relatÓrio de actividades 2010 - azores€¦ · 9.7 projecto: “prevenÇÃo da hematÚria...
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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
2010
Santa Maria
São Miguel
Terceira
Graciosa
São Jorge
Pico
Faial
Flores
Corvo
Pico
SECRETARIA REGIONAL DE AGRICULTURA E FLORESTAS
DIRECÇÃO REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PECUÁRIA
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
2010
Ponta Delgada
Março 2011
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 1
1. FITOSSANIDADE ........................................................................................................................... 2
1.1 INSPECÇÃO FITOSSANITÁRIA ................................................................................................... 2
1.2 PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS ......................................... 2
1.3 PROGRAMAS DE PROSPECÇÃO ............................................................................................... 4
1 – Citrus tristeza vírus (ZP) .................................................................................................... 5
2 – Plum pox vírus - Sharka..................................................................................................... 5
3 – Erwinia amylovora (ZP) ..................................................................................................... 6
4 – Tryoza erytreae, Diaphorina citri, Toxoptera citricidus ................................................ 6
5 – Gonipterus scutellatus (ZP) .............................................................................................. 7
6 – Bemisia tabaci (ZP) ............................................................................................................ 8
7 – Beet necrotic yellow vein vírus (Rhizomania) (ZP) ........................................................ 8
8 – Thrips palmi ........................................................................................................................ 9
9 – Scaphoideus titanus .......................................................................................................... 9
10 – Pepino mosaic vírus ...................................................................................................... 10
11 – Ralstonia solanacearum e Clavibacter michiganenis ssp. sepedonicus ................. 10
12 – Leptinotarsa decemlineata (ZP) .................................................................................. 11
13 – Diabrotica virgifera ....................................................................................................... 12
14 – Phytophtora ramorum .................................................................................................. 12
15 – Rhynchophorus ferrugineus ......................................................................................... 13
16 – Ciborinia camelia ........................................................................................................... 13
PROSPECÇÃO DE NEMÁTODOS ............................................................................................ 14
POPILLIA JAPONICA ................................................................................................................ 19
1.4 CONSULTAS FITOSSANITÁRIAS .............................................................................................. 20
LABORATÓRIOS DE MICOLOGIA E DE VIROLOGIA ............................................................. 23
LABORATÓRIO DE NEMATOLOGIA ...................................................................................... 25
LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA ...................................................................................... 28
LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA ..................................................................................... 29
2. VARIEDADES, SEMENTES E PROPÁGULOS ............................................................................. 30
2.1 BATATA-SEMENTE ................................................................................................................... 30
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI DE BATATA DE SEMENTE DE 2010 .................... 30
2.2 CATÁLOGO NACIONAL DE VARIEDADES .............................................................................. 36
2.2.1 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE BATATA ......................................... 36
2.2.2 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS .............. 42
3. CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS .......................................................................................... 49
3.1 LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS .................................................................. 49
4. CONTROLO DE ROEDORES ....................................................................................................... 57
4.1 AQUISIÇÃO E CEDÊNCIA DE RODENTICIDAS ........................................................................ 57
4.2 ACONSELHAMENTO E APOIO TÉCNICO................................................................................ 60
4.3 ACÇÕES DE FORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO .............................................. 61
4.4 PROJECTO “EPIDEMIOLOGIA E CONTROLO DA LEPTOSPIROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES” ......................................................................................................................... 61
4.5 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE ROEDORES PARA O ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES ........................................................................................................................... 62
4.6 AVALIAÇÃO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS ROEDORES NAS PRINCIPAIS CULTURAS .................................................................................................................................................. 62
4.7 DETERMINAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MUTAÇÕES AO NÍVEL DO GENE VKORC1 CONHECIDAS PELA SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS AOS RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES ................................................................................... 63
5. PLANO DE CONTROLO À IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS DE ORIGEM NÃO ANIMAL ................................................................................................................................... 64
6. IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 173/2005 .............................................................. 64
7. DIVULGAÇÃO AGRÁRIA ............................................................................................................ 68
7.1 AVISOS AGRÍCOLAS ................................................................................................................. 68
7.2 FOLHETOS ................................................................................................................................. 73
7.3 EVENTOS ................................................................................................................................... 82
7.4 POSTERS E COMUNICAÇÕES .................................................................................................. 82
8. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA .................................................................................... 86
9. EXPERIMENTAÇÃO .................................................................................................................... 88
9.1 PROJECTO DE PROTECÇÃO INTEGRADA EM HORTOFRUTICULTURA AO ABRIGO DO ACORDO DE COOPERAÇÃO E DEFESA ENTRE PORTUGAL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. ................................................................................................................................ 88
9.2 ESTUDO DA ABUNDÂNCIA E CONTROLO DA PRAGA CERATITIS CAPITATA (WIEDEMANN) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) ......................................................................... 103
9.3 ESTUDO DAS DOENÇAS DO LENHO DA VIDEIRA ............................................................... 117
9.4 ENSAIO DE HERBICIDAS PARA CONTROLO DE INFESTANTES EM ÁREAS FLORESTAIS 119
9.5 PROJECTO ANÁLISE DE SOLOS E FERTILIZAÇÃO DOS AÇORES ........................................ 120
9.6 ESTUDO DO IMPACTO DA SUPLEMENTAÇÃO COM OLIGOELEMENTOS NA PRODUÇÃO BOVINA REGIONAL .............................................................................................................. 122
9.7 PROJECTO: “PREVENÇÃO DA HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA POR CONTROLO DO FETO COMUM (PTERIDIUM AQUILINUM) NAS PASTAGENS MICAELENSES” .............. 126
9.8 CONSERVAÇÃO DA RAÇA BOVINA AUTÓCTONE RAMO GRANDE .................................. 131
9.9 PROGRAMA EXPERIMENTAL DE TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA EM BOVINOS NA ILHA GRACIOSA.............................................................................................................................. 132
10. APOIO E ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIOS .................................................................................. 135
11. VISTORIAS A IMÓVEIS AFECTADOS POR TÉRMITAS ......................................................... 135
12. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS.............................................................................................. 136
INTRODUÇÃO
À Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária (DSAP) compete a realização e/ou
promoção de um vasto conjunto de actividades e uma das melhores formas de as
divulgar é o relatório anual, que agora se apresenta. Descrevem-se todos os
trabalhos desenvolvidos durante o ano de 2011, quer os executados pelos técnicos
da DSAP de S. Miguel e da Terceira, quer os realizados pelos técnicos dos diversos
Serviços de Desenvolvimento Agrário da Região nas áreas da competência desta
Direcção de Serviços e sob a sua orientação, nomeadamente, a Inspecção
fitossanitária, a Prospecção de organismos nocivos, a Experimentação, a Formação
profissional, as Acções de divulgação e publicações editadas, o Controlo oficial de
resíduos de pesticidas, o Combate a roedores e a Implementação do Decreto-Lei n.º
173/2005.
Ponta Delgada, 11 de Março de 2011
O DIRECTOR
CARLOS EDUARDO COSTA SANTOS
2
1. FITOSSANIDADE
1.1 INSPECÇÃO FITOSSANITÁRIA
De modo a assegurar as medidas de protecção fitossanitária destinadas a evitar a
introdução e dispersão no território nacional e comunitário, incluindo nas zonas
protegidas, de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais qualquer que
seja a sua origem ou proveniência, foram efectuadas inspecções aos locais de
produção dos agentes económicos registados, à importação e exportação de e para
países terceiros, sendo emitidos passaportes e certificados fitossanitários sempre que
necessário. Este controlo permite o cumprimento da legislação comunitária para as
questões fitossanitárias, transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei nº
154/2005, de 6 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 243/2009, de
17 de Setembro.
Nos pontos de entrada para mercadorias provenientes de países terceiros, aeroporto,
porto e correios, foram efectuadas inspecções sempre que solicitado pela Alfândega
ou operador económico. Manteve-se um técnico à chegada dos aviões provenientes
dos Estados Unidos da América e Canadá (288 voos).
Foram emitidos 894 certificados fitossanitários e efectuaram-se 69 intercepções nos
pontos de entrada de países terceiros. Os produtos interceptados tinham como origem
os Estados Unidos da América (33), Canadá (27), Brasil (6), Bermudas, China e Taiwan e
na maioria dos casos são sementes variadas (feijão, milho, ornamentais, hortícolas),
bolbos e outros materiais de propagação vegetativa.
1.2 PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS
De acordo com a legislação em vigor, Decreto-Lei nº 154/2005 de 6 de Setembro,
alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 243/2009 de 17 de Setembro, os
operadores ecomónicos que se dedicam à produção e comercialização de
determinados vegetais, produtos vegetais e outros objectos devem efectuar o seu
3
registo nos serviços oficiais para que possam ser controlados através de inspecções
que, são efectuadas por inspectores fitossanitários devidamente credenciados pela
DGADR.
O cumprimento das exigências específicas constantes nos vários anexos da legislação
permite a emissão do passaporte fitossanitário que deverá acompanhar as remessas
no espaço comunitário.
Foram realizadas 25 inspecções a vegetais ou produtos vegetais de origem nacional ou
comunitária, respeitantes a um total de 19 operadores económicos.
A emissão do passaporte fitossanitário é feita para os operadores económicos inscritos
no registo oficial. Na base de dados da DGADR para o Registo Oficial estão registados
na Região Autónoma dos Açores 117 operadores económicos na área agrícola e 22
operadores económicos para a área florestal.
Em 2009 demos início a uma actualização de dados dos operadores registados na RAA
tendo-se contactado e visitado os operadores económicos para actualização da ficha
de registo ou cancelamento da actividade. Durante este processo foram entregues 10
declarações de encerramento de actividade e inscreveram-se 6 novos operadores.
Neste momento estão inscritos no Registo Oficial 97 operadores da área agrícola, em
que 28 se dedicam à produção e/ou comercialização de batata e os restantes 69 a
outro tipo de vegetais.
Os operadores que também são produtores de materiais de propagação de fruteiras
e/ou plantas ornamentais foram também visitados aquando da entrega e/ou recolha
das declarações anuais de previsão de produção e as declarações anuais de produção.
4
1.3 PROGRAMAS DE PROSPECÇÃO Para manter actualizadas as zonas da Comunidade reconhecidas como zonas
protegidas em relação aos organismos prejudiciais indicados para cada uma delas no
anexo VI do Decreto-lei nº 154/2005 de 6 de Setembro republicado pelo Decreto-lei nº
243/2009 de 17 de Setembro são efectuados anualmente, a nível oficial, os programas
de acção destinados a confirmar que tais organismos prejudiciais não são endémicos
nem se encontram aí estabelecidos.
Em termos globais a Região cumpriu as prospecções propostas pela DGADR para o ano
2010 e tentou-se que todas as ilhas introduzissem as fichas no programa INFINET.
Para o programa do PSTVd tinha sido proposto a realização de 5 amostras mas como
não existe na Região as duas espécies hospedeiras a DGADR ficou de definir o
procedimento alternativo a tomar.
Os resultados das prospecções foram negativos com excepção para a Ralstonia
solanacearum onde se detectaram alguns casos positivos na ilha de S. Miguel.
De seguida são apresentados de forma resumida e esquemática os dados das
prospecções efectuadas em 2010.
5
1 – Citrus tristeza vírus (ZP)
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Citrus sp: 4 (P) 12
S. Miguel
Ponta Delgada Citrus sp: 4 (P) 13
Lagoa Citrus sp: 1(P) 3
Ribeira Grande Citrus sp: 7 (P) 21
Vila Franca Campo Citrus sp: 1 (P) 3
Povoação Citrus sp: 2 (P) 6
Nordeste - - 0
Terceira
Angra do Heroísmo
Citrus sp: 7 (P) 21
Praia da Vitória Citrus sp: 3 (P) 9
Graciosa Santa Cruz Citrus sp: 4 (P) 12
S. Jorge Velas Citrus sp: 4 (P) 12
Calheta Citrus sp: 3 (P) 9
Pico
Lajes Citrus sp: 3 (P) 12
Madalena Citrus sp: 8 (P) 24
S. Roque Citrus sp: 4 (P) 12
Faial Horta Citrus sp: 4 (P) 12
Flores Lajes Citrus sp: 2 (P) 6
Santa Cruz Citrus sp: 2 (P) 6
63 193
Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, CPM - campos de pés – mãe, LP - Citrinos
ornamentais em locais públicos
2 – Plum pox vírus - Sharka
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Am.; Pess.; Dam 5 (P) 8
S. Miguel
Ponta Delgada Am.; Pess.; 2 (P) 6
Lagoa Am.;. 1 (P) 3
Ribeira Grande Am.; Pess.; Dam. 2 (P) 9
Vila Franca Campo Pess. 2 (P) 7
Povoação Am.; Pess 1 (P) 3
Nordeste Am.; Pess.; Dam. 1 (P) 9
Terceira
Angra do Heroísmo
Am.; Dam. 3 (P) 9
Praia da Vitória Am.; Pess.; Dam. 9 (P) 271
Graciosa Santa Cruz Am.; Pess.; Dam. 4 (P) 12
S. Jorge Velas Pess 4 (P) 4
Calheta Pess.. 2 (P) 2
Pico
Lajes - - 0
Madalena Pess.; Dam. 7 (P) 7
S. Roque Pess. 2 (P) 2
Faial Horta Am. 8 (Pl. Is.) 8
Flores Lajes Am. 2 (P) 4
Santa Cruz Am.; Pess. 2 (P) 4
57 368
Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, Pl. Is. – plantas isoladas
6
3 – Erwinia amylovora (ZP)
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Macieira; Pereira 2 (P) 0
S. Miguel
Ponta Delgada Macieira 1(P) 0
Lagoa Pereira 1(P) 1
Ribeira Grande Macieira 1(P) 1
Vila Franca Campo Macieira 1(P) 0
Povoação Macieira 3(P) 0
Nordeste Macieira; Piracanta 1(P); 2(JP) 2
Terceira
Angra do Heroísmo
Macieira Pyracanta
2 (P) 2 (S)
0
Praia da Vitória Macieira; Pereira 6 (P) 0
Graciosa Santa Cruz Macieira; Pereira 8 (P) 4
S. Jorge Velas Macieira 4 (P) 0
Calheta Macieira 3 (P) 0
Pico
Lajes Macieira 1 (P) 0
Madalena Macieira 16 (P) 0
S. Roque Macieira 3 (P) 0
Faial Horta Macieira; Pereira 4 (P) 0
Flores Lajes Macieira; Pereira 2 (P) 0
Santa Cruz Macieira; Pereira 2 (P) 0
65 8
Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, CPM - campos de pés – mãe, JP – Jardins
Públicos, S - Sebe
4 – Tryoza erytreae, Diaphorina citri, Toxoptera citricidus Diaphorina citri
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Técnica das pancadas (Nº total
de amostras)
Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 (P) 24
S. Miguel
Ponta Delgada Citrus sp 2 (P) 10
Lagoa Citrus sp 1 (P) 5
Ribeira Grande Citrus sp 2 (P) 10
Vila Franca Campo Citrus sp 1 (P) 5
Povoação Citrus sp 2 (P) 10
Terceira
Angra do Heroísmo
Citrus sp. 7 (P) 21
Praia da Vitória Citrus sp. 2 (P) 6
Graciosa Santa Cruz Citrus sp. 4 (P) 24
S. Jorge Velas Citrus sp. 4 (P) 16
Calheta Citrus sp. 3 (P) 12
Pico
Lajes Citrus sp: 4 12
Madalena Citrus sp: 7 21
S. Roque Citrus sp: 4 12
Faial Horta Não se efectuou
0
Flores Lajes Citrus sp: 2 (P) 24
Santa Cruz Citrus sp: 2 (P) 24
51 236
7
Tryoza erytreae, Toxoptera citricidus
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Nº de armadilhas colocadas
Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 (P) 40
S. Miguel
Ponta Delgada Citrus sp 2 (P) 10
Lagoa Citrus sp 1 (P) 5
Ribeira Grande Citrus sp 2 (P) 10
Vila Franca Campo Citrus sp 1 (P) 5
Povoação Citrus sp 2 (P) 10
Terceira
Angra do Heroísmo
Citrus sp. 7 (P) 21
Praia da Vitória Citrus sp. 2 (P) 6
Graciosa Santa Cruz Citrus sp. 4 (P) 32
S. Jorge Velas Citrus sp. 4 (P) 16
Calheta Citrus sp. 3 (P) 12
Pico
Lajes Citrus sp 4 12
Madalena Citrus sp 7 21
S. Roque Citrus sp 4 12
Faial Horta Não se efectuou
0
Flores Lajes Citrus sp: 2 (P) 24
Santa Cruz Citrus sp: 2 (P) 24
51 260
5 – Gonipterus scutellatus (ZP)
ILHA Concelho Nº de locais e
tipo Nº total de
observações
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto 2 (AD) 15 0
S. Miguel
Ponta Delgada 5 (AD) 14 0
Lagoa 3 (AD) 7 0 Ribeira Grande 3 (AD) 9 0
Povoação 7 (AD) 18 0
Terceira
Angra do Heroísmo
6 (eucaliptal) 18 0
Praia da Vitória 4 (eucaliptal) 12 0
Graciosa Santa Cruz 2 (Pp) 6 0
S. Jorge Velas 1 (AD) 5 0
Calheta 1 (AD) 3 0
Pico Lajes 1 4 0
Faial Horta 2 AD 2 0
Flores Lajes 2 AD 4 0
Santa Cruz 2 AD 4 0
121 0
Tipos de locais: Pp – Parque público, AD – Árvores dispersas
8
6 – Bemisia tabaci (ZP)
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e
tipo
Nº total de inspecções
visuais
Nº total de armadilhas colocadas
Santa Maria Vila Porto Tomateiro 2 Est. 4
S. Miguel
Ponta Delgada
Tomateiro, Pepino,
Pimento e ornamentais
14 Est. 14 32
Lagoa
Tomateiro, Pepino, e Euphorbia
pulcherrima
8 Est. 8 20
Ribeira Grande Tomateiro, Pepino e Pimento
11 Est. 11 18
Vila Franca Campo Tomateiro e
Pepino 2 Est. 2 4
Povoação Tomateiro e
Pepino 3 Est. 3 6
Terceira Angra do Heroísmo
Alface e Tomateiro
2 Est. 4 2
Praia da Vitória Alface e
Tomateiro 6 Est. 12 6
Graciosa Santa Cruz Tomateiro 2 Est. 4 4
S. Jorge Velas Tomateiro 2 Est. 6 12
Calheta Tomateiro 1 Est. 3 6
Pico
Lajes 0 0 0 0 0
Madalena 0 0 0 0 0
S. Roque 0 0 0 0 0
Faial Horta Alface 1 Est. 4 8
Flores Lajes Tomateiro 1 Est. 2 6
Santa Cruz - - 0 0
55 77 124
Tipos de locais: Est. – Estufa
7 – Beet necrotic yellow vein vírus (Rhizomania) (ZP)
ILHA Concelho Nº de locais Nº total de inspecções
visuais
Nº total de amostras colhidas
S. Miguel
Ponta Delgada 46
1944
Lagoa 4
180
Ribeira Grande 43
1683
Vila Franca Campo 0
0
Povoação 0
0
93
3807
9
8 – Thrips palmi
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Nº total de inspecções
visuais
Nº de armadilhas colocadas
Santa Maria Vila Porto
Cucumis melo
2 Est. 4 0
S. Miguel
Ponta Delgada Pepino,
Pimento e Ficus sp.
10 Est. 10 24
Lagoa Pepino 1 Est. 1 4
Ribeira Grande Pepino e Pimento
2 Est. 2 3
Vila Franca Campo Pepino 1 Est. 1 2
Povoação Pepino 1 Est. 1 2
Terceira
Angra do Heroísmo
Ficus sp. orquídeas,
meloa e beringela,
5 locais (gardens,estufas,
hortas) 5 12
Praia da Vitória Ficus sp. e
pepino
4 locais (gardens e
estufas) 4 9
Graciosa Santa Cruz Tomateiro 2 Est. 2 2
S. Jorge Velas Tomateiro 2 Est. 6 12
Calheta Tomateiro 1 Est. 3 6
Pico
Lajes 0 0 0 0
Madalena 0 0 0 0
S. Roque 0 0 0 0
Faial Horta Melão, Alface
e Pimento 3 Est. 4 9
Flores Lajes 3 1 V; 2 JP 6 0
Santa Cruz 0 0 0 0
37 49 85
Tipos de locais: Est. – Estufa, V – Viveiros, JP – Jardim Público
9 – Scaphoideus titanus
ILHA Concelho Nº de locais e
tipo Nº total de armadilhas
colocadas
Santa Maria Vila Porto 1 2
S. Miguel Ponta Delgada 1 20
Lagoa 1 20
Terceira
Angra do Heroísmo
1 12
Praia da Vitória 1 12
Graciosa Santa Cruz 1 16
Pico
Lajes 0 0
Madalena 0 0
S. Roque 0 0
6 82
10
10 – Pepino mosaic vírus
ILHA Concelho Nº de locais e
tipo
Nº total de inspecções visuais (quando aplicável)
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto 2 Est. 1 20
S. Miguel
Ponta Delgada 4 Est. 1 40
Lagoa 2 Est. 1 20
Ribeira Grande 4 Est. 1 40
Vila Franca Campo - 1 0
Povoação - 1 0
Terceira
Angra do Heroísmo
5 Est. 1
50
Praia da Vitória 1 Est. 1 10
Graciosa Santa Cruz 2 Est. 1 20
S. Jorge Velas 1 Est. 1 10
Calheta 1 Est. 1 10
Pico
Lajes Não se
efectuou
0
Madalena 0
S. Roque 0
Faial Horta Não se
efectuou
0
Flores Lajes 1 Est. 1 10
Santa Cruz 1 Est. 1 10
24 240
Est- Estufa
11 – Ralstonia solanacearum e Clavibacter michiganenis ssp. sepedonicus BATATA Estrangeira
ILHA Categoria do
material Origem do
material
Nº total de inspecções
visuais
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria - - 0 0
S. Miguel Bs E (UK) 6 5
Bs E (Holanda) 2 2
Terceira Bs E (UK) 3 3
Bs E (Alemanha) 1 1
Graciosa - - 0 0
S. Jorge Bs E (UK) 4 4
Bs E (Dinamarca) 1 1
Pico - - 0 0
Faial Bs E (UK) 4 4
Flores Bs E (UK) 1 1
22 21
11
BATATA Nacional
ILHA Concelho Categoria
do material
Origem do
material
Nº total de inspecções
visuais
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Bc N 7 2
S. Miguel
Ponta Delgada Bc N 3 0
Lagoa - - 0 0
Ribeira Grande Bc N 16 0
Vila Franca Campo - - 0 0
Nordeste Bc N 51 7
Terceira Angra do Heroísmo Bc N 20 2
Praia da Vitória Bc N 20 3
Graciosa Santa Cruz Bc N 15 2
S. Jorge Velas Bc N 2 2
Calheta Bc N 2 2
Pico
Lajes Bc N 32 0
Madalena Bc N 16 0
S. Roque Bc N 12 0
Faial Horta Bc N 0 4
Flores Lajes Bc N 9 1
Santa Cruz Bc N 6 1
211 26
Categoria: Batata-semente (Bs); Batata consumo (Bc); Tomateiro (T); Outros hospedeiros (especificar a espécie); Água de rega (A) Origem: Nacional (N); Estrangeira (E) indicando a região ou País Nas 7 amostras colhidas no concelho de Nordeste ilha de S. Miguel foi detectada a presença da bactéria Ralstonia solanacearum.
12 – Leptinotarsa decemlineata (ZP)
ILHA Concelho Nº de locais e
tipo Nº total de inspecções
visuais
Santa Maria Vila Porto 10 10
S. Miguel
Ponta Delgada 3 3
Lagoa 0 0
Ribeira Grande 16 16
Vila Franca Campo 0 0
Nordeste 51 51
Terceira Angra do Heroísmo 12 20
Praia da Vitória 8 20
Graciosa Santa Cruz 20 20
S. Jorge Velas 6 6
Calheta 8 8
Pico
Lajes 12 48
Madalena 26 104
S. Roque 12 48
Faial Horta 0 0
Flores Lajes 9 9
Santa Cruz 6 6
199 369
12
13 – Diabrotica virgifera
ILHA Concelho Nº de locais e
tipo
Nº total de armadilhas colocadas
Nº total de observações das
armadilhas
S. Miguel Ponta Delgada 6 6 24
Terceira
Angra do Heroísmo
1 1
7
Praia da Vitória 6 6 42
Faial Horta 7 7 14
20 20 87
14 – Phytophtora ramorum
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais e tipo
Nº total de insp.
visuais
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria
Vila Porto Quercus, Castanea 1 J; 1 AD 10 0
S. Miguel
Ponta Delgada Carv.Cam.Cast.Mag 12-J;PF; V 4069 5
Nordeste Carv.Cam.Cast.Mag. 8-J;PF; V 9518 10
Ribeira Grande Cam.Car. Cast 2 - PF 50 0
Vila Franca Campo
Cam. Carv. 1 J 85 0
Povoação Carv.Cast.Cam.Mag 14-J;PF;V 9607 15
Terceira
Angra do Heroísmo
Camélia, Rhododendron
2 gardens 4 0
Praia da Vitória Camélia 2- PF 15 0
Graciosa Santa Cruz Cam. 2 - AD 15 0
S. Jorge Velas Cam 2 - AD 2 0
Calheta - - 0 0
Pico
Lajes Carvalho 2 4 0
Madalena Rododendro 1 2 0
S. Roque Carvalho 2 4 0
Faial Horta Cam. 2 V 20 0
Flores Lajes Cam. 1 V 2 0
Santa Cruz Cam. 1 JP 2 0
80 23409 30
Tipos de locais: J-jardim; PF- Povoamento Florestal, V- Viveiros, 2 AD – Árvore dispersa
13
15 – Rhynchophorus ferrugineus
ILHA Concelho Nº Viveiros e
Garden Centers
Nº de Locais Públicos
e Privados TOTAL
Santa Maria Vila Porto 0 11 11
S. Miguel
Ponta Delgada 2 10 12
Lagoa 2 3 5
Ribeira Grande 0 4 4
Vila Franca Campo 0 3 3
Povoação 1 3 4
Nordeste 0 6 6
Terceira
Angra do Heroísmo
2 gardens 1 público + 17
privados 20
Praia da Vitória 1 garden 8 públicos + 4
privados 13
Graciosa Santa Cruz 0 10 10
S. Jorge Velas 0 12 12
Calheta 0 8 8
Pico
Lajes 0 0 0
Madalena 0 0 0
S. Roque 0 0 0
Faial Horta 0 20 20
Flores Lajes 0 6 6
Santa Cruz 0 4 4
138
16 – Ciborinia camelia
ILHA Concelho Nº de locais
Nº total de inspecções
visuais
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto 2 2 2
S. Miguel
Ponta Delgada 5 5
Nordeste 8 8 8
Ribeira Grande 2 2 2
Vila Franca Campo 1 1 1
Povoação 12 12 12
Terceira Angra do Heroísmo 4 4 0
Praia da Vitória 0 0 0
Graciosa Santa Cruz 4 4 4
S. Jorge Velas 1 1 1
Calheta 1 1 1
Pico
Lajes 2 4 0
Madalena 3 6 0
S. Roque 0 0 0
Faial Horta 7 7 0
Flores Lajes 15 15 0
Santa Cruz 9 9 0
76 81 29
14
PROSPECÇÃO DE NEMÁTODOS Plano de Prospecção de Nemátodos
No ano de 2010 deu-se continuidade ao Plano de Prospecção de Nemátodos tendo
sido efectuadas prospecções nas diversas ilhas do Arquipélago. Os pontos foram
assinalados na Carta Militar 1:25000 mediante a utilização de quadrículas e sub-
quadrículas previamente definidas.
Foi feita a prospecção de Globodera sp. em várias ilhas conforme resultados
apresentados no quadro 1.1, não tendo sido detectado este nemátodo em nenhuma
das amostras analisadas.
Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospecção de Globodera sp. na Região
Autónoma dos Açores.
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S.
Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Abóbora, Batata, Cebola, Girassol
1
Abóbora, Batata, Feijão
1
Abóbora, Feijão 1
Açafroa, Fava 1
Agrião, Batata, Couve, Fava, Nabo
1
Agrião, Brócolos, Couve, Couve-flor, Nabo, Repolho
1
Alface 8 1
Alface, Alho, Cebola, Feijão
1
Alface, Alho, Couve, Fava
1
Alface, Araçaleiro, Couve, Inhame, Vinha
1
Alface, Couve, Ervilha, Morango, Pimenta, Tomate
1
Alface, Batata, Nabo, Pimenta
1
Alho 3
Alho, Alho-Francês, Batata, Cebola
1
Alho, Alho-Francês, Batata, Cebola, Fava
1
Alho, Batata 1
15
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S.
Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Alho, Batata, Batata-doce, Cebola, Feijão, inhame
1
Alho, Batata, Batata-doce, Fava
1
Alho, Batata, Cebola, Couve, Fava, Repolho
1
Alho, Batata, Cebola, Ervilha
1
Alho, Batata, Cebola, Fava, Pimenta, Tomate
1
Alho, Batata, Ervilha, Fava, Inhame
1
Alho, Batata, Fava 2 Alho, Batata, Fava, Feijão
2
Alho, Batata- doce, Cebola, Couve
1
Alho, Cebola, Couve, Ervilhas
1 1
Alho, Cebola, Fava 1 Alho, Couve, Ervilha, Salsa
1
Alho, Fava 2 Alho, Fava, Tremoço 1 Amendoim, Batata, Feijão, Melancia
1
Amendoim, Feijão, Pimenta
2
Ameixeira, Araçaleiro, Nespereira
1
Araçaleiro 2 Araçaleiro, Fava, Limoeiro
1
Araçaleiro, Batata, Citrinos
1
Bananeira 12 3 1 4 18
Bananeira, Batata-doce
1
Bananeira, Citrinos 2
Bananeira, Citrinos, Couve
1
Bananeira, Limoeiro 1
Bananeira, Vinha 2
Batata 93 4 12 1 3
Batata, Bananeira 1 Batata, Batata-doce 3 Batata, Batata-doce, Cebola, Fava
1
Batata, Batata-doce, Couve, Fava, Laranjeira
16
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S.
Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Batata, Batata-doce, Ervilha, Pimenta
1
Batata, Batata-doce, Feijão
1
Batata, Batata-doce, Feijão, Pimenta
1
Batata, Batata-doce, Inhame
1
Batata, Cebola, Ervilha, Feijão
1
Batata, Cebola, Fava, Feijão
1
Batata, Cebola, Feijão, Melancia
1
Batata, Cebola, Feijão, Pimenta
1
Batata, Cebola, Pimenta, Salsa
1
Batata, Cebola, Repolho
1
Batata, Couve 3 Batata, Couve, Fava 1 Batata, Couve, Vinha 1 Batata, Ervilha 2 1 Batata, Ervilha, Fava, Feijão, Pimenta
1
Batata, Ervilha, Fava, Pimenta
1
Batata, Ervilha, Fava, Repolho
1
Batata, Ervilha, Pimenta
1
Batata, Fava 10 Batata, Fava, Feijão 4 Batata, Fava, Feijão, Milho
1
Batata, Fava, Inhame 1 Batata, Fava, Inhame, Tremoço
1
Batata, Fava, Pimenta, Tremoço
1
Batata, Fava, Vinha 1 Batata, Feijão 2 1
Batata, Feijão, Inhame, Tomate
1
Batata, Feijão, Milho 1
Batata, Milho, Repolho
1
Batata, Pimenta 2
Batata, Vinha 1
Batata-doce 2 4 1
Batata-doce, Fava, Morango, Salsa
1
Batata-doce, Repolho 1
17
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S.
Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Beringela 1
Camélias 1
Capuchos 1
Castanheiros 1
Castelhana 2
Cebola 1 2
Cebola, Batata 1
Cebola, Citrinos, Couve, Salsa
1
Cebola, Couve, Couve-flor, Figueira, Repolho
1
Cebola, Couve, Repolho, Tomate, Vinha
1
Cebola, Fava 2
Cebola, Vinha 1
Cenoura, Ervilha, Fava
1
Citrinos 1 1 1 22
Ctrinos, Fava, Vinha 1
Couve 2 1
Couve, Nabo, Repolho
1
Couve, Nabo, Repolho, Salsa
1
Couve, Repolho 2
Ervilhas 1
Ervilha, Fava, Feijão, Tomate
1
Ervilha, Fava, Feijão 1
Espontânea 1
Fava 17 3 1
Fava, Feijão 2
Fava, Inhame 3
Fava, Milho 1
Fava, Pimenta 1
Fava, Repolho 1
Fava, Tremoço 1
Fava, Vinha 1
Feijão 5 7
Feijão, Tomate 1
Figueira 2 3
Florícultura 1 3 1
Forrageiras 5 22
Frutícolas 2 1 10
Hortícolas 9 23 2 13 82
Hortícolas/Batata 1
Inhame 7
18
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S.
Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Inhame, Feijão, Pimenta
1
Inhame, Laranjeiras 1
Inhame, Tremoço 4
Laranjeiras 1
Macieira 1 4
Mangueira 1
Melancia 4
Meloa 3 1
Milho 8 5 19 9
Milho, Batata 1
Milho, Batata,
Abóbora
1
Nabo 1
Outono/Milho 8
Pastagem 42 100 5 31 25 42
Pepino 1 1
Pereira 2
Pimenta 1
Pimento 2
Protea 2 1
Repolho 1
Terreno Nu 1 2
Tomate 1 3
Vinha 2 30 5 5 5 23
Na quinta de São Gonçalo prospectaram-se seis pontos das culturas de mirtilos, amoras e
framboesas e num terreno nú, onde se observaram infestações de Helicotylenchus,
Pratylenchus e de Xiphinema. As seis amostras de solo encontravam-se isentas de nemátodes
do género Globodera.
19
POPILLIA JAPONICA À semelhança do ano anterior, o trabalho de prospecção de Popillia japonica na ilha de
S. Miguel envolveu uma equipa de vários técnicos, alguns do quadro de pessoal desta
Direcção de Serviços e outros contratados para o efeito. Envolveu também muitos
recursos materiais e financeiros, como por exemplo a compra de armadilhas e de
atractivos florais e sexuais, a compra de insecticida e a utilização de viaturas e
respectivo combustível.
Este trabalho de prospecção irá ser descrito em relatório próprio, intitulado “Popillia
japonia Newman. Relatório das acções realizadas em 2010”, no entanto, inclui-se aqui,
de forma resumida, os aspectos mais relevantes:
Foram instaladas 368 armadilhas do tipo Ellisco em toda a ilha de S. Miguel
Foram capturados 156295 adultos de P. japonica
À semelhança dos anos anterirores, o mês de Julho foi aquele em que se registou
o maior número de insectos capturados, cerca de 82% do total
Relativamente à luta química foram feitos 80 tratamentos dirigidos às silvas
(Rubus sp.) existentes nas divisórias de 44 pastagens e/ou caminhos. Em 15 locais
foi realizada uma única aplicação, em 22 locais foram realizadas 2 aplicações e em
7 locais foram realizadas 3 aplicações. Os insecticidas utilizados foram à base de
imidaclopride e de deltametrina
Foi dada continuidade à produção em massa do fungo entomopatogénico
Metarhizium robertsii, tendo sido produzidos 8666 g de esporos
Foram instaladas 150 armadilhas modificadas na área infestada, tendo sido
aplicados cerca de 1688 g de esporos do fungo M. robertsii
No mês de Maio foi realizado um ensaio de campo de aplicação de nemátodes
entomopatogénicos.
De referir que no relatório acima mencionado serão compilados e tratados os dados
referentes ao trabalho de prospecção de P. japonica efectuado nas restantes ilhas do
arquipélago.
20
1.4 CONSULTAS FITOSSANITÁRIAS
Durante o ano de 2010 deu entrada no Laboratório Regional de Sanidade Vegetal 247
amostras para diagnóstico. Na figura 1.1 apresenta-se a percentagem de consultas
solicitada por cada uma das ilhas da região. Foram atendidas unicamente pelos dois
técnicos do gabinete de consultas fitossanitárias 50 consultas, cuja lista se apresenta
no quadro 1.2 e a respectiva distribuição por tipo de cultura no gráfico da figura 1.2.
No quadro 1.3 apresenta-se a lista das amostras enviadas para os diversos laboratórios
do Laboratório Regional de Sanidade Vegetal após a triagem realizada pelos dois
técnicos do gabinete de consultas fitossanitárias.
Figura. 1.1 – Gráfico onde se pode observar a percentagem de consultas fitossanitárias
solicitadas pelas diferentes ilhas da região.
51%
28%
11%
4% 2% 2% 2% 0%
São Miguel
Terceira
Faial
Pico
Flores
Santa Maria
Graciosa
S. Jorge
21
Quadro 1.2 – Lista das consultas fitossanitárias atendidas exclusivamente no gabinete
de consultas fitossanitárias.
Consulta N.º Data
Cultura
Consulta N.º Data
Cultura
2010/1 5-Jan Ficus benjamina 2010/26 18-Mai Laranjeira
2010/2 7-Jan Azevém-aveia 2010/27 31-Mai Vinha
2010/3 13-Jan Batata 2010/28 29-Jun Sardinheiras
2010/4 18-Jan Tomateiro 2010/29 6-Jul Batateira
2010/5 21-Jan Chá 2010/30 9-Jul Batateira
2010/6 3-Fev Citrinos 2010/31 12-Jul Cebola
2010/7 5-Fev Ananás 2010/32 3-Ago Pimenta
2010/8 12-Fev Laranjeira 2010/33 5-Ago Pastagem
2010/9 19-Fev Morangueiro 2010/34 10-Ago Oliveira
2010/10 24-Fev Anoneira 2010/35 11-Ago Batata
2010/11 24-Fev Figueira 2010/36 11-Ago Hibiscos
2010/12 24-Fev Fruteiras 2010/37 12-Ago Citrinos
2010/13 26-Fev Nespereiras 2010/38 24-Ago Macieira
2010/14 9-Mar Limoeiro 2010/39 24-Ago Laranjeira
2010/15 9-Mar Figueira 2010/40 10-Set Citrinos
2010/16 10-Mar Material de compostagem 2010/41 13-Set Maracujá
2010/17 5-Abr Relva 2010/42 14-Set Nenhuma
2010/18 9-Abr Tomateiro 2010/43 29-Set Citrinos
2010/19 7-Mai Vinha 2010/44 22-Out Couve
2010/20 11-Mai Pessegueiro 2010/45 3-Nov Tomateiro
2010/21 12-Mai Alface 2010/46 8-Nov Infestação fetos
2010/22 18-Mai Alho 2010/47 26-Nov Nenhuma
2010/23 18-Mai Lagestroémia 2010/48 26-Nov Couve
2010/24 18-Mai Figueira 2010/49 14-Dez Citrinos
2010/25 18-Mai Pastagem permanente 2010/50 20-Dez Pastagem
22
Figura. 1.2 – Gráfico da distribuição do número de consultas fitossanitárias atendidas
exclusivamente no gabinete de consultas fitossanitárias por tipo de cultura.
Quadro 1.3 – Distribuição das amostras pelos vários laboratórios.
Laboratórios N.º de amostras
Bacteriologia 5
Entomologia 15
Micologia 56
Nematologia 124
Virologia 3
Total 203
13
139
9
4 2
Hortícolas
Outras
Fruteiras
Citrinos
Ornamentias
Vinha
Consultas 2010
23
LABORATÓRIOS DE MICOLOGIA E DE VIROLOGIA
Por solicitação dos vários Serviços de Desenvolvimento Agrário de Ilha, de agricultores
e de outras entidades, deram entrada nos laboratórios de micologia e de virologia 66
amostras de material vegetal para identificação dos agentes patogénicos. Em alguns
casos foi necessária a deslocação do técnico responsável por estes laboratórios ao
local onde as culturas estavam instaladas para uma melhor apreciação do estado
sanitário das mesmas.
Em laboratório, a identificação dos agentes patogénicos causadores das doenças, foi
feita com recurso a técnicas específicas, a fim de preconizar as soluções a adoptar.
Assim, foram identificados por hospedeiro os seguintes organismos fitopatogénicos:
24
HOSPEDEIRO ORGANISMO DETECTADO
Ananás Thielaviopsis spp.
Alface Tomato Spotted Wilt Virus (TSWV)
Anoneira Verticillium spp.
Bouganvillea Alternaria spp; Pyrenochaeta spp.
Cameleira Ciborinia camelliae; Cylindrocarpon spp.
Castanheiro
Cryphonectria spp. Gloeosporium spp Pestalotiopsis spp. Phytophthora cinnamomi
Faia Pestalotiopsis spp. Phytophthora spp.
Feijoeiro Phytophthora spp.
Loureiro Cladosporium spp. Pestalotiopsis spp. Phytophthora spp.
Macieira Alternaria spp.
Maracujaleiro Cucumber Mosaic Virus (CMV)
Melancia Fusarium spp.
Metrosidero Cylindrocarpon spp.; Pestalotiopsis spp.
Nogão Pestalotiopsis spp
Pau branco Alternaria spp. Gloeosporium spp. Pestalotiopsis spp.
Planta do fogo Sphaerotheca spp.
Protea
Botryosphaeria spp. Botrytis cinerea Cladosporium spp. Cylindrocarpon spp. Drechslera spp. Elsinöe spp. Phytophthora cinnamomi. Pestalotiopsis spp. Rosellinea spp. Verticillium spp.
Tomateiro
Botrytis cinerea Cladosporium fulvum. Fusarium spp. Leveillula taurica Phomopsis spp. Phytophthora infestans Tomato Spotted Wilt Virus (TSWV). Verticillium spp.
Uva da Serra
Cylindrocarpon spp. Fusicoccum spp. Pestalotiopsis spp. Phytophthora spp.
Videira Plasmopara viticola
Vinhatico
Cladosporium spp. Cylindrocarpon spp. Phytophthora spp. Verticillium spp.
25
LABORATÓRIO DE NEMATOLOGIA
As análises nematológicas efectuadas no decurso do ano de 2010 tiveram como
objectivos principais os seguintes tópicos:
─ Plano de Prospecção de nemátodos nas diversas ilhas do arquipélago;
─ Consultas fitossanitárias;
─ Apoio à cultura de beterraba sacarina;
─ Apoio à instalação de novas culturas
Consultas fitossanitárias
Efectuaram-se cento e vinte e quatro prospecções com o objectivo de responder aos
diferentes Serviços de Desenvolvimento Agrário, aos agricultores e a outros organismos
e os resultados obtidos são os descritos abaixo:
HOSPEDEIRO ORGANISMOS
IDENTIFICADOS Globodera sp.
Ananás Helicotylenchus -
Bananeira Pratylenchus
Xiphinema -
Batateira Helicotylenchus
Pratylenchus -
Chá Helicotylenchus
Pratylenchus -
Espécies florestais Pratylenchus -
Hortícolas Pratylenchus
Xiphinema -
Inhame - -
Laranjeiras Pratylenchus
Xiphinema -
Maracujá - -
Pimenta - -
Proteas Meloidogyne -
Tomateiro Meloidogyne -
Vinha - -
26
Apoio à cultura de beterraba sacarina
Efectuaram-se análises nematológicas em noventa e três amostras de solo, colhidas em
campos de beterraba sacarina, de acordo com o quadro abaixo mencionado:
CONCELHO FREGUESIA ÁREA (m2) Nº PONTOS
PROSPECTADOS
Ponta Delgada
Arrifes Fafã de Baixo Fajã de Cima Feteiras Ginetes Livramento Relva Santo António São José São Pedro
156280 22070
130000 111390
5000 17480 68370 4800 4000
12750
10 4 9 9 1 2
12 1 1 2
Total 532140 46
Lagoa Sta. Cruz Água de Pau
38440 5000
3 1
Total 43440 4
Ribeira Grande
Calhetas Pico da Pedra Rabo de Peixe Ribeira Seca Santa Bárbara
178750 17660
246340 27660 86990
2 1
17 6
17
Total 557400 43
As amostras de solo prospectadas encontraram-se isentas de Globodera pallida e de
Globodera rostochiensis. Em seis das citadas amostras de solo detectaram-se quistos de
Heterodera sp. em infestações com densidades populacionais muito baixas. Em duas
amostras de raízes de beterraba foram observadas infestações de Meloidogyne em
média densidade populacional. Em duas amostras de raízes de beterraba foram
observadas infestações de Meloidogyne em baixa densidade populacional. Numa
amostra de raíz de beterraba foi detectada uma infestação de Meloidogyne em elevada
densidade populacional.
27
Apoio à Instalação de Novas Culturas
Realizaram-se duzentas e cinquenta e nove análises laboratoriais em amostras de solo.
Estas foram colhidas em parcelas de terreno que irão ter as culturas descritas no quadro
abaixo:
Cultura Prevista Organismos identificados
Globodera sp.
Amoras Pratylenchus
Xiphinema -
Batateira Pratylenchus -
Castanheiros - -
Citrinos Pratylenchus
Xiphinema -
Floricultura - -
Fruteiras Helicotylenchus -
Hortícolas Helicotylenchus
Pratylenchus Xiphinema
-
Horticultura e Florícultura
Helicotylenchus Pratylenchus
Xiphinema -
Horto-fruti-floricultura
- -
Jardim - -
Laranjeira - -
Limoeiros Helicotylenchus -
Macieiras Helicotylenchus -
Pequenos Frutos - -
Proteas Helicotylenchus
Pratylenchus Xiphinema
Roseiras e craveiros Helicotylenchus
Tangerineira - -
Vinha
Criconema Helicotylenchus
Pratylenchus Xiphinema
-
28
LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA
A seguir apresenta-se a lista dos insectos identificados no Laboratório de Entomologia.
Consulta N.º Data Cultura Organismo Identificado
2010/1 11-Mar Compostagem Collembola
2010/3 1-Jun Laranjeira Toxoptera aurantii (Boyer de Fonscolombe)
2010/4 23-Jun Scheflera Brevipalpus phoenicis e
Poliphagotarsonemus latus
2010/5 29-Jul Alface e Pepino Tetranychus sp.
2010/6 2-Ago Pastagem Mythimna unipuncta (Haworth, 1809)
2010/7 11-Ago Milho Carpophilus sp.
2010/9 7-Set Tomateiro Helicoverpa armigera (Hubner)
2010/10 7-Set Móvel de
madeira Ácaros
2010/11 13-Set Maracujá Ausência de insectos ou ácaros
2010/12 10-Set Estrelícias Opogona sacchari (Bojer)
2010/21 7-Out Uva da serra Sinais da presença de tripes
2010/22 7-Out Metrosidero Lagarta
2010/30 22-Out Couve Brevicoryne brassicae (L.)
2010/35 29-Nov Maracujá Parasaissetia nigra (Nietner)
2010/36 2-Dez Tomateiro Aculops lycopersici (Massee)
29
LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA No âmbito das consultas fitossanitárias foram realizadas análises de detecção e
identificação de bactérias fitopatogénicas, a 5 amostras provenientes de particulares
da ilha de S. Miguel.
Apenas numa amostra foi detectada e presença de um microrganismo fitopatogénico,
como se pode observar na tabela seguinte.
Data Nº Consulta Hospedeiro Bactéria Fitopatogénica
detectada
23 Abril 2010/22 Melância -
23 Abril 2010/23 Tomateiro -
30 Abril 2010/25 Tomateiro -
27 Outubro 2010/57 Tomateiro Pseudomonas corrugata
15 Novembro 2010/58 Tomateiro -
30
2. VARIEDADES, SEMENTES E PROPÁGULOS 2.1 BATATA-SEMENTE
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI DE BATATA DE SEMENTE DE 2010
Com o objectivo de verificar as classificações atribuídas e a qualidade dos lotes de
batata de semente produzidos na Região Autónoma dos Açores e dos lotes
provenientes da União Europeia, a Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária
efectuou um ensaio de controlo a posteriori com amostras de 12 (doze) lotes
provenientes da União Europeia e inspeccionados pelos técnicos da DSAP e dos vários
Serviços de Desenvolvimento Agrário da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
Todas as amostras testadas neste ensaio de controlo a posteriori estavam conformes
com as normas comunitárias e nacionais em vigor.
31
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI - 2010 IDENTIFICAÇÃO DOS LOTES
Nº Talhão
Variedade Origem Nº Registo N.º Lote Categ. /Classe Operador económico/ /Local de Inspecção
1 Ambo Reino Unido
(Escócia) UK/S/3990 44491 B/CE 2//E1 Agrogança/S.Jorge
2 Burren Reino Unido
(Escócia) UK/S/3990 41423 B/CE 2//E1 Mário Sarmento/Faial
3 Cara Reino Unido
(Escócia) UK/S/3990 45081 B/CE 2//E1 FAV/Terceira
4 Desiree Holanda 12095 B/CE 1/E Olivério Melo/S.Miguel
5 Desiree Reino Unido
(Escócia) UK/S/3360 39558 B/CE 2/SE Agromaçanita/S.Miguel
6 Orla Reino Unido
(Escócia) UK/S/3990 41461 B/CE 2//E1 CALF/Faial
7 Red Scarlett Holanda 10428 B/CE 1/E Olivério Melo/S.Miguel
8 Romano Reino Unido
(Escócia) UK/S/41 39071 B/CE 2/E 1 Agromaçanita/S.Miguel
9 Romano Reino Unido
(Escócia) UK/S/41 40977 B/CE 2/E 1 Agromaçanita/S.Miguel
10 Romano Reino Unido
(Escócia) UK/S/41 40978 B/CE 2/E 1 Agripecupes/S.Jorge
11 Romano Reino Unido
(Irl.Norte) UK/NI/3165/3486 3165 B/CE 2/Elite Agromaçanita/S.Miguel
12 Rudolph Reino Unido
(Escócia) UK/S/41 39042 B/CE 2/E 1 Flores e Parreira/Terceira
32
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI
- 2010 -
INSPECÇÕES DE CAMPO (%)
OUTRAS PRAGAS E DOENÇAS
TALHÃO DATAS
2010/06/17 2010/07/05
1 2 PN
2 1 OV 1 PN
3
4 1 PN 3/PN
5
6
7 1 MG
8 1 OV
9 1 MG
10
11
12
OV - Plantas de outra variedade
OT - Plantas não conformes com o tipo varietal
PN - Pé negro
MG - Mosaico grave
33
Condições do ensaio de controlo a posteriori
LOCAL: Quinta de S.Gonçalo – Ponta Delgada
ANO: 2010
DELINEAMENTO EXPERIMENTAL:
- Nº DE TUBÉRCULOS/TALHÃO: 100 (4 x 25)
- COMPASSO DE PLANTAÇÃO: 70 cm x 30 cm
- ÁREA DO TALHÃO: 21,00 m2 (7,0 m x 2,8 m)
- Nº DE AMOSTRAS: 12
TIPO DE SOLO: Franco-argiloso
CULTURA ANTERIOR: pousio
PREPARAÇÃO DO TERRENO: Lavoura e frezagem
FERTILIZAÇÃO:
MINERAL DE FUNDO: 110 U N/ha DATA: 2010/04/29
135 U P2O5/ha DATA: 2010/04/29
85 U K2O/ha DATA: 2010/04/29
PLANTAÇÃO:
DATA: 2010/04/30
34
OUTRAS OPERAÇÕES CULTURAIS:
Monda Química: ver quadro dos tratamentos fitossanitários;
Amontoa: 2010/05/27
TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS:
DATA FINALIDADE PRODUTO COMERCIAL CONCENTRAÇÃO/ /DOSE
2010/05/04 Infestantes AFALON 1,5 l/ha
2010/05/20 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2010/05/27 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2010/06/04 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2010/06/04 Insectos de solo DECISPRIME 0,4 l/ha
2010/06/14 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2010/06/23 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2010/06/30 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 23,0 kg/ha
2010/07/07 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2010/07/14 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 15,0 kg/ha
35
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI
- 2010 - PRODUÇÕES
Nº DO TALHÃO DATA PRODUÇÃO (kg)
FALHAS < 30 mm ≥30 mm
01 2010/07/29 6 80
02 2010/07/29 4 122
03 2010/07/29 7 60
04 2010/07/29 7 87
05 2010/07/29 6 75
06 2010/07/29 4 106
07 2010/07/29 3 93
08 2010/07/29 3 77
09 2010/07/30 5 104
10 2010/07/30 4 116
11 2010/07/30 5 98
12 2010/07/30 5 88
36
2.2 CATÁLOGO NACIONAL DE VARIEDADES
Tendo por objectivo avaliar o Valor Agronómico (VA), o Valor de Utilização (VU) e a
Distinção, Homogeneidade e Estabilidade (DHE) foram instalados ensaios de
variedades integrados na Rede Nacional de Ensaios.
2.2.1 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE BATATA
No ano de 2010, o ensaio de Valor Agronómico (VA) foi constituído por 8 (oito)
variedades, encontrando-se 4 (quatro) delas em processo de inscrição no Catálogo
Nacional de Variedades e sendo as restantes 4 (quatro) as testemunhas (Desiree,
Marine, Monalisa e Rosanna).
Da produção obtida foram retiradas amostras de cada variedade que foram enviadas
para a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com o objectivo de se
avaliar o Valor de Utilização (VU) e a Distinção, Homogeneidade e Estabilidade (DHE).
Nas páginas seguintes apresentam-se alguns elementos referentes ao ensaio de VA
realizado na Região Autónoma dos Açores em 2010.
37
Condições do ensaio de valor agronómico
LOCAL: Quinta de S.Gonçalo – Ponta Delgada
ANO: 2010
DELINEAMENTO EXPERIMENTAL:
- BLOCOS CASUALIZADOS
- Nº DE TUBÉRCULOS/TALHÃO: 100 (4 x 25)
- COMPASSO DE PLANTAÇÃO: 70 cm x 30 cm
- ÁREA DO TALHÃO: 21,00 m2 (7,0 m x 2,8 m)
- Nº DE VARIEDADES: 8
- Nº DE REPETIÇÕES: 4
TIPO DE SOLO: Franco-argiloso
CULTURA ANTERIOR: pousio
PREPARAÇÃO DO TERRENO: Lavoura e frezagem
FERTILIZAÇÃO:
MINERAL DE FUNDO: 110 U N/ha DATA: 2010/04/29
135 U P2O5/ha DATA: 2010/04/29
85 U K2O/ha DATA: 2010/04/29
38
PLANTAÇÃO:
DATA: 2010/04/30
OUTRAS OPERAÇÕES CULTURAIS:
Monda Química: ver quadro dos tratamentos fitossanitários;
Amontoa: 2010/05/27;
Colheita:
- 2010/07/20: modalidade 09145 e 1ª, 2ª e 3ª repetições da modalidade 09146;
- 2010/07/21: 4ª repetição da modalidade 09146 e modalidade 09147;
- 2010/07/27: modalidades 09138, 09139 e 1ª repetição da modalidade 08110;
- 2010/07/28: 2ª, 3ª e 4ª repetições da modalidade 08110;
- 2010/07/29: modalidades 09140 e 09144.
TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS:
DATA FINALIDADE PRODUTO COMERCIAL CONCENTRAÇÃO/
/DOSE
2010/05/04 Infestantes AFALON 1,5 l/ha
2010/05/20 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2010/05/27 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2010/06/04 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2010/06/04 Insectos de solo DECISPRIME 0,4 l/ha
2010/06/14 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2010/06/23 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2010/06/30 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 23,0 kg/ha
2010/07/07 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2010/07/13 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 15,0 kg/ha
39
25,20 m
2,8
m
3
-
25
5
-
26
8
-
27
7
-
28
4
-
29
1
-
30
6
-
31
2
-
32
8
-
17
4
-
18
6
-
19
3
-
20
7
-
21
2
-
22
5
-
23
1
-
24
2
-
9
6
-
10
5
-
11
8
-
12
1
-
13
4
-
14
3
-
15
7
-
16
1
-
1
2
-
2
3
-
3
4
-
4
5
-
5
6
-
6
7
-
7
8
-
8
Legenda:
1 – 08110 2 – 09138 3 – 09139 4 – 09140
5 – 09144 6 – 09145 7 – 09146 8 – 09147
- bordadura
1,4 m
1,5 m
40,3 m
7,5 m
40
PRODUÇÃO
VARIEDADE REPETIÇÃO
CALIBRE MÉDIA
(kg/ha) <30/40 mm >31/41 mm Total
(kg/talhão) (kg/talhão) (kg/talhão)
08110
1ª 10,0 83,0 93,0 44285,71
2ª 10,0 100,0 110,0 52380,95
3ª 10,0 90,5 100,5 47857,14
4ª 12,0 94,0 106,0 50476,19
09138
1ª 5,5 98,5 104,0 49523,81
2ª 5,0 103,5 108,5 51685,71
3ª 5,0 85,5 90,5 43095,24
4ª 5,0 92,5 97,5 46428,57
09139
1ª 6,0 97,0 103,0 49047,62
2ª 3,0 81,5 84,5 40238,10
3ª 5,5 71,5 77,0 36666,67
4ª 2,0 98,5 100,5 47857,14
09140
1ª 7,0 103,0 110,0 52380,95
2ª 6,0 101,5 107,5 51190,48
3ª 9,0 76,0 85,0 40476,19
4ª 9,0 81,5 90,5 43095,24
41
PRODUÇÃO
VARIEDADE REPETIÇÃO
CALIBRE MÉDIA
(kg/ha) <30/40mm >31/41mm Total
(kg/talhão) (kg/talhão) (kg/talhão)
09144
1ª 5,0 91,0 96,0 45714,29
2ª 6,0 70,5 76,5 36428,57
3ª 3,0 62,5 65,5 31190,48
4ª 5,0 64,5 69,5 33095,24
09145
1ª 6,0 93,5 99,5 47380,95
2ª 7,0 82,5 89,5 42619,05
3ª 4,0 71,5 75,5 35952,38
4ª 6,0 87,5 93,5 44523,81
09146
1ª 1,5 96,5 98,0 46666,67
2ª 2,0 97,0 99,0 47142,86
3ª 2,0 84,0 86,0 40952,38
4ª 1,5 84,0 85,5 40714,29
09147
1ª 3,0 100,0 103,0 49047,62
2ª 2,5 95,0 97,5 46428,57
3ª 2,5 80,0 82,5 39285,71
4ª 3,0 89,0 92,0 43809,52
42
2.2.2 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS
A Rede Nacional de Ensaios de Espécies Forrageiras, Pratenses e Proteaginosas,
constituída por vários locais de ensaio em todo o País, dos quais dois estão na Região
Autónoma dos Açores (um em S. Miguel e outro no Pico) foi no ano de 2009/2010
constituída por ensaios de Festuca arundinacea, Lolium multiflorum (S. Miguel) e Dactylis
glomerata (Pico).
Resultado do ensaio de festuca, instalado no campo de ensaio da Quinta de S. Gonçalo:
43
Luzerna - 2009/2010
Local: Quinta de S. Gonçalo Área do talhão: 10,0m2
Nº do corte: 1º
Data: 07-06-2010 Data de sementeira:
Variedade Repetição
Produção
(kg
mv/talhão)
Peso
fresco
Peso
seco % ms
Produção
(kg
ms/ha)
Média
Prod.
(kg
ms/ha)
Média
% ms
08097
I 8,00 500,00 69,47 13,89 1112
1052 15,6 II 6,00 500,00 78,41 15,68 941
III 8,00 500,00 84,22 16,84 1348
IV 5,00 500,00 80,83 16,17 808
Alcanar
I 5,00 500,00 85,81 17,16 858
893 17,2 II 5,00 500,00 80,73 16,15 807
III 3,00 500,00 94,82 18,96 569
IV 8,00 500,00 83,53 16,71 1336
Siriver
I 5,00 500,00 88,52 17,70 885
771 17,2 II 5,00 500,00 80,99 16,20 810
III 4,00 500,00 82,89 16,58 663
IV 4,00 500,00 90,78 18,16 726
Vénus
I 7,00 500,00 77,92 15,58 1091
909 15,9 II 5,00 500,00 74,83 14,97 748
III 6,00 500,00 75,52 15,10 906
IV 5,00 500,00 89,24 17,85 892
Verko
I 8,00 500,00 67,00 13,40 1072
871 15,9 II 4,00 500,00 85,74 17,15 686
III 3,50 500,00 85,03 17,01 595
IV 7,00 500,00 80,79 16,16 1131
Média geral do ensaio
16,4 899 899 16,4
44
Luzerna - 2009/2010
Local: Quinta de S. Gonçalo Área do talhão: 10,0m2
Nº do corte: 2º
Data: 02-07-2010 Data de sementeira:
Variedade Repetição
Produção
(kg
mv/talhão)
Peso
fresco
Peso
seco % ms
Produção
(kg
ms/ha)
Média
Prod.
(kg
ms/ha)
Média
% ms
08097
I 10,00 500,00 86,31 17,26 1726
1432 18,3 II 8,00 500,00 87,58 17,52 1401
III 9,00 500,00 84,80 16,96 1526
IV 5,00 500,00 107,55 21,51 1076
Alcanar
I 7,00 500,00 89,12 17,82 1248
1176 19,3 II 8,00 500,00 88,65 17,73 1418
III 4,00 500,00 116,36 23,27 931
IV 6,00 500,00 92,26 18,45 1107
Siriver
I 2,00 500,00 109,68 21,94 439
1183 19,8 II 11,00 500,00 86,82 17,36 1910
III 7,00 500,00 97,02 19,40 1358
IV 5,00 500,00 102,47 20,49 1025
Vénus
I 9,00 500,00 90,63 18,13 1631
1429 19,5 II 7,00 500,00 108,76 21,75 1523
III 7,50 500,00 93,63 18,73 1404
IV 6,00 500,00 96,33 19,27 1156
Verko
I 10,00 500,00 75,94 15,19 1519
1276 17,5 II 3,00 500,00 96,18 19,24 577
III 7,00 500,00 101,83 20,37 1426
IV 10,50 500,00 75,40 15,08 1583
Média geral do ensaio
18,9 1299 1299 18,9
45
Luzerna - 2009/2010
Local: Quinta de S. Gonçalo Área do talhão: 10,0m2
Nº do corte: 3º
Data: 03-08-2010 Data de sementeira:
Variedade Repetição
Produção
(kg
mv/talhão)
Peso
fresco
Peso
seco % ms
Produção
(kg
ms/ha)
Média
Prod.
(kg
ms/ha)
Média
% ms
08097
I 6,00 500,00 152,97 30,59 1836
1402 33,4 II 2,50 500,00 200,08 40,02 1000
III 6,00 500,00 146,49 29,30 1758
IV 3,00 500,00 168,81 33,76 1013
Alcanar
I 4,00 500,00 153,31 30,66 1226
1545 37,3 II 6,50 500,00 145,11 29,02 1886
III 2,50 500,00 239,46 47,89 1197
IV 4,50 500,00 207,69 41,54 1869
Siriver
I 2,50 500,00 166,57 33,31 833
1149 38,3 II 4,50 500,00 213,80 42,76 1924
III 3,00 500,00 150,21 30,04 901
IV 2,00 500,00 234,88 46,98 940
Vénus
I 3,00 500,00 191,93 38,39 1152
1450 37,8 II 5,50 500,00 175,30 35,06 1928
III 3,50 500,00 179,98 36,00 1260
IV 3,50 500,00 208,86 41,77 1462
Verko
I 7,00 500,00 144,74 28,95 2026
1580 33,3 II 2,00 500,00 190,13 38,03 761
III 3,50 500,00 177,88 35,58 1245
IV 7,50 500,00 152,51 30,50 2288
Média geral do ensaio
36,0 1425 1425 36,0
46
Luzerna - 2009/2010
Local: Quinta de S. Gonçalo Área do talhão: 10,0m2
Nº do corte: 4º
Data: 14-09-2010 Data de sementeira:
Variedade Repetição
Produção
(kg
mv/talhão)
Peso
fresco
Peso
seco % ms
Produção
(kg
ms/ha)
Média
Prod.
(kg
ms/ha)
Média
% ms
08097
I 3,00 500,00 145,95 29,19 876
1519 30,3 II 3,00 500,00 153,55 30,71 921
III 7,50 500,00 149,95 29,99 2249
IV 6,50 500,00 156,24 31,25 2031
Alcanar
I 4,50 500,00 165,47 33,09 1489
1540 31,6 II 4,00 500,00 153,02 30,60 1224
III 5,50 500,00 163,43 32,69 1798
IV 5,50 500,00 149,79 29,96 1648
Siriver
I 3,50 500,00 150,76 30,15 1055
1250 30,0 II 3,50 500,00 128,10 25,62 897
III 4,50 500,00 169,20 33,84 1523
IV 5,00 500,00 152,50 30,50 1525
Vénus
I 5,00 500,00 156,25 31,25 1563
1461 31,0 II 3,50 500,00 161,10 32,22 1128
III 4,00 500,00 157,08 31,42 1257
IV 6,50 500,00 146,05 29,21 1899
Verko
I 3,50 500,00 133,72 26,74 936
1261 29,4 II 3,00 500,00 148,92 29,78 894
III 5,50 500,00 159,43 31,89 1754
IV 5,00 500,00 145,99 29,20 1460
Média geral do ensaio
30,5 1406 1406 30,5
47
Luzerna - 2009/2010
Local: Quinta de S. Gonçalo Área do talhão: 10,0m2
Nº do corte: 5º
Data: 03-11-2010 Data de sementeira:
Variedade Repetição
Produção
(kg
mv/talhão)
Peso
fresco
Peso
seco % ms
Produção
(kg
ms/ha)
Média
Prod.
(kg
ms/ha)
Média
% ms
08097
I 7,00 500,00 96,83 19,37 1356
1757 18,6 II 11,00 500,00 93,61 18,72 2059
III 10,00 500,00 90,75 18,15 1815
IV 10,00 500,00 89,88 17,98 1798
Alcanar
I 7,00 500,00 109,85 21,97 1538
1786 20,5 II 9,00 500,00 97,95 19,59 1763
III 10,00 500,00 99,26 19,85 1985
IV 9,00 500,00 103,31 20,66 1860
Siriver
I 7,00 500,00 98,06 19,61 1373
1755 19,0 II 7,00 500,00 89,85 17,97 1258
III 14,00 500,00 94,17 18,83 2637
IV 9,00 500,00 97,38 19,48 1753
Vénus
I 8,00 500,00 91,66 18,33 1467
1983 19,3 II 12,00 500,00 101,98 20,40 2448
III 10,00 500,00 98,01 19,60 1960
IV 11,00 500,00 93,56 18,71 2058
Verko
I 6,00 500,00 95,49 19,10 1146
1452 18,2 II 6,00 500,00 89,74 17,95 1077
III 10,00 500,00 92,12 18,42 1842
IV 10,00 500,00 87,05 17,41 1741
Média geral do ensaio
19,1 1747 1747 19,1
48
Em S. Miguel, foi também instalado um ensaio de Azevém, que iria cumprir um 2º ano de
ensaio mas, devido a condições atmosféricas adversas na semana seguinte à sua
instalação, obrigou-nos à sua destruição.
49
3. CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS
3.1 LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
Deu-se continuidade à execução do controlo de resíduos de pesticidas em produtos de
origem vegetal, tendo-se procedido à colheita de 74 (setenta e quatro) amostras de
produtos vegetais, produzidos ou não na região, de acordo com o estipulado na Directiva
2002/63/CE da Comissão, de 11 de Julho de 2002, e assim avaliar a exposição dos
consumidores regionais aos resíduos de pesticidas nos produtos agrícolas de origem
vegetal, através de uma selecção apropriada de produtos agrícolas e pesticidas, segundo
um plano de amostragem representativo e exequível atendendo às capacidades
instaladas nos laboratórios de análises de resíduos de pesticidas.
Recorreu-se ao Laboratório de Resíduos de Pesticidas do INRB, e ao Laboratório de
Qualidade Agrícola da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural na ilha
da Madeira, para análise das amostras relativamente às combinações produto/resíduos
de pesticidas conforme o indicado no Anexo I da Recomendação da Comissão relativa ao
programa comunitário de fiscalização coordenada.
Os resultados laboratoriais obtidos são os que se discrimina nos quadros abaixo:
50
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
104401 A10/0023 Ananás Biológico 23/03/10 Regional Estufas Produtor S. Miguel Isenta 17/05/10 02/06/10 INRB
100502 A10/0024 Ananás “ “ Profrutos “ “ “ 04/06/10 “
100503 A10/0025 Ananás “ “ “ “ “ “ “ “
104504 A10/0026 Ananás “ “ Luís Machado “ “ “ “ “
100305 1059/97 Cebolas 13/04/10 Nacional Frutaria S. Miguel “ “ 23/04/10 “ Lab Mad
100306 1061/99 Maçã Gala “ “ “ “ “ 28/04/10 “ “
100407 1058/96 Cenoura “ Regional Mercado da Graça “ Infracção 30/04/10 IRAE/Produtor “
100408 1065/93 Alface “ Regional “ “ Isenta “ 23/06/10 “
100409 1062/100 Couve repolho “ “ “ “ “ “ “ “
100410 1060/98 Couve “ “ “ “ “ “ “ “
100411 1057/95 Alho francês “ “ “ “ “ 23/04/10 “ “
100412 1056/94 Courgettes “ Nacional “ “ “ “ “ “
100213 1803/184 Nectarinas 29/06/10 Espanha Hiper Modelo “ “ 19/07/10 18/08/10 “
100214 184/185 Pêssego “ “ “ “ “ “ “ “
51
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
100215 1806/187 Tomate 29/06/10 Nacional Hiper Modelo S. Miguel Isenta 19/07/10 18/08/10 Lab Mad
100216 1802/183 Courgettes “ “ “ “ “ “ “ Lab Mad
100117 1805/186 Morangos “ HiperSolMar Valados “ “ 21/07/10 “ Lab Mad
101418 A10/0155 Banana 26/07/10 Regional Coop. Frutaçor “ - - - INRB
101419 A10/0156 Banana “ “ “ “ - - - INRB
101420 A10/0157 Banana “ “ “ “ Isenta 11/3/2011 14/3/2011 INRB
100421 A10/0161 Maracujá “ “ Mercado da Graça “ Isenta 11/3/2011 14/3/2011 INRB
101422 A10/0158 Banana 27/07/10 “ Coop. Frutaçor “ Infracção 11/3/2011 14/3/2011 INRB
101423 A10/0159 Banana “ “ “ “ Isenta 11/3/2011 14/3/2011 INRB
104624 A10/0175 Pimenta verde 03/08/10 “ Mercado da Graça “ - - - INRB
101025 A10/0173 Meloa 02/08/10 “ Agromariensecoop StªMaria Isenta 14/01/11 19/01/11 INRB
101126 A10/0174 Meloa “ “ “ “ “ “ “ INRB
103927 A10/0177 Alho 13/08/10 “ José Alves Graciosa “ “ “ INRB
104128 A10/0178 Alho “ “ Hélio Santos “ “ “ “ INRB
52
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
103729 A10/0180 Meloa 16/08/10 Regional Jorge Picanço Graciosa Isenta 14/01/11 19/01/11 INRB
103830 A10/0179 Meloa “ “ Luís Silva “ “ “ “ “
104831 2479/239 Uva vínica 06/09/10 “ Rui Cordeiro “ “ 2/12/10 “ Lab Mad
104932 2480/240 Uva vínica “ “ Mª Lurdes Santos “ “ “ “ Lab Mad
102033 1130/111 Tomate 19/04/10 Nacional Sup. Guarita Terceira “ 14/05/10 22/06/10 “
102034 1128/109 Alface “ “ “ “ “ 11/05/10 “ “
102035 1129/110 Alho francês “ “ “ “ “ “ “ “
102036 1131/112 Couve repolho “ “ “ “ “ 18/05/10 “ “
102037 1126/107 Pêssego “ “ “ “ “ 11/05/10 “ “
101538 1125/106 Morangos “ “ “ “ “ 18/05/10 “ “
101539 1124/105 Courgettes 20/04/10 “ Hiper Modelo “ “ “ “ “
101540 1127/108 Cenoura “ “ “ “ “ 14/05/10 “ “
104941 2566/265 Uvas vínicas 15/09/10 Regional Rufino Simas “ “ 13/12/10 20/01/11 “
100942 2565/264 Maçã “ “ Frutercoop “ “ 13/12/10 “ “
53
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado
do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
103443 1890/194 Maçã 05/07/10 N. Zelandia Freitas Braga&Braga Flores Isenta 27/07/10 18/08/10 Lab Mad
103444 1891/195 Repolho “ Regional “ “ “ 26/07/10 “ “
103445 1888/192 Alface “ Nacional “ “ “ “ “ “
103446 1889/193 Tomate “ “ “ “ “ 19/07/10 “ “
100747 1159/120 Alface 26/04/10 Regional Mercado da Horta Faial “ 24/05/10 26/04/10 Lab Mad
100748 1157/118 Cenoura “ “ “ “ “ “ “ “
100749 1156/117 Couve “ “ “ “ “ “ “ “
103350 1158/119 Cebola “ “ Hiper Modelo “ “ “ “ “
103351 A10/0042 Banana “ “ “ “ “ 02/08/10 11/08/10 INRB
103352 1809/188 Tomate 30/06/10 “ “ “ “ 18/08/10 Lab Mad
105353 2738/301 Uva vínica 17/09/10 Regional José Carlos Sousa Pico “ 20/12/10 8/02/11 Lab Mad
105454 2736/299 Uva vínica 16/09/10 “ Mª Leonor Amaral “ “ 9/12/10 “ “
105255 2735/298 Uva vínica 16/09/10 “ Isidro Rodrigues “ “ “ “ “
105156 2737/300 Uva vínica 17/09/10 “ Manuel Dutra “ “ 15/12/10 “ “
54
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
103157 2732/295 Maçã 21/09/10 Nacional Hiper Compre Bem Pico Isenta 23/12/10 8/01/11 Lab Mad
103158 2730/293 Repolho “ “ “ “ “ 20/01/11 “ “
103159 2729/291 Alface “ “ “ “ “ 13/12/10 “ “
103160 2731/294 Alho francês “ “ “ “ 22/01/11 “ “
103161 2728/292 Pêssego “ “ “ “ “ 20/12/10 “ “
103162 2728/292 Alface “ “ “ “ “ 13/12/10 “ “
103163 2734/297 Couve “ “ “ “ “ 22/01/11 “ “
104764 1768/182 Maçã 28/06/10 Nacional Almeida e Azevedo S. Jorge “ 19/07/10 18/08/10 Lab Mad
104765 1768/183 Alface “ “ “ “ “ “ “ “
104766 1768/181 Tomate “ “ “ “ “ “ “ “
104667 A10/0160 Banana 26/07/10 Regional T.SantosDobreiraLdª Stª Maria Isenta 11/3/2011 14/3/2011 INRB
100468 A10/0181 Maracujá 17/08/10 “ António Ledo S.Miguel - - - “
104369 A10/0182 Pimenta 30/08/10 “ Paulo Cabral “ - - - “
104370 A10/0183 Pimenta “ “ José Almeida “ - - - “
55
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado
do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
104371 A10/0184 Pimenta 30/08/10 Regional Victor Horta S. Miguel - - - INRB
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE NITRATOS
ANO 2010
Código Regional
Código Análise
Tipo de Produto Data
Recolha Origem do
Produto Estabelecimento
Comercial Ilha
Resultado LRP
Data Resultado
do Laboratório
Data Informação Entidades
Laboratório
100301 10/307/Q Espinafres 30/03/10 Regional Armazém Produtor S. Miguel Isenta 22/04/10 26/04/10 ASAE
100402 10/311/Q Alface “ “ Mercado da Graça “ “ “ “ “
100403 10/312/Q Espinafres “ “ “ “ “ “ “ “
56
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2007 2008 2009 2010
Nº
de
Am
ost
ras
Ano
Controlo de Resíduos de Pesticidas
PNCR Infracções
57
4. CONTROLO DE ROEDORES 4.1 AQUISIÇÃO E CEDÊNCIA DE RODENTICIDAS A Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária da Direcção Regional do
Desenvolvimento Agrário, à semelhança de anos anteriores, adquiriu em 2010
produtos rodenticidas para cedência gratuita através das Autarquias (Câmaras
Municipais e Juntas de Freguesia) de forma a contribuir para o controlo das
populações de roedores nocivos, na ilha de São Miguel.
No corrente ano foram adquiridas, por concurso público, 51,75 Toneladas do
rodenticida de uso agrícola Lanirat à base da substância activa bromadiolona em grão
de cereal na concentração de 0,005% (10 toneladas para a Direcção de Serviços de
Agricultura e Pecuária, 10 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário da
Terceira, 3,75 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e Corvo,
15 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico e 9 toneladas para o
Serviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa); 60,50 toneladas de rodenticida de
uso agrícola Ratatox, formulado à base da substância activa difenacume, em grão de
cereal (10 toneladas para a Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária, 10
toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário da Terceira, 7,5 toneladas para o
Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e Corvo, 18 toneladas para o Serviço de
Desenvolvimento Agrário de São Jorge e 15 toneladas para o Serviço de
Desenvolvimento Agrário do Faial); e 31,75 toneladas do rodenticida de uso
veterinário Ratservice, formulado à base da substância activa bromadiolona em grão
de cereal naconcentração de 0,01% (20 toneladas para a Direcção de Serviços de
Agricultura e Pecuária, 3,75 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário de
Flores e Corvo, 5 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico, 2
toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Jorge e 1 tonelada para o
Serviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa). O custo total foi de 308.370,00€
(sem IVA). O quadro 4.1 apresenta a quantidade de produto adquirido por ilha em
2010 e o gráfico 4.1 apresenta a variação anual da quantidade de rodenticida
adquirido para a ilha de São Miguel nos últimos 6 anos.
58
Quadro 4.1 – Quantidade de rodenticida adquirido por ilha, em 2010.
ILHA QUANTIDADE DE RODENTICIDA ADQUIRIDO (TONELADAS)
São Miguel 40
Terceira 20
Faial 15
Pico 20
São Jorge 20
Graciosa 10
Flores e Corvo 15
Sta Maria 4
Total 144
Gráfico 4.1 – Variação anual das quantidades de rodenticida adquirido para a ilha de
São Miguel.
Durante 2010, foram cedidos ou utilizados em acções directas realizadas pela DSAP
26.517 kg de rodenticida [25.945 kg (97,84%) foram cedidos a autarquias e o restante
foi utilizado em acções de desratização desenvolvidas directamente pela DSAP ou
cedido a outras entidades/particulares que solicitaram apoio].
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
45
33
22
27
31,5
40
TON
ELA
DA
S
ANO
Variação anual das quantidades de rodenticida adquirido para São Miguel
2005 2006 2007 2008 2009 2010
59
O Gráfico 4.2 apresenta a quantidade de rodenticida cedido/utilizado pela DSAP, nos
últimos 5 anos.
Gráfico 4.2 – Quantidade de rodenticida cedido/utilizado pela DSAP nos últimos 6
anos.
O Gráfico 4.3 apresenta a variação mensal da quantidade de rodenticida
cedido/utilizado pela DSAP ao longo do ano.
.
Gráfico 4.3 – Variação mensal da quantidade de rodenticida cedido/utilizado ao longo
do ano, na ilha de São Miguel.
0
10000
20000
30000
40000
50000
14005
42755
3531032668
13737
26517
Kg
Ano
Quantidade de rodenticida cedido/utilizado por ano pela DSAP
2005 2006 2007 2008 2009 2010
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Kg
Mês
Variação mensal das quantidades de rodenticida cedido/utilizado em 2010 (São Miguel)
60
O quadro seguinte (Quadro 4.2) apresenta a quantidade de rodenticida cedido às
Autarquias por Concelho.
Quadro 4.2 – Quantidade de rodenticida cedido às Autarquias por Concelho, na ilha de São
Miguel.
Concelho Peso (kg)
Ponta Delgada 9070
Ribeira Grande 7200
Lagoa 2350
Vila Franca do Campo 3525
Povoação 1800
Nordeste 2000
Total 25.945
A variação de existências do rodenticida na DSAP encontra-se indicada no quadro 3.
Quadro 4.3 – Variação de existências do rodenticida na DSAP (2010).
Variação de existências em
2010
Quantidade por produto comercial (Kg)
Lanirat Rat Service Ratatox
Stock inicial 23000 7000 0
Entrada 10000 20000 10000
Saída 22184 4333 0
Stock Final 10816 22667 10000
4.2 ACONSELHAMENTO E APOIO TÉCNICO
Foi dado aconselhamento e apoio técnico sobre as boas práticas de controlo de
roedores a todos os particulares e/ou entidades que o solicitaram, tendo-se realizado
sempre que possível visitas aos locais em causa, para uma melhor avaliação do
61
problema. Além disso, a DSAP realizou e/ou acompanhou directamente algumas
acções de controlo e desratização, em determinadas situações específicas.
4.3 ACÇÕES DE FORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
Foi elaborado e distribuído junto dos agricultores/lavradores um aviso agrícola
intitulado “Protecção do milho contra os roedores” – Março 2010.
Foram realizadas 16 sessões informativas de divulgação técnica com o título “ Como
controlar os ratos? – Medidas práticas para um combate mais eficaz”, com a duração
de 1,5 horas, nas datas e locais indicados a seguir:
Local Data Hora N.º de participantes
Junta de Freguesia dos Arrifes 04-02-2010 20:00 45
Junta de Freguesia da Ajuda da Bretanha 03-03-2010 11:00 4
Junta de Freguesia dos Ginetes 17-03-2010 11:00 6
SDA Sta Maria (casa do povo de Vila do Porto) 21-03-2010 21:00 8
Junta de Freguesia da Matriz (Ribeira Grande) 19-05-2010 11:00 8
Feira Açores (Ilha Terceira) 06-06-2010 17:00 35
Junta de Freguesia de Água de Pau 24-06-2010 11:00 10
Cooperativa Profrutos 14-10-2010 15:00 20
SDASM 19-10-2010 10:30 6
Junta de Fregueisia dos Mosteiros 26-10-2010 10:30 2
SDASM (Curso de Horticultura) 11-10-2010 09:00 14
SDASM (Curso de Sanidade Animal) 25-11-2010 10:30 16
Junta de Freguesia da Maia 29-11-2010 19:30 31
Junta de Freguesia dos Arrifes 06-12-2010 20:00 21
Cooperativa Agricola do Leste 14-12-2010 11:00 6
Cooperativa Agricola de Santo Antão 17-12-2010 11:00 7
4.4 PROJECTO “EPIDEMIOLOGIA E CONTROLO DA LEPTOSPIROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES”
No âmbito do envolvimento da DSAP no Projecto “Epidemiologia e Controlo da
Leptospirose na Região Autónoma dos Açores” (USA Scientific Cooperative Agreement
62
No. 58-4001-3-F185) colaborou-se na elaboração do documento “Síntese do Projecto e
Linhas de Orientação”, publicado em Janeiro.
4.5 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE ROEDORES PARA O
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
No âmbito do protocolo de cooperação técnica estabelecido entre a DRDA, através da
Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária e o Instituto Nacional dos Recursos
Biológicos, na pessoa da Dra. Ana Vinhas (actualmente ligada à Direcção Geral das
Actividades Económicas, com a qual o protocolo de cooperação se mantêm), assistiu-
se à publicação do Decreto Legislativo Regional n.º 31/2010/A de 17 de Novembro -
Medidas de prevenção, controlo e redução da presença de roedores invasores e
comensais.
4.6 AVALIAÇÃO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS ROEDORES NAS PRINCIPAIS CULTURAS
No que diz respeito ao estudo para avaliar os danos provocados pelos roedores na
cultura do ananás, em curso desde 2009, iniciou-se o acompanhamento e
monitorização do processo de produção nas estufas de 8 produtores selecionados de
acordo com determinados critérios pré-estabelecidos. No final de 2010 eram 100 as
estufas em estudo, distribuidas por 22 locais de produção.
Foi apresentada uma metodologia para avaliação dos prejuízos causados pelos
roedores na cultura da batata de forma a:
Determinar, qual(ais) a(s) fase(s) do processo de produção de batata, na
opinião dos produtores, que é mais afectada(s) pelos prejuízos provocados
pelos roedores;
Avaliar a dimensão dos danos/prejuízos provocados pelos roedores/ratos a
nível da cultura da batata durante o período de tempo em que esta fica
armazenada;
63
Relacionar certos factores (características do local de produção e envolvente,
práticas agrícolas, métodos de controlo de roedores praticados, por exemplo)
com esses prejuízos.
Foi aplicado, via telefone, um questionário a 27 produtores de batata. Após a análise
dos dados constantes nos questionários foi possível verificar a tendência crescente
para o armazenamento em câmaras frigoríficas. Foram selecionados 7 produtores que
ainda armazenam as batatas em serras e/ou em armazém para a realização da
componente práctica do trabalho. Estes 7 produtores foram convidados a estar
presentes numa reunião para apresentação do trabalho a realizar, mas apenas 3
compareceram a essa reunião, sendo que destes nenhum manifestou especial
interesse na realização do estudo.
4.7 DETERMINAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MUTAÇÕES AO NÍVEL DO GENE VKORC1 CONHECIDAS PELA SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS AOS RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES No âmbito desta colaboração, em 2010 continuaram-se as capturas e em Setembro
foram enviadas amostras de 15 animais da espécie Rattus norvegicus, capturados na
ilha de São Miguel, para extracção de ADN no Federal Research Centre for Cultivated
Plants – Julius Kuhn-Institut, Vertebrate Research de Munster. Também em Setembro
recebemos os primeiros resultados realtivos ao primeiro conjunto de amostras de Mus
musculus enviado em 2009. Num dos 15 indíviduos da espécie Mus musculus cujas
caudas foram enviadas para análise a sequenciação falhou. Dos restantes 14, 5
manifestaram a mutação Tyr139Cys (3 homozigóticos e 2 heterozigóticos). Face aos
resultados obtidos foi decidido alargar o tamanho da amostra, pelo que esperamos,
em 2011, enviar amostras de mais 30 indíviduos da espécie Mus musculus capturados
em São Miguel.
64
5. PLANO DE CONTROLO À IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS DE ORIGEM NÃO ANIMAL À semelhança dos anos anteriores deu-se cumprimento ao Plano Nacional de Controlo
Plurianual Integrado previsto no Reg. (CE) 882/2004 tendo sido efectuados em S.
Miguel 33 (trinta e três) controlos físicos à importação de géneros alimentícios de
origem não animal. Foi efectuada uma colheita de amostras para análise a manteiga de
amendoim para determinação de aflatoxinas, cujo resultado foi negativo.
Na ilha Terceira foram efectuados 13 (treze) controlos, sem colheita de amostras para
análise.
6. IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 173/2005 No âmbito do Decreto-Lei n.º 173/2005, de 21 de Outubro, deu-se continuidade ao
processo de avaliação dos pedidos de autorização para o exercício de distribuição e/ou
venda de produtos fitofarmacêuticos solicitados pelas empresas da Região Autónoma
dos Açores.
No ano de 2010 deu entrada na DSAP 2 pedidos de autorização, que após análise dos
processos e respectivas vistorias efectuadas pelos técnicos da SRAF, foram
encaminhados para a Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural para
emissão de parecer final.
Assim, no final do ano em curso estavam licenciados na RAA 51 locais de venda e/ou
distribuição de produtos fitofarmacêuticos cuja identificação consta do seguinte
quadro:
65
Nº Autorização Empresa Concelho
1006-DV A Granja, Lda. Ponta Delgada
987-V Agripecupes – Comércio. de Rações e Adubos, Lda. Calheta
145-DV AGRO ESPANHOL, Prod. para a Agric. e Pecuária, Lda. Vila do Porto
976-V Agrocapelense – Coop. A. C. V. A. F. das Capelas, CRL. Ponta Delgada
1043-V AGROCOMB, Comércio de Combustíveis, Lda. Lages do Pico
1017-V AGRODAMIÃO – Prod. para a Agric. e Pecuária, Lda. Vila Franca do Campo
350-V Agro-Ferragens Clementino, Lda. Ribeira Grande
986-V Agrogança Comércio Agrícola da Gança, Lda. Calheta
177-DV Agro-Maçanita, Produtos para a Agric. e Pecuária, Lda. Ponta Delgada
661-V AGRO-NORTE de Maria de Fátima G. Azevedo Goulart São Roque do Pico
957-DV AGROÚTIL - Especialidades Farmacêuticas, Lda. Ponta Delgada
1048-V António M. Fernandes e Filhos, Lda. Nordeste
662-V BORGES E SILVA, Lda. Horta
866-V Casa do Povo de Candelária Madalena
988-V Ciclo Agro Pecuário de São Jorge, Lda. Velas
950-V Cooperativa Agrícola Bom Pastor, CRL. Ponta Delgada
996-V Cooperativa Agrícola Camponeses da Achada, CRL. Nordeste
1037-V Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL. Horta
975-V Cooperativa Agrícola de Leste da Ilha de S. Miguel, CRL. Povoação
1170-V Cooperativa Agrícola Nortilha, CRL S.Roque do Pico
664-V Cooperativa Agrícola Santo Antão, CRL. Vila Franca do Campo
826-V Cooperativa Agrícola União Popular do Pico Lages do Pico
961-V Cooperativa Agrícola União Sebastianense Angra do Heroísmo
960-DV Cooperativa União Agrícola, CRL Ribeira Grande
995-V Cooperativa União Agrícola, CRL Nordeste
1019-DV Eduardo A. C. Parreira - Soc. Unipessoal, Lda. Angra do Heroísmo
989-D EQUIPRAIA - Comércio e Representações, Lda. Praia da Vitória
990-V EQUIPRAIA - Comércio e Representações, Lda. Praia da Vitória
997-V FAV - Comércio Agrícola, Lda. Angra do Heroísmo
1096-DV Flores & Parreira, Lda. Angra do Heroísmo
665-V IRMÃOS PIMENTEL, Lda. São Roque do Pico
666-DV IRMÃOS PIMENTEL, Lda. Lages do Pico
1171-V J.M.Ortins Bettencourt & Filhas, Lda. Stª Cruz da Graciosa
178-V JardimCampo, Comércio de Plantas Ornamentais, Lda. Lagoa
66
Nº Autorização Empresa Concelho
985-V João Moniz Caetano Martins Ribeira Grande
1099-V João Moniz Caetano Martins Lagoa
905-V José Manuel Bettencourt da Silveira Madalena
663-V Manuel Rodrigues Dutra da Costa Madalena
973-V Manuel Rodrigues Luís Madalena
827-V Maria das Candeias Costa Dias Xavier Madalena
882-V Maria Ivone de Serpa Sousa São Roque do Pico
1018-V Mariano Vidal – Alim. Animais Turi. Rural Unipes., Lda. Ribeira Grande
571-V Mário Sarmento, Lda. Horta
958-V NUTRIVEG Unipessoal, Lda. Ponta Delgada
311-V PLANTIVIME - GRANJA de José Luís Raposo Maré Ribeira Grande
572-V Raul Manuel Rodrigues Pessoa Calheta
938-DV SOUSA & FARIA, Lda. Madalena
1049-V TERCEIRA FARMA, Comércio e Indústria de P.F., Lda. Angra do Heroísmo
1050-DV TERCEIRA FARMA, Comércio e Indústria de P.F., Lda. Praia da Vitória
991-V Terceirense de Rações, S.A. São Roque do Pico
959-DV Unicol - União das Coop. de Lacticí. Terceirenses, UCRL. Angra do Heroísmo
No ano de 2010, deu igualmente entrada na DSAP um processo de licenciamento do
exercício de actividade de prestação de serviços de aplicação terrestre de produtos
fitofarmacêuticos. Após a devida análise e vistoria por parte dos técnicos desta
Direcção de Serviços, o processo foi encaminhado para a DGADR, tendo sido emitida a
respectiva autorização de exercício. Assim, na RAA encontra-se licenciada, desde 2010,
a seguinte empresa de aplicação terrestre de produtos fitofarmacêuticos:
Nº Autorização Empresa Concelho
005-AT SINAGA-Sociedade de Indústrias Agrícolas Açoreanas, SA Ponta Delgada
Com o objectivo de monitorizar os procedimentos relativos ao conceito de Venda
Responsável introduzido pelo Decreto-Lei n.º 173/2005, de 21 de Outubro, e avaliar a
implementação deste diploma nos estabelecimentos de distribuição e/ou venda de
produtos fitofarmacêuticos na Região Autónoma dos Açores, passados cinco anos
67
sobre a sua publicação, deu-se início a um trabalho de vistorias aos operadores
económicos licenciados na ilha de S.Miguel.
O trabalho incidiu sobre a totalidade das empresas que detinham a devida autorização
de venda até ao dia 30 de Abril de 2010.
Relativamente a cada vistoria, foi elaborado um relatório que, posteriormente, foi
enviado às empresas, a fim de se poderem efectuar as devidas correcções às
infracções detectadas.
No cômputo geral, observou-se um cumprimento muito satisfatório das exigências
previstas na legislação, à excepção de um número reduzido de empresas onde foram
detectadas algumas situações mais graves de incumprimento e, para as quais, foram
alertadas por estes serviços.
Como medidas a implementar no próximo ano, está previsto o alargamento do
trabalho de monitorização às restantes ilhas, bem como a verificação do cumprimento
das orientações emanadas pela DSAP relativamente às vistorias realizadas em 2010.
Ainda no âmbito da implementação do DL nº 173/2005, colaborou-se com o Serviço de
Desenvolvimento Agrário de S.Miguel na disponibilização de um técnico para participar
como formador em duas acções de formação sobre “Aplicação de Produtos
Fitofarmacêuticos” e na promoção de cinco cursos sobre a mesma temática,
ministrados pela empresa GABIVERDE, em S.Miguel.
Promoveu-se, igualmente, sete acções de divulgação sobre o tema “Aplicação de
Produtos Fitofarmacêuticos”, na ilha de S.Miguel, respectivamente, na Cooperativa
Agrícola PROFRUTOS, no Serviço de Desenvolvimento Agrário de S.Miguel, na Junta de
Freguesia dos Mosteiros, no Centro Social e Paroquial da Maia, na Junta de Freguesia
de Arrifes, na Cooperativa Agrícola do Leste (Povoação) e na Cooperativa Agrícola de
Santo Antão (Ponta Garça).
68
7. DIVULGAÇÃO AGRÁRIA 7.1 AVISOS AGRÍCOLAS
Com a emissão dos avisos agrícolas, actividade iniciada em 2006, pretende-se alertar
oportunamente os agricultores para a necessidade de observarem as suas culturas e
verificarem a presença ou não de inimigos das plantas assim como o respectivo nível
de intensidade, de forma a efectuarem os tratamentos fitossanitários estritamente
necessários e aplicarem apenas os produtos fitofarmacêuticos homologados. Ao
seguirem as recomendações dos Avisos Agrícolas, os agricultores podem diminuir os
custos com a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e em simultâneo contribuir para
uma menor poluição do ecossistema agrícola em particular e do ambiente em geral.
As circulares de Avisos Agrícolas foram enviadas para agricultores, para diversas Juntas
de Freguesia, para as Associações e Cooperativas de produtores de S. Miguel, para os
diversos Serviços de Desenvolvimento Agrário da Região, para alguns
estabelecimentos comerciais ligados ao sector agrícola e foram igualmente
disponibilizadas electronicamente no Portal do Governo dos Açores.
Em 2010 foram emitidas três circulares referentes ao controlo de roedores e à cultura
dos citrinos (ver páginas seguintes).
69
70
71
72
73
7.2 FOLHETOS
Com base nos resultados preliminares obtidos na experimentação em pequenos frutos
que esta Direcção de Serviços tem vindo a desenvolver, foram elaborados dois
folhetos, um sobre a cultura de amoras e outro sobre a cultura de mirtilos. Foram
ainda elaborados outros dois folhetos de divulgação, sobre a produção de proteáceas
e sobre a recria de novilhas leiteiras. Os folhetos indicados apresentam-se nas páginas
seguintes.
74
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77
78
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82
7.3 EVENTOS
Foram realizados, ao longo do ano de 2010, diversos eventos para promoção dos
produtos da agricultura regional:
. Dia do Cavalo - 9 de Janeiro - Sta. Cruz da Graciosa;
. Festa de Sto. Antão - 15 a 17 Janeiro - Ilha do Corvo;
. Feira Agro-Pecuária do Pico - 30 Abril a 2 de Maio;
. Dia do Agricultor de S. Miguel - 17 Maio;
. Feira Agro-Pecuária da Graciosa - 28 a 30 Maio;
. Feira Agrícola Açores - 3 a 6 de Junho - Terceira;
. Festa do Mundo Rural - 10 a 13 de Junho - Faial;
. Feira Agro-Pecuária de Sta. Maria - 24 a 27 Junho;
. Feira Agrícola de S. Jorge - 9 a 11 de Julho;
. Dia do Agricultor das Flores e Corvo - 21 Julho - Flores;
. Festa da Meloa e da Diversificação - 6 a 8 Agosto - Sta. Maria.
7.4 POSTERS E COMUNICAÇÕES Durante o ano de 2010, foram elaborados os seguintes posters: 1. “Population Monitoring of Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) on S. Miguel
Island in the last five years” – Aida Medeiros, Laura Tavares & Luísa Oliveira,
apresentado no 8º Simpósio Internacional de Moscas da Fruta com Importância
Económica” realizado de 26 de Setembro a 1 de Outubro de 2010 na cidade de
Valência – Espanha.
2. “Berry Trials in the Açores, Portugal” - José Mota, Kim Hummer, Roger Williams,
apresentado no 28th International Horticultural Congress realizado em LIsboa de
22 a 27 de Agosto de 2010.
3. “Controlo de Resíduos de Pesticidas em Produtos de Origem Vegetal” –
Margarida Oliveira.
83
84
85
86
8. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA
Durante o ano de 2010 foram realizados 60 cursos de formação profissional agrária
para agricultores e 4 cursos para técnicos. As acções decorreram em todas as ilhas da
Região, tendo abrangido um total de 999 agricultores e 51 técnicos que desenvolvem a
sua actividade profissional no arquipélago.
C UR SOS P A R A A GR IC ULT OR ES . 2010 H o ras P art . Iní cio C o nclusão Local de Realização
Formação Geral em Agricultura (FGA 01/09 STM . Iniciado em 2009) 54 16 08/01/2010 01/02/2010
Bovinicultura de Carne (FB) 95 16 17/02/2010 16/03/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 22/03/2010 31/03/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 22/03/2010 31/03/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 08/10/2010 18/10/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 16 08/10/2010 18/10/2010
Horticultura (FB) 95 16 02/11/2010 27/11/2010
7 - STA. MARIA 384 118Formação Geral em Agricultura (FB) 87 12 08/01/2010 02/03/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos 35 16 18/01/2010 05/02/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos 35 16 19/02/2010 17/03/2010 Nordeste - SM
Fertilidade do Solo e Fertilizantes 39 7 11/01/2010 08/02/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE (simultâneo Pestkil) 35 18 12/04/2010 21/04/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 22/04/2010 01/05/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 22/04/2010 01/05/2010
Bovinicultura de Leite(FB) 95 16 29/09/2010 30/11/2010
Horticultura(FB) 95 15 18/10/2010 11/11/2010
Compostagem 14 11 27/09/2010 30/09/2010
Plantas Aromáticas e Medicinais 18 17 06/10/2010 08/10/2010
Contabilidade e Gestão da Empresa Agrícola 28 13 02/12/2010 15/12/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 19/11/2010 29/11/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 19/11/2010 29/11/2010 Povoação - SM
Agentes Públicos de INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL em Bovinos/DCA-UA 188 13 13/09/2010 10/11/2010 Rib. Gde; Matadouro
15 - S. MIGUEL 809 226Formação Base em BOVINICULTURA DE LEITE (FBBL 01/09 TER . Iniciado em 2009) 106 12 04/01/2010 27/01/2010 Vinha Brava - AH
Preparadores de animais para concursos 37 23 31/05/2010 01/06/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 03/05/2010 12/05/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 03/05/2010 12/05/2010
Introdução à Enologia 18 14 15/09/2010 22/09/2010
Formação Geral em Agricultura(FB) 87 14 18/10/2010 29/11/2010
Bovinicultura de Leite(FB) 95 16 30/11/2010 31/01/2011
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos(FB) . 35 16 08/11/2010 18/11/2010
9 - TERCEIRA 448 131Formação Geral em Agricultura(FB) 87 16 22/02/2010 31/03/2010
Bovinicultura de Carne(FB) 95 16 05/04/2010 18/05/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos(FB). GABIVERDE 35 18 17/05/2010 27/10/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 17/05/2010 27/10/2010
Emparelhamento de Bovinos Leiteiros 24 17 06/10/2010 10/10/2010
Informática para utilizadores 48 16 18/10/2010 09/11/2010
6 - GRACIOSA 324 101Formação Base em BOVINICULTURA DE LEITE 217 15 02/02/2010 17/05/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 07/06/2010 17/06/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 07/06/2010 17/06/2010
Formação Geral em Agricultura (FB) 87 16 18/11/2010 17/12/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 08/11/2010 17/11/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 08/11/2010 17/11/2010 Calheta - SJ
6 - S. JORGE 444 103
FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA . DRDA
Saúde - STM
S. Gonçalo - SM
Povoação - SM
S. Gonçalo - SM
Sta. Cruz - GRW
Velas - SJ
87
C UR SOS P A R A A GR IC ULT OR ES . 2010 H o ras P art . Iní cio C o nclusão Local
Emparelhamento de Bovinos Leiteiros 24 20 15/04/2010 18/04/2010
Preparadores de animais para concursos 37 12 19/04/2010 23/04/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 03/05/2010 12/05/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 03/05/2010 12/05/2010
Iniciação Windows 7 24 8 02/11/2010 05/11/2010
Word e Excel 2007 16 11 08/11/2010 12/11/2010
Maneio em Bovinos e Transferência de Embriões 37 20 17/11/2010 04/12/2010
7 - PICO 208 107Preparadores de animais para concursos 35 16 17/05/2010 21/05/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 07/06/2010 17/06/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 07/06/2010 17/06/2010
Maneio em Bovinos e Transferência de Embriões 37 11 17/11/2010 03/12/2010
4 - FAIAL 142 63Workshop de Poda de Fruteiras 20 50 01/03/2010 05/03/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos 35 16 07/01/2010 22/01/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos 35 16 04/02/2010 22/02/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 21/06/2010 30/06/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. GABIVERDE 35 18 21/06/2010 30/06/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos . GABIVERDE 35 16 21/10/2010 30/10/2010
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos . GABIVERDE 35 16 21/10/2010 30/10/2010
7 - FLORES 230 150
. 60 acções realizadas . AGRICULTORES . 2010 2 989 999
C UR SOS P A R A T ÉC N IC OS . 2010 Horas Part. Início Conclusão Local
. EXCEL e WORD 7 AVANÇADO (Funcionários S.DAs) 30 14 07/06/2010 09/06/2010 Vinha Brava- AH
20 12 S. Gonçalo - PDL
20 13 S. Gonçalo - PDL
. Inspectores Fitossanitários 43 12 PDL e Téc.nas ilhas
. 4 acções realizadas . TÉCNICOS . 2010 113 51
64 CURSOS REALIZADOS/DRDA . 2010 3 102 1 050
OUTROS APOIOSApresentação do Cavalo em concurso (Modelo e Andamentos - Feira Açores) 20 5 31/05/2010 01/06/2010 Vinha Brava - A H
Piedade - PIC
S. Lourenço - FAL
Lajes das FLORES
. Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade em Laboratórios (SGS), de
acordo com a Norma EN ISSO/IEC 17025:2005
FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA . DRDA (continuação)
19, 20,21 Abril 2010
28 Junho; 1 e 2 Julho 2010
5 a 10 Jul.; Estágio 15 Jul. a 5 Nov.
Corvo - FLW
88
9. EXPERIMENTAÇÃO
9.1 PROJECTO DE PROTECÇÃO INTEGRADA EM HORTOFRUTICULTURA AO ABRIGO DO ACORDO DE COOPERAÇÃO E DEFESA ENTRE PORTUGAL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
Os trabalhos desenvolvidos em 2010 no âmbito deste projecto de cooperação
apresentam-se a seguir:
Mirtilos - Furnas
Em 2010, só a variedade ‘Emerald’ produziu alguns frutos. A época de colheita teve o
seu início a 10 de Setembro e terminou a 13 de Outubro. Apenas quatro plantas deram
fruto, e a produção foi muito reduzida, totalizando 1837 g (0,46 kg por planta) (fig. 9.1 a
9.3).
Figura 9.1 – Frutos da variedade ´Emerald´ em diferentes fases de maturação (Furnas, 10 de
Setembro de 2010).
89
Figura 9.2 – Gráfico da produção total de mirtilos da variedade ‘Emerald’ em 2010 no ensaio das
Furnas (quarto ano).
Figura 9.3 – Gráfico da produção média de mirtilos por planta da variedade ‘Emerald’ e
respectivos valores dos erros da média, em 2010 no ensaio das Furnas (quarto ano).
668,3
377,4313,2
257,9
137,982,2
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
10-Set 16-Set 22-Set 30-Set 6-Out 13-Out
Pro
du
cção
to
tal(
g)
Data
0
50
100
150
200
250
300
10-Set 16-Set 22-Set 30-Set 6-Out 13-Out
Pro
du
cção
méd
ia p
or
pla
nta
(g)
Data
90
Mirtilos – Ponta Delgada (S. Gonçalo)
No ensaio de Ponta Delgada, as plantas das variedades ‘Misty ‘ e ‘O’Neal’ (variedades do
tipo Southern Highbush) têm tido um crescimento vegetativo satisfatório, ao contrário
das plantas das outras três variedades, ‘Brigitta’, ‘Elliot’ e ‘Duke’ (variedades do tipo
Northern Highbush).
No início de 2010 as plantas das variedades ‘Misty ‘ e ‘O’Neal’ entraram em floração,
mas todos os botões florais foram eliminados para se favorecer o desenvolvimento
vegetativo das plantas (fig. 9.4).
Figura 9.4 – Vista geral do ensaio de mirtilos em S. Gonçalo (6 de Agosto de 2010).
91
Amoras – Ponta Delgada (S. Gonçalo)
As épocas de floração e de colheita ocorreram mais cedo do que no ano passado. A
floração teve início no dia 7 de Maio e a colheita prolongou-se desde 9 de Julho a 26 de
Outubro. A produção total de amoras foi de 290 kg e a produção total média por planta
foi de 2 kg (fig. 9.5 e 9.6).
Figura 9.5 – Vista geral do ensaio de amoras em S. Gonçalo (13 de Agosto de 2010).
No dia 16 de Março foi aplicado nas linhas 2 a 7 o regulador de crescimento DORMEX, na
concentração de 2,5/hl, com a finalidade de antecipar e uniformizar a quebra de
dormência dos gomos vegetativos. Para comparação dos efeitos obtidos não foi aplicado
este produto nas linhas 1 e 8.
A produção da linha 1 foi cerca de 1,75 vezes inferior à produção média das linhas 2 e 3
(lembramos que as plantas destas três linhas são um ano mais velhas que as plantas das
restantes linhas). Por outro lado, a produção da linha 8 foi cerca de 6,32 vezes inferior à
produção média das linhas 4 a 7. Estes resultados preliminares mostram que a aplicação
92
de DORMEX proporciona maiores produções, contudo são necessários dados de mais
alguns anos para se confirmar este resultado.
Figura 9.6 – Gráfico da produção total de amoras da variedade ‘Triple Crown’ em 2010.
Framboesas – Ponta Delgada (S. Gonçalo)
Tal como em 2009, apenas a variedade ‘Heritage’ (variedade do tipo remontante)
produziu frutos. A época de colheita iniciou no dia 6 de Setembro e terminou a 3 de
Dezembro. A produção total foi de aproximadamente 10 kg, inferior à de 2009 (menos
cerca de 8 kg) e a produção média por planta foi de 900 g (fig. 9.7 e 9.8).
No dia 16 de Março foi também aplicado nas plantas da variedade ‘Taylor’ (variedade do
tipo não remontante) das linhas 2 a 4 o regulador de crescimento DORMEX, na
concentração de 2,5/hl, com a finalidade de antecipar e uniformizar a quebra de
dormência dos gomos vegetativos. Contudo, como esta variedade voltou a não dar
frutos não se podem tirar conclusões sobre os efeitos dessa aplicação.
0
5000
10000
15000
20000
25000
09 16 19 21 23 26 28 30 02 04 06 09 11 13 16 18 20 23 25 27 30 01 03 06 08 10 13 15 17 21 24 28 01 04 08 12 14 19 21 26
JUL AGO SET OUT
Pro
du
ção
to
tal (
g)
Data
93
Figura 9.7 – Ensaio de framboesas em Ponta Delgada (6 de Agosto de 2010).
Figura 9.8 – Gráfico da produção total de framboesas da variedade ‘Heritage’ em 2010.
0
100
200
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6 8 10 13 15 17 21 24 28 1 4 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 29 2 5 8 10 12 15 17 19 22 24 26 30 3
SET OUT NOV DEZ
Pro
du
ção
to
tal
(g)
Data
94
28th International Horticultural Congress (Lisboa) De 22 a 27 de Agosto decorreu no Centro de Congressos de Lisboa o 28º Congresso
Internacional de Horticultura, no qual foi apresentado um poster em co-autoria com a
Dr.ª Kim Hummer e com o Dr. Roger Williams e foi elaborado um artigo baseado no
tema apresentado no poster para se incluído na publicação Acta Horticulturae.
Abaixo inclui-se o referido artigo.
Berry Trials in the Azores
José Mota1; Kim Hummer2 and Roger Williams3
1 Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária, 9500-343 Ponta Delgada, São Miguel,
Açores, Portugal; [email protected]
2 USDA ARS, National Clonal Germplasm Repository, 33447 Peoria Road, Corvallis,
Oregon 97333-2521; [email protected]
3 Department of Entomology, OARDC, The Ohio State University, 1680 Madison Ave
Wooster, Ohio 44691; [email protected]
Keywords: Highbush blueberry, Vaccinium corymbosum, Blackberry, Rubus, Raspberry,
Rubus idaeus
Abstract
The Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária, Ponta Delgada, São Miguel, Açores,
Portugal, began a collaboration with the United States Department of Agriculture,
Agricultural Research Service, National Clonal Germplasm Repository at Corvallis,
Oregon, and The Ohio State University, Department of Entomology in 2004. While
previous horticultural production in the Azores included bananas, pineapples, apples,
pears, and grapes, the cultivated temperate zone berry crops have not been grown
extensively. Our objective was to compare berry cultivars in the Azores. Between 2006
95
and 2009, plantings of southern highbush blueberries, Vaccinium corymbosum,
‘Emerald’, ‘Jewel’, ‘Misty’ and ‘O’Neal’; of northern highbush blueberries, V.
corymbosum, ‘Brigitta’, ‘Duke’ and ‘Elliott’; and a rabbiteye cultivar, V. virgatum,
‘Spring High’, were established in Furnas and in Ponta Delgada. In 2007 and 2009,
plantings of thornless blackberry Rubus hybrid ‘Triple Crown’, and two cultivars of red
raspberries, Rubus idaeus, ‘Heritage’ and ‘Taylor’, were established. In Furnas, only the
‘Emerald’ blueberry produced fruit in 2008 and 2009. The average yield in the first year
was 0.4 kg/plant; in 2009 it was 2.6 kg/plant. The average fruit diameter was 13.95
mm, and weight was 2.44 g. The other cultivars did not produce fruit and the ‘Jewel’
plants were susceptible to leaf rust disease caused by Naohidemyces vaccinii (Wint.)
Sato, Katsuya et Hiratsuka (=Pucciniastrum vaccinii). The blackberry plants produced
fruit in 2009. Bud break occurred very late in the season (beginning of June) and the
crop season extended from 26 August to 17 December although during the last month
only a few fruit were produced. The production peak occurred on the first week of
October. The ‘Heritage’ red raspberry fruit ripened on 7 August and finished 14
September. The maximum production occurred on 17 August. The average fruit
diameter was 15.93 mm, length was 17.50 mm, and weight was 2.60 g/berry. The
raspberries became infested with Spodoptera littoralis (Boisduval). ‘Taylor’ was more
susceptible than ‘Heritage’ to this lepidopterous pest. Trials are continuing.
INTRODUCTION
Agriculture production in the Azorean Archipelago is based almost exclusively on dairy.
Permanent pasture land occupies 89.31% of the utilized agricultural area (SREA, 2008).
But this production cannot increase, due to the European Union Common Agriculture
Policy rules. To stimulate the agricultural economy, the production of different crops
must be attempted.
Due to the small size of the islands, the geographic location, and high transport costs,
small niche markets should be explored. The production of food for local consumption,
not only for the residents, but also for the increasing number of tourists could become
a profitable industry. Thus, high value per acre berry crop production has great
potential.
96
In 2004, the Azores Cooperative Initiative Project (ACIP), was established between the
Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária, Ponta Delgada, São Miguel, Açores,
Portugal, the United States Department of Agriculture, Agricultural Research Service,
National Clonal Germplasm Repository at Corvallis, Oregon, and The Ohio State
University, Department of Entomology. This collaboration gave us the opportunity to
introduce three types of berry crops: highbush blueberries (Vaccinium corymbosum L.
hybrids), blackberries (Rubus hybrid), and red raspberries (Rubus idaeus L.) on São
Miguel.
The objectives of these trials were to determine how the berries grow under the
Azorean conditions; to evaluate their production and season, to determine some fruit
morphometrics such as the weight, length, diameter and the total soluble solids
content, and to evaluate pests and diseases that may be a problem.
MATERIALS AND METHODS
In February 2006, one plot of blueberry plants including 18 replicates each of three
southern highbush blueberry cultivars, ‘Emerald’, ‘Jewel’ and ‘Spring High’ were
planted in Furnas, São Miguel Island, Açores, Portugal. The blueberries were planted in
a randomized complete block design, with six replicates of three plants for each plant
type. The distance between rows was 3 m and between plants in the row was 1.5 m.
In November 2008, a second plot of blueberry plants was planted in Ponta Delgada, S.
Miguel. This plot has two southern highbush blueberry cultivars, ‘Misty’ and ‘O’Neal’,
and three northern highbush blueberry cultivars ‘Brigitta’, ‘Duke’ and ‘Elliott’. They
were planted in a randomized complete block design, with sixteen replicates of two
plants for each cultivar. The distance between plants in the row was 1m and between
rows was 2 m.
The blackberry plot is located at Ponta Delgada. The first 52 plants were established in
October 2007. Later, in April 2008, 90 more plants, were propagated and established.
The distance between rows was 2 m and between plants in the row was 1.2 m. They
were supported by a trellis with four wires, at the height of 75, 100, 125 and 150 cm.
In April 2009, in Ponta Delgada, a plot of two red raspberry cultivars, ‘Heritage’ and
‘Taylor’ was also established. The plot consists of six rows of plants. Within each row
were two groups of eight plants per cultivar (two replications per cultivar). The
97
distance between rows was 2 m and between plants in the row was 0.5 m. As in the
blackberry plot, the raspberries were supported by a four wire trellis, at the height of
75, 100, 125 and 150 cm.
About every two weeks, the plants in each field trial were observed for phenological
and morphological development. In addition the plants were observed for diseases
and pests. During the crop season the weekly production of every blueberry plant at
Furnas was recorded. The blackberry and raspberry fruits were cropped three times a
week. The blackberry production was recorded per row and the raspberry production
was recorded for each replication. In August, 100 fruits of the blueberry ‘Emerald’ and
of the raspberry ‘Heritage’ were randomly taken to measure their weight, length,
diameter and total soluble solids content.
RESULTS AND DISCUSSION
Furnas blueberry trial
In 2008 and 2009, only the ‘Emerald’ produced a reasonable amount of fruits. In 2008,
the total production was 5.00 kg. In 2009, production was almost 10 x higher (46,7 kg).
The average production per plant was 430.69 g in 2008 and 2,597.22 g in 2009. The
crop season in 2008 was much shorter (August and September) than the one in 2009
and the maximum average yield in 2008 has occurred earlier (Fig. 1). The fruit length
and weight were superiors in 2008, but the diameter and the total soluble solids
content were superior in 2009 (Table 1).
In this trial we observed distinct yellow foliar lesions throughout the growing season.
The lesions produced pustules that turned brown reddish later in the season. These
are symptoms of the leaf rust disease caused by Naohidemyces vaccinii
(=Pucciniastrum vaccinii). The most susceptible cultivars were ‘Jewel’ and ‘Spring High’.
Also some insect pests, such as Epiphyas postvittana (Lepidoptera: Tortricidae),
Heliothrips haemorrhoidalis (Thysanoptera: Thripidae) and Aphis gossypii (Homoptera:
Aphididae) were identified (Hummer et al., 2009). At the end of 2008, most of the leaf
area was damaged by the thrips. The leaves turned bronze and many of them dropped
prematurely.
98
Ponta Delgada blueberry trial
Only the southern highbush blueberry cultivars (‘Misty’ and ‘O’Neal’) grew fairly well.
The buds of the others three cultivars did not break. Less than 200 hours of chilling
was received, so the northern highbush cultivars did not break bud. Significant pests or
diseases were not observed on these plants.
Blackberry trial
The vegetative bud break of the ‘Triple Crown’ blackberries was very late in the
growing season. In the beginning of June the buds started to break, and only at the
end of that month were the first flowers observed. The fruits first ripened on 26
August and finished on 17 December (Fig. 2). The total production was 57.3 kg. The
peak occurred in the first week of October. No significant pests or diseases were
observed.
Raspberry trial
The first fruits were collected on 7 August and the last ones on 14 September (Fig. 3).
The total production obtained was 18.1 kg, and the average production per plant was
188.6 g. The peak occurred on 17 August. The values for the fruit length, diameter,
weight and the total solid soluble content are listed (Table 2). An infestation of
Spodoptera littoralis (Boisduval) (Lepidoptera: Noctuidae) was observed on this crop,
mainly on ‘Taylor’. It started in mid-August. The pest damaged the young buds, leaves,
flowers and fruits. The pest was controlled using three treatments of a Bacillus
thuringiensis product, but the efficacy was poor.
CONCLUSIONS
Only the southern highbush cultivars, with a chilling requirement of 200 hours or less
are suited to cultivate in the Açores. Our climate and soil type have many similarities to
Hawaii, where the low chilling southern highbush blueberries have been grown
successfully (Zee et al., 2006; Hummer and Zee, 2007).
The ‘Triple Crown’ blackberries and raspberries (‘Heritage’) produced for the first time
in 2009. More years of study are needed to evaluate their productivity under the
Azorean conditions.
99
ACKNOWLEDGEMENTS
We wish to acknowledge USDA ARS CRIS 5358-21000-033-00D and the Azores
Cooperative Initiative Program (ACIP).
Literature cited
Hummer, K. and F. Zee. 2007. Evergreen Production of Southern Highbush Blueberries
in Hawai’i. J. Amer. Pom. Soc. 61(4): 188-195.
Hummer, K., R. Williams, and J. Mota. 2009. Pests of Blueberries on São Miguel,
Açores, Portugal. Proceedings of the Ninth International Vaccinium Sympossium, Vol.
1. Acta Horticulturae 810: 287-292.
SREA- Serviço Regional de Estatística dos Açores. 2008. O Açores em números, 2008
/Azores in figures, 2008. Angra do Heroísmo. 64 pp.
(http://estatistica.azores.gov.pt/upl/%7Bd1e084d9-e16b-4db4-b7cd-
f2c39b125cc0%7D.pdf).
Zee, F., K. Hummer, W. Nishijima, R. Kai, A. Strauss, M. Yamasaki, and R. Hamasaki.
2006. Preliminary Yields of Southern Highbush Blueberry in Waimea, Hawai’i. Univ. of
Hawai’i at Manoa. Cooperative Extension Service. F&N-12.
100
Tables
Table 1 – Average, minimum and maximum values of the length, diameter, weight and
total soluble solids content (ºBrix) of the blueberry Vaccinium corymbosum hybrid
‘Emerald’ fruits collected in Furnas in 2008 and 2009.
Parameters Average Minimum Maximum
2008 2009 2008 2009 2008 2009
length (cm) 1.66 1.18 1.34 0.96 2.13 1.42
Diameter (cm) 1.14 1.65 0.88 1.29 1.45 2.01
Weight 2.52 2.35 1.30 1.30 4.80 4.10
º Brix 11.15 11.18 0.86 8.50 16.50 13.30
Table 2 – Average, minimum and maximum values of the length, diameter, weight and
total soluble solids content (ºBrix) of the raspberry Rubus idaeus ‘Heritage’ fruits collected
in the Ponta Delgada in 2009.
Parameters Average Minimum Maximum
length (cm) 17.50 14.24 20.84
Diameter (cm) 15.93 10.38 19.95
Weight 2.60 1.50 4.10
º Brix 8.15 4.40 12.80
101
Figures
Fig. 1 – Average yield (g) for each blueberry Vaccinium corymbosum hybrid ´Emerald´ producing
plant and standard error in 2008 and 2009 (Furnas, second and third year).
Fig. 2 – Production obtained on the blackberry Rubus hybrid ´Triple Crown´ at Ponta Delgada in
2009 (first year of production).
0
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500
600
700
23-Jul 6-Aug 13-Aug20-Aug27-Aug 2-Sep 11-Sep 17-Sep 24-Sep 2-Oct 9-Oct 16-Oct 23-Oct
Ave
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Date
2009
2008
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2000
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5000
6000
7000
A A A S S S S S S S S S S S S O O O O O O O O O O N N N N N N N D D D
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du
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g)
Month
102
Fig. 3 – Production obtained on the Raspberry trial at Ponta Delgada in 2009 (Rubus idaeus
‘Heritage’, first year of production).
0
500
1000
1500
2000
2500
7-Aug 12-Aug14-Aug17-Aug19-Aug21-Aug24-Aug26-Aug28-Aug31-Aug 4-Sep 7-Sep 9-Sep 11-Sep14-Sep
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rod
ucti
on
(g
)
Date
103
9.2 ESTUDO DA ABUNDÂNCIA E CONTROLO DA PRAGA CERATITIS CAPITATA (WIEDEMANN) (DIPTERA: TEPHRITIDAE)
De acordo com o protocolo estabelecido com a SYNGENTA procedemos durante o mês de
Junho à substituição dos iscos e das armadilhas de monitorização quer na zona de Rabo
de Peixe quer no pomar de araçá localizado na Fajã de Cima. Procuramos instalar iscos em
algumas parcelas que não tinham sido abrangidas em 2009 tendo sido colocados
aproximadamente 1800 iscos ADRESS (unidades compostas por atractivos e um gel
fagoestimulante com 3% de lufenurão) cobrindo uma área de 80 hectares (Figura 9.9).
Nesta zona a monitorização foi feita com 18 armadilhas de captura Easy Trap em que o
atractivo foi a feromona fornecida pela Syngenta. Na apresentação dos resultados estas
armadilhas são designadas por Syngenta.
Figura 9.9 – Aspecto do isco Adress num pomar em Rabo de Peixe.
Mantivemos também as armadilhas de monitorização que já existiam na Lagoa, Fajã de
Cima e Rabo de Peixe com os atractivos feromona e Isco FERAG da empresa BIOSANI. Na
apresentação dos resultados estas armadilhas são designadas respectivamente por
feromona e isco
104
Semanalmente foi feita a recolha e contagem dos insectos.
A área de estudo com a localização das armadilhas de monitorização está representada na
figura 9.10.
Figura 9.10 – Localização das zonas onde se encontram as armadilhas para a monitorização das populações da mosca do Mediterrâneo em S. Miguel. Na figura 9.11 está representada a área de estudo de Rabo de Peixe.
Ponta Delgada
Lagoa Vila Franca do Campo
Povoação
Nordeste
Ribeira Grande
«
105
Figura 9.11 – Área de estudo em Rabo de Peixe com sinalização das armadilhas de monitorização 1
b
b
bb
b
bb
b
bb
bb
b
b
b
b
b
b
7
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3
2
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10
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18
1211
15
19
1:6.550
¯
106
No ano de 2010 a monitorização foi feita em 3 novos locais (armadilhas 18 a 20) tendo-
se abandonado os locais 4 e 6 por dificuldade de acesso. A numeração mantém-se para
facilitar a comparação entre os vários anos.
Os resultados obtidos nas armadilhas para a monitorização nos vários locais estão
representados nos gráficos das figuras 9.12 a 9.14.
Figura 9.12 – Número total de adultos capturados por armadilha por dia (FTD) durante o ano de 2010 no pomar de Rabo de Peixe
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FTD
Rabo Peixe
Feromona
Isco
Syngenta
107
Figura 9.13 – Número total de adultos capturados por armadilha por dia (FTD) durante o ano de 2010 no pomar da Fajã de Cima
Figura 9.14 – Número total de adultos capturados por armadilha por dia (FTD) durante o ano de 2010 no pomar da Lagoa
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30
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04
-Mar
18
-Mar
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15
-Ab
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29
-Ab
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13
-Mai
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-Mai
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11
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25
-No
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FTD
Fajã Cima
Feromona
Isco
Syngenta
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-Jan
21
-Jan
04
-Fev
18
-Fev
04
-Mar
18
-Mar
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15
-Ab
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29
-Ab
r
13
-Mai
27
-Mai
10
-Ju
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24
-Ju
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08
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22
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05
-Ago
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-Ago
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-Set
16
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25
-No
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09
-Dez
23
-Dez
FTD
Lagoa
Feromona
Isco
108
Ao compararmos os diferentes tipos de atractivos para cada um dos locais verificamos
que o isco Ferag foi aquele que capturou o menor número de adultos de C. capitata nos
três locais em estudo, enquanto que as armadilhas (feromona e Syngenta) capturaram o
maior número de adultos. (Tabela 9.1).
Tabela 9.1. FTD (± erro padrão) nos diferentes locais em estudo para os três tipos de armadilhas
FTD Rabo Peixe Fajã Cima Lagoa
Feromona 3,9±0,9bA 4,8±1,3aA 7,0±1,4aA
Isco FERAG 0,5±0,3cA 0,2±0,1bA 0,3±0,1bA
Syngenta 8,8±1,7aA 3,6±1,1aB Média seguida pela mesma letra minúscula (coluna) ou pela mesma letra maiúscula (linha) não é significativamente diferente, teste LSD com P<0,05.
O número de adultos capturados por armadilha foi bastante heterogéneo o que
poderá ser devido à diversidade de plantas existente em cada pomar (Figuras 9.15 a
9.19).
Foi nos 3 º e 4 º trimestres que se obtiveram as maiores capturas (186-1600 e 95-1550,
respectivamente) enquanto que o menor número de adultos capturados foi observado
no 2 º trimestre (< 200).
109
Figura 9.15 – Total de adultos de C. capitata capturados no ano de 2010 nas 18 armadilhas de
monitorização localizadas em Rabo de Peixe
110
Figura 9.16 – Total de adultos de C. capitata capturados no 1º trimestre de 2010 nas 18
armadilhas de monitorização localizadas em Rabo de Peixe
111
Figura 9.17 – Total de adultos de C. capitata capturados no 2º trimestre de 2010 nas 18
armadilhas de monitorização localizadas em Rabo de Peixe
112
Figura 9.18 – Total de adultos de C. capitata capturados no 3º trimestre de 2010 nas 18
armadilhas de monitorização localizadas em Rabo de Peixe
113
Figura 9.19 – Total de adultos de C. capitata capturados no 4º Trimestre de 2010 nas 18
armadilhas de monitorização localizadas em Rabo de Peixe
114
A partir de Setembro foram colhidos frutos para registo do nº de picadas e quantificação
das pupas de mosca presentes na fruta. Foram mantidos em caixas, à temperatura
ambiente, durante três a quatro semanas.
A amostragem dos frutos, para determinação da infestação, tentou abranger o
máximo de espécies hospedeiras da mosca da fruta (Tabela 9.2). Em laboratório os
frutos foram pesados e as presumíveis picadas que existiam em cada fruto marcadas,
ficando depois em recipientes a aguardar o aparecimento das larvas.
Figura 9.20 – Aspecto da amostragem dos frutos
O número de picadas e de pupas foi muito variável dependendo do tipo de fruto alvo.
Os resultados da amostragem dos frutos estão resumidos na Tabela 9.2.
115
Tabela 9.2 - Número de picadas e de larvas da mosca (média±erro padrão), obtido nos frutos colhidos nos vários pomares no ano de 2010
Ano Cultura n Nº Picadas Nºpicadas/g Nº pupas Nºpupas/g
2010 Araçás 50 2,24±0,22d 0,271±0,026b 0,00±0,00c 0,000±0,000d
Diospiros 50 3,26±0,36b 0,020±0,002e 3,10±0,71b 0,018±0,003de
Feijoas 50 3,46±0,32c 0,079±0,007df 12,66±1,90a 0,276±0,039b
Figos 50 13,76±1,10a 0,450±0,039a 2,07±0,33bc 0,074±0,014ce
Laranjas 50 0,86±0,12e 0,007±0,001e 0,00±0,00c 0,000±0,000d
Nesperas 50 0,62±0,12de 0,023±0,004e 0,58±0,25c 0,020±0,008de
Pêras 12 2,08±2,29de 0,054±0,029ef 3,42±2,01be 0,031±0,018de
Pêssegos 13 4,46±0,81c 0,147±0,024c 14,77±3,45a 0,512±0,114a
Pêssegos 50 6,96±0,56b 0,093±0,007cd 1,46±0,54ce 0,013±0,005de Média seguida pela mesma letra minúscula (coluna) não é significativamente diferente, ANOVA; LSD com P<0,05
Ao compararmos os valores obtidos nos dois anos em estudo (2009 e 2010) verificou-
se, regra geral, uma diminuição no nº de picadas e de pupas por grama de fruta
colhida (Tabela 9.3).
Tabela 9.3 – Comparação do número de picadas e de pupas da mosca (média±erro padrão), obtido nos frutos colhidos nos anos de 2009 e 2010
Ano Cultura n Nº Picadas Nºpicadas/g Nº pupas Nºpupas/g
POMAR
2009 Araçás 60 3,37±0,21a 0,441±0,032a 7,35±0,79a 0,960±0,108a
Fajã Cima
2010
50 2,24±0,27b 0,245±0,032b 2,88±0,30b 0,319±0,036b
Fajã Cima
2009 Araçás 50 3,46±0,36a 0,329±0,030a 0,44±0,15a 0,035±0,012a
Sr. Ledo
2010
50 2,24±0,22b 0,271±0,026a 0,00±0,00b 0,000±0,000b
Sr. Fraga
2009 Diospiros 26 3,58±0,50a 0,047±0,018a 0,46±0,27b 0,004±0,002b
Sr. Machado
2010
50 3,26±0,36a 0,020±0,002a 3,10±0,71a 0,018±0,003a
Sr. Ledo
2009 Feijoas 50 5,74±0,43a 0,205±0,020a 11,36±1,52a 0,388±0,050a
Dr. Estrela
2010
50 3,46±0,32b 0,079±0,007b 12,66±1,90a 0,276±0,039a
Dr. Estrela
2009 Figos 37 10,19±0,73b 0,913±0,060a 0,00±0,00b 0,000±0,000b
Dr. Estrela
2010 50 13,76±1,10a 0,450±0,039b 2,07±0,33a 0,074±0,014a Sr. Ledo Média seguida pela mesma letra minúscula (coluna) não é significativamente diferente, teste-t com P<0,05
116
Ao compararmos os resultados obtidos nas feijoas colhidas em dois locais diferentes:
Rabo de Peixe (local de utilização dos iscos ADRESS) e SDASM (local sem qualquer tipo
de controlo) verificou-se que, o número de picadas e de pupas foi significativamente
inferior (Tabela 9.4).
Tabela 9.4 – Comparação do número de picadas e de pupas da mosca (média±erro padrão), obtido nos frutos colhidos em dois locais no ano de 2010
Ano Cultura n Nº Picadas Nºpicadas/g Nº pupas Nºpupas/g
POMAR
2010 Feijoas 50 7,02±0,69a 0,217±0,015a 17,42±1,81a 0,536±0,049a
SDASM
2010 Feijoas 50 3,46±0,32b 0,079±0,007b 12,66±1,90b 0,276±0,039a
Dr. Estrela Média seguida pela mesma letra minúscula (coluna) não é significativamente diferente, teste-t com P<0,05
À semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores a Doutora Luísa Oliveira do
Departamento de Biologia – CIRN, CBA, Universidade dos Açores manteve a sua
colaboração na análise estatística dos dados recolhidos e na pesquisa de parasitóides
de C. capitata. Foram encontradas duas novas espécies de parasitóides a parasitar a
mosca da fruta, que se encontram em multiplicação no laboratório e aguardam
identificação.
117
9.3 ESTUDO DAS DOENÇAS DO LENHO DA VIDEIRA
Durante o ano de 2010 procedeu-se à zonagem e diagnose dos fungos causadores de
doenças do lenho em videira na ilha da Terceira. Com este trabalho pretende-se
identificar os fungos causadores das doenças do lenho da videira e prestar
aconselhamento técnico para o seu controlo.
A prospecção na ilha Terceira ocorreu em Fevereiro de 2010, tendo a nossa deslocação
coincidido com a época de poda das vinhas.
Procedeu-se à colheita de amostras de plantas de diversas castas, com sintomas
associados à presença de fungos do lenho da videira A análise de cada planta foi
efectuada em duas regiões: braço e vara, tendo-se realizado isolamentos
microbiológicos a partir de seis fragmentos dos tecidos do lenho, colhidos em cada
uma das referidas regiões
Na ilha Terceira foram colhidas setenta e cinco (75) amostras em sete campos (7)
(Quadro 9.1), cuja idade das pltas oscilava tre os 18 e 50 anos e analisados novecentos
(900) fragmentos do lenho. A identificação dos fungos isolados e purificados baseou-se
nas suas caracteríticas culturais e morfológicas.
118
Quadro 9.1- Identificação dos campos.
Nº Viticultor Casta Porta-
enxerto Idade da
vinha Área (ha) Concelho Freguesia
1 S.D. A. da Terceira (Vinha da Casa)
Várias * R 99 20 anos 0.3 Praia da Vitória
Biscoitos
2 S.D. A. da Terceira (Vinha do Farelo)
Várias * R 99 e 1103
P “ 0.4
Praia da Vitória
Biscoitos
3 S.D. A. da Terceira (Vinha do Muro)
Várias * R 99 “ 0.3 Praia da Vitória
Biscoitos
4 Luís Meneses Brum Várias * “ 18 anos - Praia da Vitória
Biscoitos
5 Luís Meneses Brum Várias * Desconhecido + 50 3.5 Praia da Vitória
Biscoitos
6 Luís Meneses Brum Várias* R 99 50 anos 0.9 Praia da Vitória
Biscoitos
7 Manuel Rufino Várias* “ 20anos 0.4 Praia da Vitória
Biscoitos
*Identificação das castas
Nº Viticultor Castas
1 S.D. A. da Terceira (Vinha da Casa)
Verdelho, Terrantez, Touriga Nacional, Viosinho, Saborinho, Fernão Pires
2 S.D. A. da Terceira (Vinha do Farelo)
Verdelho, Touriga Nacional, Merlot, Agronómica
3 S.D. A. da Terceira (Vinha do Muro)
Verdelho, Terrantez, Viosinho, Fernão Pires
4 Luís Meneses Brum (Campo Ampelográfico Museu do Vinho)
Sebial, Mulata, Cardinal, Diagalves, Natividade, Verdelho roxo, Bastardinho, Riesling, Cabernet Sauvignon, Ramisco, Ferral, Isabella, Fernão Pires, Douradinha, Bufete, Baga Americana, Malvazia, Boal Setúbal, Saborinho, Marina, Galego, Entremont, Terrantez, Elvira, Bruyn, Boal Pombo Branco, Arinto, Moscatel, Moscatel Romano
5 Luís Meneses Brum Diagalves, Terrantez, Verdelho
6 Luís Meneses Brum Terrantez, Verdelho
7 Manuel Rufino Terrantez, Moscatel, Fernão Pires, Verdelho, D. Maria
119
A análise microbiológica efectuada ao material colhido revelou a presença de fungos
do género Botryosphaeria, Pestalotiopsis Phaeacremonium, Cylindrocarpon, e
Phomopsis (Quadro 9.2). Foi também detectada a presença de fungos saprófitas.
Quadro 9.2- Incidência dos fungos do lenho (%) em cada campo
Campo
Nº Plan.
analisadas
Botryosphaeria Pestalotiopsis Phaeoacremonium Phomopsis Cylindrocarpon
1 16 69 75 38 0 0
2 10 70 100 10 0 0
3 7 71 86 57 0 0
4 29 58 51 20 10 7
5 3 100 0 0 0 0
6 3 100 67 100 0 0
7 7 14 86 14 0 0
9.4 ENSAIO DE HERBICIDAS PARA CONTROLO DE INFESTANTES EM ÁREAS FLORESTAIS No âmbito do protocolo de colaboração estabelecido com a Direcção Regional de
Recursos Florestais, prosseguiram os trabalhos com vista a definir uma ou mais
substâncias activas destinadas ao controlo de infestantes em áreas florestais,
concretamente as espécies conteira (Hedychium gardnerianum) e gigante (Gunnera
tinctoria), invasoras originárias dos Himalais e da América do Sul respectivamente,
introduzidas na Ilha de S. Miguel como ornamentais e o incenso (Pittosporum
undulatum), invasora proveniente do Sudoeste da Austrália, provavelmente
introduzida nos Açores como ornamental de jardins (sebes).
120
9.5 PROJECTO ANÁLISE DE SOLOS E FERTILIZAÇÃO DOS AÇORES
O projecto “Análise de Solos e Fertilização dos Açores” teve início em 2007 tendo sido
delineado para o efeito um ensaio de campo denominado “Estudo da incidência do
nível de adubação fosfatada no teor de fósforo assimilável e na produção e qualidade
da erva e composição florística de pastagens dos Açores”. O respectivo protocolo
consta do relatório de actividades de 2010.
A distribuição dos campos de ensaio por ilha consta do quadro 9.3.
Quadro 9.3 – Distribuição dos campos de ensaio por ilha
Ilha Nº de campos
Santa Maria 5
São Miguel 2
Terceira 1
Faial 1
Flores 2
Todos os procedimentos protocolados foram rigorosamente executados e as amostras
de terra e foliares enviadas para análise ao laboratório de solos da Universidade dos
Açores.
Este ensaio terá continuidade em 2011 e o seu termo ainda não é possível determinar,
por depender da velocidade de extracção do fósforo nos respectivos solos, até se
tornar factor limitante à produção.
Participantes no projecto
Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores
Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário
Serviços de Desenvolvimento Agrário de SMa, SMi, T, Pi, Fa e Fl
Agricultores cedentes das pastagens necessárias ao desenvolvimento do projecto.
121
No Pico foram executados mais dois ensaios inseridos neste projecto e que se
intitularam:
“Estudo da fiabilidade de testes para análise do fósforo assimilável em solos
açorianos” (FI P) e,
“Eficiência de diferentes formas de fosfato” (FO P)
O primeiro, consta de duas fases em que a primeira já terminou e a segunda encontra-
se a decorrer.
Atendendo ao número de amostras de terra e foliares gerado nestes dois ensaios só
parte foi possível prepar para envio ao laboratório (quadro 9.4). Aguardam-se os
respectivos resultados analíticos pelo que, ainda não se procedeu ao tratamento dos
resultados. Espera-se que venham a constar do relatório do próximo ano.
Quadro 9.4 – Número de amostras preparadas para envio ao laboratório ensaios FI P e FO P)
Ensaio Apuramentos
efectuados
Amostras preparadas Instalação/sementeira
Erva Terra
FI P – 1ª Fase 4 2240 800
FI P – 2ª Fase 0 - - 10/11/23
FI P – Holcus 7 980 - 10/06/04
FO P 8 1776 222
Total 19 4996 1022
Participantes no projecto
Universidade dos Açores e UTAD
Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário
Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico
1
2
2
122
9.6 ESTUDO DO IMPACTO DA SUPLEMENTAÇÃO COM OLIGOELEMENTOS NA PRODUÇÃO BOVINA REGIONAL
Na sequência de estudos anteriores que identificaram carências em oligoelementos
(OE) na população bovina açoriana foi implementado e desenvolvido um ensaio
denominado “Criação de novilhas em altitude, alimentadas à base de pastagem e
suplementadas com minerais e concentrados”. Este ensaio decorreu no Posto
experimental de culturas de altitude (PECA), localizado no concelho de Vila Franca do
Campo.
1. OBJECTIVOS
Produzir novilhas com peso adequado à cobrição (15 meses) e ao primeiro
parto (24 meses), nas condições locais de produção;
Determinar as carências em oligoelementos (OE) nas novilhas em pastoreio;
Avaliar o efeito da suplementação com OE versus alimento concentrado
comercial no crescimento e performance reprodutiva de novilhas de reposição.
2. METODOLOGIA
O ensaio, propriamente dito, iniciou-se a 01.07.2009 e terminou a 30.06.2010, após
um período de adaptação ao pastoreio que teve a duração de 4 meses. Foram
utilizados 33 animais (novilhas), com idades compreendidas entre os 5 e os 9 meses.
Todos os bovinos foram desparasitados contra endo e ecto-parasitas com ivermectina
(Ivomec F®), a desparasitação foi repetida de 6 em 6 meses, na Primavera e no Outono.
Foram realizadas descornas e procedeu-se à vacinação contra a brucelose bovina.
Rastrearam-se todos os animais para a diarreia vírica bovina (BVD) e para a
neosporose.
Após este período de adaptação foram constituídos 3 lotes de novilhas, agrupados de
forma aleatória, tendo como critério o seu peso vivo e idade de forma a constituir 3
lotes homogéneos comparáveis de 11 novilhas
1. Grupo controlo, alimentado só com erva (coleira branca);
2. Grupo alimentado com erva e suplementado com OE (coleira azul);
1
2
3
123
3. Grupo alimentado com erva e suplementado com concentrados: 0.8
kg/dia/animal (coleira vermelha).
A carga animal usada neste ensaio foi de 2,5 CN/ha.
Forma feitas pesagens quinzenais para controlo do ritmo de crescimento e avaliação
do estado nutricional.
Os cios manifestados pelas novilhas, as inseminações realizadas por cada novilha e as
ocorrências clínicas e respectivos tratamentos foram registados.
Confirmou-se a gestação por palpação rectal a todas as novilhas.
Fez-se prevenção da pitomicotoxicose com cápsulas de zinco em Agosto 2010, após
contagem elevada de esporos do fungo (> 25000/grama de erva) das ervas: Pithomyces
chartarum.
3.RESULTADOS
Durante o decurso do ensaio o PECA foi alvo de dois furtos, um em final de Setembro
de 2009 e o outro em final de Abril de 2010. Durante os assaltos desapareceram 10
novilhas e duas sucumbiram. Por esta razão, o lote 1 (controlo) e o lote 2 (com
suplementação mineral) foram reduzidos a 6 e 5 animais, respectivamente, e o lote 3
(suplementação com concentrados) terminou com 10 animais. Apesar desta
lamentável ocorrência foi ainda possível obter resultados positivos com o ensaio e tirar
algumas conclusões úteis.
No gráfico 9.1 apresenta-se a evolução do peso médio das novilhas ao longo do ensaio,
desde Julho de 2009 a Junho de 2010.
1
2
4
124
GRÁFICO 9.1. EVOLUÇÃO DOS PESOS MÉDIOS NOS TRÊS LOTES DE NOVILHAS: 1. CONTROLOS (SEM
SUPLEMENTAÇÃO), 2. COM SUPLEMENTAÇÃO MINERAL E 3. SUPLEMENTAÇÃO COM ALIMENTO CONCENTRADO
COMERCIAL. TABELA 9.5 GANHO MÉDIO DIÁRIO (GMD) EM KG NOS TRÊS LOTES DE NOVILHAS
LOTES GMD ATÉ 10 MESES (KG)
GMD APÓS 10 MESES (KG)
SEM SUPLEMENTAÇÃO 0,668 0,678
COM SUPLEMENTAÇÃO MINERAL 0,655 0,770
SUPLEMENTAÇÃO COM CONCENTRADOS 0,797 0,812
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
17
.06
.20
09
01
.07
.20
09
15
.07
.20
09
29
.07
.20
09
12
.08
.20
09
26
.08
.20
09
09
.09
.20
09
23
.09
.20
09
07
.10
.20
09
21
.10
.20
09
04
.11
.20
09
18
.11
.20
09
02
.12
.20
09
16
.12
.20
09
30
.12
.20
09
13
.01
.20
10
27
.01
.20
10
10
.02
.20
10
24
.02
.20
10
10
.03
.20
10
24
.03
.20
10
07
.04
.20
10
21
.04
.20
10
05
.05
.20
10
19
.05
.20
10
02
.06
.20
10
16
.06
.20
10
30
.06
.20
10
Pe
so V
ivo
mé
dio
(kg
)
Datas da pesagem
EVOLUÇÃO DO PESO VIVO MÉDIO (KG) AO LONGO DO ENSAIO, PARA OS TRÊS
LOTES DE ANIMAIS
Sem suplementação
Com suplementação mineral
Suplementação com concentrados
1
2
5
125
FIGURA 9.21. RELAÇÃO ENTRE A SUPLEMENTAÇÃO COM OLIGOELEMENTOS E A IDADE MÉDIA DAS NOVILHAS À
COBRIÇÃO E AO PARTO
LOTES IDADE MÉDIA À COBRIÇÃO
(MESES)
IDADE AO PARTO
(MESES)
MÉDIA DE RETORNOS
IA/GESTAÇÃO
SEM SUPLEMENTAÇÃO 16,4 26,6 1 2
COM SUPLEMENTAÇÃO MINERAL 15,2 24,5 0,2 1,2
SUPLEMENTAÇÃO COM CONCENTRADOS 15,3 25,0 0,4 1,4
A avaliação económica da suplementação permitiu estimar que o custo médio por
animal foi de 64,24 € para o concentrado comercial e de apenas 20 € por animal para
os oligolementos.
5. CONCLUSÕES
• A recria de novilhas, em altitude, na ilha de São Miguel alimentadas
exclusivamente com pastagem, é insuficiente para atingir a idade ao 1.º parto
com 24 meses.
• As novilhas em pastoreio necessitam de suplementação mineral para exibirem
e expressar toda a sua capacidade produtiva.
1
2
6
126
• A suplementação com OE representa um bom complemento nas novilhas em
pastoreio, tendo neste ensaio produzido os melhores resultados em termos
reprodutivos e apresenta-se como a solução mais económica quando
comparada com o aporte de alimento concentrado comercial.
9.7 PROJECTO: “PREVENÇÃO DA HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA POR CONTROLO DO FETO COMUM (PTERIDIUM AQUILINUM) NAS PASTAGENS MICAELENSES”
Na sequência das actividades desenvolvidas no âmbito do projecto: “Prevenção da
Hematúria Enzoótica Bovina por Controlo do Feto Comum (Pteridium aquilinum) nas
Pastagens Micaelenses”, durante o ano de 2010, vimos apresentar um relatório dos
trabalhos realizados pela equipa coordenada pela Direcção de Serviços de Agricultura
e Pecuária em colaboração com o Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel,
bem como, o ponto actual da situação relativo à incidência de tumores de bexiga (Tbx)
na ilha de São Miguel (ISM). Relembramos que os Tbx são a principal manifestação
lesional da hematúria enzoótica bovina (HEB), doença vulgarmente designada pelos
produtores por “Vacas que urinam com sangue”.
Os dados relativos à monitorização dos Tbx desde Julho de 1989 até Dezembro de
2010 permitiram constatar diminuição gradual e consistente do número de
reprovações de carcaças de bovino por apresentarem Tbx (gráfico 9.2). No ano 2010
registaram-se 7,2% de reprovações por Tbx.
1
2
7
127
Gráfico 9.2. Monitorização da incidência de tumores de bexiga nas vacas abatidas no Matadouro Industrial de São Miguel (MISM) no período compreendido entre 1 de Julho de 1989 e 31 de Dezembro de 2010. Fonte: Serviço de Inspecção Sanitária do MISM.
Na tabela 9.6 apresentam-se os dados relativos à evolução do número de explorações
e de vacas leiteiras candidatas ao programa POSEI vacas leiteiras na ISM, desde 1995 a
2010. Apresenta-se ainda o número total e percentual de explorações que
apresentaram para abate no MISM pelo menos uma vaca com diagnóstico de Tbx no
exame post-mortem, bem como o número total de Tbx diagnosticados em cada ano.
A tendência decrescente no n.º total de casos de Tbx diagnosticados pelos inspectores
sanitários de serviço no MISM é corroborada pela análise dos dados mencionados na
tabela 9.6.
02468101214161820
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
Pe
rce
nta
ge
m
Nú
me
ro d
e a
nim
ais
Incidência de tumores de bexiga nas vacas abatidas
Vacas abatidas % Rejeições Tbx
1
2
8
128
Tabela 9.6 Dados anuais do número de vacas leiteiras e de explorações na ilha de São Miguel, distribuição total e percentual de explorações com pelo menos um caso diagnosticado de tumor de bexiga no Matadouro Industrial de São Miguel (MISM) e número total de tumores diagnosticados no período compreendido entre Jan/95 a Dez/10. Fonte: Serviço de Inspecção Sanitária do MISM, Sistema Nacional de Identificação e Registo de Bovinos e POSEI vacas leiteiras.
Ano Vacas
Leiteiras
N.º de
Explorações
Explorações com
Tumores de Bexiga (%)
Tumores de
Bexiga
1995 47922 2093 190 (9,1) 232
1996 49790 2102 155 (7,4) 182
1997 50108 2101 130 (6,2) 160
1998 52119 2132 326 (15,3) 418
1999 53037 2089 439 (21,0) 628
2000 53476 2026 573 (28,3) 1028
2001 51892 1945 793 (40,8) 1423
2002 52325 1917 899 (46,9) 1879
2003 49260 1847 1006 (55,0) 2224
2004 49587 1810 1082 (59,8) 2101
2005 48937 1711 903 (52,8) 1992
2006 48610 1659 829 (50,0) 1664
2007 49409 1639 699 (42,6) 1382
2008 49927 1564 579 (37,0) 987
2009 50352 1540 512 (33,2) 849
2010 50118 1455 445 (30,6) 727
Registou-se um decréscimo do número de explorações atingidas por Tbx de cerca de
60% (1082) em 2004 para 30% (445) em 2010, correspondendo a uma redução de 50%
neste período. Constata-se assim uma diminuição consistente no número total de
explorações atingidas pela HEB. Verificou-se ainda uma redução para cerca de um
terço no n.º total de Tbx observados no MISM: 2224 em 2003 para 727 em 2010.
1
2
9
129
Gráfico 9.3. Evolução do número de explorações afectados por tumores de bexiga desde 1995 até 2010. Fonte: Serviço de Inspecção Sanitária do MISM, Sistema Nacional de Identificação e Registo de Bovinos e POSEI vacas leiteiras.
Os resultados obtidos sugerem que as acções desenvolvidas no âmbito do programa
de prevenção da HEB pelos Serviços da Secretaria Regional de Agricultura e Florestas
estão a surtir efeito muito positivo.
A estratégia de intervenção incluiu a sensibilização dos produtores para este
problema, implementação no terreno de medidas de controlo e erradicação do feto
comum por utilização criteriosa de herbicidas apropriados ao combate desta
infestante (asulam e/ou glifosato) e ainda correcção das carências em oligoelementos.
O programa de controlo do feto das pastagens foi iniciado no Verão de 2001 e
continuado até 2010, tendo-se notado desde então um interesse crescente dos
produtores na prevenção da doença. Os produtores que aderiram mais cedo a este
programa revelaram que houve diminuição significativa dos casos de HEB, tendo
mesmo desaparecido os casos clínicos na exploração. Contudo, no matadouro como se
abrem todas as bexigas dos bovinos abatidos de uma forma sistemática, ainda vão
aparecendo alguns casos de Tbx nos bovinos provenientes das explorações que
aderiram ao programa de prevenção da HEB acima mencionado. Estes tumores
detectados no exame post-mortem, sem qualquer manifestação clínica de hematúria
enzoótica podem considerar-se manifestações sub-clínicas da doença.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
%
Anos
1
3
0
130
Foram monitorizados os resultados obtidos com a aplicação de herbicidas nos últimos
9 anos. Desde 2003 que se verifica uma tendência decrescente no número de rejeições
de carcaças de bovino por apresentarem tumores de bexiga (Tabela 9.6).
No primeiro ano após a primeira aplicação de herbicida selectivo nas pastagens
verificou-se uma redução do grau de infestação pelo Pteridium aquilinum de 50 a 90%.
O sucesso desta medida de controlo da HEB implica a aplicação do herbicida em pelo
menos três anos consecutivos. Nas explorações com problemas de HEB onde se
implementaram há mais tempo medidas de controlo do feto das pastagens, constata-
se actualmente uma diminuição acentuada do número de animais com sinais clínicos
da doença, bem como diminuição do número de casos de tumores de bexiga nos
bovinos abatidos.
Durante o ano de 2010, os trabalhos de controlo do feto das pastagens decorreram
nos meses de Julho a Outubro, tendo sido tratados 1495,50 alqueires (211 ha
aproximadamente) de pastagens pertencentes a 23 produtores de bovinos de
diferentes freguesias da ilha de São Miguel. Foram gastos no âmbito deste projecto
447 litros de herbicida e realizada a quantia de 5668 € a pagar pelos produtores
abrangidos pelo referido programa.
Face aos resultados francamente positivos obtidos no controlo da doença ao nível das
explorações e à tendência decrescente no número de casos observados de Tbx no
MISM, julgamos imperioso dar continuidade ao projecto em curso, mantendo em
funcionamento pelo menos uma brigada de aplicação de herbicida durante os meses
de Junho a Outubro. À semelhança dos anos anteriores esta brigada deverá ser
coordenada pela Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária em colaboração com o
Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel.
1
3
1
131
9.8 CONSERVAÇÃO DA RAÇA BOVINA AUTÓCTONE RAMO GRANDE
1. Enquadramento
No âmbito da preservação de recursos genéticos animais têm vindo a ser
desenvolvidas várias acções no sentido da manutenção e aumento do efectivo em
linha pura da Raça Bovina Autóctone Ramo Grande. Esta raça possui actualmente
cerca de 1500 animais, distribuídos por 270 explorações, inscritos no Livro Genealógico
da raça.
2. Objectivo Principal
Assegurar a conservação da raça e encontrar em conjunto com os criadores da raça,
técnicos ligados à preservação de outras raças autóctones e com dirigentes dos
Serviços Oficiais a definição de objectivos para a raça em termos da melhoria da sua
conformação para a produção de carne e/ou para a utilização de outras estratégias de
valorização dos seus produtos de forma a garantir a sua sustentabilidade futura.
3. Abrangência
Criadores da raça Ramo Grande nas ilhas S. Miguel, Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e
Faial.
4. Acções desenvolvidas
- Inscrição de animais no Livro de Nascimentos e classificação morfológica de
animais com vista a permitir a sua inscrição no Livro de Adultos;
- Compilação de dados no programa informático GENPRO de forma a permitir
uma melhor gestão do efectivo da raça, nomeadamente no que concerne à
manutenção da diversidade genética e à minimização da consanguinidade.
- Aconselhamento dos criadores durante as visitas de campo com vista à
selecção dos animais que possuem melhores características para a raça, bem como dos
acasalamentos mais adequados quer com touros de Inseminação Artificial quer de
Cobrição Natural.
- Apoio aos técnicos dos Serviços de Desenvolvimento Agrário afectos a esta
área no esclarecimento de questões relacionadas com a inscrição de animais no Livro
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Genealógico, nomeadamente no que respeita ao funcionamento do Regulamento
Técnico da raça.
- Elaboração das Declarações comprovativas, por criador, da inscrição dos
animais no respectivo Livro Genealógico para efeitos de candidatura às medidas agro-
ambientais.
- Elaboração de artigos técnicos divulgativos da raça solicitados sobretudo por
revistas ligadas às áreas da Agricultura Biológica e da Preservação da Biodiversidade
dos Recursos Genéticos.
- Elaboração de fichas técnicas de touros da raça Ramo Grande para utilização
em Inseminação Artificial para publicação em Catálogos difundidos por Subcentros da
Região.
9.9 PROGRAMA EXPERIMENTAL DE TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA EM BOVINOS NA ILHA GRACIOSA
1. Enquadramento
A importância de manter o estatuto sanitário da ilha Graciosa aliado à necessidade de
fortalecer de forma mais rápida o melhoramento genético dos efectivos bovinos
leiteiros conduziu ao desenvolvimento, por parte do Governo Regional, deste
Programa Experimental.
2. Objectivo Principal
Potenciar a obtenção de fêmeas de elite, adaptadas às condições ambientais locais.
3. Abrangência
Produtores de leite da ilha Graciosa.
4. Intervenientes
O Programa Experimental de Transferência Embrionária em Bovinos na ilha Graciosa é
coordenado pela Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário e tem contado com a
colaboração de uma equipa técnica especializada da Faculdade de Medicina
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Veterinária (FMV) da Universidade Técnica de Lisboa, bem como com o apoio técnico e
logístico do Serviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa.
5. Acções desenvolvidas/Resultados
Este programa envolve os produtores de leite da Graciosa que disponibilizam
novilhas das suas explorações que são seleccionadas para receptoras de embriões
importados, congelados e sexados, de elevada qualidade genética.
Inicialmente foram transferidos 83 embriões importados do Canadá e de
França, tendo-se obtido uma taxa média no diagnóstico de gestação efectuado aos 45
a 60 dias pós-parto de 63%, o que é considerado muito bom sobretudo quando se
trabalha com embriões congelados e sexados.
Resultaram 30 fêmeas provenientes de embriões cuja cria e recria foi efectuada
pelos respectivos produtores e que durante o ano de 2010 entraram como dadoras de
embriões (embriões de 2ª geração) em Programas de Ovulação Múltipla e
Transferência Embrionária.
Estes programas tiveram início em Fevereiro de 2010 possibilitando uma
disseminação da genética de elite por mais animais e produtores da ilha que
dispunham de fêmeas receptoras para a realização da Transferência Embrionária em
fresco cuja taxa de sucesso é mais elevada do que com embriões congelados. Os
embriões excedentários foram congelados também para posterior utilização quer na
ilha Graciosa quer noutras ilhas.
As actividades técnicas desenvolvidas no âmbito deste programa têm
sobretudo a ver com os critérios de selecção dos embriões importados, registo de
todas as ocorrências declaradas pelos produtores (detecção de cios, abortos,
nascimentos), registo dos resultados dos exames ginecológicos e das transferências
embrionárias efectuadas pela equipa da FMV, elaboração dos Certificados de
Transferência Embrionária e compilação das genealogias dos embriões, selecção de
touros de Inseminação Artificial para emparelhamento com as potenciais dadoras
controlando a consanguinidade, consulta a diversas empresas para providenciar a
aquisição de materiais e equipamentos específicos necessários à prossecução do
Programa.
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No final de 2010 efectuaram-se nas ilhas do Pico e Faial sessões de
esclarecimento, bem como uma acção de formação sobre maneio em bovinos leiteiros
com vista à aplicação da técnica da transferência embrionária, tendo por objectivo a
extensão deste programa, nomeadamente com a aplicação de embriões de 2ª geração,
no início de 2011, a estas ilhas.
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10. APOIO E ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIOS
A Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária manteve a mesma estagiária do
Programa Estagiar L., porque houve um prolongamento do estágio por mais 6 meses,
que terminou a 30 de Setembro. Os trabalhos desenvolvidos foram no âmbito do
projecto de monotorização da população da praga Ceratitis capitata (Wiedemann) e
do projecto de Protecção Integrada em horticultura protegida, dando também apoio a
outros trabalhos na área da entomologia, nomeadamente substituição semanal de
armadilhas para várias pragas dos citrinos e na identificação e contagem dos insectos
capturados nessas armadilhas.
11. VISTORIAS A IMÓVEIS AFECTADOS POR TÉRMITAS
Em cumprimento do disposto na alínea a) do número 1 do artigo 6º do Decreto
Legislativo Regional N.º 20/2005/A, de 22 de Julho, republicado pelo Decreto
Legislativo Regional N.º 5/2008/A, de 28 de Fevereiro, nomeadamente para
confirmação da presença de térmitas, e por solicitação da Câmara Municipal de Ponta
Delgada foram realizadas 19 vistorias a imóveis localizados na cidade de Ponta
Delgada.
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12. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
O funcionamento dos Serviços Administrativos desta Direcção de Serviços foi garantido
pelos Assistentes Administrativos Especialistas Luis Carvalho, Ilda Rego e Clélia Bettencourt
e pelo Auxiliar Administrativo João Rocha. De entre as várias acções desenvolvidas pelos
Serviços Administrativos durante o ano de 2009, salientam-se as seguintes:
- Ofícios e telecópias recebidos............................................................ 569
- Ofícios e telecópias expedidos ........................................................... 938
- Mapas de assiduidade ...........................................................................24
- Mapas de processamento da A.D.S.E. ..................................................12
- Folhas de vencimentos, salários, ajudas de custo, horas
extraordinárias e pagamentos diversos ............................................ 296
- Requisições a fornecedores ............................................................... 318
- Transferências orçamentais ..................................................................21
- Guias de receitas enviadas à Secretaria Regional das Finanças
e Planeamento .....................................................................................49
- Relações de desconto para a C.G.A. .....................................................12
- Relações de desconto para a Segurança Social ....................................24
- Fotocópias tiradas ..........................................................................14 700
- Certificados fitossanitários ................................................................. 894
- Fotocópias a preto e branco tiradas na reprografia ......................13 815
- Fotocópias a cores tiradas na reprografia .....................................29 100