relatório e contas 2016 - banco de portugal...2.3. assembleia geral a mesa da assembleia geral é...

115
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L. Relatório e Contas 2016

Upload: others

Post on 28-Jun-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Norte Alentejano, C.R.L.

Relatório

e

Contas 2016

Page 2: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

2

Índice

Página

1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 3 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUPO DO NORTE

ALENTEJANO

2.1.

2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.7. 2.8.

ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORDORES

4 4 5 5 6 7

15

3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

3.1.

3.2. 3.3 3.4.

INTRODUÇAO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLIÇÃO RECENTE ANÁLISE FINANCEIRA

17 19 34 45

3.4.1. 3.4.2. 3.4.3. 3.4.4. 3.4.5 3.4.6. 3.4.7. 3.4.8. 3.4.9.

Quadro de indicadores Estrutura Patrimonial Aplicações em Instituições de Crédito Crédito Concedido Crédito Vencido Movimento de Provisões Activos não correntes detidos para venda Activos Tangíveis e Intangíveis Investimentos e associadas e empreendimentos conjuntos

45 46 46 47 48 49 50 51 51

3.4.10. 3.4.11. 3.4.12. 3.4.13. 3.4.14. 3.4.15. 3.4.16. 3.4.17. 3.4.18. 3.4.19. 3.4.20. 3.4.21. 3.4.22. 3.4.23. 3.4.24.

Outros activos Recursos de clientes Crédito/Recursos por Agência Rácios de Crédito Vencido Bruto e Liquido por Agência Depósitos por Agência Evolução Crédito/Recursos por Agência Capitais Próprios Rendibilidade Resultado Liquido Margem Financeira Produto Bancário Custos Funcionamento Provisões/Imparidades Actividade Seguradora Movimento Associativo

52 53 54 54 55 56 57 58 58 59 59 60 60 61 64

4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 65 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

5.1.

5.2. 5.3 5.4. 5.5.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 NOTAS ANEXAS ÁS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEEZEMBRO DE 2015

67 68 69 70 71

6. 7.

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS PARECER DO CONSELHO FISCAL

Page 3: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

3

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, C.R.L.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L., pessoa colectiva nº 504056573, com

sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo

Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com o capital social realizado de €

6.125.420,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a

reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 29 de Março de 2017, pelas 16

horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo

ao exercício de 2016 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das

políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5. Eleição do membro suplente do Conselho Fiscal

6. Outros assuntos de interesse colectivo

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a

Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer

número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o

voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo

43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Fronteira, 23 de Fevereiro de 2017.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

Bebiana Maria Pires Zagalo

Page 4: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

4

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MUTO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.

2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Page 5: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

5

2.3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário.

2.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral, eleita em 29.12.2015, para o triénio 2016/2018

Presidente – Bebiana Maria Pires Zagalo Vice-Presidente – Joaquim António de Brito Martins Secretário – António José Forças Galvão

2.3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

o Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

o Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

o Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; o Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; o Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior; o Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; o Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de

contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

o Decidir da alteração dos Estatutos.

2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e um suplente. O Conselho de Administração é composto por cinco membros, eleitos em Assembleia-Geral de 29.12.2015, com mandato para o triénio de 2016/2018.

2.4.1 Composição do Conselho de Administração Efectivos: Presidente – Dr. João José de Castro Mendes de Almeida Administrador – Miguel dos Prazeres Cabaço Administrador – João Manuel Margarido da Silva Administrador – Vítor Manuel Pereira Guimarães Administrador – José António Brito Machado

Page 6: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

6

Suplente: Maria Teresa Rea Mota Machado

2.4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

actividades e de orçamento par ao exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior; � Adoptar as medidas necessárias a garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola; � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

2.4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 50 reuniões no ano de 2016. O valor remanescente de remuneração a alguns dos membros do Conselho de Administração deve-se à presença em actos em representação da Caixa.

O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos. Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração. 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividades e de orçamento. 2.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

Page 7: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

7

2.5.2. Composição do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros, eleitos em Assembleia Geral de 29.12.2016, com mandato para o triénio de 2016/2018. Efectivos: Presidente – João Nuno de Figueiredo Ferreira Moniz Vogal – Fernando José Tacão Valhelhas Vogal – Rui Pedro Arês Roque

2.5.3 Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado um total de 3 reuniões no ano de 2016.

2.6. Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia-Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018 encontrando-se designado para o cargo:

Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão e Associados, SROC, Lda., SROC nº. 64, representada por Nuno Miguel da Costa Tavares, ROC nº. 1582. Suplente: José Luís Guerreiro Nunes, ROC nº. 1098

2.7. Politica de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Em Assembleia-Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL. apreciou-se e aprovou-se a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição. Nos termos e para os efeitos do nº. 4 do Artigo nº. 16º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

Page 8: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

8

“DECLARAÇÃO DE POLITICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.”

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado quaisquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso 10/2011, sendo que as instruções nºs 4/2014 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto à divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contido que

não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital).

2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na edficicação das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores

Page 9: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

9

que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

Page 10: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

10

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Os Membros da Mesa da Assembleia Geral serão remunerados:

• Presidente – 200,00 euros por cada Assembleia Geral em que esteja presente.

• Restantes Membros – 160,00 euros por cada Assembleia Geral em que esteja presentes.

Terão ainda direito ao reembolso das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga por reunião, através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

• Presidente – 200,00 euros por cada reunião do Conselho Fiscal em que esteja presente.

• Vogais – 160,00 euros por cada reunião do Conselho Fiscal em que estejam presentes.

6. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: 6.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

a) Administradores Executivos com dedicação a tempo inteiro e exclusiva e não oriundo do quadro de pessoal

Aos Administradores Executivos com dedicação a tempo inteiro e exclusiva, que não sejam oriundos do quadro de pessoal da Caixa Agrícola, será atribuída uma remuneração de um montante fixo bruto de €3.375,00 (três mil, trezentos e setenta e cinco euros), pago em cada mês de calendário e catorze meses por ano. Os mesmos Administradores terão ainda direito à remuneração variável que se venha anualmente a fixar dentro dos parâmetros estabelecidos na lei e na Política de Remuneração aprovada pela Caixa Agrícola, bem como terão direito ao reembolso das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções.

Page 11: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

11

Acresce a esta remuneração a atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções.

b) Administradores Executivos com dedicação a tempo inteiro e exclusiva oriundos do

quadro de pessoal

Aos Administradores Executivos da Caixa Agrícola que sejam oriundos do quadro de pessoal da mesma e cujos contractos de trabalho sejam, por conseguinte, suspensos nos termos do artigo 398º, número 1 e 2 do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por força do disposto no artigo 9º do Código Cooperativo, será atribuída uma remuneração de um montante bruto mensal de €3.375,00 (três mil, trezentos e setenta e cinco euros). O mesmo será pago catorze vezes por ano, duas das quais quando forem pagas à generalidade dos trabalhadores os subsídios de férias e de Natal, sendo actualizado sempre e nos termos em que o forem as tabelas salariais constantes do referido Acordo Colectivo de Trabalho. Mais se propõe que, em acréscimo à retribuição acima mencionada, os Administradores tenham ainda direito, nos termos em que tal vigore à data da suspensão dos respectivos contractos de trabalho e sem prejuízo da possibilidade de actualização conforme consta abaixo:

a. Benefícios relativos ao SAMS; b. Aos seguros de acidentes de trabalho e de acidentes pessoais; c. À sua categoria profissional, que será retomada assim que cessem os

respectivos mandatos; d. À contagem do tempo do mandato para efeitos de antiguidade, sendo o período

durante o qual exerçam as funções no Conselho de Administração contado para efeitos de antiguidade e considerado para todos os efeitos de natureza laboral, mantendo-se a inclusão destes Administradores nos mapas anuais para o Fundo de Pensões

e. Ao prémio de antiguidade previsto no Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola, a pagar na data em que ocorra o seu vencimento nos termos do referido Acordo Colectivo de Trabalho, em circunstâncias idênticas às dos trabalhadores da Caixa Agrícola e atentando-se ao facto de, conforme referido na alínea anterior, o tempo passado no Conselho de Administração contará para efeitos de antiguidade;

f. Ao pagamento da TSU pela Caixa Agrícola, actualmente correspondente a 20,6% da remuneração bruta efectivamente paga;

g. A ajudas de custo, nos exactos termos em que estas sejam pagas aos trabalhadores da Caixa Agrícola, bem como ao reembolso das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções;

h. À actualização de qualquer uma das prestações acima referidas, caso a mesma lhes fosse aplicável não fora a suspensão dos respectivos contractos de trabalho.

Page 12: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

12

Os mesmos Administradores terão ainda direito à remuneração variável que se venha anualmente a fixar dentro dos parâmetros estabelecidos na lei e na Política de Remuneração aprovada pela Caixa Agrícola, bem como terão direito ao reembolso das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções.

Acresce a esta remuneração a atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: 6.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011. 6.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”). 6.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

Page 13: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

13

d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 6.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

a) Presidente não executivo

Ao Senhor Presidente do Conselho de Administração, atendendo às suas funções não executivas será atribuída uma remuneração no montante fixo bruto de €1.000,00 (mil euros) pago em cada mês de calendário e doze meses por ano. O Senhor Presidente Não Executivo do Conselho de Administração terá ainda direito a reembolso das despesas em que comprovadamente incorra em exercício das suas funções. b) Administradores não Executivos

Aos Administradores Não Executivos, será atribuída uma remuneração no montante fixo bruto de € 900,00 (novecentos euros), pago em cada mês de calendário e catorze meses por ano. Os mesmos administradores terão ainda direito ao reembolso das despesas em que comprovadamente incorra em exercício das suas funções.

7. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Page 14: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

14

Remuneração

Fixa Variável Total

Assembleia Geral 1.420,00 - 1.420,00 Prof. Dr. José Manuel Malheiro Holtreman Roquette 1 António José Forças Galvão João Manuel Borralho Marques dos Carvalhos 1 Bebiana Maria Pires Zagalo 2 Joaquim António de Brito Martins 2

500,00

560,00 -

200,00 160,00

- - - - -

500,00

560,00 -

200,00 160,00

Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho Fiscal 1.820,00 - 1.820,00 Maria Teresa Rea Mota Machado3 António Mateus Mendes Granadeiro1 Joana Sequeira Garcia Marques Coelho1 João Nuno de Figueiredo Ferreira Moniz4 Fernando José Tacão Valhelhas2 Rui Pedro Arês Roque2

500,00 400,00 400,00 200,00 160,00 160,00

- - - - - -

500,00 400,00 400,00 200,00 160,00 160,00

Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho de Administração 117.857,65 - 117.857,65 João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço Vítor Manuel Pereira Guimarães Joaquim António de Brito Martins1 José António Brito Machado2

14.000,005 12.600,00 47.250,00 12.600,00 5.922,58

25.485,07

- - - - - -

14.000,00 12.600,00 47.250,00 12.600,00 5.922,58

25.485,07 Revisor Oficial de Contas 12.000,00

Serviço de Auditoria 12.000,00

Durante o exercício de 2016 verificou-se o pagamento diferido de remunerações a membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, nomeadamente senhas de presença referentes a reuniões do mês de Dezembro de 2015, pagas em Janeiro de 2016.

1 Em funções até 17/07/2016 2 Tomada de posse em 18/07/2016 3 Em funções até 17/07/2016 4 Tomada de posse em 18/07/2016 5 Correspondente a 14 remunerações

Page 15: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

15

Durante o exercício de 2016, verificou-se (no mês de Janeiro) o pagamento de senhas de presença aos membros do Conselho de Administração, por actos de representação e reuniões nas quais estiveram presentes no mês de Dezembro de 2015, nos seguintes montantes:

Senhas Valor Unit. Total

Conselho de Administração 4.620,00 João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço Vítor Manuel Pereira Guimarães Joaquim António de Brito Martins

6 6

11 5 9

150,00 120,00 120,00 120,00 120,00

900,00 720,00

1.320,00 600,00

1.080,00

2.8. Politica de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº. 3 do artigo 16º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Atento o disposto no nº. 3 do artigo 17º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Nº. de Colaboradores Remunerações

Coordenação Geral 1 Parte Fixa € 51.213,17

Parte Variável -

Compliance e Gestão de Riscos

1 Parte Fixa € 32.647,49

Parte Variável - No decorrer do exercício de 2016 o colaborador que exercia funções ao nível do Compliance e Gestão de Riscos foi eleito administrador (tendo tomado posse no dia 18/07/2016), sendo substituído nas suas funções por outro colaborador da CCAM do Norte Alentejano, que até essa data desempenhava funções na área da recuperação de crédito. Além das já mencionadas anteriormente, durante o exercício de 2016 não se verificaram admissões ou rescisões contratuais relativamente às funções acima referidas. À data de 31 de Dezembro de 2016 não são devidas quaisquer remunerações aos colaboradores referidos.

Page 16: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

16

3. RELATÓRIO DO

CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO

Page 17: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

17

3. 1. Introdução

No cumprimento do preceituado nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., no Código Cooperativo, no Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e na demais legislação aplicável, vem a Administração submeter à apreciação de V. Exas. o Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016. Tal como em anos anteriores, a CCAM do Norte Alentejano pautou a sua acção tendo em conta o cumprimento dos objectivos contidos no Plano de Actividades para 2016 aprovado em Assembleia Geral realizada no mês de Dezembro de 2015 e as orientações emanadas da Caixa Central. Pese embora as dificuldades sentidas ao longo do ano devido à forte concorrência que nos foi imposta, principalmente na competição pela captação de recursos, a CCAM do Norte Alentejano consegui potenciar a sua captação de recursos, registando um aumento de € 4.380.522, cifrando-se o total dos recursos em € 73.881.392. A par da estratégia adoptada pela CCAM do Norte Alentejano, para atingir os valores de recursos de balanço foi necessário, por vezes, dada a agressividade da concorrência, sacrificar a margem financeira, havendo, no entanto, a preocupação constante de manter as taxas de remuneração dos depósitos abaixo da média do SICAM. Para isso contribuiu o esforço constante efectuado pelas áreas de negócio da Caixa na negociação e análise, uma a uma, das propostas que nos foram sendo apresentadas ao longo do ano. Apesar da tendência generalizada, dada a fraca recuperação da economia, e do comportamento pouco dinâmico da procura, o crédito a cliente cresceu ligeiramente, quando comparado com os valores do ano anterior, totalizando no final do ano € 46.574.532. O volume de negócios da Caixa (Recursos + Crédito concedido) atingiu € 120.455.924 à data de 31 de Dezembro de 2016, representando um aumento em termos absolutos de € 6.556.322, face a igual período do ano anterior justificado, em grande parte pelo aumento dos recursos captados. As comissões líquidas atingiram € 919.062, aumentando face ao ano anterior, representando 30,11 % do Produto Bancário, contra 28,66 % verificado no ano anterior.

Na área seguradora verificou-se uma subida no ramo “Não Vida” (CA Seguros), e um ligeiro crescimento no total de apólices em carteira do ramo “Vida” (CA Vida). Verificou-

Page 18: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

18

se ainda um decréscimo dos prémios relativamente ao ano anterior, uma vez que este havia sido um ano excepcional e com a existência de produtos específicos e sazonais.

Sendo a diminuição do crédito vencido de primordial importância para a actividade da Caixa, continuou o Gabinete de Riscos e Recuperação de Crédito, em colaboração com o apoio jurídico, a sua acção de acompanhamento aprofundado de todas as situações, tentando dentro do possível a sua resolução sem recurso à via judicial. Apesar deste esforço conjunto, o crédito vencido aumentou face a 2015, tendo-se registado um montante global de € 3.105.234 e um aumento de 13,44% face ao ano anterior, representado em 2016, 6,67 % do crédito total. Para cobertura do crédito vencido e de cobrança duvidosa, foram criadas provisões ao longo do exercício em análise, tendo-se ajustado este valor em função da recuperação de crédito, apresentando um valor acumulado de € 3.696.919, mais € 779.067 face ao ano anterior. Neste ponto é importante referir que, tendo as Caixas Agrícolas do SICAM beneficiado, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no art.º 3º do referido Aviso 5/2015, verificou-se a necessidade de, à data de 31 de Dezembro de 2016, igualar o montante de provisões constituídas ao abrigo do Aviso 3/95 por forma a eliminar o “buffer” resultante da diferença entre o valor das provisões por perdas por imparidade de crédito constituídas ao abrigo do Aviso n.º 3/95 e as imparidades que tenham sido constituídas a 1 de Janeiro de 2016 referentes aos mesmos créditos. Neste sentido, a CCAM do Norte Alentejano, CRL procedeu durante o exercício de 2016 à constituição de 742.680,33 eur de provisões extraordinárias. A estabilização da margem financeira, aliado ao crescimento dos rendimentos de serviços e comissões, tiveram um impacto positivo no produto bancário, contribuindo para o seu aumento em cerca de 4,16%, permitindo à Caixa manter os resultados positivos apesar da constituição extraordinária de provisões. Pelo Relatório e Contas, assim como pelo anexo às demonstrações financeiras, poderão os senhores associados verificar a evolução da Caixa. Mantivemos, tal como em anos anteriores, o apoio aos agricultores através do acesso às candidaturas e nas ajudas ao rendimento. Estes processos são realizados em estreita colaboração com a Confagri e Fenacam e colocam a Caixa em lugar de destaque na prestação deste tipo de serviços nos conselhos em que está inserida. Resta-nos agradecer aos restantes Órgãos Sociais e aos trabalhadores da Caixa a colaboração prestada e aos nossos associados e clientes a confiança em nós depositada.

Page 19: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

19

3.2. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

3.2.1 ECONOMIA INTERNACIONAL A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial

de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa,

este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de

2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de

crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um

crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no

conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste

abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da

segunda maior economia do mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB

deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se

estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no

desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016,

encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros,

pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo

comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que

se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 20: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

20

a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos

na região da moeda única.

Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo

da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos

avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as

dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os

riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente5, o voto do

Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e

um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências

negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a

Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo

no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com

os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos

últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a

situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que

toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que

traduz o maior aumento desde 2009.

5 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em

curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 21: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

21

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que

compara com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior

ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço

da energia e uma modesta recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no

sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a

subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera

adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de

antecipar o fim do programa de quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade

do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi

suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético

deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir

positivamente para o aumento dos preços ao consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de

consequências potencialmente muito disruptivas.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido,

evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos

recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do

Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o

Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no

debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o

futuro da União Europeia nos próximos anos.

Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo

esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente

proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política

convencional (ruptura com o status quo).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 22: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

22

3.2.2 ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por

fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de

desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos

homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução

da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos

1,3% em 20166, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%).

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos

factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em

Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola

diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria

ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de

combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro).

Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços

de 9,2%.

6 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça

1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 23: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

23

O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado,

o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante,

iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos

homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os

factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos

mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução

política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso,

observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos

(até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das

administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa

de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma

tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais

baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do

nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%,

ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Page 24: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

24

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de

9,5 mil M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos,

com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que

permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados

do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com

o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do

Programa de Assistência Económica e Financeira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para

130,2% do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo

face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa

igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano

pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este

desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no

final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central)

poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face

a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública

portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.A Comissão

Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental

português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim

do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas

nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido

parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do

Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa,

estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos

2,6% do PIB.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

Page 25: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

25

3.2.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos

principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de

controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de

uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de

um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do

empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta

pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe

permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%);

o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES

em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de

Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste

processo.

3.2.3.1. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro

2011 – Dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a

Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao

período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos

depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos

de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

Page 26: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

26

3.2.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro

2011 – Dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em

Dezembro de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se

no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares

(-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o

crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no

segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e

Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de

55% da quebra registada no país.

Page 27: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

27

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao

período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares.

Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado,

principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no

agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do

crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento.

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

Page 28: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

28

Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e

indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4%

e 0,8%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores

com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades

imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do

crédito a empresas.

3.2.4 MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O

BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de

medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos

prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de

juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais

índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados

asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano

para as bolsas desde 2008.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

Page 29: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

29

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou

um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda

abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais

expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos

preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a

atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a

registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.

Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados

económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um

desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o

DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais

vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a

registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão

acentuada (-2%).

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano

consecutivo, algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela

disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539

USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 30: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

30

O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores

desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada

incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD

perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.

Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das

principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era

registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a

progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368%

e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano

acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de

2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos

mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O

ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 31: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

31

preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril

no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também

apresentaram ganhos no segundo trimestre.

Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias

primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os

investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de

8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou

por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016.

No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro

de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou

um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já

o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a

US$53,72 por barril.

Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida

soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco

foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida

alemã, referência na Zona Euro.

As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a

crise da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no

início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola

que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380%

no final do ano (-38,6 p.b.).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 32: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

32

A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade

a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma

yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento

da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor

de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana

americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446%

(+17,3 pontos base).

3.2.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017

A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras

eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de

preocupação para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países

referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem

significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis

nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro

relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão

internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução

económica mundial para os próximos anos.

O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas

ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE),

como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles:

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Page 33: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

33

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;

ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;

iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam

recuperar a confiança dos stakeholders; e

iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos

clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;

ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação

do “overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e

iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a

estabilidade de todos os stakeholders.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA7, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

7 European Securities and Markets Authority

Page 34: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

34

3.3. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

3.3.1 RESULTADO E BALANÇO 3.3.1.1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do

Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e

Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não

auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

Page 35: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

35

Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%8, valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF9 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

8 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016). 9 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

Page 36: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

36

Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo.

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

Page 37: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

37

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Page 38: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

38

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:

i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal

(de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em

vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros

qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos

gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros);

e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de

euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0

milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o

agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros,

respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais

de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os

gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha

registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.

As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer

5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Page 39: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

39

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria

ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma

redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que

representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento

da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento

dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais

eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito

e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço

das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido

registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o

Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do

SICAM que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016,

contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4%

(284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Page 40: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

40

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento

de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de

recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou

um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém

da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto

do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Page 41: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

41

3.3.1.2. Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança;

os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao

Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM

se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário10, permitem afirmar o

bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à

Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como

“A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”11. Por seu lado, a CA Vida foi

premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”12. A CA Vida ainda os rankings de

Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação

do Cliente do ECSI Portugal 2016.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas,

donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do

“Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo

financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência

em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o

contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da

economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo,

realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a

10 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM)

apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11. 11 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 12 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com

o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

Page 42: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

42

Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de

entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma

agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo

Crédito Agrícola.

A cerimónia de inauguração da Agência,

realizada em Outubro de 2016, contou

com a presença de diversas entidades

locais, entre elas o Presidente do

Governo Regional da Madeira, Miguel

Albuquerque.

Dada a importância que a nova Agência

representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca

Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região,

revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em

três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo

oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de

Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento

Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete)

e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar

na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento

Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em

2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano

consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo

Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de

um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento,

representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de

transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média

de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A

evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço

B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com

iguais períodos de 2015.

Page 43: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

43

No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de

1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de

mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções

em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões

de transacções.

Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos.

O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de

transacções.

Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento

a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a

crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado

do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e

parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas

conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;

• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;

• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e

• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de

Associado.

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o

objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções

comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no

facebook no final de 2016.

Page 44: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

44

Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira,

constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000

telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de

patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona”

no Rali Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro

Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de

Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais,

o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),

PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

Page 45: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

45

3.4. ANÁLISE FINANCEIRA

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios

consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA).

3.4.1. Quadro de indicadores

Variação %15/16 Rubricas 2014 2015 2016

Activo Líquido 72.816.959 81.359.282 87.864.954 8,00%

Crédito Vivo 39.785.580 41.473.742 43.349.491 4,52%

Crédito Vencido 3.569.713 2.737.387 3.105.234 13,44%

Rendimentos a receber 297.489 321.496 275.991 -14,15%

Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito

126.323 -133.893 -156.184 16,65%

Crédito sobre clientes (Valor Bruto) 43.526.460 44.398.732 46.574.532 4,90%

Provisão p/Crédito de cobrança duvidosa 302.352 608.040 965.109 58,72%

Provisão p/Crédito Vencido 2.861.181 2.309.822 2.731.820 18,27%

Crédito total s/cientes (Valor Líquido) 40.362.927 41.480.870 42.877.603 3,37%

Provisão p/riscos gerais de crédito 394.440 409.836 437.847 6,83%

Recursos de O.I.C. 87.141 3.179.273 5.465.922 71,92%

Recursos de clientes e outros empréstimos 64.337.065 69.500.870 73.881.392 6,30%

Capitais Próprios 6.944.500 7.412.136 7.363.399 -0,66%

Fundos Próprios 6.959.859 6.767.725 7.307.072 7,97%

Capital 5.441.875 5.683.210 6.125.420 7,78%

Resultado Líquido 281.267 607.358 8.195 -98,65%

Margem Financeira 1.885.005 1.905.072 1.877.260 -1,46%

Custos com Pessoal 1.251.722 1.261.009 1.270.618 0,76%

Gastos Gerais Administrativos 752.409 784.381 833.351 6,24%

Custos de funcionamento = Custos c/Pessoal + FST

2.004.131 2.045.390 2.103.969 2,86%

Amortizações 116.206 119.496 122.581 2,58%

Produto bancário 2.885.050 2.930.818 3.052.726 4,16%

Page 46: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

46

3.4.2 Estrutura patrimonial

Em 31.12.2016, o Activo Líquido da Caixa era de € 87.864.954, apresentando um acréscimo

relativamente ao ano anterior de € 6.505.672.

As aplicações na Caixa Central totalizavam € 12.010.969. O Crédito a clientes apresentava o

saldo de € 46.574.532, os recursos alheios apresentavam um saldo de € 73.881.392 e os capitais

próprios, já incorporados dos resultados do exercício (€ 8.195), totalizavam € 7.363.

Estrutura Patrimonial 2014 2015 2016

Aplicações 24.609.543 28.016.181 12.010.969

Crédito concedido 43.526.460 44.398.732 46.574.532

Recursos de clientes e outros empréstimos 64.337.065 69.500.870 73.881.392

Capitais próprios 6.944.500 7.412.136 7.363.399

3.4.3. Aplicações em Instituições de Crédito

Os excedentes destinam-se a garantir a liquidez da Caixa e são depositados, exclusivamente, na

Caixa Central por imperativo legal. O montante do depósito na Caixa Central era, em 31 de

Dezembro de 2016, de € 12.101.969.

Em 31 de Dezembro de 2016 venceu-se um depósito a prazo na Caixa Central de Crédito Agrícola

Mútuo no valor de 16.000.000,00 eur. À data de 31/12/2016 este valor estava incluído na rúbrica

“Depósitos à ordem”, tendo sido constituído novo depósito a prazo no dia 02/01/2017.

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

80.000.000

Aplicações Crédito concedido Recursos declientes e outros

empréstimos

Capitais próprios

Estrutura Patrimonial

2014 2015 2016

Page 47: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

47

3.4.4. Crédito Concedido

O total do crédito concedido, em 31 de Dezembro de 2016, incluindo juros de crédito e receitas

com rendimentos diferidos associados ao crédito, era de € 46.574.532, valor superior (+ €

2.175.800) a igual período do ano anterior, cuja evolução, no último triénio, é representada no

quadro e gráfico seguintes:

2014 2015 2016

Crédito a Empresas e SPA 15.955.189 16.240.189 17.981.669

Crédito a particulares 23.830.392 25.233.553 25.367.823

Total do Crédito Vivo 39.785.581 41.473.742 43.349.492

Total do Crédito vencido 3.569.713 2.737.387 3.105.234

Juros de Crédito 297.489 321.496 275.991

Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito 126.323 133.893 156.185

TOTAL DO CRÉDITO + JUROS 43.526.460 44.398.732 46.574.532

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

2014 2015 2016

Aplicações em Instituições de Crédito

Page 48: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

48

3.4.5 Crédito Vencido

Em 31 de Dezembro de 2016 o crédito vencido totalizava € 3.105.234, registando-se um

aumento de 13,43% relativamente a 2015, totalizando € 261.517 a < 3 meses e € 2.843.717 a >

3 meses. O crédito vencido encontra-se coberto por provisões em 87,97% do seu montante.

O quadro e o gráfico que se seguem espelham a evolução do crédito vencido nos últimos três

anos.

2014 2015 2016

Crédito vencido < 3 meses 230.194 379.320 261.517

Crédito vencido > 3 meses 3.339.519 2.358.067 2.843.717

Crédito vencido Total 3.569.713 2.737.387 3.105.234

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

45.000.000

50.000.000

Crédito aEmpresas e SPA

Crédito aparticulares

Total do CréditoVivo

Total do Créditovencido

Juros de Crédito Receitas comrendimentos

diferidosassociadas ao

crédito

TOTAL DOCRÉDITO +

JUROS

Evolução do crédito

2014 2015 2016

Page 49: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

49

3.4.6 Movimento de Provisões

Fruto das preocupações que vêm sido sentidas com a evolução do crédito vencido, tem a Caixa

vindo a prestar especial atenção ao seu provisionamento o qual como atrás se disse, atinge em

31 de Dezembro de 2016 o valor de € 3.696.929, representando um grau de cobertura de

87,97%.

Neste ponto é importante referir que, tendo as Caixas Agrícolas do SICAM beneficiado, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no art.º 3º do referido Aviso 5/2015, verificou-se a necessidade de, à data de 31 de Dezembro de 2016, igualar o montante de provisões constituídas ao abrigo do Aviso 3/95 por forma a eliminar o “buffer” resultante da diferença entre o valor das provisões por perdas por imparidade de crédito constituídas ao abrigo do Aviso n.º 3/95 e as imparidades que tenham sido constituídas a 1 de Janeiro de 2016 referentes aos mesmos créditos. Neste sentido, a CCAM do Norte Alentejano, CRL procedeu durante o exercício de 2016 à constituição de 742.680,33 eur de provisões extraordinárias.

2014 2015 2016

Provisões para crédito vencido 2.861.181 2.309.822 2.731.820

Provisões para crédito de cobrança duvidosa 302.352 608.040 965.109

Total das provisões acumuladas sobre crédito de clientes 3.163.533 2.917.862 3.696.929

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

2014 2015 2016

Evolução do crédito vencido

Crédito vencido < 3 meses Crédito vencido > 3 meses Crédito vencido Total

Page 50: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

50

3.4.7. Activos Não Correntes Detidos para Venda

Decorrente das dificuldades sentidas no retorno do crédito concedido, a Caixa viu-se obrigada a

adjudicar alguns imóveis por reembolso de crédito vencido. Contudo nesta rubrica verificou-se,

em termos líquidos, uma diminuição significativa, totalizando em 31 de Dezembro € 915.635.

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

2014 2015 2016

Provisões acumuladas sobre crédito de clientes

Provisões para crédito vencido

Provisões para crédito de cobrança duvidosa

Total das provisões acumuladas sobre crédito de clientes

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2014 2015 2016

Activos não correntes detidos para venda

Page 51: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

51

3.4.8 Activos Tangíveis e Intangíveis (Imobilizado)

Nesta rubrica não se observaram variações significativas face a anos anteriores, pese embora o

facto de terem sido aplicadas as tabelas legais de amortização, por força, não só, da aquisição

de novos equipamentos, mas, principalmente pelos encargos que tem vindo a ser suportados

pela obra de construção das novas instalações da Agência de Castelo de Vide, cuja conclusão

ocorreu durante o ano de 2015.

2014 2015 2016

Activos tangíveis 2.062.084 2.040.142 1.927.348

Activos intangíveis 0 0 0

Total 2.062.084 2.040.142 1.927.348

3.4.9. Investimentos em Filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

O aumento de € 46.760 verificado nesta rubrica deveu-se exclusivamente ao aumento de

participação da Caixa no capital da Caixa Central. Os restantes investimentos em empresas

associadas não sofreu qualquer alteração durante o exercício de 2016.

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2.200.000

2014 2015 2016

Activos tangíveis e intangíveis

Activos tangíveis Activos intangíveis Total

Page 52: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

52

2014 2015 2016

Caixa Central 665.390 694.450 741.210

Fenacam 175 175 175

CA Informática 16.317 16.317 16.317

CA Seguros 59 59 59

Total 681.941 711.001 757.761

3.4.10. Outros activos

2014 2015 2016

Outros activos 262.665 244.045 604.069

Despesas com encargos diferidos 87.387 34.132 9.617

Valores a regularizar 451.931 601.029 342.478

Imparidades – Outros activos

Total 801.984 879.206 956.164

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

Caixa Central Fenacam CA Informática CA Seguros

Investimentos em Filiais, associadas e Empreendimentos Conjuntos

2014 2015 2016

Page 53: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

53

3.4.11. Recursos de Clientes

No ano de 2016, como já se referiu atrás, verificou-se um aumento significativo dos recursos de

clientes conforme espelhado no quadro seguinte.

2014 2015 2016

Depósitos à ordem 22.673.961 24.938.847 32.059.055

Depósitos a Prazo e Poupanças 41.375.134 41.390.429 41.753.026

Outros Recursos 3.928 3.040.212 25.520

Total de Depósitos 64.053.023 69.369.488 73.837.601

Juros de Depósitos 284.041 131.382 43.791

Total de Depósitos + Juros 64.337.065 69.500.870 73.881.392

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Outros activos Despesas comencargos diferidos

Valores aregularizar

Imparidades –Outros activos

Total

Outros Activos

2014 2015 2016

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

80.000.000

Depósitos àordem

Depósitos aPrazo e

Poupanças

OutrosRecursos

Total deDepósitos

Juros deDepósitos

Total deDepósitos +

Juros

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS

2014 2015 2016

Page 54: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

54

3.4.12. Crédito / Recursos por Agência

O quadro e o gráfico seguintes mostram-nos a distribuição do crédito (Vivo e vencido) por

Agência, em €.

3.4.13. Rácios de crédito vencido bruto e líquido por Agência

Cabeço de Vide

Castelo de Vide

Crato

Fronteira

Gáfete

Gavião

Marvão Nisa

Crédito concedido por agência

Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa

Crédito concedido vivo 1.834.194 6.854.076 3.270.224 21.156.667 3.295.645 3.212.936 1.379.596 2.465.960

Crédito vencido 81.903 398.267 942.515 1.134.345 112.957 266.049 35.617 133.581

Total 1.916.097 7.252.343 4.212.739 22.291.012 3.408.602 3.478.985 1.415.213 2.599.541

Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa

Rácio de crédito vencido bruto 4,27% 5,49% 22,37% 5,12% 3,31% 7,65% 2,52% 5,14%

Rácio de crédito vencido líquido 0,02% 0,83% 3,99% 0,66% 1,07% 0,51% 0,19% 0,11%

Page 55: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

55

3.4.14. Depósitos por Agência

O quadro seguinte mostra-nos a prestação das Agências na captação de recursos em

31.12.2016.

Cabeço de Vide

Castelo de Vide

CratoFronteira

Gáfete

Gavião

MarvãoNisa

Rácio de crédito vencido bruto

Cabeço de VideCastelo de Vide

Crato

Fronteira

Gáfete

GaviãoMarvão Nisa

Rácio de crédito vencido líquido

Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa

Depósitos 4.407.547 19.269.549 4.658.772 11.346.846 9.497.516 3.481.352 11.709.499 9.466.520

Page 56: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

56

3.4.15. Evolução de Crédito / Recursos por Agência

2014 2015 2016

Depósitos Crédito Depósitos Crédito Depósitos Crédito

Cabeço de Vide 3.781.163 1.722.175 4.106.861 1.725.504 4.407.547 1.916.097

Castelo de Vide 16.589.631 6.675.769 16.591.137 6.882.800 19.269.549 7.252.343

Crato 4.184.401 4.289.632 4.183.147 4.426.513 4.658.772 4.212.739

Fronteira 8.357.452 20.276.975 11.724.221 21.327.614 11.346.846 22.291.012

Gáfete 8.981.937 2.818.316 9.160.642 2.880.063 9.497.516 3.408.602

Gavião 3.175.428 3.707.187 3.410.658 3.554.284 3.481.352 3.478.985

Marvão 10.964.727 1.305.520 11.387.836 1.380.495 11.709.499 1.415.213

Nisa 8.018.286 2.559.720 8.804.987 2.033.855 9.466.520 2.599.541

Cabeço de Vide

Castelo de Vide

Crato

Fronteira

Gáfete

Gavião

Marvão

Nisa

Depósitos

Page 57: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

57

3.4.16. Capitais Próprios

2014 2015 2016

Capital Social 5.441.875 5.683.210 6.125.420

Reservas de reavaliação -25.356 -107.912 -171.686

Reservas e Resultados Transitados 1.246.714 1.229.480 1.401.470

Resultado Líquido do Exercício 281.267 607.358 8.195

Total 6.944.500 7.412.136 7.363.399

Cabeço de Vide

Castelo de Vide

Crato

Fronteira

Gáfete

Gavião

Marvão

Nisa

Crédito/Recursos por Agência

2014 Depósitos 2014 Crédito 2015 Depósitos 2015 Crédito 2016 Depósitos 2016 Crédito

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

8.000.000

Capital Social Reservas dereavaliação

Reservas eResultadosTransitados

ResultadoLíquido doExercício

Total

Evolução dos capitais próprios

2014 2015 2016

Page 58: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

58

3.4.17. Rendibilidade

2014 2015 2016

Evolução de Rácios de Rendibilidade

Produto Bancário / Activo Líquido Médio Resultado Antes Impostos / Activo Líquido Médio

Resultado Antes Impostos / Capitais Próprios Médios Rendibilidade do Activo (ROA)

Rendibilidade do Capital Próprio (ROE)

4.18% 0.64% 6.79% 0.41% 4.22%

3.91% 1.11%

12.24% 0.81% 8.93%

3.80%

(0.02%) (0.22%) 0.01% 0.11%

3.4.18. Resultado Líquidos

2014 2015 2016

Valores 281.267 607.358 8.195

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

2014 2015 2016

Resultado Líquido

Page 59: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

59

3.4.19. Margem Financeira

2014 2015 2016

Valores 1.885.005 1.905.072 1.877.260

3.4.20. Produto Bancário

2014 2015 2016

Produto bancário 2.885.050 2.930.818 3.052.726

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2014 2015 2016

Margem financeira

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2014 2015 2016

Produto bancário

Page 60: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

60

3.4.21. Custos de Funcionamento

204 2015 2016

Custos com Pessoal 1.251.722 1.261.009 1.270.618

Gastos Gerais Administrativos 752.409 784.381 833.351

Total 2.004.131 2.045.390 2.103.969

3.4.22. Provisões / Imparidades

2014 2015 2016

Para Crédito de cobrança duvidosa 302.352 608.040 965.109

Para Crédito vencido 2.861.181 2.309.822 2.731.820

Para Riscos Gerais de Crédito 394.440 409.836 437.847

Total 3.557.973 3.327.698 4.134.776

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

204 2015 2016

Custos de funcionamento

Custos com Pessoal Gastos Gerais Administrativos Total

Page 61: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

61

3.4.23. Actividade Seguradora

Ramos Reais

Produto 2014 2015 2016 Δ % 15/16

Prémio Prémio Prémio Prémios

Acidentes Pessoais 33.011 33.685 38.026 12,88%

Acidentes de Trabalho 144.768 151.544 173.326 14,37%

Automóvel 261.488 259.338 277.977 7,19%

Máquinas Agrícolas 16.594 16.293 17.307 6,23%

Habitação 47.390 49.508 55.643 12,39%

Comércio e Serviços 37.141 37.004 40.006 8,11%

Riscos Industriais 3.694 4.225 4.737 12,11%

Construção 0 104,65 0

Responsabilidade Civil 42.831 44.933 43.721 -2,70%

Outros 17.582 21.561 15.182 -29,59%

ENREN 1035 1.109 2.073 87,00%

CCARD 36.766 42.961 56.818 32,25%

CA SAÚDE 44.429 48.949 57.925 18,34%

Total 686.728 711.215 782.740 10,06%

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

4.500.000

2014 2015 2016

Provisões / Imparidades

Para Crédito de cobrança duvidosa Para Crédito vencido

Para Riscos Gerais de Crédito Total

Page 62: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

62

Ramo Vida

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

CA Seguros

2014 Prémio 2015 Prémio 2016 Prémio

Produto Prémios Prémios Prémios Prémios

Protecção famí lia 10 7 2 8 .50 8 117 2 6 .8 13 114 3 1.3 6 2 - 2 ,56 % 16 ,9 6 %

CA Vida Plena 3 4 1.6 6 5 3 6 4 .18 7 6 7 6 .9 2 9 8 6 ,11% 6 5,51%

CA M ulher 3 5 5.0 9 5 3 7 4 .4 6 0 4 9 4 .78 6 3 2 ,4 3 % 7,3 1%

Protecção Crédito habitação 2 4 0 8 0 .73 8 2 53 8 3 .0 8 2 2 58 8 6 .4 56 1,9 8 % 4 ,0 6 %

Protecção crédito pessoal 18 6 3 1.2 4 0 2 17 3 2 .8 77 2 4 2 3 5.14 9 11,52 % 6 ,9 1%

Protecção empresa viva 0 0 0 0 1 118 ,6 6

Ca Pessoa Chave 0 1.53 9 3 52 6 2 8 7.3 8 0 13 0 2 ,78 %

Protecção P. Investimento 3 59 18 2 .3 6 9 3 4 2 4 4 .0 6 3 2 78 4 1.4 56 - 18 ,71% - 5,9 1%

CA Poupança Activa 3 9 7 4 58 .9 9 7 4 2 8 79 5.6 3 1 4 2 6 6 2 9 .78 0 - 0 ,4 7% - 2 0 ,8 5%

CA Verão Renda Certa 2 73 759 .9 3 9 2 6 6 0 2 57 0 - 3 ,3 8 %

Protecção Poupança Educação 2 6 4 .13 2 2 1 4 .2 4 9 18 2 .2 6 1 - 14 ,2 9 % - 4 6 ,79 %

Protecção Poupança Reforma 6 2 1 4 4 2 .9 9 4 6 0 6 6 0 6 .0 6 4 56 9 4 6 8 .4 6 7 - 6 ,11% - 2 2 ,70 %

Fundos de Pensões 6 7 2 7.13 0 76 2 8 .9 2 5 8 8 6 7.2 3 9 15,79 % 13 2 ,4 6 %

CA Express 18 1 3 .0 2 3

Tot al 2 .3 4 5 2 .0 2 4 .3 4 6 2 4 0 2 1.6 3 0 .8 76 2 576 1.3 8 4 .4 0 7 7,2 4 % - 15,11%

2 0 14 2 0 15 2 0 16 V ar iação %

Nº de apólices em carteira

Nº de apólices em carteira

Nº de apólices em carteira

Nº de apólices em carteira

Page 63: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

63

0

100

200

300

400

500

600

700

Nº Apólices em carteira

2014 2015 2016

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

Prémios

2014 2015 2016

Page 64: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

64

3.4.24. Movimento Associativo

Movimento de sócios durante o ano 2014 2015 2016

Sócios existentes no inicio do ano 3.622 3.628 3.666

Sócios admitidos durante o ano 47 73 67

Pedidos de demissão 41 35 36

Sócios existentes do fim do ano 3.628 3.666 3.697

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Sócios existentes noinicio do ano

Sócios admitidosdurante o ano

Pedidos de demissão Sócios existentes dofim do ano

Movimento associativo

2014 2015 2016

Page 65: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

65

4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Deixando à apreciação de V. Exas. as contas pelas quais, através dos mapas e quadros

que se juntam, das comparações com exercícios anteriores e ainda pelas respectivas

considerações, poderão analisar a evolução da Caixa no exercício de 2016, propomos:

a) A aprovação do Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício de 2016;

b) Que o Resultado do Exercício, no montante de € 8.194,90 (oito mil, cento e

noventa e quatro euros e noventa cêntimos) seja transferido para Resultados

Transitados.

Page 66: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

66

5. Demonstrações

Financeiras

Page 67: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

67

5.1. Balanço em 31 de Dezembro de 2016

ACTIVO

Notas

Activo Bruto

2016 Provisões,

Imparidades e

amortizações

Activo

Líquido

2015

Activo Líquido

PASSIVO E CAPITAL

Notas

2016

2015

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais

Disponibilidades em outras Instituições de Crédito

Activos Financeiros detidos para negociação

Outros activos financeiros ao justo valor através de

resultados

Activos financeiros detidos para venda

Aplicações em Instituições de Crédito

Crédito a clientes

Investimentos detidos até à maturidade

Activos com acordo de recompra

Derivados de cobertura

Activos não correntes detidos para venda

Propriedades de investimento

Outros activos tangíveis

Activos intangíveis

Investimentos em Filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos

Activos por impostos correntes

Activos por impostos diferidos

Outros activos

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

12

13

858.797,50

26.836.994,35

28.473,21

12.010.969,21

46.574.532,26

972.139,99

3.689.254,30

673,50

757.761,00

695.208,60

956.163,64

3.696.928,85

56.504,87

1.761.906,29

673,50

858.797,50

26.836.994,35

28.473,21

12.010.969,21

42.877.603,41

915.635,12

1.927.348,01

757.761,00

695.208,60

956.163,64

763.767,07

5.612.965,14

27.952,01

28.016.181,39

41.480.870,05

1.235.130,60

2.040.141,60

711.001,00

10.760,42

581.306,45

879.205,91

Recursos em Bancos Centrais

Passivos financeiros detidos para negociação

Outros passivos financeiros ao justo valor através

de resultados

Recursos de outras Instituições de Crédito

Recursos de clientes e outros empréstimos

Responsabilidades representadas por títulos

Passivos financeiros associados a activos

transferidos

Derivados de cobertura

Passivos não correntes detidos para venda

Provisões

Passivos por impostos correntes

Passivos por impostos diferidos

Instrumentos representativos de capital

Outros passivos subordinados

Outros passivos

14

15

16

12

17

5.465.922,25

73.881.391,83

437.847,06

8.371,73

708.022,31

3.179.273,36

69.500.870,27

409.835,64

857.166,40

Total do Passivo 80.501.555,18 73.947.145,67 Capital

Prémios de emissão

Outros instrumentos de capital

Reservas de reavaliação

Outras reservas e resultados transitados

Resultado do exercício

Dividendos antecipados

18

19

19

6.125.420,00

(171.686,00)

1.401.469,97

8.194,90

5.683.210,00

(107.912,00)

1.229.480,38

607.357,59

Total do Activo

93.380.967,56

5.516.013,51

87.864.954,05

81.359.281,64

Total do Capital Total do Passivo e do Capital

7.363.398,87 87.864.954,05

7.412.135,97 81.359.281,64

O responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

Page 68: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

5.2. Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2016

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 de DEZEMBRO de 2016 E 2015 (PRÓ FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2016 2015

(Pró forma)

Juros e rendimentos similares + 20 2.011.405,88 2.404.635.65

Juros e encargos similares - 21 134.146,20 499.563.48

Margem financeira 1.877.259,68 1.905.072,17

Rendimentos de instrumentos de capital + 22 9,38 2,63

Rendimentos de serviços e comissões + 23 1.000.697,08 916.184,61

Encargos com serviços e comissões - 24 81.635,47 76.170,76

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Resultados de reavaliação cambial + 25 322,56 330,08

Resultados de alienação de outros activos + 26 36.373,72 375,32

Outros resultados de exploração + 27 219.699,18 185.023,63

Produto bancário 3.052.726,13 2.930.817,68

Custos com pessoal - 28 1.270.617,63 1.261.009,19

Gastos gerais administrativos - 29 833.351,08 784.381,11

Amortizações do exercício - 9 – 10 122.581,13 119.496,13

Provisões líquidas de reposições e anulações - 16 28.011,42 15.395,43

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações - 16 772.248,45 (229.986,58)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 16 40.818,23 32.119,34

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações - 16 1.232,98 117.858,50

Resultado antes de impostos (16.134,79) 830.544,56

Impostos

correntes - 12 89.572,46 143.391,84

diferidos - 12 (113.902,15) 79.795,13

Resultado líquido do exercício 8.194,90 607.357,59

O responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

68

Page 69: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

69

5.3. Demonstração de fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2016

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PRÓ FORMA) (Montantes expressos em Euros)

2016 2015

(Pró forma)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 3.012.103 3.320.820

Pagamentos de juros e comissões (215.782) (575.734)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.094.420) (2.039.544)

Contribuições para o fundo de pensões (9.549) (5.846)

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento 24.330 (223.187)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 220.022 185.354

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 936.704 661.862 (Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Activos financeiros detidos para negociação

Activos disponíveis para venda 41.339 59.681

Aplicações em instituições de crédito (16.005.212) 3.406.638

Créditos a clientes 2.168.982 887.957

Derivados de cobertura

Activos não correntes detidos para venda (310.263) 742.216

Outros activos 180.099 (16.311)

(13.925.054) 5.080.181 Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação

Recursos de outas instituições de crédito 2.286.649 3.092.132

Recursos de clientes e outros empréstimos 4.380.522 5.163.806

Derivados de cobertura

Passivos não correntes detidos para venda

Outros passivos (140.772) (196.647)

6.526.398 8.059.291 Impostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 21.388.156 3.640.972 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Alienação de activos disponíveis para venda

Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda

Aquisições de activos tangíveis e intangíveis

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 46.760 29.060

Vendas de activos tangíveis e intangíveis

Recebimento de dividendos (9) (3)

Variação de activos tangíveis e

intangíveis (34.586) 97.554

Caixa líquida das actividades de investimento 12.164 126.612 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento de capital 442.210 241.335

Dividendos pagos

Variação de passivos

subordinados

Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros

Remuneração paga relativa a passivos subordinados

Reservas (499.142) (381.057)

Caixa líquida das actividades de financiamento (56.9329 (139.722)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 21.319.060 3.374.639

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 6.376.732 3.002.094 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 27.695.792 6.376.732

O responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

69

Page 70: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

70

5.4. Demonstração de alteração de capital próprio em 31 de Dezembro de 2016

Outras Reservas e

resultados transitados

Reservas de Outras Resultados

Resultado

do

Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 5.441.875 (25.256) 1.246.714 1.246.714 281.267 6.944.500

Transferência para resultados transitados

Constituição de reservas 281.267 281.267 (281.267)

Distribuição de dividendos

(…) (82.556) (79.111) (79.111) (161.667)

Aumento de capital 257.885 (219.390) (219.390) 38.495

Reembolso de capital (16.550) (16.550)

Alterações de justo valor líquidas de imposto

Resultado liquido do exercício de 2015 607.359 607.359

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.683.210 (107.912) 1.308.591 (79.111) 1.229.480 607.359 7.412.136

Aplicação do resultado do exercício de 2015:

Transferência para resultados transitados 79.111 79.111 (79.111)

Constituição de reservas 528.248 528.248 (528.248)

Distribuição de dividendos

(…) (63.774) (63.774)

Aumento de capital 456.135 (412.030) (412.030) 44.105

Reembolso de capital (13.925) (13.925)

Alterações de justo valor líquidas de imposto

(…) (23.341) (23.341) (23.341)

Resultado liquido do exercício de 2016 8.195 8.195

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 6.125.420 (171.686) 1.424.809 (23.341) 1.401.469 8.195 7.363.398

Demonstração do rendimento integral em 31 de Dezembro de 2016

2016 2015

Resultado individual 8.194,90 607.357,59 Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda Impacto fiscal Transferência para resultados por alienação Impacto fiscal Pensões - regime transitório Pensões - ganhos e perdas actuariais (23.341) (23.341) Outros movimentos Total Outro rendimento integral do exercício (23.341) (23.341) Rendimento integral individual (15.146,10) 584.016,59

O responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

O responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

70

Page 71: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

71

5.5. Notas anexas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Norte Alentejano, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM NA é uma instituição de crédito constituída em 19 de Setembro de 1997 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua da Lagoa n.º 14, em Fronteira e através de uma rede de 8 balcões situados nos concelhos de Fronteira, Crato, Nisa, Marvão, Castelo de Vide e Gavião.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),

conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a

receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações

subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos

níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

Page 72: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

72

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo

IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações

extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do

impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011e 2013.

Durante o Ano de 2008, o BP emitiu um novo Aviso (Aviso 7/2008, de 14 de Outubro de 2008),

no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

vi) Os activos tangíveis utilizados para o desenvolvimento da actividade são contabilisticamente

relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida.

Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na demonstração de resultados, no período em que se realizem.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2016, estão pendentes de aprovação pelos

correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Page 73: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

73

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período

em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são

registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

Page 74: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

74

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem

prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,

relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas

inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos

de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade

do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações

de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Page 75: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

75

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

O Aviso nº 5/2015, do Banco de Portugal, determina, no seu art.º 2º, que, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal devem elaborar as demonstrações financeiras em base individual, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

Tendo as Caixas Agrícolas do SICAM beneficiado, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no art.º 3º do referido Aviso 5/2015, verificou-se a necessidade de, à data de 31 de Dezembro de 2016, igualar o montante de provisões constituídas ao abrigo do Aviso 3/95 por forma a eliminar o “buffer” resultante da diferença entre o valor das provisões por perdas por imparidade de crédito constituídas ao abrigo do Aviso n.º 3/95 e as imparidades que tenham sido constituídas a 1 de Janeiro de 2016 referentes aos mesmos créditos.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados, investimentos a deter até à maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de

instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa

efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu

pagamento é estabelecido.

Page 76: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

76

A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com

excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões e imparidade são calculadas conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas

por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de

imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente.

Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de

eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa ou

prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

.

ii) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

iii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que

Page 77: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

77

corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

iv) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção

de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de

desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade,

resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a

perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

Page 78: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

78

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

Page 79: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

79

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 16).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

Page 80: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

80

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Durante o Ano de 2008, o BP emitiu um novo Aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição por um período adicional de 3 anos.

k) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Page 81: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

81

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

k) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

Diferimento de comissões (IAS 18)

De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das operações.

3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 26.554.673 5.406.577Cheques a cobrar 282.321 206.388Outras disponibilidades

26.836.994 5.612.965

Juros a receber858.798 763.767

Disponibilidade sobre bancos centrais no estrangeiroDepósitos à ordemCheques a cobrarOutras disponibilidades

Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal

2.940 2.376858.798 763.767

31-12-201531-12-2016

855.858 761.391

Page 82: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

82

5. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Activos financeiros disponíveis para venda:Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida 27.000,00 27.022,50 Instrumentos de capital 1.473 930

28.473 27.952 Durante o exercício de 2015 foram subscritos 27.000 eur de Obrigações CA Vida, valor este que está incluído na rúbrica “Instrumentos de dívida”. 6. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancárioAplicações a muito curto prazoDepósitos 12.010.969 28.016.181EmpréstimosOperações de compra de acordo com revendaAplicações subordinadasOutras aplicações

12.010.969 28.016.181

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três mesesEntre três meses e um ano 12.000.000 28.000.000Entre um ano e três anosEntre três e cinco anosMais de cinco anos

12.000.000 28.000.000Juros a receber 10.969 16.181

12.010.969 28.016.181

Page 83: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

83

Em 31 de Dezembro de 2016 venceu-se um depósito a prazo na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo no valor de 16.000.000,00 eur. À data de 31/12/2016 este valor estava incluído na rúbrica “Depósitos à ordem”, tendo sido constituído novo depósito a prazo no dia 02/01/2017. 7. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

ESTRUTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITO VIVOEmpresas e Admnistração Pública

Contas C. Caucionadas 655.000 1.089.000Descobertos 31.402 150.040Outros empréstimos 17.295.267 15.001.149

17.981.669 16.240.189Particulares

Contas C. Caucionadas 633.750 771.500Descobertos 26.975 30.024Consumo 4.408.511 4.267.972Habitação 9.330.670 8.754.713Outros empréstimos 10.967.917 11.409.345

25.367.823 25.233.553

Total crédito vivo 43.349.491 41.473.742

ESTRUTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITO VENCIDO Crédito vencido 2.889.670 2.545.450 Juros vencidos 215.564 191.937Total crédito e juros vencidos 3.105.234 2.737.387

Total carteira de crédito 46.454.725 - 44.211.129

PROVISÕES Para crédito e juros vencidos (2.731.820) (2.309.822) Para crédito de cobrança duvidosa (965.109) (608.040)Total provisões (3.696.929) (2.917.862)

Total carteira crédito - Total provisões 42.757.797 41.293.267

RENDIMENTOS A RECEBERJuros de crédito a clientes 275.991 321.496

RECEITAS COM RENDIMENTO DIFERIDOAssociadas a operações de crédito (156.184) (133.893)

42.877.603 41.480.870

8. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Page 84: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

84

31-12-2016 31-12-2015

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 972.140 1.218.140Equipamento 72.263Outros -

972.140 1.290.402

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais -Associadas -Outros activos não correntes detidos para venda -

-

972.140 1.290.402Imparidade:

Imóveis (56.505) (55.272)EquipamentoOutros -

915.635 1.235.131

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2015 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

31-12-2015 31-12-2016

Valor Utilização

de Dotações

de Reposições

de Valor Valor Activos não corrente Bruto Imparidade Aquisições Alienações Imparidade Imparidade Imparidade Bruto Imparidade Líquido detidos para venda

Imóveis 1.218.139 55.272 20.000 266.000 4.639 5.872 - 972.140 56.505 915.635

Equipamento 72.263 - - 72.263 - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

1.290.402 55.272 20.000 338.263 4.639 5.872 - 972.140 56.505 915.635

31-12-2014 31-12-2015

Valor Utilização

de Dotações

de Reposições

de Valor Valor Activos não corrente Bruto Imparidade Aquisições Alienações Imparidade Imparidade Imparidade Bruto Imparidade Líquido detidos para venda

Imóveis 663.984 53.586 721.718 167.563 1.625 3.310 - 1.218.139 55.272 1.162.867

Equipamento - - 72.263 - - - - 72.263 - 72.263

Outros - - - - - - - - - -

663.984 53.586 793.891 167.563 1.625 3.310 - 1.290.402 55.272 1.235.130

Page 85: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

85

9. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 140.733 - - - - - - - - 140.733Edificios 2.339.964 (679.392) - - 96.224 (64.167) - - (101.850) 1.590.779Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - 9.344 - - - (9.344) - Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.490.041 (688.736) - - 105.567 (64.167) - - (111.193) 1.731.512

Equipamento: Mobiliário e material 248.438 (234.989) - 3.882 - (5.330) - - - 12.001 Máquinas e ferramentas 139.790 (99.025) - 599 - (11.559) - - - 29.805 Equipamento informático 135.651 (129.781) - 860 - (5.925) - - - 805 Instalações interiores 88.590 (59.714) - - - (5.980) - - - 22.896 Material de transporte 78.830 (39.943) - - - (637) - - - 38.250 Equipamento de segurança 331.690 (270.868) - - - (15.238) - - - 45.584 Outro equipamento 276.760 (226.593) - 10.073 4.759 (13.746) - (4.759) 46.494

1.299.749 (1.060.913) - 15.414 4.759 (58.414) - - (4.759) 195.835

Equipamento em locação financeira:

Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

12.008 (12.008) - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

3.801.798 (1.761.657) - 15.414 110.327 (122.581) - - (115.953) 1.927.348

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 140.733 - - - - - - - - 140.733Edificios 1.922.733 (617.967) - 417.231 - (61.425) - - - 1.660.572Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - - - - - - - Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.072.811 (627.311) - 417.231 - (61.425) - - - 1.801.305

Equipamento: Mobiliário e material 241.073 (228.842) - 7.365 - (6.147) - - - 13.449 Máquinas e ferramentas 137.072 (87.571) - 2.718 - (11.454) - - - 40.765 Equipamento informático 135.651 (123.430) - - - (6.351) - - - 5.870 Instalações interiores 87.432 (53.496) - 1.158 - (6.218) - - - 28.876 Material de transporte 78.830 (37.394) - - - (2.549) - - - 38.887 Equipamento de segurança 313.391 (256.573) - 18.299 - (14.295) - - - 60.822 Outro equipamento 239.905 (215.536) - 36.855 - (11.057) - - - 50.167

1.233.354 (1.002.842) - 66.395 - (58.071) - - - 238.836

Equipamento em locação financeira:Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -

Equipamento - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - -

12.008 (12.008) - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 386.072 - - 12.257 - - - (398.329) - -

3.704.245 (1.642.161) - 495.883 - (119.496) - (398.329) - 2.040.141

31-12-2015

31-12-2014

Page 86: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

86

10. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2016Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 674 674 - - - - - -Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

674 674 - - - - - - - -

31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 674 674 - - - - - -Outros activos intangíveis - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

674 674 - - - - - - - -

31-12-2015

31-12-2014

11. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015

Caixa Central Lisboa 0,2445% 741.210 694.450Fenacam Lisboa 0,0353% 175 175CA Informática Lisboa 0,2422% 16.317,30 16.317,30CA Seguros Lisboa 0,00005% 59 59

757.761 711.001

Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

a) todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de Auditoria e certificação de contas

(em euros)

Activo LiquidoSituação

Liquida

Resultado

Liquido

Caixa Central 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580

CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152

CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836

CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365

CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720

Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639

Page 87: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

87

12. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 e 2016 eram os seguintes:

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2016 foi o seguinte:

2016 2015A c tivos por im postos d iferidos

P or d ife renças tem porárias 695.209 581.306P or p re juízos fiscais reportáve is

695.209 581.306P assivos por im pos tos d ife ridos

P or d ife renças tem porárias695.209 581.306

A c tivos por im postos co rrentesP agam entos por con taO utrosIm posto sobre o rend im ento a recupera r 10.760

- 10.760P assivos por im pos tos co rren tes

Im posto sobre o rend im ento a pagar 8.3728.372 10.760

Saldo Variação Variação Saldo em Adopção da REG em Resultados em em

31-12-2015 IAS 39 Transitados Reservas 31-12-2016

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. P rémio de antiguidade 32.112 - (7.137) - - 24.975

. Encargos com saúde 6.438 - - - - 6.438

. P rovisões não aceites fiscalmente:Provisões para cobrança duvidosa 88.424 - 100.771 - - 189.195Provisões para crédito vencido 421.471 - 13.818 - - 435.288Provisões para riscos gerais de crédito 28.476 - 6.303 - - 34.779Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para imóveis - - - - - -Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. PensõesReformas antecipadas 4.385 - 148 - - 4.533Desvios actuariais - - - - - -Contribuição efectuada - - - - - -(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. P rejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -(…) - -

581.306 - 113.902 - - 695.208

Page 88: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

88

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2016 2015

Impostos correntes (89.572) (143.392)

Impostos diferidos 113.902 (76.795)Registo e reversão de diferenças temporáriasPrejuízos fiscais reportáveis - -

113.902 (76.795)

Total de impostos reconhecidos em resultados 24.330 (220.187)

Lucro antes de impostos (16.135) 830.545

Carga fiscal 150,79% 26,51%

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2015 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos (16.135) 830.545

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% (3.388) 21,00% 174.414

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 21,00% 1.228.653 21,00% 1.122.044Diferimento de comissões 21,00% 21,00%Activos não correntes detidos para venda 21,00% - 21,00% -Activos tangíveis e intangíveis 21,00% 21,00%(…)Diferenças permanentesMais valias na venda de participações financeiras 21,00% - 21,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 21,00% - 21,00% -Variações patrimoniais negativas 21,00% (125.724) 21,00% (132.683)Outras diferenças permanentes 21,00% 12.695 21,00% 62.243Tributações autónomas 4.956 3.478(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 235.849 398.729

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 21,00% 691.361 21,00% 1.248.441

Custo com imposto do exercício -561,90% 90.663 16,44% 136.556

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (1.091) 6.836

Impostos correntes sobre os lucros 89.572 143.392

2016 2015

Page 89: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

89

13. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Outros activosOutros metais preciosos 4.791 5.083Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -(…) - -

Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber - -Outros devedores diversos 599.278 238.963(…)

604.069 244.045Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - 23.338Seguros 3.376 2.945SAMS - -Outras 6.242 7.849

9.617 34.132

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -IAS 19 - -ATM'S (nº total ATM'S 14) 330.385 545.300Outras 12.093 55.729

342.478 601.029

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos -(…) - -

- -

956.164 879.206 14. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rúbrica diz respeito exclusivamente ao Programa de operações de refinanciamento direccionadas (TLTRO)

definido pelo BCE em 5 de Junho de 2014, com objectivo expresso de incentivar o crédito à economia mediante

a garantia de financiamento.

A CCAM do Norte Alentejano tem acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com

CCCAM, através dos quais são efectuadas transferências de fundos de acordo com o crédito concedido pela

CCAM.

Page 90: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

90

15. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

16. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2015 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2016 31-12-2015

Depósitos À ordem 32.059.055 24.938.847A prazo 25.753.659 26.883.623De poupança 15.999.367 14.506.806

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagarOutros 25.520 3.040.212

Juros a pagar 43.791 131.382

73.881.392 69.500.870

Page 91: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

91

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2016

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 608.040 1.115.271 758.202 965.109- Crédito e juros vencidos 2.309.822 1.159.135 703.138 34.000 2.731.819- Risco-país

2.917.862 2.274.406 1.461.340 34.000 - 3.696.928Provisões: - Riscos gerais de crédito 409.836 77.942 49.931 437.847 - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais

409.836 77.942 49.931 - - 437.847Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 55.272 5.872 4.639 56.505Outros activos tangíveis -Outros activos -

55.272 5.872 4.639 - - 56.505

3.382.970 2.358.220 1.515.910 34.000 - 4.191.280

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 302.352 1.087.156 781.468 608.040- Crédito e juros vencidos 2.861.182 774.428 1.277.984 47.804 2.309.822- Risco-país

3.163.534 1.861.584 2.059.452 47.804 - 2.917.862Provisões: - Riscos gerais de crédito 394.440 61.174 45.779 409.836 - Outros riscos e encargos -

- Riscos bancários gerais -394.440 61.174 45.779 - - 409.836

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 53.587 3.310 1.625 55.272Outros activos tangíveisOutros activos

53.587 3.310 - 1.625 - 55.272

3.611.561 1.926.069 2.105.231 49.429 - 3.382.970

O Aviso nº 5/2015, do Banco de Portugal, determina, no seu art.º 2º, que, as entidades sujeitas à supervisão do

Banco de Portugal devem elaborar as demonstrações financeiras em base individual, de acordo com as Normas

Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União

Europeia.

Tendo as Caixas Agrícolas do SICAM beneficiado, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no art.º

3º do referido Aviso 5/2015, verificou-se a necessidade de, à data de 31 de Dezembro de 2016, igualar o

montante de provisões constituídas ao abrigo do Aviso 3/95 por forma a eliminar o “buffer” resultante da

diferença entre o valor das provisões por perdas por imparidade de crédito constituídas ao abrigo do Aviso n.º

3/95 e as imparidades que tenham sido constituídas a 1 de Janeiro de 2016 referentes aos mesmos créditos.

Neste sentido, a CCAM do Norte Alentejano, CRL procedeu durante o exercício de 2016 à constituição de

742.680,33 eur de provisões extraordinárias.

Page 92: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

92

17. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Credores e outros recursosCredores por operações sobre futurosSector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 44.001 50.028Contribuições para a Segurança Social 22.293 22.999Imposto sobre o Valor Acrescentado 715 1.793

Cobranças por conta de terceiros 1.488 1.493Contribuições para outros sistemas de saúde 4.752 5.038Credores diversos:Empresas do Grupo 17.584 18.719Outras Empresas 65.529 71.793

Contribuições a entregar – Fundo de PensõesOutros credores 8.624 9.627

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparadosComissões por operações sobre instrumentos financeirosPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 136.771 135.043Prémio de antiguidade 100.490 132.211Subsídio de morteRemunerações variáveisOutros Gastos c/pessoal SAMS

Por gastos gerais administrativosOutros Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 2.080 2.529Outras operações associadas a Operações Crédito 9.626 8.604Emissão e anuidades de cartões 29.053 24.299Com abertura tx efectiva 118.506 101.865 Valores a regularizarPosição cambialOperações sobre valores mobiliários a regularizarOutras operações a regularizar (Compensação/MEP) 146.510 271.124

708.022 857.166

Page 93: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

93

18. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

Nº de Nº de Nº Nº deT´s Capital Accionistas T´s Capital Accionistas

1.225.074 3.241 1.172.632 3.206

1.225.074 3.241 1.172.632 3.206

20152016

NOTA: Não existem entidades com participação superior a 0,1% Em 2015, no nº de títulos de capital estão incluídos 952.719 por incorporação de reservas. Em 2016 o nº

de títulos por incorporação de reservas passou a 1.035.125. Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

19. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E

LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2015 e 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Reserva legal 1.297.184 1.191.535Outras reservas 127.624 117.056Resevas Reavaliação (171.686) (79.111)Resultados transitados (23.338) 1.229.784 1.229.480Lucro do exercício 8.195 607.538 1.237.979 1.837.018

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

Page 94: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

94

20. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 234.625 527.870

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 7.718 5.277

Empréstimos 641.529 677.953

Créditos em conta corrente 91.669 101.909

Descobertos em depósitos à ordem 33.497 32.693

Particulares

Habitação 93.415 93.821

Operações de locação financeira

Outros créditos

Consumo 257.387 247.070

Operações de locação financeira

Outros créditos

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 43 153

Empréstimos 464.122 557.251

Créditos em conta corrente 56.094 62.258

Descobertos em depósitos à ordem 10.263 15.118

Juros de crédito vencido 105.886

63.256

Outros créditos 15.158 20.007

2.011.406 2.404.636

21. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 95: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

95

23. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas

Garantias e avales 21.531 23.438Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - * - *

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 41.108 34.604Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.638 * 1.774 *

Compromissos revogáveis - -

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 607 480Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestãoComissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 7.789 7.942Gestão de cartões 186 111Anuidades 58.131 43.551Montagem de operações - -Operações de crédito

Por operações de factoring - -Outras operações de crédito-abertura 37.901 41.403 *Outras operações de crédito-processamento 56.305 52.202Outras operações de crédito 74.459 82.065

Outros serviços prestados 925 * 550Comissões INTER operações Crédito 32.086 36.138Comissões - Cartões 135.022 125.528

Comissões recebidas(Manutenção) 98.794 88.742 Comissões recebidas(Cheques) 45.066 51.762Mora ou contencioso 60.333 65.484Com.Comercialização CA Seguros/CA Vida 309.966 240.619OIC'S A clientes

Outras 18.850 19.7901.000.697 - 916.185

31-12-2016 31-12-2015

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 8.456 4.995no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 125.690 494.568Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinadosOutras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares

134.146 499.563

Page 96: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

96

24. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

25. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Operações cambiais à vista 323 330Operações cambiais a prazo - -

26. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Este valor resulta da alienação das antigas instalações do balcão de Castelo de Vide, que gerou uma mais-valia no valor global de 44.373,72 eur, deduzido das perdas ocorridas durante o exercício de 2016 com a alienação de activos não correntes detidos para venda, que totalizaram 8.000,00 eur. 27. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

31-12-2016 31-12-2015

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 1.283 578Operações de crédito - -Cobrança de valores 79 180Transferencia de valores 24.167 20.619OutrosCom.Interbancarias - cartões 53.260 54.628Outros - Caixa Central 2.847 166

Por operações realizadas por terceirosOutras comissões pagas

81.635 76.171

Page 97: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

97

Estas rubricas têm a seguinte composição:31-12-2016 31-12-2015

Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) -

Outros activos não financeiros -- -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 52.695 13.922Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 46.261 69.740Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 184.558 185.644

Rendimentos da prestação de serviços diversos 79.702 54.083Outros 38.260 3.688

401.476 327.078

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (9.262) (13.410)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (9.884) (14.920)Resultados de alienação de outros activosPerdas em activos não financeirosImpostos (17.758) (11.543)Outros encargos e gastos operacionais (144.873) (102.181)

(181.777) (142.054)

219.699 185.024

28. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 98: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

98

31-12-2016 31-12-2015

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 125.966 73.494Empregados 878.619 916.717

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 197.619 199.679SAMS 43.805 44.518Outros 9.549 5.846

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 9.065 9.214

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuaisOutros 5.995 11.541

1.270.618 1.261.009

O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:

ACTIVOS 2016 2015

DIRECÇÃO 2 1

COORDENAÇÃO GERAL 1 1

COORDENAÇÃO DE ÁREA 3 3

COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO 7 7

ÁREA TÉCNICA 2 2

ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 11 14

ÁREA ADMINISTRATIVA 1 2

SERVIÇOS DE APOIO 5 5

32 35

PRÉ-REFORMA / SUSPENSÃO CT / EXTINÇÃO CT 2016 2015

DIRECÇÃO

COORDENAÇÃO GERAL

COORDENAÇÃO DE ÁREA 1 1

COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO 1

ÁREA TÉCNICA

ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 6 4

ÁREA ADMINISTRATIVA

SERVIÇOS DE APOIO 2 2

10 7

Page 99: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

99

No exercício de 2016 a remuneração do Revisor Oficial de Contas da CCAM do Norte Alentejano ascendeu a 12.000 eur.

29. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 41.651 43.661Material de consumo corrente 11.357 9.457PublicaçõesMaterial de higiene e limpeza 1.398 1.272Outros fornecimentos de terceiros 895 9.138 *

55.302 63.527Com serviços:

Rendas e alugueres 15.391 17.835Comunicações 85.223 81.066Deslocações, estadas e representação 28.239 15.285Publicidade e edição de publicações 35.749 31.654Conservação e reparação 20.534 14.160Transportes 8.446 7.828Formação de pessoal 3.389 845Seguros 17.031 17.052Serviços especializados:

Avenças e honorários 93.565 76.545Judiciais contencioso e notariado 9.713 5.716Informática 246.227 258.643Segurança e vigilância 7.244 3.694Limpeza 16.478 16.797InformaçõesBancos de dadosMão de obra eventualOutros serviços especializados:

Estudos e consultasConsultores e auditores externos 43.554 29.346Seviço Suporte ao Negócio 24.083 23.622Compensação 5.307 5.796Avaliadores externos 16.100 9.176SIBS 58.117 53.665Outros serviços de terceiros 43.659 52.129

778.050 720.854

833.351 784.381

30. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extra patrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

Page 100: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

100

31-12-2016 31-12-2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 631.323 616.179Aceites e endossosCréditos documentários abertosOutros passivos eventuais

Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 4.432.828 3.498.783Compromissos revogáveis 363.284 434.362

Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 775Valores recebidos para cobrança 46.937 40.325Valores administrados pela instituiçãoOutras -

5.474.372 4.590.424

31. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 11), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Page 101: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

101

Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 26.836.994 - - 26.836.994 5.612.234 - - 5.612.234

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito 12.010.696 - - 12.010.696 28.016.181 - - 28.016.181

Crédito a clientes - - - - - - - -0 0Invest.em filiais, associadas e empreend.conj. 741.210 - 16.551 757.761 694.450 - 16.551 711.001Outros activos 82.497 216.537 299.035 88.650 146.515 235.165

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito 5.465.922 - - 5.465.922 3.178.973 - - 3.178.973

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos 1.911 - 15.673 17.584 193 - 18.526 18.719

Custos:

Juros e encargos similares 8.456 - - 8.456 4.995 - - 4.995

Encargos com serviços e comissões 27.014 - - 27.014 24.404 - - 24.404

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos 1.778 - 428.824 430.602 5.903 - 420.946 426.849

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 234.625 - 234.625 527.870 - 527.8700Rendimentos de instrumentos de capital - - 9 9 - - 3 3

Rendimentos de serviços e comissões 32.048 - 309.966 342.013 36.138 - 240.619 276.758

Outros resultados de exploração - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - -

2016 2015

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

32. PENSÕES DE REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de

pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a

necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota

parte do valor dos activos do Fundo.

Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela

obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.

Page 102: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

102

Os impactos contabilísticos e fiscais incluídos no presente documento relacionados com as responsabilidades

com o SAMS têm como pressuposto que o financiamento dessas responsabilidades passou a ser assegurado

pelo fundo de pensões crédito agrícola no exercício de 2008 no pressuposto de que:

1) O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) aprovou a a alteração do contrato constitutivo do fundo de

pensões crédito agrícola, com vista ao enquadramento da cobertura dos encargos com cuidados médicos pós-

emprego (SAMS) no referido fundo de pensões com produção de efeitos no exercício de 2008, conforme

solicitado pela CA Vida por carta dirigida àquele Instituto em 19 de Dezembro de 2008;

2) Após a obtenção da autorização do ISP, a CA Vida e a caixa central assinaram a proposta de alteração

do contrato constitutivo do fundo de pensões, a qual menciona, na sua cláusula única, que a produção dos

respectivos efeitos foi a partir de um determinado dia de Dezembro de 2008;

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM NORTE

ALENTEJANO com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS),

com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, é o seguinte:

Page 103: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

103

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM NORTE

ALENTEJANO é o que a seguir se apresenta:

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM NORTE ALENTEJANO foi o

seguinte:

Page 104: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

104

O movimento ocorrido durante o exercício de 2016 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do

Banco de Portugal, era o seguinte:

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios

atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do

rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

Page 105: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

105

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com

trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

33. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de crédito

Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2016 a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

Page 106: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

106

Tipo de Valor Valor instrumento financeiro bruto Imparidade líquido

Patrimoniais:

Crédito a clientes 45.574.532 (3.696.929) 41.877.603Derivados de coberturaDisponibilidades em outras instituições de crédito 26.836.994 26.836.994Aplicações em instituições de crédito 12.010.969 12.010.969

84.422.496 (3.696.929) 80.725.567

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 631.323 631.323Compromissos irrevogáveis 4.432.828 4.432.828

5.064.151 - 5.064.151

Risco de mercado

Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos instrumentos

financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo:

- risco cambial

- risco de taxa de juro

- outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados

(excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de

variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos

os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado.

34. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Norte Alentejano está inscrita na Autoridade de Supervisão de

Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º,

alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de

intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a

Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao

exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –

Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo

Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de

adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das

participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe

remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais

estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

Page 107: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

107

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar

pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no

Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já

integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM

nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem 2016

Ramos Não Vida CA Seguros 133.942,26 170.130,98 208.847,39 67,5% Ramo Vida CA Vida 69.682,31 68.314,55 97.122,33 31,4% Fundos de Pensões CA Vida 1.238,59 1.688,42 3.251,09 1,1%

Total 204.863,16 240.133,95 309.220,81 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de

quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo,

passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela

CCAM.

35. FUNDOS PRÓPRIOS

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola do Norte Alentejano

Em euros 2015 2016

Fundos Próprios totais 6.767.725 7.307.072

Tier 1 6.767.725 7.307.072

Tier 2 0 0

Posição em risco de activos e equivalentes 82.645.505 98.807.730

Requisitos de fundos próprios 44.127.837 48.035.624

Crédito 38.114.433 41.843.194

Operacional 6.013.405 6.192.431

CVA --- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 15,3% 15,2%

Tier 1 * 15,3% 15,2% -0,1 P.P

Tier 2 0,0% 0,0% 0,0 P.P

Total* 15,3% 15,2% -0,1 P.P

* Incorporando o resul tado l íqui do do exercício.

0,0%

19,6%

8,9%

9,8%

3,0%

Δ 15/16

8,0%

8,0%

Page 108: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L.

108

36. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração, para divulgação, no dia 16 de

Fevereiro 2017.

O responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

Page 109: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição
Page 110: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição
Page 111: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição
Page 112: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição
Page 113: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição
Page 114: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição
Page 115: Relatório e Contas 2016 - Banco de Portugal...2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário. 2.3.1. Composição