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ÍNDICE

Mensagem do Presidente 3

Órgãos Sociais 4

A Empresa e a sua Visão Estratégica 5

Grupo de Empresas 6

A - RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO

1. Introdução 7

2. Enquadramento Macro Económico do Sector e Cadeia de Valor 8

3. Actividade Industrial 11

4. Actividade Comercial 12

5. Investigação e Desenvolvimento 13

6. Investimentos 15

7. Situação Económica e Financeira 16

8. Qualidade, Ambiente e Segurança 17

9. Recursos Humanos 18

10. Principais Riscos e Incertezas 20

11. Empresas Associadas 21

12. Perspectivas para o Futuro 22

13. Proposta de Aplicação de Resultados 23

14. Agradecimentos 23

15. Declaração de Responsabilidade 23

ANEXO I AO RELATÓRIO DE GESTÃO 24

B - RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

0. Declaração de cumprimento 25

I. Assembleia-Geral 27

II. Órgãos de Administração e Fiscalização 30

III. Informação e Auditoria 45

IV. Conflitos de Interesses 48

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CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2011

Contas consolidadas

Demonstrações da posição financeira

Demonstrações de resultados por naturezas

Demonstrações de rendimento integral

Demonstrações das alterações no capital próprio

Demonstrações dos fluxos de caixa

Anexo às demonstrações financeiras

Relatório e parecer do Conselho Fiscal (Contas consolidadas e individuais)

Certificação legal das contas e Relatório de auditoria (Contas consolidadas e individuais)

Contas individuais

Demonstrações da posição financeira

Demonstrações de resultados por naturezas

Demonstrações de rendimento integral

Demonstrações das alterações no capital próprio

Demonstrações dos fluxos de caixa

Anexo às demonstrações financeiras

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Ainda não foi no ano que agora termina que a FISIPE conseguiu ter um resultado confortável e

ajustado ao capital investido e ao seu elevado volume de vendas.

Uma avaria numa Área especialmente sensível da fábrica – Recuperação do Solvente –

afectou de modo particularmente grave a qualidade da fibra produzida em Abril/Maio. Neste

período fomos obrigados a reduzir a produção e a desqualificar muita quantidade de fibra.

O acrilonitrilo atingiu, em Abril de 2011, o seu preço mais elevado de sempre, cerca de 3000

dólares por tonelada, iniciando depois uma descida acentuada, tendo terminado o ano em 1700

dólares por tonelada. Felizmente, o alto preço atingido pelas fibras concorrentes da fibra

acrílica (algodão e poliéster) permitiram repercutir, até Maio, nos preços de venda da nossa

fibra os aumentos verificados na matéria-prima.

A entrada no mercado dos precursores de fibra oxidada e de fibra de carbono tem-se revelado

mais difícil e especialmente mais morosa do que prevíamos. Ainda não foi em 2011 que

conseguimos angariar encomendas de precursor para além das quantidades experimentais.

O ano de 2012 vai, portanto, ser determinante no lançamento do precursor e o orçamento

prevê a venda de 1200 toneladas deste produto. É um objectivo ambicioso mas temos de o

concretizar.

O problema do financiamento da nossa actividade, nomeadamente do nosso capital circulante,

constituiu e continuará a constituir uma das nossas principais preocupações. Aliás, sendo a

FISIPE uma empresa essencialmente exportadora (exportamos 98% da nossa produção), com

uma relação dívida líquida/EBITDA muito confortável, só se pode compreender estas

dificuldades devido à difícil situação do Sector Bancário nacional. Temos vindo assim,

gradualmente, a procurar apoio na Banca estrangeira que opera em Portugal ou nos países

para onde exportamos.

São também motivo de preocupação os aumentos já verificados nos preços da energia

eléctrica e do gás, este último pelos reflexos que tem no preço do vapor produzido pela

FISIGEN e consumido pela FISIPE.

É-nos muito grato referir que em 2011 atingimos o maior número de dias sem acidentes com

baixa de sempre – 313 dias.

Finalmente, uma palavra sobre o esforço que continuamos a fazer, através de formação

especializada, para a melhoria do desempenho profissional dos nossos colaboradores a todos

os níveis. Este esforço continuará em 2012.

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ORGÃOS SOCIAIS CORPOS GERENTES - TRIÉNIO 2009/2011

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente José Ferreira de Almeida e Francisco Dias Antunes -

Sociedade de Advogados, representada por Francisco

Neves Dias Antunes Fernandes

Vice-Presidente José Alexandre Teixeira de Sousa Machado

Secretário Paulo Alexandre da Silva Pernes Mota

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente João Manuel Caminha Dotti

João Rodrigo Guedes de Castro Pereira

José Miguel Duarte Martins Contreiras

Celestino Vieira de Freitas

Takanori Mikuni

COMISSÃO EXECUTIVA

Presidente João Manuel Caminha Dotti

João Rodrigo Guedes de Castro Pereira

José Miguel Duarte Martins Contreiras

CONSELHO FISCAL

Efectivos

Presidente José Jorge da Costa Martins Reimão

Pedro Manuel da Silva Leandro (ROC nº 392)

Luís Jacinto Pereira

Suplente Carlos Pedro Machado de Sousa Góis (ROC nº 597)

RELAÇÕES COM O MERCADO

Representante João Rodrigo Guedes de Castro Pereira

COMISSÃO DE VENCIMENTOS

Presidente José Domingos Vístulo de Abreu

José Miguel Leal da Silva

Alberto António Justiniano

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A EMPRESA

Nascemos em 1973 da fusão de conhecimentos e capitais da Companhia União Fabril (à época

o maior grupo empresarial português) e do grupo japonês Mitsubishi.

Hoje, somos uma Empresa essencialmente exportadora, cotada na Bolsa de Valores de Lisboa

e actuando a nível global.

O nosso elevado grau de flexibilidade estrutural permite-nos dar resposta rápida às exigências

dos Clientes e disponibilizar os recursos necessários à prestação de um vasto leque de

Serviços.

A certificação do nosso Sistema de Garantia de Qualidade, bem assim como a adesão

voluntária ao Programa “Actuação Responsável” e ao Painel do Ambiente do Barreiro,

reafirmam o nosso compromisso no desenvolvimento sustentável e, portanto, no respeito pelo

Ambiente.

VISÃO ESTRATÉGICA

A - Missão (razão de ser da FISIPE)

Criar Valor através do desenvolvimento e aperfeiçoamento de fibras acrílicas inovadoras, que

satisfaçam eficazmente os requisitos técnicos e económicos dos mercados-alvo, Têxteis e

Técnicos, à escala mundial, fomentando a nossa competitividade e a dos nossos Clientes.

B - Valores (princípios orientadores da gestão, critérios de decisão)

Ética

Inovação como factor de progresso

Competência Profissional e Desenvolvimento Humano

Responsabilidade Social e Ambiental C - Propósito Estratégico (o que queremos ser)

Queremos ser uma empresa financeiramente equilibrada e inovadora e uma referência internacional como produtores de fibras acrílicas especiais - nomeadamente fibras pré-tintas e funcionais, fibras para aplicações técnicas e precursor de fibra de carbono.

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GRUPO DE EMPRESAS FISIPE

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE

PORTUGAL S.A.

MUNDITÊXTIL, LDA.

100%

FISIGEN, S.A.

49%

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A – RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO

1. Introdução

A economia global continuou a sua recuperação em 2011, mas de forma bastante mais

moderada do que se previa inicialmente.

A economia europeia, um dos pilares do comércio internacional, acabou por se ressentir da

chamada crise das dívidas soberanas, dado o impacto negativo resultante dos programas de

austeridade e ajustamento financeiro implementados em diversos países.

A zona Euro entrou em recessão ligeira no último trimestre de 2011. Com excepção de alguns

países do norte da Europa, o problema do desemprego alastrou de forma preocupante e o

rendimento disponível de muitas famílias baixou consideravelmente.

A nossa dispersão geográfica, em termos de mercados, permitiu compensar o abrandamento

da procura na Europa com maiores exportações para mercados extra europeus.

O ano de 2011 foi caracterizado pela grande volatilidade do preço do acrilonitrilo, cujo valor

subiu continuamente nos primeiros meses do ano, atingindo em Abril/Maio o valor máximo,

perto dos 3000 USD/t. Nos restantes meses do ano 2011 o preço desceu de forma acentuada,

atingindo no final do ano um preço inferior a 1700 USD/t. Esta situação resultou

fundamentalmente de desequilíbrios entre a oferta e procura desta matéria-prima nos

mercados internacionais.

Apesar da enorme flutuação de preços do acrilonitrilo ao longo do ano, foi possível ajustar o

preço de venda da fibra e manter as margens de comercialização. Na primeira metade do ano

em que se registou o aumento de preços e se atingiu o valor máximo de sempre do acrilonitrilo,

foi possível repercutir esses aumentos no preço de venda da fibra acrílica porque todas as

fibras concorrentes também atingiram valores historicamente elevados, em particular o

algodão, que viu o seu preço triplicar de valor.

Os resultados líquidos consolidados depois de impostos foram positivos, no montante de

153 203 euros.

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2. Enquadramento Macro Económico do Sector e Cadeia de Valor

As variáveis exógenas com maior impacto na nossa actividade são indubitavelmente o preço

das matérias-primas e da energia, as taxas de câmbio, as taxas de juro, o preço das fibras

têxteis concorrentes e, menos directamente, o crescimento do PIB e a situação das balanças

de transacção corrente dos países destino das nossas exportações.

MERCADO DO NEGÓCIO DE FIBRAS

Principais factores que determinam o preço das Fibras Acrílicas

A figura seguinte resume de forma esquemática todos os factores que intervêm na formação do

preço das fibras acrílicas:

Fonte: FISIPE

Em 2011, a evolução do preço do acrilonitrilo resultou fundamentalmente de desequilíbrios

entre a oferta e procura e não tanto da evolução do preço do barril de petróleo ou dos custos

das matérias-primas utilizadas no seu processo de fabrico, nomeadamente o propileno e a

amónia. O próximo gráfico mostra a evolução do preço do acrilonitrilo, bem como o spread face

ao custo das matérias-primas utilizadas na sua produção.

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Gráfico 1

No gráfico seguinte é possível observar a evolução do preço da fibra acrílica nas várias

regiões, desde a eclosão da crise internacional de 2008. Em meados de 2011, a fibra acrílica

atinge na Europa o valor mais elevado de sempre, ligeiramente acima dos 4 USD/kg.

Relativamente às fibras acrílicas a situação foi diferente, dado que a evolução do pa-ilonitrilo.

Gráfico 2

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No gráfico 3 é possível avaliar o comportamento das principais fibras concorrentes face à fibra

acrílica, também para os últimos 4 anos. É de relevar a evolução do preço do algodão, que

atingiu um valor superior a 5 USD/kg, permanecendo alguns meses com um preço superior à

fibra acrílica. Tal facto deveu-se a uma situação de pânico vivida no mercado do algodão, com

produções inferiores ao previsto devido a fenómenos climatéricos extremos, como as

inundações verificadas no Paquistão e o período de seca na China. Também a lã acompanhou

a tendência altista de todas as fibras, tendo atingido um valor máximo de 15 USD/kg (preços

representados na escala direita do gráfico).

Gráfico 3

Tal como referido anteriormente, o aumento do preço das diferentes fibras têxteis, naturais e

sintéticas, permitiu sustentar a subida de preços da fibra acrílica durante o primeiro semestre

de 2011.

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3. Actividade Industrial

A actividade industrial no ano de 2011, traduzida em termos de Produção de Fibra, atingiu 96%

do valor orçamentado.

Alguns atrasos no fornecimento da nossa matéria prima principal, alguns cortes no

fornecimento de vapor e energia eléctrica e, finalmente, as perdas ocasionadas pela utilização

de um produto intermédio com problemas de qualidade, constituíram as principais razões para

o não cumprimento do orçamento de produção.

A performance fabril foi também negativamente afectada pelos consumos específicos de vapor

e pelas perdas de solvente - um subproduto utilizado no processo de fabrico – que, embora

tenham tido uma evolução favorável em relação ao ano anterior, ficaram abaixo do valor

orçamentado.

Em termos de Qualidade, a fibra de Grau A teve uma evolução positiva, mais 1,5% do que o

valor de 2010, mas abaixo do desejável, sendo o valor acumulado de 92.6% contra 94% de

Orçamento. As medidas tomadas a nível da recuperação da fibra regenerada e o maior rigor

nos procedimentos da operação contribuíram significativamente para esta melhoria, que se

prevê que venha a evoluir positivamente ao longo do ano 2012.

Em termos de Segurança, foi um ano muito bom, tendo-se atingido o valor recorde de 313 dias

sem acidentes com baixa. Os índices de frequência e de gravidade dos acidentes vieram

consistentemente a melhorar, representando actualmente os melhores índices desde o início

da laboração da FISIPE.

Relativamente ao Ambiente, a monitorização dos indicadores revela que a maioria está sob

controlo. Salientem-se os grandes investimentos realizados nas redes de Efluentes e, no caso

particular da rede de efluente Industriais, as alterações com vista a redução dos custos de

tratamento dos mesmos.

A percentagem de fibras especiais e técnicas subiu para 50%, o que representa um desvio de

1% em relação ao orçamento. De realçar que a % de fibras especiais “não Gel Dyed” subiu de

10 para 13% de todas as Especialidades.

Em termos de grandes intervenções de manutenção em equipamentos produtivos,

prosseguimos durante o ano de 2011 com a grande reparação de Máquinas de Spinning e

substituição do óleo de lubrificação por óleo Sintético, programa iniciado em 2009 com

conclusão prevista para o 1º trimestre de 2012.

Em termos de Pessoal, o absentismo continuou elevado, as horas extraordinárias finais estão

cerca de 40% abaixo do Orçamento e a Formação foi intensa, continuada e abrangente.

Para o ano de 2012, os grandes desafios que a Direcção de Operações tem pela frente

centram-se na melhoria global dos índices fabris, com grande enfoque na melhoria da

Estabilidade e da Qualidade, a continuação da boa performance da Segurança, e a melhoria do

Desempenho Ambiental.

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4. Actividade Comercial

Relativamente à actividade comercial, durante o ano de 2011 tivemos 2 semestres

completamente distintos em termos de procura de fibra. No primeiro semestre verificou-se uma

forte procura, caracterizada por subidas constantes no preço de acrilonitrilo (ACN), e pela

subida de uma forma generalizada dos preços das várias fibras têxteis.

No segundo semestre, principalmente no último trimestre do ano, a procura caiu bastante, por

um lado devido à redução no consumo na Europa mas também devido ao facto dos preços das

matérias-primas estarem a baixar. Os clientes preferiram reduzir stocks e comprar apenas

quando o preço atingisse o valor mais baixo.

Vendemos em 43 países, destacando-se pela margem bruta gerada os EUA, Espanha e Itália.

Foi possível vender especialidades em 88% dos mercados (38 países).

No ano de 2011 alargámos também a nossa base de clientes activos (274), sendo que em 74%

dos nossos clientes vendemos especialidades.

Relativamente às especialidades, cimentámos a posição de 2º maior produtor mundial de fibras

tintas (aumentando as vendas nos EUA).

Foi também um ano de forte crescimento de fibra Flat (fibra para imitação de pêlo animal).

Vendemos cerca de 3 vezes mais do que estava orçamentado. A China foi o principal mercado.

As expectativas para 2012 são muito optimistas, pois em Dezembro assinámos um acordo com

o principal cliente Chinês para vendas deste tipo de fibra.

Outra fibra que teve um crescimento muito superior ao previsto foi a Pluma (para fio tricô e

imitação de pêlo). Para 2012 a perspectiva é de crescimento – consolidação das vendas no

Canadá e aumentos previstos na China.

A venda de uma maior quantidade de especialidades permitiu alcançar margens comerciais

bastante confortáveis.

Em relação ao mercado de fibras técnicas, as vendas estiveram abaixo do esperado, não tendo

sido possível atingir o orçamento de vendas para as fibras L60/L62 destinadas à construção.

Relativamente à fibra percursora de carbono, em 2011 continuámos a fazer testes em clientes,

pelo que pensamos que só em 2012 será possível iniciar vendas regulares deste produto.

Apesar de termos conseguido aumentar em 9% as vendas no principal cliente de fibra Sunlast

(resistente aos raios ultravioleta), não foi possível atingir o orçamento, pois necessitamos de

um segundo grande cliente para esta fibra (já está identificado). Tivemos algumas vendas de

pequenas quantidades em clientes no Canadá, Turquia e África do Sul.

As vendas de Especialidades representaram 53% das vendas em quantidade e 69% em

margem. As vendas de Especialidades não têxteis representaram 8% do total das

Especialidades.

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5. Investigação e Desenvolvimento

Em 2011, os esforços da equipa de Investigação e Desenvolvimento centraram-se no

desenvolvimento e optimização de matérias-primas – precursores - para o sector dos materiais

compósitos:

Precursores de Fibra oxidada – a FISIPE lançou experimentalmente este ano duas novas

fibras Precursoras de fibra oxidada: PREOX-OPF e ACTIVOX by FISIPE. Trata-se de fibras

técnicas para produção de têxteis Flame Retardant e materiais de fricção (como discos de

embraiagens e pastilhas de travões).

Precursores de Fibra de carbono – Os novos precursores de fibra de carbono encontram-

se também disponíveis para testes no mercado nas variantes 24 e 48k. A linha de produtos

em optimização final designa-se PREOX-CF. Encontra-se em curso o investimento

necessário para completar a linha protótipo que permitirá realizar produções para testes de

maior dimensão.

Em final de Março, durante o JEC Show em Paris, a FISIPE apresentou ao mercado estes

novos precursores de fibra oxidada e de carbono. Simultaneamente divulgou também um

inovador serviço de R&D para apoio à utilização destes precursores e que facilita o

desenvolvimento de novos modelos de negócio de fibra de carbono, em particular a entrada de

novos players.

Durante o 2º semestre deram-se importantes passos na adequação do processo fabril para a

produção desta nova gama de produtos dirigida ao sector dos materiais compósitos, que exige

condições de produção, embalagem e controlo de qualidade totalmente diferentes.

Prosseguiram na nova instalação piloto para produção de fibra de carbono os trabalhos de

desenvolvimento para definição das condições de produção de fibra de carbono de tipo

standard. A FISIPE visa, com este trabalho, dominar a tecnologia de transformação dos seus

precursores em fibra de carbono e assim assegurar produtos adequados a este mercado.

Este ano a FISIPE iniciou a sua actividade como prestador de serviços externos de Inovação e

Desenvolvimento, rentabilizando os seus recursos humanos e instalações dedicadas a esta

actividade. No âmbito desta actividade foram produzidos novos polímeros acrílicos e realizados

ensaios de extrusão de polímeros não acrílicos.

A FISIPE apresentou em 2011 mais duas candidaturas a financiamento pelo QREN. Trata-se

dos projectos de I&DT: STRATEGICARBON e MOBICOMPOSITE. O primeiro visa o

desenvolvimento de precursores para produção de Fibra de Carbono de Módulo Intermédio e

Alto e foi aprovado recentemente. O segundo, em co-promoção com a empresa OPTIMAL, visa

a produção de componentes para a indústria automóvel envolvendo materiais compósitos com

Fibra de Carbono produzida na FISIPE. Este último projecto aguarda ainda a decisão final da

AdI - Agência de Inovação.

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Em Dezembro de 2011 arrancou mais um importante projecto de I&DT, desta feita financiado

pela UE e enquadrado no 7º PQ. Trata-se do Projecto EUCARBON - European Space

Qualified Carbon Fibres and Pre-Impregnated Based Materials, que visa a tentativa de

diminuição da dependência da Europa em relação ao Japão e aos EUA para obtenção destes

materiais estratégicos. A FISIPE foi assim convidada a participar num consórcio envolvendo

diversos parceiros de renome, como a EADS Casa Espacio e o INEGI para, em colaboração

num projecto de 3 anos, tentar desenvolver a tecnologia de produção destes materiais

estratégicos.

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6. Investimentos Ao longo do ano de 2011 consolidou-se a forte recuperação no nível de investimento realizado pela empresa. Esta recuperação do investimento ocorre depois de um período de forte contenção observado no 2º semestre de 2010, resultante de um enquadramento económico-financeiro particularmente negativo, que se caracterizou por fortes restrições no acesso ao crédito bancário. Apesar do agravamento das restrições no acesso ao crédito bancário, a melhoria dos resultados da empresa e a consequente melhoria dos cash-flows gerados permitiram retomar o ritmo de investimento. Em 2011 realizaram-se investimentos na área da produção de fibras tintas pelo processo gel-dyeing, como sejam a alteração de duas linhas de extrusão para a produção de fibras tintas e a construção de uma nova bacia de retenção na instalação de preparação de corantes. Manteve-se a política de substituição de alguns equipamentos em fim de vida útil e já com baixo desempenho, com o objectivo de reduzir custos de produção e melhorar o desempenho da empresa na área ambiental e de segurança. Concluíram-se também os trabalhos de interligação da rede de efluentes domésticos e industriais à ETAR Barreiro-Moita, que entrou recentemente em funcionamento. O início da recepção dos efluentes domésticos e industriais por parte da ETAR Barreiro-Moita ocorrerá em 2012 e de forma faseada, para permitir a adaptação da biomassa utilizada no processo de tratamento biológico da ETAR às características físico-químicas dos efluentes da FISIPE. Também se concretizou um investimento na área dos Sistemas de Informação e Recursos Humanos, o qual se consubstanciou num novo processo de controlo de acessos e gestão de tempos RH. Investiu-se igualmente na ampliação da rede de fibra óptica, com o duplo objectivo de aumentar o desempenho dos sistemas informáticos colocados em rede e a fiabilidade da própria rede. De acordo com o plano estratégico da empresa, deu-se continuidade aos investimentos estratégicos que visam a produção de fibras de maior valor acrescentado, em particular o projecto CARBOGEN, o qual deverá ficar concluído em 2012 (projecto apoiado pelo QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional). Com a implementação deste projecto industrial, a empresa estará em melhores condições de produzir e comercializar PFO – Precursores de Fibras Oxidadas e PFC – Precursores de Fibras de Carbono.

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7. Situação Económica e Financeira

Os resultados líquidos consolidados depois de impostos foram positivos, no montante de

153 203 euros.

É de realçar a recuperação nos resultados operacionais consolidados em relação ao exercício

de 2010.

Foram constituídas provisões não correntes para cobertura das responsabilidades com o fundo

de pensões de benefício definido no montante de 129 mil euros e para potenciais

indemnizações por problemas de qualidade no valor de 89 mil euros.

O resultado individual antes de impostos da FISIPE, expurgado do efeito dos resultados das

suas participadas, ascendeu a 507 770 euros.

Durante o ano de 2011 investimos o montante de 4 milhões de euros referentes a suprimentos

concedidos á FISIGEN. O cash flow gerado permitiu ainda efectuar os investimentos correntes

sem aumento do passivo financeiro em relação ao ano anterior.

O EBITDA evoluiu da seguinte forma:

M€ 2006 2007 2008 2009 2010 2011

EBITDA 5.530 2.985 4.258 7.374 4.520 7.331

Passivo Financeiro:

Suprimentos 5.000 500

Empréstimos MLP 2.123 1.737 4.482 3.063 2.060

Leasings 2.689 3.633 3.174 2.226

Empréstimos CP 5.987 5.997 6.374 3.178 4.407 4.497

Outros empréstimos 380 525 543 487

Factoring com recurso 7.819 7.231 7.520 1.574 9.607 10.219

(Disponibilidades) -2.836 -750 -534 -2.825 -1.845 -1.381

Total 15.970 15.101 18.166 10.567 18.949 18.107

Net debt/EBITDA 2,89 5,06 4,27 1,43 4,19 2,47

Apesar de apresentarmos uma relação Dívida/EBITDA num nível confortável, a empresa

deverá melhorar a sua estrutura financeira, que se revela ligeiramente desequilibrada, pelo que

terá de reestruturar parte do seu passivo financeiro através da contratação de um empréstimo a

médio e longo prazo, cuja concretização está já a ser negociada com a Banca.

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8. Qualidade, Ambiente e Segurança

O Sistema de Gestão da Qualidade, certificado por referência à norma ISO 9001, está hoje

totalmente integrado no funcionamento da Empresa. O Sistema está sujeito a auditorias

internas, de acordo com os requisitos da norma de referência e a auditorias externas anuais

conduzidas pela APCER.

Participámos activamente nas actividades da APEQ - Associação Portuguesa das Empresas

Químicas, nomeadamente actuando sobre os princípios da Actuação Responsável para uma

mais eficaz preservação do ambiente, da segurança e da saúde dos colaboradores.

Foi no âmbito do programa de Actuação Responsável, ao qual aderimos em 1994, que

assumimos alguns princípios orientadores que temos vindo a desenvolver e implementar:

- Redução do impacte ambiental da nossa actividade

- Prevenção e redução dos riscos industriais

- Utilização eficiente dos recursos naturais

- Formação e sensibilização dos colaboradores numa perspectiva de Protecção

Ambiental, Segurança e Saúde no Trabalho

- Clima de abertura e diálogo com a comunidade envolvente e colaboração com as

entidades oficiais.

O Sistema de Gestão da Segurança é sujeito a auditorias anuais, no âmbito da prevenção de

acidentes industriais graves, conduzidas por auditores externos acreditados pela Agência

Portuguesa do Ambiente.

No âmbito dos Requisitos do Sistema de Gestão da Segurança são realizados simulacros do

Plano de Emergência Interno da Empresa. Estes exercícios têm envolvido a participação

conjunta da Brigada de Emergência da FISIPE e dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste,

de acordo com o previsto no protocolo de colaboração assinado com aquela Corporação.

O Sistema de Gestão Ambiental foi adequado aos requisitos definidos na Licença Ambiental

emitida no âmbito da aplicação do regime de Prevenção e Controlo Integrados da Poluição

(PCIP), ao abrigo do Decreto-Lei nº 194/2000 de 21 de Agosto. A empresa tem elaborado os

Relatórios Ambientais Anuais, de forma a manter as autoridades informadas do seu

desempenho ambiental.

A FISIPE tem procurado reforçar o relacionamento com a comunidade envolvente, autoridades

locais e nacionais, bem como dar visibilidade às boas práticas que tem vindo a desenvolver em

diferentes domínios, nomeadamente ambiente, segurança e saúde, desenvolvimento de novos

produtos, novos processos e as consequências para o desenvolvimento social e económico da

região. Nesse sentido, tem disponibilizado as suas instalações para visitas de escolas do

ensino secundário e superior. No ano de 2011 foram facultadas várias visitas.

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9. Recursos Humanos

Durante o ano de 2011 o efectivo sofreu um decréscimo. Esta inversão ficou a dever-se ao

esforço de racionalização e organização do trabalho e às saídas por reforma que se verificaram

no último trimestre do ano.

Assim, terminámos 2011 com um efectivo instantâneo de 321 elementos e um efectivo médio

de 334,8. Estes números comparam respectivamente com 334 e 328,5 em 2010.

Os “Anos de Escolaridade Média” continuam a subir. No final de 2010 tínhamos 11,18 anos de

escolaridade média e terminámos 2011 com 11,89. Cerca de 60% do nosso efectivo são

Operadores Químicos, que actualmente são admitidos com o 12.º ano ou a escolaridade

obrigatória (9.º ano) acrescida de formação profissional relevante para a função. Por esta

razão, a evolução da escolaridade média é lenta, pois ocorre, neste grupo, pelo

rejuvenescimento.

A idade média medida no final de 2011 foi de 38,52 anos. Este indicador era de 38,94 em 2010

e 41,58 em 2005.

A antiguidade média, que em 2005 era de 16,75 anos passou para 12,78 em 2010, sendo de

12,18 no final de 2011. Em 6 anos a antiguidade baixou, portanto, mais de 4 anos.

Continuamos a manter o esforço de qualificação contínua do efectivo através da formação

profissional. Em 2011 foram registadas 260 acções de formação, que correspondem a 11 774

horas e representam um custo de 223,5 mil euros. Em média, cada colaborador da Empresa

recebeu 35,16 horas de formação.

Em relação ao absentismo, a causa principal continua a ser a Baixa por Doença, que

representa 61,4% do absentismo total. A Maternidade/Paternidade, que representa 13% do

absentismo total, aparece como a segunda causa mas, como se pode ver, a grande distância

da baixa por doença. A terceira causa é a Baixa por Acidentes de Trabalho, que representa

6,3% do absentismo total.

Apesar dos progressos registados no combate aos acidentes de trabalho, não foi ainda este

ano que atingimos o objectivo, há muito perseguido, de “ZERO ACIDENTES”. Porém, temos de

salientar que conseguimos 313 dias consecutivos sem acidentes com baixa. É o maior período

sem acidentes com baixa alguma vez alcançado na Empresa. Tivemos ainda 4 acidentes com

baixa que motivaram 317 dias perdidos. Continuamos a tentar cumprir o objectivo de “zero”

acidentes de trabalho. É um objectivo muito ambicioso mas que é preciso manter como algo

alcançável, que depende das condições de trabalho e, muito principalmente, da adequada

actuação de cada um.

Continuamos com a aplicação do sistema de Avaliação do Desempenho pelo 11.º ano

consecutivo. O conjunto de avaliações de cada colaborador, face ao número de anos que

abrange, dá indicações muito consistentes do desempenho e da evolução de cada um. Em

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2012 vamos rever o sistema e introduzir as alterações necessárias para que se mantenha um

instrumento de gestão útil e actual.

Apesar da contenção de custos, que permanece como orientação geral, foi mantida a política

de progressão salarial e profissional, tendo sido concretizadas 71 promoções, reconhecendo o

mérito dos que levam o seu esforço, dedicação, empenhamento e assiduidade sempre um

pouco mais longe.

Prossegue a implementação de programas de formação profissional contínua. O objectivo

continua a ser a promoção do desenvolvimento individual, proporcionando à generalidade dos

colaboradores um maior conhecimento do processo, do negócio e da empresa, ao mesmo

tempo que se contribui para padronizar procedimentos mais correctos, rigorosos e seguros,

através do treino e da reciclagem das actuações. Em 2011 foram ministradas 260 acções, que

correspondem a cerca de 11 800 horas de formação.

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10. Principais Riscos e Incertezas

Os principais riscos da FISIPE são ou operacionais, ou de mercado, ou de natureza financeira.

a) Riscos operacionais

São os riscos relacionados com a sua própria actividade. A FISIPE é uma empresa

abrangida pela norma SEVESO, sobre acidentes industriais graves, estando pois abrangida

por normas de segurança e de auditoria muito restritas. O facto de ser empresa certificada

garante as auditorias necessárias a todas as normas de implementação obrigatória. Neste

âmbito e como medida de minimização de riscos, a FISIPE possui uma brigada de

intervenção própria.

b) Riscos de câmbio

A FISIPE está sujeita a riscos de câmbio, nomeadamente associados ao dólar americano. A

empresa procura minimizar esses riscos tentando efectuar um “hedging” entre as suas

compras e as suas vendas. A matéria-prima principal é adquirida em dólares e a maior parte

das vendas são efectuadas também nesta divisa.

c) Riscos de taxa de juro

Também é um risco que a empresa tem em consideração, cobrindo a exposição com os

adequados instrumentos disponíveis no mercado, nomeadamente opções sobre taxas de

juro.

d) Riscos de crédito

A FISIPE procura minimizar estes riscos exigindo a abertura de cartas de crédito de

exportação ou através do recurso a seguros de crédito, quando existam.

e) Outro risco e incerteza com que a FISIPE se defronta está relacionado com a oscilação do

preço do acrilonitrilo. Não existindo um mercado financeiro em que se possa transaccionar

este produto, a empresa procura minimizar os riscos de oscilação garantindo uma parte do

seu abastecimento através da utilização de uma fórmula que tem em conta a evolução

média do preço desta matéria-prima no mercado europeu.

f) O preço do gás natural também constitui um risco e uma incerteza. O preço do vapor

produzido pela FISIGEN e fornecido à FISIPE é calculado por uma fórmula em que o preço

do gás é determinante. O contrato de fornecimento de gás e respectiva fórmula são

definidos anualmente por concurso entre os principais fornecedores de gás do mercado

nacional.

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11. Empresas Associadas

11.1 Munditêxtil

Os resultados apurados de acordo com as normas internacionais de contabilidade foram

positivos em 230 488 euros.

Apesar de uma redução verificada nas vendas em quantidades em relação ao ano de 2010, e

também do aumento do preço da fibra acrílica, a procura de fio manteve-se forte durante todo o

ano de 2011.

As margens unitárias cresceram significativamente em relação ao ano anterior, com especial

relevância no mercado italiano, o qual continua a ser o principal destino das nossas

exportações.

A actividade produtiva da fiação Open-End revelou-se muito satisfatória, tendo-se laborado no

regime de 3 turnos com folga fixa.

A forte procura no mercado do fio acrílico suscitou a retoma da actividade de produção aos

Sábados, com consequências no aumento dos gastos de fabrico, plenamente justificada em

termos económicos pelo aumento registado nas margens comerciais.

A situação financeira da Munditêxtil registou ligeiras melhorias em relação ao ano anterior. O

valor imobilizado em stocks aumentou ligeiramente mas em termos de cobranças regista-se

uma melhoria significativa, o que permitiu a redução da dívida a fornecedores, nomeadamente

à FISIPE. O prazo médio de pagamentos à FISIPE reduziu de 121 dias em 2010 para cerca de

108 dias em 2011.

Em termos de créditos incobráveis não foi necessário constituir provisões.

Um facto negativo que afectou os nossos resultados foi o reconhecimento, ao longo do ano, de

vários problemas de qualidade, no montante total de 56 mil euros.

Em termos de perspectivas, procuraremos continuar a consolidar a nossa presença no

mercado italiano, produzindo fios especiais em misturas com algodão e lã, para aplicações com

maior valor acrescentado.

O mercado do fio open-end é, no entanto, extremamente competitivo, com margens muito

reduzidas. Estamos cientes de que o nosso futuro nesta actividade depende de conseguirmos

um mix produtivo em que os produtos especiais tenham um peso cada vez maior.

Iremos prosseguir os nossos esforços no sentido de iniciarmos a produção de fios técnicos e

especiais em detrimento da produção de commodities.

A preocupação em diminuir o prazo de pagamento ao fornecedor principal - FISIPE - continuará

a ser um dos principais objectivos a alcançar em 2012.

Iremos também exercer um forte controle no nível dos stocks de produto acabado, evitando o

seu aumento excessivo.

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11.2 FISIGEN

A FISIGEN – Empresa de Cogeração, S.A., empresa formalmente constituída em Janeiro de

2009 tendo em vista construir e explorar uma central de Cogeração para fornecimento de

energia térmica às instalações fabris da FISIPE e de energia eléctrica à Rede Eléctrica de

Serviço Público (RESP), iniciou em 1 de Abril de 2010 o seu regime de exploração industrial,

assegurando desde 1 de Janeiro de 2010 as necessidades de consumo de vapor da FISIPE.

A FISIGEN teve um bom desempenho operacional durante o exercício de 2011.

Apesar de alguns reveses motivados por avarias, manutenção e redução do nível de consumo

de vapor da FISIPE, foi possível alcançar resultados operacionais positivos, no montante total

de 780 129 euros, os quais são superiores aos atingidos durante o exercício de 2010.

A actual estrutura de capitais da FISIGEN, caracterizada pela insuficiência de capitais próprios,

deu origem a custos financeiros muito elevados, cujo montante excedeu os resultados

operacionais.

Os resultados líquidos foram, assim, negativos, no montante de 1 541 537 euros e os capitais

próprios são negativos no montante de 1 205 630 euros.

Durante o ano de 2012, a Administração da empresa irá propor medidas para reestruturação

dos seus capitais próprios.

12. Perspectivas para o Futuro

O ano de 2011 caracterizou-se nos primeiros meses por uma subida acentuada do preço do

Acrilonitrilo, que atingiu valores historicamente elevados, e a partir de Maio por uma descida

desses preços para valores bastante inferiores aos normais. Esta instabilidade dos preços da

nossa matéria-prima principal tem tendência a manter-se e é um factor negativo para a nossa

actividade.

Continuamos convictos que só uma entrada consistente nos mercados das fibras técnicas,

nomeadamente no precursor de fibra oxidada e de carbono, pode assegurar à FISIPE um

futuro sem problemas.

Temos feito inúmeros testes e ensaios com o nosso precursor e continuamos a procurar

activamente um parceiro tecnológico e financeiro que nos possa facilitar a entrada neste

negócio promissor, mas difícil, da fibra de carbono.

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13. Proposta de aplicação de resultados

O Conselho de Administração propõe que os resultados apurados nas demonstrações

financeiras individuais, no montante de 153 203 euros, sejam transferidos para resultados

transitados.

14. Agradecimentos

Aos nossos agentes, fornecedores e às instituições financeiras, nomeadamente Banco

Comercial Português, Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo, BANIF, Deutsche Bank,

Barclays Bank, BBVA e Banco Comercial de Marrocos, agradecemos a importante colaboração

que sempre nos dispensaram.

Finalmente, assinalamos com inteiro agrado o entusiasmo, esforço e dedicação dos

colaboradores da Empresa, pelo que aqui lhes manifestamos o nosso agradecimento.

15. Declaração de Responsabilidade

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração submete

à apreciação dos Accionistas o Relatório de Gestão, a Demonstração da Posição Financeira e

Contas referentes ao exercício de 2011, na firme convicção de que, tanto quanto é do seu

conhecimento, a informação neles contida foi elaborada de acordo com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira apropriada do activo e do passivo da

empresa, da situação financeira e dos seus resultados e das empresas incluídas no seu

perímetro da consolidação, expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da

posição da empresa e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma

descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Lavradio, 8 de Março de 2012

O Conselho de Administração

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ANEXO I AO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2011

Composição accionista da FISIPE, S.A. em 31 de Dezembro de 2011 (Artº 448º nº 4 do

C.S.C.):

NEGOFOR, SGPS, S.A. 86,19%

QUIMIFÉRTIL, SGPS, S.A. 10,05%

Participação dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal no Capital da

Sociedade em 31 de Dezembro de 2011 (Artº 447º nº 5 do C.S.C.):

Saldo em 11-12-31

Conselho de Administração

João Manuel Caminha Dotti 50 782

João Rodrigo Guedes de Castro Pereira -

José Miguel Martins Contreiras 160

Celestino Vieira de Freitas 792 586

Takanori Mikuni -

Conselho Fiscal

José Jorge da Costa Martins Reimão 30 000

Pedro Manuel da Silva Leandro -

Luís Jacinto Pereira -

Carlos Pedro Machado de Sousa Góis -

O Conselho de Administração

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B – RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE Capítulo 0. Declaração de cumprimento

A FISIPE declara, nos termos do Regulamento CMVM nº 1/2007, que o grau de cumprimento

das recomendações contidas no Código de Governo das Sociedades da CMVM é o seguinte:

Recomendação Cumprimento Justificação (Pág.)

I.1.1 Sim 27

I.1.2 Sim 27

I.2.1 Sim 27

I.2.2 Sim 28

I.3.1 Sim, parcialmente 28

I.3.2 Sim 28

I.3.3 Sim 28

I.4.1 Sim 28

I.5.1 Não 29

I.6.1 Sim 29

I.6.2 Sim 29

II.1.1.1 Sim 30

II.1.1.2 Sim 30

II.1.1.3 Sim 31

II.1.1.4. Sim 31

II.1.1.5 Sim 32

II.1.2.1 Sim 33

II.1.2.2 Não 33

II.1.2.3. Não aplicável 34

II.1.3.1 Sim 34

II.1.3.2 Sim 34

II.1.4.1 Sim 35

II.1.4.2 Sim 35

II.1.5.1 Não 35

II.1.5.2 Não 37

II.1.5.3 Não aplicável 37

II.1.5.4 Sim 38

II.1.5.5 Não 38

II.1.5.6 Sim 38

II.2.1 Sim 39

II.2.2 Sim 40

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II.2.3 Sim 41

II.2.4 Sim 41

II.2.5 Não 41

II.3.1 Sim 42

II.3.2 Sim 42

II.3.3 Não aplicável 42

II.4.1 Não aplicável 43

II.4.2 Sim 43

II.4.3 Sim 43

II.4.4 Sim 43

II.4.5 Sim 44

II.4.6 Sim 44

II.5.1 Não aplicável 44

II.5.2 Sim 44

II.5.3 Sim 45

II.5.4. Sim 45

III.1.1 Sim 45

III.1.2 Não 47

III.1.3 Sim 47

III.1.4 Sim 47

III.1.5 Não 47

IV.1 Sim 48

IV.1.2 Sim 48

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I. ASSEMBLEIA-GERAL

I.1. MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Recomendação I.1.1. O presidente da mesa da Assembleia-Geral deve dispor de recursos

humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a

situação económica da Sociedade

A Sociedade cumpre: A Sociedade disponibiliza ao Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

todos os meios necessários para que este possa preparar e realizar as Assembleias-Gerais de

forma independente eficiente e competente.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral dispõe do apoio dos serviços administrativos da

FISIPE, do Secretariado da Comissão Executiva e dos próprios membros da Comissão

Executiva na preparação e obtenção de toda a documentação necessária às Assembleias-

Gerais e da preparação das formalidades inerentes.

Recomendação I.1.2.: A remuneração do presidente da mesa da Assembleia-Geral deve ser

divulgada no relatório anual sobre o Governo de Sociedades.

A Sociedade cumpre: A remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral é de 350

euros por reunião e é divulgada no presente relatório.

I.2. PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA-GERAL

Recomendação 1.2.1. A antecedência imposta para a recepção, pela mesa, das declarações

de depósito ou bloqueio de acções para a participação em Assembleia-Geral imposta pelos

estatutos não deve ser superior a 5 dias úteis.

A Sociedade cumpre esta recomendação: O Artigo 26 nº 1 dos estatutos estabelece, como

requisito de admissão dos accionistas a participar na Assembleia-Geral, o registo ou depósito

das respectivas acções nos 5 (cinco) dias anteriores à data da Assembleia-Geral. Os Estatutos

não prevêem a exigência de qualquer antecedência para a recepção pela mesa das

respectivas declarações. Não constitui prática ou entendimento do Presidente da Mesa da

Assembleia-Geral a exigência de qualquer prazo de antecedência para recepção do

comprovativo de tal depósito ou registo, conquanto tal comprovativo seja presente na data da

própria assembleia-geral.

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Recomendação I.2.2. Em caso de suspensão da reunião da Assembleia-Geral, a Sociedade

não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada, devendo

bastar-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão.

A Sociedade cumpre esta recomendação: Não só os estatutos são omissos quanto a esta

especificidade, como não constitui prática do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral obrigar

ao bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada.

I.3. VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO

Recomendação I.3.1. As Sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária ao voto

por correspondência e, quando adoptado e admissível, ao voto por correspondência

electrónico.

A Sociedade cumpre parcialmente: O artigo 30º A dos estatutos prevê o voto por

correspondência sem restrições.

Não está contemplada nos estatutos a possibilidade de votação por correio electrónico.

Recomendação I.3.2. O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de

voto emitida por correspondência não deve ser superior a 3 dias úteis.

A Sociedade cumpre: Nº 3 do artigo 30º-A dos estatutos.

Recomendação I.3.3. As Sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de

voto e a participação accionista, preferencialmente através da previsão estatutária que faça

corresponder um voto a cada acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que,

designadamente: i) tenham acções que não confiram o direito de voto; ii) estabeleçam que não

sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista

ou por accionistas com ele relacionados.

A Sociedade cumpre: Nº 3 do artigo 30º dos estatutos.

I.4. QUÓRUM E DELIBERAÇÕES

Recomendação I.4.1. As Sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao

previsto por lei.

A Sociedade cumpre: Os estatutos remetem, nesta matéria, para o regime legal, cf. Artigo 30º,

nº 3.

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I.5. ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS

Recomendação I.5.1. Extractos de acta das reuniões da Assembleia-Geral, ou documentos de

conteúdo equivalente, devem ser disponibilizados aos accionistas no sitio da Internet da

Sociedade no prazo de 5 dias, após a realização da Assembleia-Geral, ainda que não

constituam informação privilegiada. A informação divulgada deve abranger as deliberações

tomadas, o capital representado e os resultados das votações. Estas informações devem ser

conservadas no sítio na internet da sociedade durante pelo menos três anos.

A Sociedade não cumpre: Embora disponibilize no seu sítio extractos das acta da Assembleia-

Geral anual e documentos de prestação de contas, bem como ordens de trabalhos das

reuniões das Assembleias-Gerais realizadas nos 3 anos antecedentes, não tem sido possível

fazê-lo no prazo de 5 dias após a realização da Assembleia-Geral.

I.6. MEDIDAS RELATIVAS AOS CONTROLO DAS SOCIEDADES

Recomendação I.6.1. As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas

públicas de aquisição devem respeitar os interesses da Sociedade e dos seus accionistas. Os

estatutos das sociedades que, respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número de

votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em

concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em

cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou manutenção dessa

disposição estatutária - sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal - e que,

nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione.

A Sociedade cumpre: Não existem quaisquer medidas que tenham em vista impedir o êxito de

ofertas públicas de aquisição.

Recomendação I.6.2. Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito

provocar automaticamente uma erosão grave no património da Sociedade em caso de

transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando

dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do

desempenho dos titulares do órgão de administração.

A Sociedade cumpre: Não existem quaisquer medidas defensivas que tenham por efeito

provocar automaticamente uma erosão grave do património da Sociedade em caso de

transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração. Também não

existem quaisquer acordos ou entendimentos que prejudiquem a livre transmissibilidade das

acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares dos órgãos de

administração.

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II – ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

II.1. TEMAS GERAIS

II.1.1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIA

Recomendação II.1.1.1. O órgão de administração deve avaliar no seu relatório de governo o

modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo

medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar.

A Sociedade cumpre: A FISIPE, por deliberação dos seus accionistas, adoptou como modelo

de governo o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas, pelo

que a função fiscalizadora é claramente independente da função executiva. Não foram

detectados constrangimentos ao modelo adoptado, pelo que inexistem medidas de actuação a

propor.

Recomendação II.1.1.2. As Sociedades devem criar sistemas internos de controlo e gestão de

riscos, em salvaguarda do seu valor e em benefício da transparência do seu governo

societário, que permitam identificar e gerir o risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos,

as seguintes componentes i) fixação dos objectivos estratégicos da sociedade em matéria de

assunção de riscos ii)identificação dos principais riscos ligados à concreta actividade exercida e

dos eventos susceptíveis de originar riscos; iii) análise e mensuração do impacto e da

probabilidade de ocorrência de cada um dos riscos potenciais; iv) gestão do risco com vista ao

alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica da sociedade quanto

á assunção dos riscos; v) mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de

risco adoptadas e a sua eficácia; vi) adopção de mecanismos internos de informação e

comunicação sobre as diversas componentes do sistema e de alertas de riscos; vii) avaliação

periódica do sistema implementado e adopção das modificações que se mostrem necessárias.

A Sociedade cumpre: A FISIPE tem um conjunto de riscos e incertezas ligados à sua

actividade. Os principais riscos identificados consistem nos riscos operacionais, ambientais e

financeiros (o risco de taxa de juro, o risco cambial, o risco de crédito e o risco de liquidez).

A FISIPE tem vários sistemas implementados, internos e externo, de controlo para detecção

eficaz destes riscos.

Enquanto empresa certificada, a FISIPE desenvolveu, implementou e tornou públicos manuais

de segurança operacional e ambiental de cumprimento obrigatório para todos os funcionários e

colaboradores. Paralelamente, promove a organização sistemática de auditorias para controlo

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e avaliação das normas implementadas, sendo que, pelo menos uma vez por ano, tal avaliação

é levada a cabo por empresa externa e independente.

A FISIPE tem vigente um seguro multi-risco que cobre os riscos da sua actividade.

A avaliação e controlo do risco de crédito são confiados à COSEC que, simultaneamente,

segura a Sociedade contra o risco de crédito.

O risco cambial e de taxa de juro é prevenido com recurso periódico a instrumentos derivativos

para cobertura de tais riscos.

Recomendação II.1.1.3. O órgão de administração deve assegurar a criação e funcionamento

dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, cabendo ao órgão de fiscalização a

responsabilidade pela avaliação do funcionamento destes sistemas e propor o respectivo

ajustamento ás necessidades da sociedade.

A Sociedade cumpre: O controlo interno de gestão de riscos é gerido através das seguintes

Direcções:

Risco Operacional - É gerido pela Direcção de Operações

Risco Ambiental - É gerido pela Direcção de Operações

Risco Financeiro - É gerido pela Direcção Financeira

O controlo interno é, ainda, monitorizado através das várias reuniões efectuadas, as quais

contam com a presença dos vários intervenientes responsáveis pela gestão directa dos riscos

da actividade:

Reunião operacional - Todas as segundas-feiras

Reunião de Direcção – Quinzenal, ás quartas-feiras

Reunião da Comissão Executiva – Mensal

Estas reuniões são complementadas com as auditorias anuais e a análise dos riscos

ambientais e operacionais para efeitos de seguro multi-riscos.

Recomendação II.1.1.4. As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governo da

Sociedade: i) identificar os principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a

sociedade se expõe no exercício da actividade; ii) descrever a actuação e eficácia do sistema

de gestão de riscos.

A sociedade cumpre: Os principais riscos da FISIPE são ou operacionais, ou de mercado ou de

natureza financeira.

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a) Riscos operacionais

São os riscos relacionados com a sua própria actividade. A FISIPE é uma empresa

abrangida pela norma SEVESO, sobre acidentes industriais graves, estando pois abrangida

por normas de segurança e de auditoria muito restritas. O facto de ser empresa certificada

garante as auditorias necessárias a todas as normas de implementação obrigatória. Neste

âmbito e como medida de minimização de riscos, a FISIPE possui uma brigada de

intervenção própria.

b) Riscos de câmbio

A FISIPE está sujeita a riscos de câmbio, nomeadamente associados ao dólar americano. A

empresa procura minimizar esses riscos tentando efectuar um “hedging” entre as suas

compras e as suas vendas. A matéria-prima principal é adquirida em dólares e a maior parte

das vendas são efectuadas também nesta divisa.

c) Riscos de taxa de juro

Também é um risco que a empresa tem em consideração, cobrindo a exposição com os

adequados instrumentos disponíveis no mercado, nomeadamente opções sobre taxas de

juro.

d) Riscos de crédito

A FISIPE procura minimizar estes riscos exigindo a abertura de cartas de crédito de

exportação ou através do recurso a seguros de crédito, quando existam.

e) Outro risco e incerteza com que a FISIPE se defronta está relacionado com a oscilação do

preço do acrilonitrilo. Não existindo um mercado financeiro em que se possa transaccionar

este produto, a empresa procura minimizar os riscos de oscilação garantindo uma parte do

seu abastecimento através da utilização de uma fórmula que tem em conta a evolução

média do preço desta matéria-prima.

f) O preço do gás natural também constitui um risco e uma incerteza. O preço do vapor

produzido pela FISIGEN e fornecido á FISIPE é calculado por uma fórmula em que o preço do

gás é determinante. O contrato de fornecimento de gás e respectiva fórmula é definido

anualmente por concurso entre os principais fornecedores de gás do mercado nacional.

Recomendação II.1.1.5. Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de

funcionamento, os quais devem ser divulgados no sítio na internet da sociedade.

A sociedade cumpre: Os órgãos de administração e fiscalização regulam o seu modo de

funcionamento de acordo com os artigos 17º, 18º e 23º dos estatutos, conforme divulgado no

sítio da Sociedade.

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São competências exclusivas do Conselho de Administração a aprovação dos orçamentos, dos

planos operacionais anuais e dos planos a longo prazo, bem como do estabelecimento,

transferência ou encerramento de sucursais, agências ou quaisquer outras formas de

representação social. São também da exclusiva competência do Conselho de Administração a

aquisição de acções, quotas, obrigações ou partes sociais de outras entidades, já constituídas

ou a constituir. Como tal, essas matérias estão vedadas à Comissão Executiva, que apenas as

pode propor ao Conselho de Administração. À Comissão Executiva está também vedada a

possibilidade de prestação de cauções ou de garantias pessoais ou reais pela Sociedade.

Durante o ano de 2011, o Conselho de Administração da Sociedade reuniu 4 vezes.

Durante o ano de 2011, a Comissão Executiva da Sociedade reuniu 11 vezes. A Comissão

Executiva está em permanência na Sociedade, assegurando a sua gestão corrente.

II.1.2. INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA

Recomendação II.1.2.1. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros

não executivos que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da

actividade dos membros executivos.

A Sociedade cumpre: Dada a reduzida dimensão da Sociedade o Conselho de Administração é

composto por 5 membros dos quais 2 são não executivos, garantindo a supervisão pretendida.

O Administrador não executivo Celestino Vieira de Freitas entende que não possui efectiva

capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos.

Recomendação II.1.2.2. De entre os administradores não executivos deve contar-se um

número adequado de administradores independentes, tendo em conta a dimensão da

Sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto

do número total de administradores.

A Sociedade não cumpre.

Justificação: A Sociedade entende que a implementação desta recomendação não é adequada

às suas características específicas e, designadamente, à sua estrutura accionista, às

disposições estatutárias (obrigatórias) relativas à designação de administradores e à situação

económica da Sociedade.

Com efeito, a Sociedade assegura a representação no Conselho de Administração de

representantes de todos os grupos de accionistas minoritários conhecidos. Aliás, a FISIPE

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adoptou estatutariamente o direito de uma minoria de accionistas que represente pelo menos

10% do capital, a designar pelo menos um administrador.

Sendo certo que a situação económica e financeira da Sociedade não comporta a contratação

de mais administradores remunerados, a substituição dos administradores Vieira de Freitas e

Takanori Mikuni por outros que cumprissem os requisitos de independência retiraria do

Conselho os representantes dos accionistas minoritários e potenciaria que os mesmos

accionassem o seu direito a designar um administrador.

Recomendação II.1.2.3. A avaliação da independência dos seus membros não executivos feita

pelo órgão de administração deve ter em conta as regras legais e regulamentares em vigor

sobre os requisitos de independência e o regime de incompatibilidades aplicáveis aos membros

dos outros órgãos sociais, assegurando a coerência sistemática e temporal na aplicação dos

critérios de independência a toda a sociedade. Não deve ser considerado independente

administrador que, noutro órgão social, não pudesse assumir essa qualidade por força das

normas aplicáveis.

Não aplicável, dado que a Sociedade não tem administradores não executivos que não sejam

accionistas ou representantes de accionistas.

II.1.3. ELEGIBILIDADE E NOMEAÇÃO

Recomendação II.1.3.1. Consoante o modelo aplicável, o Presidente do Conselho Fiscal, da

comissão de auditoria ou da comissão para as matérias financeiras deve ser independente e

possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções.

A Sociedade cumpre: O Presidente do Conselho Fiscal é independente e possui as

competências adequadas ao exercício das suas funções: é Revisor Oficial de Contas.

Recomendação II.1.3.2. O processo de selecção de candidatos a administradores não

executivos deve ser concebido de forma a impedir a interferência dos administradores

executivos.

A Sociedade cumpre: Os administradores não executivos actuais foram escolhidos pela

Assembleia-Geral. Note-se também que a proposta de nomeação foi apresentada pelo

accionista NEGOFOR SGPS, SA, não tendo surgido qualquer proposta alternativa.

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II.1.4. POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

Recomendação II.1.4.1. A Sociedade deve adoptar uma politica de comunicação de

irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação

dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas

internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação

do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja

pretendido pelo declarante.

A Sociedade cumpre: A política de comunicação de irregularidades da Sociedade exige a

comunicação de toda e qualquer desconformidade à legislação, regulamentação ou norma

aplicável, independentemente da respectiva fonte, incluindo regras e manuais de segurança

operacional e ambiental.

Recomendação II.1.4.2. As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre

o governo das Sociedades.

A Sociedade cumpre.

A Sociedade possui uma política de comunicação de irregularidades. As irregularidades podem

ser classificadas em irregularidades de nível operacional, disciplinar, ambiental, financeiro e

comercial.

A sua comunicação é efectuada a nível de cada Direcção (cf. supra II.1.1.3.) e posteriormente

comunicada à Comissão Executiva.

II.1.5. REMUNERAÇÃO

Recomendação II.1.5.1. A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser

estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses de

longo prazo da Sociedade, basear-se em avaliação de desempenho e desincentivar a

assunção excessiva destes riscos. Para este efeito, as remunerações devem ser estruturadas,

nomeadamente da seguinte forma:.i) a remuneração dos administradores que exerçam funções

executivas deve integrar uma componente variável cuja determinação dependa de uma

avaliação de desempenho , realizada pelos órgãos competentes da sociedade, de acordo com

critérios mensuráveis pré determinados, que considere o real crescimento da empresa e a

riqueza efectivamente criada para os accionistas, a sua sustentabilidade a longo prazo e os

riscos assumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da empresa.

ii)A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à

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componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as

componentes. iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um

período não inferior a três anos, e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do

desempenho positivos da sociedade ao longo desse período;(iv) Os membros do órgão de

administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que

tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada

pela sociedade.; v) Até ao termo do seu mandato, devem ser os administradores executivos

manter as acções da sociedade a que tenham acedido por força dos esquemas de

remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com

excepção daquelas que necessitem de ser alienadas com vista ao pagamento de impostos

resultantes do benefício dessas mesmas acções; (vi) Quando a remuneração variável

compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um

prazo não inferior a três anos.; (vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos

adequados para que a compensação estabelecida para qualquer forma de destituição sem

justa causa de administrador não seja paga se a destituição ou cessação por acordo é devida a

desadequado desempenho do administrador.; (viii) A remuneração dos membros não

executivos do órgão de administração não deverá incluir nenhuma componente cujo valor

dependa do desempenho ou do valor da sociedade.

A Sociedade não cumpre.

Justificação:

i) e ii) A remuneração dos administradores que exercem funções executivas integra uma

componente variável cuja determinação é fixada de acordo com a deliberação da

Comissão de remunerações que emitiu a «Declaração sobre a politica de remuneração

dos membros dos órgãos sociais da FISIPE» que está exarada na respectiva acta nº 45.

Esta declaração pressupõe igual desempenho dos administradores executivos na

obtenção de resultados da Sociedade e na respectiva valorização, atenta a

complementaridade das respectivas funções para a obtenção de resultados e para a

valorização da Sociedade.

iii) Uma parte significativa da remuneração variável é paga após o termo de cada mandato.

iv) Os membros do órgão de administração não celebraram quaisquer contratos, quer com a

sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à

variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade.

v) Não aplicável.

vi) Não aplicável.

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vii) Não aplicável.

viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não inclui

nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da sociedade: dos

membros não executivos do Conselho de Administração apenas o Dr. Celestino Vieira de

Freitas aufere remuneração, a qual é fixa e não depende do desempenho ou do valor da

sociedade.

Recomendação II.1.5.2. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de

administração e fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei nº28/2009, de 19 de Junho,

deve, além do conteúdo ali referido, conter informação: i) sobre quais os grupos de sociedades

cuja política e práticas remuneratórias foram tomadas como elemento comparativo para a

fixação da remuneração; ii) sobre os pagamentos relativos à destituição ou cessação por

acordo de funções de administradores.

A declaração não cumpre estes requisitos.

Justificação: Atenta a especificidade própria e a situação económica da sociedade, as

remunerações não foram fixadas com base em comparação com qualquer outro grupo de

sociedades.

Não estão previstos quaisquer pagamentos relativos à destituição e/ou cessação por acordo

das funções dos administradores, porquanto a maioria dos administradores executivos são

quadros da sociedade, com os respectivos contratos de trabalho suspensos enquanto

desempenharem funções enquanto membros dos órgão sociais. Consequentemente, a sua

destituição ou cessação de funções determinará, ipso facto, a cessação da suspensão dos

respectivos contratos de trabalho.

Recomendação II.1.5.3. A declaração sobre política de remunerações a que se refere o art. 2º

da Lei nº 28/2009 deve abranger igualmente as remunerações dos dirigentes na acepção do nº

3 do artigo 248º B do Código dos Valores Mobiliários e cuja remuneração contenha uma

componente variável importante. A declaração deve ser detalhada e a apolítica apresentada

deve ter em conta, nomeadamente, o desempenho de longo prazo da sociedade, o

cumprimento das normas aplicáveis à actividade da empresa e a contenção na tomada de

riscos.

Não aplicável: Para além dos respectivos administradores executivos não há outros «dirigentes

que, na Sociedade, aufiram remuneração variável».

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Recomendação II.1.5.4. Deve ser submetida à Assembleia-Geral a proposta relativa à

aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com

base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização

e demais dirigentes, na acepção do nº 3 do artigo 248º B do Código dos Valores Mobiliários. A

proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avalização correcta do plano.

A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não

tenha sido elaborado, das condições gerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma

devem ser aprovadas em Assembleia-Geral as principais características do sistema de

benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração,

fiscalização e demais dirigentes, na acepção do nº 3 do artigo 248º B do Código dos Valores

Mobiliários.

A sociedade cumpre.

A proposta, de uma parte da remuneração variável estar relacionada com a evolução do preço

das acções, foi aprovada em Assembleia-Geral.

Não existem sistemas de benefícios de reforma específicos de que beneficiem os membros dos

órgãos de administração.

Recomendação II.1.5.5. Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve

estar presente nas Assembleias-Gerais de accionistas.

A Sociedade não cumpre.

Justificação: Os membros da Comissão de Remunerações não têm comparecido às

Assembleias-Gerais.

A Sociedade vai sensibilizar os membros da Comissão de Vencimentos para a necessidade de

comparecerem às Assembleias-Gerais anuais.

Recomendação II.1.5.6. Deve ser divulgado, no relatório anual sobre o Governo da sociedade,

o montante da remuneração recebida, de forma agregada e individual, em outras empresas do

grupo e os direitos de pensão adquiridos no exercício em causa.

A Sociedade cumpre: Os membros dos órgãos sociais não auferem qualquer remuneração

noutras empresas do grupo.

Os direitos de pensão adquiridos pelos administradores executivos são os decorrentes dos

Planos de benefícios definido e de contribuição definida existentes na Sociedade e geridos pela

PensõesGere.

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II.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Recomendação II.2.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de

administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da Sociedade, o

Conselho de Administração deve delegar a administração quotidiana da Sociedade, devendo

as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

A Sociedade cumpre: O Conselho de Administração da FISIPE, em conformidade com o

disposto no Artigo 15º dos Estatutos, delega a gestão corrente da Sociedade numa Comissão

Executiva, composta por três membros, tendo fixado em deliberação os limites de tal delegação

e o modo de funcionamento da Comissão Executiva.

São as seguintes as competências delegadas na Comissão executiva:

Um – Praticar todos os actos de gestão corrente da Sociedade e superintender e dirigir todos

os negócios sociais que se enquadrem em tal gestão;

Dois – Superintender e dirigir todos os serviços da sociedade, de acordo com a lei, o contrato

de sociedade e as deliberações da Assembleia-geral e do Conselho de Administração;

Três – Dirigir, coordenar, executar e orientar os negócios sociais, dentro dos orçamentos,

políticas e limites aprovados pelo Conselho de Administração e de acordo com os objectivos e

as políticas aprovadas pela Assembleia-geral e pelo Conselho de Administração;

Quatro – Assegurar e promover a execução das deliberações do Conselho de Administração,

superintendendo e orientando, de forma predominante, as operações relativas ao objecto

social;

Cinco – Elaborar regulamentos internos e emitir as instruções que julgar convenientes.

Seis – Elaborar os planos operacionais anuais, os orçamentos anuais e os planos a longo

prazo, a fim de os submeter ao Conselho de Administração;

Sete – Realizar investimentos e outras aquisições designadamente compra, aluguer, locação

de bens e equipamentos previstos nos orçamentos anuais ou, não o estando, cujo montante

envolvido seja inferior a 1 milhão de euros;

Oito – Autorizar a venda a oneração e a permuta de maquinarias , equipamentos móveis e

quaisquer outros bens de capital com excepção de bens imóveis assinando os respectivos

contratos quando necessário.

Nove – Contratar a prestação de serviços no âmbito da actividade corrente;

Dez – Contratar, demitir e despedir trabalhadores, definir os respectivos níveis, categorias,

condições de remuneração e outras regalias ou complementos;

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Onze – Exercer o poder disciplinar, desencadear os respectivos procedimentos e aplicar

sanções;

Doze – Emitir, receber ou endossar cheques, livranças e outros títulos;

Treze – Contrair passivo bancário, mediante a celebração dos contratos adequados,

designadamente de mútuo, abertura de crédito, abertura de crédito em conta corrente,

descoberto, até ao valor limite de 3 000 000 € (três milhões de euros) por contrato, desde que

os mesmos não impliquem a prestação de cauções e de garantias pessoais ou reais pela

sociedade;

Catorze – Propor ao Conselho de administração o estabelecimento, a transferência ou o

encerramento de sucursais, agências ou quaisquer outras formas de representação social;

Quinze – Propor ao conselho de Administração a aquisição de acções, quotas, obrigações ou

partes sociais de outras entidades, já constituídas ou a constituir, bem como propor a

designação dos representantes da sociedade nos órgãos sociais daquelas;

Dezasseis – Propor ao Conselho de Administração a participação em agrupamentos

complementares de empresas e em agrupamentos europeus de interesse económico e, bem

assim, a celebração de contratos de consórcio e de associação em participação.

Dezassete – Sem prejuízo do disposto na lei e no contrato de sociedade, requerer as reuniões

do Conselho de Administração que entender convenientes, estabelecendo a respectiva

agenda;

Dezoito – Sem prejuízo do disposto na lei e no contrato de sociedade, requerer as reuniões

conjuntas do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, quando entenda conveniente;

Dezanove – Designar representantes nas Assembleias - Gerais das sociedades participadas

pela FISIPE- Fibras Sintéticas de Portugal, SA e determinação do sentido de voto nas mesmas

assembleias;

Vinte – Representar a sociedade , em juízo ou fora dele, activa e passivamente,

compreendendo a instauração, contestação e interposição de recursos em quaisquer

processos judiciais ou arbitrais e incluindo igualmente a confissão, desistência ou transacção

em quaisquer acções e a assunção de compromissos arbitrais;

Vinte e um – Constituir mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de

actos definindo a extensão dos respectivos mandatos;

É a seguinte a composição da Comissão Executiva – João Manuel Caminha Dotti, João

Rodrigo Guedes de Castro Pereira e José Miguel Duarte Martins Contreiras.

Recomendação II.2.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a Sociedade actua de

forma consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência,

designadamente no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da Sociedade; ii)

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definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas

devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

A Sociedade cumpre: O Conselho de Administração não delega a sua competência no que

respeita a:

a) definição da estratégia e das políticas gerais da Sociedade

b) definição da estrutura empresarial do grupo

c) tomada de decisões estratégicas ou de risco elevado.

Recomendação II.2.3 Caso o Presidente do Conselho de Administração exerça funções

executivas, o Conselho de Administração deve encontrar mecanismos eficientes de

coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que

estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida

explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o Governo da

Sociedade.

A Sociedade cumpre: Os membros não executivos do Conselho de Administração são

convocados para as reuniões do Conselho de Administração com a antecedência de quinze

dias, sendo que toda a documentação relevante para a tomada de decisões sobre as matérias

da ordem de trabalhos lhes é remetida antecipadamente.

Recomendação II.2.4. O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a

actividade desenvolvida pelos administradores não executivos, referindo, nomeadamente,

eventuais constrangimentos deparados.

A Sociedade cumpre: A actividade dos Administradores não executivos corresponde à

fiscalização e supervisão da actividade da Comissão Executiva, bem como ao desempenho

das competências inerentes à sua qualidade de membros do Conselho de Administração, e é

exercida mediante participação activa nas reuniões do Conselho de Administração e análise da

informação e documentação relevantes.

No exercício de 2011 tiveram lugar 4 reuniões do Conselho de Administração.

Não foram detectados quaisquer constrangimentos.

Recomendação II.2.5. A sociedade deve explicitar a sua política de rotação dos pelouros no

Conselho de Administração, designadamente do responsável pelo pelouro financeiro, e

informar sobre ela no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

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A Sociedade não cumpre: No momento presente não existe rotação de pelouros no Conselho

de Administração. A reduzida dimensão da empresa justifica plenamente esta situação.

II.3. ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Recomendação II.3.1. Os Administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados

por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao

pedido, as informações por aqueles requeridas.

A Sociedade cumpre: O Conselho de Administração reuniu quatro vezes na sede social,

durante o exercício de 2011. No decurso das suas reuniões consulta sistematicamente o

administrador com o pelouro financeiro e, sempre que o entende, os administradores com os

pelouros comerciais e operacionais. Tais administradores (executivos) franqueiam o acesso

dos membros do Conselho de Administração a toda a documentação solicitada, bem como a

todas as pessoas e serviços da Sociedade.

O Revisor Oficial de Contas mantém contactos regulares e permanentes com o administrador

do pelouro financeiro e realiza, pelo menos, uma auditoria preliminar e uma auditoria anual,

para as quais lhe é fornecida toda a informação requerida.

Recomendação II.3.2. O presidente da Comissão Executiva deve remeter, respectivamente, ao

Presidente do Conselho de Administração e, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho

Fiscal ou da Comissão de Auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões.

A Sociedade cumpre: Os cargos de Presidente da Comissão Executiva e de Presidente do

Conselho de Administração são desempenhados pela mesma pessoa.

O Presidente do Conselho Fiscal, tal como o Conselho Fiscal a que preside, exercem as

respectivas funções na sede social, onde reúnem periodicamente e onde acedem a todas as

actas das reuniões da Comissão Executiva.

Recomendação II.3.3. O Presidente do Conselho de Administração executivo deve remeter ao

Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias

Financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões.

Não aplicável.

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II.4 CONSELHO FISCAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS METÉRIAS

FINANCEIRAS, COMISSÃO DE AUDITORIA E CONSELHO FISCAL

Recomendação II.4.1. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências

de fiscalização que lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento,

acompanhamento e avaliação contínua da gestão da Sociedade por parte do Conselho de

Administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o Conselho Geral e de Supervisão

deve pronunciar-se incluem-se: i) a definição da estratégia e as politicas gerais da Sociedade;

ii) a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas

devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

Não aplicável. A Sociedade não tem Conselho Geral e de Supervisão.

Recomendação II.4.2. Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho

Geral e de Supervisão, a Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o

Conselho Fiscal devem ser objecto de divulgação no sitio da Internet da Sociedade, em

conjunto com os documentos de prestação de contas.

A Sociedade cumpre: A Sociedade não tem Conselho Geral e de Supervisão. No entanto o

relatório do Conselho Fiscal é divulgado juntamente com os documentos de prestação de

contas anuais. O Conselho Fiscal reuniu cinco vezes durante o ano de 2011.

Recomendação II.4.3. Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho

Geral e de Supervisão, a Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o

Conselho Fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida

referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.

A Sociedade cumpre: A Sociedade não tem Conselho Geral e de Supervisão. No entanto o

relatório do Conselho Fiscal, o qual é divulgado juntamente com os documentos de prestação

de contas anuais, faz menção de eventuais constrangimentos deparados.

Recomendação II.4.4. O Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão de Auditoria e o

Conselho Fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a Sociedade, para todos os

efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes

serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as

condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa

e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios.

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A Sociedade cumpre: É o Conselho Fiscal quem propõe para eleição em Assembleia-Geral o

ROC (que desempenha função de auditor). A remuneração é proposta pelo ROC e aprovada

pelo Conselho fiscal.

Recomendação II.4.5. O Conselho Geral de Supervisão, a Comissão de Auditoria e o Conselho

Fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à

Assembleia-Geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito.

A Sociedade cumpre: O Conselho Fiscal avalia o auditor anualmente.

Recomendação II.4.6. Os serviços de auditoria interna e os que velem pelo cumprimento das

normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance) devem reportar funcionalmente à

Comissão de Auditoria, ao Conselho Geral e de Supervisão, ou, no caso das sociedades que

adoptem o modelo latino, a um administrador independente ou ao Conselho Fiscal,

independentemente da relação hierárquica que esses serviços mantenham com a

administração executiva da sociedade.

A Sociedade cumpre: O Conselho Fiscal é livre de contactar directamente qualquer

departamento da empresa. Estes contactos são feitos nos dias das reuniões não havendo

qualquer interferência do órgão executivo.

II.5. COMISSÕES ESPECIALIZADAS

Recomendação II.5.1. Salvo por força da reduzida dimensão da Sociedade, o Conselho de

Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar

as Comissões que se mostrem necessárias para: i) assegurar uma competente e independente

avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu próprio

desempenho global , bem como das diversas comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema

de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a

executar tendo em vista a sua melhoria; iii) identificar atempadamente potenciais candidatos

com o elevado perfil necessário ao desempenho de funções de administrador.

Inaplicável por força da reduzida dimensão da Sociedade.

Recomendação II.5.2. Os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser

independentes relativamente aos membros do órgão de administração e incluir pelo menos um

membro com conhecimentos e experiencia em matérias de política de remuneração.

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A Sociedade cumpre: São membros da Comissão de Remunerações os Senhores José

Domingos Vístulo de Abreu, José Miguel Leal da Silva e Alberto António Justiniano. Qualquer

dos três tem amplos conhecimentos e experiência em matérias de políticas de remuneração

por força dos cargos que exerceram na administração de empresas de grande dimensão

nacional e na área de Gestão de Recursos Humanos.

Recomendação II.5.3. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no

desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha

prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do Conselho de

Administração, ao próprio Conselho de Administração da sociedade ou que tenha relação

actual com consultora da empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer

pessoa singular ou colectiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho

ou prestação de serviços.

A Sociedade cumpre: Não se justifica, aliás e face á reduzida dimensão da sociedade, contratar

qualquer pessoa para apoiar a Comissão de Remunerações.

Recomendação II.5.4. Todas as Comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem.

A sociedade cumpre quanto às reuniões da Comissão de Remunerações (e inexistem outras

Comissões).

III – INFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1 - DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃO

Recomendação III.1.1. As Sociedades devem assegurar a existência de um permanente

contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as

assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal, deve a Sociedade

manter um Gabinete de Apoio ao Investidor.

A Sociedade cumpre.

Apesar de, por força da sua dimensão, não possuir Gabinete que se dedique exclusivamente a

apoiar o investidor, a FISIPE assegura o resultado pretendido concretizando contactos

regulares e frequentes com os analistas e investidores, promovendo a divulgação das

principais decisões dos seus gestores, através do representante para as relações com o

mercado.

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É uma preocupação constante da FISIPE a divulgação de uma forma imediata de todos os

factos relevantes que afectam a sua actividade, evitando assim hiatos entre a ocorrência e a

divulgação desses factos.

Esta divulgação é efectuada através da publicação no sítio da Comissão do Mercado dos

Valores Mobiliários (www.cmvm.pt) e no sítio da Sociedade na Internet (www.fisipe.pt).

Nestes sítios poderão ser encontrados os comunicados emitidos, a apresentação institucional

da empresa, os relatórios e contas e outras informações. A informação relativa aos relatórios e

contas é disponibilizada numa base trimestral.

Como forma de potenciar uma maior interacção com os seus accionistas e investidores, o sítio

inclui também um capítulo dedicado aos investidores, que contém informações sobre:

Informações gerais sobre a Sociedade

Estatutos da Sociedade

Gabinete de apoio ao investidor

Órgãos sociais

Documentos de prestação de contas

Calendário semestral

Propostas apresentadas

Convocatórias

O representante da Sociedade para as relações com o mercado é o membro da Comissão

Executiva, Sr. Dr. João Rodrigo Guedes de Castro Pereira (telefone: +351 212 066 116; telefax:

+351 212 075 188; e-mail: [email protected], e morada: Apartado 5, 2836-908 Lavradio),

através do qual a FISIPE se relaciona de forma permanente com analistas e investidores,

fornecendo informação actualizada e prestando esclarecimentos sobre factos relevantes da

Sociedade por esta divulgados de acordo com o previsto na lei, sempre que estes lhe sejam

solicitados.

Os documentos de prestação de contas anuais, semestrais e trimestrais são enviados por e-

mail aos accionistas, investidores, analistas e entidades financeiras sempre que solicitados e

desde que previamente aprovados pelos órgãos competentes da empresa.

No sítio da FISIPE na Internet (www.fisipe.pt), que já contempla uma versão em inglês,

encontra-se toda a informação ao investidor exigida pelo artigo 3º-A do regulamento da CMVM

nº 11/2003.

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Recomendação III.1.2. A seguinte informação disponível no sítio da Internet da Sociedade deve

ser divulgada em inglês:

a) A firma, a qualidade de Sociedade Aberta, a sede e os demais elementos mencionados no

artigo 171º do Código das Sociedades Comerciais;

b) Estatutos;

c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o

mercado;

d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso;

e) Documentos de prestação de contas;

f) Calendário semestral de eventos societários;

g) Propostas apresentadas para discussão e votação em Assembleia-Geral;

h) Convocatórias para a realização de Assembleia-Geral.

A Sociedade não cumpre.

Recomendação III.1.3. As Sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou

três mandatos, conforme sejam respectivamente de quatro ou três anos .A sua manutenção

além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização

que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os

custos da sua substituição.

A sociedade cumpre: O auditor externo está com a empresa há menos de três mandatos por

referência à data de implementação desta recomendação.

Recomendação III.1.4. Ao auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a

aplicação das políticas e sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos

mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da

sociedade.

A sociedade cumpre.

Recomendação III.1.5. A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem a quaisquer

entidades que com eles se encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma

rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais

serviços - que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu relatório

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anual sobre o Governo da Sociedade - eles não devem assumir um relevo superior a 30% do

valor total dos serviços prestados à sociedade.

A sociedade não cumpre: Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foram

prestados serviços diversos dos de auditoria pelo auditor externo no montante de 30 000

Euros. Estes serviços ultrapassaram 30% do valor total dos serviços prestados à Sociedade em

2011, no entanto nos últimos três anos este foi o único serviço contratado que não de auditoria.

Adicionalmente foram salvaguardadas todas as questões de independência e implementadas

as salvaguardas necessárias que mitigam o risco de conflito de interesses.

IV. – CONFLITOS DE INTERESSES

IV.1. – RELAÇÕES COM ACCIONISTAS

Recomendação IV.1. Os negócios da sociedade com accionistas titulares de participação

qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art.

20 º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de

mercado.

A Sociedade cumpre: Não existem negócios ou operações significativos em termos

económicos para qualquer das partes intervenientes. Todas as existentes são efectuadas em

condições normais de mercado.

Recomendação IV.1.2. Os negócios de relevância significativa com accionistas titulares de

participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos

termos do art. 20 º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser submetidos a parecer prévio

do órgão de fiscalização. Este órgão deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários

para a definição do nível relevante de significância destes negócios e os demais termos da sua

intervenção.

A Sociedade cumpre: Não existem negócios entre accionistas e a sociedade.

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Capítulo I. Divulgação de Informação

1. Organigrama da Empresa

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2. Lista das Comissões criadas na Sociedade

A comissão de vencimentos tem a composição definida infra em 8.

A Comissão de acompanhamento do fundo de pensões é composta por um representante

dos trabalhadores, pelo Administrador Dr. João Castro Pereira e pelo responsável pelos

Recursos humanos.

Existe, ainda na Sociedade uma Comissão de Trabalhadores.

3. Evolução da cotação das acções

Ao longo do ano de 2011 foram transaccionadas na Bolsa de Valores de Lisboa 1 038 469

acções da FISIPE, correspondendo a uma média de 9 796 acções por sessão. A cotação do

título da FISIPE era, no final do ano, de 0,12 euros, contra 0,12 euros no final do ano

anterior. A cotação máxima foi de 0,14 euros e a cotação mínima foi de 0,08 euros.

4. Política de distribuição de dividendos

A FISIPE não tem uma política de distribuição de dividendos consignada nos seus estatutos.

E nem se tem justificado a definição de tal política, porquanto a Sociedade não tem tido

resultados positivos que permitam qualquer distribuição de dividendos.

A atribuição de dividendos foi interrompida em 1999 em virtude dos resultados negativos,

conforme consta das propostas de aplicação dos resultados.

5. Planos de atribuição de acções e de opções de aquisição de acções

A FISIPE não atribui acções nem opções de aquisição de acções.

6. Descrição dos elementos principais dos negócios e operações realizados com partes

interessadas

A Sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de

Administração nem com o Conselho Fiscal.

As transacções com Sociedades em relação de domínio ou de grupo são realizadas em

condições normais de mercado e fazem parte da actividade normal da Sociedade, pelo que

não merecem divulgação específica.

7. Processo de divulgação da informação financeira

A sociedade dispõe de vários sistemas de apoio ao controlo da informação financeira

produzida por diversas equipas, nomeadamente as equipas de contabilidade, tesouraria e

controlo de gestão. Durante o processo de consolidação de contas vários controlos são

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efectuados, nomeadamente a validação dos mapas preparados pela equipa de

contabilidade e da tesouraria. São também efectuados controlos aos ajustamentos nas

contas consolidadas.

8. Composição da comissão de remunerações.

Presidente - José Domingos Vístulo de Abreu - Independente

Vogal - José Miguel Leal da Silva - Independente

Vogal - Alberto António Justiniano - Independente

9. Remuneração anual do Auditor

O Auditor (ROC) da Sociedade é a Deloitte & Associados, SROC, S.A. que, no exercício de

2011, facturou à Sociedade e à sua subsidiária Munditêxtil o valor total de 75 000 Euros,

sendo 60% relativos a serviços de auditoria e revisão legal de contas e 40% relativos a

serviços de consultadoria, conforme referido em III.1.5.

Os serviços de natureza fiscal são prestados por técnicos diferentes daqueles que estão

envolvidos no processo de auditoria, pelo que consideramos estar dessa forma assegurada

a independência do Auditor.

10. Remuneração anual do Conselho Fiscal

José Jorge da Costa Martins Reimão - 9 000 euros

Pedro Manuel da Silva Leandro - 8 400 euros

Luís Jacinto Pereira - Não aufere remuneração

Capítulo II. Exercício de direito de voto e representação de accionistas

1. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, nomeadamente que

afastem o exercício do direito de voto por correspondência.

Não existem limitações estatutárias ao exercício do direito de voto de accionistas.

O exercício do direito de voto é regulado pelos artigos 30º e 30ºA dos Estatutos e,

supletivamente, pelas disposições relevantes do Código das Sociedades Comerciais.

2. Existência de um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência.

Os Estatutos prevêem o exercício do direito de voto por correspondência (art. 30º A

Estatutos) e a Sociedade adoptou, em 2010, um modelo de boletim de voto que divulga no

seu sítio da internet antes de cada Assembleia-Geral.

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3. Possibilidade de exercício de direito de voto por meios electrónicos. Não existe possibilidade de exercício do direito de voto por meios electrónicos.

4. Antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acções para a participação na

Assembleia-Geral. A antecedência exigida é de 5 dias úteis (cf. art. 26º nº 1 Estatutos).

5. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por

correspondência e a data de realização da Assembleia-Geral.

Os votos por correspondência deverão ser recepcionados na sede social até ao 3º dia útil

anterior ao da Assembleia-Geral (cf. art. 30º-A nº 3 Estatutos).

6. Número de acções a que corresponde um voto. A cada acção corresponde um voto (cf. art. 30º nº 3 dos Estatutos).

Capítulo III. Regras Societárias

1. Referência e descrição dos códigos de conduta dos órgãos da sociedade/ outros

regulamentos internos/Acesso pelos investidores aos referidos códigos de conduta

/regulamentos internos.

Todas as normas escritas que podem, de alguma forma, consubstanciar códigos de

conduta dos órgãos da Sociedade são as constantes dos respectivos estatutos, os quais

estão disponíveis para consulta em www.FISIPE.pt .

Não existem regulamentos internos que refiram ou descrevam quaisquer códigos de

conduta dos órgãos da Sociedade.

2. Descrição dos procedimentos internos adoptados, se for o caso, para o controlo do risco

na actividade da sociedade, designadamente existência de unidades orgânicas dedicadas

à auditoria interna e/ou à gestão de riscos.

A FISIPE tem um conjunto de riscos e incertezas ligados à sua actividade. Os principais

riscos identificados consistem nos riscos operacionais, ambientais e financeiros (o risco de

taxa de juro, o risco cambial, o risco de crédito e o risco de liquidez). A FISIPE tem vários

sistemas implementados, internos e externo, de controlo para detecção eficaz destes

riscos.

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Enquanto empresa certificada, a FISIPE desenvolveu, implementou e tornou públicos

manuais de segurança operacional e ambiental de cumprimento obrigatório para todos os

funcionários e colaboradores. Paralelamente promove a organização sistemática de

auditorias para controlo e avaliação das normas implementadas, sendo que, pelo menos

uma vez por ano, tal avaliação é levada a cabo por empresa externa e independente.

A FISIPE tem vigente um seguro multi-risco que cobre os riscos da sua actividade.

A avaliação e controlo do risco de crédito são confiados à COSEC que, simultaneamente

segura a Sociedade contra o risco de crédito.

O risco cambial e de taxa de juro é prevenido com recurso sistemático a instrumentos

derivativos para cobertura de tais riscos.

São as seguintes as unidades orgânicas ligadas à gestão de riscos:

Risco Operacional - Direcção de Operações

Risco Ambiental - Direcção de Operações

Risco Financeiro - Direcção Financeira

3. Indicação de existência de limites ao exercício dos direitos de voto, de direitos especiais de

algum accionista e de acordos parassociais, se conhecidos pela sociedade.

Não existem limites ao exercício dos direitos de voto ou direitos especiais de voto de

alguns accionistas.

O Conselho de Administração não tem conhecimento de acordos parassociais que

envolvam accionistas da Sociedade.

Capítulo IV. Órgão de Administração

1. A caracterização do órgão de administração

a) Identidade dos membros que compõem o órgão de administração

Presidente - João Manuel Caminha Dotti (Executivo)

Vogal - João Rodrigo Guedes de Castro Pereira (Executivo)

Vogal - José Miguel Duarte Martins Contreiras (Executivo)

Vogal - Celestino Vieira de Freitas (Não executivo/Não independente)

Vogal - Takanori Mikuni (Não executivo/Não independente)

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b) Funções que os membros do órgão de administração exercem noutras sociedades,

discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo

João Manuel Caminha Dotti – Presidente do Conselho de Administração da NEGOFOR,

SGPS, S.A. (Sociedade do mesmo grupo).

João Rodrigo Guedes de Castro Pereira – Vogal do Conselho de Administração da

NEGOFOR, SGPS, S.A (Sociedade do mesmo grupo), Gerente da Munditêxtil,

Administrador da FISIGEN (Sociedade do mesmo grupo), Administrador da SIULE, SA.

José Miguel Duarte Martins Contreiras - Vogal do Conselho de Administração da

NEGOFOR, SGPS, S.A (Sociedade do mesmo grupo).

Celestino Vieira de Freitas (Não executivo/Não independente) - Presidente do Conselho de

Administração da Fertigest, SGPS, SA, Agroquisa, SA, Agrototal, SA, Quimifértil, SGPS,

SA, Agrigénese, SA, Onoris, SA, Top Select, SA, Madeira Algarve, Lda.

Takanori Mikuni (Não executivo/Não independente).

2. Referência à eventual existência de uma Comissão Executiva/Composição

Remete-se para o descrito no ponto II.2 do Capítulo 0 deste Relatório, onde vem referida,

também, a composição da Comissão executiva.

Não existem na Sociedade outras comissões com competência em matéria de gestão.

3. Descrição do modo de funcionamento do órgão de gestão

a) Delimitação de competências entre o Presidente do Conselho de Administração e o

Presidente da Comissão Executiva

O Engenheiro João Manuel Caminha Dotti é, simultaneamente, Presidente do Conselho de

Administração e Presidente da Comissão Executiva, pelo que não há que distinguir

competências.

b) Lista de matérias vedadas à Comissão Executiva

A competência da Comissão Executiva está definida pelo disposto no artigo 20º dos

Estatutos e pela própria deliberação de delegação, pelo que todas as competências que

não tenham sido expressamente delegadas se mantêm no Conselho de Administração.

As competências delegadas na Comissão Executiva estão enumeradas no ponto II.2.1.do

Capítulo 0 do presente relatório.

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c) Informação aos membros do órgão de administração relativamente às matérias tratadas e

decisões tomadas pela Comissão executiva

De todas as reuniões mensais da Comissão Executiva é lavrada acta, sendo que o

respectivo livro de actas é de livre acesso ao Conselho de Administração.

d) Deveres de segredo relativamente às matérias discutidas no órgão de administração

Não existem normas escritas sobre deveres de segredo, sendo que os membros do órgão

de administração guardam sigilo sobre todas as matérias que constituam segredos do

comércio e da indústria da FISIPE, de acordo com as regras de prudência aplicáveis a

qualquer gestor criterioso.

e) Conflito de interesses, incompatibilidades no seio do órgão de administração e número

máximo de cargos acumuláveis em órgão de administração de outras sociedades

Não existem regras específicas relativas a estas matérias, sendo que o órgão de

administração cumpre rigorosamente a legislação geral existente, impedindo os titulares de

votar quaisquer matérias relativamente às quais se verifique uma situação de conflito de

interesses.

f) Número de reuniões do órgão de administração no exercício em causa

No exercício de 2011 o Conselho de Administração reuniu 4 vezes.

A Comissão executiva reuniu 11 vezes.

4. Indicação sobre o facto de a remuneração total ou parcial de todos ou alguns dos titulares

do órgão de administração estar dependente dos resultados da sociedade

A «Declaração sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais da

FISIPE» prevê que parte (variável) da remuneração dos titulares executivos do órgão de

administração está dependente dos resultados da sociedade.

Dado o facto de tais resultados terem sido, desde a emissão de tal declaração, negativos,

os administradores executivos não têm auferido tal parte da retribuição.

5. Remuneração dos membros do órgão de administração

Presidente - João Manuel Caminha Dotti (Executivo) 165 977 Euros

Vogal - João Rodrigo Guedes de Castro Pereira (Executivo) 115 724 Euros

Vogal - José Miguel Duarte Martins Contreiras (Executivo) 115 724 Euros

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Vogal - Celestino Vieira de Freitas (Não executivo/Não independente) 12 000 Euros

Vogal - Takanori Mikuni (Não executivo/Não independente)

6. Nomeação e poderes do órgão de Administração

As regras para a nomeação e substituição dos membros do órgão de administração, para

a alteração dos estatutos e para deliberações de aumento de capital estão previstas nos

estatutos da sociedade.

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CONTAS CONSOLIDADAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Consolidadas

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Notas

31 Dezembro

2011

31 Dezembro

2010

ACTIVOS NÃO CORRENTES:

4 22.268.447 24.241.171

5 - 170.337

Contas a receber por empréstimos concedidos a empresas associadas 5 3.457.338 -

Outros investimentos financeiros 5 5.100 5.100

Activos por impostos diferidos 6 781.378 918.156

Total de activos não correntes 26.512.263 25.334.764

ACTIVOS CORRENTES:

Existências 7 8.062.332 10.147.709

Contas a receber de clientes 8 26.900.505 30.926.600

Estado e outros entes públicos 9 1.704.495 1.157.304

Outras dívidas de terceiros 10 468.815 85.215

Outros activos correntes 11 934.189 650.856

Caixa e equivalentes de caixa 12 1.381.217 1.844.643

Total de activos correntes 39.451.553 44.812.327

65.963.816 70.147.091

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital 13 15.500.000 15.500.000

Prestações suplementares 14 9.500.000 9.500.000

Reserva legal 14 1.220.612 1.220.612

Resultados transitados 14 (7.202.574) (5.290.621)

Resultado líquido consolidado atribuível aos Accionistas da empresa mãe 153.203 (1.766.116)

Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da empresa mãe 19.171.241 19.163.875

Interesses sem controlo - -

Total do capital próprio 19.171.241 19.163.875

PASSIVO

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 17 2.059.615 3.062.750

Credores por locação financeira 17 965.205 1.918.117

Outros empréstimos 17 330.639 486.839

Provisões 16 181.858 167.371

Responsabilidades com pensões 25 129.965 61.451

Passivos por impostos diferidos 6 2.461.381 2.813.113

Total de passivos não correntes 6.128.663 8.509.641

PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 17 4.497.257 4.407.454

Outros empréstimos 17 156.200 76.008

Outras dívidas com instituições financeiras 17 10.219.213 9.606.665

Credores por locação financeira 17 1.260.319 1.256.327

Instrumentos financeiros derivados 17 59.380 95.193

Dívidas a pagar a fornecedores 27 18.923.918 21.564.972

Estado e outros entes públicos 9 359.180 356.309

Outras dívidas a pagar 18 e 27 114.948 470.156

Outros passivos correntes 19 5.073.497 4.640.491

Total de passivos correntes 40.663.912 42.473.575

Total de passivo 46.792.575 50.983.216

Total do passivo e capital próprio 65.963.816 70.147.091

Técnico Oficial de Contas

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira consolidada em 31 de Dezembro de 2011.

Activos fixos tangíveis

Investimentos financeiros em associadas

O Conselho de Administração

ACTIVO

CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES SEM CONTROLO E PASSIVO

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

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Notas 2011 2010

Rendimentos operacionais:

Vendas 20 129.141.577 112.004.320

Rendimentos suplementares 349.859 307.758

Variação da produção 21 (859.661) 97.533

Outros rendimentos operacionais 22 1.029.729 1.140.006

Total de rendimentos operacionais 129.661.504 113.549.617

Gastos operacionais:

Custo das vendas 23 (93.410.635) (81.866.091)

Fornecimentos e serviços externos (17.283.651) (16.394.130)

Custos com o pessoal (10.347.951) (9.896.905)

Amortizações e depreciações 4 (3.942.881) (3.572.742)

Provisões e (perdas)/ganhos de imparidade 16 (1.290.656) (565.699)

Outros gastos operacionais 22 (980.736) (563.515)

Ganhos/(perdas) em diferenças cambiais (307.255) (308.877)

Total de gastos operacionais (127.563.765) (113.167.959)

Resultados operacionais 2.097.739 381.658

Resultados relativos a investimentos 5 e 16 (24.500) 145.837

Rendimentos financeiros 24 259.084 3.521

Gastos financeiros 24 (2.184.824) (2.086.169)

Resultados antes de impostos 147.499 (1.555.153)

Imposto sobre o rendimento 6 5.704 (210.963)

Resultados depois de impostos 153.203 (1.766.116)

Resultados de operações de descontinuação após impostos - -

Resultado consolidado líquido do exercício 153.203 (1.766.116)

Atribuível a:

Accionistas da Empresa-mãe 153.203 (1.766.116)

153.203 (1.766.116)

Resultados por acção:

Básico 0,001 (0,011)

Diluído 0,001 (0,011)

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

(Montantes expressos em Euros)

O Técnico Oficial de Contas

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por naturezas

O Conselho de Administração

para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

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Notas 2011 2010

Resultado líquido do exercício 153.203 (1.766.116)

Outras alterações em resultados transitados 5 (145.837) -

Total do rendimento integral do exercício 7.366 (1.766.116)

Atribuível a:

Accionistas da Empresa-mãe 7.366 (1.766.116)

Interesses sem controlo - -

7.366 (1.766.116)

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DO RENDIMENTO INTEGRAL

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

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DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES CONSOLIDADAS NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Valores expressos em Euros)

Capital Prestações Reserva Outras Resultados Resultado

Notas Social Suplementares legal reservas transitados líquido Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2010 15.500.000 9.500.000 1.220.612 - (7.040.486) 1.902.028 21.082.154

Aplicação do resultado líquido de 2009 1.749.865 (1.902.028) (152.163)

Resultado líquido do ano - - - - - (1.766.116) (1.766.116)

Saldo em 31 de Dezembro de 2010 15.500.000 9.500.000 1.220.612 - (5.290.621) (1.766.116) 19.163.875

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 15.500.000 9.500.000 1.220.612 - (5.290.621) (1.766.116) 19.163.875

Aplicação do resultado líquido de 2010 13 - - - - (1.766.116) 1.766.116 -

Outras alterações em resultados transitados 5 - - - - (145.837) - (145.837)

Resultado líquido do exercício - - - - - 153.203 153.203

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 15.500.000 9.500.000 1.220.612 - (7.202.574) 153.203 19.171.241

O anexo faz parte integrante desta demonstração das alterações do capital próprio em 31 de Dezembro de 2011.

O Conselho de AdministraçãoO Técnico Oficial de Contas

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2011 2010ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 133.807.633 103.183.782

Pagamentos a fornecedores (115.256.934) (93.715.601)

Pagamentos ao pessoal (9.587.560) (9.885.053)

Fluxos gerados pelas operações 8.963.139 (416.872)

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (360.284) (293.813)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (505.472) (3.847.305)

Fluxos das actividades operacionais (1) 8.097.383 (4.557.990)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Subsídios ao investimento 760.695 -

760.695 -

Pagamentos respeitantes a:Activos fixos tangíveis (1.399.783) (3.077.145)

Investimentos financeiros (4.048.097) -

(5.447.880) (3.077.145)

Fluxos das actividades de investimento (2) (4.687.185) (3.077.145)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:Empréstimos obtidos 2.685.126 9.642.049

Empréstimos por locação financeira 369.662 520.989

Juros e proveitos similares 1.300 7.431

3.056.088 10.170.469

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (3.674.466) (1.761.272)

Empréstimos por locação financeira (1.318.582) (979.825)

Juros e custos similares (1.936.664) (775.041)

(6.929.712) (3.516.138)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (3.873.624) 6.654.331

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (463.426) (980.804)

Efeito das diferenças de câmbio - -

Caixa e seus equivalentes no início do período 12 1.844.643 2.825.447

Caixa e seus equivalentes no fim do período 12 1.381.217 1.844.643

O anexo faz parte integrante da demonstração em 31 de Dezembro de 2011.

O Conselho de Administração Técnico Oficial de Contas

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Notas

às

Demonstrações Financeiras Consolidadas

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

1

1. NOTA INTRODUTÓRIA O Grupo FISIPE, é constituído pela FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. (“Fisipe” ou

“Empresa”) (empresa-mãe), a qual tem sede no Lavradio e suas Subsidiárias (“Grupo”, que no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 engloba apenas a Munditêxtil – Comércio Internacional de Têxteis, S.A.), tendo como actividade principal fornecer uma gama completa e inovadora de fibras acrílicas à Indústria Internacional. As operações do Grupo são conduzidas essencialmente a partir de Portugal.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas são apresentadas em Euros (moeda funcional) dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Empresa opera.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes: 2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”), tal como adoptadas na União Europeia, em vigor para exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2011. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas na União Europeia. As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e de acordo com o regime contabilístico do acréscimo, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e da sua subsidiária, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

2

Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras consolidadas anexas Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, foram aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória ao exercício económico do Grupo iniciado em 1 de Janeiro de 2011:

Norma/ Interpretação

Data de eficácia

(exercícios iniciados

em ou após)

IAS 24 – Divulgações de Partes Relacionadas (Revista) 1-Jan-11IFRS 1 – Emenda (Isenção limitada da obrigação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes pela primeira vez) 1-Jul-10IAS 32 – Emenda (Classificação das emissões de direitos) 1-Fev-10IFRIC 19 – Extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capital próprio 1-Jul-10IFRIC 14 – Emenda (Pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo) 1-Jan-11IFRS 7 – Emenda (Instrumentos Financeiros: Divulgações – Transferência de activos financeiros) 1-Jul-11

Todas as normas acima foram aplicadas pela primeira vez pelo Grupo em 2011, não tendo da adopção das mesmas, resultado impactos retrospectivos significativos nas demonstrações financeiras anexas. As seguintes normas contabilísticas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma/ Interpretação

Data de eficácia

(exercícios iniciados

em ou após)

Melhorias às IFRS (2010) Várias (a mais cedo será 01-Jul-10)

Estas normas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pelo Grupo em 2011, em virtude de a sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos retrospectivos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, decorrentes da adopção das mesmas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

3

As seguintes normas contabilísticas e interpretações foram emitidas pelo IASB e não se encontram ainda aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma/ Interpretação

Data de eficácia

(exercícios iniciados

em ou após)

IFRS 9 - Financial Instruments 1-Jan-13Amendments to IAS 12 - Deferred Tax: Recovery of Underlying Assets 1-Jan-12Amendments to IFRS 1 - Severe Hyperinflaction and Removal of Fixed Dates forFirst-time Adopters 1-Jul-11Amendments to IFRS 7 - Financial Instruments: Disclosures 1-Jul-11IFRS 10 - Consolidated Financial Statements 1-Jan-13IFRS 11 - Joint Arrangements 1-Jan-13IFRS 12 - Disclosure of Interests in Other Entities 1-Jan-13IFRS 13 - Fair Value Measurement 1-Jan-13IAS 27 (Revised 2011)- Separate Financial Statements 1-Jan-13IAS 28 (Revised 2011)- Investments in Associates and Joint Ventures 1-Jan-13Amendments to IAS 1 - Presentation of Comprehensive Income 1-Jan-13Amendments to IAS 19 - Post Employment Benefits 1-Jan-13IFRIC 20 - Stripping Costs in the Production Phase of a Surface Mine 1-Jan-13

Não se estima que da futura adopção das restantes normas e interpretações, as quais por ora não foram ainda “endorsed” pela União Europeia, decorram impactos significativos retrospectivos para as demonstrações financeiras anexas. O Grupo apresentou pela primeira vez em 2005, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tendo observado no processo de transição as disposições previstas na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS 1”). Os efeitos dos ajustamentos, reportados a 1 de Janeiro de 2005, relacionados com a transição para IFRS, no montante de 14.196.980 Euros, foram registados por contrapartida das rubricas de “Resultados transitados” e “Outras reservas de reavaliação”, no capital próprio. 2.2 Princípios de consolidação As demonstrações financeiras da empresa-mãe e as da sua subsidiária incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, são referidas a 31 de Dezembro de 2011, tendo-se, sempre que aplicável, procedido à uniformização prévia de políticas contabilísticas de forma a assegurar a sua consistência com as políticas contabilísticas do Grupo. São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo: a) Participações financeiras em Subsidiárias

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de metade dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas e detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais de forma a obter benefícios das suas actividades são consideradas participações financeiras em subsidiárias, sendo as correspondentes demonstrações financeiras, incluídas, desde a data

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

4

em que o controlo é adquirido e até à data em que termine, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação integral. É utilizado o método da compra no registo da aquisição de subsidiárias. Os interesses nos activos líquidos das subsidiárias que não pertencem ao Grupo (interesses sem controlo), são apresentados no capital próprio, separadamente do capital próprio atribuível aos accionistas da empresa mãe, na rubrica “Interesses sem controlo”. Os interesses não controlados consistem na quantia desses interesses na data de aquisição e na proporção dos mesmos nas alterações no capital próprio das subsidiárias adquiridas após a data da sua aquisição. O resultado líquido e cada um dos componentes do rendimento integral são atribuídos ao Grupo e aos interesses sem controlo na proporção da sua detenção (interesse de propriedade), mesmo que isso resulte num saldo deficitário dos interesses sem controlo. As transacções (incluindo as eventuais mais e menos valias derivadas de alienações entre empresas do Grupo), os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. As alterações no interesse de propriedade do Grupo na subsidiária que não resulte numa perda de controlo são registadas como transacções de capital próprio. As subsidiárias consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 3. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. À data de referência destas demonstrações financeiras não existem entidades nesta situação.

b) Participações financeiras em associadas

As participações financeiras em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa (presumida quando a participação financeira é superior a 20%) mas não detém nem o controlo nem o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras em associadas são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado após a data de aquisição, pelo valor correspondente à participação do Grupo na variação do capital próprio (incluindo o resultado líquido) das associadas após essa data. Por aplicação do método de equivalência patrimonial, a proporção do Grupo no resultado líquido das associadas é registado por contrapartida da demonstração dos resultados e os dividendos recebidos são deduzidos ao valor do investimento.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como “Goodwill” e é mantido no valor do investimento financeiro em associadas. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

5

justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um ganho do exercício. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, bem como uma avaliação anual do valor do “goodwill” registado em investimentos financeiros em associadas, sendo registado como gasto na demonstração dos resultados, as perdas de imparidade que se demonstrem existir. Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada. Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 5.

2.3 Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para as IFRS), encontram-se registados pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais, com excepção de alguns equipamentos, os quais foram reavaliados, na data de transição (1 de Janeiro de 2004) para o correspondente justo valor, determinado por uma entidade especializada independente, ao abrigo do na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro. Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade. As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para utilização, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos Edifícios e outras construções 20 – 50 Equipamento básico 5 – 20 Equipamento de transporte 4 – 12 Ferramentas e utensílios 4 – 10 Equipamento administrativo 4 – 20 Outros activos tangíveis 3 – 14 As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

6

Os activos em curso representam activos fixos tangíveis ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição. Estes activos fixos tangíveis são amortizados a partir do momento em que activos estejam concluídos ou em estado de uso.

2.4 Locações Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Locações em que o Grupo age como locatário Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, de modo a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução do gasto com a locação, igualmente numa base linear.

2.5 Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram utilizadas estimativas que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas são determinadas com base no melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso e bem assim na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pela IAS 8. As principais estimativas utilizadas pelo Grupo, respeitam à mensuração das responsabilidades com pensões em planos de benefícios definidos, determinação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, quando aplicável, e avaliação da realização dos activos por impostos diferidos, como segue:

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a) Responsabilidades com pensões

As responsabilidades do Grupo com os complementos de pensão de reforma (Plano de Benefícios Definidos existente para os pensionistas), são determinadas pela obtenção, no final de cada exercício económico, de estudos actuariais, elaborados por entidades especializadas independente e de acordo com métodos e pressupostos actuariais aceites internacionalmente.

b) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo Grupo para efeitos de cobertura de fluxos de caixa e consistem basicamente em “swaps” de taxa de juro. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros derivados é, no final de cada exercício económico, efectuada por avaliadores externos (usualmente pela entidade com quem o instrumento financeiro derivado foi contratado).

c) Activos por impostos diferidos

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses impostos diferidos activos. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. A revisão efectuada tem por base as projecções de actividade futura da Empresa.

Os principais pressupostos utilizados nas estimativas utilizadas pelo Grupo, encontram-se divulgadas, nas notas do anexo correspondentes.

2.6 Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição. Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, que inclui o custo médio de aquisição das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. São registadas perdas por imparidade nas existências, pela diferença entre o valor de custo e o respectivo valor realizável líquido, no caso deste ser inferior ao custo. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

2.7 Activos e passivos financeiros Os activos financeiros e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando o Grupo se torna parte das correspondentes relações contratuais. Os activos financeiros são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor da retribuição dada, incluindo despesas de transacção, excepto no caso dos activos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados em que as despesas de transacção são imediatamente registadas em resultados.

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O Grupo desreconhece activos financeiros quando: (i) os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram; (ii) transfere para outra entidade os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos ou; (iii) não obstante tenha retido parte mas não substancialmente os riscos e benefícios significativos, transferiu o controlo sobre os mesmos. O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. Os activos financeiros são classificados nas seguintes categorias:

Activos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Activos financeiros detidos até à maturidade Empréstimos e contas a receber Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são os activos financeiros detidos para negociação, ie, activos financeiros que o Grupo tem intenção de transaccionar no curto prazo. No caso particular do Grupo, incluem-se nesta categoria, essencialmente, os instrumentos financeiros derivados. A mensuração subsequente destes activos financeiros é feita pelo justo valor, registado por contrapartida de resultados. Os activos financeiros detidos até à maturidade são os activos financeiros com maturidade fixada e em relação aos quais o Grupo tem intenção e capacidade de manter até essa data. No caso concreto do Grupo, não existem activos financeiros a classificar nesta categoria. Os empréstimos e contas a receber, são originados no decurso normal das operações do Grupo, em relação aos quais não existe intenção de os negociar. Classificam-se nesta categoria as contas a receber de clientes e outras contas a receber e os depósitos bancários. A mensuração subsequente destes activos financeiros é feita pelo custo amortizado de acordo com o método do juro efectivo.

Os activos financeiros disponíveis para venda são os activos financeiros que não sejam de classificar em nenhuma das categorias anteriores. No caso concreto do Grupo seriam de classificar nesta categoria investimentos em participações financeiras que não fossem passíveis de classificar como subsidiárias. Contudo à data destas demonstrações financeiras consolidadas não existem activos financeiros a classificar nesta categoria. Os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias:

Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Outros passivos financeiros

Os passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados, correspondem a passivos detidos para negociação, ie, passivos financeiros que o Grupo tem intenção de transaccionar no curto prazo. No caso particular do Grupo, incluem-se nesta categoria unicamente os instrumentos financeiros derivados. A mensuração subsequente destes passivos financeiros é feita pelo justo valor, registado por contrapartida de resultados.

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Os outros passivos financeiros correspondem aos restantes passivos financeiros que não sejam de classificar na categoria anterior. Classificam-se nesta categoria os empréstimos bancários e de outras entidades, incluindo accionistas e as contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar. A mensuração subsequente destes passivos financeiros é feita pelo custo amortizado de acordo com o método da taxa de juro efectiva. a) Caixa e equivalentes a caixa

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com insignificante risco de alteração de valor. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.

b) Contas a receber As contas a receber de clientes e outras contas a receber são registadas ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.

c) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo e mensurados pelo custo amortizado. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos, pagas, usualmente, antecipadamente aquando da emissão desses empréstimos, são reconhecidas pelo custo amortizado de acordo com o método do juro efectivo na demonstração de resultados do exercício ao longo do período de vida desses empréstimos. Estas despesas são classificadas a deduzir à rubrica de ”Empréstimos bancários”. Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração dos resultados de acordo com o regime do acréscimo, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data de relato, classificados na rubrica de “Outros passivos correntes”.

d) Dívidas a pagar a fornecedores e outras dívidas a pagar As dívidas a fornecedores e outras contas a pagar a terceiros são registadas ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal.

e) Instrumentos financeiros O Grupo está exposto ao nível de risco financeiro, fundamentalmente a flutuações de taxa de câmbio e de taxa de juro, utilizando o Grupo instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros relacionados com flutuação de taxas de juro, unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos. Não são utilizados instrumentos financeiros derivados com o objectivo de negociação (especulação).

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Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo Grupo respeitam, essencialmente, a “swaps” de taxa de juro. Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são remensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remuneração registados de imediato em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumentos de cobertura. No caso concreto do Grupo não existem contudo instrumentos financeiros que sejam elegíveis para efeitos de contabilidade de cobertura. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados” como um activo financeiro. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido na mesma rubrica mas como um passivo financeiro. Um instrumento derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no curto prazo. Nas situações em que existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos de acolhimento, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos de acolhimento não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registados na demonstração de resultados.

2.8 Politica de gestão de risco No desenvolvimento da sua actividade, o Grupo encontra-se exposta a uma variedade de riscos: riscos financeiros de mercado (incluindo risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global do Grupo, é focado na imprevisibilidade dos mercados e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro. A gestão de risco do Grupo é controlada pelo departamento de tesouraria da Fisipe, de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. Nesse sentido, o Conselho de Administração tem definido os principais princípios de gestão de risco globais e bem assim políticas específicas para algumas áreas, como sejam a cobertura de risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro e risco de crédito. a) Riscos de mercado: Um dos principais riscos com que a Fisipe se depara está

relacionado com a osciliação do preço do acrilonitrilo, produto derivado do petróleo, e que constitui a principal matéria-prima do Grupo. Não existindo um mercado financeiro em que se possa transaccionar este produto, o Grupo procura minimizar os riscos de oscilação garantindo uma parte do seu abastecimento através da utilização de uma fórmula que tem em conta a evolução média do preço desta matéria-prima.

b) Riscos de câmbio: A Fisipe está sujeita a riscos de câmbio, nomeadamente associados ao dólar americano. A empresa procura minimizar esses riscos tentando

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efectuar um “hedging” entre as suas compras e as suas vendas. A matéria-prima principal é adquirida em dólares e a maior parte das vendas são efectuadas também nesta divisa.

c) Riscos de taxa de juro: Também é um risco que a empresa tem em consideração,

cobrindo a exposição com os adequados instrumentos disponíveis no mercado, nomeadamente swaps sobre taxas de juro.

d) Riscos de crédito: O risco de crédito dos clientes do Grupo, é gerido pela adequada

avaliação de risco efectuada antes da aceitação do cliente e pelo adequado acompanhamento dos limites de crédito atribuídos a cada um deles. Por outro lado, a Fisipe procura minimizar estes riscos exigindo a abertura de cartas de crédito de exportação ou através do recurso a seguros de crédito quando existam.

e) Risco de liquidez: As necessidades de tesouraria são geridas pelo departamento

central de tesouraria da Fisipe, que de uma forma adequada e oportuna, gere os excessos e défices de liquidez. As necessidades pontuais de tesouraria são cobertas pelo controlo das contas a receber e pela manutenção de adequados limites de crédito acordados pela Fisipe com entidades bancárias.

2.8.1 Análise de sensibilidade das taxas de câmbio A análise de sensibilidade abaixo, foi preparada atendendo à exposição do resultado líquido do Grupo à variabilidade da cotação do USD face ao EURO e tomou em consideração o seguinte pressuposto: variação das taxas de câmbio em 1% acima/abaixo face àquela em vigor na data das transacções e as vigentes na data de cobrança ou pagamentos. O impacto no resultado líquido seria como segue:

2.8.2 Análise de sensibilidade das taxas de juro A análise de sensibilidade abaixo, foi preparada de acordo com a exposição do Grupo às taxas de juros dos empréstimos obtidos, contratos de locação e juros suportados associados ao desconto de facturas e letras em instituições bancárias. Se a variabilidade da taxa de juro aplicável tivesse sido 1% acima/abaixo, o impacto no resultado líquido do Grupo seria como segue:

2.9 Provisões As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada

+ 1% -1%

Resultado líquido (373.890) 381.443

+ 1% -1%

Resultado líquido (200.130) 200.130

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demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

2.10 Complementos de Pensões O Grupo assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma. Durante o exercício de 2009, e mediante uma autorização do Instituto de Seguros de Portugal, a Empresa alterou o plano para os seus activos, passando estes a estar abrangidos por um Plano de Contribuição Definida com efeitos a partir de Dezembro de 2009. Um Plano de Contribuição Definida é um plano de pensões, segundo o qual o Grupo tem como única obrigação pecuniária a realização de contribuições fixas junto de um Fundo. Para os pensionistas existentes em 31 de Dezembro de 2009 o Grupo mantém um Plano de Benefícios Definidos, sendo um plano de pensões que define o montante de benefício de complemento à pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais factores, como a idade, anos de serviço e remuneração. O Grupo para conhecer o valor das responsabilidades relativas ao Plano de Benefícios Definidos e os respectivos custos, obtém, no final de cada período contabilístico, estudos actuariais de acordo com métodos e pressupostos actuarias aceites internacionalmente. As responsabilidades e custos assim estimados são comparados com os registos entretanto efectuados pelo Grupo e com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças e da eventual contribuição adicional a efectuar para o fundo. No registo contabilístico das pensões, o Grupo segue os critérios definidos na IAS 19, que estabelece que os custos com pensões devem ser reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Os custos relativos ao Plano de Contribuição Definida são registados anualmente com base numa percentagem sobre a massa salarial de cada activo integrante no plano.

2.11 Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de imobilizado, são incluídos na rubrica “Outros passivos não correntes” e são amortizadas linearmente na demonstração de resultados durante o período estimado de vida útil dos activos correspondentes subsidiados.

2.12 Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no Anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, mas divulgados no Anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

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2.13 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base no resultado tributável do Grupo e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida à data de relato. Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, excepto se resultarem de itens registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.14 Rédito

O rédito relativo a vendas é reconhecido na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos sejam substancialmente transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber. O rédito relativo a prestação de serviços é reconhecido na demonstração de resultados no exercício a que respeita com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data de relato. Os juros e rendimentos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.

2.15 Regime contabilístico do acréscimo Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio da especialização de exercícios. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os gastos e os rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

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2.16 Classificação da demonstração da posição financeira

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço, são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

2.17 Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção. Em cada data da demonstração da posição financeira, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira consolidada, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados consolidada do exercício.

2.18 Activos não correntes detidos para alienação Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para alienação e mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para venda se o seu valor contabilístico for recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) esteja disponível para alienação imediata nas condições presentes. Adicionalmente, a gestão deverá estar envolvida na venda aos níveis adequados sendo que deverá ser expectável que a mesma se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação como activos detidos para alienação.

2.19 Imparidade de activos

a) Activos não financeiros, excepto “Goodwill”

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada relato e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica “Provisões e perdas de imparidade”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para

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cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados na rubrica “Provisões e perdas de imparidade”. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

b) Activos financeiros (usualmente contas a receber)

Sempre que existam indicadores objectivos de que o Grupo não irá receber os montantes a que tinha direito de acordo com o acordado entre as partes é registada uma perda de imparidade na demonstração dos resultados. Os indicadores utilizados pelo Grupo na identificação de indícios de imparidade são os seguintes:

Incumprimento de prazo de vencimento e/ou de outras cláusulas acordadas entre as partes;

Dificuldades financeiras do devedor;

Probabilidade de falência do devedor. Sempre que se verifiquem estes indícios é analisada a existência de perdas de imparidade, que é determinada pela diferença entre a quantia escriturada do activo e o seu correspondente valor recuperável. As perdas por imparidades são registadas em resultados na rubrica “Provisões e (perdas) / ganhos de imparidade” no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui esta é revertida por resultados, e registada na rubrica “Provisões e (perdas) / ganhos de imparidade”.

2.19 Eventos subsequentes Os eventos após a data da demonstração da posição financeira consolidada que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira consolidada que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira consolidada são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidada, se materiais.

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3. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção de capital detido em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são as seguintes:

Sede 31.12.11 31.12.10

Munditêxtil - Comércio Internacional de Têxteis, Lda. ("Munditêxtil") Barreiro 100 100

Percentagem do capital detido

A Munditêxtil foi incluída na consolidação pelo método de consolidação integral.

4. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no

valor dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações acumuladas, foi como segue:

2011 2010

Terrenos Edifícios e Outros Activos f ixose recursos outras Equipamento Equipamento Equipamento Ferramentas activos f ixos tangíveis

naturais construções básico de transporte administrativo e utensílios tangíveis em curso Total TotalActivo bruto:

Saldo inicial 249.263 31.230.879 116.198.227 741.840 2.570.325 4.239.296 1.074.342 854.047 157.158.219 153.196.941Adições - - 378.960 - 95.742 139.750 - 1.973.335 2.587.787 4.595.124Variação líquida de perdas de imparidade (Nota 16) - - 79.221 - - - - (696.851) (617.630) (633.846)Transferências - - 442.855 - - 12.112 - (454.967) - -Saldo f inal 249.263 31.230.879 117.099.263 741.840 2.666.067 4.391.158 1.074.342 1.675.564 159.128.376 157.158.219

Amortizações e depreciações:Saldo inicial - 28.680.917 96.048.767 738.184 2.374.140 4.000.698 1.074.342 - 132.917.048 129.340.251Amortização do exercício - 288.110 3.456.456 2.034 115.620 80.661 - - 3.942.881 3.571.914Outros - - - - - - - - - 4.883Saldo f inal - 28.969.027 99.505.223 740.218 2.489.760 4.081.359 1.074.342 - 136.859.929 132.917.048

Valor líquido 249.263 2.261.852 17.594.040 1.622 176.307 309.799 - 1.675.564 22.268.447 24.241.171 As principais adições do ano respeitam essencialmente a grandes reparações no equipamento básico no montante de 300.729 Euros, aquisição de equipamento informático no montante de 95.742, de barras cerâmicas no montante de 57.620 Euros e de spinnerretes H40 no montante de 32.000 Euros. O saldo da rubrica activos fixos tangíveis em curso no montante de 1.675.564 Euros respeita essencialmente a equipamentos associados aos projectos Carbogen, Polyblend e Acryforce (relacionados com o precursor de fibra de carbono) que se encontravam em curso em 31 de Dezembro de 2011. Em 31 de Dezembro de 2010 a rubrica “Amortizações e depreciações” no montante de 3.572.742 Euros, inclui os montantes de 3.571.914 Euros e 828 Euros relativos a amortizações de activos fixos tangíveis e activos intangíveis, respectivamente. Os activos intangíveis ficaram totalmente amortizados em 31 de Dezembro de 2010.

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

17

5. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2011, o detalhe dos investimentos financeiros detidos em associadas e outros investimentos é como segue:

31.12.11 31.12.10Perdas deimparidade

Valor bruto (Nota 16) Total

Investimentos financeiros em empresas associadas 24.500 (24.500) - Títulos e outras aplicações financeiras 113.088 (107.988) 5.100

137.588 (132.488) 5.100

Empréstimos concedidos a empresas associadas 4.048.097 (590.759) 3.457.338

4.185.685 (723.247) 3.462.438

O montante de 24.500 Euros registado na rubrica de “Investimentos Financeiros em empresas associadas” respeita à participação de 49% da Fisipe no capital da Fisigen que se encontra registada ao custo de aquisição (os restantes 51% pertencem à EDP). A Fisigen é uma central de cogeração e assegura o fornecimento de vapor à Fisipe desde 2010. Os empréstimos concedidos a empresas associadas respeitam a empréstimos contratualizados com a Fisigen, que vencem juros à taxa fixa de 8,5% e que vencem em 2025. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe dos investimentos é como segue:

Proporção no Capitais Proveitos Resultado Custo de Quantia resultado

Sede Activo próprios totais líquido % aquisição escriturada do exercícioEmpresas associadas:

Fisigen-Empresa de Cogeração, S.A. ("Fisigen") Lisboa 40.026.484 (1.205.630) 24.732.509 (1.541.537) 49 4.072.597 3.457.338 (615.259)

Título e aplicações financeiras:Outras aplicações financeiras 113.088 5.100 -

4.185.685 3.462.438 (615.259)

Proporção no Capitais Proveitos Resultado Custo de Quantia resultado

Sede Activo próprios totais líquido % aquisição escriturada do exercícioEmpresas associadas:

Fisigen-Empresa de Cogeração, S.A. ("Fisigen") Lisboa 42.631.229 335.907 23.626.310 297.627 49 24.500 170.337 145.837

Título e aplicações financeiras:Outras aplicações financeiras 113.088 5.100 -

137.588 175.437 145.837

Informação financeira em 31.12.2011 Valor da demonstração da posição

Informação financeira em 31.12.2010 Valor da demonstração da posição

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido nos investimentos financeiros em associadas, foi o seguinte:

31.12.11 31.12.10

Saldo inicial 170.337 24.500Resultado apropriado por aplicação do método de equivalência patrimonial - 145.837Empréstimos concedidos 4.048.097 -Perdas de imparidade: -

Registadas em provisões e (perdas)/ ganhos de imparidade (Nota 16) (590.759) -Registadas em resultados relativos a investimentos financeiros (Nota 16) (24.500) -Registadas em resultados transitados (145.837) -

3.457.338 170.337

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

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6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Conforme mencionado na Nota 2.13, o Grupo reconhece nas suas demonstrações financeiras o efeito fiscal das diferenças temporárias entre activos e passivos numa base contabilística e fiscal, tendo as mesmas sido reconhecidas em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 com base na taxa agregada de imposto de 26,5% (excepto no que respeita a prejuízos fiscais, caso em que a taxa utilizada é de 25%).

Em resultado das alterações introduzidas pelo artigo 116º da Lei n.º 64-B/2011 ao Código do IRC, a partir de 1 de Janeiro de 2012 as sociedades portuguesas, com um lucro tributável superior a 1.500.000 Euros, serão sujeitas a uma taxa de tributação adicional, em sede de imposto sobre o rendimento sobre as pessoas colectivas, de 3% na parte do lucro tributável superior àquele montante e inferior a 10.000.000 Euros. Para os montantes superiores a 10.000.000 Euros a taxa será de 5%. Contudo, é entendimento do Conselho de Administração, que o impacto desta alteração nas demonstrações financeiras do Grupo não terá impacto no cálculo do imposto sobre o rendimento de exercícios futuros e como tal não foi considerado no cálculo dos impostos diferidos. As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 e os correspondentes activos e passivos por impostos diferidos e os respectivos efeitos nos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são como segue:

Aumento / (redução) do

períodoImposto Imposto em resultados

Base diferido Base diferido do exercício

Activas: Perdas de imparidade e provisões 2,768,595 733,677 2,049,552 543,130 190,547

Prejuizos fiscais reportáveis:2005 - - 1,309,299 327,325 (327,325)2008 190,802 47,701 190,802 47,701 -

190,802 47,701 1,500,101 375,026 (327,325)2,959,397 781,378 3,549,653 918,156 (136,778)

Passivas:Reavaliações legais (214,771) (56,914) (232,761) (61,682) 4,768Outras reavaliações (9,073,458) (2,404,467) (10,382,758) (2,751,431) 346,964

(9,288,229) (2,461,381) (10,615,519) (2,813,113) 351,732(6,328,832) (1,680,003) (7,065,866) (1,894,957) 214,954

31.12.11

Diferenças temporárias

31.12.10

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

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O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi como se segue:

Activos por Passivos por Activos por Passivos pordiferidos impostos Total diferidos impostos Total

Saldo inicial 918.156 (2.813.113) (1.894.957) 1.211.454 (3.170.861) (1.959.407)

Efeito em resultados:Utilização no exercício:

Amortização do exercício de reavaliçõesdo activo fixo tangível:

Reavaliação legal - 4.768 4.768 - 10.784 10.784 Outras reavaliações - 346.964 346.964 - 346.964 346.964

Utilização de prejuízos fiscais reportáveis (327.325) - (327.325) (327.325) - (327.325)Constituição/ reforço de provisões 190.547 - 190.547 34.027 - 34.027

Total de movimento no exercício (136.778) 351.732 214.954 (293.298) 357.748 64.450 Saldo final 781.378 (2.461.381) (1.680.003) 918.156 (2.813.113) (1.894.957)

2011 2010

A demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2011 inclui activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis, no montante de 47.701 Euros. Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais podem ser deduzidos em lucros tributáveis futuros durante os 6 anos subsequentes ao ano em que foram gerados, para prejuízos gerados até 2009, durante 4 anos subsequentes para prejuízos gerados após esta data e durante 5 anos para os gerados no exercício de 2011. O detalhe dos prejuízos fiscais reportáveis e correspondente ano limite de utilização, existentes em 31 de Dezembro de 2011, é como segue:

Ano limiteMontante de utilização

Gerados no exercício de 2007 846.023 2013Gerados no exercício de 2008 190.802 2014

1.036.825

Prejuízos fiscais

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(Montantes expressos em Euros)

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A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável e entre o imposto corrente e o imposto do exercício sobre o rendimento nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

Resultado antes de impostos 147.499 (1.555.153)Diferenças permanentes 177.557 (113.054)Diferenças temporárias 2.046.333 1.407.396Resultado tributável 2.371.389 (260.811)Utilização de prejuízos fiscais de exercícios anteriores (2.177.377) (43.947)Utilização de benefícios fiscais (194.012) -Prejuizo fiscal sem expectativa de recuperação - 304.758

- -

Taxa de imposto 26,5% 26,5%Imposto diferido sobre o lucro/(prejuízo) fiscal - -Imposto diferido sobre diferenças temporárias (542.279) (391.775)Utilização de imposto diferido activo derivado de prejuízos fiscais até à

concorrência dos passivos por imposto diferidos correspondentes 327.325 327.325Imposto diferido (I) (214.954) (64.450)

Imposto corrente:Anulação de pagamento especial por conta de exercícios anteriores já caducados 140.000 243.531Tributações autónomas (Nota 9) 30.546 32.676Derrama (Nota 9) 39.028 -Excesso/(insuficiência) na estimativa do exercício anterior (325) (794)

(II) 209.249 275.413Imposto sobre o rendimento do exercício (I+II) (5.704) 210.963

A Fisipe obteve, com referência ao ano de 2009 um benefício fiscal - SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial), constituído de acordo com o estatuído na Lei nº 40/2005 de 3 de Agosto, no montante de 330.011,18 Euros, decorrente de actividades I&D nos anos de 2007, 2008 e 2009, ainda que não o tenha deduzido fiscalmente por insuficiência de colectas. Este valor tem sido incluído nas Declarações Fiscais (Anexo F-Benefícios Fiscais) como valor a transitar, podendo ser utilizado até ao exercício de 2014 (6º exercício imediato).

7. EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as existências detalhavam-se como segue:

Perdas deimparidade

Custo (Nota 16) Líquido 31.12.10

Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 5.206.925 (161.289) 5.045.636 6.261.093 Subprodutos , desperdícios, resíduos e refugos 49.833 - 49.833 89.440 Produtos acabados e intermédios 2.901.805 - 2.901.805 3.721.859 Mercadorias 65.058 - 65.058 75.317

8.223.621 (161.289) 8.062.332 10.147.709

31.12.11

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(Montantes expressos em Euros)

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8. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o saldo desta rúbrica detalha-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Clientes conta corrente 26.741.553 30.858.206 Clientes de cobrança duvidosa 3.806.163 3.686.096

30.547.716 34.544.302

Perdas de imparidade (Nota 16) (3.647.211) (3.617.702)

26.900.505 30.926.600

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobranças duvidosas, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor. O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes. De acordo com as antiguidades constante na demonstração da posição financeira consolidada do Grupo, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a antiguidade dos saldos de contas a receber de clientes é a seguinte:

31.12.11 31.12.10

Não vencido 22.021.200 25.366.540 Vencido (sem perda de imparidade):

0-30 dias 2.566.780 3.867.605 30-90 dias 1.212.894 848.266

+90 dias 940.679 844.189

Vencido (com perda de imparidade):180-360 dias 74.758 -

+360 dias 3.731.405 3.617.702 30.547.716 34.544.302

9. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS A Fisipe e a Munditêxtil são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento, através do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades. De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais das

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(Montantes expressos em Euros)

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empresas do Grupo, com sede em Portugal, nos exercícios de 2008 a 2011 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. A Administração de cada uma das empresas incluídas na consolidação entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2011. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 não existiam dívidas em mora ao Estado e outros entes públicos, sendo o detalhe dos saldos com estas entidades como segue:

Activos Passivos Activos Passivos

Imposto sobre o RendimentoTributações autónomas (Nota 6) - (30.546) - (32.676)Derrama (Nota 6) - (39.028) - -Pagamentos por conta e especiais por conta 387.978 - 698.792 -

387.978 (69.574) 698.792 (32.676)

Contribuições para a Segurança Social - (187.006) - (183.378)Imposto sovbre o Valor Acrescentado 1.316.517 - 458.512 - Retenções efectuadas sobre terceiros - (102.600) - (100.007)Restantes impostos - - - (40.248)

1.704.495 (359.180) 1.157.304 (356.309)

31.12.11 31.12.10Saldos Saldos

10. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as outras dívidas a receber de terceiros detalhavam-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Adiantamentos a fornecedores 7.854 8.125

Outras contas a receber:Partes relacionadas (Nota 15) 3.270 - Outras contas a receber 561.576 180.985

572.700 189.110 Perdas de imparidade (Nota 16) (103.885) (103.895)

468.815 85.215 A rubrica “Outras contas a receber” no montante de 561.576 Euros respeita essencialmente a uma indemnização a receber da seguradora pela contaminação de acrilonitrilo.

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(Montantes expressos em Euros)

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11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES A rubrica de “Outros activos correntes” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalha-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Acréscimos de rendimentos:Subsídios a receber 769.621 524.686 Outros acréscimos de rendimentos - 302

769.621 524.988 Gastos diferidos:

Seguros pagos antecipadamente 129.016 112.241 Outros activos correntes 21.051 - Outros gastos diferidos 14.501 13.627

164.568 125.868 934.189 650.856

Os subsídios a receber no montante de 769.621 Euros respeitam a subsídios no âmbito dos investimentos efectuados com os projectos Carbopan, Carbogen e Polyblend, relacionados com o percursor de fibra de carbono.

12. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe de caixa e seus equivalentes era o seguinte:

31.12.11 31.12.10

Numerário 12.679 4.991Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 1.368.538 1.839.652Caixa e equivalentes de caixa 1.381.217 1.844.643

13. CAPITAL SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2011 o capital da Fisipe, no montante de 15.500.000 Euros, totalmente subscrito e realizado, era composto por 155.000.000 acções com o valor nominal de 0,1 Euros cada, era detido directa ou indirectamente pelas seguintes entidades: NEGOFOR, SGPS, S.A. 86,19%Outras 13,81%

100,00%

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(Montantes expressos em Euros)

24

14. OUTRAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO Prestações Suplementares: Na Assembleia Geral de 29 de Outubro de 2007 foi decidida a realização imediata de prestações acessórias de capital de carácter pecuniário e a título gratuito, no montante de 4.500.000 Euros, mediante conversão de empréstimos já efectuados pela accionista NEGOFOR, SGPS, S.A., pelo que as mesmas após esta realização passaram a ascender a 9.500.000 Euros. De acordo com a legislação aplicável estas prestações acessórias, às quais se aplica o regime das prestações suplementares só podem ser restituídas aos accionistas desde que o capital próprio não fique inferior à soma do capital e da reserva legal. Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta data represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Resultados transitados: em 31 de Dezembro de 2011, os resultados transitados da Fisipe (contas individuais) incluem os montantes de 480.014 Euros (líquido dos correspondentes passivos por impostos diferidos) e 6.668.993 Euros (líquido dos correspondentes passivos por impostos diferidos), relativos ao valor líquido de reavaliações legais efectuadas antes da data de transição para IFRS, ao abrigo de diplomas legais e ao valor líquido da reavaliação para justo valor de alguns equipamentos fabris efectuada, ao abrigo da IFRS 1, aquando da transição para este referencial contabilístico, respectivamente. As reavaliações legais não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital da Empresa ou em outras situações especificadas na legislação. A reavaliação para justo valor efectuada na transição só se considera distribuível quando realizada. Aplicação do resultado líquido de 2010: Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas, realizada em 11 de Maio de 2011 foi deliberado que o resultado líquido negativo de 2010 no montante de 1.766.116 Euros fosse transferido para resultados transitados.

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

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15. PARTES RELACIONADAS De forma a facilitar a compreensão das demonstrações financeiras anexas são divulgados abaixo os principais saldos e transacções da Fisipe com as suas empresas do Grupo: a) Activos correntes:

Outras dívidas de terceiros

(Nota 10) Saldos totais31.12.11 31.12.10

Accionistas: Negofor 3.270 -

3.270 -

b) Passivos correntes:

Contas a pagar afornecedores Saldos totais

31.12.11 31.12.10

Empresas associadasFisigen 2.614.196 1.091.306

2.614.196 1.091.306

c) Transacções ocorridas durante o ano de 2011:

Custos Fornecimentos e

financeiros serviços externos Total

Accionistas:Negofor (77.791) - (77.791)

Empresas associadas:Fisigen - (4.006.591) (4.006.591)

(77.791) (4.006.591) (4.084.382)

d) Transacções ocorridas durante o ano de 2010:

Custos Fornecimentos efinanceiros serviços externos Total

Accionistas:Negofor (108.555) - (108.555)

Empresas associadas:Fisigen - (3.295.173) (3.295.173)

(108.555) (3.295.173) (3.403.728)

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

26

16. PROVISÕES ACUMULADAS E PERDAS DE IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e perdas de imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi o seguinte:

Saldo SaldoRubricas inicial Aumento Redução Utilização final

Perdas de imparidade:Contas a receber de clientes (Nota 8) 3.617.702 235.603 (206.094) - 3.647.211Contas a receber de outros devedores (Nota 10) 103.885 - - - 103.885Existências (Nota 7) 158.029 3.260 - - 161.289Activos fixos tangíveis (Nota 4) 1.534.446 617.630 - - 2.152.076Empréstimos concedidos a associadas (Nota 5) - 590.759 - - 590.759Investimentos financeiros (Nota 5)

Outros 107.988 24.500 - - 132.4885.522.050 1.471.752 (206.094) - 6.787.708

Provisões:Não correntes 167.371 67.459 (17.961) (35.011) 181.858

167.371 67.459 (17.961) (35.011) 181.8585.689.421 1.539.211 (224.055) (35.011) 6.969.566

Saldo SaldoRubricas inicial Aumento Redução Utilização final

Perdas de imparidade:Contas a receber de clientes (Nota 8) 3.479.196 309.518 (171.012) - 3.617.702Contas a receber de outros devedores (Nota 10) 100.000 3.885 - - 103.885Existências (Nota 7) 167.146 - (9.117) - 158.029Activos fixos tangíveis (Nota 4) 900.600 690.725 (26.106) (30.773) 1.534.446Investimentos financeiros (Nota 5) 107.988 - - - 107.988

4.754.930 1.004.128 (206.235) (30.773) 5.522.050

Provisões:Não correntes 708.976 71.116 (303.310) (309.411) 167.371

708.976 71.116 (303.310) (309.411) 167.3715.463.906 1.075.244 (509.545) (340.184) 5.689.421

2010

2011

Quer os aumentos quer as reduções de provisões e perdas de imparidade tiveram como contrapartida as seguintes rubricas da demonstração de resultados:

Aumento Redução Total Aumento Redução Total

Provisões e perdas de imparidade 1.514.711 (224.055) 1.290.656 1.075.244 (509.545) 565.699

Resultados relativos a investimentos:Perdas/(ganhos) de imparidade em participações

em empresas subsidiárias e associadas 24.500 - 24.500 - - -1.539.211 (224.055) 1.315.156 1.075.244 (509.545) 565.699

2011 2010

O saldo registado na rubrica de “Provisões – não correntes” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 inclui, essencialmente, os montantes de 89.486 Euros e 75.001 Euros, respectivamente, referente a potenciais responsabilidades com reclamações de clientes relativas a problemas de qualidade referente aos produtos vendidos pelo Grupo.

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

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17. EMPRÉSTIMOS E LOCAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os empréstimos e contas a pagar derivadas de locação financeira, mantidos pela Empresa eram como segue:

Entidade Não Nãofinanciadora Limite Corrente corrente Limite Corrente corrente

Locações financeiras:Banif 300.440 82.968 217.472 - - -Caixa Leasing e Factoring 73.300 73.300 - 200.012 129.588 70.424Caixa Leasing e Factoring 149.338 149.338 - 348.599 203.508 145.091Caixa Leasing e Factoring 204.547 204.547 - 426.672 225.806 200.866Caixa Leasing e Factoring 68.676 68.676 - 131.516 63.534 67.982Caixa Leasing e Factoring 152.540 127.761 24.779 273.100 121.233 151.867Caixa Leasing e Factoring 958.095 417.264 540.831 1.343.317 379.109 964.208Caixa Leasing e Factoring 318.588 136.465 182.123 451.228 133.549 317.679

2.225.524 1.260.319 965.205 3.174.444 1.256.327 1.918.117

Outros empréstimosIAPMEI 486.839 156.200 330.639 562.847 76.008 486.839

486.839 156.200 330.639 562.847 76.008 486.839Empréstimos bancários:

Banco Comercial Português 964.958 385.982 578.976 1.350.941 385.984 964.957Caixa Geral Depósitos 841.914 236.275 605.639 474.263 126.470 347.793Banco Espirito Santo 1.750.000 875.000 875.000 2.625.000 875.000 1.750.000Caixa Geral Depósitos 1.000.000 1.000.000 - 20.000 20.000 -Descobertos bancários - BANIF 2.000.000 2.000.000 - 3.000.000 3.000.000 -

6.556.872 4.497.257 2.059.615 7.470.204 4.407.454 3.062.750Outras dívidas com instituiçõesfinanceiras - 10.219.213 - - 9.606.665 -

9.269.235 16.132.989 3.355.459 11.207.495 15.346.454 5.467.706

31.12.2011 31.12.2010Montante utilizado Montante utilizado

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

28

Os empréstimos e as locações financeiras classificados como não correntes, em 31 de Dezembro de 2011, detalham-se da seguinte forma, em termos de prazos de vencimento:

Valor

2013 1.497.2582014 397.6512015 e seguintes 164.706

Empréstimos bancários 2.059.615

2013 156.2002014 78.1002015 e seguintes 96.339

Outros empréstimos 330.639

2013 661.1122014 252.5572015 e seguintes 51.536

Locações financeiras 965.205

Os empréstimos e descobertos bancários do Grupo vencem juros a taxas normais de mercado e foram contraídos em Euros. Os montantes referentes aos contratos de locação financeira celebrados com a Caixa Leasing e Factoring destinam-se ao financiamento dos projectos referentes à implementação do novo sistema de gestão da produção e a remodelação de quatro máquinas de spinning. As outras dívidas com instituições financeiras respeitam a facturas de clientes descontadas junto das instituições de crédito. Estes montantes encontram-se em parte cobertos por livranças emitidas pelos clientes, seguros de crédito e, ainda, garantias bancárias emitidas por parte das instituições financeiras com as quais os clientes da Empresa têm transacções. O montante de 964.958 Euros referente ao empréstimo concedido pelo Banco Comercial Português destinou-se a ser aplicado no projecto de investimento ao abrigo do Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial (SIME). O empréstimo prevê um reembolso do capital em 12 prestações semestrais, iguais, sucessivas e postecipadas, com vencimento nos meses de Abril e Outubro. O montante de 1.750.000 Euros referente ao empréstimo concedido pelo Banco Espírito Santo destinou-se a ser aplicado no projecto de construção da nova central de cogeração. O empréstimo prevê um reembolso do capital em oito prestações semestrais, iguais e sucessivas com data-valor do último dia do período de contagem de juros. Como garantia deste financiamento bancário a Negofor dá em garantia, a favor do BES, penhor sobre as acções representativas do capital social da Fisipe. A totalidade dos empréstimos bancários obtidos, encontram-se garantidos por livranças em branco.

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

29

Instrumentos financeiros derivados: Em 31 de Dezembro de 2011, o Grupo havia contratado oito instrumentos financeiros derivados que consistem em swaps de taxa de juro, cujo detalhe a esta data é como segue:

Descrição do Instrumento Financeiro Contraparte Maturidade Recebe Paga Notional

Interest Rate Swap - IRS BES 14-11-2013 EUR 6M 2,55% 1.750.000Interest Rate Swap - IRS BCP 20-10-2014 EUR 6M 2,70% 964.958Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 01-06-2012 EUR1M 1,39% 73.300Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 20-08-2012 EUR1M 1,45% 149.338Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 10-10-2012 EUR1M 1,50% 204.547Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 01-12-2012 EUR1M 1,57% 68.676Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 20-02-2013 EUR1M 1,64% 152.540Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 01-01-2014 EUR1M 2,63% 958.095

2011

O justo valor à data da demonstração da posição financeira destes instrumentos financeiros tal como determinado pela entidade com o qual foram contratados ascende a 59.380 Euros tendo sido registado por contrapartida de custos financeiros, por não reunirem as condições necessárias para efeitos de contabilidade de cobertura.

18. OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR As outras dívidas a pagar em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Adiantamentos de clientes 8.446 275.400 Outros credores 106.502 194.756

114.948 470.156

19. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Os outros passivos correntes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Acréscimos de gastos:Remunerações a liquidar 1.165.993 1.197.246 Comissões e bónus a liquidar 1.388.270 1.651.976 Juros a liquidar 81.734 60.274 Electricidade 34.788 - Outros acréscimos de gastos 258.646 347.623

2.929.431 3.257.119 Proveitos diferidos:

Subsídios ao investimento 2.144.066 1.383.372 5.073.497 4.640.491

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

30

20. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e prestações de serviços nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 distribuem-se da seguinte forma:

2011 2010

Vendas e prestações de serviços:Mercado nacional 1.002.634 970.599

Mercado externo: - Intracomunitário 34.425.768 33.683.943 - Outros mercados 93.713.175 77.349.778

129.141.577 112.004.320

21. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A variação da produção nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi determinada como segue:

2011 2010Subprodutos, Subprodutos,

Produtos desperdícios, Produtos desperdícios,acabados e resíduos e acabados e resíduos eintermédios refugos Total intermédios refugos Total

Existências finais 2.901.805 49.833 2.951.638 3.721.859 89.440 3.811.299 Existências iniciais 3.721.859 89.440 3.811.299 3.546.130 167.636 3.713.766 Aumento / (redução) no exercício (820.054) (39.607) (859.661) 175.729 (78.196) 97.533

22. OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS Os outros rendimentos operacionais nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 distribuem-se da seguinte forma:

31.12.11 31.12.10Rendimentos:

Trabalhos para a própria empresa 760.666 794.272 Subsídios ao investimento 244.935 291.183 Outros 24.128 54.551

1.029.729 1.140.006

31.12.11 31.12.10Gastos:

Penalidades contratuais sofridas 342.708 16.082 Impostos 248.315 200.418 Taxas 163.316 217.465 Quotizações 41.234 41.506 Donativos 25.150 20.510 Outros 160.013 67.634

980.736 563.615

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

31

A rubrica “Penalidades contratuais sofridas” no montante de 342.708 Euros respeita essencialmente a reclamações de clientes por defeitos na qualidade dos produtos vendidos.

23. CUSTO DAS VENDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi determinado como segue:

2011 2010

Existências iniciais 6.494.440 6.049.336 Compras 92.192.411 82.311.195 Regularização de existências (4.233) - Existências finais (5.271.983) (6.494.440)

93.410.635 81.866.091

24. GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS Os gastos e rendimentos financeiros nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, detalhavam-se como segue:

2011 2010Custos financeiros:Juros suportados 512.306 773.863 Custos suportados com desconto de títulos 507.001 200.842 Outros custos e perdas financeiros 1.165.517 1.111.464

2.184.824 2.086.169 Resulltados financeiros (1.925.740) (2.082.648)

259.084 3.521

Proveitos financeiros:Juros obtidos 246.718 3.521 Outros proveitos e ganhos financeiros 12.366 -

259.084 3.521

A rubrica “Outros custos e perdas financeiros” no montante de 1.165.517 Euros respeita essencialmente a despesas com abertura de crédito, despesas com emissão de letras para pagamentos a fornecedores estrangeiros e a despesas com garantias prestadas a favor de terceiros.

25. FUNDO DE PENSÕES FISIPE Conforme descrito na Nota 2.10, o Grupo assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias, a título de pensões de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações são determinadas em função do número de anos de serviço dos empregados e da tabela salarial em vigor. A Fisipe constituiu em anos anteriores, um fundo de pensão autónomo, destinado a financiar as suas responsabilidades pelo pagamento daqueles complementos de pensões.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

32

Durante o exercício de 2009, e mediante uma autorização do Instituto de Seguros de Portugal, o Grupo alterou o plano para os seus activos, passando estes a estar abrangidos por um Plano de Contribuição Definida, com efeitos a partir de Dezembro de 2009. Assim, e dado que as responsabilidades dos reformados se encontravam totalmente cobertas pelo Fundo, o Grupo anulou os saldos das rubricas de “Responsabilidades com pensões” e de “Perdas actuariais diferidas” nos montantes de 832.866 Euros e de 481.155 Euros, respectivamente, pelo que o efeito desta alteração se traduziu na diminuição do passivo e no aumento do resultado líquido do exercício de 2009 em 351.711 Euros, tendo este montante sido registado a crédito da rubrica de “Custos com o pessoal”. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa mantém um Plano de Pensões de Benefício Definido para os actuais pensionistas e um Plano de Contribuição Definida para os activos. Em 31 de Dezembro de 2011, de acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades da Empresa por serviços passados dos seus pensionistas foi estimado em 2.497.880 Euros (2.685.795 em 31 de Dezembro de 2010). Os estudos actuariais, elaborados pelo método “Projected Unit Credit”, consideraram os seguintes pressupostos:

2011 2010 2009 2008 2007

Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77Rendimento do fundo 4,50% 4,50% 4,50% 6% 6%Taxa de crescimento salarial N/A N/A N/A 3% 3%Taxa de crescimento das pensões 0% 0% 0% 1% 1% Em 31 de Dezembro de 2011, 2010, 2009, 2008 e 2007, a cobertura de responsabilidades da Empresa pelo fundo de pensões e pela rubrica de “Responsabilidades com pensões” era como segue:

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2007

Responsabilidades Activos - - - 903.613 576.311 Reformados 2.497.880 2.685.795 2.810.651 3.001.400 3.425.189

2.497.880 2.685.795 2.810.651 3.905.013 4.001.500

Valor do fundo 2.367.915 2.624.344 2.810.651 3.072.147 3.499.940Responsabilidades com pensões 129.965 61.451 - 832.866 501.560

2.497.880 2.685.795 2.810.651 3.905.013 4.001.500

Percentagem de cobertura 100% 100% 100% 100% 100% A evolução do património do Fundo de Pensões do Grupo, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi como segue:

2011 2010

Saldo no início do exercício 2.624.344 2.810.651Rendimento esperado do fundo 5.815 135.923Pensões pagas no exercício (323.695) (324.905)Contribuições pagas 61.451 2.675Saldo no final do exercício 2.367.915 2.624.344

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

33

A evolução das responsabilidades do Grupo, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, foi como segue: Saldo no início do exercício 2.685.795Pensões pagas no exercício (323.695)Custo dos juros 127.829Ganhos e perdas actuariais 7.951Saldo no final do exercício 2.497.880

26. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2011, a Fisipe tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, como segue: Cauções de dívidas - APL 24.516 Alfandega (Depósito temporário) 75.000 Processos de execução fiscal 85.175 Projectos QREN 925.767 Tribunal do Trabalho do Barreiro 27.774 Total 1.138.232

27. DÍVIDAS A PAGAR Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as dívidas a pagar a fornecedores e a outras entidades detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Fornecedores correntes 18.923.918 21.564.972 Outras dívidas a pagar (Nota 18) 114.948 470.156

19.038.866 22.035.128

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica respeita a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo. O Conselho de Administração do Grupo entende que o valor contabilístico destas dívidas corresponde, aproximadamente, ao seu justo valor. De acordo com a informação constante na demonstração da posição financeira consolidado, as dívidas a pagar a fornecedores e outras aquelas datas, apresentam os seguintes prazos de vencimento:

2011 2010Curto prazo:

0-30 dias 1.995.827 1.236.821 30-90 dias 15.485.453 19.948.358

90-180 dias 1.345.326 102.641 +180 dias 97.312 277.152

18.923.918 21.564.972

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

34

28. MATÉRIAS AMBIENTAIS Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a Fisipe incorreu em custos de carácter ambiental no montante de 198.121 Euros, os quais se encontram registados na rubrica de “Fornecimentos e serviços externos”, e se discriminam como segue:

Análises laboratoriais 46.338 Gestão ambiental 14.459 Tratamento de residuos sólidos 137.324 Total 198.121

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 os investimentos de carácter ambiental efectuados pela Fisipe discriminavam-se como segue:

Ligação à ETAR Barreiro/Moita 209.243 Permutador de condensados DIW para CCB 23.944 Reparação da rede de esgotos 109.040 Reutilização do rejeitado para a osmose inversa 20.986

363.213

Em 31 de Dezembro de 2011 a Fisipe não registou qualquer passivo contingente de carácter ambiental por ser entendimento do Conselho de Administração que não existem obrigações que pudessem resultar em efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa àquela data.

29. RESULTADO POR ACÇÃO Em 31 de Dezembro de 2011, os resultados básicos por acção correspondem ao resultado líquido negativo consolidado dividido pelo número médio ponderado de acções ordinárias da Empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

2011

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por acçãobásico (resultado liquido do exercício) 153.203

Número de acções 155.000.000

Resultado por acção 0,001

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

35

30. INFORMAÇÃO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a informação por segmentos, efectuada de acordo com os segmentos de negócio identificados, que são a actividade de venda de fibra e a actividade de venda de fio, é como segue:

Fibra Fio Eliminações Consolidado Fibra Fio Eliminações Consolidado

Réditos

Vendas externas 122.818.590 6.322.987 - 129.141.577 105.294.811 6.709.509 - 112.004.320Vendas Inter-segmentais 3.939.799 - (3.939.799) - 3.663.817 - (3.663.817) -

Outros réditos

Prestação de serviços Inter-segmentais 1.358.894 - (1.358.894) - 1.354.988 - (1.354.988) -128.117.283 6.322.987 (5.298.693) 129.141.577 110.313.616 6.709.509 (5.018.805) 112.004.320

Resultados

Resultados segmentais 1.844.191 253.548 - 2.097.739 254.760 126.898 (126.898) 254.760Resultados operacionais 2.097.739 254.760

Gastos de juros (2.160.855) (23.969) - (2.184.824) (2.072.205) (13.964) 13.964 (2.072.205)Proveitos de juros 258.175 909 - 259.084 2.237 1.284 (1.284) 2.237Impostos s/os lucros 5.704 - - 5.704 (187.432) (23.531) (210.963)

Resultados de actividades ordinárias 177.703 (2.026.171)

Ganhos/ (perdas) em associadas 205.988 - (230.488) (24.500) 114.218 145.837 260.055Resultado consolidado líquido 153.203 (1.766.116)

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos não correntes do segmento 27.282.290 40 (770.067) 26.512.263 25.727.578 928 (393.742) 25.334.764Activos correntes do segmento 38.282.427 3.255.088 (2.085.962) 39.451.553 43.575.030 3.466.914 (2.229.617) 44.812.327

Activos totais consolidados 65.564.717 3.255.128 (2.856.029) 65.963.816 69.302.608 3.467.842 (2.623.359) 70.147.091

Passivos não correntes do segmento 6.128.663 - 6.128.663 8.509.641 - 8.509.641Passivos correntes do segmento 40.264.813 2.485.061 (2.085.962) 40.663.912 41.774.929 2.928.263 (2.229.617) 42.473.575

Passivos totais consolidados 46.393.476 2.485.061 (2.085.962) 46.792.575 50.284.570 2.928.263 (2.229.617) 50.983.216

2011 2010

Réditos totais

31. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS Honorários facturados pelo Revisor Oficial de Contas Os honorários totais facturados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 pelo Revisor Oficial de Contas relacionados com a revisão legal e auditoria das contas anuais (individuais e consolidadas) ascenderam a 45.000 Euros e 43.500 Euros respectivamente. Adicionalmente em 2011 foram facturados 30.000 Euros relacionados com um serviço que não de auditoria e garantia de fiabilidade.

32. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 8 de Março de 2012. Contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL

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Certificação Legal de Contas

Relatório de Auditoria

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CONTAS INDIVIDUAIS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Individuais

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Notas 2011 2010

ACTIVOS NÃO CORRENTES:

3 22.268.407 24.240.243

Investimentos financeiros 4 775.167 569.179

4 3.457.338 -

Activos por impostos diferidos 5 781.378 918.156

Total de activos não correntes 27.282.290 25.727.578

ACTIVOS CORRENTES:

Existências 6 7.049.978 9.244.639

Contas a receber de clientes 7 26.327.140 29.979.041

Estado e outros entes públicos 8 1.433.774 930.980

Outras dívidas de terceiros 9 1.204.262 975.363

Outros activos correntes 10 934.189 650.856

Caixa e equivalentes de caixa 11 1.333.084 1.794.151

Total de activos correntes 38.282.427 43.575.030

65.564.717 69.302.608

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital 12 15.500.000 15.500.000

Prestações suplementares 13 9.500.000 9.500.000

Reserva legal 13 1.220.612 1.220.612

Resultados transitados 13 (7.202.574) (5.290.621)

Resultado líquido do exercício 153.203 (1.911.953)

Total do capital próprio 19.171.241 19.018.038

PASSIVO

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 16 2.059.615 3.062.750

Credores por locação financeira 16 965.205 1.918.117

Outros empréstimos 16 330.639 486.839

Provisões 15 181.858 167.371

Responsabilidades com pensões 25 129.965 61.451

Passivos por impostos diferidos 5 2.461.381 2.813.113

Total de passivos não correntes 6.128.663 8.509.641

PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 16 4.497.257 4.407.454

Outros empréstimos 16 156.200 76.008

Outras dívidas com instituições finaceiras 16 10.219.213 9.606.665

Credores por locação financeira 16 1.260.319 1.256.327

Instrumentos financeiros derivados 16 59.380 95.193

Dívidas a pagar a fornecedores 27 18.860.160 21.484.291

Estado e outros entes públicos 8 358.945 356.080

Outras dívidas a pagar 17 114.948 298.894

Outros passivos correntes 18 4.738.391 4.194.017

Total de passivos correntes 40.264.813 41.774.929

Total de passivo 46.393.476 50.284.570

Total do passivo e capital próprio 65.564.717 69.302.608

Técnico Oficial de Contas

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

(Montantes expressos em Euros)

Activos fixos tangíveis

O Conselho de Administração

ACTIVO

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2011.

Contas a receber por empréstimos concedidos a empresas associadas

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Notas 2011 2010

Rendimentos operacionais:

Vendas 19 126.758.389 108.958.628

Prestações de serviços 14 e 19 1.358.894 1.354.988

Rendimentos suplementares 14 730.841 725.821

Variação da produção 20 (969.447) 631.464

Outros rendimentos operacionais 21 1.010.546 1.131.664

Total de proveitos operacionais 128.889.223 112.802.565

Gastos operacionais:

Custo das vendas 22 (93.414.365) (81.917.019)

Fornecimentos e serviços externos (16.845.102) (15.853.172)

Gastos com o pessoal (10.347.951) (9.835.454)

Amortizações e depreciações 3 (3.941.993) (3.571.378)

Provisões e (perdas)/ganhos de imparidade 15 (1.253.156) (533.111)

Outros gastos operacionais 21 (924.849) (510.424)

Ganhos/(perdas) em diferenças cambiais (317.616) (327.247)

Total de gastos operacionais (127.045.032) (112.547.805)

Resultados operacionais 1.844.191 254.760

Resultados relativos a investimentos 23 205.988 90.687

Rendimentos financeiros 24 258.175 2.237

Gastos financeiros 24 (2.160.855) (2.072.205)

Resultados antes de impostos 147.499 (1.724.521)

Imposto sobre o rendimento 5 5.704 (187.432)

Resultados depois de impostos 153.203 (1.911.953)

Resultado líquido do exercício 153.203 (1.911.953)

153.203 (1.911.953)

Resultados por acção:

Básico 0,001 (0,012)

Diluído 0,001 (0,012)

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

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Notas 2011 2010

Resultado do exercício 153.203 (1.911.953)

Total do rendimento integral do exercício 153.203 (1.911.953)

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

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FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2011E 2010

(Valores expressos em Euros)

Capital Prestações Reserva Resultados Resultado

Notas Social Suplementares legal transitados líquido Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2010 15.500.000 9.500.000 1.220.612 (7.040.486) 1.902.028 21.082.154

Aplicação do resultado líquido de 2009 - - - 1.749.865 (1.902.028) (152.163)

Resultado líquido do ano - - - - (1.911.953) (1.911.953)

Saldo em 31 de Dezembro de 2010 15.500.000 9.500.000 1.220.612 (5.290.621) (1.911.953) 19.018.038

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 15.500.000 9.500.000 1.220.612 (5.290.621) (1.911.953) 19.018.038

Aplicação do resultado líquido de 2010 13 - - (1.911.953) 1.911.953 -

Resultado líquido do exercício - - - - 153.203 153.203

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 15.500.000 9.500.000 1.220.612 (7.202.574) 153.203 19.171.241

O anexo faz parte integrante desta demonstração das alterações do capital próprio em 31 de Dezembro de 2011.

O Conselho de AdministraçãoO Técnico Oficial de Contas

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Notas 2011 2010

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 132.361.493 102.420.175

Pagamentos a fornecedores (114.963.537) (94.479.167)

Pagamentos ao pessoal (9.587.560) (9.885.053)

Fluxos gerados pelas operações 7.810.396 (1.944.045)

Recebimento/(Pagamento) do imposto sobre o rendimento e outros impostos (360.284) (293.813)

Outros pagamentos relativos à actividade operacional 649.630 (2.284.640)

Fluxos das actividades operacionais (1) 8.099.742 (4.522.498)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Subsídios ao investimento 760.695 -

760.695 -

Pagamentos respeitantes a:

Activos fixos tangíveis (1.399.783) (3.077.145)

Empréstimos concedidos a empresas associadas (4.048.097) -

(5.447.880) (3.077.145)

Fluxos das actividades de investimento (2) (4.687.185) (3.077.145)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 2.685.126 9.642.049

Empréstimos por locação financeira 369.662 520.989

Juros e proveitos similares 1.300 6.147

3.056.088 10.169.185

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (3.674.466) (1.761.272)

Empréstimos por locação financeira (1.318.582) (979.825)

Juros e custos similares (1.936.664) (775.041)

(6.929.712) (3.516.138)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (3.873.624) 6.653.047

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (461.067) (946.596)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 11 1.794.151 2.740.747

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 11 1.333.084 1.794.151

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Valores expressos em Euros)

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Notas

às

Demonstrações Financeiras Individuais

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

1

1. NOTA INTRODUTÓRIA A FISIPE - Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. (“Empresa” ou “Fisipe”), tem sede no Lavradio, foi constituída em 7 de Setembro de 1973 e tem como actividade principal a produção e comercialização de fibras acrílicas. Estas demonstrações mencionadas referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor. A Empresa irá também preparar nos termos da legislação em vigor, demonstrações financeiras consolidadas para aprovação em separado. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros (moeda funcional) dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Empresa opera.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”), tal como adoptadas na União Europeia, em vigor para exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2011. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas na União Europeia. As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e de acordo com o regime contabilístico do acréscimo, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia.

Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras anexas Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória ao exercício económico da Empresa iniciado em 1 de Janeiro de 2011:

Norma/ Interpretação

Data de eficácia

(exercícios iniciados

em ou após)

IAS 24 – Divulgações de Partes Relacionadas (Revista) 1-Jan-11IFRS 1 – Emenda (Isenção limitada da obrigação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes pela primeira vez) 1-Jul-10IAS 32 – Emenda (Classificação das emissões de direitos) 1-Fev-10IFRIC 19 – Extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capital próprio 1-Jul-10IFRIC 14 – Emenda (Pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo) 1-Jan-11IFRS 7 – Emenda (Instrumentos Financeiros: Divulgações – Transferência de activos financeiros) 1-Jul-11

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(Montantes expressos em Euros)

2

Todas as normas acima foram aplicadas pela primeira vez pela Empresa em 2011, não tendo da adopção das mesmas, resultado impactos retrospectivos significativos nas demonstrações financeiras anexas. As seguintes normas contabilísticas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma/ Interpretação

Data de eficácia

(exercícios iniciados

em ou após)

Melhorias às IFRS (2010) Várias (a mais cedo será 01-Jul-10)

Estas normas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pela Empresa em 2011, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos retrospectivos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa, decorrentes da adopção das mesmas. As seguintes normas contabilísticas e interpretações foram emitidas pelo IASB e não se encontram ainda aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma/ Interpretação

Data de eficácia

(exercícios iniciados

em ou após)

IFRS 9 - Financial Instruments 1-Jan-13Amendments to IAS 12 - Deferred Tax: Recovery of Underlying Assets 1-Jan-12Amendments to IFRS 1 - Severe Hyperinflaction and Removal of Fixed Dates forFirst-time Adopters 1-Jul-11Amendments to IFRS 7 - Financial Instruments: Disclosures 1-Jul-11IFRS 10 - Consolidated Financial Statements 1-Jan-13IFRS 11 - Joint Arrangements 1-Jan-13IFRS 12 - Disclosure of Interests in Other Entities 1-Jan-13IFRS 13 - Fair Value Measurement 1-Jan-13IAS 27 (Revised 2011)- Separate Financial Statements 1-Jan-13IAS 28 (Revised 2011)- Investments in Associates and Joint Ventures 1-Jan-13Amendments to IAS 1 - Presentation of Comprehensive Income 1-Jan-13Amendments to IAS 19 - Post Employment Benefits 1-Jan-13IFRIC 20 - Stripping Costs in the Production Phase of a Surface Mine 1-Jan-13

Não se estima que da futura adopção das restantes normas e interpretações, as quais por ora não foram ainda “endorsed” pela União Europeia, decorram impactos significativos retrospectivos para as demonstrações financeiras anexas. A Empresa apresentou pela primeira vez em 2005, demonstrações financeiras de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tendo observado no processo de transição as disposições previstas na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS 1”). Os efeitos dos ajustamentos, reportados a 1 de Janeiro de 2005, relacionados com a transição para IFRS, no montante de 14.196.980 Euros, foram registados por contrapartida das rubricas de “Resultados transitados” e “Outras reservas de reavaliação”, no capital próprio.

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(Montantes expressos em Euros)

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2.2 Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para as IFRS), encontram-se registados pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais, com excepção de alguns equipamentos, os quais foram reavaliados, na data de transição (1 de Janeiro de 2004) para o correspondente justo valor, determinado por uma entidade especializada independente, ao abrigo do na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro. Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade. As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para utilização, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos

Edifícios e outras construções 20 – 50 Equipamento básico 5 – 20 Equipamento de transporte 4 – 12 Ferramentas e utensílios 4 – 10 Equipamento administrativo 4 – 20 Outros activos fixos tangíveis 3 – 14 As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem. Os activos em curso representam activos fixos tangíveis ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição. Estes activos fixos tangíveis são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

2.3 Locações Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Locações em que a Empresa age como locatário Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e

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redução da responsabilidade, de modo a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução do gasto com a locação, igualmente numa base linear.

2.4 Investimentos financeiros em subsidiárias e associadas

Os investimentos financeiros em subsidiárias e associadas representativos de partes de capital encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas de imparidade estimadas.

2.5 Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas são determinadas com base no melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso e bem assim na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pela IAS 8. As principais estimativas utilizadas pelo Empresa, respeitam à mensuração das responsabilidades com pensões em planos de benefícios definidos, determinação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, quando aplicável, e avaliação da realização dos activos por impostos diferidos, como segue:

a) Responsabilidades com pensões

As responsabilidades da Empresa com os complementos de pensão de reforma (Plano de Benefícios Definidos existente para os pensionistas), são determinadas pela obtenção, no final de cada exercício económico, de estudos actuariais, elaborados por entidades especializadas independente e de acordo com métodos e pressupostos actuariais aceites internacionalmente.

b) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa para efeitos de cobertura de fluxos de caixa e consistem basicamente em “swaps” de taxa de juro. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros derivados é, no final de cada exercício económico, efectuada por avaliadores externos (usualmente pela entidade com quem o instrumento financeiro derivado foi contratado).

c) Activos por impostos diferidos

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses impostos diferidos activos. No final de cada exercício é efectuada uma revisão

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(Montantes expressos em Euros)

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desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. A revisão efectuada tem por base as projecções de actividade futura da Empresa.

Os principais pressupostos utilizados nas estimativas utilizadas pela Empresa, encontram-se divulgadas, nas notas do anexo correspondentes.

2.6 Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição. Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, que inclui o custo médio de aquisição das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. São registadas perdas por imparidade nas existências, pela diferença entre o valor de custo e o respectivo valor realizável líquido, no caso deste ser inferior ao custo. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

2.7 Activos e passivos financeiros

Os activos financeiros e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a Empresa se torna parte das correspondentes relações contratuais. Os activos financeiros são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor da retribuição dada, incluindo despesas de transacção, excepto no caso dos activos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados em que as despesas de transacção são imediatamente registadas em resultados. A Empresa desreconhece activos financeiros quando: (i) os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram; (ii) transfere para outra entidade os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos ou; (iii) não obstante tenha retido parte mas não substancialmente os riscos e benefícios significativos, transferiu o controlo sobre os mesmos. A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. Os activos financeiros são classificados nas seguintes categorias: Activos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Activos financeiros detidos até à maturidade Empréstimos e contas a receber Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são os activos financeiros detidos para negociação, ie, activos financeiros que a Empresa tem intenção de transaccionar no curto prazo. No caso particular da Empresa, incluem-se nesta categoria, essencialmente, os instrumentos financeiros derivados. A mensuração subsequente destes activos financeiros é feita pelo justo valor, registado por contrapartida de resultados.

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(Montantes expressos em Euros)

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Os activos financeiros detidos até à maturidade são os activos financeiros com maturidade fixada e em relação aos quais a Empresa tem intenção e capacidade de manter até essa data. No caso concreto da Empresa, não existem activos financeiros a classificar nesta categoria. Os empréstimos e contas a receber, são originados no decurso normal das operações da Empresa, em relação aos quais não existe intenção de os negociar. Classificam-se nesta categoria as contas a receber de clientes e outras contas a receber e os depósitos bancários. A mensuração subsequente destes activos financeiros é feita pelo custo amortizado de acordo com o método do juro efectivo.

Os activos financeiros disponíveis para venda são os activos financeiros que não sejam de classificar em nenhuma das categorias anteriores. No caso concreto da Empresa seriam de classificar nesta categoria investimentos em participações financeiras que não fossem passíveis de classificar como subsidiárias. Contudo à data destas demonstrações financeiras não existem activos financeiros a classificar nesta categoria. Os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias:

Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Outros passivos financeiros Os passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados, correspondem a passivos detidos para negociação, ie, passivos financeiros que a Empresa tem intenção de transaccionar no curto prazo. No caso particular da Empresa, incluem-se nesta categoria unicamente os instrumentos financeiros derivados. A mensuração subsequente destes passivos financeiros é feita pelo justo valor, registado por contrapartida de resultados. Os outros passivos financeiros correspondem aos restantes passivos financeiros que não sejam de classificar na categoria anterior. Classificam-se nesta categoria os empréstimos bancários e de outras entidades, incluindo accionistas e as contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar. A mensuração subsequente destes passivos financeiros é feita pelo custo amortizado de acordo com o método da taxa de juro efectiva. a) Caixa e equivalentes a caixa

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com insignificante risco de alteração de valor. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.

b) Contas a receber As contas a receber de clientes e outras contas a receber são registadas ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.

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(Montantes expressos em Euros)

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c) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo e mensurados pelo custo amortizado. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos, pagas, usualmente, antecipadamente aquando da emissão desses empréstimos, são reconhecidas pelo custo amortizado de acordo com o método do juro efectivo na demonstração de resultados do exercício ao longo do período de vida desses empréstimos. Estas despesas são classificadas a deduzir à rubrica de ”Empréstimos bancários”. Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração dos resultados de acordo com o regime do acréscimo, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data de relato, classificados na rubrica de “Outros passivos correntes”.

d) Dívidas a pagar a fornecedores e outras dívidas a pagar As dívidas a fornecedores e outras contas a pagar a terceiros são registadas ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal.

e) Instrumentos financeiros A Empresa está exposta ao nível de risco financeiro, fundamentalmente a flutuações de taxa de câmbio e de taxa de juro, utilizando a Empresa instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros relacionados com flutuação de taxas de juro, unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos. Não são utilizados instrumentos financeiros derivados com o objectivo de negociação (especulação). Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa respeitam a “swaps” de taxa de juro. Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são remensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remuneração registados de imediato em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumentos de cobertura. No caso concreto da Empresa não existem contudo instrumentos financeiros que sejam elegíveis para efeitos de contabilidade de cobertura. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados” como um activo financeiro. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido na mesma rubrica mas como um passivo financeiro. Um instrumento derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no curto prazo. Nas situações em que existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos de acolhimento, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que

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(Montantes expressos em Euros)

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os contratos de acolhimento não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registados na demonstração de resultados.

2.8 Politica de gestão de risco No desenvolvimento da sua actividade, a Empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: riscos financeiros de mercado (incluindo risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global da Empresa, é focado na imprevisibilidade dos mercados e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro. A gestão de risco da Empresa é controlada pelo departamento de tesouraria da Fisipe, de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. Nesse sentido, o Conselho de Administração tem definido os principais princípios de gestão de risco globais e bem assim políticas específicas para algumas áreas, como sejam a cobertura de risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro e risco de crédito. a) Riscos de mercado: Um dos principais riscos com que a Fisipe se depara está

relacionado com a oscilação do preço do acrilonitrilo, produto derivado do petróleo, e que constitui a principal matéria-prima da Empresa. Não existindo um mercado financeiro em que se possa transaccionar este produto, a Empresa procura minimizar os riscos de oscilação garantindo uma parte do seu abastecimento através da utilização de uma fórmula que tem em conta a evolução média do preço desta matéria-prima.

b) Riscos de câmbio: A Fisipe está sujeita a riscos de câmbio, nomeadamente associados ao dólar americano. A Empresa procura minimizar esses riscos tentando efectuar um “hedging” entre as suas compras e as suas vendas. A matéria-prima principal é adquirida em dólares e a maior parte das vendas são efectuadas também nesta divisa.

c) Riscos de taxa de juro: Também é um risco que a Empresa tem em consideração,

cobrindo a exposição com os adequados instrumentos disponíveis no mercado, nomeadamente swaps sobre taxas de juro.

d) Riscos de crédito: O risco de crédito dos clientes da Empresa, é gerido pela

adequada avaliação de risco efectuada antes da aceitação do cliente e pelo adequado acompanhamento dos limites de crédito atribuídos a cada um deles. Por outro lado, a Fisipe procura minimizar estes riscos exigindo a abertura de cartas de crédito de exportação ou através do recurso a seguros de crédito quando existam.

e) Risco de liquidez: As necessidades de tesouraria são geridas pelo departamento

central de tesouraria da Fisipe, que de uma forma adequada e oportuna, gere os excessos e défices de liquidez. As necessidades pontuais de tesouraria são cobertas pelo controlo das contas a receber e pela manutenção de adequados limites de crédito acordados pela Fisipe com entidades bancárias.

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(Montantes expressos em Euros)

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2.8.1 Análise de sensibilidade das taxas de câmbio A análise de sensibilidade abaixo, foi preparada atendendo à exposição do resultado líquido da Empresa à variabilidade da cotação do USD face ao EURO e tomou em consideração o seguinte pressuposto: variação das taxas de câmbio em 1% acima/abaixo face àquela em vigor na data das transacções e as vigentes na data de cobrança ou pagamentos. O impacto no resultado líquido seria como segue:

2.8.2 Análise de sensibilidade das taxas de juro A análise de sensibilidade abaixo, foi preparada de acordo com a exposição da Empresa às taxas de juros dos empréstimos obtidos, contratos de locação e juros suportados associados ao desconto de facturas e letras em instituições bancárias. Se a variabilidade da taxa de juro aplicável tivesse sido 1% acima/abaixo, o impacto no resultado líquido da Empresa seria como segue:

2.9 Provisões As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

2.10 Complementos de Pensões A Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma. Durante o exercício de 2009, e mediante uma autorização do Instituto de Seguros de Portugal, a Empresa alterou o plano para os seus activos, passando estes a estar abrangidos por um Plano de Contribuição Definida com efeitos a partir de Dezembro de 2009. Um Plano de Contribuição Definida é um plano de pensões, segundo o qual a Empresa tem como única obrigação pecuniária a realização de contribuições fixas junto de um Fundo. Para os pensionistas existentes em 31 de Dezembro de 2009 a Empresa mantém um Plano de Benefícios Definidos, sendo um plano de pensões que define o montante de benefício de complemento à pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais factores, como a idade, anos de serviço e remuneração.

+ 1% -1%

Resultado líquido (373.890) 381.443

+ 1% -1%

Resultado líquido (200.130) 200.130

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(Montantes expressos em Euros)

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A Empresa para conhecer o valor das responsabilidades relativas ao Plano de Benefícios Definidos e os respectivos custos, obtém, no final de cada período contabilístico, estudos actuariais de acordo com métodos e pressupostos actuariais aceites internacionalmente. As responsabilidades e custos assim estimados são comparados com os registos entretanto efectuados pela Empresa e com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças e da eventual contribuição adicional a efectuar para o fundo. No registo contabilístico das pensões, a Empresa segue os critérios definidos na IAS 19, que estabelece que os custos com pensões devem ser reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Os custos relativos ao Plano de Contribuição Definida são registados anualmente com base numa percentagem sobre a massa salarial de cada activo integrante no plano.

2.11 Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de activos fixos tangíveis, são incluídos na rubrica “Outros passivos não correntes” e são amortizados linearmente na demonstração de resultados durante o período estimado de vida útil dos activos correspondentes subsidiados.

2.12 Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados no Anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados no Anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.13 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base no resultado tributável da Empresa e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida à data de relato. Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

11

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, excepto se resultarem de itens registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.14 Rédito O rédito relativo a vendas é reconhecido na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos sejam significativamente transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber. O rédito relativo a prestação de serviços é reconhecido na demonstração de resultados no exercício a que respeita com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data de relato. Os juros e rendimentos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.

2.15 Regime contabilístico do acréscimo Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio da especialização de exercícios. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os gastos e os rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.16 Classificação da demonstração da posição financeira Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço, são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

2.17 Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção. Em cada data da demonstração da posição financeira, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em Euros)

12

2.18 Activos não correntes detidos para alienação Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para alienação e mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para venda se o seu valor contabilístico for recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) esteja disponível para alienação imediata nas condições presentes. Adicionalmente, a gestão deverá estar envolvida na venda aos níveis adequados sendo que deverá ser expectável que a mesma se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação como activos detidos para alienação.

2.19 Imparidade de activos

a) Activos não financeiros, excepto “Goodwill”

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada relato e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica “Provisões e perdas de imparidade”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados na rubrica “Provisões e perdas de imparidade”. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

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(Montantes expressos em Euros)

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b) Activos financeiros (usualmente contas a receber) Sempre que existam indicadores objectivos de que a Empresa não irá receber os montantes a que tinha direito de acordo com o acordado entre as partes é registada uma perda de imparidade na demonstração dos resultados. Os indicadores utilizados pela Empresa na identificação de indícios de imparidade são os seguintes:

Incumprimento de prazo de vencimento e/ou de outras cláusulas acordadas entre as partes;

Dificuldades financeiras do devedor;

Probabilidade de falência do devedor. Sempre que se verifiquem estes indícios é analisada a existência de perdas de imparidade, que é determinada pela diferença entre a quantia escriturada do activo e o seu correspondente valor recuperável. As perdas por imparidades são registadas em resultados na rubrica “Provisões e (perdas)/ ganhos de imparidade” no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui esta é revertida por resultados, e registada na rubrica “Provisões e (perdas)/ ganhos de imparidade”.

2.20 Eventos subsequentes Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.

3. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações acumuladas, foi como segue:

Terrenos Edifícios e Outros Activos f ixose recursos outras Equipamento Equipamento Equipamento Ferramentas activos f ixos tangíveis

naturais construções básico de transporte administrativo e utensílios tangíveis em curso Total TotalActivo bruto:

Saldo inicial 249.263 31.230.879 116.189.146 741.840 2.561.828 4.239.296 1.074.342 854.047 157.140.641 153.179.363Adições - - 378.960 - 95.742 139.750 - 1.973.335 2.587.787 4.595.124Variação líquida de perdas de imparidade (Nota 15) - - 79.221 - - - - (696.851) (617.630) (633.846)Transferências - - 442.855 - - 12.112 - (454.967) - -Saldo f inal 249.263 31.230.879 117.090.182 741.840 2.657.570 4.391.158 1.074.342 1.675.564 159.110.798 157.140.641

Amortizações e depreciações:Saldo inicial - 28.680.917 96.040.548 738.184 2.365.709 4.000.698 1.074.342 - 132.900.398 129.324.965Amortização do exercício - 288.110 3.455.634 2.034 115.554 80.661 - - 3.941.993 3.570.550Outros - - - - - - - - - 4.883Saldo f inal - 28.969.027 99.496.182 740.218 2.481.263 4.081.359 1.074.342 - 136.842.391 132.900.398

Valor líquido 249.263 2.261.852 17.594.000 1.622 176.307 309.799 - 1.675.564 22.268.407 24.240.243 As principais adições do ano respeitam essencialmente a grandes reparações no equipamento básico no montante de 300.729 Euros, aquisição de equipamento informático no montante de 95.742, de barras cerâmicas no montante de 57.620 Euros e de spinnerretes H40 no montante de 32.000 Euros.

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(Montantes expressos em Euros)

14

O saldo da rubrica de activos fixos tangíveis em curso no montante de 1.675.564 Euros respeita essencialmente a equipamentos associados aos projectos Carbogen, Polyblend e Acryforce (relacionados com o precursor de fibra de carbono) que se encontravam em curso em 31 de Dezembro de 2011. Em 31 de Dezembro de 2010 a rubrica “Amortizações e depreciações” no montante de 3.571.378 Euros, inclui os montantes de 3.570.550 Euros e 828 Euros relativos a amortizações de activos fixos tangíveis e activos intangíveis, respectivamente. Os activos intangíveis ficaram totalmente amortizados em 31 de Dezembro de 2010.

4. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe dos investimentos financeiros detidos pela Empresa é como segue:

31.12.11 31.12.10Perdas de Perdas de

Custo de imparidade Custo de imparidadeaquisição (Nota 15) Total aquisição (Nota 15) Total

Investimentos financeiros em empresas do grupo 4.050.000 (3.279.933) 770.067 4.050.000 (3.510.421) 539.579 Investimentos financeiros em empresas associadas 24.500 (24.500) - 24.500 - 24.500 Títulos e outras aplicações financeiras 113.088 (107.988) 5.100 113.088 (107.988) 5.100

4.187.588 (3.412.421) 775.167 4.187.588 (3.618.409) 569.179

Empréstimos concedidos a empresas associadas 4.048.097 (590.759) 3.457.338 - - -

8.235.685 (4.003.180) 4.232.505 4.187.588 (3.618.409) 569.179

O montante de 24.500 Euros registado na rubrica de “Investimentos financeiros em empresas associadas” respeita à participação de 49% da Fisipe no capital da Fisigen que se encontra registada ao custo de aquisição (os restantes 51% pertencem à EDP). A Fisigen é uma central de cogeração e assegura o fornecimento de vapor à Fisipe desde 2010. Os empréstimos concedidos a empresas associadas respeitam a empréstimos contratualizados com a Fisigen, que vencem juros à taxa fixa de 8,5% e que vencem em 2025. Em 31 de Dezembro de 2011, o detalhe dos investimentos financeiros em subsidiárias e associadas é como segue:

Perdas deCapitais Proveitos Resultado Custo de imparidade

Sede Activo próprios totais líquido % aquisição (Nota 15) Total

Munditêxtil Lavradio 3.255.128 770.067 6.451.956 230.488 100 4.050.000 (3.279.933) 770.067 Fisigen 40.026.484 (1.205.630) 24.732.509 (1.541.537) 49 4.072.597 (615.259) 3.457.338

8.122.597 (3.895.192) 4.227.405

Valor da demonstração da posição financeira

Informação financeira em 31.12.2011

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(Montantes expressos em Euros)

15

5. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Conforme mencionado na Nota 2.13, a Empresa reconhece nas suas demonstrações financeiras o efeito fiscal das diferenças temporárias entre activos e passivos numa base contabilística e fiscal, tendo as mesmas sido reconhecidas em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 com base na taxa agregada de imposto de 26,5% (excepto no que respeita a prejuízos fiscais, caso em que a taxa utilizada é de 25%). Em resultado das alterações introduzidas pelo artigo 116º da Lei n.º 64-B/2011 ao Código do IRC, a partir de 1 de Janeiro de 2012 as sociedades portuguesas, com um lucro tributável superior a 1.500.000 Euros, serão sujeitas a uma taxa de tributação adicional, em sede de imposto sobre o rendimento sobre as pessoas colectivas, de 3% na parte do lucro tributável superior àquele montante e inferior a 10.000.000 Euros. Para os montantes superiores a 10.000.000 Euros a taxa será de 5%. Contudo, é entendimento do Conselho de Administração, que o impacto desta alteração nas demonstrações financeiras da Empresa não terá impacto no cálculo do imposto sobre o rendimento de exercícios futuros e como tal não foi considerado no cálculo dos impostos diferidos. As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 e os correspondentes activos e passivos por impostos diferidos e os respectivos efeitos nos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são como segue:

Aumento / (redução) do

períodoImposto Imposto em resultados

Base diferido Base diferido do exercício

Activas: Perdas de imparidade e provisões 2.768.595 733.677 2.049.552 543.130 190.547

Prejuizos fiscais reportáveis :2005 - - 1.309.299 327.325 (327.325)2008 190.802 47.701 190.802 47.701 -

190.802 47.701 1.500.101 375.026 (327.325)2.959.397 781.378 3.549.653 918.156 (136.778)

Passivas:Reavaliações legais (214.771) (56.914) (232.761) (61.682) 4.768Outras reavaliações (9.073.458) (2.404.467) (10.382.758) (2.751.431) 346.964

(9.288.229) (2.461.381) (10.615.519) (2.813.113) 351.732(6.328.832) (1.680.003) (7.065.866) (1.894.957) 214.954

Diferenças temporárias

31.12.1031.12.11

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi como se segue:

Activos por Passivos por Activos por Passivos pordiferidos impostos Total diferidos impostos Total

Saldo inicial 918.156 (2.813.113) (1.894.957) 1.211.454 (3.170.861) (1.959.407)

Efeito em resultados:Utilização no exercício:

Amortização do exercício de reavaliçõesdo activo fixo tangível:

Reavaliação legal - 4.768 4.768 - 10.784 10.784 Outras reavaliações - 346.964 346.964 - 346.964 346.964

Utilização de prejuízos fiscais reportáveis (327.325) - (327.325) (327.325) - (327.325)Constituição/ reforço de provisões 190.547 - 190.547 34.027 - 34.027

Total de movimento no exercício (136.778) 351.732 214.954 (293.298) 357.748 64.450 Saldo final 781.378 (2.461.381) (1.680.003) 918.156 (2.813.113) (1.894.957)

2011 2010

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(Montantes expressos em Euros)

16

A demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2011 inclui activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis, no montante de 47.701 Euros. Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais podem ser deduzidos em lucros tributáveis futuros durante os 6 anos subsequentes ao ano em que foram gerados, para prejuízos gerados até 2009, durante 4 anos subsequentes para prejuízos gerados após esta data e durante 5 anos para os gerados no exercício de 2011. O detalhe dos prejuízos fiscais reportáveis e correspondente ano limite de utilização, existentes em 31 de Dezembro de 2011, é como segue:

Ano limiteMontante de utilização

Gerados no exercício de 2008 190.802 2014190.802

Prejuízos fiscais

A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável e entre o imposto corrente e o imposto do exercício sobre o rendimento nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

Resultado antes de impostos 147.499 (1.724.521)Diferenças permanentes 177.557 (58.633)Diferenças temporárias 2.046.333 1.478.396Resultado tributável 2.371.389 (304.758)Utilização de prejuízos fiscais de exercícios anteriores (2.177.377) -Utilização de benefícios fiscais (194.012) -Prejuízo fiscal sem expectativa de recuperação - 304.758

- -

Taxa de imposto 26,5% 26,5%Imposto diferido sobre o lucro/(prejuízo) fiscal - -Imposto diferido sobre diferenças temporárias (542.279) (391.775)Utilização de imposto diferido activo derivado de prejuízos fiscais até à

concorrência dos passivos por imposto diferidos correspondentes 327.325 327.325Imposto diferido (I) (214.954) (64.450)

Imposto corrente:Anulação de pagamento especial por conta de exercícios anteriores já caducados 140.000 220.000Tributações autónomas (Nota 8) 30.546 32.676Derrama (Nota 8) 39.028 -(Excesso)/insuficiência na estimativa do exercício anterior (325) (794)

(II) 209.249 251.882Imposto sobre o rendimento do exercício (I+II) (5.704) 187.432

A Fisipe obteve, com referência ao ano de 2009 um benefício fiscal - SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial), constituído de acordo com o estatuído na Lei nº 40/2005 de 3 de Agosto, no montante de 330.011,18 Euros, decorrente de actividades I&D nos anos de 2007, 2008 e 2009, ainda que não o tenha deduzido fiscalmente por insuficiência de colectas. Este valor tem sido incluído nas Declarações Fiscais (Anexo F-Benefícios Fiscais) como valor a transitar, podendo ser utilizado até ao exercício de 2014 (6º exercício imediato).

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6. EXISTÊNCIAS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as existências detalhavam-se como segue:

Perdas deimparidade

Custo (Nota 15) Líquido 31.12.10

Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 4.753.855 (161.289) 4.592.566 5.817.780 Subprodutos , desperdícios, resíduos e refugos 27.462 - 27.462 12.390 Produtos acabados e intermédios 2.429.950 - 2.429.950 3.414.469

7.211.267 (161.289) 7.049.978 9.244.639

31.12.11

7. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo desta rubrica detalha-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Clientes conta corrente:Empresas do Grupo (Nota 14) 1.345.170 1.337.934 Outras entidades 24.823.018 28.571.179

Clientes de cobrança duvidosa 3.003.006 2.921.973 29.171.194 32.831.086

Perdas de imparidade (Nota 15) (2.844.054) (2.852.045)

26.327.140 29.979.041

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobranças duvidosas, que foram estimadas pela Empresa de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor. A Empresa não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes. De acordo com as antiguidades constantes na demonstração da posição financeira da Empresa, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a antiguidade dos saldos de contas a receber de clientes é a seguinte:

31.12.11 31.12.10Não vencido 22.862.906 24.678.198Vencido (sem perda de imparidade):

0-30 dias 2.430.947 3.850.81430-90 dias 464.595 848.184

+90 dias 409.740 601.845

Vencido (com perda de imparidade): 90-180 dias - -

180-360 dias 74.758 - +360 dias 2.928.248 2.852.045

29.171.194 32.831.086

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(Montantes expressos em Euros)

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8. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

A Fisipe é tributada em sede de Imposto sobre o Rendimento, através do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades, sendo a líder de um grupo que inclui a sua subsidiária Munditêxtil – Comércio Internacional de Têxteis, Sociedade Unipessoal, Lda.. De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos exercícios de 2008 a 2011 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. A Administração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 não existiam dívidas em mora ao Estado e outros entes públicos, sendo o detalhe dos saldos com estas entidades como segue:

Activos Passivos Activos Passivos

Imposto sobre o RendimentoTributações autónomas (Nota 5) - (30.546) - (32.676)Derrama (Nota 5) - (39.028) - -Pagamentos por conta e especiais por conta 387.978 - 472.468 -

387.978 (69.574) 472.468 (32.676)

Contribuições para a Segurança Social - (187.006) - (183.378)Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.045.796 - 458.512 -Retenções efectuadas sobre terceiros - (102.365) - (100.007)Restantes impostos - - - (40.019)

1.433.774 (358.945) 930.980 (356.080)

31.12.11 31.12.10Saldos Saldos

9. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as outras dívidas a receber de terceiros detalhavam-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Adiantamentos a fornecedores 7.854 8.125

Outras contas a receber:Partes relacionadas (Nota 14) 744.062 891.683 Outras 556.231 179.440

1.300.293 1.071.123 Perdas de imparidade (Nota 15) (103.885) (103.885)

1.204.262 975.363

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10. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Os outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Acréscimos de rendimentos:Subsídios a receber 769.621 524.686 Outros acréscimos de rendimentos - 302

769.621 524.988

Gastos diferidos:Seguros pagos antecipadamente 129.016 112.241 Outros activos correntes 21.051 - Outros gastos diferidos 14.501 13.627

164.568 125.868 934.189 650.856

Os subsídios a receber no montante de 769.621 Euros respeitam a subsídios no âmbito dos investimentos efectuados com os projectos Carbopan, Carbogen e Polyblend, relacionados com o percursor de fibra de carbono.

11. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe de caixa e seus equivalentes era o seguinte:

31.12.11 31.12.10

Numerário 12.679 4.991Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 1.320.405 1.789.160Caixa e equivalentes de caixa 1.333.084 1.794.151

12. CAPITAL SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2011 o capital da Fisipe, no montante de 15.500.000 Euros, totalmente subscrito e realizado, era composto por 155.000.000 acções com o valor nominal de 0,1 Euros cada, era detido directa ou indirectamente pelas seguintes entidades: NEGOFOR, SGPS, S.A. 86,19%Outras 13,81%

100,00%

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13. OUTRAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO Prestações Suplementares: Na Assembleia Geral de 29 de Outubro de 2007 foi decidida a realização imediata de prestações acessórias de capital de carácter pecuniário e a título gratuito, no montante de 4.500.000 Euros, mediante conversão de empréstimos já efectuados pela accionista NEGOFOR, SGPS, S.A., pelo que as mesmas após esta realização passaram a ascender a 9.500.000 Euros. De acordo com a legislação aplicável estas prestações acessórias, às quais se aplica o regime das prestações suplementares só podem ser restituídas aos accionistas desde que o capital próprio não fique inferior à soma do capital e da reserva legal. Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta data represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Resultados transitados: em 31 de Dezembro de 2011, os resultados transitados incluem os montantes de 480.014 Euros (líquido dos correspondentes passivos por impostos diferidos) e 6.668.993 Euros (líquido dos correspondentes passivos por impostos diferidos), relativos ao valor líquido de reavaliações legais efectuadas antes da data de transição para IFRS, ao abrigo de diplomas legais e ao valor líquido da reavaliação para justo valor de alguns equipamentos fabris efectuada, ao abrigo da IFRS 1, aquando da transição para este referencial contabilístico, respectivamente. As reavaliações legais não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital da Empresa ou em outras situações especificadas na legislação. A reavaliação para justo valor efectuada na transição só se considera distribuível quando realizada. Aplicação do resultado líquido de 2010: Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas, realizada em 11 de Maio de 2011 foi deliberado que o resultado líquido negativo de 2010 no montante de 1.911.953 Euros fosse transferido para resultados transitados.

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14. PARTES RELACIONADAS De forma a facilitar a compreensão das demonstrações financeiras anexas são divulgados abaixo os saldos e transacções da Fisipe com as suas empresas relacionadas:

a) Activos correntes:

Contas a receber de Outras dívidas de terceirosclientes (Nota 7) (Nota 9) Saldos totais

31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10

Empresas do Grupo Fisipe:Munditêxtil 1.345.170 1.337.934 740.792 891.683 2.085.962 2.229.617

Negofor - - 3.270 - 3.270 - 1.345.170 1.337.934 744.062 891.683 2.089.232 2.229.617

b) Passivos correntes: Contas a pagar a

fornecedores31.12.11 31.12.10

Empresas associadas:Fisigen 2.614.196 1.091.306

2.614.196 1.091.306

c) Transacções ocorridas durante o ano de 2011:

Custos Fornecimentos e Prestações de Proveitos financeiros serviços externos Vendas serviços (Nota 19) suplementares Total

Empresas do Grupo Fisipe:Munditêxtil - - 3.939.799 1.358.894 380.982 5.679.675 Negofor (77.791) - - - - (77.791)

Empresas associadas:Fisigen - (4.006.591) - - - (4.006.591)

(77.791) (4.006.591) 3.939.799 1.358.894 380.982 1.595.293

d) Transacções ocorridas durante o ano de 2010:

Custos Fornecimentos e Prestações de Proveitos

financeiros serviços externos Vendas serviços (Nota 19) suplementares Total

Empresas do Grupo Fisipe:Munditêxtil - - 3.663.817 1.354.988 418.063 5.436.868 Negofor (108.555) - - - - (108.555)

Empresas associadas:Fisigen - (3.295.173) - - - (3.295.173)

(108.555) (3.295.173) 3.663.817 1.354.988 418.063 2.033.140

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15. PROVISÕES ACUMULADAS E PERDAS DE IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e perdas de imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi o seguinte:

Saldo SaldoRubricas inicial Aumento Redução Utilização final

Perdas de imparidade:Contas a receber de clientes (Nota 7) 2.852.045 160.191 (168.182) - 2.844.054Contas a receber de outros devedores (Nota 9) 103.885 - - - 103.885Existências (Nota 6) 158.029 3.260 - - 161.289Activos fixos tangíveis 1.534.446 617.630 - - 2.152.076Empréstimos concedidos a empresas associadas (Nota 4) - 590.759 - - 590.759Investimentos financeiros (Nota 4):

Empresas do grupo 3.510.421 - (230.488) - 3.279.933Outros 107.988 24.500 - - 132.488

8.266.814 1.396.340 (398.670) - 9.264.484

Provisões:Não correntes 167.371 67.459 (17.961) (35.011) 181.858

167.371 67.459 (17.961) (35.011) 181.8588.434.185 1.463.799 (416.631) (35.011) 9.446.342

2011

Saldo SaldoRubricas inicial Aumento Redução Utilização final

Perdas de imparidade:Contas a receber de clientes (Nota 7) 2.831.501 168.659 (148.115) - 2.852.045Contas a receber de outros devedores (Nota 10) 100.000 3.885 - 103.885Existências (Nota 6) 159.486 - (1.457) - 158.029Activos fixos tangíveis 900.600 690.725 (26.107) (30.772) 1.534.446Investimentos financeiros (Nota 4):

Empresas do grupo 3.601.108 - (90.687) - 3.510.421Outros 107.988 - - - 107.988

7.700.683 863.269 (266.366) (30.772) 8.266.814

Provisões:Não correntes 637.976 132.567 (287.046) (316.126) 167.371

8.338.659 995.836 (553.412) (346.898) 8.434.185

2010

Quer os aumentos quer as reduções de provisões e perdas de imparidade tiveram como contrapartida as seguintes rubricas da demonstração de resultados:

Aumento Redução Total Aumento Redução Total

Provisões e perdas de imparidade 1.439.299 (186.143) 1.253.156 995.836 (462.725) 533.111

Resultados relativos a investimentos (Nota 23):Perdas/(ganhos) de imparidade em participações

em empresas subsidiárias e associadas 24.500 (230.488) (205.988) - (90.687) (90.687)1.463.799 (416.631) 1.047.168 995.836 (553.412) 442.424

2011 2010

O saldo registado na rubrica de “Provisões – não correntes” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 inclui, essencialmente, os montantes de 89.486 Euros e 75.001 Euros, respectivamente, referente a potenciais responsabilidades com reclamações de clientes relativas a problemas de qualidade referente aos produtos vendidos pela Empresa.

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16. EMPRÉSTIMOS E LOCAÇÃO FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os empréstimos e contas a pagar derivadas de locação financeira mantidos pela Empresa eram como segue:

Entidade Não Nãofinanciadora Limite Corrente corrente Limite Corrente corrente

Locações financeiras:Banif 300.440 82.968 217.472 - - -Caixa Leasing e Factoring 73.300 73.300 - 200.012 129.588 70.424Caixa Leasing e Factoring 149.338 149.338 - 348.599 203.508 145.091Caixa Leasing e Factoring 204.547 204.547 - 426.672 225.806 200.866Caixa Leasing e Factoring 68.676 68.676 - 131.516 63.534 67.982Caixa Leasing e Factoring 152.540 127.761 24.779 273.100 121.233 151.867Caixa Leasing e Factoring 958.095 417.264 540.831 1.343.317 379.109 964.208Caixa Leasing e Factoring 318.588 136.465 182.123 451.228 133.549 317.679

2.225.524 1.260.319 965.205 3.174.444 1.256.327 1.918.117

Outros empréstimosIAPMEI 486.839 156.200 330.639 562.847 76.008 486.839

486.839 156.200 330.639 562.847 76.008 486.839Empréstimos bancários:

Banco Comercial Português 964.958 385.982 578.976 1.350.941 385.984 964.957Caixa Geral Depósitos 841.914 236.275 605.639 474.263 126.470 347.793Banco Espirito Santo 1.750.000 875.000 875.000 2.625.000 875.000 1.750.000Caixa Geral Depósitos 1.000.000 1.000.000 - 20.000 20.000 -Descobertos bancários - BANIF 2.000.000 2.000.000 - 3.000.000 3.000.000 -

6.556.872 4.497.257 2.059.615 7.470.204 4.407.454 3.062.750Outras dívidas com instituiçõesfinanceiras - 10.219.213 - - 9.606.665 -

9.269.235 16.132.989 3.355.459 11.207.495 15.346.454 5.467.706

31.12.2011 31.12.2010Montante utilizado Montante utilizado

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Os empréstimos e as locações financeiras classificados como não correntes, em 31 de Dezembro de 2011, detalham-se da seguinte forma, em termos de prazos de vencimento:

Valor

2013 1.497.2582014 397.6512015 e seguintes 164.706

Empréstimos bancários 2.059.615

2013 156.2002014 78.1002015 e seguintes 96.339

Outros empréstimos 330.639

2013 661.1122014 252.5572015 e seguintes 51.536

Locações financeiras 965.205

Os empréstimos e descobertos bancários da Empresa vencem juros a taxas normais de mercado e foram contraídos em Euros. Os montantes referentes aos contratos de locação financeira celebrados com a Caixa Leasing e Factoring destinam-se ao financiamento dos projectos referentes à implementação do novo sistema de gestão da produção e a remodelação de quatro máquinas de spinning. As outras dívidas com instituições financeiras respeitam a facturas de clientes descontadas junto das instituições de crédito. Estes montantes encontram-se em parte cobertos por livranças emitidas pelos clientes, seguros de crédito e, ainda, garantias bancárias emitidas por parte das instituições financeiras com as quais os clientes da Empresa têm transacções. O montante de 964.958 Euros referente ao empréstimo concedido pelo Banco Comercial Português destinou-se a ser aplicado no projecto de investimento ao abrigo do Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial (SIME). O empréstimo prevê um reembolso do capital em 12 prestações semestrais, iguais, sucessivas e postecipadas, com vencimento nos meses de Abril e Outubro. O montante de 1.750.000 Euros referente ao empréstimo concedido pelo Banco Espírito Santo destinou-se a ser aplicado no projecto de construção da nova central de cogeração. O empréstimo prevê um reembolso do capital em oito prestações semestrais, iguais e sucessivas com data-valor do último dia do período de contagem de juros. Como garantia deste financiamento bancário a Negofor dá em garantia, a favor do BES, penhor sobre as acções representativas do capital social da Fisipe. A totalidade dos empréstimos bancários obtidos, encontram-se garantidos por livranças em branco.

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Instrumentos financeiros derivados Em 31 de Dezembro de 2011, a Empresa havia contratado oito instrumentos financeiros derivados que consistem em swaps de taxa de juro, cujo detalhe a esta data é como segue:

Descrição do Instrumento Financeiro Contraparte Maturidade Recebe Paga Notional

Interest Rate Swap - IRS BES 14-11-2013 EUR 6M 2,55% 1.750.000Interest Rate Swap - IRS BCP 20-10-2014 EUR 6M 2,70% 964.958Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 01-06-2012 EUR1M 1,39% 73.300Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 20-08-2012 EUR1M 1,45% 149.338Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 10-10-2012 EUR1M 1,50% 204.547Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 01-12-2012 EUR1M 1,57% 68.676Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 20-02-2013 EUR1M 1,64% 152.540Interest Rate Swap - IRS Caixa BI 01-01-2014 EUR1M 2,63% 958.095

2011

O justo valor à data da demonstração da posição financeira destes instrumentos financeiros tal como determinado pela entidade com o qual foram contratados ascende a 59.380 Euros tendo sido registado por contrapartida de custos financeiros, por não reunir as condições necessárias para efeitos de contabilidade de cobertura.

17. OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR As outras dívidas a pagar em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Adiantamentos de clientes 8.446 223.974 Outros credores 106.502 74.920

114.948 298.894

18. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Os outros passivos correntes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Acréscimos de gastos:Remunerações a liquidar 1.165.993 1.197.246 Comissões e bónus a liquidar 1.063.299 1.260.103 Juros a liquidar 81.734 60.274 Electricidade 34.788 - Outros acréscimos de gastos 248.511 293.022

2.594.325 2.810.645 Rendimentos diferidos:

Subsídios ao investimento 2.144.066 1.383.372 4.738.391 4.194.017

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19. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e prestações de serviços nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 distribuem-se da seguinte forma:

20. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A variação da produção nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi determinada como segue:

2011 2010Subprodutos, Subprodutos,

Produtos desperdícios, Produtos desperdícios,acabados e resíduos e acabados e resíduos eintermédios refugos Total intermédios refugos Total

Existências finais 2.429.950 27.462 2.457.412 3.414.469 12.390 3.426.859 Regularização de existências - - - - - - Existências iniciais 3.414.469 12.390 3.426.859 2.683.565 111.830 2.795.395 Aumento / (redução) no exercício (984.519) 15.072 (969.447) 730.904 (99.440) 631.464

2011 2010

Vendas:Mercado nacional 4.859.934 4.508.786

Mercado externo: - Intracomunitário 28.967.539 28.482.369 - Outros mercados 92.930.917 75.967.473

126.758.389 108.958.628

Prestações de serviços (Nota 14) 1.358.894 1.354.988128.117.283 110.313.616

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21. OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS Os outros rendimentos e gastos operacionais nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 distribuem-se da seguinte forma:

2011 2010

Rendimentos:Trabalhos para a própria empresa 760.666 794.272 Subsídios ao investimento 244.935 291.183 Outros 4.945 46.209

1.010.546 1.131.664

2011 2010Gastos:

Penalidades contratuais sofridas 327.611 16.082 Impostos 248.262 200.418 Taxas 163.231 217.465 Quotizações 41.234 41.506 Donativos 25.150 20.510 Outros 119.361 14.443

924.849 510.424

A rubrica “Penalidades contratuais sofridas” no montante de 327.611 Euros respeita essencialmente a reclamações de clientes por defeitos na qualidade dos produtos vendidos.

22. CUSTO DAS VENDAS O custo das vendas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi determinado como segue:

2011 2010

Existências iniciais 5.975.809 5.587.288 Compras 92.192.411 82.305.540 Existências finais (4.753.855) (5.975.809)

93.414.365 81.917.019

23. RESULTADOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS

Os resultados relativos a investimentos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 respeitaram às seguintes transacções:

2011 2010

Perdas/(ganhos) por imparidade, relacionadas com o investimento financeiro emempresas subsidiárias e associadas (Nota 15) (205.988) (90.687)

(205.988) (90.687)

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24. GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS Os gastos e rendimentos financeiros nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, detalhavam-se como segue:

2011 2010Custos financeiros:Juros suportados 512.306 773.863 Custos suportados com desconto de títulos 507.001 200.842 Outros custos e perdas financeiros 1.141.548 1.097.500

2.160.855 2.072.205 Resultados financeiros (1.902.680) (2.069.968)

258.175 2.237

Proveitos financeiros:Juros obtidos 245.809 2.237 Outros proveitos e ganhos financeiros 12.366 -

258.175 2.237

A rubrica “Outros custos e perdas financeiros” no montante de 1.141.548 Euros respeita essencialmente a despesas com abertura de crédito, despesas com emissão de letras para pagamentos a fornecedores estrangeiros e a despesas com garantias prestadas a favor de terceiros.

25. FUNDO DE PENSÕES FISIPE Conforme descrito na Nota 2.10, a Fisipe assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias, a título de pensões de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações são determinadas em função do número de anos de serviço dos empregados e da tabela salarial em vigor. A Fisipe constituiu em anos anteriores, um fundo de pensão autónomo, destinado a financiar as suas responsabilidades pelo pagamento daqueles complementos de pensões. Durante o exercício de 2009, e mediante uma autorização do Instituto de Seguros de Portugal, a Empresa alterou o plano para os seus activos, passando estes a estar abrangidos por um Plano de Contribuição Definida, com efeitos a partir de Dezembro de 2009. Assim, e dado que as responsabilidades dos reformados se encontravam totalmente cobertas pelo Fundo, a Empresa anulou os saldos das rubricas de “Responsabilidades com pensões” e de “Perdas actuariais diferidas” nos montantes de 832.866 Euros e de 481.155 Euros, respectivamente, pelo que o efeito desta alteração se traduziu na diminuição do passivo e no aumento do resultado líquido do exercício de 2009 em 351.711 Euros, tendo este montante sido registado a crédito da rubrica de “Custos com o pessoal”. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa mantém um Plano de Pensões de Benefício Definido para os actuais pensionistas e um Plano de Contribuição Definida para os activos. Em 31 de Dezembro de 2011, de acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades da Empresa por serviços passados dos seus pensionistas foi estimado em 2.497.880 Euros (2.685.795 em 31 de Dezembro de 2010).

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Os estudos actuariais, elaborados pelo método “Projected Unit Credit”, consideraram os seguintes pressupostos:

2011 2010 2009 2008 2007

Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77Rendimento do fundo 4,50% 4,50% 4,50% 6% 6%Taxa de crescimento salarial N/A N/A N/A 3% 3%Taxa de crescimento das pensões 0% 0% 0% 1% 1%

Em 31 de Dezembro de 2011, 2010, 2009, 2008 e 2007, a cobertura de responsabilidades da Empresa pelo fundo de pensões e pela rubrica de “Responsabilidades com pensões” era como segue: A evolução do património do Fundo de Pensões da Empresa, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi como segue: A evolução das responsabilidades da Empresa, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, foi como segue: Saldo no início do exercício 2.685.795Pensões pagas no exercício (323.695)Custo dos juros 127.829Ganhos e perdas actuariais 7.951Saldo no final do exercício 2.497.880

2011 2010

Saldo no início do exercício 2.624.344 2.810.651Rendimento esperado do fundo 5.815 135.923Pensões pagas no exercício (323.695) (324.905)Contribuições pagas 61.451 2.675Saldo no final do exercício 2.367.915 2.624.344

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2007

Responsabilidades Activos - - - 903.613 576.311 Reformados 2.497.880 2.685.795 2.810.651 3.001.400 3.425.189

2.497.880 2.685.795 2.810.651 3.905.013 4.001.500

Valor do fundo 2.367.915 2.624.344 2.810.651 3.072.147 3.499.940Responsabilidades com pensões 129.965 61.451 , 832.866 501.560

2.497.880 2.685.795 2.810.651 3.905.013 4.001.500

Percentagem de cobertura 100% 100% 100% 100% 100%

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26. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2011, a Fisipe tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, como segue: Cauções de dívidas - APL 24.516 Alfandega (Depósito temporário) 75.000 Processos de execução fiscal 85.175 Projectos QREN 925.767 Tribunal do Trabalho do Barreiro 27.774 Total 1.138.232

27. DÍVIDAS A PAGAR Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as dívidas a pagar a fornecedores e a outras entidades detalham-se como segue:

31.12.11 31.12.10

Fornecedores correntes 18.860.160 21.484.291 Outras dívidas a pagar (Nota 17) 114.948 298.894

18.975.108 21.783.185

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica respeita a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades da Empresa. O Conselho de Administração da Empresa entende que o valor contabilístico destas dívidas corresponde, aproximadamente, ao seu justo valor. De acordo com a informação constante na demonstração da posição financeira, as dívidas a pagar a fornecedores àquelas datas, apresentam os seguintes prazos de vencimento:

28. MATÉRIAS AMBIENTAIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a Fisipe incorreu em custos de carácter ambiental no montante de 198.121 Euros, os quais se encontram registados na rubrica de “Fornecimentos e serviços externos”, e se discriminam como segue:

Análises laboratoriais 46.338 Gestão ambiental 14.459 Tratamento de residuos sólidos 137.324 Total 198.121

2011 2010Curto prazo:

0-30 dias 1.958.755 1.408.083 30-90 dias 15.459.116 19.818.081

90-180 dias 1.345.229 101.191 +180 dias 97.060 156.936

18.860.160 21.484.291

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Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 os investimentos de carácter ambiental efectuados pela Fisipe discriminavam-se como segue:

Ligação à ETAR Barreiro/Moita 209.243 Permutador de condensados DIW para CCB 23.944 Reparação da rede de esgotos 109.040 Reutilização do rejeitado para a osmose inversa 20.986

363.213

Em 31 de Dezembro de 2011 a Fisipe não registou qualquer passivo contingente de carácter ambiental por ser entendimento do Conselho de Administração que não existem obrigações que pudessem resultar em efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa àquela data.

29. RESULTADO POR ACÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2011, os resultados básicos por acção correspondem ao resultado líquido dividido pelo número médio ponderado de acções ordinárias da Empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

2011

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por acçãobásico (resultado liquido do exercício) 153.203

Número de acções 155.000.000

Resultado por acção 0,001

30. NUMERO MÉDIO DE PESSOAL

O número médio de trabalhadores ao serviço da Empresa no ano findo em 31 de Dezembro 2011 e 2010 foi de 335 e 329 trabalhadores, respectivamente.

31. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS Honorários facturados pelo Revisor Oficial de Contas Os honorários totais facturados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 pelo Revisor Oficial de Contas relacionados com a revisão legal das contas anuais (individuais e consolidadas) da Empresa e sua subsidiária ascenderam a 45.000 Euros. Adicionalmente, em 2011 foram facturados 30.000 Euros relacionados com um serviço que não de auditoria e garantia de fiabilidade.

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32. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro 2011 foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para publicação em 8 de Março de 2012.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração