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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2009 Edifício Ninho de Empresas Bairro Olival de Fora Rua Antero de Quental 2625-640 Vialonga www.animar-dl.pt | www.3sector.net

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2009

Edifício Ninho de Empresas Bairro Olival de Fora

Rua Antero de Quental 2625-640 Vialonga

www.animar-dl.pt | www.3sector.net

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

Declaração da Direcção

2. PROJECTOS COM FINANCIAMENTO COMUNITÁRIO: 2.1.Certificar, Qualificar e Animar o Desenvolvimento Local | 2.2. A Igualdade de Género Como Exercício de Cidadania | 2.3. e-Qu@lificação: capacitar para Inovar | 2.4. Sound Planning | 2.5. Anim@-Te | 2.6. Iguais Num Rural Diferente

3. PROJECTOS COM FINANCIAMENTO NACIONAL: 3.1. MANIFesta | 3.2. Acordo de Cooperação IEFP | 3.3. CLDS de Vila Franca de Xira – Projecto Animar o Bairro

4. VIDA DA ANIMAR: 4.1. Rede | 4.2. Órgãos Sociais | 4.3. Gabinete Técnico

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1. INTRODUÇÃO

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Publicar o Relatório de Actividades de 2009 da Animar - Associação para o Desenvolvimento Local, é apresentar aos Associados, às instituições públicas e privadas suas parceiras, às comunidades e indivíduos que se envolveram e interessaram no seu trabalho, aos financiadores dos projectos desenvolvidos, ao público em geral e dum modo mais abrangente ao País, o resultado do trabalho que corresponde à matriz e é a razão de ser e de agir desta Associação.

Percorrendo os projectos e conhecendo as informações aqui apresentadas terão os leitores a possibilidade de conhecer de alguma forma a vida de uma Associação que é, para além de uma instituição singular, uma Associação Rede, representando, animando e coordenando outras Associações e Cooperativas, unidas no mesmo objectivo do desenvolvimento local, com um trabalho que se alarga a todo o país e nalguns casos se estende para lá das fronteiras.

Apresentar este Relatório de Actividades tem ainda um outro significado para a actual Direcção da Animar. 2009 foi um ano especial para a Animar e seus associados. Foi ano de MANIFesta, o que para a Rede e amigos mais próximos indica um dinamismo próprio que se propaga ao País numa forte parceria de instituições privadas e públicas, de cidadãs e cidadãos de todas as regiões, reunidos na grande Manifestação e Festa do Desenvolvimento Local, respondendo ao convite amigo de uma autarquia que em 2009 foi a cidade de Peniche.

2009 foi ainda um ano importante para a Animar por ter sido um ano de Assembleia Eleitoral. Todo o processo de desenvolvimento para ser autêntico é um processo democrático, presente nas próprias organizações como resultado e incentivo do espírito democrático presente nos homens e mulheres que as formam. A Assembleia Eleitoral de 2009 deu à Animar novos corpos gerentes que se propõem continuar o caminho já feito, com novo dinamismo, novas ideias, novos projectos, e com o mesmo sentido, o mesmo esforço e a mesma generosidade que desde início estiveram presentes na Animar.

Por quanto é referido, a apresentação do Relatório de Actividades da Animar de 2009 é o testemunho do respeito e apreço a quantos tornaram possível o caminho percorrido, e o compromisso de levar mais longe e mais fundo este trabalho de congregar saberes e vontades para um desenvolvimento local construído por homens e mulheres convictos e solidários.

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Declaração da Direcção - Reunião de Chãos, 19/20 de Dezembro de 2009

Uma reflexão serena sobre os caminhos do desenvolvimento local e das organizações que o corporizam, em intersecção com as encruzilhadas de transição civilizacional em que nos encontramos, (no Mundo e em Portugal), acentuadas pela crise económico-financeira (também social, cultural, ambiental e política), implicam uma reconfiguração da Animar, com uma renovação das linhas de orientação que a têm enformado nos últimos anos. Constatamos que, nos últimos anos, na Animar: - se secundarizou e fragilizou o trabalho em REDE e de animação da REDE (excepção dos processos de parceria promovidos no âmbito de alguns projectos EQUAL e POPH), mas que não foram alargados como estratégia permanente e assumida; - se perderam oportunidades de participação e inovação nos debates públicos, inclusive no quadro dos três actos eleitorais de 2009; - se perdeu capacidade de reflexão e de orientação estratégica na Animar, conduzindo ao predomínio de uma lógica de “intervenção sem pensamento estratégico” e de condução irregular e, por vezes, aleatória; - se enveredou por uma lógica de gestão de projectos/ 2010-2012: renovação e estratégia para a Animar preparação de candidaturas, como resposta às necessidades de financiamento da estrutura, parecendo converter-se num factor determinante da estratégia e identidade da ANIMAR. Para o triénio 2010-2012, os órgãos sociais apresentam um conjunto de propostas de natureza estratégica, que se pretendem efectivamente alternativas: 1. Mobilização de quatro matrizes de referência para a acção da ANIMAR (cf. MANIFESTA 09): a. Desenvolvimento Local b. Economia Solidária c. Democracia Participativa d. Igualdade de Oportunidades (e Igualdade de Género). 2. Prioridade ao trabalho de animação da REDE, através de uma intensa relação entre as associadas, promovendo uma atitude de escuta dos problemas e expectativas,a multiplicação de iniciativas e projectos conjuntos, e dando atenção às organizações mais fragilizadas (reforço da comunicação, da lógica colaborativa e da capacitação solidária). 3. Visibilidade às respostas concretas e inovadoras das associadas à crise actual, traduzidas no apoio social, na criação de emprego e de micro-empresas, na adopção de novos comportamentos ambientais, no diálogo intercultural e na valorização do património e das culturas locais. 4. Inventariação e socialização das práticas e experiências da REDE ANIMAR nos quatro domínios referidos em 1, sistematizando a inovação e o conhecimento, contribuindo para a sua discussão teórica, privilegiando a via indutiva (a partir dos actores), levando ainda mais longe a ousadia e a inovação de respostas à crise. 5. Contributo para a clarificação, afirmação e prática do conceito de Sustentabilidade Integrada e, dentro dele, o de Viabilidade Económica das organizações associadas. 6. Assunção da REDE ANIMAR (também) como rede da Economia Solidária, dado que muitas associadas já trilham esse caminho, como um projecto de economia que implica compatibilizá-lo com mais sete desafios/ projectos: social, ambiental, cultural, territorial, conhecimento, gestão e político. 7. Reactivação do Conselho Consultivo como órgão estratégico e de reflexão, implicando a participação dos anteriores Presidentes da Direcção, bem como de personalidades que são significativas na história e na vida da Animar. 8. Focalização em metodologias de animação territorial, nomeadamente em territórios desfavorecidos ou com forte incidência de situações de pobreza e exclusão social. 9. Valorização, promoção e explicitação de formas de Economia da Dádiva e da Reciprocidade não equivalente (não mercantil), como traço identitário da Economia Solidária.

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10. Mobilização de lógicas de inovação (económica, social, cultural, ambiental e política), como nossa contribuição fundamental para a abertura de novos caminhos para o século XXI. 11. Envolvimento activo nos debates e nas iniciativas políticas centradas nos quatro domínios estratégicos referidos no ponto 1, assim como em temáticas directa ou indirectamente associadas (regionalização, sistemas de financiamento alternativo, sustentabilidade das organizações), como contributo para as colocar e manter nas agendas da discussão pública e, consequentemente, desencadear iniciativas legislativas, o que implica tomadas de posição, comunicados, presença nos órgãos de comunicação social e persistência de contactos junto do Governo, dos partidos e de outros movimentos e plataformas políticas. 12. Assunção de um papel de referência na sociedade portuguesa (enfoque nos quatro domínios), com a apresentação de propostas concretas para a resolução dos problemas, nomeadamente os que estão associados à crise económico-financeira. Também a nossa participação nos organismos e plataformas de concertação social, territorial, ambiental e económica, como por exemplo, as Redes Sociais, as Agendas XXI Locais, a Régie Cooperativa António Sérgio, o Conselho Económico e Social e o (futuro) Conselho Nacional para a Economia Social. 13. Participação activa no processo de construção do Congresso sobre “Associativismo e Democracia Participativa”. 14. Parcerias com universidades e outras entidades de ensino superior e investigação, visando uma dinâmica contínua de investigação-acção, favorecendo o diálogo entre as vias dedutiva e indutiva do conhecimento (com a participação eventual em ensino pós-graduado e projectos de investigação científica). 15. Dinamização de contactos e iniciativas conjuntas que contribuam para a organização de redes com associações e redes dos PALOP (uma Animar para o espaço lusófono). 16. Definição participada de um modelo de MANIFesta que equacione os desafios e as respostas a construir no Desenvolvimento Local, na Economia Solidária, na Democracia Participativa e na Igualdade de Oportunidades. 17. Reorganização e revitalização da estrutura técnica da Animar, alicerçada na matriz estratégica enunciada no ponto 1. Para a operacionalização destas propostas, a REDE Animar deve ter: 1. Uma base de referência (Desenvolvimento Local) para a animação territorial e para a participação nos processos de governança local, implicando, primeiro, as suas associadas. 2. Uma proposta alternativa e inovadora de Economia (a Economia Solidária). 3. Um testemunho militante e esclarecido dos caminhos da Democracia Participativa, promovidos, ou a promover pelas suas associadas, como contributo para a Cidadania do século XXI. 4. Uma prática efectiva de Igualdade de Oportunidades (género, territórios, grupos sociais, níveis etários, gerações, diversidade da vida, etc.) Umbilicalmente, ligado a estes valores, a REDE Animar irá dar prioridade a processos de: - animação territorial; - envolvimento na governança local; - dinamização do debate público; - interlocução política; - mobilização da participação e da visibilidade das suas associadas; - descentralização associativa; - gestão democrática, - renovação dos actores, das concepções e das metodologias. Estrategicamente, nos órgãos sociais da Animar em 18 membros, 11 nunca pertenceram aos órgãos sociais. A sua composição também reforça a ligação ao mundo académico, através da integração de docentes e investigadores com trabalho nos domínios referidos, o que acontece com cinco universidades (U. do Minho, U. da Beira Interior; ISCTE-IUL, U. de Lisboa e U. de Évora).

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2. PROJECTOS COM FINANCIAMENTO COMUNITÁRIO

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2.1. Certificar, Qualificar e Animar o Desenvolvimento Local

Produto alvo disseminação: O produto alvo de disseminação no âmbito deste projecto é um Kit de apoio à gestão e sustentabilidade de organizações de desenvolvimento local, com vista à qualificação e consolidação de um modelo de intervenção para entidades da economia social e solidária, que lhes possibilite o aumento da sua eficácia, eficiência e responsabilidade social, permitindo a sensibilização e disseminação para outras entidades de carácter local. Parceria: O projecto desenvolvido pela Animar, conjuntamente com a sua Rede de Associados, tem um âmbito territorial nacional, ancorado em 3 territórios ao nível de NUT II: Norte, Centro e Alentejo, permitindo-nos assim envolver numa primeira fase 31 entidades com intervenção de carácter regional/inter-municipal da Rede Animar dispersas pelo território nacional abrangendo diferentes distritos da sua área de influência, num total de 5 organizações no Norte, 15 no Centro e 11 no Alentejo, em proporcionalidade com a Rede existente. Numa segunda fase, estas 31 entidades envolvidas deverão envolver duas organizações de carácter mais local, o que significa que nesta fase devem estar ser envolvidas no processo de formação acção 62 organizações, permitindo-nos assim até final de 2010 envolver neste processo de formação acção 93 entidades da economia social e solidária. No decorrer das actividades do projecto, temos vindo a estabelecer uma parceria informal com a Serga/Sinase, entidade formadora/consultora envolvidas no projecto. Duração do Projecto: 30 de Dezembro 2008 a 30 de Junho de 2010 (pedido de prorrogação até Dezembro 2010).

Descrição do Produto: O Kit de apoio à gestão e sustentabilidade de organizações de desenvolvimento local é um produto considerado pertinente no âmbito do processo formativo na medida em que promove a transferibilidade futura para outros territórios e organizações do desenvolvimento local que não venham a ser envolvidas neste processo formativo, preparando igualmente futuras intervenções que venham a ser equacionadas. As entidades envolvidas na primeira fase do projecto dispõem de 120 horas (80 horas de formação e 40 de consultoria) para áreas da gestão, com vista à construção de alguns planos estratégicos para cada entidade, nomeadamente: diagnóstico e plano estratégico, plano de comunicação, planos de acção e plano de desenvolvimento organizacional e 160 horas (110 horas de formação e 50 horas de consultoria) de formação-acção com vista à obtenção da certificação numa área considerada prioritária, o que decorre também do plano estratégico da entidade. As entidades envolvidas na segunda fase dispõem de 90 horas (60 horas de formação e 30 de consultoria) de formação acção, por entidade, para áreas da gestão, com vista à construção de alguns planos estratégicos para a entidade, nomeadamente: diagnóstico e plano estratégico, plano de comunicação, planos de acção e plano de desenvolvimento organizacional e 8h de formação/sensibilização para processos de certificação. Em resultado dos materiais disponibilizados às entidades durante o período de dois anos em diferentes domínios da gestão e certificação, serão seleccionados pela equipa de gestão, de dinamização, formadores/as e consultores/as um conjunto de materiais considerados como essenciais no apoio à gestão e sustentabilidade de organizações ligadas ao desenvolvimento local. Este kit em versão digital será disponibilizado no Portal 3Sector http://www.3sector.net e na página da Animar http://www.animar-dl.pt, como um dos produtos/resultados do processo formativo, no sentido de apoiar e sustentar futuras intervenções formativas da rede. Acesso on-line: http://www.animar-dl.pt/projectos_animar/ver_projecto.php?id=5 | http://www.3sector.net/moodle/course/view.php?id=67 Acções realizadas em 2009:

1) Gestão do projecto – Elaboração de dossiers técnico-financeiros do projecto, a submissão e controlo de despesas

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mensais, a preparação de relatórios de execução física e financeira, a interlocução com o POPH, a dinamização do processo de auto-avaliação em 3 momentos distintos do projecto. É ainda realizada a monitorização e acompanhamento financeiro e pedagógico da entidade formadora contratada

2) Animação local/regional do processo formativo - Interlocução mais directa entre as entidades destinatárias, os/as consultores/as e formadores/as e a equipa de gestão central do projecto, realizando-se reuniões mensais entre a equipa de dinamização e gestão e a equipa de formação e consultoria. Para além destas reuniões, a equipa de gestão procurou organizar momentos de encontro com outras entidades beneficiárias de projectos no âmbito da Medida 3.1.2, bem como as entidades destinatárias do projecto. Destas iniciativas destacamos a realização de dois Encontros de Formação Acção para a Economia Social, sendo o I Encontro realizado em Coimbra e o II Encontro realizado no âmbito da MANIFesta’09, em Peniche.

a) Processo de formação e consultoria - Este processo de formação acção abrange um total de 93 entidades em dois níveis distintos. Um primeiro grupo de 31 entidades (formadoras e/ou com área de intervenção inter-municipal/regional) está a desenvolver o processo formativo com um total de 120 horas (80 horas de formação e 40 horas de consultoria) em áreas transversais à gestão com vista à concretização de planos estratégicos. O segundo grupo de entidades de intervenção local, num total de 62 organizações, será sinalizado pelo primeiro grupo de entidades qualificadas, que desenvolverão um processo formativo com um total de 90 horas (60 horas de formação e 30 horas de consultoria).

b) Processo de formação para obtenção de certificação - Este processo de formação acção abrange apenas o grupo das 31 entidades com intervenção intermunicipal/regional e/ou formadoras. Este processo integra um total de 160 horas, das quais 110 horas de formação e 50 horas de consultoria, sendo o objectivo final a finalização de um processo de certificação, numa área a designar pela entidade.

c) Criação de um kit de apoio à gestão e sustentabilidade de organizações de desenvolvimento local - O Este kit, em versão digital, será disponibilizado no Portal 3Sector http://www.3sector.net e na página da Animar http://www.animar-dl.pt. O kit será um dos produtos/resultados do processo formativo, no sentido de apoiar e sustentar futuras intervenções formativas da rede. Esta actividade será transversal ao processo formativo.

d) Avaliação do Processo Formativo - A entidade promotora é responsável por implementar dois momentos de auto-avaliação complementares à avaliação formal do processo formativo a realizar pela entidade formadora, tendo-se concretizado um desses momentos em Novembro de 2009.

Nº de pessoas envolvidas no projecto: 284 pessoas

Contudo, perspectiva-se um aumento significativo destes números atendendo que na segunda fase do projecto esperamos envolver o dobro das entidades envolvidas na primeira fase, e ainda que estas tenham características diferentes, esperamos envolver o mesmo número de participantes da primeira fase. Contudo, até Dezembro de 2009, estiveram envolvidas no processo de formação acção:

I. Norte – 66 pessoas (52 femininas e 14 masculinas);

II. Centro – 131 pessoas (88 femininas e 43 masculinas);

III. Alentejo - 87 pessoas (51 femininas e 36 masculinas);

Nº de entidades envolvidas no projecto: Até Dezembro de 2009 estiveram directamente envolvidas no projecto 31 entidades da Rede Animar. Prevê-se que em 2010 integrem a segunda fase do projecto mais 62 organizações, profetizando assim o envolvimento de 93 organizações da economia social e solidária, em dois níveis distintos, até ao final do projecto.

Impactes do projecto – O projecto Certificar, Qualificar e Animar o Desenvolvimento Local, em execução desde Dezembro de 2008, pretende qualificar e consolidar um modelo de intervenção para entidades da economia social e solidária, que lhes possibilite o aumento da sua eficácia, eficiência e responsabilidade social, permitindo, à posteriori, a sensibilização e disseminação para outras entidades de carácter local. Para tal, todas as entidades envolvidas devem passar por um processo de planeamento estratégico e qualificação das suas intervenções.

No decorrer do ano de 2009, as 31 entidades envolvidas neste processo desenvolveram as suas intervenções por forma a alcançar estes objectivos. No entanto, devido à escassez de recursos humanos e o volume de trabalho que as organizações

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ostentam, dificuldade esta que decorre da sua subsistência por via de projectos financiados, defrontámos algumas dificuldades para realizar as sessões de formação acção de acordo com o cronograma do projecto, pelo que se verifica um atraso significativo no processo de qualificação das entidades envolvidas na primeira fase. Assim, ainda que previamente a Animar tenha proposto envolver, para a primeira fase do projecto, cerca de 10 formandos/as por entidade, em algumas situações não foi possível atingir este número de formandos, embora o volume de formação seja superior ao volume previsto em candidatura e, por conseguinte, o número médio de horas de formação por formando/a também é superior.

Contudo, o atraso verificado no processo de qualificação das entidades envolvidas na primeira fase do projecto decorre ainda pela dificuldade em encontrar formadores/as e consultores/as sensibilizados/as para as questões do desenvolvimento local e com experiência formativa e de consultoria no domínio da economia social, pelo que a equipa de implementação da fase de planeamento estratégico foi reduzida, sendo comum a todo o território abrangido pelo projecto (Região Norte, Centro e Alentejo).

Atendendo a que no seio da Rede Animar existem entidades com características muito distintas, considerou-se como necessário ajustar as intervenções de cada entidade em função das suas características e, por conseguinte as cargas horárias das mesmas (formação acção), isto é, em função da sua dimensão, área(s) de intervenção e/ou objectivos estratégicos. Deste modo, ainda que em candidatura tenhamos apresentado uma média de 280 horas de formação acção por entidade, procuramos delinear as intervenções com base nas necessidades das entidades, pelo que em algumas situações a carga horária poderá variar de forma proporcional possibilitando assim o equilíbrio ao nível da região.

Considerando os momentos de encontro com as entidades e de acordo com a informação recolhida por via dos questionários de avaliação implementados, verificamos que a maioria das pessoas considera que este é um projecto importante para a qualificação das entidades, na medida em que procura criar condições que possibilitem a melhoria das suas intervenções que, por conseguinte, visam a sustentabilidade futura das entidades da Rede Animar.

Importa ainda salientar as mais-valias do projecto elencadas pelas pessoas envolvidas que reconhecem que obtêm ganhos significativos a nível pessoal com a participação no projecto, designadamente: a melhoria no desempenho da sua função na medida em que o projecto lhes permite a qualificação profissional por via da aquisição e actualização de conhecimentos, valorização pessoal e profissional ao nível da participação em processos de planeamento estratégico contacto com outros domínios, designadamente ao nível da qualidade, melhoria dos processos de comunicação dentro da organização e das equipas, bem como com os públicos nos seus territórios.

Ao nível dos projectos, a realização da formação em gestão de projectos contribuiu para a melhoria: do planeamento, definir o processo de monitorização e avaliação ao nível da eficiência e eficácia, o que possibilita uma visão mais estruturada e objectiva de cada projecto e, por conseguinte da gestão global das entidades.

Os participantes referiram ainda que o projecto permite a optimização de recursos promotores da sustentabilidade dos processos e da própria organização, bem como uma maior capacitação para a criação e gestão de serviços e para a sustentabilidade da organização e dos seus projectos.

Como aspectos a rever para futuras acções do projecto, os participantes referiram a importância da existência de um cronograma definido conjuntamente com o/a formador/a ou consultor/a e formandos/as por forma a garantir a disponibilidade das pessoas para participar nas sessões de formação acção, a necessidade de trabalhar o plano de intervenção conjuntamente com o/a formador/a ou consultor/a por forma a garantir que resulta num trabalho participado e de colaboração mutua, a conciliação e ajustamento dos conteúdos apresentados na formação padronizada e formação individualizada e a realização de sessões de formação padronizadas com maior frequência.

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2.2. A Igualdade de Género como exercício da Cidadania

Produto: Este projecto visa a partir da rede de Desenvolvimento Local Animar assegurar dois pilares essenciais de promoção dos princípios de igualdade de oportunidades, em especial o do género: 1) Sensibilização/disseminação “Campanha Regional de Sensibilização e potenciação de recursos em Igualdade de Género” e 2) Investigação-acção Diagnóstico Organizacional sobre “A gestão do tempo e a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional nas organizações da rede Animar”.

Parceria: ANIMAR | Organizações Associadas da Animar

Duração do projecto: 1 Dezembro 2008 – 31 Dezembro 2010

Descrição Produto: Considerando que a cidadania e a integração da dimensão de igualdade de oportunidades e de género continuam a ser um desafio à aprendizagem organizacional e à incorporação de uma nova cultura no seio das organizações de desenvolvimento local e de intervenção social, visando quer os públicos-alvo da intervenção, quer os/as seus/suas técnicos/as, dirigentes e colaboradores/as em geral, e sendo a Animar uma estrutura onde estas entidades se articulam em rede, encontra-se particularmente bem posicionada para orientar, enquadrar e articular com coerência estratégica a actuação nestes domínios, querendo-se que a Cidadania e a Igualdade de Género sejam princípios transversais à missão destas organizações.

Deste modo a Animar pretende, por via deste projecto, enraizar os princípios de Cidadania e Igualdade de Género na cultural organizacional da sua rede e nas comunidades com quem estas trabalham, promovendo estratégias de mudança, procurando igualmente dar visibilidade aos produtos dos associados e promover o trabalho em rede. Contudo, este projecto não se destina unicamente às entidades com projectos ou intervenção na área da Igualdade, mas também a outros projectos que exijam esta dimensão como transversal às actividades, de que é exemplo o PRODER. A Animar entende assim o projecto como uma resposta à necessidade imperiosa de integração da perspectiva do género, como um instrumento para melhor compreender as causas das desigualdades entre Mulheres e Homens neste universo por ela representada de entidades do Terceiro Sector.

Prevêem-se como produtos finais do projecto: Kit para o apoio à integração do princípio da Igualdade de Género que conterá conteúdos e princípios transversais à gestão das organizações, nomeadamente no que concerne à gestão de recursos humanos, diagnóstico organizacional no âmbito da conciliação da vida profissional e familiar nas organizações de desenvolvimento local e materiais resultantes de uma campanha regional de sensibilização e potenciação de recursos em Igualdade de Género.

Acesso: http://www.3sector.net/moodle/course/view.php?id=71

Acções realizadas em 2009:

1) Gestão de Projecto e Avaliação – A gestão de projecto é uma actividade transversal a todas as actividades desenvolvidas no âmbito do projecto, nomeadamente na elaboração dos dossiers técnico-financeiros do projecto; submissão e controlo de despesas mensais; preparação de relatórios de execução física e financeira; interlocução com a CIG, dinamização do processo de auto-avaliação em 3 momentos distintos do projecto.

2) Diagnóstico Organizacional “A Gestão do Tempo e a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional nas organizações da rede Animar” - Realização de um diagnóstico organizacional na perspectiva da Igualdade de Género a partir das entidades da rede Animar sinalizadas nos territórios de intervenção do projecto, que enfoque domínios da gestão de recursos humanos e da conciliação da vida profissional e familiar. A recolha de informação para a elaboração do referido diagnóstico passa pela aplicação de alguns instrumentos de recolha de informação a serem explicitados nos workshops previstos pelo projecto, dos quais destacamos os dois workshops realizados por região em 2009:

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I. Norte

Montalegre, 25 e 26 de Outubro de 2009 – 56 participantes (41 femininos e 15 masculinos);

Santa Maria da Feira, 15 e 16 de Novembro de 2009 - 31 participantes (31 femininos);

II. Centro

Tondela, 1 e 2 de Novembro de 2009 - 46 participantes (37 femininos e 9 masculinos);

Abrantes, 29 e 30 de Novembro de 2009 - 38 participantes (32 femininos e 6 masculinos);

III. Alentejo

Coruche, 8 e 9 de Dezembro de 2009 - 33 participantes (27 femininos e 6 masculinos);

Évora, 13 e 14 de Dezembro de 2009 - 51 participantes (40 femininos e 11 masculinos);

Para além do trabalho desenvolvido no âmbito dos workshops, a equipa de gestão de projecto procede, por via do acompanhamento às entidades, à sensibilização e monitorização das entidades para a implementação interna dos referidos instrumentos.

3) Campanha Regional de Sensibilização e potenciação de recursos em Igualdade de Género e Cidadania - Uma das actividades fundamentais do projecto concerne na organização de uma campanha regional de sensibilização sobre a temática da cidadania e igualdade de género. Esta actividade de sensibilização e de disseminação do princípio da igualdade de género e cidadania apresenta uma dimensão local e regional.

A Animar propõe-se a desenvolver actividades descentralizadas, no âmbito da temática, nos territórios das três regiões para a dinamização das quais contará com o apoio de um/a animador/a regional bem como dos associados da sua rede, que como agentes locais de desenvolvimento serão facilitadores nos processos de implementação e execução das actividades. Contudo, em 2009 trabalhámos esta actividade ao nível do planeamento paralelamente à actividade de Diagnóstico Organizacional, por via dos workshops realizados, de acordo com os dados acima referidos.

Nº de entidades envolvidas no projecto: 50 entidades (Região Norte - 16 entidades | Região Centro – 17 entidades | Região Alentejo – 17 entidades)

Impactes do projecto: O projecto “Igualdade de Género como Exercício de Cidadania”, em execução desde Dezembro de 2008, torna-se um pouco mais abrangente para além das questões de igualdade de género e cidadania na sua génese, uma vez que, por via da actividade Diagnóstico, procura aprofundar os procedimentos que as entidades da Rede desenvolvem com vista a promoção da igualdade de género e cidadania que, por conseguinte, atingem áreas como a gestão interna e gestão de recursos humanos das entidades.

Deste modo, o presente projecto é entendido, pelas pessoas envolvidas, como inovador na medida em que procura trabalhar numa nova vertente: a gestão interna das entidades de desenvolvimento local e os procedimentos desenvolvidos com vista à promoção e fomentação da cultura da igualdade de género e cidadania.

No âmbito das actividades realizadas, foi possível aferir que as pessoas envolvidas consideram que este projecto é interessante porque permite a partilha de experiências, fomenta o trabalho em rede, o trabalho de parceria, por via do envolvimento não apenas da rede Animar, mas também do poder local e sociedade civil, de forma a aprofundar os conhecimentos sobre igualdade de género e cidadania. Contudo, estes conhecimentos não se cingem ao domínio da temática da igualdade em si, como abarcam outros temas importantes, que muitas das vezes não são reflectivos a nível interno destas entidades devido às características intrínsecas da sua natureza, designadamente a promoção dos direitos de maternidade e paternidades como promotores de igualdade, conciliação entre a vida familiar/pessoal e actividade profissional, partilha das responsabilidades familiares, igualdade formal versus igualdade na realidade e a dupla discriminação (sexo/origem, minorias étnicas e culturais).

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2.3. e-Qu@lificação: capacitar para inovar

Produto alvo disseminação: Pacote integrado de formação: e-Qu@lificação para o Terceiro Sector (http://www.3sector.net)

Parceria: Animar | Caritas Portuguesa | Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género | Instituto da Segurança Social, IP | Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo

Duração do projecto: 21Jan-30 Jun Dez 08 (o projecto foi prolongado até 30 Jun 09)

Descrição Produto: 9 Cursos de formação desenvolvidos segundo a metodologia de formação three-Learning (presencial + a distância + visitas de estudo). Cada curso tem 37 horas de duração, à excepção do de Cidadania e Igualdade de Género que tem 40 horas. O produto formativo está enquadrado no Portal 3Sector, numa plataforma moodle (http://www.3sector.net)

Descrição do Pacote Formativo: (o pacote pode ser consultado em formato off-line em http://www.3sector.net | área de aprendizagem e formação | oferta de formação a distância | ver conteúdos on-line. No caso de se quererem inscrever para acções de formação, a ficha de inscrição encontra-se também disponível no mesmo local.

Cursos de Carácter Transversal: Cidadania e Igualdade de Género | Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

Cursos de Gestão para o Terceiro Sector: Gestão Estratégica | Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos | Gestão de Recursos Humanos | Gestão Financeira | Sistemas da Qualidade | Estratégias de Marketing Social | Gestão Comercial para o Terceiro Sector.

Acções realizadas em 2009:

Não obstante das actividades realizadas no período de execução do projecto, por via da sua prorrogação, realizaram-se as seguintes actividades no período decorrente entre Janeiro a Junho de 2009:

1) Gestão do projecto e avaliação (10 reuniões de gestão de projecto e 2 reuniões de avaliação)

2) Adaptação da Plataforma Moodle de suporte ao produto – Criação e consolidação dos sub espaços com imagem institucional adaptada às entidades nacionais públicas e privadas incorporadoras do produção priorizando as entidades da PD e que garantirão a sustentabilidade do Portal 3 Sector, designadamente a Animar, Cáritas, CIG, CNIS, INSCOOP e ISS.

3) Promoção e divulgação do produto – Dinamização de contactos estratégicos com organizações públicas e do 3º Sector de âmbito nacional, com vista à incorporação e co-responsabilização na sustentabilidade do Portal 3 Sector. Para tal, realizaram-se reuniões de divulgação do produto com o Corpo Nacional de Escutas, Associação Nacional Qualificações, com o novo Presidente do INSCOOP – Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo, com o Presidente do ISS – Instituto da Segurança Social, I. P, com a Presidente da CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e com a Plataforma das ONG’s. O produto foi ainda enviado para as seguintes entidades rede: ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P, União das Misericórdias Portuguesas, Cruz Vermelha Portuguesa, União Misericórdias, Santa Casa Misericórdia, CPCCRD - Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, Federação Minha Terra; Rede Europeia Anti-Pobreza, Fenacerci - Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social, Confederação Nacional Agricultura, Associação Nacional de Freguesias em Portugal e Confederação Portuguesa das Fundações. O produto foi ainda alvo de disseminação na MANIFesta em oficina interactiva que decorreu no espaço mostra e nos stands institucionais da Animar e da Caritas.

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Nº de pessoas envolvidas no projecto: 290 pessoas (217 femininas e 73 masculinas), entre beneficiários/as e fornecedores.

Nº de entidades envolvidas no projecto: 117 entidades, entre beneficiárias e fornecedores.

Impactes do projecto: Nas mais-valias para os técnicos destacam-se uma valorização pessoal e profissional ao nível do contacto com outras metodologias e ferramentas, nomeadamente, ao nível das TIC (sistema moodle e gestão da plataforma), a metodologia 3-learning, do papel de tutoria em e-learning. Em alguns casos, também os próprios conteúdos dos cursos foi uma aprendizagem a nível individual. E a participação deste projecto, principalmente para os que estiveram na Acção 1 e 2, foi a oportunidade de participarem em todo o processo, da concepção, mediação, dinamização e disseminação. Em termos relacionais o saldo também é muito positivo prevendo-se continuidade para futuros projectos. É de referir também que o projecto reuniu um conjunto de técnicos portador, à partida, de grande parte das competências necessárias e com motivação, empenhamento e persistência, além de capacidades relacionais adequadas aos desafios e exigências deste Projecto, e apesar de à partida já serem elevadas as competências referidas ainda foram reforçadas com o desenvolvimento do projecto.

O processo de disseminação permitiu-nos aferir que a maioria das entidades trabalhou os produtos de modo a adaptá-los aos contextos onde foram incorporados, tendo ainda construído um espaço formativo institucional na plataforma moodle para a incorporação de todo o pacote e-Qu@lificação, de forma a promover e realizar os 9 cursos concebidos no âmbito do projecto. Vários factores foram apontados como limitação à incorporação do produto, aqui destacam-se dois que parecem de alguma forma exigir reflexão, por exemplo, “As entidades incorporadoras não estarem preparadas para terem formação interna” ou “o facto de algumas entidades não estarem acreditadas em formação a distância”. Mas salientam-se essencialmente os factores que potenciam o sucesso da incorporação, tais como a existência da plataforma, o facto da “rede animar e as suas organizações congéneres interessadas no produto” ou “do produto responder às necessidades de formação do 3º sector”.

No que concerne ao impacte das acções de formação ministradas na fase antes e após prolongamento, à avaliação das acções dos cursos Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária, Cidadania e Igualdade de Género e Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos, os/as formandos/as foram unânimes na avaliação positiva quanto ao cumprimento dos objectivos propostos e à adequação dos conteúdos programáticos ao grupo formativo. A avaliação, quanto à organização e funcionamento da acção, foi globalmente boa, bem como a actuação da tutoria. A aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos e o contributo para a realização profissional e pessoal foram igualmente avaliados positivamente pelos/as participantes. Relativamente à avaliação da plataforma formativa, esta foi considerada “intuitiva e de fácil compreensão pela maioria dos/as formandos/as das duas acções. Como aspectos a rever, a alterar ou a eliminar em futuras acções os/as formandos/as referiram: a possibilidade de frequentar uma acção de formação por e-learning, mais sessão presenciais, que possam contribuir para uma maior partilha de conhecimento, de discussão de ideias, bem como para aproximar o grupo de formandos/as, conteúdos teóricos mais actuais sobre algumas matérias, não lançar tantos trabalhos individuais, lançar mais temas para debate no fórum, baseados em casos situações, actualização de alguns conteúdos da plataforma, a quantidade de trabalhos solicitados versus o tempo dos módulos, a duração do curso devia ser reequacionada e que deverá ser revista a parte temporal da formação, ou seja, deverá ser mais alargada em mais sessões presenciais pois aprende-se mais com a interacção entre o grupo. Para além destas, os/as formandos/as referiram ainda que deveria haver mais uma sessão de reflexão sobre a visita de estudo, deveriam ter sido criados mais instrumentos de apoio baseados em questionários sobre os conteúdos e o contexto desfavorável da envolvente organizacional que pressionava os/as formandos/as a outras actividades e os retirava dos momentos e processos de trabalho nesta aprendizagem.

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2.4. – Sound Planning

Produto alvo disseminação: O produto alvo da disseminação deste projecto é uma metodologia de Gestão de Ciclo de Projectos (Project Cycle Management - PCM). Parceria: Animar | NITIDA MENTE | UERN – União das Associações Empresariais da Região Norte

Duração do projecto: 10Março-31Dezembro 08 (o projecto foi prolongado até 30 Junho 09)

Descrição Produto: A PCM é uma metodologia de gestão de projectos com ferramentas próprias para Gestão do Ciclo de Vida de Projectos já a ser utilizada com sucesso em alguns dos países da União Europeia. Trata-se de uma metodologia desenvolvida, testada e validada em vários contextos internacionais com provas dadas na uniformização e garantia de uma melhor e mais eficiente implementação dos projectos financiados.

A metodologia PCM visa melhorar a gestão de projectos em diferentes entidades públicas e privadas, contribuindo para a qualificação de gestores/as e quadros técnicos de projectos financiados, aprovados no quadro de programas comunitários e extracomunitários, e para uma maior coesão do tecido associativo e empresarial português, para a competitividade e para a promoção da empregabilidade.

Acesso on-line: http://www.soundplanning.com.pt | O produto | Booklets sobre Project Cycling Management

Acções realizadas em 2009:

Não obstante das actividades realizadas no período de execução do projecto, por via da sua prorrogação, realizaram-se as seguintes actividades no período decorrente entre Janeiro a Junho de 2009:

1) Gestão de Projecto e Avaliação (3 reuniões da Comissão de Gestão de Projecto)

2) Workshop Balanço do Processo de Incorporação - Este workshop foi simplificado, não tendo sido possível fazer um workshop de duração de um dia como inicialmente previsto. Este momento foi desdobrado em dois grupos e decorreu em Fervença/Alcobaça nos dias 15 e 19 de Julho, com a presença dos representantes das entidades incorporadoras e facilitadores/as do projecto presentes na formação de capacitação de agentes em workshops participativos e entidade avaliadora. Estiveram presentes 26 pessoas.

3) Reflexão comparativa - Foi desenvolvido um questionário a ser preenchido pelos/as representantes das entidades incorporadoras, sendo que a análise do mesmo será complementada com alguma reflexão já produzida no âmbito do projecto. Procurou-se que este documento fosse de cariz prático e passível de ser disseminado futuramente pelas redes parceiras, de forma a reforçar ilustrar as mais-valias de aplicação prática da metodologia.

4) Realização de dois seminários - Estes seminários foram organizados pelos parceiros Uern e Animar, sendo momentos que permitiram a apresentação do produto fora do contexto das redes. O primeiro seminário ocorreu em Lousada, foi organizado pela Uern em parceria com o incorporador AIL e contou com a presença de 32 participantes. O segundo workshop ocorreu em Constância, foi organizado pela Animar em parceria com o incorporador Fajudis e contou com a presença de 21 participantes.

5) Mostra e oficina interactiva de apresentação da metodologia Sound Planning - Esta actividade decorreu na MANIFesta’09 em Peniche no dia 22 Maio e contou com a presença de cerca de 15 participantes, a quem foi apresentada o projecto e a metodologia PCM. No espaço institucional da Animar foi assegurada a disseminação do produto recorrendo aos materiais de divulgação do projecto.

6) Capacitação de agentes incorporadores em Workshops participativos - A actividade formativa decorreu em 2 grupos mistos (facilitadores/as e incorporadores/as), num total de 22 participantes. À semelhança das restantes formações, a mesma

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esteve a cargo da PCM Group, enquanto entidade especialista na metodologia PCM.

7) Extensão da monitorização e acompanhamento do processo de incorporação – Com esta extensão do acompanhamento do processo de incorporação pretendeu-se dar oportunidade às entidades incorporadoras que sentissem necessidade de um reforço desse mesmo acompanhamento para cimentar melhor a metodologia e a aplicação dos seus instrumentos. Após auscultação das entidades incorporadoras da Uern e Animar, aderiram a este reforço a Fajudis (1 sessão); Adc Moura (1 sessão); Esdime (1 sessão); ADRL e Cooperativa 3 Serras (2 sessões).

Nº de pessoas envolvidas no projecto: 316 pessoas (212 femininas e 104 masculinas), entre beneficiários/as e fornecedores, das quais três pessoas da Rede Animar que integraram o processo de qualificação como agentes facilitadores/as para posterior disseminação da metodologia.

Nº de entidades envolvidas no projecto: 159 entidades, entre beneficiários e fornecedores, das quais 20 entidades da Rede Animar que participaram no processo de qualificação/incorporação da metodologia.

Impactes do projecto nas organizações beneficiárias - A qualificação na metodologia PCM de colaboradores que, na sua maioria, assumem funções de gestão ou técnicos em projectos financiados e aprovados no quadro de programas comunitários; a aplicação da metodologia a projectos (em execução ou planeamento) financiados e aprovados no quadro de programas comunitários; a disseminação da metodologia PCM a outros colaboradores das organizações incorporadoras que também acompanharam o processo de aplicação da metodologia, aumentando deste modo as competências da equipa técnica na Gestão de Projectos; a incorporação da metodologia por parte de algumas das entidades incorporadoras do projecto (11 entidades) que no 1º semestre de 09 já aplicaram a metodologia em um ou mais projectos; e as restantes entidades pretendem num futuro próximo utilizar a metodologia para conceber futuros projectos mais adaptados às necessidades dos destinatários.

Impactes do projecto nas organizações parceiras - A qualificação dos técnicos das entidades parceiras na metodologia PCM e na área do coaching dotando-os de capacidades de disseminação da mesma; a melhoria das competências técnicas e de gestão de projectos em termos internos como também a nível externo na sua rede de associações envolvidas no projecto, dotando o capital humano de competências que lhes possibilitem a melhoria de desempenhos em matéria de gestão de projectos e da concepção de novos projectos e candidaturas; a aquisição de conhecimentos com aplicação efectiva no terreno de uma nova metodologia de gestão do ciclo de projectos que permite conceber e monitorar com qualidade e de uma forma sistematizada projectos em todas as áreas, potenciando uma melhoria dos resultados e da finalidade dos mesmos; o valor acrescido das reflexões resultantes do processo de acompanhamento e da sua sustentabilidade ao longo do tempo.

Os beneficiários reconhecem que obtiveram ganhos significativos a nível pessoal com a incorporação da metodologia, destacando: i) a melhoria no desempenho da sua função; e ii) a aquisição de capacidade de realizar uma gestão eficiente e eficaz dos projectos; num 2º conjunto surge iii) a melhoria de rendimento no trabalho/produtividade; iv) a aquisição de capacidade de comunicação com a equipa de projecto; e v) aquisição de uma especialização/qualificação profissional, já que alguns técnicos não possuíam formação e/ou experiência na área de gestão de projecto. Ao nível dos projectos, a aplicação de metodologias contribuiu essencialmente para a melhoria: do planeamento/replaneamento, já que permite esquematizar os problemas e objectivos. (árvores de problemas. e objectivos) associando-os; definir o processo de monitorização e avaliação ao nível da eficiência e eficácia, o que possibilitou uma visão mais estruturada e objectiva de cada projecto; e da gestão projecto.

Os impactes da aplicação da metodologia na organização foram reconhecidos pela grande maioria dos incorporadores, que declara que a utilização da metodologia permitiu melhorar a qualificação dos projectos financiados e metade confirma que se verificou uma optimização de recursos promotor da sustentabilidade dos processos e da própria organização, bem como uma maior capacitação para a criação e gestão de serviços e para a sustentabilidade da organização e dos seus projectos. Alguns dos inquiridos realçam ainda a melhoria no processo comunicacional no seio da equipa de projectos e consequentemente dentro da organização.

O desenvolvimento do projecto funcionou como ponto de partida para um processo seguinte de utilização da metodologia PCM como ferramenta de gestão de projecto, que tende a ser enriquecido e a evoluir dentro das entidades que participaram no projecto, para além da capacitação dos beneficiários do projecto na metodologia PCM foi possível aumentar o conhecimento sobre a utilização das ferramentas como sejam: forking, árvore de problemas e de objectivos e a MEL, através da implementação da metodologia a um projecto real dentro da sua organização que contou com o acompanhamento dos Agente Facilitadores disponíveis para o esclarecimento de dúvidas e apoio à construção dos instrumentos, o que se traduziu numa melhoria global na utilização da metodologia e potenciou a realização de projectos mais eficientes e eficazes.

De um modo geral, as entidades beneficiárias (11) que aplicaram a metodologia em 2009, fazem um balanço positivo da

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aplicação considerando como aspectos positivos o facto de a mesma permitir ter um enquadramento lógico do projecto e consequentemente projectos mais estruturados, já que na fase de concepção e planeamento se define de forma clara e objectiva quais os problemas, quais os objectivos e quais as actividades que efectivamente contribuem para os resultados a alcançar. Paralelamente, destacam a importância do envolvimento das stakeholders cujas acções directas podem e devem influenciar positivamente o processo e a concretização dos objectivos, o que permite reforçar o trabalho em parceria e em equipa.

O grau de satisfação dos beneficiários ao relação ao produto é notório na medida em que recomendariam a utilização da abordagem PCM a outras organizações congéneres por acreditarem que depois de apreendida, esta é uma abordagem relativamente fácil de aplicar, nomeadamente na sua concepção pois simplifica e esquematiza a elaboração de candidaturas permitindo obter elevados níveis de eficácia e eficiência nas propostas e consequentemente melhores resultados na organização e gestão de projectos e na sua avaliação e monitorização, uma vez que é uma abordagem que implica um grau de participação elevado de todos os stakeholders desde a fase inicial e que se encontra centrada nos beneficiários e focalizada torno dos problemas e resultados a alcançar. A maioria das entidades beneficiárias também recomendaria a utilização deste produto aos gestores de Medidas e Programas de financiados pois consideram que esta é uma abordagem simples, clara, eficaz e muito útil na análise e avaliação de candidaturas, já que permite olhar para o projecto como um todo e em todas as suas fases e facilita a análise da pertinência e coerência interna e externa dos projectos facilitando a sua hierarquização e selecção e desta forma assegurar o financiamento das necessidades reais.

Paralelamente, ao formar maioritariamente (75%) mulheres na metodologia PCM, o projecto contribuiu para: atenuar as diferenças entre homens e mulheres que ainda são muito acentuadas na área da G. Proj., em que a mulher ainda se encontra a desempenhar papéis de menor destaque e poder, tendo mais dificuldade na progressão de carreira e uma menor probabilidade de ser escolhida para desempenhar funções enquanto Gestora de Projectos; e a médio prazo para assegurar uma distribuição profissional mais equilibrada (mulheres e homens) na função de Gestores/as de Projectos.

A um nível mais geral, a análise dos resultados obtidos evidencia os ganhos e metas atingidas com o projecto na atenuação dos problemas de partida, nomeadamente a sedimentação do reconhecimento da importância de uma gestão de projectos profissionalizada e metodologia enquadrada por um conjunto significativo de organizações envolvidas nas redes de parceira; Obtenção de um instrumento de optimização de recursos, promotor da sustentabilidade dos processos e da própria organização; Capacitação, dominantemente no feminino, de Gestores/as de projectos com um perspectiva profissionalização e de enquadramento metodológico que potencie um mais fácil acesso a lugares de responsabilidade; Maior capacitação para a criação e gestão de serviços e para a sustentabilidade das organizações e seus projectos; Capacitação e qualificação do sector empresarial; e Divulgação da metodologia de gestão de projectos e difusão das vantagens e das mais-valias do produto a um conjunto de entidades em PT, nos sectores empresarial e associativo para além das que participaram no projecto enquanto entidades beneficiárias.

2.5 - Anim@-te - Animação para o Desenvolvimento Territorial

Produto alvo disseminação: O produto alvo de disseminação do projecto Anim@te consiste numa brochura sobre animação territorial designada por Living Document”, que oferece uma perspectiva de integração e complementaridade entre os produtos representados pelos projectos oferecendo ilustrações diversas de acção possível neste domínio. Parceria: O Projecto Anim@Te foi promovido por uma parceria alargada de entidades, com saber e experiência reconhecidos no âmbito da animação territorial: ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano | ANIMAR – Associação

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Portuguesa para o Desenvolvimento Local | Associação In Loco | Associação Olho Vivo | CET – Centro de Estudo Territoriais / ISCTE | Escola Superior de Educação de Portalegre | Ferreira & Seixas, Lda | Fundação Aga Khan | IDARN – Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte | In Out Global | MINHA TERRA – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local | Promoloures – Desenvolvimento Empresarial, Crl. (entidade interlocutora) | Câmara Municipal de Peniche Duração do projecto: 15 de Fevereiro de 2008 a 31 de Dezembro 2008 (o projecto foi prolongado até 30 Jun 09)

Descrição Produto: O Projecto “Anim@te” (Acção 3) procura dar sequência ao trabalho desenvolvido no seio da RT5 e oferece a possibilidade de associar os resultados dos projectos à capacitação de organizações envolvidas no combate à “não-emergência” de iniciativas locais a partir de ilustrações com origem na experimentação promovida pelos projectos.

As manifestações concretas de desigualdade e discriminação no acesso ao emprego assumem expressões diferentes ao longo do território nacional e assumem características únicas em cada unidade territorial. Assim, têm vindo a reforçar-se as expectativas relativas ao contributo potencial das iniciativas associadas ao papel de actores locais e de novas formas de governança local para a melhoria da eficácia e da eficiência das políticas públicas com repercussão sobre o emprego. A iniciativa e a capacidade local são, assim, consideradas de forma crescente como condição de mobilização do ‘potencial endógeno’ às regiões, de atracção de iniciativa exógena e de integração territorial das diferentes políticas públicas. Acontece, porém, que na generalidade dos casos, não ocorre a emergência espontânea deste tipo de iniciativa e essa “não-emergência” não constitui objecto de acção específica no âmbito das políticas públicas. A partir de ilustrações tendo por base a experiência dos projectos e os seus produtos submetidos ao processo de validação da Iniciativa Comunitária Equal, o “Living Document” da Rede Temática 5 ‘Animação Territorial’ procura contribuir para a superação dessa lacuna central nas políticas públicas contemporâneas. A ‘não-emergência’ de iniciativas locais é constituída como objecto de acção.

O “Living Document” está estruturado de modo a distinguir dimensões relacionadas com possíveis modelos de governança a desenvolver para a animação (articulação inter-institucional, construção da acção colectiva, ‘parcerias de acção’, novas formas organizacionais), dimensões relacionadas com a natureza substantiva de estratégias concretas de animação (identidade territorial e integração social, capacitação individual e colectiva, mobilização integral de recursos e o valor de novas formas de diálogo entre conhecimentos formais e informais), estratégias específicas de animação para a integração económica (autodeterminação selectiva e animação económica ‘total’, animação de ‘percursos integrados’, empreendedorismo inclusivo, animação económica local e adensamento da espessura económica local, identidade territorial para a diferenciação competitiva) assim como dimensões relacionadas com a necessidade de superar deficits de competências técnicas específicas e genéricas para a concretização deste tipo de estratégias (mobilização de diferentes formas de conhecimento, aprendizagens formais, não-formais e informais, produção de competências para a animação territorial e formação de técnicos/as). Acesso on-line: http://animate08.wordpress.com/about/ | http://www.anima-te.org.pt Acções realizadas em 2009:

Não obstante das actividades realizadas no período de execução do projecto, por via da sua prorrogação, realizaram-se as seguintes actividades no período decorrente entre Janeiro a Junho de 2009:

1) Coordenação e Gestão de Projecto - Assegurar a coordenação e gestão do Anim@Te no período de prolongamento, sendo a Parceria organizada em sub-equipas de projecto para assegurar de modo mais eficaz e eficiente as actividades.

2) Incorporação em Novos Territórios – Apoio à implementação e consolidação do Projecto GPS, em Peniche. Capacitar dirigentes, agentes e parcerias locais, para o trabalho em parceria, intervenção comunitária, a implementação de gabinetes de proximidade, fóruns comunitários, a dinamização da Rede Social e a articulação entre o sector Social e o sector Empresarial. Aplicação da metodologia de integração territorial já testada no Anim@Te nos Municípios de Baião e Alcácer do Sal.

3) Capitalização da experiência - mainstreaming e avaliação - Aprofundar a disseminação, capitalizando a experiência adquirida no Anim@Te através de um conjunto acções específicas: construção do perfil e referencial de formação em AT, portefólio de produtos EQUAL sobre AT, trabalho de lobby e participação na Manifesta’09.

4) Lobby” / Advocacy - Promoção do reconhecimento da Animação Territorial como componente imprescindível nos processos de desenvolvimento local e inclusão social e como instrumento de integração de políticas públicas. Destacamos a participação do projecto na MANIFesta’09, por via da qual animou diversas oficinas por forma a disseminar o produto do projecto.

5) Acompanhamento e Avaliação de Projecto – Realização de workshops sobre a Continuidade e sustentabilidade da Rede Anim@Te.

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Nº de pessoas envolvidas no projecto: 228 pessoas (143 femininas e 85 masculinas), entre beneficiários e fornecedores.

Nº de entidades envolvidas no projecto: 101 entidades, entre beneficiários e fornecedores.

Impactes do projecto - O projecto visou actuar junto de três tipos de públicos: (i) responsáveis e quadros técnicos de associações, empresas e outras entidades ligadas à realização de intervenções nos mais diversos domínios (desenvolvimento local, acção social, criação de emprego, prevenção de fogos, valorização ambiental e muitos outros); (ii) decisores políticos e (iii) público em geral. As actividades do projecto deveriam levar os três públicos referidos a compreender a importância da animação territorial enquanto instrumento de mobilização e capacitação das pessoas e entidades de um território para a acção colectiva organizada e sustentada. Tendo em conta os resultados da avaliação intermédia e final relativamente às actividades e à capacitação dos/as participantes nas acções, essa compreensão conduziu os/as responsáveis e quadros técnicos envolvidos a uma mais clara consciência da necessidade de privilegiar a componente de animação territorial nas intervenções que promovem ou a que se encontram associados. O conceito, por ser novo e pouco utilizado, foi difícil de entender, mas os exemplos, sobretudo apoiados na brochura ‘Animação Territorial – Um caminho para a Inovação Social’ (documento que produziu conhecimento) e no primeiro vídeo, abriu os horizontes para uma compreensão mais consistente e consciente base para pensar e desenvolver uma dinâmica de animação territorial, permitindo concebê-la, pô-la em prática, alimentá-la e aprofundá-la. Os resultados foram sensíveis, dando contributos para se definir as competências pessoais e sociais que são requisitos essenciais à intervenção: a liderança democrática, a negociação para gerar consensos, a capacidade de organização, a escuta activa, a capacidade de adaptação, o interesse pelo território e pelas outras pessoas, a capacidade de dialogar e conhecer as comunidades, a inteligência emocional, a capacidade de planeamento e organização, a ética de ajuda. A construção de documentos que constituíram valorizações do produto inicial – o Living Document – foram criados pelas pessoas que participaram em todos os encontros, reuniões de trabalho e acções de formação realizadas durante a Acção 3 e no seu prolongamento. Relativamente ao segundo tipo de público – decisores/as políticos/as – a compreensão desta temática oferece a oportunidade para conceber medidas e políticas e/ou garantir apoio ao desenvolvimento de abordagens que incorporem a animação territorial como uma vertente essencial da intervenção a conduzir. Em alguns casos, verificou-se uma grande adesão, noutros alguma perplexidade, noutros indiferença. As acções de lobbying desenvolvidas poderão afinar os sentidos para um conceito não muito familiar como o é a Animação Territorial. Quanto ao público em geral, a progressiva compreensão do processo e alguma familiaridade com os termos favorece uma atitude de maior atenção, e mesmo de adesão, aos processos de animação territorial. Contribuíram para este efeito todas as actividades desenvolvidas, começando por, em sede de CoP, os próprios intervenientes (a PD) terem adquirido uma cada vez maior consciência do valor intrínseco da Animação Territorial e do seu, por vezes insuspeitado, potencial de acção, os workshops, as acções de sensibilização, as acções de formação, a construção da brochura e do vídeo, a exploração das mensagens, explícitas e implícitas, neles contidas. Para além de propiciar a compreensão da importância da animação territorial, as actividades do projecto sustentaram um processo de capacitação, nomeadamente dos/as responsáveis e técnicos/as ligados/as à condução das intervenções. Não basta ter consciência do papel da animação territorial é necessário saber como a conceber, pôr em prática, organizar e avaliar. As acções de sensibilização e capacitação atingiram um conjunto muito alargado de agentes de intervenção: membros da Associação Rede Animar e da Federação Minha Terra, organizações do 3.º Sector com que estas duas estruturas federadoras articulam, para além de todas as outras entidades directamente mobilizadas por cada um dos parceiros que integrava a RT5, isto é, os ‘produtores’ iniciais. Todas as actividades, mas com um sinal especial para o caso de Peniche onde se testaram modelos, se realizaram acções de capacitação, se avaliaram os impactos da formação e, sobretudo, se produziu prática inovadora, contribuíram para alterações na compreensão e postura de camadas significativas do público, especializado e não especializado. Foram fortemente salientados na generalidade das intervenções: [quanto ao conteúdo] a pertinência/importância da animação; a qualidade e diversidade dos projectos; a riqueza no contacto com novos projectos/metodologias; a partilha/Reflexão/Troca de experiências entre os participantes; a importância da Animação Territorial/trabalho de proximidade; o aprofundamento da temática animação territorial; [quanto formato/metodologia] a interacção/estabelecimento de contactos/convívio; a possibilidade de recolher materiais; a metodologia de dinamização; a abertura à discussão; a possibilidade de aplicação da metodologia no contexto profissional. [quanto aos resultados] as aprendizagens realizadas; a partilha de conhecimentos; a proximidade/convívio entre os participantes. Além do “valor acrescentado” já mencionado, em termos globais, o Projecto Anim@Te permitiu às entidades parceiras um

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efectivo ganho de competências, em termos individuais e organizacionais, em termos do reforço da capacitação para a intervenção em Animação Territorial, incluindo no domínio do trabalho em parceria. Em resumo: pode-se afirmar que o Projecto Anim@Te revelou um forte potencial de disseminação e contribuiu para pôr a Animação Territorial no glossário da intervenção socioeconómica, política e cultural, o que se manifestou na capacidade de estruturação de projectos de intervenção com real incidência prática, (de que a parceria GPS de Peniche é o exemplo mais auspicioso); se concretizou no trabalho de parceria desenvolvido pela PD e nos seus ganhos de eficácia, de conhecimento e de satisfação; permitiu estabelecer contacto directo, com transmissão das mensagens-chave da Animação Territorial, com centenas de pessoas que, de alguma forma, se envolveram nas actividades promovidas; e, de forma indirecta, chegou a mais algumas centenas de outras pessoas que foram sensibilizadas ou poderão vir a ser, seja através de acções no terreno seja por via do perfil e referencial da formação proposta, o que constitui uma garantia de potencial sustentabilidade do Projecto. A PD considera que as “mensagens-chave” construídas no âmbito do Projecto Anim@Te sobre a Animação Territorial mantêm pertinência e que reúne competências para continuar a sua intervenção para além do termo do financiamento EQUAL, estando já programadas algumas actividades futuras. A sustentabilidade da Rede Anim@Te será assegurada, cumulativamente, pela prestação de serviços e pela obtenção de apoios financeiros que venham a revelar-se adequados ao financiamento da sua actividade.

2.6. Iguais num Rural Diferente

Produto alvo disseminação: Caminhos de Autonomia – Metodologias e Estratégias para a Criação e Animação de Espaços Comunitários Facilitadores da Conciliação da Vida Familiar e do Trabalho em Espaço Rural

Parceria: AJDEÃO | ACERT| ADRL | ANIMAR | ICE | CEC | PROACT

Duração do projecto: 1Janeiro-31Dezembro 08 (o projecto foi prolongado até 30 Junho 09)

Descrição Produto: Este produto resulta de um projecto orientado para a igualdade de oportunidades e para a qualificação de territórios. Contém como proposta, a ideia que a igualdade de oportunidades e a qualificação dos territórios passa necessariamente pela reconstrução do poder das pessoas implicadas, colocando para tanto a tónica nas metodologias conducentes à construção desse poder.

O produto foi concebido como um cacho de produtos. Contempla uma reflexão estruturante em que se define, por um lado, a pertinência duma intervenção orientada para a requalificação das relações de poder e por outro, as metodologias utilizadas no desenvolvimento das várias actividades, tendo em vista, precisamente, essa requalificação.

Surgindo como ilustrações desta proposta de alteração das relações de poder, acopulam-se subprodutos que correspondem às várias actividades que foram desenvolvidas. Actividades essas, onde se identificaram as várias metodologias que enformaram todo o processo.

Acesso: Solicitação do produto em formato papel e/ou CD à Animar ou a outra entidade da parceria acima mencionada.

Acções realizadas em 2009:

Não obstante das actividades realizadas no período de execução do projecto, por via da sua prorrogação, realizaram-se as seguintes actividades no período decorrente entre Janeiro a Junho de 2009:

1) Gestão de Projecto e Avaliação - Envolve a coordenação geral e financeira do projecto. A coordenação e o acompanhamento de todas as actividades a realizar para incorporação do processo de construção do CADI - Centro de Apoio

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e Desenvolvimento da Infância e do processo de construção da Escola Aberta.

2) Apoio ao lançamento da Escola Aberta no Bairro de Santa Filomena na Amadora – Para além das duas escolas comunitárias previstas pelo projecto, deu-se origem a uma terceira no bairro de Santa Filomena, na Amadora. Constituídas, cada uma delas, de uma forma diferenciada a partir de dinâmicas ou de estruturas pré-existentes: uma Ludoteca, um projecto comunitário e uma dinâmica de trabalho com famílias e crianças, as Escolas Comunitárias assumiram por isso histórias de vida diferentes mas todas elas, incluindo a que se iniciou já no prolongamento da Acção 3 (Sta. Filomena) constituíram oportunidades de construção de autonomia dos/as beneficiários/as de animação dos espaços e de interacção com as escolas da rede pública a que diziam respeito.

3) Seminário MANIFesta ‘09/ Participação na mostra de produtos - Os conteúdos e a riqueza reflexiva da parceria de desenvolvimento/disseminação enformaram de modo claro, diversos passos criados na MANIFesta, espaços que se orientaram para o debate de conteúdos distintos, trabalhados pelo produto Caminhos de Autonomia: metodologias e estratégias para a criação de espaços comunitários facilitadores da conciliação da vida familiar e do trabalho em espaço rural. Destes, nasceram dinâmicas que darão origem a iniciativas que constituem em si mesmo prolongamentos do projecto;

4) Dinamização do produto recorrendo a uma estratégia de dinamização regional - À actividade orientada para a disseminação das práticas e do produto por mediação de incorporadores/as há a acrescentar as iniciativas realizadas, no sentido de divulgar estas mesmas práticas e este mesmo produto em fóruns alargados por recurso, nomeadamente, a comunicações estruturadas, sendo necessariamente menos eficazes e pode dizer-se mesmo menos conseguidas. Contudo, estas iniciativas não deixaram de ser, aqui ou ali, portas de entrada para a interacção com outras instituições (de referir o caso concreto da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho em Lisboa que passou a recorrer a técnicos/as da parceria IRD para a formação de animadores/as na área do trabalho em parceria e da organização de iniciativas locais de desenvolvimento.

5) Formação de Animadores/as – A formação de animadores/as tendo em vista a organização/dinamização da MANIFesta fundiu a lógica de territorialidade defendida pelo projecto e de promoção da iniciativa e da autonomia dos sujeitos com as necessidades organizacionais da Animar e a perspectiva que se definiu para a conceptualização da MANIFesta. As metodologias do projecto foram utilizadas no processo formativo de Dinamizadores/as da MANIFesta, participando como formadores/as elementos da parceria do projecto, nomeadamente da PROACT e ACERT. O parceiro AJDEÃO e ADRL estiveram envolvidos na formação com a participação de 3 jovens como formandos/as.

Nº de pessoas envolvidas no projecto: 529 pessoas (360 femininas e 169 masculinas), entre beneficiários e fornecedores.

Nº de entidades envolvidas no projecto: 95 entidades, entre beneficiários e fornecedores.

Impactes do projecto - De entre os resultados e impactos a destacar – alguns inferíveis a partir da leitura dos pontos anteriores – somos a referir: 1 – Uma requalificação de espaços pré-existentes como bem o sublinha a AJD em relação à Ludoteca, o ICE em relação ao projecto Laço em curso em Santa Filomena e a PROACT em relação ao projecto comunitário de Carnide. 2 – Um evidente reforço das competências dos/as técnicos/as das entidades incorporadoras, a que não pode deixar de se acrescentar um também “crescimento” dos/as técnicos/as das entidades conceptoras (que beneficiaram da riqueza que sempre advém da necessidade de formar outros e outras. 3 – A constituição de uma rede de animadores/as ligados à promoção da MANIFesta que revelaram na sua avaliação o reforço de competências, nomeadamente, os que se ligam à organização de eventos e à negociação com parceiros. 4 – A adesão de algumas entidades designadamente à proposta de organização de escolas comunitárias, dando-se como exemplo, o técnico de um CLDS que explicitou a percepção que teve da pertinência de substituir as escolas de pais que animava por escolas comunitárias. 5 – O considerável conhecimento produzido em domínios ligados ao desenvolvimento local que emanou das tertúlias organizadas pelo IRD na MANIFesta e pelo Encontro Inter-Projectos EQUAL que decorreu em Azurada. A parceria considerou como muito significativa a proposta nascida destes eventos de organização de um congresso do associativismo e da democracia participativa. 6 – A estruturação em curso de candidaturas a programas de financiamento levadas a cabo por parceiros de IRD, algumas orientadas especificamente para o reforço das condições de sustentabilidade das iniciativas dele nascidas e/ou para promoção de metodologias por ele testadas. 7 – A emergência de convites de entidades exteriores ao IRD para a organização e realização de Oficinas Pedagógicas e de Oficinas de Poder. 8 – A concepção de linhas estratégicas de actuação por parte dos vários parceiros do IRD tendo em vista a continuidade e ampliação das iniciativas que animavam. 9 – O reforço do sentido crítico da realidade dominante a traduzir-se num acentuar das práticas de cidadania e de contestação dos/as técnicos/as associados/as ao IRD. 10 – Influência na concepção do modelo adoptado pela MANIFesta de Peniche.

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3. PROJECTOS COM FINANCIAMENTO NACIONAL

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3.1. MANIFesta 2009

ESTRATÉGIA DA MANIFesta DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E DA ECONOMIA SOLIDÁRIA EM PORTUGAL

“A INOVAÇÃO SOCIAL NA RESPOSTA À CRISE – CONTRIBUTOS DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E DA ECONOMIA SOLIDÁRIA”

Faz este ano 15 anos que se realizou a primeira MANIFesta do DESENVOLVI-MENTO LOCAL em Portugal.

Na realidade a dinâmica que a tornou possível iniciou-se um pouco antes, em 1992, quando foi realizado o primeiro estudo de levantamento e caracterização de iniciativas de Desenvolvimento Local em Portugal, com o patrocínio e o apoio do IEFP, ou mais precisamente do seu Presidente da altura, o Dr. Acácio Catarino (protagonista fundamental no processo que viabilizou a primeira MANIFesta).

Teve lugar em Santarém (não muito distante do centro geodésico de Portugal) e foi sobretudo o resultado de um grupo de cidadãos envolvidos em iniciativas que tomavam como referência o Desenvolvimento Local e crentes nas suas potencialidades como contributo para a resolução dos problemas da sociedade portuguesa de então (lembre-se que na sequência dos problemas de emprego e de dificuldades económicas e sociais vividas em Portugal nos anos 80).

De certa maneira, a MANIFesta procurou actualizar a antiga lógica (existente pelo menos no tempo da primeira dinastia) em que os “homens bons” (leia-se agora, “as mulheres e os homens activos”) dos vários concelhos e regiões do país, exprimiam as suas realizações e reivindicações junto do poder central (nas cortes, normalmente), ou seja manifestavam o seu poder de cidadania, ainda que de forma controlada e contida (e não assumida explicitamente).

Nesse sentido, a MANIFesta procurou ser ao longo dos anos (de 1994 até agora, realizaram-se seis) um Encontro, uma Mostra (Feira), uma Festa, um Debate e uma Manifestação, exprimindo o que os cidadãos e as suas associações realizam na defesa e valorização das suas comunidades locais e na resposta aos seus problemas. De forma inovadora e ousada, muitas vezes. Também contando as suas dificuldades.

Por isso, a MANIFesta tem tido três funções importantes: na criação e reforço de uma REDE entre esses cidadãos e associações (e, nesse contexto, foi, criada a ANIMAR); na VISIBILIZAÇÃO do movimento de Desenvolvimento Local junto da sociedade portuguesa; e na EXPRESSÃO e RECONHECIMENTO do seu papel nas instâncias de governação, passando a ser considerado um parceiro credível na regulação dos problemas económicos, sociais, culturais e ambientais.

Passados 15 anos da primeira, este ano (2009) realizou-se a VII MANIFesta, em Peniche, tendo duas ambições centrais:

Por um lado, retomar e reavivar o espírito original de expressão e mobilização da cidadania nos caminhos do Desenvolvimento Local e da Economia Solidária. Ou seja, das respostas aos problemas locais a partir das capacidades e vontades locais e da proposta de uma Economia de cidadãos/ãs (civil) eficiente e eficaz, baseada em motivações e critérios que não são meramente os do mercado ou do lucro. Por outro lado, assumir o seu papel e as suas responsabilidades na procura e na proposta de respostas para a crise (económica, financeira, social, ambiental, cultural e política, pelo menos) e as dificuldades que vivem as sociedades actuais, em particular em Portugal, a partir das experiências e iniciativas (muitas delas inovadoras) que o Desenvolvimento Local e a Economia Solidária já podem apresentar como práticas realizadas e conhecimentos sistematizados.

Para isso, a MANIFesta DE PENICHE teve como tema central “A INOVAÇÃO SOCIAL NA RESPOSTA À CRISE – CONTRIBUTOS DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E DA ECONOMIA SOLIDÁRIA”, e como grandes eixos de abordagem e manifestação:

- A Inovação para a Igualdade de Oportunidades;

- A Empregabilidade e o Empreendedorismo, como estratégias contra a crise;

- A importância da Ética e dos sistemas alternativos no Financiamento da Economia;

- A Coesão Social e a Animação Territorial em Portugal.

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Por outro lado foi fundamental que a MANIFesta DE PENICHE fosse um espaço aberto à discussão e procura de respostas e caminhos a partir, é certo, das experiências e dos actores do Desenvolvimento Local e da Economia Solidária, mas contando com a participação de todos os outros actores da sociedade, como demonstração e princípio do que foi provavelmente um dos pilares fundamentais da saída para a crise: uma parceria estratégica tripartida, envolvendo as empresas e as suas representações, o Estado nos seus diferentes níveis (Estado-Nação, Estado-Local e instâncias de governação ou de negociação supranacionais e internacionais) e a sociedade civil nas suas diferentes expressões e representações (incluindo os actores de Desenvolvimento Local e de Economia Solidária, os sindicatos, as organizações de solidariedade social, os movimentos de cidadãos, etc.).

A MANIFesta de Peniche na procura e discussão de respostas para a crise teve de envolver e mobilizar todos estes actores e delimitar formas de parceria e concertação, ou seja de regulação partilhada para o século XXI, configurando uma lógica de Sociedade-Providência, no sentido em que todos estes actores (que compõem a sociedade) são co-responsáveis pelo seu futuro e pela Vida no Planeta, sendo esta a efectiva co-Responsabilidade Social na resolução dos problemas actuais.

Parceria:

Duração do Evento: 21- 24 Maio 2009

Duração do projecto: 1 Janeiro - 30 Setembro 2009

Resumo Geral do Evento:

A MANIFesta é um evento de Manifestação, Festa, Feira/Mostra, Encontro, Debate, isto tudo em simultâneo e de forma articulada, devendo contemplar uma multiplicidade de expressões e de afirmações que, na diversidade, garantam a coerência e a unidade do todo.

A natureza dos apoios obtidos contribui bastante para explicar o peso da trilogia “Coesão Social e Territorial”, “Inovação Social” e “Recursos Técnicos ao serviço da Inovação – Empreendedorismo e Empregabilidade” (matérias de 15 dinamizações, correspondendo a 12% do total), para além dos pesos habituais da “Cultura e Animação Cultural”, da “Mobilização Cívica e Democracia Participativa”, “Associativismo” e “Educação e Formação”.

Já a ínfima representação da “Agricultura e Desenvolvimento Rural” e do “Ambiente” parece traduzir um certo enviesamento relacional, em relação aos apoios de participação pública nas anteriores edições. De facto, acabado o período em que o Programa LEADER ainda podia ser recurso de apoio à promoção de uma agricultura inovadora para a valorização do ambiente e do meio rural (entre outras dimensões), outras possibilidades de apoio na alçada do Ministério da Agricultura não puderam ser exploradas, tanto mais que implicariam provavelmente uma incidência de propensão sectorial mais consonante com os interesses dicotómicos do “pró-produtivismo e agro-subsídio” do que dos da inovação territorializadora em meio rural. Este aparente “défice do rural” só esteve em parte compensado por alguma expressão do “Turismo Activo / Alternativo”.

Quadro I – Matérias de incidência na MANIFesta 2009 e o seu peso segundo as modalidades em que se inseriram

Modalidades: A – Conferências; B – Seminários; C – Tertúlias; D – Mostras Temáticas e Oficinas; E – Outros Espaços e Formas de Animação

Matérias / domínios temáticos A B C D E Total

Desenvolvimento Local e Economia Solidária 1 1 1 3

Coesão Social e Territorial (1) 1 2 1 4

Inovação Social 1 2 1 3 7

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Recursos Técnicos ao serviço da Inovação 1 3 4

Animação e Mediação Qualificada 1 1 2

Mobilização Cívica e Democracia Participativa (2) 1 1 3 4 1 10

Educação e Formação 2 1 3 2 8

A Mulher e questões de Género 3 3

Associativismo (sentido lato) 4 2 6

Ética e Responsabilidade 1 2 1 4

Financiamento 1 1 2

Empreendedorismo 1 4 5

Emprego e Empregabilidade 1 2 3

Planeamento e Avaliação 3 3

Informação e Comunicação 1 1 2

Desenvolvimento Urbano 2 1 3

Agricultura e Desenvolvimento Rural 1 1

Ambiente 1 2 3

Turismo Activo / Alternativo 1 1 3 5

Saúde, Bem-Estar e Comunidade 1 3 1 1 6

Crianças e Jovens 1 1 3 5

Cultura e Animação Cultural 1 25 26

Livro e Leitura 3 3

Arte e Artesanato 4 4

Alimentação e Restauração 3 3

(1) Inclui Regionalização e Mobilização Identitária (2) Inclui Cidadania Activa

Não podendo aqui abordar de modo exaustivo os contributos das participações nas distintas modalidades propiciadoras da reflexividade estratégica, a que mais nos importa, fazemos apenas uns apontamentos tópicos que nos permitem, cremos, mostrar as mensagens mais relevantes e delinear os grandes sentidos do pensamento e acção de âmbito socioeconómico, cultural e territorial, tal como os intervenientes puderam deixar transparecer. Preferindo incidir nas ideias apresentadas nas conferências, seminários e tertúlias (que reuniram mais de 1500 pessoas), prescindimos de referir nomes entre as dezenas de oradores/as, moderadores/as, relatores/as e organizadores/as, para os quais remetemos para a consulta do Programa da MANIFesta e dos boletins InfoAnimar 5, 6 e 7 (Maio, Junho e Julho de 2009).

A sessão de abertura, seguida de Conferência, foi naturalmente dominada pela intervenção dos representantes institucionais, que se pronunciaram sobre a MANIFesta (o quê, como e porquê) e/ou sobre o seu tema de referência, atrás indicado,

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implicando discursos sobre os necessários exercícios de compromisso e de cidadania activa. No mesmo sentido, a Conferência debruçou-se sobre a multidimensionalidade e profundidade da actual Crise – económica, financeira, ambiental, territorial, geoestratégica, cultural, ética, científica e tecnológica – por ser histórica e civilizacional e não apenas redutível a uma fase crítica do capitalismo. Nesse sentido, o seu autor Professor Doutor Rogério Roque Amaro, na mesma linha de trabalhos anteriores envolvendo esta matéria, deu a entender a necessidade de adoptar uma perspectiva integrada dos problemas e das respostas, passando pelo reforço da Economia Solidária e pela criação de parcerias estratégicas que enfrentem de modo inovador as diferentes formas de insegurança e instabilidade no contexto da globalização (ex.: nas relações sociais, políticas, de trabalho, no ambiente e no território).

Nº de pessoas/entidades envolvidas no projecto:

Em termos de estruturação segundo componentes tipológicas, a MANIFesta de Peniche desenvolveu-se em seis conferências com mais de 560 participantes [incluindo a sessão / «Assembleia de Encerramento – Teses e Declaração de Peniche»], onze seminários com 330 participantes, dezasseis tertúlias com 311 participantes e dezanove «Oficinas Interactivas» com 350 participantes.

Estas últimas foram realizadas em três espaços, designados por «Pavilhões de mostra temáticos». Cada um dos Pavilhões teve um apoio específico: A) Igualdade, Coesão Social, Animação Territorial – CIG, ISS,I.P. e SEOTC; B) Cooperação, Empregabilidade e Empreendedorismo – IEFP; C) Inovação Social (na resposta à crise) – Gabinete de Gestão EQUAL.

Os pavilhões contaram com cerca de 75 organizações participantes e cerca de 5.000 visitantes.

Estimaram-se cerca de 6.000 participantes noutros espaços como sejam os de animação infantil e juvenil, de rua e de palco.

Acesso: Mais informação em http://www.animar-dl.pt

Resultados:

II. DECLARAÇÃO DE PENICHE’09

INOVAÇÃO SOCIAL NA RESPOSTA À CRISE

DESENVOLVIMENTO LOCAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA SEMPRE PRESENTES!

Perante a falência do modelo actual de desenvolvimento, bem evidente na crise que vivemos, a MANIFesta é a expressão de um modelo alternativo. As organizações cívicas e solidárias são uma força social real, forjada na gestão e no confronto com crises, que trabalha em contextos vulneráveis e produz soluções concretas para problemas concretos, à escala local.

Em Peniche reunimos com duas ambições centrais:

1. Retomar e revitalizar o espírito original das respostas aos problemas locais a partir das capacidades e vontades locais;

2. Assumir as nossas responsabilidades na procura e na proposta de respostas para as dificuldades que vivem as sociedades actuais.

Quinze anos depois da primeira MANIFesta há um caminho de construção de propostas, de teorização e de experimentação, de inovação, de realizações concretas:

• na economia solidária;

• nos serviços de proximidade;

• na qualificação e valorização dos patrimónios;

• no trabalho em rede e parceria;

• na animação territorial;

• na agricultura e desenvolvimento rural.

• no desenvolvimento do empreendedorismo;

• na criação de emprego digno;

• no fortalecimento de formas alternativas de comercialização;

• na qualificação e certificação das organizações;

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• na educação e formação dos cidadãos e das cidadãs;

• na dinamização da iniciativa juvenil;

• na promoção da saúde comunitária;

• na mobilização da participação dos/as cidadãos/ãs e das comunidades;

• na promoção da cidadania activa e inclusiva e da igualdade de género.

Apesar das conquistas acumuladas ao longo deste percurso, velhos obstáculos persistem e novos se colocam, condicionando este contributo e ameaçando as organizações e os territórios.

As organizações cívicas e solidárias, disseminadas por todo o país, assumem um papel decisivo e activo, reconhecido nos seus territórios. No entanto, é necessário assumir um reconhecimento mais criativo e eficaz por parte do poder político central, nomeadamente de forma a permitir um papel mais continuado e sustentável destas organizações para a sua missão de promover o bem comum.

Neste sentido, as organizações cívicas e solidárias:

- Consideram que as suas práticas e reflexões configuram um conhecimento inovador nas áreas do Desenvolvimento Local e da Economia Solidária, que fundamenta um novo paradigma de intervenção social e novos modelos de aprendizagem colectiva;

- Renovam o seu compromisso para participar empenhadamente de forma autónoma e como parceiras na construção de soluções de mudança que respondam aos desafios da sociedade actual;

- Constatam que são necessários esforços conjugados das estruturas nacionais e convidam todas as organizações do Desenvolvimento Local e Economia Solidária para se juntarem numa acção concertada, traduzida numa plataforma institucional de nível nacional, mobilizando as redes colaborativas já existentes e promovidas por programas anteriores;

- Convocam todos os que queiram contribuir para um movimento que conduza à criação de um Banco Ético, um Banco das e para as organizações de Economia Social e Solidária;

- Pretendem contribuir para a existência de políticas e instrumentos apropriados que suportem a continuidade da intervenção, na incorporação, adaptação e utilização das soluções já constituídas e validadas, alimentando e renovando a capacidade de experimentação e de inovação social, a qualificação das organizações e o fomento de modelos de apoio ao desenvolvimento e à criação de emprego, assentes em contratualizações programáticas, traduzindo-se nomeadamente em programas específicos no âmbito do QREN;

- Propõem-se reforçar as suas qualificações e capacidades de intervenção, sobretudo numa perspectiva de inovação social e de animação territorial, as quais devem ser valorizadas e certificadas explicitamente por parte dos organismos competentes;

- Interpelam as forças políticas para a necessidade de integrarem nas medidas de política a animação territorial, como factor decisivo para a coesão social;

- Propõem a concretização de parcerias estratégicas com o Estado (aos seus diversos níveis) e com as Empresas, assentes na concertação e na co-responsabilização, visando encontrar soluções sustentáveis para problemas concretos – desemprego, assimetrias regionais, desertificação e despovoamento do interior, pobreza e exclusão social crescentes, entre outros;

- Associam-se à necessidade de aprofundar urgentemente a discussão e a decisão sobre a questão da Regionalização em Portugal, privilegiando a participação activa dos/as cidadãos/ãs e das comunidades locais, num processo que também esteja focado nas dinâmicas de Desenvolvimento Local;

Os territórios e os/as cidadãos/ãs exigem, de todos os actores públicos e privados, a dignidade e o respeito que merecem. Estas condições estão longe de estar adquiridas, como o demonstra a frequente ausência do cumprimento das responsabilidades de programação e de financiamento atempado e adequado.

Há 15 anos realizou-se a primeira MANIFesta do DESENVOLVIMENTO LOCAL em Portugal. Foi em 1994, em Santarém!

A MANIFesta foi, ao longo dos anos, um encontro, uma mostra, uma festa, um debate e uma manifestação, exprimindo o que os cidadãos e as suas organizações realizam na defesa e valorização das suas comunidades locais e na resposta aos seus problemas.

Assumiu três funções importantes: reforçar a rede entre esses cidadãos e associações; dar visibilidade ao movimento de Desenvolvimento Local junto da sociedade portuguesa; e promover o reconhecimento do seu papel nas instâncias de governação, passando a ser considerado um parceiro credível na regulação dos problemas económicos, sociais, culturais e ambientais.

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Os princípios que nos nortearam em 1994 continuam na ordem do dia:

- Conjugar esforços entre todas as organizações cívicas e solidárias que intervêm nos territórios nacionais, para ganharem capacidade de afirmação estratégica;

- Combater pelo progresso de Portugal, praticando um desenvolvimento local nos vários territórios, urbanos e rurais, de forma equitativa e sustentável;

- Afirmar que só com uma cidadania activa e alargada e uma democracia participativa é possível uma economia e um desenvolvimento socialmente justos, solidários e mobilizadores.

Por último, parafraseando Sebastião da Gama, afirmamos que “Pelo Sonho é que vamos”. Porque, o futuro construímo-lo todos os dias!

Peniche, 24 de Maio de 2009

3.2. Acordo IEFP/Animar

Acordo de Cooperação IEFP / ANIMAR

Finalidade: O Acordo de 2009 permitiu consolidar um trabalho de continuidade que vem a ser desenvolvido desde 2007, sendo que as acções desenvolvidas ao seu abrigo procuram uma dinâmica territorial e de rede e a promoção de metodologias participativas e produtos inovadores que promovem a empregabilidade e o empreendedorismo, ao nível local.

A finalidade deste Acordo de dotar as organizações da Rede Animar de conhecimento e ferramentas ligadas ao empreendedorismo empregabilidade, fomentando o trabalho em rede, foi plenamente alcançado.

Parceria: Rede ANIMAR. Colaboraram mais directamente neste acordo com a co-organização de oficinas e workshops: ADER SOUSA | ADRL | ATLAS | ADM ESTRELA | ETNIA | MONTE | FAJUDIS | ADCL | ADEPE | PROACT

Duração do projecto: 1Janeiro-31Dezembro 08

Objectivos:

EIXO 1 – ACOMPANHAMENTO DE INICIATIVAS LOCAIS DE CRIAÇÃO DE EMPREGO

- Apoio e acompanhamento individualizado a promotores de iniciativas de emprego;

- Divulgação de instrumentos financeiros;

- Desenvolvimento de acções de animação económica e cultural para o emprego e inclusão social, identificando estrangulamentos e apresentando propostas à viabilidade das iniciativas;

- Facilitar a mobilização de actores locais para o trabalho em rede com base na complementaridade dos recursos territoriais e comunitários existentes, ensaiando novas metodologias de intervenção em parceria.

- Apoiar os/as agentes locais no desenho de soluções concretas para as questões do desenvolvimento de uma cultura de empreendedorismo, a partir do compromisso colectivo das instituições e centradas nas necessidades dos territórios.

- Desenvolver metodologias de apoio ao potencial empreendedor, desde a génese de uma ideia à criação do projecto

EIXO 2 – REFORÇO E DINAMIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO INTRA E TRANSTERRITORIAL

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- Dinamizar o Portal 3Sector no sentido de promover uma cultura empreendedora, divulgar instrumentos financeiros, produtos e serviços locais.

- Produzir e difundir informação electrónica e em papel para actores do desenvolvimento local em articulação com outros parceiros sociais.

EIXO 3 – CONSOLIDAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE PÓLOS DA REDE DE ANIMAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL

- Consolidação e dinamização de plataformas regionais, no sentido de apoiar e divulgar o trabalho que as ADL (Associações de Desenvolvimento Local) promovem no âmbito da empregabilidade e empreendedorismo;

- Desenvolvimento de iniciativas de animação da rede a nível regional, nomeadamente através da realização de seminários, reuniões de trabalho e de visitas a experiências noutras regiões;

- Desenvolvimento de competências para técnicos e técnicas de organizações e iniciativas de desenvolvimento local.

EIXO 4 – MANIFESTA 2009 – ASSEMBLEIA, FEIRA E FESTA DO DESENVOLVIMENTO LOCAL

- Mobilizar as Organizações e Iniciativas de Desenvolvimento Local para o Processo MANIFesta através da realização de Assembleias Regionais descentralizadas.

- Divulgar e dar visibilidade às actividades, produtos e iniciativas do Terceiro Sector, da sociedade civil e das entidades do Estado a nível central e local que desenvolvem trabalho no âmbito do Desenvolvimento Local.

- Formar dinamizadores regionais que animarão o processo MANIFesta a nível regional, desempenhando um papel fundamental na organização do próprio evento.

Acesso: Solicitação do produto em formato papel e/ou CD à Animar ou a outra entidade da parceria acima mencionada.

Acções realizadas em 2009:

Acção 0) Gestão do Protocolo e Avaliação – Esta acção engloba as seguintes actividades: Gestão global das actividades a desenvolver; Gestão de recursos financeiros afectos a cada actividade; Produção de dossiers técnico-pedagógicos; Produção de instrumentos de trabalho e suporte às actividades; Produção de instrumentos de avaliação das actividades e respectivos relatórios; Realização de relatórios de execução semestral e anual e Participação nas Reuniões da Comissão Paritária.

Acção 1.1.) Promoção de oficinas de empregabilidade e empreendedorismo –––– Foram desenvolvidas 5 oficinas dispersas pelo território nacional, envolvendo um total de 55 entidades e 101 participantes (78 mulheres e 23 homens).

As oficinas foram desenvolvidas em parceria local com 5 entidades da rede Animar (ADER SOUSA | ADRL | ATLAS | ADM ESTRELA | ETNIA) que se candidataram à sua realização, após anúncio público para a rede via e-mail. Atendendo que não se verificaram mais candidatos do que o número de iniciativas, não foi necessário proceder à selecção de propostas, pelo que todas as entidades que se candidataram puderam realizar a oficina de acordo com a sua proposta.

Assim, a distribuição geográfica desta acção teve uma maior incidência no Centro Norte e em Lisboa e Vale do Tejo, não obstante a ampla divulgação nacional que foi realizada, para que todas as organizações associadas pudessem ser contempladas como beneficiárias das acções.

ADER SOUSA

Público Alvo: Mulheres Desempregadas / Entidades - técnicas da área social

Conclusões da Sessão: A oficina foi desenvolvida tendo em conta as ligações entre os estereótipos de género e a empregabilidade e o empreendedorismo das mulheres, com o objectivo de incentivar uma maior participação destas no mercado laboral e empoderar os homens para um papel activo na vida familiar, contribuindo para a promoção do crescimento económico e da coesão social. Com esta oficina consideramos que contribuímos para um debate que permitiu identificar as boas práticas e algumas medidas concretas capazes de combater a discriminação de género e promover uma mais efectiva igualdade de oportunidades. Cremos, portanto que a iniciativa revelou-se bastante pertinente devido às temáticas em causa, pretendendo-se estimular e contribuir para divulgação e implementação de ideias e projectos transformadores e disseminar novas abordagens e soluções sustentáveis que criam valor social.

ADM ESTRELA

Público Alvo: Agentes educativos (professor@s, formador@s, animador@s territoriais, empresári@s, entre outr@s), Técnic@s e dirigentes de organizações públicas ou privadas.

Conclusões da Sessão: A sessão, contribuiu para a aquisição de conhecimentos e comportamentos na área de

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Empreendedorismo, tendo sido estruturada com a apresentação de novas metodologias de trabalho e de promoção de noções de empregabilidade e empreendedorismo.

Os objectivos delineados para a Oficina foram alcançados com êxito, através da dinâmica criada pela Animadora, e pelas técnicas de apresentação das metodologias, tendo permitindo uma maior interacção e dinâmicas entre o grupo.

As metodologias apresentadas foram esclarecedoras no âmbito do desenvolvimento de competências determinantes para uma atitude empreendedora e promotora de empregabilidade. A troca de experiências entre @s diversos beneficiários, foi enriquecedora no sentido em que a diversidade de áreas de trabalho, de formação, assim como experiências de vida permitiu um leque diversificado de estratégias e de aplicabilidade das competências adquiridas na sessão em diversos campos de actuação.

ADRL

Público Alvo: Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais e empresas.

Conclusões da Sessão: Maioria destas medidas já era conhecida pelas entidades, sendo que várias delas já recorreram às mesmas, contudo durante debate e a troca de experiências foram dadas algumas sugestões:

- A nível dos estágios profissionais deveria haver um acompanhamento mais personalizado aos estagiários, ou seja, deveria existir, antes de integrar o estagiário, uma formação sobre o que é uma empresa e como deve ser a sua conduta de trabalho dentro desta. Para que a pessoa ao entrar como estagiário não entre apenas no mercado de trabalho, mas participe neste.

- Relativamente a outras medidas não apresentadas aqui foi sugerido que a nível da formação profissional deverá existir uma maior articulação entre as entidades promotoras e as necessidades do mercado, ou seja, planear os cursos com as empresas de modo a que não se façam cursos em vão.

- Como trabalho futuro recomendam que se faça um levantamento / diagnóstico das necessidades relativamente à mão-de-obra que satisfaça as necessidades reais das entidades contribuindo para uma mão-de-obra mais qualificada.

ATLAS

Público Alvo: Técnico de Emprego/Técnico Social/Animador GIP’S

Conclusões da Sessão: O primeiro grupo de trabalho, constituído por 8 técnicos e técnicas, debruçou-se e reflectiu sobre o tema “Velhos e Novos Programas de combate ao Desemprego – O que fazer? As reflexões foram dirigidas pela psicóloga e Técnica do Gabinete da Inserção Profissional da Escola Profissional de Economia Social, tendo estas reflexões incidido maioritariamente sobre os Novos Programas de Combate ao Desemprego, uma vez que, sendo todas profissionais que Animam GIP’S e que estes são recentes, tendo surgido apenas em meados de 2008, havia um desconhecimento dos Velhos métodos de combate ao desemprego e, como tal, muitas dificuldades em reflectir de forma rigorosa sobre os mesmos. Este tema (Os novos programas de combate ao desemprego) gerou um caloroso debate entre as várias constituintes deste grupo de trabalho. Estas técnicas, que trabalham em rede, fazendo a ligação entre os vários serviços e apoios à inserção profissional e procura de emprego das várias freguesias do centro do Porto, referiram que a maior dificuldade que sentem no seu contexto laboral é a articulação entre o IEFP e os Gabinetes de Inserção Profissional referindo que deveria haver um representante do IEFP que os acompanhassem e procurasse resolver dúvidas. Este contacto com o IEFP, sempre tão burocrático e institucional não dá as respostas necessárias às técnicas que procuram inserir os desempregados na vida activa. Em suma, unanimemente as técnicas referiram não existir articulação nem com os/as Técnicos/as da Segurança social, nem com os/as técnicos/as do IEFP. O sentimento generalizado que foi transmitido aos restantes participantes assemelha-se a um sentimento de abandono e confusão entre os vários serviços. Este grupo de trabalho programou os próximos meses e as metodologias de trabalho a seguir.

O segundo grupo, constituído por 5 participantes, debruçou-se sobre o Tema do Auto Emprego e Empreendedorismo Imigrante. Deu-se a conhecer os programas do IEFP de incentivo ao Auto emprego e criação do próprio emprego, dificuldades e condições de acesso aos referidos programas para os imigrantes. Este grupo de trabalho concluiu que os Imigrantes que se encontram em situação irregular não têm acesso aos incentivos do IEFP para o Auto emprego e que, caso este acesso fosse possível, seria mais uma forma de tornarem a sua situação regular em Território Nacional. Deu-se ainda a conhecer o PEI, as condições de acesso e os incentivos ao programa, assim como os prazos estipulados para receber os incentivos e prémios para a criação da própria empresa, tendo os técnicos e participantes tecido sérias críticas às condições de acesso e aos prazos de entrega dos prémios para a abertura das empresas. Questionamos também a viabilidade e sustentabilidade dos negócios que os Imigrantes procuram desenvolver em Portugal, havendo, na maioria das vezes, uma predominante preferência em abrir negócios que não se adequam à realidade portuguesa, mas que vão de encontro à realidade dos Países da naturalidade dos candidatos. Há portanto, uma enorme necessidade de acompanhar estes potenciais empresários e levá-los a compreender as necessidades do mercado português, procurando que se distanciem dos seus afectos e vejam a criação da sua empresa como sendo lucrativa e adequada às necessidades do País de Acolhimento. Foi ainda possível verificar que os incentivos e programas estão centralizados em Lisboa e que as instituições que trabalham e apoiam os imigrantes empreendedores no âmbito do PEI, não

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recebem financiamento algum.

No 3.º Grupo de trabalho, foi possível reflectir sobre as lacunas de acesso ao PRODESCOOP, dar a conhecer o mesmo aos restantes membros do grupo, bem como a participação e experiência da Atlas no apoio à criação de algumas Cooperativas. Apresentou-se o programa PRODESCOOP, formas de acesso e o financiamento, criticando-se o pagamento tardio dos prémios às novas Cooperativas, que em muitos casos, só recebem este apoio monetário um ou dois anos após a candidatura, havendo em muitas situações, uma agonia financeira intensa durante este período. Foram ainda referidos os prazos de candidatura ao programa de incentivo à contratação para os potenciais interessados em constituir uma Cooperativa. A extinção do Instituto António Sérgio também foi motivo de reflexão não havendo um consenso dos participantes quanto à necessidade e vantagens da sua dissolução para o sector cooperativo. Todavia, o grande objectivo deste grupo de trabalho, divulgar e promover o trabalho associado, foi cumprido, dado que foi proposto por uma Técnica de Emprego/Animadora de GIP, a realização de uma acção de formação para Técnicos/as, no sentido de prepara-los/as e capacita-los/as para divulgar o trabalho associado e as formas de constituição de cooperativas, junto dos seus utentes.

ETNIA

Público Alvo: Desempregados (as), pessoas com emprego precário, imigrantes, associações de imigrantes

Conclusões da Sessão: Esta acção teve o apoio da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho do Centro InterculturaCidade, e contou com a colaboração da ANOP e da AFAIJE (Associação dos Filhos e Amigos da Ilha de Jeta). Nesta acção participaram tanto representantes de organizações como pessoas com ideias concretas para criação dos seus próprios empregos mas com fortes carências técnicas e financeiras. A Etnia apresentou aos presentes o projecto “Oficinas do Mundo”, que tem sido realizado e divulgado gradualmente desde 2008 e agora com perspectivas de consolidação de forma a transformar-se numa iniciativa autónoma e permanente, que permita a criação de emprego para artistas, artesãos e animadores culturais que enfrentam dificuldades de empregabilidade. O projecto, que a ETNIA acredita poder ser uma boa solução nomeadamente para valorizar competências e saberes tradicionais das comunidades migrantes, foi bem acolhido pelo público e despertou interesse em alguns participantes que desenvolvem trabalho nessas áreas, os quais mostraram disponibilidade para aderir à iniciativa.

Também o representante da AFAIJE, Tomé Correia, referiu um projecto - Tecelagem de Panos Tradicionais da Guiné-Bissau - que tem aspirações a tornar-se numa iniciativa que possa gerar emprego para alguns imigrantes guineenses que dominam essa tecnologia popular ancestral do país e da África Ocidental.

Houve ainda espaço para uma conversa com algumas mulheres da Freguesia de Santos-o-Velho que dinamizam actualmente uma venda de Natal, assim tentando explorar possibilidades de venda de produtos diversos, tanto no imediato como a médio prazo.

Carlos Ribeiro, dirigente da ANOP, focou alguns pontos fundamentais sobre empreendedorismo inclusivo e deu sugestões para o possível fortalecimento do projecto Oficinas do Mundo. Falou ainda sobre as Oficinas de Projecto, uma metodologia de apoio a desempregados que buscam soluções para a sua reinserção profissional e auto-emprego e propôs que a Junta de Freguesia de Santos-o-Velho apoie a criação de uma Oficina Permanente nessa área da cidade, dinamizada pelas organizações da sociedade civil que já estão a intervir nessa perspectiva, como forma de combater o desemprego existente na área.

Acção 1.2.) Aplicação do produto Gestão de Percursos Sociais em 3 territórios –––– Foram desenvolvidas 3 oficinas dispersas pelo território nacional, envolvendo um total de 43 entidades e 62 participantes (51 mulheres e 11 homens).

As oficinas foram desenvolvidas em parceria local com 2 entidades da rede Animar (FAJUDIS| MONTE que se candidataram à sua realização, após anúncio público para a rede via e-mail. Atendendo que não se verificaram mais candidatos do que o número de iniciativas, não foi necessário proceder à selecção de propostas, pelo que todas as entidades que se candidataram puderam realizar a oficina de acordo com a sua proposta.

A Animar, ao abrigo do Contrato Local de Desenvolvimento Social que se encontra a desenvolver em Vila Franca de Xira, dinamizou também uma acção.

Assim, a distribuição geográfica desta acção teve uma maior incidência no Alentejo e em Lisboa e Vale do Tejo/Médio Tejo, não obstante a ampla divulgação nacional que foi realizada, para que todas as organizações associadas pudessem ser contempladas como beneficiárias das acções.

Esta actividade contou com a participação activa do ISU, enquanto entidades responsável da parceria que desenvolveu o produto ao abrigo da Iniciativa Comunitária EQUAL.

Produto:

ReEmprega - Metodologia de Implementação de uma Rede Integrada para a Empregabilidade

O RedEmprega é um recurso técnico-pedagógico que pretende ilustrar como se pode montar um percurso de intervenção

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colectiva, apresentando as diferentes etapas de montagem de um rede local para a empregabilidade e uma metodologia de acompanhamento de percursos de inserção baseada na partilha interinstitucional de responsabilidades ao nível do atendimento, orientação e inserção de jovens.

SPERO - Plataforma Digital de Gestão de Percursos de Inserção

A Spero é uma ferramenta informática que possibilita o armazenamento e gestão de dados. Os dados ou conteúdos são inseridos pelos/as utilizadores/as.

Podem ser armazenados dados relativos a:

- Utentes ou pessoas que se pretendem orientar;

- Ofertas ou soluções para os utentes;

- Informação do acompanhamento e avaliação dos utentes como: Dados Pessoais; Diagnósticos; Histórico; Intervenções; Propostas de Intervenção; Atendimentos Individuais; Técnicos/as utilizadores/as que gerem estes dados; Organizações a que pertencem os/as técnicos/as; Dúvidas, erros e sugestões dos/as Técnicos/as utilizadores/as; Documentos de apoio aos/às Técnicos/as utilizadores/as.

A Sessão Dinamizada pela FAJUDIS destinou-se a: técnicos/as e dirigentes de organizações públicas ou privadas, principalmente de redes sociais/NLI que trabalhem com públicos que procurem orientação para questões ligadas com a empregabilidade e a inclusão social.

A Sessão dinamizada pela MONTE destinou-se a: Técnicos/as Superiores da Administração Local | Agentes de Desenvolvimento Local | Professores/as Universitários/as | Técnicos/as IPSS's e ONG's e Técnicos/as Superiores.

A Sessão dinamizada pelo Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vila Franca de Xira coordenado pela Animar destinou-se a: Organizações de apoio ao processo de inserção e seus profissionais; Organizações não governamentais, IPSS e organismos públicos de papel relevante na dinamização de parcerias; Associações Empresariais, entidades Formadoras entre outras; Técnicos/as internos/as e de instituições parceiras que possam vir a utilizar o programa em questão de modo a melhorar a intervenção social.

Acção 2.1.) Portal 3Sector –––– Foram registados um total de 65224 acessos.

Esta acção tem como actividades principais a divulgação através do Portal 3Sector (http://www.3sector.net) de: produtos e serviços locais; mecanismos financeiros; alimentação da legislação nacional e comunitária na área do emprego e disseminação de estudos de caso e práticas inovadoras na área do empreendedorismo.

No primeiro semestre foram registados 27957 acessos ao Portal 3Sector, tendo-se terminado com um número de acessos superior aos 50.000 expectáveis.

No que concerne ao Portal, o mesmo é actualmente gerido por uma parceria, após o terminus de apoio por parte da EQUAL em Junho de 2009. Esta parceria é constituída por um conjunto de 6 entidades, entre as quais a Animar (entidade fundadora), Cáritas Portuguesa (entidade fundadora), Cooperativa António Sérgio para Economia Social, ISS, IP – Instituto da Segurança Social, CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Particularidade Social.

O Portal encontrou-se no último semestre a ser alimentado em quase exclusivo pela Animar, esperando-se que em 2010 no primeiro trimestre seja realizada uma avaliação da informação que nela consta, no sentido de a melhor adaptar às necessidades e à condução de um processo de sustentabilidade desta mesma plataforma. Os custos de actualização e de suporte informático são divididos de forma equitativa pela entidades que protocolocaram a sua utilização.

O Apoio do Acordo IEFP tem sido fundamental para apoiar a actualização de informação no domínio da empregabilidade e do empreendedorismo, nomeadamente nas áreas do Portal: Informação/Documentação e Apoio ao Empreendedorismo.

Acção 2.2.) Produção e difusão da informação –––– Distribuição da informação electrónica junto organizações ligadas ao desenvolvimento local: 1600 organizações de desenvolvimento local | 600 organismos públicos ou pessoas a eles ligadas | 250 municípios | 1600 pessoas em nome individual.

Foram editados dois números da revista Vez e Voz e distribuídos por cerca de 500 entidades e 250 pessoas.

Realizaram-se 11 números Info Animar (em formato electrónico na página da Animar e papel).

Registaram-se 51.512 Acessos à página Animar (http://www.animar-dl.pt)

Relativamente ao Centro de Recursos em Conhecimento (CRC) o mesmo não existia ainda como espaço físico organizado e mobilado, pelo que no primeiro semestre foi este essencialmente este o investimento realizado. Paralelamente estabeleceu-se

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uma plataforma de entendimento com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para a disponibilização de um espaço no edifício Ninho de Empresas para este fim.

No final do primeiro semestre e início do primeiro semestre avançou-se no processo de catalogação da base de dados da Animar (acesso presencial e electrónico), tendo-se avançado no último trimestre para os contactos de operacionalização da integração da base de dados Animar no sistema Horizon.

Estávamos à espera de começar a utilizar o sistema, mas devido a um problema informático no sistema Horizon não foi possível cederem-nos palavras-chave de acesso, facto que não foi possível ultrapassar até ao final de 2009. Espera-se que o problema seja resolvido no início do ano, até porque a NOVABASE informou que o problema já tinha sido ultrapassado e que a instalação deveria ser realizada pela internet, devendo o IEFP facilitar os dados de acesso para essa instalação.

Acção 3.1.) Dinamização de Plataformas Regionais –––– Esta acção procurava dinamizar as seguintes actividades: Reuniões de direcção da Animar dispersas no território nacional; Audiências com diferentes interlocutores nacionais e regionais e Visitas a iniciativas regionais da rede Animar ou a outras Organizações do Terceiro Sector.

Reuniões de Direcção da Animar

Durante o ano de 2009, foram realizadas um total de 11 reuniões de direcção (restrita e alargada), distribuídas da seguinte forma:

16 Janeiro 2009 | Vialonga OT: Informações / Situação financeira / Projectos / MANIFesta 4 Fevereiro 2009 | Vialonga OT: MANIFesta 13 Fevereiro 2009 | Vialonga OT: Discussão da MANIFesta e estratégia de planificação e envolvimento de actores e da rede 17 Março 2009 | Vialonga OT: Discussão da MANIFesta e estratégia de planificação e envolvimento de actores e da rede 1 Abril 2009 | Vialonga OT: Discussão de projectos / Aprovação da proposta final de Acordo a enviar ao IEFP 7 Abril 2009 | Peniche OT: Operacionalização da MANIFesta 9 Julho 2009 | Vialonga OT: Apreciação e deliberação sobre o Plano de Actividades de 2009 | Apreciação e deliberação sobre o Relatório de Actividades e Contas de 2008 | Avaliação da MANIFesta 2009 | Apreciação e deliberação sobre proposta de alteração do calendário eleitoral | Outros Assuntos. 18 Setembro 2009 | Vialonga OT: Informações | Projectos | Gabinete | Conclusões da Assembleia Geral | Debate Nacional: estratégia para o Desenvolvimento local 17 Dezembro 2009 | Vialonga OT: Ponto de Situação da proposta de 2009 do Acordo IEFP/Animar 20 Dezembro 2009 | Chãos/Rio Maior OT: Ponto de situação geral das actividades e projectos da Animar

Audiências com diferentes interlocutores nacionais e regionais

No que concerne às audiências destacamos a participação da Animar nas reuniões com o Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional no âmbito da REGICOOPERATIVA nos dias 19 de Fevereiro e 8 de Abril e mais duas realizadas durante o último trimeste do ano.

Destacamos ainda a participação no dia 20 de Junho da Reunião do Conselho Regional de Lisboa e Vale do Tejo e do PRODER e no dia 22 de Dezembro no PROALV.

Apesar de não terem sido contabilizadas formalmente para a execução física como audiências ao abrigo do Acordo, atendendo ao carácter de apoio do IEFP à MANIFesta gostaríamos ainda de ressaltar as audiências realizadas com o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, com o Presidente do IEFP, com a Presidente da CIG, com o Presidente do ISS, com o Presidente da CCDRLVT e com a Gestora da EQUAL.

Visitas a iniciativas regionais da rede Animar ou a Outras Organizações do Terceiro Sector

30 Março – Grupo de Trabalho sobre Administração Local, Ambiente e Território

3 Abril – Grupo de Trabalho sobre Independência Económica, Empreendedorismo e Conciliação

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25 Maio – Grupo de Trabalho sobre Inclusão Social

10 de Setembro – Encontro Regional do Projecto MEDISS em Moura a convite da associada ADC Moura

12 Outubro – Grupo de Trabalho sobre Inclusão Social

19 Outubro – Grupo de Trabalho sobre Independência Económica, Empreendedorismo e Conciliação

4 Novembro – Reunião da Rede Animar para discussão do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego

Novembro – Participação no Fórum Ibero Americano

21 Novembro – Seminário Ibérico de Igualdade para Tod@s no Porto a convite da ASI.

Acção 3.2.) Reuniões técnicas de apoio e dinamização da rede Animar –––– Foram realizadas 6 visitas técnicas à Rede Animar com o intuito de dar a conhecer os produtos da Animar, oportunidades de parceria e de financiamento e simultaneamente reforçar a rede. Foram envolvidos/as nesta actividade 45 pessoas (24 mulheres e 21 homens) e 16 entidades (ADCL - Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais, entidade acolhedora na iniciativa, o CLAP - Centro Local de Animação e Promoção Rural, Ader Sousa - Associação de Desenvolvimento Rural das Terras de Sousa e AJD - Associação Juvenil de Deão, Fajudis - Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, ADRL - Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões, Adiafa - Associação para o Desenvolvimento Integrado da Freguesia de Alcobertas, Cooperativa Terra Chã, Activar - Associação para a Cooperação da Lousã, ATLAS – Cooperativa, C.R.L., ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela, ADM Estrela - Associação de Desenvolvimento e Melhoramentos, CFTL - Centro de Formação e Tempos Livres, ESDIME - Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste, ETNIA - Iniciativas Culturais, CRL¸ ADEPE - Associação para o Desenvolvimento de Peniche).

A Animar propôs-se a realizar, por via do presente Acordo, reuniões técnicas também designadas como debates regionais, descentralizadas no território nacional, designadamente dois debates regionais para a Rede Animar por região (Norte, Centro, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo), perfazendo um total de oito debates, a partir dos quais a Animar pretendeu definir uma visão estratégica para a rede e para o desenvolvimento local. Dois destes debates previstos para o Alentejo não se vieram a verificar fruto de uma dificuldade de conciliação de agenda impossível de ultrapassar.

A necessidade de realização destes debates regionais, questionadores das práticas, dos procedimentos e das estratégias existentes, decorre da falência do modelo actual de desenvolvimento, bem evidente na crise que vivemos, sendo a Manifesta’09 a expressão de um modelo alternativo. Neste sentido, as organizações cívicas e solidárias surgem como uma força social real, forjada na gestão e no confronto com crises, que trabalha em contextos vulneráveis e produz soluções concretas para problemas concretos, à escala local.

Assim, sendo a Animar uma estrutura onde estas entidades se articulam em rede, encontra-se particularmente bem posicionada para orientar, enquadrar e articular com coerência estratégica a actuação das organizações cívicas e solidárias, que apresentam um papel decisivo e activo para o desenvolvimento dos seus territórios, conferindo-lhe uma responsabilidade acrescida.

Os debates regionais realizados tinham como finalidade a definição de um pensamento estratégico para a Rede Animar, de modo a possibilitar a sua operacionalização para as respostas a problemas sociais e económicos em meio rural e em meio urbano. Para tal, estes debates apresentavam como principiais objectivos: (1) Equacionar problemáticas do desenvolvimento local e da rede Animar em particular; (2) Reforçar o inter-conhecimento na rede Animar, construindo problemas, identificando objectivos e estratégias, linhas de actuação e desenvolvimento de projectos, etc. e (3) Conhecer produtos da Animar, oportunidades de parceria e de financiamento.

A Animar recorreu a metodologias de participação activa (focus group) para dinamização dos referidos debates, nomeadamente por via da utilização de instrumentos e técnicas utilizados na metodologia de Gestão de Ciclo de Projecto, como é o caso da árvore de problemas e objectivos.

De modo a uniformizar os resultados dos debates regionais, a equipa de gestão da actividade definiu com a equipa de dinamizadores regionais quais os objectivos da primeira e da segunda sessão. Assim, a primeira sessão destinava-se à apresentação um caderno de produtos, linhas de financiamento e oportunidades de parceria operacionalizada ou em operacionalização pela Animar, levantamento de problemas sociais e económicos dos territórios e articulação dos mesmos com a intervenção da Animar (construção árvore de problemas) e o preenchimento de um questionário de levantamento de linhas de financiamento, parcerias e produtos locais/regionais de interesse para divulgação pela rede Animar. A segunda sessão, por sua vez, incidia sobre a discussão da árvore de objectivos a partir da árvore de problemas realizada na sessão anterior, discussão de objectivos gerais, finalidade e resultados e apresentação dos resultados do questionário de levantamento de linhas de financiamento, parcerias e produtos locais/regionais de interesse para divulgação pela rede Animar.

A equipa de dinamizadores dos debates regionais foi constituída por animadores/as da rede Animar e por membros da Direcção

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Local.

Ainda ao abrigo desta acção, foi dinamizada uma oficina sobre financiamento alternativo e banca ética realizada, permitindo um aprofundamento da operacionalização de um Banco Ético em Portugal, onde participaram 7 entidades e 13 participantes.

Esta oficina foi realizada no dia 29 de Dezembro no ISCTE, tendo este momento sido participado por 7 entidades que corresponderam a um total de 13 participantes.

Esta oficina surgiu na sequência da MANIFesta 2009 em Peniche em resultado de um processo de tomada de consciência para as necessidades de criação de uma estrutura e uma estratégia que possibilita a criação de um sistema alternativo de financiamento das organizações da economia social e solidária, há semelhança das experiências já existentes em muitos países do mundo.

Discutiram-se diferentes experiências em Portugal que poderão possibilitar alguma reflexão sobre o legado neste domínio, nomeadamente: microcrédito (liderado de forma pioneira pela ANDC mas hoje já alargado a outras entidades como é o caso da Fundação Aga Khan); Charity Bank; Bolsa de Valores Sociais; experiência do Governo Regional dos Açores em parceria com a Cresaçor; FAME; projectos de capital de risco solidário do ISCTE de apoio a uma comunidade cigana de Carrazeda de Ansiães, e a comunidades de Cabo Verde e Moçambique (com inspiração no Grupo de Capital de Risco CIGALE com o objectivo de se congregar um grupo limitado de pessoas que constituem um fundo, estudam o projecto e apoiam esse mesmo projecto financeiramente) e Sociedades de Desenvolvimento Local – Fundos de Investimento Éticos (experiência liderada pela Câmara Municipal de Castanheira de Pêra nos anos 80).

Uma realidade que é necessário combater é a perversão actual quando os bancos falam de microcrédito, sendo que não o é. Isto porque as acções que directamente desenvolvem não lutam contra a pobreza e exclusão social, mas unicamente contribuem para a atenuação da taxa de desemprego de determinadas camadas da população como é o caso dos jovens recém licenciados.

A Cooperativa António Sérgio para a Economia Social pretende também trabalhar no domínio da consolidação de processo ligado a financiamento ético, sendo que esta estrutura será certamente um suporte importante para que esta ideia consiga finalmente vingar.

Da análise da legislação actual verifica-se que é muito difícil a criação de um novo banco. Esta realidade só seria possível com o apoio de bancos ligados à economia social como é o caso do Montepio ou da Caixa de Crédito Agrícola. No Brasil e África atendendo que existe outra flexibilidade ao nível da legislação, estes países têm grande facilidade em colocar em marcha acções de microcrédito, funcionamento para efeitos de juro como uma empresa, mas como objectivo de combater a Pobreza e Exclusão Social. Foi dado o exemplo de uma organização em Porto Alegre que faz mais de 2000 empréstimos por ano.

A Animar procurará definir durante o ano de 2010 para estratégia e algumas metas para a prossecução deste objectivo. Identificaram-se já na oficina alguns parceiros nacionais e internacionais a ter em conta, nomeadamente: Câmaras Municipais, Bancos com génese na Economia Social; Fundação Aga-Khan; Cooperativa António Sérgio para a Economia Social; Ministério das Finanças; Banca Ética de países como Itália, Holanda, Inglaterra e Espanha/Catalunha.

Um dos produtos importantes que poderá contribuir para a definição de uma estratégia será um Livro Branco de Financiamentos Alternativos em Portugal, sintetizando boas práticas neste domínio. A Animar fará um esforço para conseguir concluir durante o ano de 2010 este output importante de apoio a outras metas.

Para além disto, a Animar deverá encetar um trabalho importante de sensibilização de grupos parlamentares para uma iniciativa legislativa, sendo este trabalho tão mais premente porque as instituições da economia social lutam com graves problemas de tesouraria.

Assim, apontou-se como linhas de trabalho neste domínio para o primeiro semestre de 2010:

• Levantamento de experiências de apoio a pessoas e instituições (financiamentos alternativos);

• Verificar aprofundadamente ao nível legislativo o que é que a lei permite neste domínio. (a jurista que faz parte da direcção faria uma compilação documental destes diplomas);

• Iniciar contactos com instituições nacionais que possam ser parceiras ou referências neste domínio de mercado;

• Iniciar contactos com organizações internacionais que sejam referências de boas práticas no domínio do financiamento alternativo;

• Solicitar audiências no sentido de sensibilizar os grupos parlamentares para uma iniciativa legislativa.

Acções 4.1 e 4.2.) Finalização do processo Assembleia da VIII MANIFesta, a realizar em 2009 e Finalização da

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Qualificação de Agentes Dinamizadores da MANIFesta 2009.

Estas acções foram prolongadas até Janeiro de 2009 no sentido de serem finalizadas, contudo os respectivos resultados já foram alvo de análise no Relatório de Actividades de 2008.

Nº de pessoas e entidades envolvidas no projecto: No que concerne ao apuramento do número de pessoas e organizações envolvidas nas actividades, atingiu-se no âmbito do acordo um total de 3686 entidades e 2544 pessoas nas acções consideradas de envolvimento directo das organizações e 3686 entidades e 119280 pessoas no total, contando com as acções de envolvimento indirecto, como sejam o Portal 3Sector e a página da Animar.

As acções relativas aos Eixos 2 e 3 são de dimensão nacional e como tal de difícil apuramento relativamente a impactes directos no envolvimento e dinâmica territorial, contudo nas acções previstas no Eixo 1, foi possível apurar o número de concelhos abrangidos pelas iniciativas, num total de 67 concelhos (10 na Região Norte, 41 na Região Centro, 2 na Região de Lisboa e Vale do Tejo e 14 na Região Alentejo).

Produtos/Resultados:

- Metodologias de apoio à empregabilidade e ao empreendedorismo disseminadas;

- Produto Gestão de Percursos Sociais Implementado em 3 territórios;

- Comunicação e Informação intra e transterritorial dinamizada;

- Pólos (associados) da Animar dinamizados e a trabalhar em rede;

- Caderno de apoio ao empreendedorismo e emprego criado e disseminado junto da rede.

Impactes do projecto:

- Promoção da consolidação da Animar enquanto voz do Movimento de Desenvolvimento Local;

- Promoção, defesa, difusão e intercâmbio de boas práticas desenvolvidas por organizações da economia social e solidária;

- Promoção e dinamização de acções que contribuem para a afirmação e consolidação do Movimento do Desenvolvimento Local;

- Valorização da posição da Animar enquanto recurso/capital colectivo do Movimento do Desenvolvimento Local e espaço de agregação e mobilização de competências.

- Dinamização do Portal 3Sector no sentido de promover uma cultura empreendedora, divulgar instrumentos financeiros, produtos e serviços locais;

- Produção e difusão de informação electrónica e em papel para actores do desenvolvimento local em articulação com outros parceiros sociais;

- Consolidação e dinamização de plataformas regionais, no sentido de apoiar e divulgar o trabalho que as ADL (Associações de Desenvolvimento Local) promovem no âmbito da empregabilidade e empreendedorismo;

- Mobilização de Organizações e Iniciativas de Desenvolvimento Local para processos participados de aprofundamento de diagnóstico da rede e de conhecimento de produtos inovadores;

- Divulgação de actividades, produtos e iniciativas da economia social, da sociedade civil e das entidades do Estado a nível central e local que desenvolvem trabalho no âmbito do Desenvolvimento Local;

- Fomento de uma política de descentralização das actividades da Animar pelos diferentes associados da rede, sendo esta metodologia adoptada para o reforço e dinamização do conceito de plataformas regionais.

- Dinamização da participação activa dos associados, em resposta às actividades propostas para 2008 ao abrigo do Acordo,

envolvendo-se directamente nas actividades promovidas ao abrigo do Acordo;

- Acesso à participação em dinâmicas associativas regionais e nacionais em especial das associações e agentes sediados em territórios mais distantes ou marginalizados;

- Disponibilização de informação para o movimento de desenvolvimento local em articulação com outros parceiros sociais, utilizando diferentes suportes: web (página Animar e Portal 3 Sector), digital (e-mail) e papel (Vez e Voz);

- Produção, edição e difusão de documentos/publicações: revista Vez e Voz, Página Animar, Portal 3 Sector - produtos e serviços locais, mecanismos de financiamento, legislação nacional e comunitária na área do emprego, estudos de caso e

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práticas inovadoras na área do empreendedorismo;

- Qualificação da rede, através de oficinas de divulgação de produtos inovadores no domínio da empregabilidade e empreendedorismo (previstas no Eixo 1).

3.3. Projecto “Animar o Bairro” - Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vila Franca de Xira

Enquadramento

Em 2007 surgem os Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), um programa financiado pelo Instituto de Segurança Social, que convida as Câmaras Municipais (constituídas como Entidades Locais Executoras das Acções) a celebrar um protocolo para o desenvolvimento de um Contrato Local de Desenvolvimento Social no seu concelho, abraçado e gerido por uma organização local (constituída como Entidade Coordenadora Local de Parceria). O CLDS tem por finalidade promover a inclusão social dos cidadãos, de forma multissectorial e integrada, através de acções a executar em parceria, de forma a combater a pobreza persistente e a exclusão social em territórios deprimidos. Destina-se, portanto, a territórios críticos das áreas metropolitanas, territórios industrializados com forte desqualificação, territórios envelhecidos ou territórios fortemente atingidos por calamidades. Para que os projectos tenham em conta a finalidade arquitectada pelo ISS, têm de se basear em quatro eixos obrigatórios de intervenção: emprego, formação e qualificação; intervenção familiar e parental; capacitação da comunidade e das instituições e informação e acessibilidade.

Em Março de 2008, é celebrado um protocolo entre a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a ANIMAR e o ISS,IP que posteriormente deu origem ao Plano de Acção do projecto “Animar o Bairro” (Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vila Franca de Xira).

Através deste projecto a Animar põe ao serviço da sua comunidade envolvente a experiência e a competência que tem vindo a reunir ao longo dos anos quanto a projectos de Desenvolvimento Local, Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Humano. E futuramente colocar ao serviço dos Associados da Animar a experiência das boas práticas aplicadas no contexto do Contrato Local de Desenvolvimento Social.

Objectivo

Depois de diagnosticadas as necessidades dos dois territórios de intervenção do projecto “Animar o Bairro” em articulação com os parceiros locais, foi definido como principal objectivo do projecto reforçar as competências pessoais, sociais e profissionais dos indivíduos para potenciar a sua integração socioeconómica.

Territórios de Intervenção: Bairro Olival de Fora (Vialonga) | Urbanização do Vale de Arcena (Alverca)

Duração do projecto: 1 de Agosto de 2008 a 31 de Julho de 2011.

Eixos de Intervenção e Acções do Projecto “Animar o Bairro”

Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação Acção 1 - Gabinete de apoio à empregabilidade / Empreendedorismo; Acção 2 - Acções de sensibilização e formação para o Empreendedorismo; Acção 3 - Apoio à criação de Microempresas e Empresas de Inserção; Acção 4 - Acções de sensibilização para empregadores do concelho; Acção 5 - Acções de qualificação / requalificação profissional.

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Eixo 2 – Intervenção Familiar e Parental Acção 6 - Acções de Formação Parental; Acção 7 - Serviço de Acompanhamento Psicossocial (SAPSO); Acção 8 - Apoio à definição de respostas às necessidades da primeira infância; Acção 9 - Cursos de alfabetização | Cursos de português para imigrantes; Acção 10 - Acções de informação e prevenção na área da Saúde Comunitária.

Eixo 3 – Capacitação da Comunidade e das Instituições Acção 11 - Desenvolvimento e reforço das dinâmicas associativas locais; Acção 12 - Acções de formação para dirigentes de organizações locais; Acção 13 - Apoio à formação de voluntários; Acção 14 - Acções de formação para técnicos das organizações locais e equipa técnica do projecto “Animar o Bairro” sobre métodos de intervenção participativos.

Eixo 4 – Informação e Acessibilidade Acção 15 - Acções de formação no domínio das TIC; Acção 16 - Criação e animação de espaços de acesso gratuito à Internet para a população; Acção 17- Desenvolvimento de dinâmicas de cidadania informática comunitária.

Eixo 5 – Cultura Acção 18 - Apoio e dinamização de eventos culturais.

Eixo 6 – Educação Ambiental Acção 19 - Acções de sensibilização e formação na área ambiental

Eixo 7 – Avaliação (transversal a todos os eixos) Acção 20 - Avaliação e monitorização sistemática do projecto. Parceiros: Centro Comunitário de Arcena | Centro Comunitário de Vialonga | Agrupamento de Escolas de Vialonga | Agrupamento de Escolas de Vialonga | Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso | Associação de Intervenção Social e Comunitária (AISC) | Equipa de Crianças e Jovens (ECJ) | Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) | Segurança Social | Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências (PIPT) | Empresários para a Inclusão Social (EPIS) | Direcção Geral de Reinserção Social | Associação de Africanos do Concelho de Vila Franca de Xira | Associação para o Bem Estar Infantil de Vialonga (ABEIV) | Fundação CEBI | Junta de Freguesia de Vialonga | Junta de Freguesia de Alverca | Unidade de Saúde Familiar de Villa Longa | PSP de Alverca | GNR de Vialonga | Gama de Apoio ao Movimento Associativo (GAMA) – CMVFX | Banco Voluntariado de Vila Franca Xira | Centro de Emprego | Centro de Formação Profissional de Alverca | Clube de Emprego - Junta de Freguesia de Alverca | CACI – Centro de Apoio ao Conhecimento e Integração (Arcena e Vialonga) | ANDC (Associação Nacional de Direito ao Crédito) | AERLIS – Associação Empresarial de Lisboa | CLAI- Centro Local de Apoio à Integração do Imigrante | CASBA

Eixo de Intervenção I - “Emprego, Formação e Qualificação”

Gabinete de Apoio à Empregabilidade e ao Empreendedorismo

No âmbito do Gabinete de Apoio à Empregabilidade e ao Empreendedorismo (GAEE) de Abril a Dezembro de 2009 foram recolhidos os seguintes indicadores.

Nº de Atendimentos na área da Empregabilidade 83

Nº de Atendimentos na área do Empreendedorismo 13

Nº de Utentes Encaminhados para Formação Profissional 113

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Nº de Utentes encaminhados para Ofertas de Emprego 34

Tabela 1 – Indicadores da Intervenção do Gabinete de Apoio à Empregabilidade e Empreendedorismo

Neste âmbito, foram ainda dinamizados dois cursos de Técnicas de Procura de Emprego para utentes desempregados. Este espaço formativo teve como principal objectivo proporcionar acesso a estratégias e técnicas de procura de emprego que potenciam um enquadramento laboral de sucesso. De salientar que em ambos os cursos foram utilizadas as novas tecnologias de informação e comunicação, privilegiando uma intervenção multidisciplinar.

Acções de Qualificação e Requalificação Profissional

Ao nível da formação foram aferidas quais as necessidades dos destinatários dos dois bairros de intervenção abrangidos pelo projecto ANIMAR o BAIRRO. A respectiva informação foi encaminhada para o Centro de Formação Profissional de Alverca que de acordo com o seu plano formativo, convocou os utentes para aferir qual a disponibilidade em frequentar os cursos ainda em aberto. Em Janeiro de 2010, será divulgado o novo plano formativo para o ano 2010, estando neste momento a ANIMAR a aguardar uma resposta relativamente a possibilidade de o referido Centro poder desenvolver cursos de formação profissional no edifício Ninho de Empresas.

Acções de Sensibilização e Formação para o Empreendedorismo

Criação de Microempresas e Empresas de Inserção

No que diz respeito às acções supra citadas foi construído um programa de intervenção que se designa “Animar o Empreendedor”.

Este pretende que todas as pessoas que manifestem uma genuína vontade de desenvolvimento individual e de melhoria profissional, com potencial empreendedor encontrem e obtenham uma resposta no âmbito deste programa.

A sua metodologia assenta numa lógica que ensaie um modelo de cooperação estratégica público-privada capaz de tirar partido dos investimentos e políticas públicas (centrais e municipais), do saber universitário, da competitividade do sector empresarial e da experiência e sentido de missão do sector das solidariedades, unidos pela cooperação em torno de indivíduos empreendedores, gerando sinergias e capitalizando os seus efeitos.

Para a sua implementação esta metodologia prevê as seguintes etapas: 1. Divulgação/Sensibilização; 2. Candidatura; 3.Selecção; 4.Formação; 5. Apoio Técnico sistematizado às empresas.

Para a concretização deste programa foi constituído um grupo de trabalho que engloba as Associações Empresariais do concelho de Vila Franca de Xira, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira (entidade promotora do CLDS), as Juntas de Freguesia de Alverca e Vialonga, o Jornal Vida Ribatejana, o Jornal Triangulo, a SCC- Sagres e o Instituto de Emprego e Formação Profissional de Vila Franca de Xira. O grupo de trabalho após a apresentação do referido programa, considerou pertinente efectuar um protocolo de parceria englobando todas as entidades acima mencionadas e estabelecendo quais os contributos de cada um dos elementos do grupo de trabalho para o programa.

Realização de Acções de Sensibilização para Empresas do Concelho

No âmbito das Acções de Sensibilização para Empresas do Concelho foi organizado em parceria com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, as Associações Empresariais do Concelho e a Junta de Freguesia de Alverca e de Vialonga um seminário sobre a Responsabilidade Social das Empresas. Este evento teve como principal objectivo dotar os empresários da importância da responsabilidade social e das diferentes formas que esta pode transparecer na intervenção da sua empresa.

O seminário decorreu no auditório do Bom Sucesso e contou com a presença de cerca de 30 representantes de empresas e entidades do concelho de Vila Franca de Xira. Como oradores fizeram representar-se, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a SCC-SAGRES, o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), o Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE), a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e Associação para o Estudo e Integração psicossocial (AEIPS).

Eixo de Intervenção II - “Intervenção Familiar e Parental”

Acções de Formação de Parental | Acções de Sensibilização Parental

No âmbito da Formação Parental foram dinamizados 3 cursos que se destinaram a responsáveis familiares/cuidadores que

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residem nos 2 territórios de intervenção do projecto, o objectivo foi melhorar as competências parentais dos responsáveis familiares/ cuidadores. Estes foram encaminhados pelas Entidades Parceiras Locais, a CPCJ de Vila Franca de Xira, Segurança Social, ECJ de Vila Franca de Xira, Centro Comunitário de Vialonga, Centro Comunitário de Arcena, e AISC (Associação de Intervenção Social e Comunitária). Nas Acções de Formação Parental estiveram envolvidos 109 participantes.

Paralelamente aos cursos de Formação Parental foram realizadas 2 Acções de Sensibilização que se traduziram num Peddy – Papper (Caça ao Tesouro). O objectivo da actividade foi de uma forma lúdica e pedagógica trabalhar as competências parentais através da interacção entre pais e filhos. Nesta actividade estiveram envolvidos 109 participantes e voluntários.

Apesar de já ter sido ultrapassado o valor a atingir no final do Projecto, 120 famílias, no ano de 2010 prevemos a realização de Cursos de Formação Parental e Acções de Sensibilização Parental.

Serviço de Acompanhamento Psicossocial (SAPSO)

O SAPSO (Serviço de Acompanhamento Psicossocial) continua a desenvolver a sua intervenção através das seguintes vertentes: Avaliação Psicológica; Acompanhamento psicológico; Acompanhamento psicossocial. O objectivo do SAPSO é o acompanhamento e intervenção individual ou familiar das situações encaminhadas pelas Instituições Parceiras Locais. Assim, numa lógica de trabalho comunitário e em Parceria, é mantida uma comunicação privilegiada com as Instituições locais (Escolas, Centros Comunitários, Juntas de Freguesia, CPCJ, ECJ, Equipa de RSI, Centros de Saúde, Hospitais, Associações, entre outras). A intervenção deste serviço tem sido muito solicitada, levando à existência de uma lista de espera.

Neste serviço estão a ser acompanhados 341 indivíduos, sendo que, já foi ultrapassado o valor a atingir no final do Projecto (240 indivíduos).

No âmbito de intervenção do SAPSO estão ainda a ser criados grupos de ajuda mútua, neste sentido estão a ser realizados contactos telefónicos, reuniões e troca de e-mails, que visam a preparação e planificação de 2 grupos de ajuda – mutua, um para vítimas de violência doméstica e um Grupo de Ajuda – Mutua para pais que têm filhos com Deficiência Mental. Para tal, estão ou irão ser envolvidas diversas Entidades Parceiras, entre elas a GNR de Vialonga, a PSP de Alverca, a CIG, os Centros Comunitários, a Segurança Social, a CPCJ, a ECJ, o Tribunal de Família e Menores, as Juntas de Freguesia, o Agrupamento de Escolas de Vialonga, o SPO do Agrupamento de Escolas de Vialonga.

Apoio à definição às necessidades da primeira infância

Tal como estava previsto no plano de acção procedeu-se numa primeira fase à caracterização das necessidades de acompanhamento das crianças em idade pré-escolar do bairro de Arcena através da caracterização do número de crianças que não estão enquadradas em nenhum equipamento de infância, por outro lado, conhecendo e caracterizando as amas informais presentes neste território de intervenção. Até esta dada foi possível contactar com 4 amas informais. De salientar que este processo não foi muito fácil de diagnosticar porque as amas informais têm alguma dificuldade em compreender que a intervenção do projecto pretende integra-las e não denunciá-las.

Importa salientar que nesta primeira fase já foi possível mobilizar a Fundação CEBI (Alverca) para articular em toda a intervenção planeada para esta acção.

Entretanto têm sido efectuadas pesquisas ao nível de outras entidades que desenvolvam actividades semelhantes. Tivemos oportunidade de conhecer a Cooperativa Horas de Sonho durante uma visita às instalações da entidade, na qual a coordenadora nos esclareceu acerca da dinâmica dos seus serviços. Mostraram-se também disponíveis para colaborar com o projecto, inclusivamente ao nível da formação das amas.

Durante este ano, será construído e implementado um plano de formação para amas informais.

Alfabetização e reforço de literacia de adultos

Relativamente a esta acção, foram diligenciadas reuniões com os agrupamentos de escolas de Vialonga e do Bom Sucesso no sentido de aferir da pertinência da implementação de cursos de língua portuguesa para imigrantes e cursos de alfabetização em estruturas físicas “dentro” dos bairros, no Edifício Ninho de Empresas e no Centro comunitário, Vialonga e Arcena, respectivamente.

O agrupamento de escolas de Vialonga mostrou-se bastante receptivo à iniciativa, embora tenha referido que esta resposta já existia em horário pós-laboral. Numa óptica de rentabilização de recursos, reforçámos que a ideia seria promover os cursos em horário laboral, para que assim houvesse maior oferta de horário formativo para a comunidade. Foi efectuada divulgação, junto de parceiros locais e junto da própria comunidade, no entanto, e, apesar de muitas vezes verbalizarem o interesse contámos apenas com a inscrição formal de uma utente para o curso de língua portuguesa para estrangeiros.

Após alguma insistência, decorrente da falta de respostas às nossas propostas, o agrupamento de escolas do Bom Sucesso informou que não estaria disponível para colaborar nesta iniciativa, o que inviabilizou a prossecução da actividade.

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A equipa considera que atendendo aos resultados obtidos, a acção poderia ser revista e substituída por outra que fosse ao encontro das necessidades das populações abrangidas, nomeadamente um centro de actividades ocupacionais onde os utentes pudessem aprender actividades que de alguma forma sejam úteis no seu dia-a-dia.

Desenvolvimento de uma dinâmica de Saúde Comunitária

No âmbito desta acção foram realizadas duas Acções de Sensibilização contra a Gripe A, nos dois bairros de intervenção. O objectivo da iniciativa foi informar e divulgar informação acerca dos sintomas da Gripe A, as formas de transmissão do vírus, as medidas de prevenção para evitar o contágio e os procedimentos no caso de suspeita de ter contraído o vírus. Para a dinamização desta iniciativa a equipa contou com a colaboração e parceria dos Bombeiros Voluntários de Vialonga, o Agrupamento de Escuteiros de Vialonga, o Centro Comunitário de Vialonga, a Junta de Freguesia de Vialonga e o Centro Comunitário de Arcena. Nesta actividade estiveram envolvidos cerca de 100 participantes nos dois bairros.

Eixo de Intervenção III - “Capacitação da Comunidade e das Instituições”

Desenvolvimento das dinâmicas associativas locais

No âmbito desta acção, temos vindo a efectuar acompanhamentos individuais a associações sediadas em Vialonga, que nos procuram com o objectivo de obtenção de informações relativas ao bom funcionamento e gestão das suas associações.

Neste âmbito a equipa concluiu o processo de legalização com o grupo D’junta Mó – Associação Cultural Raiz de Cabo Verde. O contributo da equipa consistiu no acompanhamento e supervisão de todo o processo, tendo inclusivamente servido de interlocutores entre os elementos da associação e os técnicos das repartições públicas responsáveis pelas questões burocráticas do processo. Actualmente a técnica de intervenção comunitária está a dar apoio a um segundo grupo informal que pretende constituir-se como associação. O processo ainda não está concluído, devido a constrangimentos orçamentais que o grupo ainda não agilizou, para que possam avançar para a formalização da associação.

Em Arcena mantêm-se a realização de reuniões com um grupo informal que pretende organizar-se e mobilizar-se, no sentido de promover o seu bairro. Embora alguns elementos tenham demonstrado grande vontade em desenvolver um projecto comunitário, tem sido difícil mobilizá-los de forma organizada. Este trabalho tem sido desenvolvido em parceria com o Centro Comunitário de Arcena.

Em Vialonga, a equipa do projecto continua a dinamizar em parceria com o Centro Comunitário dois grupos de jovens que envolvem 29 jovens do bairro.

Para além do apoio técnico sistematizado a grupos e associações da comunidade, a equipa do projecto aguarda um despacho da CMVFX para transformar uma das garagens do Edifício Ninho de Empresas numa sala associativa comunitária, um espaço partilhado por duas associações, numa óptica de utilização temporária, enquanto as mesmas não tiverem uma sede própria.

Acções de Formação para organizações locais

Numa óptica de continuidade do projecto, que a Animar já havia desenvolvido com a CMVFX em 2008, no âmbito das formações para dirigentes associativos do concelho, durante o ano de 2009 foram efectuadas 11 formações que qualificaram 136 participantes nas seguintes áreas.

Designação da Acção de Formação Nº Participantes

Planeamento Estratégico 21

Gestão Orçamental 17

Liderança e Gestão de Conflitos 15

Construção de Indicadores de Monitorização e Avaliação de Projectos 10

Concepção de metodologias para avaliação de projectos I 17

Concepção de metodologias para avaliação de projectos II 9

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Marketing e Publicidade

Iniciação a TIC I

Iniciação a TIC II

11

7

9

Gestão Financeira I

Gestão Financeira II

13

7

Total 136

Tabela 2 – Acções de Formação para Dirigentes Associativos | Nº de Participantes

Apoio e Formação de Voluntários

Embora formalmente, ainda não tenha existido um momento formativo para voluntários, de facto, nas inúmeras actividades desenvolvidas no projecto, temos contacto com a participação de voluntários, normalmente jovens provenientes dos territórios de intervenção.

Actualmente está a ser estruturado um plano de formação na área do voluntariado.

Foram efectuadas reuniões, com associações e entidades que de alguma forma a desenvolvem o seu trabalho com base no voluntariado e que se disponibilizaram a colaborar em iniciativas propostas pela equipa do projecto, nomeadamente o Agrupamento de Escuteiros de Vialonga, o Banco do tempo e o Banco Local de Voluntariado da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Acções de Formação para técnicos das organizações parceiras

Em Junho de 2009 foi promovida a primeira formação para técnicos no âmbito desta acção e que contou com a presença de 17 técnicos.

Em momento de avaliação e apresentação de propostas, os técnicos presentes manifestaram o interesse em formações sobre questões mais técnicas e de alguma forma, vão ao encontro de áreas com as quais lidam nos seus locais de trabalho.

Face às sugestões apresentadas, foi sugerido que as formações contempladas nesta acção correspondam às expectativas dos técnicos, sendo valorizados os interesses por eles manifestados, como sejam, gestão de conflitos nas equipas, gestão de conflitos nas famílias, intervenção precoce, metodologias de intervenção com famílias em risco, gravidez na adolescência e intervenção comunitária.

Eixo de Intervenção IV - “Informação e Acessibilidades”

Criação de Espaços de Acesso gratuito à Internet para a população

Sessões de formação no domínio das TIC

Criação de uma sala de cidadania informática comunitária

Os monitores de TIC têm desenvolvido as actividades previstas, nomeadamente ao nível da formação para crianças, jovens, adultos e idosos.

Em ambos os territórios, as salas de informática são bastante frequentadas e os utentes têm recorrido aos serviços, com grande regularidade como podemos verificar através das seguintes tabelas que evidenciam os indicadores de cada uma das acções deste eixo.

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Vialonga

Entidade Responsável

Actividade Nº de

Inscritos Masculino

Nº de Inscritos Feminino

Nº de Inscritos Total

Internet Livre

21 20 41

Formação TIC

25 35 60

Cidadania Informática

8 6 14

Projecto Animar o Bairro

(CLDS)

Total

54 61 115

Tabela 3 – Indicadores referentes à sala de TIC de Vialonga

Arcena

Entidade Responsável

Actividade Nº de

Inscritos Masculino

Nº de Inscritos Feminino

Nº de Inscritos Total

Internet Livre

77

66 143

Formação TIC

39 64 103

Cidadania Informática

2 4 6

Projecto Animar o Bairro

(CLDS)

Total 118 134 252

Tabela 4- – Indicadores referentes à sala de TIC de Arcena

Eixos de Intervenção V e VI – Ambiente e Cultura

Desenvolvimento de dinâmicas de interculturalidade na comunidade

Dia de África

Neste âmbito das dinâmicas de interculturalidade da comunidade a equipa participou de forma activa nas comemorações no dia de África no bairro de Vialonga (31 de Maio de 2009). Esta iniciativa foi organizada por umas das entidades parceiras do projecto a Associação dos Africanos do concelho de Vila Franca de Xira.

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Grupo Raiz de Cabo Verde na MANIFesta

A partir do enriquecimento cultural existente nos dois bairros de intervenção, a equipa do projecto convidou o Grupo Raiz de Cabo Verde a participar na Manifesta - VII Assembleia, Feira e Festa do Desenvolvimento Local e da Economia Solidária, com o objectivo de reforçar e dar visibilidade à identidade deste grupo, em interacção e diálogo com outras identidades culturais presentes neste evento.

Atelier de Percussão – A interacção e valorização cultural através da música

No âmbito das actividades do Projecto “Animar o Bairro” – Contrato Local de Desenvolvimento Local de Vila Franca de Xira, a Animar – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, entidade coordenadora do projecto, promoveu nos dias 10, 17, 24 e 31 de Outubro a dinamização de Oficinas de Percussão para crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 e 15 anos.

A iniciativa pretendeu estimular o gosto pela utilização de instrumentos de musicais, nomeadamente bombos e gaita-de-foles, numa óptica de promoção e valorização de valores interculturais.

Foi com grande entusiasmo, que cerca de 20 crianças e jovens provenientes dos dois territórios de intervenção do Projecto “Animar o Bairro” – Bairro Olival de Fora (Vialonga) e Urbanização Vale de Arcena (Alverca) participaram nesta iniciativa, dando novas sonoridades aos locais por onde iam passando.

A Interculturalidade em festa! (19 de Dezembro de 2009)

No passado dia 19 de Dezembro a Animar e o Centro Comunitário de Vialonga organizaram mais uma tarde Intercultural. A iniciativa decorreu nas instalações do CCV e mais uma vez contou com a presença de muitas pessoas residentes no Bairro Olival de Fora e também de outros bairros de Vialonga.

À semelhança do ano passado, realizou-se a feira da roupa, que só foi possível graças à ajuda de cidadãos anónimos que aderiram à iniciativa e disponibilizaram roupa que já não utilizam para os que mais necessitam.

Nesta iniciativa contámos também com uma parceira informal com o Ginásio Vivafit de Vialonga, que lançou o desafio da recolha de roupa entre as suas sócias.

O resultado foi brilhante e foram vários os grandes sacos com roupa, cobertores e até lençóis que nos foram chegando!

Durante a tarde contámos ainda com as apresentações da Orquestra da EB 2,3 de Vialonga, da D´Junta Mó – Associação Cultural Raiz de Cabo Verde (danças africanas), Grupo de Batuques (AACFVX) e muita música.

Ceia de Natal (21 de Dezembro de 2009)

“É verdade passou mais um Natal e como não poderia deixar de ser, tivemos o nosso momento de comemoração com os jovens que acompanhamos em parceira com o Centro Comunitário de Vialonga, ao abrigo do Projecto “Animar o bairro”.

No dia 21 de Dezembro, pelas 19h30 tivemos a nossa ceia de Natal que contou com a presença de ilustre convidados como o Dr. Canaveira de Campos, Director da Animar, a Vereadora da Acção Social da Câmara de Vila Franca de Xira, entre outros representantes da autarquia.

O jantar pautou-se pela animação constante e o sorriso estampado na cara dos jovens, traduziu o empenho que todos nós colocámos na realização de mais uma actividade. A noite de animação não terminou sem uma apresentação em powerpoint de imagens das várias actividades desenvolvidas com os grupos ao longo do ano 2009. Houve ainda tempo para outra apresentação, que resultou de um trabalho efectuado pelos jovens sobre o Natal nas várias religiões, numa óptica de promoção e respeito dos valores interculturais de cada religião.

A noite já ia longa, e nada melhor que uma linda peça de teatro para finalizar este momento de partilha e amizade!”

Promoção de valores ambientais

Dia do Ambiente

No âmbito das questões ambientais a equipa em parceria com o Centro Comunitário de Vialonga (CCV) organizou uma actividade sobre a reciclagem para ser dinamizada no dia do ambiente (6 de Junho de 2009). O dia do Ambiente é uma iniciativa organizada pela Junta de Freguesia de Vialonga e que envolve inúmeros parceiros da comunidade de Vialonga e tem como principal objectivo de promover os valores ambientais. Contudo, por constrangimentos climatéricos a iniciativa teve que ser cancelada no próprio dia.

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Desfile de Moda

Em parceria com o Centro Comunitário de Vialonga foi organizado um desfile de moda com fatos construídos com materiais de reutilizáveis. Esta iniciativa envolveu cerca de 40 participantes entre jovens da comunidade, respectivas famílias e amigos que assistiram e participaram neste evento.

Olimpíadas do Ambiente

Em Agosto de 2009 foram organizadas as Olimpíadas do Ambiente no Centro Comunitário de Arcena, uma iniciativa que envolveu cerca de 15 crianças e jovens da comunidade. Esta iniciativa teve como principal objectivo trabalhar conteúdos sobre a importância dos três R’s (reduzir, reciclar e reutilizar) na vida e reforçar a importância de mudar hábitos e comportamentos no quotidiano em proveito de um mundo melhor.

Durante uma tarde crianças e jovens da comunidade de Arcena realizaram várias provas e através de uma agradável competição foram aprendendo a cuidar de um mundo melhor!

Eixo Estratégico VII – Avaliação

Desenvolvimento de um sistema de avaliação e de monitorização

Para a avaliação do projecto continua a ser aplicado um modelo próprio de avaliação. Está a ser aplicado de forma permanente às suas acções, com atenção particular a cada eixo, de forma a viabilizar uma lógica de investigação - acção, ou seja, de aprendizagem e correcção permanente das acções. Este modelo é multidimensional, contemplando sete vertentes: a pertinência, a coerência, a execução, a eficiência, a eficácia, o impacto e a sustentabilidade. Assenta numa lógica de auto-avaliação, de forma participada (envolvendo a comunidade) e partilhada (em parceria), estando a ser animada por uma entidade externa.

Neste âmbito continuam a ser realizadas reuniões de equipa semanais, reuniões com entidades parceiras e com a comunidade e com a equipa avaliadora externa.

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4. VIDA DA ANIMAR

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

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4.1. A REDE

No a ano de 2009 aderiram à rede Animar: - Atlas - Porto - Associação Portuguesa de Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural – Viana do Castelo - Júlio Ricardo - Miguel Torres - Clementina Henriques - Canaveira de Campos Pediram demissão: - Francisco Silva Alves - Álvaro Cidrais - PROBASTO A Direcção decidiu referenciar o quantitativo das quotas em atraso na apresentação das contas do exercício (ver listagem associados em anexo).

4.2. ÓRGÃOS SOCIAIS

No ano de 2009 realizaram-se 3 Assembleias Gerais:

11 Julho 2009 - AG Ordinária Coimbra | O.T. Informações; Apresentação de novos associados; Apreciação e votação do plano de actividades e orçamento para 2009

11 Julho 2009 – AG Ordinária Coimbra | O.T.: Apreciação e votação do relatório e contas de gerência de 2008; Balanço MANIFesta; Outro Assuntos

5 Dezembro 2009 – AG Ordinária Peniche | O.T.: Eleição dos Órgãos Sociais

Foram ainda realizadas durante o ano de 2009 11 reuniões de direcção, duas das quais no mês de Dezembro e já pela nova direcção eleita em 2009. A reunião de direcção de dia 20 de Dezembro realizada em Chãos teve como principal objectivo estruturar o trabalho dos Corpos Sociais para o próximo triénio.

Os Corpos Sociais eleitos são constituídos pelas seguintes entidades e/ou representantes (para mais informação Cf. Quadro anexo).

DIRECÇÃO PRESIDENTE Rogério Roque Amaro - Associado singular VICE-PRESIDENTE ADCL, Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais - Manuel Sarmento ADM Estrela, Associação de Desenvolvimento e Melhoramentos - Bernardino Gata Silva TESOUREIRO ADLR, Associação para o Desenvolvimento Rural de Lafões - Maria do Carmo Bica

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SECRETÁRIO AJ Deão, Associação Juvenil de Deão - Ana Paula Dias VOGAL ADC Moura, Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura - Clara Lourenço Manuel Canaveira de Campos - Associado singular ANOP, Associação Regional de Oficinas Projecto - Carlos Ribeiro MONTE ACE, Desenvolvimento do Alentejo Central - Eduardo Figueira SUPLENTES Cooperativa Terra Chã, CRL - Júlio Ricardo ADEPE, Associação de Desenvolvimento de Peniche - Rogério Cação João de Figueiredo Caldeira Rodrigues - Associado singular

ASSEMBLEIA GERAL (Mesa) PRESIDENTE Rui d'Espiney - Associado singular SECRETÁRIA/O Luis Manuel Moreno - Associado singular Alcides Almeida Monteiro - Associado singular

CONSELHO FISCAL PRESIDENTE Jorge Wemans - Associado singular VOGAL ADSCS, Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém - Nelson Ferrão ETNIA, Iniciativas Culturais, CRL - Mário Alves

Os Corpos Sociais organizaram toda a estrutura e intervenção em 5 Pelouros com responsabilidades distribuídas pelos diferentes membros e uma Direcção Executiva: Direcção Executiva: Manuel Canaveira de Campos (coordenador); Maria do Carmo Bica; Júlio Ricardo; Mário Alves. Animação da Rede – ADCL/Manuel Sarmento Comunicação – ANOP/Carlos Ribeiro Projectos e Financiamentos – ADC MOURA/Clara Lourenço e ADEPE/Rogério Cação Representação Política – Rogério Roque Amaro Intervenção Local – Cooperativa Terra Chã/Júlio Ricardo e ADM ESTRELA/Ana Margarida Almeida No que concerne à organização dos Corpos Sociais por território de intervenção, foi proposta a seguinte organização: Região Norte: ADCL/Manuel Sarmento e AJDEÃO/Ana Paula Dias Região Centro: ANOP/Carlos Ribeiro e ADM ESTRELA/Ana Margarida Almeida Região Sul: ADC MOURA/Clara Lourenço e MONTE/Eduardo Figueira Região Lisboa e Regiões Autónomas: Rogério Roque Amaro; ETNIA/Mário Alves e Manuel Canaveira de Campos Região Oeste: Cooperativa Terra Chã/Júlio Ricardo; ADSCS/Nelson Ferrão; ADEPE/Rogério Cação.

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

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4.3. GABINETE TÉCNICO

É disponibilizado neste ponto informação relativa ao Gabinete Técnico em quadro anexo.

No que concerne a recrutamentos e estágios realizados em 2009, damos conta da seguinte informação:

Nome: Ligação a entidade Cargo

Projecto / Evento/Protocolo Data Entrada Data Saída

Inês Filipa Bandeira Estágio

Profissional Estagiária Tec.

Projecto Manifesta 01-04-2009 30-06-2009

Teodora Florêncio POC Assistente

Administrativa ---- 07-07-2008 06-07-2009

Maria do Rosário Silva Funcionária Monitora TIC CLDS 01-07-2009 30-10-2009

Malam Dansó Funcionário Monitor TIC CLDS 01-07-2009 22-11-2009

Denise Mirrado Funcionária Tec. de Interv. Comunitária CLDS

10-11-2008 31-12-2009

Marcio Cipriano Estágio Curricular Estagiário

Escola Bento Jesus Caraça

20-04-2009 17-06-2009

Soraia Valverde Estágio Curricular Estagiária

Escola Bento Jesus Caraça

20-04-2009 17-06-2009

António Vicente Estágio Curricular Estagiário Instituto de Educação

01-10-2009 ----

João Pedro Silva Funcionário Técnico de

Empregabilidade CLDS 01-04-2009 ----

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ÓRGÃOS SOCIAIS 2009-2012

CARGO ASSOCIADO REPRESENTANTE Morada Telefone FAX Tlm E-mail

PRESIDENTE Rogério Roque Amaro Av. Das Forças

Armadas, Edifício ISCTE - 1649-026 LISBOA

21 790 3273 21 790 3008 96 627 4953 [email protected]

Vice-Presidente

ADCL Manuel Sarmento

Pavilhão da Casa do Povo de S. Torcato -

4800-868 S. Torcato - GUIMARÃES

25 355 4011/ 25 355 3683/ 25 355

8533 25 355 1071 96 581 1790

[email protected] [email protected]

Vice-Presidente

ADM Estrela Bernardino Gata Ana Margarida

Almeida

Rua da Fontinha, s/n - Apartado 72 - 6300-569

GUARDA

27 122 1579 / 96 307 6763

27 120 0879

96 539 6321(Bernardino) 969049073 (Ana

Almeida) 962000169 (ADMEstrela)

[email protected] [email protected] [email protected]

Tesoureiro ADRL Maria do Carmo

Bica

Largo Conde Ferreira - Edifício Conde Ferreira, Apartado 3 - 3670-247

VOUZELA

23 277 2491 23 277 2041 96 851 3418 [email protected] [email protected]

Secretário AJDeão Ana Paula Dias Lugar da Igreja - 4905-254 DEÃO - VIANA DO

CASTELO

25 873 0653 (sede) 25

882 0930 (escritório)

25 882 0930 96 368 7456 [email protected] [email protected]

Vogal ADC Moura Clara Lourenço Travessa da

Misericórdia, 4 - 1º, 7860-072 MOURA

28 525 4931 28 525 3160 96 880 6467 [email protected] [email protected]

Vogal Manuel Canaveira de Campos Rua Cidade de São

Paulo, 11 - 11º Esq. - 2685-190 PORTELA

___________ ________ 92 792 2100 [email protected]

Vogal ANOP Carlos Ribeiro Rua Dr. Elísio de Castro,

83 R/C - 4520-213 SANTA MARIA DA FEIRA

25 628 9350 25 628 9351 91 612 9521 [email protected] [email protected]

Vogal MONTE ACE Eduardo Figueira Rua Joaquim Basílio Lopes, 1 - 7040-066

ARRAIOLOS 26 649 0090 26 641 9276 96 272 2103

[email protected] [email protected]

DIRECÇÃO

Suplente Cooperativa "Terra Chã",

CRL - Rio Maior António Frazão

Largo do Centro Cultural, 1 - 2040-018

ALCOBERTAS 24 340 5292 24 340 5327 96 722 4406 [email protected]

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

51

Suplente ADEPE Rogério Cação Av. Porto de Pesca, Lote C -11 2520-208

PENICHE 26 278 7959 26 278 7855 91 857 9669 [email protected]

Suplente João Rodrigues Candal 3660-000 SÃO

PEDRO DO SUL 23 277 2491 23 277 2041 96 831 3014 [email protected]

Presidente Rui d'Espiney Rua Nossa Senhora da Arrábida, 3/5 r/c - 2900-

142 SETÚBAL 26 509 2302 26 554 2439 91 969 3690 [email protected]

Secretário Luis Moreno

Universidade de Lisboa - IGOT / CEG - Edifício da Faculdade de Letras - 1600-214 LISBOA

21 794 0218 (CEG)

21 793 8690 (CEG)

93 845 4567 [email protected] [email protected]

ASSEMBLEIA GERAL

Secretário Alcides Monteiro Rua Celestino David, Lote 2-1º Dto. - 6200-

000 COVILHÃ ___________ ______ 93 634 5224 [email protected]

Presidente Jorge Wemans Av. Alvarez Cabral, 46 - 3º Dto. 1250-018

LISBOA ____________ ______ 96 403 5044 [email protected]

Vogal ADSCS Humberto Nelson

Ferrão Rua 15 de Março, 2 - 1º - 2000-119 SANTARÉM

24 330 5240/1 24 330 5246 91 789 2436 [email protected] [email protected]

CONSELHO FISCAL

Vogal ETNIA Mário Alves Rua Poço dos Negros, 68 - 1º 1200-340

LISBOA

21 397 5457 / 21 395 8220

21 390 0491 96 546 1565 [email protected]

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

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GABINETE ANIMAR

CARGO NOME Morada Telefone FAX Tlm E-mail

Técnica Financeira

Anabela Pereira

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7454 21 952 1322

96 861 9046 (animar) 91 958 7328 (pessoal) [email protected]

Gabinete

Financeiro

Assistente Administrativa

de Contabilidade

Helena Magalhães

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7454 21 952 1322

96 861 9046 (animar) 93 319 2597 (pessoal) [email protected]

Cordenadora Técnica

Célia Lavado Rua Antero de Quental,

Edifício Ninho de Empresas - 2625-640 VIALONGA

21 952 7456 21 952 1322 96 861 8410 (animar) 96 349 6541 (pessoal)

[email protected]

Gabinete de

Projectos

Técnica de Projectos

Tânia Gaspar

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7456 21 952 1322

96 861 8410 (animar) 96 4857846 (pessoal)

[email protected]

Cordenadora Técnica

Cláudia Chambel

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7455 21 952 1322

96 861 9044 (animar) 96 892 2848 (pessoal) [email protected]

Técnica de Intervenção Comunitária

Sara Carvalhal

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7455 21 952 1322 96 861 9044 (animar)

Técnica de Apoio

Psicossocial

Susana Martins

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7455 21 952 1322 96 861 9044 (animar)

91 822 8684 (pessoal) [email protected]

Técnico Empregabilidade

João Pedro Silva

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7455 21 952 1322 96 861 9044 (animar)

91 327 5716 (pessoal) [email protected]

Gabinete CLDS

Monitor TIC Diana Oliveira

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

21 952 7455 (Vialonga)

21 952 1322 (Vialonga) 21

96 861 9044 (animar) 96 799 4599 (pessoal)

[email protected]

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

53

2625-640 VIALONGA e Centro Comunitário de Arcena - Rua João Tarré Ribeiro, r/c - 2615-000

ALVERCA

21 957 2350 (Arcena) 957 2366 (Arcena)

Monitor TIC João Pedro Cunha

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas - 2625-640 VIALONGA e Centro Comunitário de Arcena - Rua João Tarré Ribeiro, r/c - 2615-000

ALVERCA

21 952 7455 (Vialonga)

21 957 2350 (Arcena)

21 952 1322 (Vialonga) 21 957 2366 (Arcena)

96 306 1616 (pessoal) [email protected]

Estagiária Susana Quartin

D'Assunção

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7455 21 952 1322 96 861 9044 (animar)

96 550 4486 (pessoal) [email protected]

Gab. Administrativo

Assistente Administrativa

Maria Lúcia Marçal (Malu)

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7450 21 952 1322

96 861 9257 (animar) 93 457 0824 (pessoal)

[email protected]

Gab.

Comunicação

Técnico de Comunicação e Informação

José António Barata

Rua Antero de Quental, Edifício Ninho de Empresas -

2625-640 VIALONGA 21 952 7457 21 952 1322 96 861 8635 (animar) [email protected]

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ANEXO: A REDE

Em 2009 a Rede era constituída por 81 associados colectivos e 103 individuais, sendo que abaixo se referenciam os

associados colectivos:

• AACVFX – Associação dos Africanos do Concelho de Vila Franca de Xira Rua António José Silva,

Torre 10 – Loja Esq. 2625-642 VIALONGA,

• AADIES Rua 10 Edifício da Cantina Escolar 7565-205 ERMIDAS DO SADO,

• AASAC – Associação de Artesão das Serras de Aires e Candeeiros Antiga Escola Primária do Livramento,

386 2480—162 PORTO DE MÓS ,

• ACEP – Associação para a Cooperação Entre os Povos Av. Santos Drumont, 57 – 4º E 1050-202 LISBOA

• ACERT/Trigo Limpo R. Dr. Ricardo Mota - Ap.118 3460-613 TONDELA

• ACTIVAR – Associação de Cooperação da Lousã Rua do Comércio, 43 3200-227 LOUSÃ

• ADC Moura Trav. da Misericórdia, 4 -1º Apartado 117 7860-072 MOURA

• ADCL Pavilhão Casa do Povo de S. Torcato 4800-868 S. TORCATO GUIMARÃES

• ADE Edifício Ninho de Empresas R: Antero de Quental Bairro Olival de Fora 2625-640 VIALONGA

• ADEPE Av. Porto de Pesca Lote C- 11 2520-208 PENICHE,

• ADER-AL Parque dos Leilões de Gado de Portalegre, EN 246 Apartado 181 7301-901 PORTALEGRE

• ADERSOUSA Mosteiro de Pombeiro 4610-637 FELGUEIRAS

• ADESCO Edifício Mirante, Fracção X Apartado 184 4600-909 AMARANTE

• ADIAFA – Associação para o Desenvolvimento Integrado da Freguesia de Alcobertas Rua dos Potes Mouros,

4 2040-011 ALCOBERTAS

• ADIBB Rua João Franco, 59 6230-363 FUNDÃO

• ADIBER S. Paulo 3330-304 GÓIS

• ADIP Zona Industrial de Vila Nova de Poiares 3350-214 S. MIGUEL DE POIARES

• ADL Parque da Feira de Exposições Estrada Norte 7540-230 SANTIAGO DO CACÉM

• ADLML – Associação de Desenvolvimento Local do Minho Lima

Rua de Aveiro, 198 Edifício Palácio - 2º Sala 211 4900-495 VIANA DO CASTELO

• ADM Estrela Rua da Fontinha, s/n Apartado 72 6300-569 GUARDA

• ADPM Largo Vasco da Gama 7750-328 MÉRTOLA

• ADRAT Av. da Cooperação Pareque Empresarial Edifício INDITRANS –

Lote A1, nº 2 5400-673 OUTEIRO SECO Chaves

• ADRIPÓIO Casa da Torre 4270-042 CERVA

• ADRL Edifício Conde Ferreira 3670-247 VOUZELA

• ADSCS - Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém

Rua 15 de Março, 2 - 1º 2000-119 SANTARÉM

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

55

• ADTR - Associação de Desenvolvimento das Terras do Regadio

Rua 1º de Maio, 2 7900-571 FERRElRA DOALENTEJO

• AJDEÃO Lugar da Igreja 4905-254 DEÃO Viana do Castelo

• ANDC Praça José Fontana, 4 – 5º 1050-129 LISBOA

• ANOP Rua Dr. Elísio de Castro, 83 – R/C 4520-213 SANTA MARIA DA FEIRA

• APAFDR - Associação Portuguesa de Agricultura Floresta e Desenvolvimento Rural

Av. Batalhão Caçadores 9 r/c Centro Fracção F nº 265

• APRODER Quinta das Cegonhas Centro Nacional de Exposições Apartado 513 2002-906 SANTARÉM

• Associação Cultural e Recreativa Pedras Soltas Parque Desportivo de S. Bento Covão do

Sabugueiro 2480-130 PORTO DE MÓS

• Associação Fernão Mendes Pinto Rua. Dr. José Galvão, 211 Apartado 9 3140-853 MONTEMOR-O-VELHO

• Associação Unidos de Santana do Campo Rua 25 de Abril, 34 Santana do Campo 7040-130 ARRAIOLOS

• ATHACA Rua Condestável D. Nuno Álvares Pereira, 356-380 4730-743 VILA VERDE

• ATLAS – Cooperativa Cultural, CRL Largo Dr. Tito Fontes, 119 – 4º 4000-538 PORTO

• BARAFUNDA – Associação Juvenil de Cultura e Solidariedade Social Rua Heróis do Ultramar, 34

2475-150 BENEDITA

• BEIRA SERRA Urbanização Quinta da Acampada Lote 24 Loja Esq. Boidobra 6020-250 COVILHÃ

• CAIS Av. da Europa 6355-306 VILAR FORMOSO

• Casa do Povo de Castro Daire Av. António Serrado 3600-136 CASTRO DAIRE

• CEARTE Zona Industrial da Pedrulha Apartado 8146 3021-901 COIMBRA

• CFTL - Centro de Formação de Tempos Livres Rua dos Moinhos Casal do Lobo – Coimbra 3030-195 COIMBRA

• Charneca Ribatejana Rua 5 de Outubro Edifício da Associação de Regantes 2100-127 CORUCHE

• CIDAC Rua Pinheiro Chagas, 77 - 2º Esq. 1069-069 LISBOA

• CLAP Centro Comunitário “Fraldas do Marão” 4600-801 VILA CHÃ DO MARÃO

• Conselho Directivo do Baldio do Vale da Trave, Casal do Além, Covão dos Porcos e Vale de Mar

Vale da Trave Apartado 48 2025-999 ALCANEDE

• COOLabora, CRL Urbanização Quinta das Rosas, Lote 6 r/c esq. 6200-551 COVILHÃ

• Cooperativa Agrícola de Valdosende Assento Valdosende 4845 GERÊS

• Cooperativa CONEXO – Praceta Coronel Pinres Viegas, 3 8800 FARO

• Cooperativa Terra Chã – Largo do Centro Cultural, 1 2040-018 ALCOBERTAS Rio Maior

• Cooperativa Três Serras de Lafões Edifício Conde Ferreira 3670-247 VOUZELA

• CRESAÇOR – Cooperativa Regional de Economia Solidária, CRL Rua Drº. Maria José Borges,

137 r/c 9500-466 FAJÃ DE BAIXO PONTA DELGADA

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Relatório de Actividades 2009 _____________________________________________________________________________________________

56

• ESDIME Rua do Engenho, 10 7600-337 MESSEJANA

• ETNIA – Associação Cultural Rua Poço dos Negros, 68 – 1º B 1200-340 LISBOA

• FAJUDIS – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém

Sala Polivalente Edifício Cine-Teatro Constância Estrada Nacional 3 Apartado 52 2250-061 CONSTÂNCIA

• GAF Av. Pedro Botto Machado, 44 6290-325 GOUVEIA

• GENTE Bairro do Bico Forte Apartado 15 7048-106 AVIS

• IDEIA ALENTEJO Praceta Rainha D. Leonor, 1 (Edifício da Associação de Municípios de Beja)

7800-431 ÉVORA

• IN LOCO Avenida da Liberdade, 101 8150-101 S. BRÁS DE ALPORTEL

• INDE Av. Frei Miguel Contreiras, 54 – 3º 1700-213 LISBOA

• Instituto Superior de Serviço Social do Porto, CRL Av. Dr, Manuel Teixeira Ruela,

370 4460-362 SENHORA DA HORA

• LEADERSOR Av. da Liberdade, 115 7400-217 PONTE DE SÔR

• LIMIAR Rua do Possolo, 32 – 3º Esq. 1350-251 LISBOA

• MONTE ACE Rua Joaquim Basílio Lopes, 1 7040-066 ARRAIOLOS

• MSR Praça da Estrela, 12 – 1º Sala 3 1200-667 LISBOA

• OIKOS Rua Visconde Moreira de Rey, 37 Linda-a-Pastora Oeiras 2790-447 QUEIJAS

• PROACT – Unidade de Investigação e Apoio Técnico ao Desenvolvimento

Edifício ISCTE Av. das Forças Armadas 1649-026 LISBOA

• PROBARROSO Rua Central, 62 5470-430 SALTO

• RAIA DO CHANÇA Largo da Igreja 7750-413 SANTANA DE CAMBAS

• RAIA HISTÓRICA Rua Conde Tavarede. 4 A 6420-137 TRANCOSO

• Rancho Folclórico de Chãos Largo do Centro Cultural de Chãos, 1 2040-018 ALCOBERTAS RIO MAIOR

• ROTA DO GUADIANA Rua da Capelinha, 7 7830-405 SERPA

• SEIES – Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social, CRL

Rua José Pereira Martins, 14 2900-414 SETÚBAL

• SOLIDÁRIOS Casa da Fonte Couto de Baixo 3740-036 COUTO ESTEVES

• TERRAS DENTRO Rua Rossio de Pinheiro 7090-049ALCÁÇOVAS

• TRILHO Travessa do Magué, 4 – 2º Esq. 7000-613 EVORA

• TROTE GERÊS Outeiro Alto - Cabril 5470-013 CABRIL MTR

• VENDAS NOVAS – Porta do Alentejo R. da Artilharia, 1 7080-999 VENDAS NOVAS

• VICENTINA Rua Direita, 13 8600-069 BENSAFRIM