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Contas e Notas Anexas 1 Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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Contas e Notas Anexas 1

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

RelatóRio e Contas 2014

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Relatório e contas 2014 2

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

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RelatóRio e Contas 2014

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Relatório e contas 2014 4

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Índice

p.5

p.6

p.10

p.11

p.12

p.13

p.13

p.15

p.16

p.16

p.19

p.20

p.22

p.22

p.23

p.24

p.28

p.83

p.84

p.85

RelatóRio do Conselho de administRação Sumário

Considerações gerais

Mercado

Atividade florestal

Atividade industrial

Recursos humanos

Atividade financeira

Proposta de aplicação de resultados

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

Contas e notas anexas Demonstrações da posição financeira

Demonstrações dos resultados por naturezas

Demonstrações do rendimento integral

Demonstrações dos fluxos de caixa

Demonstrações das alterações no capital próprio

Anexo às demonstrações financeiras

RelatóRio e paReCeR do FisCal ÚniCo e CeRtiFiCação legal das Contas

Relatório e Parecer do Fiscal Único

Certificação Legal das Contas

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RelatóRio do Conselho de administRação

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Relatório e contas 2014 8

Sumário em 31 de Dezembro de 2014

1.000 euros 2014 2013 2012 2011

Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197

Amortizações 30.901 31.041 31.596 33.956

Resultados Operacionais 77.187 96.450 93.666 74.435

Resultados Líquidos 28.073 45.099 42.680 20.402

Capital Próprio 288.843 323.809 311.946 288.285

Valor Acrescentado 90.140 117.704 113.198 94.901

Investimento 18.888 5.157 2.346 7.591

Empregados do quadro em 31 de Dezembro (*)

213 210 205 218

(*) Não inclui os Orgãos Sociais, nem contratos a termo

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Relatório do Conselho de Administração 9

Gráficos

ano

150

250

350

450

Vendas de pasta de eucalipto

(milhares de toneladas)

Capital próprio (milhões de euros)

ano

200

400

600

800

2010 2012 2013 20142011

601 619 658 692539

ano

200

400

600

800

Produção de pasta de eucalipto

(milhares de toneladas)

2010 2012 2013 20142011

599 626 666 687540

2010 2012 2013 20142011

288 312 324 289262

ano

ano

30

60

90

120

ano

5

20

35

50

100

200

300

400

Vendas líquidas

(milhões de euros)

Resultados operacionais

(milhões de euros)

Investimento

(milhões de euros)

2010 2012 2013 20142011

74 94 96 77101

2010 2012 2013 20142011

7,6 2,3 5,2 18,920

2010 2012 2013 20142011

333 348 379 369329

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Relatório e contas 2014 10

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Relatório do Conselho de Administração 11

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Relatório e contas 2014 12

Exercício de 2014

ConsideRações geRaisCom um enquadramento macroeconómico complexo a Europa teve, em 2014, mais

um ano de baixo crescimento com uma economia anémica, a qual mostra mesmo ser

incapaz de reagir a mecanismos de exceção, como é o caso de injeção de liquidez por

parte do banco central. Cumulativamente com esta situação de debilidade económica,

o conflito a leste entre a Ucrânia e a Rússia, bem como a situação na Grécia, criaram

um quadro de instabilidade geopolítica nada favorável ao desenvolvimento económico

e social.

Portugal, membro da comunidade económica e monetária europeia, terminou, no

ano em análise, o seu programa de assistência económica e financeira. O país pôde

voltar aos mercados financiando-se a taxas de juros competitivas, mas o pequeno

aumento da procura interna que se verificou, de imediato provocou um aumento das

importações e o consequente desequilíbrio na balança de transações correntes o que

demonstra a fragilidade da nossa economia e a precaridade das reformas efetuadas

durante o período de resgate.

A inflação foi negativa, com Portugal a encerrar o ano nos -0.4% em termos

homólogos, facto ao qual não é alheio a queda acentuada dos preços do petróleo que

se verificou na última parte do ano.

Neste contexto, a indústria de celulose assistiu à chegada ao mercado de mais 4.3

milhões de toneladas de pasta de fibra curta, proveniente de novas capacidades

instaladas na América do Sul, bem como os produtores europeus viam em Maio o

câmbio euro/dólar atingir máximos do ano o que tornava a situação bem mais

complexa e desafiante.

No entanto, a diferença de mais de 200 dólares que se chegou a verificar entre os

preços da fibra longa e da fibra curta provocou um movimento sustentado de

substituição de uma pela outra o que beneficiou, substancialmente, a fibra de eucalipto

branqueada, permitindo mesmo registar um crescimento na procura de cerca de

11% em 2014.

O equilíbrio que se registou no último quadrimestre entre a oferta e a procura,

bem como o enfraquecimento do euro, permitiram uma recuperação do preço e um

aumento da competitividade para a indústria europeia em geral e para a Celbi em

particular.

Fruto de elevados níveis de eficiência que a caracterizam, a Celbi, mais uma vez,

estabeleceu em 2014 um novo record de produção, com 686.881 toneladas produzidas,

mais 20.424 tons que o registado no ano transato.

Num esforço de modernização e de aumento de capacidade foi dada continuidade

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Relatório do Conselho de Administração 13

aos trabalhos do Projeto C15, bem como se instalou uma nova turbina de condensação

a qual irá permitir uma redução na quantidade de energia adquirida ao exterior.

As preocupações com a sustentabilidade e com o meio ambiente têm conduzido

à implementação de medidas para a redução de consumo de água e emissões de CO2.

Mas o ano de 2014 ficou também indiscutivelmente associado ao lançamento de uma

larga campanha de segurança no trabalho a qual denominámos “Comportamentos

Seguros”. Ações de formação, sensibilização permanente, nova sinalética e novos

equipamentos foram alguns dos meios utilizados para consciencializar toda a

organização e prestadores de serviços, que a segurança começa no comportamento

de cada um de nós.

O abastecimento de madeira foi feito com recurso ao mercado nacional, a matas

próprias e à importação. O recurso à importação, fundamentalmente da América do

Sul, tem um impacto significativo no acréscimo do custo de produção, no entanto as

condições climatéricas adversas e aumento dos consumos não permitiram ao

mercado nacional satisfazer a procura pelo que o recurso a madeira sul-americana

foi imperioso.

Registamos como facto relevante o aumento da disponibilidade de madeira

certificada, o que no ano em análise aumentou cerca de 15% face a 2013.

A preocupação com o desenvolvimento de competências dos nossos colaboradores

levou a que se atingissem, em 2014, as 7.700 horas de formação. O programa

“Academia Altri” e “Comportamentos Seguros” foram duas das mais destacadas

ações que foram levadas a cabo ao longo do ano.

Apesar da recuperação que se verificou, quer nos preços, quer no câmbio, no último

terço do ano e apesar do “record” registado na quantidade vendida 692.494 toneladas,

os resultados económico-financeiros da Celbi sofreram uma diminuição significativa

face ao ano de 2013.

De facto o total de receitas caiu para cerca dos 380 milhões de euros, menos 3.3% do que o ano anterior e o Resultado Líquido foi de 28.1 milhões de euros, também

menos 37.8% que o verificado no ano transato.

Como perspetivas para o ano de 2015 registamos a continuação favorável da

evolução do preço e a disponibilidade do mercado para absorver os incrementos de

produção de pasta de eucalipto.

A Celbi irá realizar em Abril a paragem da unidade fabril para manutenção e para

a conclusão dos principais trabalhos do projeto C15, perspetivando-se a partir dai

um novo patamar na produção diária o qual deverá conduzir ao objetivo de produção

de 700 mil toneladas no ano.

meRCadoO ano de 2014 foi de desafios para a indústria de celulose. Entre 2013 e 2014,

4.3Mtons de celulose de fibra curta chegaram ao mercado com origem na América

do sul. Simultaneamente as previsões para a economia mundial, sobretudo para a

europeia não eram animadoras o que em conjunto indiciava um ano relativamente

difícil.

O ano iniciou-se com uma maior disputa pela manutenção ou mesmo crescimento

de quotas de vendas nos vários segmentos/mercados com a consequente agressividade

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Relatório e contas 2014 14

comercial que normalmente lhe está associada. A acrescentar a este cenário, já de si

difícil, esteve a t axa de câmbio do Euro/USD que atingiu um pico de

USD 1.3953=1€ no dia 8 de Maio e que se manteve desfavorável até ao 4.º trimestre

do ano. Ao longo de 2014 foi-se igualmente assistindo a uma procura de fibra longa

que em alguns períodos suplantou largamente a oferta atingindo um valor acima dos

935 USD na Europa, alargando a margem para a fibra curta para mais de 200 USD.

Desta diferença de preço resultou um movimento lento mas paulatino de substituição

de fibra longa por curta por parte dos papeleiros e ao mesmo tempo de fibra curta

para longa por parte dos produtores de celulose do norte da Europa e da América do

norte. A grande beneficiada deste movimento de substituição foi a fibra de eucalipto

branqueada cuja procura cresceu 11% no ano transacto. O mercado mundial de

fibras branqueadas para mercado cresceu ele próprio acima de 1M de toneladas. A

referir também o encerramento de uma unidade produtiva de celulose de eucalipto

na península ibérica que retirou do mercado cerca de 410 mil tons de capacidade

de produção de pasta de eucalipto. Todos estes fatores reunidos permitiram uma

recuperação assinalável das condições do mercado de fibra curta tendo-se atingido

o equilíbrio entre a oferta e a procura no final do 3º trimestre com a correspondente

recuperação de preço favorecida pelo enfraquecimento do euro face ao USD.

A Celbi maximizou as oportunidades resultantes da recuperação da procura de

fibras curtas uma vez que dispõe de pasta produzida a partir do eucalipto globulus

reconhecida no mercado como tendo propriedades físico-mecânicas mais vantajosas

que a dos seus concorrentes sul americanos.

A sua posição geográfica preferencial relativamente ao mercado europeu, aliada

a uma fibra de características superiores, permitiram aumentar o volume de vendas

em 35 mil toneladas relativamente ao ano anterior. A empresa continuou a privilegiar

o mercado europeu como seu mercado natural, mantendo a sua posição equilibrada

nos vários segmentos papeleiros.

A perspectiva para 2015 é positiva havendo apenas uma nova linha de produção

de pasta a chegar ao mercado (1.3Mtons) que deverá equivaler ao crescimento global

da procura anual. Não são conhecidos novos projetos “greenfield” no curto-médio

prazo, pelo que o mercado deverá manter-se relativamente equilibrado durante o ano.

atividade FloRestalNo ano de 2014 a Celbi foi abastecida por madeira proveniente do mercado

nacional, da Galiza e da América do Sul. O presente ano ficou marcado pelas condições

meteorológicas adversas que dificultaram a quantidade de madeira disponível no

mercado nacional, a qual não foi suficiente para satisfazer as necessidades da fábrica.

Esta conjuntura, associada ao aumento de consumo de madeira de eucalipto por

outras unidades industriais, levou a um aumento da necessidade de importação. Por

outro lado, em resposta a esta situação, as madeiras provenientes das matas geridas

pela Altri Florestal sofreram um aumento face ao ano anterior.

Do total da madeira recebida em 2014, mais de 50% foi madeira proveniente de

florestas com sistemas de certificação acreditados, representando um aumento de

15% face ao ano anterior. Toda a madeira fornecida pela Altri Florestal foi certificada.

Ásia 9 %

Solúvel 8 %

Embalagem 3%

Portugal 6 %

vendas poR apliCação Final

altRi

vendas poR Região

altRi

Tissue 49%

Europa 77%

Impressão

e escrita 24 %

Outros 8%

Outros 3 %

Papéis Especiais 13 %

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Relatório do Conselho de Administração 15

atividade industRialO ano de 2014 representou mais um marco na atividade da Celbi com a obtenção

de um novo recorde anual de produção.

A fiabilidade da fábrica atingiu níveis muito acima dos anos anteriores, fruto da

politica seguida de aposta na melhoria continua, por eliminação de estrangulamentos

e análise das principais áreas de instabilidade e sua eliminação.

Verificou-se um novo aumento da eficiência operacional para 92 %, o maior valor

de sempre, (90,3 % em 2013) e que culminou na obtenção de novos recordes de

produção:

- produção anual – 686 881 t (+3,1% do que em 2013)

- mensal – 63 322 t (Maio)

- média mensal – 2 046,3 t (Setembro)

- diário – 2 171,5 t (2 de Outubro)

Durante a paragem anual de Fevereiro, a qual decorreu entre os dias 18 de Fevereiro

e 2 de Março, deu-se inicio à implantação da primeira fase do projeto C15.

Introduziram-se alterações significativas na crivagem de pasta crua, branqueamento,

dióxido de cloro e máquina de secagem.

Estas modificações permitiram elevar as disponibilidades para patamares próximos

dos 98-99%, com especial relevância no branqueamento e na máquina de secagem.

No campo da energia, continuou a verificar-se uma tendência de redução do

consumo de electricidade.

Durante o ano executou-se o projeto de uma nova turbina de condensação, TG6,

cujo arranque teve lugar em Novembro, e que em velocidade cruzeiro representará

uma redução da electricidade adquirida de cerca de 30 kWh/tpsa.

O consumo de gás natural manteve a tendência dos últimos anos apesar de se ter

verificado a paragem anual (e o consequente arranque, o que não tinha ocorrido em 2013).

A utilização de água manteve a sua tendência descendente, com um valor de 19,6

m3/tpsa (20,3 m3/tpsa em 2013)

A qualidade do produto manteve-se num nivel muito bom, não tendo havido

qualquer reclamação a referir.

Em termos ambientais, não houve nada a referir em relação às emissões líquidas

e gasosas, enquanto na produção de resíduos, continuaram a ser desenvolvidos

esforços para a sua redução.

ReCuRsos humanosAo nível da gestão de Pessoal, o ano de 2014 revela a contínua aposta no

desenvolvimento dos nossos colaboradores, quer na vertente técnica que na vertente

comportamental. Nesta área é de destacar:

– o programa de formação de quadros conhecido como “Academia Altri” que

iniciamos no final de 2013 com a Porto Business School e abrangendo todos os

quadros do Grupo Altri que visa preparar os actuais e futuros líderes do Grupo com

as competências necessárias para garantir um crescimento sustentável num mercado

cada vez mais global e competitivo

– o programa de comportamentos seguros que visa centrar as questões de

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Relatório e contas 2014 16

segurança na forma como cada colaborador encara a segurança no seu dia a dia sob

o lema “a minha segurança depende de mim”, desenvolvendo ações de sensibilização

a todos os colaboradores da empresa.

Não é por isso de estranhar que o volume total de formação atingisse as 7.678

horas representando um esforço de cerca de 2% do total de horas de trabalho

disponível e em média cerca de 33 horas por trabalhador.

Por outro lado, registamos uma diminuição dos níveis de absentismo na empresa

com a taxa a situar-se nos 3,5% (em 2013 foi de 4,3%). Cerca de 58% do absentismo

foi causado por doença e 19%por acidentes de trabalho.

Relativamente à sinistralidade regista-se um nível de acidentes com baixa inferior

ao dos últimos 2 anos, mas com consequências mais gravosas: o número de dias

perdidos por acidentes atingiu 336 dias em 2014, valor superior ao dos últimos anos.

Em 2014 concretizamos a passagem do Fundo de Pensões da Celbi do regime de

benefício definido para contribuição definida. Com esta alteração, a empresa

compromete-se a efectuar uma contribuição mensal para o Fundo de Pensões da

Celbi que varia anualmente em função dos resultados (EBITDA) do Grupo.

Uma característica do novo regime é a possibilidade de os colaboradores poderem

participar no Fundo com uma contribuição própria. De referir que cerca de 80% dos

colaboradores decidiram aderir com a sua contribuição, evidenciando a sua

preocupação com futuro das suas reformas. Para os colaboradores que aderiram, a

empresa contribui adicionalmente com 0,5%.

Também este ano, acordamos com os sindicatos a revisão do Acordo de Empresa

procurando adaptá-lo à realidade atual que o país atravessa, com especial incidência

no trabalho noturno, na remuneração do trabalho suplementar e em dias feriados.

Na área administrativa, procedemos à implementação da nova versão do Portal do

Empregado em ambiente web, que, agilizando o relacionamento dos colaboradores

com os serviços administrativos, permite um acesso mais fidedigno e em tempo útil

aos dados para gestão do pessoal.

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Relatório do Conselho de Administração 17

atividade FinanCeiRaDe acordo com o Pulp and Paper Products Council (PPPC) em 2014 a procura total

de pastas hardwood cresceu cerca de 3.3%, o que em valores absolutos se cifrou num

crescimento de 940 mil toneladas relativamente ao ano anterior.

Em termos geográficos constata-se que o consumo da China cresceu de cerca de

5.7%, tendo atingido 8.8 milhões de toneladas, enquanto o consumo na Europa

Ocidental registou um crescimento de 1.7%, para 8,8 milhões de toneladas.

A evolução dos preços para a pasta branqueada de eucalipto, como já tivemos

oportunidade de referir, foi decrescente nos três primeiros trimestres do ano com o

índice de referência PIX a registar 767 USD no primeiro trimestre e 728 USD no

terceiro, no entanto no terceiro trimestre o efeito cambial EUR/USD já se fazia sentir

e o decréscimo em euros, no mesmo período, já só foi de 560 Euros para 549 Euros.

No quarto trimestre, face ao trimestre anterior, há já uma recuperação do preço em

dólares para 735 USD, e em euros o preço, pelo efeito conjugado com o câmbio,

subiu para os 589 Euros.

Assim, e apesar de se terem vendido mais 34.537 toneladas de pasta as receitas

totais registaram em 2014 um decréscimo de cerca de 12.9 milhões de euros face ao

obtido no ano anterior.

Por outro lado o custo das vendas apresenta um acréscimo de cerca de 13 milhões

de euros, mas este aumento é justificado não pelo agravamento dos custos unitário

de produção mas sim pelo aumento da quantidade produzida e pela variação de

existências verificada. Aliás a mesma justificação é encontrada para o aumento de

cerca de 1.5 milhões de euros que se verifica nos FSE, e também pelo facto de em

2013 não ter ocorrido a paragem anual para manutenção, o que aconteceu em 2014.

O EBITDA obtido no exercício foi de 77.2 milhões de euros menos 20% que o

obtido no ano anterior e o EBIT foi de 46.3 milhões, também inferior em 19.1 milhões

ao obtido em 2013.

O aumento verificado nos custos financeiros é resultado da restruturação da dívida

em 2014 para fazer face a compromissos, de serviço da dívida, que se verificaram já

em 2015.

O Resultado Líquido em 2014 foi de 28.1 milhões de euros, menos 17 milhões que

o registado no ano transato.

gestão de RisCos FinanCeiRosOs princípios gerais da gestão de riscos financeiros da empresa encontram-se

descritos em detalhe da nota 2 do anexo às demonstrações financeiras.

Figueira da Foz, 20 de Março de 2015

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Relatório e contas 2014 18

pRoposta de apliCação de ResultadosConforme consta do Balanço e Demonstração de Resultados, o Resultado Líquido

do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi de 28.072.814 Euros. Aquele valor

resulta do facto da Empresa ter, nos termos das normas contabilísticas aplicáveis,

reconhecido como gasto nas contas do exercício, e pago a titulo de adiantamento,

o valor de 628.318 Euros como montante afeto a distribuição de lucros pelos

Colaboradores da Empresa. Esta distribuição foi aprovada em Assembleia Geral

sob proposta do Conselho de Administração.

Em face das considerações anteriores, a proposta de aplicações de resultados é

a seguinte:

Para Distribuição de Dividendos 20.000.000 Euros

Para Resultados Transitados 8.072.814 Euros

Leirosa, 20 de Março de 2015

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (Presidente)

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira

Agostinho Dolores Ferreira

José Antonio Nogueira dos Santos

Carlos Alberto Sousa Vanzeller e Silva

anexo ao RelatóRio do Conselho de administRação

1. Nos termos do nº 5 do artº 447º do Código das Sociedades Comerciais e

relativamente às pessoas mencionadas nos nºs 1 e 2 do referido artigo:

1.1 Ações detidas em 31 de Dezembro de 2014 Não existiu esta situação

2. Nos termos do nº 4 do artº. 448º do Código das Sociedades Comerciais:

2.1 Titularidade do capital da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. à data do

encerramento do exercício:

Altri-Participaciones y Trading, S.L 15 493 288

Leirosa, 20 de Março de 2015

contas e notas anexas

Page 19: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório do Conselho de Administração 19

contas e notas anexas

Page 20: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações
Page 21: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e notas anexas

Page 22: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 22

Ativo Notas 31.12.2014 31.12.2013

Ativos não correntes

Ativos biológicos 12 144.777 184.802

Ativos fixos tangíveis 4 271.806.610 283.864.425

Ativos intangíveis 5 139.269 193.032

Propriedades de investimento 6 3.429.182 3.715.319

Investimentos em empresas subsidiárias 7 338.582.619 364.262.500

Investimentos em empresas associadas 8 573.240 -

Investimentos disponíveis para venda 9 e 13 10.218.845 4.110.512

Outros devedores não correntes 10 e 13 2.521.897 -

Outros ativos não correntes 38 395.982 395.982

Ativos por impostos diferidos 11 925.569 1.965.790

Total de ativos não correntes 628.737.990 658.692.362

Ativos correntes

Inventários 12 35.035.511 38.719.450

Clientes 13, 14 e 30 62.164.378 63.916.760

Outras dívidas de terceiros 13, 15 e 30 3.385.088 3.622.177

Estado e outros entes públicos 16 4.209.125 5.301.754

Empresas do Grupo 13 e 30 75.030.458 80.846.711

Outros ativos correntes 17 2.093.024 2.480.080

Instrumentos financeiros derivados 13 e 26 - 1.204.184

Caixa e equivalentes de caixa 13 e 18 223.875.563 193.511.995

Total de ativos correntes 405.793.147 389.603.111

Total do ativo 1.034.531.137 1.048.295.473

Demonstrações da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2014 e 2013(montantes expressos em euros)

Page 23: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 23

Demonstrações da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2014 e 2013(montantes expressos em euros)

Capital próprio e passivo Notas 31.12.2014 31.12.2013

Capital próprio

Capital social 19 77.500.000 77.500.000

Reserva legal 19 16.100.235 16.100.235

Outras reservas 19 167.170.016 185.110.518

Resultado líquido do exercício 28.072.814 45.098.521

Total do capital próprio 288.843.065 323.809.274

Passivo

Passivo não corrente

Empréstimos bancários 13 e 20 103.837.500 74.212.500

Outros empréstimos 13 e 20 211.581.537 448.002.751

Outros passivos não correntes 22 22.582.475 25.735.183

Passivos por impostos diferidos 11 54.395 421.231

Provisões 21 780.409 755.621

Total de passivos não correntes 338.836.316 549.127.286

Passivo corrente

Empréstimos bancários 13 e 20 - 4.324.293

Outros empréstimos 13 e 20 344.966.800 105.084.603

Fornecedores 13, 23 e 30 39.022.526 37.971.965

Empresas do Grupo 13 e 30 1.438.778 490.875

Outras dívidas a terceiros 13, 24 e 30 2.412.805 3.452.013

Estado e outros entes públicos 16 768.664 719.763

Outros passivos correntes 25 16.339.886 16.826.852

Instrumentos financeiros derivados 13 e 26 1.902.297 6.488.549

Total de passivos correntes 406.851.756 175.358.913

Total do passivo 745.688.072 724.486.199

Total do passivo e capital próprio 1.034.531.137 1.048.295.473

Page 24: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 24

Demonstrações dos Resultados por Naturezas para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013(montantes expressos em euros)

Notas 31.12.2014 31.12.2013

Vendas 30 e 31 368.661.805 379.215.474

Prestações de serviços 30 e 31 4.890.120 4.517.642

Outros proveitos 30 e 32 6.258.835 9.000.777

Custo das vendas 12 e 30 (202.807.452) (189.809.420)

Fornecimento de serviços externos 29 e 30 (85.914.751) (84.449.864)

Custos com o pessoal 28 e 36 (12.678.135) (11.710.822)

Amortizações e depreciações 4, 5 e 6 (30.900.864) (31.041.315)

Provisões e perdas por imparidade 21 160.731 83.346

Outros custos 33 (1.384.533) (10.398.484)

Custos financeiros 34 (27.590.553) (19.368.084)

Proveitos financeiros 30 e 34 8.312.172 8.241.341

Resultado antes de impostos 27.007.375 54.280.591

Impostos sobre o rendimento 11 1.065.439 (9.182.070)

Resultado depois de impostos 28.072.814 45.098.521

Resultado líquido do exercício 28.072.814 45.098.521

Resultados por ação

Básico 35 1,81 2,91

Diluído 35 1,81 2,91

Demonstrações dos Resultados e de Outro Rendimento Integral para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013montantes expressos em euros

Notas 31.12.2014 31.12.2013

Resultado líquido do exercício 28.072.814 45.098.521

Outro rendimento integral:

Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -

- -

Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquido

Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa 19 e 26 1.440.725 9.109.692

Outros 520.252 (344.490)

Outro rendimento integral do exercício 1.960.977 8.765.202

Total do rendimento integral do exercício 30.033.791 53.863.723

Page 25: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 25

Notas 2014 2013

Atividades operacionais

Recebimentos de clientes 376.874.736 425.393.028

Pagamentos a fornecedores (286.132.319) (279.690.006)

Pagamentos ao pessoal (9.580.626) (8.906.744)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional

(3.600.276) (14.728.764)

Impostos sobre o rendimento de pessoas coletivas 1.499.093 79.060.608 (11.912.262) 110.155.252

Fluxos gerados pelas atividades operacionais(1) 79.060.608 110.155.252

Atividades de investimento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos concedidos 19.246.585 104.150.000

Investimentos financeiros 18 2.782.550 -

Juros e proveitos similares 6.826.505 17.109.992

Ativos fixos tangíveis 236.715 160.002

Ativos intangíveis - 134.446

Subsídios ao investimento 3.055.689 32.148.044 - 121.554.440

Pagamentos relativos a:

Investimentos financeiros 18 (715.000) (112.019.395)

Ativos fixos tangíveis (19.280.675) (4.094.874)

Ativos intangíveis (80.060) (20.075.735) - (116.114.269)

Fluxos gerados pelas atividades de investimento (2) 12.072.309 5.440.171

Atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 162.823.963 162.823.963 95.058.383 95.058.383

Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares (24.844.486) (23.864.014)

Empréstimos obtidos (136.500.000) (22.455.577)

Dividendos (65.000.000) (226.344.486) (42.000.000) (88.319.591)

Fluxos gerados pelas atividades de financiamento (3) (63.520.523) 6.738.792

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 18 193.511.995 71.177.780

Caixa e seus equivalentes no início do exercício resultantes da fusão

1 2.751.174 -

Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 27.612.394 122.334.215

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 18 223.875.563 193.511.995

Demonstrações dos Fluxos de Caixapara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013(montantes expressos em euros)

Page 26: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 26

Outras reservas

Notas Capital socialAções próprias

(Valor nominal)

Ações próprias (Descontos e prémios)

Reserva legal

Reservas de cobertura

Outras reservas e resultados

transitados

Total outras reservas

Resultado líquido

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (10.760.641) 186.426.383 175.655.742 42.679.574 311.945.551

Aplicação do resultado de 2012

Transferência para resultados transitados

- - - - - 42.679.574 42.679.574 (42.679.574) -

Distribuição de dividendos - - - - - (42.000.000) (42.000.000) - (42.000.000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 9.109.692 (344.490) 8.765.202 45.098.521 53.863.723

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (1.650.949) 186.761.467 185.110.518 45.098.521 323.809.274

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (1.650.949) 186.761.467 185.110.518 45.098.521 323.809.274

Aplicação do resultado de 2013

Transferência para resultados transitados

- - - - - 45.098.521 45.098.521 (45.098.521) -

Distribuição de dividendos - - - - - (65.000.000) (65.000.000) - (65.000.000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 1.440.725 520.252 1.960.977 28.072.814 30.033.791

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (210.224) 167.380.240 167.170.016 28.072.814 288.843.065

Demonstrações das alterações no capital própriopara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013(montantes expressos em euros)

Page 27: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 27

Outras reservas

Notas Capital socialAções próprias

(Valor nominal)

Ações próprias (Descontos e prémios)

Reserva legal

Reservas de cobertura

Outras reservas e resultados

transitados

Total outras reservas

Resultado líquido

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (10.760.641) 186.426.383 175.655.742 42.679.574 311.945.551

Aplicação do resultado de 2012

Transferência para resultados transitados

- - - - - 42.679.574 42.679.574 (42.679.574) -

Distribuição de dividendos - - - - - (42.000.000) (42.000.000) - (42.000.000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 9.109.692 (344.490) 8.765.202 45.098.521 53.863.723

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (1.650.949) 186.761.467 185.110.518 45.098.521 323.809.274

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (1.650.949) 186.761.467 185.110.518 45.098.521 323.809.274

Aplicação do resultado de 2013

Transferência para resultados transitados

- - - - - 45.098.521 45.098.521 (45.098.521) -

Distribuição de dividendos - - - - - (65.000.000) (65.000.000) - (65.000.000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 1.440.725 520.252 1.960.977 28.072.814 30.033.791

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (210.224) 167.380.240 167.170.016 28.072.814 288.843.065

Page 28: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 28

Page 29: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 29

Page 30: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 30

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014(montantes expressos em euros)

1. Nota introdutória

A Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa” ou “Celbi”) foi constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Figueira da Foz e tem como atividade principal a produção e comercialização de pasta de papel.

Em Agosto de 2006, na sequência do processo público de alienação pelo antigo acionista, a Altri, SGPS, S.A. (“Altri”), através da sua participada Altri – Participaciones y Trading, S.L. (“Altri SL”) adquiriu 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto, dado que a Empresa detém 6.712 ações próprias. Pelo que a Empresa se insere num grupo económico liderado pela Altri, SGPS, S.A. (“Grupo Altri”) e cotado na NYSE Euronext Lisbon.

No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, concretizou-se a fusão por incorporação das participadas Altri – Energias Renováveis, SGPS, SA (“Altri Renováveis”), Celbinave - Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. (“Celbinave”) e Invescaima - Investimen-tos e participações SGPS, S.A. (“Invescaima”) (sociedades incorporadas) na Celbi (sociedade incorporante), com produção de efeitos a 1 de Janeiro de 2014.

A fusão realizou-se na modalidade presente na alínea a) do nº4 do artigo 97º do Código das Sociedades Comerciais mediante a transferência global do património e consequente extinção das sociedades incorporadas.

Page 31: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 31

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Os ativos e passivos incorporados no âmbito deste processo de fusão foram como se segue:

Valor património total

incorporado

Ativo não corrente

Investimentos em empresas subsidiárias (Nota 7) 338.582.619

Investimentos em empresas associadas (Nota 8) 573.240

Investimentos disponíveis para venda (Nota 9) 10.073.844

349.229.703

Ativo corrente

Empresas do Grupo 25.538.623

Outras dívidas de terceiros 1.136.469

Caixa e equivalentes de caixa 2.751.174

29.426.266

378.655.969 (I)

Passivo corrente

Fornecedores 80

Empresas do Grupo 6.408.372

Outras dívidas a terceiros 17

6.408.469 (II)

Ativos líquidos incorporados na operação de fusão 372.247.500 (I-II)

Valor das participações financeiras nas empresas incorporadas (Nota 7) 364.247.500

Valor líquido de contas a receber e contas a pagar às empresas incorporadas 8.000.000

372.247.500

As demonstrações financeiras da Celbi são apresentadas em Euros em valores arredon-dados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pela Empresa nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.

2. Principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são como segue:

2.1. Bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, de-corrente do disposto no Parágrafo 3 do Artigo 4º do Decreto-Lei n.º 58/2009 de 13 de Julho.

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Relatório e contas 2014 32

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emi-tidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido ado-tadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”.

(I) Adoção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adotadas (“endorsed”) pela União Europeia tiveram aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014:

Norma

Aplicável nos exercícios iniciados em ou após Observações

IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas

01 – Jan – 14

Esta norma vem estabelecer os requisitos rela-tivos à apresentação de demonstrações finan-ceiras consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspetos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consoli-dadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação.

IFRS 11 - Acordos conjuntos 01 – Jan – 14

Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimen-tos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibi-lidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos.

IFRS 12 – Divulgações sobre participações noutras entidades

01 – Jan – 14

Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas.

IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas (2011)

01 – Jan – 14Esta emenda vem restringir o âmbito da apli-cação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas.

IAS 28 – Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011)

01 – Jan – 14

Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adotadas, em particular a IFRS 11 – Acor-dos Conjuntos.

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Contas e Notas Anexas 33

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Norma

Aplicável nos exercícios iniciados em ou após Observações

Emenda às normas: IFRS 10 - Demonstrações financeiras consolidadasIFRS 12 - Divulgação sobre participações Outras entidades (Entidades de investimento)

01 – Jan – 14

Esta emenda vem introduzir uma dispensa de consolidação para determinadas entidades que se enquadrem na definição de entidade de investimento. Estabelece ainda as regras de mensuração dos investimentos detidos por essas entidades de investimento.

Emenda à norma IAS 32 - Compensação entre ativos e passivos financeiros

01 – Jan – 14

Esta emenda vem clarificar determinados aspetos da norma realacionados com a aplicação dos req-uisitos de compensação entre ativos e passivos financeiros.

Emenda à norma IAS 36 - Imparidade (Divulgações sobre a quantia recuperável de ativos não financeiros)

01 – Jan – 14

Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa com good will ou intangíveis com vida útil indefinida alocados nos períodos em que não foi registada qualquer perda por impari-dade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos adicionais de divulgação para os ativos relativamente aos quais foi registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia recuperável dos mesmos tenha sida determinada com base no justo valor.

Emenda à norma IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (Reformulação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura)

01 – Jul – 14

Esta emenda vem permitir, em determinadas cir-cunstâncias, a continuação da contabilidade de cobertura quando um derivado designado com o instrumento de cobertura é reformulado.

IFRIC 21 – Pagamentos ao Estado 01-01-2014

Esta interpretação vem estabelecer as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o paga-mento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num deter-minado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados.

O efeito nas demonstrações financeiras da Celbi do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

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Relatório e contas 2014 34

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

(II) Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios

futuros

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exer-cícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma

Aplicável nos exercícios iniciados em ou após

Observações

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2011-2013)

01 – Jan – 15

Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com as normas IFRS1 - Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, IFRS 3 - Concen-tração de Atividades Empresariais, IFRS 13 - Mensuração ao Justo Valor e IAS 40 - Propriedades de Investimento

Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram ado-tadas pela Celbi no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das mesmas.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pela Empresa em 31 de Dezembro de 2014 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2013.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Con-selho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração da Celbi entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

2.2.Principais critérios valorimétricosOs principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas de-monstrações financeiras são os seguintes:

a) Ativos intangíveisOs ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortiza-ções e das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos fixos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.

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Contas e Notas Anexas 35

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para com-pletar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes custos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como ativos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Ativos fixos tangíveisOs ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2009 (data de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia), encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Por-tugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos

Terrenos e recursos naturais 7-50

Edificios e outras construções 10-50

Equipamento básico 3-20

Equipamento de transporte 6

Ferramentas e utensílios 5-10

Equipamento administrativo 3-15

Outros ativos fixos tangíveis 3-20

A rubrica “Terrenos e recursos naturais” para além dos terrenos inclui estradas, pavimenta-ções, esgotos, ramal de caminho de ferro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são

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Relatório e contas 2014 36

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

amortizáveis os anos de amortização dizem respeito exclusivamente às restantes componentes desta rubrica.

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos fixos tangíveis ainda em fase de cons-trução, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos são amortizados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam em condições de serem utilizados.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são deter-minadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) LocaçõesA classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo, calculada confor-me descrito na Nota 2.2.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adqui-ridos neste regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicasOs subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de ativos fixos tangíveis são registados na demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respetivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amor-tizações dos ativos fixos tangíveis subsidiados.

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Contas e Notas Anexas 37

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

e) Imparidade dos ativos fixos tangíveis e dos ativos intangíveisÉ efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia re-cuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à aliena-ção. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.

Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, deixem de existir, são objeto de reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores..

f ) Encargos financeiros com empréstimos obtidosOs encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são usualmente reconhecidos como custo na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Nos casos em que são contratados empréstimos com o fim específico de financiar ativos fixos, os juros correspondentes são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos inicia-se após o início da preparação das atividades de construção, e cessa quando o ativo se encontra pronto para utilização ou caso o projeto seja suspenso.

g) InventáriosAs mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão--de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse da Empresa encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes ativos.

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Relatório e contas 2014 38

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) Ativos biológicosParte da atividade do Grupo Altri, grupo na qual a Celbi se insere, consiste no cultivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de Dezembro de 2014 o Grupo Altri é proprietário de diversas florestas destinadas a esta atividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Ativos biológicos”. Os solos florestais que são propriedade do Grupo estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2 b) e são apresentados na rubrica “Ativos fixos tangíveis” da demonstração consolidada da posição financeira.

Dada a inexistência de um mercado ativo em Portugal onde se transaccionem estas espécies florestais e dada a impossibilidade de estimar de forma fiável o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados por esses ativos biológicos, o Conselho de Administração do Grupo Altri optou por registar os ativos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.

O custo da madeira é transferido para custos de produção quando a respetiva madeira é cortada e incorporada no produto final de forma proporcional à área cortada nesse exercício face à área total da propriedade na qual foi cortada a madeira, sendo que os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte.

Apesar de não ser possível estimar de forma fiável o justo valor dos ativos biológicos pelas razões atrás mencionadas, é no entanto convicção do Conselho de Administração da Empresa que o mesmo é superior ao seu valor contabilístico.

i) Propriedades de investimentoAs propriedades de investimento da Empresa correspondem essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empresas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, ou para venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.

As propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição deduzido de amor-tizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, que no caso das propriedades de investimento varia entre 7 e 50 anos.

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Contas e Notas Anexas 39

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

j) ProvisõesAs provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa do Conselho de Administração a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

k) Complementos de reformaA Empresa assegura um complemento de reforma através de um plano de contribuição definida contabilizando como custos do exercício as contribuições que efectua. A contribuição varia anualmente em função dos resultados (EBITDA) do Grupo Altri, atribuindo a cada trabalhador do quadro permanente uma percentagem do seu salário pensionável (remuneração base + isenção de horário + prémio de turno) em função do seu tempo de serviço.

l) Instrumentos financeiros(I) Investimentos em subsidiárias

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensu-rados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

(II) Investimentos

Os investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcate-gorias: “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do ativo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não deriva-dos, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias ante-riores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.

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Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo as despesas de transação, no caso dos investimentos detidos até ao venci-mento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por im-paridade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

(III) Dívidas de terceiros

As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os ativos reflictam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indi-quem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

— a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;— se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;— se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escritura-do do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

(IV) Empréstimos e contas a pagar não correntes

Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva

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Contas e Notas Anexas 41

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar ativos e passivos e o Conselho de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

(V) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor, dado que o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.

(VI) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

(VII) Instrumentos derivados

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como for-ma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cober-tura de fluxos de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de co-bertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como ins-trumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

— espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de altera-ções nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;— a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;— existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura; e— a transação objeto de cobertura é altamente provável.

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Relatório e contas 2014 42

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de co-bertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efetuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a atualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros con-tratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objetivo específi-co de cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

(VIII) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

(IX) Ações próprias

As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afetando o resultado do exercício.

(X) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring

A Empresa desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unica-mente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações

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Contas e Notas Anexas 43

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

(XI) Ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuação

Os ativos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela venda. A Empresa classifica os ativos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar e os ativos e passivos estão disponíveis para venda imediata. O Conselho de Adminis-tração encontra-se empenhado na venda dos ativos e passivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a mesma se realizará nos próximos doze meses.

Os ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.

m) Ativos e passivos contingentesOs passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reco-nhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Em-presa, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação.

Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas unicamente objeto de divulgação quando é provável a existência de benefícios econó-micos futuros.

n) Imposto sobre o rendimentoO imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida.

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Relatório e contas 2014 44

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

A Altri é a sociedade dominante de um grupo de empresas que são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), de acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balan-ço e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectati-vas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efetuada uma revisão des-ses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, exceto se resulta-rem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

o) Rédito e especialização dos exercíciosO rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transações fluam para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referen-tes à transação possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”.

p) Saldos e transações expressos em moeda estrangeiraTodos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira.

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Contas e Notas Anexas 45

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exer-cício, exceto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.

q) Eventos subsequentesOs eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adi-cionais sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

r) Demonstração dos fluxos de caixaA demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método directo. A Empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais (que englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeada-mente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos tangíveis).

s) Julgamentos e estimativasNa preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e es-timativas e utilizados diversos pressupostos que afetaram as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Con-tudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:

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Relatório e contas 2014 46

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

— Vidas úteis dos ativos tangíveis e intangíveis;— Análise de imparidade de ativos tangíveis e intangíveis;— Registo de provisões e perdas por imparidade; e— Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

t) Política de gestão de riscoA Celbi encontra-se exposto essencialmente ao (i) risco de mercado, (ii) risco de liquidez

e (iii) risco de crédito. O principal objetivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das ativi-dades da Empresa. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Celbi, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela Direção da Empresa.

a) Risco de mercado Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação ou especulação.

(I) Risco de taxa de juro

A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

A Celbi utiliza instrumentos derivados ou transações semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na seleção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para protecção do risco associado a um determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objeto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transação que está a ser coberta; e

Desde o início da transação, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundos considerado no plano de negócios da Empresa.

Uma vez que a totalidade do endividamento da Celbi se encontra indexado a taxas variá-veis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de protecção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respeti-vos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos a

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Contas e Notas Anexas 47

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Celbi acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respetivos montantes nocionais acordados.

As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política da Empresa privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financia-mento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, a Celbi solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, a Celbi utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de atualização de fluxos de caixa futu-ros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

O Conselho de Administração da Celbi aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).

O objetivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua atividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pela Empresa na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem re-lações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.

A análise da sensibilidade dos resultados da Empresa a alterações da taxa de juro encontra--se na Nota 20.

(II) Risco de taxa de câmbio

A Empresa está exposta ao risco de taxa de câmbio nas transações relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

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Relatório e contas 2014 48

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

O Conselho de Administração da Celbi entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas.

(III) Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua atividade num setor que transacciona commodities (pasta de papel), a Celbi encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transaccionada pela Celbi durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 15,3 Milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 26) e mantendo-se tudo o resto constante.

b) Risco de liquidezO principal objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem

disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

A Empresa prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada: (i) pela ma-nutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respetiva a cada classe de passivos financeiros.

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Contas e Notas Anexas 49

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

c) Risco de créditoA Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua atividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualita-tiva, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito.

A avaliação do risco de crédito é efetuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos corretivos sempre que tal se julgue conveniente.

O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa sele-ção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da atividade desenvolvida pela Empresa.

Os ajustamentos para contas a receber são calculados tendo em consideração: (i) o perfil de risco do cliente; (ii) o prazo médio de recebimento; e (iii) as condições financeiras do cliente.

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa, estando portanto ao seu justo valor.

3. Alterações de políticas contabilisticas e correções de erros

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 não houve alteração das políticas contabilísticas nem foram corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

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Relatório e contas 2014 50

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

4. Ativos fixos tangíveis

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte:

2014

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos

Total

Saldo inicial 11.052.575 66.055.134 659.999.893 751.517 4.584.837 7.690.992 4.532.561 189.210 754.856.719

Aumentos 230.000 - 4.579.891 - 49.620 26.190 13.848.733 - 18.734.434

Alienações - - (44.573) - (237.056) (123.859) - - (405.488)

Transferências e abates - - 1.179.478 - - 47.951 (1.233.094) (73.323) (78.988)

Saldo final 11.282.575 66.055.134 665.714.689 751.517 4.397.401 7.641.274 17.148.200 115.887 773.106.677

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Total

Saldo inicial 6.995.854 59.616.772 391.744.961 749.767 4.423.480 7.461.460 470.992.294

Aumentos 315.158 593.956 29.631.734 875 80.979 90.560 30.713.262

Alienações - - (44.573) - (237.056) (123.860) (405.489)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 7.311.012 60.210.728 421.332.122 750.642 4.267.403 7.428.160 501.300.067

3.971.563 5.844.406 244.382.567 875 129.998 213.114 17.148.200 115.887 271.806.610

2013

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos

Total

Saldo inicial 11.027.990 66.055.134 659.117.983 751.517 4.525.933 7.745.426 487.511 189.210 749.900.704

Aumentos 24.585 - 541.812 - 59.363 12.000 4.385.148 - 5.022.908

Alienações - - - - (459) (66.434) - - (66.893)

Transferências e abates - - 340.098 - - - (340.098) - -

Saldo final 11.052.575 66.055.134 659.999.893 751.517 4.584.837 7.690.992 4.532.561 189.210 754.856.719

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Total

Saldo inicial 6.687.199 58.991.953 362.486.419 743.743 4.282.029 7.444.428 440.635.771

Aumentos 308.655 624.819 29.258.542 6.024 141.910 83.466 30.423.416

Alienações - - - - (459) (66.434) (66.893)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 6.995.854 59.616.772 391.744.961 749.767 4.423.480 7.461.460 470.992.294

4.056.721 6.438.362 268.254.932 1.750 161.357 229.532 4.532.561 189.210 283.864.425

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Contas e Notas Anexas 51

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

4. Ativos fixos tangíveis

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte:

2014

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos

Total

Saldo inicial 11.052.575 66.055.134 659.999.893 751.517 4.584.837 7.690.992 4.532.561 189.210 754.856.719

Aumentos 230.000 - 4.579.891 - 49.620 26.190 13.848.733 - 18.734.434

Alienações - - (44.573) - (237.056) (123.859) - - (405.488)

Transferências e abates - - 1.179.478 - - 47.951 (1.233.094) (73.323) (78.988)

Saldo final 11.282.575 66.055.134 665.714.689 751.517 4.397.401 7.641.274 17.148.200 115.887 773.106.677

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Total

Saldo inicial 6.995.854 59.616.772 391.744.961 749.767 4.423.480 7.461.460 470.992.294

Aumentos 315.158 593.956 29.631.734 875 80.979 90.560 30.713.262

Alienações - - (44.573) - (237.056) (123.860) (405.489)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 7.311.012 60.210.728 421.332.122 750.642 4.267.403 7.428.160 501.300.067

3.971.563 5.844.406 244.382.567 875 129.998 213.114 17.148.200 115.887 271.806.610

2013

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos

Total

Saldo inicial 11.027.990 66.055.134 659.117.983 751.517 4.525.933 7.745.426 487.511 189.210 749.900.704

Aumentos 24.585 - 541.812 - 59.363 12.000 4.385.148 - 5.022.908

Alienações - - - - (459) (66.434) - - (66.893)

Transferências e abates - - 340.098 - - - (340.098) - -

Saldo final 11.052.575 66.055.134 659.999.893 751.517 4.584.837 7.690.992 4.532.561 189.210 754.856.719

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Total

Saldo inicial 6.687.199 58.991.953 362.486.419 743.743 4.282.029 7.444.428 440.635.771

Aumentos 308.655 624.819 29.258.542 6.024 141.910 83.466 30.423.416

Alienações - - - - (459) (66.434) (66.893)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 6.995.854 59.616.772 391.744.961 749.767 4.423.480 7.461.460 470.992.294

4.056.721 6.438.362 268.254.932 1.750 161.357 229.532 4.532.561 189.210 283.864.425

Page 52: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 52

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

5. Ativos intangíveis

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangí-veis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2014

Imobilizado bruto

Software Outros ativos intangíveis Total

Saldo inicial 6.968.501 25.600 6.994.101

Aumentos 80.060 - 80.060

Alienações - - -

Transferências e abates - - -

Saldo final 7.048.561 25.600 7.074.161

Amortizações acumuladas

Software Outros ativos intangíveis Total

Saldo inicial 6.775.469 25.600 6.801.069

Aumentos 133.823 133.823

Alienações - - -

Transferências e abates - - -

Saldo Final 6.909.292 25.600 6.934.892

139.269 -

139.269

2013

Imobilizado bruto

Software Outros ativos intangíveis Total

Saldo inicial 6.834.054 25.600 6.859.654

Aumentos 134.447 - 134.447

Alienações - - -

Transferências e abates - - -

Saldo final 6.968.501 25.600 6.994.101

Amortizações acumuladas

Software Outros ativos intangíveis Total

Saldo inicial 6.286.669 17.066 6.303.735

Aumentos 488.800 8.534 497.334

Alienações - - -

Transferências e abates - - -

Saldo Final 6.775.469 25.600 6.801.069

193.032 -

193.032

Page 53: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 53

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

6. Propriedades de investimento

O montante registado em “Propriedades de investimento” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é referente, essen-cialmente, a terrenos e edifícios arrendados.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 a Empresa alienou terrenos, instalações e equipamentos de viveiros sitos na propriedade do Furadouro à empresa do grupo, Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda (Nota 30).

O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades investimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.

Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram como se segue:

2014

Ativo bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

9.333.781 73.323 (4.117.521) 5.665 5.295.248

Amortizações acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

5.618.462 53.779 (3.806.175) - 1.866.066

3.715.319 3.429.182

2013

Ativo bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

9.339.976 - (6.195) - 9.333.781

Amortizações acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

5.497.897 120.565 - - 5.618.462

3.842.079 3.715.319

Page 54: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 54

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

7. Investimentos em empresas subsidiárias

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2014 o movimento nos investimentos em empresas subsidiárias foram como se seque:

Empresa 31.12.2013 Aumentos

Eliminadas por fusão

(Nota 1)

Incorporadas por fusão

(Nota 1) Diminuições 31-12-2014

Invescaima - Investimentos e participações SGPS, S.A. 364.238.500 (364.238.500)

Celbinave - Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. 9.000 (9.000)

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda 15.000 715.000 (730.000)

Altri Florestal, S.A. 88.116.056 88.116.056

Caima Indústria de Celulose, S.A. 85.000.000 85.000.000

Caima Energia, S.A. 15.000.000 15.000.000

Captaraíz - Unipessoal, Lda. 466.563 466.563

Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 150.000.000 150.000.000

364.262.500 715.000 (364.247.500) 338.582.619 (730.000) 338.582.619

No decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 a Celbi, no âmbito da reestruturação do grupo Altri, passou por um processo de fusão em que as suas subsidiárias (Invescaima – Investimentos e participações SGPS, S.A. e Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda.) foram extintas (Nota 1).

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 a Celbi subscreveu e realizou por entradas em dinheiro o aumento de capital da sua subsidiária Viveiros do Furadouro, Lda. no montante de 715.000 Euros. Após esta operação, a empresa Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. foi alienada pelo montante de 1.465.000 Euros (Notas 30 e 32).

Como resultado do processo de fusão e dos aumentos de capital, em 31 de Dezembro de 2014 as empresas subsidiárias eram as seguintes:

31.12.2014

Empresa SedePercentagem

de detençãoValor líquido

contabilístico Capital próprioResultado

líquido

Altri Florestal, S.A. Constância 100% 88.116.056 96.903.249 (3.252.863)

Caima Indústria de Celulose, S.A.

Constância 100% 85.000.000 37.543.978 3.456.811

Caima Energia, S.A. Constância 100% 15.000.000 9.437.010 1.103.802

Captaraíz - Unipessoal, Lda. Lisboa 100% 466.563 389.233 (1.080)

Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A.

Vila Velha de Ródão

99,83% 150.000.000 118.555.870 10.256.190

338.582.619

Page 55: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 55

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Em 31 de Dezembro de 2013 as empresas subsidiárias eram as seguintes:

31.12.2013

Empresa SedePercentagem

de detençãoValor líquido

contabilístico Capital próprioResultado

líquido

Invescaima - Investimentos e participações SGPS, S.A.

Lisboa 100% 364.238.500 275.907.401 (584.962)

Celbinave - Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda.

Figueira da Foz 100% 9.000 496.767 80.343

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.

Óbidos 100% 15.000 698.296 139.035

364.262.500

No decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi subscreveu e realizou por entradas em dinheiro o aumento do capital social da subsidiária Invescaima – Investimentos e participações SGPS, S.A. em 112.000.000 Euros.

8. Investimentos em empresas associadas

A empresa associada e a proporção do capital detido, em 31 de Dezembro de 2014, obtida pela fusão da Celbinave - Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. (Nota 1), era conforme segue:

Empresa SedeValor

de balançoPercentagem

de detenção Capital próprio Resultado líquido

Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz

Figueira da Foz 573.240 33% 1.849.742 309.645

9. Investimentos disponíveis para venda

31-12-2014 31-12-2013

Rigor Capital - Produção de Energia, Lda. 10.073.844 -

Outros investimentos 145.001 4.110.512

10.218.845 4.110.512

O investimento financeiro na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. resultou do processo de fusão referido na Nota 1.

É entendimento do Conselho de Administração da Celbi que o valor contabilístico dos investimentos disponíveis para venda, que correspondem a participações financeiras inferiores a 20%, nas quais a Altri não tem influência significativa na gestão e que se encontram registadas ao custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2 l)ii), não difere de forma significativa do seu justo valor, sendo que no caso particular do investimento na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. tal entendimento tem por base uma avaliação com base no método dos cash-flows descontados.

Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica “Investimentos disponíveis para venda” corresponde sobretudo a ações cotadas em bolsa as quais estavam registadas ao respetivo valor de mercado no montante de 3.965.712 Euros, as quais foram alienadas no exercício de 2014 (Nota 13).

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Relatório e contas 2014 56

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

10. Outros devedores não correntes

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outros devedores não correntes” era composta como se segue:

31.12.2014 31.12.2013

Outros devedores 2.521.897 -

2.521.897 -

Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica “Outros devedores” corresponde, integralmente, a uma conta a receber relativa à caução paga no âmbito de um contrato de arrendamento.

11. Impostos correntes e diferidos

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das au-toridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2011 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014 e 2013.

Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

A Celbi é parte integrante de um grupo de empresas (em que a Altri SGPS, SA é a sociedade dominante) que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime.

De acordo com a legislação em vigor a Celbi utiliza para calculo dos impostos diferidos a uma taxa de 22,5%, sendo que a mesma resulta da soma da taxa aprovada para estar em vigor em 2015 e nos anos seguintes que ascende a 21% para o imposto sobre o rendimento coletivo, da derrama cuja taxa é 1,5% para a Celbi, exceto no que respeita a ativos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 21%.

De acordo com a legislação em vigor em Portugal, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 a taxa base de imposto sobre os rendimentos em vigor foi de 23%.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal, a derrama estadual corresponde à aplicação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros, de 5% sobre a parte do lucro tributável entre 7,5 e 35 milhões de Euros e de 7% sobre a parte do lucro tributável superior a 35 milhões de Euros.

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 podem ser detalhados como segue:

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Contas e Notas Anexas 57

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

31.12.2014 31.12.2013

Imposto corrente 1.192.255 (9.211.752)

Imposto diferido (126.816) 29.682

1.065.439 (9.182.070)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Resultado antes de impostos 27.007.375 54.280.591

Taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 24,50% 26,50%

(6.616.807) (14.384.357)

Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas 184.421 (2.897)

Benefícios fiscais 8.755.489 7.817.416

Tributação autónoma (54.029) (30.143)

Derrama estadual (1.110.157) (2.526.470)

Outros efeitos (93.478) (55.619)

Imposto sobre o rendimento 1.065.439 (9.182.070)

A linha “Benefícios fiscais” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 diz respeito sobretudo à utilização de parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da Celbi no aumento da sua capacidade produtiva (Nota 37).

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi como segue:

2014

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Saldo em 1.1.2014 1.965.790 421.231

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais (174.543) -

Outros efeitos - (47.727)

Total de efeitos na demonstração dos resultados (174.543) (47.727)

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de investimentos disponíveis para venda (9.086) -

Justo valor de instrumentos derivados (nota 26) (856.592) (319.109)

Saldo em 31.12.2014 925.569 54.395

Page 58: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 58

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

2013Ativos por impostos

diferidosPassivos por

impostos diferidos

Saldo em 1.1.2013 4.907.891 199.857

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais 10.875 -

Outros efeitos 3.276 (15.531)

Total de efeitos na demonstração dos resultados 14.151 (15.531)

Efeitos em capitais próprios

Justo valor de investimentos disponíveis para venda 9.086 (82.204)

Justo valor de instrumentos derivados (nota 26) (2.965.338) 319.109

Saldo em 31.12.2013 1.965.790 421.231

O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmente

864.536 - 1.039.079 -

Justo valor de investimentos disponíveis para venda

- - 9.086 -

Justo valor dos instrumentos derivados 57.757 - 914.349 319.109

Outros 3.276 54.395 3.276 102.122

925.569 54.395 1.965.790 421.231

12. Inventários e ativos biológicos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o montante registado na rubrica “Ativos biológicos” corresponde às florestas e encargos incorridos com as plantações efetuadas pela Empresa, podendo o seu valor ser detalhado como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Valor bruto 144.777 276.464

Perdas de imparidade acumuladas em ativos biológicos (Nota 21) - (91.662)

144.777 184.802

Page 59: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 59

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Matérias-primas. subsidiárias e de consumo 24.105.364 23.925.555

Produtos e trabalhos em curso 575.585 301.564

Produtos acabados e intermédios 12.332.861 14.462.972

Adiantamentos por conta de compras 546.701 2.554.359

37.560.511 41.244.450

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 21) (2.525.000) (2.525.000)

35.035.511 38.719.450

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 existiam fora das instalações da Empresa os seguintes inventários:

31.12.2014 31.12.2013

Em portos comunitários 7.367.479 10.935.424

À guarda de terceiros 1.904.698 703.223

9.272.177 11.638.648

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, não existiam à guarda da Empresa, inventários cuja pro-priedade fosse de terceiros.

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 ascendeu a 202.807.452 Euros e foi apurado como se segue:

Matérias primas, subsidiárias

e de consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em curso Total

Saldo inicial 23.925.555 14.462.972 578.028 38.966.555

Compras 201.050.781 - - 201.050.781

Regularização de existências - (51.297) - (51.297)

Existências finais (24.105.364) (12.332.861) (720.362) (37.158.587)

200.870.972 2.078.814 (142.334) 202.807.452

Page 60: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Relatório e contas 2014 60

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 ascendeu a 189.809.420 Euros e foi apurado como se segue:

Matérias primas, subsidiárias e de consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em curso

Total

Saldo inicial 18.584.081 11.280.266 707.351 30.571.698

Compras 198.204.277 - - 198.204.277

Regularização de existências - - - -

Existências finais (23.925.555) (14.462.972) (578.028) (38.966.555)

192.862.803 (3.182.706) 129.323 189.809.420

13. Classe de instrumentos financeiros

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:

Ativos financeiros31.12.2014

NotasAtivos

financeirosInvestimentos

disponíveis para vendaTotal

Ativos não correntes

Outros devedores não correntes 10 2.521.897 - 2.521.897

Investimentos disponíveis para venda 9 - 10.218.645 10.218.645

2.521.897 10.218.645 12.740.542

Ativos correntes

Clientes 14 62.164.378 - 62.164.378

Outras dívidas de terceiros 15 3.385.088 - 3.385.088

Empresas do Grupo 30 75.030.458 - 75.030.458

Caixa e equivalentes de caixa 18 223.875.563 - 223.875.563

366.977.384 10.218.645 377.196.029

31.12.2013

NotasAtivos

financeiros

Investimentos disponíveis para venda

Derivados Total

Ativos não correntes

Investimentos disponíveis para venda 9 - 4.110.512 - 4.110.512

- 4.110.512 - 4.110.512

Ativos correntes

Clientes 14 63.916.760 - - 63.916.760

Outras dívidas de terceiros 15 3.622.177 - - 3.622.177

Empresas do Grupo 30 80.846.711 - - 80.846.711

Instrumentos financeiros derivados 26 - - 1.204.184 1.204.184

Caixa e equivalentes de caixa 18 193.511.995 - - 193.511.995

341.897.643 4.110.512 1.204.184 347.212.339

Page 61: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 61

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Passivos financeiros31.12.2014

NotasPassivos

financeiros Derivados Total

Passivos não correntes

Empréstimos bancários 20 103.837.500 - 103.837.500

Outros empréstimos 20 211.581.537 - 211.581.537

315.419.037 - 315.419.037

Passivos correntes

Outros empréstimos 20 344.966.800 - 344.966.800

Fornecedores 23 39.022.526 - 39.022.526

Empresas do Grupo 30 1.438.778 - 1.438.778

Outras dívidas a terceiros 24 2.412.805 - 2.412.805

Instrumentos financeiros derivados 26 - 1.902.297 1.902.297

387.840.909 1.902.297 389.743.206

703.259.946 1.902.297 705.162.243

31.12.2013

NotasPassivos

financeiros Derivados Total

Passivos não correntes

Empréstimos bancários 20 74.212.500 - 74.212.500

Outros empréstimos 20 448.002.751 - 448.002.751

522.215.251 - 522.215.251

Passivos correntes -

Empréstimos bancários 20 4.324.293 - 4.324.293

Outros empréstimos 20 105.084.603 - 105.084.603

Fornecedores 23 37.971.965 - 37.971.965

Empresas do Grupo 30 490.875 - 490.875

Outras dívidas a terceiros 24 3.452.013 - 3.452.013

Instrumentos financeiros derivados 26 - 6.488.549 6.488.549

151.323.749 6.488.549 157.812.298

673.539.000 6.488.549 680.027.549

Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valorO quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado ativo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e

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Relatório e contas 2014 62

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

31.12.2014 31.12.2013

nível 1 nível 2 nível 3 nível 1 nível 2 nível 3

Ativos financeiros mensurados ao justo valor:

Investimentos disponíveis para venda (Nota 9) - - - 3.965.712 - -

Derivados (Nota 26) - - - - 1.204.184 -

Passivos financeiros mensurados a justo valor:

Derivados (Nota 26) - 1.902.297 - - 6.488.549 -

14. Clientes

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2014 31.12.2013

Clientes, conta corrente 62.164.378 63.916.760

Clientes de cobrança duvidosa 44.633 126.693

62.209.011 64.043.453

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 21) (44.633) (126.693)

62.164.378 63.916.760

A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Empresa, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Não vencido 50.593.213 51.530.070

Vencido mas sem registo de imparidade

0-30 dias 10.288.278 6.866.415

30-90 dias 775.756 947.699

+90 dias 507.131 4.572.576

11.571.165 12.386.690

62.164.378 63.916.760

Page 63: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 63

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

A Empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de partes destas contas a receber como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Com seguro de crédito 44.104.332 41.518.972

Sem seguro de crédito 18.104.679 22.524.481

62.209.011 64.043.453

Os saldos vencidos com mais de 30 dias, a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 dizem respeito essencialmente a saldos com empresas do grupo (Nota 30).

A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

15. Outras dívidas de terceiros

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:

31.12.2014 31.12.2013

Adiantamentos a fornecedores 10.154 10.154

Outros devedores 4.033.289 4.282.175

4.043.443 4.292.329

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 21) (658.355) (670.152)

3.385.088 3.622.177

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a receber relativas a imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros e contas a receber de empresas do Grupo Altri (Nota 30).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o montante líquido dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” encontra-se na totalidade não vencido.

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro.

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Relatório e contas 2014 64

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

16. Estado e outros entes públicos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 estas rubricas do ativo e do passivo tinham a seguinte composição:

31.12.2014 31.12.2013

Valores devedores

Imposto sobre o rendimento 2.421 -

Imposto sobre o valor acrescentado 4.206.704 5.301.754

4.209.125 5.301.754

Valores credores

Retenção na fonte - IRS trabalho dependente (545.784) (496.631)

Contribuições para a segurança social (214.454) (201.089)

Outros (8.426) (22.043)

(768.664) (719.763)

17. Outros ativos correntes

O detalhe dos “Outros ativos correntes” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é como se segue:

31.12.2014 31.12.2013

Rendas e alugueres pagos antecipadamente 763.408 1.128.405

Seguros pagos antecipadamente 453.885 437.907

Proveitos a faturar 665.559 687.426

Outros 210.172 226.342

2.093.024 2.480.080

18. Caixa e equivalentes de caixa

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Caixa 6.998 6.998

Depósitos bancários 223.868.565 193.504.997

Caixa e equivalentes 223.875.563 193.511.995

Durante o exercício de 2014 os pagamentos relativos a investimentos financeiros correspondem ao aumento de capital na Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. (Nota 7) e os recebimentos resultam da alienação desta participada pelo montante de 1.465.000 Euros (Notas 7 e 32) e da alienação de investimentos disponíveis para venda (Nota 9).Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, os pagamentos relativos a investimentos financeiros resulta-ram essencialmente do aumento de capital no montante de, aproximadamente, 112.000.000 Euros na subsidiária Invescaima – Investimentos e participações SGPS, S.A. (Nota 7).

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Contas e Notas Anexas 65

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

19. Capital social e reservas

Capital Social

Em 31 de Dezembro de 2014, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era com-posto por 15.500.000 ações com o valor nominal de 5 Euros cada ação.

Em 31 de Dezembro de 2014, a Altri – Participaciones y Trading, S.L. (Nota 1) detém 99,96% das ações representa-tivas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2014 a Empresa detém 6.712 ações próprias.

Reserva legalA legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital. Outras reservasEm 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outras reservas” tinha a seguinte composição:

31.12.2014 31.12.2013

Reservas de cobertura (210.224) (1.650.949)

Outras reservas e resultados transitados 167.380.240 186.761.467

167.170.016 185.110.518

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz de cobertura, líquido dos juros corridos e dos respetivos impostos diferidos (Nota 26).

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Relatório e contas 2014 66

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

20. Empréstimos bancários e outros empréstimos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários” e “Outros empréstimos” é como segue:

2014

Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não Corrente Total Corrente Não Corrente Total

Empréstimos bancários

Empréstimos bancários - 105.000.000 105.000.000 - 103.837.500 103.837.500

- 105.000.000 105.000.000 - 103.837.500 103.837.500

Papel comercial 37.500.000 5.000.000 42.500.000 36.282.880 5.000.000 41.282.880

Empréstimos obrigacionistas 270.000.000 205.000.000 475.000.000 269.405.820 203.525.848 472.931.668

Outros empréstimos 39.278.100 3.055.689 42.333.789 39.278.100 3.055.689 42.333.789

Outros empréstimos 346.778.100 213.055.689 559.833.789 344.966.800 211.581.537 556.548.337

346.778.100 318.055.689 664.833.789 344.966.800 315.419.037 660.385.837

2013

Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não Corrente Total Corrente Não Corrente Total

Empréstimos bancários

Empréstimos bancários 4.549.293 75.000.000 79.549.293 4.324.293 74.212.500 78.536.793

4.549.293 75.000.000 79.549.293 4.324.293 74.212.500 78.536.793

Papel comercial 83.000.000 66.000.000 149.000.000 82.936.820 65.207.880 148.144.700

Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 374.162.460 374.162.460

Outros empréstimos 23.272.433 8.632.411 31.904.844 22.147.783 8.632.411 30.780.194

Outros empréstimos 106.272.433 449.632.411 555.904.844 105.084.603 448.002.751 553.087.354

110.821.726 524.632.411 635.454.137 109.408.896 522.215.251 631.624.147

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 34).

Empréstimos bancáriosDurante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 a Celbi contraiu um contrato de mútuo no montante de 30.000.000 Euros o qual vence juros a uma taxa de juro Euribor a três meses acrescida de um spread, e cujo reem-bolso será feito em 3 prestações anuais e sucessivas, vencendo-se a primeira em 19 de Julho de 2016, pelo que se encontra totalmente classificado como dívida não corrente.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi contraiu um contrato de mútuo no montante de 75.000.000 Euros o qual vence juros a uma taxa de juro Euribor a três meses acrescida de um spread, e cujo reem-bolso será feito em 3 prestações anuais e sucessivas, vencendo-se a primeira em 28 de Junho de 2016, pelo que se encontra totalmente classificado como dívida não corrente.

Page 67: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações

Contas e Notas Anexas 67

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Papel ComercialA rubrica “Papel comercial” corresponde a cinco programas de papel comercial. O primeiro programa, com o montante máximo de 12.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 3 anos a contar da data de assinatura do contrato, vencendo-se a 19 de Janeiro de 2015, sendo o montante nominal da dívida em 31 de Dezembro de 2014 de 12.000.000 Euros. O segundo programa, com o montante máximo de 30.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 3 anos a contar da data de assinatura do contrato, sendo o montante nominal da dívida em 31 de Dezembro de 2014 de 10.000.000 Euros. O terceiro programa, com o montante máximo de 28.000.000 Euros, tem um prazo mínimo de 3 anos a contar da data de assinatura do contrato, sendo o montante nominal da dívida em 31 de Dezembro de 2014 de 5.000.000 Euros. O quarto programa no montante máximo de 20.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 3 anos a contar da respetiva data de assinatura, expirando a 3 de Junho de 2015, sendo o montante nominal da dívida em 31 de Dezembro de 2014 de 10.500.000 Euros. Por último, um quinto programa, no montante máximo de 12.500.000 Euros, contratado em 29 de Janeiro de 2014, por um prazo máximo de 4 anos, sendo o montante nominal da dívida em 31 de Dezembro de 2014 de 5.000.000 Euros. Sendo que os montantes totais utilizados em 31 de Dezembro de 2014 ascendiam a 42.500.000 Euros e em 31 de Dezembro de 2013 a 149.000.000 Euros. Em 31 de Dezembro de 2014 o montante de 37.500.000 Euros (83.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2013) está classificado como dívida corrente ou porque será reembolsado nos doze meses seguintes, ou porque de acordo com as condições contratuais em vigor ambas as partes têm o direito a denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção mediante um pré-aviso de 30 dias relativamente à data indicada para a denúncia.

Empréstimos ObrigacionistasA Celbi em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no mon-tante de 300.000.000 Euros, das quais foram adquiridas pela Celbi, no exercício de 2014, obrigações no valor nominal de 30.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 8 anos, sendo o seu vencimento em 2015. Em Janeiro e Fevereiro de 2008 emitiu dois empréstimos obrigacionistas no montante de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros respetivamente, ambos os empréstimos têm o prazo de 10 anos e o seu vencimento em 2018. No primeiro semestre de 2014, a Celbi procedeu à emissão de dois novos empréstimos obrigacionistas. O primeiro emitido em Março de 2014, no montante de 80.000.000 Euros, com um prazo de 5 anos a contar da data da sua assinatura. O segundo emitido em Abril de 2014, no montante de 50.000.000 Euros, sendo o seu vencimento em 2020. Os juros são semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread.

Outros empréstimos

(I) Factoring

A Celbi tem em vigor contratos de factoring com duas instituições bancárias, com duração inicial de um ano, segundo os quais poderá ceder contas a receber até ao limite de 55.000.000 Euros, os quais são renovados automaticamente por iguais períodos se não forem denunciados por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses acrescida de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2014 o montante utilizado ascende a 30.645.689 Euros (23.272.433 Euros em 31 de Dezembro de 2013).

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Relatório e contas 2014 68

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

A Celbi considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram trans-mitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas se reconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2 l) x).

(II) Incentivos ao investimento reembolsáveis

Projeto C09Em Janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos

financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado é de 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concedeu ainda um Prémio de Realização que correspondeu ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. O montante total de incentivo reembolsável recebido pela Celbi ascendeu a 51.644.921 Euros. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi solicitou à AICEP a antecipação da última medição de grau de cumprimento do projeto dado que no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 a Celbi já cumpria os rácios exigidos para a medição de 2013. A AICEP concordou com a suspensão dos pagamentos, contudo, remeteu a conclusão da atribuição do prémio para o exercício findo de 31 de Dezembro de 2013 dado que existiam requisitos que só poderiam ser avaliados na data da medição. Dado que, com base na performance alcançada com referência a 31 de Dezembro de 2013 encontram-se cumpridos os requisitos necessários à atribuição do prémio de realização no montante de 16.526.400 Euros, a Celbi classificou aquele montante em “Outros passivos não correntes” (Nota 22) e “Outros passivos correntes” (Nota 25) líquido do montante reconhecido diretamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 37) na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados. Em 31 de Dezembro de 2014 a quantia por liquidar relativa a este subsídio ascendia a 8.632.411 Euros e estava classificada como dívida corrente.

Projeto C15Em Janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de Agosto de 2013, e irá decorrer até 30 de Junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável cor-respondente a 20% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de

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Contas e Notas Anexas 69

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

incentivo reembolsável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Até 31 de Dezembro de 2014 a Celbi recebeu o montante de 3.055.689 Euros referente ao incentivo reembolsável o qual se encontra registado no passivo não corrente.

Análise de sensibilidade a variações da taxa de juroNos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (Nota 26):

31.12.2014 31.12.2013

Juros suportados (Nota 34) 14.250.033 9.802.321

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento (6.600.000) (6.300.000)

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 6.600.000 6.300.000

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento médio (ativos e passivos remune-rados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício.Em 31 de Dezem-bro de 2014 e 2013, o prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos era como segue:

31.12.2014

2015 2016 2017 > 2017 Total

Empréstimos bancários - 25.000.000 32.500.000 47.500.000 105.000.000

Papel comercial 37.500.000 - - 5.000.000 42.500.000

Empréstimos obrigacionistas 270.000.000 - - 205.000.000 475.000.000

Outros empréstimos 39.278.100 - 509.281 2.546.408 42.333.789

Total 346.778.100 25.000.000 33.009.281 260.046.408 664.833.789

31.12.2013

2014 2015 2016 > 2016 Total

Empréstimos bancários 4.549.293 - 25.000.000 50.000.000 79.549.293

Papel comercial 83.000.000 36.000.000 30.000.000 - 149.000.000

Empréstimos obrigacionistas - 300.000.000 - 75.000.000 375.000.000

Outros empréstimos 23.272.433 8.632.411 - - 31.904.844

Total 110.821.726 344.632.411 55.000.000 125.000.000 635.454.137

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Relatório e contas 2014 70

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

21. Provisões e perdas de imparidade

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 pode ser detalhado como se segue:

31.12.2014

Provisões

Perdas de imparidade em

contas a receber(Notas 14 e 15)

Perdas de imparidade em inventários

e ativos biológicos(Nota 12) Total

Saldo inicial 755.621 796.845 2.616.662 4.169.128

Aumentos 24.788 - - 24.788

Utilizações/reversões - (93.857) (91.662) (185.519)

Saldo final 780.409 702.988 2.525.000 4.008.397

31.12.2013

Provisões

Perdas de imparidade em

contas a receber(Notas 14 e 15)

Perdas de imparidade em inventários

e ativos biológicos(Nota 12) Total

Saldo inicial 722.106 1.215.284 2.616.662 4.554.052

Aumentos 33.515 - - 33.515

Utilizações/reversões - (418.439) - (418.439)

Saldo final 755.621 796.845 2.616.662 4.169.128

Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das utilizações/reversões verificados nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados (excluído o montante de 301.578 Euros relativo a utilização de provisões durante o exercício de 2013).

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 corresponde à melhor estimativa da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos gerais da atividade da Empresa.

22. Outros passivos não correntes

A rubrica “Outros passivos não correntes” corresponde às parcelas de subsídio ao investimento a reconhecer como proveito no médio e longo prazo (Notas 20, 25 e 37).

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Contas e Notas Anexas 71

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

23. Fornecedores

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tinha a seguinte composição:

A Pagar

31.12.2014 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

Fornecedores, conta corrente 27.535.235 27.535.235 - -

Fornecedores, faturas em receção e conferência 11.487.291 11.487.291 - -

39.022.526 39.022.526 - -

A Pagar

31.12.2013 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

Fornecedores, conta corrente 28.888.450 28.888.450 - -

Fornecedores, faturas em receção e conferência 9.083.515 9.083.515 - -

37.971.965 37.971.965 - -

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aqui-sições decorrentes do curso normal das atividades da Celbi.

O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

24. Outras dívidas a terceiros

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

A Pagar

31.12.2014 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

Fornecedores de ativos fixos 959.243 959.243 - -

Outras dívidas 1.453.562 1.453.562 - -

2.412.805 2.412.805 - -

A Pagar

31.12.2013 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

Fornecedores de ativos fixos 1.535.919 1.535.919 - -

Outras dívidas 1.916.094 1.916.094 - -

3.452.013 3.452.013 - -

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outras dívidas” corresponde principalmente a imposto sobre o valor acrescentado a pagar ao estrangeiro.

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Relatório e contas 2014 72

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

25. Outros passivos correntes

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar (1.463.313) (1.414.555)

Juros a liquidar (3.009.255) (1.928.839)

Encargos com energia e gás a liquidar (3.227.977) (3.656.328)

Outros encargos a liquidar (5.550.252) (6.724.026)

Proveitos a reconhecer

Subsídios ao investimento (Notas 20,22 e 37) (3.089.089) (3.039.485)

Outros proveitos a reconhecer - (63.619)

(16.339.886) (16.826.852)

A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 diz respeito a despesas relacionadas com a atividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.

26. Instrumentos financeiros derivados

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a Celbi tinha em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados registados de acordo com o seu justo valor.

Na Celbi apenas se utiliza derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua atividade.

(I) Derivados de taxa de juro

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, a Empresa contratou “swaps” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 encontravam-se estabelecidos contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue::

Justo valor

Tipo Nocional Maturidade Juro 31.12.2014 31.12.2013

Interest rate swap (a) 25.000.000 08-02-2015Paga combinação de diversas taxas e recebe Euribor a 6M

(657.745) (1.816.374)

Interest rate swap (b) 20.000.000 08-08-2014 Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M - (614.399)

Interest rate swap (b) 80.000.000 09-02-2015 Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (1.244.552) (3.573.953)

(1.902.297) (6.004.726)

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Contas e Notas Anexas 73

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

(a) Apesar de terem sido contratados com um objetivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes con-tratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (Nota 2.2 l) vii)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 34).

(b) De acordo com as políticas contabilísticas adotadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.2 l) vii)).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pela Empresa foi efetuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utili-zado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório das duas parcelas resulta no Valor Atualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

(II) Derivados de cobertura de preço da pasta de papel

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, a Empresa contratou derivados de cobertura do preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo como seu justo valor em 31 de Dezembro de 2013, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 encontravam-se em vigor os seguintes contratos derivados de preço da pasta de papel:

Justo valor

Quantidade coberta Vencimento 31.12.2014 31.12.2013

1500 ton/mês 31-08-2014 - 375.570

2000 ton/mês 31-03-2014 - (104.260)

2000 ton/mês 30-09-2014 - (379.563)

1000 ton/mês 31-12-2014 - 402.324

1000 ton/mês 31-12-2014 - 426.290

Fair value positivo - 1.204.184

Fair value negativo - (483.823)

- 720.361

O preço fixado para os contratos com vencimento em 2014 varia entre os 510 e os 582,5 Euros por tonelada de pasta.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 terminaram todos os contratos de cobertura de pasta de papel, não ocorrendo celebração de novos contratos por parte da Empresa.

O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pela Empresa foi efetuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e.,

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Relatório e contas 2014 74

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormente é atualizada para a data a que se reporta a avaliação.

De acordo com as políticas contabilísticas adotadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 pode ser detalhado como segue:

2014

Derivados de cobertura de preço da pasta

Derivados de taxa de juro

Total

Saldo inicial 720.361 (6.004.726) (5.284.365)

Variação do justo valor/cessação

Efeitos em capitais próprios (720.361) 2.698.569 1.978.208

Efeitos na demonstração de resultados - 1.403.860 1.403.860

Saldo final - (1.902.297) (1.902.297)

2013

Derivados de cobertura

de preço da pasta

Derivados de taxa de juro

Derivados de taxa

de câmbioTotal

Saldo inicial (8.696.330) (13.417.466) 261.783 (21.852.013)

Variação do justo valor/cessação

Efeitos em capitais próprios 9.416.691 2.977.448 - 12.394.139

Efeitos na demonstração de resultados - 4.435.292 (261.783) 4.173.509

Saldo final 720.361 (6.004.726) - (5.284.365)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2014, dos instrumen-tos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante de 1.978.208 Euros (12.394.139 Euros durante o exercício de 2013), foram registados diretamente no capital próprio, líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 537.483 Euros (3.284.447 Euros em 31 de Dezembro de 2013) (Notas 11 e 19).

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2014, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados diretamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 (Nota 34).

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Contas e Notas Anexas 75

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

27. Passivos contingentes e garantias prestadas

Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, os principais passivos contingentes respeitavam a processos fiscais (Nota 38). Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013 as garantias prestadas as quais tinham o seguinte detalhe:

31.12.2014 31.12.2013

AICEP/API (Nota 37) 8.428.695 6.289.713

Outros 1.311.516 319.838

9.740.211 6.609.551

28. Compromissos financeiros assumidos e não incluídos na demonstração da posição financeira

a) Fundo de pensõesEm Maio de 2014 após obtenção de todas as aprovações necessárias, a Empresa alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano de contribuição definida.

Com esta alteração, a Empresa deixou de ter responsabilidades por benefícios futuros relacionadas com o Fundo de Pensões.

O valor do Fundo foi repartido pelos participantes de acordo com as responsabilidades por serviços passados à data de 30 de Abril de 2014, tendo a Entidade gestora aberto uma conta individual em nome de cada participante com este crédito inicial.

b) Outros compromissos

A 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a Celbi tinha assumido compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis nos montantes de 11.138.375 Euros e 13.320.869 Euros, respetivamente.

29. Locações operacionais

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 962.961 Euros e 511.611 Euros, respetivamente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional.

Em 31 de Dezembro de 2014 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

2014

Ano

Até 1 ano 137.537

Entre 1 a 5 anos 350.278

Mais de 5 anos 59.107

546.922

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Relatório e contas 2014 76

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Em 31 de Dezembro de 2013 o Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

2013

Ano

Até 1 ano 276.408

Entre 1 a 5 anos 337.866

Mais de 5 anos 59.107

673.381

30. Empresas do grupo e partes relacionadas

As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transações com partes relacionadas, as quais foram efetuadas a preços de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2014, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:

Saldos devedores Saldos credores

Empresa Clientes c/cEmpresas

GrupoOutras dívidas

de terceirosFornecedores

c/c Empresas

GrupoOutras dívidas

a terceiros

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.

590.400 - 328.986 - - -

Altri Florestal, S.A. 510.415 3.775.688 - (2.310.318) (360.895) -

Caima Industria de Celulose, S.A.

790.928 - - (1.788.558) - -

Caima Energia, S.A. - 4.230.850 - - - -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.

- - - - (132.013) (412.196)

Captaraíz - Unipessoal, Lda. 7.955 836 - - - -

Altri Participaciones Y Trading S.L.

- 2.862.756 - (1.077.540) - -

Altri SGPS, S.A. - 64.160.328 - - (945.870) -

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A.

1.385.073 - - - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A.

- - - (14.655) - -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A.

124.305 - - - - -

3.409.076 75.030.458 328.986 (5.191.071) (1.438.778) (412.196)

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Contas e Notas Anexas 77

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Em 31 de Dezembro de 2013, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:

Saldos devedores Saldos credores

Empresa Clientes c/cEmpresas

Grupo

Adiantamentos por conta

de compras

Fornecedores c/c

Empresas Grupo

Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. 14.519 4.242 - - (918)

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 832.000 28.709 - - (375)

Celulose do Caima SGPS, S.A. - 58.604.182 - - -

Altri Florestal, S.A. 45.537 396.006 1.921.658 (1.093.403) -

Caima Industria de Celulose, S.A. 790.757 - - (1.788.558) -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 3.962.400 - - - (132.013)

Altri Energias Renováveis, S.A. - - - - -

Captaraíz - Unipessoal, Lda. 7.955 836 - - (19.458)

Invescaima- Inv.Part. SGPS - 48.156 - - (334.629)

Altri Participaciones Y Trading S.L. 119.446 163.091 - - -

Altri SGPS, S.A. - 21.601.489 - - -

Pedro Frutícola, Lda. - - - - (3.482)

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. 1.046.036 - - - -

F. Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - - (12.448) -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. 124.335 - - - -

6.942.985 80.846.711 1.921.658 (2.894.409) (490.875)

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Empresas do Grupo” inclui os seguintes montantes relativos a empréstimos correntes concedidos a empresas do Grupo:

2014 2013

Celulose do Caima, SGPS S.A. - 46.200.000

Altri SGPS S.A. 46.100.000 17.000.000

Caima Energia, S.A. 4.000.000 -

50.100.000 63.200.000

A conta a pagar à Altri, Participaciones Y Trading, S.L. resulta das comissões de venda associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade.

Os restantes saldos dizem respeito, sobretudo, ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tribu-tação de Grupos de Sociedades (Nota 11) em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e juros a receber associados aos empréstimos concedidos.

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Relatório e contas 2014 78

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

As principais transações efetuadas no exercício de 2014 com as empresas do grupo Altri e partes relacionadas podem ser resumidas como se segue:

EmpresaOutros

proveitos

Vendas e prestação de serviços

Compras M. primas,

subs.

Outros F.S.E.

Custos / proveitos

financeiros

Venda de

investimentos

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.

(120.000) - - - - (317.785)

Caima Indústria de Celulose S.A. (139) - - - - -

Caima Energia, S.A. - - - - (220.254) -

Altri Florestal, S.A. (95.199) (102.682) 14.467.105 3.000 (254.737) (1.465.000)

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.

(270.216) (8.420.365) - - (499.267) -

Altri Participaciones Y Trading SL (394.693) - 464.774 11.921.674 - -

Altri SGPS - - - 769.000 (1.354.759) -

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. (289.413) (8.904.208) - - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - 105.292 1.275 - -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. (124.305) - - - - -

(1.293.965) (17.427.255) 15.037.171 12.694.949 (2.329.017) (1.782.785)

As principais transações efetuadas no exercício de 2013 com as empresas do grupo Altri e partes relacionadas podem ser resumidas como se segue:

EmpresaOutros

proveitos

Vendas e prestação de serviços

Compras M. primas,

subs.

OutrosF.S.E.

Custos / proveitos financeiros

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. (120.000) - - - -

Celulose do Caima SGPS, S.A. - - - - (1.283.581)

Caima Indústria de Celulose S.A. - (249.889) - - -

Altri Florestal, S.A. (73.420) (132.748) 19.035.000 5.784 -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. - (10.483.350) - - (26.000)

Invescaima - Inv.Partic.SGPS, S.A. - - - - (1.943.943)

Altri Participaciones Y Trading SL - - 219.136 12.288.023 -

Altri SGPS - - - - (872.066)

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. (339.273) (8.003.007) - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - 70.905 926 -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. (124.335) - - - -

(657.028) (18.868.994) 19.325.041 12.294.733 (4.125.590)

A Celbi adquire madeira à Altri Florestal, S.A.. A Altri, Participaciones Y Trading, S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri, pelo que o montante da coluna “Outros fornecimentos e serviços externos” com esta entidade diz respeito a comissões de venda ao abrigo do contrato de Agência estabelecido com a mesma.

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Contas e Notas Anexas 79

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

31. Vendas e prestações de serviços

Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Mercado interno 86.380.741 83.745.570

Mercado externo 287.171.184 299.987.546

373.551.925 383.733.116

32. Outros proveitos

A rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 pode ser detalhada como se segue:

31.12.2014 31.12.2013

Subsídios ao investimento e à exploração (Nota 37) 3.103.104 7.229.379

Ganhos obtidos na alienação de ativos fixos 117.998 910

Ganhos obtidos na alienação da Viveiros do Furadouro, Lda. (Nota 7)

735.000 -

Outros 2.302.733 1.770.488

6.258.835 9.000.777

33. Outros custos

A rubrica “Outros custos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 pode ser detalhada como se segue:

31.12.2014 31.12.2013

Impostos diretos e taxas 779.793 733.029

Perdas em contratos derivados de commodities (Nota 26) - 8.793.869

Outros 604.740 871.586

1.384.533 10.398.484

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Relatório e contas 2014 80

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

34. Resultados financeiros

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 podem ser detalhados como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Custos financeiros:

Juros suportados (Nota 20) (14.250.033) (9.802.321)

Diferenças de câmbio desfavoráveis (824.790) (1.382.443)

Outros custos e perdas financeiras (12.515.730) (8.183.320)

(27.590.553) (19.368.084)

Proveitos financeiros:

Juros obtidos 6.470.926 6.729.995

Diferenças de câmbio favoráveis 1.837.993 906.066

Outros proveitos e ganhos financeiros 3.253 605.280

8.312.172 8.241.341

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outros custos e perdas financeiras” refere--se essencialmente a perdas em instrumentos derivados (Nota 26) custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativas a serviços bancários (Nota 20).

35. Resultado por ação

31.12.2014 31.12.2013

Número de ações para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído

15.500.000 15.500.000

Resultado para efeito do cálculo do resultado por ação líquido e diluído

28.072.814 45.098.521

Resultado por ação das operações

Básico 1,81 2,91

Diluído 1,81 2,91

36. Número de pessoal

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 234 e 233, respetivamente.

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Contas e Notas Anexas 81

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

37. Subsídios e incentivos

I) Projeto C09

Em Janeiro de 2007 a Celbi assinou um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português consi-derado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado ascendia a 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português iria conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. Até 31 de Dezembro de 2014 a Celbi recebeu o montante de 51.644.921 Euros referente ao incentivo reembolsável. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 o prémio de realização encontrava-se totalmente recebido no montante total de 41.316.000 Euros, dos quais e durante o exercício de 2013, foi atribuído o montante de 16.526.400 Euros resultante da medição antecipada para 2012 com o acordo da AICEP (Nota 20). Os subsídios não reembolsáveis foram transferido para as rubricas ”Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (Notas 22 e 25) líquido do montante reconhecido diretamente como proveito na demonstração de resultados (Nota 32) na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados. Contudo, a aferição definitiva dos objetivos do Projeto só ocorrerá na data contratualmente prevista.

II) Projeto C15

Em Janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de Agosto de 2013, e irá decorrer até 30 de Junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável cor-respondente a 20% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incen-tivo reembolsável. O Estado Português atribuiu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o detalhe dos subsídios recebidos, mas ainda não reconhecidos como proveito na demonstração de resultados, é como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (Notas 20, 22 e 25)

25.387.260 28.219.214

Outros subsídios ao investimento 284.304 555.454

25.671.564 28.774.668

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Relatório e contas 2014 82

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

Os movimentos nos incentivos ao investimento foram como segue:

2014

Incentivos atribuídos e não totalmente reconhecidos 46.111.748

Reconhecimento em resultados anteriores a 2012 (10.107.701)

Reconhecimento no resultado 2013 (Nota 32) (7.229.379)

Reconhecimento no resultado 2014 (Nota 32) (3.103.104)

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 25.671.564

III) SIFIDE

Durante o exercício de 2013, a Empresa suportou despesas com Investigação e Desen-volvimento (“I&D”), as quais, no seu entendimento, eram suscetíveis de serem elegíveis para efeitos de aproveitamento do Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial II (“SIFIDE II”).

Neste sentido, foi emitida a respetiva declaração, por parte da Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“Comissão Certificadora”), relativa à recomendação de crédito fiscal, decorrente de atividades de I&D efetuadas naquele exercício, no montante de 334.885 Euros.

Por último, atentos os investimentos realizados em 2014 nesta área em particular, a Empresa está igualmente a desenvolver um conjunto de ações que permita apresentar, às entidades competentes, uma candidatura a este benefício fiscal.

IV) RFAI

No âmbito do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (“RFAI”) a Celbi está a desenvolver um conjunto de ações que permitam preparar a documentação de suporte à utilização deste benefício para as despesas de investimento em ativos afetos à exploração, efetuadas durante o exercício de 2014, de forma a integrar o respetivo processo de documentação fiscal.

38. Processos fiscais

Em resultado de uma inspeção ocorrida em 2008, relativa ao exercício de 2006, a empresa recebeu uma notificação da Direção Geral dos Impostos onde se declarava a instauração de um processo de contra-ordenação motivada pela não liquidação do Imposto de Selo em Operações Financeiras com outras empresas do grupo Altri porque os Serviços de Inspeção Tributária entenderam como não provado que os empréstimos concedidos se destinavam a carências de tesouraria. No início de 2012 a empresa recebeu uma nova notificação relativa ao mesmo assunto mas referente ao ano de 2009. A empresa pagou os documentos de co-brança enviados pela Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando em consequência a respetiva impugnação judicial.

O saldo da rúbrica do ativo não corrente “Outros ativos não correntes” diz respeito aos montantes por receber relativos às situações atrás descritas.

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Contas e Notas Anexas 83

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2014

39. Informação relativa a matérias ambientais

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi criado o Comércio Europeu de Licenças de Emissão - CELE que constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regu-lação das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e que é aplicável, entre outras, à indústria de pasta e papel.

A aplicação do regime CELE teve o seu início em 2005, tendo decorrido entre 2005 e 2007 o primeiro período, considerado pela Comissão Europeia como experimental e essencialmente de aprendizagem para o período subsequente, 2008-2012 que coincidiu com o período de cumprimento do Protocolo de Quioto.

Nos dois primeiros períodos de aplicação do CELE (2005-2007 e 2008-2012), genericamente, as regras base do regime foram a atribuição gratuita de licenças de emissão (LE), a obrigação de monitorização, verificação e comunicação de emissões e a devolução de LE no montante correspondente. A atribuição gratuita teve lugar através dos denominados planos nacionais de atribuição de licenças de emissão, PNALE I e PNALE II, que foram aprovados pela Comissão.

No período pós-2012, com a publicação da Diretiva 2009/29/CE, a nova Diretiva CELE, incluída no Pacote Clima Energia, estas regras mudam consideravelmente, verificando-se um alargamento do âmbito com a introdução de novos gases e novos setores, a quantidade total de licenças de emissão determinada a nível comunitário e a atribuição de licenças de emissão com recurso a leilão, mantendo-se marginalmente a atribuição gratuita, feita com recurso a benchmarks definidos a nível comunitário. A 1 de Janeiro de 2013 teve inicio o 3º período de aplicação tendo sido atribuídas à Celbi , a título gratuito, licenças para a emissão de 81.388 toneladas de CO2 para o ano de 2013 e 79. 974 toneladas de CO2 para o ano de 2014.

Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efetuada no início do ano seguinte, sendo os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efetuadas sujeitos a verificação por uma entidade acreditada.

Em 31 de Dezembro de 2014 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de caráter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos material-mente relevantes para a Empresa.

40. Aprovação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 20 de Março de 2015. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Acionistas.O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

Page 84: RelatóRio e Contas 2014Relatório e contas 2014 8 Sumário em 31 de Dezembro de 2014 1.000 euros 2014 2013 2012 2011 Vendas Líquidas 368.662 379.215 347.941 333.197 Amortizações
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RelatóRio e PaReCeR do FisCal ÚniCo

e CeRtiFiCação legal das Contas

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Relatório e contas 2014 86

Aos Acionistasda Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado,

submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa”), relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da atividade da Empresa, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efetuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e tendo obtido da Administração e dos Serviços da Empresa as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2014, a Demonstração dos Resultados, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2014 e da proposta de aplicação de resultados nele apresentada, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações,

independência e execução das funções do Revisor Oficial de Contas da Empresa e apreciou a Certificação Legal das Contas emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Empresa, que mereceu o seu acordo.

Face ao exposto, e tendo em consideração o assunto mencionado no parágrafo 5 da Certificação Legal das Contas, o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras bem como a proposta de aplicação de resultados estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Acionistas.

Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.

Porto, 20 de Março de 2015

O Conselho Fiscal

João da Silva Natária

Presidente do Conselho Fiscal

Guilherme Alexandre Dominguez Fernandes Cardoso Ruano

Vogal do Conselho Fiscal

José Carlos Rodrigues Martins

Vogal do Conselho Fiscal

Relatório e Parecer do Fiscal Único

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Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal das Contas 87

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.(“Empresa”), as quais compreendem a Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2014 que evidencia um total de 1.034.531.137 Euros e um capital próprio de 288.843.065 Euros, incluindo um resultado líquido de 28.072.814 Euros, as Demonstrações dos Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Certificação Legal das Contas

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Relatório e contas 2014 88

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, para os fins indicados no parágrafo 5 abaixo, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. em 31 de Dezembro de 2014, bem como o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia.

Ênfase

5. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima, referem-se à atividade da Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor. Conforme indicado na Nota 2.2 do Anexo, as participações financeiras em subsidiárias e associadas são registadas pelo custo de aquisição deduzido de perdas por imparidade acumuladas. As demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial, nem da consolidação integral a nível de ativos, passivos, gastos e rendimentos totais. A Empresa encontra-se dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas em virtude de ser uma subsidiária e as suas demonstrações financeiras serem incluídas no perímetro de consolidação da Altri, S.G.P.S, S.A., entidade que apresenta demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS. Na Nota 7 do Anexo às demonstrações financeiras é dada informação adicional sobre as empresas subsidiárias.

Relato sobre outros requisitos legais

6. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 25 de Março de 2015

Delloite&Associados, SROC S.A

Representada por António Manuel Martins Amaral

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Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal das Contas 89

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Fotografias Pedro Agostinho Cruz

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Figueira da Foz - Julho 2015