relatório de atividade estatística · definidos no seu plano da atividade estatística. em termos...
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Relatório de Atividade Estatística
2018
Lisboa, 2019 • www.bportugal.pt
RELATÓRIO DA ATIVIDADE ESTATÍSTICA DO BANCO DE PORTUGAL | 2018
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Índice
SUMÁRIO EXECUTIVO................................................................................................... 4
1. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE ESTATÍSTICA ..................................................... 6
2. PRINCIPAIS OBJETIVOS E ATIVIDADES PLANEADAS ................................................. 7
3. ACOMPANHAMENTO DOS INDICADORES DE ACESSIBILIDADE .............................. 13
4. COOPERAÇÃO ESTATÍSTICA .................................................................................. 16
5. RECURSOS E MEIOS .............................................................................................. 18
Anexos ....................................................................................................................... 21
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SUMÁRIO EXECUTIVO
Em 2018, o Banco de Portugal cumpriu integralmente os objetivos de qualidade e os prazos
definidos no seu plano da atividade estatística.
Em termos de novas realizações, o Banco reformulou a Central de Responsabilidades de Crédito
(CRC), a base de dados que contém informação individual sobre todos os créditos efetivos e
potenciais, de montante inicial igual ou superior a 50 euros, concedidos pelas instituições em
Portugal, a pessoas singulares e coletivas. A reformulação da CRC foi inicialmente motivada pela
necessidade de cumprir os novos requisitos de reporte de informação definidos pelo Banco
Central Europeu (BCE) no âmbito do sistema AnaCredit – a nova base de dados de informação
individual sobre empréstimos bancários concedidos a empresas na Área do Euro. No entanto, o
Banco decidiu aproveitar aquela oportunidade de mudança para, no âmbito da sua estratégia de
gestão integrada de informação, transformar aquela reformulação num projeto mais ambicioso
de criação de um sistema único e integrado de receção de informação sobre crédito e risco de
crédito, servindo diversas funções do Banco, para além da função estatística.
Em 2018 o Banco concretizou a primeira produção e o reporte ao BCE de estatísticas sobre
carteiras de títulos de grupos financeiros, numa base título‐a‐título e entidade‐a‐entidade, para
todas as entidades constituintes dos grupos bancários nacionais que estão sujeitos à supervisão
do BCE no âmbito do Mecanismo Único de Supervisão. Para além da sua relevância estatística,
esta informação tem um papel essencial no domínio da supervisão prudencial das instituições de
crédito e na análise da estabilidade do sistema financeiro e do mecanismo de transmissão da
política monetária.
No ano de 2018, o Banco continuou a investir numa política de comunicação proactiva, através
da divulgação de notas de informação sobre os principais resultados estatísticos, de publicações
nas redes sociais e através do site institucional do Banco onde são divulgadas regularmente
infografias e descodificadores relacionados com a função estatística e outras publicações. Em
termos de publicações estatísticas há ainda que destacar a divulgação do Boletim Estatístico
mensal, de um Suplemento ao Boletim Estatístico e de quatro Estudos da Central de Balanços. No
âmbito dos serviços prestados às empresas, o Banco reformulou a informação que presta online
através dos Quadros do Setor e dos Quadros da Empresa e do Setor, que passaram a ser
disponibilizados a partir de um conjunto de dashboards interativos, mais simples e apelativos.
Em 2018 o Banco reforçou a sua presença junto das escolas, universidades e associações
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empresariais e continuou a participar nos diversos comités e grupos de trabalho nacionais e
internacionais em que se encontra representado no domínio da função estatística. Durante o ano,
o Banco realizou mais de cem apresentações em seminários, workshops e conferências nacionais
e internacionais onde partilhou a sua experiência na produção e comunicação das diversas
estatísticas que são da sua responsabilidade.
O Banco continuou a cooperar com outros organismos nacionais e internacionais e ainda com os
bancos centrais dos países de língua portuguesa e com instituições congéneres de outros países
emergentes e em desenvolvimento, promovendo a partilha de conhecimentos especializados e
de boas práticas e contribuindo para dar resposta a desafios de modernização com que os seus
parceiros estejam confrontados. Em 2018 o Banco esteve envolvido em 21 ações de cooperação
no domínio das estatísticas, das quais doze foram dirigidas a outros bancos centrais dos países de
língua portuguesa.
Por último, refira‐se que no primeiro trimestre de 2018 o Banco iniciou a apresentação dos
resultados de um conjunto de indicadores de acessibilidade, desenvolvidos de forma articulada
pelas várias autoridades estatísticas, que permitem avaliar de forma sistemática o interesse dos
utilizadores pelas estatísticas do Banco.
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1. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE ESTATÍSTICA
Na qualidade de autoridade estatística nacional, o Banco de Portugal recolhe, elabora e divulga
as estatísticas monetárias, financeiras, cambiais e da balança de pagamentos.
O Banco cumpriu integralmente os objetivos de qualidade e os prazos definidos no plano da
atividade estatística para 20181 e continuou a investir numa política de comunicação proactiva,
com vista a promover o entendimento público sobre as estatísticas publicadas pelo Banco, no seu
site, no BPstat (componentes cronológica, multidimensional e mobile) e no Boletim Estatístico.
Em 2018 o Banco divulgou informação relativa a 501 eventos estatísticos associados a 35
operações estatísticas que se distribuem pelos diferentes domínios de produção estatística
(Anexo I) e reportou aos organismos internacionais – Banco Central Europeu (BCE), Eurostat,
Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico (OCDE) e Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla inglesa) – cerca de 792 mil
séries estatísticas, mais 11% do que em 2017.
Quadro I – Eventos de divulgação de estatísticas do Banco de Portugal | 2018
O Banco de Portugal, juntamente com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Ministério das
Finanças e a Euronext Lisboa continuou a divulgar um conjunto de indicadores estatísticos
padronizados sobre a economia portuguesa no SDDS Plus (do inglês, Special Data Dissemination
Standard) – que corresponde ao padrão mais exigente de difusão estatística definido pelo FMI e
ao qual apenas 18 países (15 dos quais Europeus) aderiram até ao momento.
1 Para mais informações sobre a atividade estatística do Banco em 2018, sugere-se a consulta do plano e do relatório
setoriais, disponíveis no site do Banco de Portugal.
Total Previsto n.º 501n.º 501% 100n.º 0% 0n.º 0% 0
Total
Com atrasoDisponibilizados
Não disponibilizado
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2. PRINCIPAIS OBJETIVOS E ATIVIDADES PLANEADAS
O Plano da atividade estatística do Banco de Portugal para 2018 apresenta um conjunto de
iniciativas que visam responder aos objetivos definidos para a função estatística do Banco para o
quadriénio 2017‐2020. Estes objetivos encontram‐se, igualmente, enquadrados nas linhas gerais
da atividade estatística oficial do Sistema Estatístico Nacional (LGAEO‐SEN) definidas para o
quinquénio 2018‐2022.
Este capítulo apresenta os três objetivos estratégicos da atividade estatística do Banco e descreve
as principais iniciativas desenvolvidas para a concretização de cada um deles.
Objetivo 1: Assegurar uma compilação estatística de qualidade, alicerçada numa
utilização eficiente das diversas fontes de informação e numa observação rigorosa dos
padrões internacionais mais exigentes
Com este objetivo, o Banco de Portugal procura contribuir para a produção de estatísticas de
qualidade, garantindo a utilização eficiente dos recursos disponíveis.
Em 2018 o Banco iniciou o projeto da revisão da base das contas nacionais de 2019 e, neste
âmbito, tem vindo a reforçar a articulação com o INE com o objetivo de melhorar a consistência
entre as estatísticas produzidas pelas duas entidades.
O Banco realizou o seu primeiro reporte ao sistema AnaCredit cumprindo, desta forma, os
requisitos legais do Regulamento BCE/2016/013 do Banco Central Europeu. Este primeiro reporte
efetuado no dia 12 de novembro, relativo à informação de setembro de 2018, apenas foi
cumprido por sete países (Portugal, Espanha, Itália, Irlanda, Eslováquia, Estónia e Letónia). Os
outros doze bancos centrais nacionais (BCN) da área do euro aproveitaram o período de
derrogação previsto no Regulamento acima citado, estando obrigados a iniciar o seu reporte até
31 de março de 2019, com toda a informação mensal e trimestral desde setembro de 2018.
Participam no sistema AnaCredit, de forma obrigatória, os dezanove BCN da área do euro e, de
forma voluntária, os BCN de países da União Europeia que não integram a área do euro. No âmbito
deste sistema, o Banco de Portugal enviou ao BCE informação sobre todos os empréstimos de
montante igual ou superior a 25 mil euros concedidos pelos bancos residentes em território
nacional (e respetivas sucursais e filiais no estrangeiro) a pessoas coletivas. No caso de Portugal,
o reporte ao sistema AnaCredit tem por base a informação que é comunicada ao Banco no âmbito
da nova Central de Responsabilidades de Crédito (CRC). A necessidade de reformulação da CRC
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decorreu precisamente daquele novo requisito regulamentar Europeu mas o seu âmbito é, no
entanto, bastante superior ao do AnaCredit pois contém o registo de todos os empréstimos de
montante superior a 50 euros, concedidos a pessoas singulares e coletivas, por todas as
instituições residentes em território nacional (bancos e não bancos) que concedem crédito ou
adquirem créditos originalmente concedidos por instituições financeiras. A nova CRC entrou em
funcionamento no dia 1 de outubro de 2018.
Continuando a cumprir os requisitos impostos pelo BCE2 o Banco realizou, em 2018, a primeira
produção e reporte ao BCE de estatísticas sobre carteiras de títulos de grupos financeiros. Estas
estatísticas abrangem a compilação de atributos estatísticos, contabilísticos e de risco de crédito
sobre os títulos em carteira dos grupos bancários com líder residente em Portugal que sejam
supervisionados diretamente pelo BCE. A recolha desta informação tem um papel essencial no
domínio da supervisão prudencial das instituições de crédito e na análise da estabilidade do
sistema financeiro e do mecanismo de transmissão da política monetária. Os atributos
contabilísticos e de risco de crédito são essenciais para realizar análises mais exaustivas sobre os
riscos do sistema financeiro que, conjuntamente com informação do AnaCredit, permitem a
análise integrada da exposição ao crédito (empréstimos e títulos) dos grupos bancários.
Objetivo 2: Contribuir para o desenvolvimento do Data Warehouse do Banco de
Portugal, baseado numa gestão integrada da informação e numa otimização da
exploração das bases de microdados
O aumento significativo e constante do volume de dados recolhidos do exterior, a par do impacto
que os sistemas e tecnologias têm no processo de aquisição, tratamento, análise e difusão da
informação, determinam cada vez mais a necessidade de uma gestão integrada da informação do
Banco de Portugal que abranja todo o seu ciclo de vida, da recolha à disseminação, bem como a
adoção de arquiteturas, modelos e soluções tecnológicas que, explorando o potencial do digital,
fornecem uma resposta prática, eficiente e eficaz a essas necessidades.
Neste sentido, a nova CRC assumiu um papel muito relevante no cumprimento deste grande
objetivo do Banco no domínio da gestão de informação, ao ser definida como o ponto único de
receção de informação de crédito por parte de entidades externas. Para o Banco, esta alteração
contribui para racionalizar a informação recebida, eliminar redundâncias, minimizar a
2 Regulamento BCE/2016/22 relativo a estatísticas de detenções de títulos.
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necessidade de novos requisitos de reporte e assegurar a qualidade da informação. Para as
instituições financeiras contribui para a redução, a prazo, dos custos de agregação de dados e de
reporte. Por último, para os utilizadores permite aceder a informação de forma mais rápida, mais
detalhada e de melhor qualidade.
Ainda neste âmbito, o Banco iniciou a reformulação da produção estatística da CRC e das
estatísticas monetárias e financeiras numa ótica integrada.
Objetivo 3: Promover uma difusão estatística que satisfaça plenamente as necessidades
dos utilizadores e respeite integralmente os compromissos assumidos com os
Organismos Nacionais e Internacionais
A promoção da literacia estatística constitui um importante objetivo do Banco no âmbito da sua
função estatística, procurando assim contribuir para uma sociedade mais esclarecida e bem
informada. Durante o ano de 2018 o Banco divulgou 123 notas de informação sobre os principais
resultados estatísticos que, a partir do mês de outubro, passaram a ser publicadas em formato
html. A comunicação destes resultados tem sido amplificada através das contas que o Banco
mantém nas redes sociais: Twitter, LinkedIn e Youtube. No site institucional, o Banco divulga
regularmente descodificadores relacionados com a função estatística e outras publicações
estatísticas, entre as quais o Suplemento ao Boletim Estatístico, com os artigos estatísticos que
foram apresentados em conferências nacionais e internacionais.
Em 2018 o Banco divulgou quatro estudos elaborados a partir da informação da Central de
Balanços: duas análises, uma regional e outra setorial, sobre as sociedades não financeiras em
Portugal, uma análise sobre as empresas integradas em grupos e um estudo sobre as indústrias
transformadoras. Também atualizou seis estudos já publicados: as análises dos setores da
madeira, da cortiça e do papel; do setor farmacêutico; das indústrias alimentares; da indústria
dos têxteis e vestuário; da indústria do calçado; e das empresas do alojamento, restauração e
similares. A maioria destes estudos foi divulgada com o apoio de infografias dos principais
resultados.
Em 2018 o Banco realizou a 7ª Conferência da Central de Balanços, no Porto, dedicada à inovação
e ao empreendedorismo no setor empresarial português, onde foram feitas duas apresentações
subordinadas aos temas “As indústrias transformadoras em Portugal por nível de intensidade
tecnológica” e “A identificação de clusters regionais em Portugal a partir de dados empresariais”.
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Ainda no âmbito dos serviços prestados às empresas, o Banco de Portugal reformulou a
informação que presta online através dos Quadros do Setor (que incluem um conjunto de 150
indicadores económico‐financeiros sobre as empresas portuguesas, apresentados por setor de
atividade económica e por classe de dimensão, e rácios de outros países europeus para cada setor
de atividade) e através dos Quadros da Empresa e do Setor (que permitem aos gestores comparar
o desempenho da sua empresa com o das empresas do mesmo setor e da mesma classe de
dimensão), passando a disponibilizar aquela informação através de um conjunto de dashboards
interativos, mais apelativos e eficazes na comunicação com o público.
Para além deste serviço, o Banco de Portugal fornece aos particulares e às empresas mapas
detalhados com informação sobre as suas contas de depósito, de pagamentos, de crédito e de
instrumentos financeiros, a partir da Base de Dados de Contas e informação sobre os créditos
pelos quais são responsáveis, como devedores e como avalistas/fiadores, a partir da Central de
Responsabilidades de Crédito. Com a nova CRC, o Banco passou a facultar mapas mais detalhados
sobre os créditos pelos quais os particulares e as empresas são responsáveis. No site do Banco, os
utilizadores podem agora aceder a dois documentos: o “mapa de responsabilidades de crédito”,
que contém informação detalhada sobre todos os contratos de crédito de que o titular é devedor
ou avalista/fiador, organizados em função da instituição que os reportou, e um “mapa de
responsabilidades de crédito agregadas”, que resume as responsabilidades de crédito do titular
na qualidade de devedor e na qualidade de avalista ou fiador. Para apoiar a interpretação destes
novos mapas, o Banco publicou um descodificador, um vídeo tutorial e um conjunto de respostas
a perguntas frequentes. A consulta aos mapas de responsabilidades de crédito continuou, de
resto, a ser o serviço mais procurado pelo público (em 2018, foram emitidos cerca de 1,8 milhões
de mapas) e a área foi a mais visitada do site.
Serviços Indicadores 2015 2016 2017 2018
Base de Dados de Contas Mapas emitidos 135 mil 165 mil 226 mil 250 mil
Consultas por entidades
externas78 mil 93 mil 125 mil 147 mil
Central de Responsabilidades de Crédito Mapas emitidos 1,5 milhões 1,7 milhões 2,1 milhões 1,8 milhões
Consultas pelas instituições
participantes5,9 milhões 6,1 milhões 6,5 milhões 8,1 milhões
Fonte: Banco de Portugal.
Quadro II ‐ Serviços prestados: principais indicadores | 2015 – 2018
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Em 2018 o Banco reforçou a sua presença junto das escolas e universidades. Com o objetivo de
melhorar os níveis de literacia estatística dos estudantes, o Banco realizou doze apresentações
em Universidades e, pela primeira vez, quatro apresentações em escolas secundárias onde
apresentou e explicou as estatísticas que são da sua responsabilidade.
No que diz respeito à atividade estatística, o Banco cumpriu integralmente os objetivos e os prazos
definidos no plano para 20183. Divulgou 287 mil séries estatísticas no portal BPStat e 7 mil no
Boletim Estatístico e comunicou 792 mil séries aos organismos internacionais (BCE, Eurostat, FMI,
OCDE e BIS).
Foi ainda realizado um inquérito de satisfação aos utilizadores registados no BPStat sobre as
estatísticas produzidas e divulgadas regularmente pelo Banco. Os resultados indicaram um grau
de satisfação global de 4,4 medidos numa escala de 1 a 6.
Representação institucional em grupos de trabalho nacionais e internacionais
Em 2018 o Banco de Portugal continuou a participar em cerca de 50 comités e grupos de trabalho
nacionais e internacionais em que se encontra representado no domínio da função estatística e
continuou a assegurar a presidência de vários grupos de trabalho internacionais, nomeadamente,
do Working Group on Bank for Accounts of Companies Harmonised (BACH) do European
Committee of Central Balance-Sheet Data Offices (ECCBSO), do Statistics Accessibility and
Presentation Group (STAP) e do Project Steering Group on the Securities Holdings Statistics
Database (PSG SHSDB), ambos do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC).
Em 2018 o Banco participou em diversos seminários, workshops e reuniões de grupos de trabalho
nacionais e internacionais, onde realizou cerca de 30 apresentações para partilhar a sua
experiência no domínio da produção e comunicação de estatísticas.
Em 2018 o Banco participou também em várias conferências das quais se destacam as X Jornadas
Estatísticas do Serviço Regional de Estatísticas dos Açores (SREA), o 25.º Congresso da Associação
Portuguesa para o Desenvolvimento Regional (APDR), a sessão de apresentação do Estudo
“Importância Económica e Social das IPSS em Portugal” (CNIS) e as XXIV Jornadas de Classificação
e Análise de Dados onde realizou quatro apresentações: Analysis of international services in
Portugal; Identifying Portuguese regional clusters using business data; Developments in public
3 Para mais informações sobre a atividade estatística do Banco em 2018, sugere-se a consulta do plano e do relatório
setoriais, disponíveis no site do Banco de Portugal.
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debt in euro area countries before, during and after the last financial crisis; e, Storytelling: adding
value to numbers. A nível internacional, o Banco participou na 9.ª Conferência do Irving Fisher
Committee on Central Bank Statistics (IFC) onde realizou três apresentações: Keeping track on
MNEs through business group databases: the experience of Banco de Portugal; Uses of mirror
data: examples from the BIS international banking statistics and other external statistics; e,
Estimating a country’s currency circulation within a monetary union. O Banco participou,
igualmente, na European Conference on Quality in Official Statistics onde apresentou os trabalhos:
How to turn quality into a habit in the statistical production; e, The boomerang effect of quality
control on the compilation of Financial Accounts and flow of funds – the experience of Banco de
Portugal.
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3. ACOMPANHAMENTO DOS INDICADORES DE ACESSIBILIDADE
Em 2018, o Banco de Portugal iniciou a apresentação dos resultados de um conjunto de
indicadores de acessibilidade que foram desenvolvidos pelas várias autoridades estatísticas
(Banco de Portugal, INE, Serviço Regional de Estatísticas dos Açores (SREA) e Direção Regional de
Estatísticas da Madeira (DREM)) e que permitem avaliar o interesse dos utilizadores pelas
estatísticas divulgadas pelo Banco.
Indicadores 1 e 2 | número de visitas ao portal e número de visitantes únicos do portal
(em milhares)
Em 2018 as páginas com conteúdos estatísticos do site do Banco de Portugal tiveram um número
médio de 1,17 milhões de visitas por trimestre, correspondentes a um número médio de
aproximadamente 985 mil visitantes únicos, também por trimestre.
As visualizações relacionadas com o conversor de moeda ou, mais genericamente, com
taxas de câmbio, têm um impacto muito relevante nos resultados (cerca de 90%).
Excluindo este fator, em 2018, o número médio de visitas ao site do Banco de Portugal
ascendeu a 102 mil e o número médio de visitantes únicos a 68 mil.
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Indicador 3| número total de estatísticas consultadas, por tema estatístico
Indicador 4| Número total de notícias
Em 2018 realizaram‐se 2,9 milhões de
consultas às séries estatísticas
disponibilizadas no BPstat.
2591 Em 2018 foram publicadas 2 591 notícias
relacionadas com as estatísticas
divulgadas pelo Departamento de
Estatística do Banco de Portugal.
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Indicador 5| Número total de notícias, por tema estatístico
“Finanças públicas”, “Instituições financeiras monetárias”, e “Balança de pagamentos” foram os
temas estatísticos mais abordados pela comunicação social.
Indicador 6| Número total de pedidos e
esclarecimentos
Indicador 7| Percentagem de respostas a
pedidos ou esclarecimentos fornecidos no
prazo de 1 dia útil
Em 2018, o Banco recebeu 540 pedidos de
informação e de esclarecimentos (numa média de
135 por trimestre).
Em 2018, da totalidade de pedidos recebidos,
79% foram respondidos num prazo inferior a um
dia útil.
540 79%
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4. COOPERAÇÃO ESTATÍSTICA
O Banco de Portugal coopera com outros organismos nacionais e internacionais e ainda com os
bancos centrais dos países de língua portuguesa e com instituições congéneres de outros países
emergentes e em desenvolvimento, promovendo a partilha de conhecimentos especializados e
de boas práticas e contribuindo para dar resposta a desafios de modernização com que os seus
parceiros estejam confrontados.
No plano nacional
No âmbito das atividades desenvolvidas pelo Conselho Superior de Estatística (CSE), o Banco
participou, enquanto autoridade estatística, nas reuniões do Plenário e nas reuniões das diversas
secções e subestruturas do CSE. Na Secção Permanente de Coordenação Estatística (SPCE), o
Banco apresentou o relatório sobre a sua atividade estatística no ano de 2017; quatro relatórios
trimestrais de acompanhamento da atividade estatística do Banco em 2018; os contributos para
a versão final do relatório de “Avaliação do grau de execução das Linhas Gerais da Atividade
Estatística Oficial para 2013‐2017”; os contributos para a produção regular de Indicadores sobre
acessibilidade às estatísticas oficiais; e, o Plano da atividade estatística do Banco para o ano de
2019. Na Secção Permanente de Estatísticas Económicas (SPEE), o Banco apresentou os principais
resultados da balança de pagamentos e posição de investimento internacional para 2017, as
fontes e métodos utilizados na produção daquelas estatísticas e os principais resultados das
estatísticas das administrações públicas e de um estudo sobre empresas integradas em grupos.
No âmbito do início da reflexão sobre a conceção e implementação de mecanismos que permitam
o acompanhamento da observância dos princípios do Sistema Estatístico Nacional (SEN), junto
das autoridades estatísticas (Lei n.º 22/2008), o Banco participou na discussão, juntamente com
as restantes autoridades estatísticas (INE, SREA e DREM), sobre algumas propostas de indicadores
repartidos por cada um dos seis princípios constantes na referida lei.
O Banco continuou a colaborar com o INE e a Direção‐Geral do Orçamento do Ministério das
Finanças na preparação da informação requerida pelo Eurostat no âmbito das notificações do
Procedimento dos Défices Excessivos.
O Banco reforçou a partilha com o INE de informação de base e de metodologias com vista ao
reforço da melhoria da consistência entre as contas financeiras e não financeiras e a balança de
pagamentos e as contas externas.
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Ainda em 2018, o Banco estreitou a sua relação com diversas agências e associações empresariais
com as quais partilha informação sobre os serviços oferecidos pelo Banco às empresas e com as
quais partilha informação sobre as suas obrigações de reporte no âmbito das comunicações de
operações e posições com o exterior (COPE).
No plano internacional
Em 2018 o Banco de Portugal participou em 21 ações de cooperação no âmbito da função
estatística, doze das quais foram dirigidas a outros bancos centrais dos países de língua
portuguesa. Neste contexto, o Banco participou no X Encontro de estatísticas dos bancos centrais
dos países de língua portuguesa, em Angola, subordinado ao tema O papel das estatísticas na
prevenção de riscos e vulnerabilidade do sistema financeiro, onde realizou cinco apresentações:
Desenvolvimentos recentes na estrutura e atividades do departamento de estatística do Banco de
Portugal; Índice de confiança dos consumidores em Portugal – descrição e análise empírica;
Utilização de informação granular de títulos para a compilação de contas financeiras; Novo portal
das estatísticas do Banco de Portugal; e, O papel das estatísticas na prevenção de riscos e
vulnerabilidades do sistema financeiro. O Banco participou também: (i) no seminário Sectoral
Financial Accounts, que se realizou na Turquia, onde partilhou a sua experiência na produção de
contas nacionais financeiras; (ii) no Central Bank of Armenia Workshop on External Sector
Statistics, que se realizou na Arménia, onde mostrou como se pode utilizar a informação da
balança de pagamentos e posição de investimento internacional na produção da conta financeira
do resto do mundo; (iii) no Regional Statistical Seminar 2018, que se realizou na Albânia, onde
partilhou a sua experiência na reformulação da Central de Responsabilidades de Crédito e o
percurso percorrido para cumprir os requisitos de reporte de informação ao AnaCredit; e, (iv) no
IV Meeting of the Financial Information Forum (FIF) organizado pela CEMLA em Madrid, com a
realização da apresentação New roles for central banks statisticians.
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5. RECURSOS E MEIOS
A generalidade dos recursos e meios afetos à função estatística do Banco de Portugal4 encontram‐
se no Departamento de Estatística, o departamento responsável por garantir o cumprimento das
atividades relacionadas com a produção corrente de estatísticas consagradas no SEN.
A Lei do Sistema Estatístico Nacional (Lei n.º 22/2008, de 13 de maio) que, entre outros aspetos,
atribui a qualidade de autoridade estatística ao Banco de Portugal, consagra as suas competências
no SEN, em perfeita consonância com as previstas na Lei Orgânica do Banco de Portugal (Lei n.º
5/98 de 31 de janeiro, com as alterações subsequentes) que estabelece, no Artigo 13.º, a
responsabilidade do Banco na “recolha e elaboração das estatísticas monetárias, financeiras,
cambiais e da balança de pagamentos, designadamente no âmbito da sua colaboração com o
Banco Central Europeu”, estipulando ainda que “o Banco pode exigir a qualquer entidade, pública
ou privada, que lhe sejam fornecidas diretamente as informações necessárias para cumprimento
do estabelecido no número anterior ou por motivos relacionados com as suas atribuições”. Nos
termos da Lei do SEN, a participação do Banco no SEN não prejudica as garantias de independência
decorrentes da sua participação no SEBC, em especial no que respeita à colaboração com o Banco
Central Europeu no âmbito estatístico (cf. Artigo 20.º).
Em 2018 o número total de recursos humanos dedicados à produção regular das estatísticas
compreendidas no âmbito das atividades do SEN manteve‐se inalterado face a 2017.
Quadro III ‐ Recursos Humanos dedicados à produção regular das estatísticas
Produção Estatística
Recursos Humanos
2017 2018 Variação
(%)
Estatísticas das Instituições Financeiras Monetárias 8 8 0,0%
Estatísticas das Instituições Financeiras Não Monetárias 5 5 0,0%
Estatísticas da Central de Responsabilidades de Crédito 5 5 0,0%
4 Refira‐se que outros departamentos do Banco de Portugal contribuem também para a produção corrente de algumas das estatísticas objeto de publicação regular, como é o caso das estatísticas de sistemas de pagamentos e das estatísticas de emissão monetária, embora a respetiva difusão seja, em ambos os casos, da responsabilidade do
Departamento de Estatística.
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Estatísticas de Mercados de Títulos 7 9 28,6%
Estatísticas da Balança de Pagamentos 18 18 0,0%
Estatísticas da Posição de Investimento Internacional 8 8 0,0%
Estatísticas das Contas Nacionais Financeiras 4 4 0,0%
Estatísticas das Finanças Públicas 3 3 0,0%
Estatísticas das Empresas Não Financeiras da Central de Balanços
9 9 0,0%
Estatísticas Cambiais 2 2 0,0%
Estatísticas de Sistemas de Pagamentos 2 2 0,0%
Estatísticas de Emissão Monetária 1 1 0,0%
Atividades transversais
Difusão estatística 6 6 0,0%
Desenvolvimento metodológico 5 3 ‐40,0%
Auditoria estatística 4 4 0,0%
Total de efetivos 87 87 0,0%
Fonte: Banco de Portugal.
O Departamento de Sistemas e Tecnologias de Informação é responsável por garantir os recursos
informáticos necessários ao desenvolvimento dos sistemas de informação, associados à evolução
da função estatística do Banco de Portugal, embora recorrendo pontualmente a soluções de
outsourcing, de acordo com o Plano de atividades em sistemas e tecnologias de informação do
Banco de Portugal elaborado e aprovado para 2018, dos quais se destaca:
Reformulação da Central de Responsabilidades de Crédito
Portal das Estatísticas do Banco de Portugal – Deu‐se continuidade a este projeto que
tem como objetivo a implementação de um Portal de Estatísticas que permita divulgar,
de forma compreensiva e integrada, todos os conteúdos estatísticos disponibilizados pelo
Banco sobre a economia portuguesa.
RELATÓRIO DA ATIVIDADE ESTATÍSTICA DO BANCO DE PORTUGAL | 2018
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Desenvolvimento do Data Warehouse do Banco de Portugal – Continuação dos
trabalhos associados ao desenvolvimento do Data Warehouse do Banco, sistema de
informação de referência e catálogo de informação do Banco, em particular através do
reforço dos mecanismos de cruzamento e exploração integrada de informação com
recurso a soluções de Business Intelligence.
Os meios financeiros associados à função estatística encontram‐se englobados no orçamento de
exploração elaborado anualmente pelo Banco de Portugal e comunicado ao Ministro das
Finanças. Em total respeito pelas regras e princípios que enquadram a participação do Banco no
SEBC, e dando cumprimento ao que se encontra consagrado sobre esta matéria na Lei Orgânica,
o Banco de Portugal envia anualmente ao Ministro das Finanças, para aprovação, o relatório, o
balanço e as contas anuais de gerência, depois de discutidos e apreciados pelo Conselho de
Administração e com o parecer do Conselho de Auditoria, documentos que são objeto de
publicação em Diário da República após essa aprovação.
RELATÓRIO DA ATIVIDADE ESTATÍSTICA DO BANCO DE PORTUGAL | 2018
| 21 |
Anexos
Apresenta‐se, seguidamente, informação detalhada sobre a difusão estatística realizada pelo
Banco de Portugal em 2018. Anexam‐se, para o efeito, os seguintes quadros:
Quadro 1 – Execução do Plano de Atividades, por Área Estatística, para as operações
estatísticas ‐ 2018
Quadro 1A – Disponibilidade da Informação das Operações Estatísticas, na data prevista
Quadro 2 – Execução do Plano de Atividades, por Área Estatística ‐ Edição de Publicações
‐ 2018
Quadro 2A – Publicações Editadas na data prevista
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