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RELATÓRIO & CONTAS 2015

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RELATÓRIO & CONTAS

2015

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ÍNDICE

RELATÓRIO DE GESTÃO 3

ÓRGÃOS SOCIAIS 3

SUMÁRIO EXECUTIVO 4

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 5

MERCADOS FINANCEIROS 7

Mercados Accionistas 9 Mercado Monetário 9 Dívida Pública de Referência 9 Dívida Pública da periferia 9 Dívida Privada 10 Mercado Cambial 11 Mercadorias 11

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE 12

Responsabilidade Social 15 Meios Humanos e Materiais 15 Sistema Integrado de Gestão 16 GIPS Compliance 17 Sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno 17

RESULTADO DO EXERCÍCIO E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 19

NOTA FINAL 20

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 22

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 27

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 52

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 55

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO 58

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RELATÓRIO DE GESTÃO

ÓRGÃOS SOCIAIS

Assembleia Geral

Presidente: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa representada por: Pedro Santana Lopes

Vice-Presidente: António Pedro de Sá Alves Sameiro

Secretário: Rosária de Fátima Miranda de Abreu Conselho de Administração:

Presidente: Montepio Seguros - SGPS, S.A. representada por: José de Almeida Serra

Administrador Executivo: José Luís Esparteiro da Silva Leitão

Vogal: Caixa Económica Montepio Geral representada por: José Carlos Sequeira Mateus

Vogal: Fernando Jorge Lopes Centeno Amaro

Vogal: José António Fonseca Gonçalves

Vogal: Fundação Oriente representada por: Mário José Brandão Ferreira

Vogal: Navegação Aérea de Portugal, NAV PORTUGAL, E.P.E. representada por: Luís Miguel Marques Ferreira Cardoso Conselho Fiscal:

Fiscal Único: KPMG & Associados - SROC, S.A. representada por: Ana Cristina Soares Valente Dourado

Suplente: Fernando Gustavo Duarte Antunes Direção:

Mário Jorge Tavares Costa Fernanda de Guadalupe Lola Gato Luís Alberto Matos de Oliveira Maria Alice Silva de Medeiros Lima Pinto

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SUMÁRIO EXECUTIVO

A atividade da Futuro evoluiu muito favoravelmente ao longo do ano, com um acréscimo significativo de subscrições para os Fundos de Pensões geridos, com particular incidência no mercado de clientes particulares.

O volume de ativos sob gestão fixou-se no final do ano em € 1.384 Milhões, tendo crescido acima do mercado, ao registar uma variação positiva de 7,3%, o que permitiu uma subida da quota de mercado para 7,7%.

A lei substantiva dos fundos de pensões foi alterada em setembro, para produzir efeitos a partir de 1 de janeiro de 2016. De entre as alterações introduzidas inclui-se a consagração da possibilidade de o mecanismo equivalente (a utilizar em alternativa ao Fundo de Compensação do Trabalho) ser financiado através de Fundos de Pensões. Admite-se também a possibilidade de adiar, até dois anos, o reembolso ou recebimento do plano de pensões, se se tratar de um plano de contribuição definida. Por último, o regime contraordenacional foi autonomizado do diploma relativo à Atividade Seguradora.

No que se refere aos mercados financeiros, o ano de 2015 iniciou-se sob os bons auspícios da adoção de medidas de “quantiative easing” por parte do Banco Central Europeu (BCE), o que viria a ser confirmado a 22 de janeiro e com data de início anunciada para março.

Assim, até abril assistiu-se a um sentimento muito positivo nos mercados financeiros, em particular na Europa, com as yields de dívida soberana a registarem uma descida continuada até abril, atingindo valores mínimos históricos.

A situação política e económica da Grécia não deixou de surtir os seus efeitos de contágio na evolução das yields da dívida periférica ao longo do ano, em resultado da instabilidade provocada pela vitória do partido de extrema-esquerda Syriza no final de janeiro. A tentativa de negociação dos termos do programa internacional de auxílio financeiro culminou com um referendo realizado a 5 de julho, a que se seguiu a demissão do primeiro-ministro em agosto e a sua reeleição em setembro, após novo processo eleitoral.

Já no 3º trimestre, surgiu o escândalo da Volkswagen, que acabou por afetar os mercados acionistas em geral.

No final do ano, duas operações no mercado nacional surtiram forte impacto negativo, afetando em especial a confiança no mercado português: tratou-se da decisão de aplicar uma medida de resolução ao BANIF, que implicou perdas sobre as ações e obrigações emitidas pelo Banco, e que foi acompanhada da venda da instituição ao Santander Totta. (A negociação das ações do Banif foi suspensa a 17 de dezembro, quando estavam a negociar a 0,002 €, e não voltaram à cotação na Bolsa de Lisboa); a segunda operação foi a retransmissão para o BES de cinco títulos de dívida senior que tinham inicialmente transitado para a esfera do Novo Banco.

As carteiras geridas pela Futuro não possuíam nenhuma destas emissões obrigacionistas nem investimento no BANIF, pelo que os resultados do ano não foram diretamente afetados.

A Futuro terminou o ano com rendibilidades positivas e acima das medidas de referência em todos os Fundos geridos, embora os mercados tenham encerrado abaixo dos valores máximos alcançados no 1º trimestre.

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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Economia Mundial

A economia mundial terá crescido 3,1% em 2015 (estimativa do FMI), traduzindo uma desaceleração face ao crescimento de 3,4% observado em 2014. Esta desaceleração refletiu, em grande medida, uma recuperação mais lenta do que era expectável das economias emergentes e em desenvolvimento, responsáveis por mais de 70% do crescimento global – a diminuir, pelo quinto ano consecutivo, enquanto as economias avançadas continuaram a recuperar de forma moderada.

Para 2016, o FMI prevê uma aceleração do crescimento mundial para 3,4%. Os riscos que poderão afetar a economia global durante o presente ano continuam a incluir a desaceleração económica nas economias emergentes, a alteração do modelo de crescimento da China, os reduzidos preços das matérias-primas e a normalização gradual da política monetária nos EUA.

Acresce que a volatilidade nos mercados financeiros, neste início de ano de 2016, poderá também ter impactos negativos sobre a atividade económica, quer por via das expectativas desfavoráveis dos agentes económicos, podendo consubstanciar-se em adiamento das decisões de consumo e de investimento, quer pelo alargamento dos prémios de risco, tornando as condições financeiras mais restritivas para o setor privado.

Zona Euro

Depois de o PIB ter crescido 0,9% em 2014, regressando aos crescimentos anuais depois de dois anos a contrair (-0,3% em 2013) – em grande medida como resultado dos efeitos das políticas de consolidação orçamental levadas a cabo por um número significativo de Estados-Membros –, a economia da Zona Euro, em 2015, deu continuidade ao processo de gradual recuperação, tendo crescido 1,5%. A Alemanha continuou a apresentar um dos maiores dinamismos económicos da Zona Euro, com um crescimento de 1,4% em 2015, bem como Espanha que observou um crescimento bem superior em 2015 (+3,2%), destacando-se claramente pela positiva entre os países da região. A Itália regressou, finalmente, aos crescimentos (+0,6%), após três anos a contrair, enquanto a França viu o crescimento acelerar para 1,1%, sendo, juntamente com a Alemanha, as duas únicas destas quatro maiores economias da região que já ultrapassaram os níveis de atividade pré-crise 2008/09.

Refletindo a gradual recuperação das economias, a taxa de desemprego da Zona Euro prosseguiu a tendência de ligeira melhoria iniciada em meados de 2013, tendo descido de 11,4%, em dezembro de 2014, para 10,4% em dezembro 2015, ficando apenas a 1,7 pontos percentuais (p.p.) dos máximos históricos desde o início da série (1990), observados entre março e maio de 2013, continuando, assim, a revelar um mercado laboral ainda bastante deteriorado.

Ao nível da taxa de inflação (medida pela variação homóloga do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor - IHPC) depois de ter estado no início de 2015 (-0,6% em janeiro) em níveis mínimos desde julho de 2009, foi subindo de forma gradual (embora irregular) ao longo do ano, tendo saído, em abril, dos valores negativos para alcançar os 0,2% em dezembro de 2015 (-0,2% em dezembro de 2014). Por seu lado, a inflação subjacente (ou seja, excluindo produtos alimentares não transformados e energia) atingiu 0,9% em dezembro de 2015, 0,2 p.p. acima da observada no final de 2014, permanecendo acima

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da inflação geral e permitindo, de certa forma, continuar a afastar os cenários mais pessimistas de uma situação de deflação. Em termos médios anuais, a taxa de inflação desceu dos 0,4% observados em 2014 para um valor nulo em 2015, permanecendo bem distante do objetivo de médio prazo do Banco Central Europeu (BCE) de uma taxa de inflação abaixo, mas próxima, dos 2,0%.

Com o objetivo de combater o risco de inflação baixa durante um período demasiado longo e dinamizar os fluxos de crédito à economia real, o BCE voltou a adotar, ao longo de 2015, várias medidas expansionistas, tendo decidido cortar a taxa de juro dos depósitos (de -0,20% para -0,30%) e lançar (em 9 de março) um programa alargado de compra de ativos (dívida privada e pública), através de uma política de quantitative easing. Este programa que foi inicialmente estabelecido até setembro de 2016 (e a um ritmo médio mensal de 60 mil milhões de euros), foi prolongado, em dezembro, até, pelo menos, março de 2017

Portugal

Após três anos de recessão, a economia portuguesa encetou uma recuperação gradual em 2014 (com um crescimento do PIB de +0,9%, face a -1,1% em 2013), que foi confirmada em 2015 com uma aceleração para 1,5%, prevendo-se que prossiga em 2016 (+1,7%, entre os +1,6% previstos pela CE e os +1,8% do Orçamento de Estado – OE 2016).

A atividade económica em 2015 foi apenas suportada pela procura interna, refletindo essencialmente os crescimentos do consumo privado (+2,6%, depois de já ter crescido +2,2% em 2014 e regressado aos crescimentos após três anos em contração) e do investimento em capital fixo (FBCF) (+3,7%, após +2,8% em 2014 e deixado para trás um ciclo de quedas que se arrastava desde 2009), com o consumo público, por sua vez, a apresentar também um crescimento (+0,8%, representando o primeiro acréscimo desde 2010).

O contributo da procura interna para a variação anual do PIB aumentou, situando-se em 2,5 p.p. em 2015 (+2,2 p.p. em 2014), devido ao crescimento mais intenso das despesas de consumo final, uma vez que o investimento desacelerou. Já as exportações líquidas apresentaram um novo contributo negativo para o crescimento do PIB em 2015 (-1,0 p.p., depois dos -1,3 p.p. de 2014), traduzindo um crescimento das importações (+7,3%) superior ao das exportações (+5,1%). A procura externa líquida registou um contributo menos negativo em 2015, passando de -1,3 p.p. em 2014 para -1,0 p.p., refletindo a aceleração das exportações de bens e serviços. Note-se, ainda assim, que a recuperação da atividade económica tem continuado a ser sustentada pelas exportações, que terminaram o ano passado 29,3% acima dos níveis pré-programa de ajustamento (2010).

O processo de ajustamento orçamental continuou ao longo de 2015, devendo ter-se registado um excedente primário no ano de 0,4% do PIB, de acordo com as estimativas do Governo. Mas o processo de consolidação das contas públicas tem sido influenciado pela necessidade de intervenções do Estado ao nível do setor financeiro. Assim, depois do défice orçamental de 7,2% do PIB observado em 2014, incluindo o efeito da capitalização do Novo Banco (excluindo este fator seria de cerca de -4,5%), assistiu-se à resolução do Banif, que deverá ter agravado o défice em 1,2 p.p. do PIB, pelo que o Governo estima que défice global terá ficado nos 4,3% em 2015, devendo, assim, ter impossibilitado o fecho do Processo de Défice Excessivos (PDE) aberto a Portugal em 2009, que exige um défice igual ou abaixo dos 3,0%. Sem estes efeitos, o Governo estima que o défice orçamental para 2015 terá sido de 3,1%.

Ao nível do mercado laboral, a taxa de desemprego diminuiu de 13,9% em 2014 para 12,4% em 2015, dando continuidade à tendência de alívio que tem vindo a apresentar

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desde o pico máximo histórico atingido no início de 2013 (17,5%), perspetivando-se uma nova redução em 2016 (para 11,4%). A população desempregada em 2015, estimada em 646,5 mil pessoas, diminuiu 11,0% em relação ao ano anterior, ao passo que a população empregada, estimada em 4 548,7 mil pessoas, registou um acréscimo anual de 1,1%.

A inflação, medida pela variação média anual do Índice de Preços no Consumidor (IPC), foi de 0,5%, aumentando face aos -0,3% observados em 2014 (+0,3% em 2013 e +2,8% em 2012). A inflação core subiu dos 0,1%, em 2014, para 0,7% em 2015. Para além da evolução da inflação subjacente, o aumento da inflação entre 2014 e 2015 foi, sobretudo, determinada pela evolução dos preços dos produtos alimentares não transformados (passou de -2,1% em 2014 para +1,9% em 2015). Em sentido oposto, os produtos energéticos contribuíram negativamente para a variação média do IPC em 2015, com os preços a agravarem o ritmo de queda (-3,6%, depois dos -1,4% em 2014). O crescimento dos preços dos serviços (+1,3%) em 2015 foi superior ao observado para os preços dos bens (-0,1%).

MERCADOS FINANCEIROS

O ano de 2015 foi marcado por três tendências: uma melhoria do sentimento até meados de julho, seguida de uma degradação até final do verão e depois por alguma recuperação até final do ano, que, no caso de alguns índices de ações, não foi suficiente para registar subidas anuais.

O sentimento de mercado, tendencialmente positivo, que se observou ao longo da primeira metade de 2015 (sensivelmente até meados de julho), foi, em grande parte, influenciado pelos desenvolvimentos ao nível da política monetária, nomeadamente o início do programa alargado de compra de ativos, através de uma política de quantitative easing (QE), que foi anunciada pelo BCE na histórica reunião de 22 de janeiro, tendo o target de compras mensais sido fixado nos 60 mil milhões de euros, ficando acima das então expectativas de mercado (cerca de 50 mil milhões de euros). Por sua vez, o Banco Popular da China (PBoC) decidiu tornar a sua política monetária mais acomodatícia ao cortar a taxa de reservas obrigatórias, por duas vezes ao longo do 1.º semestre, acabando em 18,50% (20,00% no final de 2014), e cortando a taxa de juro de referência para os empréstimos e depósitos por três vezes, terminando o primeiro semestre, respetivamente, nos 4,85% e 2,00% (face a 5,60% e 2,75% no final de 2014).

O verão de 2015 trouxe uma alteração no sentimento de mercado, que foi penalizado por diversos fatores. O principal determinante do desempenho dos mercados financeiros esteve relacionado com os receios em relação à China, de eventuais bolhas no imobiliário e no mercado de ações e de que as autoridades chinesas não consigam evitar um maior abrandamento económico do país. O PBoC cortou, durante o terceiro trimestre, a taxa de referência diária do yuan por três vezes (semana de 10 a 14 de agosto) e baixou as taxas de juro, bem como o rácio de reservas obrigatórias dos bancos, no sentido de acalmar os mercados.

Os investidores também se mostraram receosos dos potenciais efeitos negativos, sobre a economia dos EUA, do abrandamento chinês e do dólar forte, bem como na economia da Zona Euro. A penalizar o sentimento, estiveram também os problemas dos refugiados na Europa, que se foram intensificando perante uma Europa dividida e que levaram a que diversos países tenham suspendido o acordo de Schengen.

No final do terceiro trimestre, surgiu o escândalo da Volkswagen, que assumiu que cometeu infrações relativamente aos testes de poluição nos EUA nos carros, receando-se que outros fabricantes tenham cometido idêntica infração, entretanto já confirmado para diversas marcas. Por último, refira-se o facto de a agência Standard & Poor’s ter colocado

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o rating da dívida soberana do Brasil no nível especulativo, sendo que a intensificação da recessão do Brasil acabou por ser ampliada pela perda de credibilidade dos decisores políticos, com reflexo nas fugas de capitais e na perda do valor do real, levando o banco central a subir as taxas até julho, mesmo num contexto recessivo.

A suportar o sentimento durante a segunda metade do ano estiveram os seguintes eventos:

i) a aprovação pelo Parlamento Europeu do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), conhecido como “Plano Juncker”, que pretende mobilizar 315 mil milhões de euros de investimento público e privado no triénio 2015-2017;

ii) a China Securities Finance Corp, que reuniu entre 370 e 444 mil milhões de yuans para suportar os mercados acionistas;

iii) a instabilidade durante o verão levou a Fed a adiar a sua primeira subida de taxas desde 2006, que inicialmente estava programada para setembro, acabando por efetuar essa subida apenas em 16 de dezembro;

iv) o BCE manteve as suas principais taxas de juro, continuando a mostrar-se otimista com o seu programa de QE e reforçando a possibilidade do seu reforço em caso de necessidade, como acabou por suceder na última reunião do ano;

v) o Banco de Inglaterra manteve a sua política ao longo de todo o ano de 2015, adiando, assim, a primeira subida de taxas desde a crise, que, no início do ano de 2015, estava a ser antecipada para ocorrer nesse ano.

Os mercados aplaudiram as respostas das diversas autoridades (através da subida dos preços dos ativos com risco), nomeadamente os cortes de taxas e as injeções de liquidez por parte do PBoC, embora continuando a recear a sua insuficiência.

Na reta final do ano, como referido, assistiu-se a alguma melhoria do sentimento dos mercados, suportados por um conjunto de eventos:

i) o PBoC voltou a reduzir as taxas de juro e reservas obrigatórias, descendo no total do ano as taxas de juro em 125 p.b. e o rácio das reservas obrigatórias em 250 p.b.;

ii) a época de resultados das empresas dos EUA, relativa ao 3.º trimestre de 2015, foi mais favorável que a do 2.º trimestre e que a mediana trimestral do pós crise 2008/09;

iii) BCE publicou um estudo (3 de novembro), em que defendeu o efeito virtuoso do programa de estímulo económico para os particulares e empresas na região, abrindo caminho para a extensão do programa um mês depois (em dezembro).

Já a condicionar o sentimento no final do ano (efeito que continuou a fazer-se sentir no início de 2016) estiveram os receios relativamente à performance dos países em desenvolvimento produtores de commodities, com a queda dos preços a ter impacto nas suas economias (destacando-se, pela sua dimensão, as recessões antecipadas para o Brasil e Rússia em 2015/16, levando a Goldman Sachs a fundir o seu fundo de investimento dos BRIC com o fundo dos mercados emergentes, muito por culpa dos referidos dois países), bem como nas suas finanças públicas e contas externas, traduzindo-se em movimentos de depreciação das suas moedas face ao dólar (que além do mais foi beneficiando com a perspetivas de subidas de taxas por parte da Fed).

Por outro lado, a descida dos preços do petróleo impactou nas contas das grandes petrolíferas internacionais e no mercado de shale oil dos EUA, já que os baixos preços do petróleo tornaram diversos campos economicamente ineficientes, havendo uma redução da produção ao longo da 2.ª metade do ano e o cancelamento de vários projetos de investimento, penalizando, assim, não só na indústria extrativa americana, como também a indústria transformadora, pelo que a produção industrial fechou o último trimestre de 2015 no vermelho, contribuindo para que o PIB dos EUA tenha crescido abaixo do potencial de crescimento e levando a que os investidores ficassem mais pessimistas

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relativamente à performance da economia dos EUA, revendo em baixa o crescimento de 2015/16.

MERCADOS ACCIONISTAS

Em termos de movimentos nos principais mercados financeiros, no conjunto de 2015, observaram-se movimentos mistos nos principais índices acionistas mundiais, designadamente nos EUA, onde o principal índice atingiu máximos históricos durante o ano, mas fechou com perdas (S&P 500: -0,7%), e com o comportamento a ser tendencialmente positivo na Europa (Eurostoxx 50: +3,9%; PSI-20: +10,7%), misto na Ásia (subidas no Japão e na China, mas descidas na Índia e em Hong-Kong) e negativo na América Latina.

MERCADO MONETÁRIO

No Mercado Monetário Interbancário (MMI), as taxas Euribor registaram mínimos históricos em todos os prazos, refletindo as descidas nas expectativas de taxas de juro overnight (medidas pelos swaps sobre as taxas EONIA), bem como do prémio de risco no MMI europeu (medido pelo OIS spread), tendo terminado negativas nos três e seis meses. As taxas Euribor nos prazos de 3, 6 e 12 meses desceram em 2015, 6 p.b., 5 p.b. e 5 p.b., para, respetivamente, -1,131%, -0,040% e 0,060%.

DÍVIDA PÚBLICA DE REFERÊNCIA

As yields da dívida pública de referência observaram movimentos mistos na Alemanha e ascendentes nos EUA. As yields da dívida alemã registaram uma descida no curto prazo (dois anos: -25 p.b.), resultante de um novo corte da taxa de facilidade permanente de depósitos do BCE e da presença do BCE nos mercados – em concreto, através da compra de ativos no âmbito do programa de QE –, mas subiram no longo prazo (10 anos: +9 p.b.), em resultado, nomeadamente, dos efeitos no médio prazo das políticas atualmente seguidas pelo BCE e da subida das yields americanas, que concorrem com as alemãs na captura de investimentos direcionados a perfis de risco baixos.

Além disso, os investidores terão percecionado que as yields se encontravam em níveis excessivamente baixos face ao fair value. Nos EUA, o movimento de subida das yields em relação ao final de 2014 (+38 p.b. nos dois anos e de +10 p.b. nos dez anos) resultou sobretudo das expectativas (consubstanciadas em 16 de dezembro) de subida de taxas por parte da Fed, no quadro de uma continuação do crescimento económico e de redução da taxa de desemprego para novos mínimos de ciclo.

DÍVIDA PÚBLICA DA PERIFERIA

Os spreads da dívida pública dos países periféricos da Zona Euro face aos bunds desceram em 2015 (com a maior redução nos 10 anos a ser observada pela Grécia: -155 p.b., tendo a exceção sido Espanha).

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O spread a 10 anos da Grécia fez, durante o ano (em novembro), mínimos desde dezembro de 2014, depois de terem estado penalizados durante o verão pela incerteza relativamente ao alcance de um acordo para um terceiro resgate (que acabou por ser conseguido).

Os spreads de Espanha, Itália e Portugal registaram, durante a primavera de 2015, mínimos desde abril de 2010, com a Irlanda a fazer, no mês de maio, mínimos desde setembro de 2008. Estes movimentos favoráveis terão resultado sobretudo do acordo entre a Grécia e os credores internacionais para o terceiro resgate, mas também da postura expansionista do BCE.

Espanha, não obstante ter apresentado o melhor desempenho económico, viu os spreads subirem 7 p.b., face ao bunds, em 2015, face ao final de 2014, para 114 p.b., em resultado da instabilidade política, resultante da demora para a constituição de Governo e dos receios de balcanização da Espanha, na sequência de uma eventual independência da Catalunha.

Assim, ao longo do ano de 2015, os spreads a 10 anos da Grécia, Itália, Irlanda e Portugal caíram, respetivamente, em 155 p.b., 38 p.b., 30 p.b. e 26 p.b. no prazo de 10 anos, para, respetivamente, 766 p.b. na Grécia, 97 p.b. em Itália, 61 p.b. na Irlanda e 189 p.b. em Portugal.

As yields a 10 e a dois anos de Espanha, Itália, Irlanda, Portugal e Alemanha fizeram mínimos históricos durante o ano de 2015. Em concreto, as yields da dívida portuguesa a 10 anos desceram dos 2,687% observados no final de 2014 para 2,516% no final de 2015, tendo em meados de março feito um mínimo histórico de 1,560%.

DÍVIDA PRIVADA

Os spreads de crédito da dívida privada observaram movimentos ascendentes, sobretudo nos índices de dívida privada na Zona Euro no mercado spot. Também nos índices de CDS (Credit Default Swaps) o comportamento anual acabou por ser maioritariamente ascendente, refletindo a revisão em baixa das perspetivas de crescimento económico global, os receios em relação à situação da Grécia e da China e o aumento do risco geopolítico no Leste da Europa e no Médio Oriente.

Este alargamento dos spreads corporate coexistiu, todavia, com uma subida anual na maioria das ações na Zona Euro e de um alívio na pressão dos mercados sobre os países periféricos.

O índice Itraxx (cinco anos), referência para a Zona Euro de CDS na classe de Investment Grade – cuja liquidez é muito superior à do mercado spot e, por isso, constitui o benchmark do mercado de crédito –, subiu 13 p.b. no ano, para 77 p.b., ficando mais longe dos mínimos desde outubro de 2007 (48 p.b.) observados em fevereiro, tendo, perto do final de 2015, atingido máximos desde janeiro de 2014.

Por seu lado, o Itraxx Financials (o mais exposto à crise da dívida soberana) observou uma subida de 9 p.b., fechando o ano em 77 p.b., abaixo do índice Itraxx (cinco anos), algo que não tem sido a tendência dos últimos anos, mas que era a situação habitual antes da crise, sendo que o facto de nos últimos anos ter estado normalmente acima refletiu a situação difícil da banca europeia desde o início da crise da dívida soberana.

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MERCADO CAMBIAL

No mercado cambial, registou-se uma depreciação do euro face ao dólar, ao iene e à libra, tendo a taxa de câmbio efetiva nominal do euro diminuído 5,6%, refletindo, essencialmente, o lançamento dos novos estímulos monetários por parte do BCE.

MERCADORIAS

As commodities apresentaram quedas em todas as classes, especialmente intensas na energia (-31,5%, destacando-se a descida de 35% do Brent), em resultado de um crescimento económico mundial aquém do que era esperado no início de 2015, das perspetivas de retirada das sanções ao Irão (entretanto confirmada) e do aumento da oferta, nomeadamente em resultado da produção de petróleo nos EUA.(shale oil).

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EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE

A evolução da atividade corrente foi muito positiva ao longo do ano, com um acréscimo significativo de subscrições para os Fundos de Pensões geridos, com particular incidência no mercado de clientes particulares. Neste segmento, o acréscimo de produção resultante de novos clientes ascendeu a € 8,17 Milhões.

O volume de ativos sob gestão fixou-se no final do ano em € 1.384 Milhões, tendo crescido acima do mercado, ao registar uma variação positiva de 7,3%, que compara com um acréscimo de apenas 3,2%, se se considerar o total de Fundos de Pensões nacionais, de acordo com as estatísticas provisórias da ASF-Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

Prosseguindo a atuação de prospeção no mercado de Empresas, foram angariadas ao longo do ano 5 novas adesões coletivas.

Em resultado do crescimento do negócio, a quota de mercado da Futuro subiu para 7,7%, sendo de 17,1% no segmento de clientes particulares.

No que se refere às rendibilidades das carteiras geridas, a estratégia de investimentos seguida proporcionou retornos globais positivos e acima das medidas de referência utilizadas, situação muito favorável face às diversas contingências a que os mercados financeiros estiveram expostos, conforme atrás descrito.

Descrevem-se em seguida as principais iniciativas comerciais desenvolvidas em 2015:

Mercado Fundos Fechados

(sem Futuro) € 14.981 M

Mercado FP Abertos (sem Futuro)

€ 1.687 M

Fundos Abertos € 347 M

Fundos Fechados € 1.037 M

FUTURO 7,7%

(€ 1.384 M)

QUOTA DE MERCADO FUTURO - 2015

Fonte: ASF (Dados provisórios) Não inclui Seguros de Vida PPR nem FIM PPR

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Segmento de clientes particulares

O valor de produção dos Fundos Abertos encerrou o ano com um crescimento de 35,6% face a 2014, muito em resultado das ações de dinamização comercial através da rede de balcões do Montepio.

Destaca-se também a assinatura formal de um Protocolo com a DECO-Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, destinado a conceder condições especiais na subscrição do Fundo PPR GARANTIA DE FUTURO, fundo que tem sido considerado como “escolha acertada” nas publicações da DECO.

Na área de particulares, destacamos as principais ações decorridas em 2015:

Campanha “50€ para a Reforma, 365 dias com Saúde”, 1 de janeiro a 31 de março

Objetivo: promover as subscrições mensais.

Campanha “VIVA DA MELHOR (RE)FORMA”

1 de abril a 16 de junho. Objetivo: Captação de subscritores mais jovens e fidelização dos clientes existentes. Consoante o valor investido, atribuíu-se um cartão-oferta com um crédito para compras nas lojas FNAC.

Campanha “ FUTURO CHALLENGER

Teve como objetivo a fidelização e captação de novas subscrições. Promovemos passeios pedestres e de barco em vários locais. A ideia foi criar grupos de convívio. Esta campanha decorreu no verão, de 15 de julho a 15 de setembro e teve um bom dispositivo de comunicação.

Campanha de final de ano “VIVA DA MELHOR (RE)FORMA” (2ª edição). De 1 de outubro a 31 de dezembro. Objetivo: angariar novos clientes; ofereceu-se 10€ em cartão-oferta FNAC por cada €500 de investimento.

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Segmento Institucional e Empresas

A Futuro patrocinou vários eventos desportivos: Corrida Montepio, Corrida Sempre Mulher e a 5ª Prova do Circuito Nacional 2015 de dança Desportiva

No segmento de Empresas, a Futuro prosseguiu uma atuação de prospeção conjunta com o Montepio, conforme atrás referido, e procurou fazer evoluir a plataforma de consulta online destinada ao segmento de clientes institucionais.

Destaca-se também a assinatura formal de um Protocolo com a APROSE-Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, destinado a conceder condições especiais, para os respetivos Sócios, quer na constituição de Complementos de Reforma, quer de âmbito coletivo, quer individual.

A Futuro patrocinou também duas conferências na área de Recursos Humanos: o Fórum RH 2015, organizado pela RH MAGAZINE e a III conferência da Revista Human.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

No âmbito da sua política de responsabilidade social, a Futuro distribuiu em 2015 donativos a instituições que atuam na esfera social e educativa, num total de € 20.500.

Foram contempladas as seguintes instituições: Apoio à Vida, Associação Hípica Terapêutica de Cascais, Aprender em Parceria A PAR, Chapitô, e Instituto de Apoio à Criança.

MEIOS HUMANOS E MATERIAIS

Recursos Humanos

A Futuro encerrou o ano de 2015 com um quadro de pessoal de 30 profissionais.

A percentagem de colaboradores com licenciatura, pós-graduação ou mestrado situa-se em cerca de 70%.

Seguindo a prática habitual, a Futuro admitiu para estágio, durante o ano, duas pessoas, uma licenciada na área de Gestão e uma segunda com formação na área de Contabilidade. Esta iniciativa tem como objetivo auxiliar os jovens a ingressar no mercado laboral.

A formação profissional dos Colaboradores foi planificada de forma a garantir uma adequada preparação e requalificação permanente. Foram ministradas ações de formação que envolveram a generalidade dos colaboradores da empresa e que atingiram mais de 500 horas formativas.

Em 2015, verificou-se um acréscimo de horas de formação e as ações realizadas incidiram sobre os seguintes temas (distribuição considerando o número de horas de formação): Marketing/Vendas: 17,7%, Fundos de Pensões: 8,0%, Gestão/Fiscalidade: 12,1%, Financeira/Contabilidade: 53,9%, Atuariado: 1,0% e Investimentos: 7,3%.

No âmbito do Sistema Integrado de Gestão, é analisada e avaliada a eficácia das ações de formação, bem como a utilidade e qualidade das empresas formadoras e o seu contributo para o cumprimento de objetivos e melhoria de competências.

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Plano de Pensões dos Colaboradores da Futuro

A Futuro detém um Plano de Pensões complementar do regime público de Segurança Social e independente das pensões atribuídas por esse regime. É garantido um complemento de reforma aos Colaboradores que, à data de reforma, estejam ao serviço da Empresa e reúnam os requisitos de exigibilidade definidos no Plano de Pensões.

Existem ainda direitos adquiridos ao abrigo deste plano de pensões. A Sociedade Gestora tem cumprido com as contribuições necessárias para a Adesão Coletiva da Futuro ao Fundo de Pensões VIVA, estando as responsabilidades totalmente financiadas.

Infraestruturas

A nova aplicação de Gestão de Participantes, cuja licença foi adquirida no final de 2012, encontra-se na segunda fase de desenvolvimento, com o objetivo de atingir os requisitos definidos para o funcionamento do programa.

Esta aplicação permite dotar a empresa de maior grau de segurança no que se refere a estrutura e suporte técnico na área de gestão de participantes. O novo Software vem igualmente contribuir para uma melhoria da eficácia da área de tecnologias de informação, uma vez que se prevê que, após a sua plena entrada em funcionamento, liberte recursos para atuação noutras vertentes essenciais para o bom funcionamento da Empresa.

Manteve-se em utilização o Software ALM da Mercer - Mercer PST - a fim de proporcionar à Futuro a possibilidade de efetuar uma análise mais precisa sobre a adequação da alocação de ativos às responsabilidades de cada plano de pensões.

SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO

A Futuro, líder na obtenção da Certificação da Qualidade, tornou-se uma empresa certificada em Outubro de 2001. A certificação atribuída cobre todas as áreas de atuação da Futuro: conceção, gestão, comercialização e prestação de serviços na área de fundos de pensões abertos e fechados. O certificado foi atribuído pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação, obedece aos requisitos da Norma Internacional NP EN ISO 9001:2008 e é reconhecido em qualquer país que faça parte da rede IQNET.

Ao longo dos anos, as melhorias introduzidas conferiram ao Sistema de Gestão da Qualidade um grau de maturidade que permitiu, em 2011, dar suporte à implementação dos Sistema de Gestão de Riscos e Controlo Interno (SGRCI), adequando os sistemas de informação e os canais de comunicação já existentes à atividade desenvolvida pela entidade gestora e aos riscos a que ela e os fundos de pensões geridos se encontram expostos.

A Certificação da Qualidade tem concorrido para a satisfação dos Clientes dos Fundos de Pensões da Futuro, facto que tem sido atestado em auditorias realizadas pela Entidade Certificadora, com a identificação de zero Não Conformidades em auditoria de renovação realizada em 2015.

O Sistema Integrado de Gestão é composto pelo Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), pelos Sistemas de Gestão de Riscos e Controlo Interno (SGRCI) e engloba ainda a Certificação GIPS.

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GIPS COMPLIANCE

A partir de 2013 a Futuro viu ainda reconhecida a conformidade com as Normas GIPS - Global Investment Performance Standards1, a qual exige o cumprimento de um conjunto de princípios na avaliação das rendibilidades dos Fundos sob gestão.

SISTEMA DE GESTÃO DE RISCO E CONTROLO INTERNO

Em conformidade com a Norma Regulamentar Nº 8/2009-R, de 4 de Junho – Gestão de Risco e Controlo Interno, a Futuro prosseguiu o trabalho de validação do sistema de forma abrangente, incidindo sobre todas as atividades da empresa.

A função de Auditoria Interna, assegurada pela Direção de Auditoria e Inspeção do Montepio, no cumprimento da sua função-chave no sistema de controlo interno, assegurou a eficácia do sistema e seus controlos, visando a melhoria contínua da atividade e a mitigação dos seus riscos.

A função de Compliance, desenvolvida pela Direção de Compliance do Montepio, tem como objetivo assegurar o cumprimento das obrigações legais, Regulamentos, decisões administrativas e deveres a que a instituição se encontra sujeita. Neste âmbito, acompanhou ao longo do ano os diversos trabalhos desenvolvidos pela Futuro, emitindo as suas recomendações sempre que oportuno, no sentido de evitar a ocorrência de observações por parte das entidades de supervisão, designadamente a CMVM.

Riscos associados à atividade da Entidade Gestora

O ano de 2015 não revelou um agravamento dos riscos materiais da atividade da Empresa, por comparação com outros exercícios.

A evolução dos mercados financeiros - fator essencial para o apuramento dos resultados nos fundos geridos - mostrou-se favorável no cômputo geral do ano e não se registaram alterações de legislação com impacto significativo na atividade corrente da Sociedade.

Os requisitos de solvência mantiveram-se devidamente enquadrados nos requisitos legais, face ao volume de ativos em gestão e ao tipo de garantias prestadas nos Fundos.

A Futuro aplicou os seus excedentes de Tesouraria em Obrigações do Tesouro e Depósitos a Prazo, mantendo em nível reduzido o risco de liquidez e o risco de mercado.

1 Para receber a lista descritiva dos vários Compósitos da Futuro, pode contactar-nos através do número de telefone (+351) 210 416 005 ou através do endereço eletrónico [email protected].

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Risco dos Fundos Geridos

Os procedimentos adotados relativos à gestão de risco permitem delimitar com rigor o nível de risco aceitável para cada Fundo, tendo em consideração a respetiva política de investimentos estabelecida.

Ao longo do ano, o Comité de Investimentos da Futuro teve a oportunidade de se ir pronunciando sobre as medidas sucessivamente implementadas em termos da estratégia delineada.

Além da intervenção deste Órgão, as carteiras de ativos são permanentemente monitorizadas, assegurando o cumprimento dos requisitos legais e contratuais.

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RESULTADO DO EXERCÍCIO E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Conforme referido atrás, no capítulo da Evolução da Atividade, a atividade corrente resultou num aumento da carteira de clientes e dos ativos sob gestão, com o montante dos Fundos de Pensões geridos a crescer 7,3% e a quota de mercado a evoluir para 7,7%.

No entanto, o resultado bruto do exercício foi afetado por duas situações não recorrentes, que se descrevem em seguida:

1. Imposto do Selo sobre comissões pagas pelos Fundos de Pensões à Futuro

A primeira situação refere-se à imputação da cobrança de imposto do selo sobre as comissões pagas à entidade gestora por todos os Fundos de Pensões geridos. Nos seus mais de 25 anos de atividade, a Futuro considerou que os Fundos estavam isentos de imposto de selo, tendo sido este também o entendimento geral de todas as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões a atuar no mercado, por equiparação ao regime aplicável aos Fundos de Investimento e coadjuvado por um Parecer da Direção de Serviços dos Impostos do Selo e das Transmissões do Património, de março de 1999.

Em 2015, dando continuidade à inspeção iniciada no mercado de Fundos de Pensões em 2014, no âmbito exclusivo do Imposto do Selo, a Autoridade Tributária veio também inspecionar a Futuro e, durante o primeiro semestre do ano, outras três Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões foram alvo da mesma atuação.

A Autoridade Tributária veio dar uma interpretação contrária quanto à isenção de Imposto do Selo sobre as comissões pagas pelos Fundos de Pensões às Sociedades Gestoras, alegando que o parecer de 1999 atrás referido não constituía uma orientação genérica, não devendo portanto aplicar-se a esta situação concreta .

Este problema, que até ao momento afetou já cinco Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões, tem vindo a ser acompanhado pela Associação do Setor – APFIPP – e as Sociedades Gestoras têm defendido que a prática seguida desde sempre se fundamentou em pareceres ou interpretações da lei que a Autoridade Tributária nunca, até então, tinha posto em causa.

Em resultado, a Autoridade Tributária veio exigir o pagamento do imposto do selo devido por todos os Fundos de Pensões geridos pela Futuro relativo aos anos de 2011 a 2014, responsabilidade que a Futuro decidiu assumir diretamente nas suas contas.

Para a Futuro, tal implicou a necessidade de registar nas suas contas uma provisão para contingências fiscais no valor de € 1.601.972, que afeta o resultado do exercício.

2. Imparidades

Em 2013, registou-se nas contas da Futuro uma mais–valia realizada com a permuta entre a participação na Lusitania Vida-Companhia de Seguros, SA. e a participação no capital da Montepio Seguros, SGPS e que ascendeu a € 3.093.605. O valor desta mais-valia, apesar de ter contribuído para um aumento extraordinário do resultado da empresa naquele ano, não foi distribuído, tendo sido afeto a Outras Reservas, após dedução do imposto devido naquele exercício.

Em 2014, a participação na Montepio Seguros, SGPS manteve-se contabilizada a custo de aquisição. Em 2015, com base no valor de avaliação desta Sociedade foi reconhecida uma imparidade no montante de €2.351.177.

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Face às duas situações relatadas, o resultado do exercício tornou-se negativo, ascendendo a -€ 1.632.112.

A Futuro dispõe de um capital próprio elevado, que supera o valor do seu passivo, pelo que o resultado apurado não põe em causa a sua solvabilidade. Com efeito, o valor do capital social é de €2.566.800, a que se somam reservas de € 4.855.920 e o rácio de solvabilidade é igual a 1,086.

O Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido seja transferido para Resultados Transitados.

O Conselho de Administração propõe também a distribuição de um dividendo de €0,37€/ação (€190.050,68), que corresponde ao resultado líquido obtido na atividade corrente da Sociedade.

NOTA FINAL

O Conselho de Administração agradece o empenho dos trabalhadores da Futuro, essencial para assegurar o crescimento da carteira de clientes e a sua fidelização.

Igualmente se agradece e salienta a importância do trabalho desenvolvido pelas diversas entidades que direta ou indiretamente contribuíram também para a manutenção do crescimento da atividade da Futuro e do mercado de Fundos de Pensões, destacando-se em particular:

• A Caixa Económica Montepio Geral, na qualidade de entidade comercializadora dos Fundos geridos pela Sociedade;

• A Montepio Gestão de Activos, enquanto responsável pela gestão direta dos ativos; • A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e a Comissão do

Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ambos como entidades supervisoras; • A APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios; • O Senhor Provedor dos Participantes e Beneficiários dos Fundos de Pensões, Dr.

Francisco de Medeiros Cordeiro.

Lisboa, 29 de fevereiro de 2016

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O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Dr. José de Almeida Serra

Administrador Executivo Dr. José Luís Esparteiro da Silva Leitão

Administrador Dr. José Carlos Sequeira Mateus

Administrador Dr. José António Fonseca Gonçalves

Administrador Dr. Fernando Jorge Lopes Centeno Amaro

Administrador Dr. Luís Miguel Marques Ferreira Cardoso

Administrador Dr. Mário José Brandão Ferreira

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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FUTURO-SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 Unidade Monetária: Euro

2015 2014ACTIVO

Ativo não corrente

Ativ os fixos tangív eis 5 79.919 92.515

Propriedades de Inv estimento 31 339.954 348.080

Ativ os Intangív eis 6 176.544 184.572

Participações financeiras - outros métodos 7 2.148.824 4.500.001

Outros ativ os financeiros 7 2.214.955 2.208.815

Ativ os por impostos diferidos 4 275.242 -

5.235.438 7.333.983

Ativo corrente

Clientes 8 2.337.577 1.560.206

Outras contas a receber 10 44.757 60.132

Diferimentos 11 78.848 -

Ativ os financeiros detidos para negociação 12 350.342 349.117

Caixa e depósitos bancários 13 3.291.845 3.064.229

6.103.369 5.033.684

Total do ativo 11.338.807 12.367.667

CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO

Capital Próprio

Capital realizado 14 e 15 2.566.800 2.566.800

Reserv as Legais 513.360 513.360

Outras reserv as 4.342.560 4.340.804

Resultados transitados 112.662 112.662

Resultado líquido do período -1.632.112 361.108

Total do capital próprio 5.903.270 7.894.734

Passivo

Passivo não corrente

Prov isões 17 1.373.107 2.390.041

Prov isões - Outras 17 1.606.393 16.000

Passiv os por impostos diferidos 4 - 21.363

2.979.500 2.427.404

Passivo Corrente

Fornecedores 18 1.198.862 767.446

Estado e outros entes públicos 9 153.256 143.865

Financiamentos obtidos 8.899 -

Outras contas a pagar 19 1.090.520 1.129.718

Diferimentos 4.500 4.500

2.456.037 2.045.529

Total do passivo 5.435.537 4.472.933

Total do capital próprio e do passivo 11.338.807 12.367.667

Lisboa, 29 de fevereiro de 2016

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RUBRICAS Notas Datas

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FUTURO-SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZASPERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 Unidade Monetária: Euro

2015 2014Serv iços prestados 21 8.629.927 7.641.807

Fornecimentos e serv iços externos 22 -3.429.396 -2.709.932

Gastos com pessoal 23 -1.744.155 -1.909.899

Prov isões (aumentos/reduções) 17 -573.459 -336.117

Aumentos/Reduções de justo v alor 7 e 12 -2.349.952 -350

Outros rendimentos e ganhos 24 74.515 94.122

Outros gastos e perdas 25 -2.341.556 -2.374.582

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos -1.734.076 405.049

Gastos/rev ersões de depreciação e de amortização 5, 6 e 31 -53.181 -55.891

Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) -1.787.257 349.158

Juros e rendimentos similares obtidos 28 147.818 174.134

Juros e gastos similares suportados - -

Resultado antes de impostos -1.639.439 523.292

Imposto sobre rendimento do período 4 7.327 -162.184

Resultado líquido do período -1.632.112 361.108

- -

Resultado por ação básico -3,18 0,70

Lisboa, 29 de fevereiro de 2016

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RENDIMENTOS E GASTOS NOTASPeríodos

Resultado das activ idades descontinuadas (líquido de impostos) incluido no resultado líquido do período

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FUTURO - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE FLUXOS DE CAIXAPeríodo findo em 31 de dezembro de 2015 Unidade Monetária: Euro

2015 2014

Fluxos de caixa das atividades operacionais - método directoRecebimentos de clientes 8.237.784 7.647.168Pagamentos a fornecedores -5.814.516 -4.992.616Pagamentos ao pessoal -756.920 -706.207

Caixa gerada pelas operações 1.666.348 1.948.345Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -275.401 -234.957Outros recebimentos/pagamentos -979.028 -1.090.824

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 411.919 622.564

Fluxos de caixa das atividades de investimentoPagamentos respeitantes a:At ivos fixos tangíveis -32.626 -10.618At ivos intangíveis -10.811 -95.447Invest imentos financeiros - -Outros at ivos - -Recebimentos provenientes de:At ivos fixos tangíveis - -At ivos intangíveis - -Invest imentos financeiros 93.240 1.139.490Outros at ivos 55.814 55.814Subsídios ao invest imento - -Juros e rendimentos similares 60.533 50.368Dividendos - -

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) 166.150 1.139.607

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebimentos provenientes de:Financiamentos obt idos 8.899 -Realizações de capital e de out ros inst rumentos de capital próprio - -Cobertura de prejuízos - -Doações - -Outras operações de financiamento - -Pagamentos respeitantes a:Amort ização de cont ratos de locação financeira - -Juros e gastos similaresDividendos -359.352 -354.218Reduções de capital e de out ros int rumentos de capital próprio - -Outras operações de financiamento - -

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) -350.453 -354.218

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 227.616 1.407.953Caixa e seus equivalentes no ínicio do período 3.064.229 1.656.276Caixa e seus equivalentes no fim do período 3.291.845 3.064.229

Lisboa, 29 de fevereiro de 2016

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PERÍODOSRUBRICAS

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FUTURO-SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO ANO DE 2015 Unidade Monetária: Euro

Capital Realizado

Ações (quotas) próprias

Outros instrumentos de capital

próprio

Prémios de

emissão

Reservas legais

Outras reservas

Resultados Transitados

Ajustamentos em ativos

financeiros

Excedentes de revalorização

Outras variações do capital

próprio

Resultado líquido do período

Total

POSIÇÃO NO INÍCIO DO ANO DE 2014 1 2.566.800 - - - 513.360 1.894.861 112.662 - - - 2.800.162 7.887.844 - 7.887.844

ALTERAÇÕES NO PERÍODOOutras alterações reconhecidas no capital próprio - - - - - - - - - - - -

2 - - - - - - - - - - - - - -

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 361.108 361.108 - 361.108

RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 361.108 361.108 - 361.108

OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODOTranferências de resultado líquido - - - - - 2.445.943 354.218 - - - -2.800.162 - - -Distribuições - - - - - - -354.218 - - - - -354.218 - -354.218

5 - - - - - 2.445.943 - - - - -2.800.162 -354.218 - -354.218

POSIÇÃO NO FIM DO ANO DE 2014 6=1+2+3+5 16 2.566.800 - - - 513.360 4.340.804 112.662 - - - 361.108 7.894.734 - 7.894.734

ALTERAÇÕES NO PERÍODOOutras alterações reconhecidas no capital próprio - - - - - - - - - - - - -

7 - - - - - - - - - - - - - -

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 8 -1.632.112 -1.632.112 - -1.632.112

RESULTADO INTEGRAL 9=7+8 -1.632.112 -1.632.112 - -1.632.112

OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODOTranferências de resultado líquido - - - - - 1.756 359.352 - - - -361.108 - - -Distribuições - - - - - - -359.352 - - - - -359.352 - -359.352

10 - - - - - 1.756 - - - - -361.108 -359.352 - -359.352

POSIÇÃO NO FIM DO ANO DE 2015 11=6+7+8+10 16 2.566.800 - - - 513.360 4.342.560 112.662 - - - -1.632.112 5.903.270 - 5.903.270

Lisboa, 29 de fevereiro de 2016

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DESCRIÇÃO

Capital Próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe

Interesses minoritários

Total do Capital Próprio

NOTAS

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em Euros)

NOTA INTRODUTÓRIA

A Futuro - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade anónima, com sede na Avenida de Berna nº 10 - Lisboa, constituída por escritura de 14 de janeiro de 1988 e que tem por objeto social a instituição, administração, gestão e representação de Fundos de Pensões.

De acordo com o regime jurídico aplicável às sociedades gestoras de Fundos de Pensões, a Futuro encontra-se sujeita à supervisão da ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões).

Em 31 de dezembro de 2015, a Sociedade é responsável pela gestão dos seguintes Fundos:

Fundos Fechados:

- Fundo de Pensões Fundação Oriente - Fundo de Pensões Montepio Geral - Fundo de Pensões NAV - E.P. Complementos - Fundo de Pensões NAV - E.P.E. SINCTA - Fundo de Pensões NAV - E.P. SINCTA – Plano CD - Fundo de Pensões BIG - Fundo de Pensões Santa Casa Misericórdia de Lisboa - Fundo de Pensões Pinto Basto Comercial e Empresas coligadas - Fundo de Pensões WESHARE - Fundo de Pensões Vista Alegre

Fundos Abertos:

- Fundo de Pensões PPR 5 Estrelas - Fundo de Pensões PPR Platinium - Fundo de Pensões PPR Garantia de Futuro - Fundo de Pensões Viva - Fundo de Pensões Futuro Clássico - Fundo de Pensões PPA Acção Futuro - Fundo de Pensões PPR Geração Activa - Fundo de Pensões Futuro XXI - Fundo de Pensões Futuro Activo - Fundo de Pensões Futuro Life - Fundo de Pensões PPR BIG Alpha - Fundo de Pensões PPR BIG Taxa Plus - Fundo de Pensões Futuro Plus Durante o exercício de 2015 a Sociedade procedeu à extinção do Fundo de Pensões Gestnave e o seu valor foi transferido para a Caixa Geral de Aposentações, I.P., de acordo com o estabelecido nos artigos 8º e 9º do Decreto – Lei nº 62/2015, de 23 de abril. O Fundo de Pensões Metlife foi extinto e o seu valor transferido para uma adesão coletiva no Fundo de Pensões aberto Futuro Clássico.

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NOTA 2 - REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras individuais foram preparadas com base no Sistema de Normalização Contabilístico (SNC) e respetivas Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF), conforme disposto no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e incluem o Balanço, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração de Fluxos de Caixa e ainda as respetivas notas explicativas.

A moeda de apresentação utilizada nas demonstrações financeiras é o Euro, sendo os valores evidenciados arredondados à unidade, sendo os dois exercícios comparáveis nos critérios adotados e na sua forma de apresentação.

As notas omitidas neste anexo não são aplicáveis à Sociedade ou a sua apresentação não é relevante para a compreensão das demonstrações financeiras não sendo derrogadas no presente exercício quaisquer disposições do SNC.

As políticas contabilísticas encontram-se consistentes com as utilizadas em exercícios anteriores, pelo que os valores do exercício de 2015 são comparáveis em todos os aspetos significativos com os valores registados na coluna correspondente ao ano de 2014.

Nota 3 - BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLITICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Sociedade, mantidos de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.

As demonstrações financeiras da Sociedade em 31 de dezembro de 2015 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 29 de fevereiro de 2016. O Conselho de Administração entende que estas virão a ser aprovadas sem alterações significativas pela Assembleia Geral de Acionistas.

Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos ao justo valor através de resultados.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados nesta nota nas Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras.

Principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Especialização de exercícios

Para além do reconhecimento das comissões, mencionado na Nota 3. i) abaixo, a Sociedade reconhece os demais rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual os rendimentos e gastos são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos ou pagos e as correspondentes receitas e despesas são reconhecidas nas rubricas Outras Contas a receber e a Pagar e na rubrica Diferimentos de rendimentos e gastos.

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b) Ativos fixos intangíveis

Os Ativos fixos intangíveis são reconhecidos ao custo de aquisição, deduzidos de amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após a data de início de utilização, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil esperada sendo as amortizações registadas por duodécimos.

A Sociedade procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

c) Ativos fixos tangíveis

Os Ativos fixos tangíveis encontram-se reconhecidos ao custo de aquisição, deduzido de depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas após o momento em que o bem se encontra condição de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 50 Equipamento básico 10 Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 1 - 8

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos subjacentes, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, foram registadas como gastos do exercício no momento em que ocorrem.

A Sociedade procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

d) Locações

A classificação das locações foi efetuada segundo os critérios definidos na NCRF 9 – Locações, em função da substância dos contratos efetuados.

Assim, os contratos de locação são classificados como locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como locações operacionais caso contrário.

As locações existentes foram classificadas como operacionais e as suas rendas reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

e) Participações Financeiras

As participações financeiras encontram-se reconhecidas ao custo de aquisição, deduzidas de eventuais perdas de imparidade. Os rendimentos resultantes destas participações (dividendos), são reconhecidos na demonstração de resultados no momento em que são recebidos.

É feita uma avaliação das participações financeiras quando existem indícios de que o Ativo possa estar em imparidade, sendo reconhecidas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir.

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f) Ativos financeiros detidos para negociação

Esta rubrica inclui os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, cujas alterações são reconhecidas na demonstração dos resultados.

g) Outros Ativos financeiros

Os Outros Ativos financeiros correspondem a obrigações mensuradas pelo método do custo amortizado deduzido de qualquer perda por imparidade.

O método do custo amortizado é a quantia pela qual o Ativo financeiro ou passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método do juro efetivo, de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade.

h) Pensões

A Sociedade assumiu o compromisso de conceder a todos os seus empregados do quadro permanente com mais de cinco anos de serviço um complemento de pensão de reforma, correspondente a 1% do vencimento por cada ano de serviço (com um limite de 25%), a realizar sob a forma de prestação mensal vitalícia. Para cobertura desta responsabilidade, a Sociedade adquiriu unidades de participação do Fundo de Pensões VIVA. Este Fundo de Pensões é um Fundo Aberto e é gerido pela própria Sociedade no âmbito da sua atividade.

A Sociedade realiza anualmente cálculos atuariais, com o objetivo de estimar as suas responsabilidades, reforçando as dotações ao Fundo de forma a garantir a cobertura mínima das responsabilidades por serviços passados apuradas.

As responsabilidades da Sociedade com o complemento de pensões de reforma são calculadas com base no Método da Unidade de Crédito Projetada, através da estimativa do valor dos benefícios futuros que cada empregado deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu valor atual e o justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser deduzido. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating de boa qualidade, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

A Sociedade segue como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos os critérios consagrados na Norma Contabilística de Relato Financeiro n.º 28 - Benefícios dos empregados.

i) Rédito/Prestação de Serviços (Comissões)

Os serviços prestados pela Sociedade aos Fundos de Pensões que administra são remunerados sob a forma de comissões, reconhecidas na rubrica Prestações de serviços da demonstração de resultados. As principais comissões cobradas pela Sociedade são as que a seguir se descrevem:

i) Comissão de administração

A Comissão de administração corresponde à remuneração da Sociedade pela administração corrente dos Fundos Fechados, nomeadamente pelo processamento contabilístico, verificação e pagamento das pensões e outras funções relacionadas com serviços de gestão corrente.

Esta comissão é calculada por aplicação de uma taxa definida nos respetivos contratos de gestão que incide sobre o valor das contribuições efetuadas para os Fundos, sendo cobrada e reconhecida aquando da realização das referidas contribuições.

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ii) Comissão de gestão

A Comissão de gestão corresponde à remuneração da Sociedade pela gestão financeira e atuarial dos Fundos Fechados e Abertos.

Esta comissão é calculada periodicamente, por norma trimestralmente, por aplicação de uma taxa definida nos respetivos regulamentos e contratos de gestão que incide sobre o património líquido dos Fundos.

iii) Comissão de excesso de rendibilidade

A Comissão de excesso de rendibilidade corresponde à remuneração da performance financeira que a Sociedade obtém na gestão de Fundos Fechados, sendo calculada por aplicação de um coeficiente, definido nos respetivos contratos de gestão, ao excesso de rendibilidade apurado face à rendibilidade de referência (igualmente definida nos contratos de gestão). Esta comissão é apurada periodicamente, por norma trimestralmente, e incide sobre o valor patrimonial do Fundo Fechado.

Iv) Comissões cobradas aos subscritores - Fundos Abertos

• Comissão de reembolso

Em 31 de dezembro de 2009 e até 18 de abril de 2010 a comissão de reembolso definida para os Fundos Abertos era na generalidade 2%. A partir dessa data a comissão de reembolso passou a ser 0%, com as exceções do Fundo de Pensões Garantia de Futuro em que a comissão de reembolso é 0,5% e dos reembolsos antecipados dos Fundos Abertos em que a comissão ascende a 2%.

j) Comissões de comercialização

Correspondem às comissões devidas à Caixa Económica Montepio Geral pela comercialização de unidades de participação de Fundos de Pensões Abertos e Fechados.

Estas comissões encontram-se reconhecidas na rubrica Outros Gastos e perdas (Nota 25).

l) Descontos e Abatimentos em prestação de serviços

Corresponde a uma oferta de unidades de participação de Fundos de Pensões Abertos a clientes que cumpram cumulativamente certas condições previstas no contrato de subscrição e que estão relacionadas nomeadamente com o tempo de permanência no Fundo.

A Sociedade regista o valor das ofertas de unidades de participação na rubrica Prestações de serviços – Descontos e abatimentos.

m) Garantia a clientes

A Sociedade garante o valor do capital investido às subscrições efetuadas a partir de 9-6-2003, pelos participantes do Fundo de Pensões PPR Garantia de Futuro e garante o capital investido no Fundo FUTURO PLUS de 5 em 5 anos, em que a garantia será concretizada, pela primeira vez, no dia 31/10/2019 e, daí em diante, a 31 de outubro de cada ano a partir de 18-06-2014.

n) Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando se verifica uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado, seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

o) Fundos de pensões sob gestão

A atividade da Sociedade, no que se refere à gestão contratada de Fundos de Pensões, encontra-se divulgada na nota 29. Os Ativos dos Fundos são valorizados em conformidade com as regras definidas pela ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), na Norma regulamentar n.º 26/2002-R de 31 de dezembro e Norma regulamentar n.º 9/2007-R de 28 de junho.

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p) Imposto sobre lucros

O imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) é calculado de acordo com a legislação e taxas aplicáveis, sendo reconhecidas contabilisticamente as situações de diferimento de impostos, de acordo com a Norma contabilística de relato financeiro nº 25. O imposto diferido apurado é reconhecido por contrapartida da rubrica Imposto sobre o rendimento, em resultados, a crédito, sendo um Ativo, e a débito, no caso de um passivo.

Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos relevados contabilisticamente e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados, e periodicamente avaliados, utilizando as taxas de tributação aprovadas à data de balanço, não se procedendo ao respetivo desconto.

q) Propriedades de Investimento

As Propriedades de Investimento são reconhecidas ao custo, ou seja, preço de compra e qualquer dispêndio diretamente atribuível, deduzidas de amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas.

r) Contas a receber

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, sendo subsequentemente valorizadas ao custo ou custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva, sendo apresentadas em balanço deduzidas das perdas por imparidade que lhe estejam associadas.

As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação regular da existência de evidência objetiva de imparidade associada aos créditos de cobrança duvidosa na data do balanço. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior.

s) Caixa e depósitos bancários

A caixa e seus equivalentes englobam o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

t) Demonstração de fluxos de caixa

Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, a rubrica de Meios Financeiros Líquidos corresponde ao somatório dos saldos de caixa e disponibilidades em bancos.

A Sociedade classifica os juros e dividendos pagos como atividades de financiamento e os juros e os dividendos recebidos como atividades de investimento.

A 31 de Dezembro de 2015 todos os saldos de caixa e seus equivalentes encontram-se disponíveis para uso.

Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As NCRF requerem que sejam efetuadas estimativas e julgamentos no âmbito da tomada de decisão sobre alguns tratamentos contabilísticos com impactos nos valores reportados no total do ativo, passivo, capital próprio, gastos e rendimentos. Os efeitos reais podem diferir das estimativas e julgamentos efetuados, nomeadamente no que se refere ao efeito dos gastos e rendimentos reais.

As principais estimativas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos são discutidos nesta nota com o objetivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados pela Sociedade e a sua divulgação. Uma descrição detalhada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Sociedade é apresentada na nota 3 do Anexo.

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Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adotado pela Sociedade, os resultados reportados poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efetuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Sociedade e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas são mais apropriadas.

Provisões

A quantia reconhecida como uma provisão é a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço.

Impostos sobre os lucros

Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação do valor final do imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal dos negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente dos impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

Em Portugal, as Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pela Sociedade, durante um período de quatro a doze anos, (quatro anos para prejuízos apurados no exercício de 2011, cinco anos para prejuízos apurados em 2012, 2013 e doze anos para prejuízos apurados em 2014 e 2015), no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que ocorram correções à matéria coletável resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Sociedade, de que não haverá correções significativas aos impostos sobre os lucros registados nas demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

Principais pressupostos relativos ao futuro

Não foram identificadas pelo Conselho de Administração da Sociedade situações que coloquem em causa a continuidade da mesma.

NOTA 4 - IMPOSTOS

A Sociedade encontra-se sujeita ao Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) e correspondente derrama. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis, pelo que as declarações dos anos de 2012 a 2015 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Contudo, o Conselho de Administração da Sociedade entende que as eventuais correções resultantes de revisões por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas.

Em 2015, a regularização de imposto diferido Ativo de € 232.410 refere-se principalmente à reversão de provisões para Riscos de Investimento no montante de € 1.016.934,37.

O imposto diferido Ativo no valor de € 529.015 refere-se ao registo nas demonstrações financeiras da Sociedade de uma imparidade em investimentos financeiros no montante de € 2.351.177.

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O imposto diferido Ativo e o imposto diferido Passivo foram determinados considerando a taxa de IRC de 21%, acrescido da Derrama (taxa municipal) de 1,5% sobre o lucro tributável.

O imposto sobre o rendimento do exercício de 2015 decompõe-se como segue:

Imposto corrente 289.278 Regularização Imposto diferido ativo 232.410 Imposto diferido Ativo (529.015) (7.327) Decomposição dos Ativos e Passivos por impostos diferidos por tipo de diferença à data do Balanço

2015 2014 2015 2014

Provisões não aceites fiscalmente 1.373.107 2.406.041 1.373.107 2.406.041Imparidades não aceites fiscalmente 2.351.177 0 2.351.177 0Outras 0 0 0 0

Total I 3.724.284 2.406.041 3.724.284 2.406.041

Diferimento de tributação das mais valias 2.500.986 2.500.986 2.500.986 2.500.986

Beneficiou de reforma, quando não há fundo externoEfeito da transposição de demonstrações financeiras

Total II 2.500.986 2.500.986 2.500.986 2.500.986

Ativos por impostos diferidos (Total I x taxa(i)) 837.964 541.359 837.964 541.359

Passivos por impostos diferidos (Total II x taxa(s)) 562.722 562.722 562.722 562.722

Total III 275.242 (21.363) 275.242 (21.363)

Valores reflectidos no balanço

Descrição Total Operações na D.R.

Diferenças temporárias que originaram Activos por impostos diferidos

Diferenças temporárias que originaram Passivos por impostos diferidos

A reconciliação da taxa de imposto apresenta-se como segue:

Designação 2015 2014

RAI -1.639.439 523.292Taxa de imposto 22,5% 24,5%Imposto no exercício (368.874) 128.207 Tributação Autónoma 12.930 16.653 Outras diferenças permanentes 348.617 17.324

Total (7.327) 162.184

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NOTA 5 – ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido no valor dos Ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:

As adições verificadas nos Ativos Fixos Tangíveis em 2015 correspondem principalmente a aquisições de equipamento administrativo.

Equipam. OutrosEquipam. de Equipam. ativos fixos

básico transporte administ. tangíveis TotalAtivo bruto:

Saldo inicial 122.470 2.000 313.851 44.478 482.799Aquisições - - 4.396 - 4.396Alienações - - - - -Abates - - - - -Transferências - - - - -Saldo final 122.470 2.000 318.247 44.478 487.195

Depreciações e perdas por imp. acumuladas:Saldo inicial 117.366 2.000 270.918 - 390.284Amortizações do exercício 3.011 - 13.981 - 16.992Transferências - - - - -Alienações - - - - -Abates - - - - -Saldo final 120.377 2.000 284.899 - 407.276

Ativo líquido 2.093 - 33.348 44.478 79.919

Equipam. OutrosEquipam. de Equipam. ativos fixos

básico transporte administ. tangíveis TotalAtivo bruto:

Saldo inicial 122.470 2.000 275.172 44.478 444.120Aquisições - - 38.679 - 38.679Alienações - - - - -Abates - - - - -Transferências - - - - -Saldo final 122.470 2.000 313.851 44.478 482.799

Depreciações e perdas por imp. acumuladas:Saldo inicial 114.167 2.000 264.895 - 381.062Amortizações do exercício 3.199 - 6.023 - 9.222Transferências - - - - -Alienações - - - - -Abates - - - - -Saldo final 117.366 2.000 270.918 - 390.284

Ativo líquido 5.104 - 42.933 44.478 92.515

2015

2014

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NOTA 6 - ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido no valor dos Ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

As adições verificadas nos Ativos Fixos Intangíveis em 2015 correspondem a aquisições de software informático.

Os Outros Ativos Intangíveis incluem uma aplicação informática no valor de € 69.496, que se encontra instalada no servidor do Montepio Geral, dado que tem como objetivo suportar a atividade desenvolvida nos balcões, relativa à subscrição e resgate de unidades de participação dos Fundos Abertos.

A rubrica Ativos Fixos Intangíveis em Curso corresponde a uma aplicação informática que se encontra em desenvolvimento pela empresa I2S Informática, S.A., que tem como objetivo a gestão de participantes nas unidades de participação dos Fundos Abertos e respetivos interfaces com a rede de balcões do Montepio.

Propriedade Outros Ativos fixosindustrial ativos intangíveis

intangíveis em cursoAtivo bruto:

Saldo inicial 7.652 486.232 136.087 629.971Aquisições - 1.585 18.450 20.035Transferências - - - -Saldo final 7.652 487.817 154.537 650.006

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial 7.652 437.747 - 445.399Amortizações do exercício - 28.063 - 28.063Transferências - - - -Saldo final 7.652 465.810 - 473.462

Ativo líquido - 22.007 154.537 176.544

Propriedade Outros Ativos fixosindustrial ativos intangíveis

intangíveis em cursoAtivo bruto:

Saldo inicial 7.652 449.628 136.087 593.367Aquisições - 36.604 - 36.604Transferências - - - -Saldo final 7.652 486.232 136.087 629.971

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial 7.652 399.204 - 406.856Amortizações do exercício - 38.543 - 38.543Transferências - - - -Saldo final 7.652 437.747 - 445.399

Ativo líquido - 48.485 136.087 184.572

Total

Total

2015

2014

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NOTA 7 - INVESTIMENTOS FINANCEIROS

À data de 31 de dezembro de 2015, a Futuro detém uma participação de 3,27% do capital da Montepio Seguros SGPS, S.A., no valor de € 2.148.824 (2014: € 4.500.001), a alteração do montante da participação deve-se ao reconhecimento de imparidade no montante de € 2.351.177.

Outros Ativos Financeiros:

NOTA 8 - CLIENTES CONTA CORRENTE - CURTO PRAZO

Esta rubrica traduz o montante a receber dos Fundos de Pensões referente, essencialmente, a comissões de gestão relativas ao último trimestre dos exercícios de 2015 e 2014 (ver Nota 3 i)ii)), que os Fundos só reembolsam à Sociedade no início do exercício subsequente.

NOTA 9 - ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os saldos com estas entidades apresentavam a seguinte composição:

OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS2015 2014

Não correntes:Obrigações:- OT 4,2% - 15/10/2016 2.214.955 2.208.815

2.214.955 2.208.815

2015 2014

Fundos de Pensões Fechados 1.946.102 1.147.237 Fundos de Pensões Abertos 391.475 412.969

2.337.577 1.560.206

2015 2014

Saldos credores:IRC a pagar 53.963 68.689 Taxa para o ISP 22.307 21.033 Contribuições para a Segurança Social 29.186 29.157 IRS - retenção na fonte 47.800 24.986

153.256 143.865

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O movimento ocorrido na rubrica de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) a (pagar) / receber durante o exercício de 2015, foi o seguinte:

A taxa para a ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) refere-se à taxa cobrada por esta entidade aos Fundos de Pensões, aplicada sobre o valor das contribuições recebidas pelos Fundos durante o exercício. Em 2015 e em 2014, a taxa em vigor foi 0,48%.

Esta taxa é integralmente assumida pelos Fundos de Pensões, funcionando a Sociedade como agente pagador, fazendo a retenção da taxa ao Fundo no momento do recebimento das contribuições. A Sociedade regista o valor retido numa conta a pagar à ASF que liquida semestralmente.

NOTA 10 – OUTRAS CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica de Outras Contas a Receber tem a seguinte composição:

Os juros a receber correspondem à especialização de juros de depósitos a prazo e de obrigações.

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (68.689)Pagamentos efetuados no exercício relativos ao exercício anterior 92.346 Insuficiência de estimativa para imposto (23.657)Pagamentos efectuados no exercício: - Pagamentos por conta do exercício 183.056 - Retenções na fonte 52.259 Dotação para imposto corrente sobre lucros (289.278)

Saldo em 31 de Dezembro de 2015 (53.963)

2015 2014

Devedores por acréscimos de rendimentos - Juros a Receber 28.541 40.635Outros devedores e credores - Fundo Pensões Garantia de Futuro 10.000 10.000 - Lusitania Companhia de Seguros - 3.514 - Outros 6.216 5.983

44.757 60.132

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NOTA 11 - DIFERIMENTOS ATIVOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica diferimentos ativos corresponde principalmente à especialização dos seguros da Sociedade.

NOTA 12 – ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

Os instrumentos financeiros estão mensurados ao justo valor, cujas alterações são reconhecidas na demonstração dos resultados.

NOTA 13 – CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

A taxa de Juro dos depósitos a prazo existentes em 31 de dezembro de 2015 é de 1,10% (2014: variava entre 1,75% e 1,85%).

Em 31 de dezembro de 2015 os depósitos à ordem não eram remunerados (2014: 0,130%).

2015 2014Gastos a reconher- Lusitania Companhia de seguros 78.742 -Vida Económica 106 -

78.848 -

Valor ValorQuantidade contabilístico Quantidade contabilístico

Fundos de investimento:

VIP 36.770 347.259 36.770 346.039

Novimovest 467 3.083 467 3.078 350.342 349.117

2015 2014

2015 2014

Aplicações de tesouraria 3.285.000 2.650.000Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 6.345 413.729Numerário 500 500

Caixa e depósitos bancários 3.291.845 3.064.229

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NOTA 14 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

O montante mínimo de capital é definido pela ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), em função da margem de solvência que tem por base o volume de Ativos em gestão.

NOTA 15 – PESSOAS COLETIVAS COM PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SUBSCRITO

A estrutura acionista da Sociedade em 31 de dezembro de 2015, é a seguinte:

Relativamente ao exercício de 2014 não houve qualquer alteração da estrutura acionista.

NOTA 16 – VARIAÇÃO NAS OUTRAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do Resultado líquido anual seja destinado ao reforço da Reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Sociedade, podendo ser utilizada em futuros aumentos de capital ou para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas.

As Reservas de estabilização de dividendos são Reservas livres, constituídas com o objetivo de permitir uma política de distribuição de dividendos equilibrada, ao longo dos exercícios, evitando assim oscilações significativas inerentes aos resultados efetivos obtidos.

Conforme deliberação da Assembleia-geral de 25 de março de 2015, a aplicação dos resultados referentes ao exercício de 2014 no montante de €361.107,75 foi a seguinte:

Distribuição de dividendos €359.352,00 Reservas Livres €1.755,75 €361.107,75

Número

de acções Capital %

Montepio Seguros SGPS, S.A. 394.128 1.970.640 76,78%

Fundação Oriente 53.100 265.500 10,34%

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa 26.190 130.950 5,10%

NAV PORTUGAL, E.P.E. 19.974 99.870 3,89%

Ana - Aeroportos de Portugal, SA 19.968 99.840 3,89%

513.360 2.566.800 100,00%

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NOTA 17 – MOVIMENTOS DE PROVISÕES

Em 2015, a provisão para riscos de investimentos, refere-se à responsabilidade com garantia de capital assegurada a alguns planos de Fundos de Pensões.

A rubrica Outras Provisões refere-se principalmente à constituição de uma provisão para contingências fiscais no montante de € 1.601.972, e refente à imputação da cobrança de imposto de selo sobre as comissões pagas à entidade gestora por todos os Fundos de Pensões geridos.

NOTA 18 – FORNECEDORES CONTA CORRENTE

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Ajustamentos Utilizações final

Riscos de Investimentos 2.390.041 - (1.016.934) - - 1.373.107Outras prov isões 16.000 1.590.393 - - - 1.606.393

2.406.041 1.590.393 (1.016.934) - - 2.979.500

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Ajustamentos Utilizações final

Riscos de Investimentos 2.033.424 356.617 - - - 2.390.041Outras prov isões 36.500 - (20.500) - - 16.000

2.069.924 356.617 (20.500) - - 2.406.041

2014

2015

2015 2014

Montepio Gestão de Activos, SA 1.160.681 640.681 CTT Correios de Portugal 13.637 9.471 Mercer, Lda. 9.225 10.375 I2S Informática, S.A. 9.225 - Casa do Marquês, S.A. 2.216 - Imomoove, S.A. 1.329 - Carat Portugal, Lda. - 39.579 TCSI Digibéria, S.A. - 28.230 Fnac Portugal 5 11.695

Longo Prazo, Lda. - 6.241

KPMG - Auditores, S.A. - 5.166 Bloomberg L.P. - 4.812 Desafio Global, Lda. - 4.067 Tema Central, Lda. - 1.587 MAILTEC TI, S.A. - 1.157 SNSI, S.A. - 609 Outros 2.544 3.776

1.198.862 767.446

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O Montepio Gestão de Activos SGFI, S.A., traduz essencialmente os montantes a pagar referentes às prestações de serviços de gestão de carteiras contratada a essa Sociedade.

NOTA 19 - OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica de Outras Contas a Pagar tem a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o saldo da conta a pagar à Caixa Económica Montepio Geral diz principalmente respeito às comissões de comercialização a pagar pelas subscrições de unidades de participação em Fundos Abertos realizadas aos balcões daquela instituição (Nota 25).

A rubrica Montepio holding SGPS refere-se a rendas por liquidar pela nossa Sociedade do imóvel sito na avenida de Berna nº 10 2º andar.

O saldo a favor do Fundo de Pensões VIVA é maioritariamente referente à reposição de comissões de gestão a clientes institucionais.

O saldo a favor do Fundo de Pensões PPR 5 Estrelas corresponde principalmente à especialização do exercício de ofertas a clientes referentes ao ano 2015.

NOTA 20 - DÍVIDAS ATIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a Sociedade não apresentava valores a receber dos seus colaboradores.

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, não existiam dívidas aos seus colaboradores.

2015 2014

Credores por acréscimos de gastos - Férias e Subsídio de Férias 196.973 196.015 - Gratificações excecionais a colaboradores 78.026 96.557 - FNAC Portugal, LDA 33.077 12.749 - KPMG 5.166 5.166 - Outros credores por acréscimos de gastos 1.134 1.121Outros devedores e credores - Caixa Económica Montepio Geral 557.097 590.409 - Montepio Holding SGPS, S. A. 103.722 41.489 - Fundo de Pensões Viva 74.994 101.838 - Fundo PPR 5 Estrelas 35.000 40.000 - METLIFE 2.378 37.716 - Fundo de Pensões Clássico - 3.821 - Outros 2.953 2.837

1.090.520 1.129.718

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NOTA 21 - SERVIÇOS PRESTADOS

Esta rubrica traduz essencialmente as comissões cobradas pela Sociedade aos Fundos de Pensões, de acordo com as condições definidas nos respetivos contratos de gestão.

No exercício de 2015 as transações com entidades relacionadas incluídas nos valores acima ascendem a €3.464.392 relativas ao Fundo Pensões Montepio Geral (2014: €2.894.979 (Nota 33).

2015 2014

Fundos fechados:Comissão de gestão - Parte Fixa 3.194.256 2.928.494 Comissão sobre contribuições 81.672 44.867 Comissão de gestão - Parte Variável 1.415.580 625.579 , ,

4.691.508 3.598.940

Fundos abertos:Comissão de gestão 3.825.316 3.950.599 Comissão de reembolso 113.103 92.268

3.938.419 4.042.867

8.629.927 7.641.807

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NOTA 22 - FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos exercícios de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

Os gastos com trabalhos especializados traduzem, essencialmente, as prestações de serviços de gestão parcial das carteiras dos Fundos de Pensões realizada pela Montepio Gestão Ativos - SGFI, SA.

A rubrica ofertas a clientes, refere-se principalmente a ofertas realizadas a clientes dos Fundos Abertos em diferentes campanhas promocionais.

Os gastos com comunicação referem-se principalmente a correspondência expedida para os clientes da sociedade.

As rendas e alugueres referem-se a rendas de imóveis no valor de € 49.008 (2014: € 43.572) e contratos de aluguer operacional de veículos efetuados em regime de gestão de frotas no valor de € 18.852 (2014: € 20.956).

2015 2014

Trabalhos especializados 2.663.626 2.160.513

Artigos para oferta 241.094 61.908

Outra publicidade 168.492 126.623

Comunicação 140.402 148.811

Rendas e alugueres 67.860 64.528

Publicidade em jornais e rev istas 30.835 34.747

Honorários 28.044 16.974

Deslocações, estadas e transportes 25.657 23.432

Conservação e reparação 18.089 15.950

Artigos de cafetaria 7.989 8.991

Energia e fluidos 7.454 8.006

Material de Escritório 5.594 4.100Seguros 4.675 6.930

Serv iços Bancários 4.607 6.896

Limpeza, higiene e conforto 4.496 7.157

Despesas de representação 3.217 5.831

Outros 7.265 8.535

3.429.396 2.709.932

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NOTA 23 – GASTOS COM PESSOAL

Durante o exercício de 2015, a Sociedade teve ao seu serviço um número médio de 30 colaboradores (2014: 31).

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:

NOTA 24 – OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Nos exercícios de 2015 e 2014, a rubrica Outros Rendimentos e Ganhos tinha a seguinte composição:

A rubrica Rendas refere-se a rendas recebidas do imóvel sito na rua general Firmino Miguel, nº 5 - 9º B (Nota 31).

A correção relativa a períodos anteriores refere-se à anulação do excesso da gratificação excecional reconhecido no ano de 2014.

NOTA 25 – OUTROS GASTOS E PERDAS

Nos exercícios de 2015 e 2014, a rubrica Outros Gastos e Perdas tinha a seguinte composição:

A rubrica comissões de comercialização corresponde principalmente às comissões incorridas pela comercialização de unidades de participação de Fundos de Pensões Abertos através da Caixa Económica Montepio Geral.

2015 2014

Remunerações 1.165.807 1.178.763Encargos sobre remunerações 262.785 284.842Benefícios pós-emprego (Nota 27) 133.958 264.582Seguros 91.291 92.102Gratificação excecional 78.026 78.026Outros 12.288 11.584

1.744.155 1.909.899

2015 2014

Rendas 55.814 55.814Correcções relativas a períodos anteriores 18.531 21.900Rendimentos suplementares - 15.851Diferenças de câmbio favoráveis 170 4Outros - 553

74.515 94.122

2015 2014

Comissões de comercialização 2.264.729 2.313.466Insuficiência para estimativa para impostos 23.657 25.652Donativos 20.500 14.000Impostos 23.744 13.019Quotizações 8.225 8.125Outros 701 320

2.341.556 2.374.582

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NOTA 26 - REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E RESPONSABILIDADES COM PENSÕES DE REFORMA

Durante os exercícios de 2015 e 2014 o administrador executivo auferiu os montantes de € 261.007 e € 260.139, respetivamente. Os restantes administradores não são remunerados. A Sociedade não assumiu quaisquer responsabilidades com pensões de reforma dos anteriores membros dos órgãos sociais. Não existem responsabilidades com os atuais membros, com exceção das assumidas em 2003 com o atual Administrador Executivo e que se encontram incluídas nas responsabilidades referidas na Nota 27, cujo gasto do exercício de 2015 ascendeu € 42.702 (2014: € 83.612).

NOTA 27 – COMPROMISSOS FINANCEIROS E COM PENSÕES

Compromissos com pensões

Conforme referido na nota 3 h), a Sociedade assumiu o compromisso de conceder aos seus colaboradores um complemento de pensões de reforma por velhice.

Os estudos atuariais desenvolvidos pela Sociedade, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, para efeitos de apuramento, nessas datas, das responsabilidades assumidas tiveram por base os seguintes pressupostos:

2015 2014

Método de valorização atuarial Projected unit method Projected unit method

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Tábua de invalidez N.A. N.A.

Taxa de desconto 2,5% 2,5%

Taxa de crescimento dos salários 2,5% 2,5%

Taxa de crescimento das pensões 1,25% 1,25%

Taxa de rendimento (Ativos) 2,5% 2,5%

Taxa de rendimento (pensionistas) 2,5% 2,5%

N.A – Não aplicável

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Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 o valor atual das responsabilidades com os complementos de pensões de reforma por velhice, o valor dos Ativos do Fundo e o nível de cobertura existente analisam-se como segue:

Em 2015 e 2014 os gastos com pensões reconhecidos em resultados têm a seguinte composição:

Em 2015 as contribuições para o Fundo ascenderam a €133.945 (2014: €249.219).

Compromissos com Locações operacionais O total dos futuros pagamentos mínimos das locações operacionais não canceláveis apresenta-se como se segue:

2015 2014

Valor actual das responsabilidades por serv iços passados:

Colaboradores no activo e pré-reformados 2.422.278 2.272.380

Colaboradores reformados 89.645 93.453

2.511.923 2.365.833

Valor das unidades de participação no Fundo de Pensões

VIVA afecto à cobertura das responsabilidades da

Sociedade: 2.510.953 2.364.876

Excesso/(insuficiência) de cobertura (970) (957)

Percentagem de cobertura 100,0% 100,0%

2015 2014

Ganhos/Perdas actuariais 14.272 155.767

Custo com os serv iços correntes 119.662 109.320

Custo financeiro 59.146 69.708

Rendimento dos activos do plano (59.122) (70.213)

133.958 264.582

2015 2014

Menos de um ano 30.164 24.506 Entre um e cinco anos 49.731 61.478 Mais de cinco anos - -

79.895 85.985

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NOTA 28 – JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES OBTIDOS

Nos exercícios de 2015 e 2014, os Juros e Rendimentos Similares Obtidos têm a seguinte composição:

NOTA 29 – FUNDOS DE PENSÕES SOB GESTÃO DA SOCIEDADE

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 os Fundos de Pensões sob gestão da Sociedade são analisados como segue:

NOTA 30 - INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Nos termos do nº 1 do art.º 21º do Decreto-Lei nº 411/91, de 17 de outubro, informamos não ser a Sociedade devedora de quaisquer contribuições vencidas à Segurança Social.

O total de honorários faturados durante o exercício de 2015 pela sociedade de revisores oficiais de contas relativamente à revisão legal das contas anuais foi de 8.400 euros (8.400 euros em 2014).

2015 2014Juros obtidos:

Outras aplicações em meios financeiros líquidos 147.813 173.717Depósitos em instituições de crédito 5 417

Div idendos obtidos:Outras entidades - -

147.818 174.134

2015 2014

Fundos Fechados: 1.037.547.877 957.603.015

Fundos Abertos:Fundo de Pensões PPR 5 Estrelas 129.431.064 140.117.440Fundo de Pensões PPR Garantia de Futuro 86.572.829 80.032.870Fundo de Pensões PPR BIG TAXA PLUS 39.050.910 40.853.365 Fundo de Pensões VIVA 36.578.501 35.992.797Fundo de Pensões PPR Platinum 10.560.378 11.213.540Fundo de Pensões PPR BIG ALPHA 26.428.355 7.019.953 Fundo de Pensões FUTURO CLÁSSICO 6.913.700 6.505.519Fundo de Pensões PPR Geração Activa 4.591.534 4.247.331 Fundo de Pensões FUTURO LIFE 2.455.548 2.422.317 Fundo de Pensões PPA Acção Futuro 1.719.484 1.720.568Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO 1.288.328 1.248.802 Fundo de Pensões FUTURO XXI 923.155 846.188 Fundo de Pensões FUTURO PLUS 342.150 61.619 Sub-total 346.855.936 332.282.309

Total 1.384.403.813 1.289.885.324

Património líquido

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NOTA 31 – PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Os movimentos ocorridos em 2015 e de 2014 relativamente às propriedades de investimento são analisadas como segue:

O Imóvel, que é propriedade da Futuro, situado na rua General Firmino Miguel nº 5 9º B em Lisboa, (Antiga sede social da empresa) foi contabilisticamente transferido dos Ativos Fixos Tangíveis, para Propriedades de Investimento, atendendo a que o imóvel foi arrendado ao Grupo Montepio.

O justo valor das propriedades de investimento foi determinado pela avaliação efetuada por uma entidade especializada e foi fixado em € 735.000.

NOTA 32 – ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO

Após a data de balanço e até à data de aprovação das demonstrações financeiras não se verificaram acontecimentos com impacto nas demonstrações financeiras.

Arrendadas Para venda Em desenvolv imento Adiantamentos TotalAtivo bruto:

Transferências:De outras classes de ativos - custo 541.727 - - - 541.727

Saldo final 541.727 - - - 541.727

Depreciações e perdas por imparidade:Saldo inicial 193.647 - - - 193.647Amortizações do exercício 8.126 - - - 8.126Perdas por imparidade do exercício:Saldo final 201.773 - - - 201.773

Valor líquido 339.954 - - - 339.954

Arrendadas Para venda Em desenvolv imento Adiantamentos TotalAtivo bruto:

Transferências:De outras classes de ativos - custo 541.727 - - - 541.727

Saldo final 541.727 - - - 541.727

Depreciações e perdas por imparidade:Saldo inicial 185.521 - - - 185.521Amortizações do exercício 8.126 - - - 8.126Perdas por imparidade do exercício:Saldo final 193.647 - - - 193.647

Valor líquido 348.080 - - - 348.080

2015

2014

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NOTA 33 – SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

As transações com partes relacionadas são analisadas como segue:

Na rubrica Caixa Económica Montepio Geral, o passivo e gastos suportados referem-se principalmente a comissões devidas à Caixa Económica Montepio Geral pela comercialização de unidades de participação de Fundos de Pensões Abertos e Fechados no montante de € 563.526 (2014:€ 596.838) e € 2.264.729 (2014: € 2.313.466) respetivamente.

A Rubrica Montepio Gestão de Activos refere-se principalmente a gastos suportados pela prestação de serviços de gestão de carteiras no montante de € 2.422.943 (2014: € 1.928.350) e o passivo corresponde ao montante por pagar a esta entidade € 1.160.681 (2014: € 640.681).

O Ativo da rubrica Montepio Seguros SGPS, S.A. no montante de €2.148.824 (2014: € 4.500.001), corresponde a uma participação de 3,27% do capital dessa Sociedade detida pela Futuro, S.A. (Nota 7).

Na rubrica Fundos de Pensões, os rendimentos referem-se a serviços prestados pela Sociedade aos Fundos de Pensões que administra e são remunerados sob a forma de comissões; o valor dos ativos traduz-se nos saldos por receber pela Sociedade.

Na rubrica Fundos de Pensões só estão incluídos os Fundos de Pensões de entidades relacionadas com participação superior a 20%.

2015Entidades Ativos Passivos Gastos Rendimentos

Caixa Económica Montepio Geral 1.750.163 563.526 2.264.729 91.934 Montepio Geral - Associação Mutualista - - - -Montepio Gestão de Activos - 1.160.681 2.422.943 -Lusitania Companhia de Seguros - - 81.378 -Lusitania Vida Companhia de Seguros - - 11.665 -Montepio Seguros SGPS, S.A. 2.148.824 - - -Montepio Holding SGPS - 103.722 62.233 -Montepio Crédito SA - - 26.917 -Fundos de Pensões 1.171.487 - - 3.464.392

5.070.474 1.827.929 4.869.865 3.556.326

2014Entidades Ativos Passivos Gastos Rendimentos

Caixa Económica Montepio Geral 3.084.536 596.838 2.313.466 118.114

Montepio Geral - Associação Mutualista - - 9.228 -

Montepio Gestão de Activos - 640.681 1.928.350 -

Lusitania Companhia de Seguros - - 87.455 -

Lusitania Vida Companhia de Seguros - - 11.578 -

Montepio Seguros SGPS, S.A. 4.500.001 - - -

Montepio Holding SGPS - 41.489 41.489 -

Montepio Crédito SA - - 10.656 -

Fundos de Pensões 886.704 - - 2.894.979

8.471.241 1.279.008 4.402.222 3.013.093

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RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO

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