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1 RELATÓRIO ANUAL PERÍODO: 2017 Rio de Janeiro 2018

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RELATÓRIO ANUAL

PERÍODO: 2017

Rio de Janeiro

2018

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ORGANIZADORES

Pedro José Santos Carneiro Cruz Maria Rocineide Ferreira da Silva

Vanderléia Laodete Pulga

ABRASCO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA

GESTÃO 2015-2018

Presidência

Gastão Wagner de Sousa Campos

Universidade Estadual de Campinas

Vice-presidentes

Cipriano Maia de Vasconcelos

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Eduardo Faerstein

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Eli Iola Gurgel Andrade

Universidade Federal de Minas Gerais

Elias Rassi Neto

Universidade Federal de Goiás

José Antonio de Freitas Sestelo

Universidade Federal da Bahia

Leny Alves Bonfim Trad

Universidade Federal da Bahia

Mário César Scheffer

Universidade de São Paulo

Nilton Pereira Junior

Universidade Federal de Uberlândia

Paulo Duarte de Carvalho Amarante

Fundação Oswaldo Cruz

Paulo Sávio Angeiras de Góes

Universidade Federal de Pernambuco

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Conselho Deliberativo

Alcides Silva de Miranda

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Anaclaudia Gastal Fassa

Universidade Federal de Pelotas

Eleonora Dorsi

Universidade Federal de Santa Catarina

Elza Machado de Melo

Universidade Federal de Minas Gerais

Guilherme Franco Netto

Fundação Oswaldo Cruz

José Ivo dos Santos Pedrosa

Universidade Federal do Piauí

Leonor Maria Pacheco dos Santos

Universidade de Brasília

Maria da Glória Lima Cruz Teixeira

Universidade Federal da Bahia

Marília Louvison

Universidade de São Paulo

Raquel Maria Rigotto

Universidade Federal do Ceará

Ronir Raggio Luiz

Universidade Federal do Rio de Janeiro

GRUPO TEMÁTICO DE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE DA ABRASCO

Carla Pontes de Albuquerque

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Dailton Alencar Lucas de Lacerda

Universidade Federal da Paraíba

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Eymard Mourão Vasconcelos

Universidade Federal da Paraíba

Helena Maria Scherlowski Leal David

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

José Ivo dos Santos Pedrosa

Universidade Federal do Piauí

Julio Alberto Wong-Un

Universidade Federal Fluminense

Maria Amélia Medeiros Mano

Grupo Hospitalar Conceição (GHC)

Maria Rocineide Ferreira da Silva

Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Maria Waldenez de Oliveira

Universidade Federal de São Carlos

Osvaldo Peralta Bonetti

Ministério da Saúde

Paulette Cavalcanti de Albuquerque

Universidade do Estado de Pernambuco

Pedro José Santos Carneiro Cruz

Universidade Federal da Paraíba

Renata Pekelman

Grupo Hospitalar Conceição (GHC)

Sônia Acioli

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira

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Centro Universitário Tiradentes

Vanderléia Laodete Pulga

Universidade Federal de Pelotas

Vera Joana Bornstein

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz

Vera Lucia de Azevedo Dantas

Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7

2. FRENTES DE AÇÕES DESENVOLVIDAS ................................................................................................ 7

2.1. REUNIÕES MENSAIS ................................................................................................................................ 7 2.2. CONSTRUÇÃO DE UM LIVRO/COLETÂNEA DE ARTIGOS – “EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: DESAFIOS ATUAIS” .......... 8 2.3. PARTICIPAÇÃO DO GT NO 12º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA ................................................... 10 2.4. A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA COLETÂNEA DE ARTIGOS – “AGIR CRÍTICO EM SAÚDE: SABERES E TRILHAS A PARTIR DA

EDUCAÇÃO POPULAR” ................................................................................................................................. 12 2.5. CONSTRUÇÃO DE TEXTO SOBRE O GT PARA A REVISTA ENSAIOS & DIÁLOGOS ................................................... 13

3. CONCLUSÕES ................................................................................................................................... 13

RELATÓRIOS INDIVIDUAIS .......................................................................................................................... 16

Maria Waldenez de Oliveira (Professora Titular da Universidade Federal de São Carlos) ............................ 17 Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira (Professora do Centro Universitário Tiradentes – Alagoas) ...... 21 Sonia Acioli (Professora Associada da Faculdade de Enfermagem da UERJ e Presidente da Associação

Brasileira de Enfermagem – seção RJ) ........................................................................................................... 24 Renata Pekelman (Hospital Nossa Senhora Conceição/ Serviço de Saúde Comunitária- GHC) ..................... 26 Osvaldo Peralta Bonetti (Servidor do Ministério da Saúde) .......................................................................... 28 Helena Maria Scherlowski Leal David (Professora Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro -

UERJ) .............................................................................................................................................................. 29 Pedro José Santos Carneiro Cruz (Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba - UFPB) .............. 30 Maria Rocineide Ferreira da Silva (Professora da Universidade Estadual do Ceará) ..................................... 40

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1. Introdução

A atual gestão do Grupo Temático (GT) de Educação Popular em Saúde da

Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) iniciou-se no mês de outubro de

2016, durante reunião do GT ocorrida no VII Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e

Humanas em Saúde da ABRASCO, na cidade de Cuiabá-MT, na Universidade Federal

do Mato Grosso. Nesta ocasião, os integrantes do GT que estiveram presentes decidiram

pela composição de um Núcleo de Coordenação integrado pelo professor Pedro Cruz (da

Universidade Federal da Paraíba), pela professora Vanderléia Pulga (da Universidade

Federal da Fronteira do Sul) e pela professora Rocineide Ferreira (da Universidade

Estadual do Ceará).

Nessa reunião, pactuaram-se como princípios condutores desse Núcleo de

Coordenação a organização interna do GT e a mobilização para ações na constituição de

uma construção comum e compartilhada entre os membros do GT. Frentes de ação para

o GT emergiram, sobre as quais discorreremos a seguir.

2. Frentes de ações desenvolvidas

2.1. Reuniões mensais

A primeira diretriz constituiu-se na proposta de reuniões virtuais mensais dos

membros do GT. Tal proposta resultou do objetivo de que, mesmo à distância, os mesmos

pudessem constituir uma comunicação cotidiana e com regularidade, no sentido de

estabelecer trocas de experiências entre suas várias iniciativas e processos realizados em

suas regiões e localidades; além disso, para que pudessem ter um espaço contínuo de

compartilhamento de avaliações, de reflexões e de ideias em torno da Saúde Coletiva e

dos desafios vivenciados no contexto brasileiro no campo da saúde. Fundamentalmente,

intenciona-se, com essas reuniões, uma sistemática de encontros e diálogos para evitar a

dispersão dos membros do GT em relação à construção das ações do Grupo. Reunindo-

se com regularidade, eles podem ter mais e melhores oportunidades de estabelecer uma

linha de continuidade no desenvolvimento de suas ações conjuntas. Além do mais, sendo

essas reuniões virtuais e, evidentemente, abertas a todos os membros do Grupo,

independentemente do local onde estiverem, viabiliza-se a ampla participação das

pessoas na condução das ações, trazendo uma dinâmica participativa e ágil para o

delineamento de um fio condutor para o percurso histórico do grupo, em um processo

paulatino, com continuação mês a mês.

Ao longo do ano de 2017, foram realizadas reuniões mensais do GT, de caráter

virtual, o que se tornou realidade graças ao apoio da Presidência da ABRASCO, por meio

de sua Secretaria Executiva, ao disponibilizar a ferramenta do Adobe Connect. Essa

constituiu-se uma tecnologia que logrou êxito em permitir a conexão dos atores do GT

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para a realização das reuniões sempre proveitosas, fluentes, com conteúdo e com

encaminhamentos produtivos.

Abaixo, segue um quadro descritivo das reuniões do GT.

Data Pauta Participantes

30/08/2017 1) Um "alô" breve de cada participante,

onde cada um deu um rápido destaque

no que estava fazendo até aquele

momento, nos desafios, lutas e dilemas;

2) Informes do Núcleo de Coordenação

e das ações dos últimos meses;

3) Definição de data mensal protegida

para reunião virtual do GT;

4) Ideias iniciais para as atividades do

GT no Abrascão Rio 2018.

Eymard Vasconcelos,

Helena David, Rocineide

Ferreira, Osvaldo Bonetti,

Pedro Cruz, Renata

Pekelman, Theresa

Siqueira, Vanderleia

Pulga, José Ivo Pedrosa.

27/09/2017 1) Seminário preparatório proposto pelo

GT sobre mobilização e participação

popular na defesa do SUS;

2) Levantamento e discussão inicial de

propostas de atividades para o Abrascão

2018;

3) Questões, temas e ideias iniciais para

a construção da Tenda Paulo Freire no

Abrascão 2018.

Pedro Cruz, Helena

David, José Ivo Pedrosa,

Vera Dantas e Vanderleia

Pulga

22/11/2017 Fechamento das propostas do GT para

atividades no Abrascão 2018 (mesas

redondas, oficinas, palestras, entre

outros).

Pedro Cruz, Rocineide

Ferreira, Renata

Pekelman.

2.2. Construção de um livro/coletânea de artigos – “Educação Popular em Saúde:

desafios atuais”

A segunda prioridade foi pactuada no sentido de se estabelecer uma ação comum

aos membros vários do GT, para que se propiciasse uma “liga” e uma integração maior

entre os mesmos. Nesse sentido, pactuou-se a construção de uma coletânea de artigos

com tema referente aos aspectos conceituais da Educação Popular em Saúde. Optou-se

por esse tema por se avaliar ser necessário contribuir com reflexões aprofundadas para

subsidiar a alimentação e aprimoramento das ações de Educação Popular e Saúde em

tempos desafiadores como os que estávamos vivendo em outubro do ano de 2016 (e que

continuamos vivenciando — até de forma mais agravada — na ocasião da produção desse

relatório, em maio do ano de 2018). Nesse contexto social e político, há ameaças

concretas à democracia e rupturas de processos educativos, sociais e de políticas públicas

inclusivas, com retirada de direitos sociais.

Diante de tal cenário, os membros do GT ponderaram e avaliaram a importância

de que as pessoas que produzem cotidianamente práticas de Educação Popular em Saúde

reflitam acerca de seus princípios, conceitos, ideias e categorias centrais. A coletânea,

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portanto, tem como objetivo se constituir em um produto com o qual o GT possa

contribuir com os profissionais de saúde, os atores e atrizes dos movimentos sociais em

saúde, além de universitários que atuam nesse campo, nas esferas do ensino, da pesquisa

e da extensão.

Verifica-se que o cotidiano de atividades presentes na prática da Educação

Popular e no fazer de suas experiências revela algumas lacunas e desafios.

Frequentemente, há uma sobrecarga gerada pelas atividades. Em um contexto como o

atual, essas experiências exigem a operacionalização de uma série de procedimentos,

além de capacidade de articulação, mobilização, trabalho em meio a precariedades,

escassez de apoio, falta de infraestrutura, entre outros elementos. Sendo assim, colocar

em prática as ações de Educação Popular em Saúde foi e continua a ser um processo

desafiador. Diante de tais contextos, diversas vezes as pessoas que atuam na Educação

Popular refletem pouco sobre suas ações, o que inclui, por exemplo, dificuldades como a

realização de poucas leituras e releituras de clássicos fundantes para a prática da Educação

Popular. Não somente de autores como Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão, Karl

Marx, Michel Foucault, mas também de categorias cuja compreensão é fundamental para

embasar a realização e a sustentação da prática, para que suas ações se deem de modo

coerente com os princípios e as intencionalidades do próprio processo educativo de cunho

popular. A título de exemplo, categorias como emancipação, autonomia, amorosidade, o

próprio adjetivo “popular” ou classes populares, organização política, diálogo, entre

outros.

Por esse conjunto de questões e de preocupações, os participantes do GT

avaliaram que, na literatura da Educação Popular em Saúde dos últimos anos, existia uma

carência de referenciais para que se mobilizasse o fortalecimento da leitura e da releitura

visando ao aprimoramento das práticas e de sua reorientação no sentido de direcioná-las

mais coerentemente aos princípios pedagógicos da obra freiriana. É preciso pensarmos

princípios que são inegociáveis na prática da Educação Popular em Saúde, especialmente

quando nos deparamos com o campo de ação, com o concreto vivido, com o desafio de

colocar em realidade ou em ato determinadas experiências da Educação Popular. É

necessário ter a clareza de quais princípios do fazer são inegociáveis, que não podem ser

dobrados, nem modificados em função das contradições e dos desafios da realidade.

Diante disso, a construção da coletânea emergiu como uma produção com o

propósito de incluir aspectos conceituais da Educação Popular em Saúde. Definiu-se que

a coletânea seria constituída a partir da elaboração de manuscritos de iniciativa de cada

membro do GT, de membros do GT trabalhando em parceria com outros membros, ou de

membros com colegas em suas localidades.

O processo de produção do livro teve início a partir de deliberação do GT em

outubro de 2016. Logo em seguida, o Núcleo Gestor passou a estimular periodicamente

os membros do GT a construírem suas produções, acordado inicialmente o prazo de 31

de janeiro de 2017 para envio dos artigos. A partir de demandas de membros do GT, que

necessitavam de dilatação no prazo para acabamento e melhor estruturação dos seus

textos, o prazo foi adiado até o final de março de 2017. A contar desse momento,

mobilizaram-se 14 textos, e os mesmos passaram por um processo de revisão de língua

portuguesa e, logo em seguida, de editoração. A apresentação do livro foi construída pelo

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atual Presidente da ABRASCO, o professor Gastão Wagner de Sousa Campos. Findamos

o ano de 2017 com o livro diagramado, o qual passou a ser avaliado pelos seus autores

nas suas versões finais, para então ser publicado no início do ano de 2018 pela Hucitec

Editora (São Paulo), com apoio do Projeto de Pesquisa e Extensão VEPOP-SUS –

Vivências de Extensão em Educação Popular e Saúde no SUS –, tanto na dimensão

editorial quanto no apoio financeiro para impressão de cópias para distribuição gratuita.

Nesse processo, vale salientar que uma mudança significativa foi quanto ao título.

Mesmo que o foco tenha permanecido nos aspectos conceituais da Educação Popular em

Saúde, o título do livro final passou a ser “Educação Popular: desafios atuais”. Os

membros do GT que efetivamente contribuíram com textos avaliaram ser mais pertinente

enfatizar “os desafios atuais”, ao invés de ressaltar apenas os aspectos conceituais,

porque, mesmo destacando os conceitos, a ênfase das produções se deu pelo enfoque em

como os conceitos da Educação Popular contribuem no enfrentamento dos desafios para

a prática da Educação Popular no cenário contemporâneo.

2.3. Participação do GT no 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva

No decurso do ano de 2017, iniciou-se o processo de organização do 12º

Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (ABRASCÃO), a ser realizado entre 26 e 29 de

julho de 2018, na FIOCRUZ, Rio de Janeiro. Dentro desse processo, o GT de Educação

Popular indicou dois de seus membros para participarem da Comissão Científica. As

reuniões para construção do congresso e para desenvolvimento dos trabalhos da comissão

científica iniciaram no mês de outubro de 2017, quando houve a primeira reunião

presencial no Rio de Janeiro.

Nesse espaço, em primeiro lugar, o GT de Educação Popular responsabilizou-se

por mediar o processo de construção da Tenda Paulo Freire, junto aos coletivos da

Educação Popular em saúde e às práticas sociais e comunitárias que tenham experiência

nesse âmbito.

Em segundo lugar, uma decisão importante, no que tange ao GT, foi a definição

de não propor um grupo temático próprio da Educação Popular no Congresso, mas, sim,

participar na proposição de diferentes grupos temáticos. Essa constituiu decisão coletiva

dos membros do GT, pensada e amadurecida durante suas reuniões virtuais mensais.

Esperava-se, assim, estimular para que as pessoas que estivessem construindo práticas no

campo da Educação Popular não ocupassem apenas um único e mesmo espaço dentro do

Congresso, dado que, do contrário, tanto os relatos de experiências e relatos de pesquisa

apresentados teriam pouca possibilidade de debate, reflexão e diálogo com outras

perspectivas e experiências pedagógicas dentro do campo da Saúde Coletiva.

Outra questão considerada foi a de não concentrar todas as pessoas que fazem

trabalhos de Educação Popular em um único grupo, contribuindo, assim, para que os

vários trabalhos em Educação Popular ocupassem outros grupos temáticos e, dessa forma,

pudessem levar os conhecimentos, as sabedorias, os olhares, as perspectivas e os saberes

próprios de suas experiências para diferentes áreas temáticas, na perspectiva de propagar

o saber e a forma de fazer a Educação Popular como uma contribuição para se pensar

outros campos e outros debates dentro da saúde coletiva. Dessa forma, poderíamos, por

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exemplo, ter trabalhos de Educação Popular na área de saúde indígena, saúde mental,

racismo em saúde, educação em saúde, participação em saúde, informação em saúde,

vigilância em saúde, etc.

No entendimento das pessoas que fazem o GT, foi uma maneira estratégica de

estimular os sujeitos da Educação Popular a estarem presentes em outros debates, de

forma tanto a contribuir nestes com seu olhar e saber, como também de aprender com

outras perspectivas dentro da saúde coletiva. Avaliamos que isso seria muito mais

fortalecedor para o movimento de Educação Popular: em lugar de se concentrar em um

espaço reservado e próprio, enfrentar desafios e diálogos, com confrontações de saberes

com outras experiências, outros olhares e outras nuances dentro da área de saúde.

Sendo assim, os membros do GT de Educação Popular da ABRASCO presentes

na comissão científica puderem se dividir, de modo que um deles foi para o GT de

Educação e Formação em Saúde do Congresso, onde se concentraram diferentes

epistemologias e perspectivas de fazer e de pensar o processo formativo e educacional

em saúde, o que possibilitou, a partir disso, levar o saber da Educação Popular a esse

âmbito, além de pensar a gestão do grupo temático e participar da avaliação dos trabalhos

ali presentes. Da mesma forma, outros membros do GT foram compor no Grupo Temático

de Participação Social e também puderam levar o saber da Educação Popular,

principalmente no que tange à valorização das práticas populares, sociais e comunitárias

em saúde para esse cenário, para potencializar a possibilidade da valorização, dentro do

Congresso, dos saberes e das experiências dos movimentos sociais e das iniciativas

populares, principalmente aquelas com menos visibilidade. Da mesma forma, os

membros do GT também puderam contribuir com a construção de um dos eixos do

Congresso, que foi o de Democracia e Saúde.

Cumpre destacar que outra prioridade do GT no ABRASCÃO se deu no sentido

de evitar deflagrar muitas agendas de atividades pré-congresso paralelas, protagonizadas

por seus diferentes membros. Buscou-se unificar em uma atividade todos os membros do

GT, evitando muitas atividades ao mesmo tempo, onde os membros do GT ficam

dispersos e acabam não fortalecendo a organicidade entre eles e do próprio coletivo. Tal

medida foi pertinente, dado o contexto de desafios cotidianos e de exigências desafiadoras

no cenário político atual, para que os membros do GT, em um mesmo espaço, pudessem

discutir, refletir e fortalecer suas lutas, integrar pensamentos e qualificar sua

comunicação, nutrindo suas possibilidades de fortalecer suas experiências. Nesse sentido,

priorizou-se a construção de uma Oficina de Práticas Educativas e Comunitárias em

Saúde, com a intenção de convocar para o Congresso movimentos sociais, práticas

populares e iniciativas comunitárias de saúde e de Educação Popular em saúde,

principalmente aquelas de cunho local, para refletir criticamente sobre a sua caminhada,

com o objetivo de identificar situações limites e obstáculos que estejam vivenciando, a

fim de aprimorar a sua luta e a sua construção cotidiana.

Priorizou-se nessa oficina a promoção de espaços e momentos de diálogos, onde

se questionasse em que medida as nossas práticas de Educação Popular estão nos

ajudando a construir o SUS que queremos e merecemos e, da mesma forma, de que

maneira as nossas práticas estão nos conduzindo para uma atuação crítica e emancipatória

diante desse contexto de retirada de direitos, de ameaças e de rupturas democráticas.

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2.4. A construção de uma nova coletânea de artigos – “Agir crítico em saúde: saberes e

trilhas a partir da Educação Popular”

Finalmente, uma última ação importante, que teve início no ano de 2017, foi a

decisão de iniciar uma construção de uma nova coletânea de artigos e de produção

científica com ênfase crítico-reflexiva no campo da Educação Popular. Isso se deu por

duas questões. Primeiramente, no contexto da primeira coletânea de artigos do GT,

desenvolvida nessa atual gestão, “Educação Popular em saúde: desafios atuais”, muitos

dos membros do GT não puderam participar. Um dos motivos elencados foi o tempo

disponibilizado para a produção não ter sido suficiente para alguns deles, que já estavam

com outros compromissos, demandas e, em alguns casos, com sobrecarga de atividades.

Nessa direção, como uma forma de valorizar os seus vários membros e reconhecer as suas

contribuições, como também os limites impostos pela sobrecarga de atividades que cada

um vivencia em sua localidade, combinou-se, no âmbito do GT, a construção de uma

nova coletânea com um prazo de tempo razoável para que as pessoas pudessem se

debruçar e escrever, prazo, esse, de no mínimo seis meses, entre a deflagração da chamada

interna para a construção do livro até o prazo final para a submissão dos artigos.

Ainda acerca do livro, outra questão basilar foi que, além dos aspectos conceituais

da Educação Popular em Saúde (que eram importantes ser frisados e enfatizados, o que

ocorreu no primeiro contexto da coletânea), outra contribuição que o GT poderia oferecer

seria a elaboração de uma produção científica que enfatizasse caminhos e possibilidades

que a prática da Educação Popular viabiliza para o agir em saúde numa perspectiva crítica.

Ou seja, a construção de uma série de reflexões, dentro das quais se evidenciassem as

contribuições específicas, os caminhos, as potências, os dispositivos da Educação Popular

e toda sua riqueza, que podem agregar para a construção de um agir crítico em saúde nos

vários espaços: seja no serviço de saúde, por parte do profissional, seja nos movimentos

sociais e nas práticas populares, por parte da população e de seus sujeitos, suas lideranças

e seus protagonistas, e também no campo acadêmico, por docentes, por técnicos e por

estudantes em práticas de ensino, de pesquisa e de extensão. No sentido de contemplar

quais caminhos podemos construir para tecer cotidianamente um agir crítico em saúde

permeado de atitudes desveladas de um olhar crítico para a realidade, mas, ao mesmo

tempo, de uma ação emancipatória que possa coletivamente construir processos de

resistência, de enfrentamento e de luta para as situações que oprimem, que incomodam,

que são injustas e que precisam ser devidamente superadas.

Evidentemente, no campo da Saúde Coletiva existem diferentes teóricos, teorias,

concepções, perspectivas e, inclusive, epistemologias sobre caminhos para um agir crítico

em saúde. A Educação Popular em Saúde insere-se em uma dessas perspectivas. A ideia

central do livro é justamente explicitar o posicionamento da Educação Popular sobre os

caminhos necessários para a construção de um agir crítico em saúde, tanto mais

considerando-se o presente momento político, econômico e social do Brasil, que

evidencia, de forma ainda mais contundente, a necessidade de se desvelar um agir crítico

em saúde diariamente, de acordo com as adversidades que se apresentam em decorrência

do esfacelamento de políticas públicas inclusivas, de rupturas democráticas que ocorrem

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no campo político e da ameaça de retiradas de direitos sociais, inclusive com

questionamentos e ameaças ao próprio SUS enquanto patrimônio do povo brasileiro.

Diante disso, a ideia do livro é trazer, a partir do lugar da Educação Popular,

reflexões que mobilizem as pessoas, não só do campo da Educação Popular, mas todas

aquelas do campo da saúde coletiva que buscam se debruçar sobre um agir crítico, a

trazerem contribuições da pedagogia freiriana para construir um agir profissional, social

e acadêmico nesse campo.

Como no livro anterior, a perspectiva é de que qualquer membro do GT possa

produzir um ou mais artigos individualmente ou em parceria com outros membros ou,

então, com companheiros e companheiras de sua localidade. Nesse sentido, de modo que

os artigos tenham uma profundidade interessante, pactuou-se um prazo mínimo de seis

meses entre a chamada e a submissão dos artigos, conforme dito anteriormente.

2.5. Construção de texto sobre o GT para a Revista Ensaios & Diálogos

A partir do estímulo da Presidência da ABRASCO, na pessoa do Prof. Gastão

Wagner, o GT foi incentivado a produzir um texto que sistematizasse os principais

caminhos de sua construção histórica, seus princípios e diretrizes. A Diretoria da

ABRASCO constituiu um número especial de sua revista (Ensaios & Diálogos), na

perspectiva de apresentar os vários Grupos Temáticos, Fóruns e Comitês da ABRASCO

e contextualizar seus respectivos históricos, ações, objetivos e intencionalidades.

Para essa construção, vários membros do GT dedicaram sua atenção, priorizando

situar os marcos fundantes e essenciais da constituição do GT e de seu desenrolar

histórico, mas também enfatizando as principais ações, programas e estratégias

promovidas pelo grupo e seus membros na atualidade, em especial aquelas deflagradas à

luz da Política Nacional de Educação Popular em Saúde.

O artigo ficou intitulado “A Educação Popular em Saúde, suas interfaces e os

caminhos de seu Grupo Temático na Abrasco” e destaca que “a Educação Popular em

Saúde é um movimento libertário, direcionado à promoção da autonomia das pessoas, à

horizontalidade entre os saberes populares e técnico-científicos, à formação da

consciência crítica, à cidadania participativa, ao respeito às diversas formas de vida e de

conhecimento e à superação das desigualdades sociais e todas as formas de discriminação,

violência e opressão”.

O texto pode ser encontrado no endereço: https://www.abrasco.org.br/site/wp-

content/uploads/2017/06/gt_educacao_popular.pdf

3. Conclusões

Acreditamos que os caminhos trilhados pelo GT de Educação Popular na atualidade

vêm demonstrando o empenho de seus membros em fortalecer sua articulação orgânica

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(pelas reuniões mensais) e em aprimorar a integração entre as lutas, enfrentamentos e

iniciativas mantidas por cada um e cada uma localmente. Integração refletida no cultivo

tanto de solidariedade e espírito de companheirismo diante dos exigentes desafios

enfrentados no cotidiano do trabalho em Educação Popular, como também evidenciada

pela possibilidade de diálogo de ideias que nutre e fortalece as experiências, pelo

aprendizado de um e de uma com as trilhas do outro e da outra.

Na mesma linha, as produções coletivas de livros pelo GT demonstram o esforço

de seus membros em compartilharem publicamente reflexões, experiências e ideias que

possam alimentar o debate e o aprofundamento crítico e reflexivo entre as pessoas e

coletivos que fazem Educação Popular em Saúde. Por um outro prisma, tal esforço

corrobora com o registro da memória e da história das ideias, das reflexões e das práticas

de Educação Popular em Saúde em nosso país.

E, finalmente, avaliamos como potente a questão da priorização, no contexto do 12º

Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em não se constituir um Grupo Temático

exclusivo da Educação Popular em Saúde, permitindo que as pessoas e grupos imbricados

nesse campo possam enfrentar o desafio de dialogar e de aprender com o diferente em

outras áreas do conhecimento e da ação em Saúde Coletiva. Para mais, que os membros

do GT envolvidos na comissão científica pudessem contribuir com outras áreas temáticas.

Caminhamos, assim, para fortalecer o campo da Educação Popular em Saúde pela via de,

principalmente, não nutrir esse campo como algo isolado. Mas, como um campo

transversal, capaz de trazer ideias, experiências e reflexões potentes em grandes temas

como Participação Social, Educação e Formação em Saúde, Gestão do Trabalho, entre

outros.

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RELATÓRIOS INDIVIDUAIS

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Maria Waldenez de Oliveira

(Professora Titular da Universidade Federal de São

Carlos)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

1) Ações desenvolvidas por você e/ou por seu grupo local, ou por projeto regional/nacional

que esteja participando e principais encaminhamentos e reflexões construídas a partir dessas

experiências:

1.1) Participação na elaboração de Políticas Públicas:

a) Membro do Grupo Municipal de Práticas Integrativas e Complementares – PICs e Educação

Popular e Saúde - EPS do município de São Carlos – SP.

Responsável, entre outras atribuições, pela implantação da Política de PICs e EPS em São

Carlos (SP). O Grupo, sendo uma primeira ação institucional em relação às PICs e EPS no âmbito

da municipalidade, iniciou seu trabalho em 2017 por um levantamento das PICS desenvolvidas

nas áreas de abrangência das unidades de saúde do município, com o intuito de mapear quem e

onde estão os praticantes, se existem pessoas capacitadas e a necessidade de capacitação, quais

PICS já são desenvolvidas e quais as necessidades materiais de cada profissional. Além disso,

fez-se levantamento das práticas populares de saúde nos territórios. O Grupo elaborou e articulou

com o legislativo de São Carlos o encaminhamento do projeto para implantação da Política

Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS) e

da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Município de São

Carlos. Solicitou e concretizou a inclusão, através do REMUME, de 14 dos 36 fitoterápicos

aprovados pela ANVISA na relação de medicamentos disponibilizados pela Rede Municipal. E,

por fim, organizou a 3ª Semana de Fitoterapia, com palestras e vivências para divulgação dos

fitoterápicos e práticas integrativas, com cerca de 100 participantes, nos dias 7 e 8 de dezembro

de 2017.

b) Membro de comissão da Universidade Federal de São Carlos — UFSCar — responsável pela

elaboração e implantação de Política de Ações Afirmativas — AAs — na Pós-Graduação na

UFSCar

Representando a Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar.

Durante o ano de 2017, foi feita, inicialmente, uma consulta à comunidade universitária para

elaboração da Política. Com base nessa consulta, nos documentos legais e em experiências de

implantação das AAs em pós-graduação de outras Universidades Públicas, a comissão elaborou

o texto da Política para a UFSCar e suas normas institucionais, tendo encaminhado para

apreciação do Conselho de Pós-Graduação da UFSCar. A UFSCar tem um política institucional

de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade aprovada em 2016. O trabalho desta comissão

veio na direção de implementar essa política, trazendo para o âmbito da Pós-Graduação a

discussão e proposta de ações institucionais concretas para acesso e permanência de grupos como

negros, indígenas, pessoas com deficiência na pós-graduação, além dos aspectos de acessibilidade

e direitos humanos nos processos seletivos da pós-graduação.

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1.2) Oferta de cursos:

a) Coordenadora pedagógica de turma de São Carlos no curso nacional de “Aperfeiçoamento

em Educação Popular e Saúde”, promovido pelo Ministério da Saúde.

Com 26 concluintes. Este curso é oferecido em São Carlos, em parceria com a Secretaria

de Saúde e do Grupo de PICs e EPS da mesma, bem como com a Universidade Federal de São

Carlos e o projeto MAPEPS — Mapeamento de Práticas de Educação Popular e Saúde de São

Carlos.

Os educandos relatam que se sentem empoderados para lutarem por seus direitos, para

falarem com seus gestores e representantes municipais, e que foi importante saber sobre novas

expressões e manifestações culturais de seus e de outros bairros. De modo geral, constatou-se que

a formação em Educação Popular em Saúde é importante para contribuir com a prevenção,

proteção e promoção da saúde da população, devido aos conhecimentos que foram

compartilhados, às trocas de saberes apreendidos e difundidos e às ações desenvolvidas a partir

de cada tema problematizado nos encontros.

b) Coordenadora da Atividade Curricular de Ensino, Pesquisa e Extensão “Práticas Populares

de Saúde” na UFSCar, ofertada através do Projeto MAPEPS.

Com apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de São

Carlos. Curso com 60 horas, oferecido a estudantes da UFSCar e a outros interessados, com o

objetivo de promover processos de Educação Popular e Saúde através do diálogo e da troca entre

práticas e saberes populares e tecnocientíficos. Metodologia: estudos teóricos, apresentação das

práticas populares de saúde, trabalho de campo nos locais das práticas, produção de material. Com

15 concluintes.

A avaliação realizada por todos os participantes indicou a necessidade de fortalecer ações

para o diálogo da academia com o saber popular e o fortalecimento desta interação, estudo e

produção do conhecimento no processo formativo de estudantes das diferentes áreas.

1.3) Participação na organização de evento

a) Coordenadora do Grupo de Trabalho “Educação Popular” da ANPEd — Associação

Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação.

Como coordenadora deste GT, participou da organização da 38ª Reunião Anual da

ANPEd, realizada de 1 a 5 de outubro em São Luiz do Maranhão, bem como realizou o

planejamento e coordenação da programação específica desse GT, incluindo trabalhos,

minicursos e sessões especiais. O Trabalho Encomendado do GT retomou historicamente o livro

Educação como Prática da Liberdade, que completou 50 anos de sua edição, de 1967, e propôs

atualizar o debate e reflexões lá colocados, tendo se colocado para problematização a seguinte

questão: “o que é educação como prática da liberdade hoje? ”

Nos dias do evento, o Grupo refletiu sobre o que é tradição e coerência dentro da

Educação Popular e também pôde debater novas possibilidades de se fazer pesquisa. Os debates

dos trabalhos propiciaram reflexões importantes sobre o que significa pesquisar dentro de

epistemologias do Sul. A Educação Popular aponta metodologias e pedagogias que

desacomodam, que tiram pesquisadores do lugar das certezas, o que proporciona olhares críticos.

Os membros do GT avaliaram o contexto político em que o Brasil está mergulhado e refletiram

que estamos em um movimento conservador. Não está havendo exclusão de alguns grupos, está

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havendo extermínio: cerca de 60.000 pessoas assassinadas em 2017. A resistência é uma grande

questão que temos que enfrentar. Seja em nível local, seja junto às exigências internacionais. A

perspectiva de resistência mudou, a forma de resistir é se articular nacional e internacionalmente.

As relações entre pesquisa, educação e política precisam ser pautadas para as próximas reuniões

do GT e da ANPEd.

b) III Encontro de Práticas Populares de Saúde.

Evento regional promovido pelo Projeto MAPEPS, ocorrido na Universidade Federal de

São Carlos, nos dias 10 e 11 de novembro de 2017 . Contou com o apoio financeiro da Pró-

Reitoria de Extensão da UFSCar. 72 inscritos, entre praticantes populares de saúde, terapeutas

de práticas integrativas e complementares de saúde (PICs), profissionais, coordenadores de

curso, estudantes, profissionais e gestores do serviço de saúde e outros interessados na temática.

Foram 12 trabalhos apresentados em forma de painel de debates, 8 oficinas de PICs e 1 mesa

redonda sobre “Experiências de Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Populares de

Cuidado a Saúde no SUS”. Ao final, os participantes apontaram encaminhamentos para o

MAPEPS para 2017. As propostas indicaram a necessidade de manter as atuais atividades do

projeto, mas também de ampliar as ações para outros sujeitos além dos profissionais e estudantes

de saúde, incluindo escolas do Ensino Médio, sugerindo-se levar vivências de PICs para as

mesmas e trabalhar na sensibilização das comunidades escolar e familiar.

c) Mostra de Educação Popular e Saúde.

A Mostra faz parte das atividades do Grupo de PICs e EPS da Secretaria de Saúde São

Carlos, em parceria com o Projeto MAPEPS. Ocorreu em 13 de dezembro de 2017 na Praça

Antônio Roda, em São Carlos/SP. A Mostra teve como objetivo apresentar à população são-

carlense e a profissionais de saúde práticas, reflexões, síntese e produções acerca do cuidado

ampliado à saúde, a partir da perspectiva da Educação Popular em Saúde. Houve visita orientada

e vivências de PICs seguidas de roda de conversa. Com aproximadamente 70 participantes.

1.5) Orientações concluídas de mestrado e doutorado:

a) Silvana Maria Jacinto. Processos educativos na construção da ASSOLIMA enquanto

comunidade política em Poços de Caldas/MG. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) —

Universidade Federal de São Carlos;

b) Tiago Zanquêta de Souza. A extensão popular em educação ambiental e seus processos

educativos. 2017. Tese (Doutorado em Educação) — Universidade Federal de São Carlos;

c) Erivelto Santiago Souza. Processos educativos em práticas docentes de sociologia: perspectivas

para a educação das relações étnico-raciais no ensino médio. 2017. Tese (Doutorado em

Educação) — Universidade Federal de São Carlos.

1.4) Outras atividades:

a) Horta da Unidade Saúde-Escola (USE) intitulada "Use Sua Horta: Ciranda dos Sabores,

Aromas e Cores”.

Realizada em parceria com USE e MAPEPS.

Foi iniciada por meio do mutirão "Uma horta pra chamar de minha" no dia 02 de setembro de

2017, com apoio da ONG Veracidade.

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O local vem se tornando uma área de cultivo de plantas terapêuticas, aromáticas e condimentares,

da qual toda a comunidade envolvida na USE usufrui e tem colaborado para a continuidade e

manutenção da horta. Após a implantação, houve interesse de diversos grupos terapêuticos da

USE para o desenvolvimento de atividades na horta, e também aconteceram algumas visitas, por

exemplo: o Grupo "Oficina para idosos com alterações cognitivas" desenvolveu uma de suas

sessões no espaço da horta, utilizando-a como recurso para estimulação cognitiva, de

reminiscências, de valorização do conhecimento popular e da autoestima dos integrantes. A Horta

vem recebendo visitas de pessoas que manifestam interesse em conhecer a experiência, como

usuários, técnicos e docentes. Também aconteceram espontaneamente diversas doações, tais

como, mudas, sementes, vasos, terra, adubo, mangueira de irrigação, dentre outros.

1.5) Produções e publicações:

a) RIBEIRO JUNIOR, D.; OLIVEIRA, M. W.. Presupuestos Metodológicos para un Proceso de

Construcción de Conocimientos y Formación Humana Plasmado entre los Saberes Populares y

Científicos. In: Adán Cano Aguilar. (Org.). Experiencias y Reflexiones en Investigación e

Intervención Social y Humanística desde Argentina, Colombia, Brasil y México. 2ed. Ciudad

Juárez: Editora Universidad Autónoma de Ciudad Juárez, 2017, v. 1, p. 121-155.

b) OLIVEIRA, M. W.. A extensão popular no trabalho compromissado com as classes populares.

In: Ernande Valentin do Prado; Eymard Mourão Vasconcelos; Adriana Maria Macêdo de Almeida

Tófoli; Daniela Gomes de Brito Carneiro; Pedro José Santos Carneiro Cruz; Darlle Soares

Sarmento; Luana Jesus de Almeida da Costa; Bruno Oliveira de Botelho; Islany Cost. (Org.).

Caderno de Extensão Popular: textos de referência para a extensão universitária. 1ed. João

Pessoa, PB: Editora do Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da

Paraíba, 2017, v. 1, p. 92-99

Disponível em: https://issuu.com/vepopsus

2) Links de vídeos, documentos, livros, que narram/ilustram/registram essas experiências:

a) mapeps.blogspot.com.br

O blog do MAPEPS contém a descrição detalhada das atividades do projeto “Mapeamento

de Práticas de Educação Popular e Saúde” e disponibiliza publicações além de vídeos e fotos.

b) processoseducativos.ufscar.br

Site do Grupo de Pesquisa “Práticas Sociais e Processos Educativos”, que contém teses,

dissertações, relatórios, textos orientadores entre outras produções do Grupo de Pesquisa.

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Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira

(Professora do Centro Universitário Tiradentes – Alagoas)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

Ações desenvolvidas por você e/ou por seu grupo local, ou por projeto regional/nacional que

esteja participando e principais encaminhamentos e reflexões construídas a partir dessas

experiências

Participação na elaboração

de Políticas Públicas

Rede Estadual de Agroecologia - Alagoas

Contribuição para o fortalecimento do SlowFood Maceió-AL

Oferta de cursos: Disciplinas Curriculares Educação Alimentar e Nutricional e História

da Alimentação

Participação na

organização de evento.

2018 - Organização do Espaço da Agricultura Familiar – Sede da

Secretaria Estadual de Agricultura e EMATER/AL

As feiras livres, especialmente as de produção agroecológica e/ou orgânicas, são

espaços que, além de agregarem valor econômico aos agricultores familiares,

também são espaços educativos e de diálogo junto a diversos grupos (produtores,

consumidores, estudantes) e podem ser promotores de saúde. Neste contexto,

destaca-se a importância dos futuros profissionais de saúde em perceberem a

importância do diálogo e das vivências populares para colaborarem com a criação

de instrumentos educativos e informativos que possam ser utilizados nestes espaços.

A intenção deste apoio, enquanto centro universitário, é de possibilitar vivências e

reflexões sobre a temática da agroecologia para possibilidades de alternativas que

incentivem e mobilizem diferentes setores em torno do fortalecimento da economia

solidária no estado e, consequentemente, para a saúde e segurança alimentar e

nutricional. O Espaço da Agricultura Familiar permite reunir mensalmente os

produtores familiares que desenvolvem sistemas de produção de base sustentável e

agroecológica. Está sendo implantado pela Secretaria de Agricultura do Estado de

Alagoas e a EMATER.

2018 - Semana de Extensão 18 a 20/04/2018 – Oficina: Diálogos sobre

o Kefir – Uma comunidade Viva;

Oficina: Horta nas Grotas – Construindo uma Rede de Parcerias

intersetoriais;

História da Alimentação – Seminário Gastronômico: Histórias de

Comidas no Contexto Alagoano (Realização semestral deste 2013.1)

Cine Debate Café – Semana Mundial da Alimentação do Centro

Universitário Tiradentes, realizada no período de 16 a 20 de outubro

de 2017 (Filme “O veneno está na Mesa II”)

Cine Debate Café – Semana de Extensão 2017 Centro Universitário

Tiradentes – AL (Filme “O veneno está na Mesa I”)

Roda de Conversa: Diálogos sobre a Integração Ensino Serviço e

Comunidade, na 5ª Semana de Pesquisa-SEMPESq, realizada no

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período de 06 a 8 de novembro de 2017, no Centro Universitário

Tiradentes – UNIT/AL

Palestra: Fome na Contemporaneidade – Diálogos sobre Josué de

Castro – Ciclo de Palestra Internacional sobre Ecologia Humana

realizado em 9 de novembro de 2017 em Maceió/Alagoas – Sociedade

Brasileira de Ecologia Humana

Participação em projetos de

extensão

Co-coordenação – Rodas de Saúde e Alimentação Saudável nas

Comunidades de Santo Onofre e São Rafael

A presente proposta vem sendo desenvolvida deste de 2016.2, com várias ações com

estudantes de Nutrição e a comunidade de Santo Onofre, vizinha ao Centro

Universitário Tiradentes – AL. Diante do vínculo formado e da necessidade de

continuidade das ações extensionistas, comprometidas socialmente, desenvolvem-

se atividades de avaliação e orientação nutricional, de Educação Popular e de

promoção da saúde, com temas contextualizados no cotidiano das pessoas. Partindo

de seu conhecimento prévio, de suas necessidades, com temas preferencialmente

definidos pelo próprio público alvo.

A Construção Compartilhada do Conhecimento, o diálogo, a criatividade e

solidariedade são as bases para a realização das ações/atividades.

2018 Coordenação - Horta na Grota – Projeto de Horta Urbana

na USF São Francisco de Paula, Cruz das Almas, Alagoas

Este é um projeto da extensão universitária no âmbito da promoção da saúde,

Educação Popular, agroecológico e de sustentabilidade e meio ambiente.

Tem como objetivos apoiar a implantação da Horta Urbana no espaço da Unidade

Saúde da Família São Francisco de Paula, situada em Maceió, Alagoas. Além de

desenvolver ações educativas relacionadas à agroecologia junto aos usuários do

SUS e de fomentar a participação de estudantes em ações multiprofissionais

relacionadas ao meio ambiente e sustentabilidade, constitui-se em uma proposta de

articulação entre a teoria e prática, intersetorial e formadora de vínculos envolvendo

outros cursos, instituições (Emater; SEAGRI; SMS) e comunidade. Nesta proposta,

é possível perceber a construção coletiva e o fortalecimento de vínculos

comunitários, solidário e de compromisso social.

2018 Intercâmbio Agroecológico Campo Cidade – Murici,

Alagoas

Este é um projeto totalmente voluntário que consiste em um dia de campo, no

assentamento rural Dom Helder Câmara, agroecológico, localizado em Murici –

Zona da Mata alagoana. Tem como objetivos conhecer as atividades relacionadas à

produção e processamento de alimentos agroecológicos; a organização da

associação de mulheres e seu processo de inclusão produtiva nas feiras

agroecológicas; além de promover o intercâmbio de saberes agroecológicos

promotores da saúde e segurança alimentar e nutricional.

Fazem parte deste intercâmbio docentes e estudantes de Nutrição do Centro

Universitário Tiradentes, comunitárias dos projetos Horta e Rosas, Agricultoras

Agroecológicas, Emater e Seagri-AL.

Autoria, participação e/ou

orientação de monografias

de graduação, de

especialização, de

dissertações e/ou

doutoramentos:

2018 – Monografia em andamento – Diálogos da Educação Popular no Cotidiano

da Integração Ensino, Serviço e Comunidade IESC Especialização –

Desenvolvimento Docente em Metodologias Ativas – UNIT

2017 – Análise descritiva dos indicadores do Vigitel relacionados a Maceió,

Alagoas, no ano de 2016 – Trabalho de Conclusão de Curso de Danielle Meyre da

Silva França e Maria Keite da Silva Santos, apresentado ao Centro Universitário

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Tiradentes – UNIT, como requisito parcial à obtenção do título de graduação em

Nutrição, sob orientação da Profa. MsC. Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira

e coorientação da Profa. MsC. Juliana Vasconcelos Lyra da Silva.

2017 – Perfil Nutricional de Jovens, Adultos e Idosos matriculados em uma

Unidade Escolar da Rede Municipal de Ensino de Maceió/AL. Trabalho de

Conclusão de Curso de Ana Lídia Teixeira e Valeska Rios Arruda, apresentado para

obtenção do título de graduação em Nutrição no Centro Universitário Tiradentes –

UNIT –, em Maceió, sob a orientação da Profª MsC Theresa Cristina Siqueira e

coorientadora nutricionista Esp. Anna Carla Luna.

2017 – Perfil Nutricional de Crianças de 3 e 4 Anos de uma Unidade Escolar da

Rede Municipal de Ensino de São José da Laje/Alagoas. Trabalho de Conclusão de

Curso de Nayara Norrany da Silva Rodrigues e Samara Monique Oliveira Bezerra,

apresentado ao curso de graduação em Nutrição do Centro Universitário Tiradentes

– UNIT – Alagoas, como requisito parcial à obtenção do título de nutricionista.

Orientadora: Msc. Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira

Outras atividades: Docente das turmas II e III da Integração ensino Serviço Comunidade – Curso de

Medicina do Centro Universitário Tiradentes

Docente das disciplinas História da Alimentação, Educação Alimentar e

Nutricional e Metodologia de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes, Maceió

Alagoas

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Sonia Acioli

(Professora Associada da Faculdade de Enfermagem da

UERJ e Presidente da Associação Brasileira de

Enfermagem – seção RJ)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

Ações desenvolvidas por você e/ou por seu grupo local, ou por projeto regional/nacional que

esteja participando e principais encaminhamentos e reflexões construídas a partir dessas

experiências

Participação na elaboração

de Políticas Públicas

Participação na discussão das novas diretrizes curriculares para a

Enfermagem através da ABEn RJ

Oferta de cursos: Disciplina: Educação Popular e Saúde

A disciplina foi oferecida no primeiro semestre de 2017 no Programa

de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da UERJ Curso: Mestrado e Doutorado em Enfermagem

Carga Horária: 30 hs no. Créditos: 02

Datas e Horário: 2as. feiras – das 14:00 às 17:00 horas

Professores Responsáveis: Dra. Sonia Acioli, Dr. Helena L. David

Ementa

A disciplina propõe-se a discutir o campo teórico-metodológico da

Educação Popular em Saúde (EPS), ressaltando o contexto histórico e

político de sua construção no Brasil, conceitos presentes no campo e

sua interface com as práticas de saúde e a enfermagem.

Participação na organização de evento. Instituições envolvidas

ABEn RJ ENf/UERJ

EEAN/UFRJ EEAP/UNIRIO

I Mostra Científica Multiprofissional da ABEn RJ/ II Jornada de Sistematização da Assistência de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro

– 05 e 06/12/2017

ABEn RJ EEAP/UNIRIO

SES Instituto de Medicina

Social/UERJ

Roda de Conversa: Lugar do enfermeiro no SUS/APS: Políticas, Práticas e

Desafios – 21/11/2017

ENF/ UERJ ABEn RJ

Associación de enfermeira Comunitária

Os Desafios para a Enfermagem na Atenção Primária em conjunturas de

crise: experiências Espanhola e Brasileira – 06/11/2017

Seminário em Comemoração dos 20 anos do Projeto de Extensão: A Enfermagem em Saúde Pública e a prática educativa: uma experiência a

nível local – 11/12/2017 –, com roda de conversa, vídeo com depoimentos

e exposição de fotos

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Participação em projetos de

extensão

Projeto de Extensão: A Enfermagem em Saúde Pública e a prática educativa: uma experiência a nível local Projeto criado a partir da experiência do Projeto de Extensão “Aprendendo e Ensinando com o Alto Simão”, junto às atividades docentes da Faculdade de Enfermagem da UERJ nesta localidade, as quais mostraram a necessidade de fortalecimento do campo da Enfermagem em Saúde Pública, especificamente da prática educativa, na perspectiva da Educação Popular e Saúde. Com isso, ampliou-se o campo de atuação do projeto anterior ao incorporar outros cenários de prática. OBJETIVOS - Refletir sobre a prática educativa, a partir da realização de atividades locais junto a grupos sociais vinculados à comunidade, escolas e instituições que desenvolvam ações educativas em saúde pública no RJ; - Favorecer o desenvolvimento de habilidades voltadas para a construção de práticas educativas problematizadoras construídas a partir de um processo de interação-interlocução permanente com os grupos envolvidos; - Fortalecer o vínculo entre a comunidade e os estudantes e professores; - Refletir sobre o papel do enfermeiro como educador; - Desenvolver estudos e reflexões críticas com base em vivências práticas; - Desenvolver práticas educativas que atendam aos interesses e demandas da população envolvida nas práticas.

Participação em projetos de

pesquisa

Líder do Grupo de Pesquisa: Saberes e Práticas em Enfermagem e Saúde Coletiva – SaPESC Linhas de Pesquisa:

Linha 01 – Matrizes teóricas e desenvolvimentos metodológicos do campo

da Educação Popular em Saúde;

Linha 02 – Saberes e Práticas de cuidado de enfermagem e saúde na

Saúde Coletiva/Comunitária;

Linha 03 – Os diálogos teórico-metodológicos entre as práticas de

Enfermagem, Epidemiologia e Vigilância em Saúde Certificado em 2013

Autoria, participação e/ou

orientação de monografias

de graduação, de

especialização, de

dissertações e/ou

doutoramentos:

Endereço para acessar este CV:

http://lattes.cnpq.br/7857772205627304

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Renata Pekelman

(Hospital Nossa Senhora Conceição/ Serviço de Saúde

Comunitária- GHC)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

Ações desenvolvidas por você e/ou por seu grupo local, ou por projeto regional/nacional que

esteja participando e principais encaminhamentos e reflexões construídas a partir dessas

experiências

Participação na elaboração

de Políticas Públicas

Apoiadora nacional do curso EDPOPSUS II

Oferta de cursos: 2017 – Oficina de formação de educadores para o curso de

aperfeiçoamento em Educação Popular em saúde para agentes de

vigilância e agentes comunitários de saúde – EDPOPSUS II – MG e

RS

2018 – Curso para Preceptores da Residência Multiprofissional em

Saúde – GHC

2017/18 – Currículo Integrado – Formação de campo em APS-

Residências em MFC e Multiprofissional em Saúde da Família e

Comunidade

Participação em projetos de

extensão

Acompanhamento de turmas e de formação dos educadores do

EDPOPSUS II – SP; MG e RS.

Participação em projetos de

pesquisa

Grupo de pesquisa em Narrativas em Saúde

Autoria, participação e/ou

orientação de monografias

de graduação, de

especialização, de

dissertações e/ou

doutoramentos:

Orientação de Trabalhos de Conclusão de Residência:

2017/18 – Freitas, Pâmela L.R.; A meditação na promoção do

cuidado integral em saúde.

– Zaparoli, Vanessa; O cuidado da população em situação de rua na

perspectiva dos profissionais que atuam no consultório na rua.

– Henriques, Carlos Eduardo L; Lopes Ingrid S. da S.; Ito, Laura M;

Acesso a um serviço de Atenção Primária a Saúde- analise da oferta

e demanda.

2017 – Dall’ Aqua, Camila B.; Nosso Bebê tem Sífilis Congênita, e

agora?

– Christmann, Mirela. O vínculo na saúde da criança em atenção

primária à saúde: revisão integrativa.

Produções e publicações: Dallegrave, D. et all; Aprendizagens;.In: EnsiQLopedia das

residências em saúde Ceccim, Ricardo B et all (org.) Porto Alegre:

Rede Unida, 2018.

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Pekelman, R.; Educação popular em saúde; In:EnsiQLopedia das

residências em saúde Ceccim, Ricardo B et all (org.) Porto Alegre:

Rede Unida, 2018.

Pekelman, R. et all; A educação popular e a vigilância em saúde na

atenção primária; In: A saúde nas palavras e nos gestos: reflexões da

rede de educação popular e saúde/ Vasconcelos, E. M., Prado, E.V.

(org.); 2. ed. - São Paulo: Hucitec, 2017

Outras atividades: Médica de Família e Comunidade da Unidade de Saúde Jardim Itu/

GHC

Grupo com usuários e trabalhadores da US Jardim Itu – Círculo de

leitura e escrita criativa.

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Osvaldo Peralta Bonetti

(Servidor do Ministério da Saúde)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

Ações desenvolvidas por você e/ou por seu grupo local, ou por projeto regional/nacional que

esteja participando e principais encaminhamentos e reflexões construídas a partir dessas

experiências

Participação na elaboração

de Políticas Públicas

Integrando a comissão gestora do Projeto de Implementação da

Residência Multiprofissional em Saúde do Campo no DF.

Parcerias: Coletivo de Saúde do MST, Faculdade de Saúde da UnB e

Fiocruz Brasília.

Oferta de cursos: - Apoio na realização de aulas sobre gestão participativa, Educação

Popular em saúde e participação popular da pós-graduação da

Faculdade de Saúde da UNB.

- Curso de Formação de Conselheiros de Saúde.

Participação na

organização de evento.

- Organização da Oficina Distrital de Formação de Conselheiros e

Lideranças Sociais na Defesa do SUS.

- Organização da Tenda Paulo Freire no 12º Congresso da ABRASCO

Participação em projetos de

extensão

Projeto Linhas de Cuidado em Saúde do Homem – referenciada nos

itinerários terapêuticos na Educação Popular em saúde.

Projeto gerido pela Faculdade de Saúde da UnB, em parceria com o

HUB e SES DF, com objetivo de implementar linhas de cuidado em

saúde do homem, tendo como território as unidades de saúde da

família da região leste do DF.

Participação em projetos de

pesquisa

Projeto de Pesquisa Saúde do Homem

Produções e publicações: Trabalhos publicados na Convéncion Internacional de Salud Pública

- Cuba Salud 2018. Títulos:

- Educação Popular em Saúde na implementação de linhas de cuidado

em saúde do homem.

- O desmonte da Assistencial Social Brasileira no Governo Temer

Congresso Internacional da Rede Unida:

Tema: Educação Popular e Saúde e Linhas de Cuidado

Outras atividades: - Participação nas mobilizações contra o golpe de estado em curso e

na defesa da democracia e dos direitos sociais.

- Participação na Diretoria da ABEn DF.

- Participação na elaboração do Programa de Governo do PT – Saúde,

eleições 2018

Links de vídeos, documentos, livros, que narram/ilustram/registram essas experiências.

Vídeos e materiais

audiovisuais

Vídeo sobre a Política Nacional de Educação Popular em Saúde em

fase de conclusão (em fase final de edição).

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Helena Maria Scherlowski Leal David

(Professora Titular da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro - UERJ)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

1 - Projeto de Extensão – Vidas Paralelas: ações compartilhadas em cultura e saúde do

trabalhador do Rio de Janeiro/PVP RJ

O PVP RJ vem se reconfigurando como espaço de troca de saberes e produção de

conhecimentos sobre o trabalho, a partir do trabalhador, valorizando sua produção

cultural.

O PVP RJ, em 2017, sistematizou, sob a forma de vídeos, a luta dos trabalhadores

da UERJ por melhores condições de trabalho e pela regularização dos salários. A bolsista

participou das atividades de mobilização, e, posteriormente, da elaboração do material

audiovisual, que está disponível no YouTube ©

2 – Curso de Formação Histórica e Política para estudantes da saúde

O Curso FHP continuou suas atividades, em 2017, integrando alunos residentes

do curso de Residência de Enfermagem em Saúde da Família. A proposta de ampliar a

reflexão crítica e de proporcionar leituras sobre os processos históricos e políticos do país

teve como objetivo colaborar para a construção de uma consciência crítica dos estudantes

a respeito do seu papel nas lutas pela saúde.

Para 2018, está se propondo um novo curso sobre Educação Popular e História do

SUS (EPHIS-SUS), cuja execução se dará por meio de convênio firmado entre o

Ministério da Saúde e a UERJ.

3 – Participação na comissão científica para o ABRASCÃO 2018

Desde agosto, a Comissão Científica para o evento vem se reunindo e definindo o

conjunto de atividades que farão parte do ABRASCÃO 2018. Participei como

representante da UERJ, também na organização das atividades que ocorrerão na

Universidade.

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30

Pedro José Santos Carneiro Cruz

(Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba -

UFPB)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

Ações desenvolvidas por você e/ou por seu grupo local, ou por projeto regional/nacional que

esteja participando e principais encaminhamentos e reflexões construídas a partir dessas

experiências

Participação na elaboração

de Políticas Públicas

Coordenação do Projeto de Pesquisa e Extensão “VEPOP-SUS:

Vivências de Extensão em Educação Popular e Saúde no SUS”, o qual

constitui uma das frentes de ação da Política Nacional de Educação

Popular em Saúde no SUS (PNEPS-SUS) e é promovido através de

Termo de Cooperação do Ministério da Saúde com a Universidade

Federal da Paraíba.

O VEPOP-SUS visa fortalecer experiências de Extensão Popular na

linha da Educação Popular em Saúde, de maneira integrada com os

espaços do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprometida com a

formação de trabalhadores para atuação com postura ético-política

humanística, interdisciplinar e participativa. Em sua frente nacional,

vem atuando a partir de uma equipe operacional de pesquisadores e

consultores, ancorada na UFPB, com ações de articulação e integração

entre as diversas iniciativas e experiências de extensão em Educação

Popular e Saúde no país.

Por meio do VEPOP-SUS, espera-se estimular em todo o país a

Educação Popular como expressão da construção de caminhos e novas

práticas de saúde na formação dos profissionais, protagonizando o

campo popular e os serviços públicos de saúde.

Dentre as ações desenvolvidas pelo Projeto VEPOP-SUS no ano de

2017, destacam-se: Mapeamento de experiências de Extensão em

Educação Popular em Saúde no SUS em todas as regiões do país;

Impressão e distribuição em todo o país de publicações de Extensão

em Educação Popular e Saúde, inclusive um Caderno de Extensão

Popular em Saúde; Difusão de ideias, diálogos e experiências sobre

Extensão Popular no SUS, através da Comunicação, Informação e

Mídias Digitais em sítios eletrônicos; Apoio à promoção de encontros

e eventos na área de formação e extensão em saúde com ênfase na

Educação Popular; Realização do Estágio Nacional de Vivências de

Extensão Popular em Comunidades – ENEC, visando à sensibilização

e mobilização de novos sujeitos para o movimento da Extensão

Popular no país; Apoio às experiências de Extensão em Educação

Popular na Universidade Federal da Paraíba e em outras instituições

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do Estado da Paraíba, para o aprimoramento da formação em saúde

no âmbito estadual.

No site do Projeto, podem ser encontrados documentos, registros e

produções de todas as atividades construídas nas frentes de ação

citadas acima. Acessar: http://www.ccm.ufpb.br/vepopsus

Atuação como Assessor de Extensão do Centro de Ciências Médicas

da Universidade Federal da Paraíba

A Assessoria de Extensão do Centro de Ciências Médicas (CCM)

apoia de maneira administrativa as atividades que são realizadas neste

Centro. A assessoria conta com projetos inscritos nos editais

Programa Bolsas de Extensão (PROBEX) e Fluxo Contínuo de Ações

de Extensão (FLUEX). As atividades que são desenvolvidas na

Assessoria de Extensão tem como principal objetivo promover a

Extensão no CCM, a fim de contribuir com o desenvolvimento,

visibilidade e sistematização das ações de Extensão Universitária no

Centro. Dentre as ações, com o intuito de dar visibilidade às atividades

de Extensão do Centro, há realização de Encontros de Extensão do

CCM. Ainda, são desenvolvidas chamadas para a realização de

entrevistas, com captação audiovisual para a construção de novos

vídeos para a série denominada de: “Conhecendo as ações de

Extensão do Centro de Ciências Médicas”, a qual tem por objetivo dar

visibilidade ao histórico e aos aspectos metodológicos de Projetos e

Programas de Extensão do CCM. É também regularmente organizada

uma coletânea de artigos completos oriundos dos projetos de extensão

do Centro, tendo como foco suas contribuições para a formação em

saúde e, especialmente, a educação médica, a qual constitui foco do

Centro.

Oferta de cursos: Curso de Práticas Integrativas em Saúde

Essa ação educativa em saúde foi desenvolvida em dez encontros,

abordando práticas integrativas em saúde, como fitoterapia, florais,

massoterapia e aproveitamento integral de alimentos; sendo voltado

para profissionais de saúde, estudantes de cursos de graduação em

saúde e, especialmente, moradores das comunidades Jardim Itabaiana,

Pedra Branca e Boa Esperança, em território adscrito à Unidade de

Saúde da Família (USF) Vila Saúde, onde o Programa de Extensão

PINAB (Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na

Atenção Básica) atua há 11 anos.

A realização do Curso aconteceu por meio de uma colaboração entre

um componente curricular do curso de Medicina da UFPB (a

disciplina MHA-2 - Atenção Primária), o programa PINAB e a equipe

componente da USF Vila Saúde e moradores do território a essa USF

adscrito.

Para tanto, a organização foi liderada por estudantes de Medicina do

segundo período (2017.2), que fazem parte da disciplina MHA2 (sob

a orientação do professor Pedro José Santos Carneiro Cruz). O

Programa PINAB contribuiu com a articulação entre os estudantes, os

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32

participantes e os palestrantes, e com alguns convidados que têm

experiências nas áreas das práticas que o curso abordará, as quais

podem ser científicas e/ou oriundas de saberes populares e práticas

sociais, na área em que a vivência será realizada.

A equipe da USF se mostrou animada e disposta a nos apoiar e

também participar das aulas. A partir daí, seguimos com alguns

ajustes na programação do curso, como o horário que se adequou ao

horário da equipe para que essa possa participar do mesmo e sugestões

de temas, como a introdução aos florais, refazendo o cronograma do

curso. A partir de então, nas semanas seguintes, começamos a

divulgação do curso por meio dos panfletos na unidade para os

profissionais de saúde, para que eles possam também convidar

pessoas da comunidade e profissionais de outras unidades de saúde.

O Curso teve como objetivo promover a educação em saúde em uma

esfera local, tendo como público alvo usuários e profissionais do

Sistema Único de Saúde, socializando e debatendo os conhecimentos

locais acerca de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde,

contribuindo para a melhora da qualidade de vida da população por

meio da promoção da saúde.

Curso de Formação em Auriculoterapia

As práticas integrativas em saúde são compreendidas como um

conjunto heterogêneo de práticas, produtos e saberes, agrupados pela

característica comum de não pertencerem ao escopo dos

saberes/práticas consagrados na medicina convencional. Assim, a

Auriculoterapia surge nessa perspectiva, podendo ser usada como um

recurso terapêutico capaz de oferecer um tratamento complementar,

acessível e eficiente para a população. Semelhantemente à

acupuntura, a Auriculoterapia também pode ser considerada parte da

medicina tradicional chinesa. Todavia, ela é tida como uma prática

autônoma, com fundamentos e metodologias próprias, pois se trata de

uma terapia de microssistema que utiliza o pavilhão auricular para

diagnosticar e tratar disfunções de diversas origens. Corroborando

esse recurso terapêutico, existem várias publicações que demonstram

a efetividade do uso da Auriculoterapia na prática clínica. Além disso,

diversos estudos experimentais evidenciaram o efeito neurobiológico

do estímulo do pavilhão auricular. A Auriculoterapia, atualmente,

fundamenta-se em duas linhas principais. Dentre elas, tem-se a

chamada Auriculoterapia Francesa, desenvolvida por Nogier, a qual

segue noções neurofisiológicas. A segunda, por sua vez, a

Auriculoterapia Chinesa, baseia-se nos conceitos da Medicina

Tradicional Chinesa, a qual acredita que os doze canais de energia ou

meridianos reúnem-se na orelha e que esta é, também, uma das

principais zonas onde as energias Yang e Yin se inter-relacionam.

Assim, fica possível inferir que a Auriculoterapia apresenta-se como

um recurso bastante complexo, podendo, de forma isolada ou

complementar a outras terapias, agir de forma eficiente, abrangente e

prática. Como atividade educativa, o presente curso foi liderado por

estudantes e por um docente do curso de Medicina da UFPB,

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33

vinculados ao componente curricular MHA2 – Atenção Primária, o

qual tem atuação na Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde.

Essa ação educativa em saúde foi desenvolvida em dez encontros,

sendo voltada para profissionais de saúde, estudantes de cursos de

graduação em saúde e, especialmente, moradores das comunidades

Jardim Itabaiana, Pedra Branca e Boa Esperança, em território

adscrito à Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde, onde o

Programa de Extensão PINAB (Práticas Integrais de Promoção da

Saúde e Nutrição na Atenção Básica) atua há 11 anos. O Programa

PINAB contribuiu com a articulação entre os estudantes e os

participantes do território, tanto trabalhadores como moradores.

Considerando a importância da Auriculoterapia, o seu excelente

retorno em função de sua simplicidade e baixo custo de aplicação,

observamos ser esta uma prática de fundamental importância a ser

implantada no âmbito do SUS. Como passos fundamentais na

estruturação do curso, deram-se: 1) Acolhimento e Introdução ao

Curso; 2) Anatomia da orelha; 3) História e fisiologia da

Auriculoterapia; 4) Pontos de aplicação da Auriculoterapia e

instruções práticas sobre os equipamentos utilizados; 5)

Auriculoterapia em exemplos de casos clínicos; 6) Como realizar o

atendimento, com noções de anamnese; 7) Atividades práticas; e 8)

Atividades práticas.

Curso de formação em Educação Popular: fundamentos e princípios

O Curso foi construído por estudantes, professores e pesquisadores

dos projetos de extensão da UFPB, orientados pela Educação Popular

e apoiados pelo Projeto de Pesquisa e Extensão VEPOP-SUS.

A duração foi de 02 de março a 11 de maio de 2017, em dez encontros

que aconteceram nas quintas-feiras, às 17 horas, tendo carga horária

total de 40 horas.

O curso foi gratuito e aberto para estudantes de todos os cursos,

profissionais de saúde, de educação e assistentes sociais, assim como

militantes de movimentos sociais e populares.

O Curso teve por objetivo cumprir a missão do VEPOP-SUS no que

tange à criação e fortalecimento de espaços de formação de estudantes

e de atores sociais na perspectiva da Educação Popular e dos caminhos

de sua inserção como abordagem significativa nas ações de saúde e

nos espaços do SUS. E buscou aprofundar diálogos e aprendizados em

Educação Popular, buscando a formação crítica e política para o

trabalho comunitário.

Participação na

organização de evento.

I Seminário de Educação Popular e Construção do Conhecimento

Ocorrendo no dia 8 de novembro de 2017, no auditório do Programa

de Pós-Graduação em Educação (PPGE) do Centro de Educação da

Universidade Federal da Paraíba (CE/UFPB), Campus I, o Seminário

foi uma realização do Grupo de Pesquisa em Extensão Popular

(EXTELAR), que faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa,

Extensão e Ensino em Economia Solidária e Educação Popular

(NUPLAR), vinculado ao PPGE.

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34

Teve como propósito a socialização de estudos, pesquisas e reflexões

tecidas por pessoas que estejam dedicadas aos processos de

construção de conhecimentos à luz da perspectiva teórico-

metodológica da Educação Popular. Espera-se constituir um espaço

de debates e de aprendizagens com foco nos desafios e trilhar da

Educação Popular como caminho de produção de pesquisas e também

como temática/objeto das mesmas.

Os debates foram provocados pelas experiências em pesquisa de

membros do Grupo EXTELAR (CNPq), particularmente naqueles

processos investigativos que tenham temática e/ou orientação

metodológica vinculada à Educação Popular.

No encontro ocorreram um painel temático e uma oficina. No painel

temático, houve a contribuição de dois pesquisadores, os quais

expuseram suas experiências na pesquisa em Educação Popular, em

forma de uma comunicação dialogada, com a perspectiva de

identificar os impasses, desafios, oportunidades e potencialidades na

construção de pesquisas, estudos e demais processos investigativos

nesse campo. Na oficina, foi aberto espaço para escuta das

experiências do público participante em geral, de modo que

compartilhem os caminhos, descaminhos, dilemas, incertezas,

curiosidades, elaborações e pensamentos acerca da pesquisa em

Educação Popular. Mesmo as pessoas que estejam com pesquisas em

andamento poderão socializar seus estudos e as questões emergentes.

Participação em projetos de

extensão

Programa de Extensão “PINAB – Práticas Integrais de Promoção da

Saúde e da Nutrição na Atenção Básica” (Departamento de

Promoção da Saúde/CCM e Departamento de Nutrição/CCS da

UFPB)

Este Programa destina-se a apoiar a mobilização de ações de extensão

empreendidas em comunidades e instituições do bairro do Cristo

Redentor, desenvolvido sob a coordenação de docentes do

Departamento de Promoção da Saúde/CCM e do Departamento de

Nutrição/CC/UFPB, onde esta ação foi criada em 2007. Assim, são

articuladas por meio da proposta em tela ações realizadas a partir da

atuação de grupos operativos. No ano de 2017, foram: Horta na USF,

Fórum Intersetorial Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde na

Comunidade. Atuam estudantes das diversas áreas do conhecimento,

além de nutricionistas e docentes. Pretende-se com tais ações

possibilitar uma intervenção humanizada e um agir crítico da nutrição

no cotidiano da comunidade, de maneira articulada cotidianamente à

busca da Promoção à Saúde com participação, emancipação e

qualidade de vida. O Programa é desenvolvido segundo o referencial

teórico-metodológico da Educação Popular, no sentido de contribuir

para a Promoção da Saúde, da Segurança Alimentar e Nutricional no

âmbito comunitário e do Cuidado em Saúde, bem como favorecer o

desenvolvimento social nas comunidades envolvidas, valorizando

ainda a interdisciplinaridade, possibilitando aos extensionistas a

percepção do trabalho em saúde como um ato de compromisso social

e construção coletiva de cidadania.

Page 35: RELATÓRIO ANUAL PERÍODO: 2017³rio-GT-EDPOP-Abrasco-2017.… · Universidade do Estado do Rio de Janeiro Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira . 5 Centro Universitário Tiradentes

35

Participação em projetos de

pesquisa

Coordenação do projeto de pesquisa “Reconstituindo a história e

registrando a memória da Educação Popular na Paraíba: estudo com

base em trajetórias, produções, ideias e reflexões de diferentes

atores”, o qual irá constituir a obra “Uma Antologia da Educação

Popular Paraibana”.

A presente pesquisa tem como objeto central a reconstituição da

história da Educação Popular (EP) no estado da Paraíba a partir do

reconhecimento, valorização e registro da memória de alguns de seus

principais atores, em um processo investigativo que promova a

explicitação e, consequentemente, sistematização das ideias, reflexões

e trajetórias desses protagonistas. Para tanto, o processo de estudo

prioriza a explicitação das percepções desses sujeitos, por meio de

entrevistas semiestruturadas pautadas pelo referencial da história oral,

e, assim, tanto enfoca os principais marcos históricos da EP na

Paraíba, como analisa as principais contribuições das várias práticas e

trabalhos sociais orientados por essa perspectiva teórico-

metodológica para o pensamento educacional brasileiro e para o

desenvolvimento de ações sociais e de políticas sociais públicas.

Coordenação da pesquisa “Caminhos e desafios da Promoção da

Saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional na Atenção Básica:

análise de uma experiência em Educação Popular”

A presente proposta de pesquisa tem como objeto central a Promoção

da Saúde (PS) e da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no

âmbito da Atenção Básica (AB), particularmente na Estratégia Saúde

da Família (ESF), a partir de práticas educativas em grupos

comunitários pautados pela perspectiva pedagógica freiriana: a

Educação Popular (EP). Seu processo investigativo tem como fio

condutor o desvelamento de caminhos e desafios nesse contexto, o

que se justifica pelo interesse do estudo em explicitar, problematizar

e analisar criticamente saberes, práticas e reflexões que sejam

efetivamente capazes de agregar novos horizontes para as realizações

educacionais em saúde e SAN, promovidas no cotidiano da Atenção

Básica, de modo especial em suas iniciativas coletivas e grupais, de

modo a contribuir com a qualificação, aprimoramento e, em alguns

casos, reorientação dessas práticas, inclusive pela contribuição no

fomento ao debate, à formação e à reflexão dos protagonistas dessas

ações, quais sejam os trabalhadores, gestores e usuários da ESF. Para

tanto, o foco/objeto da pesquisa é o Programa de Extensão PINAB e

o conjunto de ações por este desenvolvidas em dez anos de atuação

junto com as comunidades de Jardim Itabaiana, Boa Esperança e

Pedra Branca, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa-PB

Autoria, participação e/ou

orientação de monografias

de graduação, de

especialização, de

dissertações e/ou

doutoramentos:

No período não houve conclusão de orientação sob minha

responsabilidade.

Page 36: RELATÓRIO ANUAL PERÍODO: 2017³rio-GT-EDPOP-Abrasco-2017.… · Universidade do Estado do Rio de Janeiro Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira . 5 Centro Universitário Tiradentes

36

Produções e publicações: Livros publicados/organizados ou edições

SOUSA, L. M. P. (Org.) ; ALENCAR, I.C. (Org.) ; CARVALHO, L.

E. (Org.) ; CRUZ, P. J. S. C. (Org.) . Educação Popular na

Universidade: reflexões e vivências da Articulação Nacional de

Extensão Popular (ANEPOP) - Volume 2. 1. ed. João Pessoa: Editora

do CCTA, 2017. v. 1. 316p.

CRUZ, P. J. S. C.; CARNEIRO, D. G. B. (Org.); ALMEIDA, A. M.

M. (Org.); RODRIGUES, A. P. M. E. (Org.); ALENCAR, I.C. (Org.)

. Extensão Popular: caminhos em construção. 1. ed. João Pessoa:

Editora do CCTA, 2017. v. 1. 242p.

CRUZ, P. J. S. C.; SOUSA, E. S. S. (Org.); SAMPAIO, J. (Org.);

XAVIER FILHO, M. C. S. (Org.); GALDINO, V. S. (Org.). Anais do

II Encontro de Extensão do CCM. 1. ed. João Pessoa: Editora da

UFPB, 2017. v. 1. 47p.

MELO NETO, J. F. (Org.); CRUZ, P. J. S. C. (Org.). Extensão

Popular, educação e pesquisa. 01. ed. João Pessoa: Editora do CCTA,

2017. v. 01. 262p.

PRADO, ERNANDE VALENTIN DO (Org.); VASCONCELOS,

E.M. (Org.); ALMEIDA, A. M. M. (Org.); CARNEIRO, D. G. B.

(Org.); CRUZ, P. J. S. C. (Org.) ; SARMENTO, D. S. (Org.) ;

COSTA, L. J. A. (Org.) ; BOTELHO, B. O. (Org.) ; ALENCAR, I.C.

(Org.) ; SOUSA, L. M. P. (Org.) . Caderno de extensão popular: textos

de referência para a extensão universitária. 1. ed. João Pessoa: Editora

do CCTA, 2017. v. 1. 500p.

CRUZ, P. J. S. C.; VASCONCELOS, E.M.. Caminhos da

aprendizagem na extensão universitária: reflexões com base em

experiência na Articulação Nacional de Extensão Popular (ANEPOP).

1. ed. São Paulo: Hucitec Editora, 2017. v. 1. 383p.

Capítulos de livros publicados

SOUSA, L. M. P.; CRUZ, P. J. S. C. . Apresentação: A educação

popular continua suas trilhas e lutas na universidade: a potência dos

diálogos da articulação nacional de extensão popular (ANEPOP). In:

Luciana Maria Pereira de Sousa, Islany Costa Alencar, Lucas

Emmanuel de Carvalho, Pedro José Santos Carneiro Cruz. (Org.).

Educação Popular na Universidade: reflexões e vivências da

Articulação Nacional de Extensão Popular (ANEPOP) - Volume 2.

1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 15-18.

CRUZ, P. J. S. C.; VASCONCELOS, E.M.. Dez anos da tenda Paulo

Freire do 3º congresso brasileiro de extensão universitária:

Page 37: RELATÓRIO ANUAL PERÍODO: 2017³rio-GT-EDPOP-Abrasco-2017.… · Universidade do Estado do Rio de Janeiro Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira . 5 Centro Universitário Tiradentes

37

sistematizando uma experiência fundante na história do movimento

nacional de extensão popular. In: Luciana Maria Pereira de Sousa,

Islany Costa Alencar, Lucas Emmanuel de Carvalho, Pedro José

Santos Carneiro Cruz. (Org.). Educação Popular na Universidade:

reflexões e vivências da Articulação Nacional de Extensão Popular

(ANEPOP) - Volume 2. 1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v.

1, p. 195-235.

CRUZ, P. J. S. C.. Educação popular: elementos conceituais e

perspectivas na reorientação de práticas sociais e profissionais. In:

Luciana Maria Pereira de Sousa, Islany Costa Alencar, Lucas

Emmanuel de Carvalho, Pedro José Santos Carneiro Cruz. (Org.).

Educação Popular na Universidade: reflexões e vivências da

Articulação Nacional de Extensão Popular (ANEPOP) - Volume 2.

1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 293-314.

CRUZ, P. J. S. C.; ALMEIDA, A. M. M.; CARNEIRO, D. G. B. ;

RODRIGUES, A. P. M. E. ; ALENCAR, I.C. . Apresentação. In:

Pedro José Santos Carneiro Cruz, Daniela Gomes de Brito Carneiro,

Adriana Maria Macêdo de Almeida Tófoli, Ana Paula Maia Espíndola

Rodrigues, Islany Costa Alencar. (Org.). Extensão Popular: caminhos

em construção. 1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 13-

18.

CRUZ, P. J. S. C.. Extensão Popular: situando a extensão universitária

orientada pela Educação Popular. In: Pedro José Santos Carneiro

Cruz, Daniela Gomes de Brito Carneiro, Adriana Maria Macêdo de

Almeida Tófoli, Ana Paula Maia Espíndola Rodrigues, Islany Costa

Alencar. (Org.). Extensão Popular: caminhos em construção. 1ed.João

Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 19-31.

CARVALHO, L. E.; CRUZ, P. J. S. C. . Amorosidade como dimensão

da Educação Popular na Extensão: reflexões a partir da trajetória de

um estudante. In: Pedro José Santos Carneiro Cruz, Daniela Gomes

de Brito Carneiro, Adriana Maria Macêdo de Almeida Tófoli, Ana

Paula Maia Espíndola Rodrigues, Islany Costa Alencar. (Org.).

Extensão Popular: caminhos em construção. 1ed.João Pessoa: Editora

do CCTA, 2017, v. 1, p. 41-52.

BOTELHO, B. O. ; CRUZ, P. J. S. C. . Autonomia e extensão popular:

estudo com base na percepção de extensionistas de uma experiência.

In: Pedro José Santos Carneiro Cruz, Daniela Gomes de Brito

Carneiro, Adriana Maria Macêdo de Almeida Tófoli, Ana Paula Maia

Espíndola Rodrigues, Islany Costa Alencar. (Org.). Extensão Popular:

caminhos em construção. 1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017,

v. 1, p. 85-106.

CRUZ, P. J. S. C.; CARNEIRO, D. G. B.; ALMEIDA, A. M. M. ;

RODRIGUES, A. P. M. E. . Educação Popular, Promoção da Saúde e

da Segurança Alimentar e Nutricional em comunidades: aspectos

Page 38: RELATÓRIO ANUAL PERÍODO: 2017³rio-GT-EDPOP-Abrasco-2017.… · Universidade do Estado do Rio de Janeiro Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira . 5 Centro Universitário Tiradentes

38

metodológicos de uma ação de Extensão Universitária. In: Pedro José

Santos Carneiro Cruz, Daniela Gomes de Brito Carneiro, Adriana

Maria Macêdo de Almeida Tófoli, Ana Paula Maia Espíndola

Rodrigues, Islany Costa Alencar. (Org.). Extensão Popular: caminhos

em construção. 1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 107-

124.

ARAUJO, R. S.; ALVES, A. S. ; SOUSA, L. M. P. ; FAGUNDES,

M. G. ; ALENCAR, I.C. ; CRUZ, P. J. S. C. . Pesquisa em Extensão

Popular: uma reflexão sobre o trabalho de Agentes Comunitários de

Saúde em João Pessoa - Paraíba. In: Pedro José Santos Carneiro Cruz,

Daniela Gomes de Brito Carneiro, Adriana Maria Macêdo de Almeida

Tófoli, Ana Paula Maia Espíndola Rodrigues, Islany Costa Alencar.

(Org.). Extensão Popular: caminhos em construção. 1ed.João Pessoa:

Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 141-158.

CRUZ, P. J. S. C.. A experiência e seus significados na construção de

conhecimentos em Pesquisa Social. In: Pedro José Santos Carneiro

Cruz, Daniela Gomes de Brito Carneiro, Adriana Maria Macêdo de

Almeida Tófoli, Ana Paula Maia Espíndola Rodrigues, Islany Costa

Alencar. (Org.). Extensão Popular: caminhos em construção. 1ed.João

Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 179-214.

MELO NETO, J. F.; CRUZ, P. J. S. C.. Apresentação. In: José

Francisco de Melo Neto, Pedro José Santos Carneiro Cruz. (Org.).

Extensão Popular: educação e pesquisa. 1ed.João Pessoa: Editora do

CCTA, 2017, v. 1, p. 13-16.

BOTELHO, B. O.; CRUZ, P. J. S. C.; ALENCAR, I.C.; CARNEIRO,

D. G. B.. PARTICIPAÇÃO POPULAR E ARTE NOS PROCESSOS

DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS PELA EDUCAÇÃO

POPULAR. In: José Francisco de Melo Neto, Pedro José Santos

Carneiro Cruz. (Org.). Extensão Popular: educação e pesquisa.

1ed.João Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 115-145.

BOTELHO, B. O.; CRUZ, P. J. S. C.. PESQUISA EM EXTENSÃO

POPULAR: confrontação de saberes (uma leitura da educação

popular). In: José Francisco de Melo Neto, Pedro José Santos Carneiro

Cruz. (Org.). Extensão Popular: educação e pesquisa. 1ed.João

Pessoa: Editora do CCTA, 2017, v. 1, p. 196-218.

CRUZ, P. J. S. C.; ALENCAR, I.C.. Educação popular como prática

social e profissional. In: Vera Joana Bornstein. (Org.). Formação em

educação popular para trabalhadores da saúde. 1ed.Rio de Janeiro:

EPSJV, 2017, v. 1, p. 107-111.

Outras atividades:

Links de vídeos, documentos, livros, que narram/ilustram/registram essas experiências.

Livros e materiais escritos https://issuu.com/vepopsus

http://www.ccm.ufpb.br/vepopsus/

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39

Vídeos e materiais

audiovisuais

https://www.youtube.com/channel/UC6hsqTH3iIgvk1csQvXb90Q

https://www.youtube.com/channel/UCj7M6djQ_1XkOEiRSkQmFdg

https://www.youtube.com/user/pedrojosecruz

Registros dos projetos de

pesquisa e de extensão

https://sigaa.ufpb.br/sigaa/public/docente/portal.jsf?siape=2884817

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Maria Rocineide Ferreira da Silva

(Professora da Universidade Estadual do Ceará)

Dentre o conjunto de ações sociais, de produções acadêmicas, de reflexões críticas

e de experiências formativas empreendidas por esse membro do GT, juntamente com

pessoas companheiras de caminhada em seus contextos locais, destacaram-se os

elementos detalhados abaixo.

No âmbito da formação profissional e universitária em saúde, ofertou 03 disciplinas

de Educação Popular e Saúde, sendo uma na graduação de Enfermagem (optativa) e

outras duas na pós-graduação em saúde coletiva (mestrado-doutorado). Nessa direção,

também contribuiu no planejamento de módulo com essa temática no mestrado

profissional em saúde da Família, tendo o mesmo sido ofertado em 2018. Nessa

disciplina, estabelecemos o diálogo com Ekobé, Centro Popular de Educação e Cuidados,

que é mantido pelos movimentos populares dentro da Universidade Estadual do Ceará.

As aulas-encontros constituíram-se com focos em: Sistema Único de Saúde,

Política de Educação Popular e Saúde, democratização do conhecimento, escola sem

partido, políticas de equidade, dentre outros temas. Promoveram-se também vivências,

visitas aos movimentos sociais e populares, bem como debates com mestres da educação

e cultura popular, tecendo um diálogo potente entre os saberes vividos no campo popular

e acadêmico.

Um cortejo foi promovido para possibilitar uma discussão sobre o produtivismo

acadêmico e, até que ponto, a comunidade tem sido ouvida e tem respondido às

necessidades reais da população. "Produzir e publicar: o quê? Para quê? Para quem?".

Também esteve envolvida na oferta de um curso sobre Teatro do Oprimido com

discussões importante da pedagogia do oprimido.

Na disciplina da graduação, a turma foi ao terminal da Parangaba e compartilhou

de momentos e de vivências com os movimentos populares. Nesses diálogos, produziu-

se material para apresentação de trabalhos, como cordel do SUS e caso-desenho,

apresentados na semana universitária. Também se viu articulação entre as abordagens nos

serviços de saúde, o que as vozes dos usuários dizem.

Por sua vez, através de projeto de extensão, tivemos diálogos com jovens que vivem

na periferia, com o movimento CUCA, sendo ao todo 10 rodas de conversa pautadas na

problematização freiriana. A escolha dos temas é feita a partir das demandas das

juventudes que frequentam esse importante Centro de Cultura. Houve ainda oficina de

Teatro do Oprimido com mulheres e um projeto com título “Resgatando o brincar na

comunidade: caminhando a gente aprende”.

Orientação de dissertação de mestrado (2017-2018) EDPOPSUS:

APRENDIZAGENS DE EDUCADORES POPULARES DE UM CURSO PARA

TRABALHADORES DO SUS, a ser defendida em novembro de 2018.

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Artigo

DANTAS, Débora Sâmara Guimarães ; SILVA, Maria Rocineide Ferreira da; TORRES,

R. A. M. ; OLIVEIRA, L. C.; PINTO, F. J. M.; SAMPAIO, R. M. M.. Formação dos

agentes comunitários de saúde em educação popular: implicação na produção do cuidado

na estratégia saúde da família. Motricidade, 2018.

Capítulo de livro

DANTAS, Débora Sâmara Guimarães; SILVA, MRF. Mudanças na vivência do trabalho

a partir do EdPopSUS. In: Bruno Oliveira de Botelho; Eymard Mourão Vasconcelos;

Daniela Gomes de Brito Carneiro; Ernande Valentin do Prado; Pedro José Santos

Carneiro Cruz. (Org.). Educação Popular no sistema único de saúde. 1ed. São Paulo:

Hucitec, 2018, v. 1, p. 182-197.

Débora Sâmara Guimarães Dantas, Maria Rocineide Ferreira da Silva. “Porque eu achava

que uma pessoa precisava só dum remédio pra passar uma dor”: potencialidades

produzidas pelo curso de educação popular em saúde para reflexão sobre a prática

capítulo de Livro dos egressos Mestrado PPSAC - 2017 (em fase de publicação EdUECE)

(capítulo Dissertação Débora)

Prêmio

Título do trabalho: DIÁLOGOS ENTRE A EDUCAÇÃO POPULAR, A

PERMACULTURA E A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO

ESPAÇO EKOBÉ

Autor\Relator: Mayana de Azevedo Dantas - DANTAS, M. A. – UECE

Co autores: Maria Rocineide Ferreira da Silva - SILVA, M. R. F. – UECE

Vera Lúcia de Azevedo Dantas - DANTAS, V. L. A. - SMS Fortaleza

Antônio Edvan Florêncio - FLORÊNCIO, A. E. - SMS Fortaleza

Antônio Edilson de Oliveira - OLIVEIRA, A. E. - SMS Fortaleza

Claudia Maria de Oliveira Baquit -BAQUIT, C.M.O.- EKOBÉ

http://uece.br/eventos/sirasaude/anais/trabalhos_completos/321-43726-17062017-

170128.docx.