Com outra pessoa

não familiar 5

7. Quantas pessoas compõem o agregado familiar? ____________

8. Quantas pessoas idosas (com 65 anos ou mais) compõem o agregado familiar? ___________

9. Quantas pessoas acamadas existem no agregado familiar? _____________

10. Qual o seu Nível de Instrução? (Assinalar apenas 1 resposta, correspondente ao Nível de Instrução mais elevado que completou):

Não sabe ler nem escrever 1 Ensino básico 3º ciclo/ antigo 5º ano 5

Sabe ler e escrever sem ter completado qualquer nível de ensino 2 Ensino secundário/ antigo 7º ano 6

Ensino Básico 1º Ciclo/Ensino primário completo 3 Ensino Técnico/Profissional 7

Ensino Básico 2º Ciclo/Ciclo preparatório/ antigo 2º ano 4 Ensino Superior 8

11. Quais as suas fontes de rendimento? (Assinalar todas as fontes de que o inquirido usufruir) Pensão/pensões 1 Ajuda de Vizinhos 5

Reforma 2 Ajuda de Amigos 6

Outros rendimentos (rendas, rendimentos próprios, etc…) 3 Complemento Solidário Idoso 7

Ajuda de familiares 4

12. Beneficia de apoio de alguma instituição? Ou seja, usa os serviços da Misericórdia ou de outra instituição? (Em caso positivo, assinalar todas as que o inquirido referir)

Não 1 SCML 2 Paróquia 3 Junta de freguesia

4 Instituição de solidariedade

5 Outra instituição / serviço

6

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Ocupação do tempo, Saúde e Apoios

13. Com que frequência sai de casa? (Assinalar apenas 1 resposta)

� Nunca ou quase nunca 1

� 1 vez por mês 2

� 1 vez por semana 3

� Diariamente ou quase todos os dias 4

14. Como ocupa habitualmente o seu dia-a-dia? (Assinalar 3 actividades que o inquirido referir) Auxiliar a família 1 Convívio e jogos 8

Trabalhos domésticos 2 Prática de Desporto 9

Igreja / Actividades religiosas 3 Visita a colectividades 10

Ver televisão / ouvir rádio 4 Apoio Voluntário 11

Lazeres culturais (cinema, concertos, exposições, etc.) 5 Vai para o Centro de Dia da sua zona 12

Leitura 6 Costura/Bricolage/jardinagem 13

Passear 7 Sempre sozinho 14

Outras ocupações (especifique abaixo) 15

Outras ocupações. Quais? (Especifique o mais claramente possível):

15. Vou agora referir algumas actividades. Por favor diga-me para cada uma delas se necessita ou não de apoio de outra pessoa para as realizar. (Ler cada uma das actividades, uma de cada vez):

Necessita de apoio Não necessita de apoio

1) Lida da casa 1 2

2) Fazer telefonemas 1 2

3) Toma da medicação 1 2

4) Fazer as compras 1 2

5) Ida ao médico 1 2

6) Tratar documentos/pagamentos 1 2

16. Quando precisa de ajuda para alguma coisa, quem o ajuda habitualmente? (Assinalar apenas 1 resposta, a pessoa/instituição que mais ajuda):

� Cônjuge 1 � Amigos 6

� Filhos/Filhas 2 � Vizinhos 7

� Irmãos/irmãs 3 � Apoio social/instituições 8

� Outros familiares 4 � Ninguém 9

� Empregado (a) 5 � Outras pessoas (especifique abaixo) 10

Outras pessoas. Quais? (Especifique o mais claramente possível): _________________________________________________

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17. Vou agora referir algumas entidades ou serviços. Por favor diga-me, para cada uma delas, se as costuma usar ou não. (Ler cada um dos serviços, um de cada vez. No caso de não usar o serviço, perguntar por que razão não usa e assinalar com o código da listagem abaixo, registando apenas a principal razão):

Pergunta 17 Pergunta 18 Usufrui Não usufrui Razão principal para não usufruir

1) Centro de Saúde 1 2

2) Apoio domiciliário 1 2

3) Centro de Dia/Centro de Convívio 1 2

4) Junta de Freguesia 1 2

5) Serviços da Igreja/Associação religiosa 1 2

6) Outro. Especifique:____________ 1 2

18. Razão para não usufruir dos serviços: Desconheço que exista 1 Não responde às minhas necessidades 5

Desconheço onde os encontrar 2 Não são para pessoas do meu meio 6

Não consigo deslocar-me até eles 3 Experimentei e não gostei 7

Não tenho recursos para os pagar / são muito caros 4 Não preciso do serviço 8

Outra (especifique abaixo) 9

Outra razão. Qual? (Especifique o mais claramente possível): __________________________________________________

19. Tem algum problema de Saúde? Sim 1 Não 2 Não sabe 3

FILTRO: Se o inquirido respondeu NÃO, passar à pergunta 21. 20. Se SIM, é de natureza crónica (por exemplo, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, doenças respiratórias,

etc.)? Sim 1 Não 2 Não sabe 3

21. Em que medida a sua saúde o/a limita nas suas actividades de vida diárias? Vou dizer-lhe algumas actividades e

peço-lhe que me diga se as consegue realizar sozinho(a) ou se precisa de ajuda de outra pessoa para as realizar: (Ler cada uma das actividades, uma de cada vez)

Necessita de ajuda Não necessita de ajuda 1) Vestir/despir-se 1 2

2) Alimentação 1 2

3) Eliminação (ir à casa de banho) 1 2

4) Higiene pessoal 1 2

5) Deitar-se e/ou levantar-se 1 2

6) Deslocar-se em casa 1 2

7) Deslocar-se para o exterior 1 2

22. Quando lhe surge um problema de saúde, procura ajuda médica especializada (por exemplo, médico ou enfermeiro)? Sim 1 Não 2

Page 68: Relatório Inquérito Intergerações cd freguesiasimgs.santacasa.viatecla.com/share/2014-03/2014-03...- 1 - Ficha Técnica Relatório de apresentação dos resultados do inquérito

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23. Se NÃO se desloca, por favor diga-me porquê. (Assinalar apenas 1 resposta. No caso do idoso referir mais do que uma,

registar apenas a razão principal): Não sabe onde encontrar 1 Não responde às suas necessidades 4

Não consegue deslocar-se até eles 2 Não precisa, resolve sozinho 5

Não tem recursos para pagar / é muito cara 3 Outra (especifique abaixo) 6

Outra razão. Qual? (Especifique o mais claramente possível): __________________________________________________ 24. Se pudesse dizer apenas uma, qual seria a necessidade mais importante que sente (Leia a lista toda e assinale apenas 1

resposta. No caso do idoso referir mais do que uma, registar apenas a principal): Companhia/conversa 1 Ajuda para deslocar-se ao exterior 4

Formas de ocupar o tempo fora de casa 2 Ajuda para as tarefas básicas (lida da casa, refeições, etc.) 5

Melhores condições de habitação 3 Nenhuma 6

Outra (especifique abaixo) 7

Outra necessidade. Qual? (Especifique o mais claramente possível): _______________________________________________ Observações, de natureza diversificada, que transcendem as questões do inquérito, mas que o inquiridor considera serem importantes: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Número de contacto para dar ao inquirido, caso seja solicitado: 21 3235000

Agradecer a colaboração: Terminou o inquérito. Muito obrigado pela sua colaboração.

Identificação do Inquirido Morada:

Lado Andar Nº Designação da Rua Código de rua

Freguesia Cód. Post. Código de Freguesia

Casa térrea 1 Andar 2 No caso de ser um andar: Tem elevador 1 Não tem elevador 2

Telefone: _____________ Inquiridor: _______________________________________________________________________ Dia:____ / _____/ 2012 Início: _____ h _____ m Finalização: _____ h _____ m DIASL Sul 1 DIASL Centro Ocidental 2 DIASL Oriental 3 DIASL Norte 4