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Tema 1: Princípios básicos de experimentação agrária.

EXPERIMENTAÇÃO AGRÁRIA

Autor: Eng. Lourenço Manuel (Msc.)

Conceitos básicos na experimentação

Experimento - inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar resultados de estudos prévios e para gerar informações a serem usadas no processo de tomada de decisão. EX: recomendação de uma variedade de trigo.

Unidade experimental - este é o mais pequeno

material experimental no qual o tratamento é fixado em casualizações singulares. Ex: talhão/parcela de terra em experimentos de variedades.


Tratamento - procedimento ou condição aplicada à unidade experimental que efectivamente está para ser dimensionada ou comparada com outras. Ex: Niveis do fertilizante NPK aplicados numa determinada cultura.

• Factor – Quando um conjunto de tratamentos

está concebido em níveis diferentes, isto é referido como um factor. Ex: fracções de NPK (0,25,50,75,100 Kg/ha) em conjunto denominam-se factor.



Erro experimental - é a magnitude da variação entre unidades experimentais igualmente testadas. Exemplo de fontes do erro experimental no campo:

Variabilidade do solo

Variabilidade das plantas

Deficiência dos materiais de medição

etc



Exactidão – contiguidade de uma extimativa ao valor verdadeiro (parâmetro). É uma medida relaccionada com viés (“bias”).

Viés = E (Ɵ) – θ

Precisão – relacionado com o grau de proximidade dos dados.



Princípios básicos de experimentação

1) Repetições ou replicações (r) – quando um tratamento aparece mais de uma vez num dado experimento. As repetições permitem:

Estimar o erro experimetal necessário para avaliar a diferença entre médias dos tratamentos.

Melhorar a precisão do experimento

Aumentar o âmbito de inferência do experimento


De que depende o nº de replicações?

Modelo e magnitude (extensão) da variabilidade de solos no campo experimental

Tamanho da diferença entre as médias dos tratamentos

Nível de significância estabelecido

Número de tratamentos

Recursos disponíveis



Como determinar o número de repetições?

Seja xi.-xj. a diferença entre duas médias amostrais

Se d = diferença verdadeira especificada

• xi.-xj > d, a diferença e significativa

• μi.-μj < d, a diferença não significativa



• O tamanho da amostra desejável pode ser determinado a partir da formula:

• Substituindo xi-xj por |d| e isolando o “r” obtém-se:

r

s

xxt

ji

22

d

str

2

222



2. Casualização/aleatorização procedimento para fixar os tratamentos nas unidades experimentais de tal forma que cada tratamento tenha igual probabilidade de ser alocado nessas unidades experimentais. A casualização visa:

Evitar possíveis erros sistemáticos

Garantir que as observações sejam independentes.



1 2 3 4 5 6 7 8

A A A A B B B B

Se duas variedades de milho, semeadas em quatro talhões como ilustrado a seguir:

Se a fertilidade decresce da esquerda para direita

Ocorrendo redução gradual da produtividade no

mesmo sentido, a variedade B estará em

desvantagem. Rendimento atingido estará a

favor da variedade A. Autor: Eng. Lourenço Manuel (Msc.)

• Para minimizar tais problemas: Variedades precisam serem fixadas aleatoriamente nas unidades experimetais.

A casualização pode ser feita com recurso a tabelas de números aleatórios.



3. Controlo Local

• Técnicas de delineamento ou análise que permitem ao experimentador reduzir o erro experimental.

• Pode ser feito pelo processo de “BLocking” ou pelo uso da análise de covariância.



Blocking

- Unidades experimentais agrupados em

grupos homogéneos = blocos

- A diferença entre os blocos deve ser

máxima e dentro dos blocos deve ser mínima.

-Tratamentos fixados aleatoriamente dentro

dos blocos;


- Blocking permite, especificamente:

- Aumentar a precisão do experimento;

- Comparações entre os tratamentos feitas a

nível de blocos com parcelas homogéneas, o

que pressupõe maior uniformidade.

- Aumentar o âmbito de inferência.


- Blocking permite, especificamente:

- O agrupamento das unidades experimentais é

flexível, podendo estar relacionado a natureza

da entidade: idade, sexo, raça, variabilidade

do solo, etc.


ANCOVA

-A analise de covariância aplicada quando a

variação dentro das unidades experimentais

for em parte devido a variação em algumas

características não suficientemente

controladas na fixação das unidades

experimentais em blocos.


ABORDAGEM CIENTIFICA DA EXPERMENTACÃO INCLUI

i) O Plano de Pesquisa • a) Existência do problema • b) Formulação do problema (Causas) • c) Definição do objectivos • ii) Escolha de factores e seus níveis • iii) Especificação das variáveis a medir • iV) Definição do espaço de inferência d experimento


v) Escolha das unidades experimentais

• VI) Escolha do Delineamento experimental

• VII) Casualização dos tratamentos nas unidades experimentais

• VIII) Esboço da analise adequada ao delineamento escolhido – modelo estatístico/ANOVA

ABORDAGEM CIENTIFICA DA EXPERMENTAÇÃO INCLUI


• Colecta dos dados do ensaio

• X) Processamento e analise dos dados

• XI) Interpretação de Resultados, Conclusões e Recomendações.

ABORDAGEM CIENTIFICA DA EXPERMENTAÇÃO INCLUI


MUITO OBRIGADO


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