relatório de grupo 2º semestre/2019 - escola do sítio...2019/11/03 · em suas investigações...
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Relatório de Grupo – 2º semestre/2019
Turma: 3º ano
Professora: Ana Paula Godoy
Professora auxiliar: Maryana Mognon
Coordenadora pedagógica: Lucy Ramos Torres
Direção pedagógica: Maria Aparecida Leme
O 3º ano da Escola do Sítio preparou um cuidadoso portifólio para a
reunião de pais.
Miguel conta “Seguimos o caminho do Ribeirão das Pedras e estamos
fazendo um documentário”.
Assim, buscando complementar o trabalho com a informação,
estabeleceu a relação com o gênero notícia e o 3º ano teve um relatório
especial, formatado como um jornal.
Convidamos você, leitor, para acompanhar o relatório no formato “jornal”
que aparece também no site.
Linha do tempo
O 3º ano pesquisou diversas invenções que contribuíram para o
desenvolvimento da humanidade. Em suas investigações conheceram grandes
inventores, como Leonardo da Vinci e
perceberam a grande diversidade de
inventos feitos por ele, ou que tiveram a
participação dele.
Também conheceram mais sobre
inventos interessantes, como a máquina
de fazer sorvete e outros essenciais para
os dias atuais, como a lâmpada elétrica.
Conforme cada criança ia falando de suas descobertas, os alunos
anotavam as invento em uma linha do tempo, visualizando melhor a evolução
do conhecimento.
Associaram o registro feito em sala com a linha do tempo, criada pelos
alunos do Fundamental 2 e que trazia tantos conhecimentos. Pedro Gabriel
percebe que “A linha do tempo atraiu muitas turma.” Assim, munidos de lápis,
papel e prancheta, as crianças foram observar o grande painel e fizeram
anotações dos fatos que achavam mais interessantes.
Curiosos pelo conhecimento, também procuraram os inventos e
inventores que tinham pesquisados antes, no painel, despertando o olhar
investigativo.
De volta a sala, construíram outra linha do tempo, relacionada aos
conhecimentos que já tinham sobre a história de Barão Geraldo, organizando
dados e informações de forma mais visual.
Tudo isso, os despertou para as grandes criações da humanidade e
fazendo uma ponte com as construções com águas.
Invenções com água
O 3º ano teve como objeto disparador uma fonte, desencadeando
diversos estudos sobre água.
No início do ano,
chegou na sala de aula
alguns objetos (pedras, uma
bacia de cimento e um
motorzinho). Após algumas
tentativas o 3º ano escolheu
montar uma fonte. Mas
surgiram várias outras ideias.
Pensando na variedade de opções os alunos receberam o desafio de criar
projetos usando o elemento água.
Essa proposta foi um sucesso. Os alunos se envolveram muito e
gostaram da ideia, desenharam o esboço do projeto e depois criaram objetos
bem interessantes. Reuniram todas as “engenhocas” e fizeram uma
exposição, com muita água e criatividade.
Teve moinhos d’água, diferentes fontes, máquina de bolinha de sabão,
cisterna, variadas quedas d'água, hidroelétrica, experiências e até um aquário,
com peixinhos de verdade.
Mateus lembra “Eu fiz uma fonte reciclável e foi o maior sucesso na
exposição e funcionou muito bem.”
Conhecendo alguns animais e criando outros
Buscando estabelecer relações entre características e comportamentos
dos seres vivos e as condições do ambiente em que vivem, cada aluno
escolheu um animal, que vive na água, para pesquisar.
Valorizando a diversidade da vida e a amplitude dos olhares das crianças
conheceram curiosidades de vários animais, desde um pequeno coral até a
colossal baleia azul.
Segundo o Christian os alunos “fizeram apresentações para dividir o
conhecimento. Foram tantos animais e tantas informações que chegou a ser
indescritível e foi um grande aprendizado”.
As descobertas sobre animais foram tantas que surgiu a possibilidade de
inventar o seu próprio ser aquático. Unindo as características que mais
admiravam em cada animal, as crianças criaram seres híbridos.
Escreveram sobre os principais comportamentos deles e depois
inventaram criativas histórias.
As crianças gostaram muito de criar os seus livrinhos no semestre
anterior, portanto essas histórias também se transformaram em livrinhos. Mais
uma oportunidade para rever a escrita, pensando na estruturação do texto,
para que o leitor tivesse uma boa compreensão. E claro, aproveitar para usar
os sinais de pontuação e parágrafos já
estudados.
Gabriela Prendim avalia “Eu me divirto muito nessas histórias, a gente
gosta muito de escrever livrinhos e de desenhar neles.”
Clarissa lembra: “Fizeram até um jogo Super Trunfo disso!”
Criação de jogos de regras
Na semana da criança o clima era de muita
diversão, com brinquedos infláveis, baladinha e
muita brincadeira. Além disso, a lição de casa foi
bem diferente!
Os alunos tinham gostado muito de
criar o Super Trunfo e inspirados nesta
proposta, foram desafiados a criar seu
próprio jogo. A sugestão era que fizessem
um jogo de regras a partir de suas ideias,
poderiam aproveitar características de
alguns já conhecidos por eles, ou inventar
algo totalmente novo.
Antes do dia marcado, os alunos começaram a trazer seus tabuleiros e
outros materiais que compunham o entretenimento. A cada dia, cinco crianças
apresentavam seus jogos aos
colegas, explicando as
instruções. Para cada jogo
uma surpresa diferente,
recheada de criatividade.
Depois das explicações
fizeram rodízio para que todos
pudessem participar de uma
partida.
Após conhecerem os jogos, os alunos
digitaram as instruções, fazendo um manual
explicativo. Os jogos foram expostos para que os
alunos pudessem acessar aqueles que mais
gostaram e se divertir no momento livre.
Clara lembra “E agora a gente tem um
armário de parede de jogos”.
A diversão estava garantida por um longo
tempo.
Sucatoteca
Durante a semana cultural o projeto da Sucatoteca, criada no primeiro
semestre, na sala de aula do 3º ano, foi o foco do trabalho desenvolvido pelo
ciclo 1. Ampliando as ideias relacionadas ao tema do ano “Tinha uma LIXO no
meio do caminho: O que eu (não) faço com aquilo que nos resta?”
A turma do 8º ano também estava desenvolvendo um projeto sobre do 3º
ano buscar mais informações. Ficaram sabendo como era feito o de instruções
de uso. Eles gostaram muito da ideia e ajudaram a divulgar entre outras
turmas.
O ciclo I também ficou conhecendo o projeto e quis ajudar no processo de
expansão. Assim, durante uma semana, organizaram um espaço recheado de
embalagens que poderiam ser reutilizadas para outros fins. Além disso
construíram diversos jogos, usando as sucatas já separadas e se divertiram
brincando.
Alice explica o projeto: “Lá você podia reutilizar tampas, rolhas, garrafas,
caixas e outras coisas para fazer algo. Lá também tinha brinquedos feitos de
sucata, tinha pé de lata, gamão, boliche e outros”.
Também fizeram um cronograma organizar para o espaço. Porém,
algumas vezes o planejamento precisa ser revisto. O Ciclo 1 precisou se
adaptar a realidade da presença de alguns bichinhos, como pernilongo e
gambá que começaram a achar o espaço aconchegante. Necessitando
desmontar parte da Sucatoteca.
Expressando através das Artes
Neste semestre, as aulas de artes do 3º ano,
ganharam um complemento e um olhar diferenciado, de uma
artista, a Angeles, que apresentou diversas técnicas de
xilogravura e monotipia.
Marco ensina a técnica: “Na monotipia a gente colocava a folha em cima
da tinta, fazia um desenho com o lápis, ou dávamos pressão. O meu desenho
ficou lindo!”
Além disso, tiveram a oportunidade de expressar com as artes, tanto em
registro no papel, a partir do uso de diferentes materiais, como lápis, tinta,
aquarela compondo cenários, paisagens e pessoas. Quanto com encenações,
faz de conta e com a música, se reunindo em pequenos grupos e
compartilhando de brincadeiras e experiência. Além da dobradura, recortes e
construções com diferentes materiais.
O uso das artes como expressão é uma característica deste grupo. Muitas
crianças artistas, que usam destas representações em seu cotidiano, como
forma de expressar suas necessidades, personalidades e sentimentos.
Criação de um documentário
sobre o Ribeirão das Pedras
movimenta o 3º ano
O 3º ano da Escola do Sítio
preparou um cuidadoso portifólio
para a reunião de pais.
Miguel conta “Seguimos o
caminho do Ribeirão das Pedras e
estamos fazendo um documentário”.
Durante o semestre estudaram
os impactos e as ações do homem nos
rios. Também foram a campo, conhecer
o ribeirão que corta o distrito de Barão
Geraldo, onde fica a escola.
Na saída de estudos eles
seguiram o caminho que o rio percorre,
da nascente, no Alto do Taquaral, até o
desague, no Ribeirão Anhumas. Para
auxiliá-los, tiveram a presença da Raissa Gomes, que trouxe os conhecimentos
de suas pesquisas de mestrado.
De volta à escola, os estudos se aprofundaram. A leitura monitorada do
livro Rios Arrasadores ajudou a ampliar os olhares. Segundo Dora “esse livro
fala sobre rios, conta lendas e histórias e é gostoso de ler. Cada dia a gente lê
um pouco, quer seja em roda com todo mundo, ou sozinho no cantinho.”
Tiveram a ideia de reunir tudo o que tinham aprendido em um
documentário.
Para representar na filmagem o trajeto do rio fizeram uma maquete.
Larissa questiona: “Mas como fazer o caminho que o ribeirão seguia?” e na
sequência responde: “Eles pegaram uma folha quadriculada e olharam para o
mapa do ribeirão quadriculado, só que menor e copiaram os mesmos traços e
assim aprenderam a ampliação.”
Os alunos selecionaram os itens que o documentário teria, se reuniram
em grupos para alinhar as ideias e escreveram coletivamente um roteiro
minucioso.
As imagens foram feitas por alguns alunos, que desejaram voltar a campo
e filmar alguns pontos.
Pesquisaram uma trilha sonora adequada ao tema, fazendo uma
interessante composição.
Nos intervalos do documentário, também, fizeram propagandas criativas
sobre produtos que desenvolveram no semestre.
Foi um estudo intenso, que envolveu os alunos.
A matemática em nossas aulas
O estudo de Matemática esteve muito ligado a interdisciplinaridade,
unindo as vivências do projeto a favor nos conteúdos programáticos.
Fizeram diversas comparações entre os tamanhos dos animais
pesquisados, coletando e organizando as informações. Também, leram e
interpretaram os dados apresentados por meio de tabela simples. Além disso,
fizeram a medição das alturas dos alunos, comparando e organizando na
ordem crescente/ decrescente das alturas.
Na construção da maquete, perceberam a relações de tamanho,
associando com a proporção da
realidade. Relembraram os conceitos
de formas geométricas, comparando
com os sólidos geométricos. Pedro
Cola, conta “Para a maquete nós
fizemos casas em formato de cubos e
paralelepípedos.” Além disso,
representaram a maquete com
desenhos da visão cima e de frente.
Muitas das atividades vivenciadas
no projeto se transformavam em situações-problema, envolvendo as 4
operações e sendo uma oportunidade de analisar, interpretar e resolver.
Em vários momentos os alunos eram estimulados a compartilhar com os
colegas a forma que tinham pensado em resolver os problemas, trabalhando
com a organização e socialização do pensamento.
A multiplicação foi estudada a partir da ideia aditiva, e as sequências
numéricas. Os alunos foram estimulados a identificar as regularidades e
incentivados a memorização. Estudando a tabuada do 5, transpuseram o
conhecimento para o estudo do relógio, para aprender a leitura das horas
construíram relógios e brincaram de hora certa.
Algumas crianças mostravam muita curiosidade sobre a representação do
algarismo romanos, que aparecia em alguns modelos de relógios e queriam
muito conhecê-la. Para tanto, conheceram as ideias repetitiva, aditiva e
subtrativa para formar os números romanos. Fizeram diversas substituições
para compreender melhor essa abstração.
Linguagem Escrita
O estudo sobre a língua aconteceu a partir de observações e discussões
nos textos lidos e escritos, bem como
com atividades que orientaram esta
prática.
Os alunos conheceram a
importância dos sinais de pontuação,
substituindo palavras repetitivas, bem
como o uso do parágrafo. Aos poucos,
foram colocando em prática essas
informações, deixando os textos mais
completos e gostosos de ler.
Para ampliar a estruturação de
textos, trabalharam com algumas classes
gramaticais. Com os substantivos
próprios refletiram sobre o uso da letra maiúscula, com os adjetivos ampliaram
as caracterizações dos personagens e com os verbos refletiram sobre as
terminações em AM e ÃO.
Ilustraram o conhecimento brincaram do jogo do Stop, vivenciaram
dinâmicas e identificaram ações pela escola. A partir dos estudos, várias
crianças passaram a aplicar seus conhecimentos nos seus textos, estruturando
melhor e elaborando pequenos livrinhos, a partir da reescrita de suas criações.
Resolvendo Nossos Conflitos
A caixa de resoluções foi um instrumento bastante usado para ajudar no
bom relacionamento do grupo.
No início do ano foram construídos alguns combinados de boa
convivência social. Sempre que surgia
uma situação de conflito, era conversado
sobre a forma mais adequada de solução
para o problema.
Às vezes, uma brincadeira realizada
no momento livre gerava divergências de
opiniões, e surgia a necessidade da
reflexão. Quando os alunos não
conseguiam resolver sozinhos traziam o
assunto para que um adulto intermediasse
a questão conversando em pequenos
grupos.
A caixa de resoluções foi mais uma
oportunidade de expressão. Nela os alunos expunham suas opiniões, anseios,
críticas e felicitos, no formato de bilhetes depositados na caixa e lidos uma vez
por semana na roda de conversa.
Após a leitura do bilhete, era dada a palavra para os envolvidos
manifestarem sua versão dos fatos. Neste momento, as crianças aprendiam a
formular justificativas, escutar os colegas, que também contribuíam com suas
opiniões, ajudando na reflexão e combinando novas ações para os problemas
cotidianos.
Na caixa de resoluções também tinha o espaço destinado aos felicitos, no
qual era valorizado as atitudes positivas, trazendo o reconhecimento.
Gabriela Dini diz “Eu sinto que a caixa de resoluções ajuda bastante e
resolve os ‘problemas’”.
Possivelmente serão necessárias outras estratégias para ajudar os alunos
a resolverem seus problemas com a conversa. Mas o essencial é praticar
situações de reflexão cotidianas onde possam expressar seus sentimentos e
suas opiniões, ainda que essas sejam diferentes das dos colegas.
Fechamento de ciclo... abrindo para um recomeço
É no 3º ano que se encerra o 1º ciclo do Ensino Fundamental. Nesta
etapa finaliza o processo de alfabetização com o aperfeiçoamento do sistema
escrito e organização textual. Além disso, espera-se que os alunos tenham
adquirido os conceitos básicos matemáticos, a compreensão do sistema
numérico decimal. Espera-se, também, que os alunos compreendam o mundo
como processo de permanente construção e transformação, encontrando o seu
papel como ser pertencente ao espaço. Mais do que isso, tem-se nesta etapa
do ensino um desenvolvimento maior da responsabilidade, autonomia,
cooperação, respeito, organização, concentração e tantos outros atributos que
formam o estudante, mas também o indivíduo.
É sim o fechamento de um ciclo, mas também o início de um recomeço,
repleto de descobertas, novos desafios e olhares. Abrindo horizontes para mais
amadurecimento... tempo de desenvolver ainda mais a autonomia e de
consolidar os desafios vividos no 3 ano...