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RELATÓRIO DE GESTÃO

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Page 1: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

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APRE

SENT

AÇÃO

Após uma temporada movimentada e intensa, repleta de jogos com disputas emocionantes em nossos campeonatos e conquistas importantes das seleções brasileiras, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresenta este Relatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017.

A entidade, além de cumprir suas funções e atribuições estatutárias no apoio e organização do futebol no país, vem atuando para reforçar os fundamentos definidos por sua atual gestão na aplicação da transparência a suas ações. Este relatório é a prova deste compromisso perante seu público e demais partes interessadas, tais como atletas, clubes, federações, árbitros, torcedores, patrocinadores, órgãos normativos e mídias, com respeito às iniciativas e projetos empreendidos durante o referido período.

Abrangendo as variadas formas de atuação da CBF, passando por áreas suporte, estratégicas e, sobretudo, alcançando suas áreas-fim, esta publicação tem também por objetivo apresentar a complexidade das operações de uma confederação responsável por fomentar e coordenar o futebol num país de dimensões continentais, no qual lidera 27 federações estaduais e ainda cerca de 722 clubes profissionais e outros milhares de amadores da modalidade.

Cumpre destacar que os resultados aqui descritos foram obtidos a partir do trabalho dedicado e contínuo de toda a equipe de colaboradores e corpo diretivo da entidade. No entanto, acima de tudo, tais feitos são impulsionados e sem dúvida inspirados pelo entusiasmo e interesse de todo o público e fãs desse surpreendente esporte que move paixões no Brasil e mundo afora.

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SUM

ÁRIO

1. MENSAGENS CBF 061.1 Presidente1.2 Secretário Geral1.3 Diretor Executivo de Gestão

2. INSTITUCIONAL 102.1 Sede Administrativa e Eventos2.2 CBF Academy 2.3 Granja Comary2.4 Museu “Seleção Brasileira”

3. SELEÇÕES 383.1 Principais Números da Seleção3.2 Seleção Masculina Principal3.3 Seleção Feminina Principal3.4 Categorias de Base

4. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA 54 E LICENCIAMENTO 4.1 Contratos de Atletas4.2 Contratos por Faixa Etária4.3 Contratos por Gênero4.4 Contratos de Treinadores4.5 Transferências4.6 Intermediários4.7 Licenciamento de Clubes4.8 Certificado de Aposentadoria

5. COMPETIÇÕES 705.1 Projetos

6. ARBITRAGEM 906.1 Projetos

7. MARKETING E COMUNICAÇÃO 1107.1 Marketing7.2 Programa 360º Patrocinadores CBF7.2.1 Encontro de Patrocinadores7.2.2 Jogo dos Patrocinadores7.2.3 Evolução das Parcerias (números)7.2.4 Quadro Atual7.3 Projetos7.3.1 Campanha “Gigantes por Natureza”7.3.2 Mascote canarinho7.3.3 Programa de Licenciamento de Produtos Oficiais da Seleção

7.3.4 Somos Futebol” - Semana de Evolução do Futebol Brasileiro7.3.5 Promoção do E-brasileirão 20177.4 Comunicação7.4.1 Números da Seleção7.4.2 Mídias Sociais7.4.3 Transmissões ao Vivo7.4.4 Rádio7.4.5 Assessoria de Imprensa

8. INOVAÇÕES E TECNOLOGIA 1328.1 Intranet8.2 CBF Academy8.3 Intranet8.4 Portal do Árbitro8.4 Avaliaçao de Arbitragem

9. SOCIOAMBIENTAL 1409.1 Programa Gol do Brasil9.2 Programa Seleções do Futuro9.3 Seleção na Minha Cidade9.4 CBF Social na Copa Verde9.5 Eventos

10. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE 15810.1 Governança10.2 Conformidade10.3 Conclusão

11. FINANCEIRO 17411.1 Ativos11.2 Receitas11.2.1 Receitas Operacionais11.2.2 Receitas Financeiras11.3 Projeções de Receitas11.4 Despesa Total11.5 Custos Diretos com Futebol11.5.1 Custos com a Seleção Brasileira11.5.2 Custos com Competições11.5.3 Custos com Fomento ao Futebol11.6 Despesas Operacionais11.7 Impostos11.8 Projeção de Custos e Despesas11.9 Resultado Operacional e Superávit Líquido11.10 Liquidez e Endividamento da Entidade

Antônio Carlos Nunes de LimaPRESIDENTE

Fernando José Macieira SarneyGustavo Dantas FeijóMarcus Antônio Vicente VICE-PRESIDENTES

Walter FeldmanSECRETÁRIO-GERAL

Rogério CabocloDIRETOR EXECUTIVO DE GESTÃO

Carlos Eugenio LopesDIRETOR JURÍDICO

DIRETORIAS

Manoel Medeiros Flores JúniorDIRETORIA DE COMPETIÇÕES

Reynaldo Buzzoni de Oliveira NetoDIRETORIA DE REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

Gilberto Ratto Ferreira LeiteDIRETORIA DE MARKETING

Douglas LunardiDIRETORIA DE COMUNICAÇÕES

André Luiz Pitta PiresDIRETORIA DE COORDENAÇÃO - SÉRIE D

Gustavo Henrique Perrella Amaral CostaDIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO E PROJETOS

Marcelo Guilherme de Aro FerreiraDIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Oswaldo Antonio Elias GentilleDIRETORIA DE PATRIMÔNIO

Vandenbergue dos Santos Sobreira MachadoDIRETORIA DE ASSESSORIA LEGISLATIVA

Fernando FrançaDIRETORIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Gilnei BotrelDIRETORIA FINANCEIRA

André dos Santos MegaleDIRETORIA DE GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

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1M

ENSA

GENS

CBF

06 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 071. MENSAGENS CBF

A Confederação Brasileira de Futebol tem muito a mostrar em termos de aprimoramento de gestão, performance financeira, expansão de atividades, aumento de premiação nas competições, resultados expressivos no campo de jogo. Essas realizações dão à Diretoria que tenho a honra de presidir a agradável sensação do dever cumprido.

No plano da gestão, a entidade tem evoluído a olhos vistos. Atingimos nosso ápice financeiro e administrativo. Num contexto de dificuldades econômicas, conseguidos um expressivo superávit no balanço de 2017. E isso com investimentos diretos no futebol de R$ 400 milhões. A Copa do Brasil terá uma premiação recorde de R$ 67,3 milhões ao campeão. É a CBF focando seus esforços na sua atividade fim.

A Seleção Brasileira se classificou em primeiro lugar nas Eliminatórias da Copa de Mundo, além de ter um excepcional desempenho nos jogos amistosos que realizamos. Chegamos à Copa do Mundo da Rússia muito bem preparados e com o reconhecimento

dos adversários. Não tenho receio de afirmar que o nosso futebol está entre os mais competitivos do planeta.

Estamos conscientes de que avançamos muito. A escolha do técnico Tite e de Edu Gaspar para dirigirem nossa Seleção se mostrou um grande acerto. O profissionalismo, a competência e a dedicação da Comissão Técnica escolhida corresponderam às expectativas e fazem parte de um planejamento de longo prazo da CBF.

Mas a CBF não para. Precisamos seguir nosso caminho na busca constante e incessante de aprimoramento. Perseguir uma gestão transparente, eficiente e focada no resultado é, no fundo, criar a possibilidade de investir mais no nosso futebol, dando condições aos clubes de contratar e manter bons jogadores. É esse nosso desafio. Vamos ao trabalho!

ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMAPresidente

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08 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 091. MENSAGENS CBF

Liderança, definição estratégica, planejamento para implementação, adequação institucional, desempenho competente, perseverança e busca obsessiva de resultados. E, importantíssimo, comprometimento da equipe. É esse o “segredo” da CBF para obter o desempenho, dentro e fora de campo, que temos a satisfação de apresentar nesse relatório.

Não é exagerado dizer que, nestes anos de crise profunda, caminhamos bem apesar das dificuldades na economia global. Num contexto econômico de retração, a CBF cumpriu suas finalidades, investindo mais em seleções, nas competições e no suporte às Federações. O superávit da entidade chegou a R$ 50 milhões, um aumento de 16 % em 2017 comparado a 2016, um resultado muito expressivo. Estamos com as finanças mais sólidas, investindo mais no futebol, reduzindo despesas e modernizando a administração.

Alguns números precisam ser citados. O valor do repasse aos clubes que disputam a Copa do Brasil cresceu nada menos do que 148%, sendo que o investimento total na competição chega a aproximadamente 300 milhões. A premiação para os finalistas

saltou de R$ 8,8 milhões para R$ 67,3 milhões, quase oito vezes mais. Também alcançamos o recorde de bilheteria nacional em jogos da Seleção Brasileira, com a arrecadação recorde de R$ 15,1 milhões em uma única partida. Em 2017, o investimento no futebol feminino aumentou 55% em relação ao ano anterior e a Copa Verde, um dos nossos torneios regionais, teve um incremento de 65%.

Queremos mais. A expectativa para 2018 é que haja um incremento da receita total da entidade, em função da realização da Copa do Mundo na Rússia e a consequente criação de novas fontes de receita. Também receberemos aportes da FIFA e da CONMEBOL para os projetos que contemplam o fomento do futebol em todo o território nacional, nosso maior compromisso.

Enfim, os resultados foram muito positivos em 2017 e as perspectivas para 2018 são alvissareiras. Vamos trabalhar unidos para atingir, no plano administrativo, um grau de excelência que todos reconhecem no futebol brasileiro quando ele entra em campo.

ROGÉRIO CABOCLODiretor Executivo de Gestão

O Brasil não é um país exatamente pobre, mas é muito desigual. O Programa CBF Social reflete o compromisso da entidade com a sociedade que a cerca. O futebol é parte integrante da vida do brasileiro e deve, pelos sonhos que induz e caminhos que abre, se transformar em importante instrumento de inclusão das camadas menos favorecidas da população.

Um dos exemplos dessa possibilidade é o Programa Socioeducacional Gol do Brasil, uma iniciativa que busca melhorar as condições de vida de crianças e adolescentes. O fim é esse, o meio é o futebol. Temos buscado a parceria de agentes públicos que se sensibilizam com nossa causa. Precisamos ter objetivos e métodos, mas também mesclar emoção e sentimento nessa grande corrente para atrair esse público tão carente de oportunidades.

Outra ação da CBF é o apoio ao Projeto Seleções do Futuro, gerido pelo Ministério do Esporte. O espírito é o mesmo: trazer jovens entre 7 e 17 anos para, através do futebol, desenvolverem suas capacidades físicas e motoras. O esporte também é comprovadamente um dos eixos da melhoria da qualidade de vida, aumentando a autoestima,

melhorando o convívio, estimulando o respeito às regras, promovendo a integração social e aprimorando a saúde.

Também conseguimos, em 2017, como consequência de melhor interação com os organismos internacionais, a liberação de verbas da FIFA e da CONMEBOL, tais como o fundo de legado da Copa do Mundo FIFA 2014, do Programa FIFA Forward e do Programa Evolución (CONMEBOL). O legado da Copa, por exemplo, prevê investimentos para desenvolver o futebol de base e o futebol feminino, bem como construir centros de treinamento nos 15 estados brasileiros que não sediaram partidas no Mundial de 2014.

Ainda no âmbito das atividades da Secretaria Geral, procuramos, ao longo de 2017, melhorar ainda mais o relacionamento com os atletas, ex-atletas, técnicos, árbitros, Clubes e as Federações. Eles são, afinal, a razão de ser de nossa entidade. A eles representamos e servimos. O que se assiste hoje é um clima de união em torno do futebol brasileiro e de harmonia na busca das melhores soluções, o que aumenta a convicção de que estamos no caminho certo.

WALTER FELDMANSecretário-Geral

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com enorme satisfação, apresenta neste capítulo as principais realizações e números relevantes que a impactaram positiva e significativamente, ao longo de 2017, no que se refere a sua estrutura de funcionamento, instalações e eventos. São questões importantes que pautaram sua operação, em seu engajamento no incentivo e apoio ao desenvolvimento do futebol, enquanto maior entidade fomentadora do esporte no país. Contemplam aspectos que a marcaram como instituição e que a impulsionam em seu crescimento continuado.

Além daquelas aqui descritas, as realizações que são detalhadas ao longo deste relatório por si só respondem por evidenciar e ratificar a forma através da qual a CBF vem assumindo, de modo cada vez mais decisivo, sua função institucional, tão apropriadamente descrita em sua missão, que se caracteriza por:

1) Fomentar o futebol em tempo integral, desde sua essência em suas várias categorias, promovendo e organizando competições e fornecendo a melhor estrutura preparatória para as seleções nacionais.

2) Promover justiça na disputa das competições, através da adoção de critérios transparentes que assegurem a equidade entre os clubes participantes e, por consequência, garantindo a imprevisibilidade de resultados e o princípio da continuidade das competições.

Neste sentido, esta parte do relatório destaca a essência dos recursos e estruturas que suportam e proveem o funcionamento da entidade:

1. Sede Administrativa e Eventos;2. CBF Academy;3. Granja Comary;4. Museu Seleção Brasileira.

Portanto, de uma forma sucinta e objetiva, este capítulo aborda aspectos em várias esferas de interesse da instituição: a estrutura de trabalho para os profissionais administrativos e de apoio à seleção brasileira, em suas diversas categorias, a nova estrutura de disseminação de conhecimento do futebol e ainda a valorização da memória e conquistas da “seleção canarinho”.

A seguir, iniciamos com o detalhamento de aspectos da sede administrativa e alguns eventos de destaque realizados.

Corresponde ao lugar onde está organizada toda a estrutura de gestão e administração da confederação, seu corpo diretivo e funcionários, além de terceiros que atuam para que a entidade possa funcionar e perpetuar suas operações.

Com instalações renovadas no Rio de Janeiro desde junho de 2014, uma das cidades que aguardavam para sediar a Copa do Mundo FIFA daquele ano, a sede foi idealizada, planejada e construída para que pudesse reunir as melhores condições de trabalho para a CBF.

Trata-se de um edifício próprio e exclusivo, para atender às necessidades da maior confederação esportiva do país. Contempla adaptações importantes e modernos requisitos de sustentabilidade: um sistema de coleta de água da chuva e de reuso da água gerada pelos condicionadores de ar; além disso, um sistema de painéis solares projetado para a redução do consumo energético de fontes convencionais.

A sede abrange ainda o Museu Seleção Brasileira e um moderno auditório que recebe diversos eventos, tais como as convocações da Seleção Brasileira.

2.1 SEDE ADMINISTRATIVA E EVENTOS

INSTITUCIONAL2

12 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Page 9: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

• 1º Encontro Nacional dos Treinadores de Futebol – Realizado no auditório da sede e organizado pela Federação Nacional dos Treinadores de Futebol (FBTF). O evento reuniu 73 técnicos de futebol, incluindo os comandantes das seleções brasileiras.

Depois de realizado debate sobre temas importantes, tais como o registro de treinadores, licenças, intercâmbio e outros, uma comissão, formada pelo presidente da FBTF, Zé Mario, o secretário-geral, Alfredo Sampaio,

os vice-presidentes Falcão e Wagner Mancini, e os treinadores Zico, Parreira, Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira e Tite, reuniu-se com o presidente da CBF e a diretoria da entidade para discutir assuntos relacionados à atuação dos treinadores de futebol.

• 3º Simpósio de Educação Continuada da Comissão Nacional de Médicos de Futebol (CNMF) - O então presidente da Confederação Brasileira de Futebol, discursou na abertura do evento, que tem como objetivo compartilhar conhecimento na área para o desenvolvimento da medicina esportiva e reuniu 60 médicos dos clubes das Séries A, B e C, além de 50 profissionais convidados.

As palestras envolveram cerca de 30 especialistas, abordando temas como: lesões de membro superior, tronco e bacia; concussão em atleta de futebol; implicações do Licenciamento de clubes para o Departamento Médico; E ainda lesões musculares e fraturas por estresse (pé, tornozelo e joelho). O evento reiterou a preocupação da entidade quanto à melhoria da parte médica do futebol.

Eventos

15

Foram registrados diversos acontecimentos de interesse do futebol nacional que se realizaram na sede administrativa, ao longo de 2017. Dentre outros, o local em geral é palco de convocações de seleções, cursos, treinamentos, sorteios envolvendo as competições organizadas pela CBF, além de outros eventos tais como conferências de imprensa, sobretudo após as convocações, além de eventos internos importantes: as reuniões de diretoria e da assembleia da entidade. Durante a temporada 2017, alguns dos eventos foram:

14 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

O evento reuniu 73 técnicos de futebol, incluindo os comandantes das seleções brasileiras.

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• Debate sobre Segurança nos Estádios – Diretorias e a Gerência de Segurança da Confederação Brasileira de Futebol, membros do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, promotores de justiça e representantes de órgãos de segurança pública se reuniram para debater a segurança do torcedor e

propor parcerias com foco no combate à violência dentro e fora dos estádios brasileiros.

O encontro levantou discussões acerca de temas como a venda de bebidas alcóolicas nos estádios e o uso da tecnologia de identificação biométrica para torcedores.

Pode-se dizer que 2017 representou o período de afirmação e consolidação da CBF Academy como centro de excelência em educação e qualificação voltado para o desenvolvimento do futebol no país.

Iniciativas para combater a violência entre as torcidas organizadas, novas proposições para laudos técnicos de equipamentos

esportivos e a exposição dos novos protocolos e planos de ação em jogos de futebol no país também foram colocados em pauta.

2.2 CBF ACADEMY

16 17RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

Turma do curso de Licença PRO, realizado na Granja Comary (dezembro/2017).

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Mantendo sempre em mente a premissa de capacitar e formar profissionais que atuam no esporte, o departamento aumentou seu time com a contratação de pessoal qualificado e intensificou o trabalho na gestão de licenças técnicas e cursos específicos em diversas áreas: gestão de futebol, direito desportivo, preparação física e treinamento de goleiros, intermediação no futebol e coordenação técnica, dentre outras.

Em relação ao ano anterior, a CBF Academy ampliou de 12 para 14 sua grade de cursos: o de Coordenação Técnica para Categorias de Base e o Workshop de Intermediação. Além disso, a quantidade de turmas foi significativamente expandida, contemplando ainda cursos com conteúdo específico por área geográfica envolvendo as regiões Nordeste (2), Sul (1) e Sudeste (21).

Todo o trabalho empreendido se refletiu no crescimento da quantidade de alunos: de 576 em 2016 para 1.288 em 2017, o que representou um aumento de aproximadamente 123%. No que se refere ao quantitativo de certificados emitidos, enquanto no ano anterior foram 343, em 2017 foram registrados 1.210, acréscimo de 252% conforme demonstra o gráfico.

Os resultados alcançados reafirmam o compromisso da CBF Academy com suas metas fundamentais, que são:

1) Oficializar as Licenças e certificados da CBF que fazem parte do programa de profissionais do futebol brasileiro em nível nacional e internacional;

2) Desenvolver um programa de formação de profissionais do futebol baseado no conhecimento científico e com aplicabilidade direta na rotina de trabalho desses profissionais, com bases de natureza ética e pedagógica;

3) Promover a sistematização do conhecimento teórico e prático do futebol brasileiro através de publicações e registro.

Metodologia A formatação dos cursos, incluindo toda a parte didática, padrões para a quantidade de horas/aula, o modelo de ensino e outros aspectos foram planejados a partir da análise de modelos de formação de treinadores adotados por diversas escolas de referência mundial, pesquisas e visitas de campo, entrevistas e seminários de formação de instrutores.

Em complemento, treinadores e especialistas em diversas áreas correlacionadas ao esporte foram consultados para identificar as competências e habilidades necessárias para a formação de profissionais qualificados para atuar em áreas ligadas ao futebol. E, de modo a finalizar e consolidar a metodologia, a gestão da CBF Academy em conjunto com uma comissão de profissionais se reuniu para discutir e validar um formato estrutural que, embora se assemelhasse aos modelos internacionais, também aliasse e mantivesse o respeito à cultura, peculiaridades e inspirações brasileiras.

De modo simples e resumido, o grande “gol” é estimular o relacionamento positivo entre os profissionais do setor, com o fim de aprimorar a cadeia de valor do futebol, se configurando num importante instrumento de desenvolvimento continuado do esporte.

18 19RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

1400

1200

1000

800

600

400

200

0

Nº DE ALUNOS Nº DE CERTIFICADOS

12101288

343

576

2016 2017

Fonte: CBF Academy

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Cursos

Conforme descrito previamente, ao longo de 2017 o departamento disponibilizou 24 turmas as quais totalizaram 1.352 alunos inscritos. Devido ao viés de fomento ao desenvolvimento do futebol, após a fase inicial de inscrição, pessoal do setor de seleção da CBF Academy busca avaliar, sobretudo a partir de análise curricular, se dentre os inscritos há integrantes de clubes ou de instituições que efetivamente possuam atuação relevante no cenário do futebol brasileiro. O objetivo é conceder oportunidade de aprendizado a pessoas que de fato possuam como meta aplicar os conhecimentos teóricos obtidos em prol do esporte no país.

Nesse sentido, a CBF Academy ofereceu na temporada as seguintes turmas:

Todas as disciplinas e o correspondente conteúdo programático foram extensamente discutidos e planejados de modo a agregar valor aos profissionais do setor. Algumas em particular merecem destaque, conforme apresentamos a seguir.

20 21RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

QUAIS CURSOS

LICENÇA PRO

LICENÇA A

LICENÇA B

LICENÇA C

ANÁLISE DE DESEMPENHO (BASE)

ANÁLISE DE DESEMPENHO (PROFISSIONAL)

TREINADOR DE GOLEIRO (BASE)

FORÇA, PORTÊNCIA E VELOCIDADE

PREPARAÇÃO FÍSICA (PRO)

COORDENAÇÃO TÉCNICA (BASE)

CURSO DE GESTÃO DO FUTEBOL

WORKSHOP DE INTERMEDIAÇÃO

WORKSHOP DE DIREITO E FUTEBOL

TOTAL

Quantidade de turmas em 2017

1

2

4

5

3

1

1

1

1

1

1

2

1

24

Fonte: CBF Academy

Licença PRO (Profissional) para Treinadores

Este curso inclui um programa intensivo de disciplinas voltadas às funções dos treinadores de futebol. A Licença A é um pré-requisito importante para a aceitação, que pressupõe como alunos treinadores que desejem atuar na condição de técnicos de equipes profissionais de alto nível. Abrange 370 horas, sendo 260 horas de disciplinas teóricas e práticas de conteúdo específico, 50 horas de estudos especiais com tutoria e 60 horas de acompanhamento e observação do treinamento.

Em 2017, contou com a presença do técnico Fábio Carille, que se sagrou campeão brasileiro da temporada na série A, e Vadão, treinador da seleção brasileira feminina. Entre os instrutores estão Carlos Alberto Parreira e René Simões.

‘‘

Licença A para Treinadores

Possui conteúdo similar ao anterior. Requer a conclusão da Licença B e contempla 270 horas, sendo 190 horas de disciplinas teóricas e práticas de conteúdo específico, 50 horas de acompanhamento e observação do treinamento e 30 horas de estudos especiais e tutoria.

Atualmente representa a principal licença para técnicos no Brasil, uma vez que, ao alcançar tal certificação, os profissionais são habilitados perante o mercado nacional para comandar equipes de nível da Série A do campeonato brasileiro.

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22 23RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

Licença HonoráriaA Licença Honorária é concedida a treinadores brasileiros de futebol que completaram 60 anos até 31 de dezembro de 2017 e que somaram, no mínimo, 50 pontos segundo critérios previstos na Convenção da CONMEBOL de 2016. Representa o reconhecimento aos anos de contribuição ao futebol brasileiro, ao comprometimento e dedicação à profissão de técnico de futebol. Alguns técnicos homenageados foram Mário Jorge Lobo Zagallo, Evaristo de Macedo, Carlos Alberto Parreira e Abel Braga.

Workshop de Direito e Futebol Planejado para profissionais de direito que atuam no futebol. Conta com 20 horas/ aula e teve como palestrantes, Marcos Motta, advogado especializado em Direito Desportivo, e Felipe Bevilacqua, procurador do STJD.

Workshop de IntermediaçãoIdealizado para capacitar intermediários cadastrados junto à CBF quanto às normas que regulamentam a atividade, bem como para gestores de futebol e advogados do esporte. Requer 20 horas/aula e teve como instrutores Marcelo Jucá (presidente do TJD- RJ) e Marcelo Moura Juiz do TRT, entre outros.

Curso de Gestão do FutebolCorresponde a um dos principais cursos oferecidos, sendo voltado para a qualificação de gestores esportivos que atuam no mercado do futebol em diversas áreas, incluindo as de planejamento, marketing, gestão de pessoas e direito esportivo, por exemplo. Seu foco é o aprimoramento de profissionais que atuam na gestão de clubes.

No ano de 2017, foi realizada sua terceira edição com reiterado sucesso tal qual nas anteriores, registrando a presença de 104 alunos.

2.3 GRANJA COMARY

O Centro de Treinamento da Seleção Brasileira (“Granja Comary”) é considerado a casa de todas as seleções nacionais, ou seja, local onde a seleção, em suas diversas categorias, encontra tranquilidade, abrigo e toda a infraestrutura necessária em sua contínua preparação para as diversas competições e torneios de que participa. É relevante ressaltar que esta foi mais uma inovação da atual gestão da CBF, uma vez que, no passado, o centro somente era disponibilizado para a seleção brasileira principal, não tendo sido aproveitado pelas demais equipes, como as seleções de categorias de base, por exemplo.

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24 25RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

Localizado na cidade de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, ele se configura num verdadeiro pólo esportivo especializado, dispondo de tecnologia de ponta em equipamentos e estrutura para treinar e desenvolver equipes de alto nível.

Tudo isto aliado a uma capacidade de acomodação, alimentação e para avaliações técnica e médica compatíveis com as necessidades requeridas por grupos heterogêneos.

A composição deste espaço de preparação contempla:

A área total do centro abrange aproximadamente 145 mil metros quadrados, dentro da qual está contido o prédio central onde se localiza os alojamentos, restaurante e a maior parte dos itens mencionados. Nele, pode-se encontrar ainda uma ampla estrutura com salões de jogos e de entretenimento para os momentos de recreação e lazer dos jogadores, após as atividades diárias.

GRANJACOMARY

5 campos de futebol com dimensões

oficiais

36 quartos de hóspedes

1 academia com equipamentos

de última geração

1 restaurante com cozinha profissional

1 centro médico fisiologia e fisioterapia

1 piscina coberta para treinamentos regenerativos

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26 27RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

Nível de Utilização

A partir da liberação do uso da Granja Comary para todas as categorias da seleção brasileira, além da oportunidade para aprimoramento técnico de mais equipes, uma consequência natural foi o aumento vertiginoso de sua taxa de ocupação. Este índice teve forte alta em 2016 alcançando 95%, enquanto na temporada 2017 registrou 67%. Apesar do ligeiro recuo, estes dados confirmam a tendência de manutenção de alta utilização da estrutura, beneficiando anualmente mais atletas.

A Diretoria de Patrimônio da CBF, responsável direta pela administração do centro, mantém registros apurados e detalhados não apenas no que se refere ao nível de uso das instalações, mas também quanto ao total de treinamentos comandados pelos técnicos e avaliações físicas, fisiológicas e de monitoramento a cargo das comissões técnicas.

Apresentamos a seguir demonstrativos que detalham as informações abordadas.

Além da ocupação detalhada anteriormente, o centro sediou eventos importantes os quais não envolveram a necessidade de utilização da estrutura hoteleira do complexo (sem hospedagem), mas sim o uso dos demais recursos:

SELEÇÕES/EQUIPES (dias)

PRINCIPAL (Masculina)

PRINCIPAL (Feminina)

SUB20 (Masculina)

SUB20 (Feminina)

SUB17 (Masculina)

SUB17 (Feminina)

SUB15 (Masculina)

SELEÇÃO OLÍMPICA (M)

PATROCINADORES

TOTAL

2015

6

34

12

0

13

0

19

7

-

91

2016

6

80

60

31

25

13

5

14

13

247

2017

6

10

20

60

54

21

46

-

8

225

Fonte: CBF/Diretoria de Patrimônio

SELEÇÕES/EQUIPES – Uso em dias (sem hospedagem)

PRINCIPAL (M)

PRINCIPAL (F)

SUB-20 (M)

SUB-20 (F)

SUB-17 (M)

SUB-17 (F)

SUB15 (M)

SELEÇÃO OLÍMPICA

EVENTOS DE PATROCINADORES

CURSOS

OUTROS TIMES

COPA NIKE SUB-15 (DMK) 2016 - Torneio Base 2017

TOTAL

2016

-

-

7

-

28

-

8

-

7

53

-

7

110

2017

-

11

1

26

-

38

8

-

-

68

-

6

158

Fonte: CBF/Diretoria de Patrimônio

A administração da Granja Comary também controla e mantém registros apurados das sessões de treinamentos realizadas nos cinco campos disponíveis e na academia, conforme demonstrado a seguir:

LOCAIS X NÚMERO DE SESSÕES DE TREINAMENTOS

ACADEMIA

CAMPO 1

CAMPO 2

CAMPO 3

CAMPO 4

CAMPO 5 S

JOGO TREINO

TOTAL

2016

163

81

153

157

105

13

19

672

2017

186

68

124

116

88

19

20

581

Fonte: CBF/Diretoria de Patrimônio

Page 16: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

2902. INSTITUCIONAL28 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Investimentos e Melhorias

A Diretoria de Patrimônio regularmente realiza análises sobre as necessidades não somente das equipes, mas também da CBF como um todo. Nesse sentido, a Granja vem recebendo investimentos anuais destinados a sua manutenção e aprimoramento para que, de modo cada vez mais eficiente, possa atender integralmente o processo de preparação das seleções nacionais.

A partir de setembro de 2017, a diretoria iniciou um projeto para a construção de um centro de excelência dentro da

Granja. O objetivo é a criação de uma nova estrutura coberta para treinamento que possibilitaria a ampliação e qualificação da capacidade global, que hoje é mais adaptada às atividades realizadas ao ar livre. A expectativa é melhorar e readequar a estrutura física e tecnológica para treinamentos de alto nível, sendo avaliado como um requisito fundamental para prover condições ainda mais ideais para atletas de alto rendimento. A previsão de conclusão da iniciativa é estimada para o primeiro semestre de 2018.

A nova estrutura está sendo construída em um ginásio que possui uma área de 650 metros quadrados. Algumas de suas funcionalidades incluirão:

• Equipamentos de musculação de última geração;

• Grama sintética para exercícios e avaliações;

• Estrutura para avaliações fisiológicas e laboratoriais;

• Duas salas de aula (capacidade para 60 alunos cada);

• Almoxarifado.

Seleção Sub-17 realiza jogo treino na Granja Comary em Teresópolis.

Page 17: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

3102. INSTITUCIONAL30 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Cumpre também ressaltar a quantidade de material proveniente das operações do centro que foram destinados à reciclagem: aproximadamente 3 toneladas, dentre os quais papelão, ferro e alumínio, entre outros.

Outro aspecto que contribui para incrementar a complexidade da gestão do centro de treinamento são as demandas por transporte e também combustíveis para o funcionamento de todo o maquinário utilizado. A seguir, apresentamos dados que dimensionam as solicitações de transporte para as equipes:

Uma das razões pelas quais é possível considerar o local como um grande complexo esportivo é a gama de serviços fornecidos, os quais, além de toda a parte de hospedagem e treinamento, também incluem: lavanderia, alimentação, fornecimento de materiais para reciclagem e toda a gestão de transporte/veículos e maquinário que suporta a operação da estrutura.

Neste sentido, por exemplo, a lavanderia do complexo processou cerca de 30 toneladas de roupas em 2017, desde materiais de treino aos materiais que equipam os quartos tais como toalhas e roupas de cama. Além disso, é importante ressaltar que toda a água utilizada para a irrigação e lavagem dos

locais é de reuso, o que gera volume significativo tanto para alimentar as necessidades da lavanderia, quanto para endereçar objetivos ambientais de redução do consumo hídrico.

No que se refere à alimentação, o centro está aparelhado com um restaurante com capacidade para 120 pessoas, o qual foi projetado para atender com eficiência às seleções nacionais. Na temporada 2017, preparou e serviu mais de 43 mil refeições, distribuídas entre café da manhã, almoço, jantar e lanches, montante que correspondeu a aproximadamente 24 toneladas de alimentos e encerrou cerca de 100 refeições por dia, ao longo de um ano inteiro.

Em 2017, algo em torno de 20 mil litros de combustíveis foram consumidos pelo maquinário utilizado para a manutenção dos campos e outros equipamentos,

incluindo tudo o que foi necessário para abastecer os veículos (ônibus, vans e caminhões) que atenderam as diversas delegações que utilizaram a estrutura.

Serviços Fornecidos pelo Centro de Treinamento

SELEÇÃO – PEDIDOS DE TRANSPORTE

FEMININA PRINCIPAL

FEMININA SUB 17

FEMININA SUB 20

MASCULINA PRINCIPAL

MASCULINA SUB 15

MASCULINA SUB 17

MASCULINA SUB 20

TOTAL

2016

45

25

40

22

26

46

41

245

2017

27

15

21

28

25

25

16

157

Fonte: CBF/Diretoria de Patrimônio

De acordo com a projeção da administração, a conclusão do novo centro de excelência permitirá:

• Aproveitamento mais efetivo do ginásio existente;

• Aumento da infraestrutura física e tecnológica aplicada ao esporte;

• Acompanhamento otimizado da evolução dos atletas profissionais, bem como das futuras promessas das categorias de base;

• Atuação integrada às funções da CBF Academy e aos clubes;

• Reabilitação de atletas;

• Treinamentos específicos;

• Pesquisas para o desenvolvimento do futebol brasileiro.

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2.4 MUSEU “SELEÇÃO BRASILEIRA”

3332 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 02. INSTITUCIONAL

Nesse sentido, voltada para sua operação e atualização permanente, a administração do “Museu Seleção Brasileira” planejou e realizou diversas iniciativas, tais como:

A partir da transferência para a sua mais nova sede em 2014, a CBF planejou e construiu as instalações do chamado “Museu Seleção Brasileira”, que funciona no andar térreo da mesma edificação de seu escritório administrativo, no Rio de Janeiro.

O objetivo principal quando de sua concepção foi exatamente preservar, para atuais e futuras gerações, a memória, traduzida em jogos inesquecíveis, troféus e conquistas, da seleção nacional de futebol mais vitoriosa de todos os tempos. Assim, ergueu-se o templo dedicado a contar a história, passada, presente e futura, da equipe capaz de mobilizar a nação, especialmente a cada edição da Copa do Mundo.

Além do conteúdo do seu vasto acervo, a visita ao museu é uma experiência

interativa aos sentidos, amplificada por equipamentos de alta tecnologia que buscam reproduzir os momentos históricos que ficaram eternizados em transmissões de rádio e imagens em preto e branco, em épocas mais remotas, bem como nas transmissões de TV mais atuais. O visitante em alguns momentos pode sentir e viver a atmosfera que envolve a entrada em campo num estádio lotado, seus sons e euforia dos torcedores, através de um dos equipamentos que simula o audiovisual do jogador com uma visão em 360 graus.

Os arquivos históricos resgatam os primórdios da seleção verde-amarela, nos tempos em que ainda não era assim conhecida e seu uniforme ainda era predominantemente branco, retratando sua formação, primeiros integrantes, primeiras vitórias, heróis e títulos. Tudo isso, em cerca de mil metros quadrados de área e capacidade para 500 pessoas. Sob a gestão da Diretoria de Marketing da CBF, a equipe do museu atua continuamente com foco na manutenção e atualização dos registros e arquivos para que possam contemplar os jogos, competições e as realizações mais recentes do universo da seleção brasileira, abrangendo também outras categorias.

O local está aberto a todo o público amante do esporte diariamente, das 10 às 18 horas, contando ainda com o benefício de meia-entrada (estudantes e idosos) e gratuidades previstas por lei, incluindo crianças menores de 6 anos, pessoas com necessidades especiais, além de alunos de escolas da rede pública e pessoas que representem entidades engajadas em projetos sociais.

Cumpre ressaltar que o museu recebeu, nos últimos dois anos (2016/2017), o certificado de excelência do site de viagens TripAdvisor, que avalia a qualidade no atendimento e instalações.

• Criação de um espaço específico dedicado a contar a história da inédita medalha de ouro, conquistada durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016;

• Inauguração de uma nova loja para comercialização de produtos licenciados, funcionando em ambiente anexo ao museu;

• Atualização do conteúdo do acervo, que passa a reunir fatos mais recentes envolvendo a seleção, ocorridos entre agosto de 2014 e junho de 2017;

• Renegociação com a empresa responsável pela operação dos equipamentos de alta tecnologia do museu, resultando na redução de cerca de 33% dos seus custos contratuais.

Page 19: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

3502. INSTITUCIONAL34 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

O Museu Seleção Brasileira registrou presenças marcantes que contribuíram ainda mais para ressaltar a importância do acervo, tais como:

• O jogador considerado até hoje o maior de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento - o Pelé, no momento em que estava prestes a completar 77 anos de idade;• O tricampeão mundial da Copa do Mundo de 1970 – Jairzinho “Furacão”• Os tetracampeões mundiais da Copa do Mundo de 1994 - Bebeto e Cafu;• Uma comitiva do governo chinês, representando a cidade de Zhuhai.

Visitação

Dentre torcedores, admiradores, pessoas comuns ou ilustres, cerca de 17,6 mil pessoas compareceram e visitaram o museu ao longo de todo

o ano de 2017. Este número recuou um pouco em relação ao ano anterior, quando foram registradas 22 mil pessoas.

Além disso, a administração preparou programações especiais ao longo do ano: entrada franca para os pais em sua data festiva em agosto; e em 12 de outubro, para o dia das crianças, segundo a qual diversos grupos de

crianças puderam conhecer, se divertir e registrar sua visita ao templo da seleção. Nesta data foi registrado o atendimento a mais de 400 crianças oriundas de projetos sociais.

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Segundo o gerente de Acervo e Memória da CBF, Antônio Napoleão,

“a parceria vai permitir um trabalho mútuo, segundo o qual a entidade deverá colaborar em termos de identificação de imagens, peças e filmes,

e o Arquivo Nacional deverá ajudar em termos de orientação e organização de acervo fotográfico, de filmes e arquivos pessoais”.

Parceria com o Arquivo Nacional

Merece ainda destaque especial a assinatura entre a CBF e o Arquivo Nacional de um acordo de colaboração mútua. O objetivo central, de acordo com o diretor geral do Arquivo Nacional, José Ricardo Marques, é “a preservação da história do Brasil, e da CBF, que narra a história da sociedade e do país através dos aspectos sociológicos e antropológicos que contam a história do futebol brasileiro.”

36 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 3702. INSTITUCIONAL

O diretor geral do Arquivo Nacional em visita ao Museu Seleção Brasileira.

2015

2017

2016

Fonte: Diretoria de Marketing/CBF

25

20

15

10

5

0

VISITANTES - em milhares de pessoas

17,6

12

22

Comparativo de visitação

Page 21: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

3SE

LEÇÕ

ES

Page 22: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Este capítulo aborda as realizações relacionadas a uma das grandes e mais importantes funções da Confederação Brasileira de Futebol: incentivar, desenvolver e prover as melhores condições de trabalho para a seleção brasileira de futebol, em suas diversas categorias – masculinas e femininas, principais e de categorias de base. Ele busca apresentar um resumo dos momentos mais significativos destas equipes, ocorridos ao longo da temporada de 2017. Sob a administração e coordenação da Diretoria de Seleções, as equipes tiveram participação relevante nas competições e torneios que disputaram.

Ao contrário do ano anterior, quando enfrentou e superou algumas dificuldades, a seleção masculina principal já inicia o ano de 2017 liderando as Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018 e manteve o bom desempenho até o final do período. O técnico Tite e sua comissão técnica tiveram a oportunidade de dar sequência e assim consolidar o trabalho, que se manteve em alto nível, conforme corroboraram os resultados subsequentes que serão apresentados em números mais à frente.

O primeiro jogo do ano para seleção principal, no entanto, apresentou uma peculiaridade especial e diferente de todos os demais – o resultado era o que menos importava. Isto se justifica porque se tratava de uma grande demonstração de solidariedade: a CBF organizava uma partida entre Brasil x Colômbia, no estádio Nilton Santos (Engenhão) no Rio de Janeiro, com o objetivo de arrecadar fundos para as famílias das vítimas da tragédia com o voo que levava profissionais de mídia e o time da Associação Chapecoense de Futebol, ocorrida em novembro de 2016. O jogo cumpriu também a função de homenagear os heroicos sobreviventes e também o povo colombiano, que houvera prestado inestimáveis serviços no socorro e apoio imediato às vítimas do acidente. Com isso, cerca de 20 mil pessoas presenciaram a vitória brasileira por 1x0 e ainda contribuíram para a obtenção de cerca de 1 milhão e duzentos mil reais, inteiramente revertidos aos necessitados.

SELEÇÕES3

40 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Os selecionados de categorias de base também apresentaram participações importantes e destacadas em suas respectivas competições ao longo do ano, dentre as quais vale ressaltar:

A seleção feminina principal também fechou o ano com um excelente resultado, sagrando-se campeã do “Marvel Track Cup”, torneio internacional disputado na China.

• O título do Sul-Americano masculino Sub-17 (Chile);

• O vice-campeonato do Sul-Americano masculino Sub-15 (Argentina).

Page 23: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

4302. SELEÇÕES

Eliminatórias Sul-Americanas

Países Visitados

O primeiro jogo brasileiro pelas Eliminatórias, realizado no mês de março, registrou um triunfo expressivo (4x1) contra um dos maiores rivais sul-americanos, o Uruguai, jogando na casa do adversário, em Montevidéu. Na sequência, em solo nacional (São Paulo-SP) a equipe obteve outra importante vitória, desta vez sobre o Paraguai, por 3x0.

Já durante o mês de agosto, mais um difícil adversário, o Equador, em partida realizada em Porto Alegre (Arena do Grêmio). Mais uma vez, o selecionado brasileiro saiu vitorioso, ainda que por um placar mais modesto: 2x0. Em setembro e no início de outubro, o torneio classificatório seguiu com mais dois jogos e resultados bem mais equilibrados: 1x1 contra a Colômbia, em Barranquilla, e 0x0 contra a Bolívia, na altitude de La Paz.

Encerrando sua participação, o Brasil venceu o Chile por 3x0, em São Paulo (Arena Palmeiras). Fechando o ano com esses resultados, a seleção brasileira foi a primeira equipe a se classificar para a Copa do Mundo FIFA 2018, alcançando a pontuação necessária após a 14ª rodada, com quatro rodadas de antecipação. Com o fim das Eliminatórias, o selecionado nacional encerra 2017 como líder absoluto somando 41 pontos ganhos, 10 a mais que o Uruguai, que terminou a competição como segundo colocado, com 31 pontos. Completando o grupo de representantes da América do Sul, também se classificaram para a Copa da Rússia as seleções de Argentina e Colômbia – terceiro e quarto colocados, respectivamente.

3.1 PRINCIPAIS NÚMEROS DA SELEÇÃO O propósito desta seção é apresentar alguns dados estatísticos relevantes que sejam capazes de evidenciar o desempenho dos selecionados brasileiros, mas também outras informações que mostrem a grandiosidade de sua caminhada nas competições disputadas. Destacamos a seguir, o quantitativo de países que estiveram nesta trajetória ao longo da temporada.

Depois de alcançar um número bastante elevado de viagens internacionais em 2015, a seleção brasileira, considerando todas as suas categorias, reduziu sua participação estrangeira em 33% e manteve constante o número de visitas a outros países nos últimos dois

anos: tanto em 2016 quanto em 2017 foram 16 países, entre amistosos e competições oficiais. Em sua missão de conquistar títulos e representar o país no exterior, nossas equipes estiveram presentes nos campos dos cinco continentes mundiais.

SELEÇÕES NACIONAISBRASILURUGUAIARGENTINACOLÔMBIAPERUCHILEPARAGUAIEQUADORBOLÍVIAVENEZUELA

JOGOS

18181818181818181818

VITÓRIA

12977787642

EMPATE

5476523226

DERROTA

1545688

101210

GOLS PRÓ41321921272619261619

SALDO DE GOLS

3012321-1-6-3

-22-16

PONTOS GANHOS

41312827262624201412

COLOCAÇÃO

1º2º3º4º5º6º7º8º9º

10º

GOLS CONTRA

11201619262725293835

Classificação Final – Eliminatórias Sul-Americanas

Fonte: CBF – Diretoria de Seleções

Total de Países Visitados pela Seleção Brasileira - Bases Anuais

2015 2016 2017

30

25

20

15

10

5

0

1616

24

Page 24: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

44 45RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 03. SELEÇÕES

Participação em Competições

No que se refere ao total de competições de que participaram as seleções brasileiras, pode-se verificar que foram registradas 11 em 2017, frente a 16 participações no ano anterior.

3.2 SELEÇÃO MASCULINA PRINCIPAL

A seleção pentacampeã mundial de futebol disputou 11 partidas na temporada, das quais 5 partidas amistosas e, numa destas, registrou sua única derrota no ano, contra a Argentina, em jogo realizado em Melbourne, Austrália. Nas outras 10 partidas, obteve 7 vitórias e 3 empates. Da competição oficial que integrou este retrospecto, merecem destaque os jogos válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018, que somaram 6 confrontos, dos quais 4 vitórias e 2 empates.

Durante a temporada, o foco do treinador e da comissão técnica foi direcionado para a confirmação da classificação para a Copa do Mundo da Rússia, o que foi conquistado com antecipação, conforme já descrito. Além disso, alguns amistosos foram programados e utilizados para a observação de jogadores com destaque em seus clubes, para avaliação sobre quais poderão servir o Brasil durante a campanha do próximo campeonato mundial em 2018.

Considerando as atuações das equipes no país e sua distribuição por região, observa-se que foram realizados jogos nas regiões Norte (Manaus), Sudeste (RJ e SP) e Sul (Porto Alegre).

Fonte: CBF/Diretoria de Seleções

COMPETIÇÃO

ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS - COPA DO MUNDO FIFA 2018

CAMPEONATO SUL-AMERICANO SUB-20

TORNEIO DE TOULON

CAMPEONATO SUL-AMERICANO SUB-17

TORNEIO DE MONTAIGU

COPA DO MUNDO FIFA SUB-17

CAMPEONATO SUL-AMERICANO SUB-15

NIKE FRIENDLIES SUB-15

MARVEL TRACK CUP

FOUR TEAM TOURNAMENT

NIKE FRIENDLIES SUB-20

GÊNERO

MASCULINO

MASCULINO

MASCULINO

MASCULINO

MASCULINO

MASCULINO

MASCULINO

MASCULINO

FEMININO

FEMININO

FEMININO

Page 25: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

4703. SELEÇÕES46 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

3.3 SELEÇÃO FEMININA PRINCIPAL

Durante o triênio 2015-2017, a equipe disputou 37 jogos tendo alcançado 25 vitórias, 8 empates e 4 derrotas.

Fonte: CBF – Diretoria de Seleções Fonte: CBF – Diretoria de Seleções

NÚMEROSDO ESTUDO

2.000 horas de análise

de dados

148 partidas

observadasin loco

30 viagens de

observação in loco de treinadores

e estruturas

Nesse sentido, foram convocados 55 atletas de 32 clubes, entre nacionais e internacionais.

Resultado dos Jogos - Seleção Principal - Bases Anuais

12

10

8

6

4

2

0

2015

2 2

10

20172016

7

13

13

8

Resultado dos Jogos - Seleção Feminina Principal - Bases Anuais

25

20

15

10

5

0

2015 20172016

62

23

15

4 3

18

11

25

14

7

VITÓRIAS EMPATESDERROTAS VITÓRIAS EMPATE JOGOSDERROTAS

Ao longo da temporada, o selecionado feminino principal alternou bons e maus resultados, o que acabou por ocasionar a substituição do comando da equipe e sua comissão técnica. No entanto, vale ressaltar que a equipe terminou o ano sob o comando do técnico Vadão e com um título importante na bagagem, o Torneio Marvel Track Cup, disputado na China com a participação da própria anfitriã, além da Coréia do Norte e do México.

Considerando a campanha completa da temporada, foram alcançadas 7 vitórias, 2 empates e 5 derrotas, durante a qual foram marcados 32 gols. Em seu transcorrer, a seleção esteve em 7 países diferentes, passando pelas Américas do Norte, do Sul, Oceania, Ásia e Europa.

+25 profissionais

envolvidos

Jogadoras da Seleção Feminina recebem a medalha pelo título da Marvel Track Cup.

Page 26: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Através da Diretoria de Seleções, a CBF planejou, convocou, preparou e dirigiu 5 das 6 equipes de base existentes, em suas correspondentes competições na temporada. Enquanto em 2016 foram disputados 10 torneios, ao longo de 2017 foram 8 participações, dentre as quais houve a conquista de um título importante: o XVII Campeonato

Sul-Americano masculino Sub-17, disputado no Chile. Vale ressaltar que as seleções olímpicas (masculina e feminina), quando assim convocadas, são consideradas como de base e, como não foram reunidas no ano observado, explicam a redução de participações apresentada.

3.4 CATEGORIAS DE BASE

49

Aqui abordamos aqueles grupos de atletas os quais se convencionou chamar “categorias de base”, jogadores que ainda se encontram em fase de formação, em desenvolvimento físico, técnico e também agregando conhecimentos táticos rumo à categoria principal.

Tais grupos são formados nos clubes e também incentivados pela CBF, que a partir da contratação de profissionais especializados para o comando técnico das equipes de base, realiza as convocações de modo análogo à forma como pratica com os jogadores da seleção principal: observando, estudando e avaliando o potencial das jovens promessas e provendo as melhores condições de preparação para aqueles que, por potencial e desempenho, vão sendo integrados às chamadas seleções de base.

48 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 03. SELEÇÕES

As categorias de base são subdivididas por faixa etária. Isto ocorre, de modo geral, alinhado à forma pela qual as competições são estruturadas, de modo a proporcionar maior justiça nas disputas. Assim sendo, elas se subdividem em:

• Sub-20 (masculino e feminino), onde podem atuar todos os atletas que completem 20 anos de idade até o ano considerado;

• Sub-17, abrangendo meninos e meninas que completem 17 anos até o ano considerado;

• Sub-15, contendo atletas masculinos e femininos que completem 15 anos até o ano considerado.

A Seleção Sub-20 enfrenta a Venezuela pelo Sul-Americano da categoria, disputado no Equador.

Page 27: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

5103. SELEÇÕES50 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Masculina Os números consolidados que abrangem todas as seleções masculinas de base (Sub-20, Sub-17 e Sub-15) podem ser verificados a seguir:

Números Consolidados 2017 – Categoria de Base MasculinaDentre os homens, também houve muito trabalho envolvendo preparação, viagens e as competições, considerando as 3 categorias. Todo o esforço foi recompensado com o alcance do vice-campeonato no Sul-Americano Sub-15, disputado na Argentina, e do título do Sul-Americano Sub-17, conquistado em Rancagua (Chile).

Dirigida pelo técnico Carlos Amadeu, a equipe Sub-17 sagrou-se campeã de maneira invicta. Pode-se afirmar que apresentou uma campanha inquestionável, contabilizando 7 vitórias e 2 empates em 9 jogos, com 24 gols marcados e apenas 2 sofridos.

Na partida final, disputada contra os “donos da casa”, a seleção se impôs com futebol técnico e envolvente, aplicando 5x0 no adversário. A despeito da atuação convincente de todos, mereceram destaque os jogadores Alan (Palmeiras), que marcou 3 vezes, além de Paulinho (Vasco) e Lincoln (Flamengo) que completaram o placar com 1 gol cada. De quebra, o Brasil ainda teve o artilheiro da competição, Vinícius Junior (Flamengo), com 7 gols marcados.

JOGOS EMPATE DERROTAVITÓRIA

Fonte: CBF – Diretoria de Seleções

50

45

40

35

30

25

20

15

10

5

0SUB-20 SUB-17 SUB-15 TOTAL

444

12

23

18

23

10

910

77

31

45

A Seleção Sub-17 comemora o título do Campeonato Sul-Americano da categoria, disputado no Chile.

Page 28: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

5303. SELEÇÕES

Números Consolidados 2017 – Categoria de Base Feminina

JOGOS EMPATE DERROTAVITÓRIA Fonte: CBF – Diretoria de Seleções

Números Consolidados - Todas as seleções de base

VITÓRIA EMPATE JOGOSDERROTA

Fonte: CBF – Diretoria de Seleções

120

100

80

60

40

20

02015

108

1627

65

2016

63

1315

35

2017

7

48

8

33

3,5

3

2,5

2

1,5

1

0,5

0SUB-20

1

2

3

TOTAL

1

2

3

SUB-17

000

Se observarmos de maneira consolidada os resultados obtidos por todas as equipes de base, ao final da temporada 2017, podemos verificar que foram disputados 48 jogos com 101 gols marcados, o que produziu uma média de aproximadamente 2,1 gols por jogo.

De forma similar ao realizado para as equipes masculinas, apresentamos o desempenho consolidado das seleções femininas de base, o qual pode ser verificado a partir do correspondente gráfico de resultados de 2017.

É importante ressaltar que os números incluem as categorias Sub-20 e a Sub-17, sendo que a última, apesar de não ter tido compromissos em termos de jogos oficiais, realizou ao menos 3 períodos anuais de treinamentos na Granja Comary.

Feminina

0 0 0

Page 29: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

4RE

GIST

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RANS

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Page 30: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Este capítulo é destinado às ações e iniciativas que são parte das funções e atribuições da Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento (DRTL) da Confederação Brasileira de Futebol. Nesse sentido, volta-se para os procedimentos conduzidos para o registro de jogadores, condição necessária para torná-los aptos a participar dos variados campeonatos que a entidade coordena e ajuda a promover. Além disso, aborda as transferências nacionais e internacionais de atletas, sejam eles profissionais ou amadores, entre clubes do país ou do exterior. Por fim, trata do Programa de Licenciamento de clubes da CBF.

Também se propõe a apresentar um resumo das ações realizadas no mesmo período para a consolidação do Programa de Licenciamento de Clubes de futebol. Em seção específica, será abordada a posição atual de todo o processo de implantação do programa, as iniciativas de orientação aos clubes e esclarecimentos necessários. Em resumo, nada mais é do que a CBF assumindo seu protagonismo no continente e seu posicionamento em favor da transparência e profissionalização do futebol.

Todas as questões mencionadas consideram a temporada 2017 e cabe ressaltar ainda que em sua última semana útil, a DRTL divulgava os novos regulamentos para 2018: o Regulamento de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, o Regulamento Nacional de Intermediários e o Regulamento da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).

Em relação ao processo de registro e transferências de atletas, destacam-se as seguintes novidades em relação ao regulamento anterior:

• Rescisão de contrato – o jogador perde a sua condição de jogo na data da rescisão, ainda que a mesma não tenha sido publicada no Boletim Informativo Diário (BID);• Criação do cadastro de iniciação desportiva, para adolescentes de 12 e 13 anos;• Obrigatoriedade de informar à CBF acerca do contrato de direito de imagem (se houver); e• A partir de 1º de janeiro de 2018 torna-se obrigatório o envio de cópia da carteira de trabalho assinada, juntamente com o contrato de trabalho do atleta.

REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

4

56 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 5704. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

Seguindo a tendência de anos passados, o volume de registro de contratos de atletas manteve-se elevado. Na comparação com a temporada anterior, o número de contratos registrados teve um aumento significativo de 35%, registrando um valor absoluto de 80.624 contratos em 2017.

Ao longo do triênio 2015-2017 foram firmados e formalizados 199.827 contratos envolvendo atletas de futebol, considerando-se tanto atletas amadores quanto profissionais.

As questões relativas ao descumprimento do Regulamento de Registros e Transferência de Atletas de Futebol e do Regulamento Nacional de Intermediários serão arbitradas pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas, conforme previsto no Regulamento Geral de Competições. As sanções previstas para esses casos figuram no regulamento da CNRD.

4.1 REGISTRO – CONTRATOS DE ATLETAS

Fonte: CBF/DRTL

Quantidade de Contratos Firmados - Bases Anuais

2015 2016 2017

90.000

80.000

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

0

80.624

59.68959.514

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5904. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO58 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Análise por Região

Primeiro Registro Profissional

4.2 CONTRATOS POR FAIXA ETÁRIA

Ao analisamos a distribuição regional de registros de contratos, verificamos que a região Sudeste continua sendo a que mais concentra esta operação, com 18.227, o que pode ser explicado pelo fato de ser a região com nível de atividade econômica mais elevado no país. A segunda região com mais registros foi a região Sul, com 15.125, seguida pela região Nordeste que, se comparada às demais, apresenta o maior número de unidades da federação. Um gráfico que detalha os números globais pode ser encontrado a seguir.

Aqui são apresentados os dados relativos aos jogadores que, ou modificaram seu instrumento contratual amador firmando contrato profissional, ou que, neste momento, assinaram o seu primeiro contrato com um clube profissional.

No comparativo com 2015 e 2016, verificou-se que houve uma redução significativa na quantidade de primeiros contratos profissionais. Observando apenas o ano anterior, verificamos 29.878 registros frente a 8.076 na temporada 2017. A tabela a seguir detalha os números dos últimos 3 anos.

Fonte: CBF/Diretoria de Seleções

Fonte: CBF/DRTL

Quantidade de Contratos por Região - 2017

Primeiros Contratos Profissionais - Total de Registros Anuais

Fonte: CBF/DRTL

35.000

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0

2017

8.076

2016

29.878

2015

30.728

Fonte: CBF/DRTL

Total de Primeiros Contratos por Faixa Etária - Base 2017

3000

2500

2000

1500

1000

500

0

20 A 23 ANOS

2419

MAIOR DE 23 ANOS

1682

17 A 20 ANOS

2390

< 17 ANOS

1585

Como continuidade à análise de dados da seção anterior, subdividimos em faixas etárias o total de atletas que tiveram seu primeiro registro profissional em 2017.

A partir desta perspectiva, observamos que a maior quantidade de registros é verificada na faixa entre 20 e 23 anos – com 30%, seguido bem de perto pelo total de registros de jogadores com idades entre 17 e 20 anos, que representou 29,6% do total de registros.

As faixas etárias analisadas e os totais em cada uma são representados a seguir:

• Os jovens jogadores de categorias de base com idades até 17 anos somaram 1.585 contratos;• Aqueles maiores de 17 e com idades até 20 anos foram 2.390;• Os atletas maiores que 20 e com até 23 anos somaram 2.419;• Por fim, os maiores de 23 anos totalizaram 1.682 atletas.

5587

7246

14042

15125

18227

CENTRO-OESTE

SUL

SUDESTE

NORDESTE

NORTE

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6104. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO60 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

4.3 CONTRATOS POR GÊNERO

4.4 REGISTRO – CONTRATOS DE TREINADORES

“O registro para os treinadores é um passaporte esportivo para esse profissional, que terá todo o seu histórico de trabalho preservado. É uma certeza de que, no futuro, direitos básicos, como a previdência, sejam comprovados. O treinador também terá o benefício do seguro de vida e de acidentes pessoais da CBF, nos mesmos moldes do oferecido aos jogadores”. – explica Reynaldo Buzzoni, diretor de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF.

O registro de treinadores foi aprovado pelos clubes participantes do Campeonato Brasileiro das Séries A, B e C nos Conselhos Técnicos realizados no mês de fevereiro. A CBF, no entanto, estudava a proposta desde 2016. Com essa iniciativa, a entidade promove melhores benefícios aos profissionais

que compõem o sistema do futebol brasileiro, contribuindo para o seu desenvolvimento e modernização.

A medida representa um grande avanço na estrutura do futebol e o registro passará a ser obrigatório para os clubes que venham a disputar o Campeonato Brasileiro, em todas as suas séries, conforme já previsto nos atuais regulamentos específicos.

O primeiro treinador beneficiado vibrou com a oportunidade:

“fiquei muito feliz com essa possiblidade. É um momento histórico para a nossa classe e também porque tive a chance de ser o primeiro a representar os treinadores. A lei representa garantias, estabilidade maior, e isso já é um grande fato para o futuro do futebol e dos treinadores brasileiros”. – comentou Fernando Tonet, do Parnahyba, clube do Piauí.

Como resultado, a DRTL registrou ao todo 368 treinadores em 2017.

Na avaliação comparativa de contratos por gênero, observa-se um aumento substancial, em valor absoluto, no registro de contratos de mulheres em relação a anos anteriores, porém a quantidade atual ainda se posiciona bastante aquém do total masculino. Enquanto em 2016 o total de contratos femininos representou 2% do total masculino, verifica-se que em 2017 a proporção foi de 4%. Este fato nos

permite inferir que ainda pode haver significativo potencial de crescimento para o futebol feminino no país.

Enquanto em 2016 o total de contratos firmados por mulheres foi de 1.647, na temporada 2017 este valor alcançou 3.263, o que representou um aumento de 98%. A análise detalhada pode ser verificada no gráfico a seguir.

A temporada 2017 representou um momento marcante para DRTL no que diz respeito ao processo de inclusão de profissionais do futebol. Buscando não só atender pleitos da categoria, mas também promover a modernização do

esporte, a CBF implantou o processo de registro dos contratos de trabalho dos treinadores, os quais passam a seguir trâmites bastante similares àqueles que atualmente já vêm sendo realizados para os atletas.

Quantidade de Contratos por Gênero - Bases Anuais

Fonte: CBF/DRTL

100,000

50.000

01.419

2015

58.095

1.647

2016

58.039

3.263

2017

77.361

MASCULINO FEMININO

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4.5 TRANSFERÊNCIAS

62 63RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 04. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

Internacionais - retorno para o país

Internacionais - saídas para o exterior

A temporada 2017 registrou um aumento na quantidade de atletas “exportados” pelos clubes brasileiros, ou seja, nas transferências de clubes do país para clubes estrangeiros. Foram registrados 1.630 movimentações de jogadores para clubes do exterior, frente a 1.372 no ano anterior, o que representou um incremento de aproximadamente 19% sobre a temporada 2016.

Tal qual no biênio anterior, também verificamos no período 2016-2017 que Portugal se posicionou como o país que mais “importou” jogadores profissionais do Brasil. Em 2017, Portugal contratou 392 atletas, seguido pelos Estados Unidos em segundo lugar, com 120, e em terceiro a Espanha, com 94.

As transações através das quais os clubes do país trazem jogadores que atuam no exterior permaneceram em patamares elevados, alcançando o total de 890 em 2017. Verifica-se que a acirrada competitividade dos campeonatos nacionais e a consequente

necessidade da busca por reforços segue motivando as equipes brasileiras a realizar este tipo de transação.

Os números que respondem pelas “importações” de atletas para clubes brasileiros são apresentados a seguir:

Detalhando um pouco mais a análise, observamos que se destacaram na negociação com os clubes brasileiros as agremiações de 3 países: Portugal, que continuou sendo protagonista, assim como na temporada anterior - neste ano cedendo 113 jogadores; o segundo país foi o Japão, com 37 atletas, seguido da China com 36. A seguir apresentamos o comparativo com a temporada 2016.

Fonte: CBF/DRTL Fonte: CBF/DRTL

2016

TOTAL DE

541ATLETAS1º

PORTUGAL

342ATLETAS

2º ESPANHA

108ATLETAS

3º ALEMANHA

91ATLETAS

2016

TOTAL DE

151ATLETAS1º

PORTUGAL

89ATLETAS

2º ARGENTINA

31ATLETAS

3º URUGUAI

31ATLETAS

2017

TOTAL DE

606ATLETAS1º

PORTUGAL

392ATLETAS

2º EUA

120ATLETAS

3º ESPANHA

94ATLETAS

2017

TOTAL DE

186ATLETAS1º

PORTUGAL

113ATLETAS

2º JAPÃO

37ATLETAS

3º CHINA

36ATLETAS

2015

2016

2017

12201630

1372 Fonte: CBF/DRTL

Total de atletas retornando ao país - Bases Anuais

900

880

860

840

820

800

780

2017

890

2016

818

2015

866

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64 65RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 04. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

Nacionais

Valores Financeiros - Transferências Internacionais

As transações que representam as movimentações de jogadores entre clubes do país são apresentadas aqui. Na temporada 2017 foram basicamente compostas por transferências em definitivo ou empréstimos envolvendo compensação financeira.

No total, foram registradas 16.959 das quais apenas 40 envolveram alguma troca financeira. Tais transferências totalizaram R$ 81.310.250,00 e representaram um crescimento de 14% em valor absoluto quando comparado ao ano anterior. A seguir apresentamos o detalhamento da natureza das operações.

4.6 INTERMEDIÁRIOS

Fonte: CBF/DRTL

Fonte: CBF/DRTL (Valores de 2017 calculados a partir das cotações de dólar/ euro considerando a PTAX de 28/03/2018).

TRANSFERÊNCIAS ENVOLVENDO VALORES FINANCEIROS

DEFINITIVAS

EMPRÉSTIMOS

TOTAL

VALOR

R$ 78.401.250,00

R$ 2.909.000,00

R$ 81.310.250,00

QUANTIDADE

28

12

40

Observamos que a temporada seguiu bastante movimentada, sobretudo no que se refere às transações internacionais. Ao longo das duas janelas de transferência anuais de 2017 (janeiro a abril e entre junho e julho), verificamos um aumento significativo, em valores financeiros, no montante das transferências do Brasil para o exterior, na comparação com a temporada passada. O inverso registrou uma pequena redução, ou seja, as transferências do exterior para o país, conforme mostra o gráfico ao lado.

Aqui são apresentados os números importantes envolvendo os intermediários. De acordo com o Regulamento Nacional de Intermediários, estes são as pessoas físicas ou jurídicas que atuam “como representante de jogadores, técnicos de futebol e/ou de clubes, seja gratuitamente, seja mediante o pagamento de remuneração, com o intuito de negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de contratos de trabalho, de formação desportiva e/ou de transferência de jogadores”.

A DRTL anualmente revisa e atualiza o referido regulamento, da mesma forma atualizando o cadastro de intermediários da CBF à medida que novas solicitações são recebidas, analisadas e aprovadas. O resultado deste trabalho pode ser verificado com a divulgação da relação de profissionais ou empresas autorizados, o que é realizado periodicamente no site institucional da entidade.

Ao final da temporada 2017, a DRTL contabilizou no sistema de registro da CBF o total de 552 intermediários cadastrados, contra 251 registrados no ano anterior – configurando um crescimento de aproximadamente 120%. Na avaliação da proporção de intermediações em relação ao total de transferências, temos:

Do Exterior para o BrasilDo Brasil para Exterior

20172016

R$ 645.125.738,00

R$ 212.464.373,00

R$ 967.719.939,03

R$ 115.455.159,17

Vale ressaltar que existe a obrigatoriedade de que, para toda transferência realizada, também seja informado o intermediário envolvido, se existente.

Em termos de valores envolvidos nas intermediações, observou-se que houve 144 operações com valor declarado, as quais totalizaram R$ 23.388.108,00.

ANO

2016

2017

TRANSFERÊNCIAS NACIONAIS

12.793

16.959

TRANSFERÊNCIAS INTERNACIONAIS

2.190

2.520

TRANSAÇÕES COM INTERMEDIAÇÃO

344

492

PERCENTUAL DO TOTAL

2,3%

2,9%

Fonte: CBF/DRTL

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66 67RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 04. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

Diante dos diversos debates realizados, não resta dúvida que é responsabilidade individual de cada clube assumir a sua gestão profissional e zelar por sua estabilidade financeira. Nesse sentido, a licença servirá para que os clubes consigam de fato evoluir e atingir da melhor maneira possível todos os critérios requeridos a cada ano, sempre com o devido suporte e aconselhamento técnico da CBF e de especialistas parceiros.

Toda a prestação de informações e documentos por parte dos clubes é centralizada em procedimento único junto à confederação. A decisão sobre a concessão ou não das licenças cabe exclusivamente à Comissão de Concessão de Licenças, de caráter independente, que se reúne para deliberar sobre todos os requerimentos de licenças apresentados pelos clubes anualmente.

É importante ressaltar que os números de participação dos intermediários nas transações nacionais é o reflexo daquilo que as partes envolvidas declaram à CBF. Os valores apresentados referentes ao pagamento realizado aos intermediários por operações concretizadas são fornecidos pelos próprios, conforme preconiza o Anexo nº 03 do Regulamento Nacional de Intermediários. Entretanto, o número total de contratos executados em parceria com intermediários é disponibilizado pelos clubes responsáveis por celebrá-los.

DADOS GERAIS/ INTERMEDIAÇÕES

INTERMEDIÁRIOS REGISTRADOS

TRANSFERÊNCIAS COM INTERMEDIAÇÃO

OPERAÇÕES COM VALOR DECLARADO

VALORES DE INTERMEDIAÇÃO

2016

251

344

72

R$ 18.517.478,00

2017

552

492

144

R$ 23.388.108,00

Fonte: CBF/DRTL

Comparativo de Intermediações - 2016/ 2017

4.7 LICENCIAMENTO DE CLUBES

O licenciamento de clubes consiste em um dos principais instrumentos instituídos pela CBF para se alcançar a profissionalização e o desenvolvimento do futebol brasileiro de forma ampla ao longo dos próximos anos.

Em linha com a visão da FIFA e da CONMEBOL sobre o tema, a CBF iniciou em 2017 a adoção de um programa próprio para o licenciamento de clubes no Brasil, com a edição de seu Regulamento de Licença de Clubes.

O modelo de licenciamento concebido e implantado pela entidade possui dupla função:

• Desenvolvimento dos clubes – dado que servirá para identificar e incentivar o aperfeiçoamento de áreas relevantes dos clubes, como é o caso, por exemplo, das categorias de base; e

• Benchmarking – ao permitir a consolidação de números e a elaboração de análises comparativas entre as entidades e suas respectivas administrações, nas diversas atividades que executam.

Encontro dos Gerentes de Licenciamento de Clubes das federações sul-americanas, realizado na sede da CBF.

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A CBF conduziu, ao longo de 2017, uma série de visitas técnicas junto às entidades esportivas que disputavam a série A. O objetivo foi obter diagnóstico atualizado sobre critérios técnicos relevantes em áreas-chave do futebol, tais como, por exemplo, a infraestrutura dos estádios e centros de treinamento, a qualificação do corpo técnico, a estrutura administrativa, a organização jurídica e a situação financeira (balanços e orçamentos).

No final do ano, a FIFA e a CONMEBOL realizaram, na sede da CBF, uma série de reuniões de trabalho com o objetivo de discutir e fomentar o desenvolvimento dos sistemas de licenciamento, contando com a participação dos Gerentes de Licenciamento de Clubes das 10 (dez) associações nacionais de futebol da América do Sul, além de um representante da Federação Italiana de Futebol (FIGC).

“O nosso objetivo foi dar oportunidade a cada um para nos mostrar e nos ensinar como desenvolveram o processo de implementação a nível nacional e quais são os problemas que surgiram até agora por parte dos clubes. A ideia é conhecer as melhores práticas e também definir os requisitos que serão implementados a partir do ano que vem”. – explicou Mariano Zavala, responsável pelo Licenciamento de Clubes da CONMEBOL.

“Tivemos essa oportunidade de receber todas as Federações da América do Sul aqui. No próximo ano, a Licença será válida também para a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana. A grande novidade é a incorporação, mais para frente, de critérios financeiros que serão gradualmente testados, no caso da Conmebol, e aplicados de uma maneira comum para todos os países sul-americanos” .– analisou Enio Gualberto, Gerente de Licenciamento da CBF.

Vale destacar que 24 (vinte e quatro) clubes participaram do processo de licenciamento já visando à temporada de 2018. A expectativa da CBF é que até o fim da referida temporada seja alcançado o total de 44 (quarenta e quatro) clubes licenciados, dado que a Licença de Clubes será aplicável e deverá ser observada a partir de 2019 para as séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Outra função importante desempenhada pela DRTL, com apoio da Gerência de Memória e Acervo, é a recuperação de registros antigos de atletas. Este trabalho inclui a busca por documentações necessárias para que os jogadores, muitas vezes em inatividade já por longos períodos, consigam comprovar seu tempo de serviço no futebol. Isto é fundamental para que os ex-jogadores possam pleitear junto à autoridade previdenciária a merecida aposentadoria.

Após identificar os documentos e comprovar o exercício esportivo dos

atletas, a CBF emite os correspondentes certificados, os quais são base essencial para a comprovação do tempo de trabalho de cada um. Desta forma, eles passam a reunir os meios para requerer e receber seus devidos benefícios.

Entre 2015 e 2017 a DRTL emitiu 1.507 certificados de aposentadoria para ex-jogadores cujos correspondentes registros foram identificados pela CBF. Do ano anterior para a temporada 2017, verificamos que houve um aumento de 26% nas emissões. Apresentamos, a seguir, a evolução nos últimos 3 anos.

O trabalho da Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento continua e o objetivo é que todos os ex-jogadores que um dia já foram registrados junto à CBF sejam apropriadamente cadastrados no sistema de controle e, se ainda possível, possam obter a comprovação oficial que os possibilite receber seus benefícios.

4.8 CERTIFICADO DE APOSENTADORIA

68 69RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 04. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO

Fonte: CBF/DRTL

Certificados de aposentadoria emitidos

800

700

600

500

400

300

200

100

02017

682

2016

540

2015

285

Page 37: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

5CO

MPE

TIÇÕ

ES

Page 38: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Este capítulo cumpre o papel de destacar uma das funções primordiais da Confederação Brasileira de Futebol: o planejamento, promoção e coordenação de campeonatos regionais e nacionais, direcionando e movimentando as atividades de uma imensa gama de clubes em todo o país.

Internamente na entidade, esta desafiadora função é assumida pela Diretoria de Competições (DCO). Apenas para ilustrar e desvendar, ainda que de forma aproximada, a complexidade e dificuldade do trabalho que a diretoria realiza, é relevante explicar que para cumprir tal missão subdivide suas ações em alguns processos que se complementam, conforme abaixo:

• Planejamento e elaboração do calendário anual de competições e das correspondentes tabelas que definem os confrontos;

• Elaboração do regulamento geral e regulamentos específicos para os campeonatos coordenados;

• Acompanhamento e gestão integral das partidas dos diversos campeonatos, em grande parte das situações “in loco”, ou seja, de modo presencial nos estádios, o que é definido em função da relevância e riscos associados aos jogos;

• Monitoramento das ações impetradas nos órgãos judicantes com jurisdição no esporte, notadamente o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), bem como das possíveis decisões ou punições aplicadas aos atletas e clubes;

• Registro das decisões das referidas instâncias em sistema interno para controle sobre a situação de regularidade de atletas para atuação nos campeonatos;

• Acompanhamento e reporte às partes envolvidas sobre quaisquer alterações necessárias à programação original das partidas;

• Preparação e atualização do ranking anual das equipes atrelado aos critérios pré-estabelecidos, com destaque para o desempenho nas competições;

• Garantir que as competições respeitem a legislação federal aplicável como também:

I - as regras do jogo de futebol definidas pela International Football Association Board; II - os atos normativos da FIFA; III - os atos normativos da CBF; IV - o Código Brasileiro de Justiça Desportiva; V - as normas nacionais e internacionais de combate à dopagem.

COMPETIÇÕES5 • Supervisionar as atividades da Ouvidoria das Competições, observadas as determinações da Lei nº 10.671/031;

• Exigir a apresentação dos Laudos Técnicos dos Estádios, conforme estabelece a Lei nº 10.671/032;

• Inspecionar estádios, bem como inspecionar e certificar os respectivos gramados para a temporada.

Conforme já havia sido o ano anterior, a temporada 2017 também foi marcada pelo calendário cheio, com grande número de competições e de jogos, movimentando mais de 160 clubes em todo o país.

E novamente representou grande desafio para a CBF, sobretudo no que diz respeito ao planejamento, acompanhamento e coordenação dos eventos. Nesse sentido, vale ressaltar que a Diretoria de Competições trabalhou para que a entidade pudesse coordenar 16 campeonatos, aos quais se somou a segunda edição do já consolidado e-Brasileirão, que representa a versão virtual do campeonato brasileiro série A, sendo viabilizado a partir da plataforma do jogo Pro Evolution Soccer (PES 2017).

Quantitativo de PartidasNo comparativo com o ano anterior, verificou-se que em 2017 houve um incremento de 84 confrontos, no que se refere ao total de partidas. E observou-se que os jogos da temporada foram disputados utilizando a estrutura de 182 estádios, ou seja, 9 a mais do que em 2016.

Estádios x Jogos - Bases Anuais

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

2500

2000

1500

1000

500

0

1757

2015

169

1836 1920

2016

173

2017

182

ESTÁDIOS JOGOS

72 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 7305. COMPETIÇÕES

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Competições Coordenadas

Ratificando sua missão de buscar o desenvolvimento continuado do futebol brasileiro, a CBF também ampliou a quantidade de competições em relação ao ano anterior. Enquanto em 2016 foram realizadas 14 competições, em 2017 foram 16, planejadas e coordenadas tendo alcançado elevado grau de participação, disputa e qualidade. Estas se subdividiram em 12 competições nacionais e 4 regionais, dentre as quais 7 competições profissionais para homens, 2 competições femininas e 7 envolvendo a juventude das categorias de base.

Merece destaque a inclusão de mais duas competições de categorias de base, o Campeonato Brasileiro de Aspirantes, competição sub-23, e a Supercopa sub-20, que representaram duas grandes novidades da Diretoria de Competições para a temporada. Ambos os torneios foram concebidos a partir de discussões mantidas com gestores de base dos clubes brasileiros, buscando aprofundar o entendimento sobre as lacunas existentes nas categorias.

Assim, a Supercopa Sub-20 foi definida para ser disputada entre o campeão brasileiro sub-20 e o campeão da Copa do Brasil Sub-20. O vencedor, além de conquistar um título importante, de quebra assegurou uma vaga na Taça

Libertadores da categoria. E, com dois grandes clássicos realizados entre Atlético-MG e Cruzeiro-MG (0x0 e 2x2) na Arena Independência em Belo Horizonte, a primeira edição teve o time celeste como grande campeão na disputa de pênaltis.

O Campeonato Brasileiro de Aspirantes foi outra novidade que movimentou os principais clubes do país. Em consonância com alguns mercados internacionais, que mais recentemente vêm investindo na categoria Sub-23 como alternativa para manter seus plantéis de jogadores ativos em uma “janela” de idade importante de amadurecimento, a CBF criou esta competição que foi bem recebida por muitos clubes. Além da grande qualidade de jogos no certame, os efeitos práticos deste torneio foram a revelação e a efetivação de talentos para as equipes profissionais. Por exemplo, o Internacional, campeão do torneio, terminou a competição com expectativa de efetivar seis atletas para a equipe profissional.

Todo o trabalho realizado demonstra e reforça o apoio que a entidade vem concedendo aos atletas em formação e às equipes que são o “celeiro” para que futuramente seja formada a nova geração de craques do futebol em nosso país.

As inovações mencionadas evidenciam o trabalho da CBF e da DCO na promoção e melhoria dos campeonatos existentes, bem como no planejamento e execução de novos. Nesse sentido, é essencial demonstrar a evolução na quantidade de

competições coordenadas e na inclusão de clubes, que recebem relevante apoio da entidade. As informações a seguir demonstram objetivamente este desenvolvimento.

Evolução das Competições

Competições Coordenadas pela CBF

Aumento do número de clubes nas competições de acesso à elite do futebol brasileiro

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

172%+07

10 1114 13

1619

2012 2013 2014 2015 2016 2017

91

6864

87 87 87 87

40 40 40 40

68

42%+

70%+

SÉRIE D

COPA DO BRASIL

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

74 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 7505. COMPETIÇÕES

Page 40: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

POSIÇÃO

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19ª

20

PTS

72

63

63

62

57

56

56

54

54

53

51

50

50

47

45

43

43

43

39

36

CORINTHIANS - SP

PALMEIRAS - SP

SANTOS - SP

GRÊMIO - RS

CRUZEIRO - MG

FLAMENGO - RJ

VASCO DA GAMA - RJ

CHAPECOENSE - SC

ATLÉTICO - MG

BOTAFOGO - RJ

ATLÉTICO - PR

BAHIA - BA

SÃO PAULO

FLUMINENSE - RJ

SPORT - PE

VITÓRIA - BA

CORITIBA - PR

AVAÍ - SC

PONTE PRETA - SP

ATLÉTICO - GO

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOLSÉRIE A - 2017

Classificação final das séries A e B do Campeonato Brasileiro na temporada 2017 - Fonte: CBF/Diretoria de Competições

POSIÇÃO

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19ª

20

PTS

73

71

67

64

62

59

58

51

51

50

48

48

48

45

45

44

44

37

34

32

AMÉRICA - MG

INTERNACIONAL - RS

CEARÁ - CE

PARANÁ - PR

LONDRINA - PR

OESTE - SP

VILA NOVA - GO

BRASIL - RS

JUVENTUDE - RS

BOA - MG

PAYSANDU - PA

FIGUEIRENSE - SC

CRICIÚMA - SC

GOIÁS - GO

CRB - AL

GUARANI - SP

LUVERDENSE - MT

SANTA CRUZ - PE

ABC - RN

NÁUTICO - PE

Campeonato Brasileiro

É importante destacar que os clubes que integram as Séries C e D recebem fundamental apoio financeiro da CBF, que custeia todas as despesas de logística das equipes ao longo da duração de seus respectivos campeonatos. Isto significa dizer que a entidade absorve todas as despesas de transporte, hospedagem e alimentação dos times, sempre que estes necessitam viajar para a disputa das partidas que ocorrem fora de sua região – isto é, os jogos “fora de casa”. Trata-se do suporte financeiro direto a 88 clubes. Os montantes totais envolvidos são detalhados no Capítulo Financeiro deste relatório.

No campo dos resultados esportivos, a série A foi conquistada na temporada pelo Sport Club Corinthians Paulista. A competição teve ainda Palmeiras, Santos e Grêmio integrando o grupo dos quatro primeiros colocados. Na série B, o grande campeão foi o “coelho”, como é conhecido o América Futebol Clube, de Minas Gerais, seguido de Internacional, Ceará e Paraná, clubes que conquistaram o acesso à série A de 2018.

A série C de 2017 consagrou o CSA de Alagoas como o campeão, seguido do Fortaleza (CE), Sampaio Correa (MA) e o São Bento (SP). Por fim, na série D – disputada por 68 clubes, destacaram-se o campeão Operário (PR), o Globo (RN) vice-campeão, além de Atlético (AC) e Juazeirense (BA), que completam o grupo de clubes que obtiveram o acesso à série C de 2018.

Não há como negar que a grande competição coordenada e apoiada pela CBF é o Campeonato Brasileiro. No masculino, é subdividido nas séries

A, B, C e D – constituindo quatro campeonatos distintos.No feminino, desde a temporada 2017, a competição foi dividida nas séries A1 e A2.

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOLSÉRIE B - 2017

76 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 7705. COMPETIÇÕES

SÉRIE C - 2017

CAMPEÃOCSA - AL

VICE-CAMPEÃO FORTALEZA - CE

SÉRIE D - 2017

CAMPEÃO OPERÁRIO - PR

VICE-CAMPEÃO GLOBO - RN

Page 41: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

7905. COMPETIÇÕES

Copa do Brasil Gols Marcados

As finais da Copa do Brasil 2017 foram um marco para o projeto de protocolo da DCO. Com a participação ativa por parte do Cruzeiro, Flamengo, Grupo Globo e das respectivas federações, as finais chamaram atenção pela repleta lista de ações organizadas pela DCO que começaram logo após as partidas da fase semifinal. No dia seguinte aos confrontos entre Flamengo x Botafogo e Cruzeiro x Grêmio, aconteceu no auditório da CBF o sorteio de mando de campo das finais.

O sorteio, que até então sempre foi uma atividade simples, para cumprir questões regulamentares, se transformou em um talkshow com a participação do Felipe Andreoli, apresentador do Esporte Espetacular da Rede Globo, entrevistando representantes das equipes envolvidas na final.

Para as partidas finais, os clubes usaram um patch na manga das camisas com a marca da competição, transformando as camisas em peças únicas e valorizadas. Em Belo Horizonte, palco da finalíssima, a véspera do jogo ficou caracterizada pela primeira entrevista coletiva oficial de uma competição CBF. O técnico do Flamengo e o capitão cruzeirense estiveram no Mineirão para atender toda a imprensa envolvida no jogo.

A partida final foi um case à parte, com protocolo inédito, efeitos visuais e participação das torcidas, com os times entrando em campo prontos para continuar o espetáculo criado no pré-jogo.

É fácil constatar que 2017 foi um ano recheado de gols. Foram registrados 4.684 gols em 1.920 partidas, o que representou uma média de 2,4 gols por partida. Como comparativo, observamos

que em 2016 a bola balançou as redes 4.619 vezes, encerrando uma média de 2,5 gols por partida. A ilustração a seguir demonstra o detalhamento de gols por competição.

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

CAMPEONATO X TOTAL DE GOLS MARCADOS

CAMPEONATO BRASILEIRO A

CAMPEONATO BRASILEIRO B

CAMPEONATO BRASILEIRO C

CAMPEONATO BRASILEIRO D

CAMPEONATO BRASILEIRO FEMININO

CAMPEONATO BRASILEIRO SUB 20

COPA DO BRASIL

COPA DO BRASIL SUB 20

COPA DO BRASIL SUB 17

COPA DO BRASIL FEMININO

COPA DO NORDESTE

COPA DO NORDESTE SUB 20

COPA VERDE

COPA DE SELEÇÕES ESTADUAIS SUB 20

TOTAL

2015

897

925

461

427

251

166

418

155

194

193

176

51

74

23

4.379

2016

912

894

435

669

215

176

370

150

194

231

179

108

86

-

4.619

CAMPEONATO X TOTAL DE GOLS MARCADOS

CAMPEONATO BRASILEIRO A

CAMPEONATO BRASILEIRO B

CAMPEONATO BRASILEIRO C

CAMPEONATO BRASILEIRO D

CAMPEONATO BRASILEIRO FEMININO A1

CAMPEONATO BRASILEIRO FEMININO A2

CAMPEONATO BRASILEIRO DE ASPIRANTES

CAMPEONATO BRASILEIRO SUB 20

SUPERCOPA SUB-20

COPA DO BRASIL

COPA DO BRASIL SUB 20

COPA DO BRASIL SUB 17

COPA DO NORDESTE

COPA DO NORDESTE SUB 20

COPA VERDE

COPA DE SELEÇÕES ESTADUAIS SUB 20

TOTAL

2017

923

820

418

631

382

197

63

160

04

282

148

168

183

96

93

116

4.684

Page 42: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

8180 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 05. COMPETIÇÕES

Como de costume, os atacantes estiveram inspirados na incessante busca por marcar os tentos de suas equipes. E, de acordo com os números, tiveram desempenho ainda mais decisivo do que em 2016. Enquanto naquele ano o artilheiro alcançou

25 gols (Robinho, do Clube Atlético-MG), esta representou apenas a quinta marca de 2017. Nesta temporada, o grande goleador foi Henrique Dourado, do Fluminense Football Club, que deixou a bola no fundo das redes por 32 vezes ao longo do ano.

Artilheiros da TemporadaA CBF promoveu na temporada 2017 a segunda edição da maior competição de futebol on-line do país. Esta contou com 14.351 inscritos, o que representou um aumento de cerca de 49% em relação à primeira edição.

Com patrocínio da Pepsi, Brahma e Pro Evolution Soccer (PES 2017), que é o fornecedor do jogo, o e-Brasileirão é disputado pelas mesmas equipes classificadas para campeonato brasileiro série A. O modelo virtual, no entanto, é dividido em três fases: seletiva segmentada, eliminatórias presenciais por clube e a final, a qual é realizada na sede da CBF.

A fase inicial é fundamental para que sejam definidos os representantes de cada clube. Depois de conhecidos os representantes oficiais de cada um dos

20 clubes da série A 2017, formaram-se grupos a partir dos quais os representantes de Botafogo, Cruzeiro, Vasco, Coritiba, Corinthians, Atlético-GO, Atlético-MG e Atlético-PR obtiveram a classificação para as Quartas de Final. Por fim, a grande final foi realizada entre Atlético-GO x Cruzeiro, vencida com brilhantismo pelo representante do clube mineiro, o jogador conhecido como “Henrykinho”.

14.3519.627

2016

2017

49%+

E-Brasileirão 2017

Números de Inscritos:

Fonte: globoesporte.globo.com

Artilheiros x total de gols - 2017

35

30

25

20

15

10

5

0

HENRIQUE DOURADO

32

FRED

30

BERGSON

28

ANDRÉ

27

25

Page 43: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

8305. COMPETIÇÕES82 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Comparecimento de Público Distribuição Regional de PartidasUm dado interessante na análise de partidas por região é que foram verificados incrementos de jogos em todas as cinco regiões do país, no comparativo com o ano anterior. O maior aumento foi verificado na região Sudeste: 8%. Em termos de distribuição, observa-se que a proporção de jogos entre as regiões se manteve similar à de 2016, conforme pode ser verificado no gráfico “jogos x região” dos últimos três anos.

Em relação à distribuição de jogos por município, observou-se que o Rio de Janeiro foi a cidade que mais recebeu partidas, somando 126, seguido de São Paulo, com 90, Curitiba com 85 e ainda Belo Horizonte e Goiânia empatados com 75. Apenas como referência, no ano anterior a cidade que mais havia recebido jogos foi São Paulo, registrando 85 confrontos.

Pode-se afirmar que o interesse dos fãs pelo futebol do país pentacampeão do mundo permaneceu elevado na temporada. Com as inovações recentes implantadas e consolidadas em termos de novos horários de jogos, pode-se afirmar que nos campeonatos promovidos pela CBF o público tem sido brindado com diversas opções para acompanhar seus clubes do coração e ídolos.

Observa-se uma retomada da curva crescente na média de público, uma vez que a principal competição do país teve sua média de público muito afetada nos últimos anos pelo advento de grande eventos esportivos no Brasil e à ausência de equipamentos esportivos de grande porte para o certame nacional.

No “brasileirão” série A, além dos dias e horários mais tradicionais, as famílias e pequenos torcedores continuaram a ser agraciados com o horário de domingos às 11 horas da manhã, que mostrou ser o preferido deste perfil de torcedores. E o resultado verificado foi de 20.775 presentes em média (18 jogos). Isto representou um incremento de cerca de 17% em relação ao ano anterior, quando foi registrada a média de 17.761 presentes. Apresentaram também frequência relevante os jogos das segundas-feiras às 20 horas, complementando as rodadas de fim de semana, atingindo a presença média de 15.729 espectadores (25 jogos).

A seguir, apresentamos a média de público do campeonato brasileiro série A, ao longo do triênio 2015-2017.

Jogos por Região - Bases Anuais

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

CENTRO-OESTE SULSUDESTENORDESTENORTE Fonte: CBF/Diretoria de Competições

800

700

600

500

400

300

200

100

02015

632

152

494

107

350

2016

617

180

528

129

382

2017

668

164

543

134

411

Média de Público - Campeonato Brasileiro Série A

17.500

17.000

16.500

16.000

15.500

15.000

2017

15.972

2016

15.801

2015

17.339

Page 44: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Maiores Públicos

Série ANão resta dúvida que a competição que reúne os clubes de maior torcida no país é o campeonato brasileiro série A. E isto naturalmente se reflete no grande interesse dos fãs nas partidas, o que é comprovado em números: os 10 maiores jogos em termos de público presente superaram a marca de 44 mil expectadores, conforme pode ser observado ao lado:

Série BOs jogos com maiores públicos do campeonato brasileiro série B foram:

Entre os CampeonatosDentre todos os campeonatos promovidos, vale destacar aqueles que alcançaram as três maiores médias de público nos estádios. Nesse sentido, apresentamos os números que refletem o interesse nas principais competições do país:

5.1 PROJETOS

A Diretoria de Competições costuma ser identificada por sua rotina pesada de processamento de informações, analises e interface diária com clubes, federações e STJD. No entanto, é no campo dos projetos que a Diretoria consegue criar as condições para competições com maior valor agregado, maior visibilidade para clubes e maior eficiência na execução e entrega de cada certame. Quando o assunto é futebol profissional, duas questões são primordiais: a capacidade de agregar valor e a viabilidade das competições. Em síntese, é compreendido que as competições profissionais já estão consolidadas no calendário nacional,

estão no imaginário de torcedor e já possuem seus “clientes”. Sendo assim, o foco passa ser o detalhe, agregar valor pela gestão da percepção em torno da competição. Isso é feito através de projetos específicos que atacam assuntos como marketing, mídia, gramado, etc. Tudo com objetivos bem simples: levar o torcedor aos estádios, fazer com que as competições (produtos) tenham um maior valor percebido e que isso se traduza em maiores receitas para os clubes participantes, de forma direta e indireta. Alguns exemplos de projetos para estes fins estão brevemente resumidos a seguir:

PARTIDA

SÃO PAULO X CORINTHIANS

SÃO PAULO X BAHIA

SÃO PAULO X CRUZEIRO

SÃO PAULO X CORITIBA

SÃO PAULO X GRÊMIO

GRÊMIO X CORINTHIANS

CORINTHIANS X PALMEIRAS

CORINTHIANS X ATLÉTICO MG

CORINTHIANS X FLUMINENSE

CORINTHIANS X FLAMENGO

DATA

24/set

03/dez

13/ago

03/ago

24/jul

25/jun

05/nov

26/nov

15/nov

30/jul

PÚBLICO

61.142

60.485

56.052

53.635

51.511

50.116

46.090

46.030

45.775

44.682

PARTIDA

CEARÁ X ABC

CEARÁ X PAYSANDU

CEARÁ X LONDRINA

PARANÁ X INTERNACIONAL

CEARÁ X FIGUEIRENSE

PARANÁ X BOA

CEARÁ X PARANÁ

INTERNACIONAL X PAYSANDU

INTERNACIONAL X CEARÁ

INTERNACIONAL X GOIÁS

DATA

25/nov

14/nov

02/jun

03/out

20/out

25/nov

17/out

25/ago

28/out

01/ago

PÚBLICO

56.005

44.172

40.280

39.414

37.347

36.791

35.992

33.193

32.977

32.808

CAMPEONATO BRASILEIRO

SÉRIE A

COPA DO BRASIL

CAMPEONATO BRASILEIRO

SÉRIE B

15.9725.957

10.553

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

Fonte: CBF/Diretoria de Competições

Projeto Protocolo

Iniciado no segundo semestre de 2014, este projeto foi fundamental na organização e gestão de pessoas que têm acesso ao campo de jogos nas três principais divisões do Campeonato

Brasileiro e na Copa do Brasil. Ainda em fase de construção, a primeira etapa do projeto concluída foi a gestão dos órgãos de imprensa que acessam o campo de jogo e a entrada das equipes em campo.

84 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 8505. COMPETIÇÕES

Page 45: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

86 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Imprensa

Rádios e emissoras de televisão hoje contam com diretrizes claras sobre quantitativos, áreas de atuação, procedimentos e condutas, tudo isso como parte integrante do regulamento de cada competição. O resultado prático é uma padronização nacional do que se vê no entorno do gramado e uma “limpeza” deste entorno.

Somados à gestão da imprensa, com intuito de agregar valor pela padronização, instituiu-se novas propriedades de marketing no gramado, tais como o pórtico, o totem da bola, placas de fotos e túneis de entrada. Todos disponibilizados sem custo para todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.

Eventos

Esta temporada representou a consolidação deste evento que já passa a fazer parte do calendário e marca o “ponta pé inicial” do maior e mais importante campeonato do país. Em 2017 o palco da abertura do campeonato foi o Allianz Parque em São Paulo, estádio que sediou a partida inaugural entre Palmeiras x Vasco.

A iniciativa é resultado de um trabalho de criação conjunto entre a Diretoria de Competições e a Diretoria de Marketing, que além de conceberem a ideia e formato, também trabalharam juntas para que o público presente pudesse desfrutar de uma experiência de entretenimento que extrapolou o aspecto esportivo.

O protocolo de abertura contou com um show de dançarinas realizando coreografias, com a apresentação da grande bandeira com a logo marca oficial do campeonato e culminou na apresentação do DJ brasileiro Alok, que vem se destacando cada vez mais no cenário da música eletrônica internacional, tendo atingido o topo de acessos do Spotify Brasil. O autor do famoso hit “Hear me now” agitou e animou o público até o início da partida.

Antes, porém, da bola rolar, a cerimônia contou com a execução orquestrada do hino nacional. Por fim, os presentes tiveram a oportunidade de conhecer e admirar o objeto de desejo de todas as torcidas. Ela que sem dúvida não poderia ficar de fora desse espetáculo: a bela e majestosa taça de Campeão Brasileiro de 2017.

Show de AberturaCampeonato Brasileiro/ Série A

Equipes

A entrada das equipes também foi padronizada. Para possibilitar um padrão nacional desta que é a cerimônia principal de cada jogo e a cronometragem precisa até o

pontapé inicial, a CBF regulamentou o procedimento e agregou valor acrescentando a música tema da competição e uma contagem regressiva padrão.

IMPRENSA ANTES

TÚNEL

IMPRENSA DEPOIS

PÓRTICO

Page 46: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Iniciado em 2015 através da utilização do fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014, hoje se tornando um programa totalmente custeado pela CBF, o “Projeto Gramados” consistiu inicialmente em padronizar as dimensões dos campos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Com isso, o tamanho dos campos foi padronizado em 105m x 68m, assim como outras medidas relacionadas: o círculo central, a pequena área, a marca do pênalti, etc.

Já em 2017, o projeto teve a inclusão da Série C e passou a medir também a luminosidade e a qualidade dos gramados das três divisões nacionais. Todos estes diagnósticos foram disponibilizados sem custo para os responsáveis pelos estádios, sejam eles clubes, governos ou empresas. A meta é ter um monitoramento cada

vez mais próximo pela CBF e nível de exigência cada vez mais alto. Resultados expressivos já estão sendo obtidos com o aumento da qualidade dos nossos gramados e a percepção de qualidade pela televisão.

88 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 8905. COMPETIÇÕES

Festa de Encerramento

A cada ano que passa, as cerimônias de Encerramento de Campeonato Brasileiro são eventos cobiçados e de muito apelo midiático. Realizado na sede da CBF, o evento do ano passado contou com âncoras do primeiro

escalão das emissoras detentoras (Sportv e Rede Globo) e teve grande impacto em redes sociais e na mídia como um todo. Tudo planejado sempre no intuito de divulgar e reforçar a grandeza do Campeonato Brasileiro.

Projeto Gramados

Internacionalização

Com um olhar para o futuro, a Diretoria de Competições atua também em projetos de internacionalização das competições. A primeira etapa neste sentido se configurou na criação dos novos horários para partidas do Campeonato Brasileiro. O horário de 11 da manhã aos domingos, 16h aos sábados e 20 horas às segundas-feiras foram três horários recém-criados para

a Série A, tendo como um dos focos o mercado internacional e as diferentes praças a serem exploradas fora do país. Outro movimento foi o início do trabalho visando o Campeonato Brasileiro de 2019, quando os clubes terão de volta os direitos internacionais para comercializar. A CBF irá conduzi-los neste novo mundo, já que possui know-how e experiência para tal.

Árbitro de Vídeo

Como se não bastasse o interesse direto no sucesso deste projeto, a Diretoria de Competições conduziu o processo de concorrência para que o futebol brasileiro possa

contar com o Árbitro de Vídeo na Copa do Brasil/2018, demonstrando ainda mais o leque de atribuições e responsabilidades que lhe são conferidas.

Grande área e pequena área

11 m

R 1 m

R 0,15 m

R 9,15 m

16,5 m

9,15 m1,5 m min.

0,12 m max.

5,5 m7,5 m

40,3

2 m

7,32

m5,

5 m

0,15

m0,

05 m

18,3

2 m

0,12

m m

ax.

Ponto central

Arco de escanteio Marca opcional

Detalhamento de outras medidas oficiais de um campo de futebol - Fonte: CBF/Diretoria de Competições

Page 47: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

6AR

BITR

AGEM

Page 48: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Este capítulo trata das principais realizações envolvendo não somente a estrutura da Arbitragem no país ao longo da temporada 2017, como também os principais números que revelam a magnitude de sua atuação nos campeonatos coordenados pela Confederação Brasileira de Futebol.

Nesse sentido, pode-se afirmar que a Comissão de Arbitragem (CA-CBF) assumiu seu papel de modo decisivo na temporada e com participação intensa nos 16 campeonatos coordenados pela entidade (mais detalhes sobre tais torneios podem ser encontrados no capítulo “Competições” deste relatório). As atividades centrais envolveram congressos, simpósios, palestras, videoconferências, workshops, cursos, treinamentos, retroalimentação aos árbitros após os jogos e a publicação de lances polêmicos de arbitragem dos campeonatos das séries A, B, C e Copa do Brasil. Tudo isto com a perspectiva maior de criar condições para o

contínuo aperfeiçoamento dos árbitros integrantes da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (SENAF), bem como dos integrantes dos quadros das federações. Os números específicos de tais eventos estão devidamente registrados na CBF e encontram-se disponíveis para o público em geral.

Outra importante realização da entidade no setor da arbitragem foi relacionada ao projeto de Árbitro Assistente de Vídeo – AAV (ou Video Assistant Referee - VAR, na sigla em inglês), segundo a qual a CBF pleiteou o uso da referida tecnologia e teve sua solicitação autorizada, de forma pioneira, pela International Football Association Board (IFAB) – autoridade com a prerrogativa de definir e atualizar as regras do futebol no mundo inteiro. Isto ocorreu ao lado de outros cinco (05) países. A iniciativa é conduzida por Sergio Correa da Silva, líder do projeto no país e chefe do Departamento de Arbitragem da CBF.

ARBITRAGEM6

92 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 9306. ARBITRAGEM

“todo o processo de treinamento e a experiência mencionados foram altamente proveitosos e já habilitam a CBF para aplicar o AAV em suas competições, conquanto a excelência, como em toda atividade, só será alcançada após a maturação do processo de AAV”.

Dentro do planejamento realizado, o AAV foi adotado no país pela primeira vez nas partidas finais do campeonato estadual de Pernambuco, competição organizada pela Federação daquele estado, contando com a tecnologia desenvolvida pela CBF e com profissionais de arbitragem de seu quadro de árbitros. A estreia aconteceu na primeira partida da final entre os clubes Sport e Salgueiro, em 07 de maio, sendo novamente testada na partida de volta, em Salgueiro, no dia 28 de junho de 2017.

O uso da tecnologia para o AAV está limitado a quatro situações específicas e claras de jogo:

A - Gols (marcados e não marcados);

B - Pênaltis (marcação e não marcação);

C - Cartões Vermelhos – CV (aplicados e não aplicados diretamente);

D – Erro de identificação de jogador punido com cartões (amarelo ou vermelho).

Nova experiência realizada ao vivo com AAV foi conduzida na partida entre os clubes Brasilis e Taquaritinga, válida pela 10ª rodada da 2ª Divisão do Campeonato Paulista Sub-20. Esta ocorreu como parte do Curso de Capacitação de AAV promovido pela CBF, que contou com 64 oficiais AAV e 16 supervisores de AAV. Segundo Manoel Serapião Filho, idealizador e instrutor para AAV da CBF, representante junto à IFAB para a matéria e que também é o responsável pelo Pilar Técnico de Arbitragem da Escola Nacional de Arbitragem (ENAF-CBF),

Page 49: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

9506. ARBITRAGEM94 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

FIFA – Composta pelos árbitros e árbitros assistentes aptos para atuar nas competições internacionais e nas competições coordenadas pela CBF.

MASTER - Composta pelos árbitros e assistentes que deixaram a lista internacional por qualquer motivo, desde que não seja por transgressão de natureza ética, e pelos que integram a SENAF há mais de dez anos consecutivos e que tenham atuado na principal divisão do futebol profissional da CBF, sendo mais de 100 (cem) partidas na função de árbitro central e mais de 150 (cento e cinquenta) na função de árbitro assistente.

A-B - Composta por, no mínimo, 50 (cinquenta) árbitros e 70 (setenta) árbitros assistentes, aptos para atuar em todas as competições coordenadas pela CBF, preferencialmente nas Séries A e B.

C-D - Composta por, no mínimo, 120 (cento e vinte) árbitros e 150 (cento e cinquenta) árbitros assistentes, aptos para atuar nas competições coordenadas pela CBF, preferencialmente nas Séries C e D, podendo, em face de desempenho técnico destacado, atuar nas partidas da Série B.

INTERMEDIÁRIA - Composta por, no mínimo, 50 (cinquenta) árbitros e 50 (cinquenta) árbitros assistentes, aptos para atuar nas competições coordenadas pela CBF, preferencialmente nas competições não profissionais, podendo, em face de desempenho técnico destacado, atuar nas partidas da Série D.

Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (SENAF)

Em função das atuações dos árbitros e assistentes e também a partir da inclusão de novos, a Seleção Nacional de Árbitros (SENAF) é atualizada e renovada anualmente. Observa-se que 2017 registrou uma nova divisão de categorias para classificação dos árbitros na SENAF, objetivando atender

aos critérios estabelecidos pela CA em limitar o número de árbitros e assistentes para determinada competição. Assim, detalhamos suas categorias e o sumário explicativo que as resume:

– acrescentou o líder do projeto AAV, Sérgio Correa da Silva.

Após a realização das experiências iniciais, no entanto, a Comissão de Arbitragem optou por avaliar em maior profundidade, inclusive estudando as necessidades de infraestrutura requeridas e custos associados, antes da efetiva implantação nos principais campeonatos de abrangência nacional. A previsão é que seja novamente adotada a partir da fase de quartas de final da Copa do Brasil de 2018, quando seria aplicada em 14 partidas. No campeonato brasileiro, o uso do AAV somente deve ocorrer em 2019, porém condicionado à deliberação dos clubes participantes no respectivo Conselho Técnico.

“Fizemos vários testes nas categorias de base em Teresópolis e as duas finais do campeonato pernambucano em 2017. Vamos para a sexta turma, totalizando 64 árbitros treinados pela CBF, 8 pela FIFA/CONMEBOL e 19 supervisores. Com total apoio da CBF, chegaremos lá”.

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9706. ARBITRAGEM96 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Desde 2017, os árbitros das categorias Master e A/B, desde que cumpram todas as exigências poderão atuar até os 50 anos. Por outro lado, os da categoria C/D precisam alcançar categoria superior até os 43 anos de idade, caso contrário deixam o quadro da SENAF. As Federações só podem indicar árbitros que não ultrapassem a idade de 35 anos.

Observamos que 542 oficiais, 224 árbitros e 318 árbitros assistentes, entre homens e mulheres, fizeram parte dos quadros da arbitragem brasileira e estiveram à disposição das competições nacionais, ou mesmo de internacionais, no caso dos árbitros FIFA.

Apresentamos a seguir os dados quantitativos da temporada anterior e da atual, para uma referência comparativa:

Faltas Marcadas

Um dos índices relevantes e que desperta grande interesse é a média de faltas, sobretudo por exercer influência na fluidez das partidas, com impacto em outro índice, reportado mais à frente – o de bola em jogo – por sua vez com relação direta na atratividade das partidas.

Na série A do campeonato brasileiro foram assinaladas 11.465 faltas em 2017, enquanto no ano anterior foram apitadas 11.571, o que representou uma redução de 106 faltas em números absolutos.

Considerando a média de faltas por partida da mesma competição e período, observamos uma pequena redução: 30,17 contra 30,45 em 2016. Apresentamos a seguir o comparativo do índice de média de faltas, nos últimos três anos.

Analisando o referido índice do principal torneio nacional em comparação aos índices dos principais campeonatos europeus, o campeonato brasileiro da primeira divisão com média de 30,17 faltas, situa-se a apenas 2 faltas da média dos demais.

2015 2016 2017

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

Média de FaltasCampeonato Brasileiro Série A

Triênio 2015 - 2016 - 2017

31

30,5

30

29,5

29

28,5

28

27,5

30,17

28,65

30,45

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

Média de Faltas - Série A e Principais Campeonatos Nacionais da Europa - 2017

35

30

25

20

15

10

5

0

SÉRIE AINGLESA

SÉRIE AFRANCESA

MÉDIAGERAL

SÉRIE AESPANHOLA

SÉRIE AALEMÃ

SÉRIE AITALIANA

CAMPEONATOBRASILEIRO

23,2825,66

28,21 29,32 28,4430,17

27,56

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

INSÍGNIA

FIFA

MASTER

A-B

C-D

INTERMEDIÁRIA

TOTAL (542)

2017

ÁRBITROS

10

7

49

116

28

210

MASCULINO FEMININO

ÁRBITROS

4

1

0

8

1

14

ÁRBITROS ASSISTENTES

10

5

47

168

28

258

ÁRBITROS ASSISTENTES

3

1

2

41

13

60

2016 2017

FIFA

MASTER

AB

CD

INTERMEDIÁRIA

FIFA

MASTER

ASPIRANTE

ESPECIAL

CBF 1

CBF 2

CBF 3

MAS

CULI

NO

MAS

CULI

NO

FEM

ININ

O

FEM

ININ

O

20 20

72

2

49

14

12

96

284

56839

12

103

184

14

99

148

3

11

3

20

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9906. ARBITRAGEM98 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Tempo de Bola em Jogo Cartões Aplicados

Outro índice relevante e que diz muito a respeito da qualidade das partidas é o tempo de “bola rolando” ou bola em jogo. No comparativo com os dois anos anteriores, observa-se uma pequena redução neste indicador. De acordo com a CA-CBF, a primeira divisão

nacional registrou 52 jogos cujo tempo de bola em jogo foi igual ou superior a 60 minutos. Este número representou aproximadamente 14% do total de partidas (380), enquanto nas duas temporadas imediatamente anteriores alcançou 24% e 15%, respectivamente.

Pode-se dizer que um índice que revela, ao mesmo tempo, um pouco do rigor dos árbitros com a disciplina dos jogos, e ainda o grau de disputa das partidas de um torneio, é a quantidade de cartões aplicados. Nesse sentido,

na observação deste quesito notou-se que houve uma quase estabilização no número de cartões amarelos e vermelhos no campeonato brasileiro da série A, no comparativo com 2016.

2015

2017

2016

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

100

80

60

40

20

0

Total de jogos com mais de 60 minutos de bola em jogo

5258

94

6

5

4

3

2

1

0

CARTÃOAMARELO

2015

CARTÃOVERMELHO

2015

4,8

0,29

CARTÃOAMARELO

2016

CARTÃOVERMELHO

2016

4,69

0,23

CARTÃOAMARELO

2017

CARTÃOVERMELHO

2017

4,77

0,21

Enquanto em 2017 foram verificados 1.811 cartões amarelos e 78 cartões vermelhos, no anterior tivemos 1.782 amarelos e 88 vermelhos.

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Índice de Acertos – Principais Quesitos

Ouvidoria da Arbitragem

Também integra a estrutura da arbitragem no país o seu canal de ouvidoria. É um órgão com a atribuição de receber, analisar e responder a reclamações dos clubes e sugestões relacionadas à arbitragem brasileira.

Apresentamos a seguir alguns dados objetivos que sumarizam o trabalho do referido canal, ao longo de 2017. A ouvidoria recebeu e processou 54 chamados, relacionadas a um universo de 1.689 partidas, representando proporcionalmente 3% do total – equivalendo a cerca de 1 chamado para cada 31 partidas.

Baseando-se no trabalho realizado pela seleção brasileira desde 2016, a CA-CBF iniciou a implantação da função de análise de desempenho ao longo da temporada anterior, capacitando-se para realizar avaliações ainda mais criteriosas sobre a atuação do seu quadro de árbitros. Com o Sistema Radar, que é descrito com detalhes no decorrer do capítulo, reuniu e estruturou mais dados que a auxiliaram a aprimorar a qualidade da arbitragem.

COMPETIÇÃO

SÉRIE “A”

SÉRIE “B”

SÉRIE “C”

SÉRIE “D”

COPA DO BRASIL

COPANORDESTE

OUTRAS COMPETIÇÕES (7)

TOTAIS

RECLAMAÇOES

19

25

01

01

04

02

02

54

PARTIDAS

380

380

194

266

120

74

275

1.689

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

10106. ARBITRAGEM100 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Comparativo - Cartões por Campeonato

Realizamos também uma análise comparativa individualizada, segundo a qual comparamos apenas os cartões amarelos do principal campeonato nacional, a série A, com os índices correspondentes dos principais campeonatos ou ligas do mundo. De maneira análoga, avaliamos também

os cartões vermelhos. Neste estudo em particular, verifica-se que a média brasileira situa-se praticamente alinhada à média geral entre todos os torneios observados.

O resultado é demonstrado em detalhes nos gráficos a seguir.

6

5

4

3

2

1

0

3,8 3,45 3,784,41

5,03

Cartões Amarelos - principais campeonatos internacionais/2017

0,3

0,25

0,2

0,15

0,1

0,05

0

0,220,25 0,25 0,25

0,11

MÉDIAGERAL

BRASIL ITÁLIA ESPANHA FRANÇAINGLATERRAALEMANHA

Cartões Vermelhos - principais campeonatos internacionais/2017

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

Resumo de ocorrências/ 2017 – Ouvidoria da Arbitragem

4,774,22

INGLATERRA FRANÇA ALEMANHA MÉDIAGERAL

BRASIL ITÁLIA ESPANHA

0,22 0,21

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Obs.: Todas as informações de erros/ acertos podem ser constatadas e comprovadas a partir da análise dos correspondentes vídeos catalogados.

102 103RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 06. ARBITRAGEM

INFRAÇÕES (FALTAS)

2017

ÍNDICE DE ACERTOS

97,8%

MARCADAS

11.465

ACERTOS

11.446

NÃO MARCADAS

249

Infrações (faltas)

CARTÕES AMARELOS

2017

ÍNDICE DE ACERTOS

94,8%

APLICADOS

1.811

ACERTOS

1.795

NÃO APLICADOS

99

Cartões Amarelos

CARTÕES VERMELHOS

2017

ÍNDICE DE ACERTOS

80,2%

APLICADOS

78

ACERTOS

77

NÃO APLICADOS

19

Cartões Vermelhos

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

Finalizamos com a análise a respeito dos dados dos impedimentos:

IMPEDIMENTOS

2016

2017

ÍNDICE DE ACERTOS

84,9%

93,3%

MARCADOS

1.435

1.203

ACERTOS

1.030

1.123

ANALISADOS

1.213

1.203

Capacitação

Conforme descrito na abertura, os oficiais devem se submeter anualmente a avaliações físicas e teóricas que os habilite a integrar o quadro da SENAF e, a partir daí, se credenciarem a participar da direção das partidas, de acordo com seu grau de desenvolvimento.

No que se refere às avaliações físicas, foram avaliados na temporada 617 árbitros e árbitros assistentes, cujos resultados apontaram uma taxa de sucesso de 91%. A parte física dos oficiais é percebida como fundamental por potencializar a melhoria do nível de acerto nas decisões, uma vez que possibilita um bom posicionamento em campo, o que é considerado crítico para a apropriada aplicação da regra.

ANOS

2015

2016

2017

TOTAL

FÍSICAS

545

509

617

1.671

TEÓRICAS

628

653

717

1.998

AVALIAÇÃO PARA A SENAF TIPOS DE AVALIAÇÕES

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

Para as avaliações teóricas, foram avaliados 717 árbitros e assistentes, com uma taxa de aprovação de 78,5%. A CA-CBF trabalha com o aprimoramento de ambas as categorias de avaliação descritas, fundamentada na premissa de que aliando boas condições nos aspectos físicos e técnicos, potencializa a chance de sucesso dos oficiais na mediação das partidas para as quais forem escalados.

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10506. ARBITRAGEM104 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Destaques - Arbitragem Feminina

Apresentamos também quadro que resume as designações de oficiais do gênero feminino na temporada 2017. O aumento continuado reflete a cada vez maior participação das mulheres – crescimento de 39% em relação à

temporada 2016. Para a temporada 2018, a instrutora da FIFA, Ana Paula da Silva Oliveira, será a responsável em gerenciar o desenvolvimento da arbitragem feminina no Brasil.

Pilar Mental

Há mais de uma década a Comissão de Arbitragem da CBF disponibiliza uma profissional da psicologia para dar suporte aos árbitros (conforme matéria no site institucional da CBF). O trabalho realizado vem se tornando referência

no continente, o que se comprova pelo pioneirismo que a arbitragem brasileira vem assumindo ao disponibilizar uma profissional para trabalhar o fator psicológico de seus árbitros e assistentes.

Nas últimas duas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, oito árbitros brasileiros foram escalados para as partidas decisivas. Este fato também é resultado do trabalho desenvolvido com o pilar mental.

Durante a abertura do IV Curso RAP-FIFA Feminino, na cidade de Águas de Lindóia (SP), a peruana Ana Perez, instrutora técnica da FIFA, fez questão de exaltar esta iniciativa:

As avaliações de todas as categorias contam com o apoio da psicóloga Marta Magalhães. O trabalho foi iniciado em 2004, no Sindicato dos Árbitros de São Paulo. Nos anos seguintes foi realizada uma transição para a CBF que, de 2007 em diante, assumiu e deu continuidade ao trabalho. Vale ressaltar que, após a iniciativa da CBF, outras 15 federações estaduais do país passaram a disponibilizar profissionais da psicologia para fornecerem suporte aos árbitros.

“Tenho que parabenizar a comissão de árbitros do Brasil, porque há muitos anos estão se preocupando com o desenvolvimento integral do árbitro como pessoa. Primeiro desenvolver o aspecto técnico, para corresponder às regras do jogo. O físico vem na sequência, pois a carreira

exige isto. E finalmente a área psicológica. Existem situações durante o jogo em que o árbitro tem de aprender a enfrentar e superar, como um erro, e não ficar com ele na cabeça. Há uma pressão enorme no ambiente de uma partida. E para que o árbitro possa enfrentar estas situações, é necessário um psicólogo”.

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

ANOS

2015

2016

2017

TOTAL

ÁRBITRAS

29

82

249

360

ASSISTENTES

285

373

386

1.044

TOTAL

314

455

635

1.404

DESIGNAÇÕES - GÊNERO FEMININO

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A psicologia da arbitragem na CBF foi iniciada com a concepção e definição de quatro pilares:

• Físico - foi realizado um apoio para a alteração na composição cognitiva, que exigia uma metodologia diferente e um treinamento mais elaborado. O trabalho mental entrou para auxiliar o psicofísico.

• Técnico - o suporte alimentou os planos de trabalho para preparação dos jogos. Este acompanhamento passou a ser feito juntamente com o levantamento de perfis no quesito atenção e concentração.

• Mental - em paralelo, foi desenvolvida a preparação mental para as questões técnicas, físicas e sociais.

• Social - o pilar social trouxe um cuidado com a parte ética e a criação de momentos de integração. Ao final de cada curso criou-se um espaço para a psicodramatização, segundo o qual o árbitro tem a oportunidade de expressar sensações e percepções da realidade de sua vida e da modalidade em que está inserido.

“As modalidades que têm psicólogos do esporte trabalhando junto com a sua comissão técnica têm tido bons resultados. Este trabalho em conjunto, a interdisciplinaridade dos pilares, resulta no sucesso. A inserção do pilar mental e do psicólogo do esporte, dentro das modalidades e das federações, é uma questão temporal, de necessidade. Devido à reação de velocidade do jogador de futebol de hoje, temos carência de uma preparação psicológica mais apurada”. – afirma Marta Magalhães.

A Comissão de Arbitragem da CBF tem ainda um trabalho de reabilitação mental para árbitros lesionados, que consiste em um acompanhamento psicológico até que consigam se restabelecer completamente para voltar ao campo de jogo. Os que vivem longe e porventura não possam estar com a Dr. Marta Magalhães, sendo no consultório ou em cursos, recebem orientações via chamada de vídeo.

Também são utilizadas algumas avaliações psicométricas, como D2, atenção concentrada, dividida, alternada, teste de personalidade, aplicação de biofeedback, entre outros. Os árbitros passarão ainda pelo chamado Five Digit Test (Teste dos Cinco Dígitos), dentre outros, que, inclusive, habilitem a seleção de oficiais para atuar na função de árbitro de vídeo. O objetivo da atividade é descrever a velocidade e a eficiência do processamento cognitivo, a constância da atenção focada, a automatização progressiva da tarefa e a capacidade de mobilizar um esforço mental adicional quando as séries apresentam dificuldade crescente e exigem maior concentração. E está previsto que, no curto prazo, seja realizado um investimento em neurofeedback.

Todos os esforços descritos ajudam a delinear uma aproximação do volume de trabalho da Arbitragem para a melhoria de qualidade geral da condução das partidas, da aplicação da regra e da equidade das disputas.

106 107RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 06. ARBITRAGEM

• Cursos para integrantes da estrutura no exterior (Paraguai e Peru);

• Pré-temporadas estaduais;

• Avaliações e reavaliações habilitadoras da SENAF;

• Avaliações físicas mantenedoras;

• Representações (palestras, congressos, etc.);

• Treinamentos para árbitros da SENAF;

• Encontro com profissionais de psicologia do esporte;

• Treinamentos sobre a nova metodologia para avaliação de árbitros;

• Treinamentos para analistas de vídeo;

• Treinamentos especiais para árbitros FIFA;

• Treinamentos para oficiais da SENAF;

• Projeto de renovação da arbitragem brasileira (jovens até 30 anos);

• Cursos FIFA para árbitros de elite, promissores, instrutores técnicos, físicos e o gênero feminino;

• Visita técnica do Presidente da CA-CBF às Comissões Estaduais;

• Atividades do Projeto de Árbitro de Vídeo.

Atividades da ENAF A chamada Escola Nacional de Arbitragem (ENAF), da mesma forma que outros órgãos integrantes da estrutura da arbitragem brasileira, planejou e desenvolveu uma temporada intensa de atividades voltadas para a capacitação e aprimoramento de oficiais.

As iniciativas puderam ser quantificadas em 244 atividades ao longo de todo o ano, subdivididas em algumas categorias, a saber:

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6.1 PROJETOS

109

Sistema Radar

108 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 06. ARBITRAGEM

Durante toda a competição, o sistema analisou a atuação de todos os árbitros e assistentes de maneira mais científica e menos subjetiva. A opção por este método foi feita para atender à realidade da arbitragem, sem deixar escapar o fator campo, mas também relatando de maneira pontual cada lance marcado no decorrer da partida. Com uma tecnologia desenvolvida internamente, o sistema é responsável por emitir as notas – a partir de um processo criterioso e automatizado - e não mais os analistas.

Os integrantes do quadro foram observados por analistas de campo e vídeo, treinados para a utilização da ferramenta através de um programa oferecido pela CBF e pela Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (ENAF), no início do ano. Dentro do sistema foram elencadas as possíveis

ações da arbitragem no jogo, tais como marcação de faltas, impedimentos e cartões. Além disso, questões de atitude frente aos jogadores e em relação ao contexto do confronto também são conceituadas. Alinhando teoria à estatística de erros e acertos foi possível mensurar, através do RADAR, toda a parte técnica da arbitragem.

A partir daí, as análises são comparadas pela CA-CBF que, juntamente com a ENAF, elabora um terceiro relatório para chegar à nota final de cada árbitro ou assistente. Para o ranking dos dez primeiros colocados, foram considerados também os seguintes critérios: números de jogos, média de presença nas escalas, partidas com interferência, número de vezes entre os três melhores do ranking da rodada.

Todo o processo descrito culminou na classificação dos melhores árbitros, assistentes e demais integrantes do quarteto de arbitragem, ao longo da temporada. Os melhores foram homenageados na cerimônia de premiação dos melhores do campeonato brasileiro da série A, evento que já vem se tornando tradicional e parte integrante do encerramento das atividades do calendário do futebol brasileiro, sendo realizado na sede da CBF.

Por fim, cumpre reportar em números o resultado objetivo de todo o trabalho de monitoramento e avaliações realizado pela CA-CBF. Nesse sentido, apresentamos a tabela que descreve os profissionais de melhor desempenho na temporada:

Para avaliar, melhorar e padronizar a arbitragem brasileira nos jogos do campeonato brasileiro série A, a CA-CBF implantou nesta temporada um projeto de vanguarda no mundo do futebol: o sistema RADAR, cujas iniciais significam relatório de análise de desempenho da arbitragem.

Fonte: Comissão de Arbitragem/CBF

MELHORES DO BRASILEIRÃO 2017

Árbitro: RAPHAEL CLAUS

Assistente: GUILHERME DIAS CAMILO

Assistente: BRUNO RAPHAEL PIRES

PRESENÇA NO RANKING DA RODADA

10 vezes entre as três melhores equipes

7 vezes entre as três melhores equipes

10 vezes entre as três melhores equipes

NÚMERO DE ESCALAÇÕES

18 jogos

19 jogos

21 jogos

Trio de arbitragem com melhor avaliação recebe o reconhecimento durante a premiação dos melhores do Brasileirão 2017.

Page 57: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

7M

ARKE

TING

E C

OMUN

ICAÇ

ÃO

Page 58: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Esta parte do relatório busca dar transparência às funções e realizações de duas diretorias de extrema relevância para as operações da CBF: Marketing e Comunicação. Trabalham em cooperação fundamental às operações de uma associação esportiva do porte da Confederação Brasileira de Futebol, entidade com abrangência internacional e com duas diretrizes muito bem definidas: o apoio completo às seleções nacionais e o fomento ao futebol brasileiro, em diversos formatos, porém com ênfase para o planejamento e coordenação de campeonatos de futebol de diversas categorias no país.

A Diretoria de Marketing tem como grandes objetivos aproximar o torcedor da Seleção Brasileira, valorizar a marca CBF, internacionalizar seus produtos e fortalecer o mercado do futebol, em especial clubes e federações. Nesse sentido, o marketing possui função essencial no entendimento das necessidades

de cada conjunto particular de consumidores, seja ele composto de fãs e admiradores da Seleção Brasileira, seja ele interessado em cada um dos campeonatos que a CBF coordena anualmente. E, a partir desta compreensão, planejar, programar e executar as ações que avaliar como mais apropriadas para endereçar os anseios de cada grupo.

A Diretoria de Comunicação é responsável por promover a interlocução entre a CBF e seu público. Assim, busca promover o adequado reporte às partes interessadas sobre as diretrizes institucionais e traduzi-las de modo simples e objetivo, além de promover a transparência às informações que lhes dizem respeito. Da mesma forma, possui papel fundamental na proteção de dados estratégicos e no monitoramento sobre a circulação de informações sensíveis e que possam comprometer a imagem da entidade.

MARKETING E COMUNICAÇÃO77.1 MARKETING

Na temporada 2017, a diretoria desenvolveu projetos e ações fundamentais não apenas para o crescimento do esporte e de toda sua cadeia de valor, mas especialmente para as marcas que apoiam e se identificam com o futebol e a ele têm sido fator de sustentação em seu continuado fortalecimento.

Havendo se passado o ano olímpico e a grande conquista obtida, as atenções naturalmente se voltaram com maior foco para a seleção principal e a continuidade das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo da Rússia. Nesse sentido, o trabalho da comissão técnica foi fundamental, porém cumpre ressaltar que contou com o suporte de instrumentos importantes do marketing, como, por exemplo, as ações de dias de jogos, que ajudaram a mobilizar o público local nas cidades onde a equipe disputou suas partidas.

No cenário apresentado, dentre outras, podem ser citadas iniciativas pensadas e executadas ao longo da temporada para contribuir e alavancar o bom momento esportivo:

• Programa 360º Patrocinadores CBF;• Campanha “Torcida e Seleção. Gigantes por Natureza”;• Programa de Licenciamento de produtos oficiais da seleção;• Mascote Canarinho;• “Somos Futebol” – Semana de Evolução do Futebol;• Promoção do e-Brasileirão.

Através de números que serão apresentados com mais detalhes, pode-se verificar que cada uma delas representou um fator crítico para a melhoria de imagem numa perspectiva ampla, tanto do ponto de vista institucional, quanto de seus produtos, contribuindo de modo decisivo para o incremento de atratividade das marcas associadas.

112 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1137. MARKETING E COMUNICAÇÃO

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7.2 PROGRAMA 360º PATROCINADORES CBF

7.2.1 ENCONTRO DE PATROCINADORES

O relacionamento com seus patrocinadores configura uma das principais atividades da diretoria de Marketing da CBF. Visando atendê-los com excelência, uma série de iniciativas é realizada ao longo do ano possibilitando aos parceiros atingirem seus objetivos e superarem suas expectativas com o patrocínio.

114 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1157. MARKETING E COMUNICAÇÃO

No que se refere ao atendimento de conta, são elaborados planos personalizados de acordo com as necessidades particulares de cada patrocinador. Tais planos pressupõem acompanhamento e revisões mensais, bem como direcionam o foco no retorno sobre o investimento, medido através de fontes importantes de análise (IBOPE Repucom) e consideram sugestões de ações para a melhoria de desempenho. O programa contempla também:

• Realização de pesquisa Sponsorlink para medição do recall das marcas patrocinadoras e mapeamento do perfil do torcedor da seleção;

• Implantação interna de um módulo sistêmico específico para a gestão de contratos, aumentando a eficiência sobre o controle das entregas contratuais e os resultados de cada parceiro.

Além disso, diversas outras ações ao longo do ano proporcionaram experiências únicas aos parceiros, tais como sentar no banco de reservas nos treinamentos da seleção, tirar fotos e colher autógrafos dos ídolos da equipe, transporte exclusivo junto ao ônibus da delegação, entre outros benefícios. Em 2017, o programa alcançou:

• Mais de 10 mil convidados levados a partidas nas Eliminatórias da Copa e Amistosos;

• Mais de 350 convidados levados a sessões de treinamentos da equipe principal;

• Mais de 40 eventos de relacionamento com patrocinadores em treinos e jogos da seleção.

Parte integrante do plano de atendimento e relacionamento é a organização do encontro anual com os patrocinadores. Esta é uma iniciativa que também endereça um dos pilares da atual gestão que é a transparência. O evento consiste em uma reunião entre a diretoria da CBF e seus patrocinadores com o propósito não somente de atualizá-los a respeito das ações realizadas pela entidade, mas também cumpre o papel de informá-los sobre os planos de curto, médio e longo prazo de todos os setores.

O encontro realizado em 2017 foi a terceira edição do evento e, tal qual as anteriores, também reportou o status de andamento do Projeto de Governança, Riscos e Conformidade (GRC), coordenado pela consultoria EY. Desta forma, as empresas possuem um canal direto para o esclarecimento de dúvidas e questões, bem como estreitam o relacionamento e obtêm toda a segurança de que suas marcas estão associadas a uma entidade sólida, comprometida com iniciativas de relevância não só para o futebol, mas também para seus mercados.

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7.2.2 JOGO DOS PATROCINADORES

Com uma proposta diferente, num ambiente mais informal e descontraído, representantes dos patrocinadores foram convidados a participar de um final de semana na Granja Comary. O evento contou com hospedagem dos convidados no alojamento dos atletas,

partida amistosa e um churrasco de confraternização. Em 2017, o evento teve sua 3ª e 4ª edição e contou com a participação de ex-atletas da seleção, executivos de patrocinadores, artistas e comissão técnica da atual equipe principal.

7.2.3 EVOLUÇÃO DAS PARCERIAS (NÚMEROS)

No que se refere à evolução dos contratos com as empresas que apoiam a CBF no cumprimento de seu papel institucional, observamos que a entidade segue firme no caminho das metas e objetivos traçados, para tanto havendo aumentado o total de

parceiros para 19 em 2017, contra 18 no ano anterior.

O quadro a seguir demonstra a evolução dos recentes aportes financeiros realizados por patrocinadores e apoiadores:

NO EVENTO

> Ex-atletas da seleção> Executivos de patrocinadores> Artistas> Comissão técnica

R$ 339.604.000,00 R$ 353.378.926,00

R$ 410.988.000,00

2015

2016

2017

Patrocínios - Valores em Reais

Fonte: Diretoria de Marketing/CBF

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118 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1197. MARKETING E COMUNICAÇÃO

Compreendendo que a CBF preparou e vem implantando planos estruturados visando o desenvolvimento do esporte e das seleções nacionais, os patrocinadores da mesma forma têm se mantido consistentes no incentivo ao futebol brasileiro.

Além disso, ao se analisar os resultados esportivos das equipes conclui-se que são inquestionáveis os avanços, destacando-se a classificação para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, com quatro rodadas de antecipação. De modo semelhante, as equipes de base e femininas alcançaram títulos de expressão, o que pode ser encontrado com mais detalhes no capítulo “Seleções”.

Observando-se o outro produto da entidade, a promoção de campeonatos regionais e nacionais, é fundamental ressaltar que a ampliação do total de competições realizadas somente é sustentável devido ao incremento do aporte de recursos concretizado pelos parceiros da entidade. Em relação ao ano anterior foram realizados mais 3 campeonatos, conforme pode ser evidenciado no capítulo “Competições”. Com isso, foram beneficiados mais clubes com a possibilidade de receitas adicionais ou mesmo com mais oportunidades de desenvolvimento de suas equipes, sobretudo aquelas de categorias de base.

A seguir, apresentamos a relação com os patrocinadores e apoiadores da entidade no fechamento da temporada 2017:

1 NIKE (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

2 GUARANÁ ANTARCTICA (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

3 ITAÚ (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

4 VIVO (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

5 MASTERCARD (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

6 GOL LINHAS AÉREAS (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

7 CIMED (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

8 EF ENGLISH LIVE (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

9 ULTRAFARMA (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

10 UNIVERSIDADE BRASIL (PATROCINADOR DA SELEÇÃO)

11 CATAPULT (APOIADOR DA SELEÇÃO)

12 CAFÉ 3 CORAÇÕES (APOIADOR DA SELEÇÃO)

13 TECHNOGYM (APOIADOR DA SELEÇÃO)

14 TCL (ARBITRAGEM)

15 SKY (ARBITRAGEM)

16 TOPPER (ARBITRAGEM)

17 PEPSI (E-BRASILEIRÃO)

18 BRAHMA (E-BRASILEIRÃO)

19 PES2018 (E-BRASILEIRÃO)

7.2.4 QUADRO ATUAL

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7.3 PROJETOS

121

Esta seção tem o objetivo de ressaltar e detalhar um pouco mais os projetos que tiveram objetivos e resultados significativos para entidade na temporada. Nesse sentido, os principais esforços são destacados a seguir.

Esta representou a primeira campanha publicitária da história da entidade para uma Copa do Mundo. Lançada exatamente um ano antes do mundial da Rússia, foi concebida com o objetivo central de posicionar o torcedor da seleção como o ator principal na busca pelo hexacampeonato: “Torcida e Seleção. Gigantes por Natureza.”

Cumpre ressaltar que o trabalho publicitário recebeu o reconhecimento da crítica especializada, tendo sido vencedor do prêmio LIDE de Marketing Empresarial em 2017, na categoria melhor campanha de marketing esportivo.

Outro momento marcante da campanha foi representado pela gravação de um vídeo de agradecimento – “Gratidão” - através do qual os jogadores da seleção demonstraram seu agradecimento pelo apoio da torcida ao longo da campanha das Eliminatórias. O filme foi lançado de modo exclusivo pela TV Globo e o canal SporTV, porém também contou com extensa divulgação em outras emissoras e canais digitais.

120 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 7. MARKETING E COMUNICAÇÃO

7.3.1 CAMPANHA “GIGANTES POR NATUREZA”

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Esta importante iniciativa foi concebida buscando personificar a magia e alegria da seleção e também sua força e tradição esportiva. Com essa perspectiva, e considerando o apelido carinhoso que a equipe recebeu da própria torcida ao longo de sua gloriosa história, a CBF buscou resgatar esse empatia com o público e, sobretudo, as crianças. Nesse sentido, as ações realizadas registraram resultados importantes:

• Desenvolvimento de uma nova personalidade com aparência transmitindo a garra da Seleção Brasileira;

• Sucesso com os torcedores nas redes sociais, especialmente o público jovem;

• Participação em programas ao vivo como “Bem Amigos”, do canal Sportv, e “Desimpedidos”, no Youtube;

• Criação de ações em campo da mascote em todas as partidas e treinos da seleção no Brasil e no exterior;

• Expansão da marca da mascote internacionalmente a partir de sua presença nos jogos disputados fora do país;

• Ações comerciais com patrocinadores da seleção.

7.3.2 MASCOTE CANARINHO 7.3.3 PROGRAMA DE LICENCIAMENTO DE PRODUTOS OFICIAIS DA SELEÇÃO

Representou o lançamento de um plano estruturado para comercialização de produtos oficiais da Seleção Brasileira de futebol e da sua mascote, o Canarinho. Configura-se num marco importante no qual se busca aproximar o torcedor da seleção nacional, gerando uma nova fonte de receita para a instituição e o futebol brasileiro. A iniciativa contempla, até o momento:

• Mais de 160 produtos licenciados;

• 8 contratos de licenciamento;

• 23 propostas comerciais em análise;

• Projeção de 500 produtos licenciados até a Copa do Mundo de 2018;

• Projeto de linha conceito voltada ao público infantil, especificamente centrada na figura da mascote “Canarinho”, além de linhas de produtos direcionadas ao universo de todas as faixas etárias.

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7.3.4 “SOMOS FUTEBOL” - SEMANA DE EVOLUÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIROPelo segundo ano consecutivo a CBF realiza em sua sede o evento chamado Somos Futebol - Semana de Evolução do Futebol Brasileiro. O objetivo, conforme preconizava a primeira edição, manteve-se firme como o de discutir as oportunidades e possíveis alternativas para alavancar ainda mais o desenvolvimento do futebol no Brasil.

124 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1257. MARKETING E COMUNICAÇÃO

A temporada 2017 também marcou a segunda edição do campeonato oficial de jogos virtuais de futebol da Confederação Brasileira de Futebol – o e-Brasileirão. O torneio, disputado no game “Pro Evolution Soccer (PES)” da empresa Konami, agregou marcas de peso no mercado brasileiro, além de consolidar o interesse do público pela modalidade. Nesta edição, alguns índices importantes foram alcançados, tais como:

• Aumento de inscritos da ordem de 51%, em relação ao ano anterior;

• 3 patrocinadores – Pepsi, Brahma 0% e Konami;

• Audiência de TV que ultrapassou 1 milhão de espectadores na partida final, durante a transmissão pelo canal SporTV.

Vale ressaltar que o campeão do torneio de 2016, Guilherme “GuiFera” Fonseca, do Santos FC, foi também campeão mundial da categoria. Em 2017, o torneio foi conquistado pelo representante do Cruzeiro Esporte Clube, Henrykinho – de apenas 16 anos - que venceu o competidor que representou o Atlético Clube Goianiense pelo placar de 4x0 (agregado dos dois jogos decisivos).

A iniciativa contemplou a apresentação de diversos painéis e fóruns de discussão sobre assuntos atuais e relevantes do futebol brasileiro, tendo alcançado resultados expressivos:

• Presença de 28 palestrantes* de referência mundial em suas áreas de atuação;

• Mais de 545 mil visualizações do conteúdo disponibilizado online;

• Repercussão internacional com matérias publicadas em veículos de mídia de 9 países;

• Repercussão nacional rendendo 72 matérias escritas e 28 vídeos.

*Dentre os palestrantes, destacaram-se: Tite, Fabio Capello (ex-técnico do Milan, Real Madrid, Seleção Inglesa e Seleção Russa), Marcelo Bielsa (ex-técnico da Seleção Argentina e Seleção Chilena), Omar Ongaro (Diretor de Regulamentação do Futebol FIFA), Kimberly Morris (Head de Integridade e Compliance FIFA TMS), Emily Shaw (Head de Governança e Liderança do Futebol Feminino FIFA), Catalina Navarro (Head de Operações Comerciais UEFA Events), Damian Willoughby (VP Sênior de Parcerias do Manchester City), David Dein (Cofundador da Premier League e ex-VP Arsenal), Richard Law (Diretor de Futebol Arsenal), Tom Greenwood (Head de Parcerias e Ativações Premier League), Arnon de Mello (VP América Latina NBA), Laura Froelich (Head Global de Conteúdo e Parcerias Esportivas Twitter) e Lorena Soto (Gerente de Futebol Feminino Conmebol).

7.3.5 PROMOÇÃO DO E-BRASILEIRÃO 2017

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7.4 COMUNICAÇÃO 7.4.2 MÍDIAS SOCIAIS

7.4.1 NÚMEROS DA SELEÇÃO

Esta diretoria trabalha através de sua assessoria, sempre em alinhamento com a linha institucional estabelecida pela diretoria da CBF, adotando o perfil de sobriedade e transparência que é comum a programas de comunicação das grandes corporações.

Em linhas gerais, apoia a alta administração no desafio de transmitir aos torcedores e fãs de futebol, dos campeonatos coordenados pela CBF e, sobretudo, da Seleção Brasileira, a confiabilidade e segurança de que as decisões e demais medidas que impactam o futebol nacional são tomadas após a devida discussão e avaliação, com a participação de especialistas e ainda na atual gestão contando com o apoio de uma consultoria de renome mundial. Em resumo, tudo para certificar o público de que a entidade segue comprometida com sua missão, já descrita neste relatório.

Nesse sentido, possui uma forma de atuação bem definida segundo a qual destina profissionais para trabalhar com propósitos claros e objetivos.

No que se refere à seleção, destaca assessores cobrindo:

• Seleção Brasileira principal;• Seleção Brasileira feminina;• Seleções de categorias de base.

Além disso, define pessoal treinado para cobrir ações e fatos institucionais, bem como responsáveis pela atualização e monitoramento diário do conteúdo do website corporativo e das mídias sociais da entidade. Os contatos de cada um deles encontram-se disponíveis nos referidos canais.

Ciente da importância das mídias sociais para as estratégias de marketing no cenário corporativo atual, a CBF desenvolve e disponibiliza abrangente conteúdo digital voltado para seus fãs.

Adotando como referência o chamado índice combinado, indicador que agrega as principais redes sociais, observa-se que a CBF alcançou quase 18 milhões e meio de seguidores. Este número fez a CBF consolidar-se como a maior dentre as seleções no mundo, segundo o IBOPE.

Tal qual o ano anterior, verificou-se que o Facebook permaneceu sendo a rede mais representativa na composição

do referido índice, respondendo sozinha por 65% daquele total. Tal fato pode ser explicado, sobretudo pela estratégia que incorporou o uso da plataforma para as transmissões ao vivo de jogos da Seleção Brasileira, a qual teve um alcance médio de 303.297 espectadores, além de um total de 31.323.022 interações com a página. Ademais, a criação da hashtag “#Seleção Brasileira” destacou-se dentre as demais criadas pela equipe de Comunicação, em 686.759 publicações.

Apresentamos, a seguir, os números individualizados:

Nesta seção, apresentaremos números significativos que traduzem esforços não só da diretoria em questão, mas de toda a entidade e seu corpo de colaboradores.

Durante a temporada de 2017, de acordo com o IBOPE, a seleção principal obteve audiência acumulada de 114 milhões de espectadores nas suas partidas. Em horários de jogos das

Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, verificou-se uma audiência que ultrapassou, em média, os 50% de televisores ligados no Brasil.

No que se refere ao comparecimento de fãs e torcedores, observou-se que a média de público nos estádios em apresentações da seleção foi de 47.579 espectadores.

Observamos que outras mídias sociais relevantes também tiveram crescimento significativo: o Twitter alcançando mais de 4 milhões de seguidores (1.374.364 interações) e o Instagram que ultrapassou os 2 milhões (com 17.312.428 interações).

Observando separadamente outro índice significativo, as quantidades de acessos ao website institucional (https://www.cbf.com.br/), verifica-se que o mesmo ultrapassou a marca de 30 milhões de acessos em 2017, com uma média de 480 matérias publicadas por mês.

126 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1277. MARKETING E COMUNICAÇÃO

Fonte: Diretoria de Comunicação/CBF

POR PLATAFORMA

FACEBOOK (FÃS)

TWITTER (SEGUIDORES)

INSTAGRAM (SEGUIDORES)

YOUTUBE (INSCRITOS)

ÍNDICE COMBINADO

2016

11.846.880

3.818.154

1.534.880

129.807

17.329.721

2015

8.942.115

3.242.429

960.000

86.520

13.231.064

2017

11.992.013

4.076.075

2.057.910

184.928

18.310.926

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Em 2017, o departamento de comunicação da CBF produziu as primeiras transmissões de jogos da Seleção Brasileira nas redes sociais. A partida que obteve maior destaque foi o Jogo da Amizade, amistoso contra a Seleção Colombiana, com bilheteria revertida à Chapecoense. O jogo teve um alcance de 29 milhões de pessoas, com 6,3 milhões de visualizações e gerou 1 milhão de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos).

Além das transmissões de jogos ao vivo através de sua página oficial do Facebook, a entidade desenvolveu uma estrutura interna e se capacitou para realizar individualmente todo o procedimento operacional que envolve a cobertura de uma partida em tempo real, desde a captação de imagens, a geração do sinal e a transmissão propriamente dita.

Numa realização inédita e histórica na trajetória da confederação desde sua criação, dois jogos amistosos da Seleção Brasileira realizados na Austrália foram transmitidos por meio da estrutura de tecnologia viabilizada pelas diretorias de TI e de Comunicação, via serviços de streaming e do canal próprio CBF TV:

• Brasil 0x1 Argentina (09 de junho) – 6 milhões de visualizações

• Austrália 0x4 Brasil (13 de junho) – 7 milhões de visualizações

7.4.3 TRANSMISSÕES AO VIVO

As transmissões contaram com a participação de renomada equipe convidada, tendo como responsável pela narração o locutor esportivo Nivaldo Prieto, assim como comentários do ex-jogador Denílson e também daquele que é considerado até os dias atuais como o maior de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento - o craque Pelé.

128 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1297. MARKETING E COMUNICAÇÃO

6,3 MILHÕES DE

VISUALIZAÇÕES

1 MILHÃO DE

INTERAÇÕES

29 MILHÕES DE

PESSOAS

ALCANCE

Fonte: IBOPE REPUCOM

Fonte: Diretoria de Marketing/CBF

Fonte: Diretoria de Comunicação/CBF

Evolução da quantidade de acessos ao site institucional CBF

Para uma avaliação comparativa mais abrangente, vale posicionar o crescimento demonstrado pela CBF frente às grandes confederações esportivas mundiais.

Para tanto, referir-se ao gráfico a seguir.

2017

2016

2015

2014

8.513.569

12.964.66230.070.610

25.930.829

1º BRASIL

18.310.926 11.992.013 4.076.075 2.057.910 184.928

3º INGLATERRA

12.354.371 6.961.036 3.109.225 1.888.996 395.114

2º MÉXICO

18.310.423 11.212.367 5.567.964 1.488.687

32.405

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7.4.4 RÁDIO 7.4.5 ASSESSORIA DE IMPRENSA

No mês de novembro de 2017, a Diretoria de Comunicação passou a distribuir conteúdo exclusivo para rádios de todo o Brasil por meio da agência de notícias RadioWeb. Entre 23 de novembro e 31 de dezembro, foram distribuídos cerca de 50 boletins com 19.123 aproveitamentos em emissoras AM e FM, afiliadas da agência. A média de aproveitamento é de 318 rádios por boletim. Considerando um tempo médio de 1 minuto e 40 segundos por matéria, a divulgação obteve 478 horas de exposição dos assuntos relacionados à CBF no universo de rádios.

A cobertura com as 50 matérias atingiu 1.471 emissoras localizadas em 1.100 municípios. Considerando-se as populações das cidades-sede, a cobertura alcançou 107 milhões de brasileiros.

Um dos pilares mais importantes da comunicação é o contato com os profissionais de imprensa. Em sua trajetória, a CBF segue comprometida a realizar todos os esclarecimentos necessários a jornalistas brasileiros e estrangeiros, referentes a diversos temas do universo da entidade,

naturalmente incluindo a Seleção Brasileira.

No ano de 2017, foram realizados 10.012 contatos por mailing de imprensa. Ou seja, 2.082 contatos a mais na comparação com o ano anterior, através de 1.317.456 e-mails enviados.

Em nove jogos disputados pela Seleção nas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2018, a equipe de Comunicação cadastrou 727 empresas e emitiu 13.387 credenciais.

130 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1317. MARKETING E COMUNICAÇÃO

Fonte: Diretoria de Comunicação/CBF

2017

2016

7.93010.012

Comparativo de contatos de mailing de imprensa

26%+

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8IN

OVAÇ

ÕES

E TEC

NOLO

GIA

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Cada vez mais a inovação deve permear as organizações de forma consistente e sustentável para auxiliar no alcance dos objetivos estratégicos. Muito mais do que uma função ou área específica, a inovação deve ser um processo contínuo que suporte todas as áreas de uma organização.

Na CBF a Diretoria de Tecnologia da Informação trabalha para manter a entidade atualizada com as mais modernas e eficientes soluções disponíveis no mercado. Considerando a especificidade do mercado em que atua, por muitas vezes a área de tecnologia é também responsável pelo desenvolvimento de inovações que respondam às necessidades da entidade, em constante mutação.

Por tudo isso, a missão de uma área de tecnologia transcende apenas o suporte operacional do dia a dia, mas auxilia as demais áreas a atingir os resultados propostos com maior eficiência.

Em 2017, algumas áreas foram especialmente impactadas como Competições, Arbitragem e CBF Academy. Também foi o ano de implementação da nova Intranet da entidade com o objetivo de aprimorar o processo de comunicação interna e a transparência.

Todo o esforço tendo em vista a meta principal de melhorar o futebol não só dentro de campo, mas também fora dele.

INOVAÇÕES E TECNOLOGIA 8

134 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1358. INOVAÇÕES E TECNOLOGIA

8.1 INTRANET

Em 2017 foi lançado de forma definitiva e oficial o novo Portal interno para interação entre as áreas da CBF. Agora a entidade pode se comunicar com os colaboradores em formato moderno e aderente às melhores práticas de gestão e governança.

A partir da implementação da nova intranet da entidade foi possível agilizar o processo de comunicação interno e nivelamento do conhecimento para todos os funcionários. Esta ação visa democratizar a gestão da entidade e possibilitar que todos possam compreender, opinar e participar da gestão.

Importante destacar que a Intranet também possibilita a publicação de

todos os novos documentos normativos que foram desenvolvidos ao longo do projeto de GRC (Governança, Riscos e Conformidade). A disseminação do conhecimento em relação aos processos internos é de suma importância para a evolução da Governança da entidade.

No portal interno, além dos comunicados do RH e notícias anexadas pela comunicação, é possível que colaboradores possam anexar seus documentos, atestados ou outros documentos úteis.

Para os perfis autorizados, está disponível um catálogo completo de colaboradores, com suas informações de contato e setor de forma clara e organizada.

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136 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1378. INOVAÇÕES E TECNOLOGIA

Foi desenvolvido internamente pelo departamento de tecnologia da CBF o Portal para a CBF Academy. Este portal funciona como uma plataforma de gestão para a CBF, tanto para a administração da carteira de alunos e cursos ministrados, quanto para um portal de interação dos alunos.

O Portal da CBF Academy também possui local apropriado para o público em geral para inscrição em cursos disponíveis, contato e consulta de informações. Através do Portal, a equipe do CBF Academy analisa as inscrições recebidas e interage de maneira eletrônica com os futuros alunos. Além da manutenção e criação de todo histórico do aluno quanto aos cursos oferecidos (uma espécie de vida

acadêmica do futebol), é possível emitir as cobranças de forma eletrônica, dentro do próprio ambiente CBF, que possui estrutura de gateway própria integrada às principais bandeiras de cartões de crédito.

Dentro do portal está disponível uma plataforma completa de e-learning, com suporte aos principais tipos de mídia para auxilio no aprendizado. Os alunos podem encaminhar trabalhos acadêmicos, interagir com professores e acompanhar seu desempenho acadêmico. Dentro do mesmo portal são controladas, de forma eletrônica, fichas de frequência nos cursos, entregas de materiais demais atividades relacionadas ao curso.

8.2 CBF ACADEMY

Um novo portal remodelado a partir da súmula eletrônica implantada na CBF em 2012. O Novo Portal do Árbitro acompanha as principais evoluções tecnológicas dos últimos anos, apresentando uma nova forma de preencher a, já avançada, sumula eletrônica.

Todos os dados são validados, passo a passo, desde a escalação, que conta com integração com Sistema de Registro de Atletas pelo módulo da Pré-Escala, passando por lançamentos de penalidades, que são integradas e abastecem automaticamente o Sistema de Competições, até marcadores e demais informações da partida, como atrasos ou ocorrências que precisam ser encaminhadas ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

A súmula eletrônica foi reformulada observando as principais técnicas de utilização, segurança e facilidade de integração. Sendo assim, após o preenchimento e validação pelo árbitro da partida, a súmula é assinada eletronicamente, por todos os envolvidos da partida e pode ser publicada no site da CBF, alguns momentos após o jogo ter sido finalizado.

Todos estes fatores fornecem segurança e transparência ao processo de publicação da súmula eletrônica, além de agilidade e maior confiabilidade da informação.

8.3 PORTAL DO ÁRBITRO

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8.4 AVALIAÇÃO DE ARBITRAGEM

Totalmente integrado aos sistemas de Competições e Portal do Árbitro, o sistema de avaliação de árbitros visa, através de metodologia cientifica integrada ao software de análise, validar a atuação dos árbitros e assistentes de acordo com as dimensões teóricas consideradas, base para um bom desempenho da equipe de arbitragem.

138 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 1398. INOVAÇÕES E TECNOLOGIA

As avaliações são realizadas através de formulários eletrônicos estruturados para que tanto um avaliador, quanto a Comissão de Arbitragem possam anexar e acessar todas as informações de forma clara e objetiva. O modelo de avaliação 360

permite que o árbitro possa apontar, dentro de possíveis erros indicados pelo avaliador, suas considerações ou análise teórica de um ponto de vista diferente do aplicado pelo avaliador, para que assim, todo o processo possa ser sempre aprimorado.

O sistema de avaliação de arbitragem gera também uma base de dados que classifica os árbitros (e equipe da partida), assim atualizando um ranking rodada a rodada, e ainda um ranking final, apontando os melhores do ano. Todo o algoritmo de classificação e notas é passível de ser personalizado, criando assim total flexibilidade para adaptação aos ajustes necessários, coletados a partir da avaliação 360 ou decorrentes de melhorias da metodologia científica aplicada ao software.

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Conforme é apresentado ao longo deste relatório, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem reafirmando suas prerrogativas estatutárias na temporada, trilhando seu caminho e criando cada vez mais círculos virtuosos. Segue adiante e além. Com muito mais do que iniciativas e ações no campo de jogo, ou ligadas ao aspecto estritamente competitivo, a entidade também ratificou seu papel institucional junto às pessoas e a seu público. Pode-se afirmar que em 2017 a CBF Social capitaneou as ações socioambientais da entidade e implantou seus projetos de modo decisivo.

A equipe de projetos cruzou o país para levar futebol e solidariedade a milhares de jovens. De Belém a Porto Alegre, de Florianópolis a Porto Velho, onde quer que se tenha feito presente, a CBF Social por mais um ano demonstrou que o futebol pode ser muito mais que um esporte. Pode ser um poderoso aliado contra as desigualdades sociais, capaz de construir sorrisos e transformar vidas.

O conhecido festival de futebol, evento mais tradicional que vem sendo promovido pela CBF Social desde 2015, continuou visitando diversas cidades: Foz do Iguaçu (PR), Rio de Janeiro (RJ), Resende (RJ), Macapá (AP), Araraquara (SP), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Brasília (DF), Belém (PA), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS). Cerca de três mil jovens foram recebidos pelos eventos. As atividades desenvolvidas levaram conhecimento e ensinamentos sobre futebol para as crianças inscritas nas localidades, além de passar mensagens importantes sobre a vida em sociedade e a compreensão do espírito esportivo.

Em cada cidade que visitou, o festival convidou institutos e organizações que também se esforçam o ano inteiro para melhorar a vida de crianças e jovens carentes. O beach soccer também não ficou de fora da agenda. Com eventos especiais, a modalidade foi uma porta para a inclusão de jovens com Síndrome de Down, como no amistoso realizado entre Santos e Corinthians no começo do ano.

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142 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Ao longo da temporada, a CBF Social também lançou dois importantes projetos para o desenvolvimento do futebol no país. Em Ribeirão Pires (São Paulo) iniciou o Programa Gol do Brasil. Com um curso esportivo, o objetivo é preparar professores locais para administrar as aulas do programa, que tem como objetivo incentivar a prática desportiva entre os jovens.

Também na mesma linha, lançou o Programa Seleções do Futuro em Belo Horizonte (MG), visando a promover o desenvolvimento do futebol entre jovens de 6 a 17 anos, meninos e meninas, preferencialmente considerando os que estudam em escolas da rede pública. Em ambos os projetos, a metodologia usada foi desenvolvida pela CBF Social.

Paralelamente, a CBF Social deu continuidade a ações que já estão consolidadas e que se configuraram em sucesso absoluto nas localidades onde foram realizadas: a “Seleção na minha Cidade”. As atividades envolvem os municípios nos quais a seleção principal tem jogos programados, tendo início na semana que antecede a partida até sua realização propriamente dita. E abrangem desde treinamentos para a capacitação de profissionais locais, passando pelo acompanhamento dos treinos da seleção até a doação de ingressos para o grande jogo. Além de promover a cidade, buscam aproximar cada vez mais a seleção do seu povo. Sobretudo crianças e pessoas carentes que dificilmente teriam a possibilidade de vê-la de perto.

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9.1 PROGRAMA GOL DO BRASIL

No encerramento do ano, a CBF Social fechou suas atividades com chave de ouro após o treino da Seleção Brasileira, em Porto Alegre (RS). Cerca de 20 crianças tiveram a oportunidade de

conhecer seus ídolos e “fizeram a festa” com Daniel Alves, Neymar, Gabriel Jesus, Philippe Coutinho e todo o grupo canarinho no gramado do estádio Beira-Rio, na capital gaúcha.

– Foi uma temporada incrível para o nosso projeto. Conseguimos levar muita alegria, lições importantes sobre o futebol e virtudes para que os jovens assimilem para a vida e contribuam para a formação de cidadãos. O sentimento de

todos os envolvidos é de muita satisfação. Acho que, de certa forma, conseguimos fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes em nosso país. – destacou o Gerente de Desenvolvimento Técnico, Responsabilidade Social e Sustentabilidade da CBF, Diogo Netto.

O Programa Socioeducacional Gol do Brasil é mais uma iniciativa da CBF Social que busca transformar a realidade de crianças e adolescentes pelo país, tendo o futebol como um meio privilegiado para educação, desenvolvimento, mobilização e promoção da cidadania. Para isso, seu

planejamento prevê a implantação das chamadas Unidades de Aplicação da Metodologia (UAM) que seguem o padrão de excelência da CBF na qualidade dos serviços prestados e adotam a inovadora metodologia desenvolvida pela Confederação Brasileira de Futebol.

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Por meio de convênio firmado junto à Prefeitura, com o apoio do World Trade Center, a Confederação Brasileira de Futebol, através do CBF Social, lançou o projeto piloto do programa, no início de outubro. A meta central é incentivar e democratizar o acesso à formação esportiva no futebol. O grande “gol”, a médio e longo prazo, é a construção de um futuro melhor para todo o público beneficiado pelo projeto.

Secretário-geral da CBF, Walter Feldman ressaltou a importância do projeto e justificou a escolha da cidade de Ribeirão Pires como “o início do jogo” para o Gol do Brasil:

“Esse é um grande projeto de responsabilidade social da CBF e do futebol brasileiro. Buscamos agentes políticos que pudessem interpretar esse sonho. Trazer emoção, sentimento e sua experiência pública para somar ao projeto. Esse poderá ser o vetor transformador da realidade da comunidade, em experiência democrática, participativa e pensando no bem comum.”

Cerca de 200 alunos da rede municipal de ensino que cursam o Fundamental I (1º ao 5º ano) serão atendidos pelo programa. As crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 13 anos, são estudantes das escolas Comendador Abdalla Chiedde, Professor Antonio Lacerda Bacellar e Manoel Baptista da Silva, localizadas próximas ao Centro Esportivo Vereador Valentino Redivo, Vila Gomes, local que foi selecionado para sediar as aulas.

Mayer Geovanna, 10 anos, estudante da E.M. Abdalla Chiedde, é uma das alunas que participarão do projeto e se mostrou animada com a experiência:“- Estou muito animada em fazer parte dessa ação tão importante, pois eu gosto muito de futebol e é uma oportunidade de aprender mais sobre o esporte”.

O curso esportivo foi atendido por profissionais que foram capacitados pela CBF, utilizando metodologia desenvolvida pela confederação. Foram selecionados a participar da capacitação 60 profissionais e pessoas ligadas ao esporte na cidade. Aulas preparatórias foram realizadas com conteúdo teórico e prático e, ao final da preparação, a CBF selecionou seis pessoas que ficaram responsáveis pelo desenvolvimento do Gol do Brasil no município, com a supervisão de equipe do CBF Social.

Metodologia A metodologia estruturante do programa contém em si um valor inestimável ao povo brasileiro, pois busca traduzir o DNA do futebol pentacampeão mundial em uma linguagem acessível aos educadores do esporte de todo o país. Seu desenvolvimento foi baseado em experiências anteriores, contando com o apoio de profissionais renomados no futebol brasileiro, além de melhores práticas para apresentar conteúdo e ensinar crianças e adolescentes de uma maneira diferenciada e divertida.

Além de contar com a presença de parlamentares da cidade e de profissionais que atuam na área da educação e do esporte no município, o lançamento do programa foi prestigiado por personalidades importantes do cenário esportivo. O Secretário Geral da CBF acompanhou o evento junto à equipe da entidade e de representantes de instituições ligadas ao futebol, como Fernando Solleiro, Vice-Presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, ex-jogador da Seleção e Vice-Presidente de Integração da FPF; o ex-jogador do Corinthians, Atalia; o diretor do Esporte Clube Corinthians Paulista, Oldano Carvalho; Lilian Bomeny, representante do WTC, e Fernando Costa, Presidente da UNIESP.

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Além do próprio técnico Tite, os profissionais da Comissão Técnica da Seleção Brasileira participaram diretamente da construção da metodologia, com foco para que sua aplicação pudesse funcionar de maneira fluida no trabalho junto aos futuros profissionais, unindo o esporte à educação.

Para que haja um monitoramento centralizado e próximo das unidades de aplicação pela CBF, foram definidas metas/ indicadores que serão a base para uma gestão direcionada e com foco em resultados efetivos.

A seguir, apresentamos algumas das principais metas do projeto:

Indicadores

O programa prevê a implantação de um sistema que permita aos profissionais envolvidos acompanharem o desempenho dos alunos do Gol do Brasil. Por meio de plataforma digital própria da CBF, serão cadastrados alunos e professores para o monitoramento dos indicadores escolares das crianças - registro de aulas e presença, por exemplo, bem

como características de suas vidas em comunidade e família. Além disso, ocorrerão as avaliações periódicas de desempenho técnico, médico e relacionadas às habilidades de vida. A CBF disponibilizará, ainda, cursos de aperfeiçoamento aos professores e acompanhamento das aulas, quer seja presencialmente ou por meio de câmeras instaladas no campo.

Vale ressaltar que foram desenvolvidas cartilhas para cada subconjunto do público-alvo, com o objetivo de apresentar o conteúdo de maneira personalizada:

• Cartilha da Comunidade;• Cartilha do Educador;• Cartilha dos Pais e Responsáveis;• Cartilha da Criança e Jovem.

As cartilhas foram elaboradas com o objetivo de envolver aqueles que vivenciarão a metodologia da CBF Social no dia-a-dia do Projeto Gol do Brasil, de forma que possam participar de modo ativo e significativo, de sua constante construção, do programa e da cultura do futebol brasileiro.

100% dos instrutores do projeto devem obter o certificado de Capacitação da Metodologia CBF Social.

Atingir todas as regiões do Brasil, até o final do terceiro ano de projeto, para garantir que nos próximos anos a Metodologia CBF Social seja disseminada por todo território brasileiro.

Formar 80% dos alunos que iniciaram o curso nas UAM’s, desde a primeira turma até completar, ao máximo, 17 anos.

Assiduidade de 80% dos alunos nas aulas ao longo do ano letivo, garantindo a aprendizagem em todo processo.

Dobrar o número de alunos no segundo ano de funcionamento das Unidades de Aplicação da Metodologia CBF Social.

Professores com avaliação acima de 80% nas aulas dadas, comprovando a alta qualidade dos alunos.

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Seu objeto: implantar núcleos de futebol de base para o desenvolvimento do Programa Seleções do Futuro em todo o território nacional. Os objetivos mais específicos podem ser descritos como:

• Oferecer condições favoráveis à prática da modalidade futebol; • Contribuir para a melhoria das capacidades físicas e habilidades motoras dos beneficiados, no intuito de melhorar o desempenho esportivo na modalidade futebol; • Desenvolver ações no sentido de contribuir para a formação e qualidade de vida (autoestima, convívio, integração social e saúde).

Público-alvo: crianças e adolescentes com faixa etária entre 06 e 17 anos, prioritariamente aqueles matriculados nas escolas públicas.

A diferença fundamental desta iniciativa é que sua gestão é realizada pelo Ministério do Esporte e prevê que os municípios que desejem participar enviem suas propostas que evidenciem sua adequação aos requisitos do programa.

O Ministério lançou o programa em Belo Horizonte no início de outubro, com a presença do Secretário Geral da CBF, Walter Feldman, e do Gerente de Desenvolvimento Técnico, Responsabilidade Social e Sustentabilidade da CBF, Diogo

Netto. O planejamento estabeleceu que o “Seleções do Futuro” funcione, inicialmente, em caráter “piloto”, com 14 núcleos distribuídos em 11 cidades. O edital de chamamento público para a próxima fase foi publicado no dia seguinte ao lançamento, no Diário Oficial da União (DOU), com os critérios para que municípios de todo o país possam aderir ao programa. A previsão é de que os núcleos estejam implantados e em pleno funcionamento até o primeiro semestre de 2018.

9.2 PROGRAMASELEÇÕES DO FUTURO

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Este programa possui objeto e metas bastante similares àquelas descritas anteriormente, tais como as do “Gol do Brasil”. Seu foco principal são os aspectos sociais e inclusivos da prática esportiva. Em outras palavras, proporcionar aos beneficiados a evolução da consciência, o prazer pela prática esportiva e a aquisição de uma cultura de lazer esportivo.

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9.3 SELEÇÃO NA MINHA CIDADE

Quando a Seleção Brasileira joga em casa todo mundo já sabe o que acontece: tem Seleção na Minha Cidade no local da partida. Na temporada 2017, as cidades de São Paulo e Porto Alegre receberam o projeto, especialmente devido aos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo

FIFA 2018. Com isso, sobretudo as crianças de projetos sociais locais foram brindadas com muita diversão, estiveram bem pertinho dos ídolos em um treino da Seleção, fizeram parte do protocolo de entrada das equipes no gramado e ainda receberam lições de esporte e vida com a CBF Social.

São PauloO projeto promoveu uma experiência certamente inesquecível para cerca de 200 crianças de projetos sociais e escolinhas paulistas que participaram do Festival de Futebol no Pacaembu. Com lições de esporte e cidadania, os exercícios no estádio uniram a prática do futebol a atividades profissionais e educacionais.

Assim como na grama, o CBF Social também realizou o Festival de Beach Soccer na capital paulista. Em parceria com a Federação de Beach Soccer do Estado de São Paulo, o aprendizado nas areias do Centro Educacional e Esportivo Edson Arantes do Nascimento, o “Pelezão”, reuniu cerca de 100 jovens.Na última ação do “Seleção na Minha Cidade”, 50 crianças que participaram

do festival assistiram gratuitamente ao jogo entre Brasil e Paraguai, na Arena Corinthians, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo Fifa Rússia 2018, e outras 25 fizeram parte do protocolo de entrada das equipes em campo.

Na sequencia dos compromissos da seleção, o programa da CBF Social desembarcou na capital gaúcha para levar muito aprendizado e lazer através do futebol aos jovens de projetos sociais e escolas públicas da região.

As atividades foram desenvolvidas ao logo de três dias, começando na terça-feira e terminando no dia da partida, quinta-feira. O projeto contou com a presença de três campeões mundiais em 2002 como seus embaixadores na cidade: são eles os ex-zagueiros Lúcio e Anderson Polga, além do preparador físico Paulo Paixão.

Na “placar” das ações realizadas, tivemos muitos “gols” marcados:

• 20 crianças de projetos sociais e escolas públicas da região presentes ao treino da Seleção Brasileira no Estádio Beira-Rio.

• 100 crianças de projetos sociais ativamente engajadas no Festival de Futebol CBF Social no Estádio Beira-Rio.

• 45 crianças integraram o ensaio do protocolo de entrada no gramado da Arena do Grêmio para o jogo entre Brasil e Equador, bem como dele efetivamente participaram na noite da partida.

• 70 crianças, adolescentes e professores de escolas públicas e projetos sociais de Porto Alegre acompanharam o jogo gratuitamente na Arena do Grêmio.

Porto Alegre

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9.4 CBF SOCIAL NA COPA VERDE

A competição que é disputada por equipes das regiões Norte e Centro-Oeste e do estado do Espírito Santo, também é acompanhada de atividades com consciência ecológica, como a reciclagem de materiais, concursos de redação com temas ambientais, aulas de futebol para crianças menos favorecidas e ações para a compensação das emissões de carbono.

Em reunião no Ministério do Meio Ambiente, a CBF apresentou os resultados das atividades socioambientais realizadas junto à Copa Verde 2017, iniciativas que a marcaram e estimularam a consciência ecológica em todos os envolvidos.

“– Estamos dando os primeiros passos em direção ao que vai ser um novo modelo de desenvolvimento sustentável. Com a Copa Verde, o Brasil se torna referência em competição sustentável” - Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente.

Participaram da entrega dos resultados socioambientais da competição representantes do Ministério do Meio Ambiente e da CBF, dentre os quais o Secretário-Geral da CBF, além de parlamentares e empresários.

Os resultados citados somente puderam ser alcançados a partir do engajamento das pessoas em ações fundamentais na edição desta temporada da competição, as quais são apresentadas a seguir:

Além dos importantes resultados alcançados, a CBF trabalha para que, já em 2018, a Copa Verde se credencie para receber a certificação de conformidade com a ISO 20121, a norma de gerenciamento de eventos sustentáveis.

• Compensação de todo o carbono emitido pela competição (265 toneladas de CO2) por meio do plantio de 1.450 mudas de árvores em Anapu (PA). A ação vai recuperar um hectare de mata ciliar no sistema agroflorestal. As mudas foram plantadas com a ajuda dos agricultores familiares locais e a parceria do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), Iniciativa Verde e Secretaria de Meio Ambiente de Anapu;

• Reciclagem de 2,57 toneladas de garrafas pet, o correspondente a 100 mil garrafas pet a menos nas ruas. Nas competições, os torcedores trocaram garrafas por ingressos ou doaram. Essa ação contribuiu para fazer do futebol uma ferramenta de educação para a sustentabilidade e aumentou a acessibilidade da população aos estádios;

• Alcançado o recorde de lixo zero no jogo Paysandu x Luverdense no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, em Belém. Foram envolvidos 50 catadores de três cooperativas e recolhidos: 410 kg de papel, 230 kg de garrafas pet, 2 kg de alumínio, 20 kg de plástico, 600 kg de papelão e 180 kg de rejeito – um total de 1.262 kg. Durante toda a Copa Verde, foram recolhidos 2.682 kg de resíduos, por 120 catadores e 7 cooperativas. Esta ação evitou a emissão de 19 toneladas de carbono e a economia de 51,6 m³ de água;

• Realizadas oficinas de consumo consciente com mais de 30 crianças da Fundação Propaz de Belém (PA), durante a final, realizada pelo Instituto Akatu em parceria com o MMA;

• Ministradas aulas de futebol da CBF Social com conteúdos de sustentabilidade, utilizando jogos com temas relacionados ao meio ambiente;

• Entrega do “Troféu Vivo” aos grandes vencedores (o campeão Luverdense e o vice-campeão Paysandu), prêmio este que foi plantado na sede dos respectivos clubes: trata-se de uma muda de árvore do bioma da região de cada equipe;

• Entrega do Troféu FSC, desenvolvido em madeira com certificação Internacional do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil);

• Distribuição de mil copos ecológicos na partida final, com um impacto de diminuição de aproximadamente 60 Kg de copos de plástico;

• Realização do concurso de redação e vídeos com o tema “Rios Voadores”. Participaram 45 escolas de Belém, Distrito Federal e Mato Grosso, atingindo 6,4 mil alunos. Duas vencedoras foram premiadas na partida final.

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9.5 EVENTOS

Seminário CBF Social e ONU

Com um debate recheado de conteúdo no auditório da CBF, no Rio de Janeiro, o Seminário de “Responsabilidade Social, Prevenção ao Crime e Proteção de Jovens no Contexto do Esporte” foi encerrado em 31 de outubro, ressaltando o potencial transformador do futebol na vida dos jovens brasileiros.

Realizado pela CBF Social em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o evento abordou as potencialidades do esporte como agente de paz e de proteção das crianças e adolescentes, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social.

O tetracampeão mundial Jorginho abriu os trabalhos da mesa “Desafios e oportunidades para programas de habilidades para vida no contexto esportivo juvenil”, que também contou com a troca de experiências com o professor Cyro (responsável por implantar a metodologia “Vamos Nessa” na Vila Olímpica do Vidigal) e do gerente de Desenvolvimento Técnico, Responsabilidade Social e Sustentabilidade da CBF, Diogo Netto.Durante a apresentação do projeto social “Bola na Frente”, Jorginho abordou suas inspirações e desejos de mudar a realidade da comunidade na qual cresceu, em Deodoro, subúrbio do Rio.

“Eu sabia que poderia transformar a minha comunidade. E graças a Deus, consegui tocar esse projeto. O futebol transformou a minha vida, mas eu fui um atleta de alto rendimento... Como transformar a vida daqueles jovens que não chegarão lá? Se juntarmos o esporte social, com cultura e qualificação profissional, a gente pode fazer muita coisa pela juventude. Vou continuar trabalhando e sonhando com um país e uma cidade diferente”. – revelou Jorginho.

Por fim, o Seminário alertou para a necessidade de garantir a “Proteção integral dos direitos de crianças e adolescentes no esporte”. Tendo sido mediado por Carlos Nicodemos, da Associação de ex-Conselheiros e Conselheiros da Infância, a última mesa de debates contou com a presença de Augusto Souza (UNICEF), Thais Toledo (ACESSOSS), Fernando Fernandes (assistente social do Santos Futebol Clube), Maristela Eleutério (assistente social do Botafogo Futebol e Regatas) e o desembargador Siro Darlan.

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Aqui são apresentadas as principais realizações da Confederação Brasileira de Futebol no que se refere aos aspectos de sua governança, assim como no que tange aos processos que regem sua adequação ao grande arcabouço de regulamentações e legislações aplicáveis a suas operações. Para isso, faz-se necessária uma contextualização diante de alguns fatos recentes de grande relevância.

Nos últimos anos, sobretudo a partir do início da atual gestão da CBF, a entidade passou a direcionar esforços para uma transformação profunda e abrangente em sua governança, bem como em seu ambiente de conformidade, tendo definido pilares fundamentais:

• Fidelidade a sua missão institucional;• Modernização interna e do futebol;• Aprimoramento da transparência;• Valorização da democracia – manutenção de diálogo com a sociedade;• Implantação de melhores práticas de governança e conformidade;• Consciência de seu papel socioambiental.

Pautada por tais premissas e objetivando resultados eficazes e duradouros, a CBF contratou a consultoria internacional EY (Ernst & Young) em 2015, quando foi realizado um mapeamento da estrutura e dos processos internos vigentes. A partir desta avaliação, a entidade focou no aprimoramento do Programa de Governança, Riscos e Conformidade (GRC).

GOVERNANÇA E CONFORMIDADE10 Com o intuito de posicionar a entidade

em um patamar de referência de gestão entre as melhores entidades esportivas do Brasil e do mundo, foram elencados 52 projetos a serem implantados pela entidade. Todos com base nas melhores práticas do mercado corporativo e esportivo, segundo a metodologia de GRC aplicada nas maiores organizações do mundo pela referida consultoria.

Assim nascia o chamado Programa de GRC da CBF, que consistiu no processo gradual de implantação assistida das medidas propostas pela consultoria e aprovadas pela Presidência e Diretoria.

Diante disso, um planejamento de implantação dos projetos foi preparado prevendo um cronograma que se adequasse às demais prioridades da CBF na condução e coordenação do futebol brasileiro. Foram assim traduzidas num “roadmap”, antecipando as ações estruturantes, seguidas daquelas mais voltadas para a sofisticação da organização.

O Programa foi concebido de acordo com as três bases, que atuam de forma integrada, com o objetivo de proporcionar que a organização alcance seus objetivos estratégicos, com maior eficiência, transparência e proteção frente aos riscos e ameaças inerentes ao negócio.

160 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 16110. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

10.1 GOVERNANÇASomadas às recomendações da consultoria, os projetos de governança da entidade também tiveram relevante contribuição do Comitê de Reformas. Alinhado com as premissas de democracia e participação definidas pela atual gestão, o Comitê, instaurado pela CBF ainda em fevereiro de 2016, iniciou as discussões com a meta de identificar os entraves ao desenvolvimento do futebol no país e, a partir daí, desenhou as propostas para alavancar o círculo virtuoso de transformação.

Tendo se constituído por 18 integrantes de diversos segmentos ligados ao futebol, o Comitê estruturou-se em grupos de trabalho que foram formados por pessoas com notório saber nos correspondentes temas de estudo: Código de Ética, Reforma do Estatuto, Calendário do Futebol, Futebol Feminino, Licenciamento e Registro de Clubes, CBF Social e Internacionalização do Futebol.

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Controle Administrativo Melhores práticas de Governança Corporativa

Como desdobramentos práticos deste amplo processo de análises e discussões conduzido pelo Comitê, no que se refere aos temas deste capítulo podemos destacar:

• A reformulação do estatuto da CBF, com a redefinição de sua estrutura organizacional e a criação de órgãos independentes de governança;

• O desenvolvimento dos alicerces do Programa de Integridade, que é discutido neste capítulo, na seção 10.2 Conformidade.

Reforma do EstatutoEm 23 de março de 2017, impulsionado pelo Programa de GRC e com as recentes exigências da FIFA e CONMEBOL, foi convocada uma Assembleia Geral Administrativa para aprovar o novo Estatuto da CBF e o Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro. As principais inovações trazidas por esses documentos são destacadas a seguir.

Aprimoramento de Estruturas Judicantes

Atualização do Colégio Eleitoral

Com o objetivo de dirimir com maior eficiência conflitos que possam surgir da interação dos entes que compõem o sistema do futebol, tais como federações, clubes e intermediários, foi criada a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Esta câmara possui sua competência, organização, atuação, funcionamento, procedimentos e sanções definidos segundo regulamento específico aprovado pela Diretoria da CBF.

Com mais de 80 casos distribuídos até 2017, a CNRD já desponta como um dos maiores órgãos de solução alternativa de disputas do Brasil.

Além disso, a CBF elegeu o Centro Brasileiro de Mediação de Arbitragem (CBMA) para atuar como instância recursal e independente no âmbito esportivo, para a qual poderá ser interposto recurso mediante uma decisão final da CNRD.

A alteração estatutária permitiu um maior grau de inclusão de clubes no processo eleitoral da entidade. Foram incluídos no colégio eleitoral presidencial da CBF os 20 clubes que integram a série B do Campeonato Brasileiro. Anteriormente, somente federações estaduais e clubes da

série A do Campeonato Brasileiro eram aptos a votar.

As regras para o sistema de votação previstos no novo Estatuto da entidade obedecem aos critérios constantes da legislação vigente.

Este item pode ser objetivamente descrito como:

• Conselho de Administração;

• Obrigatoriedade de três assinaturas em todos os contratos firmados pela entidade;

• Obrigatoriedade de concorrências para a aquisição de bens e a contratação de serviços pela CBF;

• Criação da Diretoria Executiva de Gestão (CEO) da CBF;

• Redefinição das atribuições do Secretário Geral da CBF;

• Inclusão da Diretoria de Governança e Conformidade entre as diretorias estatutárias;

• Criação de novas estruturas de gestão e governança, como por exemplo:

> Conselho de Administração;

> Comissão de Ética, pautando seus trabalhos com base no Código de Ética, com instâncias de investigação e julgamento;

> Conselho de Governança Corporativa e Conformidade;

> Comissão de Licenciamento de Clubes;

> Comissão de Finanças, Orçamento e Patrocínio;

> Ouvidoria do Futebol e Canal de Denúncias.

162 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 16310. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

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16510. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE164 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

10.2 CONFORMIDADE

Criação de Bases para Implantação

Conselho de Governança Corporativa e Conformidade

As iniciativas de conformidade não se resumem à aderência a aspectos normativos. Trata-se de um processo mais abrangente.

A função de conformidade, ou no termo em Inglês “compliance”, é também percebida pela alta administração com o papel de proteção a quaisquer eventos desfavoráveis que possam acometer a entidade. Em outras palavras, o conjunto de riscos a que a mesma se vê exposta. Com esta perspectiva, a entidade buscou estruturar uma metodologia de gestão de riscos, para lhe ajudar a complementar a referida função.

A partir destas premissas, começou a conceber o Programa de Integridade da CBF. Este foi idealizado de modo a contemplar não apenas as estruturas descritas anteriormente (Código de Ética, Comissão de Ética e Canal de Denúncias), mas, sobretudo, a função de gestão de riscos.

Nesse sentido, durante a condução do programa a entidade desenvolveu a maturidade necessária e entende que o alcance do nível desejado de conformidade é necessariamente decorrente da implantação de um processo seguro para a mitigação de riscos. O detalhamento de todas as iniciativas e ações adotadas como parte do programa é descrito a seguir.

Configurou-se inicialmente no conjunto de atividades e processos que foram concebidos para direcionar a CBF no caminho da adequação a todo o conjunto de regulamentos, leis e normativos aplicáveis ao seu segmento de atuação. Por isso, em um primeiro momento, a entidade define o que convencionou chamar de Órgãos de Fiscalização e Conformidade. São eles:

I – Conselho de Governança Corporativa e Conformidade;

II – Comissão de Ética;

III – Ouvidoria do Futebol e Canal de Denúncias.

A seguir, faremos um resumo explicativo de tais estruturas.

Função de destaque perante os demais órgãos de governança assume o Conselho de Governança Corporativa e Conformidade ou Conselho de GCC, também estabelecido em 2017. Ele possui membros fixos que são o Secretário Geral, o Diretor Executivo de Gestão, o Diretor Jurídico e o Diretor de Governança e Conformidade; pode reunir-se a qualquer tempo e levar assuntos a todo o corpo diretivo da CBF, sempre que julgar necessário ou urgente. Conforme preconiza seu regimento interno, as reuniões regulares ocorrem trimestralmente.

Ao Diretor de Governança e Conformidade cabe reportar tanto para a Alta Administração, como também para o Conselho. Ele é encarregado de trazer os assuntos relevantes de sua pasta para discussão e avaliação no colegiado.

De acordo com o estatuto da entidade, o conselho e seus membros “deverão buscar a excelência em governança corporativa e conformidade, com vistas a fortalecer e criar as melhores condições para o desenvolvimento do futebol brasileiro”. E isto deve ser alcançado tomando-se como base os seguintes princípios:

• Transparência/ disclosure;

• Equidade/ fairness;

• Prestação de contas/ accountability;

• Responsabilidade corporativa/ compliance.

Para facilitar a visualização quanto à forma de comunicação do conselho com as demais estruturas, temos:

Estrutura de Reporte entre Conselho, Diretoria de Governança e Alta Administração

MEMBROS DO CONSELHO

• Diretor Executivo de Gestão,• Secretário Geral;• Diretor Jurídico;• Diretor de Governança e Conformidade.

Reporte ao Conselho

Suporte à AltaAdministraçao

CONSELHO DE GOVERNANÇACORPORATIVA E CONFORMIDADE

DIRETORIA DE GOVERNANÇAE CONFORMIDADE

PRESIDÊNCIA DIRETORIA EXECUTIVA DE GESTÃO

SECRETARIA GERALDIRETORIA

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166 167RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 10. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

Código de Ética do Futebol Brasileiro

Conforme define o estatuto da entidade, constitui-se num “órgão autônomo e independente, com poderes para apreciar, investigar, processar, julgar e punir infrações de natureza ética”, regendo-se pelo Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro.

CÂMARA DEJULGAMENTO

PRESIDENTE

CÂMARA DEINVESTIGAÇÕES

Corresponde ao instrumento criado para reger e pautar a atuação dentro de padrões éticos pelo conjunto de pessoas que integram o futebol brasileiro. O documento foi amplamente debatido, sendo colocado em discussão pública pelo Comitê de Reformas em 2016 e aprofundado pelo correspondente grupo de trabalho. Foi também revisado e finalizado pela Diretoria Jurídica, sendo assim aprovado pela Assembleia Geral de março de 2017.

Entre as principais características do Código estão sua abrangência e alinhamento com a legislação anticorrupção, bem como seu caráter de normatização de temas como o relacionamento com a Administração Pública, o conflito de interesses e práticas que preservem a integridade das partidas das competições coordenadas pela CBF, incluindo a previsão para aplicação de sanções pela Comissão de Ética.

Conforme mencionado, a Comissão de Ética tornou-se um órgão estatutário, independente, cujo presidente é escolhido pela Diretoria da CBF e possui mandato de 2 anos.

É constituída por duas câmaras: de Investigação e de Julgamento, as quais devem ser compostas, cada uma, por 3 membros.

É relevante destacar que a CBF proporcionou a seus colaboradores o apropriado treinamento a respeito do referido código, quando de sua implantação.

São pessoas sujeitas a ele:

• CBF (presidente, diretores e funcionários)• Federações Estaduais e seus membros• Clubes de Futebol e seus membros • Ligas e seus membros• Dirigentes eleitos, nomeados ou contratados• Jogadores• Técnicos e Comissão Técnica• Árbitros e árbitros assistentes• Profissionais da área médica atuantes no futebol• Intermediários e organizadores de partidas• Clientes• Fornecedores• Parceiros de negócios

Comissão de Ética

Presidente da Comissão de Ética do Futebol BrasileiroConselheiro: CARLOS RENATO DE AZEVEDO FERREIRA

Presidente da Câmara de InvestigaçãoConselheira: GLADYS REGINA VIEIRA MIRANDA

Conselheiro da Câmara de InvestigaçãoANTONIO CARLOS DE AGUIAR DESGUALDO

Conselheiro da Câmara de JulgamentoMARCO AURELIO RAVANELLI KLEINAMILAR FERNANDES ALVES

Primeira reunião do Conselho de GCC, com a participação integral de seus membros, tendo a exposição de assuntos pelo secretário do conselho - Diretor de Governança e Conformidade.

1

Page 86: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Canal de Denúncias

169

O canal foi implantado e efetivamente aberto ao público (tanto interno quanto externo) a partir da aprovação do Código de Ética do Futebol Brasileiro. Foi estruturado em plataforma online e pode ser acessado tanto pelo endereço eletrônico eticadofutebolbrasileiro.com.br quanto pela página principal do website da CBF.

A partir do referido endereço, o interessado pode consultar o Código de Ética, a relação dos membros da Comissão de Ética e o formulário para relatar qualquer situação que possa ser enquadrada como uma infração ao código. Além disso, os estágios do processo pelos quais transitam os chamados registrados também podem ser acompanhados por seus respectivos autores na plataforma.

168 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 10. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

É importante destacar que os chamados registrados somente ficam disponíveis aos responsáveis por apurá-los, ou seja, os membros da Comissão de Ética. O acesso é restrito e os trabalhos da Comissão de Ética são conduzidos no mais alto grau de confidencialidade e proteção a eventuais denunciantes. Até 2017, a Comissão de Ética já havia recebido mais de 80 denúncias éticas.

Com o intuito de prevenir eventos prejudiciais, antever obstáculos à realização de seus objetivos estratégicos e contribuir para a tomada de decisões da Alta administração, a Diretoria de Governança e Conformidade implantou o processo de Gestão de Riscos Corporativos.

A implantação da gestão de riscos corporativos na entidade obedeceu a um processo organizado, cuja primeira etapa foi a de entrevistas de autoavaliação com os diretores acerca da percepção de cada um quanto aos riscos mais importantes que pudessem estar associados aos processos sob sua responsabilidade.

O processo de gestão de riscos foi fundamentado na metodologia inspirada nas diretrizes do COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e na Norma ISO 31.000, que define requisitos para um sistema de gestão de riscos.

Gestão de Riscos

Primeiro Treinamento sobre o Código de Ética do Futebol Brasileiro e Canal de Ética (19 de abril de 2017)

Page 87: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Sistema de Gestão da Qualidade Certificado pela ISO 9001:2015

A partir daí, para dar sustentação ao processo de gestão de riscos, foi desenvolvida, com o apoio da consultoria, uma ferramenta própria para a consolidação, classificação e monitoramento dos riscos corporativos. Esta ficou conhecida como o dashboard de monitoramento de riscos.

Com o auxílio da ferramenta, o alcance da função de conformidade pôde ser ampliado. Através dela, a entidade filtra e obtém os riscos críticos; estes, por sua vez, direcionam os processos mais relevantes, aos quais tais riscos encontram-se atrelados. Desta forma, o dashboard, de modo objetivo, aponta onde prioritariamente devem ser direcionados os esforços de melhoria.

O processo de Gestão de Riscos Corporativos – Modelo adotado pela CBF

170 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 17110. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

1 2 3 4 5CONTEXTO E

VISÃO INICIALDE RISCOS

METODOLOGIARISCO CBF

IDENTIFICAÇÃODOS RISCOS

AVALIAÇÃO EPRIORIZAÇÃO

MORITORAMENTOE REPORTE

Reflexão inicial sobre

principais riscos corporativos da CBF, pela Diretoria de

Governança e Compliance

Elaboração da Política de

Gestão de Riscos Corporativos

Entrevistas de autoavaliação com todos os

diretores da CBF e preenchimento

das Fichas de Risco

Avaliação do apetite a riscos da Entidade e

priorização dos riscos na Matriz de Criticidade

Elaboração de Dashboard de

acompanhamentoe reporte ao Conselho de Governança

Corporativa e Conformidade

Para acompanhar o processo de aprimoramento de sua gestão, em paralelo a CBF se preparou e implantou um sistema de gestão da qualidade, que foi certificado por um organismo independente acreditado pelo INMETRO, em conformidade com a norma ISO 9001:2015.

Vale ressaltar que, após toda a fase de preparação conduzida com o apoio de uma consultoria especializada (Qualimetria), a CBF e as áreas operacionais do escopo do sistema de gestão foram inicialmente avaliados por uma auditoria interna, independente, que avaliou previamente o grau de adequação da CBF quanto aos requisitos da norma. Em um segundo momento, a entidade foi outra vez avaliada na auditoria realizada pelo organismo certificador, após a qual obteve a certificação.

O sistema de gestão da qualidade da CBF abrange as atividades-fim da entidade, as quais estão sob a responsabilidade dos seguintes departamentos:

• Competições;

• Registro e Transferência;

• Arbitragem.

Telas do dashboard de riscos

Page 88: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

172 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 17310. GOVERNANÇA E CONFORMIDADE

Entre outros benefícios, a implantação dos padrões internacionais da norma (ISO), habilita e credencia a entidade por obter:

• Processos mais robustos – aproveitando as oportunidades para minimizar riscos;

• Pessoas qualificadas e comprometidas para cada atividade – com atribuições claras sobre o que fazer e como fazer (conduta ética);

• Sistemas de informação adequados – tecnologia e eficiência.

Todas as melhorias obtidas com a implantação do sistema de gestão da qualidade somam-se para o alcance de um dos grandes objetivos da CBF, ou seja, aumentar o nível de qualidade dos serviços prestados aos seus “clientes” que, para efeito de aplicação da norma, foram considerados como os clubes nacionais.

Para mensurar e acompanhar os resultados do sistema de gestão da qualidade da CBF, foram definidas as seguintes atividades:

• Acompanhamento de indicadores de desempenho de processos;

• Adoção de metodologia para mensurar a satisfação de clientes;

• Pesquisa de satisfação para obter a percepção de clientes;

• Análise e atuação nos pontos relevantes dos resultados da pesquisa.

O objetivo da norma é trazer confiança ao cliente de que os produtos e serviços da empresa serão criados de modo repetitivo e consistente.

10.4 CONCLUSÃOPode-se afirmar que a Diretoria de Governança e Conformidade foi estabelecida com o objetivo de “apoiar as demais Diretorias da CBF no cumprimento das exigências de Compliance, além de fortalecer a Governança da entidade”. Diante de tal perspectiva, ao se acompanhar as atividades desempenhadas, já no ano inicial de sua criação, podemos destacar significativos resultados alcançados:

• Estreitamento da relação com as áreas correspondentes de Compliance da CONMEBOL e FIFA, as quais reconheceram a importância do Programa de Compliance da CBF;

• Liberação de verbas da FIFA e da CONMEBOL, tais como as do legado da Copa do Mundo FIFA 2014, do Programa FIFA Forward e do Programa Evolución (CONMEBOL);

• Evolução do status de implantação do Programa de Governança, Gestão de Riscos e Conformidade (GRC), que avançou de 46% para 83% no período;

• Representação da CBF no FIFA Compliance Summit, na sede da entidade em Zurique, Suíça, para apresentar o sistema de Compliance e gestão de risco da CBF como modelo para as demais federações nacionais de futebol.

Resumo do SGQ CBF e seu escopoCONTEXTO DAORGANIZAÇÃO

REQUISITOSDE CLIENTES

RESULTADODO SGQ

NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DAS PARTES

INTERESSADAS

PROCESSOS DA ALTA DIREÇÃO

PROCESSOS DE APOIO RH, TI, JURÍDICO, FINANCEIRO E QUALIDADE

PROCESSOS DA ARBITRAGEM

PROCESSOS DE COMPETIÇÕES

PROCESSOS DE REGISTROS & TRANSPARÊNCIAS

Apresentação realizada pelo Diretor de Governança e Conformidade da CBF na sede da FIFA, em Zurique/ Suíça, durante o FIFA Compliance Summit (outubro/2017).

Por fim, apresentamos um resumo esquemático do processo e ciclo do sistema de gestão implantado – e seu escopo - em conformidade com a ISO 9001:2015

Page 89: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

11FI

NANC

EIRO

Page 90: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Neste capítulo apresentamos as principais informações financeiras que refletem as atividades da Confederação Brasileira de Futebol, relativas ao ano fiscal de 2017. Cumpre ressaltar que as informações aqui descritas foram auditadas, validadas e aprovadas sem ressalvas por auditoria independente. Adicionalmente, a entidade reafirma a transparência mantendo no site oficial as demonstrações financeiras auditadas e suas notas explicativas disponíveis para consulta.

A CBF segue afirmando e cumprindo sua função institucional de incentivo e apoio ao desenvolvimento do futebol nacional, sendo evidenciado a partir das informações deste capítulo.

Os números corroboram o incremento global dos investimentos em três pilares de atuação fundamentais para a entidade: as seleções, as competições coordenadas e o suporte a suas entidades filiadas, as Federações Estaduais (responsáveis por fomentar o futebol local e operacionalizar competições regionais).

Adicionalmente, o torneio regional Copa Verde também recebeu significativo aumento de 67% em suporte financeiro.

A Confederação continua firme com a missão de fomentar o futebol brasileiro, a melhoria e racionalização da operacionalização de processos de antidoping, arbitragem e a capacitação de gestores em todas as regiões do país.

A seguir, apresentamos cada um dos aspectos financeiros de interesse, os quais serão detalhados nas seções correspondentes:

1) Ativos2) Receitas3) Projeção de Receitas4) Despesa Total5) Custos Diretos com o Futebol6) Despesas Operacionais7) Impostos8) Projeção de Custos e Despesas9) Resultado Operacional e Superávit Líquido10) Liquidez e Endividamento

INFORMAÇÕES FINANCEIRAS11

Entre 2010 e 2017 o ativo total da CBF aumentou em 287%, um incremento de R$ 656,538 milhões em 7 anos, decorrente de um aumento médio consistente de 20% ao ano. Este é um número expressivo frente a uma a inflação de aproximadamente 63% do período.

176 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 17711. FINANCEIRO

11.1 ATIVOS

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

Ativo Total - Bases Anuais

900.000

800.000

700.000

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0

228.706

2010

310.782

2011

362.844

2012

456.359

2013

527.326

2014

625.507

2015

764.841

2016

885.244

2017

Page 91: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

17911. FINANCEIRO

11.2 RECEITAS 11.2.1 RECEITAS OPERACIONAIS

A receita total da CBF, representando tudo que a entidade arrecadou no ano, atingiu em 2017 o valor de R$ 590,217 milhões. Isto representou uma queda de 9% em relação à receita total de 2016, que se deu principalmente pela baixa cotação das moedas estrangeiras, visto que parte

dos contratos de patrocínio da CBF estão lastreados em moeda estrangeira e, estes contratos, de acordo com as regras contábeis, são provisionados para o exercício corrente de acordo com a cotação do primeiro dia útil do ano.

As receitas operacionais podem ser segregadas em 5 grandes grupos, conforme mostra a tabela a seguir.

O total de receitas pode ser dividido em receitas operacionais e receitas financeiras.

Considerando a estratificação das receitas operacionais verifica-se que a maior variação positiva da receita total, em relação a 2016, foi de bilheteria e Renda de Jogos das Seleções, que teve um aumento de R$ 13,406 milhões representando um aumento de 31%. Este aumento está diretamente relacionado ao desempenho da seleção nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2018, que levou milhares de torcedores para os estádios. Na última partida deste torneio, alcançou a maior bilheteria da história do futebol brasileiro: com renda de R$ 15,118 milhões, a seleção bateu o recorde do Atlético-MG que, na conquista do título inédito da Copa Libertadores de 2013, havia arrecadado R$ 14,176 milhões.

Em relação aos patrocínios, observa-se que esta variação está substancialmente relacionada à variação negativa da moeda estrangeira no início de 2017, visto que parte dos contratos de patrocínio da CBF estão lastreados em moeda estrangeira e, estes contratos, de acordo com as regras contábeis, são provisionados para o exercício corrente de acordo com a cotação do primeiro dia útil do ano. É importante frisar que o mercado publicitário esportivo ainda está sofrendo severos impactos da crise econômica do Brasil. Ainda assim, a CBF conseguiu manter uma relativa estabilidade em contratos com seus patrocinadores.

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

178 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017

Receita Total – Bases Anuais

700.000

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

2017

590.217

2016

646.972

RECEITA OPERACIONAL(em milhares de reais)

PATROCÍNIOS

DIREITO DE TRANSMISSÃO E COMERCIAIS

BILHETERIA E PREMIAÇÕES DAS SELEÇÕES

LICENÇAS, TRANSFERÊNCIAS E INSCRIÇÕES

EVENTUAIS

TOTAL

% DO TOTALDA RECEITA

60%

16%

10%

3%

4%

100%

% DO TOTALDA RECEITA

64%

18%

7%

2%

2%

100%

2017

353.379

95.888

56.748

15.766

22.691

544.472

2016

410.988

117.264

43.342

15.172

10.912

597.698

VAR2016 -2017

-14%

-18%

31%

4%

108%

-9%

Page 92: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Divisão da Receita de Patrocínio de 2017

Direitos de Transmissão e Comerciais

Patrocínio

Receitas Operacionais por Seleção Brasileira e Competições

Na tabela a seguir, observamos que a receita total operacional da CBF possui dois principais segmentos de atuação: Seleção e Competições. A Seleção Brasileira sozinha é responsável por 81% da receita operacional, alcançando o valor de R$ 442,507 milhões em 2017.

As receitas geradas pelos campeonatos coordenados pela CBF representaram 15% do total, que equivale a R$ 79,099 milhões.

As receitas totais de patrocínio tiveram uma queda de 14% quando comparadas a 2016. Esta queda se deve à queda do valor da cotação da moeda estrangeira no início de 2017, em relação ao início de 2016. Conforme explicado anteriormente, parte dos contratos de patrocínio da CBF está lastreada em moeda estrangeira. Tais contratos, de acordo com as regras contábeis, são provisionados para o

exercício corrente de acordo com a cotação do primeiro dia útil do ano.

É relevante ressaltar que a CBF não dispõe de nenhum patrocinador de origem estatal, ou seja, tanto os patrocinadores especificamente focados na Seleção Brasileira, como aqueles que apoiaram exclusivamente os campeonatos são de origem privada.

A segunda rubrica que mais gera receita engloba contratos de direitos comerciais e televisivos das partidas da Seleção Brasileira, bem como das competições coordenadas pela CBF.

O total desta rubrica representa 18% da receita operacional total da

entidade. Ao analisarmos a rubrica por segmentos, observamos que os direitos comerciais e televisivos relacionados às competições representam 53% do valor total desta rubrica, enquanto que os valores relativos à Seleção Brasileira correspondem à parte restante: 47% do total.

O grupo de receitas de patrocínio é composto pelas receitas oriundas do patrocínio da Seleção Brasileira de futebol e aquelas oriundas do patrocínio dos campeonatos coordenados pela CBF. Vale ressaltar que a entidade não recebe recursos ou patrocínio advindos de entidades públicas. Esta informação é de suma importância considerando que o mercado publicitário esportivo no Brasil é majoritariamente apoiado por empresas estatais.

Em 2017, as receitas de patrocínio alcançaram o valor de R$353,379 milhões e representaram 65% da receita operacional total, sendo que as oriundas exclusivamente da Seleção Brasileira perfizeram 96% do total da rubrica de patrocínios e 63% da receita operacional total da entidade.

RECEITA OPERACIONAL 2017(em milhares de reais)

PATROCÍNIOS

DIREITO DE TRANSMISSÃO E COMERCIAIS

PARTIDAS REALIZADAS

EVENTUAIS

TOTAL

COMPETIÇÃO

12.927

50.406

-

-

79.099

SELEÇÃO

340.277

45.482

56.748

-

442.507

OUTROS

175

-

0

22.691

22.866

TOTAL

353.379

95.888

56.748

22.691

544.472

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais

Receitas de Direitos de Transmissão e Comerciais – Bases Anuais

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

180 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 18111. FINANCEIRO

140.000

120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0

2017

95.888

2016

117.264

Page 93: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Bilheteria e Premiações das Seleções

A participação da Seleção Brasileira em partidas válidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2018 e amistosos rendeu receitas de bilheteria, valores contratuais e premiações de competições. Tais valores são contabilizados nesta linha de receitas.

Em 2017, a Seleção Brasileira principal participou de 11 jogos, sendo 6 pelas Eliminatórias da Copa da Rússia e 5 amistosos. Desses 11 jogos, 7 foram disputados no exterior, sendo 3 das eliminatórias e 4 amistosos. O alto rendimento da Seleção Brasileira principal nas partidas disputadas, bem

como o relevante desempenho da gestão com relação a operação de jogos e a estratégia de precificação, proporcionou, conforme mencionado anteriormente, o recorde de bilheteria nacional, alcançando o valor de R$15,1 milhões em uma única partida.

A entidade arrecadou um total de R$ 56,748 milhões em 2017, tendo um incremento significativo em relação a 2016, quando o valor foi de R$ 43,342 milhões. Este incremento foi devido principalmente ao sucesso de público nos jogos do Brasil nas eliminatórias e à realização de mais jogos fora do país, quando comparado ao ano de 2016.

Observa-se que esta variação negativa dos direitos de transmissão está substancialmente relacionada à baixa do dólar em 2017, que apresentou variação negativa de 19% em relação a 2016, e visto que parte dos contratos de direitos de transmissão da CBF está lastreada em moeda estrangeira.

As edições do Campeonato Brasileiro séries B, C e D, a Copa do Brasil masculina e feminina e o Campeonato Brasileiro Feminino compõem os valores desta linha. Não estão incluídos os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da série A. Vale lembrar que os direitos de transmissão da série A são negociados diretamente entre os clubes e a emissora detentora dos direitos.

Em 2017, podemos ressaltar a atuação da CBF, que conduziu o processo de negociação com a emissora detentora dos direitos. Desta forma, foi possível aumentar expressivamente os valores das participações e prêmios da Copa do Brasil, a competição mais democrática do país. Somando o valor das cotas de todas as fases com o prêmio pelo título, o campeão poderá faturar até R$ 67,300 milhões, o que representa um aumento de 425,78% frente ao prêmio recebido pelo campeão de 2017, que alcançou R$ 12,800 milhões.

182 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 18311. FINANCEIRO

Faturamento do Campeão da Copa do Brasil - Comparativo 2017/2018

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais

60

50

40

30

20

10

0

43.342

Bilheteria e Premiações das Seleções - Bases Anuais

2016 2017

56.748

2017 2018

12,8 67,3

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhões de reais

425%+

Page 94: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

Eventuais

11.3 PROJEÇÕES DE RECEITAS

11.4 DESPESA TOTAL

Esta linha de receitas é composta por valores oriundos de cursos promovidos pela CBF Academy, da bilheteria do Museu Seleção Brasileira, multas, dentre outros. Verifica-se que a CBF

Academy é o grande responsável pelo aumento desta rubrica, que em 2017 totalizou R$ 4,896 milhões, tendo um aumento de 208% em relação a 2016, quando atingiu R$ 1,589 milhões.

A expectativa para 2018 é de estabilidade com viés de aumento na receita total da entidade, sobretudo em função do cenário de ano de Copa do Mundo e Copa América para a seleção feminina, além da estabilização da taxa de câmbio. A queda na taxa de câmbio de moedas estrangeiras impacta principalmente a receita de patrocínios, visto que parte dos contratos está lastreada em moeda estrangeira.

Cumpre reafirmar que a CBF vem atuando de forma incisiva em estratégias de marketing e ativação junto com os patrocinadores, de forma a cada vez mais demonstrar a relevância e potencial da marca da Seleção Brasileira, bem como dos campeonatos que promove.

As receitas de bilheteria e premiações das seleções devem sofrer um aumento, considerando que as seleções participarão de campeonatos importantes.

11.2.2 RECEITAS FINANCEIRASJá as receitas financeiras em 2017 totalizaram R$ 43,428 milhões, apresentando uma queda de 12% em relação a 2016, que atingiu R$ 49,294

milhões. Esta variação negativa se deu principalmente pela queda da taxa SELIC, gerando um menor retorno financeiro para os investimentos realizados pela CBF.

A despesa total da CBF atingiu em 2017 a marca de R$ 539,512 milhões. Isto representou uma queda de 11% em relação à despesa total de 2016. A despesa total é composta por custo com futebol e demais despesas, conforme apresentado no gráfico, onde observamos o comparativo entre

os anos de 2016 e 2017. Apesar da queda na despesa total, os custos com futebol tiveram um aumento de representatividade em relação à soma dos custos e despesas operacionais. Em 2016 os custos refletiam 60% destas despesas, enquanto que em 2017 este percentual subiu para 61%.

Com isso, as receitas derivadas de participação, premiação e bilheteria tendem a ser maiores quando comparadas com 2017.

As demais receitas devem sofrer grande aumento, considerando que através do Programa de Assistência Financeira

a CBF receberá verbas da FIFA e CONMEBOL para o fomento ao futebol brasileiro.

Considerando o cenário exposto, a entidade seguirá concentrando esforços para manter suas finanças equilibradas, conforme detalhado neste relatório.

Esta queda de aproximadamente R$ 63,739 milhões se deve principalmente aos R$ 39,022 milhões de variação cambial e ao evento pontual de contingências de processos vinculados ao INSS, ocorridos em 2016. A CBF provisionou R$ 12 milhões para o pagamento de tais eventos, além de R$ 8 milhões em despesas financeiras vinculadas à multa do INSS.

Custos X Despesas – Bases Anuais

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

184 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 18511. FINANCEIRO

350.000

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0

192.039 183.566

60.0219.407 62.841 64.830

178 0

288.172 281.709

CUSTOS DESPESASOPERACIONAIS

DESPESASFINANCEIRAS

OUTRASDESPESAS

TRIBUTOS

2016 2017

Page 95: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

11.5 CUSTOS DIRETOS COM FUTEBOL

Os valores contabilizados como custos diretos com o futebol podem ser divididos em três grupos:

Considerando os 3 grupos, os custos diretos com futebol atingiram o valor de R$ 281,708 milhões em 2017, o que representa uma queda de 2% se comparado com o ano anterior, que registrou R$ 288,172 milhões.

A queda em custos com futebol na comparação com 2016 pode ser explicada principalmente pelo fato da Seleção Brasileira ter disputado somente uma única competição em 2017, as Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2018, além da participação em poucos jogos amistosos. No ano de 2016, diferentemente, os custos envolvendo a Seleção Brasileira foram maiores devido à sua participação na Copa América Centenário, sediada nos Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos do Rio e num número maior de jogos das mesmas Eliminatórias.

Na análise dos grupos, temos:

SELEÇÃO BRASILEIRA:

A CBF mantém e administra atualmente um total de 8 seleções, sendo:

• Masculinas: Principal, Olímpica, Sub 20, Sub 17, Sub 15;

• Femininas: Principal, Sub 20 e Sub 17.

O grupo “Seleção Brasileira” é utilizado para contabilizar os custos com todas as “seleções brasileiras”. Consiste nos desembolsos da CBF envolvendo: comissão técnica, delegações, passagens, alimentação, hospedagens, custos administrativos com o departamento de seleções e demais itens necessários para a operação e desenvolvimento das seleções, nas competições e amistosos de preparação realizados ao longo do ano.

COMPETIÇÕES:

O segundo grupo de custos é relativo aos desembolsos com as competições, os quais são compostos, de forma substancial, por dispêndios com arbitragem, exames antidoping, transportes aéreos e terrestres, além de custos com hospedagens das competições promovidas pela CBF.

FOMENTO AO FUTEBOL:

O terceiro grupo de custos é utilizado para registrar a contribuição para o fomento ao futebol nos Estados. Consiste no repasse às Federações para custeios operacionais, visando o incentivo para o desenvolvimento do Futebol Regional, em consonância com o artigo 12º do Estatuto da CBF. Também estão incluídos neste grupo os custos referentes à Granja Comary e aos órgãos e departamentos de apoio.

186 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 18711. FINANCEIRO

1SELEÇÃO

BRASILEIRA

2COMPETIÇÕES

3FOMENTO

AO FUTEBOL

1 2

3

Custos com Futebol – Bases Anuais

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

350000

300000

250000

200000

150000

100000

50000

281.709

20172016

288.172

Custos por Grupo – Bases Anuais

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

150.000

100.000

50.000

0

73.907 73.836 84.939

122.934147.272

2016 2017

66.994

SELEÇÃO BRASILEIRA FOMENTO AO FUTEBOLCOMPETIÇÕES

Page 96: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

11.5.2 CUSTOS COM COMPETIÇÕES

11.5.1 CUSTOS COM A SELEÇÃO BRASILEIRA

Na análise dos grupos de custos, pode-se facilmente identificar que o mais representativo deles é aquele relativo à Seleção Brasileira. Em 2017 atingiu R$ 122,934 milhões, o que correspondeu a 44% dos custos com

o futebol da entidade no período ou 23% do total da receita operacional em 2017. Conforme descrito anteriormente, a CBF é responsável por 8 seleções, incluindo as principais e de base, masculinas e femininas.

O grupo “Competições” corresponde ao segundo maior grupo de custos em relevância, respondendo por desembolsos da ordem de R$ 84,939 milhões. Isto representou 30% do total dos custos com futebol e equivaleu a 17% do total da receita operacional auferida pela entidade em 2017. Neste mesmo ano, a CBF foi responsável por promover e coordenar 16 campeonatos, 2 a mais do que no ano anterior, nos quais foram realizadas 1.920 partidas, além de 1

campeonato virtual em plataforma de jogo eletrônico.

Os custos com os campeonatos das séries C e D alcançaram o montante de R$ 62,057 milhões, o que equivale a 73% das despesas com competições. A receita decorrente destas duas competições, proveniente dos direitos de transmissão, foi equivalente a R$ 6,190 milhões ou 10% do que a CBF investiu nas séries C e D.

188 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 18911. FINANCEIRO

Receitas X Custos – Competições

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

135.000

90.000

45.000

0

124.240

79.099

RECEITA CUSTO

Alcançamos conclusões importantes ao compararmos a receita bruta com os custos do futebol. Os custos diretos com campeonatos superaram as receitas correspondentes. Em outras palavras, verificou-se um déficit de aproximadamente R$ 45,141 milhões.

Custos por Seleção – Comparativo 2016/2017

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhões de reais.

120

100

8060

40

20

0

96

SELEÇÃO PRINCIPAL

99

14 13

SELEÇÕES DE BASE

33

SELEÇÕES FEMININAS

15

2016 2017

11.5.3 CUSTOS COM FOMENTO AO FUTEBOL

Conforme resumido anteriormente, o grupo “Fomento ao Futebol” abrange os desembolsos com o repasse de valores para a organização dos campeonatos estaduais, para a Granja Comary, e para os órgãos e

departamentos de suporte. Em 2017 este valor atingiu R$ 73,836 milhões, o que correspondeu a 26% dos custos com futebol da entidade. Quando comparada com 2016, esta rubrica apresenta aumento de 10%.

Page 97: RELATÓRIO DE GESTÃORelatório de Gestão anual, no qual detalha suas principais realizações no período compreendido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A entidade,

1) O grupo “Despesas com Pessoal”, abrangendo impostos e benefícios associados, registrou um aumento de 10% na comparação com 2016. Este percentual se deve aos aumentos de dissídio coletivo. É importante destacar que não estão consideradas nesta rubrica as despesas com pessoal do departamento de Seleções e dos órgãos e departamentos de suporte às atividades-fim da CBF, uma vez que estes foram considerados no grupo “Custos com Futebol”.

2) As despesas administrativas apresentaram redução e são compostas pelos grupos da tabela a seguir:

A. Gerais e Administrativas – Correspondem às despesas gerais referentes à administração predial, utilidades, serviços gerais das áreas de apoio;

B. Serviços profissionais PJ / terceiros – Correspondem às despesas referentes aos serviços profissionais, tais como: assessoria contábil, auditorias, consultorias, taxas e serviços advocatícios, serviços de tecnologia da informação, além de outros prestadores de serviços especializados;

C. Marketing e ativações – Correspondem majoritariamente às despesas de ativação, operação, intermediação e despesas gerais referentes às atividades de marketing e publicidade com seleções e competições.

3) Os impostos e taxas apresentados acima se referem especificamente aos tributos relacionados às despesas operacionais da entidade, tais como IPTU, IPVA, entre outros. A queda desta despesa se deve a contingências de processos vinculados ao INSS.

A Confederação Brasileira de Futebol, em conformidade com a legislação aplicável, está sujeita ao recolhimento de uma série de impostos e tributos, como o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), entre outros impostos e taxas inerentes ao negócio da CBF. Isto também decorre do fato de que a entidade não se utiliza de recursos públicos de qualquer natureza, conforme citado anteriormente.

Somando-se todos os impostos e tributos, a CBF recolheu aos cofres públicos o montante de R$ 93,389 milhões ao longo do exercício 2017.

Os gastos com impostos e tributos sofreram ligeira redução, na comparação entre 2017 e 2016. Observamos uma variação negativa de 10%, que se deve principalmente ao evento pontual de contingências de processos vinculados ao INSS, conforme mencionado anteriormente.

11.7 IMPOSTOS

11.6 DESPESAS OPERACIONAIS

190 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 19111. FINANCEIRO

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

DESPESAS OPERACIONAIS

COM PESSOAL

ADMINISTRATIVAS

IMPOSTOS E TAXAS

TOTAL

2016

55.636

119.171

17.233

192.039

2016

61.137

118.880

3.549

183.566

#

1

2

3

GRUPO

IMPOSTO DE RENDA

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

IMPOSTOS E TAXAS OPERACIONAIS

COFINS

ENCARGOS SOCIAIS

TOTAL

2016

20.790

7.493

17.233

34.558

23.780

103.854

2017

23.454

8.545

3.549

32.831

25.010

93.389

#

1

2

3

4

5DESPESAS ADMINISTRATIVAS

GERAIS E ADMINISTRATIVAS

SERVIÇOS PROFISSIONAIS PJ/ TERCEIROS

MARKETING E ATIVAÇÕES

TOTAL

2016

53.461

32.516

33.194

119.171

2017

46.404

35.455

37.021

118.880

#

A

B

C

Este grupo de despesas corresponde aos dispêndios necessários para a manutenção de pessoal administrativo (retaguarda ou “backoffice”), que é responsável por garantir as operações da CBF. Todas as despesas que não forem diretamente ligadas ao futebol foram consideradas nesta rubrica.

As despesas operacionais incorridas atingiram R$ 183,566 milhões em 2017. Quando comparado com 2016, é possível verificar que estas despesas se mantiveram praticamente estáveis, com uma variação negativa de R$ 8,473 milhões ou 4%, apesar da inflação acumulada no período de 2,95%, o que demonstra a manutenção dos esforços pela eficiência operacional da entidade.

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11.8 PROJEÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS

No que se refere à projeção de custos e despesas, consolida-se a expectativa de que os gastos totais da entidade deverão sofrer um aumento em 2018, visto que há um maior número competições no calendário das seleções na próxima temporada, incluindo a Copa do Mundo da Rússia e a Copa América para a seleção feminina. Além disso, a CBF deverá estar focada na redução de determinadas despesas operacionais,

impactadas pela implementação de novos mecanismos de gestão, pela revisão de contratos com fornecedores e por parcerias com patrocinadores. Portanto, prevemos uma estabilização, com viés de aumento, dos gastos com o futebol e uma leve redução proporcional dos gastos operacionais.

A previsão do resultado operacional para 2018, com isso, deverá se situar em aproximadamente R$ 42 milhões.

Em 2017, o resultado antes da apuração dos impostos foi de R$ 82,704 milhões, o que representou um acréscimo de 15% em relação a 2016, que registrou R$ 72,004 milhões.

Tomando-se por base todos os números apresentados e, por fim,

o superávit de R$ 50,704 milhões registrados no exercício 2017, a Confederação Brasileira de Futebol atingiu um superávit acumulado de R$ 593,758 milhões. Esse superávit acumulado contribui para a solidez da entidade, como pode ser visto detalhadamente no tópico a seguir.

Embora a receita tenha caído 9%, por motivos mencionados anteriormente, houve também uma queda nas despesas da CBF em relação a 2016 (R$ 63,738 milhões ou 11%), principalmente as despesas financeiras, que apresentaram queda de 84%.

Em 2017 houve uma grande queda nas taxas de juros, o que levou a uma redução de 12% nas receitas financeiras da CBF. Além disso, a entidade segue uma política conservadora em relação aos seus

investimentos. Contudo, a variação cambial apresentou um impacto positivo absoluto de R$ 2,315 milhões.

Portanto, o resultado financeiro da entidade, importante item que integra a composição do resultado operacional, em 2017 foi positivo em R$ 36,336 milhões, contra um resultado negativo de R$ 10,726 milhões em 2016, o que representou um aumento de 439%. Esta variação pode ser explicada principalmente pela variação cambial.

11.9 RESULTADO OPERACIONAL E SUPERÁVIT LÍQUIDO

Na avaliação do exercício 2017, a CBF registrou um superávit de R$ 50,704 milhões contra R$ 43,721 milhões verificados em 2016. Isto representou um aumento de 14%.

Fonte: Diretoria Financeira – valores em reais.

Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.

192 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 19311. FINANCEIRO

GRUPORECEITA BRUTA

DEDUÇÕES DE RECEITA - COFINSRECEITA LÍQUIDA

CUSTOS COM FUTEBOLSUPERÁVIT BRUTO

DESPESAS OPERACIONAISRESULTADO FINANCEIRO

OUTRAS RECEITAS E DESPESASRESULTADO ANTES DA APURAÇÃO DOS IMPOSTOS

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALSUPERÁVIT DO EXERCÍCIO

2016597.678-34.558563.120-288.172274.948-192.039-10.727

-17872.004-28.283

43.721.107

2017544.472-32.831511.642-281.709229.933-183.56636.337

082.704-31.999

50.704.397

GRUPO

DESPESAS FINANCEIRAS

RECEITAS FINANCEIRAS

VARIAÇÃO CAMBIAL

TOTAL

#

1

2

3

2016

-20.998

49.294

-39.022

-10.727

2017

-9.407

43.428

2.316

36.337

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11.10 LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO

O índice de liquidez corrente revela a liquidez da entidade no curto prazo, enquanto o índice de liquidez geral indica a liquidez econômica a longo prazo. De forma geral, índices acima de 1 demonstram que há capital disponível para a liquidação das obrigações de curto e longo prazos.

Levando em consideração os números apresentados pode-se concluir que entre 2016 e 2017 o capital disponível para liquidação das obrigações de longo prazo diminuiu em 6%, mas continua em um patamar considerado satisfatório. Por outro lado, o índice de liquidez corrente mostra que a CBF aumentou sua capacidade de liquidar suas obrigações de curto prazo, caso necessário.

O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores. De forma geral, quanto maior este índice, maior o montante de capital de terceiros que está sendo utilizado para a geração de lucro.Resultado Índice de Liquidez Geral e Corrente – Bases Anuais

194 RELATÓRIO DE GESTÃO CBF 2017 19511. FINANCEIRO

Fonte: Diretoria Financeira.

12,00

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

0

2,33

LIQUIDEZ GERAL

2,48

18,28

LIQUIDEZ CORRENTE

6,89

2016 2017

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www.cbf.com.br

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