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RELATÓRIO ANUAL DE ÁREAS ARDIDAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL CONTINENTAL 2016

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RELATÓRIO ANUAL DE ÁREAS ARDIDAS E

INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL CONTINENTAL

2016

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Elaborado por: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P./Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Proteção Florestal Colaboração:

-Autoridade Nacional de Proteção Civil/Comando Nacional de Operações de Socorro -Guarda Nacional Republicana

Data: 14 de agosto de 2017

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ÍNDICE

1. PREPARAÇÃO DA ÉPOCA ............................................................................................................................................... 4

1.1. REUNIÕES CONJUNTAS (POLÍTICAS E TÉCNICAS) ...................................................................................................................... 4

2. INFORMAÇÃO GERAL .................................................................................................................................................... 4

2.1. NÚMERO DE OCORRÊNCIAS E ÁREAS ARDIDAS......................................................................................................................... 5 2.2. NÍVEL DE CUMPRIMENTO DAS METAS DEFINIDAS NO PLANO NACIONAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS ....................... 10 2.3. INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA ........................................................................................................................................ 14 2.4. CUSTOS COM A PREVENÇÃO, A EXTINÇÃO E A VIGILÂNCIA (RNPV) ........................................................................................... 18

3. INFORMAÇÃO OPERACIONAL ..................................................................................................................................... 18

3.1. DISPOSITIVO OPERACIONAL ENVOLVIDO NAS AÇÕES DE COMBATE............................................................................................. 19 3.2. NÚMERO DE DIAS POR NÍVEL DE ALERTA .............................................................................................................................. 20 3.3. NÚMERO DE OCORRÊNCIAS POR RISCO DE INCÊNDIO E POR DISTRITO......................................................................................... 20 3.4. NÚMERO DE OCORRÊNCIAS POR PERÍODO HORÁRIO .............................................................................................................. 21 3.5. DURAÇÃO MÉDIA DOS INCÊNDIOS ...................................................................................................................................... 22 3.6. MOBILIZAÇÃO DE COMPANHIAS E DE GRUPOS DE REFORÇO A INCÊNDIOS FLORESTAIS ................................................................... 23 3.7. FORÇA ESPECIAL DE BOMBEIROS E GRUPO DE INTERVENÇÃO PROTEÇÃO E SOCORRO ................................................................... 23 3.8. FORMAÇÃO MINISTRADA ................................................................................................................................................. 24 3.9. EFICÁCIA DO ATAQUE INICIAL (ATI) E DO ATAQUE AMPLIADO (ATA) ........................................................................................ 25

4. PREVENÇÃO ESTRUTURAL .......................................................................................................................................... 26

4.1. ÁREAS INTERVENCIONADAS .............................................................................................................................................. 26 4.2. SAPADORES FLORESTAIS E EQUIPAS OPERACIONAIS DO ICNF ................................................................................................... 26 4.3. FORMAÇÃO MINISTRADA ................................................................................................................................................. 27 4.4. SENSIBILIZAÇÃO ............................................................................................................................................................. 28

5. VIGILÂNCIA E FISCALIZAÇÃO ....................................................................................................................................... 32

5.1. REDE NACIONAL DE POSTOS DE VIGIA ................................................................................................................................ 32 5.2. DADOS POR FONTE DE ALERTA .......................................................................................................................................... 32 5.3. AUTOS-NOTÍCIA LEVANTADOS NO ÂMBITO DO DL N.º124/2006 E EVENTUAIS PROCESSOS-CRIME ................................................. 33 5.4. DETIDOS/IDENTIFICADOS ................................................................................................................................................. 33 5.5. CAUSAS DOS INCÊNDIOS .................................................................................................................................................. 34 5.6. FORMAÇÃO MINISTRADA ................................................................................................................................................. 35

6. ÁREAS PROTEGIDAS E ÁREAS PÚBLICAS E COMUNITÁRIAS SUBMETIDAS AO REGIME FLORESTAL .............................. 35

7. DESCRIÇÃO DOS GRANDES INCÊNDIOS ....................................................................................................................... 36

8. PREJUÍZOS VERIFICADOS............................................................................................................................................. 37

8.1. PREJUIZOS AMBIENTAIS E MATERIAS ................................................................................................................................... 37 8.2. DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS COM OS BOMBEIROS NOS INCÊNDIOS FLORESTAIS DE 2015 ............................................................. 38

9. EMISSÕES DE CO2 ....................................................................................................................................................... 39

10. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL .................................................................................................................................. 40

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1. PREPARAÇÃO DA ÉPOCA

1.1. Reuniões conjuntas (políticas e técnicas)

Na preparação do dispositivo especial de combate a incêndios florestais para 2016 (DECIF) foi dada

continuidade à realização de diversas reuniões entre os três pilares do Sistema Nacional de Defesa da

Floresta, em todos os municípios. Este trabalho culminou com a aprovação da Diretiva Operacional Nacional

N.º 2 em sede da Comissão Nacional de Proteção Civil, no dia 30 de março de 2016. Seguiu-se, nesse mesmo

dia a apresentação pública da mesma, realizada na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil e que

contou com a presença de Sua Excelência a Sra. Ministra da Administração Interna. Decorrente da aprovação

desta diretiva, foram alvo de elaboração e consequente aprovação os 18 planos operacionais distritais em

sede da respetiva reunião comissão distrital de proteção civil e da comissão distrital de defesa da floresta,

seguida de apresentação pública aos órgãos de comunicação social a nível distrital.

No decurso das fases Bravo, Charlie e Delta, houve lugar à realização de briefings diários de acompanhamento

e monitorização da situação que contaram com a presença, em permanência dos oficiais de ligação previstos

no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Socorro, complementados pelas reuniões regulares, do

Centro de Coordenação Operacional Nacional, tendo em vista a tomada de medidas de antecipação e reação

que a cada momento a situação foi exigindo. No âmbito deste mecanismo de coordenação institucional foram

elaborados 21 Comunicados Técnico Operacionais e 7 avisos dirigidos à população, com recomendações

preventivas relativas ao cuidado a ter com os incêndios florestais.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil, através do Comando Nacional de Operações de Socorro, preparou

ainda, ao longo da Fase Bravo e Charlie, diversos briefings operacionais, relativamente à evolução da situação

dos incêndios florestais, à tutela e à Comissão de Agricultura da Assembleia da República, e aos Órgãos de

Comunicação social.

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2. INFORMAÇÃO GERAL

2.1. Número de ocorrências e áreas ardidas

Em 2016 contabilizaram-se, em Portugal Continental, 13.261 ocorrências, das quais 21% correspondem a

incêndios florestais (com área ardida >=1ha) e 79% a fogachos (ocorrências com área ardida <1ha).

A área ardida foi de 161.522,50 hectares, dos quais 48% em povoamentos florestais e 52% em matos, incluindo

pastagens espontâneas (Quadro 1).

O total de ocorrências de 2016 traduz-se numa redução de cerca de 14% em relação a 2015 e a um decréscimo de

31% face à média do decénio anterior. Relativamente à área ardida de 2016 esta sofreu um aumento para o

dobro da média dos últimos dez anos (+110%). Em termos absolutos os diferenciais, face às respetivas médias do

período 2006-2015, traduzem-se em menos 5.986 ocorrências e a mais 84.740,39 hectares ardidos.

Quadro 1 – Distribuição anual do número de ocorrências e área ardida entre 2006 e 2016.

Anos

Ocorrências Área ardida (hectares)

Fogachos (Área <1ha)

Incêndios Florestais

Total Povoamentos Matos Total

2006 16.946 3.499 20.445 36.320,34 39.738,01 76.058,35

2007 16.639 3.677 20.316 9.828,84 22.766,35 32.595,19

2008 12.339 2.591 14.930 5.461,34 12.103,44 17.564,78

2009 20.274 5.862 26.136 24.097,36 63.323,40 87.420,75

2010 18.058 3.970 22.028 46.079,45 87.011,35 133.090,81

2011 20.179 5.043 25.222 20.043,59 53.784,78 73.828,36

2012 16.754 4.425 21.179 48.066,76 62.164,87 110.231,63

2013 15.465 3.829 19.294 55.668,88 97.020,96 152.689,84

2014 5.998 1.069 7.067 8.727,33 11.202,53 19.929,87

2015 12.530 3.321 15.851 23.739,80 40.671,70 64.411,50

2016 10.443 2.818 13.261 77.501,80 84.020,70 161.522,50

Média 15.518 3.729 19.247 27.803,37 48.978,74 76.782,11

2006-2015

Na Região Autónoma da Madeira registaram-se 54 ocorrências (22% das quais >=1ha) que consumiram 6.270

hectares de espaços florestais, dos quais 4.003 hectares de povoamento e 2.267 hectares de mato (anexo I).

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A distribuição das áreas ardidas em Portugal Continental é apresentada na Figura 1.

Figura 1 – Cartografia das áreas ardidas em Portugal Continental em 2016 (Fonte: ICNF/GNR/GTF)

Tendo em consideração os valores anuais de ocorrências e área ardida entre 2006 e 2016 é possível verificar que

o ano de 2016 é o segundo ano com menor número de ocorrências, logo a seguir a 2014,e o ano com maior área

ardida desde 2006. O ano de 2014 destaca por ser um outlier apresentando, quando comparado com os restantes

anos do decénio, os menores valores quer em número de ocorrências quer na área ardida anual. Os anos de 2007

Área ardida 2016

Distrito

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e 2008 registam valores de área ardida da ordem do ano de 2014, ou seja, significativamente inferiores aos

restantes anos analisados (Figura 2).

Figura 2 – Distribuição anual do número de ocorrências e área ardida (2006-2016)

O distrito do Porto concentrou 31% do total de ocorrências mantendo-se como o distrito com maior número de

ocorrências (4.100, das quais 87% fogachos), seguindo-se Braga e Viana do Castelo, o primeiro com 1.534 e o

segundo com 1.070 ocorrências registadas (Quadro 2).

As estatísticas de 2016 compreendem 1.346 reacendimentos registados, os quais representam 10% do total das

ocorrências.

O distrito de Aveiro é o que regista maior área ardida em espaços florestais, com 42.343,86 hectares de superfície

queimada. Quase 52% desta área ardida resultou de um grande incêndio, o maior de 2016, que teve início na

freguesia de Janarde, concelho de Arouca, a 08 de agosto e que consumiu 21.909 hectares de espaços florestais

(16.431ha de povoamentos e 5.478ha de matos).

O segundo distrito com maior área ardida é Viana do Castelo com 31.439,45 hectares ardidos.

Quadro 2 – Número de incêndios florestais e área ardida, por distrito, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016

Distrito Ocorrências Ocorrências

resultantes de reacendimentos

Área ardida (hectares)

Fogachos (Área 1ha)

Incêndios Florestais

Total Povoamentos Matos Espaço

Florestal

Aveiro 639 106 745 110 33.878,64 8.465,22 42.343,86

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Distrito Ocorrências Ocorrências

resultantes de reacendimentos

Área ardida (hectares)

Fogachos (Área 1ha)

Incêndios Florestais

Total Povoamentos Matos Espaço

Florestal

Beja 27 18 45 0 414,74 2,48 417,22

Braga 1.048 486 1.534 226 6.522,99 8.185,61 14.708,60

Bragança 244 146 390 36 1.998,29 5.193,10 7.191,39

Castelo Branco 282 32 314 0 1.863,25 631,48 2.494,73

Coimbra 257 27 284 25 664,62 1.419,94 2.084,56

Évora 8 16 24 1 281,69 0,12 281,81

Faro 160 16 176 2 2.767,32 2.966,93 5.734,25

Guarda 193 158 351 25 3.223,74 8.719,31 11.943,05

Leiria 323 37 360 11 896,54 301,42 1.197,96

Lisboa 665 140 805 2 76,84 529,76 606,60

Portalegre 55 28 83 0 929,63 52,35 981,98

Porto 3.554 546 4.100 366 4.369,09 8.704,66 13.073,75

Santarém 363 63 426 10 3.492,01 395,61 3.887,62

Setúbal 550 37 587 10 225,68 146,16 371,84

Viana do Castelo 789 281 1.070 305 10.544,51 20.894,94 31.439,45

Vila Real 556 381 937 57 3.380,92 8.969,44 12.350,36

Viseu 730 300 1.030 160 1.971,30 8.442,17 10.413,47

TOTAL 10.443 2.818 13.261 1.346 77.501,80 84.020,70 161.522,50

Na relação distrital da área ardida/número de ocorrências, visível na figura 3, há dois distritos que se destacam

visivelmente. O primeiro é o distrito de Aveiro pela elevada área ardida e o segundo é o Porto pelo elevado

número de ocorrências (Figura 3).

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Figura 3 – Distribuição distrital do número de ocorrências e área ardida em 2015

Tendo por base os resultados preliminares do 6º Inventário Florestal Nacional e a cartografia provisória dos

Perímetro s das áreas ardidas em 2016, é possível estimar a superfície ardida segundo a ocupação florestal. Desde

2001 que o pinhal-bravo e o eucaliptal são as duas ocupações mais afetadas anualmente pelos incêndios. O ano

de 2016 não foi exceção sendo que 22,7% da área ardida de floresta afetou povoamentos de pinheiro-bravo e

62,9% afetou eucalipto (Figura 4).

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Figura 4 – Percentagem de área ardida por espécie florestal em 2016

As taxas de incidência nas principais ocupações florestais do Continente são:

Pinhal bravo 1,9% Carvalhos 1,8%

Eucaliptal 4,7% Pinheiro manso 0,2%

Sobreiro 0,2% Castanheiro 0,3%

Azinheira 0,1% Outras folhosas 1,8%

Matos e pastagens 2,8% Outras resinosas 1,1%

2.2. Nível de cumprimento das metas definidas no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios

De acordo com as análises estatísticas do número de ocorrências e áreas ardidas, registadas até ao final de 2016,

é possível fazer uma avaliação de algumas metas operacionais previstas no âmbito do Plano Nacional de Defesa

da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI). Nomeadamente:

1. Diminuição significativa do número de incêndios com área ardida superior a 1 hectare – Em 2016

registaram-se 2.818 incêndios florestais (área≥1ha) correspondendo a 21% do total de ocorrências

registadas (13.261), traduzindo-se numa redução de 31% face à média decenal;

22,7%

62,9%

2,0%

0,6% 2,0%

0,7% 0,2%

0,2%

5,2%

1,3%

Pinheiro-bravo

Eucaliptos

Sobreiro

Azinheira

Carvalhos

Pinheiro-manso

Castanheiro

Acácias

Outras folhosas

Outras resinosas

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Figura 5 – Evolução do número de ocorrências (>1hectare) desde 2006

2. Eliminação de incêndios com área superior a 1.000 hectares – Registaram-se 23 ocorrências cuja área

ardida superou os 1.000 hectares, pelo que, esta meta não foi alcançada em 2016. Os incêndios desta

categoria justificam aproximadamente 52% do total de área ardida. Desde 2006 que uma das metas

definidas no PNDFCI é a eliminação de incêndios com área ardida superior a 1000 hectares, meta essa

que foi cumprida apenas no ano de 2008 (Figura 6);

Figura 6 – Evolução do número de ocorrências com área ardida superior a 1 000 hectares, desde 2006

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Incêndios >1ha (nº) Linear (Incêndios >1ha (nº))

0

5

10

15

20

25

30

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

mer

o

Ocorrências ≥ 1.000ha meta PNDFCI

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3. Redução do número de reacendimentos a menos de 0,5% do total de ocorrências – Foram registados

1.346 reacendimentos, que representam aproximadamente 10% do total de ocorrências, pelo que esta

meta não foi atingida no ano em análise. Uma das metas definida no PNDFCI é que o número de

reacendimento entre 2006 e 2012 fosse inferior a 1% do total de ocorrências e que entre 2013 e 2018

não ultrapassasse 0,5% do total de ocorrências. Esta meta foi sempre ultrapassada (Figura 7);

Figura 7 – Evolução da percentagem de ocorrências que resultou em reacendimentos, desde 2006

4. Redução da área ardida a menos de 0,8% da área nacional de povoamento (aprox. 25.240ha) entre 2013 e

2018 – Em 2016 arderam 77.501,8 hectares de povoamento, ou seja, aproximadamente 3% da área

nacional de povoamento, ultrapassando a meta estipulada no Plano Nacional de Defesa da Floresta

Contra Incêndios neste âmbito. Entre 2006 e 2012 a meta estipulada para a área ardida de espaços

florestais foi de que a mesma não ultrapassasse os 100 mil hectares/ano. A partir de 2013 a meta definida

para este parâmetro é de que a área ardida não ultrapasse 0,8% da área nacional de povoamentos. Desde

a entrada do PNDFCI, em 2006, esta meta foi cumprida em quase todos os anos, com exceção para os

anos 2010, 2012 e 2013 (Figura 8);

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

(%

)

% reacendimentos metaPNDFCI

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Figura 8 – Evolução da área ardida, entre povoamentos e mato, em Portugal Continental desde 2006

5. Redução a menos de 75 o número de incêndios ativos com duração superior a 24 horas – registaram-se

439 ocorrências com duração superior a 24h em 2016, pelo que, a meta não foi cumprida (Figura 9).

Desde 2006 a meta estipulada para o número de ocorrências com duração superior a 24h foi ainda

cumprida em cinco dos onze anos (2007, 2008, 2012, 2014 e 2015). A meta estabelecida para o período

de 2006 a 2012 foi de menos de 150 ocorrências e a partir de 2013 e até 2018 a menos de 75 ocorrências.

Figura 9 – Evolução do número de ocorrências com duração superior a 24 horas, desde 2006

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Áre

a (M

ilhar

es d

e h

a)

Área Pov. Área Mato

Meta PNDFCI 2006-2012 Meta PNDFCI 2013-2018

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Oco

rrên

cias

(n

º)

Nº Ocorrências +24H Meta PNDFCI 2006-2012 Meta PNDFCI 2013-2018

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2.3. Informação meteorológica

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)1 o ano de 2016, em Portugal Continental, foi

considerado quente quanto à temperatura do ar (com um valor médio anual da temperatura média do ar +0,65˚C

que o valor normal) e normal quanto à quantidade de precipitação. Neste ano registaram-se 5 ondas de calor: 3

no verão (duas em julho e uma em agosto) e 2 no outono (em setembro e outubro). Das situações mais

relevantes do ano de 2016 são de salientar: o vento forte e a chuva persistente entre 3 e 11 de janeiro; os

episódios de tempo adverso em fevereiro; o tempo extremamente quente de julho a setembro e o episódio de

tempo adverso de 23 a 25 de outubro na região Sul.

O índice de severidade diário (DSR) é um indicador da severidade das condições meteorológicas. A análise

cumulativa deste índice no ano de 2016 demonstra que a severidade meteorológica foi mais tardia do que nos

anos anteriores (Figura 10) e seguiu um padrão em tudo semelhante ao ano de 2005.

Figura 10 – Evolução do índice de severidade diário (DSR) desde 2003

1 Boletim climatológico, ano 2016

(http://www.ipma.pt/pt/publicacoes/boletins.jsp?cmbDep=cli&cmbTema=pcl&cmbAno=2016&idDep=cli&idTema=pcl&curAno=2016)

0

300

600

900

1.200

1.500

1.800

2.100

2.400

2.700

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15

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11

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2-j

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28

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23

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18

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14

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9-n

ov

5-d

ez

31

-dez

DSR

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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O Quadro 3 e a Figura 11 representam a sazonalidade dos incêndios florestais em 2016. Analisando o número de

ocorrências mensal verifica-se que apenas os meses de agosto e dezembro de 2016 superaram, e sem grande

expressão, os respetivos valores médios do decénio 2006-2015.

No período de julho a setembro, coincidente com a fase de maior empenhamento de meios do dispositivo de

prevenção operacional e combate aos incêndios florestais, contabilizaram-se 75,6% do total de ocorrências e

96,1% da área ardida.

Quadro 3 – Distribuição mensal do número de ocorrências e reacendimentos, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016

Meses

Ocorrências Reacendimentos

2016 Média

2006-2015 2016

Média 2006-2015 Fogachos

(Área < 1ha) Incêndios Florestais

Total

janeiro 8 0 8 139 0 2

fevereiro 60 12 72 747 1 22

março 188 64 252 1.446 2 78

abril 246 65 311 834 3 52

maio 294 78 372 938 12 54

junho 593 58 651 1.538 23 132

julho 2.424 433 2.857 2.984 293 278

agosto 3.545 1.097 4.642 4.526 724 440

setembro 1.943 584 2.527 3.359 211 289

outubro 788 303 1.091 1.848 59 143

novembro 182 63 245 691 9 25

dezembro 172 61 233 199 9 3

TOTAL 10.443 2.818 13.261 19.249 1.346 1.518

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Figura 11 – Sazonalidade das ocorrências

Em termos da área ardida mensal os valores mais elevados registaram-se nos meses de agosto e setembro que

representam 92% da área ardida total de 2016 (72% em agosto e 20% em setembro), como se depreende da

leitura do Quadro 4 e da Figura 12.

Quadro 4 – Distribuição mensal das áreas ardidas, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016

Meses

Área Ardida (ha)

2016 Média 2006-2015 Povoamentos Matos Total

janeiro 0,01 0,03 0,04 172

fevereiro 6,4 49,03 55,43 1.813

março 55,75 206,16 261,91 4.652

abril 107,95 199,08 307,03 1.645

maio 173,89 436,58 610,47 1.117

junho 205,66 203,56 409,22 2.020

julho 3.347,68 3.148,01 6.495,69 11.664

agosto 61.782,27 54.006,28 115.788,55 35.591

setembro 11.207,92 21.728,84 32.936,76 12.141

outubro 554,55 3.044,62 3.599,17 4.472

novembro 20,15 468,19 488,34 1.162

dezembro 39,57 530,32 569,89 283

TOTAL 77.501,80 84.020,70 161.522,50 76.732

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

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4500

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bro

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corr

ênci

as

NºOcorrências 2016 Média 2006-2015

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Figura 12 – Sazonalidade das áreas ardidas

O índice meteorológico de risco de incêndio florestal (FWI), que é calculado diariamente pelo Instituto Português

do Mar e da Atmosfera (IPMA), permite estimar um risco de incêndio a partir do estado dos diversos combustíveis

presentes no solo florestal (determinado indiretamente através das observações de elementos meteorológicos).

A variabilidade do risco de incêndio – FWI, durante o ano de 2016, está visível na Figura 13.

Figura 13 – Evolução do FWI médio mensal em 2016

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

jan

eiro

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mai

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ho

julh

o

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sete

mb

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ou

tub

ro

no

vem

bro

dez

em

bro

Áre

a ar

did

a (h

a)

Área Ardida 2016 Média 2006-2015

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

fwi médio

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2.4. Custos com a prevenção, a extinção e a vigilância (RNPV)

No ano de 2016 apurou-se um custo de 12,6 M€ com a prevenção estrutural e 3,83 M€ com a vigilância, no

âmbito da rede nacional de postos de vigia.

O montante total despendido no âmbito do combate aos incêndios florestais foi de 72, 1 M€ englobando as

despesas com o dispositivo aéreo e terrestre de combate, despesas extraordinárias, combustíveis e pagamento às

Forças Armadas (Exército e Força Aérea).

A despesa efetuada com a prevenção estrutural na defesa da floresta contra incêndios tem resultado no

investimento em quatro componentes principais (Quadro 5):

Planeamento, com um total de 3,9 M€ associado ao funcionamento dos gabinetes técnicos florestais

municipais;

Dispositivo, com um total de 8,7 M€ relativos a custos com o apoio ao funcionamento das Equipas de

Sapadores Florestais;

Sensibilização, com um total de 15,2 mil € relativos à aquisição de material de informação e divulgação;

Infraestruturação, com um total de 2,8 M€ relativos a investimento executado no âmbito do Programa de

Desenvolvimento Rural (PRODER) (despesa pública) e pelo ICNF, I.P.

Quadro 5 – Custos com a Prevenção Estrutural em 2016

Ano Custos com a prevenção estrutural (€)

Planeamento Dispositivo Sensibilização Infraestruturação Total

2016 3 889 426 8 698 052 15 218 2 812 000 15 414 696

Relativamente à vigilância na RNPV a despesa de 2016 distribuiu-se da seguinte forma:

Manutenção dos postos de vigia (PV): 38.381,35€;

Contratação de vigilantes: 3. 750.781,62€;

Seguros dos vigilantes: 32.916,48€.

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3. INFORMAÇÃO OPERACIONAL

3.1. Dispositivo operacional envolvido nas ações de combate

No âmbito do combate aos incêndios registados em espaços florestais estiveram envolvidos 353.531

operacionais e 94.714 meios terrestres e houve 3.854 missões com atuação de meios aéreos. O distrito do

Porto foi o que contou com o apoio do maior número de meios envolvidos, operacionais (49.541), terrestres

(12.679) e aéreos (601). (Anexo II). O empenhamento operacional dos meios aéreos entre 15 de maio e 15 de

outubro foi o constante no quadro 6.

Quadro 6 - Empenhamento dos meios aéreos entre 15 de maio e 15 de outubro de 2016

Meio aéreo

15 de maio a 15 de outubro de 2014

Nº ativações

Nº missões com atuação

Não dominados

Média de despacho de descolagem

Média de chegada ao TO

Helis em ataque inicial 4.508 3.014 355 04m (HEBL) / 06m /HEBM)

8m

Helis Kamov em ataque ampliado 215 200 122 14m 18m

Aviões Airtractor em ataque ampliado 510 495 246 9m 21m

Aviões Canadair em ataque ampliado 148 145 88 20m 19m

Total 5.381 3.854 811

Fonte: ANPC

Face à situação de incêndios verificada em matéria de incêndios durante o mês de agosto houve lugar à

ativação do mecanismo de proteção civil da união e de acordos bilaterais com o reino de Marrocos e a

Federação Russa, que culminou no apoio de meios aéreos internacionais e cujo empenho operacional foi o

que se abaixo apresenta.

Quadro 6.1. - Empenhamento dos meios aéreos entre 15 de maio e 15 de outubro de 2016

Meio aéreo

Ajuda Internacional

Nº ativações

Nº missões com atuação

Não dominados

Média de despacho de descolagem

Média de chegada ao TO

Canadair CL415 (Itália + Marrocos) 31 27 16 34m 29m

Beriev Be200 (Rússia) 27 25 14 43m 39m

Total 58 52 30

Fonte: ANPC

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3.2. Número de dias por nível de alerta

Com base no quadro meteorológico traçado pelo IPMA conjugado com a monitorização diária da situação

operacional em termos de número de incêndios e níveis de esforço do dispositivo, a ANPC decretou, através dos

respetivos Comunicados Técnicos Operacionais, 41 dias de estado de alerta especial de nível amarelo ou superior

(30 dias de alerta amarelo e 11 dias de alerta laranja).

A entrada e permanência em estados de alerta de nível amarelo ou superior implicam a ativação e prontidão das

equipas de sapadores florestais em vigilância armada.

Figura 14 – Dias de nível de alerta azul, amarelo ou laranja, decretados pela ANPC, e respetivo número de ocorrências diário

em 2016

3.3. Número de ocorrências por risco de incêndio e por distrito

O índice FWI do Sistema Canadiano de Indexação do Perigo de Incêndio Florestal é um indicador relativo da

intensidade do fogo, determinada pelas condições meteorológicas e estado de secura da vegetação.

A intensidade do fogo condiciona a possibilidade de controlo e extinção do mesmo. Assim, a classificação de

perigo de incêndio, baseada no FWI, reflete o grau de dificuldade das operações de combate direto caso o fogo

ocorra. Consideram-se cinco classes de perigosidade: reduzida, moderada, elevada, muito elevada e máxima.

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Da distribuição do número de ocorrências por classe de perigosidade resulta que a maior percentagem (31%)

ocorreram na segunda classe de maior perigosidade de incêndio (Muito elevada). A classe de perigosidade

Máxima concentra 2.952 ocorrências correspondendo 22% do total (Figura 15).

Figura 15 – Distribuição do número de ocorrências por distrito e classe de perigosidade de incêndio em 2016

3.4. Número de ocorrências por período horário

Cerca de 66% das ocorrências registadas em 2016 tiveram início entre as 08h e as 20h, em detrimento dos

restantes 34% que deflagraram entre as 20h e as 8h.

A evolução horária do número de ocorrências está visível na figura 16 onde é possível analisar que o pico de

ocorrências se regista entre as 14H e as 16H.

0

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2000

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3500

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l

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Reduzida Moderada Elevada Muito elevada Máxima

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Figura 16 – Evolução horária do número de ocorrências

3.5. Duração média dos incêndios

No quadro seguinte encontra-se espelhada a evolução do número de ocorrências por períodos de duração dos

incêndios2 de acordo com a informação constante na base de dados do sistema de gestão de incêndios florestais -

SGIF. Nesse âmbito, cerca de 2,5% do total de ocorrências tiverem uma duração inferior a 30 minutos e 34,7%

foram extintas nos primeiros 90 minutos. Permaneceram ativas durante mais de 24 horas 439 ocorrências de

incêndios florestais (Quadro 7).

Quadro 7 – Número de ocorrências por período de duração dos incêndios, em 2016

Duração <30min 30 min-1h 1h-1,5h 1,5h-2h 2h-4h 4h-6h 6h-12h 12h-18h 18h-24h

Ocorrências (nº) 336 1898 2362 1901 3700 1232 1072 213 108

1-2 dias 2-3 dias 3-4 dias 4-5 dias 5-6 dias 6-10 dias >=10 dias TOTAL

211 69 35 23 17 43 41 13.261

Fonte: SGIF

2 Duração do incêndio corresponde à diferença entre a data/hora de alerta e a data/hora da extinção (data e hora de saída

do último recurso do teatro de operações, ou seja, inclui as fases: 1ª intervenção, dominado, rescaldo e vigilância pós incêndio)

0

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18

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19

:00

-20

:00

mer

o

Ocorrencias (nº)

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3.6. Mobilização de companhias e de grupos de reforço a incêndios florestais

Em 2016, registaram-se 158 mobilizações de grupos de reforço das quais 52 corresponderam à mobilização dos

GRUATA e 106 corresponderam à mobilização de GRIF. Houve ainda lugar à mobilização de 19 equipas de posto

de comando ao nível distrital e de agrupamento distrital, para reforço ou refrescamento da capacidade de

comando e controle das operações. Foram ainda efetuadas 383 mobilizações de máquinas de rasto civis e

militares. A ANPC mobilizou ainda, em 09 de Agosto, uma Força Operacional Conjunta, composta por 115

operacionais envolvendo, operacionais da ANPC, FEB, GIPS RSB e Corpos de Bombeiros Voluntários em apoio aos

incêndios florestais ocorridos na Região Autónoma da Madeira.

3.7. Força Especial de Bombeiros e Grupo de Intervenção Proteção e Socorro

O Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), da Unidade de Intervenção da Guarda Nacional

Republicana no âmbito dos incêndios florestais foi composto, em 2016, por 23 equipas helitransportadas, 73

equipas terrestres de combate, 594 militares e 73 veículos (Quadro 8). As equipas helitransportadas estiveram

presentes em 4.036 missões (3.260 em ataque inicial e 776 em ataque ampliado). Considerando que o GIPS tem à

sua responsabilidade 22 Centros de Meios Aéreos (CMA) o rácio de missões por CMA é de cerca de 183.

Quadro 8 – Empenhamento das equipas do GIPS da GNR no combate aos incêndios florestais em 2016

Equipas Dispositivo (nº) Número de missões

Equipas helitransportadas 23 4.036

Equipas terrestres de combate 73 307

Militares 594 -

Veículos 73 -

Fonte: GNR

A Força Especial de Bombeiros (FEB), unidade da ANPC, tem como missão responder, com elevado grau de

prontidão, às solicitações de emergência de proteção e socorro, a ações de prevenção e combate em cenários de

incêndios, acidentes graves e catástrofes no território nacional. Esta Força esteve presente em 1.420 missões de

apoio no âmbito do combate aos incêndios florestais em ataque inicial (ATI) ou ampliado (ATA) (Quadro 9) e em

196 missões de apoio no âmbito da vigilância, reconhecimento e aos postos de comando (Quadro 10).

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Quadro 9 – Empenhamento das equipas da FEB no combate aos incêndios florestais em 2016

Equipas Número de missões

Equipas helitransportadas em ATI 1.111

Equipas helitransportadas em ATA 135

Equipas terrestres em ATI 125

Equipas terrestres em ATA 12

GRUATA 37

TOTAIS 1.420

Fonte: ANPC

Quadro 10 – Restantes missões desenvolvidas pela FEB em 2016

Descrição da missão Número de missões

Vigilância armada 128

Reconhecimento e avaliação da situação 30

Apoio aos Postos de Comando Operacional 38

Apoio às SALOC dos Comandos de Operações -

TOTAIS 196

Fonte: ANPC

As equipas de Análise e Uso do Fogo (EAUF) da FEB efetuaram ainda 20 missões de análise e utilização de fogo de

supressão no âmbito do combate aos incêndios florestais. Em virtude da reconhecida importância do Parque

Nacional da Peneda Gerês (PNPG), face às características únicas do ponto de vista de espécies e habitats

protegidos, o mesmo é objeto de um plano de operações específico designado Plano Operacional Nacional do

Gerês (PONG), à semelhança dos anos anteriores, que contou com um dispositivo conjunto de defesa da floresta

contra incêndios nos domínios da vigilância e primeira intervenção. No âmbito deste plano 143 missões de

prevenção e combate aos incêndios florestais (oito de ataque inicial, sete de ataque ampliado e 128

monitorizações armadas).

3.8. Formação ministrada

Na vertente do treino operacional foi dada continuidade a um conjunto de ações de treino, tendo como objetivo

a melhoria do desempenho operacional em algumas áreas específicas onde haviam sido identificadas

necessidades de melhorias. Estas ações foram planeadas pelo CNOS e pelos CDOS e executadas por estes com a

colaboração da FEB e dos Corpos de Bombeiros, durante o primeiro semestre de 2016, tendo sido levadas a cabo

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224 ações de treino operacional com a participação direta de 5.240 formandos provenientes dos corpos de

bombeiros e restantes forças integrantes do DECIF.

Estas ações de treino programadas visaram melhorar o desempenho nas seguintes áreas:

a) Operador de ferramentas manuais;

b) Operador de ferramentas mecânicas – motosserras;

c) Organização das salas de operações e comunicações;

d) Sistema de gestão de operações de nível I;

e) Sistema de gestão de operações de nível II;

f) Condução de veículos de intervenção;

g) Utilização de máquinas de rasto em incêndios florestais;

h) Comando e controlo de unidades de reforço;

i) Sistema de gestão de operações aéreas.

No âmbito da formação específica de combate aos incêndios florestais, foram realizadas pela ENB a pedido do

CNOS/ANPC, 15 cursos de segurança e comportamento de incêndios florestais, 10 cursos de Incêndios Florestais –

nível 4, 08 cursos de Incêndios Florestais – nível 5, 08 cursos de Organização de Postos de Comando, 4 Cursos de

Coordenador de Operações Aéreas e 5 Cursos de Equipas de Reconhecimento e Avaliação (ERAS), perfazendo um

total de 51 cursos e 848 formandos envolvidos.

3.9. Eficácia do ataque inicial (ATI) e do ataque ampliado (ATA)

O ATI consiste na intervenção de meios terrestres de combate a incêndios florestais, de forma musculada,

organizada e integrada, até o mesmo ser considerado dominado pelo Comandante de Operações e Socorro (COS)

ou até ao limite máximo de 90 minutos de intervenção desde o despacho do primeiro meio de ATI. Mediante

avaliação e autorização prévias poderão ser acionados meios aéreos para apoio ao ATI.

A eficácia do ataque inicial e do ataque ampliado foi de 90,7 % em ATI e 9,3 % em ATA, esta última percentagem

distribuída da seguinte forma:

a) 5,3% - percentagem de ocorrências dominadas até às 3 horas de duração;

b) 2,4 % - percentagem de ocorrências dominadas com duração entre 3 e 6 horas;

c) 1,7 % - percentagem de ocorrências dominadas com mais de 6 horas de duração.

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4. PREVENÇÃO ESTRUTURAL

4.1. Áreas intervencionadas

As atividades de prevenção estrutural induzem não só a um aumento da resiliência do território aos incêndios

florestais, mas também a uma mudança no comportamento da população, adotando uma atitude mais

responsável e de maior respeito pelos espaços florestais.

No ano de 2016 foram intervencionados cerca de 20.776 hectares de gestão de matos em espaços florestais

incluindo ações de fogo controlado. Foi ainda reportada a beneficiação de cerca de 564 pontos de água, de

aproximadamente 6.755 quilómetros de rede viária e executados 1.421 hectares de rede primária de faixas de

gestão de combustível.

4.2. Sapadores florestais e equipas operacionais do ICNF

A atividade operacional desenvolvida no âmbito das ações de apoio à supressão de incêndios (1ª intervenção,

apoio ao combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio) pelas equipas de sapadores florestais (eSF) em 2016

constam do quadro 11.

Estas equipas realizaram 2.069 serviços, dos quais 587 no âmbito da primeira intervenção (28,4% da atividade

operacional), 564 serviços no apoio ao combate (27,3% da atividade operacional), 843 serviços de rescaldo (40,7%

da atividade operacional) e 75 serviços de vigilância pós-rescaldo (3,6%) da atividade operacional).

Há registo de 371 mobilizações destas equipas sem intervenção (correspondem a deslocações das equipas por

solicitação do CDOS, em que a equipa acaba por não fazer intervenção, nalguns casos por se tratar de um falso

alarme).

Os serviços prestados demonstram a disponibilidade e relevância das equipas na 1ª intervenção e apoio ao

combate, assim como, a elevada capacidade de resposta sempre que requerida a sua intervenção, mesmo que o

nível de alerta amarelo ou superior não tenho sido decretado.

Conforme se pode constatar pela leitura do quadro 11, os distritos que registaram maior atividade operacional

foram Porto (22,4% do total da atividade operacional) e Viana do Castelo (18,9% do total da atividade

operacional).

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Quadro 11 – Número de serviços efetuados por distrito, no âmbito da 1ª intervenção, apoio ao combate, rescaldo e vigilância pós incêndio, pelas equipas de Sapadores Florestais no ano de 2016

Distrito

Número de serviços

Total % Primeira intervenção

Apoio ao combate

Rescaldo Vigilância pós

incêndio

Aveiro 21 13 50 3 87 4,2

Beja 0 0 0 0 0 0,0

Braga 19 19 19 0 57 2,8

Bragança 9 13 12 8 42 2,0

Castelo Branco 16 24 26 2 68 3,3

Coimbra 55 35 56 8 154 7,4

Évora 0 1 1 0 2 0,1

Faro 1 0 0 0 1 0,0

Guarda 31 49 50 10 140 6,8

Leiria 17 19 22 0 58 2,8

Lisboa 26 27 28 1 82 4,0

Portalegre 10 10 18 3 41 2,0

Porto 140 121 200 3 464 22,4

Santarém 74 54 52 11 191 9,2

Setúbal 0 0 0 0 0 0,0

Viana do Castelo 121 75 185 11 392 18,9

Vila Real 3 15 18 1 37 1,8

Viseu 44 89 106 14 253 12,2

TOTAL 587 564 843 75 2.069 100,0

% 28,4 27,3 40,7 3,6 100,0 -

Fonte: ICNF/SISF

4.3. Formação ministrada

No âmbito do programa de sapadores florestais foram ministradas ações de formação, durante o ano de 2016 a

92 sapadores florestais na Unidade de Formação de Curta Duração 3124 – Constituição, funcionamento,

conservação dos equipamentos motomanuais e manuais de SHS/EPI.

A totalidade das ações foi ministrada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas/COTF.

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4.4. Sensibilização

No que concerne à sensibilização o ICNF apresentou para 2016 um plano intitulado “Pela defesa da floresta –

Sensibilização 2016” com os seguintes objetivo operacionais estabelecidos:

Sensibilizar a população para o valor ambiental, social e económico da floresta e Áreas Protegidas;

Sensibilizar a população para a participação ativa na gestão, defesa e conservação da floresta e Áreas

Protegidas;

Diminuição do número de incêndios (ignições) pela redução dos comportamentos de risco e divulgação

das regras a cumprir no uso do fogo;

Sensibilizar os pastores para o licenciamento das queimadas de renovação das pastagens e para que estas

sejam efetuadas com acompanhamento ou por equipas credenciadas no uso do fogo controlado;

Sensibilizar os operadores florestais e agrícolas, bem como todos os que trabalham nas matas e

respetivas envolventes para o cumprimento das obrigações legais na utilização de maquinaria e

equipamento e das restrições nas áreas condicionadas.

Aumento da resiliência do território à passagem do fogo e redução das áreas ardidas pela melhoria da

gestão dos espaços florestais, gestão de combustíveis à volta dos aglomerados populacionais e das

edificações isoladas e adoção de práticas de silvicultura preventiva.

Desenvolver o quadro legal de modo a potenciar o efeito de alteração de comportamentos em resultado da

fiscalização.

Para a prossecução e êxito no cumprimento destes objetivos, na realização destas ações de divulgação e

sensibilização, além dos meios próprios do ICNF, I.P., contou-se com a colaboração de várias entidades públicas e

privadas com intervenção no território e proximidade às populações.

O ICNF, I.P. fez um esfoço na ampla divulgação de material informativo e de sensibilização por via de vários canais

de comunicação, tendo como apoio vários parceiros, e disponibilização da informação no portal do ICNF, I.P:

- Elaboração e produção de 3 tipos de cartazes

referentes aos temas risco de incêndio florestal,

como fazer uma queima em segurança e uso do

fogo associado a queimas e queimadas,

totalizando uma produção de 40.000

cartazes. Estes foram enviados por

correspondência postal para todas as juntas freguesias, câmaras municipais, repartições de finanças, algumas

farmácias localizadas em zonas mais críticas no que respeita aos incêndios florestais, centros de saúde e hospitais

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públicos. Na sua distribuição e divulgação, contou-se ainda com a colaboração da Guarda Nacional Republicana e

Afocelca.

- Elaboração e produção de 7 folhetos relacionados com assuntos de defesa da floresta contra incêndios, num

total de 310.000 exemplares e de 1 flyer, num total de 20.000 exemplares. Estes foram entregues nos

Departamentos desconcentrados de Conservação da Natureza e Florestas e na Guarda Nacional Republicana para

divulgação junto do público-alvo durante as diferentes ações de sensibilização desenvolvidas a nível regional e

local.

- Elaboração de assinatura com mensagens dinâmicas de defesa da floresta contra incêndios associadas aos

emails dos colaboradores do ICNF, I.P e do IFAP, I.P..

- Divulgação de notas técnicas pelos meios de comunicação digitais do ICNF, I.P., IFAP, I.P. e Bolsa de Terras, de

forma a transmitir coerência e sintonia na divulgação das mensagens pelo público-alvo.

- Divulgação do Spot de vídeo no portal digital do ICNF, I.P. e do IFAP, I.P. Paralelamente o movimento ECO

elaborou outros três spots publicitários relacionados com as temáticas. Estes 4 spots passaram em canais de

televisão e rádio nacionais.

No âmbito do objetivo estratégico “redução do número de ocorrências” do

Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI), foi

desenvolvida uma aplicação de divulgação do Risco de Incêndio Florestal (RIF)

com vista à consciencialização/perceção do risco e, consequentemente, à

adoção de comportamentos adequados e preventivos por parte da população.

Esta aplicação, para além de promover a divulgação do RIF diário a nível

concelhio, apresenta ainda as restrições e condicionantes legais associadas a

cada classe de risco de incêndio, consoante se esteja dentro ou fora do período

crítico, nomeadamente a execução de queimas/queimadas, o uso de fogareiros e grelhadores, o uso de

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maquinaria agrícola/florestal, o uso de fumigadores, o lançamento de foguetes e outros comportamentos de

risco. Pretende-se também que esta aplicação seja divulgada nos portais digitais de várias entidades, entre elas,

das câmaras municipais.

Durante o ano de 2016 foram registadas na aplicação SGIF 487, onde foram desenvolvidos vários temas dirigidas

a diferentes públicos-alvo, tendo por base os seguintes objetivos:

Aumentar a proteção das edificações e dos aglomerados populacionais

Sensibilizar para o valor ambiental, social e económico da floresta; Contribuir para a melhoria da relação

cidadãos/floresta e para a redução dos comportamentos de risco

Redução de comportamentos de risco e alertar para a necessidade do cumprimento das normas legais na

realização de queimadas

Redução de comportamentos de risco com a subsequente diminuição do número de ignições

Redução do número de ignições, boas práticas em áreas florestais e protegidas; condicionantes face ao

índice de risco de incêndio

Focando especificamente na população escolar, durante o referido ano foram ainda contabilizadas mais 400

ações efetuadas nos centros das áreas protegidas.

Mensagens

Em 2016 foi dada continuidade à divulgação de várias mensagens. Estas foram desenvolvidas no sentido de

homogeneizar as diferentes mensagens de sensibilização a divulgar pelos diferentes canais: frases curtas e

texto.

O primeiro tipo trata-se de um conjunto de mensagens curtas e precisas relacionadas com orientações e

obrigações/proibições tendo em conta os comportamentos de risco face aos incêndios florestais. Em cada uma

destas frases está definido o público-alvo, o período recomendado para divulgação da mensagem e o link para

o folheto com o qual se relaciona.

Com base na frases anteriores e, tendo em conta o público-alvo e período recomendado para divulgação,

foram desenvolvidos textos que poderão servir de orientação para ações de sensibilização dirigidas: porta a

porta, no final da missa, em sessões de esclarecimento, redes sociais, boletins informativos, etc. O ICNF, I.P.

produziu 5 notas técnicas (regularidade mensal) baseadas nestas mensagens. Estas notas são divulgadas

posteriormente no portal do ICNF, I.P., na newsletter do IFAP, I.P. e na nota informativa e Facebook da Bolsa

Nacional de Terras.

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Emissão de mensagens associadas à assinatura de email

Em 2016 toda a correspondência interna e externa eletrónica do ICNF, I.P. continuou a funcionar como mais

um veículo de transmissão de mensagem com a associação de uma imagem dinâmica com a passagem

sequencial de frases associadas aos slogans Portugal sem fogos depende de todos e Portugal pela Floresta.

A GNR efetuou 2.367 ações de sensibilização dirigidas a 45.712 participantes distribuídos pelos seguintes

públicos-alvo:

• 3.057 - Agricultores;

• 22.479 – Escolas;

• 259 - Autarquias;

• 16.064 – População em geral;

• 1.489 – Caçadores;

• 108 – Campistas;

• 705 – Residentes Isolados;

• 217 – Produtores Florestais;

• 330 – Pescadores;

• 133 – Apicultores;

• 871 – Outros.

A Polícia de Segurança Pública (PSP), em resultado da sua atividade operacional no âmbito da defesa da floresta,

realizou 702 ações de sensibilização, abrangendo um público de 10.230 pessoas, sendo abordadas as seguintes

temáticas:

a) Enquadramento legal e esclarecimentos sobre a prevenção e proteção das florestas contra incêndios;

b) Cuidados a ter com a floresta e prevenção dos incêndios naqueles locais;

c) Cuidados a ter no uso e manuseamento dos artefactos pirotécnicos (sendo que o licenciamento deste

material é da competência da PSP);

d) Como manter as florestas limpas;

e) As queimadas nas florestas;

f) Cuidados a ter com os cigarros na Floresta;

g) Na Floresta, desporto sim! Fumar não!;

h) Medidas de prevenção durante o período crítico em espaço rural;

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i) Medidas de prevenção durante o período crítico em espaço florestal;

j) Proteção de habitações/edificações;

k) Ilícitos criminais e contraordenacionais;

l) Prevenção dos Fogos Florestais e gestão das faixas de combustível.

5. VIGILÂNCIA E FISCALIZAÇÃO

5.1. Rede Nacional de Postos de Vigia

Na Fase Bravo de 2015 (15 de maio a 30 de junho), foram ativados os 72 postos de vigia da rede primária (RNPV)

em horário diurno, nos quais prestaram serviço 144 vigilantes.

Na Fase Charlie (1 de julho a 30 de setembro) foram ativados (24 horas por dia) os restantes 159 postos de vigia

que exigiram a contratação de mais 780 vigilantes.

5.2. Dados por fonte de alerta

Relativamente aos alertas dos incêndios no ano de 2016, cerca de 52% dos alertas foram dados por populares.

Aproximadamente 16% das ocorrências foram alertadas via 112 e cerca de 9% pelos postos de vigia (Quadro 13 e

Figura 17).

Quadro 13 – Número de ocorrências por fonte de alerta de incêndio em 2016

Fonte de alerta Número de ocorrências

Via telefone pelo 112 2.101

Centro de Comando Operacional (CCO) 1.088

Outros 1.844

Populares 6.899

Postos de Vigia 1.163

Sapadores Florestais 166

Total 13.261

Fonte: SGIF

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Figura 17 – Percentagem de ocorrências por fonte de alerta de incêndio

5.3. Autos-notícia levantados no âmbito do DL n.º124/2006 e eventuais processos-crime

As ações de fiscalização realizadas pela GNR no âmbito do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho alterado pelo

Decreto-Lei n.º17/2009, de 14 de janeiro, relativas ao Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, resultaram

na elaboração de 2.097 autos de contra ordenação e em 7.670 autos instaurados por crime de incêndio.

A PSP, no âmbito do mesmo Decreto-Lei e da Diretiva Operacional Nacional do DECIF de 2016, recorrendo a 8.891

polícias e 3.088 viaturas, efetuou 5.097 ações de vigilância/fiscalização, detetou 364 situações de incumprimento

e procedeu ao levantamento de 143 Autos de Notícia por Contraordenação. Esta força de segurança identificou

ainda, no âmbito contraordenacional e criminal, 139 cidadãos pela fundada suspeita da prática de infrações desta

natureza.

5.4. Detidos/identificados

A GNR deteve 21 indivíduos por crime de incêndio, apanhados em flagrante delito, e identificou 578 suspeitos por

fundada suspeita da prática do mesmo crime.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) procedeu, no mesmo âmbito, à detenção de seis cidadãos em situação de

flagrante delito.

2.101 (15,8%)

1.088 (8,2%)

1.844 (13,9%) 6.899

(52,0%)

1.163 (8,8%)

166 (1,3%)

112

CCO

Outros

Populares

Postos de vigia

Sapadores Florestais

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A Polícia Judiciária (PJ), nos termos da Lei de Organização da Investigação Criminal (Lei nº. 49/2008 de 27.8 –

LOIC), tem a competência reservada para a investigação do crime de “incêndio (...), desde que, em qualquer caso,

o facto seja imputável a título de dolo” (artº. 7º nº 3 f). Significa isto que compete exclusivamente à PJ a

realização das investigações relativas ao crime de incêndio florestal doloso e determinar os seus agentes. Neste

sentido a PJ deteve 89 indivíduos suspeitos da prática de crime de incêndio florestal.

5.5. Causas dos incêndios

Das 13.261 ocorrências registadas em 2016 a Guarda Nacional Republicana – Serviço de Proteção da Natureza e

do Ambiente (GNR/SEPNA) procedeu à investigação de 10.389 ocorrências (78% do total), sendo que em 2.872

não foi possível apurar a causalidade efetiva.

Do universo das ocorrências investigadas e com causa apurada (6.768), cerca de 45% estão associadas a

comportamentos negligentes, essencialmente pelo uso do fogo (89%), com destaque para as queimadas (1.691

ocorrências, ou seja, 62% das ocorrências resultantes do uso do fogo). O incendiarismo (classe que enquadra

motivações como o vandalismo, a provocação dos meios de combate aos incêndios, as manobras de diversão, ou

os conflitos com vizinhos e vinganças) esteve na origem de 33% das ignições com investigação concluída pela

GNR/SEPNA (Quadro 14).

É possível agregar o universo das causas investigadas em cinco grandes grupos em função do tipo de causa,

consoante seja: negligente, desconhecida, intencional, natural ou resultado de um reacendimento (Figura 18).

Figura 18 – Agregação das causas investigadas nos 5 grandes grupos

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Quadro 14 – Número de ocorrências por tipo de causa investigada em 2016

Causa Número de ocorrências

Uso do fogo 2.718

Fogueiras 721

Fumar 160

Lançamento de foguetes 31

Queima de lixo 110

Queimadas 1.691

Outros 5

Acidentais 339

Maquinaria e equipamento 77

Transporte e comunicações 179

Outros 83

Estruturais 53

Caça e vida selvagem 22

Uso do solo 10

Outras 21

Incendiarismo 2.246

Imputáveis 2.065

Inimputáveis 10

Sem motivação conhecida 171

Naturais 66

Indeterminadas 3.621

Reacendimentos 1.346

Total de ocorrências investigadas 10.389

5.6. Formação ministrada

Ao longo do ano de 2016 a GNR promoveu a formação da totalidade dos vigilantes que guarneceram os postos de

vigia da Rede Nacional de Postos de Vigia.

6. ÁREAS PROTEGIDAS E ÁREAS PÚBLICAS E COMUNITÁRIAS SUBMETIDAS AO REGIME FLORESTAL

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF), no âmbito das suas competências como

Autoridade Nacional para a Conservação da Natureza e Biodiversidade e como Autoridade Florestal Nacional, é

responsável pela gestão das áreas protegidas de âmbito nacional e pela gestão direta de áreas públicas e

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comunitárias submetidas ao regime florestal. As áreas protegidas terrestres ocupam, aproximadamente, 712,5

mil hectares compreendendo no conjunto das áreas de âmbito nacional, um parque nacional, 13 parques

naturais, 9 reservas naturais, duas paisagens protegidas e 7 monumentos naturais. A área de terrenos submetidos

ao regime florestal sob gestão do ICNF é de cerca de 523 mil hectares, sendo cerca de 55 mil hectares de Matas

Nacionais (MN) e a restante área de baldios e terrenos autárquicos organizados em Perímetro s Florestais (PF).

No que respeita à Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP), de acordo com cartografia de áreas ardidas de 2016

(disponibilizada pelo ICNF, I.P.) ardeu um total de cerca de 12.991 hectares, uma afetação correspondente a 1,8%

da área total da RNAP (Anexo III).

A área ardida mais extensa em áreas protegidas afetou o Parque Nacional da Peneda Gerês onde arderam 5.473

hectares de espaços florestais, correspondentes a 7,9% da área do Parque.

De acordo com a mesma informação cartográfica a taxa de incidência dos incêndios florestais em 2016 nas matas

do Estado e Perímetros florestais foi de aproximadamente 8% (41.941ha ardidos).

7. DESCRIÇÃO DOS GRANDES INCÊNDIOS

Em 2016 registaram-se 201 incêndios florestais com área ardida igual ou superior a 100 hectares (Anexo II), dos

quais resultaram 137.856 hectares de área queimada, cerca de 85% do total nacional, entre povoamentos

(69.575ha) e matos (68.281ha). No que concerne a incêndios com área mínima de 500 hectares registaram-se 51

ocorrências que percorreram aproximadamente 104.547 hectares de espaços florestais (quadro 15).

Quadro 15 - Síntese dos grandes incêndios ocorridos em 2016

Classes (ha) Número de ocorrências Área ardida (ha) % Área ardida face ao

total em 2016

[100 - 500[ 150 33.309 21%

[500 - 1.000[ 28 20.183 12%

[1.000 – 5.000[ 23 84.364 52%

TOTAL 201 137.856 85%

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8. PREJUÍZOS VERIFICADOS

8.1. Prejuizos ambientais e materias

A metodologia utilizada para a determinação do valor dos prejuízos resultantes dos incêndios florestais tem por

base o cruzamento da cartografia das áreas ardidas em Portugal Continental, disponibilizada pelo ICNF, I.P., com a

informação estatística obtida pelo Inventário Florestal Nacional de 2010 (IFN 6) e a aplicação dos critérios

considerados na matriz estruturante do valor das florestas da Estratégia Nacional para as Florestas, para a

componente do risco relativo aos incêndios florestais, sendo o valor obtido extrapolado para o valor da área

ardida dado pelo SGIF, entre povoamentos e matos.

A estimativa de prejuízos ambientais e materiais no ano de 2016 é de cerca de 368 milhões de euros, valor este

bastante superior ao prejuízo médio do decénio anterior, na ordem dos 143 milhões de euros (quadro 16).

Quadro 16 – Perdas em euros resultantes dos incêndios florestais

Ano Área Ardida (ha) Perdas em povoamento

(Euros) Perdas em mato (Euros) Perdas (Euros)

2006 76.058 148.912.000 23.842.800 172.754.800

2007 32.595 40.298.900 13.659.600 53.958.500

2008 17.565 22.390.100 7.261.800 29.651.900

2009 87.421 98.797.700 37.993.800 136.791.500

2010 133.091 188.923.900 52.206.600 241.130.500

2011 73.828 82.180.400 32.271.000 114.451.400

2012 110.232 197.074.700 37.299.000 234.373.700

2013 152.690 228.242.900 58.212.600 286.455.500

2014 19.930 35.780.700 6.721.800 42.502.500

2015 64.412 97.334.000 24.403.200 121.737.200

2016 161.523 317.758.200 50.412.600 368.170.800

Média 2006-2015 76.782 113.993.530 29.387.220 143.380.750

Fonte: ICNF

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8.2. Despesas extraordinárias com os bombeiros nos incêndios florestais de 2016

O empenhamento operacional efetuado em 2016, no âmbito do combate aos incêndios florestais, resultou numa

despesa extraordinária que se aproxima dos 11,3 milhões de euros (Quadro 16). A reparação de veículos foi o tipo

de despesa que originou maior gasto (76 % do total da despesa extraordinária). Em termos distritais, os distritos

do Porto, Viseu e Vila Real, foram aqueles que registaram o total de despesa mais elevado.

Quadro 17 – Despesas Extraordinárias com os bombeiros nos incêndios florestais em 2016

Distrito Reposição de

veículos Reparação de

veículos Danos com

equipamento Alimentação

Salários perdidos

Total

Aveiro 590.678 69.779 143.704 2.764 806.925

Beja 121.146 5.489 32.105 158.740

Braga 7.950 284.576 40.060 90.186 422.772

Bragança 271.554 46.077 32.597 350.228

Castelo Branco 314.822 36.715 58.630 410.167

Coimbra 516.985 67.852 58.760 643.598

Évora 209.908 33.675 21.046 264.629

Faro 357.009 43.419 10.282 410.710

Guarda 687.485 137.993 155.224 980.702

Leiria 403.445 34.422 37.763 35 475.665

Lisboa 710.279 71.710 20.826 802.814

Portalegre 210.849 28.335 10.938 250.122

Porto 1.073.250 178.416 107.367 1.359.033

Santarém 695.931 37.407 64.870 29 798.238

Setúbal 238.232 22.607 21.354 282.194

Viana do Castelo 262.347 38.108 107.389 407.845

Vila Real 27.000 816.252 129.129 165.743 1.138.125

Viseu 34.500 924.970 274.463 171.249 1.405.182

TOTAL 69.450 8.689.722 1.295.657 1.310.034 2.828 11.367.690

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9. EMISSÕES DE CO2

Tendo por base a meta do Plano Nacional de Defesa Floresta Contra Incêndios (PNDFCI) que definia um limiar

para a área ardida anual, até 2012, de 100.000 hectares, permitiu estimar as perdas em euros e as emissões de

CO2 de acordo com essa meta.

Assim no período 2006-2012 as emissões de CO2superaram o limiar de perdas admitido no PNDFCI apenas nos

anos 2010 e 2012.

A meta definida para o período 2013-2018 implica a redução da área ardida de povoamento para menos de 0,8%

da área de povoamento em Portugal Continental (aproximadamente 25.240ha), no entanto, no ano de 2016 as

emissões de CO2 ascenderam a quase 1,2M de toneladas superando inclusive a meta definida para o período

anterior.

Figura 19 – Perdas de valor e emissões de CO2, atribuíveis aos incêndios

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10. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Na sequência do elevado número de incêndios ocorrido durante o mês de Agosto, Portugal ativou o

mecanismo de proteção civil da união entre 10 de Agosto e 15 de Agosto, tendo recebido o apoio de um

módulo composto por um avião anfíbio italiano. Efetuou igualmente ao abrigo de protocolos de bilaterais

com Espanha, Marrocos e Federação Russa o pedido de meios aéreos anfíbios para combate a incêndios

florestais. O resumo do empenhamento destes meios aéreos encontra-se expresso no quadro 6.1.

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ANEXOS

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ANEXO I

Estatística de incêndios na Região Autónoma da Madeira entre 2006 e 2016

Anos Ocorrências Área ardida (hectares)

Povoamentos Matos Total

2006 93 2.265 1.067 3.332

2007 95 1.022 461 1.483

2008 137 314 163 477

2009 49 237 52 289

2010 102 4.241 4.391 8.632

2011 123 436 309 745

2012 232 3.906 3.060 6.966

2013 63 925 358 1.283

2014 44 377 40 417

2015 76 339 129 468

2016 54 4.003 2.267 6.270

Fonte: Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza (R.A. da Madeira)

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ANEXO II

Lista dos incêndios registados em 2016 com área mínima de 100 hectares

Distrito Concelho Freguesia Data Alerta Área ardida (hectares)

Povoamento Mato TOTAL

Braga Cabeceiras de Basto / Passos 02-05-2016 5 101 106

Aveiro Vale de Cambra / Junqueira 15-07-2016 247 62 309

Aveiro Santa Maria da Feira / Canedo 15-07-2016 84 84 168

Bragança Carrazeda de Ansiães / Parambos 19-07-2016 0 267 267

Bragança Freixo de Espada À Cinta / Freixo de Espada À Cinta 22-07-2016 0 100 100

Vila Real Vila Real / Vale de Nogueiras 22-07-2016 0 212 212

Viana do Castelo Paredes de Coura / Ferreira 23-07-2016 25 130 155

Santarém Coruche / Couço 25-07-2016 467 4 471

Castelo Branco Castelo Branco / Monforte da Beira 26-07-2016 572 154 726

Castelo Branco Castelo Branco / Cebolais de Cima 26-07-2016 135 62 197

Guarda Manteigas / São Pedro 30-07-2016 75 75 150

Guarda Manteigas / Sameiro 31-07-2016 95 160 255

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Gavieira 02-08-2016 600 517 1.117

Coimbra Góis / Alvares 03-08-2016 129 31 160

Porto Gondomar / Melres 05-08-2016 0 365 365

Porto Penafiel / Vila Cova 06-08-2016 0 157 157

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Portela 06-08-2016 21 186 207

Aveiro Arouca / Rossas 06-08-2016 1.933 644 2.577

Guarda Mêda / Rabaçal 06-08-2016 353 200 553

Guarda Gouveia / Melo 07-08-2016 1 119 120

Guarda Aguiar da Beira / Cortiçada 07-08-2016 95 37 132

Guarda Trancoso / Aldeia Nova 07-08-2016 175 650 825

Guarda Gouveia / Cativelos 07-08-2016 127 0 127

Aveiro Santa Maria da Feira / Canedo 07-08-2016 220 330 550

Aveiro Vale de Cambra / Arões 07-08-2016 787 197 984

Aveiro Estarreja / Salreu 07-08-2016 417 0 417

Aveiro Mealhada / Casal Comba 07-08-2016 119 10 129

Aveiro Oliveira do Bairro / Bustos 07-08-2016 105 12 117

Porto Penafiel / Marecos 07-08-2016 0 128 128

Porto Lousada / Lustosa 07-08-2016 322 33 355

Porto Marco de Canaveses / Soalhães 07-08-2016 70 100 170

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Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Couto 07-08-2016 165 20 185

Viana do Castelo Paredes de Coura / Rubiães 07-08-2016 3.184 480 3.664

Viana do Castelo Vila Nova de Cerveira / Covas 07-08-2016 696 5.843 6.539

Viana do Castelo Ponte de Lima / Gemieira 07-08-2016 42 83 125

Porto Marco de Canaveses / Vila Boa de Quires 07-08-2016 0 125 125

Porto Amarante / Salvador do Monte 07-08-2016 50 78 128

Braga Póvoa de Lanhoso / Garfe 07-08-2016 248 200 448

Braga Guimarães / Atães 07-08-2016 55 76 131

Braga Barcelos / Tamel (Santa Leocádia) 07-08-2016 1.444 250 1.694

Braga Fafe / Freitas 07-08-2016 163 30 193

Braga Braga / São Mamede Este 07-08-2016 200 38 238

Braga Fafe / Arões (Santa Cristina) 07-08-2016 90 13 103

Braga Celorico de Basto / Basto (São Clemente) 07-08-2016 45 384 429

Bragança Bragança / Santa Comba de Rossas 07-08-2016 24 154 178

Viseu Cinfães / Ferreiros de Tendais 07-08-2016 48 660 708

Viseu Cinfães / São Cristovão de Nogueira 07-08-2016 0 300 300

Viseu Cinfães / Santiago de Piães 07-08-2016 0 238 238

Viseu Cinfães / Cinfães 07-08-2016 0 566 566

Viseu Lamego / Almacave 08-08-2016 22 79 101

Viseu Cinfães / Oliveira do Douro 08-08-2016 50 300 350

Viseu Viseu / Couto de Baixo 08-08-2016 513 282 795

Viseu Mangualde / Mangualde 08-08-2016 107 12 119

Aveiro Arouca / Janarde 08-08-2016 16.431 5.478 21.909

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Cabana Maior 08-08-2016 600 3.844 4.444

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Mei 08-08-2016 114 474 588

Viana do Castelo Ponte de Lima / Calheiros 08-08-2016 306 298 604

Vila Real Montalegre / Vilar Perdizes (São Miguel) 08-08-2016 0 159 159

Porto Marco de Canaveses / Folhada 08-08-2016 10 300 310

Porto Marco de Canaveses / Soalhães 08-08-2016 0 300 300

Porto Marco de Canaveses / Soalhães 08-08-2016 0 206 206

Porto Santo Tirso / Rebordões 08-08-2016 119 40 159

Porto Amarante / Figueiró (Santa Cristina) 08-08-2016 80 38 118

Porto Gondomar / São Pedro da Cova 08-08-2016 700 85 785

Porto Penafiel / Abragão 08-08-2016 176 0 176

Porto Baião / Campelo 08-08-2016 20 337 357

Porto Marco de Canaveses / Penha Longa 08-08-2016 0 891 891

Aveiro Águeda / Préstimo 08-08-2016 6.837 261 7.098

Leiria Castanheira de Pêra / Castanheira de Pêra 08-08-2016 310 210 520

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Faro Silves / São Marcos da Serra 08-08-2016 1.080 686 1.766

Guarda Gouveia / Rio Torto 08-08-2016 463 269 732

Guarda Gouveia / Ribamondego 08-08-2016 48 1.276 1.324

Viseu Nelas / Senhorim 08-08-2016 78 648 726

Viseu Cinfães / Nespereira 08-08-2016 46 348 394

Viseu Resende / Cárquere 09-08-2016 158 405 563

Viseu Cinfães / Oliveira do Douro 09-08-2016 0 260 260

Portalegre Alter do Chão / Seda 09-08-2016 473 0 473

Guarda Vila Nova de Foz Côa / Seixas 09-08-2016 100 161 261

Guarda Mêda / Carvalhal 09-08-2016 63 274 337

Guarda Sabugal / Pousafoles do Bispo 09-08-2016 0 929 929

Porto Penafiel / Milhundos 09-08-2016 0 149 149

Viana do Castelo Caminha / Argela 09-08-2016 929 750 1.679

Viana do Castelo Viana do Castelo / Carvoeiro 09-08-2016 225 60 285

Vila Real Montalegre / Cabril 09-08-2016 20 105 125

Viana do Castelo Viana do Castelo / Meixedo 09-08-2016 2.314 2.490 4.804

Viana do Castelo Viana do Castelo / Outeiro 09-08-2016 138 207 345

Viana do Castelo Monção / Barroças e Taias 09-08-2016 188 300 488

Aveiro Sever do Vouga / Pessegueiro do Vouga 09-08-2016 1.753 45 1.798

Braga Póvoa de Lanhoso / Sobradelo da Goma 09-08-2016 35 80 115

Aveiro Castelo de Paiva / Real 10-08-2016 1.200 380 1.580

Aveiro Anadia / Vila Nova de Monsarros 10-08-2016 3.081 357 3.438

Aveiro Vale de Cambra / Junqueira 10-08-2016 109 203 312

Braga Vieira do Minho / Rossas 10-08-2016 800 1.039 1.839

Braga Vieira do Minho / Louredo 10-08-2016 2 125 127

Braga Terras de Bouro / Rio Caldo 10-08-2016 33 100 133

Porto Baião / Gestaçô 10-08-2016 1 149 150

Viana do Castelo Paredes de Coura / Porreiras 10-08-2016 44 428 472

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Cabreiro 10-08-2016 50 903 953

Porto Marco de Canaveses / Paredes de Viadores 10-08-2016 0 630 630

Porto Paredes / Sobrosa 10-08-2016 0 169 169

Porto Trofa / Coronado (São Mamede) 10-08-2016 86 77 163

Castelo Branco Idanha-a-nova / Oledo 10-08-2016 44 216 260

Guarda Pinhel / Cidadelhe 10-08-2016 108 657 765

Guarda Mêda / Barreira 10-08-2016 67 47 114

Viseu Cinfães / Fornelos 10-08-2016 150 227 377

Viseu Castro Daire / Parada de Ester 10-08-2016 0 117 117

Viseu Santa Comba Dão / São João de Areias 11-08-2016 108 8 116

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Braga Vila Nova de Famalicão / São Martinho Vale 11-08-2016 258 10 268

Porto Baião / Santa Cruz do Douro 11-08-2016 110 167 277

Porto Paredes / Sobreira 11-08-2016 0 238 238

Porto Paços de Ferreira / Penamaior 11-08-2016 52 106 158

Aveiro Sever do Vouga / Dornelas 11-08-2016 123 0 123

Porto Marco de Canaveses / Alpendurada e Matos 12-08-2016 0 100 100

Porto Santo Tirso / Monte Córdova 12-08-2016 71 57 128

Vila Real Mondim de Basto / Ermelo 12-08-2016 150 131 281

Viana do Castelo Ponte da Barca / Azias 12-08-2016 10 231 241

Viana do Castelo Ponte de Lima / Facha 12-08-2016 88 100 188

Viseu Resende / São Martinho de Mouros 12-08-2016 236 383 619

Guarda Vila Nova de Foz Côa / Touca 13-08-2016 49 175 224

Santarém Salvaterra de Magos / Glória do Ribatejo 13-08-2016 711 0 711

Vila Real Alijó / Amieiro 13-08-2016 138 50 188

Guarda Celorico da Beira / Mesquitela 14-08-2016 40 449 489

Viana do Castelo Melgaço / Castro Laboreiro 14-08-2016 0 224 224

Viana do Castelo Vila Nova de Cerveira / Reboreda 15-08-2016 55 45 100

Viana do Castelo Melgaço / Castro Laboreiro 16-08-2016 0 130 130

Braga Fafe / Ribeiros 18-08-2016 12 140 152

Guarda Almeida / São Pedro de Rio Seco 19-08-2016 127 40 167

Guarda Pinhel / Azevo 19-08-2016 44 270 314

Guarda Pinhel / Azevo 20-08-2016 44 270 314

Guarda Pinhel / Azevo 20-08-2016 96 65 161

Beja Moura / Santo Agostinho 20-08-2016 199 0 199

Vila Real Boticas / Cerdedo 20-08-2016 2 246 248

Porto Baião / Teixeira 21-08-2016 4 361 365

Braga Fafe / Moreira do Rei 22-08-2016 33 120 153

Guarda Seia / Vide 22-08-2016 405 22 427

Santarém Abrantes / Fontes 23-08-2016 2.100 170 2.270

Braga Vila Verde / Aboim da Nóbrega 23-08-2016 10 120 130

Guarda Figueira de Castelo Rodrigo / Vilar de Amargo 24-08-2016 51 60 111

Setúbal Grândola / Grândola 26-08-2016 102 0 102

Guarda Vila Nova de Foz Côa / Mós 28-08-2016 9 166 175

Bragança Carrazeda de Ansiães / Seixo de Ansiães 28-08-2016 0 262 262

Braga Cabeceiras de Basto / Cavez 29-08-2016 38 376 414

Braga Vila Verde / Mós 29-08-2016 283 80 363

Braga Vila Verde / Gondomar 29-08-2016 15 238 253

Braga Fafe / Quinchães 01-09-2016 73 130 203

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Vila Real Vila Pouca de Aguiar / Gouvães da Serra 01-09-2016 0 175 175

Vila Real Ribeira de Pena / Cerva 01-09-2016 13 409 422

Braga Cabeceiras de Basto / Rio Douro 02-09-2016 8 241 249

Braga Cabeceiras de Basto / Refojos de Basto 02-09-2016 70 283 353

Faro Monchique / Monchique 03-09-2016 1.661 2.064 3.725

Porto Valongo / Valongo 03-09-2016 42 68 110

Vila Real Montalegre / Paradela 04-09-2016 33 200 233

Vila Real Vila Pouca de Aguiar / Telões 05-09-2016 174 706 880

Vila Real Boticas / Codessoso 05-09-2016 1.569 150 1.719

Leiria Leiria / Colmeias 05-09-2016 394 11 405

Viseu Cinfães / Tendais 05-09-2016 0 477 477

Coimbra Soure / Tapéus 05-09-2016 195 1.188 1.383

Braga Vieira do Minho / Rossas 05-09-2016 100 183 283

Braga Cabeceiras de Basto / Rio Douro 06-09-2016 450 1.100 1.550

Braga Vieira do Minho / Rossas 06-09-2016 80 124 204

Braga Fafe / Moreira do Rei 06-09-2016 50 172 222

Portalegre Ponte de Sor / Montargil 06-09-2016 140 26 166

Aveiro Vale de Cambra / Junqueira 06-09-2016 69 46 115

Porto Paredes / Baltar 06-09-2016 116 0 116

Viseu Castro Daire / Mões 06-09-2016 40 91 131

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Soajo 06-09-2016 40 310 350

Viana do Castelo Monção / Riba de Mouro 06-09-2016 15 100 115

Vila Real Ribeira de Pena / Alvadia 06-09-2016 109 1.744 1.853

Bragança Freixo de Espada À Cinta / Lagoaça 06-09-2016 1.900 2.694 4.594

Vila Real Vila Pouca de Aguiar / Telões 07-09-2016 13 581 594

Vila Real Montalegre / Viade de Baixo 07-09-2016 0 186 186

Guarda Guarda / Trinta 07-09-2016 75 373 448

Castelo Branco Proença-a-nova / Proença-a-nova 07-09-2016 845 23 868

Faro Silves / Silves 08-09-2016 0 150 150

Braga Esposende / Vila Chã 08-09-2016 121 0 121

Vila Real Chaves / Sanfins 09-09-2016 331 164 495

Porto Baião / Ovil 09-09-2016 8 540 548

Leiria Pombal / Pombal 10-09-2016 120 5 125

Vila Real Valpaços / Bouçoães 10-09-2016 171 164 335

Bragança Bragança / Aveleda 12-09-2016 0 113 113

Coimbra Pampilhosa da Serra / Pampilhosa da Serra 12-09-2016 111 31 142

Viana do Castelo Melgaço / Parada do Monte 12-09-2016 0 100 100

Viana do Castelo Arcos de Valdevez / Alvora 12-09-2016 0 393 393

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Viana do Castelo Melgaço / Gave 12-09-2016 0 100 100

Braga Cabeceiras de Basto / Gondiães 12-09-2016 286 344 630

Vila Real Montalegre / Gralhas 12-09-2016 14 926 940

Vila Real Montalegre / Reigoso 12-09-2016 17 142 159

Bragança Freixo de Espada À Cinta / Fornos 21-09-2016 0 225 225

Bragança Torre de Moncorvo / Lousa 23-09-2016 0 329 329

Guarda Guarda / Mizarela 28-09-2016 15 143 158

Guarda Aguiar da Beira / Pinheiro 30-09-2016 98 22 120

Guarda Guarda / Videmonte 04-10-2016 81 302 383

Guarda Trancoso / Fiães 05-10-2016 15 100 115

Vila Real Alijó / Vila Verde 06-10-2016 169 0 169

Castelo Branco Fundão / Capinha 07-10-2016 31 100 131

Viseu Castro Daire / Cujó 07-10-2016 0 133 133

Viseu Cinfães / Alhões 08-10-2016 0 142 142

Vila Real Vila Pouca de Aguiar / Parada de Monteiros 08-10-2016 25 170 195

Viseu Cinfães / Bustelo 10-10-2016 0 186 186

Viana do Castelo Monção / Portela 01-11-2016 0 164 164

Vila Real Montalegre / Fervidelas 30-12-2016 1 103 104

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ANEXO III

Áreas da Rede Nacional de Áreas Protegidas afetadas pelos incêndios de 2016

Área Protegida Área (ha) Área ardida (ha) %

Alvão 7.238,3 280,1 3,9%

Corno do Bico 2.070,8 109,6 5,3%

Douro Internacional 86.834,8 4.716,8 5,4%

Litoral Norte 1.316,5 0,0 0,0%

Montesinho 74.224,9 244,5 0,3%

Peneda-Geres 69.594,5 5.472,9 7,9%

Portas de Ródão 965,4 1,8 0,2%

Serra da Estrela 89.132,2 1.865,7 2,1%

Serra de São Mamede 56.061,3 9,3 0,0%

Serras de Aire e Candeeiros 38.392,9 0,1 0,0%

Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina 60.572,0 2,4 0,0%

Vale do Guadiana 69.665,9 1,4 0,0%

Vale do Tua 24.769,1 286,2 1,2%

TOTAL 12.990,7 -

Áreas sob gestão do ICNF,I.P., afetadas pelos incêndios de 2016

Mata Nacional / Perímetro Florestal Área (ha) Área ardida (ha) %

Mata Nacional do Cabeção 290,5 0,1 0,0%

Mata Nacional do Gerês (PNPG) 5.085,0 0,1 0,0%

Perímetro Florestal da Boalhosa 5.465,7 1.135,2 20,8%

Perímetro Florestal da Senhora da Abadia 1.925,3 128,2 6,7%

Perímetro Florestal da Serra Amarela 1.050,2 143,1 13,6%

Perímetro Florestal da Serra da Cabreira (Cabeceiras Basto) 9.062,2 2.169,8 23,9%

Perímetro Florestal da Serra da Freita 5.327,7 3.275,4 61,5%

Perímetro Florestal da Serra da Padrela 10.549,2 433,1 4,1%

Perímetro Florestal da Serra de Anta 4.014,7 336,1 8,4%

Perímetro Florestal da Serra de Arga 7.362,1 6.077,3 82,5%

Perímetro Florestal da Serra de Leomil 14.921,0 354,9 2,4%

Perímetro Florestal da Serra de Montemuro 9.220,3 975,9 10,6%

Perímetro Florestal da Serra de São Tomé do Castelo 1.582,6 155,7 9,8%

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Perímetro Florestal da Serra do Merouço 478,9 465,1 97,1%

Perímetro Florestal da Serra do Pisco 1.412,1 5,7 0,4%

Perímetro Florestal das Dunas de Ovar 2.047,2 0,0 0,0%

Perímetro Florestal das Serras de Mo e Viso 658,6 657,4 99,8%

Perímetro Florestal das Serras de São Domingos e Escarão 4.043,3 270,7 6,7%

Perímetro Florestal das Serras de Vieira e Monte Crasto 9.004,5 1.294,3 14,4%

Perímetro Florestal das Serras do Marão e Meia Via 6.581,8 45,9 0,7%

Perímetro Florestal das Serras do Marão Vila Real e Ordem 11.161,6 434,1 3,9%

Perímetro Florestal das Serras do Soajo e Peneda 14.662,9 3.025,9 20,6%

Perímetro Florestal de Castanheira de Pera 2.052,4 180,4 8,8%

Perímetro Florestal de Chaves 8.036,7 417,9 5,2%

Perímetro Florestal de Entre Lima e Neiva 2.799,7 303,7 10,8%

Perímetro Florestal de Entre Vez e Coura 4.307,4 400,2 9,3%

Perímetro Florestal de Gois 3.616,7 75,5 2,1%

Perímetro Florestal de Manteigas 6.659,9 91,0 1,4%

Perímetro Florestal de Mondim de Basto 11.045,7 123,5 1,1%

Perímetro Florestal de Pampilhosa da Serra 7.051,0 7,8 0,1%

Perímetro Florestal de Ribeira de Pena 9.268,2 1.075,4 11,6%

Perímetro Florestal de Rio Mau 1.855,5 735,1 39,6%

Perímetro Florestal de Santa Luzia 2.272,3 433,8 19,1%

Perímetro Florestal de São Pedro do Sul 11.516,9 5.748,5 49,9%

Perímetro Florestal do Alvão 10.236,0 1.615,7 15,8%

Perímetro Florestal do Barroso 44.800,7 3.018,3 6,7%

Perímetro Florestal do Préstimo 1.078,2 397,3 36,9%

Perímetro Florestal Serra da Cabreira - Vieira do Minho 4.483,1 4,6 0,1%

Perímetro Florestal Serra da Estrela - Núcleo da Guarda 3.868,7 335,9 8,7%

Perímetro Florestal Serra da Estrela - Núcleo de Seia 12.090,4 74,6 0,6%

Perímetro Florestal Serra da Estrela - Núcleo de Tortozendo 171,6 7,4 4,3%

Perímetro Florestal Serra da Estrela-Núcleo Cortes do Meio 2.844,4 73,3 2,6%

Terrenos baldios do PNPG submetidos ao regime florestal 60.950,9 5.437,1 8,9%

TOTAL 41.940,9 -