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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
SCHULZ S.A - DIVISÃO DE COMPRESSORES
Relatório de Estágio Curricular I Período: 09/09/08 à 19/12/08
Graduanda: Clara Maria Costa Matrícula: 08137804
Orientador de Estágio: Maurício Berto
Concordamos com o conteúdo do presente relatório:
___________________
Joinville, Dezembro de 2008.
1
Schulz S.A. Divisão Compressores. Rua Dona Francisca, 6901. 89219-000 - Joinville – SC Fone: +55 48 3451-6225 Fax: +55 48 3451-6228
http://www.schulz.com.br
2
AGRADECIMENTOS
A empresa Schulz S.A. por acreditar no sistema cooperativo do curso de
graduação de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina.
Ao orientador de estágio, Engenheiro Maurício Berto pelo apoio dado durante o
período de estágio e pelo bom humor.
Aos professores Berend Snoeijer, Germano Riffel e Pedro Novaes pela atenção
e dedicação ao curso e aos alunos, fazendo com que tenhamos uma formação
profissional sólida e de qualidade.
A Deus pela sua grandeza e pelas oportunidades que sem Ele não existiriam e à
minha mãe pela compreensão e carinho.
Aos colegas Luis Miguel Bardini, Evaldo Zepon, Roberto Berndt, Caroline de
Castro, Oscar Rosa, João Lopes, Cristiano Garcia, Robson de Lima, Fernando dos
Santos, Franciele do Nascimento, Roger Santos, Willian Santos, Willian Morais e
demais funcionários pela amizade e ajuda para o desenvolvimento dos trabalhos
realizados.
Aos amigos Filipe, Maísa, Karoliny, Edy, Ney, Fernando, Diego, Mario, Pedro e
Virginia pelo companheirismo e amizade durante este período de estágio.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2. COMPRESSORES DE AR.................................................................................. 5
2.1 Funcionamento dos Compressores de Ar................................................. 5
2.1.1 Compressores Alternativos de Pistão ..................................................... 6
2.1.2 Compressores Alternativos de Membrana .............................................. 7
2.1.3 Compressor Rotativo de Parafusos......................................................... 7
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................... 8
3.1 Análise de Falha em Placa de Válvula ....................................................... 8
3.2 Verificação do Material da Mola da Válvula de Admissão 2 ½”............. 16
3.3 Analise de Defeito em Elastômero do Pressostato ................................ 20
4. CONCLUSÃO ................................................................................................... 28
5. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 29
ANEXO A – HISTÓRICO DA EMPRESA ............................................................. 30
ANEXO B – CRONOGRAMA DE ESTÁGIO. ....................................................... 31
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1. INTRODUÇÃO
O principal objetivo deste trabalho é demonstrar e discutir as atividades
realizadas durante o estágio curricular I realizado no Setor da Qualidade da Divisão de
Compressores da Schulz que se divide em dois setores: o CDCO - controle dimensional
de compressores e o IREC - inspeção de recebimento. Na área do CDCO, as atividades realizadas englobam análises dimensionais,
aprovação de novos fornecedores, processos relativos à qualidade da empresa,
análises de falhas de itens fornecidos, análises de materiais, etc.
Na área da IREC as atividades destinam-se a inspeções de produtos que são
fornecidos à empresa, garantindo a qualidade dos itens que seguem para a linha de
montagem, verificando se os mesmos estão dentro do especificado em projeto.
Durante o período na Empresa, foram realizados três principais projetos: análise
de falha na placa de válvula; análise de corrosão em válvula de admissão; e análise de
defeito em borracha do pressostato. Além destes projetos, foram realizadas outras
atividades: controle dimensional de componentes e ferramentais, análise de itens
retidos pelo controle de qualidade (RCQ) e acompanhamento de retrabalho em blocos
importados.
As principais atividades realizadas seguem detalhadas neste relatório além de
uma breve explicação sobre o funcionamento dos compressores fabricados na
empresa.
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2. COMPRESSORES DE AR
Compressor é um equipamento destinado a elevar a pressão de um fluido
compressível. O nível de pressão de entrada pode ser desde negativa até pressões
positivas e a pressão de descarga pode variar de níveis sub-atmosféricos a
valores de centenas de quilos por centímetro quadrado (kg/cm²).
Os princípios no qual se fundamentam todas as espécies de compressores de
uso industrial são os compressores volumétricos e compressores dinâmicos.
2.1 Funcionamento dos Compressores de Ar
Nos compressores volumétricos ou de deslocamento positivo, a elevação de
pressão é conseguida através da redução do volume ocupado pelo ar. Estas máquinas
possuem um ciclo de funcionamento onde inicialmente certa quantidade de ar é
admitida no interior de uma câmara de compressão, que é fechada para então sofrer
redução de volume. Finalmente, a câmara é aberta e o ar pressurizado é liberado para
consumo. Trata-se de um processo intermitente, no qual a compressão é efetuada em
sistema fechado, ou seja, sem qualquer contato com a sucção e a descarga.
Enquadram-se, neste modo de compressão, dois tipos de compressores distintos: o
alternativo e o rotativo.
Os compressores dinâmicos efetuam o processo de compressão de maneira
contínua, estes possuem duas partes principais: impelidor e difusor. O impelidor é um
órgão rotativo munido de pás que transfere ao ar a energia, parte na forma cinética e
outra na forma de entalpia, recebida de um acionador. Posteriormente, o escoamento
estabelecido no impelidor é recebido por um órgão fixo denominado difusor, cuja função
é promover a transformação da energia cinética do ar em entalpia, com conseqüente
ganho de pressão. Um exemplo de compressor de deslocamento dinâmico é o
centrifugo, geralmente utilizado em indústrias pneumáticas e automatizadas.
Na Schulz S.A. são produzidos compressores alternativos de pistão, alternativos
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de membrana e compressores rotativos de parafusos, de modo que os compressores
de maior uso na indústria são os alternativos, os de palhetas, os de parafusos, os de
lóbulos, os centrífugos e os axiais.
2.1.1 Compressores Alternativos de Pistão
Esse tipo de máquina utiliza um sistema biela-manivela para converter o
movimento rotativo de um eixo no movimento translacional de um pistão ou êmbolo.
Dessa maneira, a cada rotação do acionador, o pistão efetua um percurso de ida e
outro de vinda na direção do cabeçote, estabelecendo um ciclo de operação.
O funcionamento de um compressor alternativo está intimamente associado ao
comportamento das válvulas, que funcionam como diafragma, comparando as pressões
interna e externa ao cilindro. Com isso, temos as etapas do ciclo de funcionamento do
compressor mostradas na figura abaixo.
Figura 1: Etapas do ciclo de compressão.
Na etapa de admissão o pistão se movimenta em sentido contrário ao cabeçote,
fazendo com que haja uma tendência de depressão no interior do cilindro que propicia a
abertura da válvula de sucção, o gás é então aspirado. Ao inverter-se o sentido de
movimentação do pistão, a válvula de sucção se fecha e o gás é comprimido até que a
pressão interna do cilindro seja suficiente para promover a abertura da válvula de
descarga. Isso caracteriza a etapa de compressão.
Quando a válvula de descarga se abre, a movimentação do pistão faz com que o
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gás seja expulso do interior do cilindro. Essa situação corresponde à etapa de descarga
e dura até que o pistão encerre o seu movimento no sentido do cabeçote. Ocorre,
porém, que nem todo o gás anteriormente comprimido é expulso do cilindro.
A existência de um espaço morto ou volume morto, compreendido entre o
cabeçote e o pistão no ponto final do deslocamento deste, faz com que a pressão no
interior do cilindro não caia instantaneamente quando se inicia o curso de retorno.
Nesse momento, a válvula de descarga se fecha, mas a de admissão só se abrirá
quando a pressão interna cair o suficiente para permiti-lo. Essa etapa, em que as duas
válvulas estão bloqueadas e o pistão se movimenta em sentido inverso ao do cabeçote,
se denomina etapa de expansão, e precede a etapa de admissão de um novo ciclo.
2.1.2 Compressores Alternativos de Membrana
O Compressor de Membrana é semelhante ao compressor de pistão, porém o ar
não entra em contato com as partes móveis, devido a uma membrana que vibra
impulsionada pelo movimento do pistão, sendo esta responsável pela compressão do
ar.
A vantagem deste compressor é o ar comprimido isento de óleo, já que não há
contato do ar com os resíduos do óleo lubrificante do sistema devido a membrana.
Figura 2: Ilustrações de um compressor de membrana.
2.1.3 Compressor Rotativo de Parafusos
Os compressores rotativos de parafusos helicoidais dispensam fundações e
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são caracterizados por baixa vibração, grandes faixas de pressão e potência e longa
durabilidade, com uma manutenção mínima.
Esse tipo de compressor possui dois rotores em forma de parafusos que giram
em sentido contrario, mantendo entre si uma condição de engrenamento. A conexão do
compressor com o sistema se faz através das aberturas de sucção e descarga,
diametralmente opostas.
Figura 3: Esquemas de um compressor rotativo de parafusos.
O gás penetra pela abertura de sucção e ocupa os intervalos entre os filetes dos
rotores. A partir do momento em que há o encontro de um determinado filete, o ar nele
contido fica encerrado entre o rotor e as paredes da carcaça. A rotação faz com que o
ponto de engrenamento vá se deslocando para frente, reduzindo o espaço disponível
para o ar e provocando a sua compressão quando finalmente é alcançada a abertura
de descarga, e o gás é liberado.
A relação de compressão interna do compressor de parafusos depende da
geometria da máquina e da natureza do ar.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 3.1 Análise de Falha em Placa de Válvula
O problema da quebra dos anéis da placa de válvula, área selecionada mostrada
na figura 6, que se encontra em dois produtos para maquinas agrícolas foi verificado
primeiramente pelo operador durante o teste realizado após a montagem cuja finalidade
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é avaliar se o bloco suporta vazão e pressão exigidos ao modelo do compressor que a
placa de válvula se rompia na região dos anéis em contato com a palheta de modo a
comprometer a eficiência do sistema.
Inicialmente tomou-se como medida bloquear o uso e recolher todas as peças da
linha e do estoque e encaminhá-las ao IREC, lá ficaram retidas até que fosse
encontrada a causa e conseqüentemente a solução do problema. Apesar das peças
serem de lotes diferentes não havia identificação, portanto não era possível separar o
lote com defeito das peças conformes.
Figura 4: Região fragilizada pelo impacto com a palheta.
Verificou-se que o material da referida placa é FC 20 e recebe esta denominação
segundo a ABNT(277) onde as letras FC significam ferro fundido cinzento seguido de
dois algarismos que representam o limite mínimo de resistência à tração. A classe FC20
é de boa usinabilidade e fundibilidade apresentam melhor resistência mecânica e se
aplicam principalmente em elementos estruturais.
Sabendo-se de qual material se tratava foi encaminhada uma placa que
apresentava o defeito para análise química por espectrometria, ensaios mecânicos de
tração e dureza e metalografia. Simultaneamente realizou-se o ensaio de líquido
penetrante em uma amostragem aleatória das peças retidas.
O ensaio por líquidos penetrantes é considerado um dos melhores métodos de
teste para a detecção de descontinuidades abertas à superfície das peças como
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trincas, poros, dobras que não sejam visíveis a olho nu, em diferentes materiais isentos
de porosidade tais como Metais Ferrosos e Não-Ferrosos, Ligas Metálicas, Cerâmicas,
Vidros, alguns tipos de Plásticos ou materiais organo-sintéticos. Líquidos penetrantes
também são utilizados para a detecção de vazamentos em tubos, tanques, soldas e
componentes.
Este método está baseado no fenômeno da capilaridade que é o poder de
penetração de um líquido em locais extremamente pequenos devido a suas
características físico-químicas como a tensão superficial. O poder de penetração é uma
característica bastante importante uma vez que a sensibilidade do ensaio é
enormemente dependente do mesmo.
Descontinuidades em materiais fundidos tais como gota fria, trincas de tensão
provocadas por processos de têmpera ou revenimento, descontinuidades de fabricação
tais como trincas, costuras, dupla laminação, sobreposição de material ou ainda trincas
provocadas pela fadiga do material ou corrosão sob tensão, podem ser facilmente
detectadas pelo método de Líquido Penetrante.
O processo de ensaio se caracteriza pela utilização básica de três produtos:
� Líquido Removedor, para a pré-limpeza da superfície de ensaio.
� Líquido Penetrante, para penetrar nas descontinuidades abertas à superfície e
formar as indicações (Figura 5; esquerda)
� Revelador, que irá evidenciar e revelar a descontinuidade (Figura 5; direita)
Figura 5: Etapas ensaio liquido penetrante.
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A superfície do material recebeu uma pré-limpeza com um líquido removedor
para que houvesse a eliminação de sujeiras, óleos, graxas ou resíduos de materiais
diversos que pudessem impedir a penetração do penetrante em possíveis
descontinuidades que se desejavam detectar.
O líquido penetrante foi aplicado em aerossol (poderia ser por pincel, pistola, ou
mesmo imersão) sobre a superfície a ser ensaiada, e então agiu na superfície por trinta
minutos, tempo denominado de tempo de penetração (tempo necessário para o líquido
penetrante utilizar-se de seu poder de capilaridade para penetrar nas
descontinuidades). Fez-se então a remoção deste penetrante da superfície por meio de
lavagem com água (ou remoção com solventes), sem que houvesse a remoção do
líquido penetrante retido nas descontinuidades.
A aplicação de um terceiro produto denominado revelador (substancias brancas
utilizadas sob a forma líquida, dispersas em água ou em solventes ou aplicadas sob a
forma de pó puro através de pulverizadores, pincéis ou mesmo por imersão), mostraria
a localização das descontinuidades superficiais por absorver para a superfície o líquido
penetrante retido até então dentro das descontinuidades formando o que chamamos de
Indicação.
A inspeção destas descontinuidades que seriam reveladas foi realizada em
ambiente com luz comum, pois o líquido penetrante era vermelho (portanto visível),
devido ao contraste formado entre a fina camada uniforme branca do revelador e o
líquido penetrante na cor vermelho intenso. Por fim utilizou-se uma lupa para auxiliar a
visualização, mas nenhuma trinca foi encontrada.
O ensaio se caracteriza pela facilidade que o método proporciona na aplicação,
em qualquer lugar independente de disponibilidade de recursos, que outros métodos
necessitam.
As vantagens são o baixo custo, facilidade na aplicação, alta sensibilidade e
possibilidade de utilização em materiais como ferro, aço, alumínio, ligas de titânio ou
níquel, cerâmica, vidro, e etc; em processos de fabricação como fundição, forjamento,
laminação, solda e na verificação de materiais em serviço quanto a fadiga ou corrosão
sob tensão.
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O ensaio se aplica normalmente a superfícies em temperatura ambiente,
entretanto, é possível utilização em superfícies com temperaturas de até 65°C. Nestes
casos os parâmetros de processo do ensaio como tempos de penetração, de revelação
e de secagem, devem ser adequados às condições em que se realizarão o ensaio.
Algumas das desvantagens do processo são:
� As limitações de aplicação do processo em superfícies com extrema rugosidade ou
micro porosidade.
� O tempo de desenvolvimento do ciclo total do processo, normalmente mais longo,
quando comparados a outras técnicas de ensaio.
� A complexidade geométrica das peças é um fator limitador de aplicação do ensaio;
pode não haver possibilidade de acesso aos locais a serem ensaiados.
O resultado da primeira analise metalográfica identificou a forma, tamanho e
disposição da grafita, a presença de 2% Steadita (Fe3P) e Sulfeto de manganês (MnS).
Como o material ferro fundido cinzento é uma liga ternária composta por ferro,
carbono e silício como elementos de ligas fundamentais, apresenta na sua
microestrutura carbono livre na forma de lamelas denominada grafita e pode ainda
apresentar carbono combinado com ferro denominado carboneto de ferro.
As lamelas de grafita presentes no material tornam o ferro fundido cinzento um
material de excelente usinabilidade. No plano de cisalhamento, a grafita atua como
região para iniciação e propagação de trinca, tornando o cavaco mais quebradiço.
Quando na interface cavaco-ferramenta, a grafita atua como lubrificante reduzindo o
desgaste na ferramenta.
Outro fator que contribui para a excelente usinabilidade do ferro fundido cinzento
é o seu processo de fabricação em fornos cubilô, cuja energia para as reações de fusão
provem do coque. Para que o enxofre presente no coque não combine com o ferro
formando sulfeto de ferro de baixo ponto de fusão, manganês é adicionado, resultando
em sulfetos mais estáveis.
O sulfeto de manganês durante a usinagem atua na interface cavaco-ferramenta
formando um filme de sulfeto de manganês, indicado como responsável pela redução
no desgaste por difusão e abrasão na ferramenta.
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Figura 6: Resultado do ensaio metalografico.
A steadita é um constituinte de natureza eutética, compreendendo partículas de
fosfeto de ferro (Fe3P) e carboneto de ferro (Fe3C). Ocorre em áreas interdendríticas
(fora da rede cristalina), formando uma segregação, pois essas áreas são as últimas
que solidificam. A steadita é dura e quebradiça, influenciando de maneira prejudicial à
usinabilidade, dessa forma deve-se mantê-las abaixo de 5% na microestrutura, para
não prejudicar a aplicação tecnológica. Entretanto, esta contribui na resistência ao
desgaste e forma uma estrutura que é desejável em algumas aplicações, tal como
rolamentos.
A composição química controla em grande parte as propriedades, principalmente
porque nem sempre é fácil controlar a velocidade de resfriamento de uma peça no
molde. Entretanto, não convém especificar um dado ferro fundido pela composição
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química para obter um conjunto de propriedades, pois as variáveis de processo podem
afetar de modo decisivo as propriedades finais.
Deste modo a analise química teve como objetivo mostrar a porcentagem dos
elementos presentes e talvez assim seria possível verificar se havia falta ou excesso,
pois estes poderiam influenciar a formação de inclusões afetando diretamente a
fragilidade da peça.
Tabela 1: Resultado do teste de composição química, ensaio de tração e dureza.
Composição Quimica da Peça C (%) Si (%) Mn (%) P (%) S (%) Cu (%) Sn (%) Mg (%)
3,56 2,32 0,767 0,066 0,130 0,301 0,0489 0,0002 Propriedades Mecanicas
Ensaio de Dureza (HB) Ensaio de Tração Especificado Encontrado Especificado �r(N/mm²) Encontrado �r(N/mm²)
143 - 202 205 200 227
Com essas porcentagens de elementos de liga e steadita verificou-se que não
havia problemas com o material da placa, e suspeitou-se que o problema estava na
usinagem. Apesar de a peça apresentar valores de dureza e tração ligeiramente acima
do estipulado estes não tem influencia na falha.
Tomou-se a medida corretiva de trocar a ferramenta de usinagem (serra-copos)
por uma nova e usinou-se um lote, embora a peça fundida continuasse com as mesmas
características. Novamente foi realizado ensaio de liquido penetrante e nenhuma trinca
foi observada nas peças aparentemente boas, liberou-se a montagem com as referidas
placas. Na figura 7 foi possível visualizar a trinca na placa que sofreu esforço.
Figura 7: Imagem da trinca após teste.
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Ao final da montagem do primeiro compressor foi realizado um teste de 30
minutos em vazão mínima de 140 l/min e pressão de 120 PSI exigidas ao modelo de
modo que não ocorreu quebra e nos compressores subseqüentes seriam realizados
apenas testes de partida.
Após alguns compressores montados as placas apresentaram novamente
fragilidade e romperam, como mostrado na figura 7. Foi solicitado novo lote de peças
fundidas, pois as suspeitas se voltaram para o material da placa, foi mencionado ao
fornecedor que este controlasse melhor o processo de fundição da peça, tanto em
relação a sucata utilizada de modo a diminuir a quantidade de fósforo quanto ao
resfriamento.
Ao receber a nova remessa de placas estas foram novamente usinadas e foi
analisada sua microestrutura, composição química, dureza e tração. Os resultados não
mudaram e submeteu-se 50 peças a ensaio de ultra-som. Na usinagem das placas
verificou-se que algumas medidas estavam fora do especificado e adequaram-se as
ferramentas.
O ensaio ultra-som é um método não destrutivo, na qual um feixe sônico de alta
freqüência é introduzido no material a ser inspecionado com o objetivo de detectar
descontinuidades internas e superficiais. O som que percorre o material é refletido pelas
interfaces e é detectado e analisado para determinar a presença e localização de
descontinuidade. Nesse caso não se observou nenhuma alteração quanto a presença
de trincas.
Mais uma vez foi trocada a ferramenta de forma a eliminar a possibilidade de
esta estar gasta, mas novamente só foi observada quebra na linha de montagem.
Algumas peças apresentaram defeito nos anéis inferiores. Ao submeter essas placas
quebradas ao ensaio de liquido penetrante foi possível visualizar as trincas e sua exata
localização.
Pela forma como a trinca apareceu teve-se certeza que a ferramenta estava
vibrando no momento da usinagem e como as dimensões do chanfro não podem ser
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alteradas partiu-se para modificação do ferramental. Verificou-se que a serra-copo
utilizada possuía 12 arestas de corte e trocou-se esta por uma de 8.
Essa diminuição de arestas de corte aumentou a distancia entre as mesmas
reduzindo a quantidade de cavaco que ali se acumulava, e que por 2 vezes fez com
que a ferramenta quebrasse. A medida diminuiu consideravelmente a vibração da
ferramenta e como conseqüência não ocorreu esforço lateral de forma que não rompia
os chanfros.
Após tomada esta medida acompanhou-se os lotes subseqüentes e não foram
verificadas peças com o defeito concluindo ser a vibração na ferramenta de usinagem a
causadora das quebras.
3.2 Verificação do Material da Mola da Válvula de Admissão 2 ½”
Esta mola tem como função manter o disco de válvula em contato com a placa
visando proporcionar a vedação da válvula no momento da compressão, de forma a
facilitar o acoplamento do disco à válvula evitando vazamentos.
Figura 8: localização da mola no cabeçote e compressor onde é utilizada.
Essa peça faz parte do modelo W900 e no momento da montagem foi verificado
que alguns desses modelos de molas de válvulas de admissão (figura 8) se
apresentavam oxidadas como se pode verificar na figura 9, sendo que o material das
mesmas é especificado como aço inox. A figura 10 mostra a mola a ser testada.
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Figura 9: Peça oxidada.
Figura 10: Amostra para teste sem apresentar corrosão.
A corrosão metálica é a transformação de um material metálico ou liga metálica
pela sua interação química ou eletroquímica num determinado meio de exposição,
processo que resulta na formação de produtos de corrosão e na liberação de energia.
Quase sempre, a corrosão metálica (por mecanismo eletroquímico), está
associada à exposição do metal num meio no qual existe a presença de moléculas de
água, juntamente com o gás oxigênio ou íons de hidrogênio, num meio condutor.
A corrosão por processos eletroquímicos apresenta mecanismos idênticos
sempre constituídos por regiões nas quais há a formação de ânodos e cátodos, entre
as quais há a circulação de elétrons e no meio a circulação de íons. Mas a perda de
massa do material e a maneira pela qual se dá seu ataque se processará de diferentes
maneiras e evoluções.
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A corrosão por concentração iônica diferencial ocorre quando no eletrólito com o
qual o metal está em contato apresentam-se diferenças de concentração de íons do
metal ou ainda outro cátion ou ânion que propicie a corrosão, como o Na+ e outros íons
alcalinos ou ainda sulfatos, por exemplo, consequentemente propiciando a partir de um
primeiro ataque, a variação de cátions do metal. Este diferencial propiciará a formação
de pilhas através da presença de diferentes potenciais eletroquímicos das áreas de
maior e menor concentração, que funcionarão respectivamente como cátodo e como
ânodo.
A fim de verificar se o material era aço inox fez-se um teste de corrosão (figura
11) do material de uma amostra da produção de modo que foi preparada uma solução
concentrada de água e sal de modo que a amostra ficou parcialmente coberta pela
água para que por diferença de concentração iônica gerasse uma diferença de
potencial e assim ocorreria a corrosão caso o material não fosse aço inox.
Como contra prova colocou-se no mesmo recipiente uma amostra da válvula que
apresentou oxidação sendo possível ao final do teste comparar as duas quando
submetidas ao mesmo meio.
Com três dias foi possível observar aumento da corrosão da peça defeituosa,
mas na amostra nenhuma diferença foi notada, exceto na região de contato das peças
onde ocorreu leve escurecimento.
Figura 11: Teste realizado.
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Ao final de sete dias em ambiente com Temperatura de 20ºC e umidade relativa
controlada de 36% a placa em analise não apresentou corrosão (figura 13) e a contra
prova estava completamente oxidada (figura 12).
Figura 12: Contra prova corroída após teste.
Figura 13: Amostra após teste, os pontos escuros são sujeira da mola oxidada.
Pelo resultado do teste é possível concluir que o material da mola é inoxidável,
pois a peça não foi corroída quando submetida a ambiente corrosivo.
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3.3 Analise de Defeito em Elastômero do Pressostato (parceria com outras
empresas)
O pressostato é um instrumento que se aciona através de uma variação de
pressão. Sua função é abrir e fechar o contato do relé quando um valor pré -
determinado da pressão é atingido, logo desligando e religando o compressor,
mantendo-o com a pressão variando dentro de um determinado range.
Ocorreu problema de rompimento do diafragma dos pressostatos, cujo material é
um elastomero, em condições de trabalho e a fim de verificar a causa deste problema
foram realizados alguns testes.
A borracha nitrílica pode ser definida como um copolímero do butadieno e da
acrilonitrila, sendo que, sua principal característica é a resistência ao óleo. Esta
resistência refere-se à capacidade do produto vulcanizado em conservar suas
propriedades físicas originais, tais como módulo, tensão de ruptura, resistência a
abrasão e estabilidade dimensional quando em contato com óleos e combustíveis.
As propriedades que são diretamente proporcionais à quantidade de acrilonitrila
são a resistência à óleos e solventes e combustíveis, resistência à abrasão, resistência
à tensão de ruptura, resistência ao calor, impermeabilidade aos gases e dureza.
Especulou-se que a causa do rompimento pudesse estar relacionada ao óleo
utilizado no compressor, pois o vapor deste óleo entra em contato (em elevada
pressão) com a elastômero do pressostato, enquanto o compressor trabalha. O que dá
resistência à borracha nitrílica seria a quantidade de acrilonitrila, assim a borracha que
tiver menor variação de volume, quando exposta ao óleo, terá a maior concentração de
acrilonitrila (maior resistência).
Primeiramente verificou-se apenas se o óleo a temperatura de aproximadamente
20ºC e pressão atmosférica poderiam causar alguma alteração nas propriedades da
elastômero. Para isto, o material foi deixado dentro de um copo com óleo durante 3
dias, para comparação utilizou-se uma amostra padrão como pode ser observado nas
figuras 14.
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Figura 14: Amostras no início do teste.
Comparando-se as duas amostras após a realização do teste (figura 15), não se
observou nenhuma alteração nas propriedades químicas e físicas da borracha testada
somente nas dimensões da mesma, antes possuía um dimensional de 53,55 x 53,90 de
lado e após o período de imersão no óleo passou para 53,36 x 53,64 de lado.
Figura 15: Amostra à esquerda – não testada. Amostra à direita – testada. Em seguida foi realizado um teste com óleo a temperatura que variou na faixa de
80ºC a 180ºC e para se obter esses valores utilizou-se um aquecedor elétrico de
fluidos. Mergulhou-se nesse óleo a amostra em questão, como é possível ver na figura
16.
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Figura 16: Experimento com o óleo à elevada temperatura.
A temperatura foi mantida durante 90 minutos (três etapas de 30 minutos),
controlada por termopares. À, aproximadamente, 160ºC o óleo começava entrar em
ebulição e após algum tempo neste estado, o aquecedor era desligado. Sendo religado
quando o óleo encontrava-se a 80ºC.
Após o teste foi feita uma análise visual e dimensional da amostra comparando
sempre com o padrão. As propriedades de resistência e elasticidade não apresentaram
grande diferença, porém, dimensionalmente houve uma diminuição do elastômero de
2,67mm.
Observa-se nas figuras 17 e 18, a dificuldade de montar a borracha na peça
original, após o experimento.
Figura 17: Amostra testada montada na peça original.
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Figura 18: Problemas ocorridos na montagem da amostra testada na peça original.
Para verificar se esta mudança de dimensão influenciava no rompimento do
elastômero, foi realizado um teste com o mesmo preso a peça original de montagem,
figura 19. O conjunto foi submetido a óleo na temperatura de 80-180ºC a pressão de
1atm, a figura 20 mostra o forno onde foi realizado o teste.
Figura 19: Elastômero presa nas peças originais do pressostato.
Figura 20: Forno onde foi colocada a amostra observa-se o amperímetro utilizado
na imagem à direita.
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Após 3 horas de teste, desligou-se o equipamento, e a amostra resfriou junto ao
óleo durante 5 horas. Retirou-se a peça do aquecedor e conforme pode ser observado
nas figuras 21 e 22 o elastômero rompeu devido ao seu encolhimento e às peças que o
prendiam nas extremidades não permitindo contração total.
Figura 21: Elastômero após o experimento.
Figura 22: Detalhe das regiões rompidas da elastômero após o experimento.
Segundo análise da peça a função da borracha seria proteger a tecido do óleo e
do calor, além de dar maior mobilidade a peça. O tecido por sua vez seria capaz de dar
maior resistência a peça, quando essa fosse submetida a tensão. Por esse motivo
acredita-se que o maior problema da peça não seria a borracha e sim a diferença entre
o tecido da manta interna.
As amostras foram tracionadas no dinamômetro e mediu-se a variação do
volume, após 70 horas de imersão em óleo, em estufa à 120°C. Além disso, as
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amostras foram mergulhadas em toluol com objetivo de degradar a borracha e analisar
a manta de tecido colocada entre as borrachas.
Tabela 2: resultados das analises
Marca L Marca M Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2
Espessura (mm) 0,69 0,71 0,79 0,8
Dureza (Shore A) 83 80 87 86
Tensão (Kgf/cm²) 169 150 185 174
Variação de Volume
3,16 4,02 15,60 13,45
No teste com o toluol a borracha das amostras não dissolveu, mas foi possível
visualizar um pedaço da manta, de forma que, a marca M apresenta uma manta com os
fios mais grossos e em maior número, enquanto que a da marca L possui uma manta
mais fina e com um número menor de fios entrelaçados.
Apesar de a marca L apresentar uma borracha com maior resistência ao óleo
(maior teor de acrilonitrila), a peça da marca M tem mais resistência a tensão, pois sua
manta de tecido tem melhores características para o desempenho da função.
Submeteu-se as peças a analise de infravermelho, as figuras 23 e 24 mostram
os gráficos. Pelos gráficos verificou-se que os dois elastômeros são nitrílicos e com
base ftalica, resistentes a óleo. Tem-se outros sinais no espectro que permitem
entender melhor a composição destas borrachas, de forma que elas possuem as
mesmas características químicas.
Procedeu-se da seguinte forma a preparação das amostras para analise de
infravermelho:
- As duas peças foram cortadas em pequenos pedaços.
em seguida foram colocadas em um balão e misturadas com aproximadamente 200 ml
de acetona. Ficou em extração por refluxo durante 24 horas.
- Filtrou-se e retirou-se o solvente de dentro do sistema (dentro deste solvente ficaram
solubilizados os aditivos que caracterizam a borracha).
- Reduziu-se em chapa quente (banho de areia) o volume de solvente, tomando muito
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cuidado com a temperatura para que os aditivos não se degradassem.
- Na seqüência retirou-se o extrato (quase sem solvente) e fiz-se a leitura por FTIR
(espectrometria de infravermelho).
Pelo infravermelho as duas são nitrílicas com ftalato que seria um plastificante
(óleo). O problema deve ser a manta, porque o tecido recebe um tratamento antes de
ser vulcanizado com a borracha, se não for feito da falta de adesão e fragiliza a peça.
O problema está na diferença dos tecidos internos da manta e para se obter uma
boa aderência é necessário escolher um adesivo adequado a cada tipo de borracha,
cuidar no manuseio para evitar contaminações, utilizar formulações de borrachas
apropriadas e observar o tempo de secagem do adesivo.
A empresa da marca L deve analisar e estudar a possibilidade de alteração em
sua manta, para atender melhor às condições solicitadas nos compressores, pois pelos
testes descritos o elastômero apresentou características desejáveis a sua função.
Figura 23: Analise Infravermelho da borracha da marca L.
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Figura 24: Analise infravermelho da borracha da marca M.
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4. CONCLUSÃO
As atividades descreveram no presente relatório alguns dos defeitos de
qualidade encontrados durante o período de estagio, e na busca pelas soluções destes
correlacionou-se de forma consistente o conteúdo teórico. O estágio contribuiu também
para engrandecer conhecimentos na área de compressores de ar e no intercambio
entre os estagiários de engenharia de materiais de diferentes empresas.
O estagio no setor de qualidade em uma empresa grande como a Schulz S.A.
permitiu ao estagiário ter contato com as diversas áreas da empresa como a fundição e
usinagem, alem disso apresentou problemas diversificados fazendo com que o aluno
aprendesse um pouco de diferentes materiais, no presente caso estudou-se a respeito
de ferro fundido cinzento e elastômero.
Não menos importante o estagiário participou de testes de produtos de novos
fornecedores formando a mentalidade de sempre buscar soluções que diminuam o
custo e mantenham a qualidade exigida de modo que o cliente continue confiando na
marca e permaneça fiel.
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5. BIBLIOGRAFIA
1. CHIAVERINI, Vicente. Aços e Ferros Fundidos. 6ª. Ed. São Paulo: Associação
Brasileira de Metalurgia e materiais – ABM, 1990.
2. CALLISTER, William D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução.
5ª. Ed Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002.
3. MEDEIROS, Karoliny. Relatório de Estágio III. Joinville, SCHULZ. 2008
4. SCHULZ. Schulz S.A. Disponível em <http://www.schulz.com.br>. Acessado em
14/04/2008.
5. CABANO ENGENHARIA. Disponível em
http://www.cabano.com.br/compressores.htm>. Acessado em 01/12/2008.
6. Site: www.compoende.com.br/liquido.doc. Acessado em 29/11/2008
7. Teles, José Marcelo. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ, Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Torneamento de Ferro Fundido
Nodular e Ferritizado com Nióbio Utilizando Ferramentas de Metal Duro.
Itajubá, 2007.
8. Pereira, Ana A. Boem, Lourival. UNIVERSIDADE FERDERAL DE SANTA
CATARINA, Departamento de Engenharia Mecânica. Usinabilidade do Ferro
Fundido Cinzento com Inclusões de MnS. Florianópolis, 2004.
9. Site: pt.wikipedia.org/wiki/corros%C3%A3o, visitado em 27/11/2008
10. Pires, Armandio C. UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, Pós Graduação Stricto
Sensu em Engenharia e Ciência dos Materiais. Desenvolvimentos de Ligas de
Ferro Fundido Cinzento para a Fabricação de Cilindros Secadores
utilizados em Máquinas de Produção de Papel. Itatiba, 2006.
11. Site: www.inova.unicamp.br/inventabrasil/nitril.htm, visitado em 07/10/08
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ANEXO A – HISTÓRICO DA EMPRESA
Fundada em 1963 como uma pequena fundição em Joinville contava apenas
com 26 funcionários. A empresa criou sua linha própria de produtos, investiu na
diversificação com produção de linha de ferramentas manuais, aperto e corte.
• 1972 – Nasce a linha de Compressores de Ar com dois modelos.
• 1977 – A empresa começa a construção de sua nova planta.
• 1978/79 – A Fundição passa a operar na nova planta. Schulz começa a produzir
peças para o setor automotivo.
• 1982 – Schulz conquista a liderança do mercado brasileiro de compressores de ar.
São fabricados os primeiros cubos raiados em linha de produção normal.
• 1983 – Começam as exportações da linha de compressores de ar.
• 1985 – Schulz Compressores torna-se líder em toda a América Latina.
• 1989 – A linha de Compressores de Ar passa a operar na nova planta. Lançados
os Compressores de Ar de Parafuso, tornando-se a única empresa genuinamente
brasileira a atuar neste mercado.
• 1993/94 – Schulz começa a oferecer serviços de usinagem. Aquisição da
Tecnomecânica, fabricante de compressores da marca Wayne.
• 2000 – A Schulz adquire um moderno sistema de pintura final de peças, visando
oferecer competitividade.
• 2001 – Peças automotivas começam a ser exportadas. As duas unidades da
Schulz S.A. foram certificadas pela ISO 9001.
• 2005 – A partir deste ano, as duas unidades são certificadas na ISO 14001.
• 2006 – Schulz começa a fabricar os secadores de ar comprimido.
• 2007 – Schulz começa a produzir também ferramentas pneumáticas.
Hoje a Schulz é líder na linha de compressores alternativos de pistão no
mercado brasileiro e latino americano. Está presente de maneira forte e competitiva em
todos os continentes, fornecendo peças fundidas e compressores de ar de altíssima
qualidade.
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ANEXO B – CRONOGRAMA DE ESTÁGIO.
Semanas Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Integração x Análises dimensionais de
ferramentais x x x x x x x x x
Acompanhamento de corrosão em compressores e blocos e
usinagem de contra-peso x x x x x x x x x x x x
Análise de falhas em placas de válvula x x x x x x
Testes de partida de compressores x x x
Analise de aprovação de amostras de novos
fornecedores
x x x x x x x x
Verificação do material de válvula de admissão x x x x
Verificação de falha no elastomero do pressostato x x x x x x x x
Analises de peças retidas por diversos tipos de defeitos x x x x x x x x
Retrabalho de Blocos x x x x x