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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L. Relatório e Contas 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Norte Alentejano, C.R.L.

Relatório

e

Contas 2017

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Índice

Página

1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 3 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUPO DO NORTE

ALENTEJANO

2.1.

2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.7. 2.8.

ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORDORES

4 4 5 5 6 7

13

3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

3.1.

3.2. 3.3 3.4.

INTRODUÇAO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE ANÁLISE FINANCEIRA

15 17 32 42

3.4.1. 3.4.2. 3.4.3. 3.4.4. 3.4.5 3.4.6. 3.4.7. 3.4.8. 3.4.9.

Quadro de indicadores Estrutura Patrimonial Aplicações em Instituições de Crédito Crédito Concedido Crédito Vencido Movimento de Imparidades Activos não correntes detidos para venda Activos Tangíveis e Intangíveis Investimentos e associadas e empreendimentos conjuntos

42 43 44 44 45 46 47 48 49

3.4.10. 3.4.11. 3.4.12. 3.4.13. 3.4.14. 3.4.15. 3.4.16. 3.4.17. 3.4.18. 3.4.19. 3.4.20. 3.4.21. 3.4.22. 3.4.23. 3.4.24.

Outros activos Recursos de clientes Crédito/Recursos por Agência Rácios de Crédito Vencido Bruto e Liquido por Agência Depósitos por Agência Evolução Crédito/Recursos por Agência Capitais Próprios Rendibilidade Resultado Liquido Margem Financeira Produto Bancário Custos Funcionamento Provisões/Imparidades Actividade Seguradora Movimento Associativo

50 51 51 52 53 54 55 55 56 56 57 58 59 60 63

4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 64 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

5.1.

5.2. 5.3 5.4. 5.5.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 NOTAS ANEXAS ÁS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEEZEMBRO DE 2017

66 67 68 69 70

6. PARTES RELACIONADAS 143

7. 8.

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS PARECER DO CONSELHO FISCAL

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, C.R.L.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L., pessoa colectiva nº 504056573, com sede na Rua da Lagoa, 14,

em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Fronteira sob o mesmo

número, com o capital social realizado de € 6.188.665,00 (variável), convoco todos os Associados

no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 28 de Março

de 2018, pelas 16 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao

exercício de 2017 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de

remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5. Discussão e votação da alteração integral dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo texto integral ficará à disposição dos associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem ser propostas pelos associados redacções diferentes.

6. Discussão e votação da alteração do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

7. Discussão e votação da alteração da Política Interna de Selecção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

8. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral

reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por

representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código

Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Fronteira, 15 de Fevereiro de 2018.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

Bebiana Maria Pires Zagalo

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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MUTO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.

2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

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2.3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário.

2.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral, eleita em 29.12.2015, para o triénio 2016/2018

Presidente – Bebiana Maria Pires Zagalo Vice-Presidente – Joaquim António de Brito Martins Secretário – António José Forças Galvão

2.3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

o Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; o Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte; o Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; o Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; o Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos

cooperativos de grau superior; o Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; o Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

o Decidir da alteração dos Estatutos.

2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e um suplente. O Conselho de Administração é composto por cinco membros, eleitos em Assembleia-Geral de 29.12.2015, com mandato para o triénio de 2016/2018.

2.4.1 Composição do Conselho de Administração Efectivos: Presidente – Dr. João José de Castro Mendes de Almeida Administrador – Miguel dos Prazeres Cabaço Administrador – João Manuel Margarido da Silva Administrador – Vítor Manuel Pereira Guimarães Administrador – José António Brito Machado

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Suplente: Maria Teresa Rea Mota Machado 2.4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de

orçamento par ao exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício

anterior; � Adoptar as medidas necessárias a garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola; � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

2.4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 50 reuniões no ano de 2017. O valor remanescente de remuneração a alguns dos membros do Conselho de Administração deve-se à presença em actos em representação da Caixa.

O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos. Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração. 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividades e de orçamento.

2.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

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2.5.2. Composição do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros, eleitos em Assembleia Geral de 29.12.2015, com mandato para o triénio de 2016/2018. Efectivos: Presidente – João Nuno de Figueiredo Ferreira Moniz Vogal – Fernando José Tacão Valhelhas Vogal – Rui Pedro Arês Roque

2.5.3 Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado um total de 4 reuniões no ano de 2017.

2.6. Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia-Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018 encontrando-se designado para o cargo:

Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão e Associados, SROC, Lda., SROC nº. 64, representada por Nuno Miguel da Costa Tavares, ROC nº. 1582. Suplente: José Luís Guerreiro Nunes, ROC nº. 1098

2.7. Politica de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Em Assembleia-Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL. apreciou-se e aprovou-se a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição. Nos termos e para os efeitos do nº. 4 do Artigo nº. 16º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

“DECLARAÇÃO DE POLITICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.”

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º,

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número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado quaisquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso 10/2011, sendo que as instruções nºs 4/2014 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto à divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 20/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, ou com qualquer dos instrumentos referidos acima, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital).

f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22 g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções

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correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de

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uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga por reunião, através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral. Acresce a esta remuneração o direito de reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros Executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidada em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Artº 9º,nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto.

Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração Executivo terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntica ao que auferiram se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral. Nos termos da presente política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal não têm direito a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos trabalhadores da Instituição. Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, todos os Administradores Executivos a tempo inteiro e com dedicação exclusiva acresce a esta

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remuneração a atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções. Nos termos e para os efeitos dos arts.115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº2 do art. 16º do Aviso 10/2011, mais se declara que: 5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011. 5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”). 5.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

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g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art.9º, nº1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa paga mensalmente, de valor aprovado pela Assembleia Geral, liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos subsídios de férias e subsídios de Natal. Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho Fiscal - João Nuno de Figueiredo Ferreira Moniz Fernando José Tacão Valhelhas Rui Pedro Arês Roque

1.200,00 480,00 480,00

1.200,00 480,00 480,00

Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho de Administração João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço Vítor Manuel Pereira Guimarães José António Brito Machado

14.000,00 14.695,04 47.514,61 15.635,28 57.033,74

14.000,00 14.695,04 47.514,61 15.635,28 57.033,74

Revisor Oficial de Contas 12.000,00

Serviço de Auditoria 12.000,00

2.8. Politica de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº. 3 do artigo 16º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Atento o disposto no nº. 3 do artigo 17º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, em 2017 os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Nº. de Colaboradores Remunerações

Coordenação Geral 1 Parte Fixa € 52.032,58

Parte Variável -

Compliance e Gestão de Riscos

1 Parte Fixa € 29.034,63

Parte Variável - Durante o exercício de 2017 não se verificaram admissões ou rescisões contratuais relativamente às funções acima referidas. À data de 31 de Dezembro de 2017 não são devidas quaisquer remunerações aos colaboradores referidos.

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3. RELATÓRIO DO

CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO

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i. Introdução

No cumprimento do preceituado nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., no Código Cooperativo, no Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e na demais legislação aplicável, vem a Administração submeter à apreciação de V. Exas. o Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017. Tal como em anos anteriores, a CCAM do Norte Alentejano pautou a sua acção tendo em conta o cumprimento dos objectivos contidos no Plano de Actividades para 2017 aprovado em Assembleia Geral realizada no mês de Dezembro de 2016 e as orientações emanadas da Caixa Central. Pese embora as dificuldades sentidas ao longo do ano devido à forte concorrência que nos foi imposta, principalmente na competição pela captação de recursos, a CCAM do Norte Alentejano consegui potenciar a sua captação de recursos, registando um aumento de € 2.837.023, cifrando-se o total dos recursos em € 76.718.415. A par da estratégia adoptada pela CCAM do Norte Alentejano, para atingir os valores de recursos de balanço foi necessário, por vezes, dada a agressividade da concorrência, sacrificar a margem financeira, havendo, no entanto, a preocupação constante de manter as taxas de remuneração dos depósitos abaixo da média do SICAM. Para isso contribuiu o esforço constante efectuado pelas áreas de negócio da Caixa na negociação e análise, uma a uma, das propostas que nos foram sendo apresentadas ao longo do ano. Com os primeiros sinais de recuperação da economia, o crédito a cliente cresceu ligeiramente, quando comparado com os valores do ano anterior, totalizando no final do ano € 49.549.082. O volume de negócios da Caixa (Recursos + Crédito concedido) atingiu € 126.267.497 à data de 31 de Dezembro de 2017, representando um aumento em termos absolutos de € 5.811.573. As comissões líquidas atingiram € 990.382, aumentando face ao ano anterior, representando 33,93 % do Produto Bancário, contra 30,11 % verificado no ano anterior.

Na área seguradora verificou-se uma ligeira diminuição do número de apólices, quer no ramo “Não Vida” (CA Seguros), como no ramo “Vida” (CA Vida). Verificou-se ainda um decréscimo dos prémios relativamente ao ano anterior, uma vez que este havia sido um ano excepcional e com a existência de produtos específicos e sazonais.

Sendo a diminuição do crédito vencido de primordial importância para a actividade da Caixa, continuou o Gabinete de Riscos e Recuperação de Crédito, em colaboração com o apoio jurídico, a sua acção de acompanhamento aprofundado de todas as situações, tentando dentro do possível a sua resolução sem recurso à via judicial.

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Fruto deste esforço conjunto, o crédito vencido diminui face a 2016, tendo-se registado um montante global de € 2.923.025 e uma diminuição de 5,86% face ao ano anterior, representado em 2017, 5,89 % do crédito total. Para cobertura do crédito vencido e de cobrança duvidosa, foram criadas imparidades ao longo do exercício em análise, tendo-se ajustado este valor em função da recuperação de crédito, apresentando um valor acumulado de € 3.339.594, menos € 357.335 face ao ano anterior. A estabilização da margem financeira, aliado ao crescimento dos rendimentos de serviços e comissões, tiveram um impacto positivo no produto bancário. Contudo, durante o exercício de 2017 a CCAM procedeu à alienação de activos que tinha em carteira, situação que teve um impacto negativo ao nível do produto bancário, contribuindo para a sua diminuição em cerca de 4,37%. Esta situação foi, contudo, compensada pela diminuição generalizada dos gastos, nomeadamente com os gastos com pessoal, os gastos gerais administrativos e as correcções de valor associadas ao crédito a clientes (imparidades), o que permitiu à CCAM alcançar no exercício de 2017 o resultado histórico de €1.106.134. Pelo Relatório e Contas, assim como pelo anexo às demonstrações financeiras, poderão os senhores associados verificar a evolução da Caixa. Mantivemos, tal como em anos anteriores, o apoio aos agricultores através do acesso às candidaturas e nas ajudas ao rendimento. Estes processos são realizados em estreita colaboração com a Confagri e Fenacam e colocam a Caixa em lugar de destaque na prestação deste tipo de serviços nos conselhos em que está inserida. Resta-nos agradecer aos restantes Órgãos Sociais e aos trabalhadores da Caixa a colaboração prestada e aos nossos associados e clientes a confiança em nós depositada.

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ii. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

2.1 ECONOMIA INTERNACIONAL A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por não acontecer. Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até Setembro de 2018. A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre. A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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estiveram activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes. Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de impostos. A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018. Apesar desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política de normalização das taxas de juro americanas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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2.2 ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única. A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016). O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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2.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

2.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 –

Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

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2.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 –

Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias

Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

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foi possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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2.4 MERCADOS FINANCEIROS Mercados accionistas O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80% das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento. Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda. A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de mercado. No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66. O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos. Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos. Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens. A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável situação fiscal.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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2.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018 Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo. Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu. Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente

através do esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via

capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos

e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em

permanente mutação (ex. digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de

absorção de risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR,

NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais

requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos

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do consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e

segurança na condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex.

mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito

online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open

banking).

iii. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

3.1 RESULTADO E BALANÇO 3.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

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Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017Variação

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação2016 2017

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros

activos e outros resultados de exploração.

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Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias

Valores em milhões de euros

31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4

Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões l íquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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de quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

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O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Cl ientes (líquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Cl ientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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3.1.2 Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017. Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP. O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas

empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das

fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo

financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em

2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das

Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia

portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo,

realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores

e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de 2016.

1 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13. 2 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

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O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90 milhões de transacções. No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

• NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

• Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

• Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs só no facebook. Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA. O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva.

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De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim como através das redes sociais. Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes. No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas as diversas acções de comunicação digital. Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de ano para ano. Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa. Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde as competências como a destreza mental e as habilidades de memória desempenham o papel principal. Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e inovação.

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Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

• Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

• Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

• João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

• Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas

Julian Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que

foram consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor da Taça de Portugal –

Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo,

respectivamente;

• CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

• Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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iv. ANÁLISE FINANCEIRA

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de

acordo com os princípios consagrados nas Normas de Internacionais de Contabilidade

(NIC).

4.1 Quadro de indicadores

(*) No que diz respeito aos fundos próprios totais, e no sentido de não desvirtuar aquilo que é a verdadeira imagem da sua situação patrimonial, a CCAM do Norte Alentejano optou por incorporar no cálculo o Resultado Líquido do Exercício (no montante de €1.106.134).

Rubricas 2015 2016 2017

Disponibilidades e Aplicações 34.392.914 39.706.761 41.105.694 3,52%

Crédito a Clientes (Bruto) 44.398.732 46.574.532 49.549.082 6,39%

Imparidades Acumuladas p/ Crédito 2.917.862 3.696.929 3.339.594 -9,67%

Crédito a Clientes (Líquido) 41.480.870 42.877.603 46.209.487 7,77%

Total Crédito Vencido 2.737.387 3.105.234 2.923.025 -5,87%

Imparidades Acumuladas p/ Crédito Vencido 2.309.822 2.731.820 813.137 -70,23%

Grau de Cobertura do C.V. por Provisões/Imparidades 84,38% 87,97% 27,82% -68,38%

Grau de Cobertura do Crédito Concedido por Garantias Reais 79,56% 80,53% 81,42% 1,11%

Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Bruto) 1.290.402 972.140 809.070 -16,77%

Provisões e Imparidades Acum. 55.272 56.505 54.654 -3,28%

Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Liq.) 1.235.131 915.635 754.417 -17,61%

Total Activo Líquido 81.359.282 87.864.954 91.984.207 4,69%

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 69.500.870 73.881.392 76.718.415 3,84%

Situação Liquida 7.412.136 7.363.399 7.558.204 2,65%

Passivo + Situação Líquida 81.359.282 87.864.954 91.984.207 4,69%

Fundos Próprios Totais (*) 6.767.725 7.307.072 7.494.273 2,56%

Margem Financeira 1.905.072 1.877.260 1.851.665 -1,36%

Custos com Pessoal 1.261.009 1.270.618 1.094.578 -13,85%

Gastos Gerais Administrativos 784.381 833.351 815.417 -2,15%

Custos de funcionamento = Custos c/Pessoal + FST 2.045.390 2.103.969 1.909.995 -9,22%

Amortizações 119.496 122.581 113.465 -7,44%

Produto bancário 2.930.818 3.052.726 2.919.276 -4,37%

Variação %16/17

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4.2 Estrutura patrimonial

Em 31.12.2017, o Activo Líquido da Caixa era de € 91.984.207, apresentando um

acréscimo relativamente ao ano anterior de € 4.119.253.

As aplicações na Caixa Central totalizavam € 35.629.363. O Crédito a clientes

apresentava o saldo de € 49.549.082, os recursos alheios apresentavam um saldo de €

76.718.415 e os capitais próprios, já incorporados dos resultados do exercício (€ 1.106.134),

totalizavam € 7.558.204.

Estrutura Patrimonial 2015 2016 2017

Aplicações 28.016.181 12.010.969 35.629.363

Crédito concedido 44.398.732 46.574.532 49.549.082

Recursos de clientes e outros empréstimos 69.500.870 73.881.392 76.718.415

Capitais próprios 7.412.136 7.354.146 7.558.204

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

80.000.000

90.000.000

Aplicações Crédito concedido Recursos declientes e outros

empréstimos

Capitais próprios

Estrutura Patrimonial

2015 2016 2017

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4.3 Aplicações em Instituições de Crédito

Os excedentes destinam-se a garantir a liquidez da Caixa e são depositados,

exclusivamente, na Caixa Central por imperativo legal. O montante do depósito na Caixa

Central era, em 31 de Dezembro de 2017, de € 35.629.363.

4.4 Crédito Concedido

O total do crédito concedido, em 31 de Dezembro de 2017, incluindo juros de crédito e

receitas com rendimentos diferidos associados ao crédito, era de € 49.549.082, valor

superior (+ € 2.974.550) a igual período do ano anterior, cuja evolução, no último triénio,

é representada no quadro e gráfico seguintes:

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

2015 2016 2017

Aplicações em Instituições de Crédito

2015 2016 2017

Crédito a Empresas e SPA 16.240.189 17.981.669 18.830.649

Crédito a particulares 25.233.553 25.367.823 27.647.520

Total do Crédito Vivo 41.473.742 43.349.492 46.478.169

Total do Crédito vencido 2.737.387 3.105.234 2.923.025

Juros de Crédito 321.496 275.991 281.880

Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito 133.893 156.185 133.992

TOTAL DO CRÉDITO + JUROS 43.526.460 46.574.532 49.549.082

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4.5 Crédito Vencido

Em 31 de Dezembro de 2017 o crédito vencido totalizava € 2.923.025, registando-se

uma diminuição de 5,86% relativamente a 2016, totalizando € 75.374 a < 3 meses e €

2.847.651 a > 3 meses. O crédito vencido encontra-se coberto por provisões em 27,82%

do seu montante.

O quadro e o gráfico que se seguem espelham a evolução do crédito vencido nos últimos

três anos.

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

Crédito aEmpresas e SPA

Crédito aparticulares

Total doCrédito Vivo

Total doCrédito vencido

Juros deCrédito

Receitas comrendimentos

diferidosassociadas ao

crédito

TOTAL DOCRÉDITO +

JUROS

Evolução do crédito

2015 2016 2017

2015 2016 2017

Crédito vencido < 3 meses 379.320 261.517 75.374

Crédito vencido > 3 meses 2.358.067 2.843.717 2.847.651

Crédito vencido Total 2.737.387 3.105.234 2.923.025

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4.6 Movimento de Imparidades

Fruto das preocupações que vêm sido sentidas com a evolução do crédito vencido, tem

a Caixa vindo a prestar especial atenção ao seu provisionamento o qual como atrás se

disse, atinge em 31 de Dezembro de 2017 o valor de € 3.339.594, representando um

grau de cobertura de 27,82%.

Neste ponto é importante referir que, tendo as Caixas Agrícolas do SICAM beneficiado, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no art.º 3º do referido Aviso 5/2015, verificou-se no exercício de 2017 uma alteração no que diz respeito à classificação das imparidades. Assim, tendo por base as alterações introduzidas pela entrada em vigor das NIC’s, observa-se uma diminuição acentuada das imparidades para crédito vencido, que é compensada na mesma medida pelo aumento significativo das imparidades de cobrança duvidosa. Trata-se assim de uma alteração meramente contabilística, que não afecta o valor global das imparidades acumulada sobre crédito a clientes

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2015 2016 2017

Evolução do crédito vencido

Crédito vencido < 3 meses Crédito vencido > 3 meses Crédito vencido Total

2015 2016 2017

Imparidades para crédito vencido 2.309.822 2.731.820 813.137

Imparidades para crédito de cobrança duvidosa 608.040 965.109 2.526.457

Total das Imparidades acumuladas sobre crédito de clientes 2.917.862 3.696.929 3.339.594

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4.7 Activos Não Correntes Detidos para Venda

Decorrente das dificuldades sentidas no retorno do crédito concedido, a Caixa viu-se

obrigada a adjudicar alguns imóveis por reembolso de crédito vencido. Contudo nesta

rubrica verificou-se, em termos líquidos, uma diminuição significativa, totalizando em

31 de Dezembro € 809.070.

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

2015 2016 2017

Provisões acumuladas sobre crédito de clientes

Imparidades para crédito vencido

Imparidades para crédito de cobrança duvidosa

Total das Imparidades acumuladas sobre crédito de clientes

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4.8 Activos Tangíveis e Intangíveis (Imobilizado)

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa

de Crédito Agrícola foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de

Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de

Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015, de 7 de Dezembro, do Banco de Portugal, as

entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a

elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual e consolidada de acordo

com as IAS/IFRS, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União

Europeia, mais concretamente pelo Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, considerando as alterações que lhe foram

introduzidas após a respectiva publicação.

A adopção das Normas Internacionais de Contabilidade implica, assim, a aplicação da”

IAS 16 – Activos Fixos Tangíveis” e da “IAS 36 – Imparidade de Activos “ aos imóveis de

serviço próprio, tendo em conta a sua relevância nas contas das Caixas Agrícolas.

Neste sentido, a CCAM do Norte Alentejano procedeu, até ao final do exercício de 2017,

à avaliação de todos os seus imóveis de serviço próprio, tendo-se verificado a

necessidade de constituição de uma imparidade no valor de €135.976 para a agência de

Castelo de Vide, o que conduziu a uma diminuição do valor líquido dos activos tangíveis.

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2015 2016 2017

Activos não correntes detidos para venda

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4.9 Investimentos em Filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

O aumento de € 2.500 verificado nesta rubrica deveu-se exclusivamente à aquisição de

uma participação da Caixa no capital da CA Vida. Os restantes investimentos em

empresas associadas não sofreu qualquer alteração durante o exercício de 2017.

2015 2016 2017

Activos tangíveis 2.040.142 1.927.348 1.669.982

Activos intangíveis 0 0 0

Total 2.040.142 1.927.348 1.669.982

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2.200.000

2015 2016 2017

Activos tangíveis e intangíveis

Activos tangíveis Activos intangíveis Total

2015 2016 2017

Caixa Central 694.450 741.210 741.210

Fenacam 175 175 175

CA Informática 16.317 16.317 16.317

CA Seguros 59 59 59

CA Vida 2500

Total 711.001 757.761 760.261

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4.10 Outros activos

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

Caixa Central Fenacam CA Informática CA Seguros CA Vida

Investimentos em Filiais, associadas e Empreendimentos Conjuntos

2015 2016 2017

2015 2016 2017

Outros activos 244.045 604.069 582.693

Despesas com encargos diferidos 34.132 9.617 32.278

Valores a regularizar 601.029 342.478 299.616

Imparidades – Outros activos -237.270

Total 879.206 956.164 677.317

-400.000

-200.000

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Outros activos Despesas comencargos diferidos

Valores aregularizar

Imparidades –Outros activos

Total

Outros Activos

2015 2016 2017

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4.11 Recursos de Clientes

No ano de 2017, como já se referiu atrás, verificou-se um aumento significativo dos

recursos de clientes conforme espelhado no quadro seguinte.

4.12 Crédito / Recursos por Agência

O quadro e o gráfico seguintes mostram-nos a distribuição do crédito (Vivo e vencido) por

Agência.

2015 2016 2017

Depósitos à ordem 24.938.847 32.059.055 35.062.496

Depósitos a Prazo e Poupanças 41.390.429 41.753.026 41.622.078

Outros Recursos 3.040.212 25.520 6.677

Total de Depósitos 69.369.488 73.837.601 76.691.251

Juros de Depósitos 131.382 43.791 27.164

Total de Depósitos + Juros 69.500.870 73.881.392 76.718.415

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

80.000.000

90.000.000

Depósitos àordem

Depósitos aPrazo e

Poupanças

Outros Recursos Total deDepósitos

Juros deDepósitos

Total deDepósitos +

Juros

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS

2015 2016 2017

Fronteira Cabeço de Vide Crato Gáfete Gavião Marvão Castelo de Vide Nisa TOTAL

Crédito concedido vivo 21.950.208 2.235.297 3.409.302 3.473.711 3.454.570 1.530.800 7.084.514 3.339.767 46.478.169

Crédito vencido 1.148.975 85.312 768.594 125.967 281.602 35.512 335.894 141.170 2.923.025

Total 23.099.183 2.320.609 4.177.896 3.599.677 3.736.172 1.566.312 7.420.408 3.480.937 49.401.194

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4.13 Rácios de crédito vencido bruto e líquido por Agência

Fronteira

Cabeço de VideCrato

Gáfete

Gavião

Marvão

Castelo de Vide

Nisa

Crédito concedido por agência

Fronteira Cabeço de Vide Crato Gáfete Gavião Marvão Castelo de Vide Nisa

Rácio de crédito vencido bruto 4,97% 3,68% 18,40% 3,50% 7,54% 2,27% 4,53% 4,06%

Rácio de crédito vencido líquido 3,89% 2,95% 12,16% 2,85% 7,40% 0,25% 3,98% 3,73%

Fronteira

Cabeço de Vide

Crato

Gáfete

Gavião

Marvão

Castelo de Vide

Nisa

Rácio de crédito vencido bruto

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4.14 Depósitos por Agência

O quadro seguinte mostra-nos a prestação das Agências na captação de recursos em

31.12.2017.

Fronteira

Cabeço de Vide

Crato

Gáfete

Gavião

Marvão

Castelo de Vide

Nisa

Rácio de crédito vencido líquido

Fronteira Cabeço de Vide Crato Gáfete Gavião Marvão Castelo de Vide Nisa Total

Depósitos 10.432.895 4.566.478 4.932.377 9.628.464 3.416.789 12.563.790 20.764.072 10.386.384 76.691.251

Fronteira

Cabeço de Vide

Crato

Gáfete

Gavião

Marvão

Castelo de Vide

Nisa

Depósitos

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4.15 Evolução de Crédito / Recursos por Agência

Depósitos Crédito Depósitos Crédito Depósitos Crédito

Fronteira 11.724.221 21.327.614 11.346.846 22.291.012 10.432.895 23.099.183

Cabeço de Vide 4.106.861 1.725.504 4.407.547 1.916.097 4.566.478 2.320.609

Crato 4.183.147 4.426.513 4.658.772 4.212.739 4.932.377 4.177.896

Gáfete 9.160.642 2.880.063 9.497.516 3.408.602 9.628.464 3.599.677

Gavião 3.410.658 3.554.284 3.481.352 3.478.985 3.416.789 3.736.172

M arvão 11.387.836 1.380.495 11.709.499 1.415.213 12.563.790 1.566.312

Castelo de Vide 16.591.137 6.882.800 19.269.549 7.252.343 20.764.072 7.420.408

Nisa 8.804.987 2.033.855 9.466.520 2.599.541 10.386.384 3.480.937

2 0 15 2 0 16 2 0 17

Fronteira

Cabeço de Vide

Crato

Gáfete

Gavião

Marvão

Castelo de Vide

Nisa

Crédito/Recursos por Agência

2015 Depósitos 2015 Crédito 2016 Depósitos 2016 Crédito 2017 Depósitos 2017 Crédito

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4.16 Capitais Próprios

4.17 Rendibilidade

Rácio 2015 2016 2017

Ren. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido Médio 2,54 % 2,33 % 2,12 %

Ren. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido Médio 1,12 % 1,14 % 1,14 %

Ren. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,91 % 3,80 % 3,35 %

Custos com Pessoal / Activo Líquido Médio 1,68 % 1,58 % 1,25 %

F.S.Terceiros / Activo Líquido Médio 1,05 % 1,04 % 0,93 %

Ren. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,81 % 0,01 % 1,27 %

2015 2016 2017

Capital Social 5.683.210 6.125.420 6.180.665

Reservas de reavaliação -107.912 -171.686 -162.348

Reservas e Resultados Transitados 1.229.480 1.428.537 433.753

Resultado Líquido do Exercício 607.358 -28.125 1.106.134

Total 7.412.136 7.354.146 7.558.204

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

8.000.000

Capital Social Reservas dereavaliação

Reservas eResultadosTransitados

Resultado Líquidodo Exercício

Total

Evolução dos capitais próprios

2015 2016 2017

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4.18 Resultado Líquidos

Com a publicação do Aviso nº 5/2015, de 7 de Dezembro, do Banco de Portugal, as

entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a

elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual e consolidada de acordo

com as IAS/IFRS. Esta alteração na política contabilística conduziu à necessidade de

voltar a expressar os valores do exercício de 2016 nos comparativos das demonstrações

financeiras de 2017.

Esta re-expressão conduziu a um valor no resultado líquido do exercício de 2016 de €-

28.125, conforme detalhado no ponto 2.2 do anexo às demonstrações financeiras.

4.19 Margem Financeira

2015 2016 2017

Valores 607.358 8.195 1.106.134

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

2015 2016 2017

Resultado Líquido

2015 2016 2017

Valores 1.905.072 1.877.260 1.851.665

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4.20 Produto Bancário

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2015 2016 2017

Margem financeira

2015 2016 2017

Produto bancário 2.930.818 3.052.726 2.919.276

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2015 2016 2017

Produto bancário

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4.21 Custos de Funcionamento

No exercício de 2017 a CCAM do Norte Alentejano procedeu à alteração da política contabilística no que diz respeito à contabilização dos contractos de pré-reforma e suspensão do contracto de trabalho. Até ao exercício de 2016, a contabilização efectuada era a do reconhecimento do gasto na altura do pagamento. A IAS 19 tem como objectivo prescrever a contabilização e a divulgação dos benefícios

dos empregados. A Norma exige que uma entidade reconheça:

- um passivo quando um empregado tiver prestado serviços em troca de

benefícios de empregados a pagar no futuro; e

- um custo quando a entidade consumir o benefício económico proveniente do

serviço prestado por um empregado em troca de benefícios para o empregado.

Os contractos de pré-reforma celebrados com os colaboradores da CCAM do Norte

Alentejano estabelecem que estes mantém o vínculo contratual com a entidade, mas

efectivamente já foram consumidos todos os benefícios económicos provenientes do

serviços prestados pelo colaborador. Neste sentido da CCAM do Norte Alentejano

procedeu à correcção da contabilização destes contractos, tendo actualizado os

montantes a serem pagos até ao final de cada contracto à data de 31-12-2017 (com base

na taxas das Obrigações do Tesouro disponibilizados pelo IGCP) e reconhecendo o valor

total numa conta de passivo por contrapartida da conta de resultados transitados.

2015 2016 2017

Custos com Pessoal 1.261.009 1.270.618 1.094.578

Gastos Gerais Administrativos 784.381 833.351 815.417

Total 2.045.390 2.103.969 1.909.995

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2015 2016 2017

Custos de funcionamento

Custos com Pessoal Gastos Gerais Administrativos Total

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4.22 Provisões / Imparidades

Conforme referido anteriormente, com a obrigatoriedade de elaboração das

demonstrações financeiras em base individual e consolidada de acordo com as IAS/IFRS,

a CCAM do Norte Alentejano procedeu à avaliação de todos os seus imóveis de serviço

próprio, tendo-se verificado a necessidade de constituição de uma imparidade no valor

de €135.976 para a agência de Castelo de Vide.

2015 2016 2017

Para Crédito de cobrança duvidosa 608.040 965.109 2.526.457

Para Crédito vencido 2.309.822 2.731.820 813.137

Para Riscos Gerais de Crédito 409.836 437.847 63.276

Para Activos Fixos Tangíveis e Intangíveis 135.976

Para Activos Não Correntes Det idos Para Venda 55.272 56.505 54.654

Para Outros Act ivos 109.410 150.228 237.271

Total 3.492.380 4.341.509 3.830.771

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

4.500.000

5.000.000

2015 2016 2017

Provisões / Imparidades

Para Crédito de cobrança duvidosa Para Crédito vencido

Para Riscos Gerais de Crédito Para Activos Fixos Tangíveis e Intangíveis

Para Activos Não Correntes Detidos Para Venda Para Outros Activos

Total

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4.23 Actividade Seguradora

Ramos Reais

Produto 2015 2016 2017 Δ % 16/17

Prémio Prémio Prémio Prémios

Acidentes Pessoais 33.685 38.026 31.120 -18,16%

Acidentes de Trabalho 151.544 173.326 157.142 -9,34%

Automóvel 259.338 277.977 225.382 -18,92%

Máquinas Agrícolas 16.293 17.307 14.297 -17,39%

Habitação 49.508 55.643 45.253 -18,67%

Comércio e Serviços 37.004 40.006 35.156 -12,12%

Riscos Industriais 4.225 4.737 758 -83,99%

Construção 104,65 0 0 0,00%

Responsabilidade Civil 44.933 43.721 37.810 -13,52%

Outros 21.561 15.182 22.022 45,06%

ENREN 1108,78 2.073 2.275 9,73%

CCARD 42.961 56.818 52.738 -7,18%

CA SAÚDE 48.949 57.925 51.919 -10,37%

Total 711.215 782.740 675.873 -13,65%

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Ramo Vida

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

CA Seguros

2015 Prémio 2016 Prémio 2017 Prémio

Nº de apólices em carteira

Produto Prémios Prémios Prémios Prémios

Protecção família 117 2 6 .8 13 114 3 1.3 6 2 12 1 3 5.6 2 9 6 ,14 % 13 ,6 1%

CA Vida Plena 3 6 4 .18 7 6 7 6 .9 2 9 77 9 .6 4 5 14 ,9 3 % 3 9 ,19 %

CA M ulher 3 7 4 .4 6 0 4 9 4 .78 6 52 6 .0 2 4 6 ,12 % 2 5,8 7%

Protecção Crédito habitação 2 53 8 3 .0 8 2 2 58 8 6 .4 56 2 8 3 8 8 .6 8 7 9 ,6 9 % 2 ,58 %

Protecção crédito pessoal 2 17 3 2 .8 77 2 4 2 3 5.14 9 2 2 3 3 7.0 2 8 - 7,8 5% 5,3 4 %

Protecção empresa viva 0 0 1 118 ,6 6 1 58 3 4 ,73 0 ,0 0 % 4 8 17,18 %

Ca Pessoa Chave 3 52 6 2 8 7.3 8 0 4 7 16 .176 119 ,18 %

Protecção P. Investimento 3 4 2 4 4 .0 6 3 2 78 4 1.4 56 2 0 0 3 8 .519 - 2 8 ,0 6 % - 7,0 9 %

CA Poupança Activa 4 2 8 79 5.6 3 1 4 2 6 6 2 9 .78 0 3 77 8 1.0 3 5 - 11,50 % - 8 7,13 %

CA Verão Renda Certa 2 6 6 0 2 57 0 - 10 0 ,0 0 % # D IV / 0 !

Protecção Poupança Educação 2 1 4 .2 4 9 18 2 .2 6 1 17 1.12 2 - 5,56 % - 50 ,3 8 %

Protecção Poupança Reforma 6 0 6 6 0 6 .0 6 4 56 9 4 6 8 .4 6 7 4 6 2 14 0 .8 3 1 - 18 ,8 0 % - 6 9 ,9 4 %

Fundos de Pensões 76 2 8 .9 2 5 8 8 6 7.2 3 9 10 3 8 1.0 75 17,0 5% 2 0 ,58 %

CA Express 18 1 3 .0 2 3 4 2 5 2 .4 17 13 4 ,8 1% - 2 0 ,0 4 %

Tot al 2 4 0 2 1.6 3 0 .8 76 2 576 1.3 8 4 .4 0 7 2 3 8 8 54 4 .0 2 2 - 7,3 0 % - 6 0 ,70 %

2 0 15 2 0 16 2 0 17 V ar iação %

Nº de apólices em carteira

Nº de apólices em carteira

Nº de apólices em carteira

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62

0

100

200

300

400

500

600

700

Nº Apólices em carteira

2015 2016 2017

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

Prémios

2015 2016 2017

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4.24 Movimento Associativo

Movimento de sócios durante o ano 2015 2016 2017

Sócios existentes no inicio do ano 3.086 3.124 3.155

Sócios admitidos durante o ano 73 67 134

Pedidos de demissão 35 36 31

Sócios existentes do fim do ano 3.124 3.155 3.258

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Sócios existentes noinicio do ano

Sócios admitidosdurante o ano

Pedidos de demissão Sócios existentes dofim do ano

Movimento associativo

2015 2016 2017

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4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Deixando à apreciação de V. Exas. as contas pelas quais, através dos mapas e quadros

que se juntam, das comparações com exercícios anteriores e ainda pelas respectivas

considerações, poderão analisar a evolução da Caixa no exercício de 2017, propomos:

a) A aprovação do Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício de 2017;

b) Que o Resultado do Exercício, no montante de € 1.106.133,84 (um milhão, cento

e seis mil, cento e trinta e três euros e oitenta e quatro cêntimos) seja

transferido:

a. Para Resultados Transitados € 991.054,62 (novecentos e noventa e um

mil e cinquenta e quatro euros e sessenta e dois cêntimos);

b. Para Reserva Legal € 23.015,84 (vinte e três mil e quinze euros e oitenta

e quatro cêntimos);

c. Para Reserva para Educação e Formação Cooperativa € 1.150,79 (mil,

cento e cinquenta euros e setenta e nove cêntimos);

d. Para Reserva para Mutualismo € 1.150,79 (mil, cento e cinquenta euros

e setenta e nove cêntimos);

e. Para Reserva Especial € 89.761,79 (oitenta e nove mil, setecentos e

sessenta e um euros e setenta e nove cêntimos).

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5.Demonstrações

Financeiras

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM do Norte Alentejano) é uma instituição de crédito constituída em 19 de Setembro de 1997 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua da Lagoa n.º 14, em Fronteira e através de uma rede de 8 balcões situados nos concelhos de Fronteira, Crato, Gavião, Marvão, Castelo de Vide e Nisa.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual

da Caixa foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal

como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades

sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International

Accounting Standards Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo

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International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro

de 2016, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de

2017, período findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de

acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor.

De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as

NIC requer que a Caixa efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de

Administração de dia 22 de Fevereiro de 2018. 2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a

necessidade de a Caixa elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº

3/95 do Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com

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pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações

de natureza análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para

efeitos da preparação e apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser

aplicada retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos

materialmente relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

No exercício de 2017 a CCAM do Norte Alentejano procedeu à alteração da

política contabilística no que diz respeito à contabilização dos contractos de pré-reforma e suspensão do contracto de trabalho. Até ao exercício de 2016, a contabilização efectuada era a do reconhecimento do gasto na altura do pagamento.

A IAS 19 tem como objectivo prescrever a contabilização e a divulgação dos benefícios dos empregados. A Norma exige que uma entidade reconheça:

a) um passivo quando um empregado tiver prestado serviços em troca de

benefícios de empregados a pagar no futuro; e b) um custo quando a entidade consumir o benefício económico proveniente

do serviço prestado por um empregado em troca de benefícios para o empregado.

Os contractos de pré-reforma celebrados com os colaboradores da CCAM do

Norte Alentejano estabelecem que estes mantém o vínculo contratual com a entidade, mas efectivamente já foram consumidos todos os benefícios

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económicos provenientes do serviços prestados pelo colaborador. Neste sentido da CCAM do Norte Alentejano procedeu à correcção da contabilização destes contractos, tendo actualizado os montantes a serem pagos até ao final de cada contracto à data de 31-12-2017 (com base na taxas das Obrigações do Tesouro disponibilizados pelo IGCP) e reconhecendo o valor total numa conta de passivo por contrapartida da conta de resultados transitados.

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das

demonstrações financeiras aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas

NCA e nas NIC

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base

nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 41.192.790 -288.080 41.480.870Activos por impostos diferidos 572.053 -9.253 581.306Outros elementos do activo 39.297.105 39.297.105

Total do Activo 81.061.948 -297.333 81.359.281

Provisões 85.436 -324.400 409.836Outros elementos do passivo 73.537.310 73.537.310

Total Passivo 73.622.746 -324.400 73.947.146

Outras reservas e resultados transitados 1.809.771 27.067 1.836.838Lucro do exercícioOutros elementos do capital próprio 5.629.432 5.575.298

Total Capital Próprio 7.439.203 27.067 7.412.136

Total do Passivo e Capital Próprio 81.061.949 -297.333 81.359.282

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c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de

2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as

quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 42.553.242 -324.362 42.877.603Activos por impostos diferidos 685.956 -9.253 695.209Outros elementos do activo 44.292.142 44.292.142

Total do Activo 87.531.339 -333.615 87.864.954

Provisões 113.485 -324.362 437.847Outros elementos do passivo 80.063.708 80.063.708

Total Passivo 80.177.193 -324.362 80.501.555

Outras reservas e resultados transitados 1.428.537 27.067 1.401.470Lucro do exercício -28.125 -36.320 8.195Outros elementos do capital próprio 5.953.734 5.953.734

Total Capital Próprio 7.354.146 -9.253 7.363.399

Total do Passivo e Capital Próprio 87.531.339 -333.615 87.864.954

Notas NIC Ajustamentos NCA

Margem Financeira 1.877.260 1.877.260

Produto bancário 3.052.726 3.052.726

Provisões líquidas de reposições e anulações -28.050 -39 -28.011Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações-808.529 -36.281 -772.248Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos-2.268.601 -2.268.601

Resultado antes de impostos -52.455 -36.320 -16.135

Impostoscorrentes -89.572 -89.572diferidos 113.902 113.902

Resultado líquido do exercício -28.125 -36.320 8.195

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divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos activos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objectivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características individuais de cada uma. Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo. O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9,

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optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos. Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de implementação da IFRS 9. A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

c) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

d) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um activo identificado". O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

e) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de seguro a

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opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

f) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normas

g) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

h) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente

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para efectuar a transferência. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

i) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de

pagamentos baseados em acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

j) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação

negativa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

k) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e

empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer

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teste de imparidade ao investimento como um todo. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

l) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em

ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

m) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

3.2 - Interpretações

n) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

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o) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada. O impacto da adopção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não está, à presente data, estimado.

2.3. Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos

para Euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira

registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à

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vista e a prazo são registadas na posição cambial. No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objectos de análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à

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taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na NIC 21. Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.

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Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Imparidade A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM. Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos. Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma: - Crédito concedido a empresas; - Crédito à habitação; - Crédito ao consumo; - Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares; - Outros créditos a particulares; - Extrapatrimoniais. Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contractos de locação financeira. De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares.

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Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais. Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes: − Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades

superiores a 1.000.000 Euros;

− Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;

− Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000 Euros;

− Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto

superior a 500.000 Euros e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

− Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem

garantia real associada ou com LTV (Loan-To-Value) superior a 80%;

− Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a 500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

− Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros;

− Dificuldades financeiras significativas do devedor;

− Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

− Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se

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insere, com impacto na capacidade de cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação. Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados. Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. Anulações de capital e juros Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente

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aprovado pelo Conselho de Administração. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram. De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados. Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido. As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de

resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de

rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os

títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

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Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos

financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo

de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De

acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e

transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos

financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de

capital e dívida, que não sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, activos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo

valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à

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sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em reservas.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das

diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos

em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo

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valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva.

vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar. Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

vii) Outros passivos financeiros

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Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de

instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado

o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM.

viii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos

financeiros e outros valores a receber, conforme referido acima. Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de

activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe

evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no

montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta

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de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de

evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

ix) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

− Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

− Com base em modelos que incorporam técnicas de

valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Activos financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respectivamente.

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A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura. Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

− Derivados contratados para cobertura de risco em activos

ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

− Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da NIC 39;

− Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

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Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

h) Activos não correntes detidos para venda

A Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de

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operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação. Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente.

Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Activos”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”: “Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

i) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade

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efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para

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a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

j) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente. A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

k) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços

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são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem; Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

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Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

m) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras

separadas da Caixa são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações

que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

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Provisões e perdas por imparidade A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento. A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregados As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são

estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Activos por impostos diferidos São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não

utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso

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estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por impostos diferidos em exercícios futuros.

Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções. Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação. O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:Moedas nacionais 686.048 855.858 Moedas estrangeiras 1.326 2.940

687.374 858.798

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

687.374 858.798

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De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 4.246.212 26.553.882Cheques a cobrar 542.702 282.321Outras disponibilidades - -

4.788.914 26.836.203

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 42 791

4.788.957 26.836.994

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6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida 27.000 27.000Instrumentos de capital 2.047 1.473Outros - -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade - -

29.047 28.473

Durante o exercício de 2015 foram subscritos 27.000 eur de Obrigações CA Vida, valor este que está incluído na rúbrica “Instrumentos de dívida”.

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7. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em Instituições de Crédito no País:No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -Depósitos 35.629.363 12.010.969

Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

35.629.363 12.010.969

Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -DepósitosEmpréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:Bancos Centrais:

Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Organismos financeiros internacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

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31-dez-17 31-dez-16

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Correcções de valor de activos que sejamobjecto de operações de cobertura - -

- -

Imparidades - -

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 21.500.000 -Entre três meses e um ano 14.000.000 12.000.000Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

35.500.000 12.000.000Juros a receber 129.363 10.969

35.629.363 12.010.969

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8. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016 01-01-2016

ESTRUTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITO VIVOEmpresas e Admnistração Pública

Contas C. Caucionadas 718.500 655.000 1.089.000Descobertos 29.139 31.402 150.040Outros empréstimos 18.083.010 17.295.267 15.001.149

18.830.649 17.981.669 16.240.189Particulares

Contas C. Caucionadas 725.500 633.750 771.500Descobertos 27.346 26.975 30.024Consumo 5.200.363 4.408.511 4.267.972Habitação 10.514.397 9.330.670 8.754.713Outros empréstimos 11.179.914 10.967.917 11.409.345

27.647.520 25.367.823 25.233.553

Total crédito vivo 46.478.169 43.349.491 41.473.742

ESTRUTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITO VENCIDO Crédito vencido 2.851.571 2.889.670 2.545.450 Juros vencidos 308.725 215.564 191.937Total crédito e juros vencidos 3.160.296 3.105.234 2.737.387

Total carteira de crédito 49.638.465 46.454.725 44.211.129

IMPARIDADES Para crédito e juros vencidos (2.526.457) (2.731.820) (2.309.822) Para crédito a clientes (1.050.408) (1.289.470) (896.120)Total Imparidades (3.576.865) (4.021.290) (3.205.942)

Total carteira crédito - Total Imparidades 46.061.600 42.433.436 41.005.187

RENDIMENTOS A RECEBERJuros de crédito a clientes 281.880 275.991 321.496

RECEITAS COM RENDIMENTO DIFERIDOAssociadas a operações de crédito (133.992) (156.184) (133.893)

46.209.487 42.553.242 41.192.790

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Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de 2016. Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC. Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

9. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 809.070 972.140Equipamento - -Outros - -

809.070 972.140

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

809.070 972.140Imparidade:

Imóveis (54.654) (56.505)Equipamento - -Outros - -

754.417 915.635

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O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de

prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 972.139 56.505 215.157 (378.226) 1.851 - - 809.069 54.654 754.416

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

972.139 56.505 215.157 (378.226) 1.851 - - 809.069 54.654 754.416

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 1.218.139 55.272 20.000 (266.000) 4.639 5.872 - 972.139 56.505 915.634

Equipamento 72.263 - - (72.263) - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

1.290.402 55.272 20.000 (338.263) 4.639 5.872 - 972.139 56.505 915.634

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

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10. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

31-dez-17Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 140.733 - - - - - - - - 140.733Edificios 2.238.114 (647.335) 11.070 - (64.382) (135.976) - - 1.401.491Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.378.847 (647.335) - 11.070 - (64.382) (135.976) - - 1.542.224

Equipamento: Mobiliário e material 252.320 (240.319) - 473 - (3.897) - 3.312 - 11.889 Máquinas e ferramentas 140.389 (110.584) - 722 - (11.157) - - - 19.369 Equipamento informático 136.511 (135.706) - - - (287) - - 518 Instalações interiores 88.590 (65.694) - 677 - (4.854) - 1.365 - 20.084 Material de transporte 78.830 (40.580) - - 40.580 - - - (78.830) - Equipamento de segurança 331.690 (286.106) - - - (12.956) - - 32.628 Outro equipamento 282.074 (235.580) - 8.765 - (15.932) - 3.941 - 43.268

1.310.404 (1.114.569) - 10.637 40.580 (49.083) - 8.618 (78.830) 127.757

Equipamento em locação financeira:Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

12.008 (12.008) - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

3.701.259 (1.773.912) - 21.707 40.580 (113.465) (135.976) 8.618 (78.830) 1.669.981

31-dez-16Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 140.733 - - - - - - - - 140.733Edificios 2.339.964 (679.392) - - 96.224 (64.167) - - (101.850) 1.590.779Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - 9.344 - - - (9.344) - Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.490.041 (688.736) - - 105.568 (64.167) - - (111.194) 1.731.512

Equipamento: Mobiliário e material 248.438 (234.989) - 3.882 - (5.330) - - - 12.001 Máquinas e ferramentas 139.790 (99.025) - 599 - (11.559) - - - 29.805 Equipamento informático 135.651 (129.781) - 860 - (5.925) - - - 805 Instalações interiores 88.590 (59.714) - - - (5.980) - - - 22.896 Material de transporte 78.830 (39.943) - - - (637) - - - 38.250 Equipamento de segurança 331.690 (270.868) - - - (15.238) - - - 45.584 Outro equipamento 276.760 (226.593) - 10.073 4.759 (13.746) - - (4.759) 46.494

1.299.749 (1.060.913) - 15.414 4.759 (58.415) - - (4.759) 195.835

Equipamento em locação financeira:Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

12.008 (12.008) - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

3.801.798 (1.761.657) - 15.414 110.327 (122.582) - - (115.953) 1.927.347

31-dez-16

31-dez-2015

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11. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

12. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2017 31-12-2017 31-12-2016

Caixa Central Lisboa 0,2445% 741.210 741.210Fenacam Lisboa 0,0353% 175 175CA Informática Lisboa 0,2422% 16.317,30 16.317,30CA Seguros Lisboa 0,00005% 59 59

CA Vida Lisboa 0,00714% 2.500760.261 757.761

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

-

Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 674 (674) - - - - - - - - - - 674 (674) - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - - -

674 (674) - - - - - - - - - - 674 (674) - -

-

Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 674 (674) - - - - - - - - - - 674 (674) - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - - -

674 (674) - - - - - - - - - - 674 (674) - -

Regularizações Alienações e abates

31-dez-16 31-12-2017

Regularizações Alienações e abates

31-dez-15 31-12-2016

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13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 778.001 685.955 572.053Por prejuízos fiscais reportáveis - - -

778.001 685.955 572.053

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - - -

778.001 685.955 572.053

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - - -Outros - - -Imposto sobre o rendimento a recuperar - - 10.760

- - 10.760

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar 113.934 8.372 -

113.934 8.372 10.760 Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo. O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Activo LiquidoSituação

Liquida

Resultado

Liquido

Caixa Central 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370

CA Seguros & Pensões SGPS 147.825.100 130.818.141 2.573.088

CA Vida 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580

CA Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039

CA Informática 16.195.104 7.559.474 327.939

Fenacam 8.303.491 5.508.860 547.749

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112

2017

Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em

31-dez-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-17

. Imparidade em activos tangíveis - - 30.595 - - 30.595

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 659.443 - (142.909) - - 516.534

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em ANCDV e outros activos - - - - - -

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - 14.237 - - 14.237

. Benefícios aos empregados

Reformas antecipadas 4.533 - 187.432 - - 191.965

Contribuição efectuada - - - - - -

Prémio de antiguidade 24.795 - (126) - - 24.669

Encargos com saúde 6.438 - (6.438) - - -

. Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reserva de justo valor de IFD - - - - - -

. Reserva de justo valor de AFDV - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

(…) -

695.209 - 82.791 - - 778.000

2016

Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em

1-jan-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-16

. Imparidade em activos tangíveis - - - - - -

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 529.118 - 130.325 - - 659.443

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em ANCDV e outros activos - - - - - -

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - - - - -

. Benefícios aos empregados

Reformas antecipadas 4.385 - 148 - - 4.533

Contribuição efectuada - - - - - -

Prémio de antiguidade 32.112 - (7.317) - - 24.795

Encargos com saúde 6.438 - - - - 6.438

. Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reserva de justo valor de IFD - - - - - -

. Reserva de justo valor de AFDV - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

(…) -

572.053 - 123.156 - - 695.209

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113

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-dez-17 31-dez-16

Impostos correntes 209.851 89.572

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (82.792) (113.902)Prejuízos fiscais reportáveis - -

(82.792) (113.902)

Total de impostos reconhecidos em resultados 127.059 (24.330)

Lucro antes de impostos 1.233.193 (52.455)

Carga fiscal 10,30% 46,38%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2013 a 2016 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

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Taxa de

impostoMontante

Taxa de

impostoMontante

Resultado antes de impostos 1.233.193 (16.138)

IRC - taxa geral (21%) 21% 258.971 0%

Derrama municipal (até 1,5%) 1,5% 18.498 0,0%

Derrama estadual (3% - 7%) 0,00% 0,00%

22,50% 277.469 0,00% -

Gastos relativas a exercícios anteriores 0,11% 1.332 (10,81%) 1.744

Imparidades não dedutíveis 82,26% 1.014.382 (1636,90%) 264.160

Provisões não dedutíveis 0,00% 0,00%

Ajustamentos relativos a benefícios aos empregados 14,37% 177.163 (12,72%) 2.053

Contribuição sobre o sector bancário 0,26% 3.222 (16,54%) 2.669

Outros encargos não dedutíveis 1,32% 16.253 (70,59%) 11.392

El iminação da dupla tributação económica 0,00% 0,00%

Benefícios fiscais 0,00% 0,00%

Outros valores dedutíveis (105,28%) (1.298.352) 1175,75% (189.740)

Dedução de prejuízos fiscais 0,00% 0,00%

Derramas municipal e estadual 0,30% 3.738 (10,42%) 1.682

Tributações autónomas 0,52% 6.392 (30,73%) 4.959

Impacto do imposto corrente em resultados 16,35% 201.599 (612,96%) 98.919

Impacto do imposto diferido em resultados (6,71%) (82.792) 705,81% (113.902)

Custo com imposto do exercício 9,63% 118.807 92,84% (14.983)

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,67% 8.252 57,92% (9.347)

Total de custo com imposto 10,30% 127.059 150,76% (24.330)

Descritivo

31-dez-17 31-dez-16

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14. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activosOutros metais preciosos 4.791 4.791Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -(…) - -

Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber - -Outros devedores diversos 577.902 599.278(…) - -

582.693 604.069Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - -Seguros 2.650 3.376Contribuições para o FGD, FGCAM e SII - -Outras 29.629 6.242

32.278 9.618

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -ATM'S (nº total ATM'S 14) 265.172 330.385Outras 34.444 12.092

299.616 342.477

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (237.270) -(…) - -

(237.270) -

677.318 956.164

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15. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos 6.151.208 5.465.486Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -6.151.208 5.465.486

Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais

Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -

Juros a pagar 980 436

6.152.189 5.465.922

Esta rúbrica diz respeito exclusivamente ao Programa de operações de refinanciamento

direccionadas (TLTRO) definido pelo BCE em 5 de Junho de 2014, com objectivo expresso

de incentivar o crédito à economia mediante a garantia de financiamento.

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A CCAM do Norte Alentejano tem acesso a esta linha de financiamento por intermédio

de operações com CCCAM, através dos quais são efectuadas transferências de fundos

de acordo com o crédito concedido pela CCAM.

16. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos À ordem 35.062.496 32.059.055A prazo 22.507.082 25.753.659De poupança 19.114.996 15.999.367

Outros recursos de clientes -Cheques e ordens a pagar -Outros 6.677 25.520

Juros a pagar 27.164 43.791

76.718.415 73.881.392

17. PROVISÕES E IMPARIDADES O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios

de 2017 e 2016 foi o seguinte:

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Saldos em Reposições e Saldos em31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 4.021.290 3.839.917 (4.398.004) (123.610) - 3.339.594em instituições de crédito

Imparidade em AFDV - Intrumentos de dívida - - - - - - - Intrumentos de capital - - - - - - - Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas - - - - - -

Imparidade em AFT e AI - 135.976 - - - 135.976Imparidade em ANCDV 56.505 (1.851) - - - 54.654Imparidade em outros activos 150.228 93.202 (6.159) - - 237.271

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - - - - - -

Provisões: - Riscos bancários gerais - - - - - - - Outros riscos e encargos - - - - - - - Outras provisões 113.485 - (50.209) - - 63.276

113.485 - (50.209) - - 63.276

4.341.508 4.067.244 (4.454.372) (123.610) - 3.830.771

Saldos em Reposições e Saldos em1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 3.205.942 2.360.619 (1.511.271) (34.000) - 4.021.290em instituições de crédito

Imparidade em AFDV - Intrumentos de dívida - - - - - - - Intrumentos de capital - - - - - - - Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) - - - - - -

Imparidade em AFT e AI - - - - - -Imparidade em ANCDV 55.272 5.872 (4.639) - 56.505Imparidade em outros activos 109.410 40.818 - - - 150.228

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - - - - - -

Provisões: - Riscos bancários gerais - - - - - - - Outros riscos e encargos - - - - - - - Outras provisões 85.435 28.050 - - - 113.485

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

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18. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Credores e outros recursosCredores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 44.018 44.001Contribuições para a Segurança Social 22.025 22.293Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.066 715

Cobranças por conta de terceiros 1.658 1.488Contribuições para outros sistemas de saúde 4.547 4.752Credores diversosEmpresas do Grupo 11.911 17.584Outras Empresas 63.579 65.529

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -Outros credores 4.086 8.624

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 135.469 136.771Prémio de antiguidade 99.212 100.490Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros 815.416 -

Por gastos gerais administrativos - -Outros - - Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 3.752 2.080Outras 170.451 157.185 Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar - 146.510

1.378.189 708.022

Como já referido no ponto 2.2 - Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação, no exercício de 2017 a CCAM do Norte Alentejano procedeu à alteração da política contabilística no que diz respeito à contabilização

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dos contractos de pré-reforma e suspensão do contracto de trabalho, passando a adoptar o preconizado na IAS 19. Esta alteração teve um impacto significativo na conta de Outros Encargos a Pagar, nomeadamente através da assunção de um passivo de 815.416 eur correspondente ao valor total dos contractos de pré-reforma devidamente actualizados à data de 31/12/2017.

19. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

20. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E

LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

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31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidosDe activos financeiros disponíveis para vendaOutras reservas de reavaliação - Fundo de Pensões -162.348 -171.686 -107.912

(162.348) (171.686) (107.912)Outros instrumentos de capital

Reserva legal 1.297.184 1.297.184 1.191.535Outras reservas 127.624 127.624 117.056Resultados transitados (991.055) 3.729 (52.044) 433.753 1.428.537 1.256.547Lucro do exercício 1.106.134 -28.125 607.358 1.377.539 1.228.726 1.755.993

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a

Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para

aumentar o capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O

detalhe deste impacto encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

Foi ainda registado em 2017, na conta de Resultados Transitados, o impacto da

adopção da IAS 19 no que diz respeito aos contractos de pré-reforma e suspensão do contracto de trabalho.

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21. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 187.555 234.625

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valo res mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 5.798 7.718

Empréstimos 628.601 641.529

Créditos em conta corrente 56.424 91.669

Descobertos em depósitos à ordem 20.486 33.497

Particulares

Habitação 112.100 93.415

Operações de locação financeira

Outros créditos

Consumo 254.652 257.387

Operações de locação financeira

Outros créditos

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 6 43

Empréstimos 471.161 464.122

Créditos em conta corrente 54.226 56.094

Descobertos em depósitos à ordem 8.924 10.263

Juros de crédito vencido 115.911 105.886

Outros créditos 17.376 15.158

1.933.219 2.011.406

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123

22. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 9.915 8.456no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 71.639 125.690Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -

81.554 134.146

23. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -

- -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais - -Investimentos em associadas 3 9Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

3 9

Outros instrumentos de capital - -

3 9

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24. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2017 31/12/2016Por garantias prestadas

Garantias e avales 20.771 21.531Fianças e indemnizações (contragarantias)Créditos documentários abertosOutras garantias prestadas

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 52.469 41.108Subscrição de títulosOutros compromissos irrevogáveis 151 1.638

Compromissos revogáveis

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valoresCobrança de valores 285 607Administração de valoresOrganismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestãoComissão de emissão de unidades de participaçãoComissão de resgate de unidades de participação

Transferência de valores 8.026 7.789Gestão de cartões 94 186Anuidades 67.001 58.131Montagem de operaçõesOperações de crédito

Por operações de factoringOutras operações de crédito-abertura 38.123 37.901Outras operações de crédito-processamento 61.832 56.305Outras operações de crédito 74.430 74.459

Outros serviços prestados 1.503 925Comissões INTER operações Crédito 40.885 32.086Comissões - Cartões 150.913 135.022

Comissões recebidas(Manutenção) 96.421 98.794 Comissões recebidas(Cheques) 47.491 45.066Mora ou contencioso 54.791 60.333Com.Comercialização CA Seguros/CA Vida 336.998 309.966OIC'S A clientes

Outras 23.686 18.8501.075.869 1.000.697

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25. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias recebidas - -

Por compromissos assumidos por terceiros - -

Por serviços bancários prestados por terceirosDepósito e guarda de valores 953 1.283Operações de crédito - -Cobrança de valores - 79Administração de valores 26.190 24.167Outros -

Por operações realizadas por terceiros 57.623 53.260Outras comissões pagas 722 2.847

85.487 81.635

26. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Operações cambiais à vista (949) 323Operações cambiais a prazo - -

(949) 323

27. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis (66.125) 36.374

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(66.125) 36.374

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28. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) -

Outros activos não financeiros -- -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 20.905 52.695Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 53.151 46.261Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 165.865 184.558

Rendimentos da prestação de serviços diversos 55.403 79.702Outros 12.192 38.260

307.516 401.476

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (8.004) (9.262)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (12.419) (9.884)Resultados de alienação de outros activosPerdas em activos não financeirosImpostos (22.981) (17.758)Outros encargos e gastos operacionais (119.812) (144.873)

(163.216) (181.777)

144.300 219.699

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29. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 146.114 125.966Empregados 712.653 878.619

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 171.680 197.619SAMS 36.108 43.805Outros 8.599 9.549

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 9.460 9.065

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuaisOutros 9.964 5.995

1.094.578 1.270.618

Como já referido no ponto 2.2 - Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação, no exercício de 2017 a CCAM do Norte Alentejano procedeu à alteração da política contabilística no que diz respeito à contabilização dos contractos de pré-reforma e suspensão do contracto de trabalho, passando a adoptar o preconizado na IAS 19. Esta alteração teve um impacto significativo na conta de Custos com Pessoal, nomeadamente através da diminuição dos custos com empregados que até aqui eram reconhecidos como gastos na altura do pagamento.

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

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ACTIVOS 2017 2016

DIRECÇÃO 2 2

COORDENAÇÃO GERAL 1 1

COORDENAÇÃO DE ÁREA 4 3

COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO 8 7

ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 11 11

ÁREA ADMINISTRATIVA 3 3

SERVIÇOS DE APOIO 6 5

35 32

PRÉ-REFORMA / SUSPENSÃO CT / EXTINÇÃO CT 2017 2016

DIRECÇÃO

COORDENAÇÃO GERAL

COORDENAÇÃO DE ÁREA 1 1

COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO 1 1

ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 6 6

ÁREA ADMINISTRATIVA

SERVIÇOS DE APOIO 2 2

10 10

30. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2017 31-12-2016

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 43.503 41.651Material de consumo corrente 6.139 11.357PublicaçõesMaterial de higiene e limpeza 1.029 1.398Outros fornecimentos de terceiros 3.509 895

54.180 55.302Com serviços:

Rendas e alugueres 48.549 15.391Comunicações 81.925 85.223Deslocações, estadas e representação 17.864 28.239Publicidade e edição de publicações 30.854 35.749Conservação e reparação 20.637 20.534Transportes 7.322 8.446Formação de pessoal 3.521 3.389Seguros 21.366 17.031Serviços especializados:

Avenças e honorários 32.420 93.565Judiciais contencioso e notariado 1.455 9.713Informática 257.776 246.227Segurança e vigilância 8.890 7.244Limpeza 14.544 16.478InformaçõesBancos de dados 86Mão de obra eventualOutros serviços especializados:

Estudos e consultasConsultores e auditores externos 53.683 43.554Seviço Suporte ao Negócio 31.626 24.083Compensação 5.077 5.307Avaliadores externos 20.381 16.100SIBS 51.952 58.117Outros serviços de terceiros 51.310 43.659

761.237 778.050

815.417 833.351 O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a 12.000 euros.

31. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extra patrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

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31-12-2017 31-12-2016

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 876.949 631.323Aceites e endossosCréditos documentários abertosOutros passivos eventuais

Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 2.586.348 4.432.828Compromissos revogáveis 675.809 363.284

Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valoresValores recebidos para cobrança 41.570 46.937Valores administrados pela instituiçãoOutras -

4.180.676 5.474.372

32. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas , a Caixa consolida com as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

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Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.788.957 - - 4.788.957 26.836.994 - - 26.836.994

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -0Aplicações em instituições de crédito 35.629.363 - - 35.629.363 12.010.696 - - 12.010.696

Crédito a clientes - - - - - - - -0 0Invest.em filiais, associadas e empreend.conj. 741.210 19051 760.261 741.210 - 16.551 757.761Outros activos 73.886 208222,54 282.108 82.497 216.537 299.035

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito 6.152.189 - - 6.152.189 5.465.922 - - 5.465.922

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos 2.416 - 9.495 11.911 1.911 - 15.673 17.584

Custos:

Juros e encargos similares 9.915 - - 9.915 8.456 - - 8.456

Encargos com serviços e comissões 29.385 - - 29.385 27.014 - - 27.014

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos 14.636 - 387.157 472.508 1.778 - 428.824 430.602

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 187.555 - 821 188.376 4.710 - 4.710-Rendimentos de instrumentos de capital - - 3 3 - - 9 9

Rendimentos de serviços e comissões 42.740 - 337.385 380.125 32.048 - 309.966 342.013

Outros resultados de exploração - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - -

2017 2016

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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33. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A. Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas desvios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de 162.348,00 euros. Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a 8.599,00 euros,

conforme se detalha abaixo:

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

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Em 31 de Dezembro de 2017, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM NORTE ALENTEJANO, é o seguinte:

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e

cuidados médicos pós-emprego referente à CCAM NORTE ALENTEJANO é o que a seguir se apresenta:

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O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM NORTE ALENTEJANO foi o seguinte:

O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

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O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

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Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

34. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma

alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira,

incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos,

encontra-se implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

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Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das

carteiras como pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

Risco Cambial O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas,

sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas. A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o

perfil definido para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida.

Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua

actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores,

nomeadamente:

• diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

• variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

• existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu

activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis. Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma

política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das

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suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa

Central, onde são centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho,

distribuída de forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são

especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

• Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento inesperado de saídas de caixa.

Risco de Crédito

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o

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necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes. Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira. Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro, excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue:

31-dez-17 31-dez-16

PatrimoniaisCrédito a clientes 46.209.487 42.553.242 Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.788.957 26.836.994 Aplicações em instituições de crédito 35.629.363 12.010.969

86.627.807 81.401.205

ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 876.949 631.323 Compromissos irrevogáveis 2.586.348 4.432.828

3.463.297 5.064.151

90.091.104 86.465.356

Justo valor de activos e passivos financeiros

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia: Nível 1 – Cotações em mercado activo

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Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação. Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio. Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

35. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Norte Alentejano está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de

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Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2015 2016 2017 % por Origem 2017

Ramos Não Vida CA Seguros 170.130,98 208.847,39 260.599,14 67,5% Ramo Vida CA Vida 68.314,55 97.122,33 70.440,23 31,4% Fundos de Pensões CA Vida 1.688,42 3.251,09 4.883,13 1,1%

Total 240.133,95 309.220,81 335.922,50 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

36. RÁCIOS PRUDENCIAIS A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”. No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 15.2%, situando-se nos 16.4% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situou-se nos 16.4%., cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.

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37. EVENTOS SUBSEQUENTES

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola do Norte Alentejano

Em euros 2016 2017

Fundos Próprios totais 7.307.072 7.494.273

Tier 1 7.307.072 7.494.273

Tier 2 0 0

Posição em risco de activos e equivalentes 98.807.730 101.745.628

Requisitos de fundos próprios 48.035.624 45.821.530

Crédito 41.843.194 39.478.870

Operacional 6.192.431 6.342.660

CVA --- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 15,2% 16,4%

Tier 1 * 15,2% 16,4% 1,1 P.P

Tier 2 0,0% 0,0% 0,0 P.P

Total* 15,2% 16,4% 1,1 P.P

* Incorporando o resultado l íqui do do exercício.

0,0%

3,0%

-4,6%

-5,7%

2,4%

Δ 17/16

2,6%

2,6%

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6. Partes Relacionadas

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Componente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL Código do grupo/Identificador do(s) componente(s): 6430

Data de Reporte: 31.12.2017

De acordo com a NCFR 5 uma parte está relacionada com uma entidade se:

(a) directa, ou indirectamente através de um ou mais intermediários, a parte:

(i) controlar, for controlada por ou estiver sob o controlo comum da entidade (isto inclui empresas-mãe, subsidiárias e subsidiárias laterais);

(ii) tiver um interesse na entidade que lhe confira influência significativa sobre a entidade; ou

(iii) tiver um controlo conjunto sobre a entidade;

(b) a parte for uma associada ou um empreendimento conjunto em que a entidade seja um empreendedor (que, tal como definido na NCRF 13 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos, é um acordo contratual pelo qual dois ou mais parceiros empreendem um actividade económica que esteja sujeita a controlo conjunto);

(c) a parte for membro do pessoal chave da gestão da entidade ou da sua empresa-mãe;

Pessoal chave de gestão: são as pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direcção e controlo das actividades da entidade, directa ou

(d) a parte for membro íntimo da família de qualquer indivíduo referido nas alíneas (a) ou (d);

Membros íntimos da família: de um indivíduo são aqueles membros da família que se espera que influenciem, ou sejam influenciados por esse individuo nos seus negócios com a entidade. Podem incluir:

(a) O cônjuge ou pessoa com análoga relação de afectividade e os filhos do indivíduo;

(b) Filhos do cônjuge ou de pessoa com análoga relação de afectividade; (c) Dependentes do indivíduo, do cônjuge ou de pessoa com análoga relação de afectividade.

(e) a parte for uma entidade controlada, controlada conjuntamente ou significativamente influenciada por, ou em que o poder de voto significativo nessa entidade reside em, directa ou indirectamente, qualquer indivíduo referido nas alíneas (c) ou (d); ou

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(f) a parte for um plano de benefícios pós-emprego para benefício dos empregados

da entidade, ou de qualquer entidade que seja uma parte relacionada dessa entidade.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL (adiante Caixa do Norte Alentejano), registada junto do Banco de Portugal sob o número 6430, contribuinte fiscal número 504 056 573, com sede na Rua da Lagoa, nº 14, Fronteira, registada na Conservatória do Registo Comercial de Fronteira sob o número 504 056 573, faz parte do Grupo Financeiro Crédito Agrícola. No âmbito da sua actuação, como banco local, a Caixa do Norte Alentejano, relaciona-se, essencialmente com as entidades seguintes, não obstante poder ter relações com todas as outras entidades pertencentes ao Grupo Financeiro:

Identificação das Partes relacionadas

Relação (*) Natureza do

relacionamento

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL

A Participação Financeira

Crédito Agricola Informática, Serviços de Informática, S.A.

A Participação Financeira

Crédito Agrícola Serviços - Serviços Informáticos e de Gestão - ACE

A Prestador de Serviços

Fenacam-Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, FCRL

A Participação Financeira

Crédito Agrícola Vida, S.A. E Fundo de Pensões

Crédito Agrícola Vida, S.A. A Participação Financeira

Crédito Agrícola Seguros - Companhia de Seguros de Ramos Reais, S.A.

A Participação Financeira

João José de Castro Mendes de Almeida B Administrador

Maria da Graça Simões Alves Noronha Mendes de Almeida

C Cliente

Miguel Maria do Carmo Noronha Mendes de Almeida

C Cliente

Ana Maria do Carmo Noronha Mendes de Almeida

C Cliente

Afonso Maria Cunha Ferreira Salazar Lebre C Cliente

Maria João do Carmo Noronha Mendes de Almeida

C Cliente

Margarida Maria do Carmo Noronha Mendes de Almeida

C Cliente

Caetano Monteiro Pais Beirão da Veiga C Cliente

Soc. Agrícola Herdade das Choças,Lda D Cliente

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Sagropal-Sociedade Agro Pecuária da Herdade do Álamo, Lda

D Cliente

Sociedade Agrícola Trigueiros, Lda D Cliente

Sociedade Agrícola da Herdade do Ledos, Lda

D Cliente

Sociedade Agrícola da Herdade de Carvones, Lda

D Cliente

Sociedade Florestal e Agrícola, Lda D Cliente

Soc. Agro Florestal do Picão, Lda D Cliente

Sociedade Agrícola do Monte das Flores Sul, Lda

D Cliente

Sociedade Agrícola da Herdade da Serra,Lda.

D Cliente

Sociedade Agrícola do Paul Boquilobo,Lda D Cliente

Miguel dos Prazeres Cabaço B Administrador

Joana Leitão Camilo Cabaço C Cliente

Maria João Leitão Camilo dos Prazeres Cabaço

C Cliente

Paulo Nuno Galveias Namorado Barroso C Cliente

Maria Fátima Leitão Camilo dos Prazeres Cabaço

C Cliente

João Eduardo das Mercês Brito Santos Sequeira

C Cliente

João Manuel Margarido da Silva B Administrador

Teresa Maria Sempiterno Carreiras da Silva C Cliente

Daniel Jorge Carreiras da Silva C Cliente

Manuel Ferreira da Silva, Lda D Cliente

Vitor Manuel Pereira Guimarães B Administrador

Maria Teresa Baguinho Agostinho Guimarães

C Cliente

Nuno Miguel Baguinho Guimarães C Cliente

Maria João Diogo Carreiras C Cliente

Isabel Rodrigues Pereira da Silva Guimarães C Cliente

Vitor Manuel Guimarães Lda D Cliente

Casa Amarela - Actividades Turisticas, Lda. D Cliente

José António Brito Machado B Administrador

Mafalda José Pereira Rosado Póvoa C Cliente

Joaquim José Ratado Machado C Cliente

Natália Crespo Carvalho Brito Machado C Cliente

Segredo D'Alecrim, Lda D Cliente

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(*) Relação – Legenda a utilizar:

(A) Empresas do Grupo (B) Elementos chave da gestão (C) Membros próximos dos elementos chave da gestão (D) Entidades controladas ou com influência significativa por parte dos elementos chave da gestão ou membros próximos (E) Plano de benefícios pós emprego CRÉDITO CONCEDIDO A MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS À data de referência das presentes demonstrações financeiras e respectivo anexo, os valores em dívida de créditos concedidos a membros dos órgãos sociais são os seguintes:

O Grupo Financeiro Crédito Agrícola é constituído com o seguinte organograma, a 31.12.2017.

NOME DO ORGÃO SOCIAL: Assembleia Geral

NOME DO TITULAR CARGOVALOR INICIAL DO CRÉDITO OU PARTES DE CAPITAL DETIDAS

DATA DA CONCESSÃO

TAXA DE JURO TIPO DE CRÉDITO VALOR EM DÍVIDA DATA-FIM

Bebiana Maria Pires Zagalo PresidenteJoaquim António de Brito Martins Vice-Presidente 6.000,00 06-06-2017 EUR06TM +2.5 Crédito Pessoal DL1332009 5.282,39 06-06-2021António José Forças Galvão Secretário 126.000,00 20-10-2009 EUR06TM +1.75 Crédito Empréstimos_Part 11.181,60 20-10-2024TOTAL 132.000,00 16.463,99

NOME DO ORGÃO SOCIAL: Conselho Fiscal

NOME DO TITULAR CARGOVALOR INICIAL DO CRÉDITO OU PARTES DE CAPITAL DETIDAS

DATA DA CONCESSÃO

TAXA DE JURO TIPO DE CRÉDITO VALOR EM DÍVIDA DATA-FIM

João Nuno de Figueiredo Ferreira Moniz PresidenteFernando José Tacão Valhelhas VogalRui Pedro Arês Roque VogalTOTAL 0,00 0,00

NOME DO ORGÃO SOCIAL: Conselho Administração

NOME DO TITULAR CARGOVALOR INICIAL DO CRÉDITO OU PARTES DE CAPITAL DETIDAS

DATA DA CONCESSÃO

TAXA DE JURO TIPO DE CRÉDITO VALOR EM DÍVIDA DATA-FIM

João José de Castro Mendes de Almeida PresidenteJoão Manuel Margarido da Silva AdministradorMiguel dos Prazeres Cabaço AdministradorVitor Manuel Pereira Guimarães AdministradorJosé António Brito Machado Administrador 20.000,00 27-01-2014 EUR06TM +4 Crédito Empréstimos_Part 11.010,50 27-01-2022José António Brito Machado Administrador 25.000,00 06-05-2016 EUR06TM +3 Crédito Empréstimos_Part 23.500,00 06-05-2026José António Brito Machado Administrador 165.000,00 14-05-2009 TCHACTTM Crédito Habitação 131.099,55 14-05-2039TOTAL 210.000,00 165.610,05

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